relatório tecnico set 2010 final
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RELATÓRIO TÉCNICO: PERIGO DA FAUNA
SBGR - 2010 SETEMBRO DE 2010
Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos – Gov. André Franco Montoro - SBGR
Data: 28 de setembro de 2010
Local: Aeroporto Internacional de São Paulo / Guarulhos – Governador André
Franco Montoro - SBGR
Assunto: Ocorrências com Fauna
Anexo: Registro de inspeção
INTRODUÇÃO
O Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional – SGSO, sensível a
variações de comportamento da aviação dentro do sítio aeroportuário de SBGR
observou, através de dados colhidos da GRSE, GRNA, GRME e GROP, nos últimos
meses, um aumento no índice de eventos relacionados com perigo da fauna, com
presença de animais no Sistema de Pátios e Pistas.
Esses eventos abrangem desde reportes de comandantes comunicando a presença
de animais no sistema de pistas ou mesmo colisão com elas, até danos decorrentes
dessas colisões em aeronaves comerciais de grande porte durante suas operações
de pouso e decolagem envolvendo grande número de passageiros a bordo.
Dessa forma, no dia 07 de julho de 2010, a equipe da Gerência de Segurança
Operacional (GRSO), com o apoio logístico da Coordenação de Tráfego (GROP-2) e
munida de câmera fotográfica de alta definição, realizou inspeções em diversos
locais do sítio aeroportuário, procurando abranger a área perimetral do aeroporto
próximo às áreas operacionais, com foco em possíveis falhas nas cercas
patrimoniais e operacionais que possam estar contribuindo para o acesso desses
animais no sistema de pistas.
Esse relatório é resultado da análise e avaliação de risco dessas inspeções e das
últimas ocorrências envolvendo perigo da fauna.
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INDICE
1. OCORRÊNCIAS EM 2010 (RESUMIDAS) ................ ..........................................03
2. DADOS ESTATÍSTICOS ............................. ........................................................06
3. MAPA DAS OCORRÊNCIAS 2010 ....................... ...............................................07
4. CIRCUITOS DA INSPEÇÃO........................... ......................................................08
5. EQUIPE DA INSPEÇÃO.............................. .........................................................08
6. PROCEDIMENTOS DA INSPEÇÃO....................... ..............................................09
7. TRAJETO DAS INSPEÇÕES E INDICAÇÃO DAS PARADAS .. ........................10
8. ESPÉCIES DE ANIMAIS ENCONTRADAS NAS INSPEÇÕES .. ........................11
9. ANÁLISE DOS REGISTROS DA INSPEÇÃO .............. .......................................12
10. AVALIAÇÃO DE RISCO............................ ........................................................42
10.1. PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS ....... ................................42
10.2. FALHAS IDENTIFICADAS ........................ .....................................................42
10.3. CONDIÇÃO DO PERIGO GENÉRICO............................................................42
10.4. COMPONENTE ESPECÍFICO DO PERIGO...................................................43
10.5. AVALIAÇÃO DAS CONSEQÜÊNCIAS DO COMPONENTE.... ......................43
10.6. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE RISCO............... ........................................43
10.6.1. DEFESAS EXISTENTES ..............................................................................43
10.7. AVALIAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS................. .........................................45
11. PROCESSO DE CONTROLE E MITIGAÇÃO DE RISCO..... ............................47
12. TABELA DE GERENCIAMENTO DE RISCO: RISCO CERCAS ......................49
13. CONCLUSÃO ..................................... ...............................................................50
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1. OCORRÊNCIAS EM 2010 (RESUMIDAS)
• 24/01/2010
Às 22h30min a FPP capturou uma capivara na J-10 , sendo acionado os bombeiros
através da CCP e COE, que por sua vez nos informou a indisponibilidade dos
bombeiros em não poder atender o chamado, por não possuírem um equipamento
adequado (Gaiola) para captura de animais, e que não poderia mais ficar com
animais no pátio dos bombeiros. O apoio do TPS 2 Queiroz levou a capivara até os
bombeiros e com ajuda da equipe de plantão o animal foi solto próximo a região dos
lagos.
• 07/02/2010
Às 13h40min a TWR solicitou apoio da FPP devido à concentração de urubus na
lagoa artificial a margem do Prolongamento da TWY-A. A FPP seguiu ao local e
avistou uma carcaça de filhote de capivara , recolhida às 14h15min com apoio da
GRSE e Conservadora Paulista.
• 08/03/2010
Às 20h05min, o TAM 3849, A320, PT-MZH, na decolagem pela 27R teve uma
colisão com uma capivara , sendo acionado a FPP-01 para inspeção sendo
localizado o animal destroçado próximo a linha de táxi lado direito da pista, a 200
metros da TWY-P. O animal tinha aproximadamente 60kg, foi atropelado pelo trem
de pouso traseiro direito . Os restos foram retirados pelo Bravo 1 Elói, APB
Valdécio e ajuda do caminhão pipa que efetuou a lavagem da pista, iniciando às
20h09min e termino 20h37min, com pista liberada para decolagem 20h36min.
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• 15/03/2010
Foi reportado pela TWR à existência de 02 capivaras na TWY-B próximo a TWY-
N, onde foi vistoriado pela FPP que não encontrou os animais. O bravo 01 efetuou
inspeção no portão da cabeceira 27R e este estava fechado com cadeado,
prosseguindo a inspeção para a área perimetral e próxima a subestação 27R, foi
avistado uma capivara de grande porte saindo do sistema de pista e adentrando a
área de mato fechado onde há um córrego.
• 01/05/2010
Às 10h55min foi avistado um cachorro nas proximidades da TWY-S , de imediato
seguimos até a TWY-G. Enquanto aguardávamos autorização da TWR para cruzar
as pistas, recebemos a informação que o F-100 OCEANAIR vôo 6153 PR-OAE
estava pousando às 10h58min, e que o animal já estava na pista 09R. Autorizados
pela TWR GRU a FPP-03 e FPP-04, cruzaram a pista 09L e ingressaram na 09R,
quando recebemos informação do B-18 que o animal estava ao lado do Hangar do
banco SAFRA, aonde juntos com o segurança de pátio conduzimos o animal para
fora do portão operacional. Em seguida observamos o animal entrar na mata
próximo ao ETL e Skychef´s, se evadindo. Não conseguimos visualizar aberturas
na cerca, devido à vegetação muito alta.
• 12/05/2010
Às 05h45min, foram avistados 02 cães no Pátio 06 , próximos a posição B sentido a
TWY S. Os animais seguiram para a cabeceira 27L , saindo um deles às 06h50min,
pelo portão operacional e o outro manteve o mesmo sentido. Após várias tentativas
de captura sem êxito, o animal ingressou na cabeceira 27L, O animal foi
capturado somente às 08h30min pelo SCI.
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• 13/05/2010
Às 11h00min TWR solicitou apoio da FPP devido à indicação de alvo nas
proximidades da cabeceira 27 . A FPP-02 ingressou de imediato no sistema de
pistas, avistando 3 cães de médio porte que se evadiram por vão sob o portão da
cabeceira 27 em direção a cerca perimetral.
• 29/06/2010
Às 09h33min um cão (Rottweiler) escapou da gaiola de transporte (Kenel) no
interior do porão do AA 995 na posição I-03, se evadindo em direção ao sistema
de pistas , capturado às 10h07min pela FPP-01 na área gramada entre a TWY A e B
no trecho entre a TWY I e H, encaminhado em seguida para a esteira 17 onde foi
desembarcado. As ações no sistema de pista foram coordenadas na integra com a
TWR que não considerou maiores transtornos as operações. Na apuração, foi
constatada a quebra do trinco da portinhola do Kenel.
• 25/07/2010
Às 08h54min a TWR informou a presença de 02 Cães na RWY 09L e às 08h55min
a FP-03 ingressou no Sistema de Pistas, direcionando os animais até sua evasão
pelo Portão 03 às 09h00min.
• 13/08/2010
Às 04h33min. TWR informou que uma Capivara cruzou na frente do TAM 8071
B-773 PT-MUD na TWY-B próximo a TWY-N . Acionado apoio "C" Valdir às
04h33min., iniciando a vistoria na pista das 04h36min. às 04h50min., não
encontrando nenhum animal.
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2. DADOS ESTATÍSTICOS
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3. MAPA DAS OCORRÊNCIAS DE 2010
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4. CIRCUITOS DA INSPEÇÃO
Durante o período de inspeção cumpriram-se basicamente o circuito abaixo descrito:
Saída pela TARDE com trajeto compreendendo:
• Portão C;
• Lagoa da obra de ampliação do pátio próximo cabeceira 09 L;
• Tubovia;
• Bota-fora próximo à ETE;
• Lagoa “1” do Hotel Caesar Park;
• Perímetro próximo ao Viveiro de Plantas;
• Interior do Viveiro de Plantas
• Pátio 6;
• Arredores do Hangar do Banco Safra
• Posto dos Bombeiros da Base Aérea - 4º ETA.
• Via de Acesso;
• Posto avançado SESCINC.
5. EQUIPE DE INSPEÇÃO
� RODRIGO PAIXÃO BARBOSA – GRSO (efetuou as fotos);
� SÉRGIO BREIM – GRSO;
� CLAYTON REGO – GROP-2 (apoio como condutor da viatura).
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6. PROCEDIMENTOS DA INSPEÇÃO
O circuito de inspeção foi realizado com veículo da fiscalização de pátios e pistas,
com a equipe atenta a qualquer falha nas cercas patrimoniais e operacionais.
Foram realizadas 12 paradas a partir do Portão Shell para registro fotográfico,
realizadas na seguinte ordem:
1ª PARADA – Cercas patrimoniais próximas ao Portão Shell;
2ª PARADA – Cercas patrimoniais próximas ao ALS Cabeceira 09;
3ª PARADA – Lagoa “1” do Hotel Caesar Park;
4ª PARADA – Área à esquerda do viveiro de plantas (próx. ao canil da PF);
5ª PARADA – Cercas operacionais dentro do viveiro de plantas;
6ª PARADA – Área à direita do viveiro de plantas;
7ª PARADA – Área anterior ao portão de acesso ao Pátio 6;
8ª PARADA – Cercas operacionais próximo ao Hangar do Banco Safra;
9ª PARADA – Cercas operacionais próximo à BASP;
10ª PARADA – Cercas operacionais do Posto dos Bombeiros da Base Aérea;
11ª PARADA – Cercas operacionais na via de acesso sentido Posto avançado;
12ª PARADA – Cercas operacionais próximas ao Posto avançado do SESCINC.
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7. TRAJETO DAS INSPEÇÕES E INDICAÇÃO DAS PARADAS
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8. ESPÉCIES DE ANIMAIS ENCONTRADAS NAS INSPEÇÕES
Urubu de Cabeça Preta Quero-Quero Carcará B iguá
Pombo Comum Garça Branca Frango D’Água Capiva ra
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9. ANÁLISE DOS REGISTROS DA INSPEÇÃO
1) Cercas patrimoniais próximas ao Portão Shell
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Seguindo pela Tubovia, após passar próximo ao Portão Shell, foi avistado diversos
buracos sob as cercas patrimoniais daquela região. Foi então feita a 1ª parada para
inspeção e registro fotográfico.
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2) Cercas patrimoniais próximas ao ALS Cabeceira 0 9
Seguindo o caminho pela Tubovia, foram constatadas as mesmas falhas nas cercas
patrimoniais, com buracos rentes ao chão, remendos e bem enferrujadas. Então foi
realizada a 2ª parada para fotos.
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3) Lagoa “1” do Hotel Caesar Park
Ao chegar na Lagoa “1”, próxima ao Hotel Caesar Park, nos deparamos com
diversas espécies de animais, sendo mais de 50 Capivaras reunidas de diversos
tamanho, e junto das Capivaras haviam Carcarás, Urubus, Quero-queros, Biguás,
Frangos D’água e Garças Branca.
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4) Área à esquerda do viveiro de plantas (próx. ao canil da PF)
A parada nº 4 foi feita na área à direita do viveiro de plantas, localizado próximo ao
Canil da PF. Neste foram encontradas falhas nas cercas patrimoniais do viveiro de
plantas, grande vegetação na cerca operacional além de rastros e grande
quantidade de fezes de Capivaras. Também foi verificado uma tubulação, com
profundidade de aproximadamente 10 metros sem tampa.
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5) Cercas operacionais dentro do viveiro de planta s
Após ter sido verificado diversas falhas nas cercas patrimoniais do viveiro de
plantas, nos dirigimos para seu interior para averiguar possíveis falhas na cercas
operacionais. Onde constatamos falta de manutenção nessa região, com vegetação
muito alta sobre a cerca operacional, impedindo o acesso e uma melhor inspeção e
também foi encontrado um portão que dá acesso a área operacional com um grande
vão sob ele, com pedaços de arames e uma pedra tentar obstruir a passagem.
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6) Área à direita do viveiro de plantas
Nesse local foi realizada a 6ª parada por apresentar muita vegetação rente à cerca
operacional, falta de cerca patrimonial do Viveiro de Plantas e uma vala que leva até
a área operacional com falta de manutenção.
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7) Área anterior ao portão de acesso ao Pátio 6
Pouco antes de acessar o Pátio 6, do lado direito, verificamos uma grande
quantidade de palha seca naquela região, uma vala com um buraco similar à uma
toca de animal e ainda um abrigo feito por pessoas para abrigar animais.
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8) Cercas operacionais próximo ao Hangar do Banco Safra
Após o Hangar do Banco Safra, foi avistada uma área onde a cerca operacional está
totalmente fora dos padrões, sendo simplesmente uma cerca de arame farpado, que
contribui para a passagem de animais para a área operacional. Então foi realizada a
8ª parada para inspeção e fotos.
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9) Cercas operacionais próximo à BASP
Após passar pelo pátio 6, acessamos a via de acesso e logo no início, verificamos
uma falha na cerca operacional, próximo ao logo da BASP, com um buraco no
Baldrame da cerca.
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10) Cercas operacionais do Posto dos Bombeiros da Base Aérea
Na 10ª parada foi verificado que no Posto dos Bombeiros da Base Aérea, não havia
cerca operacional ao seu redor, somente antes do portão principal. E também
verificado um portão menor com um espaço muito grande sob ele.
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11) Cercas operacionais na via de acesso sentido P osto avançado
Seguindo pela via de acesso, sentido ao Posto avançado, realizamos a 11ª parada
em frente ao Portão da Guarita MT, que apresentava um espaço grande sob o
portão.
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12) Cercas operacionais próximas ao Posto Avançado do SESCINC
A 12ª e última parada foi realizada em frente a um portão próximo ao Posto
Avançado do SESCINC, onde foi constatado que havia um vão muito grande sob o
portão.
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10. AVALIAÇÃO DE RISCO
10.1. PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS
Nesse processo identificam-se as interferências e os impactos na segurança
operacional do aeroporto decorrentes da ausência e/ou falha nas defesas existentes.
10.2. FALHAS IDENTIFICADAS
Com base nas observações efetuadas durante as inspeções, puderam ser
identificadas falhas, algumas em áreas críticas, contribuindo para o aumento no
número de ocorrências, dessa forma, comprometendo o nível de Segurança
Operacional.
As principais falhas identificadas são as seguintes:
• Buracos em Cercas Patrimoniais e Operacionais;
• Ausência de Cercas Patrimoniais e Operacionais;
• Espaços grandes sob portões de acesso;
• Falta de manutenção de vegetação próximo a Cercas Operacionais;
10.3. CONDIÇÃO DO PERIGO GENÉRICO
RISCO CERCAS - Com base na análise de dados da inspeção realizada,
identificamos como Perigo Genérico:
• Falhas nas Cercas Patrimoniais e Operacionais e fal ta delas.
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10.4. COMPONENTE ESPECÍFICO DO PERIGO
RISCO CERCAS - Com base na análise de dados da inspeção realizada,
identificamos como Componente Específico do Perigo:
• Acesso de animais ao Sistema de Pátios e Pistas .
10.5. AVALIAÇÃO DAS CONSEQÜÊNCIAS
RISCO CERCAS - Com base na análise de dados da inspeção realizada,
identificamos como Conseqüências relacionadas ao Perigo:
• Possibilidade de Colisão de Aeronaves com animais .
10.6. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE RISCO
10.6.1. DEFESAS EXISTENTES
Como defesas existentes para as conseqüências da Possibilidade de colisão de
aeronaves com animais , devido ao componente específico do perigo: Acesso de
animais no Sistema de Pátios e Pistas , pode-se destacar:
a) Vistorias de Cercas (Segurança)
Vistorias diárias realizadas pela equipe de Segurança de Pátio (GRSE) abrangendo
toda a área perimetral do aeroporto, incluindo vistorias de cercas patrimoniais e
operacionais.
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b) Vistorias operacionais (Fiscais)
Vistorias diárias, realizadas pela equipe de Fiscalização de Pátios e Pistas (GROP-
2), seguindo cronograma padrão de inspeções 4 vezes ao dia e podendo haver mais
alguma inspeção especial. Com isso monitorando a área operacional, podendo
encontrar falhas de segurança ou avistar animais no sítio aeroportuário.
c) Manutenção preventiva das Cercas
Manutenções preventivas efetuadas pela GRMN, seguindo cronograma pré-definido
para reparos nas cercas patrimoniais e operacionais.
d) Monitoramento e comunicações efetuadas pela TWR
Monitoramento constante do Sistema de Pistas com câmeras, transmitindo
informações quando há algum avistamento de animais nesses locais e auxilia no
processo de captura.
e) Monitoramento e comunicações efetuadas pela CCP
Monitoramento constante do Sistema de Pátios e Pistas com câmeras, transmitindo
informações quando há algum avistamento de animais nesses locais e auxilia no
processo de captura.
f) Equipe dos Bombeiros para captura de animais
Acionados quando há alguma ocorrência com animal no sistema de Pátios e Pistas
para captura de remoção.
g) Apoio dos Fiscais de Pátio na captura de Animais
Acionados para apoio dos Bombeiros para captura de remoção de animais no
sistema de Pátios e Pistas.
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10.7. AVALIAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS
Baseado na existência das defesas citadas no item 12, o SGSO de SBGR avalia os
riscos à Segurança Operacional do aeroporto, utilizando as matrizes de avaliação e
tolerabilidade de risco do Doc. 9859 Safety Management Manual, 2ª edição da ICAO
conforme abaixo:
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• Possibilidade de Colisão de Aeronaves com animais .
Apesar das defesas existentes no aeroporto para prevenir esse tipo de perigo, com a
inspeção realizada foram detectadas algumas falhas, o que pode estar contribuindo
para o aumento das ocorrências de animais no Sistema de Pátios e Pistas, podendo
ocasionar uma colisão de aeronave com algum animal. Caso isso ocorra, a
severidade dessa ocorrência será Significativa devido aos danos maiores que
possa causar. Em relação à probabilidade, na situação atual, com base nas últimas
ocorrências, classifica-se como Ocasional , sendo provável que ocorra algumas
vezes ou tem ocorrido com pouca freqüência. Dessa forma, obtendo-se o índice de
risco 4C e tolerabilidade de risco aceitável somente com mitigação do risco .
11. PROCESSO DE CONTROLE E MITIGAÇÃO DE RISCO
O SGSO de SBGR reconhece que as defesas existentes apresentam falhas, sendo
insuficientes para garantir uma total segurança do tráfego de aeronaves no Sistema
de Pátios e Pistas. Baseado nisso, propõem-se medidas adicionais de mitigação dos
riscos de modo a torná-los aceitáveis, sendo elas:
• Reparação nos danos identificados nas Cercas Patrimoniais.
Responsável: Gerente de Segurança / Gerente de Manutenção.
• Reparação nos danos identificados nas Cercas Operacionais.
Responsável: Gerente de Operações / Gerente de Manutenção.
• Adotar procedimento para minimizar a ausência de Cercas Patrimoniais nas áreas
identificadas.
Responsável: Gerente de Segurança / Gerente de Manutenção.
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SBGR - 2010 SETEMBRO DE 2010
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• Adotar procedimento para minimizar a ausência de Cercas Operacionais nas
áreas identificadas.
Responsável: Gerente de Operações / Gerente de Manutenção.
• Reforço nas Inspeções de Cercas.
Responsável: Gerente de Segurança / Gerente de Operações.
• Adequação do Cronograma de Manutenção Preventiva de Cercas.
Responsável: Gerente de Manutenção.
• Manutenção da vegetação de áreas próximas às Cercas nas áreas identificadas.
Responsável: Gerente de Manutenção.
• Controle dos animais encontrados no sítio aeroportuário.
Responsável: Coordenador de Meio Ambiente.
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12. TABELA DE GERENCIAMENTO DE RISCO: RISCO CERCAS
Tipo de operações ou atividade
Perigo Genérico
Componente específico do
perigo
Conseqüência relacionada do perigo
Defesas existentes para controlar o risco e o índice de
risco
Ações adicionais para reduzir o risco e índice de
risco resultante
Pessoa responsável
Operações Aeroportuárias
Falhas nas Cercas
Patrimoniais e
Operacionais
Acesso de animais ao Sistema de Pátios e Pistas
a) Colisão de aeronaves com animais.
a) Vistorias de Cercas (Segurança) b) Vistorias operacionais (Fiscais) c) Manutenção preventiva das Cercas d) Monitoramento e comunicações efetuadas pela TWR e) Monitoramento e comunicações efetuadas pela CCP f) Equipe dos Bombeiros para captura de animais g) Apoio dos Fiscais de Pátio na Captura de Animais Índice de risco:
Tolerabilidade do risco: Aceitável somente com mitigação de risco podendo requerer uma decisão da Direção
a) Reparação nos danos identificados nas Cercas Patrimoniais b) Reparação nos danos identificados nas Cercas Operacionais c) Adotar procedimento para minimizar a ausência de Cercas Patrimoniais nas áreas identificadas d) Adotar procedimento para minimizar a ausência de Cercas Operacionais nas áreas identificadas e) Reforço nas Inspeções de Cercas f) Adequação do Cronograma de Manutenção Preventiva de Cercas g) Manutenção da vegetação de áreas próximas às Cercas nas áreas identificadas h) Controle dos animais encontrados no sítio aeroportuário Índice de risco:
Tolerabilidade do risco: Aceitável
a) Gerente de Segurança / Gerente de Manutenção b) Gerente de Operações / Gerente de Manutenção c) Gerente de Segurança / Gerente de Manutenção d) Gerente de Operações / Gerente de Manutenção e) Gerente de Segurança / Gerente de Operações f) Gerente de Manutenção g) Gerente de Manutenção h) Coordenador de Meio Ambiente
4C
1C
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13. CONCLUSÃO
Antes de se chegar à conclusão deste relatório, foram analisadas as estatísticas e
ocorrências referentes ao Perigo da Fauna Terrestre de Janeiro à Agosto de 2010 e
os dados referentes à inspeção realizada no sítio aeroportuário, onde identificamos
numa análise macro, relação desses dados com o aumento das ocorrências.
Concluiu-se então que, em relação ao Perigo da Fauna Terrestre, o sítio
aeroportuário encontra-se com um nível de risco Aceitável somente com
mitigação do risco , porém a probabilidade encontra-se alta, podendo chegar a um
índice inaceitável caso continue a aumentar as ocorrências. Dessa forma, foram
propostas diversas ações para mitigação desse risco.
Em relação à conseqüência Colisão de Aeronaves com animais , com a avaliação
realizada obtivemos um índice de risco 4C, com probabilidade Ocasional e
severidade Significativa, com tolerabilidade de risco aceitável somente com
mitigação do risco . Entretanto, com as ações mitigadoras propostas sendo
aplicadas, conseguiremos baixar esse índice de risco, tornando-o 1C, com
probabilidade Muito improvável e severidade Significativa, com tolerabilidade de
risco aceitável . Com isso, as chances de acontecer uma ocorrência seriam quase
nulas.
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Guarulhos, 28 de setembro de 2010
RODRIGO PAIXÃO BARBOSA Profissional da Gerência de
Segurança Operacional
Aprovado por:
ARMANDO LUIZ INCAU Gerente de Segurança Operacional
SGSO