relatorio final - tabelas e instrumentos

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Relatrio Final de Pesquisa O estado da arte da rea de Comunicao e Educao: periodismos e temporalidades em evidncia

Ttulo do Projeto: Mdia e Educao: uma anlise da produo bibliogrfica brasileira no perodo de 1982 a 2002

Pesquisadoras Prof Dr Snia Cristina Vermelho Prof Dr Graciela Ins Presas Areu Bolsistas de Iniciao Cientfica Ana Carolina C. Morello, Claudete Zaclikevic, Felipe Belo Iubel, Luiz Henrique Haab

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Pontifcia Universidade Catlica do Paran Curitiba 2005

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SumrioRELATRIO FINAL DE PESQUISA O ESTADO DA ARTE DA REA DE COMUNICAO E EDUCAO: PERIODISMOS E TEMPORALIDADES EM EVIDNCIA............................................................................1 SUMRIO.................................................................................................................................................3 LISTA DE TABELAS..............................................................................................................................6 AGRADECIMENTOS............................................................................................................................13 APRESENTAO..................................................................................................................................14 CAPTULO I MTODO DA PESQUISA...................................................................................................................................15 Aspectos tericos da pesquisa cientfica.........................................................................................35 CAPTULO II APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS.................................................................................................56 2.1. Dados segundo o estrato geral................................................................................................57 2.2. Dados segundo o estrato temporal (Ano)................................................................................78 Autores da SOCIOLOGIA mais citados..........................................................................................98 Autores da FILOSOFIA mais citados.............................................................................................98 Autores da SEMITICA mais citados.............................................................................................98 Autores da EDUCAO mais citados............................................................................................99 Autores da COMUNICAO mais citados....................................................................................99 Autores da PSICOLOGIA mais citados........................................................................................100 Autores da HISTRIA mais citados..............................................................................................100 2.3. Dados segundo o estrato regional (Regio)..........................................................................102 BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................118 ANEXO I LISTAGEM DOS PERIDICOS......................................................................................................................119 Relao dos peridicos da rea de Educao..............................................................................119 Listagem dos peridicos da rea de Comunicao......................................................................123 ANEXO II FICHA DE CATALOGAO DO PERIDICO...........................................................................................125

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ANEXO III FICHA DE CATALOGAO DO EXEMPLAR............................................................................................126 ANEXO IV TABELAS UTILIZADAS NO RELATRIO PARA ANLISE DOS DADOS...........................................127 TABELAS GERAIS..............................................................................................................................128 ANO X SUJEITO................................................................................................................................137 ANO X SUJEITO......................................................................................................................................138 ANO X MDIA.......................................................................................................................................139 ANO X OBJETO.....................................................................................................................................140 TABELA DE CARACTERSTICAS DE ANO: CRITRIOS: SUJEITO, MDIA, OBJETO................................................141 ANO X CDIGO......................................................................................................................................144 ANO X TIPO PESQUISA............................................................................................................................145 ANO X TIPO EDUCAO..........................................................................................................................146 TABELA DE CARACTERSTICAS DE ANO: CRITRIOS: SUJEITO, MDIA, OBJETO, TIPO PESQUISA, TIPO EDUCAO.147 EXTRATO: EDUCAO...................................................................................................................150 ANO X SUJEITO......................................................................................................................................157 ANO X MDIA........................................................................................................................................158 ANO X OBJETO......................................................................................................................................159 TABELA DE CARACTERSTICAS DE ANO: CRITRIOS: SUJEITO, MIDIA, OBJETO, TIPO PES, TIPO EDUCACAO..........160 TABELA DE CARACTERSTICAS DE ANO: SUJEITO, MDIA, OBJETO. CRITRIOS: BIBLIOGRAFIA REFINADA............163 ANO X TIPO PESQUISA............................................................................................................................166 ANO X TIPO EDUCACAO...........................................................................................................................166 TABELA DE CARACTERSTICAS DE ANO: CRITRIOS: SUJEITO, MIDIA, OBJETO, TIPO PES, TIPO EDUCACAO..........168 EXTRATO: COMUNICAO...........................................................................................................171 ANO X SUJEITO......................................................................................................................................178 ANO X MIDIA........................................................................................................................................179 ANO X OBJETO......................................................................................................................................180 TABELA DE CARACTERSTICAS DE ANO: CRITRIOS: SUJEITO, MIDIA, OBJETO, TIPO PES, TIPO EDUCACAO..........181 TABELA DE CARACTERSTICAS DE ANO: CRITRIOS: SUJEITO, MIDIA, OBJETO, BIBLIOGRAFIA...........................184 ANO X TIPO PESQUISA............................................................................................................................187 ANO X TIPO EDUCAO...........................................................................................................................187 TABELA DE CARACTERSTICAS DE ANO: CRITRIOS: SUJEITO, MIDIA, OBJETO, TIPO PES, TIPO EDUCACAO..........188 ORDEM REGIONAL........................................................................................................................190 CODIGO X SUJEITO..................................................................................................................................190 CODIGO X MIDIA....................................................................................................................................191 CODIGO X OBJETO..................................................................................................................................192

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TABELA DE CARACTERSTICAS DE CDIGO: CRITRIOS: ANO, SUJEITO, MIDIA, OBJETO, TIPO PES, TIPO EDUCACAO. ..........................................................................................................................................................................193 TABELA DE CARACTERSTICAS DE CDIGO: CRITRIOS: ANO, SUJEITO, MIDIA, OBJETO, TIPO PES, TIPO EDUCACAO. ..........................................................................................................................................................................194 CODIGO X TIPO PES................................................................................................................................195 CODIGO X TIPO EDUCACAO.......................................................................................................................195

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Lista de TabelasTABELA 01 RELAO DE LOCAIS E DESCRITORES DA PESQUISA DE PERIDICOS........................................16 TABELA 02 RELAO DOS PROGRAMAS DE PS-GRADUAO PESQUISADOS................................................18 TABELA 03 TTULO DO PERIDICO, REA E NMERO DE TEXTOS LIDOS.........................................................23 TABELA 4 QUANTIDADE DE TEXTOS NO ATENDIDOS PELO COMUT...............................................................25 TABELA 05 TOTAIS DE EXEMPLARES, DE NMEROS ANALISADOS E DE ARTIGOS LIDOS...........................27 TABELA 06 RELATRIO DOS NMEROS..........................................................................................................................27 TABELA 07 CLASSIFICAO DAS TCNICAS E INSTRUMENTOS, SEGUNDO LAKATOS & MARCONI........47 TABELA 08 TIPOS DE PESQUISA E SUAS APLICAES, SEGUNDO DEMO (1995)................................................48 TABELA 09: TIPOLOGIA DE PESQUISA APRESENTADA PELOS AUTORES PESQUISADOS................................51 TABELA 010 TIPOLOGIA DE TCNICAS E INSTRUMENTOS APRESENTADA PELOS AUTORES PESQUISADOS.....................................................................................................................................................52 TABELA 011 LISTA E NMERO DE TEXTOS DOS PERIDICOS ANALISADOS.......................................................57 TABELA 12 DISTRIBUIO DA PRODUO ANALISADA PELA REA...................................................................58 TABELA 13 DISTRIBUIO GERAL DA PRODUO PELAS REGIES....................................................................59

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TABELA 14 DISTRIBUIO DA PRODUO NO PERODO DE 1982 A 2002.............................................................60 GRFICO 01. DISTRIBUIO DA PRODUO NO PERODO DE 1982 A 2002.....................61 TABELA 15 DISTRIBUIO QUANTO ESTRUTURA DO TEXTO, GERAL E PELAS REAS.............................62 TABELA 16 DISTRIBUIO QUANTO AS CATEGORIAS IDENTIFICADAS NOS TEXTOS, GERAL E PELA REA......................................................................................................................................................................63 TABELA 17 DISTRIBUIO QUANTO AO SUJEITO, GERAL E PELAS REAS.......................................................66 TABELA 18 DISTRIBUIO QUANTO AO OBJETO, GERAL E PELAS REAS........................................................67 TABELA 19 DISTRIBUIO QUANTO A MDIA, GERAL E PELAS REAS...............................................................68 TABELA 20 DISTRIBUIO QUANTO A MDIA REAGRUPADAS, GERAL E PELAS REAS...............................69 TABELA 21 DISTRIBUIO QUANTO AO NVEL DE EDUCAO, GERAL E PELAS REAS.............................70 TABELA 22 DISTRIBUIO QUANTO ESPECIFICIDADE DA EDUCAO, GERAL E PELAS REAS..........71 TABELA 23 DISTRIBUIO QUANTO MODALIDADE DA EDUCAO, GERAL E PELAS REAS................71 TABELA 24 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE PESQUISA, GERAL E PELAS REAS...................................72 TABELA 25 DISTRIBUIO QUANTO TCNICA DE PESQUISA, GERAL E PELAS REAS.............................73 TABELA 26 DISTRIBUIO QUANTO BIBLIOGRAFIA, GERAL E PELAS REAS.............................................74

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TABELA 27 DISTRIBUIO QUANTO AOS 10 AUTORES MAIS CITADOS, GERAL E PELAS REAS...............76 TABELA 28 DISTRIBUIO QUANTO AO SUJEITO NO GERAL, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO.. .79 TABELA 29 DISTRIBUIO QUANTO AO SUJEITO NA REA DA EDUCAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO......................................................................................................................................................80 TABELA 30 DISTRIBUIO QUANTO AO SUJEITO NA REA DA COMUNICAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO...............................................................................................................................................81 TABELA 31 DISTRIBUIO QUANTO AO OBJETO NO GERAL, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO....82 TABELA 32 DISTRIBUIO QUANTO AO OBJETO NA REA DA EDUCAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO......................................................................................................................................................83 TABELA 33 DISTRIBUIO QUANTO AO OBJETO NA REA DA COMUNICAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO.....................................................................................................84 TABELA 34 DISTRIBUIO QUANTO MDIA NO GERAL, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO...........85 TABELA 35 DISTRIBUIO QUANTO MDIA NA REA DA EDUCAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO......................................................................................................................................................86 TABELA 36 DISTRIBUIO QUANTO MDIA NA REA DA COMUNICAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO......................................................................................................................................................87 TABELA 37 DISTRIBUIO QUANTO REGIO E REA, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO..............88 TABELA 38 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE PESQUISA NO GERAL, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO.....................................................................................................89

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TABELA 39 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE PESQUISA NA REA DA EDUCAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO.....................................................................................................90 TABELA 40 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE PESQUISA NA REA DA COMUNICAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO.....................................................................................................91 TABELA 41 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE TCNICA NO GERAL, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO.....................................................................................................92 TABELA 42 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE TCNICA NA REA DA EDUCAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO.....................................................................................................93 TABELA 43 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE TCNICA NA REA DA COMUNICAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO.....................................................................................................94 TABELA 44 DISTRIBUIO QUANTO AO NVEL DE EDUCAO NO GERAL, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO.....................................................................................................95 TABELA 45 DISTRIBUIO QUANTO AO NVEL DE EDUCAO NA REA DE EDUCAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO.....................................................................................................96 TABELA 46 DISTRIBUIO QUANTO AO NVEL DE EDUCAO NA REA DE COMUNICAO, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO.....................................................................................................97 TABELA 47 DISTRIBUIO QUANTO AO NMERO DE AUTORES IDENTIFICADOS NO GERAL, EM FUNO DO ANO DE PUBLICAO...................................................................................................101 TABELA 48 DISTRIBUIO QUANTO AO SUJEITO NO GERAL, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................103

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TABELA 49 DISTRIBUIO QUANTO AO SUJEITO PARA A REA DA EDUCAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................103 TABELA 50 DISTRIBUIO QUANTO AO SUJEITO PARA A REA DA COMUNICAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................104 TABELA 51 DISTRIBUIO QUANTO AO OBJETO NO GERAL, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................105 TABELA 52 DISTRIBUIO QUANTO AO OBJETO PARA A REA DA EDUCAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................105 TABELA 53 DISTRIBUIO QUANTO AO OBJETO PARA A REA DA COMUNICAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................106 TABELA 54 DISTRIBUIO QUANTO MDIA NO GERAL, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................107 TABELA 55 DISTRIBUIO QUANTO MDIA PARA A REA DA EDUCAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................107 TABELA 56 DISTRIBUIO QUANTO MDIA PARA A REA DA COMUNICAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................108 TABELA 57 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE PESQUISA NO GERAL, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................108 TABELA 58 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE PESQUISA PARA A REA DA EDUCAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................109

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TABELA 59 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE PESQUISA PARA A REA DA COMUNICAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................109 TABELA 60 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE TCNICA NO GERAL, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................110 TABELA 61 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE TCNICA NA REA DE EDUCAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................110 TABELA 62 DISTRIBUIO QUANTO AO TIPO DE TCNICA NA REA DE COMUNICAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................111 TABELA 63 QUADRO RESUMO DAS VARIVEIS MAIS CITADAS QUANTO AO SUJEITO, OBJETO, MDIA, TIPO DE PESQUISA E TCNICA NO GERAL, PELAS REGIES..........................................................111 TABELA 64 QUADRO RESUMO DAS VARIVEIS MENOS CITADAS QUANTO AO SUJEITO, OBJETO, MDIA, TIPO DE PESQUISA E TCNICA NO GERAL, PELAS REGIES..........................................................112 TABELA 65 DISTRIBUIO QUANTO AO NVEL DE EDUCAO NO GERAL, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................112 TABELA 66 DISTRIBUIO QUANTO AO NVEL DE EDUCAO PARA A REA DA EDUCAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................113 TABELA 67 DISTRIBUIO QUANTO AO NVEL DE EDUCAO PARA A REA DA COMUNICAO, EM FUNO DA REGIO..............................................................................................................................113 TABELA 68 DISTRIBUIO QUANTO AOS AUTORES MAIS CITADOS NO GERAL, NA REGIO SUDESTE.....................................................................................................................................115

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TABELA 69 DISTRIBUIO QUANTO AOS AUTORES MAIS CITADOS NO GERAL, NA REGIO SUL...............................................................................................................................................115 TABELA 70 DISTRIBUIO QUANTO AOS AUTORES MAIS CITADOS NO GERAL, NA REGIO CENTRO-OESTE.......................................................................................................................116 TABELA 71 DISTRIBUIO QUANTO AOS AUTORES MAIS CITADOS NO GERAL, NA REGIO NORDESTE.................................................................................................................................116

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Agradecimentos Para a realizao deste trabalho foram necessrios muitos esforos, tanto do ponto de vista material, quanto humano. Mas certamente no teria chegado ao final se algumas pessoas no tivessem acreditado na sua possibilidade de realizao, bem como na sua necessidade para um campo de pesquisa crescente no cenrio brasileiro. Pesquisa de base desta natureza requer um compromisso com a cincia muito maior do que tem-se visto ultimamente porque, seus resultados no geram de imediato produtos, mas informaes para que novos pesquisadores possam conhecer melhor seu campo de trabalho. Em funo deste aspectos, gostaramos de agradecer a algumas pessoas em particular por termos encontrado nelas esta postura acadmica e cientfica. Primeiramente para o Prof. Dr. Flvio Bortolozzi, Pr-Reitor de Pesquisa e Ps-Graduao, por ter-nos apoiado desde o incio neste projeto. Ao prof. Dr. Josu Brujinski, Coordenador de Pesquisa, pela sempre disponibilidade em nos atender sempre com muita ateno e presteza, aos membros do Programa de Ps-Graduao em Educao, em particular a coordenadora Prof. Dr Marilda Aparecida Behrens, pela ateno, compromisso com a educao e por acreditar neste trabalho e nas pessoas que estavam realizando-o, aos bolsistas que sempre foram muito competentes e compromissados com suas atividades, pois este trabalho certamente exigiu deles muito mais do que as 20 horas semanais, sem eles este trabalho no teria sido possvel, e finalmente a PUCPR pelo financiamento desta pesquisa. Esperamos ter, com estes resultados contribudo de alguma forma para a rea de Educao e Comunicao e suas inter-relaes.

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Apresentao O presente relatrio de pesquisa traz os resultados da coleta de dados realizada no perodo de maro a julho de 2003 em torno de textos publicados em peridicos cientficos brasileiros sobre a temtica educao e comunicao. O texto est dividido em duas partes: a primeira discorre sobre a metodologia da pesquisa, pois pesquisa que envolve a produo de um Estado da Arte de uma produo terica requer um olhar aguado e persistente tendo em vista, principalmente, o acesso aos dados primrios. Na segunda parte do relatrio apresentamos os dados propriamente dito e uma anlise dos mesmos. Optamos por no construir um captulo em separado com as concluses em funo dos objetivos propostos; portanto, medida que fomos apresentando os dados fomos tambm produzindo os perfis da produo analisada.

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Captulo I Mtodo da pesquisa Este relatrio apresenta o resultado da pesquisa oriunda do projeto de pesquisa Mdia e educao: uma anlise da produo bibliogrfica brasileira no perodo de 1982 a 2002 apresentado ao Programa de Ps-Graduao em Educao da PUCPR a qual teve como objetivo elaborar em estado da arte da produo que envolve Educao e Comunicao. Nos preocupamos em apresentar a problemtica encontrada no desenvolvimento de um projeto dessa natureza, seja do ponto de vista operacional de levantamento dos dados inicias, seja da construo de um instrumento de pesquisa que permitisse a anlise dos textos selecionados, por meio de uma reviso da bibliografia produzida em peridicos dos programas de ps-graduao strico sensu em Educao e Comunicao. Mais especificamente, fazer um levantamento da bibliografia no perodo de 1982 a 2002, elaborar uma classificao do material, e, a partir dessa classificao, definir categorias descritivas e analticas para, finalmente, traar um perfil da produo brasileira sobre o tema. Para o desenvolvimento desse projeto, propusemos os seguintes procedimentos de pesquisa: Identificar os peridicos acadmicos nas reas de educao e comunicao do perodo de 1982 a 2002, em bases de dados digitais Selecionar os peridicos com base em critrios estabelecidos Selecionar os textos pelos sumrios Fazer a leitura do material selecionado Identificar as categorias descritivas Analisar o material pesquisado.

Alm das duas pesquisadoras, o grupo ainda contou com quatro bolsistas de iniciao cientfica, dois do curso de comunicao social e dois do curso de pedagogia. A definio da metodologia para o levantamento dos dados, ou seja, dos peridicos e textos a serem analisados mostrou-se um processo bastante complexo. Aps analisar alguns trabalhos com objetivos semelhantes (ROCHA, 1999; MESSINA, 1998; FERREIRA, 2002; ANDR & ROMANOWSKI, 1999 entre outros) pudemos identificar que teramos que elaborar uma metodologia prpria em funo de que ao contrrio de muitos trabalhos dessa natureza os quais lanam mo de resumos e outros dados dos textos para anlises, ns

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havamos estabelecido que os textos dos peridicos seriam lidos na ntegra, mesmo porque, nem sempre artigos de peridicos possuem resumos. As etapas iniciais, qual seja, de levantamento dos peridicos, j se apresentou como uma atividade bastante complexa, uma vez que optamos por buscar os ttulos dos peridicos em sites com base de dados. Antes de iniciarmos a pesquisa nos sites tivemos que definir os filtros para efetuar as pesquisas. Segue abaixo, a listagem das bases de dados que foram pesquisadas e as palavraschave utilizadas no processo de busca pelo assunto, bem como o nmero de ttulos encontrados. Em todas essas buscas foram utilizados como filtro o pas da publicao (Brasil) e o idioma (portugus). Tabela 01 Relao de locais e descritores da pesquisa de peridicosSite de busca rea Palavras-chave Total

IBICT IBICT IBICT IBICT IBICT IBICT IBICT IBICT IBICT IBICT IBICT IBICT CAPES CAPES PUCSP PUCSP FCC

EDU EDU EDU EDU EDU COM COM COM COM COM COM COM EDU COM EDU COM EDU

Educao Tecnologia Educacional Tecnologia + Educao Mdia + Educao Meios de Comunicao + Educao Comunicao Publicidade Mdia Meios de Comunicao Tecnologia = Comunicao Tecnologia + Mdia Tecnologia + Meios de comunicao Educao Comunicao Educao Comunicao Educao

417 3 4 0 1 55 4 0 14 0 0 0 3 0 91 10 34

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USP USP USP USP USP USP USP USP USP

EDU EDU EDU EDU EDU COM COM COM COM

Educao Educao+ Comunicao Educao + Mdia Educao + Publicidade Tecnologia Educacional Comunicao Publicidade Mdia Meios de Comunicao

1204 5 0 0 1 205 1 0 0

Legenda: IBICT Instituto Brasileiro de Cincia e Tecnologia CAPES: Coordenao de aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior PUCSP : Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo FCC Fundao Carlos Chagas de So Paulo USP: Universidade de So Paulo

Nesse primeiro levantamento, obtivemos uma listagem de 2052 peridicos de ambas as reas. Os critrios de seleo dos peridicos foram os seguintes: a) peridico produzido no Brasil; b) publicado num perodo compreendido entre 1982 a 2002; c) ser publicao da rea de educao/comunicao; d) estar ligado a instituio de ensino superior, ou a outras instituies, inclusive editoras, desde que tenha carter acadmico. Passamos a seguir por uma segunda filtragem, procurando identificar pelo seu ttulo, temtica abordada, instituio ou programa de ps-graduao a que estavam ligados e mais afinados com a rea que pretendamos analisar, pois nos interessavam incluir peridicos que publicassem artigos sobre o tema mdia e educao. Nesse processo pudemos perceber que muitas vezes os ttulos dos peridicos em nada expressam sua linha editorial; isso se mostrou um problema de relevncia, uma vez que tnhamos que selecionar um conjunto de ttulos dos quais um percentual no foi possvel obter informaes que nos garantisse afinidade com nossa temtica. Para tentar identificar esses peridicos que pudesse ter uma linha editorial prxima a nossa temtica, levantamos todos os programas de ps-graduao no site da CAPES de ambas as reas com suas respectivas reas de concentrao e enviamos email para todos solicitando a indicao de publicao do programa, caso houvesse. Na tabela abaixo, listamos todos os programas consultados e suas respectivas reas de concentrao. Os assinalados em negrito so aqueles que encontramos reas de concentrao que pudesse ter grande proximidade com nossa rea temtica.

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As Instituies de Ensino Superior pesquisadas no site do MEC e CAPES foram as seguinte: Tabela 02 Relao dos Programas de Ps-Graduao pesquisadosInstituio EDUCAO Centro Universitrio Nove de Julho - UNINOVE Fundao Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - FUFMS Fundao Universidade Federal do Piau - FUFPI Fundao Universidade Federal do Rio Grande - FURG Pontifcia Universidade Catlica de Campinas - PUCCAMP Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais - PUC/MG Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo - PUCSP Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo - PUCSP Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo - PUCSP Pontifcia Universidade Catlica do Paran - PUCPR Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro - PUCRIO Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul - PUCRS Universidade Catlica de Braslia - UCB rea de concentrao Teorias e Polticas em Educao Educao Educao Educao Ambiental Ensino Superior Sociologia e Histria da Profis. Doc. e da Educao Escolar Currculo Psicologia da Educao Educao e Cincias Sociais Histria da Educao Pensamento Educacional Brasileiro e A Formao Docente Educao Brasileira Ensino-Aprendizagem Poltica e Administrao Educacional Processos de Construo do Conhecimento e Tecnologia na Educao Processos Histrico-Culturais da Educao Educao Escolar e Formao de Professores Interdisciplinaridade e Formao Magistrio: Formao e Trabalho Pedaggico Tecnologias na Educao Estado, Polticas Pblicas e Gesto da Educao Ensino Aprendizagem Fundamentos da Educao Administrao Escolar Didtica Educao Historia e Filosofia da Educao Educao Escolar

Universidade Catlica de Gois - UCGO Universidade Catlica de Petrpolis - UCP/Rj

Universidade Catlica Dom Bosco - UCDB Universidade Cidade de So Paulo - UNICID Universidade de Braslia - UNB

Universidade de Passo Fundo - UPF Universidade de So Paulo - USP

Universidade Universidade Universidade Universidade

de do do do

Sorocaba - UNISO Estado da Bahia - UNEB Estado do Rio de Janeiro - UERJ Oeste Paulista - UNOESTE

Prxis Pedaggica e Gesto de Ambientes Educacionais

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Universidade Universidade Universidade UNESP/Arar Universidade UNESP/PP Universidade UNESP/RC Universidade

do Vale do Itaja - UNIVALI do Vale do Rio Dos Sinos - UNISINOS Est.Paulista Jlio de Mesquita Filho/Araraquara Est.Paulista Jlio de Mesquita Filho/Pr. Prudent Est.Paulista Jlio de Mesquita Filho/Rio Claro Estcio de S - UNESA

Educao Educao Bsica Educao Escolar Educao Ensino e Aprendizagem da Mat. e Seus Fund. Filos.Cientficos Educao e Cultura Contempornea Educao Matemtica Histria, Filosofia e Educao Polticas de Educao e Sistemas Educativos Educao, Cincia e Tecnologia Ensino, Avaliao e Formao de Professores Educao, Conhecimento, Linguagem e Arte Educao, Sociedade e Cultura Psicologia, Desenvolvimento Humano e Educao Educao Escolar Fundamentos da Educao Aprendizagem e Ao Docente Educao Ensino na Educao Brasileira Polticas Pblicas e Administrao da Educao Brasileira Educao, Sociedade e Prxis Pedaggica Educao Popular Educao Popular, Comunicao e Cultura Educao Brasileira Educao Brasileira Educao Brasileira: Gesto e Prticas Pedaggicas Educao, Cultura e Sociedade Prticas Pedaggicas e Formao de Professores Educao Polticas Pblicas de Educao e Formao de Professores Subjetividade, Poder e Representao Social Trabalho, Educao e Movimentos Sociais Educao Educao Planejamento e Poltica Educacional

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Universidade Estadual de Londrina - UEL Universidade Estadual de Maring - UEM Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho/Marilia UNESP/MAR

Universidade Federal da Bahia - UFBA Universidade Federal da Paraba/Joo Pessoa - UFPB/J.P.

Universidade Federal de Alagoas - UFAL Universidade Federal de Gois - UFG Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT

Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

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Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Universidade Federal de So Carlos - UFSCAR Universidade Federal de So Carlos - UFSCAR Universidade Federal de Sergipe - UFSE

Universidade Federal de Uberlndia - UFU Universidade Federal do Amazonas - UFAM Universidade Federal do Cear - UFC Universidade Federal do Esprito Santo - UFES

Doutorado Ensino de Cincias Naturais Ensino e Formao de Educadores Mestrado Educao e Cincia Educao e Trabalho Educao e Movimentos Sociais Educao, Histria e Poltica. Ensino de Cincias Naturais Ensino e Formao de Educadores Educao Infantil Educao e Comunicao Educao Fundamentos da Educao Metodologia de Ensino Educao do Individuo Especial Histria, Sociedade e Educao Novas Tecnologias, Educao e Trabalho Educao Escolar Educao, Culturas e Desafios Amaznicos Educao Brasileira Conhecimento e Prxis Educacional Contextos Sociopedaggicos da Educao Educao Educao, Cultura e Tecnologia Educao e Sociedade Poltica, Planejamento e Gesto Educacional Teorias e Prticas Pedaggicas Currculo e Ensino Instituies Educacionais Educao, Cincia e Tecnologia Ensino e Formao Docente Educao, Linguagem e Comunicao Educao, Poltica e Cultura Cincias, Sociedade e Educao Cotidiano Escolar Educao Brasileira Linguagem, Subjetividade e Comunicao Movimentos Sociais e Polticas Pblicas

Universidade Universidade Universidade Universidade

Federal Federal Federal Federal

do do do do

Maranho - UFMA Par - UFPA Paran - UFPR Rio de Janeiro - UFRJ

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Universidade Federal Fluminense - UFF

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Trabalho e Educao Universidade Universidade Universidade Universidade Sul - UNIJU Universidade Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP Metodista de So Paulo - UMESP Regional de Blumenau - FURB Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do So Francisco - USF Tuiuti do Paran - UTP Educao Educao Educao nas Cincias Educao

COMUNICAOPontifcia Universidade Catlica de So Paulo - PUCSP Tecnologias da Informao Signo e Significao Nas Mdias Intersemiose Na Literatura e Nas Artes Comunicao Social Comunicao, Cultura e Tecnologia Comunicao e Sociedade Mdia e Cultura Cincia da Informao e Documentao Cinema, Radio e Televiso Comunicao Jornalismo Relaes Publicas, Propaganda e Turismo Comunicao Social Processos Miditicos Comunicao Miditica Multimeios Comunicao e Cultura Contemporneas Comunicao e Sociabilidade Contempornea Comunicao Comunicao e Cultura Comunicao e Informao Informao e Comunicao Comunicao, Imagem e Informao Processos Comunicacionais Comunicao e Cultura Meditica Interfaces de Linguagens Verbais e No-Verbais

Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro - PUCRIO Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul - PUCRS Universidade de Braslia - UNB Universidade de Marlia - UNIMAR Universidade de So Paulo - USP

Universidade Universidade Universidade UNESP/Bau Universidade Universidade

do Estado do Rio de Janeiro - UERJ do Vale do Rio Dos Sinos - UNISINOS Est.Paulista Jlio de Mesquita Filho/Bauru Estadual de Campinas - UNICAMP Federal da Bahia - UFBA

Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG Universidade Federal de Pernambuco - UFPE Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS Universidade Federal Fluminense - UFF Universidade Metodista de So Paulo - UMESP Universidade Paulista - UNIP Universidade Tuiuti do Paran - UTP

Os programa de ps graduao em comunicao no apresentaram reas de concentrao que nos indicasse uma aproximao com a educao. Como indicado, foi enviado emails para todos estes programas solicitando que nos informassem a respeito da

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existncia ou no de peridico ligado ao Programa e a forma de ter acesso a ele. Infelizmente, somente trs programas nos responderam e foram aqueles os quais j havamos obtido a informao. Assim que, em funo da falta de informaes possvel que vrios peridicos ligados e estes programas tenham ficado de fora da pesquisa, porque no conseguimos cruzar as informaes entre os programas e as bases de dados utilizadas para o levantamento dos peridicos. O resultado dessa seleo foi uma listagem de 61 peridicos na rea de comunicao e 118 peridicos na rea de educao (Anexo I). Uma nova seleo foi elaborada procurando atender a critrios de regionalidade, ou seja, ter produes de vrias regies brasileiras - ainda que o maior nmero j se tenha percebido ser oriundo da regio sudeste-, bem como ao critrio de maior afinidade ao tema no interior das instituies educacionais, buscando informaes dos respectivos programas de ps-graduao ao qual estavam ligados no site da CAPES. Nos peridicos da rea de educao procuramos ainda selecionar aqueles analisados e avaliados pelo sistema Qualis. Em termos regionais, na listagem dos peridicos da rea da comunicao apareceram dos estados de So Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia, em maior nmero, e dos estados de Maranho, Distrito Federal, Cear e Paran em nmero menor. O resultado dessa nova seleo gerou uma listagem de 24 peridicos, 3 da regio Nordeste, 5 da regio Sul e 16 da regio Sudeste. No caso dos peridicos em educao, por serem em nmero maior, tivemos que trabalhar com a proporcionalidade. Dos 118 peridicos selecionados nessa primeira fase, 22,8% eram proveniente da regio sul, 42,3% da regio sudeste, 13,5% da regio central, 10,1% da regio nordeste, 2,5% da regio norte e 8,8% das demais regies ou instituies de mbito nacional. Para manter a mesma proporcionalidade em relao rea de comunicao, uma nova seleo foi feita, trabalhando com um nmero total prximo ao da rea de comunicao (24 peridicos), mantendo a proporcionalidade regional, cujo resultado final foi: 9 peridicos da regio Sul, 4 da regio Nordeste, 6 da regio Centro-Oeste, 15 da regio Sudeste. A relao final dos peridicos em educao contou com 34 ttulos. Segue abaixo a relao dos peridicos selecionados e quantidade de textos lidos de cada um deles:

23

Tabela 03 Ttulo do peridico, rea e nmero de textos lidosTtulo peridico Alceu Caderno CEDES Cadernos de Educao Cuiab Cadernos de Educao Pelotas Cadernos de Educao PUCMINAS Cadernos de Educao UEMG Cadernos de Pesquisa FCC Cadernos INTERCOM Coletnea do Programa da UFRGS Comunicao e Artes Comunicao e Educao Comunicao e Mdia Comunicao e Sociedade COMUNICARTE Contexto e Educao Educao UFAL Educao a Distncia Educao e Linguagem Educao e Pesquisa Educao e Realidade Educao e Sociedade Educao e Debate Educao em Revista Educao: Teoria e Prtica Educao UNISINOS Educar em Revista Em Aberto FAMECOS Idade Mdia Imagens Intermeio Revista do Mestrado em Educao LEOPOLDIANUM Linhas Crticas Lugar Comum O Quero-Quero Ordem/Desordem Revista Arte Comunicao Revista Brasileira de Educao Revista Brasileira de Estudos Pedaggicos RBEP Revista Brasileira de Informtica na Educao Revista de Comunicao Social Revista de Cultura Vozes Revista de Estudos da Comunicao Revista Dilogo Educacional Revista do PPGED UFSE rea C E E E E E E C E C C C C C E E E E E E E E E E E E E C C C C C E C C C C E E E C C C E E Qt. textos 3 27 7 18 1 5 98 9 13 46 155 2 32 61 22 9 10 25 8 27 56 16 21 5 14 21 83 87 3 32 1 59 19 4 3 4 16 9 26 22 26 37 27 9 4

24

Revista do PPGED UFSM Revista Fronteiras Revista cone Revista INTERCOM Revista Nexos Tecnologia Educacional Temas em Educao Textos de Cultura e Comunicao Tpicos Educacionais Verso e Reverso Videre Futura Total

E C C C C E E C E C E 58

6 20 15 27 46 224 4 27 7 34 7 1599

Cada um desses peridicos recebeu uma ficha de Catalogao do Peridico (Anexo II) com a identificao do mesmo. A fase seguinte foi buscar o acesso aos sumrios de todos os exemplares publicados para ser feita a seleo dos artigos, pois tendo como propsito analisar a produo cientfica voltada para as questes ligadas mdia e educao, comunicao e educao, nem todos os textos desses peridicos eram necessrio serem lidos. A solicitao dos sumrios foi feita via COMUT e esse processo nos mostrou a fragilidade que ainda se encontra o sistema de informao sobre peridicos cientficos. O processo de busca sem dividiu em duas etapas, na primeira identificvamos quais as bibliotecas que tinham em seu acervo o maior nmero possvel de nmero da coletnea do peridico e, depois definamos para qual seria feita a solicitao procurando sempre agrupar nas instituies maiores e melhor atendidas pelos sistema COMUT para agilizar o acesso aos materiais. No entanto, na base de dados do sistema nacional de Comutao Bibliogrfica (COMUT) foram inmeros os pedidos no atendidos sob a alegao de que a instituio no possua tal peridico ou exemplar solicitado. Ou seja, aquilo que as bibliotecas enviam de informaes sobre seus acervos no tem correspondncia com a base de dados do COMUT e vice-versa. Esse e outros problemas, tais como a impossibilidade de acesso a alguns exemplares pelos mais variados motivos nos impediu de ter acesso a todos os exemplares publicados de todos os peridicos selecionados. Na Tabela 4, apresentamos o relatrio com a situao final quanto aos pedidos solicitados e no atendidos pelo sistema COMUT.

25

Tabela 4 Quantidade de textos no atendidos pelo COMUT.SOLICITAES DE COMUT NO ATENDIDAS Ttulo do Peridico Ano Vol n Cadernos de Educao - Pelotas Cadernos de Educao - Pelotas Cadernos de Pesquisa: Revista de Estudos e Pesquisa em Educao Cadernos Intercom Coletnea do Programa de ps graduao em educao UFRGS Comunicao e Artes Comunicao e Artes Comunicao e Educao Comunicao e Educao Comunicao e Educao Comunicao e Educao Comunicao e Educao Comunicao e Educao Comunicao e Educao Comunicao e Sociedade Comunicaes e Artes Comunicarte Comunicarte Comunicarte Comunicarte Contexto e Educao Contexto e Educao Contexto e Educao Cultura e Comunicao Cultura e Comunicao Cultura e Comunicao Cultura Vozes Cultura Vozes Cultura Vozes Educao (Macei) Educao Distncia Educao Distncia Educao Distncia Educao Distncia Educao e Sociedade Educao e Sociedade Educao e Sociedade Educao e Sociedade Educao e Sociedade Educao e Sociedade Educao e Sociedade Educao e Sociedade Educao e Sociedade Educao e Sociedade 1999 1999 1998 1981 1996 1982 1995 2002 2002 2002 1994 3 13 13 103 3 8e9 11 17 2 23 24 25 2 17 38 11 10 7 4 6 16 16 36 37 e 38 6 5 2 2 2 25 32 22 32 15 51 51 25 77 Quantidade Tipo Qtde artigo 3 artigo 2 sumrio e capa artigo artigo sumrio e capa artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo sumrio e capa sumrio e capa artigo sumrio e capa artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo sumrio e capa sumrio e capa sumrio e capa artigo sumrio e capa artigo artigo artigo artigo artigo artigo sumrio e capa sumrio e capa artigo 1 1 1 1 2 1 1 7 5 4 1 5 1 2 1 1 1 1 1 1 1 4 5 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 1

8 8 9

24 1982 1987 1986 1986 1985 1989 1989 1996 1997 1994 88 1989 83 1995 1993 1993 1986 1989 1985 1989 1983 1995 16 1995 1986 2001 22 3 5 4 2 2 4 4

26

Educao e Sociedade Educao e Sociedade Educao em Revista Educao UFAL Educao UFAL Educao UFAL Educao UFAL Educao UFAL Em aberto Em aberto cone cone Idade Mdia Intermeio Leopoldianum Leopoldianum Lugar Comum Lugar Comum Lugar Comum Lugar Comum Lugar Comum Lugar Comum Lugar Comum Lugar Comum Lugar Comum Nexos Revista Brasileira de Informtica em Educao Revista Brasileira de Informtica em Educao Revista Brasileira de Informtica em Educao Revista Brasileira de Informtica em Educao Revista Brasileira de Informtica em Educao Revista do Programa de Ps Graduao em Educao UFSM Tecnologia Educacional Tecnologia Educacional Tecnologia Educacional Temas em Educao Temas em Educao Total de artigos no recebidos Total de sumrio e capa no recebidos

2001 2002 23 2000 1999 1998 1995 1982 1984 1996 1996 2002 1987 1995 1998 1999 1998 1999 2001 2000 2000 1999 1999 2001 2002 2002 2001 2000 2000 8 7 7 3 1 3 1 1 1 14 21

76 79 13 11 9 e 10 2 7 20 2e3 3 4 1a5 35 58 6 9 8 7 13 11 10 7 7 8 2 1 7 6

5 10 10 9

artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo sumrio e capa artigo artigo sumrio e capa sumrio e capa sumrio e capa sumrio e capa sumrio e capa sumrio e capa sumrio e capa sumrio e capa artigo sumrio e capa artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo artigo sumrio e capa artigo Total

2 1 1 3 3 1 2 1 2 2 4 1 2 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 3 2 2 2 2 1 7 5 7 1 1 151

2002 1999 26 2002 1991 126 25 1

156 144 156 1

Alguns exemplares de peridicos, em particular os mais antigos, no foi possvel termos acesso tanto dos sumrios quanto dos textos em nenhuma das bibliotecas depositrias, apesar de constar na base de dados do COMUT. Dos exemplares que tivemos acesso, cada um foi catalogado nas Ficha de Catalogao do Exemplar (Anexo III) para que pudssemos te um controle do que j tinha sido recebido de

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texto. Na tabela abaixo apresentamos os dados gerais de nmeros de exemplares publicados por reas e sumrio analisados. Tabela 05 Totais de exemplares, de nmeros analisados e de artigos lidosrea Nmero de exemplares publicados 1015 356 1371 Nmero de sumrios analisados 891 264 1155 Percentual de acesso aos exemplares 88% 74% 84% Artigos lidos

Educao Comunicao Total Geral

866 713 1599

Alguns nmeros ou revistas no pudemos acessar, ou porque estavam esgotados ou pela impossibilidade de ter o material, pois no estavam disponveis facilmente. Para tanto utilizamos vrias formas de comunicao com as instituies responsveis pela publicao dos peridicos. Alm do problema indicado sobre a base de dados do COMUT, outros problemas foram identificados ao longo do processo. Algumas delas, aps contato telefnico conseguimos ter acesso aos textos solicitados e enviados pelo correio tradicionalmente, mas infelizmente isto no aconteceu com todas. Abaixo apresentamos o relatrio final deste processo, indicando para cada peridico o nmero de exemplares total, o nmero de analisados e os problemas encontrados no acesso aos nmeros dos peridicos. Tabela 06 Relatrio dos nmerosrea C Relao dos peridicos Alceu: Revista de Comunicao, Cultura e Poltica Cadernos Intercom INTERCOM: Revista Brasileira de Cincias da Comunicao Cambiassu: Estudos em Comunicao Nmero de exemplares 5 Nmeros analisados 5 Observaes

C C

8 36

8 13

Demais nmeros no tivemos acesso, pois mudou de editora. Demais nmeros no tivemos acesso, bem como a informao quanto a quantidades de nmeros publicados

C

7

7

28

C

Cincia (So Paulo)

0

0

Foi retirado da pesquisa em funo de no termos tido acesso ao peridico pelos meios utilizados na pesquisa (internet, COMUT e Instituio)

C C

Comunicao & Mdia: Comunicao e Educao

1 25

1 23 Dois nmeros estavam esgotados, sem possibilidade de acesso No foi selecionado nenhum artigo, foi retirado da pesquisa. Demais nmeros no tivemos acesso pelos meios utilizados na pesquisa e instituio no possua exemplares para permuta Nmero 17 esgotado, instituio no possua exemplar para acesso

C

Comunicao e Espao Pblico Comunicao e Sociedade

5 31

5 19

C

Comunicaes e Artes (USP)

25

24

C C C

C C C C C C

Comunicarte cone (Recife) Idade Mdia: revista da Faculdade de Comunicao Social Imagens Leopoldianum: revistas de estudos e comunicaes Lugar Comum: Estudos de mdia, Cultura e Democracia Nexos: revista de estudos da comunicao e educao O Quero-Quero Ordem/Desordem: caderno de comunicao

20 5 2

19 4 2

8 54 15 9 5 25

8 53 12 9 5 9

Demais nmeros no tivemos acesso pelos meios utilizados na pesquisa. Foi contatado com a instituio mas a mesma no enviou sumrios/exemplares dos nmeros faltantes

C C C C C

Revista Arte Comunicao Revista de Comunicao Social Revista de Estudos da Comunicao Revista Famecos: mdia, cultura e tecnologia Revista Fronteiras: estudos miditicos

6 7 5 20 5

5 7 5 19 5

29

C

Textos de Cultura e Comunicao

41

12

Demais nmeros no tivemos acesso pelos meios utilizados na pesquisa e instituio no forneceu cpia dos artigos e sumrios, como foi solicitado, pelo correio

C C E

Verso e Reverso Videre Futura Intermeio: revista do mestrado em educao Revista Brasileira de Informtica na Educao Educao e Sociedade Cadernos CEDES Cadernos de Pesquisa (FCC): revista de estudos e pesquisa em educao Educao & Realidade Tecnologia Educacional

35 5 14

34 4 9

Demais nmeros no tivemos acesso, a instituio no atendeu nossa solicitao

E E E E

11 54 54 78

11 51 54 77

E E

46 110

46 56

Demais nmeros no tivemos acesso pelos meios utilizados na pesquisa. Instituio no possui exemplar para permuta, consulta aos nmeros somente na sede da ABT no Rio. Foram enviados emails mas no tivemos resposta.

E E E

Educao UNISINOS/ Estudos Leopoldenses Temas em Educao Cadernos de Educao (PUCMG)

73 9 4

73 8 4

E

Cadernos de Pesquisa (UFES)

16

0

No temos informaes precisas quanto aos nmeros publicados. Tivemos dados somente de 4 nmeros Peridicos no disponvel nos meios digitais utilizados na pesquisa. Instituio no deu retorno s solicitaes enviadas

E E E E E

Educao (UFAL) Cadernos da Catlica (UCB) Ver a Educao Educao & Linguagem Revista de Cultura Vozes

12 8 13 6 146

9 8 13 6 130

Demais nmeros esgotados, instituio depositria no tinha mais os exemplares.

E E E E

Educao: teoria e prtica Revista Dilogo Educacional Tpicos Educacionais Contexto & Educao

13 6 18 65

13 6 17 62

30

E E E E

Cadernos de Educao (Cuiab) Educao em Revista (UFMG) Temas de Educao (UERJ) Educao a Distncia

5 34 5 6

5 33 5 5

E

Educao e Pesquisa (USP)

8

8

No temos informaes precisas quanto aos nmeros publicados. Tivemos acesso somente a seis nmeros No temos informaes precisas quanto aos nmeros publicados. Tivemos acesso somente a oito nmeros

E E E E

E

Revista Brasileira de Estudos Pedaggicos (MEC/INEP) Cadernos de Educao (UFPEL) Revista Brasileira e Educao (ANPED) Coletnea do programa de Ps-Graduao em Educao (UFRGS) Em Aberto

51 19 21 19

43 18 17 17

4

4

Trabalha com nmeros temticos, portanto somente foi computado os nmeros cuja temtica se relacionava com a pesquisa. Tivemos acesso a todos os nmeros publicados no perodo por meio de publicao do MEC No temos informaes precisas quanto aos nmeros publicados. Tivemos acesso a informaes somente de dois nmeros Dois nmeros no foi possvel localizar, pois no est disponvel nos meios utilizados na pesquisa e instituio no possui exemplar para consulta/permuta. Os exemplares que conseguimos foi por meio de correio e telefonando para a bibliotecria Foi retirado da pesquisa, instituio enviou os sumrios mas no enviou os artigos solicitados por email.

E E

Educao em Debate Revista do programa de PsGraduao em Educao (UFSM) Educar (UFPR) Educao e Compromisso

31 2

29 2

E E

12 9

12 7

E

Caderno de Educao (UEMG)

33

33

Pelo relatrio acima podemos perceber que, alm dos problemas tcnicos, enfrentamos outros de ordem de ordem organizacional das instituies. Algumas as tivemos que solicitar os materiais pelo correio nos atenderam prontamente, no entanto, no foram todas. As instituies que nos encaminharam pelo correio foram: 1. Universidade Federal do Piau - UFPI 2. Universidade Federal de Alagoas UFAL

31

3. Universidade Federal do Sergipe UFSE 4. Universidade Federal do Par 5. Universidade Metodista de So Paulo - UMESP 6. Universidade do Vale dos Sinos - UNISINOS 7. INTERCOM Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao 8. Faculdades Integradas Rio Branco 9. Escola de Comunicao e Artes USP (Revista Novos Olhares) 10. Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais 11. Universidade de Caxias do Sul 12. Universidade Estadual de Minas Gerais UEMG Essa definio metodolgica nos imps uma srie de problemas, mas que foram importantes para perceber alguns aspectos relacionados s produes veiculadas em peridicos: a primeira, e pensamos a mais importante, a fragilidade em que se encontram ainda as bases de dados e as formas de acesso a esse tipo de documento. Foram vrias as situaes em que tivemos dificuldade de acessar os textos solicitados em funo das instituies depositrias no disporem do material, apesar dele contar nas bases de dados de consulta. Infelizmente, esses problemas nos mostraram que o tratamento dado aos peridicos em vrias instituies brasileiras tem deixado muito a desejar, dificultando o acesso a um veculo que tem canalizado boa parte da produo cientfica de ambas as reas e, dentro da nova poltica da ps-graduao, considerado elemento de avaliao da produo do pesquisador e dos prprios programas de ps-graduao. A leitura dos sumrios foi feita somente por uma das pesquisadoras para fazer a seleo dos artigos a serem solicitados. A seguir apresentaremos os critrios utilizados para seleo dos textos dos peridicos. Na leitura dos ttulos dos artigos dos sumrios, procuramos identificar os artigos que tivessem relao com os seguintes descritores: 1. Textos dos peridicos de comunicao cujo tema se relacione com os seguintes descritores: educao, escola, ensino-aprendizagem, docncia; formao (escolar); mdia/meios de comunicao na escola; mdia/meios de comunicao na educao; disciplina (escolar) X mdia/meios de comunicao;

32

2.

Textos dos peridicos de educao cujo tema se relacione com os seguintes descritores: mdia educacional, meios de comunicao na educao, educomunicador, escola e mdias, tecnologia educacional, uso de rdio/TV/Informtica/Vdeo/Cinema/Filme/Impresso/Jornal na educao, formao docente X mdias/meios de comunicao, influncia dos meios na educao/formao/aprendizagem;

3.

Textos cujo tema seja uma reflexo terica em torno do tema educao X educao, sejam envolvendo tericos ou de teorias.

Concomitante a esse processo o grupo sentiu a necessidade de desenvolver um instrumento de pesquisa especfico e que fosse muito mais que uma ficha de catalogao, pois a leitura do material, quase na sua totalidade teria que ser feita pelos alunos bolsistas. Para definir quais elementos seriam relevantes na anlise dos textos, nos apoiamos nos trabalhos realizados por Messina (1998) e Rocha (1999) os quais apontavam aspectos a serem considerados de uma dada produo visando a elaborao de um Estado da Arte. Como se tratavam de produes cuja grande maioria eram oriundas de pesquisa, teramos que definir alguns elementos quanto aos conceitos e abrangncia de aspectos metodolgicos. Como todos sabemos, quando se trata de definir conceitos e aspectos metodolgicos no existe consenso e alguns autores sugerem tratamentos bastante distintos em termos do que seja uma metodologia, um mtodo etc. Para dirimir essa questo, pois ainda que as produes possam ter partido de pontos de vista diferenciados, ns teramos que ter uma compreenso comum sobre a questo metodolgica para poder categorizar e analisar os materiais. A seguir apresentamos o instrumento elaborado inicialmente o qual sofreu nos primeiros meses da pesquisa algumas alteraes em funo de aspectos relacionados a definio de termos. Um elemento que merece ser exemplificado foi com relao ao item do instrumento Nvel de educao. A princpio estabelecemos que uma das categorias de anlise dos textos seria o nvel de ensino abordado, e para tanto criamos a seguinte categorizao: Educao Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Mdio, Ensino Tcnico, Ensino superior, Ps-Graduao, Nenhum. Aps a leitura de 13 textos, pudemos verificar que essa categoria no era a mais apropriada e com base nas discusses com o grupo optamos por alterar essa categoria substituindo-a pelo item Tipo de Educao a qual foi definida com as seguintes categorias: Educao Extra-Escolar, Educao Bsica (Educao Infantil, Ensino

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Fundamental, Ensino Mdio, Ensino Tcnico), Educao Superior (Graduao e PsGraduao). A ficha de Catalogao ficou composta pelos seguintes itens:Item Titulo do texto Ttulo do peridico Autor(es) Tipo de documento Ano/ ms de Publicao Volume/ Ano do peridico Nvel de Estudo rea de produo rea de conhecimento Tipo de publicao Artigos / ps-graduao Artigos Artigos / ps-graduao Artigos / ps-graduao Artigos / ps-graduao Artigos / ps-graduao Ps-graduao Artigos / ps-graduao Ps-Graduao Categorias Tipo de campo Aberto texto1 Aberto texto Aberto texto Fechada nica2 Aberta numrica3 Aberta numrica Fechada nica Fechada nica Aberta texto (utilizando os descritores do CNPQ) Aberta texto Aberta texto Aberta texto Aberta texto

Tese/ Dissertao/ Artigo / Livro

Mestrado/ Doutorado/ Ps Doutorado Educao/ Comunicao

Instituio de defesa Programa de ps-graduao Editora Palavras-chave

Ps-Graduao Ps-Graduao Artigos / ps-graduao Artigos / ps-graduao

A Ficha de Caracterizao foi composta inicialmente pelos seguintes itens:Item Tipo de publicao Tema principal da Artigos/ pspesquisa/ Artigo graduao Categorias analisadas Artigos/ psgraduao Quanto ao tipo de documento analisado Quanto a estrutura da produo Quanto ao sujeito investigado Artigos/ psgraduao Artigos/ psgraduao Artigo/ psgraduao Categoria/ Descrio do campo No o ttulo, mas trata-se do assunto principal do texto alguma coisa do sujeito ou do objeto de pesquisa/ artigo que foi ressaltado pelo pesquisador tese /dissertao /artigo /livro ensaio /sistematizao terica/ pesquisa emprica Alunos/ professores/ usurios/ comunicadores/ mdia/ programa institucional/ instituio/ tericos educacionais/ tericos da comunicao Caso o sujeito abordado no texto no conste na lista acima, especifique abaixo Televiso/ rdio/ mdia impressa/ internet (web)/ internet (comuni. (as)sncrona/ softwares/ produo flmica/ informtica Indicar a especificidade da mdia abordada Tipo de campo Aberta texto Aberta texto

Fechada nica Fechada nica Fechada mltipla4

Outro tipo de sujeito investigado Quanto a mdia abordada Especificidade da mdia1 2

Artigo/ psgraduao Artigo/ psgraduao Artigo/ ps-

Aberta texto Fechada mltipla

Aberta texto

Tipo de campo ABERTO TEXTO: seu contedo poderia ser na forma de texto. Tipo de campo FECHADA NICA: possibilidade de escolha de somente uma das opes a serem assinaladas Tipo de campo ABERTA NUMRICA: seu contedo poderia ser na forma de nmero. Tipo de campo FECHADA MLTIPLA: possibilidade de escolha de um ou mais opes a serem assinaladas

no instrumento.3 4

no instrumento

34

investigada Quanto ao objeto investigado

graduao Artigo/ psgraduao

Outro tipo de objeto investigado Metodologia da pesquisa Metodologia da pesquisa segundo a natureza do dado Metodologia da pesquisa segundo a procedncia do dado Tcnica de pesquisa utilizada Instrumento de pesquisa utilizado

Artigo/ psgraduao Ps-graduao Ps-graduao

no texto. Ex.: TV telejornal da Globo processo de produo da mdia /processo de recepo do contedo das mdias /processo de emisso do contedo das mdias/ metodologias/ relao do sujeito com a mdia/ contedo da mdia/ implantao de programa institucional/ Teorias Educacionais/ Teorias da Comunicao Indicar a especificidade do objeto ou, no caso de no estar contemplado acima, indicar qual o objeto abordado no texto Quantitativa/ qualitativa Pesquisa emprica/ pesquisa bibliogrfica/ Pesquisa laboratorial Dados primrios/ dados secundrios

Fechada mltipla

Aberta texto

Fechada nica Fechada nica

Ps-graduao

Fechada nica

Ps-graduao

Ps-graduao

Quanto ao tipo de educao

Ps-graduao

Quanto a modalidade de ensino Bibliografia mais citada

Ps-graduao Artigos/ psgraduao Artigos/ psgraduao Artigos/ psgraduao Artigos/ psgraduao Artigos/ psgraduao

Estudo de caso/ etnografia/ censo/ anlise de contedo/ entrevistas/ questionrios/ observao/ discusso em grupo Questionrio fechado/ questionrio aberto/ questionrio misto/ Ficha de observao/ escalas/ Ficha de catalogao/ Roteiro/ Nenhum/ No foi possvel identificar Educao Extra-Escolar/ Educao Bsica: subdividida nos itens: Educao Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Mdio, Ensino Tcnico/ Educao Superior: subdividida em: Universidade, Ps-Graduao Presencial/ A Distncia colocar os nomes dos autores da rea de educao e/ou comunicao mais conhecido ou com mais ttulos indicados indicada pelo autor ou pelo referencial terico. Caso no seja possvel identificar, indicar para discusso em grupo Analisar se o autor prope algo, critica alguma prtica ou se no prope nada em termos de ao docente Analisar se o autor prope algo, critica alguma prtica ou se no prope nada para o profissional/meio de comunicao outras questes que consideraram interessante e que no consta nos itens acima

Fechada nica

Fechada mltipla

Fechada mltipla

Fechada nica Aberta texto

Teorias de suporte a pesquisa Indicadores para prticas pedaggicas Indicadores para prticas comunicacionais Notas gerais

Aberta texto

Aberta texto

Aberta texto

Aberta texto

Para a definio do instrumento de caracterizao dos textos analisados, nos deparamos com uma problemtica relacionada a definies, conceituaes quanto a pesquisa cientfica. Como tomamos como procedimento transformar em questes fechadas aqueles itens que considervamos complexos, mas que era possvel criar categorias, avaliamos que seria mais prudente construir um instrumento que pudesse abarcar as questes de ordem

35

metodolgica das pesquisas analisadas. Com isso, tornou-se imperativo que partssemos de conceitos claros e definidos em termos da compreenso sobre metodologia da pesquisa, mtodo de pesquisa, tcnica de pesquisa, instrumento de pesquisa. Esses elementos eram centrais para nossa anlise, uma vez que um dos nossos objetivos era ter um panorama da produo quanto a questo metodolgica das pesquisas realizadas em torno da temtica educao e comunicao. Nossas hipteses iniciais de trabalho, de que estaria havendo uma predominncia de determinadas metodologias, mtodos e tcnicas em termos de pesquisa sobre esse tema, aspecto que se confirmou conforme poderemos ver no prximo captulo, nos obrigaram a buscar elementos tericos para subsidiar a construo do instrumento de pesquisa. Para que essa hiptese pudesse ser analisada, teramos que ter um instrumento capaz de identificar esses aspectos nos trabalhos analisados. Nesse momento, comearam a surgir os problemas para a construo do instrumento. A partir das primeiras leituras de livros voltados a ensinar a fazer pesquisa, encontramos uma diversidade to grande nessa produo, deixando-nos claro que no existia consenso em torno de alguns conceitos e que a diversidade causava uma dificuldade grande para fazer um panorama geral, pois correramos o risco de partir de pressupostos distintos ao dos autores. Mesmo sabendo dessa diversidade, optamos por fazer um estudo, ainda que no possa ser considerada uma extensa e profunda reviso da bibliografia na rea da metodologia cientfica, procurando identificar autores que fossem expressivos na rea da pesquisa em cincias humanas para poder tomar como algum ponto de partida na definio dos conceitos e das categorias. Com isso, a seguir elaboramos uma sntese trazendo os principais conceitos sobre os aspectos da pesquisa cientfica e, ao final, a verso final do instrumento pelos autores, conceitos e classificaes e tipologias. Aspectos tericos da pesquisa cientfica Inicialmente tomamos para anlise o prprio conceito de teoria. Para Lakatos & Marconi (1985), Teoria definida como sendo (...) um conjunto de princpios fundamentais, que se constituem em instrumento cientfico apropriado na procura e, principalmente, na explicao dos fatos.(p. 109). A funo da teoria na pesquisa cientfica seria a de: (...) orientao para restringir a amplitude dos fatos a serem estudados (...), como sistema de conceptualizao e de classificao dos fatos, (...) resumir sinteticamente

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o que j se sabe sobre o objeto de estudo, atravs das generalizaes empricas e das inter-relaes entre afirmaes comprovadas, (...) baseando-se em fatos e relaes j conhecidos, prever novos fatos e relaes, (...) indicar os fatos e as relaes que ainda no esto satisfatoriamente explicados e as reas da realidade que demandam pesquisas. (Lakatos & Marconi, 1985, p. 110-112) (grifos nossos) Uma teoria, segundo Asti Vera (1983), seria (...) um sistema de leis cientficas, um complexo lgico de relaes invariantes que, ao mesmo tempo, generaliza e explica sistematicamente as formulaes legais. Sob um ponto de vista lgico, podemos estabelecer uma relao de implicao entre o conjunto das leis (considerado o antecedente) e as concluses tericas (que representam o conseqente). (p.146) Para Ander-Egg (1974) uma teoria (...) explica la significacin de los hechos e las relaciones existentes entre ellos, vale decir, los discierne y los juzga. Ninguna cincia trabaja con hechos aislados, pues no hay hecho que tenga significado cientfico por si mismo.(Ander-Egg, 1974, p.31). As funes da teoria na investigao so: 1. Oferecer um sistema conceitual e de classificao; 2. sistematizar os fatos; 3. permitir a predio de fatos; 4. indicar reas no exploradas do conhecimento. Com isso, podemos sintetizar que as concepes dos autores acima citadas acerca da teoria na pesquisa cientfica so de que se trata de um sistema de conceitos (Lakatos & Marconi, 1985), identificando-se mais com uma concepo de que uma teoria daria os elementos tericos necessrios para a investigao dos fatos os conceitos. Por outro lado, uma teoria tambm aparece conceitualizada como sendo um sistema de leis cientficas, de complexos lgicos de relaes (Asti Vera, 1983), entendendo a teoria mais numa perspectiva relacional, ou seja, a teoria permitiria entender a relao entre os aspectos analisados na realidade social emprica; e uma terceira perspectiva, a partir de ambas, como um sistema de significaes dos fatos e das relaes entre eles (Ander-Egg, 1974). O autor Ander-Egg (1974) explicita seu conceito de cincia: (...) um conjunto de conocimentos racionales, ciertos o probables, obtenidos metdicamente, sistematizados y verificables, que hacen referencia a objetos de uma misma naturaleza. (Ander-Egg, 1974, p. 15)

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O autor define que o mtodo cientfico um modo de conhecer a realidade com base numa teoria. Para ele a investigao social um processo formal, sistemtico e intensivo para efetivar o mtodo cientfico de analise da realidade social, com isso, a investigao uma fase especializada da metodologia cientfica. Um outro item no instrumento que colocamos como necessrio identificar o tema da pesquisa. Quanto ao tema, Lakatos & Marconi (1985) vo definir como sendo (...) o assunto que se deseja provar ou desenvolver; uma dificuldade, ainda sem soluo, que mister determinar com preciso, para intentar, em seguida, seu exame, avaliao crtica e soluo. (...) uma proposio at certo ponto abrangente. (Lakatos & Marconi, 1985, p. 120). Todos os autores analisados, explicita ou implicitamente, deram a mesma conceituao para tema de pesquisa, com isso, entendemos que fosse desnecessrio traze-los todos, j que no houve divergncia sobre esse conceito. Um outro conceito que no gerou divergncias tericas o de objeto da pesquisa. Segundo Lakatos & Marconi (1985) definido na resposta pergunta O qu o objeto da pesquisa engloba. O problema de uma pesquisa cientfica, segundo as autoras, consiste (...) em um enunciado explicativo de forma clara, compreensvel e operacional, cujo melhor modo de soluo ou uma pesquisa ou pode ser resolvido por meio de processos cientficos. (Lakatos & Marconi, 1985, p. 121); com isso, a formulao do problema (...) mais especfica: incide exatamente qual a dificuldade que se pretende resolver.( Lakatos & Marconi, 1985, p. 120). Tambm Asti Vera (1983) entende que um problema de pesquisa (...) um enunciado ou uma frmula; do ponto de vista semntico, uma dificuldade, ainda sem soluo, que mister determinar com preciso, para intentar, em seguida, seu exame, avaliao crtica e soluo. (Asti Vera, 1983, p. 97). Quanto ao tema significa ter uma compreenso clara do assunto a ser tratado a ponto de poder explica-lo, saber desenvolver questes implcitas e assinalar aspectos particulares sobre o tema ou assunto. Para o autor (Asti Vera, 1983) uma cincia se define pelo seu objeto, seu mtodo e seus fins, portanto, no tem como separar o objeto do seu mtodo. Os objetos da cincia formais so ideais, seu mtodo a deduo, os objetos das cincias fticas so materiais, seu mtodo a observao e a experimentao. Divide as cincias fticas em: a) empricas, as naturais e sociais, e b) no empricas.

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Quanto a discusso acerca da metodologia da pesquisa, conceito que tambm buscamos conceituar, encontramos basicamente duas posies: uma fortemente marcada e uma outra que aparece de forma implcita em vrios autores. A seguir apresentaremos as principais conceituaes de metodologia. Demo (1995) vai definir que a Metodologia : (...) estudo dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer cincia. uma disciplina instrumental a servio da pesquisa. Ao mesmo tempo em que visa conhecer caminhos do processo cientfico, tambm problematiza criticamente, no sentido de indagar os limites da cincia, seja com referncia capacidade de conhecer, seja com referncia capacidade de intervir na realidade. (Demo, 1995, p. 11) (grifos nossos) Para ele Metodologia distingue-se de Mtodo e Tcnica, porque os Mtodos e as Tcnicas tratam da realidade emprica, enquanto a Metodologia prende-se mais s discusses problematizantes, (...) a comear pela recusa em aceitar que a realidade social se reduza face emprica. (Demo, 1995, p.12), com isso, a Metodologia situa-se no nvel da discusso terica, discutindo criticamente sobre as maneiras de se fazer a cincia. Demo (1995) apresenta como as principais metodologias: 1. Metodologia dialtica 2. Estruturalismo 3. Abordagem sistmica e Funcional E como metodologias alternativas: 1. Hermenutica 2. Fenomenologia 3. Pesquisa Participante ou Pesquisa-ao Por outro lado, Asti Vera (1983) define que metodologia tem dois significados: a) uma disciplina chamada metodologia e, b) o estudo analtico e crtico dos mtodos de investigao e de prova, sendo a segunda a qual ele trata no texto. Ele define metodologia como sendo (...) a descrio, anlise e avaliao crtica dos mtodos de investigao.(Asti Vera, 1983, p. 8) (grifos nossos). Diferencia mtodo e tcnica por (...) uma diferena semntica anloga que distingue o gnero da espcie. (Asti Vera, 1983, p. 8) Para Lakatos & Marconi (1985), na definio de um projeto de pesquisa, a metodologia a que abrangeria o maior nmero de itens, pois haveria a necessidade de se

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definir: o mtodo de abordagem, os mtodos de procedimentos e as tcnicas, os instrumentos seriam elementos integrantes das tcnicas. Dentro da concepo das autoras, portanto, cincia seria a instncia superior no processo de produo cientfica, e para elas, existem diferentes formas de concepo de cincia. Os diferentes postulados ou enunciados acerca da Cincia seriam: 1. Positivismo 2. Funcionalismo 3. Estruturalismo 4. Dialtica 5. Fenomenologia 6. Modelo holstico. Por outro lado, Dencker & Da Via (2001), defende que cabe metodologia concentrar-se na distino entre conhecimento cientifico dos demais tipos de conhecimentos, portanto, para que uma experincia se torne um experimento cientfico deve atender aos seguintes critrios: ter um problema (objeto) claro de investigao; ter um mtodo para investigar esse problema; controlar essa experimentao.

O autor identifica alguns movimento metodolgicos os quais foram movimentos importantes de autores que procuraram discutir, em sentido amplo, os mtodos da cincia, tais como: Empirismo Positivismo e neopositivismo Pragmatismo Marxismo e dialtica Estruturalismo Popperiano (Falseabilidade) Nova Filosofia da Cincia (Kuhn, Lakatos e Feyerabend)

No entanto, para Barros & Lehfeld (2000) a metodologia no entendida como uma aplicao de tcnicas, mas como possuindo um mtodo, como teoria explicativa, abrangendo

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os caminhos da pesquisa cientfica. Nesse contexto, as tcnicas aplicadas esto submetidas ao mtodo empregado, as quais asseguram a instrumentalizao das aes. Nesse sentido, o mtodo estabelece o que fazer e as tcnicas como fazer; portanto, pressupe a definio das fases do processo da pesquisa (Barros & Lehfeld, 2000). Segundo Barros & Lehfeld (2000), metodologia entendida como (...) uma disciplina que se relaciona com a epistemologia. Consiste em estudar e avaliar os vrios mtodos disponveis, identificando suas limitaes ou no em nvel das implicaes de suas utilizaes. (Barros & Lehfeld, 2000, p. 1). Nesse sentido, a metodologia seria o (...) conjunto de procedimentos utilizados por uma tcnica, ou disciplina, e sua teoria geral. (Barros & Lehfeld, 2000, p. 1). Para elas, mtodo uma viso abstrata da ao e metodologia a viso concreta de sua operacionalizao. Definem a metodologia como: (...) conjunto de procedimentos a serem utilizados na obteno do conhecimento, (...) no quadro geral da cincia uma Metacincia, isto , um estudo que tem por objetivo a prpria Cincia e as tcnicas especficas de cada Cincia. (...) o estudo da melhor maneira de abordar determinados problemas no estado atual de nossos conhecimentos. A metodologia no procura solues, mas escolhe as maneiras de encontr-las, integrando os conhecimentos a respeito dos mtodos e vigor nas diferentes disciplinas cientficas ou filosficas.(Barros & Lehfeld, 2000, p. 2)(grifos nossos) Num esquema geral tem-se: a Cincia Metodologia Mtodos Processos e tcnicas. A Cincia enquanto conhecimento racional, metdico e sistemtico do pensamento para conhecer a realidade emprica, a Metodologia estuda, descreve, explica, interpreta, compreende a avalia essa realidade por meio dos mtodos que emprega, os quais uma forma ordenada de proceder essa busca pela compreenso da empiria. Nesse sentido, encontramos basicamente duas vertentes para conceituar metodologia. A primeira entende que metodologia estuda a forma como apreendida a realidade social, numa perspectiva de discusso terico-filosfica, nesse sentido existem vrias metodologias, pois cada uma est aliada a uma concepo filosfica de mundo (Demo, 1995; Asti Vera, 1983; Dencker & Da Via, 2001; Barros & Lehfeld, 2000; Lakatos & Marconi, 1985). Uma segunda vertente vai defender que metodologia uma disciplina que vai estudar e definir qual o melhor mtodo a ser empregado, portanto, existe a disciplina de metodologia, que escolhe num conjunto de procedimentos disponveis, o melhor a ser

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usado (Barros & Lehfeld, 2000). interessante observar que vrios autores consultados no indicam explicitamente essa posio, mas ela est como pano de fundo, pois nos pareceu que partem do suposto que existe uma nica forma de interpretar e compreender filosoficamente a realidade social emprica. Para nossas discusses, havia a necessidade de conceituar tambm sobre Mtodo em funo de que teramos que identificar nas pesquisas o mtodo utilizado. Os autores consultados apresentaram diferenas de conceituao. Dencker & Da Via (2001) entende que a funo do mtodo definir a orientao e seleo dos procedimentos de pesquisa que devero ser utilizados pelo pesquisador. Segundo ele: So os comportamentos e os instrumentos empregados na seleo e elaborao de tcnicas de pesquisa. O mtodo estatstico, por exemplo, indicar as tcnicas que sero usadas para cada caso, como o questionrio ou a entrevista, em funo dos seus procedimentos bsicos, que implicam a quantificao das informaes. ((Dencker & Da Va, 2001), p. 38) (grifos nossos) O mtodo, nesse sentido, mais geral do que a tcnica, o primeiro condiciona o segundo. O mtodo cientfico uma forma de observarmos a realidade social, biolgica e fsica. Lakatos & Marconi (1985) definem mtodo como sendo: (...) conjunto das atividades sistemticas e racionais que, com maior segurana e economia, permite alcanar o objetivo conhecimentos vlidos e verdadeiros -, traando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decises do cientista. (p. 81) (grifos nossos) Consideram, portanto, que (...) o mtodo cientfico a teoria da investigao. (Lakatos & Marconi, 1985, p. 82). Para elas, o mtodo (...) se caracteriza por uma abordagem mais ampla, em nvel de abstrao mais elevado, dos fenmenos da natureza e da sociedade. (Lakatos & Marconi, 1985, p. 102). (grifos nossos) As autoras ainda diferenciam os mtodos em: mtodos de abordagem e mtodos de procedimentos. Os mtodos de procedimentos seriam (...) as etapas concretas da investigao, com finalidade mais restrita em termos de explicao geral dos fenmenos e menos abstratos.( Lakatos & Marconi, 1985, p.102). Os principais mtodos de procedimentos seriam os seguintes: 1. Mtodo histrico

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2. Mtodo comparativo 3. Mtodo monogrfico 4. Mtodo estatstico 5. Mtodo tipolgico 6. Mtodo funcionalista 7. Mtodo estruturalista Para as autoras Barros & Lehfeld (2000) mtodo (...) o caminho ordenado e sistemtico para se chegar a um fim. (p. 3) (grifos nossos), o qual pode ser estudado como um processo intelectual ou como processo operacional. Tambm Asti Vera (1983) define mtodo como sendo (...) um procedimento, ou um conjunto de procedimentos, que serve de instrumento para alcanar os fins da investigao(...) (p.8). (grifos nossos). Para esse autor, as tcnicas so os (...) meios auxiliares que concorrem para a mesma finalidade.( Asti Vera, 1983, p.8). Para ele o mtodo geral e as tcnicas so particulares, ou seja, (...) o mtodo um procedimento geral, baseado em princpios lgicos, que pode ser comum a vrias cincias; uma tcnica um meio especfico usado em uma determinada cincia, ou um aspecto particular desta. (Asti Vera, 1983, p. 9) (grifos nossos) Ander-Egg (1974) igualmente define mtodo como sendo: (...) el camino a seguir mediante una serie de operaciones y reglas prefijadas de antemano aptas para alcanzar el resultado propuesto. (...) el mtodo cientifico y filosfico, en cambio, procura establecer firmemente los procedimientos que deben seguirse, el orden de las observaciones, experimentaciones, experiencia y razionamientos y la esfera de los objetos a los cuales se aplica.( Ander-Egg, 1974, p. 44) (grifos nossos) Por outro lado, alguns autores delimitaram a discusso sobre mtodo ao campo da cincia, pois entendiam esse conceito como uma forma de abordagem, de entendimento, de compreenso do real. Portanto, no haveria que se falar de mtodos quando o campo o da cincia, mas de mtodo: o mtodo cientfico. Dencker & Da Via (2001) entendem que toda pesquisa cientfica utiliza o mtodo cientfico para realizar suas atividades, o que diferencia as pesquisas nas cincias humanas das cincias fsicas e biolgicas so os instrumentos utilizados. No caso das cincias humanas como o sujeito objeto e sujeito da investigao, (...) torna-se necessrio o uso de tcnicas

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de observao. (Dencker & Da Va, 2001), p. 34). Portanto, para o autor Mtodo em pesquisa o cientfico, o qual para garantir cientificidade deve compreender as seguintes fases: observao, demonstrao, classificao e interpretao. Tambm Mattar Neto (2002) delimita mtodo como sendo o cientfico. Define mtodo cientfico como sendo (...)a forma mais segura inventada pelo homem para controlar o movimento das coisas que cerceiam um fato e para montar formas de compreenso adequada dos fenmenos. (Mattar Neto, 2002, p. 73). Ainda sobre o mtodo cientfico, Mattar Neto (2002), considera que ele seja (...) a expresso lgica do raciocnio associada formulao de argumentos convincentes. Estes argumentos uma vez apresentados tm por finalidade informar, descrever ou persuadir certas informaes conclusivas sobre um fato. (Mattar Neto, 2002, p. 74) Nessa concepo, ele assinala os principais mtodos cientficos: 1. Mtodo da induo experimental, de Galileu 2. Mtodo hipottico-dedutivo, de Newton 3. Empirismo, de Hume 4. Mtodo da Experimentao, de Bacon Por conseguinte, Mattar Neto (2002), circunscreve a discusso sobre mtodo cientfico como uma forma especfica de produo de conhecimento, com o uso de uma forma de pensamento e de articulao dos fatos, dos dados. Para alcanar seus propsitos, deve cumprir as seguintes etapas: definio do problema, conhecimentos e instrumentos acerca do problema, tentativa de soluo, investigao da conseqncia da soluo obtida. Tambm Barros & Lehfeld (2000), conceitua mtodo como sendo formas de pensamento e define que existem mtodos, como os mtodos de deduo e induo, os quais so formas de pensamento. No mtodo da induo explicita ainda que possuem diversos procedimentos lgicos: 1. Induo simples 2. Argumento por analogia 3. Inferncia probabilstica 4. Mtodos de eliminao (mtodo da concordncia, mtodo da diferena, mtodo combinado, mtodo da variao concomitante) 5. Mtodo hipottico-dedutivo.

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Tambm Ferrari (1981) vai definir que os mtodos como formas de pensamento, que segundo ele seriam: 1. Fenomenolgico 2. Semitico 3. Dedutivo 4. Redutivos 5. Discretos 6. Clnicos Por outro lado, Ruiz (1996) vai definir que existem somente dois tipos de mtodo cientfico: 1. Racional 2. Indutivo Lakatos & Marconi (1985) na vertente dos mtodos de abordagem, classifica os mtodos como sendo: 1. Mtodo indutivo 2. Mtodo dedutivo 3. Mtodo hipottico-dedutivo 4. Mtodo dialtico. interessante observar que, nessa concepo, a observao trazida como o procedimento bsico do mtodo cientfico (Mattar Neto, 2002; Dencker & Da Va, 2001). A observao tomada como o procedimento bsico da pesquisa cientfica, como a tcnica ou processo por excelncia. Mattar Neto (2002) classifica a observao, segundo alguns critrios: 1. Quanto a forma de estruturao: observao assistemtica e sistemtica 2. Quanto a forma de participao do observador: no participante e participante 3. Quanto ao nmero de observadores: observao individual e coletiva 4. Quanto ao local de observao: observao de campo e de laboratrio A induo e deduo considerada por Mattar Neto (2002) como formas de raciocnio ou de argumentao. Para Dencker & Da Via (2001), igualmente a observao o mtodo, por excelncia, das pesquisas nas cincias humanas. O uso do mtodo da observao feito para a coleta de dados que pode estar combinado com outros mtodos (Dencker & Da Va,

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2001), ainda que ele no entenda que mtodo seja a forma de pensamento, tambm coloca a observao como o mtodo privilegiado da pesquisa cientfica. Ele classifica os seguintes tipos de observao (Dencker & Da Va, 2001): 1. observao de monumentos de campo 2. observao assistemtica participante 3. observao assistemtica pesquisa-ao 4. observao sistemtica 5. observao documental 6. mtodo de anlise de contedo Os mtodos de observao tambm so utilizados para a descrio e compreenso de comportamentos, no entanto, para tanto necessrio utilizar as tcnicas de questionrio e entrevista par coletar os dados. Resumidamente, podemos perceber que existem trs grandes vertentes no campo da epistemologia da cincia quanto ao entendimento do que seja mtodo. Uma primeira vertente vai denominar mtodo como um conjunto de procedimentos, o caminho a ser seguido na pesquisa (Lakatos & Marconi, 1985; Barros & Lehfeld, 2000; Asti-Vera, 1983; Ander-Egg, 1974). Ainda que Lakatos & Marconi (1985) diferenciem os mtodos em procedimentos e de abordagem e nesse caso o mtodo no contexto acima seriam os de procedimentos. Uma segunda vertente aborda mtodo como forma de entender o real, portanto o nico mtodo que se aplica cincia o mtodo cientfico, em contraposio s outras formas de abordagem, de relacionamento e de compreenso do real. Compreendem esses autores que o mtodo cientfico mais seguro e o nico que garante cientificidade ao conhecimento produzido, o qual deve atender a algumas etapas bsicas (Dencker & Da Va, 2001; Mattar Neto, 2002). E uma terceira vertente que vai entender que mtodo uma forma de pensamento, ou seja, uma forma de estruturar e de expressar o pensamento. Todo conhecimento cientfico vai ser produzido utilizando uma ou outra estrutura de pensamento (Mattar Neto, 2002;Barros & Lehfeld, 2000; Ferrari, 1981; Ruiz, 1996; Lakatos & Marconi, 1985). No caso especfico de Lakatos & Marconi (1985) os mtodos a que se referem so os mtodos de abordagem.

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Segundo as autoras, tcnica (...) um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma cincia ou arte; a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte prtica.( Lakatos & Marconi, 1985, p. 165) (grifos nossos). As tcnicas, ou processos, (...) representam a maneira de atingir um propsito bemdefinido, a partir de uma orientao bsica dada pelo mtodo. Dessa forma, pode-se considerar o mtodo como uma estratgia delineada, e as tcnicas, como as tticas, necessrias para a sua operacionalizao.(Barros & Lehfeld, 2000, p. 3) (grifos nossos). As tcnicas, ou processos, que Barros & Lehfeld (2000) apresentam como pertencentes ao mtodo cientfico: 1. Observao e suas variantes 2. Induo e deduo, como formas de raciocnio ou de argumentao 3. Experimentao para situaes em laboratrios 4. Mtodo das diferenas, no contexto da pesquisa experimental. O autor Asti Vera (1983) entende como Tcnicas os (...) meios auxiliares que concorrem para a mesma finalidade.( Asti Vera, 1983, p.8). Para ele o mtodo geral e as tcnicas so particulares, ou seja, (...) o mtodo um procedimento geral, baseado em princpios lgicos, que pode ser comum a vrias cincias; uma tcnica um meio especfico usado em uma determinada cincia, ou um aspecto particular desta. (Asti Vera, 1983, p. 9) (grifos nossos) Um outro autor, Ander-Egg (1974), entende que tcnica a (...) arte o manera de recorrer esse camino. (Ander-Egg, 1974, p. 44) (grifos nossos). Os mtodos e as tcnicas a serem utilizadas dependem em cada caso de uma srie de fatores tais como: a natureza do fenmeno a estudar e o objeto da investigao, dos recursos financeiros e da equipe disponvel. O autor apresenta como tcnicas para coleta de dados: 1. Observao 2. Entrevista 3. Questionrio 4. Escalas de atitude e de opinies 5. Testes 6. Sociometria 7. Compilao documental

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8. Semntica diferencial 9. Anlise de contedo Tambm Dencker & Da Via (2001) conceitua Tcnica como sendo (...) os procedimentos concretos empregados pelo pesquisador para levantar os dados e as informaes necessrias para esclarecer o problema que est pesquisando. So os comportamentos e os instrumentos empregados na realizao de operaes de pesquisa, como, por exemplo, o ato de registrar dados. (Dencker & Da Va, 2001, p. 37) (grifos nossos) Ruiz (1996), apresenta como tcnica de coleta de dados: 1. Entrevista 2. Questionrio 3. Formulrio J Lakatos & Marconi (1985) diferencia tcnica e instrumento, para cada tcnica indica alguns instrumentos que so mais apropriados. Na Tabela abaixo, apresentamos a tipologia de tcnicas que a autora apresenta e os instrumentos que ela considera relacionado a cada uma delas.

Tabela 07 Classificao das tcnicas e instrumentos, segundo Lakatos & Marconi.Tcnica Documentao Indireta Documentao Direta Observao Direta Intensiva Observao Direta Extensiva Instrumentos Pesquisa documental Pesquisa bibliogrfica Pesquisa de campo Pesquisa de laboratrio Observao e suas variantes Entrevista e suas variantes Questionrio Formulrio

Em particular na rea de sociologia, Asti Vera (1983), indica os instrumentos apropriados para essa cincia, que seriam: 1. Observao 2. Entrevista 3. Experimento

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4. Estatstica. 5. Tcnicas sociomtricas so: sociometria, psicodrama e sociodrama. Na formulao do item do instrumento quanto a tipologia que iramos utilizar, tambm encontramos diversidade na classificao quanto aos tipos de pesquisa. Segundo Barros & Lehfeld (2000) existem grupos de pesquisa os quais vo se definir a partir de dois critrios: quanto a forma de estudo e quanto aos seus fins. Segundo as autoras a classificao seria a seguinte: 1. Segundo a forma de estudo do objeto Pesquisa descritiva Pesquisa experimental Pesquisa-ao Pesquisa pura Pesquisa aplicada.

2. Segundo os seus fins

Para a coleta dos dados, Barros & Lehfeld (2000) reconhecem os seguintes instrumentos para essa fase da pesquisa: Cincias Sociais. Um outro autor que analisamos foi Demo (1995). Ele apresenta uma tipologia da pesquisa tendo como critrio de classificao a aplicao a que se destina a pesquisa. No quadro a seguir apresentamos a tipologia apresentada por Demo (1995): Tabela 08 Tipos de pesquisa e suas aplicaes, segundo Demo (1995)Tipo de pesquisa Terica Metodolgica Emprica Prtica Aplicao Formular quadros de referncia, estudar teorias e/ou conceitos Reflexo sobre os caminhos de se fazer cincia