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P.45. Programa de Monitoramento Limnológico e da Qualidade da Água Indígena
CONÁGUA AMBIENTAL
PROJETO BÁSICO AMBIENTAL INDÍGENA - UHE
TELES PIRES
P45. PROGRAMA DE MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E QUALIDADE DA ÁGUA INDÍGENA
Relatório Semestral de Operação 02 Fase de Operação da UHE Teles Pires
Julho a Dezembro de 2015
Janeiro – 2016
P.45. Programa de Monitoramento Limnológico e da Qualidade da Água Indígena
CONÁGUA AMBIENTAL
Equipe Técnica Responsável pelo desenvolvimento das Atividades do Programa
_______________________________________
Eng. Ambiental Thiago Coelho Crispim
_______________________________________
Biól. Msc. Wilma Maria Coelho
_______________________________________
Eng. Químico Diogo Coelho Crispim
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Arthur Loiola Alysson Miranda
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 5
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................... 6
2.2 METAS .............................................................................................................................. 6
3. METODOLOGIA .................................................................................................................... 6
3.1 ÁREA DE ESTUDO .......................................................................................................... 7 3.2. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS E PERIODICIDADE DAS COLETAS ....................................... 8 3.3 MÉTODOS DE CAMPO ................................................................................................... 9
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES. ............................................................................................. 14
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 36
6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 37
ANEXOS
Anexo I – Certificados de Ensaios
Anexo II - Certificados de Acreditação e de Função Técnica
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Localização geográfica dos pontos de coleta. Fonte: PBAI UHE Teles Pires ............................ 8 Tabela 2 - Valores de IQA nos pontos amostrados ................................................................................25 Tabela 3 – Resultados de todas as análises realizadas nos pontos amostrais na campanha monitorada em julho de 2015...................................................................................................................................26 Tabela 4 – Resultados de todas as análises realizadas nos pontos amostrais na campanha monitorada em outubro de 2015 ..............................................................................................................................28 Tabela 5 – Comparação entre o PBA UHE TELES PIRES E PBA COMPONENTE INDÍGENA em julho de 2015 ......................................................................................................................................................31 Tabela 6 – Comparação o PBA UHE TELES PIRES E PBA COMPONENTE INDÍGENA em outubro de 2015 ..............................................................................................................................................................33 Tabela 7 – Classificação do IQA .............................................................................................................34 Tabela 8 – Comparação dos valores de IQA em julho e outubro de 2015 ..............................................35
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Valores de Condutividade Elétrica e Sólidos Totais Dissolvidos nos pontos de amostragem ..............................................................................................................................................................18 Gráfico 2 - Valores do IET dos pontos amostrados nas duas campanhas monitoradas..........................25
Gráfico 3 - Valores de IQA nos pontos amostrados nas duas campanhas monitoradas.........................26
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Parâmetros físicos, químicos e biológicos para análise na água. (*) Variáveis que darão
subsídios à aplicação da modelagem matemática de qualidade de água ............................................... 9
Quadro 2 - Classificação do Estado Trófico segundo o Índice de CARLSON (1977) modificado ..............12 Quadro 3 - Classificação do Índice de Qualidade da Água .....................................................................13
Quadro 4 - Dados físico-químicos determinados em campo em Julho de 2015 .....................................14
Quadro 5 - Dados físico-químicos determinados em campo em Outubro de 2015 ................................15
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1. INTRODUÇÃO
O presente relatório refere-se ao Programa de Monitoramento Limnológico e da Qualidade da
Água Indígena (PMLQAI), que faz parte do Plano Básico Ambiental indígena - PBAI do
Componente Indígena do processo de licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica Teles Pires
– UHE Teles Pires e contempla as análises realizadas no período de julho a outubro de 2015,
que abrange os monitoramentos realizados em julho a dezembro de 2015.
Este Programa foi elaborado em atendimento ao Ofício nº. 521/2010/PRES-FUNAI-MJ de 10 de
dezembro de 2010 e adequação ao Ofício 785/2011 DPDS – FUNAI-MJ de 12 de agosto de 2011
e a Informação Técnica nº 470/COLIC/CGGAM/11 de 15 de agosto de 2011.
O local previsto para a implantação do eixo do barramento da UHE Teles Pires está inserido no
baixo curso do rio Teles Pires, a aproximadamente 30 km, a jusante do empreendimento está
localizada a TI Kayabi.
É importante mencionar que o monitoramento limnológico permitirá a adoção de medidas de
controles emergenciais sobre as eventuais alterações ambientais decorrentes da construção da
UHE, possibilitando o aprimoramento das previsões relacionadas à qualidade das águas
próximas as Terras indígenas Kayabi, Munduruku e Apiaká do Pontal e Isolados.
A região do monitoramento limnológico e estudo da qualidade de água compreendem os rios
Teles Pires, São Benedito, Apiacás, Ximari, Cururu-Açu, Santa Rosa, inseridos na Área de
Influência Indireta (AII) do empreendimento.
O monitoramento limnológico irá contribuir com o acompanhamento das possíveis alterações
sazonais naturais do rio Teles Pires e daquelas provenientes das diferentes etapas da
construção e operação da UHE Teles Pires. O monitoramento será realizado com base no
acompanhamento dos parâmetros indicadores da evolução da qualidade ambiental (aspectos
físicos, químicos e biológicos), considerando que a instalação do empreendimento poderá
modificar as características naturais do rio. Esse Programa será elaborado para as fases do pré e
pós-enchimento.
2. OBJETIVOS
O objetivo geral deste Programa é monitorar as variáveis limnológicas e da qualidade de
água (aspectos físicos, químicos e biológicos) nos rios Teles Pires, São Benedito, Apiacás,
Ximari, Cururu-Açu e Santa Rosa, inseridos na Área de Influência Indireta (AII) da UHE Teles
Pires.
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2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Contribuir com o conhecimento das características limnológicas e da qualidade de água
próximo das terras indígenas Kayabi, Munduruku, Apiaká do Pontal e Isoladosdas aldeias
da TIs Kayabi e Munduruku;
Caracterizar limnologicamente os rios Teles Pires, São Benedito, Apiacás, Ximari, Cururu-
Açu e Santa Rosa antes das obras de implantação do empreendimento e durante as
fases de construção e operação;
Monitorar e classificar continuamente a qualidade de água através da aplicação dos
Índices de Qualidade de Água (IQA) e Índices de Estado Trófico (IET);
2.2 METAS
O Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água têm como meta caracterizar
as condições limnológicas e da qualidade da água na área de entorno das TIs Kayabi,
Munduruku e Apiaká do Pontal e Isolados, localizadas na Área de Influência Indireta (AII) da
UHE Teles Pires, em escalas espacial e temporal, detectando as principais alterações em função
da implantação e operação da UHE.
3. METODOLOGIA
O monitoramento limnológico e da qualidade da água inicia-se com o Plano de Amostragem. A
coleta das amostras nos ecossistemas aquáticos deve seguir os procedimentos padronizados
dada sua importância no resultado final. O resultado de uma análise inicia-se com os trabalhos
de campo. Por ser amostral, o procedimento deve ser o mais representativo possível do
universo estudado. Assim, sugere-se seguir metodologias reconhecidas oficialmente por guias
internacionais ou estabelecidas por instituições e produções de confiança.
A periodicidade amostral para avaliação dos parâmetros físicos, químicos e biológicos neste
Programa é trimestral, e idealmente com as campanhas realizadas concomitantemente às
coletas do Programa de Monitoramento da ictiofauna.
Os dados gerados no Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade de Água do PBAI
serão partilhados com o Programa de Monitoramento Limnológico e da Qualidade de Água
(P.12) e Programa de Monitoramento da Ictiofauna (P.25) do PBA da UHE Teles Pires.
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O trabalho de monitoramento da qualidade da água constitui em duas etapas, sendo uma de
campo e outra de laboratório.
3.1 ÁREA DE ESTUDO
A TIs, estão localizadas no baixo curso do rio Teles Pires, divisa entre os estados do Mato
Grosso e do Pará, nos municípios de Apiacás-MT e Jacareacanga-PA. Na Figura 01 são
apresentadas as localizações das Aldeias Polo Kururuzinho/Etnia Kayabi, Aldeia Mayrowi/Etnia
Apiaká e Aldeia Teles Pires/Etnia Munduruku e estações de coleta para monitoramento
limnológico e qualidade da água.
Figura 1 - Localização das aldeias Polo do Programa de Monitoramento Limnológico e Qualidade da Água da UHE Teles Pires
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3.2. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS E PERIODICIDADE DAS COLETAS
Para atender as exigências do Plano Básico Ambiental Indígena, foram selecionados para o
monitoramento limnológico e estudo da qualidade da água 09 (nove) pontos de amostragem,
localizados nas terras indígenas Kayabi e Munduruku.
Os pontos de monitoramento foram selecionados durante o estudo complementar para o
Componente Indígena, considerando os locais de grande relevância para a comunidade
indígena.
A Tabela 1 apresenta a localização das estações de coleta para monitoramento limnológico e
qualidade da água.
Tabela 1 - Localização geográfica dos pontos de coleta. Fonte: PBAI UHE Teles Pires
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Os 09 pontos terão suas análises realizadas somente na camada superficial da água. A
periodicidade amostral dos parâmetros físicos, químicos e biológicos deverá ser trimestral, e
idealmente com as campanhas realizadas concomitantemente às coletas do Programa de
Monitoramento da Ictiofauna.
3.3 MÉTODOS DE CAMPO
As amostragens foram coletadas subsuperficialmente (0-20 cm de profundidade) e
armazenadas em frascos de vidro de 1 litro cor âmbar, ou em frascos plásticos de 500 mL e 50
mL, devidamente identificados, contendo ou não preservantes, dependendo do tipo de análise.
As análises de oxigênio dissolvido, saturação de OD, condutividade, temperatura da água,
temperatura do ar, pH e transparência da água (disco de Secchi) foram medidas in loco com o
auxílio de uma sonda multi-parâmetros e medidores de campo.
Em cada campanha, serão utilizadas fichas de anotação no campo contendo informações do
local da coleta como: data da amostragem, estação do ano, georeferenciamento dos pontos,
condições climáticas no momento da coleta ena semana antecede a campanha, as medições de
campo realizadas in situ e uma breve descrição do ambiente, incluindo o uso da terra no
entorno do ponto de coleta.
3.4 MÉTODOS NO LABORATÓRIO
O Quadro 1 apresenta os parâmetros físicos, químicos e biológicos que serão analisados no
laboratório, o método amostral, a validade, o método de preparação e de análise para cada um
desses parâmetros.
Quadro 1 - Parâmetros físicos, químicos e biológicos para análise na água. (*) Variáveis que darão subsídios à aplicação da modelagem matemática de qualidade de água
PARÂMETRO LQ UNID Método amostral
Validade Método de preparação
Método de análise
Alcalinidade Total 1,0 mg/L SM 21 2320 24 h a 14 dias
(c) SM 21 2320 SM 21 2320
Alumínio Dissolvido 0,004 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 K SM 21 3500
Arsênio Total 0,002 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 K SM 21 3120 B
Bário Total 0,005 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 K SM 21 3120 B
Boro Total 0,006 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 4500 B SM 21 3120 B
Cádmio Total 0,001 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 K SM 21 3120 B
Cálcio Total 0,8 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 K SM 21 3120 B
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Cromo Total 0,005 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 K SM 21 3120 B
Chumbo Total 0,005 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 K SM 21 3120 B
Cloreto Total 2,0 mg/L SM 21 1060 B 28 dias SM 21 4500 Cl- B SM 21 4500 Cl- B
Clorofila a 0,01 µg/L SM 21 Extração imediata
SM 10200 H SM 10200 H
Cobalto Total 0,006 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 K SM 21 3120 B
Cobre Dissolvido 0,003 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 K SM 21 3120 B
Carbono orgânico Total
0,18 mg/L SM 21 1060 B 7 a 28 dias (b) SM 21 5310 B SM 21 5310
Carbono orgânico dissolvido
0,18 mg/L SM 21 1060 B 7 a 28 dias (b) SM 21 5310 B SM 21 5310
Coliformes Termotolerantes
≥ 1,1 NMP/100mL SM 21 9060 B 24 h (c) SM 9221 B SM 9221 B
Condutividade elétrica
0,7 µS/cm SM 21 1060 B 28 dias (c) SM 2510 B SM 2510 B
Cor Verdadeira 4 mg/L Pt SM 21 1060 B 48 h (c) SM 21 2120 B SM 21 2120 B
DBO 5 0,3 mg/L SM 21 1060 B 6 a 48 h(c) SM 21 5210 SM 21 5210
DQO 0,03 mg/L SM 21 1060 B 7 a 28 dias (b) SM 21 5220 D SM 21 5220 D
Dureza Total 2 mg/L SM 21 1060 B 6 meses (a) SM 21 2340 C SM 21 2340 C
Ferro Dissolvido 0,04 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3500 B SM 21 3500 B
Fluoreto Total 0,04 mg/L SM 21 3010 B 28 dias SM 21 4500 F C SM 21 4500 F C
Fósforo Total 0,004 mg/L SM 21 1060 B 28 dias (b) SM 21 4500 P SM 21 4500 P
Fósforo Orgânico 0,004 mg/L SM 21 1060 B 28 dias (b) SM 21 4500 P SM 21 4500 P
Lítio Total 0,004 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3500 Li B SM 21 3500 Li B
Índice de Fenóis 0,001 mg/L 28 dias (b) SM 5530 SM 5530
Magnésio Total 0,4 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3500 E SM 21 3500 E
Manganês Total 0,007 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3500 Mn SM 21 3500 Mn
Materiais flutuantes
- - visual momento - visual
Mercúrio Total 0,0001 mg/L SM 21 3010 B 28 dias (a) SM 21 3030 B EPA 7470 A
Níquel Total 0,009 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 K SM 21 3120 B
Nitrogênio amoniacal
0,02 mg/L SM 21 1060 B 48 h (c) SM 21 4500 NO-3 E SM 21 4500 NO-3 E
Nitrogênio kjedahl total
0,56 mg/L SM 21 1060 B 48 h (c) SM 21 4500 NO-3 E SM 21 4500 NO-3 E
Nitrogênio orgânico 0,6 mg/L SM 21 1060 B 48 h (c) SM 21 4500 NO-3 E SM 21 4500 NO-3 E
Nitrato 0,1 mg/L SM 21 1060 B 48 h (c) SM 21 4500 NO-3 E SM 21 4500 NO-3 E
Nitrito 0,002 mg/L SM 21 1060 B 48 h (c) SM 21 4500 NO-2 B SM 21 4500 NO-2 B
OD 0,1 mg/L SM 21 1060 B (d) SM 21 4500 O G SM 21 4500 O G
Óleos e graxas 0,0001 mg/L - 28 dias (b) SM 5520 SM 5520
Ortofosfato 0,0027 mg/L SM 21 1060 B 24 h (c) SM 4500 P D SM 4500 P D
Ph 00,2 a
14 -
SM 21 1060 B (d) POP 05.039 rev. 06 POP 05.039 rev. 06
Potássio Total 0,1 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 B SM 21 3120 B
Potencial de oxirredução
0,1 - SM 21 1060 B
(d) POP 05.039 rev. 06 POP 05.039 rev. 06
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Sódio Total 0,05 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 B SM 21 3120 B
Sólidos Totais Dissolvidos
1 mg/L SM 21 3010 B 7 dias (c) SM 21 2540 SM 21 2540
Sólidos Totais mg/L - 7 dias (c) SM 2540 SM 2540
Salinidade 0,7 SM 21 1060 B - SM 2510 B SM 2510 B
Saturação de Oxigênio
0,1 mg/L SM 21 1060 B
(d) SM 21 4500 O G SM 21 4500 O G
Sílica 0,01 mg/L - 28 dias (c) SM4500 SiO2 SM 4500 SiO2
Sulfato total 0,11 mg/L SM 21 1060 B
28 dias (c) SM 21 4500 SO4-2 D SM 21 4500 SO4-2
D
Temperatura água 0 a 50 ºC SM 21 2550 B (d) SM 21 2550 B SM 21 2550 B
Temperatura do ar 0 a 50 ºC SM 21 2550 B (d) SM 21 2550 B SM 21 2550 B
Transparência (Secchi)
- m - (d) - -
Turbidez 0,21 NTU SM 21 1060 B 24 a 48 h (e) SM 21 2130 B SM 21 2130 B
Vanádio total 0,007 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 B SM 21 3030 B
Zinco Total 0,007 mg/L SM 21 3010 B 6 meses (a) SM 21 3030 B SM 21 3030 B
Fonte: PBA UHE TELES PIRES
(a) Acidificar com HNO3 até pH < 2 – para dissolvidos filtrar imediatamente após coleta; (b) Acidificar com H2SO4 até pH < 2 e refrigerar
(c) Refrigerar
(d) Medida de campo
(e) Refrigerar no escuro
(f) Adicionar 4 gotas de acetato de zinco 2 N por 100 mL e refrigerar; adicionar NaOH até pH > 9
(g) Adicionar NaOH até pH > 12 e refrigerar no escuro
Para a determinação do índice de bactérias termotolerantes na água foi adotada a técnica do
substrato cromogênico, onde < 1,1 NMP/100 mL correspondem ao valor de expressão para
ausência de bactérias na amostra examinada.
3.5 ANÁLISE DOS DADOS
A caracterização limnológica dos pontos amostrados foi registrada na forma de tabelas e
gráficos que são apresentados a seguir como elementos para a análise crítica dos dados.
Seguindo os critérios do EIA/RIMA e relatórios anteriores, os resultados foram avaliados
segundo recomendações da Resolução CONAMA Nº 357 de 17 de Março de 2005, Classe II.
O Índice de Qualidade da Água (IQA) e o Índice de Estado Trófico (IET) foram determinados
segundo as definições da CETESB (2012).
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O IET tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a
qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao
crescimento excessivo das algas, ou o potencial para o crescimento de macrófitas aquáticas.
O índice adotado será o índice clássico introduzido por CARLSON (1977) modificado por
LAMPARELLI (2004) adotado pela CETESB que, através de método estatístico baseado em
regressão linear, alterou as expressões originais para adequá-la a ambientes subtropicais. Este
índice utiliza três avaliações de estado trófico em função dos valores obtidos para as variáveis:
transparência (disco de Secchi), clorofila “a” e fósforo total (Quadro 2).
Quadro 2 - Classificação do Estado Trófico segundo o Índice de CARLSON (1977) modificado
Fonte: TUNDISI et al. (2009)
Das três variáveis citadas para o cálculo do IET foram aplicadas neste relatório apenas duas:
clorofila “a” e fósforo total, uma vez que os valores de transparência muitas vezes não são
representativos do estado de trofia, pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez,
decorrente de material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos
planctônicos. Quando não houver resultados para o fósforo total ou para a clorofila a, o índice
será calculado com a variável disponível e considerado equivalente ao IET.
Nesse índice, os resultados correspondentes ao fósforo, IET(P), devem ser entendidos como
uma medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente causador
do processo. A avaliação correspondente à clorofila “a”, IET (CL), por sua vez, deve ser
considerada como uma medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador, indicando de
forma adequada o nível de crescimento de algas que tem lugar em suas águas. Assim, o índice
médio engloba, de forma satisfatória, a causa e o efeito do processo.
Os dados obtidos com as amostras foram usados como subsídios para o cálculo do IQA, que se
apresenta como importante ferramenta empregada na avaliação da qualidade da água de rios,
córregos e lagos.
Ultraoligotrófico IET ≤ 47 P ≤ 13 CL ≤ 0,74
Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 13< P ≤ 35 0,74 < CL ≤ 1,31
Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 35 < P ≤137 1,31 < CL ≤ 2,96
Eutrófico 59 < IET ≤ 63 137< P ≤296 2,96 < CL ≤ 4,70
Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 296 < P ≤640 4,70 < CL ≤ 7,46
Hipereutrófico IET> 67 640 < P 7,46 < CL
PonderaçãoCategoria estado
tróficoP-total - P Clorofila a
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Segundo CETESB (2012), o IQA é calculado pelo produtório ponderado das qualidades de água
correspondentes aos parâmetros: temperatura da amostra, pH, oxigênio dissolvido, demanda
bioquímica de oxigênio (5 dias, 20ºC), coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo
total, resíduo total (sólido total) e turbidez.
A seguinte fórmula é utilizada:
Onde:
IQA: Índice de qualidade das Águas, um número entre 0 e 100;
qi: qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 100, obtido da respectiva "curva
média de variação de qualidade", em função de sua concentração ou medida e
wi: peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 1, atribuído em função
da sua importância para a conformação global de qualidade, sendo que:
em que:
n: número de parâmetros que entram no cálculo do IQA.
Na ausência de algum dos 9 parâmetros, o cálculo do IQA é inviabilizado.
A partir do cálculo efetuado do IQA, pode-se determinar a qualidade das águas brutas, variando
numa escala de 0 a 100, conforme o Quadro 3.
Quadro 3 - Classificação do Índice de Qualidade da Água
Fonte: Cetesb (2014)
Categoria Ponderação
Ótima 79 <IQA ≤ 100
Boa 51 < IQA ≤ 79
Regular 36 < IQA ≤ 51
Ruim 19 < IQA ≤ 36
Péssima IQA ≤ 19
IQA - Parâmetros
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES.
VARIÁVEIS DE CAMPO
Os dados registrados em campo nas duas campanhas monitoradas, sendo em julho e outubro
de 2015, obtidos na superfície da água estão dispostos nos Quadros 4 e 5.
Quadro 4 - Dados físico-químicos determinados em campo em Julho de 2015
Data
24/0
7/20
15
25/0
7/20
15
26/0
7/20
15
27/0
7/20
15
28/0
7/20
15
29/0
7/20
15
30/0
7/20
15
31/0
7/20
15
01/0
8/20
15
Hora 08:50 09:30 10:00 10:50 11:20 11:40 12:00 10:00 09:00
Matriz
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Chuvas nas últimas 24h Não Não Não Não Não Não Não Não Não
Condição do tempo
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Condutividade 8 11 18 11 8 8 9 10 8
Oxigênio Dissolvido 6,31 6,32 7,16 6 6,34 6,28 6,2 6,3 6,27
pH 7,38 7,3 7,16 7,4 7,29 6,82 7,16 7,22 7,52
Temp. da Amostra 27,3 27,3 26,1 27,1 28,4 25,6 28,2 28,4 28,9
Transparência 0,3 2.20 1.43 2.05 2.15 2.0 2.28 1.40 1.50
Turbidez 11,7 14,95 33,15 19,5 10,4 5,85 11,05 10,4 11,05
Ponto de Coleta P01 P02A P03 P04 P05A P06 P07 P08 P09
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Quadro 5 - Dados físico-químicos determinados em campo em Outubro de 2015
Data
25/1
0/20
15
25/1
0/20
15
25/1
0/20
15
25/1
0/20
15
25/1
0/20
15
25/1
0/20
15
25/1
0/20
15
25/1
0/20
15
25/1
0/20
15
Hora 12:17 11:40 10:30 09:20 08:40 08:15 07:40 12:00 09:30
Matriz
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Águ
a B
ruta
Chuvas nas últimas 24h Não Não Não Não Não Não Não Não Não
Condição do tempo
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Bo
m
Condutividade 18,5 23,4 50 30,4 16,8 9,3 17,1 16,7 17,4
Oxigênio Dissolvido 6,8 6,86 5,97 6,36 6,94 6,9 6,95 6,21 6,1
pH 7,25 7,3 7,12 7,4 7,25 6,94 7,25 7,65 5,86
Temp. da Amostra 27,8 27,4 27,4 28 28,7 26,5 26,5 32 32
Transparência 0,6 2,2 2 2,2 2,2 2 2,2 1,7 1,7
Turbidez 8,92 1,84 2,16 1,63 0,88 1,47 1,14 0,97 1,19
Ponto de Coleta P01 P02A P03 P04 P05A P06 P07 P08 P09
O oxigênio é um dos mais importantes elementos na dinâmica e caracterização de ecossistemas
aquáticos. As principais fontes de oxigênio para a água são a atmosfera e a fotossíntese. Já as
perdas são decorrentes da oxidação da matéria orgânica, perda para a atmosfera, respiração de
organismos aquáticos e oxidação de íons metálicos (ESTEVES, 1998).
Pisinaras (2007) cita que o oxigênio dissolvido é o componente mais importante na superfície
da água que inicia os processos de autopurificação, contribuindo assim para a manutenção dos
organismos aquáticos. É o parâmetro mais reativo e confiável em curto prazo do que a maioria
dos constituintes químicos na água. E que baixos valores são esperados durante os períodos
quentes, devido à alta temperatura das águas.
Para o oxigênio dissolvido todos os pontos nas duas campanhas monitoradas apresentaram
valores compatíveis ao determinado na Resolução CONAMA 357/05, que estabelece valores
maiores que 5 mg/L O2.
A influência do pH sobre os ecossistemas aquáticos dá-se diretamente devido a seus efeitos
sobre a fisiologia das diversas espécies. O efeito indireto é também muito importante podendo,
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em determinadas condições de pH, contribuírem para a precipitação de elementos químicos
tóxicos como metais pesados; em outras condições podem exercer efeitos sobre a solubilidade
de nutrientes (CETESB, 2010).
Para o pH foram apresentados valores variando de 6,82 (P06) a 7,52 (P09) unidades de pH na
campanha realizada em julho de 2015, e registros de 5,86 (P09) a 7,65 (P08) em outubro de
2015 caracterizando águas ácidas a alcalinas, atendendo aos limites da legislação (6 a 9 unidade
de pH). Excerto no ponto P09 em outubro/2015 que registou um valor abaixo de 6 como já foi
supracitado.
A condutividade elétrica fornece uma boa indicação das modificações na composição de uma
água, especialmente na sua concentração mineral. A condutividade da água aumenta à medida
que mais sólidos dissolvidos são adicionados. Altos valores podem indicar características
corrosivas da água (CETESB, 2010). Sua determinação está relacionada à decomposição, a
compostos dissolvidos e à presença de íons.
Para a condutividade elétrica em julho foram observadas variações de 8 µS/cm a 18 µS/cm.
Em outubro de 2015 foram registrados valores de 9,3 µS/cm a 50 µS/cm. Dessa forma, a
condutividade elétrica não sofreu variações muito expressivas entre os pontos amostrados,
talvez em decorrência da baixa dissolução de íons do solo.
Segundo BRANCO (1978), a turbidez da água é devida à dispersão dos raios luminosos causada
pela presença de partículas em suspensão, tais como: silte, massas coloidais, microrganismos,
etc. Já a transparência é determinada primeiramente pelos efeitos combinados da cor das
águas, pela turbidez mineral e pela presença de algas (STRASKRABA & TUNDISI, 2008).
Para a turbidez todos os pontos amostrados nas duas campanhas monitoradas apresentaram
resultados dentro dos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 357/05 para rios de Classe
II (100 UNT), com valores de variando entre 0,88 NTU a 33,15 NTU nos pontos amostrados.
A transparência estimada através da profundidade da extinção da luz visível aferida com o disco
de Secchi esteve entre 0,30 m e 2,28 metros ao longo das campnhas realizadas em julho e
outubro 2015.
VARIÁVEIS DE LABORATÓRIO
Os resultados das análises realizadas estão dispostas na Tabelas 3 e 4. Os resultados que não
atenderam os limites preconizados na legislação estão destacados em vermelho.
A alcalinidade da água é a medida de sua capacidade de neutralizar ácidos. Em águas naturais,
esta se deve principalmente a sais de ácidos fracos, bases fracas ou fortes. Os bicarbonatos
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representam a forma principal de alcalinidade, por serem formados em quantidades
consideráveis pela ação do gás carbônico em materiais básicos no solo (VILLA, 2005).
Os pontos amostrados apresentaram valores de alcalinidade, variando ao longo das campanhas
entre 8,0 mg/L a 73 mg/L, sugerindo que não há um processo acentuado de tamponação do
meio.
O cálcio é encontrado nas águas principalmente nas formas de carbonato e bicarbonato de
cálcio e possui um importante papel no crescimento de algas e plantas aquáticas. Nos
processos físicos o cálcio pode modificar os valores de pH de acordo com a sua forma
encontrada na água (SOUSA et al, 2003). O cálcio apresentou registros de 1,6 mg/L a 4 mg/L em
julho de 2015 e 0,45 mg/L a 12,25 mg/L em outubro de 2015. Ocorrendo maiores valores na
campanha realizada em outubro/2015.
A dureza das águas é caracterizada principalmente pelo teor de cálcio e magnésio apresentada
na mesma, (PEIXOTO, 2008). Os valores de dureza registrados em julho variaram de 2 mg/L a 32
mg/L e em outubro variaram de 8 a 62 mg/L, caracterizando águas muito macias na maioia dos
pontos (<60 mg/L CaCO3) indicando baixa capacidade de tamponamento do meio. Em relação à
qualidade, esses pontos apresentam boa qualidade (<150 mg/L CaCO3).
Sólidos na água correspondem a toda a matéria que permanece como resíduo, após
evaporação, secagem ou calcinação da amostra a uma temperatura pré-estabelecida durante
um tempo fixado. São esses métodos que definem as diversas formas de sólidos presentes na
água. A importância de se verificar a concentração de sólidos na água é que esses podem
causar danos aos peixes e à vida aquática, podendo sedimentar no leito dos rios destruindo
organismos que fornecem alimentos e também podem reter bactérias e resíduos orgânicos no
fundo dos rios, promovendo decomposição anaeróbia (CETESB, 2009).
Para os sólidos totais não foram observadas grandes variações nos dois períodos monitorados.
Em julho foram observados registros de 0,231 mg/L a 3,19 mg/L e em outubro os valores
estiveram entre 0,75 mg/L a 4,77 mg/L, não apresentando valores preocupantes. Para tal
parâmetro não há valores de referência na legislação.
Para sólidos totais dissolvidos não se verificaram concentrações significativas nos pontos
monitorados nos períodos avaliados, o que indica a ausência de processos erosivos na bacia de
drenagem. Os valores apresentados estiveram bem abaixo do limite máximo estabelecido pela
Resolução CONAMA 357/05 (500 mg/L).
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O Gráfico 1 ilustra a relação entre condutividade e sólidos dissolvidos, em que foi possível
observar que os maiores valores de condutividade são decorrentes do aumento de sólidos
dissolvidos.
Gráfico 1 - Valores de Condutividade Elétrica e Sólidos Totais Dissolvidos nos pontos de amostragem
A cor nas águas naturais, geralmente é devida a produtos de decomposição de matéria
orgânica do próprio manancial ou do húmus dos solos adjacentes e também por atividades
humanas, tais como: irrigação de terras destinadas à agricultura, dragagens de areia, queima de
matas, etc. (BRANCO, 1978).
O parâmetro cor verdadeira apresentou valores acima do recomendado na Resolução CONAMA
357/2005 para rios de Classe II (75 mg Pt/L) em todos os pontos no monitoramento realizado
em julho de 2015, variando de 135 mg Pt/L a 163 mg Pt/L. Já na campanha realizada em
outubro/2015 os valores variaram de 31 mg Pt/L a 89 mg Pt/L. A cor em águas naturais pode
ser decorrente da matéria orgânica em decomposição, devido a substâncias dissolvidas ou em
suspensão e também pode ser causada pela combinação de ferro com matéria orgânica,
resultando em elevados valores de cor. Outro fator que causa valores elevados de cor nas
águas naturais é o escoamento superficial, provocado pelas precipitações.
O nitrogênio pode ser encontrado nas águas nas formas de nitrogênio orgânico, amoniacal,
nitrito e nitrato. Sendo que a combinação de amônia e nitrogênio orgânico constitui o
nitrogênio kjedahl total. Esses compostos são nutrientes para processos biológicos e são
0
10
20
30
40
50
60
0
5
10
15
20
25
30
P01 P02A P03 P04 P05A P06 P07 P08 P09
Co
nd
uti
vid
ade
Elét
ica
(µm
/cm
)
STD
(m
g/L)
Pontos de amostragem
STD (julho) STD (outubro) Condutividade Eletrica (julho) Condutividade Eletrica (julho)
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caracterizados como macronutrientes, pois, depois do carbono, o nitrogênio é o elemento
exigido em maior quantidade pelas células vivas. Quando descarregados nas águas naturais,
conjuntamente com o fósforo e outros nutrientes presentes nos despejos, provocam
oenriquecimento do meio, tornando-o eutrofizado (CETESB, 2009). Na legislação para o
nitrogênio amoniacal são estabelecidos valores de 0,5 a 3,7 mg/L, que variam em função do pH.
Para o nitrogênio orgânico e kjedahl não há valores de referência. O nitrogênio amoniacal, o
orgânico e o kjedahl total não foram detectados, estando abaixo dos limites de quantificação
dos métodos nos dois períodos avaliados.
O nitrato foi apresentado em baixa concentração nas campanhas realizadas, apresentando
valores abaixo do limite de quantificação do equipamento, atendendo assim aos limites
estabelecidos pela Resolução CONAMA (357/05) para rios de Classe II, que determina a
concentração máxima de 10 mg/L. Assim, todos os pontos amostrais atenderam ao
recomendado na legislação.
Os coliformes termotolerantes são um grupo de bactérias indicadoras de organismos
originários predominantemente do trato intestinal humano e de outros animais (VON
SPERLING, 1996). A presença dessas bactérias na água é indicativa da presença de organismos
patogênicos.
A Escherichia coli, importante indicador da presença de área antropizadas no entorno do corpo
hídrico foi presente em baixas concentrações nos pontos amostrais nas duas campanhas,
avaliadas com valores dentro dos limites preconizados pela Resolução CONAMA 357/2005, para
enquadramento dos rios em águas de Classe 2 - que é de 1.000 NMP/100 mL.
Os elementos traços são formas químicas que ocorrem na natureza, de um modo geral, em
pequenas concentrações, da ordem de partes por bilhão (ppb) a partes por milhão (ppm),
alguns destes elementos são essenciais aos seres vivos e exercem importância no metabolismo
de organismos aquáticos (Mg, Fe, Zn, Mn, Cu, Co, Mo, e B), outros (Cd, Pb e Cr) não têm função
biológica conhecida e são geralmente tóxicos a uma grande variedade de organismos (ESTEVES,
1988).
Os rios que deságuam em lagos podem contribuir com a maior parte dos elementos-traço
presentes nestes ecossistemas.
Uma das principais fontes para a presença de magnésio nas águas é o intemperismo de rochas
que compõem a bacia de drenagem e a erosão dos solos ricos nesse elemento. Os valores de
magnésio apresentados foram semelhantes nas duas campanhas avaliadas, com registros de
1,44 a 5,28 em julho e 0,55 a 6,05 mg/L em outubro. Não há referências na legislação para tal
elemento.
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O cádmio é liberado no ar, águas e solos por meio de atividades antropogênicas. As principais
fontes de contaminação são a produção de metais não ferrosos produzidos principalmente
pelas indústrias automotivas na forma de pigmentos (tintas automotivas), pigmentos de
plástico colorido, baterias para veículos, baterias nicad níquel e cádmio (recarregáveis), além do
uso na indústria fotográfico e agroquímico (FILHO, 2008). CETESB (2009) ainda cita que este
elemento pode ser proveniente da poluição difusa causada por fertilizantes. Este elemento não
foi detectado em nenhum dos pontos avaliados, nas duas campanhas monitoradas.
Para o chumbo, a Resolução CONAMA 357/05 estabelece valores de até 0,01 mg/L em
ambientes de Classe II. BRANCO (1978) cita que o chumbo é procedente principalmente de
minerações e de atividades industriais e que concentrações de 0,1 a 0,4 mg/L desse metal são
letais a peixes. Com relação a outros organismos aquáticos, concentrações superiores 0,3 mg/L
acarreta em uma grande diminuição tanto do número de espécies, quanto do número de
organismos. Esse elemento não foi detectado em nenhum dos pontos amostrados nas duas
campanhas avaliadas.
Foram realizadas análises complementares de bário, boro, cobalto, cobre dissolvido, cromo,
lítio, mercúrio, níquel e vanádio. Todos esses elementos, com exceção do bário e cobre
dissolvido apresentaram concentrações abaixo do limite de detecção do método analítico.
Dessa forma, estiveram de acordo com os limites recomendados na Resolução CONAMA
357/05 para rios de Classe II, nos pontos amostrados.
Para o elemento bário foram observados valores variando de 0,015 e 0,032 mg/L, na campanha
de julho e e no monitoramento de outubro esse elemento apresentou registros de 0,025 a
0,162 mg/L. Dessa forma, todos os pontos atenderam aos limites estabelecidos na legislação
para tal parâmetro (0,7 mg/L). O elemento bário ocorre naturalmente nas águas, sendo seu
valor máximo permitido em águas potáveis também 0,7 mg/L (Portaria 518/04), segundo
CETESB (2009).
O elemento cobre dissolvido foi detectado apenas no ponto P04 na campanha de julho com
valor de 0,017 mg/L respectivamente, apresentando-se acima o limite estabelecido na
legislação (0,009 mg/L). Uma das fontes de cobre para o meio ambiente é a utilização de
compostos de cobre como algicidas aquáticos e de produtos agrícolas que contenham cobre.
Ademais o cobre ocorre naturalmente em todas as plantas e animais e é um nutriente essencial
em baixas doses. Concentrações acima de 0,5 mg/L são letais a peixes (CETESB, 2009).
O carbono orgânico dissolvido é uma forma direta de avaliar a concentração de matéria
orgânica, originando-se principalmente da decomposição de plantas e animais e a partir de
produtos de excreção destes organismos. Está presente nas proteínas, carboidratos, lipídios e
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compostos húmicos, tendo como importante fonte para coluna de água a liberação de COD
pelo fitoplâncton e macrófitas pela quebra das células, de forma natural ou através da
herbivoria da comunidade zooplanctônica sobre o fitoplâncton. Para as campanhas avaliadas
foram observados baixos registros, com valores de 0,87 mg/L a 3,52 mg/L. Não há
recomendações na legislação para este parâmetro.
Os cloretos encontrados em águas naturais distantes do mar podem ser provenientes de
depósitos minerais, efluentes domésticos e resíduos industriais. A concentração recomendada
pela Resolução CONAMA N° 357/05 é (250mg/L Cl) aos registrados em alguns cursos d’água
citados por SANTOS (2000) sendo 0,5 a 55 mg/L Cl. Nas duas campanhas monitoradas foram
observados baixos registros de cloreto, com valores muito abaixo do limite estabelecido pela
legislação.
Nas regiões onde se conhece o conteúdo normal em cloretos da água, a determinação desse sal
é de valor no julgamento da qualidade sanitária da água, sendo um íon conservativo e presente
em efluentes domésticos, pode ser utilizado para caracterizar fontes de poluição por dejetos
humanos (HARDENBERGH, 1958; DACACH, 1979 & CARMOUZE, 1994).
Todas as águas naturais apresentam sódio, uma vez que esse elemento é um dos mais
abundantes na Terra e seus sais são altamente solúveis em água. O aumento das concentrações
de sódio na água pode provir de lançamento de efluentes domésticos e industriais. Grande
parte das águas superficiais apresentam concentrações abaixo de 50 mg/L, segundo CETESB
(2009). Os valores de sódio apresentados nas duas campanhas variaram de 0,18 mg/L a 4,77
mg/L.
A salinidade mede a concentração de sais dissolvidos nos corpos hídricos. Para os dois
monitoramentos, em todos os pontos avaliados a salinidade esteve ausente.
Óleos e graxas são substâncias orgânicas de origem mineral, vegetal ou animal. Dificilmente são
encontradas em águas naturais e quando presentes são oriundas de despejos industriais e
domésticos, efluentes de oficinas mecânicas, postos de gasolina, estradas e vias públicas. Na
Resolução CONAMA 357/05 a recomendação é de que os óleos e graxas sejam virtualmente
ausentes para as classes 1, 2 e 3. Em nenhum dos pontos avaliados nas duas campanhas de
monitoramento foi observada a presença de óleos e graxas. Dessa forma, todos os pontos
estiveram de acordo com a recomendação da legislação.
Para materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais, a legislação recomenda que sejam
virtualmente ausentes. Em todos os pontos avaliados nos dois períodos monitoramentos não
foi observada a presença de materiais flutuantes, atendendo as recomendações da Resolução
CONAMA 357/05.
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A sílica, presente nos corpos hídricos é proveniente da decomposição de minerais de silicato de
alumínio, frequente nas rochas sedimentares. A sílica pode causar turbidez na água. Em sua
forma solúvel é utilizada pelas algas diatomáceas na formação de suas carapaças. Devido à
abundância de sílica nos solos tropicais, a sílica é encontrada em elevadas concentrações na
água (ESTEVES, 1998). Nos pontos monitorados nas duas campanhas avaliadas não foram
percebidas variações significantes para a sílica. Nos monitoramentos os valores variaram de 2
mg/L a 9 mg/L. Não há recomendações na legislação para a sílica.
O fósforo é o principal fator limitante da produtividade em ecossistemas continentais e tem
sido apontado como principal responsável pela eutrofização desses ambientes, (ESTEVES,
1998). O fósforo orgânico esteve abaixo do limite de quantificação do método em todos os
pontos nas duas campanhas monitoradas. Não há referências na legislação para fósforo
orgânico. Já para o fósforo total, na Resolução CONAMA 357/05 é preconizado valores de até
0,1 mg/L em ambientes lóticos. Nas duas campanhas monitoradas em julho e outubro de 2015
todos os pontos atenderam aos limites da legislação, uma vez que esse elemento foi detectado
apenas nos pontos P01, P03, P05 e P09 na campanha realizada em julho/2015.
O ortofosfato é uma fração rapidamente absorvida pelo fitoplâncton, por isso ocorre em
concentrações muito baixas no ambiente aquático. Além disso, em ambientes plenamente
oxigenados é capturado por cátions dissolvidos, como Cálcio, Magnésio e Ferro e precipitado
no sedimento O ortofosfato foi detectado apenas nos pontos P01 (0,423 mg/L) e P09 (0,003) na
campanha realizada em julho/2015 estando ausente dos demais pontos de amostragem. Não
há valores de referência na Resolução CONAMA 357/05 para tal parâmetro.
SAMPAIO (1995), em seus estudos, relata que as medidas de penetração de radiação solar na
água e os estudos sobre a ótica dos sistemas aquáticos, tradicionalmente estão relacionados
com a avaliação da energia disponível para a fotossíntese, as respostas do fitoplâncton a
diferentes intensidades luminosas para a produção de clorofila.
CARLSON (1977) sustenta que a avaliação correspondente à clorofila “a”, por sua vez, deve ser
considerada como a resposta do corpo hídrico ao excesso de nutrientes disponíveis nas cadeias
primárias, indicando o exponencial de crescimento da comunidade planctônica e fornecendo
também uma noção do estado trófico do meio.
A clorofila a representa cerca de 1 a 2 % do peso seco do material orgânico em todas as algas
planctônicas e é comumente utilizada como um indicador de biomassa algal, considerada a
principal variável indicadora de estado trófico dos ambientes aquáticos. Para as duas
campanhas avaliadas, todos os pontos atenderam aos padrões aceitáveis pela Resolução
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CONAMA 357/05, CLASSE II, (30µg/L), com resultados variando de 0,24 µg/L a 0,72 µg/L em
julho e 0,96 µg/L a 2,4 µg/L, em outubro.
Os parâmetros DQO (Demanda Química de Oxigênio) e DBO5 (Demanda Biológica de Oxigênio)
são processos de análises que relacionam a presença de matéria orgânica no corpo d’água.
Essas análises se destinam a caracterizar a biomassa orgânica presente na água, e que tem
implicações nas condições de aerobiose do meio aquático. São indicadores consagrados de
poluição por dejetos orgânicos.
A DBO corresponde à quantidade de oxigênio que é consumida pelos microrganismos, na
oxidação biológica, quando mantida a uma dada temperatura por um espaço de tempo
determinado. Essa demanda pode ser suficientemente grande, consumindo então todo o
oxigênio dissolvido da água, o que condiciona a morte de todos os organismos aeróbios de
respiração subaquática (BRANCO, 197).
A Resolução CONAMA 357/05 aceita valores até 5,0 mg/L O2 para DBO em ambientes Classe II,
portanto, todos os pontos avaliados nas duas campanhas monitoradas apresentaram baixos
registros de carga orgânica, retratado pelos valores de DBO, atendendo ao preconizado na
legislação, com variações de 0,5 a 1,8 mg/L O2 em julho e 0,4 a 0,8 mg/L O2 em outubro.
Para a DQO foram apresentados valores variando de 2 a 23 mg/L O2 em julho e 2 a 3 mg/L O2
em outubro, indicando um baixo consumo de oxigênio nas reações químicas de oxidação da
matéria orgânica. Não há valores de referência na Resolução CONAMA 357/05 para o
parâmetro DQO.
Os íons metálicos, em geral apresentaram-se em níveis muito baixos, apresentando valores
dentro dos limites estabelecidos para o enquadramento de corpos hídricos em águas de Classe
2 (CONAMA 357/2005).
O alumínio dissolvido apresentou alguns valores acima do estabelecido na legislação (0,1 mg/L)
na campanha realizada em julho/2015. Para o ferro dissolvido, na campanha realizada em julho
alguns pontos apresentaram valores acima do permitido na Resolução CONAMA 357/05 (0,3
mg/L). Nos demais pontos foram observados baixos registros ou até mesmo não foi detectado.
A presença de alumínio e ferro nas águas decorre das características litológicas da região.
O potássio é um elemento encontrado em pequenas concentrações na água, pois a sua diluição
é prejudicada pela alta resistência das rochas originais ao intemperismo, mesmo assim a
presença deste íon indica um alto grau de antropização no ambiente, pois por ser um macro
nutriente é largamente utilizado na agricultura. Nos pontos monitorados nas duas campanhas
monitoradas foram observadas baixas concentrações deste elemento, que não tem um limite
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preconizado na resolução CONAMA 357/2005 para o enquadramento de corpos hídricos em
água de Classe 2.
Para o zinco, a Resolução CONAMA 357/05 determina valores de até 0,18 mg/L. Assim, todos os
pontos atenderam aos limites estabelecidos na legislação nas duas campanhas monitoradas,
com valores variando de 0,006 a 0,071 mg/L nos pontos em que foram detectados. O zinco
pode ser encontrado naturalmente na água por meio de erosões, emissões ígneas e também
queimadas de florestas. Ademais, uma das fontes antrópicas para a emissão de zinco, é o uso
de fertilizantes e agroquímicos que contenham zinco em sua composição (ICZ, 2013).
Foram avaliados, também, os íons não metálicos e os poluentes orgânicos, tais como arsênio,
fluoreto, índice de fenóis e sulfato.O elemento arsênio esteve abaixo do limite de detecção dos
métodos empregados nas duas campanhas monitoradas.
O fluoreto esteve presente em baixas concentrações em alguns dos pontos monitorados nas
duas campanhas, com variações de 0,010 a 0,91 atendendo assim ao recomendado na
legislação que estabelece valores de até 1,4 mg/L.
O parâmetro fenóis em julho e outubro não foi detectado nos pontos de amostragem,
atendendo aos limites determinados na legislação, que permite valores de até 0,003 mg/L em
todos os pontos. Os fenóis podem ser detectados em águas naturais em baixas concentrações,
oriundos de plantas aquáticas e da decomposição da vegetação. As fontes antrópicas que
favorecem para o surgimento desse composto em água são: refino de óleo, indústrias químicas,
destilação de carvão e madeira, oxidação química, dejetos domésticos e de animais,
degradação de pesticidas fenólicos, dentre outros. Ademais, concentrações de fenóis até 0,20
mg/L não interferem na biota aquática (Mc Nelly et al., 1979).
O sulfato apresentou baixas concentrações, nas duas campanhas monitoradas, apresentando
valores muito abaixo do valor máximo recomendado na Resolução CONAMA 357/05 (500
mg/L).
ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO (IET) E ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA (IQA)
A avaliação do IET com base nos resultados de fósforo total e clorofila “a” classificou o rio Teles
Pires como ultraoligotrófico em 100% das análises (IET ≤ 47), segundo o índice de CARLSON
(1977) modificado por LAMPARELLI (2004), (CETESB 2010) nas duas campanhas avaliadas. No
período estudado, não foram observadas florações algais, não evidenciando tendências a
processos de eutrofização (Gráfico 2).
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Gráfico 2 - Valores do IET dos pontos amostrados nas duas campanhas monitoradas
A Tabela 2 ilustra os valores de IQA nos pontos monitorados de água superficial nas duas
campanhas monitoradas.
Tabela 2 - Valores de IQA nos pontos amostrados
PONTOS
IQA CATEGORIA IQA CATEGORIA
Julho Julho Outubro Outubro
2015 2015 2015 2015
P01 69,7 BOA 80,01 ÓTIMA
P02 72,49 BOA 81,59 ÓTIMA
P03 67,92 BOA 78,95 BOA
P04 74,78 BOA 75,67 BOA
P05 71,52 BOA 81,42 ÓTIMA
P06 71,4 BOA 83,35 ÓTIMA
P07 70,11 BOA 81,32 ÓTIMA
P08 68,11 BOA 76,25 BOA
P09 69,41 BOA 72,9 BOA
34,07
17,90
26,56
17,90
24,57
17,90 17,90 17,90
35,22
27,87 27,87
23,90
29,33
22,66 24,87
17,90 17,90
27,87
0
5
10
15
20
25
30
35
40
P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 P08 P09
IET
Pontos de amostragem
jul/15
out/15
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Tanto na campanha de Julho quanto na campanha de Outubro, os pontos foram classificados
como de BOA e ÓTIMA qualidade. Em julho o maior valor de IQA observado foi no ponto P01
(69,7) e em outubro no ponto P06 (83,35).
Gráfico 3 - Valores de IQA nos pontos amostrados nas duas campanhas monitoradas
Tabela 3 – Resultados de todas as análises realizadas nos pontos amostrais na campanha monitorada em julho de 2015
Parâmetros Und. de medida
Pontos de amostragem
P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 P08 P09
Alcalinidade total mg/L 8 11 18 11 8 8 9 10 8
Alumínio dissolvido mg/L 0,245 < LQ 0,04 0,043 0,025 < LQ 0,012 0,072 0,122
Arsênio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Boro total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Bário total mg/L 0,015 0,03 0,04 0,016 0,025 0,015 0,017 0,032 0,016
Carbono Orgânico Total mg/L 1,734 0,796 1,494 1,322 0,791 1,177 1,036 1,026 0,877
Carbono Orgânico Dissolvido mg/L 1,505 0,709 1,126 1,081 0,75 1,051 0,904 0,972 0,818
Chumbo total mg/L < LQ < LQ < LQ 0,015 < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cloreto Total mg/L 0,5 < LQ 1 1,5 1 1 0,5 0,5 0,5
Clorofila "a" µg/L nd 0,24 nd 0 0,24 nd 0 0,24 0,72
Cobalto total mg/L < LQ < LQ < LQ 0,012 < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cobre dissolvido mg/L < LQ < LQ < LQ 0,017 < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Coliformes termotolerantes NMP/10
0mL <1X10 <1X10 5,2X10 <1X10 2,0X10 6,3X10 6,1X10 1,06X102 4,1X10
Cor verdadeira mgPt-Co/L 135 141 149 137 143 156 149 145 163
69,7 72,49
67,92
74,78 71,52 71,4 70,11 68,11 69,41
80,01 81,59 78,95
75,67 81,42 83,35 81,32
76,25 72,9
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 P08 P09
IQA
Pontos de amostragem
jul/15
out/15
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Parâmetros Und. de medida
Pontos de amostragem
P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 P08 P09
Cromo total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cálcio total mg/L 1,6 2,4 4 3,2 1,6 1,6 2,4 1,6 1,6
Cádmio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Condutividade elétrica [campo]
µmhos/cm 18,5 23,6 52 30,7 16,9 9,1 17,7 17,4 18,7
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) mg/L 1,3 1,2 1,8 1,1 1,2 0,5 0,5 0,7 0,7
Demanda Química de Oxigênio (DQO) mg/L 2 23 6 3 2 3 2 3 2
Dureza total mg/L 10 24 32 2 10 8 12 14 14
Fenóis mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Ferro dissolvido mg/L 0,42 < LQ 0,24 < LQ 0,09 0,1 0,15 0,1 0,08
Fluoreto total mg/L 0,335 0,354 0,323 0,915 0,303 0,329 0,344 0,324 0,228
Fósforo total mg/L 0,506 < LQ 0,028 < LQ 0,013 < LQ < LQ < LQ 0,126
Fósforo Orgânico mg/L 0,083 < LQ 0,028 < LQ 0,013 < LQ < LQ < LQ 0,123
Lítio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Magnésio total mg/L 1,44 4,32 5,28 2,88 1,44 0,96 1,44 2,4 2,4
Manganês total mg/L 0,008 0,185 0,006 0,021 0,012 0,003 0,008 0,014 0,006
Materiais Flutuantes Visual Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável
Mercúrio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitratos mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrito mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio orgânico mg/L N < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio total [Kjeldahl] mg/L N < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio amoniacal mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Níquel total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Ortofosfato mg/L 0,423 < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ 0,003
Oxigênio dissolvido mg/L 6,31 6,32 7,16 6 6,34 6,28 6,2 6,3 6,27
Potencial de Oxirredução - 298 273 310 291 302 279 276 289 293
Potássio total mg/L 0,652 0,215 0,662 0,53 0,74 0,24 0,75 0,621 0,532
Salinidade ppt 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Sulfato Total mg/L 1 3 < LQ < LQ 1 < LQ < LQ 1 < LQ
Sólidos Totais mg/L 21 22 9 11 12 18 22 24 11
Sólidos totais dissolvidos - STD mg/L 18 22 9 11 10 15 17 24 11
Sódio total mg/L 0,532 0,185 0,823 3,19 3,29 0,421 2,96 0,231 0,852
Sílica total mg/L 2 5 9 4 8 7 5 4 5
Vanádio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Zinco total mg/L < LQ < LQ < LQ 0,058 0,065 < LQ 0,057 < LQ < LQ
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Parâmetros Und. de medida
Pontos de amostragem
P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 P08 P09
Óleos e graxas mg/L V,A V,A V,A V,A V,A V,A V,A V,A V,A
pH -- 7,38 7,3 7,16 7,4 7,29 6,82 7,16 7,22 7,52
Temp. Amostra [campo] ºC 27,3 27,3 26,1 27,1 28,4 25,6 28,2 28,4 28,9
Transparência [campo] m 0,3 2,2 1,43 2,05 2,15 2 2,28 1,4 1,5
Turbidez [campo] m 11,7 14,95 33,15 19,5 10,4 5,85 11,05 10,4 11,05
*<LQ: Limite de Quantificação do método; NR: Não recomendado; VA:Valor ausente, DBO: Demanda Biológica de Oxigênio; DQO:Demanda Química de Oxigênio
Tabela 4 – Resultados de todas as análises realizadas nos pontos amostrais na campanha monitorada
em outubro de 2015
Parâmetros Und
medida
Pontos de amostragem
P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 P08 P09
Alcalinidade total mg/L 24 28 73 31 18 13 22 19 20
Alumínio dissolvido mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Arsênio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Boro total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Bário total mg/L 0,025 0,044 0,162 0,048 0,032 0,032 0,03 0,03 0,03
Carbono Orgânico Total mg/L 3,236 3,524 2,574 3,235 2,121 2,264 2,119 2,497 2,305
Carbono Orgânico Dissolvido mg/L 3,091 3,235 2,319 3,022 1,922 2,186 1,997 2,121 2,281
Chumbo total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cloreto Total mg/L 3 5 3 2,5 2,5 2,5 2,5 3 2
Clorofila "a" µg/L 2,4 2,4 0,96 3,36 0,72 1,2 ND ND 2,4
Cobalto total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cobre dissolvido mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Coliformes termotolerantes NMP/10
0mL <1X10 <1X10 <1X10 <1X10 <1X10 <1X10 <1X10 <1X10 <1X10
Condutividade elétrica µmhos/c
m 18,5 23,4 50 30,4 16,8 9,3 17,1 16,7 17,4
Cor verdadeira mgPt-Co/L 89 45 33 48 34 55 39 31 50
Cromo total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cálcio total mg/L 3,23 8,35 7,652 12,25 1,34 6,532 5,23 4,28 0,45
Cádmio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Condutividade elétrica [campo]
µmhos/cm 18,5 23,4 50 30,4 16,8 9,3 17,1 16,7 17,4
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) mg/L 0,6 0,7 0,8 0,8 0,4 0,6 0,7 0,6 0,7
Demanda Química de Oxigênio (DQO) mg/L 3 2 3 3 3 2 2 2 2
Dureza total mg/L 12 16 62 24 18 8 10 14 8
Fenóis mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Ferro dissolvido mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
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Parâmetros Und
medida
Pontos de amostragem
P01 P02 P03 P04 P05 P06 P07 P08 P09
Fluoreto total mg/L 0,283 0,15 0,351 0,156 0,282 0,109 0,129 0,156 0,113
Fósforo total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Fósforo Orgânico mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Lítio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Magnésio total mg/L 0,559 2,234 6,055 2,186 0,938 1,135 1,327 0,582 1,034
Manganês total mg/L 0,013 0,014 0,012 0,011 0,011 0,011 0,007 < LQ < LQ
Materiais Flutuantes Visual Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável
Mercúrio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitratos mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrito mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio orgânico mg/L N < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio total [Kjeldahl] mg/L N < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio amoniacal mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Níquel total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Ortofosfato mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Oxigênio dissolvido mg/L 6,8 6,86 5,97 6,36 6,94 6,9 6,95 6,21 6,1
pH -- 7,25 7,3 7,12 7,4 7,25 6,94 7,25 7,65 5,86
Potencial de Oxirredução - 219 215 242 223 0,221 218 240 226 217
Potássio total mg/L 2,315 0,634 2,07 0,436 0,638 0,568 0,619 0,623 0,635
Salinidade ppt 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Sulfato Total mg/L 1,54 1,64 1,54 1,59 1,21 6,61 1,34 1,44 1,24
Sólidos Totais mg/L < LQ 14 33 18 10 8 60 11 11
Sólidos totais dissolvidos - STD mg/L 10,55 12,87 27,5 16,72 9,24 5,11 9,4 9,18 9,57
Sódio total mg/L 4,774 4,759 4,021 3,893 3,613 4,108 3,006 1,46 0,757
Sílica total mg/L 4,3 4,9 4,6 2,7 4,2 5,5 3,5 3,5 4,9
Turbidez NTU 8,92 1,84 2,16 1,63 0,88 1,47 1,14 0,97 1,19
Vanádio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Zinco total mg/L 0,046 0,071 0,054 0,062 0,046 0,06 0,067 0,053 0,04
Óleos e graxas mg/L V,A V,A V,A V,A V,A V,A V,A V,A V,A
Temp. Amostra [campo] ºC 27,8 27,4 27,4 28 28,7 26,5 26,5 32 32
Transparência [campo] m 0,6 2,2 2 2,2 2,2 2 2,2 1,7 1,7
*<LQ: Limite de Quantificação do método; NR: Não recomendado; VA:Valor ausente, DBO: Demanda Biológica de Oxigênio; DQO:Demanda Química de Oxigênio
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COMPARAÇÃO ENTRE OS MONITORAMENTOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA E
INDIRETAMENTE AFETADA DA UHE TELES PIRES E OS RESULTADOS AMOSTRAIS OBTIDOS NA
TERRA INDÍGENA.
Foi realizada uma comparação entre os pontos amostrais do PBA UHE TELES PIRES e do PBAI
COMPONTENTE INDÍGENA dos monitoramentos realizados em julho e outubro de 2015. Foram
comparados apenas os rios em comum e presente nos dois monitoramentos, no caso o Rio
Teles Pires. Os resultados estão apresentados nas Tabelas 5 e 6.
O ferro dissolvido foi detectado somente na campanha de julho, já na campanha de outubro
esteve abaixo do limite de quantificação do equipamento. A presença desse elemento nas
regiões avaliadas corrobora com as características litológicas da região.
O elemento cobre dissolvido foi detectado apenas no ponto P06 (PBA UHE TELES PIRES) no mês
de julho de 2015, porém com valor dentro do limite preconizado na legislação. Os valores
apresentados não representam riscos à biota aquática.
O parâmetro fenóis não detectado ao longo dos pontos avaliados nos dois monitoramentos
(UHE TELES PIRES e TI). Os fenóis podem ser detectados em águas naturais em baixas
concentrações, oriundos de plantas aquáticas e da decomposição da vegetação. As fontes
antrópicas que favorecem para o surgimento desse composto em água são: refino de óleo,
indústrias químicas, destilação de carvão e madeira, oxidação química, dejetos domésticos e de
animais, degradação de pesticidas fenólicos, dentre outros. (Mc Nelly et al., 1979). Esses
resultados podem ser atribuídos à aplicação de agentes bactericidas e fungicidas nas fazendas
no entorno, como por exemplo, os cresóis, que são compostos fenólicos popularmente
conhecidos como creolina e comumente utilizados para desinfecção de instalações pecuárias.
A cor verdadeira esteve acima dos limites preconizados na legislação em quase todos os pontos
nos dois monitoramentos realizados no mês de julho e outubro de 2015.
Todos os pontos avaliados no monitoramento da UHE TELES PIRES E TI nas duas campanhas
realizadas em julho e outubro de 2015 foram classificados segundo o IET como
ultraoligotróficos, não evidenciando indícios de eutrofização.
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Tabela 5 – Comparação entre o PBA UHE TELES PIRES E PBA COMPONENTE INDÍGENA em julho de
2015
Parâmetros Unidade
de medida
Rio Teles Pires
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
P06 P05 P07 P07 P08 P09
Alcalinidade total mg/L 11 8 6 9 7 8
Alumínio dissolvido mg/L 0,123 0,025 0,025 0,012 0,145 0,122
Arsênio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Boro total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Bário total mg/L 0,022 0,025 0,021 0,017 0,024 0,016
Carbono Orgânico Total mg/L 0,983 0,791 0,952 1,036 0,998 0,877
Carbono Orgânico Dissolvido mg/L 0,836 0,75 0,891 0,904 0,916 0,818
Chumbo total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cloreto Total mg/L 1 1 2 0,5 2,5 0,5
Clorofila "a" µg/L 0,24 0,24 1,68 0 0 0,72
Cobalto total mg/L 0,014 < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cobre dissolvido mg/L 0,013 < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Coliformes termotolerantes NMP/100m
L 2,33X102 2,0X10 4,73X10
2 6,1X10 3,0X10 4,1X10
Cor verdadeira mgPt-Co/L 183 143 145 149 156 163
Cromo total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cálcio total mg/L 1,6 1,6 0,8 2,4 0,8 1,6
Cádmio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Condutividade elétrica [campo] µmhos/cm 15 16,9 15 17,7 15 18,7
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) mg/L 1 1,2 1,3 0,5 0,4 0,7
Demanda Química de Oxigênio (DQO) mg/L 5 2 7 2 9 2
Dureza total mg/L 8 10 6 12 6 14
Fenóis mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Ferro dissolvido mg/L 0,22 0,09 0,26 0,15 0,28 0,08
Fluoreto total mg/L 0,122 0,303 0,228 0,344 0,086 0,228
Fósforo total mg/L 0,136 0,013 0,681 < LQ 0,002 0,126
Fósforo Orgânico mg/L 0,054 0,013 0,681 < LQ 0,002 0,123
Lítio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Magnésio total mg/L 0,9 1,44 0,96 1,44 0,96 2,4
Manganês total mg/L 0,013 0,012 < LQ 0,008 0,042 0,006
Materiais Flutuantes Visual Não
objetaveis Não
Objetável Não
Objetável Não
Objetável Não
objetaveis Não
Objetável
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Parâmetros Unidade
de medida
Rio Teles Pires
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
P06 P05 P07 P07 P08 P09
Mercúrio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitratos mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrito mg/L <LQ < LQ <LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio orgânico mg/L N < LQ < LQ <LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio total [Kjeldahl] mg/L N < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio amoniacal mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Níquel total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Ortofosfato mg/L 0,082 < LQ < LQ < LQ < LQ 0,003
Oxigênio dissolvido mg/L 7,2 6,34 7,4 6,2 7,3 6,27
Potencial de Oxirredução - 178 302 177 276 180 293
Potássio total mg/L 0,68 0,74 0,756 0,75 0,623 0,532
Salinidade ppt 0 0 0 0 0 0
Sulfato Total mg/L 1,4 1 1,7 < LQ 1,5 < LQ
Sólidos Totais mg/L 23 12 18 22 9 11
Sólidos totais dissolvidos - STD mg/L 10 10 18 17 9 11
Sódio total mg/L 3,18 3,29 0,952 2,96 0,742 0,852
Sílica total mg/L 5 8 4,1 5 3,3 5
Turbidez NTU 2,75 10,4 3,98 11,05 3,23 11,05
Vanádio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Zinco total mg/L 0,063 0,065 0,052 0,057 0,052 < LQ
Óleos e graxas mg/L V,A V,A V,A V,A V,A V,A
pH -- 6,68 7,29 6,54 7,16 6,58 7,52
Temp. Amostra [campo] ºC 27,11 28,4 27,1 28,2 27,2 28,9
Transparência [campo] m 1,69 2,15 1,63 2,28 1,7 1,5
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Tabela 6 – Comparação o PBA UHE TELES PIRES E PBA COMPONENTE INDÍGENA em outubro de 2015
Parâmetros Unidade
de medida
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
P06 P05 P07 P07 P08 P09
Alcalinidade total mg/L 2 18 11 22 10 20
Alumínio dissolvido mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Arsênio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Boro total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Bário total mg/L 0,056 0,032 0,071 0,03 0,064 0,03
Carbono Orgânico Total mg/L 0,373 2,121 2,447 2,119 1,081 2,305
Carbono Orgânico Dissolvido mg/L 0,264 1,922 2,106 1,997 0,996 2,281
Chumbo total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cloreto Total mg/L 6 2,5 1,5 2,5 1,5 2
Clorofila "a" µg/L 1,2 0,72 1,44 nd 1,2 2,4
Cobalto total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cobre dissolvido mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Coliformes termotolerantes NMP/100
mL 1,81X102 <1X10 3,2X10
2 <1X10 2,0X10 <1X10
Condutividade elétrica µmhos/cm 13 16,8 14 17,1 14 17,4
Cor verdadeira mgPt-Co/L 78 34 52 39 74 50
Cromo total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Cálcio total mg/L 2,52 1,34 4,54 5,23 0,26 0,45
Cádmio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) mg/L 0,64 0,4 0,97 0,7 0,62 0,7
Demanda Química de Oxigênio (DQO) mg/L 2 3 4 2 8 2
Dureza total mg/L 4 18 10 10 4 8
Fenóis mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Ferro dissolvido mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Fluoreto total mg/L 0,055 0,282 0,055 0,129 0,06 0,113
Fósforo total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Fósforo Orgânico mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Lítio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Magnésio total mg/L 0,856 0,938 0,536 1,327 0,156 1,034
Manganês total mg/L 0,02 0,011 0,027 0,007 0,014 < LQ
Materiais Flutuantes Visual Não
objetaveis Não
Objetável Não
objetaveis Não
Objetável Nâo
objetaveis Não
Objetável
Mercúrio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
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Parâmetros Unidade
de medida
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
PBA UHE Teles Pires
PBA Componente Indígena
P06 P05 P07 P07 P08 P09
Nitratos mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrito mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio orgânico mg/L N < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio total [Kjeldahl] mg/L N < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Nitrogênio amoniacal mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Níquel total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Ortofosfato mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Oxigênio dissolvido mg/L 6,76 6,94 6,83 6,95 6,83 6,1
pH -- 6,24 7,25 6,68 7,25 6,63 5,86
Potencial de Oxirredução - 214 0,221 195 240 265 217
Potássio total mg/L 0,226 0,638 0,295 0,619 0,299 0,635
Salinidade ppt 0 0 0 0 0 0
Sulfato Total mg/L 1,4 1,21 1,4 1,34 1 1,24
Sólidos Totais mg/L 20 10 26 60 10 11
Sólidos totais dissolvidos - STD mg/L 8 9,24 9 9,4 9 9,57
Sódio total mg/L 2,701 3,613 2,96 3,006 2,53 0,757
Sílica total mg/L 12,5 4,2 12 3,5 13 4,9
Turbidez NTU 2,23 0,88 2,11 1,14 1,55 1,19
Vanádio total mg/L < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ < LQ
Zinco total mg/L 0,025 0,046 0,035 0,067 0,018 0,04
Óleos e graxas mg/L V,A V,A V,A V,A V,A V,A
Temp. Amostra [campo] ºC 30,8 28,7 31,2 26,5 30,36 32
Transparência [campo] m 1,98 2,2 1,97 2,2 1,98 1,7
Tabela 7 – Classificação do IQA
Categoria Ponderação Ótima 79 <IQA≤ 100 Boa 51 <IQA≤ 79
Regular 36 <IQA≤ 51 Ruim 19 <IQA≤ 36
Péssima IQA≤ 19
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Fazendo a comparação dos valores de IQA entre os pontos que apresentam rios em
comum, foi possível notar que na campanha de julho todos os pontos apresentaram águas de
BOA QUALIDADE. Já em outubro os pontos apresentaram IQA de BOA e ÓTIMA QUALIDADE.
Sendo assim, todos os pontos avaliados nos dois monitoramentos registraram qualidade das
águas satisfatórias (Tabela 8).
Tabela 8 – Comparação dos valores de IQA em julho e outubro de 2015
VALORES DE IQA
PBA UHE TELES PIRES Julho-2015
TI Julho-2015
PBA UHE TELES PIRES Outubro-2015
TI Outubro-2015
P06 P05 P06 P05
69,29 71,52 71,48 81,42
P07 P07 P07 P07
64,64 70,11 72,11 81,32
P08 P09 P08 P09
76,07 69,41 79,95 72,9
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados das campanhas realizadas em julho e outubro de 2015 na Terra Indígena
apresentam um diagnóstico, preliminar, desses corpos hídricos no período estudado.
As águas próximas às áreas indígenas Kayabi, Munduruku, Apiaká do Pontal e Isolados
apresentaram boa oxigenação e baixa carga orgânica, retratada pelos baixos valores de
DBO nos dois monitoramentos realizados;
Foram observados baixos valores de turbidez, condutividade e sólidos dissolvidos,
demonstrando a baixa dissolução de íons do solo e ausência de processos erosivos na
bacia de drenagem nas duas campanhas monitoradas;
O parâmetro cor verdadeira apresentou valores acima do recomendado na Resolução
CONAMA 357/2005 para rios de Classe II em quase todos os pontos no monitoramento
realizado em julho e outubro de 2015. A cor em águas naturais pode ser decorrente da
matéria orgânica em decomposição, devido a substâncias dissolvidas ou em suspensão e
também pode ser causada pela combinação de ferro com matéria orgânica, resultando
em elevados valores de cor. Outro fator que causa valores elevados de cor nas águas
naturais é o escoamento superficial, provocado pelas precipitações;
Os demais parâmetros apresentaram-se dentro dos padrões recomendados na
Resolução CONAMA 357/05, Classe II;
Todos os pontos amostrados apresentaram-se ultraoligotróficos segundo o IET nas
duas campanhas monitoradas. Nos períodos avaliados, não foram observadas
florações algais, não evidenciando tendências a processos de eutrofização;
Ao longo das campanhas os pontos foram classificados como de BOA e ÓTIMA
qualidade;
Todos os objetivos propostos no cronograma foram atendidos.
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6. REFERÊNCIAS
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CARLSON, R.E., Limnology and Oceanography, 22(2), 361 – 80, 1977.
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VON SPERLING, M. Lagoas de Estabilização. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e ambiental; UFMG, 1996c.
EQUIPE TÉCNICA
Eng. Ambiental Thiago Coelho Crispim
Coordenador de equipe de campo
Biól. Marly Vânia Leão Gomes
Coordenadora Técnica do Laboratório de campo
Eng. Quím. Diogo Coelho Crispim
CRQ XII. 12300516
Responsável Técnico
Msc. Biól. Wilma Maria Coelho
CRBio 08586/88
Esp. em Tratamento de Resíduos Sólidos e Líquidos
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Anexo I – Certificados de Ensaios