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2018
Relatório Anual
ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE NOS ESTABELECIMENTOS
DO SNS E ENTIDADES CONVENCIONADAS
Relatório Anual
ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE NOS
ESTABELECIMENTOS DO SNS E ENTIDADES
CONVENCIONADAS EM 2018
Lei n.º 15/2014, de 21 de março*
*Alterada pelo Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril
ÍNDICE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 5
Índice
Lista de siglas e abreviaturas ............................................................................................................................................. 19
Considerações prévias ........................................................................................................................................................... 23
Sumário executivo ................................................................................................................................................................... 25
Parte I – Planeamento em saúde e modelo organizacional para a prestação de cuidados de
saúde ........................................................................................................................................................................ 43
1. Indicadores populacionais e demográficos ............................................................................. 45
2. Programas de saúde prioritários ................................................................................................ 49
2.1. Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável ................................................. 51
2.2. Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física...................................................... 53
2.3. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo ........................................ 54
2.4. Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos
........................................................................................................................................................................... 56
2.5. Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares ........................................ 59
2.6. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Diabetes ............................................. 61
2.7. Programa Nacional para as Doenças Oncológicas ..................................................................... 63
2.8. Programa Nacional para as Doenças Respiratórias .................................................................. 67
2.9. Programa Nacional para as Hepatites Virais ................................................................................ 71
2.10. Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA .............................................................................. 73
2.11. Programa Nacional para a Tuberculose ......................................................................................... 75
2.12. Programa Nacional de Saúde Mental ............................................................................................... 77
3. Cuidados de saúde primários ....................................................................................................... 79
4. Cuidados de saúde hospitalares .................................................................................................. 95
5. Cuidados continuados integrados ........................................................................................... 105
6. Cuidados paliativos ........................................................................................................................ 113
7. Integração de cuidados e literacia em saúde – SNS + proximidade ............................ 119
7.1. Projeto SNS+Proximidade ....................................................................................................................119
7.2. Programa de Incentivos à Integração de Cuidados e à Valorização dos Percursos dos
Utentes no Serviço Nacional de Saúde ..........................................................................................121
ÍNDICE
6
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
8. Articulação com o setor social e convencionado ............................................................... 125
9. Acordos internacionais para a prestação de cuidados de saúde ................................ 127
10. Requalificação dos recursos humanos no SNS ................................................................. 133
11. Investimentos em instalações e equipamentos no SNS ............................................... 135
12. Acreditação e avaliação externa da qualidade ................................................................. 143
13. SNS digital ....................................................................................................................................... 151
13.1. Sistema Integrado de Gestão do Acesso no SNS ......................................................................151
13.2. SClínico Hospitalar ................................................................................................................................155
13.3. Sistema de Informação para a Morbilidade Hospitalar ........................................................156
13.4. Sistema de Gestão de Entidades de Saúde ..................................................................................157
13.5. SClínico Cuidados de Saúde Primários .........................................................................................158
13.6. UNO (Sistema de Informação único para os cuidados de saúde primários) ...............159
13.7. Sistema de Informação para a Saúde Oral ..................................................................................159
13.8. Sistema de Informação sobre Benefícios Adicionais em Saúde ........................................160
13.9. Sistema de Gestão de Transporte Não Urgente de Doentes ...............................................161
13.10. Registo de Saúde Eletrónico ...........................................................................................................162
13.11. MySNS - Aplicações Móveis .............................................................................................................166
13.12. Portais SNS .............................................................................................................................................167
13.13. RENTEV – Registo Nacional do Testamento Vital ................................................................168
13.14. Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita ........................................168
13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica ............169
13.16. Prescrição de medicamentos biológicos ...................................................................................170
13.17. Desmaterialização da Prescrição de Cuidados Respiratórios Domiciliários ............172
13.18. Rede Informática da Saúde .............................................................................................................172
13.19. Registo Oncológico Nacional ..........................................................................................................172
13.20. Bilhete de identidade dos cuidados de saúde primários (BICSP) .................................173
13.21. Estratégia Nacional para o Ecossistema de Informação de Saúde 2020 ....................174
14. SIMPLEX+ Saúde ........................................................................................................................... 177
Parte II – Acesso a áreas específicas da prestação de cuidados de saúde .........................................179
1. SNS 24 .................................................................................................................................................. 180
2. Emergência Médica ........................................................................................................................ 188
3. Transporte não urgente de doentes ........................................................................................ 197
4. Taxas moderadoras ....................................................................................................................... 199
5. Programa Nacional de Vacinação ............................................................................................. 201
6. Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral ............................................................... 208
7. Pessoa com doença rara ............................................................................................................... 212
8. Sangue ................................................................................................................................................. 214
ÍNDICE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 7
9. Transplantação ................................................................................................................................ 216
10. Atribuição de produtos de apoio ........................................................................................... 217
11. Benefícios adicionais em saúde .............................................................................................. 219
12. Comportamentos aditivos e dependências: drogas, álcool e jogo ........................... 221
13. Centro de Emergências em Saúde Pública ......................................................................... 225
14. Acesso ao medicamento ............................................................................................................ 227
15. Procriação medicamente assistida ....................................................................................... 236
Parte III – Síntese de resultados alcançados em 2018...................…………………………………………….239
1. Cuidados de saúde primários .................................................................................................... 240
2. Cuidados de saúde hospitalares ............................................................................................... 242
2.1. Consultas médicas hospitalares .........................................................................................................244
2.2. Consulta a Tempo e Horas no SNS ....................................................................................................248
2.3. Livre acesso e circulação dos utentes no SNS ..............................................................................256
2.4. Cirurgias programadas no SNS ...........................................................................................................260
2.5. Atendimentos urgentes .........................................................................................................................268
3. Cuidados continuados integrados ........................................................................................... 270
4. Setor social e convencionado ..................................................................................................... 282
5. Avaliação do sistema de saúde .................................................................................................. 287
Anexos .................................................................................................................................................................................289
Anexo 1. Percentagem de utentes com médico de família atribuído, por município
.................................................................................................................................................. 290
Anexo 2. Redes Europeias de Referência ................................................................................... 297
Anexo 3. Lista dos projetos incentivados pelo Programa de Incentivos à Integração
de Cuidados à Valorização dos Percursos dos Utentes no SNS ...................... 298
Anexo 4. Medidas SIMPLEX ............................................................................................................. 307
Anexo 5. Intransferíveis .................................................................................................................... 312
Anexo 6. Notas de Transferência e Vales Cirurgia ................................................................. 313
Anexo 7. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por hospital (2016-2018) 315
Anexo 8. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por especialidade (2016-
2018) ...................................................................................................................................... 321
Anexo 9. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por grupo nosológico (2016-
2018) ...................................................................................................................................... 323
ÍNDICE DE QUADROS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 9
Índice de Quadros
Quadro 1. Evolução dos principais indicadores de população, natalidade e mortalidade ...................... 46
Quadro 2. Evolução das consultas de apoio intensivo à cessação tabágica ................................................... 55
Quadro 3. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças cerebrovasculares ............................ 60
Quadro 4. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças isquémicas do coração ................... 60
Quadro 5. Evolução das diferentes vertentes terapêuticas ................................................................................... 61
Quadro 6. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças do aparelho respiratório, por sexo
..................................................................................................................................................................................... 67
Quadro 7. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados primários com o diagnóstico de
asma .......................................................................................................................................................................... 68
Quadro 8. Evolução da proporção de utentes com DPOC, com registo de avaliação de FeV1 nos
últimos 3 anos ...................................................................................................................................................... 69
Quadro 9. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados primários com o diagnóstico de
DPOC ......................................................................................................................................................................... 69
Quadro 10. Evolução do número de diagnósticos de DPOC, com base na espirometria, no Alentejo e
Algarve ..................................................................................................................................................................... 70
Quadro 11. Evolução do número de USF, UCC e UCSP............................................................................................. 79
Quadro 12. Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família atribuído, por região 82
Quadro 13. Evolução percentual de população residente com médico de família atribuído, por
região ........................................................................................................................................................................ 82
Quadro 14. Resultados do projeto-piloto de saúde oral ......................................................................................... 86
Quadro 15. Resultados do projeto-piloto de rastreios de saúde visual ........................................................... 87
Quadro 16. Número de camas hospitalares do SNS, por região .......................................................................... 96
Quadro 17. Cobertura populacional de lugares na RNCCI de Adultos em 2018 – ECCI, UC, UMDR e
ULDM ..................................................................................................................................................................... 109
Quadro 18. Acordos celebrados no âmbito da RNCCI e entidades prestadoras ....................................... 109
Quadro 19. Evolução anual do número de acordos e de camas contratadas da RNCCI ........................ 110
Quadro 20. Número de acordos na área de saúde mental, por tipologia e região ................................... 110
Quadro 21. Número de lugares contratados na área de saúde mental, por titularidade ...................... 110
Quadro 22. Número de prestadores de MCDT convencionados, por área clínica .................................... 126
Quadro 23. Evolução do número de doentes evacuados dos PALOP no SNS ............................................. 132
Quadro 24. Evolução do total de recursos humanos do Ministério da Saúde ............................................ 133
Quadro 25. Investimento cuidados de saúde primários ...................................................................................... 135
Quadro 26. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Norte ............................. 138
Quadro 27. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Centro ........................... 139
Quadro 28. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares da ARS Lisboa e Vale do Tejo .......... 140
Quadro 29. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Alentejo ........................ 142
Quadro 30. Investimentos no centro hospitalar da ARS Algarve .................................................................... 142
Quadro 31. Processos de acreditação em curso e concluídos ........................................................................... 144
ÍNDICE DE QUADROS
10
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 32. Programas PNAEQ ....................................................................................................................................... 146
Quadro 33. Evolução do número de utentes inscritos na Área do Cidadão ................................................ 165
Quadro 34. Evolução de registos do Testamento Vital ........................................................................................ 168
Quadro 35. Evolução do número de receitas com e sem papel ........................................................................ 169
Quadro 36. Evolução prescrição eletrónica do medicamento .......................................................................... 169
Quadro 37. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento (2018)183
Quadro 38. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2018)
.............................................................................................................................................................................. 184
Quadro 39. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos - Telefone
(2018) ................................................................................................................................................................ 186
Quadro 40. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos - E-mail (2018)
.............................................................................................................................................................................. 186
Quadro 41. Resumo de marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo (2018) ...................... 187
Quadro 42. Frota do INEM ................................................................................................................................................ 189
Quadro 43. Número de acionamentos de meios de emergência, por tipo de meio ................................. 191
Quadro 44. Utilização de DAE ......................................................................................................................................... 196
Quadro 45. Atividade no âmbito da expansão do Programa de DAE do INEM no SIEM ....................... 196
Quadro 46. DAE (Espaços Públicos) ............................................................................................................................. 196
Quadro 47. Evolução do número de transporte de doentes registados na plataforma SGTD ............ 198
Quadro 48. Evolução do número de prestações realizadas aos utentes transportados com registo no
SGTD ................................................................................................................................................................... 198
Quadro 49. Evolução do número de isenções e dispensas de pagamento de taxas moderadoras ... 200
Quadro 50. Proveitos referentes as taxas moderadoras (em milhões de euros) ..................................... 200
Quadro 51. Evolução do número de utentes SNS que beneficiaram do PNSO ........................................... 210
Quadro 52. Evolução do número de cheques emitidos por grupo-alvo no âmbito do PNSO .............. 210
Quadro 53. Evolução do número total de cheques utilizados no âmbito do PNSO ................................. 211
Quadro 54. Evolução da taxa de utilização de cheques no âmbito do PNSO .............................................. 211
Quadro 55. Cartão de pessoa com doença rara ....................................................................................................... 213
Quadro 56. Número de entidades registadas no Sistema Português de Hemovigilância, em 2018 215
Quadro 57. Evolução do número de dadores de sangue que efetuaram dádiva ....................................... 215
Quadro 58. Atividade de transfusão em 2018 ......................................................................................................... 215
Quadro 59. Evolução do número produtos de apoio entregues e respetivos encargos (HH EPE,
SPA/PPP) .......................................................................................................................................................... 218
Quadro 60. Evolução do número de beneficiários, por região ......................................................................... 220
Quadro 61. Número de pedidos de reembolso pagos (2018) ........................................................................... 220
Quadro 62. Valor dos pagamentos efetuados, por tipologia (2018) .............................................................. 220
Quadro 63. Utentes sob intervenção em CRI no ano*, novos** e readmitidos. Problema aditivo
principal: Problemas Ligados ao Álcool (PLA) ................................................................................ 222
Quadro 64. Utentes sob intervenção em CRI no ano*, novos** e readmitidos. Problema aditivo
principal: Outras Substâncias Psicoativas (OSPA) ......................................................................... 223
Quadro 65. Utentes sob intervenção em CRI - Crianças e jovens em situação de risco ....................... 223
Quadro 66. Utentes sob intervenção em CRI ............................................................................................................ 223
Quadro 67. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e volume de
embalagens comercializadas ................................................................................................................... 229
Quadro 68. Atividade do Programa de Procriação Médica Assistida ............................................................ 237
Quadro 69. Movimento assistencial nos cuidados de saúde primários (em milhares) ......................... 241
Quadro 70. Indicadores assistenciais nos cuidados de saúde primários ..................................................... 241
Quadro 71. Evolução do movimento assistencial nos hospitais do SNS (em milhares) ........................ 243
Quadro 72. Evolução do total de consultas hospitalares nas especialidades com mais atividade ... 247
Quadro 73. Dinâmica dos pedidos inscritos em consulta no CTH ................................................................... 249
ÍNDICE DE QUADROS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 11
Quadro 74. Número de pedidos de consulta de inscritos no CTH, por ARS ................................................ 249
Quadro 75. Mediana do tempo desde a realização da primeira consulta .................................................... 251
Quadro 76. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por ACES, de 1 de junho de
2016 a 31 de dezembro de 2018 ........................................................................................................... 257
Quadro 77. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por especialidade, de 1 de
junho de 2016 a 31 de dezembro de 2018 ........................................................................................ 259
Quadro 78. Evolução global da oferta cirúrgica ...................................................................................................... 261
Quadro 79. Evolução global da oferta cirúrgica, por ARS ................................................................................... 261
Quadro 80. Motivos de cancelamento da inscrição em LIC ................................................................................ 262
Quadro 81. Evolução dos indicadores de procura ................................................................................................. 264
Quadro 82. Motivos de cancelamento - Notas de Transferência e Vales Cirurgia ................................... 267
Quadro 83. Resumo intransferíveis .............................................................................................................................. 267
Quadro 84. Evolução das entradas em LIC com GDH previsional inválido ................................................. 267
Quadro 85. Evolução da atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia ........................................... 271
Quadro 86. Atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia e por região, em 2018 ...................... 271
Quadro 87. Evolução do número de referenciações por ano e por tipologia de resposta .................... 273
Quadro 88. Número de utentes referenciados na RNCCI por tipologia e região, em 2018 .................. 273
Quadro 89. Mediana do tempo de referenciação para a identificação da vaga na RNCCI (2018) .... 279
Quadro 90. Utentes que aguardavam vaga a 31 de dezembro de 2018 ....................................................... 279
Quadro 91. Taxa de ocupação das unidades da RNCCI, por tipologia (2018) ............................................ 281
Quadro 92. Evolução da execução financeira da componente saúde da RNCCI – MS e MTSSS (em
milhões de euros) ......................................................................................................................................... 281
Quadro 93. Encargos no setor convencionado, por área de convenção (em milhões de euros) ....... 283
Quadro 94. Custo médio mensal com colonoscopias e outros procedimentos no setor
convencionado (em euros) ....................................................................................................................... 283
Quadro 95. Evolução do número de doentes por ARS por 10 mil habitantes ............................................ 285
Quadro 96. Evolução dos custos por ARS (em milhões de euros) .................................................................. 286
Quadro 97. Custos por doente por região de saúde (em euros) ...................................................................... 286
Quadro 98. Evolução de Portugal no Euro Health Consumer Index .............................................................. 287
ÍNDICE DE GRÁFICOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 13
Índice de Gráficos
Gráfico 1. Evolução da esperança de vida à nascença ............................................................................................. 47
Gráfico 2. Esperança média de vida aos 65 anos (em anos) ................................................................................. 47
Gráfico 3. Evolução do número de rastreios de retinopatia diabética efetuados........................................ 63
Gráfico 4. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro da Mama .. 65
Gráfico 5. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro do Colo do
Útero ......................................................................................................................................................................... 66
Gráfico 6. Taxas de cobertura geográfica e de adesão no âmbito do Rastreio do Cancro do Cólon e
Reto ........................................................................................................................................................................... 66
Gráfico 7. Número de utentes com CRD prescritos ................................................................................................... 70
Gráfico 8. Evolução do número de USF – Modelo A e B .......................................................................................... 80
Gráfico 9. Percentagem de população residente coberta por USF e por UCC ............................................... 80
Gráfico 10.Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família .............................................. 81
Gráfico 11. Evolução percentual da população residente com médico de família atribuído ................. 81
Gráfico 12. Evolução do número de utentes sem médico de família atribuído ............................................ 83
Gráfico 13. Número de instituições hospitalares do SNS em 2018.................................................................... 95
Gráfico 14. Evolução do número de camas de internamento ............................................................................ 106
Gráfico 15. Evolução do número de camas contratadas em funcionamento nas tipologias de RNCCI
de Adultos – UC, UMDR e ULDM ............................................................................................................ 106
Gráfico 16. Número de camas em atividade por região de saúde (a 31 de dezembro 2018) – RNCCI
de Adultos ........................................................................................................................................................ 107
Gráfico 17. Evolução do número de Equipas de Cuidados Continuados Integrados .............................. 107
Gráfico 18. Evolução anual do total de lugares da Rede Nacional de Cuidados Continuados
Integrados ........................................................................................................................................................ 108
Gráfico 19. Projetos incentivados pelo PIIC .............................................................................................................. 122
Gráfico 20. Percentagem de projetos incentivados por área de intervenção ............................................ 122
Gráfico 21. Investimentos PIIC aprovados ................................................................................................................ 123
Gráfico 22. Evolução das cinco áreas principais de prestadores de MCDT convencionados .............. 126
Gráfico 23. Evolução do número de doentes autorizados e de produtos biológicos enviados .......... 130
Gráfico 24. Evolução das vagas abertas (Ano Comum e Formação Específica) ........................................ 134
Gráfico 25. Unidades de saúde certificadas de 2010 a 2018, por tipologia (valores acumulados) . 145
Gráfico 26. Peso das primeiras consultas CTH no total de primeira consulta ........................................... 153
Gráfico 27. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento -
Chamadas atendidas (2018) .................................................................................................................... 183
Gráfico 28. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2018)
.............................................................................................................................................................................. 184
Gráfico 29. Marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo - com sucesso (2018) ................. 187
Gráfico 30. Evolução do número de chamadas de emergência atendidas ................................................... 189
Gráfico 31. Evolução do número de acionamentos de meios de emergência ............................................ 189
ÍNDICE DE GRÁFICOS
14
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Gráfico 32. Número de chamadas transferidas do INEM para o SNS 24 ...................................................... 191
Gráfico 33. Número de chamadas encaminhadas pelo SNS 24 para o INEM .............................................. 191
Gráfico 34. Evolução anual do número de doentes inseridos na Via Verde AVC ...................................... 194
Gráfico 35. Evolução anual do número de registos Via Verde Coronária .................................................... 194
Gráfico 36. Evolução dos custos unitários por doente transportado, por região de saúde ................ 198
Gráfico 37. PNV - Esquema Recomendado. Cobertura vacinal por coorte, vacina e dose. Avaliação
2018, no Continente .................................................................................................................................... 203
Gráfico 38. Vacinação atempada, para as vacinas contra a tosse convulsa, S. pneumoniae 13 aos 3
meses de idade, sarampo e N. meningitidis C aos 13 meses de idade. Avaliação 2018, no
Continente ....................................................................................................................................................... 203
Gráfico 39. Vacinação contra infeções por HPV. Cobertura vacinal por coorte, sexo feminino.
Avaliação 2018, no Continente ............................................................................................................... 205
Gráfico 40. Vacina contra o sarampo, 2ª dose. Cobertura vacinal por coorte. Avaliação 2018, no
Continente. ...................................................................................................................................................... 205
Gráfico 41. Evolução da percentagem de dadores de sangue regulares ...................................................... 215
Gráfico 42. Evolução do número de transplantes ................................................................................................... 216
Gráfico 43. Episódios de internamento em Unidades de Desabituação - PLA e OSPA ........................... 224
Gráfico 44. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e volume de
embalagens comercializadas ................................................................................................................... 229
Gráfico 45. Evolução do encargo médio do cidadão por embalagem de medicamento ........................ 229
Gráfico 46. Evolução anual da quota de medicamentos genéricos no SNS ................................................. 231
Gráfico 47. Evolução da quota de medicamentos biossimilares, em unidades dispensadas .............. 231
Gráfico 48. Evolução do número de medicamentos inovadores aprovados ou novas indicações ... 232
Gráfico 49. Número de ensaios clínicos realizados .............................................................................................. 233
Gráfico 50. Peso das primeiras consultas no total ................................................................................................ 243
Gráfico 51. Percentagem de cirurgia de ambulatório ........................................................................................... 243
Gráfico 52. Evolução do número de primeiras consultas externas hospitalares ..................................... 245
Gráfico 53. Evolução do número total de consultas externas hospitalares ................................................ 245
Gráfico 54. Evolução do total de consultas hospitalares na área de oncologia ......................................... 247
Gráfico 55. Evolução do tempo médio de triagem (em dias) ............................................................................ 251
Gráfico 56. Percentagem de consultas realizadas em 2018, dentro e fora dos TMRG ........................... 253
Gráfico 57. Evolução do cumprimento dos TMRG, por nível de prioridade ............................................... 253
Gráfico 58. Percentagem de consultas dentro do TMRG, por especialidade, 2018 ................................. 255
Gráfico 59. Número de utentes que escolheram um hospital fora da sua rede de referência, de 1 de
junho de 2016 a 31 de dezembro de 2018 ........................................................................................ 256
Gráfico 60. Percentagem de saídas da LIC por motivo de cancelamento ..................................................... 262
Gráfico 61. Evolução de entradas em LIC e número de operados ................................................................... 264
Gráfico 62. Evolução da mediana do tempo de espera da LIC, por nível de prioridade (em meses)
.............................................................................................................................................................................. 265
Gráfico 63. Evolução de entradas em LIC e número de operados (obesidade) ......................................... 265
Gráfico 64. Evolução de entradas em LIC e número de operados (neoplasia maligna) ........................ 265
Gráfico 65. Evolução das notas de transferência e vales de cirurgia emitidos e percentagem de
cativações ......................................................................................................................................................... 267
Gráfico 66. Evolução anual do número de episódios de urgência (milhares)............................................ 269
Gráfico 67. Percentagem de episódios de urgência que geram internamento .......................................... 269
Gráfico 68. Evolução da percentagem de atendimentos urgentes com prioridade verde, azul e
branca ................................................................................................................................................................ 269
Gráfico 69. Evolução da percentagem de episódios urgentes atendidos dentro do tempo previsto
.............................................................................................................................................................................. 269
Gráfico 70. Tempo médio de espera entre a triagem e a primeira observação 2016 - 2018 .............. 269
ÍNDICE DE GRÁFICOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 15
Gráfico 71. Percentagem de utentes assistidos em ECCI vs. Total de assistidos em cada região ...... 271
Gráfico 72. Origem dos utentes referenciados no âmbito da RNCCI em 2018 .......................................... 275
Gráfico 73. Distribuição percentual da origem da referenciação em cada região (2018) .................... 275
Gráfico 74. Referenciação para ECCI - Percentagem de utentes referenciados em cada região (2018)
.............................................................................................................................................................................. 277
Gráfico 75. Referenciação para ECCI – Hospital e Centro de Saúde em cada região (2018) ............... 277
Gráfico 76. Distribuição de doentes por faixa etária em 2018 ......................................................................... 285
Gráfico 77. Distribuição de doentes por género e por região de Saúde em 2018 .................................... 285
Gráfico 78. Distribuição anual do volume de processos REC submetidos, em 2018 .............................. 288
ÍNDICE DE FIGURAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 17
Índice de Figuras
Figura 1.Redes Europeias de Referência em Portugal ............................................................................................ 98
Figura 2. Programa Nacional de Vacinação: esquema vacinal recomendado ............................................ 207
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 19
Lista de siglas e abreviaturas
ACES – Agrupamento de Centros de Saúde
ACSS – Administração Central do Sistema de
Saúde
AEM – Ambulâncias de Emergência Médica
AIM – Autorização de Introdução no Mercado
ANPC – Autoridade Nacional de Proteção Civil
APED – Associação Portuguesa de Empresas
de Distribuição
ARS - Administração Regional de Saúde
AutoCPAP – Pressão Positiva Contínua nas
Vias Aéreas Fixa (Automática)
AVC – Acidente Vascular Cerebral
BAS – Benefícios Adicionais em Saúde
BDMH – Base de Dados para a morbilidade
Hospitalar
BI - Business Intelligence
BICSP - Bilhete de Identidade dos Cuidados de
Saúde Primários
BIMH – Business Intelligence para a
morbilidade Hospitalar
CAD – Comportamentos Aditivos e
Dependências
CC - Cartão do Cidadão
CCeSIS - Conselho Consultivo do eSIS
CCISM – Cuidados Continuados Integrados de
Saúde Mental
CCP - Código dos Contratos Públicos
CE – Comunidade Europeia
CeSIS - Coordenação do eSIS
CESP – Centro de Emergências em Saúde
Pública
CIAV – Centro de Informação Antivenenos
CIF - Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
CMD – Chave Móvel Digital
CNPD - Comissão Nacional De Proteção De
Dados
CODU – Centros de Orientação de Doentes
Urgentes
CPAP – Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas
Fixa
CPARA - Catálogo Português de Alergias e
Reações Adversas
CPDR – Cartão de Pessoa com Doença Rara
CPLP – Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa
CRD – Cuidados Respiratórios Domiciliários
CRe – Centros de Referência
CRI – Centros de Respostas Integradas
CRRTBMR - Centros de Referência Regional para
a tuberculose multirresistente
CS – Centro de Saúde
CSI – complemento Solidário para Idosos
CSP – Cuidados de Saúde Primários
CTH - Consulta a Tempo e Horas
CTV – Comissão Técnica de Vacinação
CVP – Cruz Vermelha Portuguesa
DAE – Desfibrilhação automática externa
DCI – Denominação Comum Internacional
DGRSP – Direção-Geral de Reinserção e dos
Serviços Prisionais
DGS – Direção-Geral de Saúde
DHD – Dose Diária Definida
FA – Forças Armadas
DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
DQS – Departamento da Qualidade na Saúde
EAD – Equipas de Apoio Domiciliário
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
20
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
EAMST – Enfarte agudo do miocárdio com
supradesnivelamento do segmento ST
ECCI – Equipas de Cuidados Continuados
Integrados
ECDC – Centro Europeu de Prevenção e
Controlo de Doenças
ECG – Eletrocardiograma
ECSCP – Equipas Comunitárias de Suporte
em Cuidados Paliativos
EEG – Eletro – Encefalografia
EIHSCP – Equipas Intra-Hospitalares de
Suporte em Cuidados Paliativos
EIPAS – Estratégia Integrada para a
Promoção da Alimentação Saudável
EMR – Estado Membro de Referência
ENESIS - Estratégia Nacional para o
Ecossistema de Informação de Saúde
EPE – Entidade Pública Empresarial
EPIET – European Programme for
Intervention Epidemiology Training
eSIS - Ecossistema de Informação em Saúde
GDH – Grupos de Diagnósticos Homogéneos
H – Hospital
HbA1c – Hemoglobina glicada A1c
HPV – Vírus do Papiloma Humano
HPV – Vírus do Papiloma Humano
IACS – Infeções associadas aos Cuidados de
Saúde
ICP - Intervenção coronária percutânea
INCS – Infeções Nosocomiais da corrente
sanguínea
INE – Instituto Nacional de Estatística
INEM – Instituto Nacional de Emergência
Médica
INSA – Instituto Nacional de Saúde Doutor
Ricardo Jorge
IPSS – Instituição Particular de
Solidariedade Social
IPST – Instituo Português do Sangue e da
Transplantação
LAC – Livre Acesso e Circulação
LBP – Liga dos Bombeiros Portugueses
LIC - Lista de Inscritos para Cirurgia
LPEUP - Locais de Prescrição de Entidade
Utilizadora Privada
LVT – Lisboa e Vale do Tejo
MCDT – Meios Complementares de
Diagnóstico e Terapêutica
MEM – Motos de Emergência Médica
MFR – Medicina Física e de Reabilitação
MGF – Medicina Geral e Familiar
MS – Ministério da Saúde
MTSSS – Ministério do Trabalho, Solidariedade e
Segurança Social
NINEM – Ambulâncias não INEM
NT – Nota de Transferência
OMS – Organização Mundial de Saúde
ONG – Organização não governamental
ORL – Otorrinolaringologia
OSPA – Outras Substâncias Psicoativas
PACS - Picture Archiving & Communication
System
PALOP – Países Africanos de Língua Oficial
Portuguesa
PAP – Programa de Acesso Precoce
PDS - Plataforma de Dados da Saúde
PEDCP – Plano Estratégico para o
Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos
PEM – Postos de Emergência Médica
PEM – Prescrição Eletrónica Médica
PCE - Processo Clínico Eletrónico
PFC – Plasma fresco congelado
PIIC – Programa de Incentivos à Integração de
Cuidados
PLA – Problemas Ligados ao Álcool
PNCRAM – Plano Nacional de combate às
Resistências Antimicrobianos
PND – Programa Nacional para a Prevenção e
Controlo da Diabetes
PNDCCV – Programa Nacional para as
Doenças Cérebro-Cardiovasculares
PNDO – Programa Nacional para as Doenças
Oncológicas
PNDR – Programa Nacional para as Doenças
Respiratórias
PNPAF – Programa Nacional para a Promoção
da Atividade Física
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 21
PNPAS – Programa Nacional de Promoção da
Alimentação Saudável
PNPCT – Programa Nacional para a
Prevenção e Controlo do Tabagismo
PNPSO – Programa Nacional de Promoção da
Saúde Oral
PNSM – Programa Nacional de Saúde Mental
PNSM – Programa Nacional de Saúde Mental
PNTb – Programa Nacional para a
Tuberculose
PNV – Plano Nacional de Vacinação
PORI – Plano Operacional de Respostas
Integradas
PPCIRA – Programa de Prevenção e Controlo
de Infeções e de Resistências aos
Antimicrobianos
PPP – Parceria Público-Privada
PR – Postos Reserva
PrEP – Profilaxia Pré-Exposição
PSCI – Perfusão Subcutânea Contínua de
Insulina
RA – Residências Autónomas
RAM – Resistência dos Microrganismos aos
Antimicrobianos
RAMa – Residências de Apoio Máximo Adultos
RAMo – Residências de Apoio Moderado
RENTEV - Registo Nacional do Testamento
Vital
RER – Redes Europeias de Referência
RIS – Rede Informática da Saúde
RNCCI – Rede Nacional de Cuidados
Continuados Integrados
RNEC – Registo Nacional de Ensaios Clínicos
RNU – Registo Nacional de Utentes
RON – Registo Oncológico Nacional
RORENO - Registo Oncológico Regional do
Norte
RPT – Registo Português de Transplantação
RRH – Redes de Referenciação Hospitalar
RSE - Registo de Saúde Eletrónico
RSE SIGA – Registo de Saúde Eletrónico no
Sistema Integrado de Gestão do Acesso
RTA – Residências de Treino de Autonomia
RTA/A – Residências de Treino de Autonomia
– Tipo A Infância e Adolescência
RVS – Resposta Virológica Sustentada
SAM - Sistema de Apoio ao Médico
SAPA – Sistema de Atribuição de Produtos de
Apoio
SAPE - Sistema de Apoio à Prática de
Enfermagem
SCM – Santa Casa da Misericórdia
SGES - Sistema de Gestão de Entidades de
Saúde
SGTD – Sistema de Gestão de Transporte de
Doentes
SHEM – Serviço de Helicópteros de
Emergência
Médica
SI – Sistemas de Informação
SICAD - Serviço de Intervenção nos
Comportamentos Aditivos e nas
Dependências
SICTH - Sistema de Informação para a
Consulta a Tempo e Horas
SIEM – Sistema Integrado de Emergência
Médica
SIGA - Sistema Integrado de Gestão do
Acesso
SIGA SNS - Sistema Integrado de Gestão do
Acesso ao Serviço Nacional de Saúde
SIGIC – Sistema Integrado de Gestão de
Inscritos para Cirurgia
SIGLIC – Sistema Integrado de Gestão da
Lista de Inscritos para Cirurgia
SIGH - Sistema de Informação para a
Morbilidade Hospitalar
SISBAS - Sistema de Informação sobre
Benefícios Adicionais em Saúde
SIV – Ambulâncias de Suporte Imediato de
Vida
SM – Saúde Mental
SNS – Serviço Nacional de Saúde
SPA – Setor Público Administrativo
SPHv – Sistema Português de
Hemovigilância
SPMS – Serviços Partilhados do Ministério
da Saúde
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
22
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
SS - Segurança Social
SU – Serviço de Urgência
TAE – Serviços de Triagem, Aconselhamento
e Encaminhamento
TBMR – Tuberculose Multirresistente
Tdpa – Vacina Tétano, Difteria e Tosse
Convulsa
TESSy – The European Surveillance System
TIP – Ambulâncias de Transporte
Inter-Hospitalar
TMP – Taxa de Mortalidade Padronizada
TMRG – Tempos Máximos de Resposta
Garantidos
TSDT – Técnico Superior de Diagnóstico e
Terapêutica
TV – Testamento Vital
UAP – Unidade de Ambulatório Pediátrica
UC – Unidades de Convalescença
UCINN – Unidades de Cuidados Intensivos
Neonatais
UCIP nível 1 – Unidade de Internamento de
Cuidados Pediátricos Integrados
UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde
Personalizados
UCP – Unidades de Cuidados Paliativos
UE – União Europeia
ULDM – Unidades de Longa Duração e Manutenção
ULS – Unidade Local de Saúde
UMDR – Unidades de Média Duração e Reabilitação
UMIPE – Unidade Móvel de Intervenção Psicológica
de Emergência
UNO - Sistema de Informação único
USF – Unidade de Saúde Familiar
USO – Unidades Sócio Ocupacionais de Adultos
USO/IA – Unidades Sócio Ocupacionais
– Infância e Adolescência
Var. – Variação
VC – Vale Cirurgia
VCI – Visão Clínica Integrada
VHB – Vírus da Hepatite B
VHC1 – Vírus da Hepatite C 1
VIH – Vírus da Imunodeficiência Humana
VMER – Viaturas Médicas de Emergência e
Reanimação
VV – Via Verde
VV AVC – Via Verde Acidente Vascular Cerebral
ZFV - Zero Footprint Viewer
CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 23
Considerações prévias
presente relatório dá cumprimento ao disposto no n.º 1 do artigo 30.º da Lei n.º 15/2014, de
21 de março1, alterada pelo Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril, que visa a consolidação dos
direitos e deveres dos utentes dos serviços de saúde, concretizando a Base XIV da Lei n.º 48/90, de
24 de agosto, que salvaguarda as especificidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
De forma complementar, este instrumento avalia o posicionamento das instituições em relação
ao cumprimento do disposto no artigo 1.º da Portaria n.º 153/2017, de 4 de maio, que publica a carta
de direitos de acesso e que define os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) para todo o
tipo de prestações de saúde sem caráter de urgência.
O Relatório Anual de Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades
Convencionadas de 2018 apresenta informação relativa à evolução da estrutura de prestação de
cuidados e ao desempenho das instituições do SNS em termos de acesso aos cuidados de saúde,
organizando-se em três partes:
• A parte I, dedicada à evolução do modelo organizacional para a prestação de cuidados de
saúde no SNS, onde se analisa a evolução da oferta de cuidados de saúde no período
compreendido entre os anos de 2010 a 2018, destacando-se os programas de saúde
prioritários, as áreas de prestação de cuidados de saúde primários, hospitalares, continuados
integrados, paliativos e de saúde mental, assim como a articulação com o setor social e
convencionado, os mecanismos de resposta subjacentes aos acordos internacionais no
âmbito da prestação de cuidados de saúde, a requalificação de recursos humanos e os
investimentos em infraestruturas, equipamentos e tecnologias de informação e comunicação
que se têm registado no SNS (SNS digital);
• A parte II, dedicada à análise do desempenho em termos do acesso a áreas específicas da
prestação de cuidados de saúde no SNS, com destaque para o Centro de Contacto SNS 24, a
emergência médica, o transporte não urgente de doentes, a atribuição de produtos de apoio,
1 A Lei n.º 15/2014, de 21 de março foi alterada pelo Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril. Em 2017 foi também publicada a Portaria n.º
153/2017, de 4 de maio, que reviu o disposto no n.º 2 do artigo 1.º e nos artigos 25.º a 27.º da Lei n.º 15/2014, de 21 de março, relativamente
aos Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) para todo o tipo de prestações de saúde sem carácter de urgência e publicou a nova carta
dos direitos de acesso.
O
CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS
24
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
os benefícios adicionais em saúde, o programa nacional de vacinação, o programa nacional
de promoção de saúde oral, o programa de procriação medicamente assistida, o
acompanhamento da pessoa com doença rara, os programas de intervenção nas
dependências (drogas, álcool e jogo), o centro de emergências em saúde pública, as taxas
moderadoras, o sangue e transplantação e o acesso ao medicamento no SNS;
• A parte III, dedicada à apresentação dos resultados alcançados nas principais áreas da
prestação de cuidados de saúde do SNS, nomeadamente nos cuidados de saúde primários,
nos cuidados hospitalares, nos cuidados continuados integrados e no setor social e
convencionado. Nesta parte III são ainda destacados os principais estudos e avaliações
externas que têm incidido sobre o sistema de saúde português.
A informação incluída no presente relatório resulta dos dados provenientes dos sistemas de
informação que estão implementados no SNS, designadamente, no âmbito dos cuidados de saúde
primários, hospitalares, continuados integrados, setor social e convencionado, acordos
internacionais, programas de saúde, entre outros relacionados com o acesso a cuidados de saúde,
assim como dos resultados apresentados pelas várias entidades do Ministério da Saúde em relação às
áreas específicas do acesso aos cuidados de saúde que são aqui analisadas.
O relatório de 2018 segue a estrutura de informação disponibilizada em anos anteriores,
procurando apresentar, de forma transparente e rigorosa, uma análise exaustiva da evolução
temporal do acesso aos cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e convencionados no âmbito
do sistema de saúde em Portugal, para o horizonte 2010 a 2018, sempre que exista informação
disponível e comparável para este período.
Através do Portal SNS, acessível desde fevereiro de 2016 (www.sns.gov.pt), é possível consultar
informação complementar àquela que é apresentada neste relatório, com um nível de detalhe, de
transparência e de atualização regular, contribuindo assim para que os cidadãos e os profissionais de
saúde conheçam cada vez melhor as matérias relacionadas com o acesso ao SNS, nomeadamente os
tempos de resposta para a atividade programada (com destaque para as consultas e as cirurgias) e
para a atividade não programada (realizada nos serviços de urgências), assim como a forma como
podem ser acedidos os serviços garantidos pelo Estado aos cidadãos, como funcionam os serviços de
saúde, como são utilizados os recursos disponíveis, como se compara o desempenho de cada entidade
do SNS entre si e entre as outras.
Este exercício de responsabilidade e de prestação de contas sobre o acesso aos cuidados de saúde
no SNS enquadra-se na política de saúde do XXI Governo Constitucional, o qual definiu como
prioridade, entre outras, a redução das desigualdades entre os cidadãos no acesso à saúde, em
conjunto com o reforço do poder do cidadão no seio do SNS, promovendo a disponibilidade,
acessibilidade, comodidade, transparência, celeridade e humanização dos serviços.
SUMÁRIO EXECUTIVO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 25
Sumário executivo
Relatório Anual de Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades
Convencionadas de 2018 apresenta os principais resultados alcançados ao nível do acesso aos
cuidados de saúde prestados no SNS, destacando-se de seguida os aspetos mais relevantes.
Os resultados dos indicadores populacionais e demográficos disponíveis para os últimos anos
apontam para uma evolução positiva no que respeita à saúde dos cidadãos residentes no território
nacional.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) estimam que, em 2018, residiam em Portugal
cerca de 10.276.617 habitantes, menos 14.410 face a 2017. A população residente no continente, e
por isso abrangida diretamente pelo SNS, ascendia a 9.779.826 em 2018 (menos 12.971 residentes
do que em 2017).
No que se refere à taxa de mortalidade infantil (até ao primeiro ano de vida), o ano de 2018
registou um valor de 3,2 óbitos por cada mil nados-vivos, o mesmo valor que o registado em 2016.
No total, verificaram-se 281 óbitos infantis (+52 que em 2017), um valor em linha com o de 2016
(282 óbitos infantis).
Em sentido inverso, o indicador de natalidade continua a apresentar uma evolução positiva,
totalizando cerca de 87 mil nados-vivos em 2018, ou seja, +1% do que em 2017 e +5,6% do que em
2014 (ano com o valor mais baixo do período analisado).
No ano de 2018, o Plano Nacional de Saúde – Revisão e Extensão 2020 prosseguiu a sua função
como elemento basilar da política de saúde em Portugal, traçando o rumo estratégico da intervenção
das várias entidades prestadoras de cuidados e desempenhando um papel agregador e orientador
das medidas consideradas mais relevantes para a obtenção de mais e melhores ganhos em saúde
para a população residente em Portugal.
Neste sentido, e à semelhança do que se tinha verificado em 2017, merece particular destaque
o trabalho desenvolvido em 2018 no âmbito dos Programas de Saúde Prioritários, os quais se
encontram integrados em três plataformas de intervenção: a plataforma de prevenção e gestão das
doenças crónicas, a plataforma para a prevenção e gestão das doenças transmissíveis e a plataforma
dedicada à saúde mental.
O
SUMÁRIO EXECUTIVO
26
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Os principais ganhos alcançados em 2018 na sequência das estratégias de intervenção definidas
nestes Programas de Saúde Prioritários contribuíram para a melhoria da adequação do acesso dos
cidadãos ao SNS, salientando-se:
• Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável
O ano de 2018 ficou marcado pelo início da implementação da Estratégia Integrada para a
Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS).
De destacar que, no mesmo ano, foram assinados dois protocolos: um em colaboração com as
Associações dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares para a redução do teor de
ácidos gordos trans nos produtos de pastelaria (redução dos ácidos gordos trans para valores
abaixo dos 2% de gordura total utilizada) e outro de colaboração com a APED para a redução da
gramagem dos pacotes individuais de açúcar.
Ainda neste contexto cumpre realçar um conjunto de iniciativas que visam incentivar a
reformulação dos produtos alimentares e promover uma alimentação saudável, nomeadamente
a iniciativa Selo Pão com “Menos Sal, Menos Sabor” (distinção às padarias que já cumpram a
meta de teor máximo de sal de um grama por 100 gramas de pão); elaboração de dois manuais
de apoio para a utilização e gestão correta do cabaz de alimentos e ainda, as campanhas “Açúcar
escondido nos alimentos” e “Água a nova mega bebida” (campanhas públicas de divulgação
nacional, que contaram com a participação de figuras públicas e com uma forte presença nos
meios de comunicação social e redes sociais).
• Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física
Em 2018, importa destacar a crescente utilização pelos profissionais de saúde das ferramentas
de avaliação e aconselhamento breve da atividade física, disponibilizadas nos softwares SClínico
e PEM – Prescrição Eletrónica Médica, respetivamente, com cerca de 5 mil profissionais que
registaram esta avaliação e que emitiram quase 14 mil “guias” de apoio à promoção da atividade
física.
A monitorização efetuada no final de 2018 aponta para um aumento significativo dos utentes
avaliados quanto ao seu nível de atividade física e comportamentos sedentários.
O número total de utentes avaliados ao longo do período compreendido entre setembro de 2017
e dezembro de 2018 permite constatar que o número de utentes avaliados nos últimos sete
meses, duplicou face aos primeiros meses deste período.
• Programa Nacional de Prevenção e Controlo do Tabagismo
O número de locais de consulta de apoio intensivo à cessação tabágica registou um aumento de
1,4% em 2018, tendo-se assegurado a existência, em 98% dos ACES do país, de pelo menos uma
consulta de cessação tabágica aos utentes do SNS.
SUMÁRIO EXECUTIVO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 27
Na sequência deste alargamento, foram realizadas 44.099 consultas de cessação tabágica no ano
de 2018, o que representa um acréscimo de 10,9% face a 2017, no total de consultas, e de 12,7%
nas primeiras consultas, realizadas em ACES e serviços hospitalares.
De referir ainda que, no âmbito da comparticipação a 37% pelo SNS para o medicamento de
primeira linha para o tratamento antitabágico – a vareniclina – assistiu-se, em 2018, a um
aumento de 17% das embalagens dispensadas, no mercado comparticipado do SNS em farmácia
comunitária2.
• Programa Nacional para a Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos
Em 2018 foi feita a avaliação de resultados dos cinco anos de existência deste Programa
Prioritário, tendo as principais conclusões apontado para uma tendência favorável de aumento
do cumprimento global das boas práticas de higiene das mãos nos profissionais de saúde face a
2013, com aumento gradual e progressivo das unidades aderentes, estando implementada em
61% dos hospitais do SNS, 19% dos hospitais privados e do setor social, 11% das unidades de
cuidados continuados integrados e em 34% das unidades que prestam cuidados de saúde
primários.
Verificou-se igualmente uma redução estatisticamente significativa das resistências aos
antimicrobianos na maior parte dos microrganismos estudados, com exceção das resistências
da bactéria Klebsiella pneumoniae aos vários fármacos que aumentou significativamente, com
suscetibilidade reduzida aos carbapenemos em cerca de 10% dos isolados invasivos estudados.
Ainda nesta área destaca-se a promoção de eventos como o Dia Mundial da Higiene das Mãos e
a comemoração do Mês do Antibiótico, os projetos referentes às infeções hospitalares e as
colaborações internacionais, nomeadamente na publicação Health at a Glance 2018.
• Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares
Em 2017, último ano com dados disponíveis, verificou-se uma diminuição no número de óbitos
por doenças cerebrovasculares (-3,7%), bem como por doenças isquémicas do coração (-0,4%),
em relação a 2016.
O projeto-piloto de Realização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica de
Cardiologia em cuidados de saúde primários, iniciado em maio de 2017 e concluído no final de
2018, permitiu a realização de um total de 736 exames complementares, nomeadamente
eletrocardiograma convencional, MAPA e registo eletrocardiográfico de longa duração, evitando
a deslocação dos utentes a unidades hospitalares, mediante o recurso a tecnologias de
informação e integração de cuidados.
2 Dados do INFARMED.
SUMÁRIO EXECUTIVO
28
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Diabetes
O acesso aos sistemas de Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina (PSCI) foi, em 2018,
alargado a todos os jovens com idade igual ou inferior a 14 anos. Além do impacto na melhoria
da qualidade de vida destes utentes, este alargamento permite melhorar o controlo da
hemoglobina glicada A1c (HbA1c) e diminuir o número de episódios de hipoglicemias graves.
Ao abrigo deste programa foram adquiridos 852 dispositivos em 2018. O número total de
utentes em tratamento com sistemas de PSCI no final de 2018, quase duplicou em relação ao
final de 2016.
Também em 2018, continuou a verificar-se um crescimento na área do rastreio da retinopatia
diabética, com um total de 214.538 utentes rastreados. Referir que em três anos, o número de
utentes rastreados mais do que duplicou, sendo que em 2018 atingiu-se o número mais alto de
rastreios de retinopatia diabética.
• Programa Nacional para as Doenças Oncológicas
A expansão dos rastreios oncológicos de base populacional implementados no SNS (mama, colo
do útero e cólon e reto) continuou em 2018.
Neste ano, os rastreios do cancro da mama e do colo do útero atingiram taxas de cobertura
geográfica de 84,4% e 98,4%, respetivamente.
No que se refere ao rastreio do cancro do cólon e reto, iniciou-se em 2017 uma fase de expansão,
passando de pequenos programas piloto para um verdadeiro programa de rastreio de base
populacional com ambições de cobertura nacional até ao final de 2020. Em 2018 a cobertura
geográfica do rastreio do cólon e reto foi de 56,3%.
A análise específica do rastreio do cancro da mama realizado em 2018 demonstra um aumento
do número de mulheres convidadas para a realização do rastreio (+27.424 mulheres que no
ano anterior), um crescimento de 16.333 mulheres que realizaram este rastreio. Foram
efetuadas 331.608 mamografias, 13.043 consultas de aferição e identificaram-se 1.744 casos
positivos. A taxa de adesão situou-se nos 63,5%.
Em relação ao rastreio do cancro do colo do útero, registou-se um aumento da taxa de cobertura
geográfica em 2018 que passou para 98,4%, mais 15,6 pontos percentuais que no ano anterior,
o que reflete um aumento no número de mulheres que realizaram o rastreio (+39.536) e ainda
um crescimento da taxa de adesão a este rastreio, que passou de 72,5% em 2017 para 88,5%
em 2018 (+ 16 pp).
Quanto ao rastreio do cancro do cólon e reto, verifica-se que a cobertura nacional passou dos
31,3% para os 56,3% em 2018, o que representa um aumento de 25 pontos percentuais. Foram
convidados mais 84.830 utentes e rastreados mais 27.800 que em 2017.
SUMÁRIO EXECUTIVO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 29
• Programa Nacional para as Doenças Respiratórias
À semelhança do que se tinha verificado em 2017, ao longo do ano 2018, no âmbito do Programa
Nacional para as Doenças Respiratórias, verificou-se uma melhoria da acessibilidade à
espirometria, de forma internalizada nos cuidados de saúde primários, perspetivando-se um
aumento de 57%, no número de espirometrias efetuadas a nível nacional.
Também a capacidade diagnóstica de asma nos cuidados de saúde primários registou um
aumento de 29% entre 2014 e 2018.
A evolução da implementação da prescrição eletrónica médica para os cuidados respiratórios
domiciliários tem permitido uma melhoria do controlo do processo de prescrição, tendo sido
iniciada em 2018 a sua desmaterialização, desde a prescrição até à faturação. Constata-se um
aumento do número de utentes aos quais foram prescritos tratamentos de Cuidados
Respiratórios Domiciliários (CRD) na maioria das modalidades de tratamento, nomeadamente
ventiloterapia e oxigenoterapia, excetuando-se a aerossoloterapia, denotando esta última uma
melhoria das boas práticas de prescrição.
No contexto da prescrição eletrónica de câmaras expansoras, implementada pela primeira vez
em Portugal, que passou a ter uma comparticipação de 28 euros por ano, por utente e por
câmara, verificou-se que em 2018 foram prescritas 42.704 câmaras expansoras.
• Programa Nacional para as Hepatites Virais
Na área do rastreio e diagnóstico, destaca-se a publicação do Despacho n.º 2522/2018, de 12 de
março, que autoriza a realização de testes rápidos de VIH, VHB e VHC nas farmácias
comunitárias e laboratórios de patologia clínica/análises clínicas, bem como a publicação de
duas circulares normativas conjuntas DGS/ACSS/SPMS/INSA/INFARMED, de 30 de abril de
2018 e 24 de agosto de 2018, que definem o normativo técnico e organizacional, referente à
realização dos referidos testes.
Na vertente do tratamento, em julho de 2018, a Direção-Geral de Reinserção e dos Serviços
Prisionais (DGRSP) e 28 instituições hospitalares do Serviço Nacional de Saúde assinaram os
protocolos nos termos estipulados no Despacho que estabelece a rede para a prestação de
cuidados de saúde no âmbito da infeção por VIH, VHB e VHC.
Os dados mais recentes da monitorização do tratamento da hepatite C evidenciam que até 18 de
março de 2019, tinham sido autorizados 23.128 tratamentos, dos quais 21.940 já foram
iniciados. Verificou-se a cura em 12.666 doentes (96,4%).
• Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA
Em julho de 2018 foram apresentados publicamente, os dados que indicam que, pela primeira
vez, foram atingidos dois dos três noventas que compõem as metas das Nações Unidas para o
SUMÁRIO EXECUTIVO
30
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
combate ao VIH/sida para 2020 – 91,7% das pessoas com VIH encontram-se diagnosticadas e
90,3% das pessoas em tratamento apresentam supressão vírica.
Na vertente da prevenção do VIH, Portugal implementou a estratégia de Profilaxia Pré-
Exposição ao VIH (PrEP), dirigida às pessoas com risco acrescido de aquisição de infeção VIH,
através de um Programa de Acesso Precoce (PAP) disponível em mais de 20 hospitais de
Portugal Continental e tendo abrangido mais de 300 pessoas.
No âmbito do programa de dispensa gratuita de materiais preventivos a serviços de saúde,
Organizações Não Governamentais, escolas, universidades e estabelecimentos prisionais,
verificou-se a manutenção do número de preservativos distribuídos, comparativamente a 2017,
cerca de 5 milhões de unidades. O Programa Troca de Seringas assinalou 25 anos de
funcionamento, tendo distribuído mais de 58 milhões de seringas e mais de 30 milhões de
preservativos.
Na área do rastreio e diagnóstico precoce do VIH, importa destacar que o número de testes
rápidos realizados pelas diferentes estruturas totalizou cerca de 35 mil testes, destacando-se o
aumento de 50% no número de testes rápidos realizados nos cuidados de saúde primários,
comparativamente a 2017.
De forma a promover a adesão terapêutica, assim como uma comodidade superior aos doentes
com VIH no acesso regular à sua medicação crónica, deu-se continuidade ao projeto TARV –
dispensa de terapêutica anti retrovírica combinada nas farmácias comunitárias. Os resultados
indicam que 413 doentes estão a fazer o levantamento da terapêutica no âmbito do projeto,
sendo que 53% (219) o fazem nas 101 farmácias aderentes do distrito de Lisboa e os restantes
na farmácia hospitalar do Hospital Curry Cabral.
• Programa Nacional para a Tuberculose
Em Portugal, a taxa de notificação da tuberculose continua a diminuir a um ritmo que no último
quinquénio atingiu 5,4% ao ano. Em 2018 a taxa de notificação foi de 16,6 casos por 100 mil
habitantes. Os distritos de Porto e Lisboa, continuam a registar, como expectável, a mais alta
taxa de notificação, 25,3 e 23,7 casos /100 mil habitantes e são os únicos do país que se mantêm
acima dos 20 casos/100 mil habitantes. A sua concentração nos grandes centros urbanos, a sua
associação a dificuldades sociais e a diferentes comorbilidades torna-a mais difícil de abordar,
necessitando de uma ação conjunta a nível social e médico.
No ano de 2018, foram notificados 34 casos de tuberculose em crianças com menos de 6 anos
de idade, correspondendo a uma taxa de incidência neste grupo etário de 6,6 casos/100 mil
crianças dos 0 aos 5 anos. Foram identificados 4 casos de formas graves de tuberculose, todas
em crianças sem BCG e 3 com critérios individuais para vacinação.
A tuberculose multirresistente (TBMR) mantem-se como preocupação a nível mundial. A
existência de resistências condiciona dificuldades no tratamento, quebra da infecciosidade do
SUMÁRIO EXECUTIVO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 31
caso e redução da morbilidade e mortalidade. Em Portugal, foram adotadas estratégias de
concentração dos doentes nos Centros de Referência de Tuberculose Multirresistente com
consequente aplicação de protocolo uniformizados e redução progressiva do número de casos
em Portugal (22 casos em 2012 e 7 casos em 2018).
Importa ainda referir que têm sido implementadas diversas medidas de reforço do combate à
tuberculose, nomeadamente a identificação das crianças elegíveis para a administração da
vacina BCG, a reestruturação da rede laboratorial, a publicação de recomendações para
prevenção, deteção e tratamento em grupos vulneráveis, entre outras.
• Programa Nacional de Saúde Mental
Em termos globais, no ano de 2018, foi possível concretizar um conjunto importante de ações
de promoção e prevenção em várias áreas da saúde mental, assim como desenvolver um
trabalho de parceria interministerial significativo, com resultados evidentes.
De referir a conclusão da Rede de Referenciação Hospitalar de Psiquiatria da Infância e
Adolescência, documento que constitui uma matriz orientadora-chave para a organização dos
serviços neste campo.
Em relação ao desempenho alcançado pelas várias unidades e serviços que compõem a rede de
prestação de cuidados de saúde no SNS, destacam-se em seguida os principais resultados alcançados
durante o ano de 2018, nomeadamente:
• Cuidados de saúde primários
Neste nível de cuidados, que constitui o pilar da organização do SNS, importa destacar que em
2018 registou-se a entrada em funcionamento de 37 novas Unidades de Saúde Familiar
(passando a existir 532 USF, +18,5% do que em 2015, que abrangiam já 60,1% do total de
utentes inscritos nos cuidados de saúde primários) e de mais 8 Unidades de Cuidados na
Comunidade (passando a existir 263 UCC, +8,2% do que em 2015, abrangendo 95,4% dos
residentes no continente).
Desde o início desta legislatura, e até ao final de 2018, já tinham iniciado funções 83 novas USF.
Ainda nos cuidados primários, importa destacar que em 2018 registou-se o número mais baixo
de sempre de utentes sem médico de família atribuído (690.232 utentes, comparativamente
com os 1.044.945 utentes sem médico em 2015), o que significa que 93,0% da população
inscrita no SNS estava abrangida por médico de família no final de 2018, representando um
ganho de 3,3 pontos percentuais (pp) em relação a 2015 e de 10,9 pp em relação a 2010,
primeiro ano da série de dados considerados neste relatório.
Importa ainda referir que, se considerarmos a população residente no continente (9.779.826
habitantes, segundo dados do INE), a percentagem de utentes com médico de família atribuído
ascende a 96,9%.
SUMÁRIO EXECUTIVO
32
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Durante o ano de 2018 foram ainda concretizadas diversas medidas que visam cumprir o
objetivo de implementar a expansão e a melhoria da capacidade resolutiva dos cuidados de
saúde primários, com destaque para:
a) A implementação de novas respostas de saúde oral e de medicina dentária no SNS;
b) O alargamento do rastreio de saúde visual infantil, dos rastreios de base populacional (nas
áreas do cancro da mama, do cancro do colo do útero, do cancro do cólon e reto e da
retinopatia diabética);
c) O reforço da capacidade de deteção precoce de doenças crónicas, como a doença pulmonar
obstrutiva crónica, por exemplo;
d) A disponibilização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica nos centros de
saúde;
e) O alargamento da telerreferenciação dermatológica e das unidades móveis de saúde em
atividade;
f) A crescente utilização das ferramentas digitais de avaliação do nível de atividade física e
comportamentos sedentários dos utentes pelos profissionais de saúde e o acesso a uma
intervenção de aconselhamento breve para a atividade física realizada pelos médicos de
família nos Cuidados de Saúde Primários.
g) A criação do primeiro modelo de consulta de atividade física nos cuidados de saúde
primários em Portugal, que será testado em unidades de saúde piloto em todo o país;
h) O reforço das respostas no apoio à cessação tabágica;
i) O reforço das respostas na área da psicologia, da nutrição e da medicina física e de
reabilitação, entre outras.
Esta melhoria da estrutura de prestação de cuidados de saúde primários traduziu-se na
realização de mais de 31 milhões de consultas médicas, de mais de 19 milhões de consultas de
enfermagem e na evolução positiva que se registou nos principais indicadores associados ao
programa de saúde infantil, contratualizados com as unidades funcionais dos cuidados de saúde
primários.
Os resultados alcançados nos cuidados de saúde primários em 2018 confirmam o impacto de
melhoria da estrutura de oferta de cuidados primários no SNS, com o aumento do número de
profissionais, com mais investimentos em instalações e equipamentos e com a diversificação
das respostas que alarguem a capacidade resolutiva deste nível de cuidados.
• Cuidados de saúde hospitalares
Em relação aos cuidados hospitalares, desenvolveram-se durante o ano de 2018 diversas
evoluções no modelo organizativo do SNS, salientando-se:
a) A operacionalização dos Centros de Responsabilidade Integrados;
b) A continuação da implementação do Sistema Integrado de Gestão do Acesso (SIGA);
SUMÁRIO EXECUTIVO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 33
c) A prossecução da implementação do mecanismo de livre acesso e circulação de utentes no
SNS (que permite aumentar a liberdade de escolha dos utentes em relação ao hospital do
SNS onde pretendem receber cuidados de saúde);
d) O reforço dos processos de afiliação, de gestão partilhada de recursos e de trabalho
cooperativo e em rede no SNS;
e) A consolidação da atividade realizada nos centros de referência;
f) A continuação do processo de revisão das redes de referenciação hospitalar;
g) O incentivo ao desenvolvimento de respostas na comunidade e no domicílio (destacando-
se a hospitalização domiciliária, os serviços domiciliários, a descentralização de consultas
hospitalares nos cuidados primários);
h) A densificação das respostas de teleSaúde (especialmente as respostas de teleconsulta e de
telemonitorização de doentes a viver com patologias crónicas).
A oferta disponível de camas para internamento de doentes agudos nos hospitais do SNS
manteve-se relativamente estável ao longo dos anos, existindo 21.095 camas nos hospitais do
SNS em 2018.
Em termos de resultados assistenciais nos hospitais, registou-se em 2018 um aumento da
atividade hospitalar programada ao nível das consultas externas (+0,9% em 2018 do que em
2017) e do número de doentes operados no SNS (+1% do que em 2017), atingindo ambas as
respostas o volume mais elevado de sempre de atividade anual, assim como um ligeiro
acréscimo de 0,7% em relação ao número de episódios de urgência, quando comparado com
2017.
Ainda no que diz respeito às primeiras consultas de especialidade hospitalar solicitadas pelos
cuidados de saúde primários através do sistema Consulta a Tempo e Horas (CTH), integrado no
SIGA, constata-se que, em 2018, foram efetuados 1.775.618 novos pedidos de primeira consulta
hospitalar, representando um aumento de 0,1% em relação a 2017 e que foram realizadas
1.310.165 consultas referenciadas pelo médico de família através do CTH, tendo representado
um aumento de 0,4% face ao ano anterior (+4.700 consultas).
Estes números representam o volume mais elevado de sempre de pedidos de primeira consulta
hospitalar realizados no âmbito do CTH, assim como o valor mais elevado de sempre de
consultas realizadas, demonstrando assim o aumento de acesso a esta área da prestação de
cuidados no SNS.
Ainda em relação ao CTH, constatou-se que, em 2018, cerca de 71% das consultas realizadas
ocorreram dentro do tempo recomendado para o nível de prioridade atribuído ao pedido em
sede da triagem hospitalar (valor semelhante ao de 2016 e ao de 2017) e que a mediana do
tempo até à realização da primeira consulta foi de 81 dias, representando assim uma redução
mediana de quase 6 dias em relação aos resultados de 2017.
SUMÁRIO EXECUTIVO
34
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ainda na área do acesso às primeiras consultas de especialidade hospitalar, e no âmbito do
sistema de Livre Acesso e Circulação de utentes no SNS, verificou-se que, desde 1 de junho de
2016 e 31 de dezembro de 2018, foram 513.463 os utentes que, a nível nacional, escolheram um
hospital fora da rede de referenciação hospitalar que até então estava pré-definida do ponto de
vista administrativo no sistema CTH, o que equivale a 11,6% do total de utentes que foram
referenciados para uma primeira consulta hospitalar a partir dos cuidados de saúde primários.
Em 2018 assistiu-se ao crescimento do número de utentes propostos para cirurgia nos hospitais
do SNS (+1% de entradas em Lista de Inscritos para Cirurgia do que em 2017), ou seja, foram
propostos para cirurgia 706.103 utentes em 2018, mais 6.971 do que em 2017, mais 43.461 do
que em 2015 e mais 94.568 do que em 2010, o que representa um maior acesso à resposta
cirúrgica no SNS.
Em resposta a este aumento da procura cirúrgica, registou-se também um crescimento total da
atividade cirúrgica realizada no SNS, tendo sido operados 594.978 utentes em 2018 (+1,0% do
que em 2017), o que representa o valor mais elevado de sempre desde que existe o Sistema
Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, entretanto integrado no SIGA.
Este crescimento de atividade cirúrgica no SNS corresponde a um crescimento não só absoluto,
mas também relativo (a população residente no continente diminuiu 0,6% no último triénio, de
acordo com o Instituto Nacional de Estatística), confirmando assim uma melhoria transversal
da resposta aos utentes do SNS.
Em 2018 a média do tempo de resposta aos doentes que foram operados manteve-se um pouco
acima dos 3 meses (3,3 meses), assim como se manteve a mediana de tempo de espera dos
utentes inscritos em LIC e ainda a aguardar uma resposta do SNS (3,5 meses).
No que respeita aos tempos de resposta dos serviços de urgência, verifica-se que a grande
maioria dos atendimentos é realizada dentro do tempo previsto pela triagem de Manchester, ou
seja, o número de episódios de urgência que foram atendidos dentro do tempo previsto no
protocolo de triagem de Manchester foi de 74,3% em 2018, valor superior aos 73,7% que foram
alcançados em 2017 e aos 72% de 2016.
• Cuidados continuados integrados
No final de 2018, o número de camas contratadas em unidades de internamento da Rede
Nacional de Cuidados Continuados Integrados ascendia às 8.553 camas.
Ao nível da resposta de ambulatório e de cuidados domiciliários, existiam 282 Equipas de
Cuidados Continuados Integrados (ECCI) a nível nacional, correspondendo a 5.728 lugares
domiciliários da Rede de Adultos (cerca de 41% do total de lugares existentes no final de 2018),
24 lugares de Equipas de Apoio Domiciliário (EAD), 85 lugares de Unidades Sócio Ocupacionais
de Adultos (USO), 30 lugares de Unidades Sócio Ocupacionais – Infância e Adolescência
SUMÁRIO EXECUTIVO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 35
(USO/IA) e 10 lugares de Unidades de Ambulatório Pediátrica (UAP) perfazendo um total de
5.877 lugares domiciliários e de ambulatório.
Em 2018, o número de utentes referenciados para as tipologias que se encontram na RNCCI
atingiu um total de 43.166 (+7,8% em relação a 2017), dos quais 37 foram para as tipologias
pediátricas e 349 para as tipologias de saúde mental. Quanto à origem de referenciação foi
possível constatar que a origem da referenciação continua a ser maioritariamente a partir dos
hospitais (63,4%).
De salientar ainda que, em relação a 2017, e considerando a mediana do tempo de referenciação
até identificação da vaga e o número de utentes a aguardar vaga, 32% dos tempos de resposta
melhoraram.
O ano de 2018 registou um volume global de 186.557.6333 euros, somando as componentes
assumidas pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança
Social.
• Cuidados paliativos
Dando cumprimento ao Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos
(PEDCP) para o biénio 2017-2018 (aprovado pelo Despacho n.º 14311-A/2016, de 28 de
novembro), no final de 2018, todas as Unidades Locais de Saúde, hospitais gerais e oncológicos
do SNS dispunham de 43 equipas intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos
(EIHSCP) com consulta externa, à exceção do Hospital Distrital da Figueira da Foz e do Hospital
da Covilhã.
A Rede de Cuidados Paliativos dispunha também no final de 2018 de 21 equipas comunitárias
ou domiciliárias de suporte em cuidados paliativos (ECSCP) e 28 Unidades de Cuidados
Paliativos (UCP) com 381 camas, das quais 213 em UCP hospitalares e 168 em UCP-RNCCI.
De referir ainda que a redefinição dos critérios de referenciação, admissão e prorrogação,
mobilidade e alta de doentes para as UCP-RNCCI (Portaria n.º 75/2017 de 22 de fevereiro e
Circular Normativa n.º 8/2017/CNCP/ACSS) reforçou-se a natureza clínica destas unidades, o
que contribuiu para um crescimento de 40% do número de doentes tratados em unidades de
cuidados paliativos, de 2016 para 2018, (2.125 doentes tratados em 2016, para 2.967 em 2018).
Com a publicação da Portaria n.º 66/2018, de 6 de março, os Cuidados Paliativos Pediátricos,
foram integrados na Rede Nacional de Cuidados Paliativos e no final de 2018 estavam
formalmente constituídas duas EIHSCP-Pediátricas Especializadas (no Centro Hospitalar
Universitário de Coimbra e no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte) e uma “não
especializada” (no IPO de Lisboa), sendo que outras equipas estavam em fase de integração.
3 Os dados de execução financeira da componente Social são provisórios.
SUMÁRIO EXECUTIVO
36
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Assim, constata-se que no final de 2018, Portugal continental dispunha de uma cobertura
geográfica total de cuidados paliativos, na medida em que todos os distritos dispunham de pelo
menos um recurso específico destes cuidados.
• Integração de Cuidados
Na área do reforço da integração de cuidados, importa destacar o projeto denominado “SNS
+proximidade” que continuou a ser desenvolvido em 2018 e que tem como objetivo facilitar o
acesso e o percurso dos utentes no SNS, abrangendo atualmente seis áreas: pessoa com
morbilidade múltipla, doença aguda, cuidar em casa, estratégias locais de saúde, literacia em
saúde e qualidade do atendimento no SNS.
• Setor social e convencionado
No que se refere ao setor social e convencionado, salienta-se que em 2018 o valor faturado ao
SNS pelas entidades convencionadas (excetuando as áreas da diálise e do SIGIC), foi de
473.766.356 euros, o correspondente a um aumento total de encargos de 5,3%, face ao valor
faturado em 2017.
Na área específica da diálise, verificou-se um aumento do número de doentes em programa de
tratamento em ambulatório, atingindo-se um total de 11.951 doentes em 2018, o que representa
12,2 doentes por cada 10.000 habitantes.
• Acordos internacionais para a prestação de cuidados de saúde
Ao longo de 2018, e relativamente à área internacional, continuou a verificar-se a aplicação da
diretiva comunitária de cuidados transfronteiriços a acesso a cuidados de saúde, bem como a
assegurar-se a legislação comunitária que suporta o fluxo de migrantes, os acordos de
cooperação no domínio da saúde (onde se incluem os evacuados dos Países Africanos de Língua
Oficial Portuguesa) e a assistência médica no estrangeiro.
À semelhança do que se tinha verificado em 2017, e no âmbito da assistência médica no
estrangeiro, em 2018 regista-se uma tendência decrescente no número de autorizações de
doentes portugueses para assistência no estrangeiro (249 doentes autorizados, quando até
2012 os valores anuais eram superiores a 600 doentes), resultado da melhor capacidade de
resposta instalada no SNS, nomeadamente com a criação dos Centros de Referência que
passaram, progressivamente, a assumir os casos clínicos que habitualmente eram referenciados
para o estrangeiro.
• Acreditação e avaliação externa da qualidade
No âmbito da operacionalização da Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde 2015-2020,
foi criado em 2015, o Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, como uma
política pública que visa garantir a segurança dos utilizadores do SNS, bem como dos seus
profissionais, o qual é coordenado, a nível nacional, pelo Departamento da Qualidade na Saúde.
SUMÁRIO EXECUTIVO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 37
Como principais resultados destaca-se a maior cultura de segurança das unidades prestadoras
de cuidados de saúde, refletida no aumento de processos de certificação da qualidade da
prestação de cuidados de saúde, pelo Modelo de Certificação do Ministério da Saúde, na maior
adesão dos profissionais à notificação de incidentes adversos, na crescente aplicação
sistemática de normas clínicas e organizacionais emitidas pela Direcção-Geral da Saúde, na
melhor utilização de ferramentas de monitorização da qualidade, como sejam as auditorias
clínicas, as práticas seguras de verificação da identificação do doente, prevenção de quedas e
úlceras por pressão, entre outros.
Em termos de avaliação do acesso aos cuidados de saúde prestados em outras áreas relevantes
para os utentes do SNS, importa destacar os seguintes resultados obtidos em 2018:
• Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde - SNS 24
Em 2018 foram atendidas mais de um milhão de chamadas no serviço de Triagem,
Aconselhamento e Encaminhamento, numa média diária de 2.990 chamadas, um valor superior
à média diária de 2017, que foi de 2.296.
Foram efetuadas 213.495 chamadas de seguimento, o correspondente a 585 seguimentos por
dia.
De salientar que o fluxo de chamadas de utentes para o SNS 24 sofre alterações sazonais,
verificando-se uma utilização mais elevada nos meses de inverno.
Observa-se que 37% dos utentes foram encaminhados para um Serviço de Urgência, 32% para
autocuidados e 25% para observação em Cuidados de Saúde Primários.
• Emergência médica
No ano de 2018, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tinha em funcionamento
658 meios de emergência médica, tendo registado o valor mais elevado de sempre no que se
refere aos acionamentos destes meios de emergência, com um total de 1.323.554.
Ao longo do ano foram atendidas 1.393.594 chamadas de emergência, o equivalente a uma
média diária de 3.818 chamadas. Destas, 45.459 foram provenientes do “SNS24”, o que significa
que, em 2018, os CODU do INEM receberam em média 125 chamadas por dia do “SNS24”.
De salientar ainda que, no mesmo período, foram transferidas 68.163 chamadas para o “SNS
24”, uma média 187 chamadas por dia.
• Transporte não urgente de doentes
Neste âmbito importa destacar o contínuo aumento do número de doentes não urgentes
transportados no SNS, no âmbito do sistema de gestão de transporte não urgente de doentes (+
4,1% face a 2017, o equivalente a 291.787 doentes transportados).
SUMÁRIO EXECUTIVO
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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
A evolução positiva verificou-se de igual forma no número de prestações de saúde a que os
utentes tiveram acesso, que registou um crescimento de 5,9%, correspondendo a um total de
2.605.931 prestações realizadas.
De salientar ainda que os custos unitários para o SNS por doente transportado têm apresentado
uma diminuição desde 2014 (-11,8%).
• Taxas moderadoras
O XXI Governo Constitucional procedeu, em 2017, à décima e última alteração ao Decreto-Lei
n.º 113/2011, de 29 de novembro, através da publicação do Decreto-Lei n.º 131/2017, de 10 de
outubro, que alargou o âmbito de cuidados de saúde dispensados do pagamento de taxas
moderadoras no SNS.
Ainda que em 2018 não se tenham registado alterações ao regime de pagamento de taxas
moderadoras, deu-se continuidade à política de redução do pagamento de taxas moderadoras
dos utentes que utilizam o SNS.
Destacam-se a dispensa do pagamento destas taxas nas consultas e atos complementares de
diagnóstico e terapêutica realizados no decurso de rastreios de base populacional, rastreios de
infeções VIH/SIDA, hepatites, tuberculose pulmonar e doenças sexualmente transmissíveis, de
programas de diagnóstico precoce e de diagnóstico neonatal, e no âmbito da profilaxia pré-
exposição para o VIH, promovidos no âmbito dos programas de prevenção da DGS; e nas
consultas, bem como atos complementares prescritos no decurso destas, no âmbito da
prestação de cuidados pelas equipas específicas de cuidados paliativos.
No ano de 2018, os proveitos com taxas moderadoras atingiram um total de 161.242.376 euros,
valor inferior ao que acontecia em 2015 (-15%), justificado pelo facto de os benefícios para os
utentes terem aumentado neste período, quer por ter havido uma redução dos valores cobrados
de taxas moderadoras, quer por terem aumentado, de forma significativa, as situações
abrangidas por dispensas e isenções de pagamento de taxa moderadora no SNS.
• Programa Nacional de Vacinação
Os resultados da avaliação do PNV em 2018 revelaram um aumento das coberturas vacinais em
todas as idades e vacinas.
A campanha de repescagem de vacinação contra o sarampo, iniciada em 2017, continua a
revelar bons resultados nos utentes com idade igual ou inferior a 18 anos, principalmente nas
áreas geográficas onde as coberturas eram menos elevadas. A cobertura vacinal para a primeira
dose da vacina contra o sarampo, avaliada aos 2 anos de idade, foi de 99% (coorte de 2016). A
cobertura vacinal para a 2ª dose desta vacina, nos utentes entre os 6 e os 18 anos de idade, varia
entre 96% e 98%.
SUMÁRIO EXECUTIVO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 39
No 10º aniversário da introdução da vacina contra HPV no PNV, a cobertura vacinal revela os
valores mais elevados de sempre, atingindo os 90%, para 2 doses, dois anos após o início da
vacinação e chegando aos 94% aos 14 anos de idade.
A vacinação da grávida contra a tosse convulsa, revela excelente aceitação desde o seu início,
verificando-se, no seu segundo ano, um relevante aumento. Com estes resultados, espera-se o
controlo da tosse convulsa nas crianças até aos 2 meses de idade.
Aos 3 meses de idade, 97% das crianças vacinaram-se na idade recomendada, pelo que importa
continuar a investir na vacinação atempada aos 12 meses de idade.
• Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral
No ano de 2018 foram emitidos mais de 629 mil cheques-dentista, um aumento de 8,3% em
relação a 2017, sendo que 454.472 utentes do SNS beneficiaram dos cuidados de saúde
previstos neste Programa, o que refletiu um aumento de 10,6% em relação ao período homólogo
e foram utilizados 435.858 cheques (+0,04% do que em 2017), com uma taxa de utilização dos
cheques de 69%.
De referir ainda que até ao final de 2018, os idosos e os utentes portadores de VIH/SIDA, eram
os grupos com a mais elevada taxa de utilização dos cheques (85,3% e 81,4%, respetivamente).
No projeto de saúde oral nos cuidados de saúde primários, a taxa de utilização dos cheques-
dentista situou-se nos 32,3%, valor que se estima aumentar nos próximos anos face ao reforço
progressivo de médicos dentistas nos cuidados de saúde primários.
Em relação aos gabinetes de saúde oral, no final de 2018 existiam mais 17 gabinetes de saúde
oral em todo o país em relação a 2017, num total de 77, distribuídos em 73 centros de saúde, de
34 ACES, das cinco regiões.
• Sangue e transplantação
A tendência que se verifica desde 2008 manteve-se no decorrer do ano 2018, com uma
diminuição no número de dadores e de dádivas de sangue. Assim, em 2018, a percentagem de
dadores regulares de sangue atingiu os 88%.
No que se refere à área da transplantação, salienta-se em 2018 uma diminuição de 7,4% no
número total de transplantes realizados (829 transplantes), sendo que o número de
transplantes provenientes de dador falecido foi de 757 transplantes realizados, menos 6% que
em 2017.
Importa ainda destacar que, relativamente à doação de órgãos, o ano de 2018 registou uma
ligeira diminuição do número de dadores em morte cerebral (345 dadores falecidos, um
decréscimo de 1,8% em relação a 2017), refletindo uma diminuição no número de órgãos
colhidos. Destaca-se ainda a tendência de maior envelhecimento dos dadores em morte
cerebral, o que condiciona a colheita de órgãos.
SUMÁRIO EXECUTIVO
40
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
O número de dadores de órgãos após paragem cardiocirculatória aumentou face ao período
homólogo (+33,3%), o número mais elevado deste tipo de dadores desde o início do programa.
• Comportamentos aditivos e dependências
Face às políticas e respostas adotadas neste domínio, resultaram ganhos em saúde, sendo que
na área do consumo de substâncias ilícitas se salienta a descida sustentada dos indicadores
relacionados com as infeções por VIH e SIDA, associadas à toxicodependência.
Relativamente ao acesso e prestação de cuidados de saúde, salienta-se a continuidade dos bons
resultados alcançados através do Programa de Troca de Seringas (cerca de 58 milhões de
seringas trocadas, desde o seu início até 2018) e dos Programas de Substituição de Heroína por
Metadona, que contribuem para a diminuição dos consumos e a aproximação dos utentes aos
cuidados e aos profissionais de saúde.
Em 2018 manteve-se a evolução positiva de alguns indicadores na área do álcool, como a
perceção de menor facilidade de acesso a bebidas alcoólicas em idades inferiores a 18 anos e o
retardar das idades de início dos consumos em populações jovens.
• Acesso ao medicamento
No ano de 2018 os encargos do SNS registaram um aumento de 3,4%, sendo que também se
observou um aumento de 1,6% dos encargos dos utentes com medicamentos,
comparativamente a 2017. O volume de embalagens disponibilizadas cresceu 2,5%, em relação
ao período homólogo.
Quanto à percentagem de unidades de medicamentos genéricos no total de medicamentos
comparticipados pelo SNS, a mesma atingiu os 48,4% em 2018. Importa ainda destacar o
aumento muito significativo da quota de biossimilares, que passou de 37% em 2017, para 42%
em 2018.
Ainda nesta área, salienta-se a introdução de 40 medicamentos inovadores, com destaque para
as áreas da oncologia, doenças raras, cardiologia e sistema nervoso central.
Durante o ano de 2018 os serviços e estabelecimentos do SNS reportaram informação sobre os
dispositivos médicos adquiridos nesse ano, sendo que os primeiros números revelam que 36%
da despesa com dispositivos médicos no meio hospitalar ocorre na área dos dispositivos
médicos de uso geral, 26% e 25% da despesa surge na área da musculosquelética/ortopedia e
cardiologia, respetivamente.
SUMÁRIO EXECUTIVO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 41
Por último, importa destacar uma medida estrutural na área do acesso aos cuidados de saúde
que foi desenvolvida durante o ano de 2018:
• A implementação do SIGA SNS
A implementação do SIGA SNS encontra-se em curso, na sequência da publicação da Portaria n.º
147/2017, de 27 de abril, constituindo-se como um sistema de acompanhamento, controlo e
disponibilização de informação integrada, destinado a permitir um conhecimento transversal e
global sobre o acesso à rede de prestação de cuidados de saúde no SNS.
Trata-se de uma abordagem inovadora do acesso ao SNS, centrada no cidadão, que permite a
monitorização integral do acesso a cuidados de saúde, através da articulação dos diversos
níveis, serviços e tipos de resposta, de forma transversal e integrada, permitindo uma visão
completa do percurso do utente no sistema, desde a identificação de um problema de saúde, até
à sua resolução.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 43
Relatório Anual | 2018
Acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e entidades convencionadas
Ministério da Saúde
Parte I
Planeamento em saúde e
modelo organizacional para a
prestação de cuidados de saúde
A primeira parte deste relatório é dedicada à evolução das necessidades em saúde, ao
planeamento da oferta e às alterações no modelo organizacional para a prestação de
cuidados de saúde no SNS, com especial incidência no período compreendido entre os
anos de 2010 a 2018.
Destacam-se os resultados alcançados nos programas de saúde prioritários, assim
como as evoluções estruturais registadas nas áreas de prestação de cuidados de saúde
primários, hospitalares, continuados integrados, paliativos e de saúde mental.
Analisa-se ainda a evolução registada no SNS em termos de recursos humanos e de
investimentos em instalações, equipamentos e tecnologias de informação e
comunicação, assim como a articulação com o setor social e convencionado e a
resposta na área dos acordos internacionais.
PARTE I | 1.INDICADORES POPULACIONAIS E DEMOGRÁFICOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 45
1. Indicadores populacionais e demográficos
Os indicadores de saúde são frequentemente utilizados para aferir o estado de saúde de uma
população, ou seja, para conhecer de forma sumária as necessidades em saúde dessa população.
Indicador de natalidade
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) estimam que, em 2018, residiam em Portugal
cerca de 10.276.617 habitantes, menos 14.410 face a 2017. A população residente no continente, e
por isso abrangida diretamente pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), ascendia a 9.779.826 em 2018
(menos 12.971 residentes do que em 2017).
Este resultado traduziu-se numa taxa de crescimento efetivo negativa de 0,14% mantendo-se a
tendência de decréscimo populacional ainda que atenuado face aos últimos dois anos. O
abrandamento do decréscimo populacional em 2018 resultou da passagem do saldo migratório para
valores positivos (+11.570). O saldo natural manteve-se com valor negativo (-25.980).
O INE destaca ainda que o envelhecimento demográfico em Portugal continua a acentuar-se: face
a 2017, a população com menos de 15 anos diminuiu para 1.407.566 (-16.330) e a população com
idade igual ou superior a 65 anos aumentou para 2.244.225 pessoas (+30.951), representando
respetivamente, 13,7% e 21,8% da população total; a população mais idosa (idade igual ou superior
a 85 anos) foi estimada em 310.274 (+12.376 face a 2017).
Em 2018, a idade média da população residente em Portugal situou-se em 45,2 anos, tendo
aumentado cerca de 4,4 anos na última década.
No que se refere à taxa de mortalidade infantil (até ao primeiro ano de vida), o ano de 2018
registou um valor de 3,2 óbitos por cada mil nados-vivos, o mesmo valor que o registado em 2016.
No total, verificaram-se 281 óbitos infantis (+52 quem em 2017), um valor em linha com o de 2016
(282 óbitos infantis).
Em sentido inverso, o indicador de natalidade continua a apresentar uma evolução positiva,
totalizando cerca de 87 mil nados-vivos em 2018, ou seja, +1% do que em 2017 e +5,6% do que em
2014 (ano com o valor mais baixo do período analisado).
PARTE I | 1.INDICADORES POPULACIONAIS E DEMOGRÁFICOS
46
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 1. Evolução dos principais indicadores de população, natalidade e mortalidade
Indicadores 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*
População População residente (x 1.000) 10 573 10 558 10 487 10 427 10 375 10 341 10 318 10 291 10 277
Natalidade Número de nados-vivos 101 381 96 856 89 841 82 787 82 367 85 500 87 126 86 154 87 020
Taxa bruta de natalidade por 1.000 habitantes
9,6 9,2 8,5 7,9 7,9 8,3 8,4 8,4 8,5
Mortalidade Número de óbitos (residentes em Portugal)
105 954 102 848 107 612 106 554 104 843 108 511 110 535 109 758 113 000
Número de óbitos infantis (menores de 1 ano)
256 306 303 243 236 250 282 229 281
Número de óbitos de 0 a 4 anos 326 372 367 316 291 308 330 281 n.d
Proporção de óbitos prematuros (óbitos de menos de 70 anos / total de óbitos)
n.d. n.d. 22,7% 22,8% 22,4% 21,5% 21,5% 21,3% n.d
Saldo Fisiológico -4 573 -5 992 -17 771 -23 767 -22 476 -23 011 -23 409 -23 409 -25 980
Nota: Face à informação anteriormente publicada, foi atualizado à data pelo INE, o valor referente ao número de óbitos infantis para o ano de 2016. *Dados provisórios Fonte: INE e DGS
Esperança média de vida
Em Portugal a esperança média de vida à nascença abrandou, cuja estimativa, no período 2016-
2018, se situou nos 80,8 anos para o total da população, sendo 77,8 anos para os homens e 83,4 para
as mulheres.
Estes valores representam um ganho de 0,5 meses para os homens e de 0,2 meses para as
mulheres, quando comparados com o período 2015-2017. Os dados do INE indicam que, numa
década, verificou-se um aumento de 2,1 anos de vida para o total da população, 2,3 para os homens
e 1,6 nas mulheres.
Enquanto que no sexo feminino esse aumento resultou, essencialmente, da redução da
mortalidade em idades iguais ou superiores a 60 anos, no sexo masculino o acréscimo continua a ser
maioritariamente proveniente da redução da mortalidade em idades inferiores a 60 anos, embora a
contribuição da redução na mortalidade nas idades mais avançadas tenha vindo a destacar-se.
PARTE I | 1.INDICADORES POPULACIONAIS E DEMOGRÁFICOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 47
No que se refere à esperança de vida aos 65 anos, os dados mais recentes apontam para o valor
mais elevado de sempre para este indicador (19,49 anos para o total da população em 2018),
conforme gráfico seguinte.
Para os homens o valor referente a este indicador situa-se, em média, nos 17,58 anos e para as
mulheres nos 20,88 anos, o que representa ganhos de 1,23 e 1,18 anos, respetivamente, nos últimos
dez anos.
18,84
18,97
19,1219,19
19,31
19,45 19,49
18
19
20
2010-2012 2011-2013 2012-2014 2013-2015 2014-2016 2015-2017 2016-2018
Fonte: INE e DGS StatLink: https://www.dgs.pt/portal-da-estatistica-
da-saude/principais-indicadores.aspx
Gráfico 2. Esperança média de vida aos 65 anos (em anos)
Gráfico 1. Evolução da esperança de vida à nascença
Fonte: INE
75,0
77,0
80,080,8
74,0
75,0
76,0
77,0
78,0
79,0
80,0
81,0
82,0
PARTE I | 1.INDICADORES POPULACIONAIS E DEMOGRÁFICOS
48
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Caixa 1. A importância da avaliação das necessidades em saúde
A avaliação das necessidades em saúde através de indicadores populacionais,
sociodemográficos e de saúde é uma oportunidade para a melhoria contínua dos sistemas de
saúde, na medida em que permite:
• Descrever os fatores de doença de uma população e as diferenças face a outros padrões de
doença de outras populações, ou seja, conhecer o estado de saúde da população;
• Identificar as áreas de necessidades desconhecidas e providenciar um conjunto de objetivos
para que essas necessidades se tornem conhecidas;
• Decidir racionalmente como usar recursos escassos para aumentar o estado de saúde de uma
população de forma mais efetiva e eficiente;
• Monitorizar e promover a equidade no fornecimento e no uso dos serviços de saúde e corrigir
as desigualdades em saúde.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 49
2. Programas de saúde prioritários
O XXI Governo Constitucional, no seu programa para a saúde, estabelece como uma das
prioridades promover a saúde através de uma nova ambição para a saúde pública, sublinhando que
para obter ganhos em saúde tem de se intervir nos vários determinantes.
Assim, e por Despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, de 11 de maio de 2016
(Despacho n.º 6401/2016), alterado pelo Despacho n.º 1225/2018, de 5 de fevereiro, a Direção-
Geral de Saúde desenvolve, no âmbito do Plano Nacional de Saúde, 12 Programas Nacionais de Saúde
Prioritários nas seguintes áreas:
1. Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável;
2. Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física;
3. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo;
4. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos
Antimicrobianos;
5. Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares;
6. Programa Nacional para a Diabetes;
7. Programa Nacional para as Doenças Oncológicas;
8. Programa Nacional para as Doenças Respiratórias;
9. Programa Nacional para as Hepatites Virais;
10. Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA;
11. Programa Nacional para a Tuberculose;
12. Programa Nacional para a Saúde Mental.
Os Programas são agregados em três Plataformas integradas de intervenção prioritária em
saúde – a Plataforma para a Prevenção e Gestão das Doenças Crónicas, a Plataforma para a Prevenção
e Gestão das Doenças Transmissíveis e a Plataforma para a Saúde Mental -, com o objetivo de
harmonizar e potenciar as estratégias das diferentes intervenções em saúde, quer sejam
desenvolvidas pelos profissionais de saúde, quer pelos demais intervenientes da sociedade, na
perspetiva de contribuírem, para alcançar as metas do Plano Nacional de Saúde 2020.
Os programas prioritários para a prevenção e controlo do tabagismo, a promoção da
alimentação saudável, a promoção da atividade física, a diabetes, as doenças cérebro-
cardiovasculares, as doenças oncológicas e as doenças respiratórias, integram uma plataforma para
a prevenção e gestão das doenças crónicas.
Os programas prioritários para as hepatites virais, a infeção VIH/SIDA e tuberculose, a
prevenção e controlo de infeções e de resistência aos antimicrobianos integram uma plataforma para
a prevenção e gestão das doenças transmissíveis.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
50
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
O programa prioritário da saúde mental integra uma plataforma dedicada, que inclui, o
coordenador e representantes da comissão de acompanhamento do Plano Nacional de Prevenção do
Suicídio.
Caixa 2. Plano Nacional de Saúde – Revisão e extensão 2020
O Plano Nacional de Saúde dá continuidade à visão estabelecida nos anteriores planos,
procurando maximizar os ganhos em saúde através da integração de esforços sustentados em
todos os setores da sociedade, e da utilização de estratégias assentes na cidadania, na equidade e
acesso, na qualidade e nas políticas saudáveis. Neste sentido, propõe como metas para 2020:
• Reduzir a mortalidade prematura (idade ≤70 anos), para um valor inferior a 20%;
• Aumentar a esperança de vida saudável aos 65 anos de idade em 30%;
• Reduzir a prevalência do consumo de tabaco na população com idade ≥ 15 anos e eliminar a
exposição ao fumo ambiental;
• Controlar a incidência e a prevalência de excesso de peso e obesidade na população infantil e
escolar, limitando o crescimento até 2020.
A revisão e extensão a 2020 surge na sequência do trabalho desenvolvido com os vários
parceiros da Saúde, seguindo as Grande Opções do Plano para 2015, bem como as recomendações
e acompanhamento da Organização Mundial de Saúde – Europa no relatório sobre a
implementação do PNS 2012-2016.
Para mais informação consultar em:
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/22590/1/Portugal%20-
%20Plano%20Nacional%20de%20Sa%C3%BAde%20em%20N%C3%BAmeros%20-%202017.pdf
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 51
2.1. Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável
O Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) tem por objetivo
melhorar o estado nutricional da população, incentivando a disponibilidade física e económica dos
alimentos constituintes de um padrão alimentar saudável e criando condições para que a população
os valorize, aprecie e consuma, integrando-os nas suas rotinas diárias.
Este programa promove um consumo alimentar adequado e a consequente melhoria do estado
nutricional dos cidadãos, tendo um impacto direto na prevenção e controlo das doenças mais
prevalentes a nível nacional (cardiovasculares, oncológicas, diabetes, obesidade).
O PNPAS possui cinco objetivos gerais:
1. Aumentar o conhecimento sobre os consumos alimentares da população portuguesa, seus
determinantes e consequências;
2. Modificar a disponibilidade de certos alimentos, nomeadamente em ambiente escolar,
laboral e em espaços públicos;
3. Informar e capacitar para a compra, confeção e armazenamento de alimentos saudáveis, em
especial aos grupos mais desfavorecidos;
4. Identificar e promover ações transversais que incentivem o consumo de alimentos de boa
qualidade nutricional de forma articulada e integrada com outros sectores;
5. Melhorar a qualificação e o modo de atuação dos diferentes profissionais que pela sua
atividade, podem influenciar conhecimentos, atitudes e comportamentos na área alimentar.
Medidas e resultados atingidos em 2018
O ano de 2018 ficou marcado pelo início da implementação da Estratégia Integrada para a
Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), uma estratégia interministerial coordenada pelo
PNPAS/DGS, mas que envolve os Ministérios das Finanças, Administração Interna, Educação,
Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e Mar, configurando-se assim como uma estratégia
baseada no princípio da “saúde em todas as políticas”.
No âmbito desta estratégia, a implementação de medidas para modificar a oferta alimentar foi
uma das principais áreas de trabalho durante o ano de 2018. Foi iniciado um intenso trabalho em
parceria com os setores da indústria e distribuição alimentar no sentido de elaborar um protocolo
de colaboração para a reformulação dos teores de açúcar, sal e ácidos gordos trans, nos produtos
alimentares que mais contribuem para a ingestão destes nutrientes na população portuguesa.
Ainda em 2018, foram assinados diversos protocolos no âmbito da alimentação saudável,
nomeadamente um protocolo de colaboração com as Associações dos Industriais de Panificação,
Pastelaria e Similares para a redução do teor de ácidos gordos trans nos produtos de pastelaria
(redução dos ácidos gordos trans para valores abaixo dos 2% de gordura total utilizada) e um
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
52
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
protocolo de colaboração com a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) para a
redução da gramagem dos pacotes individuais de açúcar.
Ainda no contexto das iniciativas que visam incentivar a reformulação dos produtos alimentares,
foi também lançada a iniciativa Selo Pão com “Menos sal, mesmo sabor”, que pretende conceder uma
distinção pública, através da atribuição de uma menção (um selo) às padarias que já cumpram a meta
mais ambiciosa definida para o ano de 2021 (teor máximo de sal de 1 grama por 100 gramas de pão).
No contexto do protocolo da DGS com o Instituto da Segurança Social, destacam-se também as
iniciativas que foram desenvolvidas no âmbito da modificação da oferta alimentar do Programa
Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas. Assim, foram elaborados dois manuais de apoio
para a utilização e gestão correta do cabaz de alimentos em parceria com o PNPAS, bem como a
primeira revisão aos cabazes de alimentos distribuídos no âmbito deste programa.
No ano de 2018, o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável colaborou
ainda com a Direção-Geral da Educação, na elaboração de uma nova versão do documento relativo às
Orientações para Ementas e Refeitórios Escolares.
As estratégias locais para a promoção de uma alimentação saudável têm sido igualmente
consideradas determinantes. Neste contexto, o PNPAS estabeleceu ao longo do ano de 2018 um
conjunto de protocolos de colaboração com alguns municípios portugueses de modo a incentivar a
implementação de estratégias locais para a promoção de uma alimentação saudável.
O PNPAS participou também ativamente no grupo de trabalho que elaborou o relatório sobre o
impacto do Imposto Especial de Consumo de Bebidas adicionadas de Açúcar ou Edulcorantes, com o
objetivo de apresentar uma proposta de revisão a este imposto, para ser integrada na proposta de
Orçamento de Estado para 2019. De acordo com os dados que constam neste relatório, em 2017, a
distribuição das bebidas açucaradas e adicionadas de edulcorantes, de acordo com os dois escalões
de taxação em função do teor do açúcar, inverteu o padrão existente, passando as bebidas com
elevado teor de açúcar de cerca de 62% para 38% do mercado. Também a introdução do imposto
permitiu uma arrecadação adicional de receita relevante, de cerca de 70 milhões de euros, em 2017.
Importa ainda referir que em 2018, o PNPAS deu continuidade ao investimento que tem vindo a
fazer ao longo dos últimos anos, na área da promoção da literacia alimentar e nutricional. A partilha
regular de informação nos meios de comunicação digitais do PNPAS (blogue Nutrimento4 e o portal5)
continuam a fazer destes canais os sítios de referência a nível nacional para a pesquisa de informação
sobre alimentação e nutrição.
Em paralelo a este esforço, durante o ano de 2018 foram lançadas duas campanhas públicas de
divulgação nacional, que contaram com a participação de figuras públicas e com uma forte presença
4 Disponível em https://nutrimento.pt/ 5 Disponível em https://www.alimentacaosaudavel.dgs.pt/
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 53
nos meios de comunicação social e redes sociais, nomeadamente a campanha “açúcar escondido nos
alimentos” e “água a nova mega bebida”.
Por último, no âmbito do grupo de trabalho criado pelo Despacho n.º 5479/2017, de 23 de junho
com o objetivo de garantir o fornecimento de uma alimentação nutricionalmente adequada,
contribuindo para a qualidade dos cuidados de saúde prestados nas entidades hospitalares do SNS,
foi publicado o Despacho n.º 6634/2018, de 6 de julho, que define que devem ser aplicadas
ferramentas de avaliação do risco nutricional a todos os doentes internados nos estabelecimentos
hospitalares do SNS, por um período superior a 24 horas.
2.2. Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física
O Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física (PNPAF) tem como eixos estratégicos
a promoção da sensibilização, da literacia física e da prontidão de toda a população, a promoção da
generalização da avaliação e aconselhamento da atividade física nos cuidados de saúde primários, o
incentivo de ambientes promotores da atividade física, em todos os contextos de vida, e a promoção
da vigilância epidemiológica e da investigação, bem como a valorização e divulgação de boas práticas
na área da promoção da atividade física e desportiva.
O PNPAF tem as seguintes metas a 2020:
1. Aumentar para 32% a percentagem de adultos que indica fazer exercício ou desporto com
regularidade;
2. Aumentar para 70% a percentagem de adolescentes que pratica atividade física três ou mais
vezes por semana;
3. Aumentar para 25% a percentagem de adultos com menos de 7,5h/dia em atividade
sedentária.
Medidas e resultados atingidos em 2018
Ao longo do ano de 2018 manteve-se a implementação dos sistemas informáticos de apoio à
atividade assistencial realizada no SNS (com especial ênfase nos cuidados de saúde primários), várias
ferramentas de apoio à avaliação do nível de atividade física, e consequente aconselhamento à sua
promoção.
O conjunto de ferramentas disponibilizadas pretende facilitar o aconselhamento para a
promoção da atividade física em adultos (abrangendo os idosos). Inclui instrumentos baseados em
sólida evidência científica, que podem ser disponibilizados ao utente sem consumir tempo vital de
consulta, uma vez que os mesmos foram desenvolvidos para serem autoexplicativos e, mesmo na
ausência de aprofundado enquadramento durante a consulta, poderem ser explorados e
experimentados livremente, em autonomia.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
54
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
A este nível, a monitorização feita no final de dezembro de 2018 apontava para:
• Um total de 63.187 utentes com nível de atividade física avaliada;
• 4.997 Profissionais de Saúde que registaram esta avaliação;
• 5.443 utentes que, na sequência desta avaliação, receberam por parte do seu médico,
aconselhamento breve para a promoção da atividade física, com recurso à emissão de
ferramentas digitais ("guias de atividade física") especificamente desenvolvidas de acordo
com o mais moderno estado da arte a este nível;
• Emissão de 13.914 “guias” de apoio à promoção da atividade física.
O número total de utentes avaliados ao longo do período compreendido entre setembro de 2017
e dezembro de 2018, permite constatar que o número de utentes avaliados nos últimos sete meses,
duplicou face aos primeiros meses deste período.
Em 2018, no âmbito da implementação do Despacho n.º 8932/2017, de 10 de outubro, foi ainda
iniciado um projeto-piloto para definição do modelo de promoção da atividade física no SNS, baseado
em duas intervenções, que serão avaliadas quanto à sua efetividade e custo-efetividade,
nomeadamente:
1. Aconselhamento breve para atividade física feito a todos os utentes, realizado em contexto
de consulta de rotina;
2. Consulta de atividade física, dirigida a utentes prioritários - com diabetes tipo 2 e depressão
– onde é feita uma prescrição individualizada de atividade física/exercício físico.
2.3. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo
O Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo (PNPCT) foi criado em 2012
para prevenir e controlar aquele que, já na altura, foi considerado um problema de saúde prioritário:
o tabagismo.
Em 2017 (último ano com dados disponíveis), segundo estimativas elaboradas pelo Institute of
Health Metrics and Evaluation, morreram em Portugal cerca de 13 mil pessoas por doenças
atribuíveis ao tabaco, ou seja, uma morte a cada 40 minutos.
Com o intuito de aumentar a expectativa de vida saudável da população portuguesa e reduzir as
desigualdades em saúde, o PNPCT assume como principais objetivos até 2020:
1. Reduzir a prevalência de fumadores na população com 15 ou mais anos para um valor
inferior a 17%;
2. Travar o aumento do consumo de tabaco nas mulheres;
3. Eliminar a exposição ao fumo ambiental do tabaco;
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 55
4. Reduzir as desigualdades na proporção de fumadores entre as regiões do país.
Medidas e resultados atingidos em 2018
Para atingir as metas referidas anteriormente, em 2018, prosseguiu-se com uma estratégia
integrada e multimodal, tendo sido adotadas diversas medidas na área da prevenção nos jovens, da
promoção da cessação tabágica, na proteção da exposição ao fumo ambiental, da promoção da
literacia e da vigilância epidemiológica.
A aplicação da lei do tabaco e a regulamentação dos produtos do tabaco e dos cigarros
eletrónicos constituíram outra área que exigiu uma intervenção continuada do Programa.
Note-se que uma das medidas com maior impacto em termos de acesso aos cuidados de saúde
foi o aumento do número de locais de consulta de apoio à cessação tabágica nos cuidados de saúde
primários. Na sequência dos Despachos n.º 6401/2016 e 14202-A/2016, publicados em maio e em
novembro de 2016, respetivamente, 98% dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) passaram
a dispor de consulta de apoio intensivo à cessação tabágica, melhorando-se, desta forma, a
acessibilidade em termos nacionais.
De acordo com o Despacho n.º 7432/2018, de 6 de agosto de 2018, foi reforçada a necessidade
de garantir o acesso a consultas de apoio intensivo à cessação tabágica, bem como a programas
multimodais de cessação tabágica (envolvendo equipas multidisciplinares), aos utentes e
profissionais que manifestem vontade em deixar de fumar, e promover o acesso a medicamentos de
tratamento do tabagismo.
Em 2018, manteve-se a tendência de aumento do número de consultas de apoio intensivo à
cessação tabágica realizadas no SNS. Verificou-se um acréscimo de 12,7% nas primeiras consultas e
de 10,9% no total de consultas realizadas em ACES e serviços hospitalares, quando comparado com
o ano de 2017.
O número de locais de consulta registou um crescimento de 1,4%, conforme tabela infra.
Quadro 2. Evolução das consultas de apoio intensivo à cessação tabágica
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Total de consultas 19 620 20 667 20 898 22 358 26 043 30 706 31 822 39 763 44 099 10,9%
Primeiras consultas 4 917 5 778 6 959 5 631 7 527 8 563 7 134 11 493 12 961 12,7%
Locais de consulta 181 161 127 118 131 152 180 218 221 1,4%
Fonte: Administrações Regionais de Saúde
Ainda em relação ao ano 2018, foi concretizada a primeira fase do processo de informatização
dos registos no sistema de informação SClínico, no que se refere à consulta de apoio intensivo de
apoio à cessação tabágica, sendo que as intervenções breves já estão informatizadas e as consultas
de apoio intensivo em processo de informatização.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
56
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Na sequência da informatização das intervenções breves para a cessação tabágica, cuja
implementação nacional nos cuidados de saúde primários teve lugar em julho de 2017, foi possível
abranger também o sistema hospitalar a partir do final do primeiro semestre de 2018.
Para apoiar a utilização deste sistema, foram elaborados e distribuídos dois algoritmos de
atuação no âmbito da cessação tabágica, dirigidos aos profissionais de saúde – “Algoritmo da
intervenção breve ou muito breve para a cessação tabágica” e “Algoritmo do tratamento
farmacológico do tabagismo”, apoiados pela elaboração de um manual explicativo de inserção no
sistema SClínico. Ainda nesta área importa destacar o lançamento da campanha mediática “Opte por
amar mais. Deixe de fumar” (2018), a publicação do Despacho n.º 7432/2018, de 6 de agosto, que
determina e estabelece disposições no sentido de tornar os estabelecimentos do SNS livres de fumo
de tabaco, e ainda, o protocolo entre a DGS e a Direção Geral da Educação, tendo em vista a prevenção
do tabagismo em meio escolar.
De referir ainda que, no âmbito da comparticipação a 37% pelo SNS para o medicamento de
primeira linha para o tratamento antitabágico – a vareniclina – assistiu-se, em 2018, a um aumento
de 17% das embalagens dispensadas, no mercado comparticipado do SNS em farmácia comunitária6.
2.4. Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos
Antimicrobianos
O Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências aos Antimicrobianos
(PPCIRA) tem como objetivo geral a redução das infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS)
assim como das resistências dos microrganismos aos antimicrobianos (RAM).
São seus objetivos específicos, a vigilância contínua das IACS, do consumo de antimicrobianos e
da incidência de microrganismos multirresistentes.
As IACS e o aumento das RAM são problemas relacionados e de importância crescente à escala
mundial. Nenhum país e nenhuma instituição prestadora de cuidados de saúde pode ignorar as
implicações destas infeções e o seu impacto nos utentes, nas unidades de saúde e na comunidade.
As IACS aumentam a morbilidade e a mortalidade, prolongam os internamentos e agravam os
custos em saúde. Acentuam a pressão geradora de RAM pelo maior uso de antibióticos, inviabilizam
a qualidade dos cuidados e são a principal ameaça à segurança dos cidadãos. No relatório global sobre
a vigilância das RAM, a OMS em 2015, refere mesmo que este é um problema de saúde pública.
O PPCIRA tem as seguintes metas a 2020:
1. Reduzir prevalência de infeção adquirida em cuidados continuados <10%;
6 Dados do INFARMED
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 57
2. Manter taxa de Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenemos <6%;
3. Reduzir prevalência de infeção adquirida em hospitais <8%;
4. Reduzir o consumo de antibióticos na comunidade <19 DHD (Doses Definidas Diárias/ 1.000
habitantes/dia).
Medidas e resultados atingidos em 2018
Durante o ano de 2018, as atividades e desígnios do Programa centraram-se nas áreas:
a) Vigilância epidemiológica;
b) Prevenção e diagnóstico;
c) Cooperação e relações internacionais.
O PPCIRA participa na Vigilância Epidemiológica em Rede Europeia em dois pontos específicos:
vigilância das infeções em unidades de cuidados intensivos de adultos (VE-UCI) e vigilância das
infeções do local cirúrgico.
Atualmente, a VE-UCI é realizada em 30 Unidades de Cuidados Intensivos, o que corresponde a
68,2% de cobertura nacional. Na VE-UCI são, primordialmente, avaliados a nível europeu, unidades
com mais de 30 doentes com pelo menos dois dias internamento em UCI ao longo de um ano: a taxa
de pneumonia associada à intubação (número de casos por mil dias de intubação) e a taxa de infeção
da corrente sanguínea associada a cateter (número de casos por mil dias de cateter). O estudo de
2013 a 2017 permitiu observar uma redução da densidade de incidência de PAV entre 2013 e 2017
(-10,8% face a 2013), não obstante o número de unidades que monitorizam a infeção ter aumentado
10%. Também se observou uma redução da densidade de incidência de Bacteriemia entre 2013 e
2017 (-30,8% face a 2013), não obstante o número de unidades que monitorizam a infeção ter
aumentado.
A vigilância epidemiológica permitiu a verificação de flutuações na incidência cumulativa de
Infeções do Local Cirúrgico por 100 doentes submetidos a cirurgia, não obstante se referir uma
redução de 12,8% na mesma, apesar de o número de atos cirúrgicos ter aumentado 58,3% e o
número de instituições ter também aumentado em 42,6%.
O Programa participou também nas vigilâncias em Rede Nacional, designadamente na Vigilância
Epidemiológica em Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais e na Vigilância Epidemiológica da
Infeção Nosocomial da Corrente Sanguínea, acompanhou, como parceiro do INSA, a vigilância das
resistências aos antimicrobianos e como parceiro do INFARMED, a vigilância de consumo de
antimicrobianos.
No que respeita à vigilância epidemiológica de Infeções por Clostridium difficile (promovida
pelo ECDC – HAI-net CDI) gerido em Portugal pelo PPCIRA/INSA esta encontra-se em fase piloto. Foi
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
58
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
ainda promovido o Diagnóstico da Capacidade Laboratorial de Clostridium difficile e da Candida
auris em Portugal.
A nível de vigilância de infeções, foram apresentados os resultados dos dois estudos de
prevalência realizados em 2017: PPSII – inquérito de prevalência de infeções, de consumos e
resistências a antimicrobianos, em hospitais de agudos na EU/EEE e o HALT3 - inquérito de
prevalência de infeções, consumos e resistências a antimicrobianos nas unidades de cuidados
continuados integrados, na EU/EEE.
Realça-se que Portugal melhorou nos dois estudos face aos anteriormente publicados, tendo
obtido no PPSII um resultado de 7,8% de taxa de infeção (10,6 % em 2012) corrigida pela validação
(8,9% - taxa bruta). Contribuiu com uma das maiores amostras europeias, tendo sido estudados 125
hospitais (média de hospitais estudados na Europa = 95) e cerca de 21.339 doentes. Relativamente
à validação, foi considerada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) como
o maior estudo de validação realizado na EU/EEE desde sempre.
Nos cuidados continuados integrados, com uma tipologia bastante mais complexa do que a
realidade europeia, foram estudadas 268 unidades de todas as tipologias, tendo sido obtido o
resultado de prevalência de infeções no HALT3 de 4,4% em comparação com a taxa de 10,4% em
2013.
Em 2018 foi ainda efetuada a avaliação de resultados dos cinco anos de existência deste
Programa Prioritário, tendo as principais conclusões apontado para uma tendência favorável de
aumento do cumprimento global das boas práticas de higiene das mãos nos profissionais de saúde
face a 2013, com aumento gradual e progressivo das unidades aderentes, estando implementada em
61% dos hospitais do SNS, 19% dos hospitais privados e do setor social, 11% das unidades de
cuidados continuados integrados e em 34% das unidades que prestam cuidados de saúde primários.
Relativamente à estratégia multimodal das Precauções Básicas em Controlo de Infeção, iniciada
em 2014, verificou-se um aumento do Índice Global de Qualidade (IGQ) em 12,7 % para as estruturas
e 8,1% no que respeita à qualidade dos processos na mesma janela temporal. Nas boas práticas do
uso e gestão de luvas nas unidades de saúde, módulo iniciado em 2016, aumentou o número de
unidades de saúde aderentes a esta monitorização de 45 para 107 unidades de saúde, incluindo
hospitais do SNS, Sistemas Regionais de Saúde das regiões autónomas ou tutelados, privados e do
setor social, unidades de cuidados continuados e agrupamentos dos centros de saúde e unidades de
saúde de ilha das regiões autónomas.
Observou-se igualmente uma redução estatisticamente significativa das resistências aos
antimicrobianos na maior parte dos microrganismos estudados, com exceção das resistências da
bactéria Klebsiella pneumoniae aos vários fármacos que aumentou significativamente, com
suscetibilidade reduzida aos carbapenemos em cerca de 10% dos isolados invasivos estudados.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 59
De destacar ainda a comemoração do Dia Mundial da Higiene das Mãos e da Semana da
Promoção das PBCI, a Comemoração do Mês do Antibiótico, em parceria com o INFARMED, com
mensagens ao cidadão (através dos media, transportes públicos e redes sociais), trabalho nas escolas
com as crianças (Literacia em Saúde) e aos profissionais de saúde, através dos canais próprios do
PPCIRA, com tradução, adaptação e disponibilização de materiais do ECDC7.
Quanto ao Projeto STOP: Infeção Hospitalar!, e continuidade após o encerramento do Projeto
apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e o Institute for Health Improvement, foi feita a
passagem oficial de testemunho para a DGS/PPCIRA.
No âmbito do Programa One Health foram desenvolvidas ações de concertação com os
diferentes parceiros para a implementação/operacionalização do Plano Nacional de Combate às
Resistências aos Antimicrobianos (PNCRAM).
2.5. Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares
O Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares (PNDCCV) foi criado em
janeiro de 2012, no âmbito da DGS, tendo por objetivo a monitorização dos indicadores adequados
para uma permanente avaliação do impacto das doenças cérebro e cardiovasculares na população
portuguesa, bem como da utilização de recursos com elas relacionados, a promoção de programas de
prevenção, tratamento e reabilitação das doenças cérebro e cardiovasculares com particular
incidência em áreas consideradas prioritárias, a monitorização e aprofundamento das estratégias
organizativas designadas como “Vias Verdes”, criando sistemas de informação integrados que
contemplem as vertentes pré-hospitalar e hospitalar, e a criação de sistemas de avaliação do impacto
de novos métodos de diagnóstico e terapêutica no domínio do Programa Nacional.
O PNDCCV tem as seguintes metas a 2020:
1. Reduzir a mortalidade prematura por doença cardiovascular para valores de taxa de
mortalidade padronizada inferiores a 8,5% ou número de óbitos por ano inferior a 1.000;
2. Reduzir a mortalidade prematura por doença isquémica cardíaca para valores de taxa de
mortalidade padronizada inferiores a 8,5% ou número de óbitos por ano inferior a 1.000;
3. Reduzir a mortalidade intra-hospitalar por Enfarte Agudo do Miocárdio para 7% com
número de óbitos anual inferior a 950;
4. Aumentar o número de angioplastias primárias no Enfarte Agudo do Miocárdio para 470
por milhão de habitantes;
7 https://www.dgs.pt/programa-de-prevencao-e-controlo-de-infecoes-e-de-resistencia-aos-antimicrobianos/eventos/mes-do-antibiotico-
2018.aspx
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
60
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
5. Aumentar o número de casos submetidos a terapêutica fibrinolítica ou reperfusão
endovascular no Acidente Vascular Cerebral para 1.800 casos por ano;
6. Reduzir o consumo de sal entre 3% a 4% ao ano na população, durante os próximos 4 anos
– meta comum ao PNPAS.
Em 2017, último ano com dados disponíveis, verificou-se uma diminuição no número de óbitos
por doenças cerebrovasculares (-3,7%), bem como por doenças isquémicas do coração (-0,4%), em
relação a 2016, e como se demonstra nos quadros que se seguem.
Quadro 3. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças cerebrovasculares
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Número de óbitos (todas as idades) 13 871 12 690 13 020 11 752 11 296 11 270 11 213 10 799
Número de óbitos (<70 anos) 1 420 1 342 1 349 1 257 1 220 1 153 1 144 1 076
Taxa de mortalidade padronizada <70 anos
13,2 12,3 12,2 11,3 10,9 10,1 10,0 9,3
Fonte: DGS com base em dados do INE
Quadro 4. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças isquémicas do coração
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Número de óbitos (todas as idades) 7 083 6 582 6 605 6 526 6 966 6 853 6 886 6 861
Número de óbitos (<70 anos) 1 314 1 259 1 200 1 229 1 635 1 606 1 587 1 684
Taxa de mortalidade padronizada <70 anos
12,4 11,7 10,9 11,1 14,9 14,4 14,2 15,0
Fonte: DGS com base em dados do INE
Medidas e Resultados atingidos em 2018
Para atingir as metas referidas, em 2018, o PNDCCV propôs-se a desenvolver e concretizar
progressivamente o projeto-piloto de um Centro de Análise Remota de MCDT de Cardiologia em
cuidados de saúde primários, definir e implementar com o PNPAS estratégias de redução do consumo
de sal na alimentação e participar no grupo de trabalho para a definição dos critérios a observar no
Programa de Reabilitação Cardíaca, definindo e acompanhando os projetos-piloto.
O projeto-piloto de Realização de MCDT de Cardiologia em cuidados de saúde primários, que
terminou em 2018, demonstrou a exequibilidade do processo que permite evitar a deslocação a
unidades hospitalares, mediante o recurso a tecnologias de informação e integração de cuidados.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 61
Inclui a realização de eletrocardiograma convencional, MAPA e registo eletrocardiográfico de longa
duração.
Importa igualmente salientar a progressão tendencial no número de procedimentos de
angioplastia primária no enfarte agudo do miocárdio, bem como de casos de terapêutica fibrinolítica
no acidente vascular cerebral. A evolução destas vertentes terapêuticas, plasmada no quadro
seguinte, e que já se verifica desde 2016, é indicadora do desempenho das redes de cuidados,
mantendo a tendência de redução da mortalidade prematura.
Quadro 5. Evolução das diferentes vertentes terapêuticas
2012 2013 2014 2015 2016 2017
AVC-Doentes Submetidos a Fibrinólise 1 155 1 314 1 326 1 516 1 451 1 930
EAM-Doentes submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) Primária (Incluindo Ilhas)
3 246 3 524 3 641 4 220 4 225 4 359
EAM-Doentes submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) Primária (Continente)
3 055 3 326 3 480 4 052 4 105 4 158
Fonte: DGS
Está em curso a análise da operacionalização das propostas elaboradas pelo grupo de trabalho
sobre Reabilitação Cardíaca, no sentido de tornar os projetos desenhados neste âmbito acessíveis aos
doentes elegíveis e a análise das propostas elaboradas pelo grupo de trabalho sobre Insuficiência
Cardíaca.
De referir ainda a criação do Grupo de Trabalho para a Requalificação do Programa Nacional de
Desfibrilhação Automática Externa, através do Despacho n.º 2715/2018, de 15 de março.
2.6. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Diabetes
O Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Diabetes (PND) existe em Portugal desde
a década de setenta, sendo um dos mais antigos programas nacionais de saúde pública.
Ao longo dos anos, o Programa foi sendo atualizado e revisto por diversas vezes, mas as
principais estratégias de intervenção sempre visaram a introdução de modelos de boas práticas na
gestão da diabetes, focados quer na deteção precoce e tratamento, quer no manuseamento das
complicações da diabetes. São ainda objetivos específicos deste Programa a prevenção da diabetes,
com particular enfoque nos doentes com elevado risco de desenvolver diabetes e,
consequentemente, nas alterações do estilo de vida.
A diabetes é uma doença crónica e progressiva, tendo a sua prevalência vindo a aumentar, ao
ponto de ser atualmente considerada pela OMS como a pandemia do século XXI. Prevê-se que a
diabetes possa atingir, nos próximos 20 anos, mais de 10% da população mundial.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
62
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Em Portugal, dados mais recentes indicam que a Diabetes afetava 9,9% da população entre os
25 e os 74 anos e em 87,1% dos casos, o diagnóstico era conhecido pela pessoa com diabetes.
Adicionalmente, 16% da população tinha pré-diabetes8.
O PND traçou as seguintes metas para 2017-2020:
1. Evitar o desenvolvimento de diabetes em 30 mil utentes de risco identificado, através da
avaliação do cálculo de risco de desenvolver a doença e promoção de estilos de vida
saudáveis;
2. Aumentar em 30 mil o número de novos diagnósticos de diabetes, através do diagnóstico
precoce em utentes;
3. Diminuir em 5% a mortalidade por diabetes antes dos 70 anos.
Medidas e resultados atingidos em 2018
Uma das medidas mais significativas de 2018 foi o alargamento do acesso aos sistemas de
Perfusão Subcutânea Contínua de Insulina (PSCI) a todos os jovens com idade igual ou inferior a 14
anos.
Além do impacto na melhoria da qualidade de vida dos doentes, particularmente dos jovens em
idade pediátrica, este alargamento permite ainda melhorar o controlo da HbA1c e diminuir o número
de episódios de hipoglicemias graves.
Ao abrigo deste programa, foram adquiridos 852 novos dispositivos em 2018. O número total
de utentes em tratamento com sistemas de PSCI no final de 2018, quase duplicou em relação ao final
de 2016.
Também em 2018, o PND continuou a apostar na melhoria e no aumento do acesso dos doentes
ao rastreio da retinopatia diabética, que é uma das principais complicações da diabetes e uma das
grandes responsáveis de cegueira evitável nos adultos, tendo sido realizado rastreio em 214.538
doentes, o que traduz um crescimento de 8% face ao ano anterior.
Em três anos, o número de utentes rastreados mais do que duplicou sendo que em 2018, atingiu-
se o número mais alto de rastreios de retinopatia diabética.
8 Marta Barreto et al. on behalf of the INSEF Research Group. Prevalence, awareness, treatment and control of diabetes in Portugal: Results
from the first National Health examination Survey (INSEF 2015). Diabetes Research and Clinical Practice 2018, 140; 271-8
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 63
Com vista à promoção das boas práticas no tratamento da diabetes, em 2018 foi publicada a
norma relativa ao rastreio da retinopatia diabética e ao longo do ano procedeu-se ainda à revisão das
normas relativas ao pé diabético, à doença renal diabética, à terapêutica farmacológica não insulínica
e insulínica na Diabetes tipo 2.
2.7. Programa Nacional para as Doenças Oncológicas
O Programa Nacional para as Doenças Oncológicas (PNDO) tem como missão promover a
prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas garantindo a equidade e a
acessibilidade dos cidadãos.
As doenças oncológicas têm um peso crescente na nossa sociedade, sendo, no nosso País, a
segunda causa de morte e a primeira antes dos 65 anos de idade. O cancro necessita de uma resposta
articulada por parte das diversas estruturas do SNS, desde a área da prevenção à do diagnóstico e à
do tratamento, obrigando à conjunção de esforços por diversas entidades. É também uma área em
que a equidade no acesso é indispensável.
O PNDO tem como metas para 2020:
1. Promover a integração de cuidados entre cuidados de saúde primários e cuidados
hospitalares em três patologias oncológicas;
2. Reduzir a percentagem de cirurgias oncológicas que ultrapassa o TMRG para menos de
10% até 2020;
3. Expandir a cobertura dos rastreios oncológicos de base populacional, a todo o território
nacional e aumentar taxas de cobertura geográfica até 2020:
a) Rastreio do cancro da mama: 100%
Gráfico 3. Evolução do número de rastreios de retinopatia diabética
efetuados
Fonte: DGS
50 133
93 937103 105
115 284
95 535
120 481
158 115
198 400
214 538
0
50 000
100 000
150 000
200 000
250 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
64
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
b) Rastreio do cancro do colo do útero: 100%
c) Rastreio do cancro do colon e reto: 100%
Em 2018 os objetivos gerais do PNDO foram:
1. Alargamento dos programas de rastreio dos cancros da mama, do colo do útero e do cólon
e reto, atingindo uma taxa de cobertura geográfica respetivamente de 90%, 85% e 25%;
2. Uniformização dos rastreios oncológicos;
3. Estabelecimento de linhas de financiamento específicas para aumento da cobertura dos
rastreios;
4. Reformulação dos indicadores de contratualização anual com os ACES, no sentido de
promover a adesão das suas unidades funcionais aos programas de rastreio de base
populacional;
5. Implementação e dinamização do Registo Oncológico Nacional (RON);
6. Integração do RON com a Plataforma Multirrastreios;
7. Promoção da literacia com divulgação de ferramentas para compreensão da doença.
Medidas e Resultados atingidos em 2018
À semelhança do que se tinha verificado em 2017, os rastreios das doenças oncológicas em curso
(mama, colo do útero e cólon e reto) evoluíram de forma muito positiva em 2018. Se nos dois
primeiros se verificou, praticamente, a cobertura total do país com uma taxa de cobertura superior a
83%, no último iniciou-se uma fase de expansão do mesmo, passando de pequenos programas piloto
para um verdadeiro programa de rastreio com ambições de cobertura nacional até ao final de 2020
e com uma taxa de cobertura geográfica em 2018 de 56,3%.
Neste âmbito importa também referir a elaboração de Normas de Uniformização dos Rastreios
oncológicos de base populacional pela DGS/PNDO com o apoio do Departamento da Qualidade na
Saúde (DQS) da DGS e a participação de peritos e das ARS.
Paralelamente à implementação do RON está em curso uma uniformização dos sistemas de
informação que monitorizam e avaliam os rastreios oncológicos e que vão passar a funcionar numa
plataforma única multirrastreios. Este trabalho tem vindo a ser desenvolvido através do trabalho
conjunto da ACSS, ARS e SPMS.
A integração desta plataforma multirrastreios com o RON será a etapa final para completar a
monitorização dos dados ao longo de todo o circuito dos rastreios.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 65
Rastreio do cancro da mama
A análise global do rastreio do cancro da mama realizado em 2018 demonstra um aumento do
número de mulheres convidadas para a realização do rastreio assim como das que realizaram o
rastreio. Foram convidadas mais 27.424 mulheres que no ano anterior e realizaram o rastreio mais
16.333 mulheres.
Apurou-se uma taxa de cobertura geográfica por ACES de 84,4% com uma taxa de adesão da
população ao rastreio do cancro da mama de 63,5%.
Foram realizadas 331.608 mamografias, 13.043 consultas de aferição, tendo sido identificados
1.744 casos positivos.
Rastreio do cancro do colo do útero
A monitorização nacional do rastreio do cancro do colo do útero ocorrido em 2018 demonstra
um aumento no número de mulheres que realizaram o rastreio (+39.536) o que se reflete num
aumento da taxa de adesão a este rastreio que passou de 72,5% para 88,5% em 2018.
A taxa de cobertura geográfica situa-se nos 98,4%, estando implementado em todas as regiões
de Portugal Continental. A alteração da tecnologia utilizada para a realização deste rastreio, mudando
o intervalo dos rastreios de três para cinco anos, permitiu obter uma maior cobertura populacional
com menos testes por ano.
Gráfico 4. Taxas de cobertura geográfica e de adesão
no âmbito do Rastreio do Cancro da Mama
58,1%61,3%
64,5%67,7%
72,0% 72,0%
80,0%82,8% 84,4%
56,1%
60,3% 61,3% 60,9% 60,1% 58,5%61,8% 63,3% 63,5%
40%
60%
80%
100%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Taxa Cobertura Geográfica Taxa Adesão
Fonte: DGS
Nota: Dados de Portugal Continental
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
66
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Rastreio do cancro do cólon e reto
Em 2018, a cobertura nacional para este rastreio passou dos 31,3% para os 56,3%. Foram
convidados mais 84.830 utentes e rastreados mais 27.800 que no ano anterior.
A taxa de adesão a este rastreio foi de cerca de 40%.
42,6% 42,6% 42,6% 42,6% 44,4%
70,0% 72,0%
82,8%
98,4%
64,3%
72,0%67,5%
62,8%
51,2%
79,0%
87,0%
72,5%
88,5%
20%
40%
60%
80%
100%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Taxa Cobertura Geográfica Taxa Adesão
Gráfico 5. Taxas de cobertura geográfica e de adesão
no âmbito do Rastreio do Cancro do Colo do Útero
Fonte: DGS
Nota: Dados de Portugal Continental
Gráfico 6. Taxas de cobertura geográfica e de adesão
no âmbito do Rastreio do Cancro do Cólon e Reto
Fonte: DGS
Nota: Dados de Portugal Continental
5,6%9,3% 9,3% 9,3% 9,3% 9,3%
18,8%
31,3%
56,3%
81,1%
72,3%67,3%
62,8%56,2%
63,7%61,0%
54,9%
40,0%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Taxa Cobertura Geográfica Taxa Adesão
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 67
2.8. Programa Nacional para as Doenças Respiratórias
O Programa Nacional para as Doenças Respiratórias Crónicas (PNDR) pretende melhorar a
saúde dos doentes respiratórios crónicos, aumentando a sua longevidade e a sua qualidade de vida.
A mortalidade respiratória (excluindo o cancro do pulmão e a tuberculose) manifesta-se
sobretudo acima dos 70 anos. O aumento sustentado da esperança de vida dos portugueses tem
impacto na mortalidade por doença respiratória, especialmente nas faixas etárias mais elevadas,
sendo necessário combater o aumento do número absoluto de óbitos.
Entre 2015 e 2017 (último ano com dados disponíveis) verificou-se um decréscimo da
mortalidade padronizada em todas as faixas etárias. Também, apesar de não haver diferenças
expressivas entre o número absoluto de óbitos entre os géneros, a mortalidade padronizada das
mulheres é quase metade da do sexo masculino.
Esta evolução aponta para uma melhoria da saúde respiratória dos portugueses, decorrente de
melhores cuidados de saúde.
Quadro 6. Evolução dos indicadores de mortalidade por doenças do aparelho respiratório,
por sexo
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ambos os sexos
Número de óbitos 11 776 11 914 13 892 12 612 12 147 13 445 13 448 12 803
TMP todas as idades 57,1 55,7 61,7 55,3 52,4 55,7 55,4 50,7
TMP <70 anos 10,1 10,3 9,5 9,4 9,6 9,3 11,3 9,1
TMP ≥70 anos 680,4 658,9 755,4 665,5 620,3 671,8 641,5 602,7
Sexo masculino
Número de óbitos 6 188 6 246 6 987 6 556 6 293 6 725 7 016 6 524
TMP todas as idades 81,2 79,6 85,7 78,9 75,1 77,6 79,5 71,3
TMP <70 anos 15,5 15,9 14,7 14 14,8 14,4 17,6 13,5
TMP ≥70 anos 954,2 926,5 1029,4 941,3 876,3 916,8 902,5 838,9
Sexo feminino
Número de óbitos 5 588 5 668 6 905 6 056 5 854 6 720 6 432 6 279
TMP todas as idades 41,4 40,1 46,1 40,2 37,7 41,5 39,6 37,3
TMP <70 anos 5,4 5,4 4,9 5,3 5 4,9 5,8 5,2
TMP ≥70 anos 519 501,4 593,6 503,9 472 528 489,3 463,7
Legenda: TMP: Taxa de mortalidade padronizada. Taxas: por 100.000 habitantes. Doenças do aparelho respiratório = Códigos J00-J99 da CID 10. Método direto de padronização (grupos etários quinquenais). Fonte: DGS, com base em dados do INE (2018)
O PNDR tem tido como objetivos aumentar a capacidade diagnóstica para a asma brônquica e
para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), ao nível dos cuidados de saúde primários,
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
68
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
aumentar a acessibilidade à espirometria neste nível de cuidados, melhorar a prestação cuidados e
promover as boas práticas na área das doenças respiratórias.
O PNDR tem as seguintes metas a 2020:
1. Duplicar a percentagem de diagnósticos de asma efetuados a utentes dos cuidados de saúde
primários, relativamente a 2014;
2. Duplicar a percentagem de diagnósticos de DPOC, confirmados por espirometria, nos utentes
dos cuidados de saúde primários, relativamente a 2014;
3. Reduzir em 10% os internamentos por causas sensíveis a cuidados de ambulatório por asma
e DPOC, relativamente a 2014.
Medidas e resultados atingidos em 2018
Em 2018 o PNDR propôs-se a aumentar em 25% os diagnósticos de DPOC, confirmados por
espirometria, no âmbito dos projetos-piloto das ARS do Alentejo e Algarve, relativamente ao ano
anterior e a aumentar em 10% a nível nacional o número de utentes ativos nos cuidados de saúde
primários, com o diagnóstico de Asma e DPOC, desde 2014.
Nesta área, observou-se um aumento de 29% na capacidade diagnóstica de Asma nos cuidados
de saúde primários entre 2014 e 2018.
Quadro 7. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados primários
com o diagnóstico de asma
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
ARS Norte 60 037 71 154 81 362 91 241 96 254 103 283 110 181 113 097
ARS Centro 12 421 14 274 35 986 40 383 41 309 45 957 50 744 54 576
ARS LVT 30 987 41 523 69 582 72 095 84 186 91 610 97 952 96 253
ARS Alentejo 4 922 5 794 10 469 11 532 11 933 12 619 13 317 13 431
ARS Algarve 3 699 5 051 6 370 6 723 7 503 8 760 9 496 9 550
Total 112 066 137 796 203 769 221 974 241 185 262 229 281 690 286 907
Nota: Os dados de 2011 a 2014 foram retirados da Norma da DGS 2011.016.01. Os dados de 2015 a 2018 foram retirados do indicador MOR.208 Fonte: DGS
Em 2018 deu-se continuidade à implementação da prescrição eletrónica de câmaras expansoras,
com uma comparticipação de 28 euros/ano/utente/câmara. Esta medida visou a promoção da boa
prática inalatória em substituição dos aerossóis em nebulização, resultando no aumento da
acessibilidade às câmaras expansoras ao nível nacional.
Em 2018 foram prescritas 42.704 câmaras expansoras, o que representa um aumento muito
significativo relativamente a 2017 (10.183).
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 69
Relativamente à proporção de utentes com DPOC que realizaram avaliação de FeV1 nos últimos
três anos podemos verificar que a proporção aumentou em todas as administrações regionais de
saúde. No total houve um aumento de 6,3 pontos percentuais.
Quadro 8. Evolução da proporção de utentes com DPOC,
com registo de avaliação de FeV1 nos últimos 3 anos
2015 2016 2017 2018
ARS Norte 41,8% 48,0% 53,8% 58,4%
ARS Centro 19,2% 21,2% 24,7% 30,4%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 22,1% 22,9% 28,1% 37,2%
ARS Alentejo 15,6% 16,6% 19,4% 25,6%
ARS Algarve 10,7% 12,3% 24,1% 32,9%
Total 29,4% 32,3% 37,3% 43,6%
Fonte: DGS
No que se refere à evolução do número de utentes inscritos ativos nos cuidados de saúde
primários com diagnóstico de DPOC, se verificou pela primeira vez desde 2011, uma diminuição do
número de casos registados (3,7%).
Quadro 9. Evolução do número de utentes inscritos nos cuidados primários
com o diagnóstico de DPOC
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
ARS Norte 32 081 38 599 44 400 52 583 52 666 54 355 55 402 53 731 -3,0%
ARS Centro 6 170 7 150 16 947 21 421 21 597 23 627 24 565 24 252 -1,3%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 12 509 18 263 31 413 34 350 38 740 42 852 45 595 42 905 -5,9%
ARS Alentejo 2 834 3 488 5 919 6 734 6 733 7 159 7 306 7 061 -3,4%
ARS Algarve 1 066 1 641 2 343 2 719 3 058 3 639 4 090 4 006 -2,1%
Total 54 660 69 141 101 022 117 807 122 794 131 632 136 958 131 955 -3,7%
Nota: Os dados de 2011 a 2014 foram retirados da Norma da DGS 2011.028.01. Os dados de 2015 a 2018 foram retirados do indicador MOR.208 Fonte: DGS
A implementação de dois projetos-piloto nas ARS Alentejo e Algarve, permitiu modelar, a nível
nacional, este tipo de prática, criando uma rede de espirometria nos cuidados de saúde primários,
em articulação com a Pneumologia Hospitalar, e a realização de espirometrias e de tratamentos de
reabilitação respiratória, para resposta a morbilidade crónica causada pela DPOC e ao seu principal
fator de risco (o tabaco).
De salientar que na região do Algarve registou-se um aumento no número de diagnósticos de
DPOC baseados na espirometria de cerca de 200%.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
70
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 10. Evolução do número de diagnósticos de DPOC, com base na espirometria,
no Alentejo e Algarve
2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
ARS Alentejo 1 051 1 190 1 416 1 032 -27,1%
ARS Algarve 328 447 986 2 960 200,2%
Fonte: DGS
Ainda que se tenham observado melhorias significativas na percentagem de doentes com o
diagnóstico de DPOC baseado na espirometria (evidenciando uma melhor prática decorrente do
aumento da acessibilidade à espirometria nos cuidados de saúde primários), importa continuar a
trabalhar para aumentar a taxa a nível nacional (43,6%) reforçando a necessidade de se manterem
todas as medidas que suportam a implementação do Despacho n.º 6300/2016, de 12 de maio.
Cuidados respiratórios domiciliários
Em linha com o que se tinha verificado em 2017, a implementação da prescrição eletrónica
médica para os cuidados respiratórios domiciliários (CRD) continua a contribuir para uma melhoria
do controlo do processo de prescrição e a desmaterialização, o que se constata pelo aumento do
número de utentes aos quais foram prescritos tratamentos de CRD nas maioria das modalidades de
tratamento, conforme gráfico seguinte.
Um dos objetivos do programa nacional para as doenças respiratórias passa pela melhoria da
qualidade da prescrição e da utilização de CRD.
Gráfico 7. Número de utentes com CRD prescritos
Fonte: SPMS
83
76
5
34
46
8
5 0
18
2 5
44
9 7
22
94
67
0
36
44
0
5 1
65
2 7
48
10
68
5
10
5 6
53
36
74
1
4 7
01
2 8
44
10
94
3
11
8 0
18
38
85
2
4 2
25
2 9
10
11
96
4
0
30 000
60 000
90 000
120 000
150 000
180 000
Ventiloterapia Oxigenoterapia Aerossolterapia Equipamentos Com mais de umaterapêutica
2015 2016 2017 2018
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 71
2.9. Programa Nacional para as Hepatites Virais
Em 2014, foi criada a Estratégia Nacional para as Hepatites Virais, em articulação com o
Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA. No âmbito do Plano Nacional de Saúde, foi incluída a
área das Hepatites Virais nos 12 programas de prioritários estabelecidos, conforme o Despacho n.º
6401/2016, de 16 de maio, alterado pelo Despacho n.º 1225/2018, de 5 de fevereiro.
Resultados extraordinários têm sido alcançados no que diz respeito à redução substancial do
número de novos casos de hepatite aguda B, desde o início da vacinação. De facto, a vacina contra o
Vírus da Hepatite B (VhB), disponível desde 1982 e integrada no Programa Nacional de Vacinação
desde 1995, é um elemento chave para o controlo desta infeção, sendo segura e com uma eficácia de
95% a 99%.
Desde a implementação do Portal da Hepatite C da Autoridade Nacional do Medicamento e
Produtos de Saúde (INFARMED), até 18 de março de 2019, foram autorizados 23.128 tratamentos
da hepatite C com Antivirais de Ação Direta (DAA), dos quais 21.940 já foram iniciados. Quando se
efetua a análise ao universo de indivíduos que já concluíram o tratamento, e em que se pode avaliar
a resposta virológica sustentada (RVS) (n=13.139), verifica-se que 12.666 (96,4%) dos indivíduos
apresentam RVS contra 473 doentes não curados (3,6%).
O Programa propõe até ao final de 2020, cinco metas:
1. Manter o enfoque na prevenção, com disseminação de informação junto da população e dos
profissionais de saúde, através da distribuição de meios informativos e preventivos;
2. Ampliar o sistema de informação, integrado no sistema de informação nacional, tornando-o
robusto e capaz de gerar dados sobre vigilância de surtos e indicadores sobre a
monitorização e avaliação da resposta nacional contra as hepatites virais;
3. Aumentar, anualmente, em 33%, o número de rastreios para VHB e Vírus da Hepatite C (VhC)
nos diferentes níveis de cuidados de saúde;
4. Reduzir, em 10%, a mortalidade associada à infeção crónica por VHB e por VHC;
5. Reduzir, em 30%, o número de crianças infetadas por VHB, por transmissão vertical.
Medidas e Resultados atingidos em 2018
Durante o ano de 2018, o Programa apostou em duas áreas prioritárias:
1. Rastreio e Diagnóstico das infeções por VHB e VHC;
2. Tratamento de 100% dos doentes elegíveis para tratamento da hepatite C, de acordo com as
Normas de Orientação Clínica.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
72
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
O processo de diagnóstico precoce e tratamento das hepatites virais implica uma atualização
constante dos conhecimentos e orientações clínicas de acordo com a melhor evidência científica
disponível.
Assim, em janeiro de 2018, foram concluídos os processos de revisão das Normas de Orientação
Clínica alusivas à avaliação diagnóstica da infeção por Vírus da Hepatite C (Norma n.º 027/2017, de
28 de dezembro) e Tratamento da Hepatite C Crónica no Adulto (Norma n.º 028/2017, de 28 de
dezembro).
De forma a dar seguimento ao desígnio de criação de estratégias individualizadas e adequadas a
populações que vivem com hepatites virais crónicas e que apresentam maior dificuldade em aceder
aos serviços de saúde, foram envidados esforços para o estabelecimento de um modelo operacional
que preconiza a deslocação de profissionais de saúde especialistas em infeciologia, gastroenterologia,
hepatologia e medicina interna aos estabelecimentos prisionais para prestarem os cuidados de saúde
à população reclusa infetada com VIH, VHB e VHC, enquanto utentes do SNS (Despacho n.º
6542/2017, de 28 de julho e Despacho n.º 283/2018, de 5 de janeiro, que estabeleceu a Rede de
Referenciação para o tratamento da infeção por VIH, VHB e VHC na população reclusa de Portugal
Continental).
No final de 2018, o protocolo encontrava-se efetivamente implementado em 10 dos 28
estabelecimentos prisionais.
A promoção do rastreio e diagnóstico da infeção por VHB e VHC nos diferentes níveis de
cuidados de saúde foi concretizada através de diferentes iniciativas que promovem o acesso ao teste
de rastreio da infeção por VHB e VHC em diferentes contextos (hospitais, cuidados de saúde
primários e Organizações de Base Comunitária) tendo por objetivo a identificação precoce dos casos
e a quebra do ciclo de transmissão. Efeito desta mobilização de recursos, o número total de testes
VHB ascendeu aos 355.679 testes. Por outro lado, o número total de testes VHC ascendeu a 361.269
testes.
Na sequência da publicação do Despacho n.º 2522/2018, de 12 de março, que autorizou a
realização de testes rápidos de VIH, VHB e VHC nas farmácias comunitárias e laboratórios de
patologia clínica/análises clínicas, foram publicadas duas circulares normativas conjuntas
DGS/ACSS/SPMS/INSA/INFARMED, de 30 de abril de 2018 e 24 de agosto de 2018, que definem o
normativo técnico e organizacional, relativo à realização dos referidos testes.
Finalmente e de forma a assegurar respostas adequadas a todos os doentes diagnosticados com
o Vírus da Hepatite C, o Ministério da Saúde assumiu o compromisso de garantir que 100% dos
doentes elegíveis para tratamento da hepatite C o iniciassem e o fizessem de acordo com as
respetivas Normas de Orientação Clínica.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 73
2.10. Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA
O Despacho n.º 404/2012, de 13 de janeiro, do Secretário de Estado Adjunto do Ministro e da
Saúde definiu como prioritário o Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, passando as
competências de prevenção e controlo da infeção por VIH, até então asseguradas pela Coordenação
Nacional para a Infeção VIH/SIDA, para a responsabilidade da DGS.
Fruto das alterações à estrutura organizacional do Plano Nacional de Saúde, e através da
publicação do Despacho n.º 6401/2016, de 16 de maio, alterado pelo Despacho n.º 1225/2018, de 5
de fevereiro, foi incluída pelo Ministério da Saúde nos 12 programas prioritários, a área da Infeção
VIH/SIDA.
O PNVIH/SIDA tem como principal meta a alcançar até 2020:
1. Diagnosticar 90 % das pessoas que vivem com a infeção por VIH e, destas, assegurar
que 90% estão em tratamento antirretroviral e que, destas, 90% apresentem carga viral
suprimida.
Medidas e Resultados atingidos em 2018
Para 2018, o PNVIH/SIDA propôs-se manter o enfoque na melhoria da qualidade dos dados da
vigilância epidemiológica da infeção, no acesso a estratégias combinadas de prevenção, no
alargamento das iniciativas e estratégias de rastreio, diagnóstico e referenciação hospitalar e na
ligação e retenção nos cuidados de saúde das pessoas que vivem com a infeção.
Na sequência da publicação do Despacho n.º 8379/2017, de 25 de setembro, que determinou
um conjunto de medidas conducentes à melhoria da qualidade da informação disponível na área do
VIH, foi concluído, em fevereiro de 2018, o processo de instalação e utilização do Sistema Informático
especializado para o seguimento de pessoas que vivem com VIH em todas as instituições de cuidados
de saúde hospitalares que seguem este tipo de doentes.
Procedeu-se ao apuramento do número de pessoas que vivem com infeção por VIH no país e da
fração não diagnosticada, com recurso a ferramentas de modelação matemática, nomeadamente da
ferramenta do European Center for Disease Prevention and Control (ECDC), denominada HIV
Modelling Tool, obtendo-se dados que indicavam que em Portugal, em 2016, existiriam 38.959
pessoas a viver com VIH (38.095 - 40.217), das quais 91,7% estariam já diagnosticadas, estando
assim atingido o primeiro 90.
Relativamente ao número de pessoas em tratamento, e compulsadas informações disponíveis
na aplicação SI.VIDA e dados recebidos pelo INFARMED e pela ACSS, de um universo de 35.709
pessoas diagnosticadas, 31 mil encontravam-se sob terapêutica, o correspondente a 86,8%.
Quando analisado o número de pessoas que, estando a fazer terapêutica anti retroviral, se
encontram com carga viral indetetável (um valor ≤200 cópias/mL), obtém-se o valor de 90,3%,
correspondendo a 28.007 pessoas, o que permite concluir que o terceiro 90 foi igualmente atingido.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
74
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Tal como abordado no ponto 2.9 deste Relatório, e na sequência do Despacho n.º 2522/2018, de
12 de março, a promoção do rastreio nas farmácias comunitárias passou a ser possível, tendo a sua
operacionalização ficado definida através de duas circulares normativas conjuntas
DGS/ACSS/SPMS/INSA/INFARMED, de 30 de abril de 2018 e 24 de agosto de 2018, que definem o
normativo técnico e organizacional, relativo à realização dos referidos testes.
A 31 de dezembro de 2018, 80% das farmácias aderentes tinham realizado 184 testes de VIH.
Adicionalmente, foi publicado o Decreto-Lei n.º 79/2018, de 15 de outubro, que permite a
disponibilização diretamente ao público dos dispositivos de autodiagnóstico das infeções por VIH em
farmácias comunitárias e postos de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica.
A disponibilização do autoteste de VIH implica que seja o próprio a adquiri-lo, fazer a colheita,
manusear o dispositivo e interpretar o resultado em contexto de privacidade. O autoteste do VIH
surge como mais uma estratégia recomendada pela OMS que visa ultrapassar as barreiras ao
diagnóstico e aumentar rapidamente o acesso e o uso dos serviços de testes de VIH, especialmente
para populações com baixa cobertura de serviços e com maior risco de infeção que, de outra forma,
não realizarão o teste.
Paralelamente foram desenvolvidas outras iniciativas com o objetivo de promover o acesso ao
teste rápido de rastreio da infeção por VIH, em diferentes contextos (cuidados de saúde primários,
Centros de Aconselhamento e Deteção Precoce do VIH, ONG).
O número de testes rápidos realizados pelas diferentes estruturas totalizou 47.118 testes,
mantendo a tendência crescente. Salienta-se o aumento significativo (+50%) do número de testes
rápidos realizados ao nível dos cuidados de saúde primários, comparativamente ao ano de 2017,
De forma a promover a adesão terapêutica, assim como uma comodidade superior aos doentes
com VIH no acesso regular à sua medicação crónica, foi dado seguimento à iniciativa que prevê a
dispensa de medicamentos antirretrovíricos nas farmácias comunitárias, dirigindo-se numa fase
inicial aos utentes do Hospital Curry Cabral do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, de
forma voluntária. Assim, a 2.ª fase do projeto TARV – dispensa de terapêutica antirretrovírica
combinada nas farmácias comunitárias teve início em março de 2018. Desde então, 413 doentes estão
a fazer o levantamento da terapêutica no âmbito do projeto, sendo que 53% (219) o fazem nas 101
farmácias aderentes do distrito de Lisboa e os restantes na farmácia hospitalar do Hospital Curry
Cabral.
No âmbito do programa de dispensa gratuita de materiais preventivos a serviços de saúde, ONG,
escolas, universidades, estabelecimentos prisionais, verificou-se a manutenção do número de
preservativos masculinos e femininos distribuídos, comparativamente a 2017, cerca de 5 milhões de
unidades.
Por outro lado, ao abrigo do programa de distribuição de kits de prevenção de infeção por VIH e
hepatites virais, dirigidos às pessoas que utilizam drogas por via injetável, através da ação de equipas
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 75
de rua, cuidados de saúde primários, Posto Móvel e farmácias comunitárias, foram distribuídas
1.300.134 seringas, registando-se uma diminuição de 8,5% comparativamente a 2017.
Em 2018, este programa assinalou 25 anos de funcionamento com mais de 58 milhões de
seringas entregues e mais de 30 milhões de preservativos distribuídos, resultando numa diminuição
de 90% no número de casos de infeção por VIH e de SIDA em utilizadores de drogas na última década.
2.11. Programa Nacional para a Tuberculose
O Programa Nacional para a Tuberculose (PNTb) enquadra-se nos quatro eixos do Plano
Nacional de Saúde: cidadania em saúde, equidade e acesso adequado aos cuidados de saúde,
qualidade em saúde e políticas saudáveis, tendo sido criado através do Despacho n.º 1225/2018, de
5 de fevereiro.
Os objetivos de saúde do PNTb para 2020 incluem:
1. Reduzir a taxa de incidência anual de tuberculose para 15 casos por 100 mil habitantes;
2. Alcançar o sucesso terapêutico em 90% dos casos de tuberculose em tratamento;
3. Rastrear a infeção por VIH em 90% dos doentes com tuberculose.
Para o cumprimento destes objetivos, o PNTb deverá seguir a estratégia da Organização Mundial
da Saúde para controlo e erradicação da tuberculose.
As novas estratégias de eliminação da doença acrescentam desafios de controlo da tuberculose
a necessidade da sua prevenção, através da melhoria contínua do processo de investigação
epidemiológica, desencadeado a cada caso de doença.
Neste novo contexto, torna-se prioritária a identificação dos contactos e indivíduos vulneráveis,
encaminhando-os para rastreio e iniciando o tratamento da tuberculose latente.
Medidas e resultados atingidos em 2018
Em 2018, em continuidade com projetos iniciados em anos anteriores, foram implementadas
diversas estratégias com o objetivo de diminuir a incidência de tuberculose em Portugal e melhorar
o conhecimento por parte dos profissionais de saúde e da população acerca da tuberculose.
A diminuição progressiva e sustentada da incidência de tuberculose e dos casos de tuberculose
bacilíferos (63,5% doentes com tuberculose pulmonar tinham baciloscopias positivas em 2007,
52,5% em 2018) refletem as estratégias desenvolvidas. Contudo, em 2018 a mediana entre o início
de sintomas e o diagnóstico foi de 80 dias, valor que tem vindo a aumentar na última década e que
poderá relacionar-se com menor índice de suspeição de tuberculose por parte dos profissionais e da
própria população. Nesse sentido, o PNTb tem promovido várias ações de formação para os
profissionais e promovido a transmissão de informação à população.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
76
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Reconhecendo a necessidade de uma resposta laboratorial célere e de qualidade, em 2018 foi
iniciada a reestruturação da rede laboratorial para a tuberculose, em Portugal. A menor frequência
de positividade na microscopia direta implica a utilização das diversas técnicas laboratoriais
disponíveis com o objetivo de confirmar a doença, conhecer o padrão de sensibilidade aos
antibacilares, adequar o tratamento, alcançando o sucesso terapêutico e reduzindo as formas
multirresistentes. A necessidade de rápida confirmação microbiológica em amostras biológicas, com
recurso às diversas técnicas moleculares mantendo a qualidade dos testes fenotípicos deve
acompanhar-se da reorganização da plataforma de laboratórios que trabalham amostras para
diagnóstico bacteriológico em Portugal.
A incidência de tuberculose infantil mantém-se como um dos indicadores fundamentais na
estratégia do Programa. A modificação da estratégia de vacinação com BCG implica a monitorização
do número de formas graves de tuberculose em crianças com idade inferior a cinco anos. Esta
monitorização conduziu em 2018 a diversas estratégias conjuntas entre o PNTb e a Comissão Técnica
de Vacinação, por forma a incentivar a correta identificação das crianças elegíveis para BCG.
A redução dos casos de tuberculose em populações vulneráveis constitui outro dos objetivos do
Programa. Com o objetivo de detetar precocemente casos de doença, identificar as pessoas em risco
e promover o rastreio e o tratamento preventivo das populações vulneráveis, foram elaboradas e
divulgadas recomendações no diagnóstico, tratamento e rastreio da tuberculose em grupos
vulneráveis – população infetada pelo VIH, doentes candidatos a iniciar medicação biológica,
profissionais de saúde e crianças.
Os últimos dados disponíveis (2017) apontam para que se conheça o estado VIH em 87,9% dos
casos. Estratégias como a disponibilidade dos testes rápidos de VIH nas consultas de
tuberculose/CDP, a publicação e divulgação de recomendações no diagnóstico, tratamento e rastreio
da tuberculose na população infetada pelo VIH e a formação contínua aos profissionais que
trabalham na área da tuberculose têm permitido a diminuição sustentada da proporção de
coinfetados TB/VIH na última década (16,3% em 2008 e 8,8% em 2017).
Em 2018, entre os fatores de risco sociais mais prevalentes está o consumo de álcool (10,5%) e
o consumo de drogas ilícitas endovenosas e/ou inaladas, pelo que nesse ano, foram reforçadas as
estratégias já implementadas de parcerias com equipas multidisciplinares para abordagem de
populações vulneráveis (sem abrigo e utilizadores de drogas). A elaboração de protocolos de
articulação com a comunidade e diversas estruturas não-governamentais, nomeadamente
protocolos de atuação com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), foram
também estratégias desenvolvidas até à data.
Outros fatores de risco com doenças crónicas, nomeadamente diabetes (6%), doença neoplásica
(6%), doença pulmonar obstrutiva crónica (4%) justificam a elaboração de protocolos de rastreio
também nestes grupos evitando o aparecimento de futuros novos casos.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 77
A tuberculose multirresistente (TBMR) mantém-se como preocupação a nível mundial. A
existência de resistências condiciona dificuldades no tratamento, quebra da infecciosidade do caso e
redução da morbilidade e mortalidade. Em Portugal, foram adotadas estratégias de concentração dos
doentes nos Centros de Referência de Tuberculose Multirresistente com consequente aplicação de
protocolo uniformizados e redução progressiva do número de casos em Portugal (22 casos em 2012
e 7 casos em 2018).
A proporção de casos de tuberculose em pessoas nascidas fora do país tem vindo a aumentar ao
longo dos anos, 19,2% em 2017 e 20,2% em 2018. Foram desenvolvidas estratégias junto dos
migrantes facilitando a sua orientação para as instituições de saúde e promovendo a identificação
precoce de casos de tuberculose ativa.
Foram também desenvolvidas estratégias de melhoria no diagnóstico de tuberculose tais como
o acesso aos testes moleculares para o diagnóstico de tuberculose e deteção de mutações que
conferem resistência aos fármacos de primeira e segunda linha, a possibilidade de sequenciação
genómica do Mycobacterium tuberculosis em todos os casos de tuberculose multirresistente e de
realização de testes rápidos de VIH nas consultas de tuberculose/CDP.
Durante o ano de 2018, o PNTb manteve como premissa fundamental no rastreio e diagnóstico
precoce da tuberculose, a formação dos profissionais de saúde.
2.12. Programa Nacional de Saúde Mental
Os problemas de saúde mental constituem, atualmente, a principal causa de incapacidade
presente na população e uma das mais importantes causas de morbilidade nas nossas sociedades.
Nos últimos anos, a prestação de cuidados em saúde mental protagonizou uma grande evolução,
sublinhando a reabilitação psicossocial do indivíduo, a sua integração na sociedade e o combate à
discriminação.
O Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM) tem as seguintes metas a 2020:
1. Inverter a tendência da prescrição de benzodiazepinas na população através da sua
estabilização;
2. Aumentar em 30% o número de ações no âmbito dos programas de promoção da saúde
mental e de prevenção das doenças mentais, desenvolvidos pelo Plano Nacional de Saúde
Mental;
3. Aumentar em 25% o registo das perturbações mentais nos cuidados de saúde primários;
4. Apoiar a criação de lugares para adultos e para crianças/ adolescentes em Cuidados
Continuados Integrados de Saúde Mental.
PARTE I | 2.PROGRAMAS DE SAÚDE PRIORITÁRIOS
78
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Nos termos do Despacho n.º 1490/2017, de 14 de fevereiro procedeu-se à reavaliação global do
Plano Nacional de Saúde Mental, de modo a reequacionar as estratégias a médio-prazo na área da
saúde mental.
Este processo foi conduzido de acordo com os princípios do Plano e dos referenciais das
Organizações Internacionais de que Portugal faz parte (OMS e UE), e no qual o PNSM participou
ativamente e culminou na elaboração de um relatório de avaliação e de propostas prospetivas a
implementar até 2020.
Medidas e resultados atingidos em 2018
O relançamento do Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM) ocorreu em março de 2018,
tendo-se imediatamente encetado uma série de iniciativas, de acordo com o preconizado no
“Relatório da Avaliação do Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016 e propostas prioritárias para
a extensão a 2020”.
Numa primeira fase, procedeu-se à avaliação de necessidades, através de uma série de reuniões
com os parceiros desta área (ordens profissionais, associações, Organizações Não Governamentais,
Instituições Particulares de Solidariedade Social, federações, etc.). Em seguida, foram lançadas várias
atividades de promoção da saúde mental, maioritariamente de carácter formativo, divididas em três
grandes áreas: a) população em geral, b) profissionais de saúde mental e áreas correlatas (educação,
etc.) e c) campanhas e eventos.
No contexto dos grupos vulneráveis, foram efetuadas ações de formação na área do trauma, de
encaminhamento de refugiados e repatriados, assim como de participação na definição da estratégia
para a integração de pessoas sem abrigo. O PNSM participou no desenvolvimento da estratégia para
a saúde mental em situação de catástrofe e no programa de luto.
No âmbito da avaliação de qualidade, o PNSM realizou (com o Lisbon Institute of Global Mental
Health - LIGMH) uma avaliação de cumprimento dos direitos humanos num hospital psiquiátrico,
através da metodologia WHO-Quality Rights. Foi também efetuado um inquérito populacional sobre
atitudes face à doença mental.
Concluiu-se a Rede de Referenciação Hospitalar de Psiquiatria da Infância e Adolescência,
documento que constitui uma matriz orientadora-chave para a organização dos serviços neste
campo. O Programa esteve envolvido em várias iniciativas formativas na área da saúde mental
infantil, tendo lançado três projetos de promoção da saúde mental em meio escolar e um outro de
prevenção do suicídio.
Em termos mais globais, no ano de 2018, foi possível concretizar um conjunto importante de
ações de promoção e prevenção em várias áreas da saúde mental, assim como desenvolver um
trabalho de parceria interministerial significativo, com resultados evidentes.
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 79
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/evolucao-
do-numero-de-unidades-de-saude-familiar/?sort=tempo
3. Cuidados de saúde primários
O Programa do XXI Governo Constitucional para a Saúde estabelece que é fundamental
recuperar a centralidade da rede de cuidados de saúde primários (CSP) na política de saúde,
expandindo e melhorando a sua capacidade, ação que foi preconizada no decorrer dos últimos anos,
com a criação de Agrupamentos de Centros de Saude (ACES), Unidades Locais de Saúde (ULS) e de
unidades funcionais.
Evolução da rede de prestação de cuidados de saúde primários
Da súmula da organização da rede de prestação de cuidados de saúde primários, representada
no quadro seguinte, é possível identificar o continuo aumento do número de novas Unidades de
Saúde Familiar (USF) - em 2018 mais 37 USF que em 2017, mais 83 do que no final de 2015 e mais
255 que em 2010 - bem como das Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) que, em 2018,
registaram um aumento de 3%, face ao período homólogo.
Quadro 11. Evolução do número de USF, UCC e UCSP
Tipo de unidades Var.
2018/2017
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Valor %
Total de USF 277 320 357 394 418 449 479 495 532 37 7,5%
Modelo A 160 183 195 213 225 241 246 261 278 17 6,5%
Modelo B 117 137 162 181 193 208 233 234 254 20 8,5%
UCSP 518 503 470 464 442 419 397 393 376 -17 -4,3%
UCC 66 162 209 218 237 243 249 255 263 8 3,1%
Fonte: ACSS
Ressalva-se que o Despacho n.º 1194-A/2018, de 1 de fevereiro de 2018, determinou o número
de unidades de USF modelo A a constituir (30) e o número de USF a transitar do modelo A para o
modelo B no ano de 2018 (até 20), bem como ratificou o número de USF de modelo A autorizadas
para o ano de 2017 (23).
De salientar igualmente que o XXI Governo Constitucional estabeleceu como prioridade a defesa
do SNS e, nesse âmbito, identificou a necessidade de relançamento dos cuidados de saúde primários
e de criação de 100 novas USF durante o período da legislatura, contribuindo assim para concretizar
a centralidade da rede de cuidados primários na política de saúde do país, expandindo e melhorando
a sua capacidade de resposta às reais necessidades em saúde da população.
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
80
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Gráfico 8. Evolução do número de USF – Modelo A e B
As 532 USF que se encontravam em atividade a 31 de dezembro de 2018 abrangiam 60,1% do
total de utentes inscritos nos cuidados de saúde primários, um aumento de cobertura de 2% da
população inscrita em USF, em relação a 2017.
Relativamente às 263 UCC existentes no final do ano 2018, asseguravam a cobertura de 95,4%
dos residentes no continente (+3,1% que em 2017), como ilustrado no gráfico que se segue.
Gráfico 9. Percentagem de população residente coberta por USF e por UCC
StatLink:
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/utentes-
inscritos-em-cuidados-de-saude-primarios/?sort=tempo
Nota: A estimativa de residentes de 2018 é igual à
de 2017, por ainda não estar disponível a de 2018.
Fonte: ACSS
23,7%
58,2%
65,4%
78,3%
84,0% 86,2%89,2% 92,3% 95,4%
30,3%35,0%
40,0%
46,0%49,4%
52,4%55,8%
58,1% 60,1%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
% Residentes cobertos por UCC % Residentes cobertos por USF
+ 3,1%
+ 2%
StatLink:
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/evolucao-
do-numero-de-unidades-de-saude-familiar/?sort=tempo
277
320
357
394418
449479
495
532
160183 195
213225 241 246
261278
117137
162 181193 208
233 234254
0
100
200
300
400
500
600
700
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Total de Unidades de Saúde Familiar Modelo A Modelo B
+ 43 + 37
+ 37 + 24 + 31 + 30 + 16
+ 37
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 81
Cobertura de utentes inscritos nos cuidados de saúde primários com médico de
família atribuído
Ao longo dos últimos anos a cobertura de utentes com médico de família atribuído tem evoluído
de forma muito positiva, com o ano de 2018 a atingir a maior percentagem de população inscrita no
SNS com médico de família atribuído (9.478.480 utentes), o correspondente a 93%, dos utentes
inscritos nos CSP.
Se considerarmos a população residente no continente (9.779.826 em 2018, segundo dados do
INE), constatamos que a relação entre os utentes com médico de família atribuído e os residentes
ascende a 96,9%, como expresso no gráfico seguinte. O diferencial entre a população inscrita nos CSP
e a população residente poderá ficar a dever-se a fatores como a manutenção da inscrição ativa no
SNS, por parte dos cidadãos nacionais residentes no estrangeiro, ou estrangeiros em estadas
temporárias.
82,1%
83,4%
85,1%
86,9%
85,5%
89,7%
92,1%92,7% 93,0%
78%
82%
86%
90%
94%
98%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: ACSS StatLink:
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/utentes-
inscritos-em-cuidados-de-saude-primarios/?sort=tempo
Gráfico 10.Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família
91,7%
94,0%
95,6%
96,9%
90%
94%
98%
2015 2016 2017 2018
Gráfico 11. Evolução percentual da população residente com médico de família atribuído
Fonte: ACSS e INE
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
82
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
StatLink:
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/utentes-
inscritos-em-cuidados-de-saude-primarios/?sort=tempo
A nível regional, e de acordo com os dados do quadro que se segue, verifica-se que as regiões Norte
e Centro registaram, em 2018, uma cobertura de utentes inscritos com médico de família atribuído muito
próxima dos 100%, com 99% e 97%, respetivamente. A ARS Algarve registou um aumento de 11,6 pontos
percentuais, de 2015 para 2018.
No anexo 1 deste relatório é possível verificar a percentagem de utentes inscritos com médico
de família atribuído, por município de Portugal Continental.
Quadro 12. Evolução percentual de utentes inscritos com médico de família atribuído, por região
ARS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
ARS Norte 91,1% 90,8% 92,0% 94,9% 95,5% 97,1% 98,7% 98,2% 99,0% 0,8%
ARS Centro 94,8% 91,4% 92,1% 93,0% 92,4% 94,4% 97,2% 97,4% 97,1% -0,3%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 75,4% 73,5% 77,6% 81,6% 77,5% 79,9% 83,3% 85,4% 85,1% -0,3%
ARS Alentejo 95,2% 95,9% 93,5% 92,7% 91,9% 92,6% 96,5% 96,4% 95,5% -0,9%
ARS Algarve 72,3% 68,9% 69,2% 68,9% 65,0% 77,0% 84,1% 85,5% 88,6% 3,1%
Fonte: ACSS
No que se refere à evolução da população residente com médico de família atribuído, e também num
contexto regional, as regiões Norte, Centro a Alentejo apresentaram em 2018 uma cobertura superior a
100%, sendo que as regiões do Algarve e Lisboa e Vale do Tejo mantiveram os valores acima dos 95% e
85%, respetivamente.
Quadro 13. Evolução percentual de população residente com médico de família atribuído,
por região
2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
ARS Norte 101,2% 101,8% 102,0% 103,5% 1,5%
ARS Centro 99,4% 101,5% 103,4% 104,8% 1,4%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 79,6% 83,3% 85,7% 86,5% 0,8%
ARS Alentejo 96,4% 100,0% 101,5% 102,2% 0,6%
ARS Algarve 78,5% 84,6% 88,9% 95,5% 6,6%
Fonte: ACSS
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 83
Importa ainda notar que, no final de 2018, o número de utentes sem médico de família atribuído
registou o valor mais baixo de sempre, com 690.232 utentes sem médico de família.
Enfermeiro de família nos cuidados de saúde primários
A figura do enfermeiro de família tem vindo a ser criada nos sistemas de saúde de vários países
da região europeia da OMS, como é o caso de Espanha e do Reino Unido, reforçando a importância
dos contributos da enfermagem para a promoção da saúde e prevenção da doença, e permitindo que
estes profissionais possam trabalhar em cuidados de saúde primários juntamente com os demais
profissionais de saúde e baseando-se no conhecimento dos utentes no contexto da família e da
comunidade.
Em Portugal, a operacionalização da atividade do enfermeiro de família, integrado nas diferentes
USF e UCSP, é justificada pelas novas necessidades em saúde, pela complexificação dos contextos que
hoje vivemos e pelo aumento das exigências em termos de qualidade e efetividade dos cuidados
prestados à população, contribuindo para a melhoria da acessibilidade dos cidadãos aos cuidados de
saúde, ao assegurar a prestação de cuidados de enfermagem globais às famílias, em todas as fases da
vida e em todos os contextos da comunidade.
Em 2016 foi publicada a Portaria n.º 281/2016, de 26 de outubro, que criou um grupo de
trabalho para o desenvolvimento e acompanhamento das boas práticas do enfermeiro especialista
em enfermagem de saúde familiar, no âmbito da equipa de saúde familiar e demais equipas dos
cuidados de saúde primários. Durante o ano de 2017 o referido grupo de trabalho procedeu a uma
caracterização dos enfermeiros a trabalhar em cuidados de saúde primários, enquanto enfermeiros
de família, tendo efetuado o relatório correspondente ao trabalho realizado nesta área.
Gráfico 12. Evolução do número de utentes sem médico de família atribuído
Fonte: ACSS StatLink:
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/utentes-
inscritos-em-cuidados-de-saude-primarios/?sort=tempo
1 598 659
1 819 248
1 660 609
1 332 425
1 478 271
1 044 945
767 149711 081 690 232
500 000
1 000 000
1 500 000
2 000 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
84
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Já em 2018 foi publicado o Regulamento nº 428/2018, de 16 de julho referente a competências
específicas do enfermeiro especialista em enfermagem comunitária na área de enfermagem de saúde
comunitária e de saúde pública e na área de enfermagem de saúde familiar, homologado por
despacho de 8 de maio de 2018 do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
Este grupo tem como objetivo identificar processos assistenciais e boas práticas de trabalho em
equipa de saúde familiar em que a intervenção do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde
familiar esteja a ser alavancada e a utilização mais adequada e eficiente dos recursos disponíveis.
Rastreios oncológicos de base populacional
No âmbito da estratégia definida pelo Programa Nacional para as Doenças Oncológicas e pelas
ARS, e à semelhança do que se tinha verificado em 2017, os rastreios das doenças oncológicas em
curso (mama, colo do útero e cólon e reto) evoluíram de forma muito positiva em 2018. Os resultados
deste programa encontram-se explanados no ponto 2.7. deste relatório.
Qualificação das respostas nos cuidados de saúde primários
O ano de 2018 continuou a demonstrar a expansão e a melhoria da capacidade de resposta da
rede de cuidados de saúde primários que se encontra prevista no Programa para a Saúde do XXI
Governo Constitucional, com o objetivo de aumentar a capacidade resolutiva deste nível de cuidados,
recuperando assim a centralidade da rede de cuidados primários na política de saúde, com destaque
para aquelas que em seguida se identificam.
Prevenção da doença oral
Durante a última década foram-se somando intervenções em matéria de prevenção da doença
oral e promoção de hábitos de vida saudáveis, nomeadamente com abordagens ao nível da saúde
escolar e do acesso a tratamentos dentários no âmbito do SNS, através da implementação do projeto
dos cheques-dentista, mas destinados a grupos-alvo mais vulneráveis (crianças e adolescentes,
grávidas, beneficiários do Complemento Solidário para Idosos e portadores de VIH/SIDA), ao abrigo
do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral.
Em 2016, com vista à ampliação da cobertura do SNS na área da saúde oral e ao progressivo
incremento do acesso a esta tipologia de cuidados, o Ministério da Saúde, em estreita colaboração
com a Ordem dos Médicos Dentistas, iniciou a implementação de consultas de medicina dentária nos
cuidados de saúde primários. O projeto iniciou-se no final do terceiro trimestre de 2016, com
experiências-piloto em 13 centros de saúde das ARS Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo.
No ano de 2018, passaram a efetuar-se consultas de medicina dentária em 77 gabinetes de Saúde
Oral, em 73 centros de saúde, de 34 ACES, de todas as regiões do país, promovendo desta forma a
equidade no acesso.
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 85
Os gabinetes de saúde oral das cinco ARS estão localizados nos seguintes Agrupamentos de
Centros de Saúde:
• ACES Baixo Tâmega: Centros de Saúde de Cinfães e Celorico de Basto;
• ACES Alto Tâmega e Barroso: Centro de Saúde de Ribeira de Pena;
• ACES Tâmega I: Baixo Tâmega: Centros de Saúde de Cinfães e Celorico de Basto
• ACES Tâmega II - Vale do Sousa Sul: Centro de Saúde Castelo de Paiva;
• ACES Feira-Arouca: Centro de Saúde Arouca;
• ACES Douro Sul: Centros de Saúde Moimenta da Beira, Tabuaço, S. João da Pesqueira;
• ACES Douro I – Douro Norte: Centro de Saúde Sta. Marta de Penaguião.
• ULS de Matosinhos: Centro de Leça da Palmeira;
• ACES Porto Oriental: Centro de Saúde Bonfim/Barão Nova Sintra;
• ACES Porto Ocidental: Centros de Saúde de Aldoar e S. João do Porto
• ACES Grande Porto I- Santo Tirso/Trofa: Centro de Saúde de Santo Tirso
• ACES Alto-Ave – Centro de Saúde Mondim de Basto
• ACES Entre Douro e Vouga II – Aveiro Norte: Centro de Saúde de Vale de Cambra.
• ULS Do Nordeste: Centros de saúde de Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do
Douro, Mirandela, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros, Bragança (Izeda), Vimioso, Bragança,
Vinhais, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo, Carrazeda de Ansiães.
• ACES Baixo Vouga: Centro de Saúde de Ovar;
• ACES Dão Lafões: Centros de Saúde Viseu 3, Vouzela, Santa Comba Dão e Carregal do Sal.
• ULS Castelo Branco: Centro de Saúde de S. Miguel
• ACES Almada-Seixal: Centro de Saúde do Monte Caparica;
• ACES Arco Ribeirinho: Centro de Saúde da Moita;
• ACES Médio Tejo: Centro de Saúde de Fátima;
• ACES Lezíria: Centros de Saúde de Salvaterra de Magos, do Cartaxo e de Rio Maior;
• ACES Estuário Tejo: Centros de Saúde da Azambuja, de Alenquer e de Arruda dos Vinhos;
• ACES Oeste Sul: Centros de Saúde da Lourinhã e de Ericeira;
• ACES Amadora: Centro de Saúde da Reboleira/Damaia;
• ACES Loures-Odivelas: Centros de Saúde Moscavide, Santo António dos Cavaleiros, Odivelas,
Póvoa de santo Adrião, São João da talha;
• ACES Lisboa Central: Centro de Saúde Monte Pedral (5 gabinetes);
• ACES Lisboa Ocidental e Oeiras: Centro de Saúde de Paço de Arcos;
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
86
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
• ACES Sintra: Centros de Saúde Algueirão, Abraçar Queluz e Olival/Cacém.
• ACES Lisboa Norte: Centros de Saúde de Sete Rios e Lumiar
• ACES Oeste Norte: Centros de Saúde Alcobaça, Peniche, Caldas da Rainha e Óbidos.
• ACES Alentejo Central: Centros de Saúde de Montemor-o-Novo, Portel e Estremoz.
• ACES Central: Centro de Saúde de Faro e de Loulé
• ACES Barlavento: Centro de Saúde de Portimão e de Lagos
• ACES Sotavento: Centro de Saúde de Tavira.
Ao longo do ano 2018, e conforme detalhado no quadro seguinte, realizaram-se 75.927 consultas
de saúde oral no SNS, tendo sido referenciados 59.497 utentes, no âmbito do projeto-piloto de saúde
oral.
Quadro 14. Resultados do projeto-piloto de saúde oral
2016 2017 2018
Número de médicos de família que fizeram pelo menos uma referenciação* 2 158 2 800
Número de utentes referenciados 3 066 51 386 59 497
Número total de consultas de saúde oral realizadas 4 751 68 910 75 927
*Valores acumulados Fonte: DGS
Em função da acessibilidade, proximidade e qualidade, este projeto inovador continuará a ser
alargado, com a abertura de mais gabinetes de Saúde Oral, após realização de obras de requalificação
de espaços, aquisição de equipamentos e contratação de novas equipas de saúde oral (médicos
dentistas e auxiliares de medicina dentária), que permitam concretizar o alargamento desta resposta
a outros centros de saúde do SNS no presente ano.
O objetivo é que, em 2020 se assegure a equidade, aumentando e melhorando a cobertura dos
cuidados de saúde oral nos cuidados de saúde primários, passando a ser possível dispor de consultas
de saúde oral nos cuidados de saúde primários de todos os municípios do país.
Implementação de rastreios de saúde visual no SNS
O Programa Nacional para a Saúde da Visão (PNSV), aprovado em 2005, reconhece que o sentido
da visão possui um elevado significado social, representando um meio de comunicação fundamental
para a relação entre as pessoas e para a atividade profissional.
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 87
Sabe-se que a visão deve ser preservada desde o nascimento, sendo imperativo prevenir e tratar
a doença visual, a qual provoca, sempre, diminuição da qualidade de vida, com repercussão negativa
a nível pessoal, familiar e profissional, para além de causar elevados custos sociais.
A ambliopia é um problema de saúde pública, sendo unanimemente considerada a causa mais
frequente de perda de visão monocular entre os 20 e os 70 anos.
Em consonância com as orientações do Secretário de Estado Adjunto da Saúde, e pelo Despacho
n.º 5868-B/2016, de 2 de maio, a ARS Norte implementou no ano de 2016, dois programas-piloto de
rastreio na área de oftalmologia:
• Programa de Rastreio da Saúde Visual Infantil (RSVI);
• Programa de Rastreio Oftalmológico a Diabéticos (ROD_RRD_DMI).
Estes programas tinham por objetivo servir de protótipo para aferir as mais valias que poderiam
ser alcançadas na saúde da visão da população, ainda que esses ganhos precisem de um maior espaço
temporal para se exprimirem na sua plenitude.
No que se refere ao programa de rastreio de saúde visual infantil, no ano de 2018, a ARS Norte
deu cumprimento ao compromisso assumido e que incluía:
• Alargar o programa a mais 12 ACES e 6 hospitais, de forma a que, no final de 2018, se
atingisse a cobertura geográfica de toda a região Norte;
• Iniciar nos 4 ACES que foram piloto em 2016, o 2º ciclo de rastreio abrangendo também a
coorte que perfazia 4 anos.
No âmbito deste compromisso, importa salientar que todas as crianças nascidas em 2016 foram
abrangidas pelo programa de rastreio, o correspondente a uma participação global de 77%, sendo
que todos os 24 ACES/ULS da região ultrapassaram a barreira dos 60% de adesão.
Quadro 15. Resultados do projeto-piloto de rastreios de saúde visual
2017 2018
População alvo 14 967 33 693
Número de convocados 14 967 33 693
Taxa de adesão 71% 74%
Número de rastreios realizados 10 697 24 922
Casos positivos com referenciação hospitalar 946 1 473
Tratamentos hospitalares realizados 392 940
Fonte: ARS Norte
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
88
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Desde o início do programa já foram prescritos óculos a 587 crianças (37% das consultas com
registo de resultados), sendo esta a mais valia da intervenção precoce obtida por este rastreio.
O rastreio visual de saúde infantil já está implementado em 33 ACES e abrange 26.018 crianças
em Portugal Continental.
Quanto ao programa do Rastreio Oftalmológico a Diabéticos, nomeadamente o rastreio
oportunista da Degenerescência Macular da Idade (DMI) no contexto do rastreio da retinopatia
diabética, importa notar que se tratou de um rastreio piloto realizado em 4 ACES do Grande Porto,
com os tratamentos a serem executados nos Centros Hospitalares Universitários do Porto e de São
João.
Nesta área, foram relatadas 8.032 retinografias, sendo possível identificar sinais da forma tardia
da DMI em 98 casos, o que representa uma prevalência de 1,3%.
Dos casos positivos (com aparente forma tardia neovascular de DMI) e convocados para
tratamento, foi possível efetuar 82 exames médicos.
De referir ainda que, em apenas 48% dos casos positivos, foi possível confirmar a presença da
doença. Dos casos em que foi confirmada a presença de doença, apenas 54% tem indicação para
tratamento. Da totalidade de casos positivos, apenas 26% tem indicação para tratamento.
Em Portugal Continental, em 2018 o rastreio de retinopatia diabética abrangeu 214.538 utentes.
Disponibilização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica nos
centros de saúde
Durante o ano de 2018 estiveram em vigor diversos protocolos estabelecidos entre ACES e
hospitais do SNS que permitem a realização de diversos MCDT, especialmente da área da patologia
clínica, da imagiologia e da anatomia patológica, vertidos na plataforma de Gestão Partilhada de
Recursos no SNS (GPR SNS) que, entretanto, foi criada.
Deu-se ainda continuidade ao projeto-piloto desenvolvido pela DGS, Centro Hospitalar
Universitário Lisboa Central e ARS de Lisboa e Vale do Tejo (ACES Lisboa Central e ACES
Loures/Sacavém) para aumentar o acesso aos MCDT na área da cardiologia e reforçar a capacidade
resolutiva das respostas nos cuidados de saúde primários, abrangendo os seguintes MCDT:
• Eletrocardiograma;
• Registo contínuo de 24 horas de eletrocardiograma;
• Monitorização ambulatória da pressão arterial.
Neste âmbito importa ainda destacar a instalação de raio-x em 36 centros de saúde e provas de
função (espirometrias) e ecocardiogramas em 23 e 6 centros de saúde, respetivamente. Em 78% dos
ACES é possível o recurso a análises clínicas.
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 89
Reforço das respostas de medicina física e reabilitação nos ACES
A área específica da prestação de cuidados de reabilitação tem merecido especial atenção em
Portugal, considerando a sua importância, atual e futura, para a qualidade de vida e o bem-estar da
população.
De entre as várias medidas em curso para reformular a resposta que o SNS possui atualmente
nesta área, destaca-se a iniciativa legislativa de publicação da Portaria n.º 252/2016, de 19 de
setembro, através da qual se criou um Grupo de Trabalho de Análise da Medicina Física e de
Reabilitação em Ambulatório no SNS.
Este grupo de trabalho teve a responsabilidade de propor uma nova estratégia para a prestação
de cuidados de reabilitação no SNS que reforce as respostas dentro do SNS, nomeadamente no âmbito
dos cuidados de saúde primários, assim como uma nova perspetiva de avaliação de necessidades, de
gestão da informação e de articulação entre todos os prestadores de cuidados de Reabilitação,
incluindo os do setor convencionado com o SNS.
De referir que o grupo de trabalho submeteu à consideração dos membros do Governo
responsáveis pela área da Saúde, já em 2018, um conjunto de nove medidas que se constituem como
recomendações e iniciativas concretas para melhoria da prestação de cuidados de Saúde Física e de
Reabilitação no SNS, nomeadamente:
1. Criar Equipas de Reabilitação nos cuidados de saúde primários, multiprofissionais e
interdisciplinares, que permitam o acompanhamento de cidadãos com necessidades
avaliadas em função de instrumentos e de escalas de medição, agrupadas através de sistemas
de classificação de doentes;
2. Redefinir o processo de referenciação de utentes para as diversas tipologias de rede de
prestação de cuidados de Reabilitação em ambulatório no SNS, baseando-o na avaliação
clínica efetuada pelo médico de família e no grau de funcionalidade (por referência à
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde);
3. Elaborar Normas Clínicas e Organizacionais que enquadrem os processos assistenciais
integrados para os grandes grupos de patologias da área da Reabilitação;
4. Conceber o modelo de registo da atividade de todos os profissionais da área e
operacionalizar a criação de um Sistema de Informação Integrado de Reabilitação,
desmaterializando os canais de comunicação e permitindo a partilha de informação entre
todos os intervenientes no processo assistencial de prestação de cuidados de Reabilitação;
5. Criar um Sistema de Classificação de Doentes para área da Reabilitação em ambulatório
(SCD-ReabA) no SNS, baseado em instrumentos de avaliação e em escalas de medição
devidamente validadas e implementadas;
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
90
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
6. Identificar um painel de indicadores de acesso, de qualidade e de eficiência para a área da
Reabilitação, que permita a monitorização e a avaliação dos resultados alcançados;
7. Estabelecer um modelo de financiamento para a área da Reabilitação em ambulatório no
SNS, baseado no SCD-ReabA, composto por um preço compreensivo definido em função da
complexidade clínica e funcional do cidadão e por uma componente de avaliação do
desempenho da entidade que presta os cuidados de Reabilitação, apurada em função da
avaliação efetuada no início e no fim da realização do plano de cuidados;
8. Implementar o SIGA MCDT para a área da Reabilitação, de forma a monitorizar os tempos de
resposta que são assegurados aos utentes do SNS;
9. Criar um programa de literacia em saúde e de formação de familiares/cuidadores,
direcionado à área da Reabilitação.
Alargamento do número de unidades móveis de saúde nos ACES
As unidades móveis de saúde existentes nos vários ACES do SNS são, em regra, constituídas por
uma viatura que dispõe de um gabinete de consulta e de uma sala de exames e tratamentos,
encontrando-se equipadas com tecnologia de ponta, a nível de diagnóstico, com condições para
prestar cuidados de saúde primários aos utentes do SNS, nomeadamente na área clínica e de
enfermagem, apoio domiciliário, saúde escolar, vigilância do estado de saúde dos idosos que vivem
isolados, rastreios, campanhas de vacinação, entre outros.
O aumento gradual que se tem registado na atividade das unidades móveis de saúde visa
incrementar as respostas de proximidade e assegurar a continuidade de cuidados aos utentes do SNS,
na medida em que são facilitadoras da implementação efetiva de programas de promoção da saúde
e de prevenção da doença, de vigilância do estado de saúde, assim como da prestação de cuidados
médicos e de enfermagem a grupos populacionais com maior dificuldade de acesso à saúde ou mais
isolados, quer pela distância, quer por dificuldade de transportes, quer por serem grupos mais
vulneráveis (idosos ou deficientes).
Pela sua relevância e abrangência regional, importa destacar o projeto-piloto que levará
Unidades de Saúde Móveis de Proximidade (USMP) a populações rurais de dez concelhos do Algarve,
com o apoio de Fundos da União Europeia.
Estas unidades móveis abrangem os concelhos de Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim,
Loulé, Monchique, Portimão, São Brás de Alportel, Silves e Tavira, com o objetivo de chegar às
populações dispersas da serra algarvia e de garantir uma prestação de cuidados de saúde
modernizada e de proximidade junto das populações residentes nos territórios rurais e de baixa
densidade destes concelhos.
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 91
Telerrastreio Dermatológico
O programa de telerreferenciação dermatológica visa contribuir para o diagnóstico precoce de
lesões dermatológicas e do cancro de pele, assim como para melhorar o acesso às consultas de
dermatologia, contribuindo para o cumprimento dos TMRG e para uma resposta cómoda ao utente.
Esta forma de referenciação consiste na inscrição, pelo médico de medicina geral e familiar, de
um pedido de consulta para a especialidade de dermatologia no âmbito do programa CTH, com
anexação de imagem e de dados clínicos relevantes, seguindo-se uma análise por parte do
especialista hospitalar que estuda o caso clínico e, em função dessa análise, efetua o diagnóstico e a
intervenção terapêutica adequada.
Em 2018, o Despacho n.º 6280/2018, de 28 de junho, determinou que a referenciação para a
primeira consulta de especialidade hospitalar de dermato-venereologia, realizada pelos cuidados de
saúde primários do SNS, seria efetuada obrigatoriamente através da utilização de telerrastreio
dermatológico, a partir de outubro de 2018.
Para a implementação deste serviço no SNS, foi efetuado um investimento na aquisição de
máquinas fotográficas digitais, num total de mil equipamentos, que foram distribuídos pelas
unidades de cuidados de saúde primários.
Assim, a referenciação para a primeira consulta de especialidade hospitalar de dermato-
venereologia passou a ser efetuada obrigatoriamente através da utilização de telerrastreio
dermatológico, associando a imagem à adequada informação clínica, salvo nos casos em que o doente
não tenha manifestado o seu acordo.
Esta medida passou a constar nos Termos de Referência de Contratualização de Cuidados de
Saúde para 2018.
Assim, durante o ano de 2018, realizaram-se 19.972 consultas através da telerreferenciação
dermatológica, mais 7.208 que no ano anterior.
De referir ainda que, no total de consultas médicas hospitalares, as consultas por telerrastreio
correspondem a 24,8%, em 2018.
Aposta na promoção da atividade física
No âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física, em 2018 Portugal foi o
país escolhido pela Organização Mundial da Saúde para o lançamento do Plano de Ação Mundial para
a Promoção da Atividade Física 2018-2030.
Na área dos cuidados de saúde primários destaca-se o aumento do número de utentes avaliados
e aconselhados para a prática de exercício, tal como referido no ponto 2.2 deste relatório.
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
92
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Reforço das respostas na área da psicologia e da nutrição
Em agosto de 2018, a ACSS lançou um procedimento de recrutamento de 40 psicólogos e 40
nutricionistas para as unidades dos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde,
conforme o disposto nos Avisos n.º 12314-A/2018 e n.º 12314-B/2018, ambos de 27 de agosto.
De referir que o artigo 48.º da Lei do Orçamento do Estado de 2018 prevê a contratação de 40
psicólogos e 40 nutricionistas para o SNS, com o intuito de colmatar as carências existentes ao nível
dos cuidados de saúde primários.
Este objetivo, em linha com o estabelecido no Programa do XXI Governo Constitucional para a
Saúde, reconhece que é fundamental recuperar a centralidade da rede de cuidados de saúde
primários na política de saúde, expandindo e melhorando a sua capacidade, apresentando-se como
elemento chave para uma resposta adequada a esse desiderato, o reforço das capacidades dos
cuidados de saúde primários, através do apoio complementar em áreas como a psicologia.
A estrutura organizacional foi reforçada, destacando-se a existência de 532 USF
e 263 UCC e o aumento da resolutividade nos cuidados de saúde primários.
O ano de 2018 foi o de maior cobertura de médicos de família no SNS, existindo
quase 9,5 milhões de utentes com médico de família atribuído (93% dos
utentes inscritos no SNS e 96,9% dos residentes no continente), representando
uma melhoria de quase 500 mil utentes com médico de família face a 2015.
PARTE I | 3.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 93
Caixa 3. A Coordenação Nacional para a reforma do SNS
na área dos cuidados de saúde primários
Através do Despacho n.º 200/2016, publicado na 2ª Série do Diário da República n.º 4, de 7
de janeiro de 2016, foi nomeada a Coordenação Nacional para a reforma do SNS na área dos
cuidados de saúde primários, a quem compete investir na expansão e melhoria da capacidade da
rede de cuidados de saúde primários, dando início a um novo ciclo que relance um processo que
havia sido interrompido, e que se revelou da máxima importância para melhoria da qualidade e da
efetividade da primeira linha de resposta do SNS.
Esta Coordenação Nacional apresentou, a 24 de fevereiro de 2016, o seu Plano Estratégico
Operacional de intervenção, tendo identificado quatro eixos estratégicos de atuação:
• Centralidade nas pessoas;
• Uma cultura de Governação Clínica e de Saúde;
• Modernização e requalificação organizacional e gestionária dos ACES;
• Sistemas de Informação ao serviço de todos.
PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 95
4. Cuidados de saúde hospitalares
Os hospitais do SNS têm respondido positivamente ao aumento crescente da procura,
implementando diversas medidas de reorganização interna que permitam obter melhores resultados
em saúde para os utentes e que promovam elevados níveis de eficácia e eficiência na gestão e na
governação clínica, com maior transparência, responsabilização, prestação de contas e centralidade
no cidadão e na sua família.
As melhorias da resposta tiveram por base várias reformas com incidência na organização
interna dos hospitais, destacando-se a implementação de diversos mecanismos de responsabilização
e avaliação, a garantia da melhoria da informação clínica e de gestão, o aprofundamento das relações
de parceria e complementaridade entre as várias estruturas do SNS, o reforço da coordenação e a
articulação com outros níveis de cuidados e outros agentes, da saúde e sociais, entre outras.
Além das alterações ao nível do estatuto jurídico, também a organização da oferta sofreu
alterações importantes nos últimos anos, no sentido de aumentar sinergias e economias de escala,
mas também de prestar serviços com mais qualidade.
No final de 2018, o SNS integrava um total de 49 instituições hospitalares, conforme demonstra
o gráfico seguinte, correspondente à distribuição das instituições hospitalares do SNS por estatuto
jurídico.
No final de 2018, existiam 21.095 camas hospitalares no SNS.
Gráfico 13. Número de instituições hospitalares do SNS em 2018
Fonte: ACSS StatLink:
https://www.sns.gov.pt/institucional/entidades-
de-saude/
32
85 4
49
0
20
40
60
Hospitais e centroshospitalares
Unidades Locais deSaúde
Entidades do SetorPúblico
Administrativo
Parcerias Público-Privadas
Total
PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
96
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 16. Número de camas hospitalares do SNS, por região
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Norte 7 197 7 105 6 325 6 868 6 867 6 853 6 887 6 924 6 868
Centro 5 080 5 058 4 917 4 839 4 706 4 695 4 679 4 726 4 571
Lisboa e Vale do Tejo 7 980 8 153 8 002 7 732 7 744 7 749 7 798 7 890 7 857
Alentejo 946 947 943 918 885 893 890 868 851
Algarve 790 825 906 877 889 911 907 917 948
Total 21 993 22 088 21 093 21 234 21 091 21 101 21 161 21 325 21 095
Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da Prelada integrava o universo de instituições considerado. No presente relatório o Hospital da Prelada, por se tratar de uma IPSS, deixa de ser considerado, para todos os anos, passando o universo de instituições a integrar apenas instituições EPE, SPA e PPP. Fonte: ACSS
Orientações sobre o reforço do acesso aos cuidados hospitalares em 2018
O processo de contratualização hospitalar de 2018 procurou contribuir para a promoção do
acesso ao SNS, introduzindo um conjunto de orientações e de medidas inovadoras para a melhoria
do desempenho assistencial das instituições do SNS, com destaque para as seguintes:
a) Alargar o Livre Acesso e Circulação (LAC) do utente no SNS, diversificando as alternativas e
aumentando a sua capacidade de intervir de forma pró-ativa e responsável na gestão do seu
Estado de Saúde e Bem-Estar;
b) Cumprir os TMRG, gerindo o acesso às consultas, cirurgias e MCDT de forma adequada e
atempada, através do SIGA;
c) Fomentar a rentabilização dos equipamentos e dos recursos humanos do SNS, limitando a
subcontratação a entidades externas aos casos em que a capacidade instalada estiver esgotada,
com respeito pelos princípios da transparência, igualdade e concorrência;
d) Incentivar a cultura da prestação de cuidados em equipa multidisciplinar e multiprofissional,
promovendo a articulação e coordenação entre os profissionais e uma resposta centrada no
utente e no seu percurso no SNS;
e) Desenvolver a resposta hospitalar de acordo com as carteiras de serviços previstas nas Redes de
Referenciação Hospitalar, contribuindo para o reforço do SNS enquanto rede colaborativa e
estruturada;
f) Estimular a atividade realizada nos Centros de Referência do SNS (CRe), através dos quais se
efetua a concentração da casuística e dos recursos para o diagnóstico, tratamento e investigação
clínica de um conjunto de patologias, designadamente as raras, envolvendo equipas
multidisciplinares e um controlo exigente da segurança, assim como a referenciação de doentes
com base na hierarquia de competências;
StatLink:
http://monitorizacao.acss.min-
saude.pt/MH_CapacidadeUtilizadaDashboard
PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 97
g) Consolidar os processos de afiliação e de trabalho em rede colaborativa no SNS, centrando a
organização dos cuidados nas necessidades das pessoas e promovendo a cooperação;
h) Privilegiar os cuidados prestados em ambulatório (médico e cirúrgico), incentivando a
transferência de cuidados de internamento para o ambulatório;
i) Contribuir para a redução da utilização de cuidados hospitalares que seriam evitáveis, com
destaque para os internamentos médicos evitáveis, por se encontrarem associados a patologias
ou condições de saúde que podem e devem ser prevenidas e/ou tratadas ao nível dos cuidados
programados e de proximidade;
j) Melhorar a eficácia e a eficiência da resposta às situações de urgência e emergência, introduzindo
iniciativas que permitam redirecionar os utentes para os cuidados programados e de
proximidade, reforçando a respetiva capacidade resolutiva e reduzindo a atividade dos Serviços
de Urgência;
k) Estabelecer mecanismos verticais e horizontais de articulação formal e permanente entre os
responsáveis clínicos das instituições do SNS, assegurando a utilização dos recursos disponíveis,
reservando o acesso aos cuidados hospitalares para as situações agudas e clinicamente
necessárias e assegurando o cumprimento dos Planos de Contingência para Temperaturas
Extremas Adversas - Módulos de Verão e Inverno, coordenados pela DGS;
l) Incentivar a transferência de consultas subsequentes para os cuidados de saúde primários
(nomeadamente na área das doenças crónicas), reorientando a procura para respostas de
proximidade e estimulando o recurso à referenciação dos cuidados de saúde primários e à
resposta via TeleSaúde;
m) Aumentar a atividade das instituições do SNS na área da diálise, promovendo o aumento dos
programas hospitalares de tratamento da insuficiência renal crónica em ambulatório (diálise
peritoneal e hemodiálise);
n) Desenvolver as respostas hospitalares previstas na Rede Nacional de Cuidados Paliativos, em
linha com o Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos no biénio 2017-
2018, apresentado pela Comissão Nacional de Cuidados Paliativos (CNCP)9;
o) Aprofundar o processo de contratualização interna, nomeadamente através da constituição dos
Centros de Responsabilidade Integrada (CRI)10, fomentando uma filosofia de desempenho por
objetivos, reforçando a autonomia e a responsabilidade dos serviços e estimulando o
compromisso e participação dos profissionais na otimização da utilização da capacidade instalada
no SNS.
9 Acessível em: https://www.sns.gov.pt/wp-content/uploads/2016/09/Plano-Estrat%C3%A9gico-CP_2017-2018-1-1.pdf
10 Os CRI foram regulamentados através da Portaria n.º 330/2017, de 31 de outubro
PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
98
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Redes Europeias de Referência
Os sistemas de saúde europeus têm como objetivo prestar cuidados de saúde de qualidade, com
uma boa relação custo-eficácia, o que se afigura especialmente difícil no caso das doenças raras, de
baixa prevalência ou complexas, que afetam o quotidiano de cerca de 30 milhões de europeus.
As Redes Europeias de Referência (RER) são redes virtuais que reúnem prestadores de cuidados
de saúde de toda a Europa, com vista a facilitar o debate sobre doenças raras ou complexas, que
requerem cuidados altamente especializados, e de concentrar os conhecimentos e os recursos
disponíveis. A iniciativa das redes europeias de referência é impulsionada principalmente pelos
países da UE. O Conselho de Estados-Membros é uma entidade responsável pela aprovação de
propostas de rede, bem como pela composição e cessação de uma rede, tal como previsto na decisão
de execução da Comissão. O Conselho de Estados-Membros é constituído por representantes dos 28
países da UE e dos países do EEE.
As primeiras redes europeias de referência foram lançadas em março de 2017, com a
participação de mais de 900 unidades de saúde altamente especializadas, pertencentes a mais de 300
hospitais de 26 países da UE.
Estas 24 redes europeias de referência trabalham sobre questões temáticas, nomeadamente, as
doenças ósseas, o cancro infantil e a síndrome da imunodeficiência.
A infografia que se segue ilustra as unidades de saúde de Portugal que se constituem como
membros nas diferentes redes europeias de referência.
No anexo 2 encontra-se a informação mais detalhada quanto às diferentes especialidades.
Figura 1.Redes Europeias de Referência em Portugal
Fonte: DGS
PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 99
Reconhecimento de Centros de Referência no SNS
Os Centros de Referência (CRe) são qualquer serviço, departamento ou unidade de saúde,
reconhecido como o expoente mais elevado de competências na prestação de cuidados de saúde de
elevada qualidade em situações clínicas que exigem uma concentração de recursos técnicos e
tecnológicos altamente diferenciados, de conhecimento e experiência, devido à baixa prevalência da
doença, à complexidade no seu diagnóstico ou tratamento ou aos custos elevados da mesma, sendo
capaz de conduzir formação pós-graduada e investigação científica nas respetivas áreas médicas.
À data são oficialmente reconhecidos pelo Ministério da Saúde 112 Centros de Referência,
distribuídos pelas seguintes áreas:
• Cardiologia de intervenção estrutural (6);
• Cardiopatias congénitas (4);
• Coagulopatias congénitas (5);
• Doenças hereditárias do metabolismo (6);
• ECMO (3);
• Epilepsia refratária (5);
• Fibrose quística (5);
• Implantes cocleares (2);
• Neurorradiologia de Intervenção (Doenças Cerebrovasculares) (6);
• Onco – oftalmologia (retinoblastoma e melanoma ocular) (1);
• Oncologia de adultos – cancro do esófago (6);
• Oncologia de adultos – cancro do reto (21);
• Oncologia de adultos – cancro do testículo (4);
• Oncologia de adultos – cancro hepatobilio/pancreático (10);
• Oncologia de adultos – sarcomas das partes moles e ósseos (5);
• Oncologia pediátrica (3);
• Paramiloidose familiar (2);
• Transplantação pulmonar (1);
• Transplantação renal pediátrica (2);
• Transplante de coração (4);
• Transplante hepático (3);
• Transplante pâncreas (2);
• Transplante rim adultos (6).
PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
100
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Centros de Responsabilidade Integrados
Os Centros de Responsabilidade Integrados (CRI), cujo modelo de regulamento está previsto na
Portaria n.º 330/2017, de 31 de outubro, alterada pela Portaria n.º 71/2018, de 8 de março, são
estruturas de gestão intermédia, dependentes dos conselhos de administração das unidades
hospitalares EPE (entidades públicas empresariais).
São dotados de autonomia ao nível funcional e técnico, mediante o estabelecimento de um
compromisso de desempenho assistencial e económico-financeiro e os profissionais poderão aceder
a incentivos institucionais e financeiros diretamente relacionados com o desempenho alcançado.
Os CRI têm como objetivo primordial assegurar o desenvolvimento das melhores práticas
clínicas centradas na resposta às necessidades dos utentes, contribuindo para o aperfeiçoamento
contínuo da qualidade dos cuidados prestados no SNS, estimulando a melhoria do acesso e
contribuindo para o cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos no SNS. Rentabilizar
a capacidade instalada, promover a autonomia, o envolvimento e a responsabilização dos
profissionais na gestão dos recursos e incentivar o aumento dos níveis de produtividade e de
satisfação, são os elementos que constituem a chave deste novo modelo de gestão.
Neste sentido, em setembro de 2018, pela Portaria n.º 245/2018, que passou a integrar novos
procedimentos cirúrgicos e a permitir aos hospitais do SNS uma melhor remuneração das equipas
internas, foram criados dois CRI para a área da obesidade, um no Centro Hospitalar Entre Douro e
Vouga e outro no Centro Hospitalar e Universitário de São João.
A criação dos Centros de Responsabilidade Integrados faz parte da estratégia global do Governo
para revitalizar, investir e modernizar a gestão do SNS.
Com este objetivo, o Ministério da Saúde tem desenvolvido um conjunto de medidas que visam
reformar a gestão hospitalar.
Reforço dos processos de afiliação e de trabalho cooperativo e em rede no SNS
Durante o ano de 2018 estiveram em vigor diversos protocolos de afiliação entre as instituições
hospitalares do SNS, os quais visam melhorar a articulação entre si, permitindo assim a obtenção de
ganhos de acesso e qualidade para os utentes e de eficiência para o SNS.
Estes protocolos de afiliação abrangem diversas áreas, com especial destaque para a cooperação
técnica entre os vários serviços e profissionais de saúde, para a partilha de documentação e de
conhecimentos, para a formação e especialização, para investigação e para prestação de serviços de
saúde comuns, que abrangem áreas tão diversas como anatomia patológica, psiquiatria, oncologia,
radioterapia, ortopedia, dermatologia, urologia/litotrícia, hematologia, cirurgia vascular, entre
outras.
Pela sua importância estratégica, importa destacar os 25 protocolos de afiliação estabelecidos
nas regiões de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, envolvendo 15 unidades
PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 101
hospitalares e definindo um novo rumo no trabalho cooperativo e em rede no SNS, com vista a
melhorar o serviço prestado aos utentes e contribuindo para a otimização dos recursos disponíveis.
Estes protocolos de afiliação terão ainda efeitos nos protocolos de aquisição conjunta de
material de consumo clínico (próteses, reagentes, material de gastrenterologia e eletrofisiologia,
ventiladores, roupa e fardamento, etc.), transporte de doentes e telerradiologia, entre outras.
Em 2018 existiam os seguintes protocolos de afiliação no SNS:
• Protocolos de Cooperação entre o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central e o
Hospital de Santarém e o Centro Hospitalar Médio Tejo;
• Protocolos de Cooperação entre o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e o Centro
Hospitalar do Oeste e o Centro Hospitalar Universitário do Algarve;
• Protocolos de Cooperação entre o Hospital Garcia de Orta e o Centro Hospitalar de Setúbal e
o Centro Hospitalar Barreiro Montijo;
• Protocolo de Cooperação entre o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e o Hospital
Professor Doutor Fernando Fonseca;
• Protocolos de cooperação entre as unidades de Saúde do Alentejo (Hospital do Espírito Santo
de Évora e as Unidades Locais de Saúde do Baixo Alentejo, do Norte Alentejano e do Litoral
Alentejano).
Para além destes processos de afiliação hospitalar, iniciou-se em 2016 (e foi consolidado
durante os anos de 2017 e 2018) o desenvolvimento do sistema de Gestão Partilhada de Recursos do
Serviço Nacional de Saúde (GPR SNS), já referido anteriormente, o qual possibilita a partilha de
recursos entre as instituições do SNS, contribuindo assim para a rentabilização da capacidade
instalada disponível e para o reforço da cooperação e da articulação entre as instituições públicas,
para o aumento da produtividade global do SNS e para o cumprimento integral dos TMRG no SNS.
Revisão das Redes de Referenciação Hospitalar
As Redes de Referenciação Hospitalar (RRH) desempenham assim um papel fulcral na estrutura
de prestação de cuidados de saúde hospitalares no SNS enquanto sistemas integrados, coordenados
e hierarquizados que promovem a satisfação das necessidades em saúde aos mais variados níveis,
designadamente: do diagnóstico e terapêutica; da formação; da investigação e colaboração
interdisciplinar, contribuindo para a garantia de qualidade dos cuidados prestados pelas diferentes
especialidades hospitalares.
PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
102
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Atualmente encontram-se aprovadas 29 RRH. A listagem infra apresenta a informação referente
às cinco Redes de Referenciação Hospitalar aprovadas em 201811:
• Gastrenterologia e Hepatologia (aprovada por despacho do Secretário de Estado Adjunto
e da Saúde de 10 de janeiro de 2018);
• Neurologia (aprovada por despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde,
26 de março de 2018);
• Infeção pelo VIH (aprovada por despacho do Ministro da Saúde de 19 de novembro de 2015
e alterada por despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde a 7 de agosto de 2018);
• Imunoalergologia (aprovada por despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde de
8 de agosto de 2018);
• Psiquiatria da Infância e da Adolescência (aprovada por despacho do Secretário de Estado
Adjunto e da Saúde, 9 de outubro de 2018).
De referir ainda que:
• Se encontra em processo de criação/revisão as Redes de Referenciação Hospitalar de
Patologia Clínica, Saúde Materna e Infantil, Genética Médica e Cirurgia Maxilo-Facial;
• E em processo prévio à aprovação final, as Redes de Referenciação Hospitalar de
Endocrinologia e Nutrição, Imuno-hemoterapia, Medicina Interna, Ortopedia,
Dermatovenereologia, Radiologia e Neurorradiologia.
Hospitalização domiciliária no SNS
A hospitalização domiciliária é uma prática recente em Portugal, tendo como pioneiro o Hospital
Garcia de Orta.
Enquanto modelo de prestação de cuidados em casa, esta resposta constitui-se como uma
alternativa ao internamento convencional, proporcionando assistência contínua e coordenada aos
cidadãos que, requerendo admissão hospitalar para internamento, cumpram um conjunto de
critérios clínicos, sociais e geográficos que permitem a sua hospitalização no domicílio, sob a
responsabilidade dos profissionais de saúde integrados numa Unidade de Hospitalização
Domiciliária, com a concordância do cidadão e da família.
Genericamente, a hospitalização domiciliária é como uma alternativa ao internamento
convencional, mas com assistência contínua, que permite reduzir complicações e infeções
hospitalares, além de permitir gerir melhor as camas disponíveis para o tratamento de doentes
agudos no SNS.
11 Fonte: https://www.sns.gov.pt/sns/redes-de-referenciacao-hospitalar/
PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 103
Estas unidades de hospitalização domiciliária funcionam 24 horas durante todo o ano,
disponibilizando apoio médico e de enfermagem.
Através do modelo de contratualização desenvolvido pela ACSS, tem sido possível estabelecer
modalidades de pagamento e de contratualização de incentivo ao desenvolvimento destas respostas.
Em 2018, foi publicado o Despacho n.º 9323-A/2018, de 3 de outubro, que regulamenta pela
primeira vez a hospitalização domiciliária em Portugal.
Neste sentido, o Ministério da Saúde apresentou em 3 de outubro de 2018, a Estratégia Nacional
para a Hospitalização Domiciliária, numa sessão onde 25 unidades hospitalares do SNS assumiram o
compromisso de implementar este serviço durante os anos de 2018 e 2019.
Centros académicos clínicos
O programa do XXI Governo Constitucional assumiu, como uma das suas medidas fundamentais
na área da saúde, o aperfeiçoamento da gestão dos recursos humanos e a motivação dos profissionais
de saúde através, designadamente, da melhoria da articulação entre as funções assistenciais, de
ensino, de formação pré e pós-graduada e de investigação em universidades, institutos politécnicos
e laboratórios do Estado e, na área do ensino superior, a reativação de um pacto de confiança
estimulando uma melhor integração entre ensino e investigação.
Nesta sequência, foi desenvolvida uma estratégia de reforço da qualificação e do
desenvolvimento científico no domínio da saúde, designadamente através de uma colaboração
crescente entre as escolas médicas, os centros hospitalares e as unidades de investigação.
Concretizando esta abordagem moderna de articulação da atividade assistencial, do ensino e da
investigação, foram criados até 2018, oito centros académicos clínicos, que associam escolas médicas
a centros hospitalares e unidades de investigação:
1. Centro Académico de Medicina de Lisboa, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário
Lisboa Norte, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o Instituto de Medicina
Molecular;
2. Centro Clínico Académico - Braga, associação entre a Universidade do Minho, a Escala Braga -
Entidade Gestora de Estabelecimentos e o Hospital CUF Porto, S.A.;
3. Centro Médico Universitário de Lisboa, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário Lisboa
Central e a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa;
4. Centro Académico Clínico de Coimbra CHUC-UC, consórcio entre o Centro Hospitalar e
Universitário de Coimbra e a Universidade de Coimbra;
5. Centro Académico Clínico ICBAS-CHP, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário do
Porto e a Universidade Porto, através da unidade orgânica Instituto Ciências Biomédicas Abel
Salazar;
PARTE I | 4.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
104
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
6. Centro Universitário de Medicina FMUP-CHSJ, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário
de São João e a Universidade do Porto, através da sua unidade orgânica Faculdade de Medicina;
7. Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve, consórcio entre o Centro
Hospitalar Universitário do Algarve e a Universidade do Algarve através do centro de
investigação CBMR - Center for Biomedical Research e do seu Departamento de Ciências
Biomédicas e Medicina.
8. Centro Académico Clínico das Beiras, consórcio entre o Centro Hospitalar Universitário Cova da
Beira, a Unidade Local de Saúde da Guarda, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, o Centro
Hospitalar Tondela-Viseu, a Universidade da Beira Interior, através da sua Faculdade de
Ciências da Saúde e do Centro de Investigação em Ciências da Saúde, o Instituto Politécnico de
Castelo Branco, através da sua Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, o Instituto Politécnico
da Guarda, através da sua Escola Superior de Saúde, e o Instituto Politécnico de Viseu, através
da sua Escola Superior de Saúde.
Estas entidades constituem-se como uma estrutura integrada de assistência, ensino e
investigação médica que tem como principal objetivo o avanço e a aplicação do conhecimento e da
evidência científica para a melhoria da prestação de cuidados de saúde.
Caixa 4. A coordenação nacional para a reforma do SNS na área dos cuidados hospitalares
Através do Despacho n.º 199/2016, publicado na 2ª Série do Diário da República n.º 4, de 7
de janeiro de 2016, foi nomeada a coordenação nacional para a reforma do SNS na área dos
cuidados hospitalares, a quem compete concretizar uma melhoria relevante no funcionamento dos
hospitais, contribuindo assim para o relançamento e sustentabilidade do SNS.
Esta missão exige a implementação de reformas que contribuam para:
• Melhorar a qualidade dos processos, a segurança e a experiência dos doentes;
• Aumentar o acesso e diminuir o tempo de resposta nos hospitais;
• Aumentar a eficiência, reduzindo o desperdício sob todas as suas formas;
• Desenvolver os profissionais para a melhoria do seu desempenho;
• Reforçar a governação clínica e a sustentabilidade do SNS.
PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 105
5. Cuidados continuados integrados
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), criada através do Decreto-Lei n.º
101/2006, de 6 de junho, tem como principais objetivos a prestação de cuidados de saúde e de apoio
social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem
em situação de dependência e com perda de autonomia.
A RNCCI está presente em todo o território continental, com as tipologias de cuidados
domiciliários, de ambulatório e de internamento, e inclui instituições públicas, privadas e do setor
social. Prestam cuidados integrados no domínio da saúde e da ação social a pessoas em situação de
dependência ou perda de autonomia cuja situação não exige internamento hospitalar, mas requer
cuidados distintos dos prestados nas unidades de tratamento de situações agudas de doença.
Com a RNCCI é promovida a autonomia e a funcionalidade das pessoas, através da reabilitação,
readaptação e reinserção familiar e social pelo que, para cada situação, é preconizada uma
abordagem integrada de saúde e ação social.
No âmbito da intervenção na área pediátrica, a RNCCI iniciou estas respostas com a Unidade de
Internamento de Cuidados Integrados Pediátricos (UCIP nível 1) e a Unidade de Ambulatório
Pediátrica (UAP), na região Norte, respostas que poderão estender-se ao resto do país, que
proporcionam o acesso de crianças e adolescentes com doenças ou processos crónicos, com
diferentes níveis de dependência.
As Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) com competência para a prestação de
cuidados pediátricos, asseguram o apoio domiciliário. Nas áreas em que tal se justifique poderão
existir equipas exclusivamente para a prestação de cuidados domiciliários pediátricos.
Desde 2017 que a RNCCI alargou a sua intervenção à área da saúde mental, com respostas de
internamento, ambulatórias e de apoio domiciliário, com início de experiências-piloto.
Estão assim disponíveis diversas tipologias de prestação de cuidados, para todos os grupos
etários, com respostas de internamento, ambulatórias e domiciliárias.
A nível das respostas de internamento, existem unidades de convalescença (UC), unidades de
média duração e reabilitação (UMDR), unidades de longa duração e manutenção (ULDM) e na área
pediátrica as UCIP nível 1.
Na área da saúde mental existem residências de apoio máximo adultos (RAMa), residências de
apoio moderado (RAMo), residências autónomas (RA), residências de treino de autonomia (RTA) e
residências de treino de autonomia - tipo A infância e adolescência (RTA/A).
A nível das respostas de ambulatório, existem, na área pediátrica a UAP e na área da saúde
mental, as Unidades Sócio Ocupacionais de adultos (USO) e Unidades Sócio Ocupacionais - Infância e
Adolescência (USO/IA).
PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
106
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
A nível domiciliário existem as Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) e as Equipas
de apoio domiciliário (EAD) de saúde mental.
Número de camas de internamento na RNCCI
A RNCCI contabilizou, no final de 2018, um total de 8.553 camas de internamento, sendo 8.403
das tipologias de UC, UMDR e ULDM, 10 referentes a UCIP nível 1 e 140 na área da saúde mental, o
equivalente a um aumento de 4,7% face ao período homólogo.
O gráfico que se segue representa a evolução do número de camas de internamento contratadas
e em funcionamento de 2010 a 2018, não incluindo as camas de cuidados paliativos, ainda que as
mesmas se encontrassem integradas na RNCCI até abril de 2017.
Gráfico 14. Evolução do número de camas de internamento
Nota: Em 2016, o valor total não inclui as 10 camas referentes aos cuidados pediátricos. A redução registada em
2017 resulta da transferência das camas para cuidados paliativos, ema abril de 2017.
Fonte: ACSS
4 465
5 4055 718
6 447
6 975
7 481
8 112 8 1728 553
3 000
6 000
9 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 15. Evolução do número de camas contratadas em funcionamento
nas tipologias de RNCCI de Adultos – UC, UMDR e ULDM
Fonte: ACSS
682
906
867
860
860
764
811
811
935
1 4
97
1 7
47
1 8
20
1 8
95
2 0
21
2 3
06
2 5
78
2 5
48
2 6
74
2 2
86
2 7
52
3 0
31 3 6
92
4 0
94
4 4
11
4 7
23
4 7
03
4 7
94
500
2 000
3 500
5 000
6 500
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Unidades de Convalescença Unidades de Média Duração e Reabilitação
Unidades de Longa Duração e Manutenção
PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 107
Para além das camas de internamento, existem também lugares de ambulatório na RNCCI.
Assim, e relativamente às Equipas de Cuidados Continuados Integrados, a reestruturação em termos
de recursos humanos e de lugares, refletiu-se no número de equipas em funcionamento, existindo
282 ECCI no final de 2018 (+2,5% em relação a 2017), com 5.728 lugares domiciliários da RNCCI,
cerca de 41% da totalidade dos lugares da rede.
Fonte: ACSS
Gráfico 16. Número de camas em atividade por região de saúde (a 31 de dezembro 2018) –
RNCCI de Adultos
241
255
215
150
74
817
746
760
213
138
1 5
77
1 3
20
1 1
39
441
317
2 6
35
2 3
21
2 1
14
804
529
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve
Unidades de Convalescença Unidades de Média Duração e Reabilitação
Unidades de Longa Duração e Manutenção Total Região
Fonte: ACSS
Fonte: ACSS
Gráfico 17. Evolução do número de Equipas de Cuidados Continuados Integrados
71
86 84 85 84 82 8487
92
4245
40
54
61
72
66 66 68
58 5854
60 6063
60 59 59
15
35 35 36 37 37 37 37 37
28 29 30 32 32 32 32
26 26
0
25
50
75
100
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo ARS Alentejo ARS Algarve
PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
108
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Tendo em consideração todos os lugares da RNCCI (camas de internamento e lugares de
ambulatório e domiciliários), existiam no final de 2018 um total de 14.430 lugares, o que representa
um crescimento de 2,2% em relação a 2017.
No que concerne ao grupo etário dos indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos (censos
de 2011), é notório que a região Centro e Alentejo apresentam, uma vez mais, os melhores resultados
no indicador número camas de internamento por 100 mil habitantes com idade igual ou superior a
65 anos, seguindo-se muito de perto a região do Algarve, tal como demonstrado no quadro seguinte.
Por outro lado, a região de Lisboa e Vale do Tejo mantém a menor cobertura populacional em
relação a camas de internamento por 100 mil habitantes com idade igual ou superior a 65 anos.
Quanto ao número de lugares totais e domiciliários, o Algarve mantém a maior cobertura em
ambos, como verificado em anos anteriores.
Gráfico 18. Evolução anual do total de lugares da
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
Nota: Em 2016, o valor total não inclui os 20 lugares referentes aos cuidados pediátricos. A redução registada em
2017 resulta da transferência das camas para cuidados paliativos, ema abril de 2017 e do reajustamento dos
lugares na ECCI.
Fonte: ACSS
12 52812 737
12 901
13 500
13 741
14 066
14 376
14 123
14 430
11 000
12 000
13 000
14 000
15 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 109
Quadro 17. Cobertura populacional de lugares na RNCCI de Adultos em 2018
– ECCI, UC, UMDR e ULDM
Número de
habitantes com idade ≥ 65 anos
Número de Camas
Número de Camas por
100.000 hab. ≥ de 65 anos
Número de Lugares ECCI
Número de lugares ECCI por 100.000
hab. ≥ de 65 anos
Número de lugares totais
Número de lugares totais por 100.000 hab. ≥ de 65
anos
Norte 631 439 2 635 417 1 606 254 4 241 672
Centro 393 338 2 321 590 727 185 3 048 775
Lisboa e Vale do Tejo
696 815 2 114 303 2 092 300 4 206 604
Alentejo 128 427 804 626 553 431 1 357 1 057
Algarve 87 769 529 603 750 855 1 279 1 457
Total 1 937 788 8 403 434 5 728 296 14 131 729
59% 41%
Nota: O quadro faz referência à população com idade igual ou superior a 65 anos, por se considerar que a RNCCI é dirigida a pessoas com dependência, e esta ser uma condição mais acentuada na população com a idade referida. Fonte: ACSS
Participação dos parceiros na RNCCI
As respostas de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, com base
no estabelecimento de acordos com Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS),
representam 79% do total de acordos celebrados, representando a contratação de 6.379 lugares, os
quais correspondem a 75,7% da oferta.
No âmbito das IPSS, e como figura no quadro que se segue, as Santas Casas da Misericórdia
(SCM) representam 53% do total de acordos celebrados, com 4.112 lugares contratados, o
correspondente a 48,8 % do total de camas.
Quadro 18. Acordos celebrados no âmbito da RNCCI e entidades prestadoras
31 de dezembro de 2018
Entidade Prestadora
Número de acordos celebrados
Percentagem total de acordos celebrados
Número de lugares contratados
Percentagem de camas por acordos celebrados
SNS 9 3% 219 2,6%
IPSS
SCM 183 53% 4 112 48,8%
Outras 92 27% 2 267 26,9%
Total IPSS 275 79% 6 379 75,7%
Privada com fins lucrativos
63 18% 1 825 21,7%
Total 347 8 423*
Nota: IPSS – Outras – Instituição Particular de Solidariedade Social *Inclui os lugares de UCIP N1 (10) e UAP (10) Fonte: ACSS
PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
110
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Em 2018 as IPSS registaram uma evolução positiva com um crescimento de 2% relativamente
ao número de acordos, o equivalente a mais 3,4% em número de lugares. O crescimento foi mais
significativo no SNS, com mais 29% em número de acordos e 15% em lugares contratados.
Quadro 19. Evolução anual do número de acordos e de camas contratadas da RNCCI
2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Entidade Prestadora Número
de acordos
Número de lugares
contratados
Número de
acordos
Número de lugares
contratados
Número de
acordos
Número de lugares
contratados Acordos
Lugares contratados
SNS 7 190 7 190 9 219 29% 15,3%
IPSS SCM 179 3 964 180 3 985 183 4 112 2% 3,2%
Outras 92 2 272 90 2 186 92 2 267 2% 3,7%
Total IPSS 271 6 236 270 6 171 275 6 379 2% 3,4%
Privada com fins lucrativos 60 1 696 60 1 721 63 1 825 5% 6,0%
Total 338 8 122 337 8 082 347 8 423 3% 4,2%
Fonte: ACSS
No âmbito da saúde mental, os quadros que se seguem apresentam o número de acordos por
tipologia e região, no ano de 2018.
Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental
O Programa Nacional de Saúde Mental (PNSM) contempla numa das quatro metas definidas para
2020, a criação de lugares em Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental (CCISM) para
adultos e para crianças e jovens.
Quadro 20. Número de acordos na área de saúde
mental, por tipologia e região
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total
RA 2 0 2 0 0 4
RAMa 1 0 1 0 0 2
RAMo 0 1 1 1 0 3
RTA 0 0 2 0 0 2
USO 2 1 0 0 0 3
RTA/A 1 0 1 0 0 2
USO/IA 1 0 1 0 0 2
EAD 1 1 1 0 0 3
Total 8 3 9 1 0 21
Fonte: ACSS
Quadro 21. Número de lugares contratados na
área de saúde mental, por titularidade
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total
IPSS 93 46 106 10 0 255
Privados
SCM 24 24
SNS 0
Total 117 46 106 10 0 279
Fonte: ACSS
PARTE I | 5.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 111
Este desígnio resulta por um lado, da constatação do peso das perturbações psiquiátricas em
Portugal, 22,9%, uma das mais elevadas a nível Europeu e, do peso provocado pelos anos vividos com
incapacidade (YLD) resultado destas perturbações (20,6%). Esta incapacidade psicossocial traduz-
se em alterações da funcionalidade nas diferentes dimensões da vida da pessoa, sendo mais evidente
nas situações de doença mental grave.
Por outro lado, a reintegração e a recuperação, das pessoas com doença mental fora das
instituições e próxima dos seus locais de residência, numa lógica de integração destes cuidados na
comunidade, está presente na visão do PNSM.
Neste sentido, os Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental (CCISM) conjugam o apoio
da saúde e social nas respostas residenciais, unidades de dia e equipas de apoio domiciliário, que
deste modo asseguram aos utentes com doença mental uma perspetiva de recuperação e a
mobilização da família e dos recursos na comunidade.
Os CCISM desenvolvem igualmente tipologias para os mais jovens. Muitas das patologias
psiquiátricas dos adultos têm início antes dos 18 anos de idade e estima-se que, cerca de 20% das
crianças e adolescentes, apresenta pelo menos uma perturbação mental antes de atingir os 18 anos
de idade e que cerca de 50% das patologias psiquiátricas persistentes começavam antes dos 14 anos
e 75% antes dos 24 anos. A necessidade de intervir numa fase inicial do problema justifica esta opção.
Em 2017, pelo Despacho n.º 1269/2017, de 6 de fevereiro, foram iniciadas experiências piloto
de CCISM, o que representa um marco na concretização do PNSM no sentido de implementar uma
política de saúde mental de acordo com o paradigma da integração psicossocial e de redução do
estigma e discriminação da pessoa com doença mental.
Foram contratualizados 255 lugares (internamento e ambulatório), distribuídos em 21
entidades, para experiência piloto até final de 2018.
Em 2018, o número de camas contratadas em unidades de internamento da Rede
Nacional de Cuidados Continuados Integrados ascendeu às 8.553 camas.
Ao nível da resposta de ambulatório e de cuidados domiciliários, existiam 282
equipas comunitárias de cuidados integrados a nível nacional, correspondendo a
5.728 lugares domiciliários da Rede de Adultos (cerca de 41% do total de lugares
existentes no final de 2018), 24 lugares de equipas de apoio domiciliário, 85
lugares de unidades sócio ocupacionais de adultos, 30 lugares de unidades sócio
ocupacionais – infância e adolescência e 10 lugares de unidade de ambulatório
pediátrica, perfazendo um total de 5.877 lugares domiciliários e de ambulatório.
PARTE I | 6.CUIDADOS PALIATIVOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 113
6. Cuidados paliativos
A prestação de cuidados aos doentes com doenças graves e/ou avançadas e progressivas com o
objetivo de promover o seu bem-estar e qualidade de vida é um elemento qualitativo essencial do
sistema de saúde.
Neste âmbito, quatro anos depois da publicação da Lei de Bases dos Cuidados Paliativos, Lei n.º
52/2012, de 5 de setembro, foi o XXI Governo Constitucional que, pela primeira vez, designou os
membros da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos (CNCP) através do Despacho n.º 7824/2016,
de 15 de junho e que, também pela primeira vez, aprovou um Plano Estratégico para o
Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos (PEDCP) em Portugal, através do Despacho n.º 14311-
A/2016, de 28 de novembro.
No final de 2018, a Rede Nacional de Cuidados Paliativos dispunha de:
• 43 Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP);
• 21 Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos (ECSCP);
• 28 Unidades de Cuidados Paliativos (UCP) com 381 camas, das quais 213 em UCP
hospitalares e 168 em UCP – RNCCI.
No final de 2018, Portugal Continental dispunha de uma cobertura geográfica total de cuidados
paliativos na medida em que todos os distritos dispunham de pelo menos um recurso específico
destes cuidados.
Dos três eixos de ação identificados no Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados
Paliativos no biénio 2017-2018, destacam-se as principais iniciativas já realizadas:
1. Eixo prioritário I - Organização e garantia da qualidade de cuidados
• Inclusão dos cuidados paliativos (CP) nos Termos de Referência para Contratualização
de Cuidados de Saúde no SNS, nos anos de 2017 e 2018 com majoração da produção das
equipas dos CP (10% no preço da Consulta Externa - primeiras e subsequentes; 20% do
preço base das sessões de Hospital de Dia realizados pelas equipas de CP; 5% GDH
médico de internamento nas unidades de cuidados paliativos);
• Requisitos mínimos para equipas locais de cuidados paliativos da RNCP e indicadores de
referência para a implementação e desenvolvimento destas equipas (Portaria nº
165/2017, de 14 de junho, Despacho nº 14311-A/2016, de 28 de novembro e Circular
Normativa ACSS nº1/2017, de 12 janeiro);
• Inclusão das UCP-RNCCI na RNCP e definição de critérios de referenciação, admissão e
prorrogação, mobilidade e alta para estas unidades (Portaria nº 75/2017, de 22 fevereiro
e Circular Normativa da ACSS nº 8/2017, de 19 abril);
PARTE I | 6.CUIDADOS PALIATIVOS
114
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Definição das regras de registo da atividade assistencial das equipas (Circular
Informativa da ACSS nº 13/2017, de 24 maio);
• Inclusão dos cuidados paliativos pediátricos na RNCP (Portaria nº 66/2018, de 6 de
março);
• Definição dos fármacos e materiais de consumo clínico necessários para a prestação de
cuidados paliativos domiciliários (Norma DGS nº 009/2018, de 6 abril);
• Obrigatoriedade de referenciação para equipa de cuidados paliativos (para além das
unidades de dor) para comparticipação dos opioides fortes a 90% no tratamento da dor
crónica não oncológica (Portaria nº 329/2016, de 20 de dezembro e Declaração de
Retificação nº 1/2017, de 16 de janeiro);
• Inclusão dos cuidados paliativos como justificação clínica para o acesso ao transporte não
urgente de doentes (Portaria nº 194/2017, de 21 de junho);
• Isenção de taxas moderadoras nas consultas de cuidados paliativos (Decreto-Lei nº
131/2017, de 10 de outubro).
2. Eixo prioritário II - Acessibilidade aos cuidados paliativos em todos os níveis de cuidados de
saúde
As medidas preconizadas neste eixo prioritário contribuem para implementar novas equipas
locais de cuidados paliativo (b), assim como para aumentar e melhorar a “abordagem paliativa” a
realizar a todos os doentes do SNS pelas equipas “não especializadas” de cuidados paliativos (a). É
por isso um eixo de intervenção fundamental para atender ao número crescente de doentes a
precisar de ações paliativas, destacando-se as seguintes iniciativas realizadas de junho de 2016 até
final de 2018:
a) Melhoria e generalização da abordagem paliativa
• Assinatura de protocolos de colaboração com seis escolas de medicina, seis escolas
públicas de enfermagem, oito escolas públicas de psicologia e quatro de serviço social;
• Promoção da formação em cuidados paliativos, no âmbito do mestrado integrado em
medicina, em todas as escolas do país, sendo esta formação obrigatória na Faculdade
de Medicina da Universidade de Lisboa, Universidade do algarve, Universidade do
Minho e da Beira Interior. Destaca-se ainda a constituição do grupo de trabalho para
elaboração de proposta de plano curricular mínimo para formação em Medicina
Paliativa;
• Proposta de um plano de formação pré-graduada em cuidados paliativos para a
licenciatura em enfermagem e em serviço social;
PARTE I | 6.CUIDADOS PALIATIVOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 115
• Elaboração de um curso de cuidados paliativos de nível intermédio, com 90 horas de
formação, destinado aos profissionais da RNCCI e de cuidados de saúde primários,
lecionado nas cinco administrações regionais de saúde.
b) Adequação dos recursos assistenciais
• Abertura de 11 Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos
(EIHSCP) com consulta externa (2017: Centro Hospitalar Baixo Vouga; Centro
Hospitalar e Universitário de Coimbra; ULS Guarda; Hospital Distrital Santarém;
Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (reestruturada em 2017); Hospital
Arcebispo João Crisóstomo - Cantanhede; Centro Hospitalar Lisboa Ocidental; Centro
Hospitalar Médio Ave; Hospital Espirito Santo - Évora; Centro Hospitalar de Leiria;
Centro Hospitalar Médio Tejo);
• Existem atualmente 21 Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos
(ECSCP) e assim 11 dos 18 distritos do país têm cuidados paliativos domiciliários (em
2015 só sete distritos tinham: Bragança, Porto, Lisboa, Setúbal, Évora, Beja e Algarve);
• Abertura em 2018 de duas Unidades de Cuidados Paliativos (UCP) hospitalares (“de
agudos”) com um total de 26 camas, 15 no Centro Hospitalar Baixo Vouga e 11 no
Centro Hospitalar Universitário de São João. Dados de novembro de 2018 indicavam
um total de 382 camas em UCP;
• Abertura em 2018 de duas EIHSCP-Pediátricas (Centro Hospitalar e Universitário de
Coimbra e Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte);
• Conversão de 8 UCP da RNCCI que estavam em hospitais do SNS em UCP de “agudos”
(Portaria nº 75/2017, de 22 de fevereiro) e definição dos critérios de admissão nas
UCP-RNCCI, reforçando a natureza clínica destas unidades (Circular normativa da
ACSS nº 8/2017, de 19 abril). Estas duas medidas contribuíram para aumentar em
cerca de 49% o número de doentes tratados nas 8 unidades de cuidados paliativos
hospitalares (ULS Nordeste – Macedo de Cavaleiros, ULS Guarda- Seia, Hospital
Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Centro
Hospitalar Universitário Cova da Beira – Fundão, Centro Hospitalar Barreiro Montijo,
ULS Norte Alentejano – Portalegre e Centro Hospitalar Universitário do Algarve –
Portimão). Contribuíram igualmente para aumentar em cerca de 32% o número de
doentes tratados nas UCP-RNCCI, garantindo assim um crescimento de 40% do
número de doentes tratados em unidades de cuidados paliativos, de 2016 para 2018,
(2.125 doentes tratados em 2016, para 2.967 em 2018);
• Consulta a Tempo e Horas (CTH) – Em 2018, o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes
e Alto Douro (Lamego e Vila Real), a ULS Matosinhos, a ULS Norte Alentejano
(Portalegre e Elvas) e o Hospital Arcebispo João Crisóstomo - Cantanhede, tinham
PARTE I | 6.CUIDADOS PALIATIVOS
116
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
CTH de cuidados paliativos, podendo assim receber doentes referenciados por
médicos de cuidados de saúde primários;
• Inquérito às equipas de cuidados paliativos, realizado em janeiro de 2018 para
avaliação do cumprimento do número de profissionais e horas de serviço nas equipas;
• Assinatura de protocolo entre o Ministério da Saúde e a Fundação Bancária La Caixa
para o desenvolvimento do Programa Humaniza. Ancorado no Plano Estratégico para
o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos (PEDCP), este programa prevê, entre
outras ações, a constituição de 8 Equipas de Apoio Psicossocial (EAPS) em Portugal
Continental, que vieram reforçar as equipas de cuidados paliativos em psicólogos e
assistentes sociais.
3. Eixo prioritário III – Formação e investigação
Em consonância com o Eixo Prioritário I, destaca-se a assinatura de 24 protocolos de
colaboração com Universidades públicas e Institutos Politécnicos que incluem seis escolas médicas,
seis escolas de enfermagem, oito de psicologia e quatro de serviço social. De referir ainda a formação
em cuidados paliativos de nível intermédio para profissionais da RNCCI e cuidados de saúde
primários, que se tem realizado em todas as ARS desde 2017.
A Rede Nacional de Cuidados Paliativos dispunha, no final de 2018, de 43 equipas
intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos, 21 equipas comunitárias ou
domiciliárias de suporte em cuidados paliativos, 2 equipas intra-hospitalares de
suporte em cuidados paliativos pediátricos e 28 unidades de cuidados paliativos,
com 381 camas.
Ainda no final desse ano, Portugal Continental dispunha de uma cobertura
geográfica total de cuidados paliativos, na medida em que todos os distritos
dispunham de pelo menos um recurso específico destes cuidados.
PARTE I | 6.CUIDADOS PALIATIVOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 117
Caixa 6. A comissão nacional de cuidados paliativos
Através do Despacho n.º 14311-A/2016, de 28 de novembro, foram designados os membros
da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos (CNCP), que tomaram posse no dia 15 de junho de
2016, juntamente com todos os coordenadores regionais de cuidados paliativos. A estratégia a
seguir pela comissão nacional tem como objetivo garantir a todos os cidadãos, residentes em
Portugal Continental, acesso atempado e adequado a cuidados paliativos de qualidade e a
utilização eficiente dos recursos disponíveis, assentando em 8 linhas estratégicas de intervenção:
1. Organização e coordenação;
2. Melhoria e generalização do nível básico de cuidados paliativos;
3. Adequação dos recursos assistenciais especializados em cuidados paliativos;
4. Formação e capacitação dos profissionais de saúde;
5. Acreditação e monitorização das equipas especializadas de cuidados paliativos;
6. Melhoria dos sistemas de informação;
7. Informação e sensibilização da população;
8. Investigação em cuidados paliativos.
PARTE I | 7.INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS E LITERACIA EM SAÚDE – SNS + PROXIMIDADE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 119
7. Integração de cuidados e literacia em saúde – SNS + proximidade
A integração de cuidados – através da boa gestão do percurso das pessoas nos cuidados de saúde
- é particularmente importante para as pessoas com múltiplos problemas de saúde e de evolução
prolongada. Porém não deixa também de ser verdade para a doença aguda (súbita) onde é,
igualmente, relevante garantir indicação e orientação para outro nível de cuidados que venha a ser
considerado necessário.
Esta necessidade de integração de cuidados torna mais clara ainda a verdadeira importância do
SNS – ele proporciona toda a diversidade de serviços de saúde necessários para que os percursos
desejáveis sejam possíveis.
É importante para as pessoas que o SNS assegure o acesso a cuidados de saúde de qualidade,
quando necessários. Mas isso não esgota a sua missão. É indispensável que o SNS colabore com as
outras instituições da saúde, mas também com os setores da educação, da economia, da segurança
social, do meio ambiente e com os poderes locais, públicos e privados, para proteger e promover a
saúde e prevenir a doença – prestar atenção ao indivíduo, mas também à comunidade onde este se
insere.
7.1. Projeto SNS+Proximidade
O projeto-piloto “SNS + proximidade” iniciou a sua implementação prática nos primeiros meses
de 2017 e dá especial importância aos seguintes aspetos:
1. Estratégias locais de saúde;
2. Literacia em saúde;
3. Qualificação do atendimento no SNS.
Na perspetiva da promoção da saúde, da integração de cuidados e da centralidade do cidadão no
sistema de saúde, foi criado através do Despacho n.º 6429/2017, de 25 de julho, o Programa Nacional
de Literacia em Saúde e Integração de Cuidados12, com o desidrato de promover um SNS mais
próximo.
No decurso do ano de 2016, conceptualizou-se uma nova abordagem na “literacia em saúde e
integração de cuidados”, iniciando-se em 2017 o desenho dos instrumentos organizacionais,
informativos e comunicacionais necessários para este fim e criando as condições para que seja
possível ensaiar um salto qualitativo significativo no SNS:
“Um SNS mais próximo (+proximidade), melhor centrado nas pessoas, mais qualificado, com
maior capacidade de resolução”.
12 No qual se integra o Programa Nacional de Educação para a Saúde, Literacia e Autocuidados
PARTE I | 7.INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS E LITERACIA EM SAÚDE – SNS + PROXIMIDADE
120
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
O projeto-piloto “SNS + proximidade” tem como principais objetivos:
• Desenvolver, ensaiar e avaliar um conjunto de procedimentos e instrumentos necessários
para iniciar uma transformação qualitativa no sistema de saúde português através de uma
melhoria significativa:
a) Da integração de cuidados de saúde;
b) Da gestão dos percursos das pessoas nos cuidados de saúde, quer em relação à doença
aguda quer naquilo que diz respeito a pessoas com múltiplos problemas de saúde;
c) E do investimento na capacitação do cidadão na promoção e proteção da sua saúde e na
boa utilização dos serviços de saúde.
• Preparar e mobilizar os principais atores da saúde para as vantagens e exigências desta
transformação, atendendo mais prontamente às suas necessidades, promovendo uma
cultura de cooperação interprofissional e reconhecendo que a colaboração ativa das
profissões da saúde é essencial para que esta transformação aconteça;
• Criar as condições necessárias para a transferência progressiva da experiência adquirida no
âmbito deste projeto-piloto para o conjunto do sistema de saúde português.
Resultados alcançados
O arranque deste projeto iniciou-se em 2017 com uma experiência-piloto, a decorrer no Hospital
Pedro Hispano, em Matosinhos, no Centro Hospitalar Universitário do Porto, no Hospital de Santa
Maria Maior, em Barcelos, bem como nos Agrupamentos de Centros de Saúde de Matosinhos, de
Gondomar, Porto Ocidental e Esposende/Barcelos.
O projeto envolveu cerca de 657.544 utentes, 18% do total de inscritos na região Norte, e
atualmente, está a ser alargado a todo o país.
Ainda no âmbito deste projeto, e de forma a promover a literacia em Saúde, a Área do Cidadão
do Portal SNS disponibiliza o acesso à Biblioteca de Literacia em Saúde e a Livros Digitais
(www.biblioteca.sns.gov.pt). Esta área integra igualmente novos planos individuais de cuidados que
permitem ao cidadão, em conjunto com a sua equipa de saúde, criar um plano com metas bem
definidas, tendo como finalidade a promoção da saúde, a prevenção da doença, a prevenção das
agudizações da doença crónica e uma melhoria da qualidade de vida.
Atualmente, a biblioteca de literacia em saúde disponibiliza:
• 40 artigos (relacionados com as seguintes temáticas: nascer com saúde; crescer com
segurança; juventude à procura de um futuro saudável; vida adulta produtiva;
envelhecimento ativo e fim de vida);
PARTE I | 7.INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS E LITERACIA EM SAÚDE – SNS + PROXIMIDADE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 121
• 12 recursos sob avaliação do Grupo Editorial (grupo composto por 9 membros fixos e um
painel com mais de 50 peritos revisores externos);
• 8 livros digitais e 1 agenda.
Em termos de recursos mais visualizados destacam-se:
• Cuidados a ter quando o fogo acaba;
• BebéApp: Aplicação para ajudar pais a lidar com febre, diarreia e vómitos em crianças;
• Manual do Cuidador Informal de Utentes Dependentes;
• Vídeo sobre saúde mental nos jovens;
• Tropeções, quedas e trambolhões: Livro digital sobre prevenção de quedas.
O plano individual de cuidados, em conjunto com outros instrumentos, como os protocolos de
referenciação que integram o SIGA, contribuem para a melhoria do acesso aos cuidados de saúde.
No sentido de registar e divulgar as boas práticas em termos de modelos de cuidados foi criado
um repositório na página da ACSS (http://www.acss.min-saude.pt/category/cuidados-de-
saude/sns-proximidade/). Pretende-se que o repositório se expanda à medida que vão sendo
implementados projetos sobre modelos inovadores de cuidados.
Estes projetos serão depois estimulados e apoiados a acentuar a convergência com os princípios
e objetivos do SNS+proximidade, e assim formar a rede de inovação SNS +proximidade.
7.2. Programa de Incentivos à Integração de Cuidados e à Valorização dos Percursos
dos Utentes no Serviço Nacional de Saúde
Em 2017 iniciou-se o Programa de Incentivo à Integração de Cuidados e à Valorização dos
Percursos dos Utentes no SNS (PIIC), com vista à criação de incentivos financeiros para a constituição
de projetos partilhados por vários serviços do SNS, com o objetivo de fomentar a articulação,
coordenação e integração dos cuidados.
No total foram recebidas 172 candidaturas, as quais resultaram em 156 projetos elegíveis e 89
projetos incentivados, distribuídos pelas cinco ARS e pelas cinco áreas de intervenção, como
demonstram os gráficos seguintes.
No anexo 3 encontra-se a lista dos projetos incentivados pelo PIIC.
PARTE I | 7.INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS E LITERACIA EM SAÚDE – SNS + PROXIMIDADE
122
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Investimentos no âmbito do PIIC
No âmbito do Despacho n.º 10220/2014, de 1 de agosto, foram submetidos à aprovação da
tutela, com dispensa de parecer prévio das ARS e da ACSS, os investimentos no âmbito do PIIC para
garantir uma execução mais célere dos projetos.
Por Despacho da Secretária de Estado da Saúde, de 12 de outubro de 2018, foram aprovados
305 investimentos, no valor de 21.671.610 euros, cuja distribuição por ARS se encontra ilustrada no
gráfico seguinte.
Gráfico 19. Projetos incentivados pelo PIIC
Fonte: ACSS
23 2124
138
89
0
25
50
75
100
ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa eVale do Tejo
ARS Alentejo ARS Algarve Total
Gráfico 20. Percentagem de projetos incentivados por área de intervenção
Fonte: ACSS
Admissões hospitalares
evitáveis19%
Rastreios e diagnóstico
precoce12%
Apoio domiciliário integrado
25%
Valorização do percurso dos
utentes25%
Articulação para a
realização de MCDT19%
PARTE I | 7.INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS E LITERACIA EM SAÚDE – SNS + PROXIMIDADE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 123
ARS Norte43%
ARS Centro12%
ARS Lisboa e Vale do Tejo
37%
ARS Alentejo2%
ARS Algarve6%
Gráfico 21. Investimentos PIIC aprovados
Fonte: ACSS
PARTE I | 8.ARTICULAÇÃO COM O SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 125
8. Articulação com o setor social e convencionado
As entidades que integram o setor social e o setor convencionado desenvolvem, num regime de
complementaridade com o SNS, atividades e serviços de prestação de cuidados aos utentes do SNS,
numa perspetiva de continuidade dos cuidados e de proximidade à comunidade.
Relacionamento com o setor social
Atualmente, o relacionamento contratual com os prestadores de cuidados de saúde do setor
social encontra-se regulado através do Decreto-Lei n.º 138/2013, de 9 de outubro, que define as
formas de articulação entre os estabelecimentos e serviços do SNS e as IPSS.
Através deste diploma legal estabeleceu-se ainda a necessidade de elaboração de estudos
prévios à celebração de acordos com as IPSS, a efetuar pela ACSS e pelas ARS, de acordo com a
unidade territorial abrangida, que avaliem a economia, eficácia e eficiência do acordo, bem como a
sua sustentabilidade financeira.
A ACSS desenvolveu o modelo de análise para a respetiva avaliação, dando ainda cumprimento
aos Despachos n.º 724/2013 e n.º 2296/2013, respetivamente de 14 de outubro e 1 de fevereiro, e
às recomendações do Tribunal de Contas, no sentido de que a celebração dos acordos com as IPSS
seja precedida de um levantamento das necessidades do SNS, da fixação de objetivos assistenciais
pretendidos pelo Estado e de uma análise custo-benefício que considere, designadamente, a
capacidade instalada do setor público.
No final de 2016, o XXI Governo Constitucional estabeleceu, com as entidades representantes do
setor social, um Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário aplicável ao biénio 2017-
2018, através do qual o Governo se comprometeu com a cooperação com o setor solidário em
domínios como o combate à pobreza, o reforço no apoio às famílias e às comunidades e maior
integração de grupos sujeitos a riscos de marginalização.
Importa também referir que a 13 de abril de 2018 foram estabelecidos os princípios e os termos
através da assinatura de uma adenda ao Compromisso referido.
Relacionamento com o setor convencionado
O relacionamento com as entidades do setor convencionado é disciplinado pelo Decreto-Lei n.º
139/2013, de 9 de outubro, que estabeleceu o regime jurídico das convenções que tenham por objeto
a realização de prestações de saúde aos utentes do SNS, no âmbito da rede nacional de prestação de
cuidados de saúde, e que pretendeu assegurar, simultaneamente, o respeito pelos princípios da
equidade, complementaridade e da liberdade de escolha dos utentes, da transparência, da igualdade
e da concorrência.
Sobre este setor que complementa a resposta do SNS, foram preparadas as novas convenções de
âmbito nacional para as áreas de anatomia patológica e medicina nuclear, cujos trabalhos
culminaram na abertura de novas convenções em abril de 2017.
PARTE I | 8.ARTICULAÇÃO COM O SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO
126
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Assim, e considerando a dimensão do setor convencionado, por área de prestação de cuidados
de saúde já abrangidas por convenção, destaca-se a evolução do número de prestadores que têm
contratos com o SNS, através do quadro e gráfico seguintes.
Quadro 22. Número de prestadores de MCDT convencionados, por área clínica
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Análises Clínicas 359 342 309 266 243 225 219 212 199
Anatomia Patológica 24 25 23 22 19 20 19 20 19
Cardiologia 232 236 209 212 206 200 202 202 202
Medicina Nuclear 11 10 8 8 10 9 8 8 9
Eletro-Encefalografia (EEG) 26 25 20 18 17 16 16 19 17
Gastroenterologia 120 118 109 108 105 105 157 159 155
Medicina Física e de Reabilitação (MFR) 288 297 284 279 296 296 300 299 297
Otorrinolaringologia (ORL) 16 18 15 15 16 15 18 18 19
Pneumologia/Imunoalergologia 33 37 35 35 34 34 37 39 35
Neurofisiologia 6 6 5 3 1 1 6 9 8
Radiologia 364 356 334 331 329 323 323 320 320
Especialidades Médico-Cirúrgicas 40 35 19 18 19 21 20 20 17
Psicologia 7 9 6 4 2 3 3 5 3
Fonte: ACSS
Gráfico 22. Evolução das cinco áreas principais de prestadores de MCDT convencionados
199
202
155
297
320
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Análises Clínicas Cardiologia
Gastroenterologia Medicina Física e de Reabilitação
Radiologia
Fonte: ACSS
PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 127
9. Acordos internacionais para a prestação de cuidados de saúde
Portugal possui reconhecidamente um bom sistema de saúde, dotado de capacidade de resposta,
recursos humanos qualificados e equipamentos e instalações de qualidade, e trabalha em articulação
com outros países no sentido de assegurar elevados níveis de acesso e de qualidade aos cidadãos
estrangeiros que se deslocam a Portugal, assim como a todos os cidadãos portugueses que
necessitam de receber cuidados de saúde fora do território nacional.
Este trabalho de articulação e cooperação internacional tem regulamentação e especificidades
próprias, sintetizadas nas quatro áreas que se seguem.
Diretiva europeia de cuidados de saúde transfronteiriços
A Diretiva relativa ao Exercício dos Direitos dos Doentes em Matéria de Cuidados de Saúde
Transfronteiriços - Diretiva 2011/24/EU, de 9 de março de 2011 transposta para a legislação
nacional pela Lei n.º 52/2014, de 25 de agosto, veio estabelecer as regras para facilitar o acesso a
cuidados de saúde transfronteiriços seguros e de elevada qualidade na União Europeia. O objetivo é
o de estabelecer normas de acesso e promover a cooperação entre os diferentes Estados-Membros,
abrangendo as situações em que o doente recebe cuidados de saúde num Estado-Membro diferente
do Estado-Membro de afiliação.
No âmbito da prestação de cuidados estão consideradas as situações de prescrição, de dispensa
e de fornecimento de medicamentos e de dispositivos médicos, caso estes sejam fornecidos no
âmbito de um serviço de saúde.
Para além da clarificação dos direitos dos doentes, a Diretiva visa ainda estabelecer as condições
em que os custos com a prestação de cuidados de saúde noutros Estados-Membros podem ser
reembolsados, tendo em conta a jurisprudência do Tribunal de Justiça Europeu.
Mais concretamente, a Diretiva prevê, entre outros:
• O estabelecimento de regras para facilitar o acesso a cuidados de saúde transfronteiriços
seguros e de elevada qualidade e a cooperação entre os Estados-Membros, no pleno respeito
das competências nacionais em matéria de organização e prestação de cuidados de saúde. A
diretiva visa, igualmente, clarificar a articulação com o quadro de coordenação dos regimes
de segurança social já existente, com vista à aplicação dos direitos dos doentes;
• A definição dos cuidados excluídos do seu âmbito de aplicação;
• A não alteração das disposições legislativas e regulamentares dos Estado-Membro, no que
diz respeito à organização e ao financiamento dos cuidados de saúde em situações não
relacionadas com os cuidados de saúde transfronteiriços;
• A divulgação de informações relativas aos direitos dos doentes em matéria de cuidados de
saúde transfronteiriços, incluindo as condições para o reembolso dos custos e de
PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
128
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
aplicabilidade dos regulamentos da União Europeia em matéria de coordenação dos
sistemas de segurança social;
• A prestação de cuidados de saúde transfronteiriços, de acordo com a legislação do Estado-
Membro de tratamento e das normas e orientações em matéria de qualidade e segurança
estabelecidas pelo Estado-Membro de tratamento, nos termos da legislação da União relativa
às normas de segurança;
• O reembolso dos custos até ao nível de reembolso aplicável nos sistemas de saúde nacionais
para tratamentos iguais ou similares, sempre que os utentes tenham direito a esses
tratamentos no seu país de afiliação;
• A possibilidade de adoção de um sistema de autorização prévia para reembolso de custos
com determinados cuidados;
• O reforço da cooperação entre os Estados-Membros no âmbito da prestação de cuidados de
saúde no campo da saúde eletrónica, do desenvolvimento de Redes Europeias de Referência
que reúnam voluntariamente prestadores e centros especializados pertencentes a diferentes
Estados-Membros e a partilha de informação científica entre os Estado Membro, a partir de
uma rede europeia de adesão voluntária, que interliga os organismos e as autoridades
nacionais responsáveis pela avaliação de tecnologias de saúde.
Neste contexto, o beneficiário do SNS poderá recorrer à prestação de cuidados de saúde fora do
território nacional, sendo reembolsado pelos custos incorridos até ao limite que seria assumido pelo
Estado português, enquanto responsabilidade financeira do SNS, nos termos da tabela de preços em
vigor e do regime geral das comparticipações no preço dos medicamentos.
Por outro lado, o cidadão nacional de outro Estado-Membro pode recorrer a cuidados de saúde
prestados em Portugal, de acordo com a legislação em vigor.
Autorização Prévia
Na sequência da transposição desta legislação europeia, está sujeito a autorização prévia o
reembolso dos cuidados de saúde transfronteiriços cirúrgicos que exijam o internamento durante
pelo menos uma noite, assim como, os cuidados de saúde transfronteiriços que exijam recursos a
infraestruturas ou equipamentos médicos altamente onerosos e de elevada especialização,
identificados através da Portaria n.º 91/2014, de 25 de setembro. A autorização prévia é um
mecanismo que se aplica aos beneficiários do SNS que pretendam aceder a cuidados de saúde noutro
Estado-Membro.
Está ainda sujeito a autorização prévia, o reembolso dos cuidados de saúde transfronteiriços que
envolvam tratamentos que apresentem um risco especial para o doente ou para a população, ou o
reembolso dos cuidados de saúde transfronteiriços que sejam prestados por um prestador de
cuidados de saúde que, por decisão casuística da entidade competente para apreciação do pedido de
PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 129
autorização prévia, possa suscitar preocupações sérias e específicas quanto à qualidade ou à
segurança dos cuidados.
O procedimento para pedido de autorização prévia tem em consideração os TMRG para a
realização de consulta nos cuidados de saúde primários e hospitalares no SNS. A informação
referente ao deferimento ou indeferimento do pedido de autorização prévia prestada pelo médico de
especialidade deverá considerar a capacidade de resposta do SNS para a prestação dos cuidados,
considerando a condição clínica do doente e os TMRG.
Reembolso
Sem prejuízo do referido quanto à autorização prévia, os beneficiários do SNS têm direito ao
reembolso das despesas diretamente relacionadas com os cuidados de saúde transfronteiriços
prestados noutro Estado-Membro, desde que os cuidados em questão se cosnituam como cuidados
de saúde, que caberia ao Estado português garantir através do SNS ou dos Serviços Regionais de
Saúde e o Estado português seja considerado Estado-Membro de afiliação.
As prestações de saúde elegíveis para reembolso são as previstas na tabela de preços do SNS13,
bem como nos regimes jurídicos das comparticipações do Estado no preço dos medicamentos.
Por outro lado, o direito ao reembolso das despesas que não se encontrem sujeitas a autorização
prévia pressupõe a existência de uma avaliação prévia por um médico de Medicina Geral e Familiar
do SNS, que determine a necessidade dos cuidados de saúde.
Para operacionalização do procedimento de autorização prévia e procedimento de reembolso
foi desenvolvido um sistema informático que automatiza o processo e que se inicia com o pedido
efetuado através do Portal SNS.
Importa salientar que os cuidados de saúde transfronteiriços devem ser adequados ao estado
de saúde do beneficiário e de eficácia comprovada cientificamente, reconhecida pela melhor
evidência internacional, não sendo conferido direito ao reembolso sempre que os cuidados de saúde
transfronteiriços sejam realizados por prestadores que não se encontrem legalmente reconhecidos
no Estado-Membro de tratamento ou que não cumpram as respetivas normas e orientações em
matéria de qualidade dos cuidados de saúde e segurança do doente estabelecidas pelo mesmo Estado.
A Diretiva Europeia de cuidados de saúde transfronteiriços dispõe de um portal dedicado com
toda a informação disponível ao utente, que poderá ser consultado através do endereço
http://diretiva.min-saude.pt.
13 A Portaria nº254/2018, de 7 de setembro, altera a Portaria n.º 207/2017, de 11 de julho, que aprova os Regulamentos e as Tabelas de
Preços das Instituições e Serviços Integrados no Serviço Nacional de Saúde (SNS)
PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
130
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
No contexto da aplicação da Diretiva Europeia de cuidados de saúde transfronteiriços transposta
pela Lei n.º 52/2014, de 25 de agosto, entre 2014 e 2018 foram submetidos cinco pedidos de
autorização prévia e treze pedidos de reembolso.
Assistência médica no estrangeiro
O Decreto-Lei n.º 177/92, de 13 de agosto, que regula a Assistência Médica no Estrangeiro, prevê
a garantia da assistência médica de grande especialização que, por falta de meios técnicos ou
humanos, não possa ser prestada em Portugal.
Este instrumento é um mecanismo de acesso exclusivo dos hospitais públicos nacionais que,
perante a sua incapacidade de resposta à situação clínica apresentada, despoletam o pedido de
assistência médica no estrangeiro. Após o deferimento da Diretora-Geral da Saúde, a
responsabilidade financeira das despesas resultantes da mencionada prestação, assim como outros
encargos previstos na Lei, são assumidos pelo Estado português.
No ano de 2018, verificou-se novamente uma diminuição do número de autorizações de
assistência no estrangeiro (249 doentes autorizados, menos 54 que em 2017). Esta tendência
decrescente pode, eventualmente, refletir uma melhor capacidade de resposta instalada no SNS, uma
vez que, com a criação dos Centros de Referência estes passaram a assumir os casos clínicos mais
complexos e raros, que de outra forma seriam referenciados para o estrangeiro. A partir de 2015,
com a aprovação dos Centros de Referência nas áreas do transplante pulmonar e tumores malignos
do olho, passou a ser possível realizar estes tratamentos em Portugal.
O SNS assume, assim, o compromisso ético e deontológico de garantir a cada doente o acesso a
cuidados de saúde de qualidade e em conformidade com os melhores padrões de segurança. Na
impossibilidade de assegurar a resposta em determinadas condições, designadamente por falta de
capacidade instalada para prestar cuidados de elevada especialização, o SNS assegura a referenciação
dos utentes para centros estrangeiros de elevada diferenciação.
Gráfico 23. Evolução do número de doentes autorizados e de produtos biológicos enviados
Nota: No que se refere aos produtos biológicos, em algumas situações o doente não se desloca, apenas é enviado o produto biológico.
Fonte: DGS
633 606 604
368
471
323275 303
249
873 891 886
482
684
453410 436 441
0
200
400
600
800
1 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Nº de doentes autorizados Nº de deslocações ou produtos biológicos enviados
Linear (Nº de doentes autorizados) Linear (Nº de deslocações ou produtos biológicos enviados)
PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 131
Acesso ao SNS por parte de cidadãos estrangeiros
Nos termos da Lei de Bases da Saúde, aprovada pela Lei nº 48/90, de 24 de agosto, o Serviço
Nacional de Saúde português assegura o acesso de cidadãos estrangeiros, nas seguintes categorias:
• Cidadãos dos Estados-Membros do Espaço Económico Europeu e Suíça, nos termos do
direito aplicável da União Europeia;
• Cidadãos de Países Terceiros14 que fixam residência em Portugal;
• Cidadãos de Países Terceiros abrangidos pelo âmbito de aplicação de Convenções
Internacionais no domínio da Segurança Social que vinculam o Estado português;
• Cidadãos de Países Terceiros abrangidos pelo âmbito de aplicação de Acordos de Cooperação
no domínio da Saúde que vinculam o Estado português;
• Cidadãos de Países Terceiros que visitam Portugal em situação de estada temporária ou
visita turística.
Acesso de cidadãos estrangeiros ao abrigo dos acordos de cooperação no domínio da
saúde (regime evacuados)
Os acordos de cooperação internacional no domínio da saúde visam assegurar, nas mesmas
condições dos cidadãos nacionais, a assistência médica de doentes evacuados dos Países Africanos
de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) que se deslocam a Portugal, com o propósito de lhes serem
prestados cuidados de saúde hospitalares e em regime de ambulatório no Serviço Nacional de Saúde,
para os quais o sistema de saúde do país de origem não tem capacidade técnica para os prestar.
Estes doentes estão sujeitos a regras e procedimento no acesso ao SNS que os distinguem dos
demais cidadãos estrangeiros, por força da aplicação dos referidos acordos de cooperação,
adquirindo o estatuto de doentes evacuados.
Não são abrangidos pelo âmbito dos Acordos de cooperação no domínio da saúde, os pedidos de
assistência médica de cidadãos dos PALOP, que não tenham sido aprovados pela Junta Médica
Nacional ou pela autoridade de saúde competente do respetivo país, rececionados e validados pela
Direção-Geral da Saúde.
Em termos operacionais, os instrumentos reguladores da cooperação internacional no domínio
da Saúde com os PALOP são os seguintes:
• República de Cabo Verde - Decreto nº 24/77, de 3 de março, e Decreto n.º 129/80, de 18 de
novembro;
• República Democrática de S. Tomé e Príncipe – Decreto Governo n.º 25/77, de 3 de março;
• República Popular de Angola - Decreto do Governo n.º 39/84, de 18 de julho;
14 Consideram-se Países Terceiros aqueles que não pertencem ao espaço do Espaço Económico Europeu e Suíça.
PARTE I | 9.ACORDOS INTERNACIONAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
132
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
• República da Guiné-Bissau - Decreto n.º 44/92, de 21 de outubro;
• República Popular de Moçambique – Decreto do Governo n.º 35/84, de 12 de julho.
O quadro que se segue apresenta a evolução do fluxo do acesso destes cidadãos, no decorrer do
ano 2018.
Quadro 23. Evolução do número de doentes evacuados dos PALOP no SNS
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*
Angola 0 0 0 0 11 38 63 137 99
Cabo Verde 381 413 492 477 546 708 571 772 711
Guiné-Bissau 403 192 162 186 433 1 256 648 1 715 1 672
Moçambique 6 1 5 12 18 30 11 8 38
S.Tomé e Príncipe 194 197 182 188 209 260 214 262 281
Total 984 803 841 863 1 217 2 292 1 507 2 894 2 801
*Dados provisórios Nota: Face à informação anteriormente publicada, foram retificados os valores referentes a 2017, com valores definitivos. Fonte: DGS
PARTE I | 10.REQUALIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS NO SNS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 133
10. Requalificação dos recursos humanos no SNS
O acesso aos cuidados de Saúde do SNS continuou a apresentar melhorias em 2018, tendo para
tal contribuído as medidas de valorização dos profissionais de saúde e de requalificação dos recursos
humanos desenvolvidas, registando-se em 2018 um número recorde de recursos humanos na saúde.
Evolução dos recursos humanos no Ministério da Saúde
Em dezembro de 2018, e relativamente aos recursos humanos afetos ao Ministério da Saúde
(incluindo hospitais em regime de Parceria Público-Privada), registou-se um total de 135.401
efetivos, o correspondente a um aumento de cerca de 3% face ao ano anterior, um saldo positivo de
3.403 profissionais, na sua maioria enfermeiros (+1.373) e médicos (+682).
Quadro 24. Evolução do total de recursos humanos do Ministério da Saúde
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Número total de profissionais 127 493 126 297 127 213 125 290 123 205 126 212 129 915 131 998 135 401
Número de Médicos* 23 682 24 145 25 270 25 859 26 022 26 701 27.618 28 609 29 291
Médicos Aposentados no ativo ** 46 152 172 173 202 217 301 344 252
Número de Enfermeiros 40 436 40 085 40 406 39 610 39 342 40 615 42 393 43 559 44 932
Número de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica
7 926 7 955 7 943 7 782 7 740 7 955 8 207 8 206 8 568
Número de outros profissionais 55 449 54 112 53 594 52 039 50 101 50 941 51 697 51 624 52 610
*Inclui: Internos do Ano Comum (exceto Hospital de Braga), Internos de Especialidade, Especialistas Hospitalares e MGF. **Os médicos aposentados no ativo estão incluídos na linha imediatamente acima. Fonte: ACSS
Os dados detalhados no quadro anterior demonstram um crescimento do número de médicos
(2,4%) e do número de enfermeiros (3,2%), no ano de 2018.
Em termos de proporção, em 2018 o grupo profissional dos enfermeiros foi o conjunto mais
representativo com 44.932 profissionais (33,2% do total), seguido dos médicos com 29.291
profissionais (21,6%), incluindo internos.
Aposentações
Tendo por base a informação disponível à data da elaboração deste relatório, aposentaram-se
881 profissionais, no ano de 2018, um valor superior ao ocorrido em 2017 (832 profissionais
aposentados).
Mantendo a tendência observada no período homólogo, o grupo profissional em que se
registaram mais aposentações em 2018, foi o dos assistentes operacionais (361), seguido pelo dos
médicos (277) e dos assistentes técnicos (98).
StatLink:
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/trabalha
dores-por-grupo-profissional/information/?sort=periodo
PARTE I | 10.REQUALIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS NO SNS
134
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Formação médica
A formação médica compreende um período de prática profissional tutelada que se divide em
formação geral e formação especializada.
A evolução referente ao período 2010-2018 registou um aumento do número de vagas abertas,
incluindo o ano comum e a formação específica. Em 2018 foram abertas mais 53 vagas, em relação a
2017, e mais 1.496, relativamente a 2010.
Gráfico 24. Evolução das vagas abertas (Ano Comum e Formação Específica)
Nota: No ano de 2017estão incluídos 73 internos que ingressaram na formação especializada em julho de 2016. Fonte: ACSS
2 533
2 937
3 1483 241
3 323
3 5623 716
3 976 4 029
2 000
2 500
3 000
3 500
4 000
4 500
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 135
11. Investimentos em instalações e equipamentos no SNS
A realização de investimentos na melhoria das instalações e equipamentos das entidades
prestadoras de cuidados de saúde no SNS contribui para a melhoria do desempenho dos profissionais
de saúde e, consequentemente, para o aumento do acesso, da qualidade e da eficiência dos cuidados
prestados aos utentes.
Neste âmbito, assume especial relevância a necessidade de otimizar a gestão dos recursos
financeiros e a prevenção da acumulação de novos pagamentos em atraso que obriga a que seja
efetuado um planeamento integrado dos investimentos no SNS, discriminando positivamente a
autonomia e responsabilização dos órgãos de gestão que cumprem critérios de equilíbrio económico-
financeiro.
Criação de novos centros de saúde no SNS
O Ministério da Saúde tem vindo a modernizar a rede de cuidados de saúde primários,
destacando-se os esforços realizados na construção de novos centros de saúde ao longo da
legislatura, com recurso a fundos comunitários. Este esforço inclui a construção de cerca de 80 novos
centros de saúde.
É na região de Lisboa e Vale do Tejo que se concentra uma grande parte desta intervenção,
permitindo assim requalificar a região do país que se encontra menos beneficiada em termos de
instalações e equipamentos para a prestação de cuidados de saúde primários no SNS.
Estão também identificadas, e em curso, dezenas de intervenções de remodelação em vários
centros e extensões de saúde, as quais permitirão melhorar as condições em que são prestados os
cuidados de saúde no SNS, e os resultados em termos de melhoria do acesso, da qualidade e da
eficiência que daí advirão para a população e para o SNS.
No quadro seguinte identificam-se investimentos ao nível dos cuidados de saúde primários.
Quadro 25. Investimento cuidados de saúde primários
Centro de Saúde Localização (Concelho)
ARS Norte
Unidade de Saúde de Martim Barcelos; Martim
Unidade de Saúde de Vilar de Andorinho Vila Nova de Gaia; Vilar de
Andorinho
Unidade de Saúde de Batalha Porto
Unidade de Saúde de Santiago do Bougado Trofa; Santiago (Bougado)
Unidade de Saúde de Baguim do Monte Baguim do Monte; Gondomar
Unidade de Saúde de Campo Valongo; União de Freguesias de
Campo e Sobrado
Unidade de Saúde de Nuno Grande Vila Real; São Dinis
Unidade de Saúde de Feira Nova Marco de Canaveses; Bem Viver
PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS
136
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Centro de Saúde Localização (Concelho)
ARS Norte
Unidade de Saúde de Sequeira / Cabreiros Braga; Sequeira
Unidade de Saúde de Madalena Vila Nova de Gaia; Madalena
Unidade de Saúde de Alfena Valongo; Alfena
Unidade de Saúde de Amorosa Guimarães; Azurém
USF Novo Sentido (Cerco) Porto; Campanhã
USF Senhora da Graça Alto Ave
Mondim de Bastos;
USF Ramalde Ramalde; Porto
USF Tadim Braga
USF Ruães Braga
Unidade de Saúde de Lustosa Lousada
ARS Centro
Extensão de Saúde de Lamas – Sátão Sátão
Extensão de Saúde de Alhadas - Figueira da Foz Figueira da Foz
Unidade de Saúde de Válega – Ovar Ovar
Centro de Saúde de Sever do Vouga Sever do Vouga
Unidade de Saúde de Monte Real e Carvide - Leiria Leiria
Extensão de Saúde de Ervedal da Beira - Oliveira do Hospital Oliveira do Hospital
Unidade de Saúde de Cortes – Leiria Leiria
Unidade de Saúde de S.º Jacinto Aveiro
Unidade de Saúde de Mortágua • Mortágua Mortágua
Unidade de Saúde de Granja do Ulmeiro - Soure Soure
Unidade de Saúde de S.º Bernardo Aveiro
Unidade de Saúde de S.º Martinho da Cortiça Arganil
Unidade de Saúde de Pedrógão Grande Pedrógão Grande
Unidade de Saúde de Cabanas de Viriato Carregal do Sal
Extensão de Saúde de Póvoa de Rio de Moinhos
Castelo Branco
Unidade de Saúde de S. Tiago Castelo Branco
Extensão de Saúde de São Romão Seia
Unidade de Saúde da Sertã Castelo Branco
Unidade de Saúde de Arada Aveiro
Unidade de Saúde da Murtosa Murtosa
Extensão de Saúde de Campo de Besteiros Tondela
USF de S. João de Areias Santa Comba Dão
Unidade de Saúde de Penamacor Penamacor
Unidade de Saúde de Oliveirinha Aveiro
Extensão de Saúde de Ponte de Vagos Vagos
PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 137
Centro de Saúde Localização (Concelho)
USF Coimbra Centro – Centro de Saúde Fernão de Magalhães Coimbra
Unidade de Saúde de Buarcos Figueira da Foz
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Águas Livres Amadora
Venteira Amadora
Cadaval Cadaval
Mafra Norte Mafra
Pinhal Novo Palmela
USF D. Francisco de Almeida Abrantes
Sintra Sintra
Agualva Sintra
São Martinho do Porto Alcobaça
Nazaré Nazaré
Odivelas Odivelas
Rossio a Sul do Tejo Abrantes
Samora Correia Benavente
Carnaxide Oeiras
USF da Baixa Lisboa
Queluz Sintra
Pulido Valente 2 Lisboa
Almargem do Bispo Sintra
Benedita Alcobaça
Mafra Leste Mafra
Algés Oeiras
Barcarena Oeiras
Ventosa Torres Vedras
Pulido Valente 1 Lisboa
Peniche Peniche
ARS Alentejo
Extensão de Saúde Torrão Alcácer do Sal, Freguesia de Torrão
USF Estremoz Crato
Extensão de Saúde de Messejana Aljustrel
Unidade de Saúde de Nisa Nisa
Centro de Saúde de Sines Sines
Extensão de Saúde Alvalade do Sado Santiago do Cacém
ARS Algarve
Unidade de Saúde de Vila Real de Santo António Vila Real de Santo António
Unidade de Saúde de Lagos Silves
Unidade de Saúde de Silves Albufeira
PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS
138
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Centro de Saúde Localização (Concelho)
Unidade de Saúde de Olhão Olhão
Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde
Investimentos nos cuidados de saúde hospitalares
À semelhança dos cuidados de saúde primários, também ao nível dos hospitais e ULS do SNS se
encontram em curso diversos investimentos em instalações e equipamentos, sendo que este relatório
apresenta as três principais intervenções estruturais em cada um destes hospitais e ULS.
Quadro 26. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Norte
Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais
Centro Hospitalar Universitário de S. João
Construção da nova ala pediátrica do Hospital de São João
Remodelação integral dos pisos 7 e 8 na área central do corpo sul do hospital, instalação de três serviços: Neurologia, Hematologia Clínica, Neurocirurgia
Obras de remodelação nos serviços de internamento localizados nos pisos 3, 4 e 5 na Ala Sul do CHSJ
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
Obras de beneficiação do Bloco Operatório da Unidade Hospitalar de Chaves
Obras Serviço de Urgência – Chaves
Aquisição Equipamento Ressonância Magnética e Acelerador Linear para a Unidade Hospitalar de Vila Real
Reabilitação dos Sistemas Energéticos do CHTMAD
Unidade Local de Saúde de Matosinhos
Construção da nova infraestrutura USF Custóias
Equipamentos de cirurgia e de radiologia (2 salas telecomandadas RX;1 Intensificador de Imagem; 1 Microscópio Cirúrgico)
Estrutura de ambulatório da Saúde Mental
Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães
Obras de remodelação do Serviço de Urgência
Plataforma de Atendimento Multicanal Integrada - Balcão Único
Reabilitação de infraestrutura hospitalar ao nível da Eficiência Energética
Hospital de Magalhães Lemos
Obras de reabilitação de infraestruturas (arruamentos)
Obras de Execução de Parque e Adufa de Entrada no Ed. E Esq - Psiquiatria Forense
Remodelação e Beneficiação a nível de interiores no Edifício E – Esq.º 1.º e 2.º Pisos
Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde
Requalificação dos edifícios das Unidades Hospitalares de Póvoa de Varzim e Vila do Conde, Hospital
Aquisição de Equipamento médico/cirúrgico diverso - Inovação
Aquisição Equipamentos Tecnológicos e Sistemas de Informação/ Substituição do parque informático
Centro Hospitalar Universitário do Porto
Ampliação do Serviço de Urgência para a criação de uma nova Sala de OBS
Requalificação da Infraestrutura de Rede Física de Dados de Acesso e solução de rede sem fios
Aquisição de dois equipamentos de TAC
Unidade Local de Saúde do Nordeste
Aquisição de Equipamento TAC e RX para a Unidade Hospitalar de Bragança
Reabilitação de infraestruturas dos serviços de internamento da Unidade Hospitalar de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela
Obras de remodelação do Serviço de Urgência
PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 139
Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa
Aquisição de Ressonância Magnética e infraestrutura de instalação
Requalificação do HDI de Pneumologia, Cardiologia, Nefrologia e Serviço de Urgência
Aquisição de um TAC Remodelação e Aumento da Capacidade Instalada
Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO)
Substituição de equipamento PET
Construção de sala de ambiente controlado e classificado - classe B (sala branca)
Aquisição de Acelerador Linear
Hospital Santa Maria Maior
Remodelação e Aquisição de Equipamento (TAC, RX fixo e RX portátil)
Infraestruturas e equipamentos de segurança contra incêndios
Remodelação e beneficiação do Serviço de Urgência e Medicina
Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar
Renovação / ampliação do Bloco Operatório do HFZ – Ovar
Aquisição de Equipamentos para hospitalização Domiciliária
Aquisição de equipamento informático diverso
Unidade Local de Saúde do Alto Minho
Desmaterialização e modernização tecnológica, e implementação de sistema de gestão e segurança da informação
Remodelação e beneficiação do Serviço de Urgências do Hospital de Santa Luzia
Requalificação do Bloco de Partos do Hospital de Santa Luzia
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho
Construção do Novo Edifício Hospitalar a Integrar no Plano de Reabilitação do CHVNG - Fase B
Obras de beneficiação do Pavilhão Masculino
Angiografia com Tecnologia Biplanar
Centro Hospitalar do Médio Ave
Requalificação das Instalações, incluindo construção de edifício novo
Aquisição de Equipamentos Médicos (3 ecógrafos)
Aquisição de Equipamentos para Bloco Operatório (2 ventiladores de anestesia)
Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga
Aumento e requalificação do Serviço de Urgência do Hospital de S. Sebastião
Aquisição de Upgrade Sistema de Angiografia Digital
Remodelação do Serviço de Urgência da Unidade de São João da Madeira
Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde
Quadro 27. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Centro
Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais
Centro Hospitalar Baixo Vouga
Obra de requalificação do SUB e área dos MCDT da Unidade Hospitalar de Águeda
Aquisição de Ressonância Magnética
Projeto de eficiência energética do Hospital de Aveiro
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Aquisição de angiógrafo biplanar e monoplanar
Modernização dos sistemas de informação e tecnologias de informação e comunicação no CHUC
Reapetrechamento dos Blocos Operatórios
Centro Hospitalar Tondela – Viseu
Requalificação da Unidade de Técnicas Endoscópicas
PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS
140
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais
Alargamento e Remodelação da Urgência Polivalente do CHTV
Aquisição de Equipamentos Tecnológicos - Mamógrafo e Ecógrafo
Unidade Local de Saúde da Guarda
Aquisição de Sistema de Gestão do Circuito de medicamentos e materiais
Aquisição de Equipamentos de Anestesia e Monitorização p/ a UCA e Bl. Operatório da Sala de Partos
Requalificação do edifício 5 do HSM para instalação do Departamento da Criança e da Mulher (Infraestrutura)
IPO Coimbra
Requalificação da área cirúrgica, cuidados intensivos e imagiologia (inclui Circulação entre Edifícios e Posto Transformação)
Aquisição de Equipamentos tecnológicos: Substituição dos 2 aceleradores lineares
Remodelação da área de oncologia médica e laboratórios
Centro Hospitalar de Leiria
Aquisição de TAC (com perfil cardíaco)
Remodelação e Ampliação Hospital Dia HSA
Criação da Unidade de Internamento de Cuidados Paliativos
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco
Remodelação e ampliação do Hospital Amato Lusitano
Requalificação do Centro de Saúde de Sertã
Projeto de eficiência energética do Hospital Amato Lusitano
Hospital Arcebispo João Crisóstomo
Aquisição e montagem de um sistema de refrigeração de água (Chiller)
Reabilitação da Infraestrutura - Reconversão de instalações
Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais
Infraestrutura - Reabilitação do Edifício-Hospital Rovisco Pais com expansão da capacidade (Fase I)
Reparação da cobertura e execução de sistema de isolamento térmico dos últimos pisos do Edifício LVM do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais
Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira
Aquisição de Equipamento de tomografia computadorizada (TAC)
Projeto de Modernização e Qualificação do Bloco Operatório, da Unidade de Cuidados Pós-Anestésicos e da Central de Esterilização (PMQBRE)
Sistema Inovador Integrado de Acompanhamento de Doentes com Insuficiência Cardíaca
Hospital Distrital da Figueira da Figueira da Foz
Requalificação das infraestruturas do Serviço de Medicina Interna
Aquisição de equipamentos para Bloco Operatório
Equipamento de oftalmologia para exames especiais - Tomógrafo de Coerência Ótica
Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde
Quadro 28. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares da ARS Lisboa e Vale do Tejo
Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
Obras de remodelação e beneficiação nas áreas do internamento dos serviços de infeciologia e do ambulatório no serviço de dermatologia e consulta externa, e ainda intervenção nos blocos operatórios do HSFX e HEM
Aquisição de Equipamentos de Radiologia Convencional e Digital para o HSFX, HEM e HSC
Aquisição de equipamento de tomografia computadorizada (TAC)
Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central
Remodelação/ampliação da Urgência Geral Polivalente
Aquisição de Equipamento de Ressonância Magnética
PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 141
Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais
Ampliação/renovação da capacidade em anestesia (57 estações de anestesia) e ventilação (87 ventiladores) para as unidades do HCC, HSM, MAC,HSJ,HSAC e HDE
Centro Hospitalar Barreiro Montijo
Remodelação do Serviço Urgência Geral (atendimento ambulatório) e sala de espera da Urgência Pediátrica do HNSR
Aquisição de Acelerador Linear de substituição e instalação
Projetos de Eficiência Energética do CHBM
Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
Aquisição de diversos equipamentos médicos cirúrgicos na área da Oftalmologia
Aquisição de equipamento Informático
Intervenção no Bloco Operatório com obras de conversação e equipamento médico
Hospital Garcia de Orta
Criação de Unidade de Cirurgia do Ambulatório - Piso 0
Aquisição de Ressonância Magnética para a Neurorradiologia
Equipamento de tomografia por emissão de positões com tomografia computorizada (PET-TC)
Centro Hospitalar do Oeste
Remodelação e ampliação do Serviço de Urgência Médico Cirúrgico da Unidade de Caldas da Rainha
Criação de Unidade de Cuidados Paliativos (empreitada) nas unidades hospitalares das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche
Remodelação e Beneficiação a realizar em áreas da Unidade Hospitalar de Torres Vedras
Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca
Aquisição de equipamento de Ressonância Magnética
Aquisição de equipamento de tomografia computadorizada (TAC)
Intervenção no Bloco Operatório do HFF (renovação de equipamentos nas 11 salas)
Centro Hospitalar do Medio Tejo
Aquisição de diverso equipamento médico-cirúrgico (ventiladores, monitorares cardíacos, ecógrafos, duodeno/vídeo/Gastrocolonoscópios) para as unidades hospitalares de Abrantes, Torres Novas e Tomar
Reformulação espaços na Urgência Médico – Cirúrgica da unidade hospitalar de Abrantes
Aquisição de equipamento de tomografia computadorizada (TAC)
Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte
Aquisição de dois Aceleradores Lineares
Aquisição de dois Equipamentos de Angiografia
Projeto de Eficiência Energética (Inclui construção de central Térmica e Painéis Solares)
Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil
Ampliação e Requalificação do Bloco Operatório
Aquisição Acelerador Linear (Radioterapia)
Ampliação e requalificação da Unidade de Transplante de Medula
Hospital Distrital de Santarém
Ampliação e Requalificação do Bloco Operatórios
Desmaterialização do Processo Clínico
Beneficiação e remodelação da rede elétrica (incluindo PT)
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa
Criação de uma Unidade de Internamento para Adolescentes
Adaptação de espaços e beneficiação geral - Pavilhão 19A UTRA
Projeto de Eficiência Energética
Centro Hospitalar de Setúbal
Unidade de Internamento de Curta Duração (UICD)
Aquisição de equipamentos de Tecnologia Avançada: Eco cardiógrafos, Pantoffs, Ventiladores e Ecógrafos
Construção de um Novo Edifício para o Serviço de Urgência
Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde
PARTE I | 11.INVESTIMENTOS EM INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS NO SNS
142
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 29. Investimentos nos hospitais/centros hospitalares e ULS da ARS Alentejo
Entidade Hospitalar
3 Principais intervenções estruturais
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejo
Aquisição de Equipamento Médico: Ventiladores, Monitores Desfibrilhadores, Monitores c/central de monotorização, Fibroscópios, Electrocardiógrafos, Videoprocessador, e Pletismógrafo para a unidade hospitalar de Portalegre, Hospital de Santa Luzia e unidades de saúde dos Cuidados de saúde Primários
Equipamento Hospitalar para equipar vários Serviços da ULSNA - Serviço de Urgência, Bloco Operatório, Fisioterapia e Áreas de Internamento (Marquesas Elétricas, Camas Hospitalares, Marquesas de observação, Cadeirões articulados, cadeiras de rodas)
Aquisição de equipamento médico para a Unidade de Alta Resolução de Hospital de Elvas
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo
Aquisição de Equipamentos para o Bloco Operatório (6 Estações de Anestesia, 1 Torre p/ Laparoscopia e 1 Marquesa p/ Ortopedia)
Aquisição de Equipamentos para o Serviço de Imagiologia (RX Fixo, RX Transportável, Mamógrafo, TAC, 2 Ecógrafos e 7 Estações de Trabalho) para a Unidade Hospitalar de Beja
Requalificação da Unidade de Preparação de Produtos Citotóxicos (Hospital de Dia)
Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano
Remodelação e Ampliação do serviço de urgência do HLA
Aquisição de equipamentos médicos na área da Gastrenterologia
Inovação e requalificação do TIC (Software e Hardware) e novas soluções ao nível do sistema de comunicação de dados, sistema wireless, soluções de disaster recovery, renovação de switching, para o HLA e Centros de Saúde
Hospital do Espírito Santo Évora
Requalificação e Diferenciação Tecnológica com aquisição de Equipamento Médico-cirúrgico para diversos serviços do HESE
Requalificação e Diferenciação do Serviço de Urgência Pediátrica
Modernização e Ampliação da Unidade de Cuidados Intensivos
Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde
Quadro 30. Investimentos no centro hospitalar da ARS Algarve
Entidade Hospitalar 3 Principais intervenções estruturais
Centro Hospitalar Universitário do Algarve
Aquisição de equipamento na área da Oftalmologia para unidade hospitalar de Portimão (OCT Laser e equipamento de Angiografia
Requalificação dos Serviços de Urgência das unidades hospitalares de Faro e Portimão
Aquisição de Equipamento de Tomografia Axial Computorizada (TAC) para a Unidade Hospitalar de Faro
Fonte: Elaboração própria com base na informação reportada pelas entidades de saúde
PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 143
12. Acreditação e avaliação externa da qualidade
O Modelo de Certificação do Ministério da Saúde visa reconhecer a qualidade das organizações
prestadoras de cuidados de saúde e promover o seu empenho voluntário na melhoria contínua,
consolidando a cultura de qualidade e segurança que se deve generalizar a todo o SNS. Com o
reconhecimento da qualidade das estruturas organizativas e da prática clínica, a confiança dos
cidadãos e dos profissionais nas respetivas instituições é fortalecida.
O Programa Nacional de Acreditação em Saúde, criado pelo Despacho n.º 69/2009, de 31 de
agosto, aprovou o modelo ACSA como modelo de certificação para as Instituições do SNS.
O processo de certificação é conduzido pelo Departamento da Qualidade na Saúde (DQS) da DGS,
tendo como marco de referência a Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde (Despacho n.º
5613/2015, de 24 de junho) e os procedimentos documentados em vigor no DQS).
O certificado outorgado pelo DQS a um determinado serviço ou unidade de saúde atesta a
conformidade com as especificações e os standards estabelecidos nos Manuais de Standards, de
acordo com as diferentes tipologias de unidades de saúde a certificar, permanentemente atualizados
e adaptados à realidade do sistema de saúde português. O Modelo de Certificação do Ministério da
Saúde tem uma série de características próprias:
• É coerente com a Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde e com os planos e
ferramentas de gestão que estão em desenvolvimento com vista à melhoria contínua do SNS,
designadamente a gestão clínica, a gestão por processos incluindo os processos assistenciais
integrados, a gestão por competências e a gestão do conhecimento;
• Tem como referência, entre outros, os diferentes Programas de Saúde, os processos
assistenciais integrados, os processos de suporte, os contratos de gestão, as recomendações
sobre as melhores práticas clínicas conhecidas, a segurança do utente e dos profissionais e
as necessidades e expectativas dos cidadãos;
• Aborda a qualidade de uma forma integral através de processo de certificação direcionado
para as diferentes áreas que compõem os cuidados de saúde, nomeadamente: hospitais e
centros hospitalares, serviços ou unidades de gestão clínica, unidades funcionais, farmácias,
unidades de hemodiálise, centros de investigação, laboratórios clínicos, centros de formação
contínua;
• Tem um caráter progressivo, pois identifica os passos que são dados progressivamente até
à excelência. Trata-se de um processo dinâmico, contínuo e evolutivo, que reflete não apenas
o momento atual de desenvolvimento da qualidade na organização, como o seu potencial de
evolução e crescimento.
O Modelo de Certificação do Ministério da Saúde operacionaliza-se em cinco dimensões: o
cidadão no centro do sistema de saúde; a organização da atividade centrada na pessoa; os
profissionais; os processos de suporte; os resultados.
PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE
144
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
StatLink:
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/
acreditacao-de-unidades-de-saude/?sort=tempo
Assim, a certificação, de acordo com o Documento Geral de Certificação de Unidades de Saúde,
pode ser solicitada por unidades, entre outras, com a seguinte estrutura organizacional:
• Centros hospitalares;
• Hospitais;
• Unidades Locais de Saúde;
• Serviços especializados (farmácias hospitalares, imunohemoterapia, laboratórios clínicos,
imagiologia, etc.);
• Unidades funcionais dos cuidados de saúde primários;
• Unidades de convalescença de curta, média e longa duração integradas na Rede Nacional de
Cuidados Continuados Integrados;
• Unidades de saúde integradas em parcerias público-privadas e unidades de saúde com
contratos ou parcerias com o Serviço Nacional de Saúde;
• Unidades de saúde privadas.
A evolução do número de unidades de saúde em processo de certificação tem vindo a
demonstrar o impulso do SNS e a sua forte aposta na melhora contínua da qualidade dos seus
serviços.
Quadro 31. Processos de acreditação em curso e concluídos
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total
Número de unidades que iniciaram a certificação no ano
1 14 2 14 32 70 48 98 57 336
Número de unidades que concluíram a certificação no ano
2 2 6 8 1 14 43 42 45 163
Número de unidades que iniciaram renovação de certificação no ano
8 1
4 3 16
Nota: Face à informação anteriormente publicada foram retificados à data, os valores referentes ao número de unidades que iniciaram renovação da certificação nos anos 2015, 2016 e 2017 Fonte: DGS, Departamento da Qualidade
De realçar que o maior número de pedidos de certificação/certificações de unidades de saúde
nos anos de 2015 e 2017, são consequência do reconhecimento de vários Centros de Referência,
nesse período, com a inerente obrigação de início de processo de certificação pelo Modelo de
Certificação do Ministério da Saúde.
Quando analisamos a tipologia de unidades de saúde certificadas verificamos que, do total de
unidades de saúde que se encontram certificadas, o maior número pertence a serviços hospitalares
(38,7%) e a unidades de saúde familiar (24,5%). De realçar, ainda, que 6,7% do total de unidades
certificadas são centros de saúde das Regiões Autónomas da Madeira e Açores e que 18,4% do
universo correspondem a Centros de Referência.
PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 145
Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade (PNAEQ)
O Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade (PNAEQ) é, desde 1978, uma das
atribuições do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), enquanto laboratório
nacional de referência para a saúde, e a quem compete, nomeadamente, promover, organizar e
coordenar programas de avaliação externa da qualidade de laboratórios que exerçam atividade no
setor da saúde.
Este programa disponibiliza diferentes programas de avaliação externa da qualidade,
abrangendo áreas distintas, como sejam as áreas clínica, point-of-care testing, genética, anatomia
patológica, ecotoxicologia, microbiologia de águas, microbiologia de alimentos, microbiologia do ar e
microbiologia de areias. A participação no PNAEQ é voluntária, sendo garantida a confidencialidade
dos resultados da avaliação do desempenho.
O quadro que se segue apresenta o número de programas disponibilizados pelo PNAEQ nas
diferentes áreas desde 2010. A colaboração com entidades congéneres e grupos de trabalho tem
permitido alargar a oferta de programas nas diferentes áreas.
63
4030
116 5 4 2 1 1
163
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
ServiçosHospitalares
Unidades deSaúde
Familiar
CentrosReferência
CentrosSaúde
(Madeira eAçores)
LaboratóriosClínicos
UnidadesCuidados
ContinuadosIntegrados
Outras Unidades decuidados
comunidade
Unidades deSaúdePública
UnidadesEmergência
Médica
Total
Fonte: DGS
Gráfico 25. Unidades de saúde certificadas de 2010 a 2018,
por tipologia (valores acumulados)
PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE
146
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 32. Programas PNAEQ
Áreas PNAEQ 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Clínica 74 76 85 115 125 173 171 184 196
Genética 1 1 13 13 15 15
Point-of-care Testing (POCT) 3 4 6 9 9 15 15 18 18
Anatomia patológica 3 4 4 4 4 5 7 7 7
Ecotoxicologia 1 1 1 1
Microbiologia de águas 2 2 4 5 7 7 7 8 8
Microbiologia de alimentos 5 5 6 7 7 8 8 8 8
Microbiologia do ar 2 2 2 3 3 3 3 3 1
Microbiologia de areias 1 1 1 1
Recursos Humanos 1
Total 89 93 107 144 156 226 226 246 255
Fonte: INSA
A participação num programa de avaliação externa da qualidade permite ao participante avaliar
a variabilidade dos seus resultados laboratoriais através da introdução na rotina laboratorial de
amostras de conteúdo conhecido do organizador, mas não revelado aos participantes, bem como a
avaliação do processo analítico e dos processos extra-analíticos. O resultado analítico obtido deve ser
independente do local onde é realizado.
A implementação de ações de melhoria do desempenho laboratorial contribui para o aumento
da qualidade dos resultados laboratoriais de prestadores públicos e privados, mantendo o seu
controlo ao longo do tempo, de modo a garantir um diagnóstico correto, baseado em resultados
exatos e precisos com ganhos na saúde da população.
Os objetivos a que se propõe o PNAEQ passam por:
• Avaliar e monitorizar o desempenho dos laboratórios;
• Comparar o estado da arte a nível nacional;
• Realizar uma avaliação retrospetiva;
• Permitir o cálculo do erro total e incerteza da medição;
• Contribuir para a formação contínua dos participantes.
Deste modo, o PNAEQ contribui para a harmonização de metodologias utilizadas pelos
participantes; avalia os resultados do seu desempenho comparando-o com os seus pares a nível
nacional e, sempre que possível, a nível internacional; reúne periodicamente com os participantes
StatLink:
ttp://www.insa.min-saude.pt/category/servicos/avaliacao-externa-da-
qualidade/
PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 147
com foco na formação contínua e colabora com instituições de ensino no âmbito da investigação e
desenvolvimento na área do controlo da qualidade.
Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020
Considerando que os incidentes de segurança durante a prestação de cuidados de saúde estão
intimamente ligados ao nível de cultura de segurança das instituições, e havendo evidências que
demonstram que o risco da sua ocorrência aumenta dez vezes nas instituições que negligenciam o
investimento nas boas práticas de segurança de cuidados de saúde, o Governo criou, em 2015, o Plano
Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, como uma política pública determinante da
garantia da segurança dos utilizadores do SNS, bem como dos seus profissionais, o qual é coordenado,
a nível nacional, pelo Departamento da Qualidade na Saúde.
De forma a evitar incidentes cirúrgicos inadmissíveis, como as cirurgias no local cirúrgico
errado, ao doente errado ou com o procedimento errado, foi reafirmada em 2013, pela Direção-Geral
da Saúde, a necessidade de todos os blocos operatórios registarem, na Plataforma de Dados da Saúde,
a Lista de Verificação da Segurança Cirúrgica em todos os procedimentos cirúrgicos realizados no
SNS e nas entidades contratadas.
De acordo com as recomendações internacionais, a DGS passou a disponibilizar, desde 2013, um
Sistema Nacional de Notificação de Incidentes de Segurança, denominado notific@. Este sistema de
comunicação e de gestão de incidentes, ocorridos nas unidades prestadoras de cuidados de saúde,
assenta numa filosofia não punitiva, permitindo, por isso, a notificação de forma anónima e
confidencial.
Até ao final de 2018 foram notificados 4.902 incidentes:
• 4.617 notificações de profissionais de saúde;
• 38% relacionados com acidentes do doente;
• 285 notificações de cidadãos;
• 26% relacionados com os processos e procedimentos clínicos.
Como a cultura de segurança numa instituição deve, essencialmente, viver/sentir-se, é
responsabilidade das Comissões de Qualidade na Saúde garantir, localmente, a adequada
monitorização das atividades desenvolvidas, no âmbito das ações e dos objetivos estratégicos da
Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde 2015-2020. Assim, hoje sabemos que em 2018:
• 82% das unidades de saúde têm práticas seguras no âmbito da verificação da identificação
do doente antes da realização de qualquer procedimento;
• 89% das unidades de saúde avaliam, previnem e tratam úlceras de pressão;
• 95% das unidades de saúde têm estratégias de prevenção de quedas;
PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE
148
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
• 69% das unidades de saúde implementam medidas preventivas de recorrência de
incidentes;
• Mais de 89% das unidades de saúde do SNS têm lista de medicamentos LASA;
• Cerca de 96% dos hospitais têm implementadas estratégias de identificação inequívoca de
doentes implementadas.
A emissão de normas clínicas e a sua adoção na prática diária do profissional está,
progressivamente, a afirmar-se como parte importante da cultura interna de melhoria contínua da
qualidade e a impulsionar, cada vez mais, o uso racional e seguro de medicamentos e de tecnologias
da saúde.
Estas normas permitem uma melhor gestão e monitorização do desempenho clínico, bem como,
dos resultados económicos e de saúde, uma vez que são baseadas na evidência científica e no
consenso de peritos. Com a implementação de normas de orientação clínica e organizacionais
conseguimos alcançar níveis de maior exigência em qualidade, pela indução da eficiência, ao
estabelecerem-se standards comparativos da qualidade da prestação de cuidados de saúde, e
otimização de recursos.
Os princípios orientadores definidos para fundamentar a realização destas normas pela DGS, em
colaboração com a Ordem dos Médicos são:
• Uniformização dos cuidados de saúde de acordo com a melhor evidência científica
disponível, nomeadamente no que concerne aos critérios de diagnóstico, escolha de exames
complementares de diagnóstico e abordagem terapêutica (farmacológica e não
farmacológica) para as situações clínicas mais prevalentes;
• Uniformização do modelo de práticas relativas a doenças raras, condições clínicas de grande
complexidade e doenças em que seja necessária a harmonização da prescrição que envolvam
fármacos biológicos, biotecnológicos, biossimilares e antibióticos;
• Garantia da gestão transversal e integrada da prestação de cuidados de saúde, com definição
dos circuitos dos utentes.
A Direção-Geral da Saúde, em parceria com a Ordem dos Médicos, envolveu, através do
Departamento da Qualidade na Saúde, mais de 600 médicos na elaboração de normas clínicas e de
processos assistenciais integrados para as patologias e problemas de saúde mais prevalentes,
visando a melhoria da qualidade clínica e da qualidade organizacional da prestação de cuidados de
saúde.
Um dos parâmetros de avaliação da implementação do Plano Nacional para a Segurança dos
Doentes 2015-2020 é a monitorização do número de auditorias internas realizadas pelas unidades
de saúde, para aferição da conformidade da prática face às normas clínicas e organizacionais, tendo-
PARTE I | 12.ACREDITAÇÃO E AVALIAÇÃO EXTERNA DA QUALIDADE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 149
se verificado, ao longo dos últimos anos, uma aposta crescente nesta ferramenta de melhoria
contínua da qualidade clínica que ao permitir a avaliação do desempenho clínico, entre pares,
permite ainda ganhos de eficiência por parte das unidades de saúde.
Por outro lado, a referida parceria, iniciou um processo regular de auditoria externa às unidades
prestadoras de cuidados de saúde do SNS. A taxa de conformidade da prática clínica, face às normas
clínicas, tem vindo a melhorar nos últimos anos sendo expectável que essa tendência se venha a
manter nos anos subsequentes.
No ano de 2018 foram realizadas pelo Departamento da Qualidade na Saúde da Direção-Geral
da Saúde, 741 auditorias relativas à aplicação de sete normas emitidas. Neste período foram
auditadas seis normas em cuidados de saúde primários (723 auditorias) e uma norma em ambiente
hospitalar (18 auditorias). Estas auditorias foram realizadas por 28 dos médicos da equipa de
auditores clínicos, formados pelo Departamento da Qualidade na Saúde em parceria com a Ordem
dos Médicos, numa amostra representativa de instituições do continente português.
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 151
13. SNS digital
O SNS é servido por múltiplos sistemas de informação (SI) que, de forma independente,
asseguram a recolha de dados, monitorização, interação e organização do acesso a cuidados de saúde
em diferentes áreas específicas.
Neste capítulo, e à semelhança dos anos anteriores, são apresentados os sistemas de informação
que registaram melhorias em 2018, através da inclusão de mecanismos que permitem a introdução
de melhores práticas na organização da prestação de cuidados e na resposta do SNS, com ganhos de
eficácia e eficiência, maior equidade no acesso a cuidados, maior responsabilização a todos os níveis
do sistema de saúde e maior transparência da informação para utentes, profissionais e instituições
prestadoras de cuidados, entidades pagadoras, reguladoras, cidadãos em geral.
Em suma, são ferramentas facilitadoras do acesso aos cuidados de saúde oferecidos pelo SNS,
que procuram envolver o cidadão de forma ativa no seu processo de saúde, conferindo-lhe um maior
poder de decisão.
13.1. Sistema Integrado de Gestão do Acesso no SNS
O Decreto-Lei n.º 44/2017, de 20 de abril, procedeu à criação do Sistema Integrado de Gestão
do Acesso ao SNS (SIGA SNS), que inclui os mecanismos do Livre Acesso e Circulação (LAC).
O SIGA constitui-se como uma oportunidade de melhorar o acesso dos utentes ao SNS, com
impacto geral nos serviços prestados pelos hospitais, nos cuidados primários e na resposta aos
utentes. É uma oportunidade para:
• O SNS
a) Aumentar a eficiência e a qualidade;
b) Maximizar a capacidade instalada;
c) Aumentar o rigor da informação sobre as listas e os tempos de espera no SNS;
d) Cumprir os TMRG para todos (maior equidade);
e) Valorizar as preferências dos utentes;
f) Aumentar a transparência e partilha de informação.
• O utente
a) Escolher a instituição do SNS em conjunto com o seu médico de família e de acordo com
as suas preferências;
b) Valorizar a confiança nas instituições do SNS, a reputação e o desempenho dos
profissionais e das instituições, as experiências pessoais de familiares e amigos, entre
outros.
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
152
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
• O médico de família
a) Reforçar o papel central do médico de família e dos cuidados de saúde primários no SNS;
b) Fortalecer as relações de confiança com os utentes e/ou com os hospitais;
c) Envolver o utente na gestão ativa da sua saúde.
• O hospital
a) Aumentar a eficiência e a competitividade;
b) Fidelizar os utentes através da excelência;
c) Criar competição saudável dentro do SNS;
d) Receber sinais claros das preferências dos utentes.
Em 2018 decorreram projetos-piloto em entidades como: Hospital Barcelos, Centro Hospitalar
Médio Tejo e ainda Unidade Local de Saúde de Castelo Branco. Nestas unidades os cidadãos
conseguem já acompanhar os pedidos de marcação de consultas nos cuidados de saúde primários
efetuados a partir do hospital.
SICTH - Sistema Integrado para gestão do acesso à primeira consulta hospitalar
O sistema integrado de referenciação e de gestão do acesso à primeira consulta de especialidade
hospitalar, designado por programa Consulta a Tempo e Horas (CTH), criado em 2008 e integrado no
SIGA em 2017, é suportado por um sistema informático que permite monitorizar a referenciação dos
pedidos de primeira consulta de especialidade hospitalar.
O atual sistema de informação que suporta o programa CTH, ainda só permite a monitorização
da referenciação dos pedidos de primeira consulta hospitalar com origem nos cuidados de saúde
primários, estando prevista na portaria que regulamenta o programa CTH a extensão dessa
monitorização aos pedidos intra e inter-hospitalares. A implementação plena do SIGA permitirá
abranger a monitorização de todas as primeiras consultas hospitalares realizadas nas entidades do
SNS.
Em 2018, através do CTH foram monitorizadas 34,7% do total de primeiras consultas realizadas,
um acréscimo de 6 pp em relação a 2017.
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 153
Apesar dos constrangimentos atuais, que só serão plenamente ultrapassados com a
implementação do SIGA, o SI que suporta o funcionamento do CTH permite gerir a informação
relativa aos pedidos de consulta efetuados pelos médicos de família, desde o momento do seu registo
no sistema informático até que fiquem concluídos.
Os mecanismos de referenciação definidos para o CTH estão a ser integrados no RSE SIGA,
permitindo assim obter uma visão integrada do acesso dos cidadãos ao SNS e potenciando os
benefícios que são reconhecidos ao futuro sistema de articulação entre os cuidados de saúde
primários e os cuidados hospitalares, nomeadamente:
• Transparência no processo de marcação de primeira consulta de especialidade hospitalar;
• Triagem clínica nos hospitais com atribuição de níveis de prioridade adequados às situações
dos utentes;
• Uniformização do tratamento da informação sobre o acesso à primeira consulta de
especialidade hospitalar;
• Mais eficácia e eficiência na resposta das instituições prestadoras de cuidados e maior
facilidade na comunicação entre os profissionais de saúde;
• Melhor orientação dos utentes para a consulta da especialidade de que necessitam.
A entrada em vigor do LAC, em conjunto com a divulgação intensa, no Portal SNS, de informação
sobre as primeiras consultas hospitalares, conduziu à implementação de procedimentos de
qualificação de dados do acesso, nos termos das Recomendações emanadas pelo Tribunal de Contas
no âmbito do Relatório n.º 15/2017 – 2.ª Secção referente à “Auditoria ao Acesso a Cuidados de Saúde
no Serviço Nacional de Saúde”, tais como:
Gráfico 26. Peso das primeiras consultas CTH no total de primeira consulta
Fonte: ACSS
23,9%
26,4%
28,8%
31,3%32,7%
33,9% 34,2% 34,7%
10%
20%
30%
40%
50%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
154
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Processo de qualificação de dados da Consulta a Tempo e Horas (http://www.acss.min-
saude.pt/wp-content/uploads/2017/12/Procedimento_qualificacao-de-dados-CTH.pdf);
• Transferência inter-hospitalar de pedidos de primeira consulta de especialidade hospitalar
– via CTH (http://www.acss.min-saude.pt/wp-
content/uploads/2017/12/Procedimento_transferencia-inter-hospitalar.pdf);
• Monitorização e correção de pedidos duplicados de primeira consulta hospitalar - via CTH
(http://www.acss.min-saude.pt/wp-content/uploads/2017/12/Procedimento_duplicacao-
pedidos.pdf).
Estes procedimentos são executados pelas várias entidades com responsabilidades no âmbito
da gestão do acesso às consultas hospitalares no SNS, nomeadamente a ACSS, a SPMS, as ARS, os
hospitais e os ACES, e permitem a correção periódica de erros de registo e de integração de dados
que se possam acumular no sistema de informação que suporta o CTH, garantindo assim que a
informação pública disponibilizada corresponde à efetiva realidade assistencial dos hospitais do SNS.
De forma a promover a transparência é ainda atualizada a informação sobre o tempo médio de
espera para a primeira consulta hospitalar, por especialidade e por entidade, na área destinada aos
tempos de espera no Portal do SNS (tempos.min-saude.pt).
SIGIC - Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia
O Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, criado em 2004, pela Resolução do
Conselho de Ministros n.º 79/2004, de 24 de junho, efetua, através de uma base de dados
centralizada, a gestão integrada da resposta do SNS no âmbito da cirurgia programada.
O SIGIC é gerido através de um sistema de informação centralizado, o SIGLIC, o que contribui
para a monitorização do tempo de acesso à cirurgia, além do controle e avaliação, de forma integrada,
de todo o processo de gestão da Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC).
O SIGIC também está integrado no SIGA SNS, permitindo assim monitorizar a continuidade da
resposta programada aos utentes e rentabilização da capacidade instalada no SNS, com ganhos ao
nível da melhoria da eficiência da resposta cirúrgica e do cumprimento dos TMRG.
A aplicação SIGLIC tem como objetivo o cumprimento do regulamento do SIGIC, tendo um papel
fundamental na centralização dos dados de todos os hospitais da rede SNS, independentemente do
seu sistema hospitalar, e nos processos relacionados com as transferências de utentes entre
hospitais, públicos ou privados convencionados.
No âmbito da gestão da Lista de Inscritos C, o SIGLIC assume um papel fundamental nas
transferências de utentes, permitindo a associação entre todos os episódios desde a sua origem até à
saída da LIC no destino. Enquanto o episódio se mantiver sob gestão no hospital de origem, todas as
ações operacionais são realizadas no sistema informático do hospital, sendo o SIGLIC apenas uma
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 155
ferramenta de consulta e de execução de alguns procedimentos relacionados com as transferências
de utentes, nomeadamente a cativação de vales cirurgia e notas de transferência.
A partir do momento em que o episódio é transferido, poderá acompanhar os diversos estados
do episódio mesmo estando a ser tratado noutra instituição. Todas as ações operacionais serão
registadas no SI do hospital e posteriormente integradas no SIGLIC.
Tal como visto anteriormente, referente ao SICTH, e também no sentido de promover a
transparência, a informação sobre o tempo médio de espera para cirurgia, por especialidade e por
entidade, encontra-se disponível na área destinada aos tempos de espera no Portal do SNS
(tempos.min-saude.pt).
13.2. SClínico Hospitalar
Instalado em 94 unidades hospitalares, o sistema de informação SClínico é utilizado por mais de
62 mil profissionais de saúde do SNS.
Além dos módulos de Gestão, Consulta Externa, Hospital de Dia, Internamento, Nutrição e
Alimentação, TSDT, Triagem, Urgência e Bloco Operatório, o SClínico Hospitalar integra dois novos
módulos, nomeadamente a VCI – Visão Clínica Integrada (que substituirá a funcionalidade atual de
processo clínico eletrónico) e o BI Clínico (business intelligence para profissionais).
Nesta área, e no decorrer do ano 2018, destaca-se o seguinte:
• Lançamento do módulo de Cirurgia de Ambulatório, resultado do desenvolvimento
efetuado nos anos anteriores;
• Disponibilização de métodos para gestão de permissões e criação de perfis seguros para
outros profissionais de saúde. De salientar igualmente a disponibilização de um módulo
dedicado à consulta de nutrição;
• Implementação do SClínico Hospitalar/SONHOV2 na Maternidade Daniel de Matos (Centro
Hospitalar Universitário de Coimbra), bem como a migração de outros sistemas para o
SClínico Hospitalar (Urgência nas seguintes unidades hospitalares: Centro Hospitalar do
Oeste, Hospital Distrital da Figueira da Foz, Centro Hospitalar Universitário do Porto e
Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde).
• Execução do procedimento de certificação do módulo de triagem de Manchester com o
Grupo Português de Triagem;
• Implementação da versão beta (teste) da Visão Clínica Integrada, estando já instalada em 36
hospitais.
Destaca-se ainda grande melhoria na satisfação reportada pelos utilizadores em questionário
anual, tendo esta sido uma das aplicações com melhores scores de avaliação nas várias dimensões.
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
156
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
No que concerne à plataforma de BI SClínico Hospitalar, uma plataforma de business intelligence
no âmbito clínico, que permite aos profissionais de saúde e instituições um novo olhar sobre a sua
prática assistencial, garantiu-se, em 2018, a sua disponibilização para a totalidade das instituições
(excetuando o Centro Hospitalar Universitário de São João e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu), com
a componente de reports para médicos e dashboards de enfermagem.
As atualizações do SClínico Hospitalar centram-se, acima de tudo, na interoperabilidade, na
integração e partilha, cada vez mais eficaz e eficiente, de informação e dados e a respetiva
sistematização, tendo por objetivo proporcionar um melhor desempenho profissional e,
consequentemente melhorar o apoio, acompanhamento e assistência ao cidadão.
São vários os desenvolvimentos previstos, quer funcionais, quer tecnológicos, nomeadamente
ao nível de interoperabilidade (integração com cuidados de saúde primários na VCI, Sinais Vitais,
INEM, Prescrição).
Decorre ainda o desenvolvimento de novas funcionalidades, nomeadamente normalização das
atitudes terapêuticas e novos perfis, incluindo para estudantes de medicina e assistente social. Em
paralelo, mantém-se o desenvolvimento das componentes de integração com o sistema RSE SIGA.
Visão Clínica Integrada
A Visão Clínica Integrada (VCI), uma funcionalidade do SClínico Hospitalar, apresenta-se como
o novo processo Clínico Eletrónico (PCE).
No decorrer do ano 2018 foram consolidados os desenvolvimentos das interfaces que
simplificam o acesso à informação e melhoria da usabilidade. A cor tem um papel importante
servindo para identificar, de uma forma intuitiva e rápida, áreas clínicas, melhorando a eficácia da
interpretação por parte do utilizador. Esta versão permite o acesso à informação através da vista em
timeline, ou em lista.
Por outro lado concluiu-se o desenvolvimento de novas funcionalidades, nomeadamente um
ecrã resumo com sinais vitais, alertas, medicação crónica, entre outras informações obtidas a nível
nacional. Futuramente prevê-se a possibilidade de acesso a um diagrama do corpo humano.
Encontra-se em progresso o desenvolvimento de uma integração com os sistemas dos cuidados de
saúde primários que permitam a visualização de informação registada nesse contexto diretamente
na VCI, em âmbito hospitalar, facilitando a tomada de decisão por parte dos profissionais de saúde.
No final de 2018, a VCI estava disponível em 36 hospitais.
13.3. Sistema de Informação para a Morbilidade Hospitalar
Para responder à necessidade de reformular e adaptar os sistemas de informação nas
instituições hospitalares, de forma a permitirem a codificação de episódios em ICD-10-CM/PCS, foi
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 157
desenvolvido o Sistema de Informação para a Morbilidade Hospitalar (SIMH), resultante da evolução
do sistema WebGDH.
O sistema SIMH destina-se à recolha de dados administrativos, codificação clínica de episódios
em ICD10CM/PCS, por médicos codificadores e agrupamento de episódios em Grupos de
Diagnósticos Homogéneos, tendo como principal vantagem permitir uma caracterização
sistematizada, normalizada e transversal para todo o SNS, com impacto potencial de melhorias na
produção/morbilidade hospitalar, na investigação, no financiamento, na contratualização e na
faturação do hospital. Esta ferramenta permite a realização de análises comparativas e de
benchmarking em unidades hospitalares do mesmo grupo. O sistema garante que a codificação do
episódio é feita na aplicação, tornando o serviço prestado mais eficaz e eficiente.
A mudança de codificação clínica, de ICD-9-CM para ICD-10-CM/PCS, assenta no reconhecimento
internacional de que esta nova codificação é mais exaustiva e mais adequada para retratar as
inovações do estudo, descrição e classificação das diferentes doenças.
A implementação do SIMH arrancou, entre outubro e novembro de 2016, em três hospitais:
Centro Hospitalar Universitário de São João, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central e
Hospital do Espírito Santo – Évora.
Terminada a fase piloto, foi concluída a implementação do SIMH em todos os hospitais do SNS,
incluindo instituições em Parcerias Público-Privadas e em intuições das Ilhas da Madeira e Açores.
Em 2018, o SIMH surgiu com novas funcionalidades, nomeadamente o módulo de Gestão de
Favoritos, lista de códigos mais frequentes, notificações na página de entrada, acesso ao histórico
codificado do utente e um campo de observações.
O SIMH integra o denominado novo Ecossistema da Morbilidade Hospitalar, construído através
do trabalho conjunto da ACSS e da SPMS, que é constituído por um sistema de informação (o SIMH)
uma base de dados central (a BDMH) e uma ferramenta de business intelligence (BIMH).
A BDMH é uma base de dados que inclui todos os episódios hospitalares de internamento e
ambulatórios codificados em ICD9CM e ICD10CM/PCS.
Surge ainda o BIMH que consiste na construção e manutenção de um Data Warehouse (depósito
de dados que possibilita a análise de grandes volumes de dados) e que permite que cada instituição
tenha acesso aos seus dados codificados e aos dados codificados pelas outras instituições.
13.4. Sistema de Gestão de Entidades de Saúde
O Sistema de Gestão de Entidades de Saúde (SGES) constitui-se como um sistema de informação
estruturante de repositório central de entidades de saúde, fiável e permanentemente atualizado,
habilitado a partilhar dados com todos os sistemas de informação, eliminando a redundância de
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
158
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
informação e promovendo a melhoria da qualidade dos dados relativos a entidades de saúde
existentes nos diversos sistemas de informação.
Concretizando, o SGES permite:
• Conhecer as entidades prestadoras de cuidados de saúde, a sua distribuição geográfica, a sua
capacidade instalada e a sua relação com o SNS;
• Dispor de um repositório de entidades de saúde único, integrado e partilhado;
• Disponibilizar informação consistente, de qualidade e atempada aos diferentes SI da Saúde;
• Reduzir os custos de manutenção e implementação dos SI da Saúde;
• Simplificar os processos administrativos de gestão de entidades prestadoras de cuidados de
saúde;
• Incrementar celeridade na obtenção de respostas e tratamento de processos, por parte dos
organismos utilizadores;
• Facilitar o acesso da informação sobre entidades de saúde ao cidadão;
• Reduzir o número de interações do cidadão com os serviços do SNS, para obtenção de
informação sobre entidades convencionadas;
• Otimizar a gestão dos recursos disponíveis.
13.5. SClínico Cuidados de Saúde Primários
O SClínico Cuidados de Saúde Primários (SClínico CSP) é um sistema de informação evolutivo,
desenvolvido pela SPMS, que surge da experiência com duas anteriores aplicações usadas por
médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde: o SAM (Sistema de Apoio ao Médico) e o SAPE
(Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem).
Esta ferramenta está implementada em mais de 300 instituições, sendo utilizada por cerca de
18 mil profissionais.
O SClínico CSP insere-se na estratégia definida pelo Ministério da Saúde para a área de
informatização clínica do SNS, que prevê a uniformização dos procedimentos dos registos clínicos,
de forma a garantir a normalização da informação.
O acesso a informação clínica variada do utente, a utilização e partilha dos dados com
profissionais de saúde de diversas áreas e a sistematização dos mesmos, permite homogeneizar as
práticas e a informação recolhida a nível nacional, tornando a atuação dos profissionais de saúde
mais eficaz e eficiente, fazendo com que desempenhem melhor o seu papel na equipa
multidisciplinar, possibilitando, desta forma, um melhor apoio, assistência e acompanhamento ao
utente.
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 159
Em 2018 foram realizadas várias iniciativas no âmbito da desmaterialização que se refletiram
em alterações no SClínico, como é o caso dos Exames sem Papel. Foram ainda disponibilizadas um
conjunto de funcionalidades, que contribuem para o melhor acompanhamento dos utentes por parte
dos profissionais, tais como:
• O novo Catálogo Português de Nutrição;
• A consulta multidisciplinar de atividade física;
• A integração automática dos resultados dos rastreios, de forma estruturada;
• Referenciação de altas hospitalares, para o centro de saúde.
13.6. UNO (Sistema de Informação único para os cuidados de saúde primários)
O UNO é o sistema que visa cobrir todas as necessidades dos cuidados de saúde primários,
permitindo uma visão única dos cuidados de saúde prestados ao utente, contribuindo para o melhor
acompanhamento dos utentes no SNS ao longo de todo o seu ciclo de vida.
Nesse sentido, é primordial reestruturar os sistemas de informação da saúde para o contexto
dos CSP, garantindo a evolução, o acompanhamento tecnológico e metodológico que permita a
normalização/uniformização da apresentação dos sistemas, de forma a melhorar a prestação de
cuidados ao utente e a experiência para os profissionais. Tendo em vista a partilha de componentes
comuns, reutilizáveis, contribuirá também para a racionalização de custos associados ao
desenvolvimento e manutenção dos sistemas no futuro.
O projeto-piloto arrancou em março de 2018, com a instalação do UNO Administrativo no
centro de saúde São João do Porto do ACES Porto Ocidental. A primeira fase de implementação do
UNO, e que se traduz no primeiro objetivo estratégico, passa por instalar o UNO Administrativo em
todos os ACES de forma a substituir na totalidade as atuais aplicações SINUS e MARTA.
13.7. Sistema de Informação para a Saúde Oral
O SISO- Sistema de Informação para a Saúde Oral incorpora as regras do Programa Nacional de
Promoção de Saúde Oral, de acordo com os processos definidos no Despacho n.º 4324/2008, de 22
de janeiro, que alarga aquele Programa, aprovado pelo Despacho n.º 153/2005, de 5 de janeiro.
O SISO é uma aplicação web acedida por serviços públicos e por prestadores privados que inclui
todas as funcionalidades necessárias à gestão do Programa, a partir de qualquer nível da
administração do sistema de saúde, disponibilizando dados sobre a oferta de cuidados, o número e
tipo de beneficiários, a utilização dos cheques-dentista, a saúde oral dos utentes e permitindo,
também, o acompanhamento da execução do programa na vertente da sua integração com o
Programa de Saúde Escolar, o controlo da faturação e pagamento dos atos terapêuticos e, ainda, a
emissão dos cheques-dentista.
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
No âmbito da iniciativa do Portal da Transparência, em 2018, foram disponibilizados serviços
que permitiram aceder a informação na lógica de "dados abertos", e que possibilita de uma forma
simples e rápida a consulta pública pelos cidadãos, de informação no âmbito do PNPSO.
Nesta área é possível consultar indicadores, tais como:
• Utentes Atendidos nos Centros de Saúde no âmbito da Saúde Oral nos Cuidados de Saúde
Primários;
• Referenciações Emitidas nos Centros de Saúde no âmbito da Saúde Oral nos Cuidados de
Saúde Primários;
• Tratamentos Efetuados nos Centros de Saúde no âmbito da Saúde Oral nos Cuidados de
Saúde Primários;
• Atividade do Programa Nacional de Saúde Oral.
Ainda no âmbito da iniciativa da Transparência, foi também desenvolvido um conjunto de
serviços para, de igual modo, disponibilizar informação na Monitorização SNS na área da Saúde Oral,
e assim, oferecer serviços de consulta de informação sobre o PNPSO de forma simples e rápida.
É igualmente possível consultar informação sobre Atividade do Programa Nacional de Saúde
Oral a nível nacional e Saúde Oral - cuidados de saúde primários.
Na Área do Cidadão do Portal SNS, foi disponibilizada uma nova área, em que o utente pode
consultar o seu Boletim de Saúde Oral. Assim o utente tem disponível a consulta de todos os cheques
dentistas que já teve acesso, bem como imprimir um cheque válido que tenha por utilizar.
13.8. Sistema de Informação sobre Benefícios Adicionais em Saúde
Considerando a necessidade de apoiar a população idosa, a quem foi atribuído o Complemento
Solidário para Idosos (CSI), que despende grande parte dos seus recursos com a saúde,
nomeadamente com a compra de medicamentos e outros bens com baixa comparticipação do Estado,
foi instituída a atribuição dos Benefícios Adicionais de Saúde (BAS), com vista à redução das
desigualdades e melhoria da sua qualidade de vida.
Com efeito, o progressivo envelhecimento demográfico, entre outros aspetos, tem determinado
o aumento de doenças crónicas e incapacitantes em diversos grupos da população, designadamente
os idosos, com implicações diretas nos custos com a aquisição de medicamentos ou com outros
produtos necessários à manutenção e proteção da saúde.
Os BAS constituem-se como reembolsos de uma percentagem dos custos suportados pelos
respetivos beneficiários com medicamentos, óculos e próteses dentárias removíveis, de acordo com
a disciplina e os limites legalmente previstos, incidindo apenas sobre a parcela não comparticipada
pelo Estado.
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 161
Para operacionalização dos BAS foi implementado um sistema informático centralizado na ACSS,
o sistema de Informação sobre Benefícios Adicionais em Saúde (SISBAS), disponibilizado via web e
acedido pelos ACES e respetivas Unidades Funcionais.
Através do SISBAS é realizado o registo dos pedidos de reembolso e despesas efetuadas e ainda
não reembolsadas, bem como a transmissão da informação referente às respetivas ordens de
pagamento e à efetiva liquidação dos reembolsos.
Na implementação do sistema, compete ao Diretor Executivo do ACES, ou a pessoa por este
designada, tomar a decisão final sobre a atribuição dos BAS, terminando o processo com a exaração
de Despacho. Em caso de deferimento, é assinalado no SISBAS a devida autorização de atribuição e
os documentos comprovativos das despesas e pedido de atribuição dos BAS são remetidos à ACSS,
entidade a quem compete articular com a Segurança Social (SS) para efeitos de reembolso ao utente.
Os dados de 2018, relativos aos Benefícios Adicionais de Saúde, encontram-se disponíveis no
ponto 11 da Parte II do presente relatório.
13.9. Sistema de Gestão de Transporte Não Urgente de Doentes
O Sistema de Gestão de Transporte de Doentes (SGTD) é um sistema de informação que suporta
as atividades e a gestão integrada do processo de transporte não urgente de doentes, desde a sua
requisição à respetiva contabilização, no quadro de intervenção de todos os seus intervenientes.
A adoção de uma abordagem ao processo de gestão de transporte de doentes de forma
transversal permite a resposta integrada aos desafios da racionalização e da eficiência da gestão das
unidades funcionais da saúde, da normalização de critérios na marcação de transporte de doentes,
da imputação financeira às entidades requisitantes e da confirmação da efetividade do tratamento
ou consulta, para além de um controlo efetivo da contabilização inerente aos prestadores de serviços
de transporte.
Este sistema foi criado em 2009 na ARS do Alentejo, estando no final de 2018 implementado nas
cinco ARS e nas seguintes entidades hospitalares:
• Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte;
• Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental;
• Hospital Espírito Santo – Évora;
• Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo;
• Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano;
• Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano;
• Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde;
• Hospital Santa Maria Maior – Barcelos;
• Centro Hospitalar Baixo Vouga;
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
162
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
• Hospital Distrital Figueira da Foz;
• Hospital Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede;
• Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira;
• Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais;
• Centro Hospitalar Leiria;
• Centro Hospitalar do Oeste;
• Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto.
Os dados de 2018, referentes ao Transporte não Urgente de Doentes, encontram-se disponíveis
no ponto 3 da Parte II do presente relatório.
13.10. Registo de Saúde Eletrónico
Nos últimos anos, os sistemas de informação da saúde têm evoluído de uma perspetiva
focalizada nas unidades de saúde para uma visão integrada e em rede, orientada para o cidadão. O
Registo de Saúde Eletrónico, disponibiliza um sistema central de registo e partilha de informação
clínica, obedecendo aos requisitos emanados pela Comissão Nacional de Proteção de Dados. Esta
plataforma permite o acesso a informação dos cidadãos, através da criação do Registo de Saúde
Eletrónico, aos profissionais de saúde em diversos pontos do SNS (hospitais, urgências, cuidados
primários, rede nacional de cuidados continuados), sem os deslocar das bases de dados locais. O
acesso aos dados só é possível após ter sido autorizado pelo utente na Área do Cidadão, que tem ainda
a possibilidade de auditar os acessos realizados à sua informação, através do menu de ‘Histórico de
Acessos’ e gerir a sua informação, através da Área do Cidadão no Portal SNS.
Esta particularidade permite um elevado grau de transparência e empowerment do doente em
relação à sua informação de saúde, antecipando em vários anos, alguns aspetos plasmados no novo
Regulamento Europeu de Proteção de Dados.
A criação e desenvolvimento destas tecnologias parte da assunção de que a partilha de
informação entre organizações prestadoras de cuidados de saúde se traduz em benefícios a vários
níveis, de entre os quais se destacam, a segurança para o utente, o apoio à boa prática clínica, a
poupança de custos e a maximização de recursos. A recolha de dados epidemiológicos, de forma
segura, controlada e passível de auditoria, substituindo progressivamente a miríade de sistemas,
papéis e formulários online, é de indiscutível interesse público.
De igual forma, a partilha de informação de saúde é de interesse individual para o cidadão. No
âmbito da diretiva de cuidados transfronteiriços prevê-se o acesso a cuidados de saúde pelos
portugueses além-fronteiras, o que significa novas e distintas necessidades de partilha da sua
informação de saúde.
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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 163
No que diz respeito à segurança para o utente, esse benefício traduz-se no facto no acesso, pelos
profissionais de saúde, a toda a informação disponível sobre o utente, independentemente do seu
local de registo, sempre com a concordância e autorização do próprio, responsável pelos seus dados.
Essa situação traduz-se, igualmente, no apoio à boa prática clínica, uma vez que o contexto dessa
prática ficará alicerçado num mais amplo e fidedigno conjunto de informação, dado que agrega todo
o conhecimento registado isoladamente sobre o utente em cada uma das organizações.
Em termos de custos, é expectável uma redução dos encargos com a realização de meios
complementares de diagnóstico, por desconhecimento ou acesso a resultados anteriores,
permitindo-se igualmente a maximização dos recursos disponíveis. Há também um importante
acesso a informação clínica histórica ou geograficamente dispersa, tornando o acesso a cuidados de
saúde mais dirigidos e adequados, mais fácil e menos oneroso para o Estado e para o cidadão.
A informação epidemiológica em Portugal tem sido, tradicionalmente, baseada na recolha e
constituição de bases de dados anonimizadas, o que constitui uma prática adequada, desde que se
evitem as duplicações de registo. Neste contexto, o uso de uma Plataforma representa um avanço,
impedindo o duplo registo, ao mesmo tempo que só mostra os dados identificados no contexto da
prestação, disponibilizando uma tabela completamente anónima (incluso sem número identificador)
de extração de dados à DGS e criando logs dos dados exatos apresentados em cada query ou pesquisa.
O acesso à informação pelo RSE está disponível através de quatro portais específicos, seguros e
contextualizados.
Área do Cidadão do Portal SNS
A Área do Cidadão disponibiliza serviços eletrónicos, procurando promover o acesso aos
serviços de saúde (como a marcação de consultas no médico de família), o acesso do cidadão à sua
própria informação (como a disponibilização das Guias de Tratamento, as medições de saúde, a
consulta dos resumos clínicos únicos do utente, etc.) e a simplificação e agilização de processos (como
o pedido de receituário de medicação crónica, a disponibilização dos comprovativos de presença
para consultas hospitalares, etc.).
Durante o ano de 2018, a Área do Cidadão do Portal SNS foi melhorada e aumentada a
disponibilização de informação ao cidadão, permitindo uma navegação mais intuitiva e uma mais
clara alocação dos serviços eletrónicos por categorias, criando a componente de Planos de Cuidados
e Percurso de Vida.
É possível ao cidadão aceder aos seguintes serviços digitais, a partir da Área do Cidadão do
Portal SNS:
• Consultar os dados do Utente no RNU;
• Adicionar contactos de emergência;
• Gerir autorizações de acesso à informação;
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• Consultar o histórico de acessos;
• Consultar os episódios de saúde;
• Consultar os Cartões de Pessoa com Doença Rara;
• Registar dados clínicos por parte do cidadão;
• Consultar e imprimir o Testamento Vital, de acordo com o registo no RENTEV;
• Anexar documentos pertinentes;
• Ativar e acompanhar o Plano Individual de Cuidados;
• Responder ao questionário de saúde;
• Efetuar o rastreio de calculadora de diabetes;
• Registar e consultar medições (IMC, Glicémia, Tensão Arterial, Colesterol, Triglicéridos,
Saturação O2, INR, Ritmo Cardíaco);
• Consultar Boletim de Vacinas;
• Consultar Boletim de Saúde Oral;
• Consultar o Calendário de Utente;
• Marcar consulta para o médico de família na sua unidade de saúde dos cuidados de saúde
primários;
• Consultar o estado de referenciação dos pedidos efetuados dos hospitais para os cuidados
de saúde (apenas para alguns hospitais);
• Consultar a Lista de Inscritos para Cirurgia;
• Consultar Resultados de Exames (já disponível para alguns laboratórios privados);
• Consultar Guias de Tratamento;
• Pedir renovação de prescrição médica de medicação crónica;
• Pedir e consultar informação relacionada com a mobilidade de doentes;
• Pedir isenção de taxas moderadoras;
• Contactar a unidade de saúde onde o cidadão está inscrito;
• Consultar os benefícios SNS;
• Consultar dívidas existentes sobre as taxas moderadoras em algumas instituições do SNS.
Caso o cidadão assim o autorize, toda a informação por este registada na Área do Cidadão do
Portal SNS, pode ser partilhada com os profissionais de saúde que o acompanham, simplificando o
processo de recolha de informação e acompanhamento dos utentes.
No final de 2018 existiam 2.080.627 cidadãos registados na Área do Cidadão do Portal SNS, com
a possibilidade de usufruírem dos serviços aí disponibilizados, alguns dos quais, já anteriormente
listados.
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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 165
Quadro 33. Evolução do número de utentes inscritos na Área do Cidadão
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Número Utentes inscritos na Área do Cidadão
177 226 323 709 585 604 743 645 892 387 1 163 100 1 421 854 1 650 311 2 080 627
Fonte: SPMS
Área do profissional do Portal SNS
A Área do Profissional é uma plataforma centrada no utente, que permite o acesso, pelos
profissionais de saúde (médicos e enfermeiros), à sua informação clínica. A informação que o utente
disponibiliza na Área do Cidadão e cuja consulta é por ele autorizada, permite ao profissional de
saúde obter alguns indicadores que o podem auxiliar a um melhor conhecimento, diagnóstico e
tratamento do utente.
O acesso a esta Área do Profissional é efetuado através do sistema informático utilizado pelo
prestador de serviços de saúde e está disponível em instituições públicas e privadas,
disponibilizando acesso a informação constante das bases de dados locais.
Este portal permite a intercomunicação entre os sistemas de informação de cada uma das
instituições de saúde do SNS, viabilizando, assim, a agregação e visualização da informação de saúde
dos utentes registados, quando e onde for necessário.
Durante o ano de 2018, foram registados 22.047.631 acessos em dias úteis.
Continuou o processo de acesso e visualização das imagens e relatórios do utente no SNS. Assim,
tornou-se possível que os MCDT, que tenham sido efetuados nos hospitais, com licença adequada,
possam ser consultados, em qualquer ponto do SNS em que ele se encontre, durante o processo de
prestação de cuidados. Até dezembro de 2018, esta partilha de imagens era possível em 16
instituições de saúde.
A PDS Live constitui-se como uma área geral para aplicação da telemedicina, que permite a
teleconferência com utentes e entre entidades do SNS para aqueles que dispõem de computador
pessoal com webcam para realização de uma teleconsulta, com partilha de imagens e outros
documentos. Em 2018 suportou a realização de 5.378 sessões e conferências.
No âmbito da disponibilização do Registo de Saúde Eletrónico foram criados novos mecanismos
de integração de dados, dos quais se destacam a integração com farmácias e com laboratórios
privados.
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/no-de-
utentes-inscritos-na-area-do-cidadao/?sort=periodo
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No que se refere à integração com farmácias, foi possível registar:
• 3.642 questionários ativos mais 2.530 questionários inativos, o que representa um total de
6.172 questionários integrados no final do ano 2018;
• 99.450 vacinas integradas em 2018, com um total de 186.466 desde outubro de 2017.
Área institucional
A Área Institucional tem como objetivo disponibilizar um conjunto de estatísticas referentes à
Área do Profissional. Em concreto, este portal permite nesta fase sobretudo a obtenção de dados
sobre o uso do sistema para auditoria e monitorização, e detetar falhas, usos indevidos, e assim
contribuir para garantir a proteção de dados e da privacidade.
Área internacional
A Área Internacional constitui-se como a ligação da plataforma portuguesa à rede europeia, num
trabalho de parceria com outros países, com o objetivo de que seja possível a partilha de alguma
informação clínica, se esse for desejo do cidadão, com alguns países europeus.
13.11. MySNS - Aplicações Móveis
Em 2016, o SNS já tinha promovido o lançamento de duas aplicações móveis: MySNS e MySNS
Tempos. No entanto, em janeiro de 2017, foi disponibilizada a aplicação móvel que veio a permitir a
portabilidade do Registo de Saúde Eletrónico, trazendo a informação de saúde para o telemóvel do
Cidadão: a “MySNS Carteira – A Carteira Eletrónica da Saúde”.
A MySNS Carteira permite ao cidadão associar “cartões” específicos por componentes
informativas do seu interesse. Cada cartão corresponde a um tipo de informação de saúde,
nomeadamente:
• Cartão de Acesso à Saúde;
• eGuias de Tratamento;
• Cartão ADSE;
• eTestamento Vital;
• Boletim de Vacinas.
Durante o ano de 2018, foram disponibilizados mais de 3 cartões, perfazendo um total de 8
cartões. Os novos cartões são:
• Atividade Física: permite a monitorização da prática da atividade física. Contador de passos,
calorias gastas, distância percorrida e gráfico de média de passos são as funcionalidades que,
de uma forma muito simples, contribuem para monitorizar os níveis de atividade física do
cidadão;
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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 167
• Alergias: apresenta as alergias registadas nos sistemas de informação do SNS que seguem o
Catálogo Português de Alergias e Reações Adversas (CPARA) e estão ligados aos sistemas
centrais. As alergias são consultadas no Resumo Clínico Único do Utente e estão agrupadas
de acordo com o grau da reação alérgica: severa, moderada e ligeira;
• Doenças Raras: transmite a informação clínica mínima essencial para proteção e segurança
clínica dos utentes que apresentem doenças raras.
Construída de acordo com o interesse do cidadão, a MySNS Carteira reúne a informação de saúde
do cidadão numa aplicação disponível para smartphone. Toda a informação é guardada de forma
segura, usando standards internacionais. Desde o seu lançamento até ao final do ano de 2018, esta
aplicação foi instalada em 271.051 dispositivos móveis.
As aplicações móveis MySNS e MySNS Tempos, lançadas em setembro e novembro de 2016
respetivamente, têm objetivos distintos. A primeira pode ser vista como a ligação móvel ao Portal do
SNS e aos serviços digitais da Saúde. Assim sendo, é possível encontrar nesta aplicação as principais
notícias ligadas ao SNS ou obter a georreferenciação das instituições de saúde do SNS (como
hospitais, centros de saúde ou farmácias).
Durante o ano de 2017 foi descarregada 116.300 vezes (o que, em conjunto com os dados de
2016, perfaz um total de 231.347 downloads). Por sua vez, a MySNS Tempos é uma aplicação que
permite, em tempo real, consultar o tempo médio de espera nos serviços de urgência das instituições
hospitalares do SNS. Em 2018, esta aplicação foi instalada em 12.673 telemóveis (perfazendo um
total de 59.405 downloads).
13.12. Portais SNS
Com o objetivo de melhorar o acesso do Cidadão à informação e serviços de saúde, tem sido feito
um trabalho de fortalecer e padronizar a imagem do SNS na Internet, disponibilizando portais às
entidades de saúde, garantindo a uniformização gráfica, tecnológica e arquitetural dos portais para
as instituições com valências equivalentes, estando garantido o cumprimento das linhas orientadoras
que deram origem ao revamping do Portal do SNS e a garantia que cada entidade não perde a sua
identidade. Por outro lado, para as instituições que preconizam objetivos distintos, tem-se aplicado
o princípio da harmonização, ou seja, portais individuais que dão resposta particularmente
específicas, mantêm a entidade das instituições e seguem as guidelines do SNS para a Internet.
Ao longo de 2018 foram disponibilizados 10 portais para entidades com realidades específicas
de norte a sul do país como a ACSS, o INEM, os Centros Hospitalares, entre outros, contando com um
total de 62 portais disponíveis ao abrigo da Circular Normativa Conjunta da uniformização dos
portais do SNS. Esta centralização de recursos trouxe benefícios de diversos níveis, diminuiu custos
com infraestruturas e desenvolvimento aplicacional e de manutenção e potencializou estratégias de
comunicação, segurança, usabilidade e acessibilidade, aproximando cada vez mais o SNS do cidadão.
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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
13.13. RENTEV – Registo Nacional do Testamento Vital
O direito do exercício do testamento vital é hoje uma realidade. Em 2017 assinalou-se o número
mais elevado de registos do Testamento Vital no sistema informático RENTEV - Registo Nacional do
Testamento Vital, desde que este entrou em vigor, em julho de 2014, o que, para o SNS, reflete a
melhoria dos direitos e informações e acesso dos cidadãos.
Mais de 24 mil portugueses registaram o seu testamento vital, documento, registado
eletronicamente, onde se manifesta o tipo de tratamento e de cuidados de saúde que se pretende ou
não receber, numa situação de incapacidade em expressar a sua vontade. Este sistema permite ainda,
ao cidadão, nomear um ou mais procuradores de cuidados de saúde.
Dos 24.330 testamentos vitais registados entre julho de 2014 e dezembro de 2018, 15.949 são
de mulheres e 8.381 de homens. De acordo com a legislação em vigor o testamento expira ao fim de
cinco anos.
Quadro 34. Evolução de registos do Testamento Vital
2014 2015 2016 2017 2018
Total Testamento Vital (TVs) 881 1 168 4 234 11 983 6 064
TVs Masculinas 348 424 1 532 4 041 2 036
TVs Masculinas (< 65 anos) 134 171 900 2 526 1 350
TVs Masculinas (>= 65 anos) 214 253 632 1 515 686
TVs Femininas 533 744 2 702 7 942 4 028
TVs Femininas (< 65 anos) 242 335 1 495 4 441 2 400
TVs Femininas (>= 65 anos) 291 409 1 207 3 501 1 628
Fonte: SPMS
13.14. Receita sem Papel - Desmaterialização Eletrónica da Receita
Através despacho publicado a 25 de fevereiro de 2016, a Receita sem Papel adquiriu caráter
obrigatório a partir de 1 de abril desse ano, para todas as entidades do SNS.
Anteriormente, a Portaria n.º 224/2015, de 27 de julho, regulamentou a implementação de todo
o circuito de Receita sem Papel – prescrição, dispensa e faturação. O regime jurídico – que substituiu
a Portaria n.º 137-A/2012, de 11 de maio – alargou e adaptou as regras da prescrição eletrónica às
da dispensa e faturação, cumprindo, desta forma, a prioridade de privilegiar a utilização de meios
eletrónicos nos serviços do SNS.
Este modelo eletrónico permite, assim, a prescrição, em simultâneo, de diferentes tipologias de
medicamentos, ou seja, a mesma receita poderá incluir fármacos comparticipados com tratamentos
não comparticipados. O sistema traz vantagens para o utente, já que todos os produtos de saúde
prescritos são incluídos num único receituário, o que antes não acontecia.
StatLink:
https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/testamento-vital/
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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 169
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/
dataset/evolucao-da-prescricao-electronica-de-
medicamentos/?sort=tempo
No ato da dispensa nas farmácias, o utente poderá optar por levantar todos os produtos
prescritos, ou apenas parte deles, sendo possível levantar os restantes em diferentes
estabelecimentos e em datas distintas.
Quadro 35. Evolução do número de receitas com e sem papel
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Número Receitas com Papel - 49 545 541 61 714 082 92 912 147 108 558 894 112 256 823 58 877 162 6 132 715 3 345 729
Número Receitas sem Papel 0 0 0 0 0 22 369 24 260 830 49 139 634 51 787 248
Nota: A partir de 2016, o número total de receitas regista uma diminuição, devido ao facto de conterem maior número de prescrições por receita. Fonte: SPMS
Quadro 36. Evolução prescrição eletrónica do medicamento
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Número Total Receitas Prescritas Eletrónicas
49 545 541 61 714 082 91 991 938 107 652 689 111 488 735 82 185 587 55 272 349 55 132 977
Número Embalagens Prescritas por DCI (CNPEM)
0 0 40 056 827 118 483 474 143 669 386 151 617 588 159 367 756 169 191 414
Número Embalagens Prescritas por Marca por Exceção A 263 806 298 084 262 094 353 169 365 396 370 264
Número Embalagens Prescritas por Marca por Exceção B
1 010 101 613 685 477 676 462 192 410 172 476 192
Número Embalagens Prescritas por Marca por Exceção C 19 831 132 21 030 601 15 385 725 14 063 119 12 689 397 12 064 675
Número Embalagens Prescritas Sem Necessidade de Justificação Técnica
100 990 433 125 680 087 163 742 332 203 578 066 217 353 398 225 975 970 234 781 398 75 224 987
Fonte: SPMS
A receita eletrónica veio substituir gradualmente a receita em papel, a partir de 2015,
afirmando-se em 2016, primeiro nas unidades de saúde do setor público e, posteriormente, no setor
privado. Em 2017, funcionava em pleno nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.
Com a Receita Sem Papel, o cidadão recebe a prescrição por e-mail ou SMS, podendo levantar os
medicamentos em qualquer farmácia e consultar o seu guia de tratamento no tablet ou telemóvel,
através da Área do Cidadão do Portal SNS. Basta registar-se em www.sns.gov.pt/cidadão. É ainda
possível usar a MySNS Carteira para aceder às Guias de Tratamento.
13.15. Exames Sem Papel - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
O projeto Exames Sem Papel visa a desmaterialização de todo o processo associado à realização
de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, preconizando uma alteração de paradigma
quanto à gestão dos recursos do SNS.
StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-
do-sns/receita-sem-papel/
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
170
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Com o arranque do projeto, no ano de 2017 foi publicado um conjunto de diplomas legais que
permitiram desenvolver as primeiras iniciativas relacionadas com o projeto, nomeadamente:
• Despacho n.º 4751/2017, de 31 de maio, que identificou três entidades do SNS como piloto
na disponibilização desmaterializada de resultados dos exames ao médico prescritor e ao
utente;
• Despacho n.º 8018/2017, de 14 de setembro, que definiu regras para a disponibilização de
resultados de exames prestados em convencionados, com os utentes e profissionais de saúde
do SNS.
Estes diplomas foram complementados em 2018 com a publicação de:
• Portaria n.º 126/2018, de 8 de maio, que define as regras de prescrição, registo e
disponibilização de resultados dos MCDT e que regula a faturação dos respetivos
prestadores ao SNS, para efeitos de conferência de faturas e posterior pagamento. Esta
portaria veio regulamentar a prescrição, prestação, faturação e partilha de resultados de
Exames Sem Papel, que teve o seu início em julho de 2018. A implementação dos Exames
Sem Papel incluiu a desmaterialização da prescrição e prestação de Meios Complementares
de Diagnostico e Terapêutica, tem sido atingida uma percentagem de desmaterialização de
cerca de 20%. A partilha de resultados também avançou, sendo que no final de 2018 foram
partilhados cerca de 137.207 resultados com origem no setor convencionado, distribuído
por 40 entidades e 691.959 resultados com origem no SNS, distribuído por 5 entidades;
• Despacho n.º 6916/2018, de 18 de julho, que define os novos modelos de requisição de
MCDT em contexto de cuidados de saúde primários.
Suportado nos documentos acima referidos, o projeto arrancou com a primeira requisição
desmaterializada em julho de 2018 e os MCDTs em outubro do mesmo ano.
Relativamente à partilha de resultados, desde setembro 2017, que seis unidades do SNS se
encontram a partilhar resultados de Exames na Área do Cidadão do Portal SNS dos seus utentes e na
área dos seus profissionais de saúde, totalizando 701.847 partilhas de resultados de MCDT.
Ao nível das entidades convencionadas com o SNS registou-se, no final de 2018, um total de
138.221 resultados partilhados, com origem em 40 entidades do setor convencionado.
13.16. Prescrição de medicamentos biológicos
Através da Portaria n.º 48/2016, de 22 de março, estabeleceu-se o regime excecional de
comparticipação de medicamentos destinados ao tratamento de doentes com artrite reumatoide,
espondilite anquilosante, artrite psoriática, artrite idiopática juvenil poliarticular e psoríase em
placas. A prescrição dos medicamentos apenas ocorre em consultas especializadas no diagnóstico e
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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 171
tratamento das doenças, devendo o médico prescritor mencionar expressamente o regime
excecional.
A prescrição de medicamentos biológicos pela aplicação PEM (Prescrição Eletrónica Médica)
deve reunir os seguintes requisitos:
a) O local de prescrição ser um centro prescritor registado no site da DGS;
b) O médico do centro prescritor estar igualmente registado no site da DGS para a prescrição
de medicamentos biológicos;
c) O local de prescrição ter um código de local de prescrição válido, não sendo, para esse efeito,
admissíveis códigos associados a Locais de Prescrição de Entidade Utilizadora Privada
(LPEUP).
Para cumprir o disposto na Circular disponibilizou-se o acesso à aplicação de prescrição PEM
em ambiente privado.
A PEM disponibiliza um separador de prescrição do tipo “BIO”, específico para a prescrição deste
tipo de medicamentos, e cuja aplicação obriga à materialização da receita, pelo que o médico
prescritor deverá assinar manuscritamente a mesma.
A materialização da receita ocorre para que seja possível a sua dispensa exclusiva através dos
Serviços Farmacêuticos dos hospitais do SNS. As farmácias hospitalares podem dispensar os
medicamentos, previstos na Portaria n.º 48/2016, apenas quando se verifiquem, cumulativamente,
as seguintes condições: o centro prescritor esteja registado no site da DGS e a dispensa do
medicamento registada em base de dados específica para este efeito.
A DGS criou as condições necessárias para o registo das dispensas de todos os medicamentos
biológicos, para acompanhamento e monitorização do historial terapêutico do doente, por parte das
farmácias hospitalares, nas bases de dados da Sociedade Portuguesa de Reumatologia e da Sociedade
Portuguesa de Medicina Interna, com observância das regras estabelecidas pela Comissão Nacional
de Proteção de Dados.
No âmbito da prescrição de medicamentos biológicos, ao abrigo da já referida Portaria n.º
48/2016, de 22 de março, foi publicada, no dia 19 de junho, a Circular Normativa Conjunta n.º 4/DGS/
INFARMED/SPMS.
Esta circular vem introduzir uma exceção à obrigatoriedade da prescrição de medicamentos ao
abrigo da Portaria n.º 48/2016, de 22 de março, na aplicação PEM, disponibilizada pela SPMS, bem
como esclarecer as circunstâncias em que a prescrição manual pode ocorrer e ser aceite pelos
Serviços Farmacêuticos dos hospitais do SNS.
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13.17. Desmaterialização da Prescrição de Cuidados Respiratórios Domiciliários
A prescrição eletrónica de CRD tornou-se obrigatória, pelo Despacho n.º 9405/2014, de 21 de
julho), através da PEM, para todo o SNS. O Módulo CRD disponibiliza funcionalidades que permitem
a prescrição eletrónica de CRD, nomeadamente de oxigenoterapia, ventiloterapia e aerossolterapia,
bem como a prescrição de outros equipamentos, garantindo a aplicação das regras e normas da DGS.
Adicionalmente, este módulo permite a gestão dos dados clínicos do utente: avaliação clínica,
diagnósticos e exames, consulta, renovação, modificação e anulação de receitas do utente.
Até ao final de 2016, observou-se uma crescente utilização da prescrição informatizada de
cuidados respiratórios através da PEM, tornando-se residual a prescrição manual, recurso apenas
permitido para colmatar eventuais falhas da PEM-CRD, conforme disposto no Despacho n.º
9405/2014, de 21 de julho.
Em fevereiro de 2017, foi alterada a duração da prescrição de CRD de 90 para 180 dias,
permitindo dessa forma, reduzir o número de prescrições emitidas.
Neste contexto, o objetivo é desmaterializar todos os circuitos de prescrição do SNS, até 2020, o
circuito de prescrição, dispensa e faturação dos cuidados respiratórios domiciliários.
Com o objetivo de assegurar a transição para a total desmaterialização deste circuito, foi criado
um grupo de trabalho com vários parceiros públicos e privados.
13.18. Rede Informática da Saúde
Em 2018 deu-se continuidade à melhoria da qualidade e ao aumento da largura de banda dos
vários portais que constituem a RIS, assim como à instalação de mais de 5 mil postos de trabalho que
se juntaram aos mais de 7 mil adquiridos e instalados no ano de 2017. Estes novos postos de trabalho
reforçaram diversas unidades dos cuidados de saúde primários.
13.19. Registo Oncológico Nacional
A Lei n. º53/2017, de 14 de julho, veio criar e regular o Registo Oncológico Nacional (RON). O
RON é um registo centralizado que agrega numa única plataforma informática os diversos registos
de todos os doentes oncológicos tratados em Portugal Continental e Regiões Autónomas, permitindo
a monitorização da atividade realizada nas instituições, de forma a garantir a uniformidade dos dados
e da informação tratada e possibilitando a sua utilização para avaliação epidemiológica e análise da
efetividade dos rastreios e terapêuticas.
De acordo com o diploma, é obrigatório o registo na plataforma eletrónica do RON de todos os
novos casos de diagnóstico de cancro, por parte de todos os estabelecimentos e serviços de saúde do
setor público, social e privado, independentemente da sua natureza jurídica, localizados no
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RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 173
Continente ou nas regiões autónomas, no prazo máximo de nove meses a contar da data do
conhecimento do diagnóstico, e a posterior atualização, no mínimo anual, do estádio da doença
oncológica, das terapêuticas oncológicas usadas e do estado vital do doente.
De salientar igualmente que, no âmbito do processo de contratualização dos cuidados de saúde
implementado no SNS, são estabelecidos mecanismos de incentivo e penalização associados a uma
adequada prática de registo oncológico, nos termos do disposto na lei.
Em 2017, o RON foi preparado ao nível de infraestrutura para que a partir do dia 1 de janeiro de
2018 esta nova plataforma fosse uma realidade no panorama nacional.
Em janeiro de 2018, o RON passou a ser um sistema central e todas as instituições públicas e
algumas privadas, com o registo de dados de 48 instituições, diretamente nesta aplicação.
13.20. Bilhete de identidade dos cuidados de saúde primários (BICSP)
No final do ano de 2017, foi definido pela ACSS, em conjunto com a Coordenação Nacional para
a Reforma do SNS na área dos cuidados de saúde primários, que o processo de contratualização dos
cuidados de saúde primários para 2018, nas suas diferentes fases, seria sustentado na sua totalidade
por uma solução de gestão do conhecimento.
Esta solução foi desenhada e disponibilizada com informação que permitisse caracterizar todas
as unidades funcionais dos CSP, qualificar o seu desempenho de forma integrada e multidimensional,
contribuindo assim para o seu desenvolvimento e melhoria contínua.
O projeto, designado por BICSP reveste-se de enorme importância, na medida em que suporta o
processo de contratualização dos CSP de 2018, tendo sido assegurado um conjunto mínimo de
funcionalidades.
De forma a responder às necessidades identificadas, a operacionalização da solução BICSP foi
organizada e disponibilizada em três componentes:
1. Portal com acesso público e acesso autenticado;
2. Ferramenta para a exploração da informação;
3. Ferramenta para a criação e monitorização dos planos de ação, no âmbito da
contratualização dos CSP.
Fruto do investimento tecnológico no SNS e da crescente necessidade de informação das
entidades e profissionais, existe atualmente um conjunto de sistemas dedicados à consolidação e
exploração de dados da atividade clínica e administrativa de grande parte das unidades prestadoras
de cuidados, no âmbito do SNS. Este caminho tem sido, no entanto, complexo pois os sistemas fonte
de dados, são vários, com estruturas e conteúdos de dados mestre distintos, dificultando as
operações de consolidação e agregação com a visão nacional, assim como a própria gestão dos
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
174
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
processos. No entanto, o BICSP demonstrou ser uma ferramenta poderosa que permite a exploração
destes dados com um volume considerável de pedidos oriundos de vários sistemas de informação
distintos no SNS.
Tendo como princípio a gestão criteriosa e a eficiência na utilização dos recursos da saúde,
entendeu-se obrigatória o recurso aos Datawarehouses existentes no SNS, evoluindo os mesmos,
para ir assim ao encontro dos requisitos identificados para suprimir a necessidade de caracterizar os
CSP. Neste contexto, foi identificado que o ecossistema SIM@SNS, dadas as suas características,
reunia condições suficientes para alavancar a componente de exploração de dados no projeto BICSP
O portal BI CSP, nas suas três componentes, foi disponibilizado a 15 de dezembro de 2017 e
passou por desenvolvimentos constantes ao longo do ano de 2018, resultando no enriquecimento da
informação relevante e pertinente no diagnóstico dos cuidados de saúde primários no SNS:
1. BI- Self-Service: Criação de mecanismo de exploração por parte dos utilizadores, aos vários
modelos de dados construídos, dando assim resposta às necessidades de informação;
2. Um portal com ferramentas de gestão de conteúdos, garantindo acesso publico e privado
(Caracterização dos CSP; Monitorização e acompanhamento da contratualização; Área de e-
qualidade; Área de auditoria; Área de investigação);
3. Ferramenta para a criação dos planos de ação das UF – contratualização interna.
13.21. Estratégia Nacional para o Ecossistema de Informação de Saúde 2020
A Estratégia Nacional para o Ecossistema de Informação de Saúde 2020 (ENESIS), aprovada de
acordo com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 62/2016, 17 de outubro, visa criar as condições
para tornar o ecossistema uma referência de boas práticas e promover a entrega de benefícios, a
gestão de riscos e a otimização dos recursos.
No sentido de operacionalizar os desígnios previstos no diploma acima referido, o Despacho n.º
3156/2017, de 5 de abril, veio estabelecer um modelo de funcionamento e coordenação operacional
para realizar os objetivos do ENESIS 2020. Dando cumprimento a este Despacho, a SPMS procedeu à
definição de um modelo de governança e gestão do Ecossistema de Informação em Saúde (eSIS) que
define o enquadramento e condições em que os diversos atores e componentes do ecossistema
podem contribuir para os seus objetivos.
De seguida apresentam-se as atividades realizadas, no âmbito da ENESIS 2020, em 2018.
Atualização da Plataforma de Gestão de Portefólio
O acompanhamento e controlo da atividade da ENESIS 2020 é coordenado pela SPMS, em
articulação com as demais estruturas organizacionais, de acordo com o modelo de governação
aprovado. Este acompanhamento é suportado num modelo de gestão de portefólio de iniciativas TIC,
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 175
que tem como propósito a monitorização de indicadores de execução das diferentes atividades e
projetos desenvolvidos pelas entidades que pertencem ao ecossistema do eSIS.
Para o ano 2018, a SPMS solicitou a atualização da plataforma de gestão de portefólio que tem
por objetivo auxiliar as entidades a proceder ao carregamento das diferentes iniciativas,
contempladas nos planos estratégicos, de que são responsáveis, de acordo com regras e atributos
comuns, permitindo o seu acompanhamento centralizado pela SPMS e, de forma mais fácil, a
elaboração de relatórios e indicadores estatísticos agregados.
Realização de três Fórum ENESIS
O Fórum ENESIS é uma das estruturas orgânicas, contemplada no modelo de governação da
ENESIS 2020, cujas principais atribuições são o alinhamento das expectativas das entidades entre si,
a promoção de conhecimento e entendimento comum das boas práticas e a identificação de sinergias
e partilha de soluções que contribuam para o cumprimento dos objetivos da ENESIS 2020.
No ano de 2018, foram realizados três Fóruns ENESIS:
• II Fórum ENESIS – 8 de fevereiro de 2018;
• III Fórum ENESIS – 20 de março de 2018;
• IV Fórum ENESIS – 26 de setembro de 2018.
O II Fórum realizou-se nas instalações da SPMS, em Lisboa, tendo estado presentes 62
participantes e 46 entidades. Houve uma grande participação dos representantes das entidades e
uma partilha de experiências e troca de informação sobre os diferentes temas em análise.
Nesta reunião foi apresentado, pela coordenação do eSIS (CeSIS), o ponto de situação sobre a
análise dos planos estratégicos ENESIS 2017/2019, com base nos documentos estratégicos
disponibilizados pelas diferentes entidades e houve uma partilha de experiências e informações
sobre a área da continuidade de negócio/contingência, que é um dos aspetos que tem vindo a
preocupar o eSIS, quer pelos riscos de cibersegurança, quer por limitações de capacidade financeira,
humana e infraestrutural.
O III Fórum ENESIS, inserido no evento Portugal eHealth Summit 2018, contou com a presença
de 120 participantes. Nesta reunião apresentou-se a análise aos Planos Estratégicos das Entidades
do eSIS e respetivo enquadramento de algumas linhas estratégicas. Foram ainda feitas duas
apresentações sobre o mote Transformação Digital pelo Hospital Dr. Francisco Zagalo, com o projeto
Hospital de Ovar Sem Papel, e do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central. O III Fórum
terminou com uma apresentação do projeto SNS Sem Papel, pela SPMS.
O IV Fórum realizou-se no Pequeno Auditório, da Fundação Caixa Geral de Depósitos Culturgest,
e contou com a presença de 70 participantes, tendo-se realizado as seguintes apresentações: ponto
de situação dos Planos Estratégicos das Entidades, Plano Estratégico da SPMS, alinhamento dos
projetos em desenvolvimento e a sua interligação com as Linhas Estratégicas, Plano Estratégico da
PARTE I | 13.SNS DIGITAL
176
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Foram ainda abordados os temas da Cibersegurança,
Interoperabilidade na Saúde, com a apresentação do Hospital Garcia de Orta da experiência de
implementação da LIGHt, e, por fim, a apresentação da área Mobile.
Deste Fórum, surgiu a criação de três grupos de trabalho ENESIS: Estratégia de
Interoperabilidade, Estratégia Mobile e, por fim, Capacitação.
Realização da 2.ª Reunião do Conselho Consultivo do eSIS (CCeSIS)
O Conselho Consultivo do eSIS (CCeSIS) é um órgão permanente, previsto na estrutura de
governação do eSIS, que visa recolher a opinião e recomendações de representantes de partes
interessadas do eSIS. A segunda reunião do Conselho Consultivo do eSIS (CCeSIS) realizou-se, a 21
de novembro de 2018, e contou com 19 participantes, em representação de 10 Ordens/Associações
de Profissionais da área da Saúde.
PARTE I | 14.SIMPLEX+ SAÚDE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 177
14. SIMPLEX+ Saúde
O SIMPLEX+ tem como objetivo envolver os trabalhadores em funções públicas na definição de
medidas de simplificação e modernização administrativa, a partir da identificação de problemas
concretos na prestação de serviços públicos. Neste âmbito, e no total das 17 áreas governativas, o
Ministério da Saúde encontra-se em segundo lugar, relativamente ao grau de execução das medidas
avaliadas (83,3%). No anexo 4 encontram-se todas as medidas SIMPLEX+ Saúde.
Para o Programa Simplex+ 2018, destacam-se as seguintes medidas para a área da saúde, cujo
prazo de conclusão está previsto para o 4º trimestre de 2019:
• Acessibilidade e Usabilidade WEB na Saúde;
• Ciência Aberta no SNS;
• Compras Públicas na Saúde – Simplificação do Processo de Compras Internas da SPMS;
• Inspeção + Infarmed e Pagamentos Simplificados Infarmed;
• Sistema de Gestão de Avaliação do medicamento + Simples;
• Sistema Integrado de Gestao do Acesso no SNS;
• Cédula Profissional Eletrónica da Saúde.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 179
Relatório Anual | 2018
Acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e entidades convencionadas
Ministério da Saúde
Parte II
Acesso a áreas específicas da prestação de
cuidados de saúde
A segunda parte deste relatório é dedicada à análise do desempenho de áreas
específicas do Acesso a Cuidados de Saúde no ano de 2018.
• SNS 24
• Emergência Médica
• Sistema de Transporte Não Urgente de Doentes
• Taxas Moderadoras
• Programa Nacional de Vacinação
• Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral
• Cartão de Pessoa com Doença Rara
• Sangue
• Transplantação
• Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio – Ajudas Técnicas
• Benefícios Adicionais em Saúde
• Dependências: Drogas, Álcool e Jogo
• Centro de Emergência em Saúde Pública
• Acesso ao medicamento
• Procriação Medicamente Assistida
PARTE II | 1.SNS 24
180
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
1. SNS 24
A publicação do Decreto-Lei n.º 69/2017, de
16 de junho, procedeu à transferência de
atribuições relativas ao Centro de
Atendimento do Serviço Nacional de Saúde da
Direção-Geral da Saúde (DGS) para os
Serviços Partilhados do Ministério da Saúde
(SPMS), que assegurou o seu funcionamento,
bem como do novo Centro de Contacto do
Serviço Nacional de Saúde (SNS 24) que lhe
sucedeu.
O SNS 24 foi inaugurado a 24 de julho de 2017,
dando continuidade aos serviços de triagem,
acompanhamento e encaminhamento e
iniciado, a 4 de setembro do mesmo ano, um
conjunto de novos serviços informativos e
administrativos que reforçaram a
disponibilidade (maior oferta adequada às
necessidades da população) e a proximidade
(centralização de serviços) do SNS aos
cidadãos.
O SNS 24 está então acessível através de:
• Telefone (número único nacional): 808 24
24 24;
• Site SNS 24: www.sns24.gov.pt;
• Correio eletrónico / e-mail:
De acordo com os dados disponibilizados pelo
Centro de Contacto, no último quadrimestre
de 2018, cerca de 95% dos utilizadores
estavam satisfeitos ou muito satisfeitos com o
serviço prestado. De salientar também que,
98% dos utilizadores consideraram provável
ou muito provável voltar a utilizá-lo, e 97%
recomendariam o serviço a amigos e
familiares.
Princípios orientadores do SNS 24
O SNS 24 rege-se pelos princípios e valores
diretamente relacionados com a prestação de
cuidados no SNS, nomeadamente:
• Foco no utente – ir ao encontro das
necessidades do cidadão, privilegiando a
atenção e relação personalizada;
• Simplicidade e acessibilidade;
• Integração;
• Simplificação;
• Universalidade e equidade;
• Confidencialidade;
• Proximidade.
SNS 24 – visão centrada no cidadão
O avanço da tecnologia permite que o SNS 24
assuma um papel fundamental e mais
abrangente na estratégia global para o setor da
saúde. Assim, o Centro de Contacto está
progressivamente a adaptar-se à configuração
atual do Serviço Nacional de Saúde e às
necessidades da população, constituindo-se
como uma porta de entrada ágil e preferencial
de acesso dos cidadãos ao SNS.
A missão do SNS 24 consiste em disponibilizar
ao cidadão, através de um ponto de contacto
único, omnicanal, um conjunto de informações
e serviços que facilitam o acesso, asseguram a
equidade e simplificam a utilização do SNS.
De forma gradual, são disponibilizados serviços
através de uma plataforma de atendimento
única, integrada e simples, sendo que para
garantir a sua eficiência se torna essencial a
articulação entre todas as entidades do SNS.
PARTE II | 1.SNS 24
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 181
Objetivos do SNS 24
O SNS 24 tem como principais objetivos:
• Ampliar e simplificar o acesso da
população à informação e aos serviços de
saúde, facilitando a utilização do SNS;
• Orientar o cidadão para os serviços de
saúde mais adequados às suas
necessidades, contribuindo para a
diminuição de situações de
congestionamento dos serviços de saúde,
nomeadamente as urgências e os serviços
administrativos (marcação de consultas);
• Promover o envolvimento do cidadão na
gestão ativa da saúde, respondendo de
forma esclarecedora e em tempo útil às
necessidades manifestadas;
• Colaborar no aumento da eficácia e da
eficiência operativa do setor da saúde,
promovendo a articulação necessária
entre as várias entidades do SNS e a
integração dos Sistemas de Informação do
Ministério da Saúde;
• Contribuir para uma visão integrada sobre
as diferentes medidas e programas de
saúde.
SNS 24 - contribui para a gestão do
acesso ao SNS
O SNS 24 tem implementado um conjunto de
procedimentos, tendo em vista a garantia do
acesso universal aos serviços que disponibiliza,
bem com a equidade no atendimento,
garantindo que o cidadão tem acesso, através
de um telefonema ou de um acesso online, a
serviços que até aqui eram apenas
disponibilizados presencialmente.
Destacam-se:
• Disponibilização de uma ferramenta de
conversação (chat) para cidadãos com
incapacidades ou dificuldades auditivas ou
na fala. Atualmente está em estudo o
desenvolvimento de uma ferramenta de
língua gestual em tempo real;
• Todos os serviços podem ser prestados em
língua inglesa;
• Tanto os serviços clínicos como não clínicos
estão acessíveis através do telefone sem
necessidade de deslocação. No caso dos
serviços clínicos, podem ainda existir
chamadas de seguimento, quando
clinicamente indicado;
• Nos serviços TAE, quando adequado,
procede-se ao encaminhamento através do
sistema de referenciação (Consulta a Tempo
e Horas) para a instituição de destino
(Serviço de Urgência ou CSP). Em situações
de indisponibilidade do sistema é enviado
um e-mail para a instituição.
PARTE II | 1.SNS 24
182
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Serviços de Triagem, Aconselhamento e
Encaminhamento (TAE)
Existe desde 2007, para contactos de teor
clínico, onde se avalia o nível de cuidados
adequado perante os sintomas apresentados
pelo cidadão. Neste serviço é prestado
aconselhamento com recomendação de
autocuidados (realizando-se contactos de
seguimento) e, nos casos em que se verifique
necessário, procede-se ao encaminhamento
para a estrutura de cuidados de saúde do SNS
mais apropriada à sua condição. É um serviço
prestado em permanência.
O aconselhamento fornece ao utente a
informação sobre a natureza da sua situação
clínica e medidas a adotar no sentido da
melhoria do seu estado de saúde, atenta à sua
condição no momento e em função do
resultado da Triagem Clínica. O serviço TAE é
também prestado no caso da transferência de
chamadas relativas a situações atendidas pelo
INEM, mas que não foram consideradas de
emergência.
O encaminhamento do utente para entidades
da rede de prestação de cuidados de saúde
procede-se através da integração de
mensagens nos sistemas de informação ou se
necessário, a transferência da chamada, nos
seguintes termos:
I. Nos casos em que seja identificada uma
situação de emergência, o contacto é
transferido direta e imediatamente,
através de linha dedicada, pelo INEM, a fim
de serem desencadeados os meios de
emergência necessários;
II. Nos casos em que seja identificada uma
situação de intoxicação, o contacto deve
ser transferido direta e imediatamente
para o Centro do Informação Antivenenos
(CIAV) do INEM, a fim de serem
desencadeados as ações de diagnóstico e
tratamento adequados.
O encaminhamento complementa assim as
componentes anteriores, bem como a
identificação da instituição ou serviço
integrado na rede de prestação de cuidados de
saúde adequado à referenciação do utente,
podendo ser o acesso a serviços de urgência
em cuidados de saúde hospitalares; a
observação por médico, num determinado
período definido (horas), em cuidados de
saúde primários.
Aconselhamento sobre Medicação
O Serviço de Aconselhamento sobre
Medicação é um serviço de atendimento de
contactos de teor clínico que disponibiliza o
acesso a informação geral relativa a
medicamentos não sujeitos a receita médica,
não consubstanciando um ato de prescrição
médica.
Assistência em saúde pública
O serviço de assistência em saúde pública é
um serviço que presta informações gerais em
matéria de saúde pública, disponibilizando ao
cidadão informações sobre prevenção de
doenças transmissíveis, estilos de vida e
alimentação saudável, entre outras. Neste
âmbito estão também implementados os
procedimentos que permitem a referenciação
de utente para uma consulta de especialidade
mediante um teste point of care reativo
VIH/VHB e VHC (Despacho nº2522/2018)
realizado em farmácias comunitárias ou
mesmo um home test de VIH.
PARTE II | 1.SNS 24
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 183
Quadro 37. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento (2018)
Coluna1 Chamadas Oferecidas
Chamadas Atendidas
Chamadas abandonadas <=15s
Chamadas abandonadas >15s
% Atendimento
% Abandono
Chamadas Seguimento Efetuadas
jan/18 162 909 147 416 2 221 13 073 92% 8% 30 971
fev/18 118 034 112 954 1 180 3 850 97% 3% 22 743
mar/18 98 388 96 718 871 765 99% 1% 19 422
abr/18 81 002 80 095 625 267 100% 0% 15 516
mai/18 80 891 79 817 620 447 99% 1% 14 823
jun/18 79 998 79 125 596 265 100% 0% 14 621
jul/18 83 808 82 735 738 305 100% 0% 15 749
ago/18 84 706 82 855 735 1 084 99% 1% 15 650
set/18 76 034 75 205 629 178 100% 0% 14 425
out/18 82 716 81 759 739 196 100% 0% 16 028
nov/18 79 944 79 121 657 152 100% 0% 15 379
dez/18 94 556 93 419 710 366 100% 0% 18 168
Média 99% 1%
Total 1 122 986 1 091 219 10 321 20 948 213 495
Fonte: SPMS
147 416
112 954
96 718
80 095 79 817 79 125 82 735 82 85575 205
81 759 79 121
93 419
0
60 000
120 000
180 000
jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 set/18 out/18 nov/18 dez/18
Gráfico 27. Atividade operacional SNS 24: Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento -
Chamadas atendidas (2018)
Fonte: SPMS
PARTE II | 1.SNS 24
184
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 38. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e Encaminhamento (2018)
Coluna1 Autocuidados Cuidados de
Saúde Primários Serviço de Urgência
INEM CIAV
jan/18 40 262 32 737 31 443 4 565 833
fev/18 28 739 23 752 28 299 4 118 810
mar/18 24 360 20 411 27 636 4 187 857
abr/18 19 463 16 240 24 907 3 751 773
mai/18 19 086 15 778 25 730 3 609 831
jun/18 19 064 15 357 25 313 3 541 737
jul/18 20 167 15 793 26 316 3 555 769
ago/18 20 373 15 013 26 788 3 797 770
set/18 18 654 13 960 23 838 3 167 740
out/18 20 442 16 066 25 592 3 481 782
nov/18 19 216 16 349 24 558 3 628 719
dez/18 23 329 17 961 29 013 4 107 779
Total 273 155 219 417 319 433 45 506 9 400
Fonte: SPMS
319 433
273 155
219 417
45 506
9 400
0
50 000
100 000
150 000
200 000
250 000
300 000
350 000
Serviço deUrgência
Autocuidados Cuidados deSaúde Primários
INEM CIAV
Gráfico 28. Atividade de prestação SNS 24: Triagem Aconselhamento e
Encaminhamento (2018)
Fonte: SPMS
PARTE II | 1.SNS 24
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 185
Serviços Informativos
Serviços para contactos de teor não clínico
que possibilitam o acesso rápido e fácil a
informação geral disponível através do Portal
do SNS, ou outra que venha a ser
disponibilizada, relacionada com a prestação
de serviços de saúde, incluindo informação
relativa as entidades centrais, regionais e
locais do Ministério da Saúde. Podem ainda
ser prestados ao cidadão esclarecimentos
sobre os serviços disponíveis online através
do Portal do SNS e o Registo de Saúde
Eletrónico | Área do Cidadão, incluindo a sua
navegação e utilização.
Inclui também um conjunto de serviços de
outbound relacionados com campanhas ou
alertas informativos, como por exemplo a
realizada no âmbito da cativação do vale
cirurgia.
Serviços Administrativos
Serviços para contactos de teor não clínico
que se distinguem dos anteriores por implicar
o acesso a consulta e registo a informação
administrativa do cidadão. Atualmente estão
implementados os seguintes serviços: i)
marcação de consultas nos CSP; ii) submissão
de requerimentos de isenção de taxas
moderadoras por insuficiência económica; iii)
a campanha outbound de vale cirurgia onde
são contactados utentes com nota de
transferência/vale cirurgia ativo no sentido
de informar sobre este procedimento, e de
sensibilizar para uma tomada de decisão
célere sobre a utilização do vale. Uma decisão
rápida do utente quanto à utilização da nota
de transferência/vale cirurgia permite uma
redução da lista de espera. Os serviços
informativos e administrativos estão
disponíveis entre as 8h e as 22h.
Serviços de Telecuidados
No âmbito de serviços de telecuidados foi
desenvolvido e iniciado em 2018 um projeto
no contexto da Avaliação Biopsicossocial
Sénior – o projeto Proximidade Sénior. Este
projeto foi desenhado em colaboração com os
dois ACES participantes (ACES Oeste Sul e
ACES Porto Oriental) para acompanhamento
da população idosa frágil. Constituiu-se uma
nova abordagem baseada na integração de
cuidados. O SNS 24 contacta os utentes
incluídos no projeto com um telefonema
semanal onde são abordados vários
conteúdos de saúde e identificadas situações
que necessitam de uma intervenção de
proximidade realizada a nível local.
O projeto iniciou com 19.030 utentes -
universo de utentes com mais 75 anos, com
telefone e inscritos na área de influência dos
ACES referidos.
PARTE II | 1.SNS 24
186
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 39. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos
- Telefone (2018)
Coluna1 Chamadas Oferecidas
Chamadas Atendidas
Chamadas abandonadas <=15s
Chamadas abandonadas >15s
% Atendimento
% Abandono
jan/18 12 979 12 430 197 350 96% 2%
fev/18 9 814 9 396 150 268 96% 2%
mar/18 10 202 10 001 119 83 98% 1%
abr/18 8 478 8 373 82 22 99% 1%
mai/18 8 627 8 514 85 27 99% 1%
jun/18 8 555 8 440 94 20 99% 1%
jul/18 8 957 8 842 97 18 99% 1%
ago/18 8 538 8 442 81 12 99% 1%
set/18 6 899 6 838 57 3 99% 1%
out/18 9 703 9 564 90 47 99% 1%
nov/18 9 788 9 665 108 15 99% 1%
dez/18 9 435 9 341 77 17 99% 1%
Média 99% 1%
Total 111 975 109 846 1 237 882
Fonte: SPMS
Quadro 40. Atividade operacional SNS 24: Serviços Administrativos e Informativos
- E-mail (2018)
Coluna1
Enfermeiros Administrativos
Recebidos Tratados Recebidos Tratados
jan/18 65 52 11 561 10 083
fev/18 209 132 9 483 8 523
mar/18 224 140 10 683 9 595
abr/18 197 154 10 373 9 553
mai/18 123 98 12 848 11 864
jun/18 204 156 11 142 10 269
jul/18 204 166 13 869 13 054
ago/18 244 210 13 063 12 417
set/18 345 293 17 152 16 566
out/18 262 202 20 074 18 393
nov/18 238 191 17 817 17 034
dez/18 256 204 13 016 12 131
Total 2 571 1 998 161 081 149 482
Fonte: SPMS
PARTE II | 1.SNS 24
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 187
Quadro 41. Resumo de marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo (2018)
Coluna1 Planeamento
familiar Reforço/Recurso Saúde Adulto Saúde Infantil
Saúde Materna
Com sucesso
Sem sucesso
jan/18 23 35 267 32 2 359 610
fev/18 29 31 242 12 5 319 396
mar/18 12 24 224 12 5 277 396
abr/18 9 22 178 18 3 230 233
mai/18 11 28 179 13 3 234 246
jun/18 6 23 217 7 2 255 296
jul/18 5 42 281 18 1 347 318
ago/18 16 36 170 9 1 232 258
set/18 8 29 210 18 0 265 371
out/18 4 28 214 33 4 283 439
nov/18 11 15 321 17 2 366 480
dez/18 5 22 197 15 4 243 285
Total 139 335 2 700 204 32 3 410 4 328
Fonte: SPMS
359
319
277
230 234
255
347
232
265
283
366
243
200
250
300
350
400
jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18 set/18 out/18 nov/18 dez/18
Gráfico 29. Marcação de consultas SNS 24: serviço administrativo - com sucesso (2018)
Fonte: SPMS
PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA
188
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2. Emergência Médica
A frota do Instituto Nacional de Emergência
Médica (INEM) incluía, em 2018, um total de
658 meios, em linha com a capacidade que foi
sendo instalada a nível nacional nos últimos
anos.
Os Centros de Orientação de Doentes
Urgentes (CODU) são centrais de emergência
médica responsáveis por receber as chamadas
provenientes do número europeu de
emergência 112, referentes a situações de
urgência ou emergência na área da saúde.
Funcionam ao longo das 24 horas do dia, em
todo o território do continente, por uma
equipa de profissionais qualificados (médicos
e técnicos de emergência pré-hospitalar) com
formação específica para efetuar o
atendimento, triagem, aconselhamento,
seleção, acionamento e acompanhamento dos
meios de emergência adequados e o contacto
com as unidades de saúde, preparando a
receção hospitalar.
Através da utilização dos meios de
telecomunicações ao seu dispor, o CODU tem
capacidade para acionar os diferentes meios
de socorro, apoiá-los durante a prestação de
socorro no local das ocorrências e, de acordo
com as informações clínicas recebidas das
equipas no terreno, selecionar e preparar a
receção hospitalar dos diferentes doentes.
No decorrer do ano 2018 foram atendidas
1.393.594 chamadas de emergência, uma
média de 3.818 chamadas por dia.
Em 2018 os meios de emergência do INEM
foram acionados 1.323.554 vezes, o valor mais
elevado de sempre.
Conclusão da renovação da frota VMER
No ano de 2018 ficou concluída a renovação de
todas as 44 VMER. Ainda em 2016 foram
atribuídas 20 novas VMER a Unidades
Hospitalares. Em 2017, na sequência do
Despacho n.º 3350/2017, de 20 de abril, foram
renovadas mais 22 VMER.
Também em 2018 foram entregues a duas
últimas viaturas (Centro Hospitalar do Oeste:
VMER das Caldas da Rainha e VMER de Torres
Vedras). Com a entrada em funcionamento
destas duas novas VMER, ficou concluída a
renovação total da frota destas viaturas.
De referir que a renovação da frota VMER foi
concretizada ao abrigo do novo modelo de
aquisição e gestão da frota VMER, passando as
Unidades de Saúde a efetuar diretamente a
aquisição das viaturas.
Cabe ao INEM subsidiar a compra e coordenar
toda a atividade de gestão e operação conjunta
da VMER e aos Serviços Partilhados do
Ministério da Saúde (SPMS) assegurar a
tramitação dos procedimentos de aquisição,
centralizando o processo em nome dos hospitais.
A propriedade das VMER passou a ser dos
Hospitais, que devem assegurar a sua
manutenção, incluindo a contratação de seguros
e estado de operacionalidade permanente.
PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 189
Quadro 42. Frota do INEM
Tipo de Meio Número de Meios Disponíveis
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM)
5 5 6 6 6 5 5 4 4
Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER)
42 42 42 42 42 42 44 44 44
Ambulâncias de Transporte Inter-Hospitalar Pediátrico (TIP)
3 3 3 3 4 4 4 4 4
Ambulâncias Suporte Imediato de Vida (SIV) 29 30 33 37 39 40 40 39 40
Ambulâncias de Emergência Médica (AEM) 63 61 49 55 56 54 56 56 56
Motos de Emergência Médica (MEM) 2 5 6 8 8 8 8 8 9
Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE)
4 4 4 4 4 4 4 4 4
Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM (PEM)
238 241 261 265 275 300 300 305 332
Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM (PR)*
172 174 191 188 180 157 155 147 135
Ambulâncias sedeadas em entidades do SIEM (NINEM)**
96 92 50 41 39 37 40 42 30
Total 642 644 636 649 653 651 656 653 658
*A alteração do número de Postos Reservas (PR) e NINEM deve-se: por um lado, ao facto de alguns destes meios passarem a PEM, e por outro lado pelo facto de se estimar que parte dos NINEM passem a PR. **Os NINEM são Ambulâncias de socorro igualmente pertencentes a Corpos de Bombeiros/Delegações da CVP que, apesar de não terem protocolo de colaboração, o INEM recorre aos seus serviços, em regra por indisponibilidade/ inexistência de meios INEM (meios próprios, PEM ou Reservas), ou por se situarem em áreas mais próximas das ocorrências. Nota: O número de Ambulâncias SIV a 1 de janeiro de 2019, já inclui a SIV de S. Pedro do Sul Fonte: INEM
Gráfico 30. Evolução do número de chamadas de emergência atendidas
Fonte: INEM StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/atividade-
gripe-inem/information/?sort=periodo
1 402 3761 363 129
1 150 1071 201 105
1 262 1451 302 958
1 370 348 1 368 141 1 393 594
400 000
600 000
800 000
1 000 000
1 200 000
1 400 000
1 600 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 31. Evolução do número de acionamentos de meios de emergência
Fonte: INEM
741 315 765 258
926 380
1 073 3851 134 644
1 196 5621 280 322 1 269 196
1 323 554
400 000
600 000
800 000
1 000 000
1 200 000
1 400 000
1 600 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA
190
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Assim, no que se refere à atividade do CODU
em 2018, podemos destacar que se registou
uma média diária de:
• 3.818 atendimentos de chamadas de
emergência no CODU (+1,9%);
• 125 atendimentos de chamadas do SNS 24
para o INEM (+44,4%);
• 187 chamadas enviadas do INEM para o
SNS 24 (-10,1%);
• 83 chamadas recebidas, referentes a
situações de intoxicação (+3,1%);
• 57 chamadas de serviço de apoio
psicológico e intervenção em crise
(+33,5%);
• CODU Mar: 0,2 ( -28,0%);
• Via Verde AVC: 9,6 (+10,5%);
• Via Verde Coronária: 2,0 (+7,0%);
• 6.138 utilizações DAE (+2,6%).
Salienta-se que, no mesmo ano, foram
transferidas 68.163 chamadas do INEM para o
Serviço SNS24 (-10,1% que em 2017).
Por ouro lado, foram encaminhadas pelo
Serviço SNS24 para o INEM um total de
45.459 chamadas (+44,4% em comparação
com 2017). Este aumento tem sido notório
desde 2016.
O Serviço SNS24 permitiu que o INEM
alocasse os seus recursos ao que é,
efetivamente, urgente ou emergente.
Além da abertura de novos meios de
emergência médica, importa ainda fazer uma
nota, no que concerne à reorganização dos
meios aéreos afetos ao Serviço de
Helicópteros de Emergência Médica.
Com efeito, analisados os custos/benefícios
do helitransporte em contexto da emergência
médica (SHEM: Serviço de Helicópteros de
Emergência Médica), as sucessivas
limitações/ indisponibilidades dos
helicópteros da Autoridade Nacional de
Proteção Civil traduziam-se numa execução
do protocolo de partilha de meios aéreos
penalizadora para as necessidades do INEM.
Assim, na sequência da Resolução do
Conselho de Ministros n.º 38/2018, de 8 de
março, o INEM passou a contar com um
dispositivo dedicado em exclusivo à
emergência médica e operacionais durante
todos os meses do ano, composto por quatro
helicópteros.
Memorando de entendimento entre INEM,
LBP e ANPC
O novo memorando de entendimento entre o
INEM, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e
a ANPC, datado de julho de 2017, permitiu a
criação de um novo modelo de PEM, que se baseia
na aquisição de ambulâncias diretamente pelas
Associações de Bombeiros Voluntários,
subsidiando o INEM a sua aquisição e garantindo
a comparticipação nas despesas de manutenção e
de contratualização de seguros.
Neste âmbito, o INEM assegurou a renovação da
frota de ambulâncias dos PEM, tendo assinados
protocolos para renovação de 41 ambulâncias,
dando prioridade à renovação do parque
circulante de ambulâncias com 12 ou mais anos,
num investimento de avultada dimensão por parte
do INEM.
Quanto ao plano de renovação de viaturas, em
2018, foram ainda substituídas 75 ambulâncias. O
plano prevê a substituição das restantes
ambulâncias até 2021, altura em que a frota de
ambulâncias se encontrará totalmente renovada.
PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 191
Quadro 43. Número de acionamentos de meios de emergência, por tipo de meio
Var.
2018/2017
Tipo de Meio 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Valor %
Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM)
1 054 1 247 1 304 1 053 912 920 1 033 986 1 020 34 3,4%
Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER)
53 304 59 226 84 232 101 644 95 855 91 535 96 096 90 156 93 993 3 837 4,3%
Ambulâncias de Transporte Inter-Hospitalar Pediátrico (TIP)
1 407 1 500 1 294 1 289 1 222 1 204 1 405 1 374 1 423 49 3,6%
Ambulâncias Suporte Imediato de Vida (SIV)
26 649 28 506 28 953 33 475 33 508 35 878 37 794 34 826 35 597 771 2,2%
Ambulâncias de Emergência Médica (AEM)
120 545 126 137 140 261 161 384 174 397 167 323 171 899 161 424 151 771 -9 653 -6,0%
Motociclos de Emergência Médica (MEM)
1 582 2 745 3.488 5 648 9 219 7 546 7 106 7 002 6 383 -619 -8,8%
Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE)
271 393 340 360 554 581 539 358 757 399 111,5%
Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM (PEM)
393 646 395 191 476 984 576 984 618 179 688 022 752 420 752 521 839 432 86 911 11,5%
Ambulâncias de Socorro sedeadas em entidades do SIEM (PR)
110 891 115 698 158 047 170 303 175 430 171 239 176 555 173 621 148 809 -24 812 -14,3%
Ambulâncias Não INEM 31 966 34 615 31 477 21 230 25 368 32 315 35 475 46 928 44 369 -2 559 -5,5%
Total 741 315 765 258 922 892 1 073 370 1 134 644 1 196 563 1 280 322 1 269 196 1 323 554 54 358 4,3%
Fonte: INEM
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/acionamento
s-de-meios-de-emergencia-medica/?sort=periodo
Gráfico 32. Número de chamadas
transferidas do INEM para o SNS 24
Fonte: INEM StatLink: https://transparencia.sns.go
v.pt/explore/dataset/saude-
24/information/?sort=data
51 376
45 06846 322
50 029
68 817
75 843
68 163
40 000
60 000
80 000
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 33. Número de chamadas
encaminhadas pelo SNS 24 para o INEM
Fonte: INEM StatLink: http://www.inem.pt/wp-
content/uploads/2018/03/Relat%C3
%B3rio-CODU-2017_14032018.pdf
14 220 14 679 14 36015 591
20 887
31 474
45 459
5 000
20 000
35 000
50 000
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA
192
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Vias Verdes Pré-Hospitalares
As Vias Verdes são estratégias organizadas
que visam a melhoria da acessibilidade dos
doentes na fase aguda das doenças, aos
cuidados médicos mais adequados,
proporcionando um diagnóstico e tratamento
mais céleres eficazes. O INEM tem tido como
objetivo adotar estas estratégias essenciais
não só para melhorar as acessibilidades como
para permitir os tratamentos mais eficazes,
dado que o fator tempo, entre o início de
sintomas e o diagnóstico/tratamento, é
fundamental para a redução de mortalidade e
das sequelas.
As Vias Verdes atuam numa abordagem de
encaminhamento e tratamento mais
adequado, planeado e expedito, nas fases pré,
intra e inter-hospitalares, de situações
clínicas frequentes e/ou graves, que importa
serem especialmente valorizadas pela sua
relevância para a saúde das populações e pela
relação direta (inversa) existente entre tempo
decorrido desde o início dos
sintomas/problemas e prognóstico.
Na vertente AVC
A fase pré-hospitalar da Via Verde do Acidente
Vascular Cerebral (AVC), responsabilidade do
INEM, tem por objetivo orientar os doentes
com sinais e sintomas de AVC para o hospital
adequado, onde o diagnóstico será
confirmado e o tratamento efetuado.
Durante o ano de 2018, e com o objetivo de
melhorar o acesso destes doentes, o INEM
continuou a participar na orientação
adequada dos mesmos, incrementando a sua
participação no transporte inter-hospitalar,
nomeadamente através das equipas das
VMER e/ou das ambulâncias SIV, no seu
modelo integrado no serviço de urgência.
A coordenação da decisão sobre a
referenciação primária e secundária de todos
os doentes urgentes e ou emergentes na rede
nacional de serviços de urgência e/ou
cuidados intensivos, em particular a
referenciação das Vias Verdes, é uma
atribuição do CODU.
Esta atividade é avaliada sistematicamente
através da monitorização do número de
doentes encaminhados para Unidades de AVC,
através da "Via Verde".
Durante o ano de 2018 foram registadas 3.496
situações de doentes com sinais e sintomas de
AVC, uma média de 291 por mês, ou seja, 9,6
casos por dia.
Na vertente Coronária
A Via Verde Coronária pressupõe a
identificação precoce de situações de enfarte
agudo do miocárdio com
supradesnivelamento do segmento ST
(EAMST) e o seu transporte célere até ao local
mais próximo, com capacidade para realizar a
desobstrução mecânica da oclusão arterial.
Atualmente, o INEM tem capacidade de
diagnóstico clínico e eletrocardiográfico
destas situações em todos os seus meios
VMER e ambulâncias SIV, com possibilidade
de envio informático desses dados para as
unidades de saúde definidas como centros
coronários.
Ao longo do ano de 2018 e com o objetivo de
melhorar o acesso dos doentes com EAMST, a
Angioplastia Primária, o INEM continuou a
promover a melhoria da articulação entre o
PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 193
pré-hospitalar e os Centros Coronários, no
sentido de aumentar a eficácia desta Via Verde
e, dessa forma, o número de doentes
submetidos a desobstrução mecânica
primária.
De igual modo continuou a incrementar a sua
participação no transporte inter-hospitalar
destes doentes, nomeadamente através das
equipas das VMER e/ou das ambulâncias SIV,
no seu modelo integrado no serviço de
urgência.
Esta atividade é avaliada sistematicamente
através da monitorização do número de
doentes com EAMST, admitidos através da
"Via Verde".
Em 2018 foram inseridos na Via Verde
Coronária 731 doentes, o que representa em
média 61 casos por mês, ou seja, 2 casos por
dia.
Na vertente da Sépsis grave
A Via Verde da Sépsis visa implementar, em
todos os serviços de urgência do SNS, um
protocolo de identificação rápida e início
imediato de medidas terapêuticas a todos os
utentes com Sépsis grave.
De acordo com a Circular Normativa
n.º 01/DQS/DQCO, da DGS, de 6 de janeiro de
2010, a implementação de um protocolo
terapêutico de Sépsis permite, não só diminuir
a morbilidade e a mortalidade associadas a
esta patologia, mas, também, uma redução
substancial dos custos para as instituições.
Uma implementação alargada destes
protocolos terapêuticos representa um meio
potencial para a melhoria da utilização dos
recursos existentes, com contenção
simultânea dos custos.
Atualmente, e dado que é cientificamente
aceite que uma intervenção precoce e
adequada, tanto em termos de antibioterapia
como de suporte hemodinâmico, possa
melhorar significativamente o prognóstico
dos doentes com Sépsis grave e choque
séptico, é imperativa a implementação de
mecanismos organizacionais que permitam a
sua rápida identificação e instituição
atempada de terapêutica otimizada.
Em 2013, foi implementada a Via Verde da
Sépsis no âmbito pré-hospitalar em Bragança,
Mirandela, Mogadouro, Foz Côa, Gondomar e
Fafe. Em 2016, o INEM deu continuidade às
atividades necessárias conducentes à
execução de um plano de melhoria da Via
Verde, que incluirá a Via Verde da Sépsis no
contexto extra-hospitalar, de forma a
identificar mais precocemente estes doentes e
proceder à sua estabilização inicial e
encaminhamento para os centros de
tratamento de Sépsis grave, criados ao abrigo
da referida norma da DGS.
Em 2017 e 2018 o INEM deu contributos para
a revisão da Norma da Via Verde Sépsis,
contemplando a possibilidade de oferecer
maior cobertura na operacionalização desta
Via, no caso, a extensão de procedimentos às
ambulâncias Suporte Imediato de Vida.
PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA
194
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
3 036
2 920
3 115
3 386
3 164
3 496
2 500
3 000
3 500
4 000
2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: INEM
Gráfico 34. Evolução anual do número de doentes inseridos na Via Verde AVC
658
738763
727
683
731
300
600
900
2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: INEM
Gráfico 35. Evolução anual do número de registos Via Verde Coronária
PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 195
Na vertente do Trauma
À semelhança do que já se verifica com as Vias
Verdes AVC e Coronária, a Via Verde do
Trauma pretende definir os procedimentos a
seguir no encaminhamento das vítimas de
trauma grave para as urgências dos hospitais
mais adequados à sua situação. Este
procedimento nasce da necessidade
reconhecida de melhorar a resposta nestas
situações com elevado impacto na diminuição
da mortalidade e morbilidade por trauma, e
das suas consequências individuais e sociais.
Durante o ano de 2016, e de acordo com a
revisão da rede de serviços de urgência (SU),
o INEM continuou a definir, com os Centros de
Trauma que venham a ser constituídos para o
efeito, protocolos de referenciação de doentes
traumatizados graves, no sentido de fazer
bypass a pontos da rede de SU que não sejam
os mais adequados para determinados
doentes, fazendo-os chegar ao local certo, no
mais curto espaço de tempo possível
(conceito de “Via Verde”).
Em 2017, foi publicado em Diário da
República o Despacho n.º 8977/2017, de 11
de outubro, que cria a Comissão Nacional de
Trauma e respetivos objetivos, concretizando
a multidisciplinaridade da estratégia nacional
relacionada com o trauma.
O INEM tem colaborado ativamente nos
trabalhos da comissão, com vista ao
desenvolvimento da operacionalização da Via
Verde de Trauma, nomeadamente a criação
do Registo Nacional de Trauma, para o qual o
INEM dará os seus contributos.
Desfibrilhação Automática Externa
O INEM tem vindo a apostar na melhoria da
taxa de sobrevivência de pessoas que sofrem
episódios de morte súbita cardíaca
reforçando o Programa Nacional de
Desfibrilhação Automática Externa (DAE)
quer no SIEM, quer em espaços de acesso ao
público, e onde a aposta na formação tem
demonstrado melhorar a capacidade de
resposta do sistema e a probabilidade teórica
de sobrevivência.
A atividade desenvolvida no âmbito da
expansão do DAE vai ao encontro da missão
do INEM - garantir aos sinistrados ou vítimas
de doença súbita a pronta e correta prestação
de cuidados de saúde na área da emergência
médica pré-hospitalar, e encontra-se
evidenciada nos quadros seguintes, que
apresentam os indicadores relativos à
utilização DAE, à atividade no âmbito da
expansão de DAE, bem como os espaços
públicos com DAE.
De salientar que, em 2018, o número de
utilizações de DAE ascendeu às 6.138, das
quais 540 foram recomendados choques, o
que é demonstrativo de um número potencial
muito significativo de vidas salvas.
PARTE II | 2.EMERGÊNCIA MÉDICA
196
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 44. Utilização de DAE
Coluna1 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Número de Utilizações 4 558 5 179 7 093 6 144 5 981 6 138
Número de Casos com choque 532 547 483 483 584 540
Fonte: INEM
Quadro 45. Atividade no âmbito da expansão do Programa de DAE do INEM no SIEM
Coluna1 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Equipamentos em viaturas INEM (VMER, Helicóptero, SIV, AEM e MEM)
148 151 154 154 154 158
Equipamentos em ambulâncias de socorro (Bombeiros e CVP)
410 474 542 616 678 831
Número de operacionais (BV e CVP) formados 581 787 987 739 1 449 6 138
Fonte: INEM
Quadro 46. DAE (Espaços Públicos)
Coluna1 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Número de Programas Licenciados 91 104 111 249 177 403
Número de Equipamentos de DAE 141 394 206 272 344 420
Número de Espaços Públicos com DAE 115 368 205 252 307 374
Número de Operacionais de DAE 1 230 2 711 1 859 2 158 2 514 3 245
Fonte: INEM
PARTE II | 3.TRANSPORTE NÃO URGENTE DE DOENTES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 197
3. Transporte não urgente de doentes
O Transporte não Urgente de Doentes está
associado à realização de uma prestação de
saúde, cuja origem ou destino seja os
estabelecimentos e serviços que integram o
SNS ou as entidades de natureza privada ou
social com acordo, contrato ou convenção
para a prestação de cuidados de saúde.
As condições em que o SNS assegura os
encargos com o Transporte não Urgente de
Doentes estão definidas na Portaria n.º 142-
B/2012, de 15 de maio.
O Sistema de Gestão de Transportes de
Doentes Não Urgentes (SGTD) é uma
plataforma integrada online que suporta as
atividades e a gestão integrada do processo de
transporte programado de doentes desde a
prescrição da credencial do transporte, à sua
aprovação, realização, validação pela entidade
destino e à sua contabilização.
No âmbito do SGTD, o ano de 2018 registou
um crescimento de 4,1%, face a 2017,
relativamente ao número de doentes com
transportes efetuados a nível nacional.
No que se refere aos custos unitários, a ARS
Algarve é a região que apresenta valores mais
elevados. Em sentido oposto, as ARS Norte e
Alentejo são as que registam os mais baixos.
As ARS Centro e Algarve representaram, em
2018, a maior fatia dos custos com
transportes (17,9% e 13,9%,
respetivamente).
À semelhança do que já se verificava em 2017,
os custos unitários por doente transportado
têm apresentado uma diminuição, sendo que
desde 2014 decresceram 11,8%.
Quanto ao número de prestações de saúde a
que os utentes registados no SGTD tiveram
acesso em 2018, num total de 2.605.931
prestações, verificou-se novamente um
acréscimo face ao período homólogo
(+ 5,9%).
Alargamento da isenção de pagamento
de transporte não urgente
às vítimas dos incêndios
As alterações à Portaria nº142-B/2012, de 15 de
maio, foram efetuadas no intuito de reduzir os
custos com transportes para os utentes.
A última alteração foi introduzida pelo
Despacho nº 4703/2018, de 14 de maio, que
determina a gratuitidade do transporte não
urgente associado à realização de prestações de
saúde, tratamentos e ou exames
complementares de diagnóstico e terapêutica
para as vítimas dos incêndios ocorridos em
2017, entre os dias 17 e 24 de junho e 15 e 16 de
outubro.
Neste sentido, foi necessário proceder às
alterações no SGTD de modo a contemplar estas
situações.
De destacar que o Despacho n.º 7299/2018, de
1 de agosto, propôs a implementação do SGTD
em todas as instituições hospitalares do SNS e a
elaboração de um modelo regulatório, com as
regras e normas em vigor no âmbito do sistema
de informação de transporte não urgente de
doentes.
PARTE II | 3.TRANSPORTE NÃO URGENTE DE DOENTES
198
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/transportes-nao-urgentes/
StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/transportes-nao-urgentes/
Quadro 47. Evolução do número de transporte de doentes registados na plataforma SGTD
2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
ARS Norte 98 225 109 049 112 493 116 729 126 728 8,6%
ARS Centro 47 683 48 350 52 724 53 554 56 138 4,8%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 72 525 73 440 76 219 80 401 83 006 3,2%
ARS Alentejo 9 520 15 945 16 427 19 164 14 040 -26,7%
ARS Algarve 8 973 9 402 9 533 10 401 11 875 14,2%
Total 236 926 256 186 267 396 280 249 291 787 4,1%
Fonte: ACSS e SPMS
Quadro 48. Evolução do número de prestações realizadas aos utentes transportados
com registo no SGTD
2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
ARS Norte 947 853 993 896 1 004 002 1 062 166 1 157 741 9,0%
ARS Centro 360 281 367 176 389 224 398 164 426 378 7,1%
ARS Lisboa e Vale do Tejo 763 567 766 404 784 197 815 481 837 749 2,7%
ARS Alentejo 54 250 61 059 69 967 81 616 63 537 -22,2%
ARS Algarve 93 209 101 798 100 160 102 894 120 526 17,1%
Total 2 219 160 2 290 333 2 347 550 2 460 321 2 605 931 5,9%
Fonte: ACSS e SPMS
Gráfico 36. Evolução dos custos unitários por doente transportado,
por região de saúde
Fonte: ACSS e SPMS StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/transportes-nao-urgentes/
165 €170 €
178 € 174 €
213 €225 €
249 €
135 €
299 €
271 €
130 €
180 €
230 €
280 €
330 €
2014 2015 2016 2017 2018
ARS Norte ARS Centro ARS LVT ARS Alentejo ARS Algarve
PARTE II | 4.TAXAS MODERADORAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 199
4. Taxas moderadoras
O Decreto-Lei n.º 113/2011, de 29 de
novembro, na sua redação atual, veio regular
o acesso às prestações do SNS por parte dos
utentes, no que respeita ao regime das taxas
moderadoras e à aplicação de regimes
especiais de benefícios e deu cumprimento ao
previsto na Lei de Bases de Saúde, aprovada
pela Lei n.º 48/90, de 24 de agosto, tendo
estabelecido as categorias de isenção e
dispensa do pagamento de taxas
moderadoras com base em critérios de
racionalidade e de discriminação positiva dos
mais carenciados e desfavorecidos, ao nível do
risco de saúde ponderado e ao nível da
insuficiência económica.
O ano de 2018 não registou alterações ao
regime de pagamento de taxas moderadoras,
tendo o XXI Governo Constitucional alargado
o âmbito de cuidados de saúde dispensados
do pagamento de taxas moderadoras no SNS,
de acordo com o disposto no Decreto-Lei n.º
131/2017, publicado no dia 10 de outubro,
em Diário da República.
Neste contexto, a dispensa de cobrança de
taxas moderadoras foi alargada às seguintes
situações:
• Consultas e atos complementares de
diagnóstico e terapêutica realizados no
decurso de rastreios de base populacional,
rastreios de infeções VIH/SIDA, hepatites,
tuberculose pulmonar e doenças
sexualmente transmissíveis, de programas
de diagnóstico precoce e de diagnóstico
neonatal, e no âmbito da profilaxia pré-
exposição para o VIH, promovidos no
âmbito dos programas de prevenção da
Direção-Geral da Saúde;
• Consultas, bem como atos
complementares prescritos no decurso
destas, no âmbito da prestação de
cuidados pelas equipas específicas de
cuidados paliativos.
Em 2018, estima-se um total de cerca de 6
milhões de utentes isentos/dispensados do
pagamento de taxa moderadora.
Destaque para a redução do número de
utentes isentos no critério de insuficiência
económica
(-210.764 utentes isentos face a 2017).
No ano de 2018, os proveitos com taxas
moderadoras atingiram um total de
161.242.376 euros, valor inferior ao que
acontecia em 2015 (-15%).
Importa também referir que os proveitos com
taxas moderadoras não se distanciam muito
na mesma ordem de grandeza entre os
cuidados de saúde primários e os cuidados
hospitalares, sendo ainda assim superiores
nos cuidados primários.
A percentagem de valores de taxas
moderadoras que foram efetivamente
cobradas aos utentes rondou os 96% do valor
de taxas moderadoras emitidas em 2018.
PARTE II | 4.TAXAS MODERADORAS
200
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt
/explore/dataset/utentes-
isentos/?sort=periodo
Quadro 49. Evolução do número de isenções e dispensas de pagamento de taxas moderadoras
Critério de Isenção 2015 2016 2017 2018
Insuficiência económica 2 697 212 2 627 847 2 882 094 2 671 330
Desempregados e familiares 145 080 153 306 24 569 22 717
Crianças até 12 anos de idade (inclusive) - - -
Menores até 17 anos e 365 dias 1 821 597 1 789 399 1 696 462 1 685 129
Incapacidade igual ou superior a 60% 209 809 228 948 232 333 260 836
Grávidas e parturientes 177 236 208 691 42 366 54 625
Doentes transplantados de órgãos 5 056 5 278 5 284 5 697
Militares e ex-militares das FA incapacitados 4 426 4 560 4 202 4 210
Jovens em processo de promoção e proteção a correr termos em comissão de proteção de crianças e jovens ou no tribunal
29 48 35 46
Jovens que se encontrem em cumprimento de medida tutelar de internamento, medida cautelar de guarda em centro educativo ou instituição
82 101 86 84
Jovens integrados em qualquer das respostas sociais de acolhimento em virtude de decisão judicial proferida em processo tutelar cível
29 37 27 58
Requerentes de asilo e refugiados, respetivos cônjuges ou equiparados e descendentes diretos
314 849 793 897
Doentes crónicos 890 120 890 120 1 160 191 1 251 854
Bombeiros 30 941 33 307 31 183 51 043
Dadores vivos de células, tecidos e órgãos 1 741 1 960 1 748 1 983
Dadores benévolos de sangue 128 100 140 794 95 323 106 455
Fonte: ACSS e SPMS
Quadro 50. Proveitos referentes as taxas moderadoras (em milhões de euros)
Entidade 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*
Serviços e Fundos Autónomos 0,034 M€ 0,024 M€ 0,020 M€ 0,025 M€ 0,029 M€ 0,028 M€ 0,022 M€ 0,027 M€
Administrações Regionais de Saúde 40,3 M€ 90,5 M€ 88,3 M€ 88,7 M€ 95,0 M€ 88,8 M€ 87,9 M€ 88,3 M€
ARS Norte 8,3 M€ 29,6 M€ 28,6 M€ 28,9 M€ 31,5 M€ 30,4 M€ 29,5 M€ 31,4 M€
ARS Centro 4,6 M€ 15,9 M€ 15,7 M€ 15,7 M€ 16,5 M€ 15,6 M€ 15,7 M€ 16,5 M€
ARS LVT 21,9 M€ 37,1 M€ 37,0 M€ 37,3 M€ 40,4 M€ 36,6 M€ 36,5 M€ 34,0 M€
ARS Alentejo 1,7 M€ 2,9 M€ 1,9 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,1 M€
ARS Algarve 3,9 M€ 5,0 M€ 5,0 M€ 4,8 M€ 4,5 M€ 4,1 M€ 4,2 M€ 4,2 M€
Hospitais 57,0 M€ 86,7 M€ 93,2 M€ 90,4 M€ 94,5 M€ 83,5 M€ 74,9 M€ 73,0 M€
Hospitais SPA 2,7 M€ 2,8 M€ 2,5 M€ 2,2 M€ 2,2 M€ 2,4 M€ 2,3 M€ 1,3 M€
Hospitais, Centros Hospitalares e ULS, EPE 54,4 M€ 83,9 M€ 90,7 M€ 88,2 M€ 92,2 M€ 81,1 M€ 72,6 M€ 71,7 M€
Total Rendimentos 97,4 M€ 177,2 M€ 181,5 M€ 179,1 M€ 189,5 M€ 172,4 M€ 162,8 M€ 161,2 M€
Taxas cobradas** 165,8 M€ 173,8 M€ 166,5 M€ 173,8 M€ 153,3 M€ 149,7 M€ 154,7 M€
*Dados provisórios **Os dados de anos anteriores foram atualizados à data, sendo que dados entre 2012 e 2014 foram apurados em Sistema Informático Gestão Económico Financeiro (SIGEF) e dados desde 2015 foram apurados em Sistema de Informação de Gestão Orçamental (SIGO). Fonte: ACSS
PARTE II | 5.PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 201
5. Programa Nacional de Vacinação
O Programa Nacional de Vacinação (PNV) é
um programa universal, gratuito e acessível a
toda a população residente em Portugal.
Criado em 1965, tem por objetivo proteger os
indivíduos e a população em geral contra as
doenças com maior potencial para
constituírem ameaças à saúde pública e
individual e para as quais há proteção eficaz
por vacinação.
A nível individual pretende-se que a pessoa
vacinada fique imune à doença ou, nos casos
em que isso não é possível, tenha uma forma
mais ligeira da doença quando contactar com
o agente infecioso que a causa.
A nível da população pretende-se eliminar,
controlar, ou minimizar o impacto da doença
na comunidade, sendo necessário que a
percentagem de pessoas vacinadas na
população seja a mais elevada possível.
As vacinas para integrar o PNV são
selecionadas com base na epidemiologia das
doenças, na evidência científica do seu
impacto, na sua relação custo-efetividade e na
sua disponibilidade no mercado.
Os Portugueses são os europeus que mais
confiam nas vacinas. Segundo um estudo da
Comissão Europeia em 2018 (State of Vaccine
Confidence in the EU, 2018), Portugal tem a
proporção mais elevada (mais de 95%) de
pessoas que acreditam na segurança,
efetividade e importância das vacinas.
O PNV é regularmente revisto e atualizado
pela Direção-Geral da Saúde, após proposta de
uma Comissão Técnica de Vacinação (CTV)
em função das vacinas disponíveis, da
frequência e distribuição dessas doenças no
nosso país, e da evolução social e dos serviços
de saúde.
A composição da CTV foi revista em 2018
através da Portaria n.º 94/2018, de 1 de
fevereiro, e integra um grupo de peritos com
experiência científica, técnica e clínica, que
recomenda as estratégias vacinais mais
apropriadas, baseadas na melhor evidência
científica disponível.
A avaliação do cumprimento do PNV realiza-
se, anualmente, para verificar se as suas metas
estão a ser cumpridas:
a) 85% para a vacina contra infeções
por vírus do Papiloma humano
(HPV);
b) 95% para as restantes vacinas, até
aos 17 anos de idade.
As coberturas vacinais representam a
proporção (em percentagem) de utentes
vacinados em determinadas coortes de
nascimento (correspondentes a idades-chave
para a avaliação).
Da avaliação efetuada a 31 de dezembro de
2018, destaca-se:
• PNV esquema recomendado:
percentagem de utentes das coortes de
2018, 2017, 2016, 2012, 2011, 2007 e
2004 (que em 2018 completaram, res-
petivamente, 1 ano, 2 anos, 6 anos, 7 anos,
11 anos e 14 anos de idade), vacinados de
acordo com o esquema vacinal
recomendado. Decorrente da alteração das
idades-chave para vacinação, imposta pelo
PNV 2017, apresentam-se pela primeira
PARTE II | 5.PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO
202
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
vez os resultados das coberturas vacinais
para as coortes que completaram em 2018,
6 e 11 anos de idade, nascidos respetiva-
mente em 2012 e 2007;
• Vacinação atempada (Idade
recomendada): percentagem de utentes
da coorte de 2018 que foi vacinada até 1
mês após a data recomendada com a 1ª
dose das vacinas contra S. pneumoniae 13
e contra tosse convulsa, até aos 3 meses de
idade; utentes da coorte de 2016,
vacinados com a 1ª dose das vacinas
contra sarampo e contra N. meningitidis C,
até aos 13 meses de idade;
• Vacinação contra a tosse convulsa
(Tdpa) na gravidez: foi estimada a partir
do número de mulheres em idade fértil
(15-54 anos de idade) vacinadas com
Tdpa15, comparado com o número de
nascimentos em 201816;
• Vacinação contra infeções por vírus do
Papiloma humano (HPV): percentagem
de utentes entre os 11 e os 14 anos de
idade (coortes de 2007 a 2004) que
cumpriram o esquema vacinal
recomendado para a vacina HPV (2 doses);
• Vacinação contra o sarampo:
percentagem de utentes aos 2 e aos 6 a 18
anos de idade (coortes de 2016 e 2012 a
2000) que cumpriram o esquema vacinal
recomendado para a vacina VASPR, de
acordo com a idade.
15 Fonte: VACINAS
Avaliação do PNV - Esquema
recomendado
A percentagem de utentes, em cada coorte,
que cumpriram para cada vacina o número de
doses recomendadas para a idade, está
representada no gráfico que se segue. Todas
as vacinas e doses avaliadas até aos 7 anos de
idade atingem o objetivo de 95% de
cobertura. Aos 6 anos de idade, todas as
vacinas já atingem a meta dos 95%. Observou-
se ainda um aumento das coberturas vacinais
em relação aos valores do ano anterior, para
todas as vacinas, doses e idades avaliadas.
Vacinação atempada – Idade
recomendada
Aos 3 meses de idade, 97% das crianças já
tinham cumprido o esquema recomendado
para as vacinas em estudo (1ª dose das
vacinas contra S. pneumoniae 13 e contra
tosse convulsa). No entanto, aos 13 meses de
idade, 14% das crianças ainda não estavam
protegidas contra o sarampo, nem contra a
doença invasiva por Neisseria meningitidis C.
Em 2018, verifica-se um aumento no
cumprimento da vacinação atempada aos 3 e
13 meses de idade. Nas crianças vacinadas até
aos 13 meses de idade, este aumento foi de 2%
na vacinação contra o sarampo e 1% na
vacinação contra a doença invasiva por
Neisseria meningitidis C.
16 Fonte: INE
PARTE II | 5.PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 203
Gráfico 37. PNV - Esquema Recomendado. Cobertura vacinal por coorte, vacina e dose.
Avaliação 2018, no Continente
Fonte: DGS StatLink: https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/avaliacao-do-programa-
nacional-de-vacinacao-2017.aspx
97% 98% 99%
99%
99%
99%
99%
99%
97%
97%
97%
97%
99%
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98%
95%
95%
95% 96%
96%
95%
95% 96%
96%
96% 97%
97%
97%
97%
90%
94%
80%
85%
90%
95%
100%
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2018 2017 2016 2012 2011 2007 2004
Gráfico 38. Vacinação atempada, para as vacinas contra a tosse convulsa,
S. pneumoniae 13 aos 3 meses de idade, sarampo e N. meningitidis C aos
13 meses de idade. Avaliação 2018, no Continente
Fonte: DGS StatLink: https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/avaliacao-do-programa-
nacional-de-vacinacao-2017.aspx
97% 97%
86% 86%
80%
85%
90%
95%
100%
T. convulsa 1 S. pneumoniae13 1 Sarampo 1 N. meningitidis C 1
2018(vacinados até aos 3 meses)
2016(vacinados até aos 13 meses)
PARTE II | 5.PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO
204
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Vacinação contra a tosse convulsa na
gravidez (Tdpa)
Estima-se que, em 2018, cerca de 85% das
mulheres grávidas tenham sido vacinadas
com a vacina Tdpa, no âmbito do PNV, um
evidente aumento relativamente a 2017.
Vacinação contra o Vírus do Papiloma
Humano (HPV)
Esta vacina é administrada a utentes do sexo
feminino. As coortes em análise iniciaram a
vacinação entre o ano de 2014 e o de 2018
(atualmente com 11 a 14 anos de idade).
Neste período houve alterações na idade re-
comendada para início da vacinação: até
setembro de 2014 era aos 13 anos de idade;
entre outubro de 2014 e dezembro de 2016
era aos 10-13 anos de idade e, a partir de
janeiro de 2017, passou a ser aos 10 anos de
idade.
Todas as coortes analisadas atingiram uma
cobertura vacinal superior a 90% para a 1ª
dose da vacina HPV e só a coorte de 2007
(última a iniciar a vacinação) ainda não
atingiu a meta dos 85% para a 2ª dose. A
partir dos 12 anos de idade (coorte de 2006 e
seguintes), 90% a 94% das raparigas já
completou o esquema recomendado.
Vacinação contra o sarampo
A cobertura vacinal para a primeira dose da
vacina contra o sarampo, avaliada aos 2 anos
de idade, foi de 99% (coorte de 2016). A
cobertura vacinal para a 2ª dose desta vacina,
nos utentes entre os 6 e os 18 anos de idade,
varia entre 96% e 98%.
Estas coberturas vacinais permitem manter o
cumprimento dos objetivos do Programa
Nacional de Eliminação do Sarampo e dos
requisitos internacionais.
Plataforma VACINAS
No decorrer do ano 2017, a DGS implementou,
com o apoio da SPMS, um novo sistema de
informação, designado VACINAS, que tem como
objetivo melhorar a eficiência da gestão da
vacinação aos níveis local, regional e nacional,
bem como a consulta online, da informação
individual, diretamente pelo cidadão. Em 2018
foram efetuados desenvolvimentos à plataforma,
nomeadamente:
• Disponibilização para consulta e registo de
informação aplicada a todos os hospitais do
SNS;
• Inclusão da identificação dos critérios de
elegibilidade para vacinação com BCG para
crianças com idade inferior a 6 anos;
• Possibilidade de o utente, através da Área do
Cidadão e da aplicação MySNS Carteira,
consultar o seu histórico vacinal, podendo
guardar/descarregar o Boletim Individual de
Saúde (boletim de vacinas) como ficheiro
digital.
PARTE II | 5.PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 205
Gráfico 39. Vacinação contra infeções por HPV. Cobertura vacinal por coorte, sexo
feminino. Avaliação 2018, no Continente
Fonte: DGS StatLink: https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/avaliacao-do-programa-
nacional-de-vacinacao-2017.aspx
93%
80%
95%
90%
96%
93%
96%
94%
70%
85%
100%
1 2 1 2 1 2 1 2
2007 2006 2005 2004
Gráfico 40. Vacina contra o sarampo, 2ª dose. Cobertura vacinal por coorte.
Avaliação 2018, no Continente.
Fonte: DGS StatLink: https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/avaliacao-do-programa-
nacional-de-vacinacao-2017.aspx
96%97% 97% 97% 97%
98% 98% 98% 98% 98% 98% 98% 98%
80%
85%
90%
95%
100%
2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000
PARTE II | 5. PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO
206
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Surto de Sarampo em instituição
hospitalar
O risco de infeção por sarampo aumentou a
nível internacional, especialmente na Europa,
nos últimos dois anos. Este risco está
relacionado com a existência de baixas
coberturas vacinais contra o sarampo em
vários países e o aumento da circulação das
pessoas. Aumentou assim o risco de
importação de casos de doença para Portugal.
Em 2018 registaram-se, em Portugal, vários
casos isolados e 7 surtos de sarampo, com
origem em casos importados. Todos os surtos
foram rapidamente controlados, em menos de
dois meses.
Destaca-se o surto ocorrido na região Norte,
com epicentro numa instituição hospitalar, o
qual teve origem num caso importado de Itália
e registou um total de 107 casos confirmados.
Destes, 106 eram adultos com menos de 40
anos de idade, 87 (82%) dos quais pro-
fissionais de saúde. Salienta-se ainda que 94
casos (88%) estavam vacinados com 1, 2 ou 3
doses de vacina contra o sarampo, a maioria
(80 casos) com 2 ou mais doses.
Está descrito que, em pessoas vacinadas, a
doença apresenta um quadro clínico mais
ligeiro (sarampo modificado) e com muito
baixa probabilidade de contágio. Esta situação
verifica-se em países com elevada cobertura
vacinal e com um sistema de vigilância
epidemiológica e laboratorial eficaz, situação
que se verifica em Portugal.
O célere controlo dos surtos resultou da
imunidade de grupo existente na população
portuguesa, mantida através das elevadas
coberturas vacinais contra o sarampo, ao
longo de décadas, evitando assim, a ocorrên-
cia de novas cadeias de transmissão, o que
garante que não se estabeleça a circulação do
vírus no país. Assim, Portugal poderá manter
o estatuto de País com eliminação do sarampo,
reconhecido pela OMS, desde 2012 e
certificado desde 2015.
Campanhas de sensibilização
O investimento na informação dos cidadãos e dos
profissionais de saúde, capacitando quer para a
tomada de decisões cada vez mais informadas
quer para a crescente partilha de informação
credível sobre as vacinas e a vacinação, é a base
para o alargamento das parcerias com diferentes
setores da sociedade, abrangendo cada vez mais
públicos-alvo e tornando mais eficiente a
promoção da vacinação como um direito, um
dever e um ato de cidadania.
Neste sentido, em 2018 DGS promoveu diversas
campanhas de sensibilização sobre a
importância da vacinação, nomeadamente:
• Semana Europeia da Vacinação 2018;
• Campanha de alto impacto – “Vale a pena
Vacinar”;
• Vacinas para a vida – Migrantes;
• Comemoração do 10º aniversário da
vacinação contra HPV.
PARTE II | 5. PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 207
Os resultados da avaliação do PNV em 2018
revelaram um aumento das coberturas
vacinais em todas as idades e vacinas, o que se
poderá explicar por:
• Maior investimento nas atividades
relacionadas com a vacinação em todo o
país;
• Maior procura da vacinação, fruto dos
surtos de sarampo e das campanhas de
sensibilização realizadas;
• Otimização dos registos da vacinação,
agora efetuados numa plataforma única
(VACINAS), acessível em todas as
unidades de saúde do SNS (Continente).
Os excelentes resultados devem-se não só ao
empenho e dedicação dos profissionais de
saúde, mas também à confiança que os
cidadãos continuam a depositar no Programa.
Para que o PNV continue a ser um programa
de sucesso no controlo das doenças alvo, o seu
cumprimento tem de ser mantido e
sustentado, pelo que é necessário reforçar o
investimento em:
• Comunicar a importância da vacinação
atempada, especialmente até aos 12 meses
de idade, inclusive;
• Não perder oportunidades de vacinação,
melhorando o acesso, sem barreiras;
• Criar novas oportunidades para a
vacinação;
• Convocar todas as pessoas com esquemas
vacinais em atraso e desenvolver
atividades adicionais de vacinação em
comunidades com menor cobertura
vacinal.
Figura 2. Programa Nacional de Vacinação: esquema vacinal recomendado
1HPV - Aplicável apenas a raparigas, com esquema 0,6 meses 2Tdpa - Aplicável apenas a grávidas, em qualquer idade. Uma dose em cada gravidez 3Td - De acordo com a idade da pessoa, devem ser aplicados os intervalos
recomendados entre doses, tendo como referência a data de administração da dose anterior. A partir dos 65 anos, recomenda-se a vacinação de todas as pessoas que tenham feito a última dose de Td há ≥10 anos; as doses seguintes são administradas de 10 em 10 anos
Fonte: DGS
StatLink: https://www.dgs.pt/documento
s-e-publicacoes/avaliacao-do-programa-
nacional-de-vacinacao-2017.aspx
PARTE II | 6. PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DE SAÚDE ORAL
208
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
6. Programa Nacional de Promoção
de Saúde Oral
O Programa Nacional de Promoção da Saúde
Oral (PNPSO) desenha uma estratégia global
de intervenção assente na promoção da
saúde, prevenção e tratamento das doenças
orais.
Desenvolve-se ao longo do ciclo de vida e nos
ambientes onde as crianças e jovens vivem e
visa a diminuição da incidência e da
prevalência da cárie dentária, a melhoria dos
conhecimentos e comportamentos sobre
saúde oral e a promoção da equidade na
prestação de cuidados de saúde oral às
crianças e jovens e a grupos populacionais
com necessidades de saúde especiais.
O PNPSO prevê a atribuição de cheques-
dentista aos respetivos utentes beneficiários,
nomeadamente grávidas seguidas no SNS,
beneficiários do complemento solidário para
idosos, crianças e jovens com idade inferior a
16 anos, utentes portadores de VIH/SIDA e
utentes com lesão suspeita de cancro oral.
Atualmente é regulado pela Portaria n.º
301/2009, de 24 de março, que confirma as
grávidas e os idosos como grupos alvo e eleva
para os 16 anos a idade para inclusão de
crianças e jovens.
As atividades do programa articulam-se, em
especial, com as dos programas de saúde
escolar, saúde infantil e juvenil, saúde
materna e vigilância da saúde do idoso e está
baseado na atividade desenvolvida ao nível da
rede de cuidados de saúde primários.
Até 2008, o PNPSO estava centrado em
atividades de prevenção e educação para a
saúde e na avaliação da saúde oral ou
tratamento de doenças da boca e dentes a
crianças escolarizadas, mediante acordo entre
o SNS e especialistas privados.
A partir de 27 de maio de 2008, teve início a
emissão de cheques-dentista a grávidas em
vigilância pré-natal no SNS, bem como a
idosos beneficiários do complemento
solidário para idosos e também utentes do
SNS. A partir de 2010 passou a integrar os
utentes portadores de VIH/SIDA.
A 1 de março de 2014, o PNPSO foi alargado,
passando a incluir a intervenção precoce no
cancro oral (Despacho n.º 686/2014, de 15 de
janeiro).
Em 1 de março 2016, o PNPSO foi alargado aos
jovens de 18 anos e aos portadores de
VIH/SIDA já com acesso anterior (segundo
ciclo de cheques) de acordo com o Despacho
n.º 12889/2015, de 13 de novembro.
O XXI Governo Constitucional assumiu como
bandeira o objetivo de tornar a Saúde Oral
acessível a todos os Portugueses, pelo que, ao
abrigo do Despacho n.º 8591-B/2016, de 29
de junho, o PNPSO foi ampliado, passando a
contemplar consultas de saúde oral nos
cuidados de saúde primários.
Saliente-se que no ano letivo de 2012/2013 se
alteraram as regras de emissão e de utilização
de cheques-dentista, por forma a coincidir a
utilização dos cheques com o ano civil, pese
embora a emissão se inicie com o ano letivo.
Esta alteração provocou um desfasamento na
utilização dos cheques emitidos em 2012, que
vieram apenas a ser utilizados em 2013. Os
dados a partir de 2014 já traduzem a
normalidade face ao histórico.
PARTE II | 6. PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DE SAÚDE ORAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 209
Nos quadros que se seguem figuram os
valores correspondentes à evolução do
número de beneficiários do PNPSO entre
2010 e 2018.
Neste sentido e considerando o ano de 2018,
foram emitidos mais de 629 mil cheques-
dentista, um aumento de 8,3% em relação a
2017.
De referir ainda que até ao final de 2018, os
idosos e os utentes portadores de VIH/SIDA,
eram os grupos com a mais elevada taxa de
utilização dos cheques (85,3% e 81,4%,
respetivamente).
No projeto de saúde oral nos cuidados de
saúde primários, a utilização situou-se nos
32,3%, valor que se estima aumentar nos
próximos anos face ao reforço progressivo de
médicos dentistas nos cuidados de saúde
primários.
Aumento do número de Gabinetes de
saúde oral nos centros de saúde
Em 2018, existiam mais 17 gabinetes de saúde
oral em todo o país em relação a 2017, num total
de 77, distribuídos em 73 centros de saúde, de
34 ACES, das cinco regiões.
PARTE II | 6. PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DE SAÚDE ORAL
210
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/d
ataset/saude-oral/?sort=tempo
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/saude-
oral/?sort=tempo
Quadro 51. Evolução do número de utentes SNS que beneficiaram do PNSO
Número de utentes SNS beneficiários*
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Grávidas 39 474 38 855 41 144 40 808 44 424 49 753 51 482 53 766 56 551 5,2%
Idosos 6 492 5 451 5 300 5 488 5 171 5 305 5 626 6 081 6 101 0,3%
Saúde Infantil <=6 anos 19 033 21 155 24 127 20 051 28 667 28 590 28 615 28 606 28 617 0,04%
Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2009/2010
186 862
Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2010/2011
139 046 145 578 Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2011/2012
131 159 152 294
Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2012/2013 16 131 266 552 Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2013/2014
115 451 166 026
Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2014/2015 116 854 151 852 Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2015/2016
109 830 157 436
Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2016/2017 106 288 152 726
Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2017/2018
88 688 165 789 86,9%
Crianças e Jovens 7/10/ 13 anos 2018/2019 91 219
Crianças e Jovens 16 anos 3 087 5 318 15 925 21 300 13 540 20 747 53,2%
Crianças e Jovens 18 anos 1 676 3 151 7 790 147,2%
Crianças e Jovens Idades Intermédias
3 308 4 445 6 437 7 000 11 303 12 775 7 688 8 088 13 600 68,2%
Portadores VIH/SIDA 41 255 244 463 443 392 792 641 692 8,0%
Intervenção Precoce no Cancro Oral
2 401 3 831 4 191 4 172 3 896 -6,6%
Saúde Oral nos CSP* 3 066 51 386 59 470 15,7%
Total 394 256 346 898 245 677 458 900 380 607 378 253 388 160 410 845 454 472 10,6%
*Utentes beneficiários de Cheque dentista, Referenciações para Higienista Oral e Referenciações para medicina dentária no centro de saúde Nota: Quando se referem crianças de 7,10 e 13 anos, os dados dizem respeito a cheques dentista e referenciações para consultas de higiene oral nos centros de saúde. Fonte: DGS
Quadro 52. Evolução do número de cheques emitidos por grupo-alvo no âmbito do PNSO
Cheques emitidos por grupo-alvo 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Grávidas 81 322 80 415 85 047 82 641 88 190 97 609 100 804 104 009 107 138 3,0%
Idosos 10 940 9 377 9 103 9 288 8 745 8 986 9 359 10 223 10 164 -0,6%
Saúde Infantil <=6 anos 19 033 21 155 24 127 20 051 28 667 28 590 28 615 28 606 28 619 0,1%
Crianças e Jovens 7/10/13 anos* 463 273 427 807 315 425 510 772 403 915 376 094 375 447 353 935 375 144 6,0%
Crianças e Jovens 16 anos 3 087 5 316 15 913 21 300 13 540 20 747 53,2%
Crianças e Jovens 18 anos 1 676 3 151 7 790 147,2%
Crianças e Jovens Idades Intermédias
3 308 4 445 6 437 7 000 11 303 12 775 7 688 8 088 13 600 68,2%
Portadores VIH/SIDA 51 637 582 1 122 1 088 1 017 1 672 1 458 1 415 -3,0%
Intervenção Precoce no Cancro Oral 2 402 4 543 5 004 5 165 5 027 -2,7%
Saúde Oral nos CSP 3 074 52 284 59 534 13,9%
Total 577 927 543 836 440 721 633 961 549 626 545 527 554 639 580 459 629 178 8,4%
*Inclui as referenciações para a consulta de higiene oral nos centros de saúde Fonte: DGS
PARTE II | 6. PROGRAMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DE SAÚDE ORAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 211
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/saude-oral/?sort=tempo
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/saude-
oral/?sort=tempo
Quadro 53. Evolução do número total de cheques utilizados no âmbito do PNSO
Cheques utilizados por grupo-alvo
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Grávidas 68 120 67 626 71 261 67 961 71 624 78 487 80 548 82 268 83 153 1,1%
Idosos 9 530 8 353 8 118 8 107 7 734 7 870 8 084 8 852 8 668 -2,1%
Saúde Infantil <=6 anos 10 621 13 126 14 683 11 677 14 452 17 972 16 231 16 134 15 616 -3,2%
Crianças e Jovens 7/10/13 anos* 308 032 318 559 314 931 312 402 300 983 288 145 285 069 275 759 274 919 -0,3%
Crianças e Jovens 16 anos 2 122 4 138 9 906 13 758 9 560 14 658 53,3%
Crianças e Jovens 18 anos 1 215 2 271 5 470 140,9%
Crianças e Jovens Idades Intermédias
1 706 2 959 4 877 5 246 6 717 10 031 6 174 5 742 10 032 74,7%
Portadores VIH/SIDA 20 566 503 960 958 907 1 395 1 277 1 152 -9,8%
Intervenção Precoce no Cancro Oral 954 2 082 2 360 2 728 2 957 8,4%
Saúde Oral nos CSP 453 31 105 19 233 -38,2%
Total 398 029 411 189 414 373 408 475 407 560 415 400 415 287 435 696 435 858 0,04%
*Inclui as referenciações para a consulta de higiene oral nos centros de saúde Fonte: DGS
Quadro 54. Evolução da taxa de utilização de cheques no âmbito do PNSO
Taxa de utilização de cheques 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Grávidas 83,8% 84,1% 83,8% 82,2% 81,2% 80,4% 79,9% 79,1% 77,6% -1,5%
Idosos 87,1% 89,1% 89,2% 87,3% 88,4% 87,6% 86,4% 86,6% 85,3% -1,3%
Saúde Infantil <=6 anos 55,8% 62,0% 60,9% 58,2% 50,4% 62,9% 56,7% 56,4% 54,6% -1,8%
Crianças e Jovens 7/10/13 anos 66,5% 74,5% 99,8% 61,2% 74,5% 76,6% 75,9% 77,9% 73,3% -4,6%
Crianças e Jovens 16 anos 68,7% 77,8% 62,3% 64,6% 70,6% 70,7% 0,1%
Crianças e Jovens 18 anos 72,5% 72,1% 70,2% -1,9%
Crianças e Jovens Idades Intermédias
51,6% 66,6% 75,8% 74,9% 59,4% 78,5% 80,3% 71,0% 73,8% 2,8%
Portadores VIH/SIDA 39,2% 88,9% 86,4% 85,6% 88,1% 89,2% 83,4% 87,6% 81,4% -6,2%
Intervenção Precoce no Cancro Oral 39,7% 45,8% 47,2% 52,8% 58,8% 6,0%
Saúde Oral nos CSP 14,7% 59,5% 32,3% -27,2%
Total 69% 76% 94% 64% 74% 76% 75% 75% 69% -6,0%
Fonte: DGS
PARTE II | 7.PESSOA COM DOENÇA RARA
212
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
7. Pessoa com doença rara
O “Cartão de Pessoa com Doença Rara”
(CPDR) foi criado em 2014, na sequência da
Resolução da Assembleia da República n.º
34/2009, de 7 maio de 2009.
O ano de 2018 continuou a acompanhar a
evolução positiva no que se refere ao número
de emissão dos cartões, com um total de 1.328
cartões emitidos, reflexo da medida de
alargamento desta iniciativa, a todos os
hospitais e médicos do SNS.
Os objetivos da implementação do “Cartão da
Pessoa com Doença Rara” são os seguintes:
• Assegurar que nas situações de urgência
ou emergência, os profissionais de saúde
tenham acesso à informação relevante da
pessoa com doença rara e à especificidade
da situação clínica, permitindo o melhor
atendimento do utente;
• Melhorar a continuidade de cuidados,
assegurando que a informação clínica
relevante da pessoa com doença rara está
na posse do utente, num formato acessível
e que o acompanha nos diferentes níveis
de cuidados de saúde;
• Facilitar o encaminhamento apropriado e
rápido para a unidade de saúde que
assegure, efetivamente, os cuidados de
saúde adequados ao utente.
No seu conjunto, as doenças raras afetam
cerca de 6% da população, estimando-se que,
em Portugal, existam cerca de 600 mil pessoas
portadoras destas doenças. Existem entre 5
mil e 8 mil doenças raras. Cada uma destas
doenças atinge menos de 0,1% da população.
Muitas são graves e, por vezes, altamente
incapacitantes, enquanto outras não são
impeditivas do normal desenvolvimento
intelectual e apresentam evolução benigna.
O impacto destas doenças é multiplicado pelo
difícil e, em geral, tardio diagnóstico, para o
qual contribuem, pela sua raridade, a falta de
informação por parte dos médicos, as
ineficiências no encaminhamento dos utentes
para os serviços especializados mais
adequadas e por não se terem, ainda, definido
e reconhecido, em muitos países, centros de
referência. Sabe-se, pela literatura
internacional, que cerca de um quarto dos
utentes espera pelo diagnóstico definitivo
entre cinco a trinta anos, após o aparecimento
dos primeiros sintomas.
Em Portugal existem, hoje, mais de 6.340
pessoas com doença rara detentoras do
Cartão da Pessoa com Doença Rara. Até à data
foram codificadas no CPDR mais de 800
doenças raras.
A desmaterialização e desburocratização do
processo possibilitou que mais doentes
obtivessem o seu cartão digital e que todos os
profissionais de saúde pudessem consultar a
informação de emergência, específica para
cada doente, em tempo real de consulta ou
urgência.
De salientar ainda nesta matéria, o
reconhecimento de Centros de Referência e de
Redes Europeias de Referência nas áreas de
intervenção complexa ou doença rara, como
explanado no ponto 4 da Parte I deste
relatório.
PARTE II | 7. PESSOA COM DOENÇA RARA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 213
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/cartao-da-pessoa-com-
doenca-rara/?sort=periodo
Quadro 55. Cartão de pessoa com doença rara
2014 2015 2016 2017 2018
Número de profissionais habilitados 182 383 427 Todos os médicos
Todos os médicos
Número de cartões requisitados 622 911 776 2 703 1 328
Número de unidades de Saúde emissoras 6 13 14 Todos os
hospitais do SNS
Todos os hospitais do
SNS
Fonte: DGS
PARTE II | 8.SANGUE
214
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
8. Sangue
O consumo de componentes sanguíneos para
o tratamento adequado de cada vez mais
doentes obriga a um apelo constante à dádiva
de sangue. Pretende-se que a colheita, através
da dádiva voluntária e não remunerada,
garanta a autossuficiência nacional em sangue
e componentes sanguíneos, o que em Portugal
é garantido com as cerca de 32 dádivas por mil
habitantes/ano.
Dada a sua importância, esta área é
transversal a toda a atividade clínica, em
qualquer estabelecimento hospitalar. No final
de 2018 o Sistema Português de
Hemovigilância (SPHv) registava um total de
253 instituições.
No que se refere à distribuição dos serviços de
sangue pelo número de dádivas homólogas
colhidas a nível nacional, é possível concluir
que:
• O Instituto Português do Sangue e da
Transplantação através dos 3 Centros de
Sangue e Transplantação colheu no ano
de 2018, 60,4% das dádivas nacionais;
• Os serviços de sangue hospitalares
colheram, no mesmo período cerca de
40% das dádivas nacionais.
• O Centro de Sangue e Transplantação do
Porto representa 40% das dádivas do
IPST, o de Lisboa 32% e o de Coimbra
representa 28% das dádivas.
Acompanhando a tendência verificada desde
2008, no ano de 2018 verificou-se uma
diminuição no número de dadores e dádivas
de sangue, em linha com a diminuição das
necessidades de consumo de sangue para
transfusão. De notar ainda que a percentagem
de dadores regulares de sangue atingiu os
88% em 2018.
O Despacho n.º 3387/2018, de 5 de abril,
marcou o início, em Portugal, de um programa
de gestão do sangue do doente, denominado
internacionalmente Patient Blood
Management. O programa decorreu em nove
unidades piloto, nomeadamente os Centros
Hospitalares Universitários de São João, de
Lisboa Norte, de Coimbra, os Centros
Hospitalares do Tâmega e Sousa, da Cova da
Beira, a Unidade Local de Saúde do Litoral
Alentejano e os três institutos portugueses de
Oncologia. Esta nova abordagem, para além
de visar a melhoria dos resultados em saúde,
está associada a um menor consumo de
recursos, representando um passo
importante para a segurança dos doentes,
prevenindo ou tratando a anemia,
minimizando as perdas sanguíneas e
otimizando a tolerância dos doentes à anemia,
sem recurso desnecessário à terapêutica
transfusional.
No que diz respeito à atividade de transfusão
em 2018 verificou-se uma estabilização no
número de transfusões de pool de plaquetas
(com e sem redução patogénica) e plaquetas
de aférese e uma ligeira diminuição do
número de doentes transfundidos com pool
de plaqueta e plaquetas de aférese; continua a
verificar-se um aumento de transfusões com
PFC com inativação patogénica; um ligeiro
aumento de transfusões com Plasma SD;
apesar do número de doentes transfundidos
com componentes plasmáticos ter diminuído
apresenta uma evolução estável.
PARTE II | 8. SANGUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 215
Quadro 56. Número de entidades registadas no Sistema Português de Hemovigilância, em 2018
Norte Centro Lisboa e Vale
do Tejo Alentejo Algarve
Região Autónoma da Madeira
Região Autónoma dos Açores
Total
Ponto Transfusional 56 24 46 6 10 5 2 149
Serviço de Medicina Transfusional
23 13 34 70
Serviço de Sangue 1 1
Serviço de Sangue e Serviço de Medicina Transfusional
9 4 9 5 2 1 3 33
Total 88 41 89 11 13 6 5 253
Nota: Dados provisórios Fonte: IPST
Quadro 57. Evolução do número de dadores de sangue que efetuaram dádiva
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*
Número de dadores que efetuaram dádiva
293 778 271 159 249 168 237 826 226 882 223 924 217 431 211 170 203 294
*Dados provisórios Fonte: IPST
Quadro 58. Atividade de transfusão em 2018
Número de unidades
transfundidas Número de doentes
transfundidos
Sangue total 30 19
Eritrócitos 290 235 91 756
Plaquetas, aférese, desleucocitadas 5 656 1 710
Pool de plaquetas obtidas de unidades de sangue total 30 540 7 964
Pool de plaquetas obtidas de unidades de sangue total, com redução patogénica 2 858 800
Plaquetas obtidas de uma unidade de sangue total 8 441 978
Plasma fresco congelado de quarentena 4 587 1 414
Plasma fresco congelado, com redução patogénica 3 785 639
Plasma SD (Solvent Detergent Treated) - industrial 46 848 8 446
Crioprecipitado 273 47
Granulócitos, aférese 53 1
Total 393 306 113 774
Fonte: IPST
StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/colheita-de-sangue-2/
StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/colheita-de-sangue-2/
Gráfico 41. Evolução da percentagem de dadores de sangue regulares
Fonte: IPST StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/colheita-de-sangue-2/
81,9%83,7% 84,1% 83,2%
85,9%
95,2%
88,0%
70%
75%
80%
85%
90%
95%
100%
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE II | 9.TRANSPLANTAÇÃO
216
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
9. Transplantação
A área da transplantação de órgãos
apresentou em 2018, uma estabilização da
atividade realizada, importando destacar:
• Diminuição do número de transplantes
provenientes de dador falecido, com um
total de 757 transplantes realizados,
menos 6% que em 2017;
• Diminuição do número de dadores
falecidos de cerca de 2%;
• Aumento do número de dadores
falecidos em paragem circulatória (28
em 2018 e 21 em 2017);
• Aumento da idade média dos dadores
falecidos, de 53,8 anos em 2018 para
57,4 em 2018;
• Diminuição do número de órgãos
colhidos, (-4%).
O gráfico que se segue ilustra a evolução do
número total de transplantes de 2011 a 2018,
sendo que em 2018 se realizou um total de
829 transplantes.
Registo Português de Transplantação
O Registo Português de Transplantação (RPT) é
um sistema de âmbito Nacional, web based,
localizado nos servidores do IPST, na RIS do
Ministério da Saúde, com acessibilidade a todos
os utilizadores credenciados e oficialmente
validados (médicos, enfermeiros e técnicos) de
56 Hospitais Dadores, 18 Unidades de
Transplantação de Órgãos Sólidos, 3 Centros de
Sangue e Transplantação do IPST, além da
Coordenação Nacional e dos 5 Gabinetes
Coordenadores de Colheita e Transplantação,
responsáveis pela articulação nacional e
internacional.
O RPT inclui o registo de todas as informações
relevantes para o processo de doação, desde a
identificação e análise detalhada do dador,
registo de consultas de pré-transplante, quer na
fase de transplante, bem como, o registo de
consultas de follow-up de doentes
transplantados.
Desde a entrada em produção, em junho de
2016, estão já registados 437 utilizadores dos
diversos perfis, cerca de 1.600 potenciais
dadores e cerca de 3.500 candidatos a
transplantação.
Gráfico 42. Evolução do número de transplantes
Fonte: IPST StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/doacao-e-transplantacao-de-orgaos-2/
838
680
789
747
824
864
895
829
600
650
700
750
800
850
900
950
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE II | 10. ATRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE APOIO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 217
10. Atribuição de produtos de apoio
O Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio
- SAPA destina-se a financiar os produtos de
apoio prescritos por ato médico às pessoas
com deficiência, no âmbito da consulta
externa das unidades hospitalares
prescritoras. Estas entidades, indicadas pelas
ARS, financiam os produtos de apoio que
prescrevem através da Prescrição Eletrónica
Médica (PEM), após avaliação médico-
funcional e sociofamiliar, sendo a sua
atribuição gratuita e universal.
A criação do programa de financiamento de
produtos de apoio, bem como do anterior
regime supletivo de atribuição, teve como
objetivo facilitar o acesso aos produtos de
apoio, para todas as pessoas com deficiência e
para pessoas com incapacidade temporária.
Para este efeito, entende-se por “pessoa com
deficiência” aquela que, por motivo de perda
ou anomalia, congénita ou adquirida, de
funções ou de estruturas do corpo, incluindo
as funções psicológicas, apresente
dificuldades específicas suscetíveis de, em
conjugação com os fatores do meio, lhe limitar
ou dificultar a atividade e a participação em
condições de igualdade com as demais
pessoas. Por conseguinte, “pessoa com
incapacidade temporária” é aquela que por
motivo de doença ou acidente encontre, por
um período limitado e específico no tempo,
dificuldades específicas suscetíveis de, em
conjugação com os fatores do meio, lhe limitar
ou dificultar a sua atividade e participação
diária em condições de igualdade com as
demais pessoas.
Dada a sua natureza, o SAPA integra alguns
produtos que se constituem como
dispositivos médicos e, por essa razão, o
Ministério da Saúde tem vindo a promover a
definição de regimes de comparticipação de
alguns desses produtos procurando, assim,
facilitar o acesso dos utentes do SNS e
desburocratizar os mecanismos em que o
acesso é assegurado, ao mesmo tempo que se
simplifica o processo de prescrição e controlo
de despesa.
Na sequência da publicação do Despacho n.º
10909/2016, de 8 de setembro, a
responsabilidade financeira dos produtos de
apoio no âmbito da ostomia e no âmbito dos
produtos de apoio usados no corpo para a
absorção de urina e fezes (fraldas), quando
prescritos nos cuidados de saúde primários,
transitou para o Ministério da Saúde.
Neste contexto, os dispositivos médicos para
apoio aos doentes ostomizados e com
incontinência ou retenção urinária, regulam-
se pelos regimes de comparticipação
definidos pela Portaria n.º 92–E/2017, de 3 de
março, alterada e republicada pela Portaria
n.º 111/2018, de 26 de abril e a n.º 284/2016,
de 4 de novembro, alterada e republicada pela
Portaria n.º 92-F/2017, de 3 de março,
respetivamente.
Estes regimes de comparticipação facilitam o
acesso, na medida em que não acarretam
qualquer custo para os utentes do SNS, ao
assegurarem a comparticipação a 100%,
como referido nos diplomas legais aplicáveis,
sendo a respetiva dispensa efetuada nas
farmácias comunitárias.
Neste âmbito, em 2018 o SNS despendeu
18.201.007 euros com estes produtos.
PARTE II | 10. ATRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE APOIO
218
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
De acordo com o Despacho n.º 11974-A/2018,
de 12 de dezembro, os produtos de apoio para
absorção de urina e fezes, para além de
poderem ser disponibilizados pelos hospitais
são fornecidos ou reembolsados pelas
unidades de cuidados de saúde primários.
Em 2018 o SNS despendeu 1.099.613 euros,
correspondendo a cerca de 1.177.587
reembolsos.
Considerando a necessidade de garantir uma
resposta mais célere na entrega dos produtos
de apoio aos utentes, mantendo o
acompanhamento e a monitorização da
execução deste sistema de atribuição, em
2018, o financiamento dos hospitais EPE, que
outrora era efetuado ao abrigo de um
Programa Vertical, passou a integrar a verba
atribuída nos Contratos-Programa
hospitalares, o que levou a que o tempo
decorrido entre o reconhecimento da
necessidade de um produto de apoio em
contexto de consulta externa e a sua
atribuição ao utente passasse, a partir desse
momento, a depender apenas do tempo
decorrido do desenvolvimento do processo de
aquisição. Contudo, os estabelecimentos
hospitalares SPA e PPP ainda mantêm o
modelo de financiamento por Programa
Vertical de Ajudas Técnicas.
De salientar ainda que no decorrer do ano
2018, o SNS apresentou despesa, no âmbito
dos produtos de apoio atribuídos em meio
hospitalar, num total de 7.810.020 euros que
corresponde a 15.320 produtos de apoio
disponibilizados diretamente aos utentes.
Quadro 59. Evolução do número produtos de apoio entregues e respetivos encargos
(HH EPE, SPA/PPP)
2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Número de produtos de apoio entregues 10 995 15 721 15 320 -2,5%
Encargos com produtos de apoio 4 184 330 € 6 081 604 € 7 810 020 € 28,4%
Nota: Nota: A execução financeira dos Hospitais EPE no âmbito do Contrato-Programa, ainda não se encontra concluída, pelo que os valores apresentados são provisórios. Fonte: ACSS
PARTE II | 11. BENEFÍCIOS ADICIONAIS EM SAÚDE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 219
11. Benefícios adicionais em saúde
O regime de benefícios adicionais de saúde
(BAS) para os beneficiários do complemento
solidário para idosos (CSI) foi criado em 2007,
através do Decreto-Lei n.º 252/2007, de 5 de
julho.
O objetivo é combater os desafios associados
ao envelhecimento demográfico, ao aumento
das doenças crónicas e incapacitantes entre a
população idosa, com implicação nos custos
de aquisição de medicamentos e outros
produtos de manutenção e proteção da saúde,
como óculos e próteses dentárias.
Os benefícios adicionais de saúde englobam:
• Participação financeira em 50% da parcela
do preço dos medicamentos não
comparticipada pelo Estado;
• Participação financeira em 75% da
despesa na aquisição de óculos e lentes até
ao limite de 100 euros, por cada período de
dois anos;
• Participação financeira em 75% da
despesa na aquisição e reparação de
próteses dentárias removíveis até ao
limite de 250 euros, por cada período de
três anos.
Estes benefícios, a efetuar por reembolso,
incidem apenas sobre a parcela não
comparticipada ou reembolsada.
Em 2018, a nível nacional, estavam inscritos
23.095 beneficiários do BAS (-568 do que em
2017).
Em linha com o que se tinha verificado nos
anteriores, a ARS Norte regista o maior
número de beneficiários, com uma
percentagem de 49%, face ao total nacional,
seguindo-lhe a ARS Centro com uma
percentagem de 24% de beneficiários
inscritos.
No que se refere ao número de pedidos de
reembolso pagos, constata-se que em 2018
95% dos pedidos (o correspondente a
87.861) reportam-se a pedidos de reembolso
de medicamentos, sendo residual o número de
pedidos de reembolso ao nível de despesa
com a aquisição ou reparação de próteses
dentárias removíveis (1.509) e com a
aquisição de óculos e lentes (3.091).
Do montante total da despesa em 2018
(2.094.249 euros), cerca de 47%, o
equivalente a 994.687 euros da despesa
ocorreu na ARS Norte, a par com o facto de ser
a ARS com maior número de beneficiários.
No que concerne ao reembolso de despesas
com medicamentos, o valor dos pagamentos
foi de 1.586.323 euros, que corresponde a
cerca de 76% do montante total da despesa
com a atribuição do BAS.
Em 2018 registou-se uma diminuição de
0,03% na despesa total, quando comparado
com o período homólogo.
PARTE II | 11. BENEFÍCIOS ADICIONAIS EM SAÚDE
220
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 60. Evolução do número de beneficiários, por região
2016 2017 2018
ARS Norte 11 994 11 560 11 380
ARS Centro 5 792 5 755 5 623
ARS Lisboa e Vale do Tejo 4 711 4 492 4 313
ARS Alentejo 1 459 1 423 1 364
ARS Algarve 462 433 415
Total 24 418 23 663 23 095
Fonte: ACSS
Quadro 61. Número de pedidos de reembolso pagos (2018)
Medicamentos Próteses Dentárias Óculos e Lentes Total
ARS Norte 44 136 796 1 346 46 278
ARS Centro 21 193 354 751 22 298
ARS Lisboa e Vale do Tejo 15 526 279 717 16 522
ARS Alentejo 5 726 58 196 5 980
ARS Algarve 1 280 22 81 1 383
Total 87 861 1 509 3 091 92 461
Fonte: ACSS
Quadro 62. Valor dos pagamentos efetuados, por tipologia (2018)
Medicamentos Próteses Dentárias Óculos e Lentes Total
ARS Norte 761 829 € 109 665 € 123 192 € 994 687 €
ARS Centro 409 453 € 50 309 € 69 515 € 529 276 €
ARS Lisboa e Vale do Tejo 284 519 € 46 442 € 65 759 € 396 720 €
ARS Alentejo 105 847 € 12 047 € 18 304 € 136 198 €
ARS Algarve 24 675 € 4 723 € 7 970 € 37 368 €
Total 1 586 323 € 223 186 € 284 740 € 2 094 249 €
Fonte: ACSS
PARTE II | 12.COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS: DROGAS, ÁLCOOL E JOGO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 221
12. Comportamentos aditivos e dependências: drogas, álcool e jogo
O desenvolvimento de políticas e de respostas
no domínio dos Comportamentos Aditivos e
Dependências (CAD) por parte do Estado
Português articula-se no Plano Nacional para
a Redução dos Comportamentos Aditivos e
das Dependências 2013-2020, do qual
decorrem Planos de Ação que recobrem os
dois quadriénios desse período. Definidos e
implementados sob a égide da Coordenação
Nacional para os Problemas da Droga,
Toxicodependência e o Uso Nocivo do Álcool,
e em articulação com os diferentes Ministérios
que nela participam, estes instrumentos
orientadores recolhem ainda as contribuições
dos membros do Fórum Nacional Álcool e
Saúde e das entidades parceiras no âmbito do
Jogo.
Resultante do posicionamento adotado face
aos CAD expresso nestes documentos
orientadores, da concretização das políticas e
respostas neste domínio, resultaram ganhos
em saúde, sendo que na área do consumo de
substâncias ilícitas se salienta a descida
sustentada dos indicadores relacionados com
as infeções por VIH e SIDA associadas à
toxicodependência.
Em termos globais, tem-se verificado
igualmente o cumprimento das metas
definidas para os indicadores relacionados
com os consumos dos mais jovens, em
particular no que respeita à cannabis
(perceção dos riscos do consumo, o retardar a
idade do início dos consumos e a prevalência
do consumo recente).
Mantém-se igualmente uma evolução positiva
de alguns indicadores na área do álcool, como
a perceção de menor facilidade de acesso a
bebidas alcoólicas em idades inferiores a 18
anos e o retardar das idades de início dos
consumos em populações jovens, tendo por
consequência importantes ganhos em saúde
no que se refere à morbilidade associada a
estes consumos.
No que se refere ao acesso e prestação de
cuidados de saúde especializados em CAD, em
2018 registou-se uma diminuição do total de
utentes em seguimento nos Centros de
Respostas Integradas (CRI), unidades de
intervenção local que executam intervenções
e cuidados especializados em CAD. No
entanto, os números de novos utentes e de
utentes readmitidos nos CRI contraria esta
tendência, evidenciando acréscimos quer no
que concerne aos Problemas Ligados ao
Álcool (PLA), quer relativamente a utentes
com morbilidade associada ao uso de outras
substâncias psicoativas ilícitas (OSPA).
Ainda relativamente ao acesso e prestação de
cuidados de saúde, devem ser salientados os
programas em curso a nível nacional nas
várias áreas de intervenção (Prevenção,
Redução de Risco e Minimização de Danos,
Tratamento e Reinserção), particularizando o
Programa de Troca de Seringas (mais de 58
milhões de seringas trocadas, desde o seu
início até 2018) e os Programas de
Substituição de Heroína por Metadona, os
quais têm um papel fundamental na
diminuição dos consumos e a aproximação
dos utentes aos cuidados e aos profissionais
de saúde.
Constituindo uma Medida Estruturante do
dispositivo português de resposta aos CAD, o
Plano Operacional de Respostas Integradas
PARTE II | 12.COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS: DROGAS, ÁLCOOL E JOGO
222
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
(PORI) manteve-se em 2018 como uma
referência, garantindo intervenções
integradas neste domínio. Gerido pelo SICAD
e operacionalizado em estreita colaboração
com as Divisões de Intervenção para os
Comportamentos Aditivos e Dependências
das Administrações Regionais de Saúde,
permite conferir financiamento público a
pessoas coletivas, privadas e sem fins
lucrativos, celebrando contratos de atribuição
de fundos a Programas de Respostas
Integradas.
No desenvolvimento desta medida
estruturante, foram acompanhados e
monitorizados, em 2018, 122 projetos
financiados no âmbito do PORI.
Refira-se ainda a ação do SICAD no âmbito da
Lei nº 30/2000, de 29 de novembro, no que se
refere ao funcionamento das Comissões para
a Dissuasão da Toxicodependência,
competindo a este serviço garantir as
infraestruturas e o suporte técnico a estes
organismos.
Quadro 63. Utentes sob intervenção em CRI no ano*, novos** e readmitidos.
Problema aditivo principal: Problemas Ligados ao Álcool (PLA)
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Utentes em tratamento no ano 10 382 10 848 11 117 11 616 11 881 12 498 13 678 13 828 13 422
Novos utentes 1 549 3 009 3 344 3 403 3 353 3 704 3 759 3 352 3 403
Instituição judicial/ área de reinserção social***
752 762
Médico de Família/ Cuidados de Saúde Primários
726 718
Instituição de Saúde/ Outro profissional*** 504 592
Utentes readmitidos 284 665 1 244 1 157 930 657 690 1 047 1 202
Médico de Família/ Cuidados de Saúde Primários***
181 192
Autorreferenciação/ Iniciativa própria*** 183 198
Instituição judicial/ área de Reinserção Social***
149 266
*Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de álcool e com pelo menos um evento assistencial no ano **Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas que recorreram pela primeira vez às estruturas da rede de cuidados especializados em CAD (primeiros pedidos de tratamento) ***Principais fontes de referenciação: ARS e SICAD Nota: Face à informação anteriormente publicada, foram retificados os valores referentes a 2017. Fonte: ARS e SICAD
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/movi
mento-clinico-de-utentes-com-problemas-de-comportamentos-
aditivos-e-dependen/information/?sort=ano
PARTE II | 12.COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS: DROGAS, ÁLCOOL E JOGO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 223
Quadro 64. Utentes sob intervenção em CRI no ano*, novos** e readmitidos.
Problema aditivo principal: Outras Substâncias Psicoativas (OSPA)
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Utentes em tratamento no ano 31 248 29 781 29 062 28 133 27 689 26 993 27 834 27 150 25 582
Novos utentes 1 514 1 715 2 001 1 985 1 950 2 024 2 090 1 769 1 858
Instituição judicial/ área de Reinserção Social***
448 550
Autorreferenciação/ Iniciativa própria*** 406 420
Família/ Amigos*** 234 219
Utentes readmitidos 2 568 2 376 4 012 2 154 1 803 1 365 1 211 1 538 1 603
Autorreferenciação/ Iniciativa própria*** 579 604
Instituição judicial/ área de Reinserção Social***
280 288
Família/ Amigos*** 123 131
*Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de álcool e com pelo menos um evento assistencial no ano **Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas que recorreram pela primeira vez às estruturas da rede de cuidados especializados em CAD (primeiros pedidos de tratamento) ***Principais fontes de referenciação: ARS e SICAD Nota: Face à informação anteriormente publicada, foram retificados os valores referentes a 2017. Fonte: ARS e SICAD
Quadro 65. Utentes sob intervenção em CRI -
Crianças e jovens em situação de risco
2015 2016 2017 2018
Utentes em tratamento no ano 2 840 3 003 2 983 2 729
Novos utentes 1 505 1 541 1 319 1 242
Utentes readmitidos 68 100 182 165
Nota: Face à informação anteriormente publicada, foram retificados os valores referentes a 2017. Fonte: SICAD
Quadro 66. Utentes sob intervenção em CRI
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Hipnóticos e sedativos 34 37 45 45 56 69 75 7 72
Metadona não prescrita 8 23 25 26 25 27 39 55 68
Buprenorfina não prescrita 2 7 10 13 19 24 29 47 53
Fonte: SICAD
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/movi
mento-clinico-de-utentes-com-problemas-de-comportamentos-
aditivos-e-dependen/information/?sort=ano
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/movi
mento-clinico-de-utentes-com-problemas-de-comportamentos-
aditivos-e-dependen/information/?sort=ano
PARTE II | 12.COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS: DROGAS, ÁLCOOL E JOGO
224
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Gráfico 43. Episódios de internamento em Unidades de Desabituação - PLA e OSPA
Fonte: SICAD
394
508
788
638
442
642 654
613
250
350
450
550
650
750
850
950
2015 2016 2017 2018
Problemas Ligados ao Álcool Outras Substâncias Psicoativas Ilícitas
PARTE II | 13. CENTRO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 225
13. Centro de Emergências em Saúde Pública
A Unidade de Apoio à Autoridade de Saúde
Nacional e à Gestão de Emergências em Saúde
Pública inclui o apoio à Autoridade de Saúde
Nacional e o Centro de Emergências em Saúde
Pública (CESP).
O CESP surge no âmbito das recomendações
da Comissão Europeia e da Organização
Mundial de Saúde para o reforço das
estruturas e sistemas de deteção, prevenção e
resposta a emergências de saúde pública, no
contexto da Decisão N.º 1082/2013/UE do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de
outubro de 2013. Este Centro tem vindo a
consolidar o seu papel na deteção precoce de
ameaças à saúde pública, reforçando a
capacidade de monitorização de indicadores,
eventos e alertas, apoiando a avaliação, gestão
e comunicação de risco, bem como, a ser
reconhecido como facilitador da articulação
interinstitucional, ao nível nacional e
internacional, designadamente com a OMS e o
Centro Europeu de Prevenção e Controlo de
Doenças (ECDC).
Em 2018, foi dada continuidade às atividades
permanentes de Epidemic Intelligence,
permitindo a elaboração semanal do Boletim
RONDA, cujo interesse tem culminado no
alargamento da sua lista de distribuição. Este
documento permitiu acompanhar a evolução
das principais ameaças de saúde pública,
destacando-se, a nível internacional, o surto
de Ébola na República Democrática do Congo.
No âmbito do apoio do CESP à resposta a
emergências de saúde pública, em Portugal,
destacam-se os surtos de sarampo e de
doença dos legionários, bem como o
acompanhamento da evolução das
populações de mosquitos da espécie Aedes
albopictus.
O CESP participou, também, na elaboração de
normas, orientações, comunicados e
relatórios diversos, bem como na resposta
direta a cidadãos.
Em 2018, foi reforçada a vigilância
epidemiológica dos casos de gripe
hospitalizados, coordenada por este Centro
desde 2011, através do aumento do número
de Unidades de Cuidados Intensivos
participantes e, pela primeira vez, do envio de
dados para o ECDC, através do TESSy (The
European Surveillance System) e, ainda, da
inclusão de duas enfermarias na rede de
vigilância epidemiológica da gripe.
Em termos de preparação e resposta a
emergências de saúde pública, foi reforçada a
capacidade de trabalho intersetorial, através
do desenvolvimento de iniciativas com
parceiros de vários setores. Assim, salienta-se
a participação do CESP em vários exercícios
de simulação, nomeadamente:
• CELULEX18, em colaboração com o
Exército Português, no âmbito da
preparação e resposta ao Ébola, tendo sido
ainda realizadas visitas aos vários
hospitais de referência;
• EPIDEMEX18, dirigido a profissionais dos
Serviços de Saúde Militar, entre outros,
sobre segurança sanitária global;
• Exercício europeu sobre resistência a
antimicrobianos, organizado pelo ECDC e
Comissão Europeia, numa vertente de
deteção precoce e de prevenção e controlo
de infeções;
PARTE II | 13.CENTRO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA
226
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
• EU HEX-ML, desenvolvido pela Comissão
Europeia, Conselho da União Europeia e o
Serviço Europeu para a Ação Externa, num
cenário multirriscos, com a participação
de vários setores e Estados-Membros.
O CESP coordenou, em colaboração com o
ECDC e a EUROPOL, o curso Cross-sectoral
biorisk awareness and mitigation training que
decorreu no Algarve, focado na capacitação de
profissionais da saúde, da proteção civil e
forças policiais na deteção e controlo de
ameaças biológicas.
Destaca-se ainda a organização e participação
em grupos de trabalho, nomeadamente na
Taskforce para o Festival Eurovisão da
Canção, XI Jogos Desportivos da CPLP
em São Tomé e Príncipe, preparação de visitas
de técnicos estrangeiros, identificação de
peritos para missões internacionais,
representação da DGS/Portugal em reuniões
internacionais, participação em Joint Actions
Europeias e acompanhamento das matérias
do Health Security Committee, entre outros.
Em 2018, o CESP foi ainda responsável pela
formação, em regime de estágio, de 15
profissionais de saúde das áreas do Internato
Médico de Saúde Pública, Infeciologia, Ano
Comum e, também, do programa europeu
European Programme for Intervention
Epidemiology Training (EPIET).
PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 227
14. Acesso ao medicamento
A promoção de uma política sustentável na
área do medicamento, que permita conciliar o
rigor orçamental com o acesso à inovação
terapêutica, o aumento da quota de utilização
de medicamentos genéricos e da utilização de
biossimilares e o estímulo à investigação e à
produção nacional no setor do medicamento,
são prioridades definidas no Programa para a
saúde do XXI Governo Constitucional.
Sustentabilidade
O Compromisso para a sustentabilidade e o
desenvolvimento do SNS, assinado no dia 26
de fevereiro de 2016 entre o Ministério da
Saúde e as associações representativas da
indústria farmacêutica, das farmácias, dos
grossistas e da indústria de dispositivos
médicos, visa manter a convergência numa
política sustentável na área do medicamento e
produtos de saúde, conciliadora do rigor
orçamental.
A 15 de março de 2016 foi assinado um acordo
entre os Ministérios da Saúde, da Economia e
das Finanças e a APIFARMA, promovendo um
controlo da despesa com medicamentos nos
mercados hospitalar e ambulatório e a
introdução de medicamentos inovadores, com
vigência para 2016-2018.
Em fevereiro de 2017 foram assinados
acordos entre os Ministérios da Saúde e das
Finanças e as associações representativas das
farmácias (Associação Nacional de Farmácias
e Associação de Farmácias de Portugal).
Ainda em 2017, entrou em vigor nova
legislação que permitiu criar um novo quadro
de referência da atuação das farmácias:
• Remuneração específica às farmácias
pela dispensa de medicamentos
inseridos em grupos homogéneos e com
os preços mais baixos (Portaria n.º
262/2016, de 7 de outubro);
• Remuneração das farmácias pela
intervenção no Programa Troca de
Seringas (Portaria n.º 301-A/2016, de 30
de novembro);
• Decreto-Lei n.º 75/2016, de 8 de
novembro, que altera o Regime Jurídico
das Farmácias, que visa agilizar os
processos de comunicação e registo na
área do licenciamento das farmácias, em
linha com o programa Simplex+;
• Desenvolvimento de projetos-piloto na
área de prestação de serviços de
intervenção em saúde pública,
nomeadamente:
o Dispensa de medicamentos para a
infeção VIH nas farmácias
comunitárias, cujo objetivo
pretende promover a adesão
terapêutica e maior comodidade e
acesso à terapêutica.
Estratégia Nacional do Medicamento e
Produtos de Saúde 2016 – 2020
A Resolução de Conselho de Ministros n.º
56/2016, de 13 de outubro, aprovou a
Estratégia Nacional do Medicamento e
Produtos de Saúde 2016 – 2020 cujos eixos
principais de ação são os seguintes:
• Revisão dos mecanismos de dispensa e de
comparticipação de medicamentos, em
PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO
228
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
especial dos doentes crónicos em
ambulatório;
• Promoção do aumento da quota de
utilização de medicamentos genéricos e
biossimilares;
• Elaboração do Plano Hospitalar de
Medicamentos;
• Colaboração com a Rede de Cuidados de
Saúde Primários;
• Desenvolvimento de modelos de avaliação
das tecnologias de saúde;
• Valorização do papel das farmácias
comunitárias e utilização dos seus
serviços, em articulação com as unidades
do Serviço Nacional de Saúde;
• Incentivo e apoio à investigação e à
produção nacional no setor do
medicamento e dos dispositivos médicos.
Mercado do medicamento
No ano de 2018, os encargos do SNS e dos
utentes com medicamentos apresentam um
aumento de 3,4% e 1,6%, respetivamente,
quando comparados com 2017.
Do mesmo modo, o volume de embalagens
disponibilizadas aumentou 2,5%, face ao
período homólogo.
O aumento dos encargos do SNS deveu-se ao
aumento da dispensa de medicamentos com
escalões elevados de comparticipação
(antidiabéticos 90% e anticoagulantes 69%).
Já o aumento do encargo do utente
relacionou-se, essencialmente, com um
aumento da utilização. Apesar do encargo do
utente apresentar um aumento de 1,6% face a
2017, o encargo médio por embalagem
apresenta uma diminuição de 0,9% (-0,04€
por embalagem).
Reforço da intervenção das farmácias
A 3 de fevereiro de 2018 foram assinados os
acordos entre os Ministérios das Finanças e
Saúde e Associações de Farmácias, que preveem
a criação de condições que permitem a
integração das farmácias na rede de prestação
de serviços no SNS:
• Desenvolvimento de programas de saúde
pública nas áreas da prevenção da doença, do
fomento do uso racional, seguro e eficaz do
medicamento e da adesão à terapêutica;
• Prestação de serviços de intervenção em
saúde pública, sendo exemplo o projeto-
piloto já iniciado de dispensa de
medicamentos para a infeção VIH/SIDA nas
farmácias comunitárias, e a manutenção do
Programa Troca de Seringas;
• Dispensa de medicamentos inseridos em
grupos homogéneos e com os preços mais
baixos, através da atribuição de uma
remuneração específica às farmácias,
beneficiando o Estado e o utente [0,35 euros
para embalagens abaixo do 4º preço];
• Revisão da regulamentação em vigor sobre:
a) prestação de serviços de saúde e
serviços farmacêuticos nas farmácias;
b) prática de descontos;
c) regime de turnos.
• Promoção do conhecimento em saúde
através da intervenção das farmácias na
geração de dados relativos à segurança e à
efetividade da utilização de tecnologias de
saúde.
PARTE II | 14. ACESSO AO MEDICAMENTO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 229
Quadro 67. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e
volume de embalagens comercializadas
Coluna1 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
SNS (em milhões de euros) 1 639 1 326 1 173 1 160 1 170 1 182 1 190 1 214 1 255 3,4%
Utente (em milhões de euros) 707 799 683 689 703 710 697 700 711 1,6%
Embalagens (em milhões) 140 140 140 149 153 155 156 157 161 2,5%
Fonte: INFARMED
Fonte: INFARMED
Gráfico 44. Evolução dos encargos do SNS e dos utentes com medicamentos e
volume de embalagens comercializadas
1 639
1 326
1 173 1 160 1 170 1 182 1 190 1 214 1 255
707 799
683 689 703 710 697 700 711
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
€0
€200
€400
€600
€800
€1 000
€1 200
€1 400
€1 600
€1 800
€2 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Milh
õe
s d
e E
mb
ala
ge
ns
Milh
õe
s d
e E
uro
s
SNS Utente Embalagens
Gráfico 45. Evolução do encargo médio do cidadão por embalagem de medicamento
Nota: Face à informação anteriormente publicada, foi retificado o valor referente a 2017 Fonte: INFARMED
5,71 €
4,87 €4,62 € 4,59 € 4,58 € 4,47 € 4,45 € 4,41 €
0 €
2 €
4 €
6 €
8 €
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO
230
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Medicamentos genéricos e biossimilares
O Ministério da Saúde tem vindo a promover
o aumento da utilização de medicamentos
genéricos e biossimilares, através da difusão
de informação a cidadãos e profissionais de
saúde, sublinhando as vantagens da sua
utilização para um maior acesso e para a
sustentabilidade do SNS.
Este ponto tem sido objeto de discussão com
as unidades hospitalares em reuniões
periódicas de acompanhamento da atividade
do SNS e as instituições hospitalares estão
empenhadas neste objetivo.
Analisando a evolução registada ao nível do
mercado de genéricos, constatou-se que a
percentagem de unidades de medicamentos
genéricos no total de medicamentos
comparticipados pelo SNS, de acordo com
dados disponibilizados pelo INFARMED,
atingiu 48,4% em 2018, o que representa um
aumento de 0,9 pontos percentuais
relativamente ao período homólogo, e de 16,9
pontos percentuais em relação a 2010,
conforme demonstra o gráfico da página ao
seguinte.
Ainda em relação aos genéricos, importa
destacar que, em 2018, se alcançou o melhor
resultado de sempre em termos de consumo
de medicamentos genéricos em Portugal, quer
se analise a quota de medicamentos genéricos
em valor (25,4%), em unidades (48,4%) e em
Dose Diária Definida (53,7%).
Quanto aos biossimilares, destaca-se em meio
hospitalar o aumento significativo da quota do
biossimilar de Infliximab para 62,7% em 2018
face a 42,5% em 2017.
Verificou-se também um aumento
significativo da quota do biossimilar de
Rituximab, cuja quota passou de 8,7% em
2017 para 47,9% em 2018. Importa ainda
destacar o início do consumo em 2018 de
biossimilares de Adalimumab e Trastuzumab.
Medicamentos biossimilares
De acordo com o explicitado na Orientação n.º
1/abril/2016, da comissão nacional de farmácia
e terapêutica, o conceito de “medicamento
biossimilar” define-se como aquele produzido
por um novo fabricante que demonstra a sua
semelhança farmacocinética e farmacodinâmica
com um medicamento biológico conhecido e já
aprovado, a que se chama “medicamento
biológico de referência”.
Os medicamentos biossimilares destinam-se a
ser utilizados para o tratamento da mesma ou
mesmas doenças, na mesma dose e via de
administração.
Para mais informação consultar em:
http://www.infarmed.pt/documents/15786/1816213/1_Orienta%
C3%A7%C3%B5es_CNFT_Completa_Final.pdf/bd4475fc-147b-
4254-a546-03b8cd63efff
PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 231
Gráfico 46. Evolução anual da quota de medicamentos genéricos no SNS
Fonte: INFARMED
23
,0%
21
,0%
22
,8%
24
,1%
24
,3%
4,6
%
24
,6%
25
,4%
36
,2%
41
,2%
44
,7%
46
,5%
47
,0%
47
,3%
47
,5%
48
,4%
42
,0%
47
,3%
51
,5%
52
,9%
53
,0%
52
,7%
52
,8%
53
,7%
54
,3%
59
,0%
61
,4%
63
,5%
64
,4%
64
,4%
63
,0%
63
,6%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Valor Quota de medicamentos genéricos em unidades
Quota de medicamentos genéricos em Dose Diária Definida Quota de medicamentos genéricos no mercado concorrencial
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/genericos/?sort=tempo
Gráfico 47. Evolução da quota de medicamentos biossimilares,
em unidades dispensadas
Fonte: INFARMED
7,3%
25,4%
4,6%
47,9%
4,1%
13,8%
26,0%
42,5%
62,7%
0%
20%
40%
60%
80%
2014 2015 2016 2017 2018
Etanercept Rituximab Infliximab
PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO
232
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Acesso a medicamentos inovadores
A promoção do acesso a medicamentos
inovadores, através da aprovação de
processos de comparticipação ou de
introdução nos hospitais do SNS de
medicamentos inovadores foi outra das
prioridades assumidas, no ano de 2018, na
área do acesso ao medicamento.
Os medicamentos aprovados pelo INFARMED
nos últimos anos têm contribuído para
significativos ganhos em saúde para os
cidadãos, apresentando-se como soluções
inovadoras, seguras e custo-efetivas.
Em 2018, foram aprovados 40 novos
medicamentos ou novas indicações para
financiamento pelo Serviço Nacional de
Saúde, com destaque para as áreas da
oncologia, doenças raras, cardiologia e
sistema nervoso central.
Portugal, através do INFARMED, encontra-se
na coliderança de um diálogo europeu sobre o
acesso sustentável à inovação, através de
várias iniciativas internacionais17, com o
objetivo de encontrar soluções para garantir o
acesso a novos medicamentos e produtos de
saúde. Também com este objetivo e de forma
a antecipar medidas que visem preparar o
sistema de saúde para tecnologias que
alterem de forma significativa o SNS foi
desenvolvido o projeto Horizon Scanning.
Este é um projeto que assenta na colaboração
17 Destacam-se duas cooperações internacionais: EUnetHTA, rede
europeia de colaboração das autoridades de avaliação de
tecnologias de saúde cujo Comité Executivo o INFARMED integra,
que visa a avaliação de tecnologias de saúde bem como o
desenvolvimento de ferramentas de avaliação; Declaração de La
Valletta, onde 10 Estados Membros (Portugal, Chipre, Croácia,
Eslovénia, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Malta, e Roménia)
expressaram vontade política de cooperar com objetivo de
garantir acesso dos pacientes a novos medicamentos e
de várias direções do INFARMED, integrando
a perspetiva de investigação e
desenvolvimento, regulamentar, de avaliação
de tecnologias de saúde e de monitorização
das tendências de consumo e despesa.
Ensaios clínicos
Os ensaios clínicos são um instrumento
indispensável para a investigação e
desenvolvimento de novos medicamentos,
tendo assim um papel fundamental na
melhoria das condições de saúde.
Nesta área observou-se, em 2018, um total de
142 ensaios clínicos realizados.
O Registo Nacional de Ensaios Clínicos
(RNEC), operacionalizado através da criação
de uma plataforma eletrónica para registo e
tratamentos, garantindo a sustentabilidade dos sistemas de
saúde. Para alcançar este objetivo, foi criado um comité
permanente, Valletta Technical Committee, co-presidido pelo
INFARMED, que tem trabalhado na promoção do acesso ao
medicamento através de troca de informação sobre
medicamentos e outras tecnologias bem como avaliação e
negociação conjunta.
Fonte: INFARMED
16 125
24 22 2416
11 9
1311
13
7
2313
35 49
31
0
10
20
30
40
50
60
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ambulatório Hospitalar
Gráfico 48. Evolução do número de
medicamentos inovadores aprovados
ou novas indicações
PARTE II | 14. ACESSO AO MEDICAMENTO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 233
divulgação dos estudos clínicos que foi
disponibilizada a partir de 5 de dezembro de
2016, dando cumprimento ao artigo 39.º da
Lei da Investigação Clínica, visa contribuir
para o desenvolvimento da investigação
clínica em Portugal, através da
desmaterialização da comunicação, em
particular no que se refere à submissão de
pedidos regulamentares nesta área.
Hepatite C
No âmbito do acesso à terapêutica para
tratamento do vírus da hepatite C encontram-
se disponíveis 5 medicamentos antivíricos de
ação direta para tratar a doença.
A decisão do Ministério da Saúde de tratar
todas as pessoas infetadas pelo vírus da
hepatite C faz com que Portugal seja um dos
primeiros países a nível mundial, a
implementar uma medida estruturante para a
eliminação deste grave problema de saúde
pública.
Até 31 de dezembro de 2018, foram
autorizados 22.109 tratamentos. Desses,
20.337 doentes tinham iniciado tratamento,
dos quais 16.201 já o tinham concluído. Dos
12.137 doentes já com resultados do
tratamento (Resposta Virológica Mantida),
96,5% destes estavam curados (11.718).
Revisão sistema de comparticipação
No âmbito do processo de revisão do sistema
de comparticipação gerido pelo INFARMED,
destacam-se as seguintes alterações em 2018:
• Exclusão da comparticipação de
medicamentos com efetividade não
demonstrada;
• Monitorização sistemática dos contratos
de comparticipação, com a devolução de
40 milhões de euros em Payback por parte
da Indústria Farmacêutica;
• Avaliação de um novo dispositivo médico
para a auto monitorização de pessoas com
diabetes, da qual resultou a
comparticipação em 85%;
• Criação do regime excecional de
comparticipação do Estado no preço de
medicamentos, alimentos e suplementos
alimentares que sejam considerados
indispensáveis ao crescimento e qualidade
de vida das crianças com sequelas
respiratórias, neurológicas e/ou
alimentares secundárias à prematuridade
extrema (com idade gestacional inferior a
28 semanas). Trata-se do primeiro regime
excecional de comparticipação que
abrange mais que um tipo de tecnologia de
saúde.
Outras iniciativas realizadas em 2018,
na área do medicamento hospitalar
Em 2018, foi reforçada a atividade inspetiva
nos hospitais e a monitorização dos apoios da
Indústria Farmacêutica.
Importa também destacar o custo médio por
embalagem: medicamento genérico é de 4,07
Fonte: INFARMED
10587
99116 119 123
144128
142
0
40
80
120
160
200
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 49. Número de ensaios clínicos
realizados
PARTE II | 14.ACESSO AO MEDICAMENTO
234
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
euros para o SNS (com um custo médio por
utente de 3,21 euros) e de marca é 10,53
euros para o SNS (com custo médio por utente
de 5,29 euros).
Ainda na área dos medicamentos genéricos,
importa referir:
• Em 2018 foram aprovados 177 processos
de medicamentos genéricos;
• A criação de 35 novos grupos homogéneos,
com nove novas Denominação Comum
Internacional (DCI), o que permite a
concorrência de preço entre
medicamentos genéricos e não genéricos.
Nos últimos anos, foram desenvolvidas
atividades com o objetivo de dinamizar o
mercado de biossimilares, com foco na
agilização da introdução efetiva do
biossimilar, promoção da concorrência entre
biossimilar e medicamento de referência e
promoção da utilização.
Indicadores adicionais na área do
medicamento e produtos de saúde
• À semelhança dos anos anteriores,
continua a destacar-se a consolidação do
INFARMED como agência a nível
internacional:
a) O INFARMED alcançou novamente uma
posição de destaque no Sistema
Europeu de Avaliação de Medicamentos,
sendo que em 2018 manteve Portugal
no 3º lugar na atuação como Estado
Membro de Referência (EMR) entre os
28 Estados Membros da União
Europeia;
b) O papel de Portugal, através do
INFARMED, tem vindo a ser reforçado e
mantido ao longo dos últimos dez anos.
À data, Portugal é um dos países com
maior atividade na avaliação de
medicamentos do sistema europeu o
que permite o reconhecimento pelos
parceiros da rede europeia, incluindo os
restantes Estados Membros e a
indústria farmacêutica;
c) Enquanto membro da rede europeia de
Laboratórios Oficiais de Controlo de
Medicamentos, o INFARMED participa
em programas europeus de supervisão
da qualidade de medicamentos,
ocupando o 6º lugar entre os 35
laboratórios Oficiais da rede.
Implementação do Sistema de
Monitorização de Dispositivos
Médicos
a) A implementação do sistema de
monitorização de dispositivos
médicos foi iniciada em 2017, e terá o
seu funcionamento em pleno em
2022, com a abrangência a todo o
circuito do dispositivo médico;
b) O despacho n.º 860/2018, de 17 de
janeiro de 2018, publicado no Diário
da República, 2.ª série, N.º 15, de 22
de janeiro de 2018, estabeleceu a
obrigação de envio de informação
necessária à caracterização do
mercado hospitalar pelos serviços e
estabelecimentos do Serviço Nacional
de Saúde (SNS), em complemento às
disposições já constantes no
Despacho n.º 15371/2012, de 26 de
novembro;
PARTE II | 14. ACESSO AO MEDICAMENTO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 235
c) Durante o ano de 2018, os serviços e
estabelecimentos do SNS reportaram
informação sobre os dispositivos
médicos adquiridos nesse ano,
permitindo um primeiro vislumbre
da caracterização deste mercado;
d) Os primeiros números revelam que
36% da despesa com dispositivos
médicos no meio hospitalar ocorre na
área dos dispositivos médicos de uso
geral, 26% e 25% da despesa surge
na área da
musculosquelética/ortopedia e
cardiologia, respetivamente.
PARTE II | 15.PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA
236
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2017 MINISTÉRIO DA SAÚDE
15. Procriação medicamente assistida
A Portaria n.º 67/2011, de 4 de fevereiro,
aprovou a tabela de preços para os
tratamentos de procriação medicamente
assistida (PMA), no âmbito das ações
necessárias à execução do Projeto de
Incentivos à Procriação Medicamente
Assistida, previstas no Despacho n.º 14
788/2008, de 28 de maio.
Em cumprimento do disposto na Portaria n.º
154/2009, de 9 de fevereiro, revogada pela
Portaria n.º 67/2011, de 4 de fevereiro, foi
determinada a aplicação de um regime de
financiamento por preço compreensivo,
abrangendo todos os atos médicos associados
aos vários tipos de tratamento de PMA
identificados pela DGS e pela ACSS, com a
colaboração de peritos da especialidade.
A atividade que tem vindo a ser desenvolvida
nos últimos anos em termos de PMA no SNS é
aquela que em seguida se apresenta.
A Lei n.º 17/2016 de 20 de junho veio alargar
o âmbito dos beneficiários das técnicas de
PMA estabelecendo, entre outras, que as
técnicas de PMA podem ainda ser utilizadas
por todas as mulheres independentemente do
diagnóstico de infertilidade.
A partir de 2017, o Banco de Gâmetas,
centralizado no Centro Hospitalar
Universitário do Porto, passou a contar com
dois centros afiliados no centro e no sul do
país, respetivamente, o Centro Hospitalar e
Universitário de Coimbra e o Centro
Hospitalar Universitário Lisboa Central.
Este alargamento da atividade permitiu um
reforço e uma diversificação do stock com
maior capacidade de resposta a diferentes
critérios, como a raça ou o tipo de sangue,
assim como, uma maior aleatoriedade na
utilização de gâmetas.
Também no ano de 2017, a atividade
desenvolvida pelo Centro Hospitalar
Universitário do Porto e pelos dois Centros
afiliados passou a ser financiada por duas
linhas específicas, Gâmetas Femininos e
Gâmetas Masculinos, integradas no Contrato-
Programa 2017-2019 e valorizadas através de
preço compreensivo.
As doações de gâmetas revestem-se de um
carater voluntário, altruísta e solidário sendo
os dadores compensados, total ou
parcialmente, pelos incómodos, despesas e
perdas de rendimento incorridas.
Em 2017 foram igualmente reavaliadas as
compensações de dadores, anteriormente
previstas no Despacho n.º 5015/2011, de 23
de março, tendo sido mantidas como
proporção do Indexante de apoios sociais
(IAS).
No caso dos dadores masculinos o limite
máximo de compensação manteve um valor
equivalente a um décimo do IAS, por cada
doação, e no caso das dadoras femininas o
valor máximo de compensação foi revisto
para o dobro do valor do IAS, conforme
Despacho n.º 3192/2017, de 11 de abril.
PARTE II | 15.PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 237
Quadro 68. Atividade do Programa de Procriação Médica Assistida
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Primeiras Consultas Médicas de apoio à fertilidade 7 021 7 670 7 671 7 234 7 426 8 127 7 051 7 480 7 277 -2,7%
Número total de ciclos IO 1 741 1 897 1 739 1 578 1 472 1 199 1 290 1 138 1 217 6,9%
Número total de ciclos IIU 922 1 084 1 213 1 270 1 195 1 368 1 324 1 191 1 282 7,6%
Total Ciclo FIV/ICSIS 2 480 2 394 2 643 2 715 2 872 3 101 3 139 3 067 2 967 -3,3%
Total de ciclos FIV realizados 724 720 1 018 1 194 1 326 1 361 1 481 1 565 1 459 -6,8%
Total de ciclos ICSI realizados 1 595 1 530 1 483 1 360 1 380 1 573 1 512 1 369 1 368 -0,1%
Total de ciclos ICSI com espermatozoides recolhidos cirurgicamente realizados
161 144 142 161 166 167 146 133 140 5,3%
Legenda: Consulta Apoio à Fertilidade (estudo inicial); IO - Indução da Ovulação; IIU - Inseminação Intra-uterina; FIV – Fertilização in vitro; ICSI - Injeção intracitoplasmática de espermatozoides; ICSI - Injeção intracitoplasmática de espermatozoides recolhidos cirurgicamente.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 239
Relatório Anual | 2018
Acesso a cuidados de saúde nos estabelecimentos do SNS e entidades convencionadas
Ministério da Saúde
Parte III
Síntese de resultados alcançados em 2018
A terceira parte deste relatório apresenta os resultados alcançados nas principais áreas
da prestação de cuidados de saúde do SNS em 2018, nomeadamente:
• Cuidados de saúde primários
• Cuidados de saúde hospitalares
• Cuidados continuados integrados
• Atividade do setor social e convencionado
• Avaliação do sistema de saúde
PARTE III | 1.CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
240
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
1. Cuidados de saúde primários
No ano de 2018, o número total de consultas
médicas realizadas nos centros de saúde do
SNS ultrapassou os 31 milhões (31.184.326
consultas médicas), um aumento de 1,6% em
relação a 2017.
À semelhança do que se tinha verificado em
2017, também em 2018 a atividade realizada
em atendimento complementar fora das USF e
UCSP continuou a decrescer, representando
assim uma melhoria da resposta programada
nos cuidados de saúde primários e uma maior
concentração da resposta nas equipas onde os
utentes estão inscritos.
Também como melhoria na resposta às
necessidades dos utentes, importa salientar o
crescimento expressivo do número de
consultas efetuadas por outros técnicos de
saúde (+20,7% face a 2017) e também das
consultas de enfermagem, sendo que em 2018
se realizaram mais 2% que no período
homólogo.
No que se refere aos indicadores assistenciais
nos cuidados de saúde primários, continuam a
destacar-se as melhorias alcançadas nos
indicadores associados ao programa de saúde
infantil, nomeadamente o cumprimento das
orientações técnicas para o acompanhamento
médico realizado no primeiro e no segundo
ano de vida.
A melhoria do desempenho registou-se
também no programa de vigilância em saúde
materna, com o aumento da vigilância médica
e da proporção de ecografias realizadas no
primeiro trimestre de gravidez, o que
contribui para a melhoria da vigilância
precoce das mulheres grávidas.
Por outro lado, a despesa média do utente em
medicamentos prescritos e comparticipados
apresentou uma diminuição sustentada (171
euros em 2018, 172 euros em 2017).
Em 2018 foram desenvolvidos, pela primeira
vez, os indicadores que permitem a
monitorização dos Tempos Máximos de
Resposta Garantidos dos cuidados de saúde
primários, nos termos definidos na Portaria
n.º 153/2017, de 4 de maio, tendo obtido os
seguintes resultados:
• Proporção consultas de renovação de
receituário com resposta em 3 dias úteis
(95,3%);
• Proporção consultas enfermagem
realizada no dia do agendamento (42,7%);
• Proporção de consultas realizadas no
intervalo [17; 20]h (14,5%);
• Proporção consultas médicas realizadas
no dia agendamento (44,2%).
PARTE III | 1. CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 241
Quadro 69. Movimento assistencial nos cuidados de saúde primários (em milhares)
Coluna1 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Total de consultas médicas 33 195 32 754 30 537 30 347 29 765 30 473 30 949 30 692 31 184 1,6%
Presenciais 21 897 21 782 20 044 20 134 19 804 20 605 20 613 20 256 20 583 1,6%
Não presenciais 7 194 7 592 7 942 7 965 7 922 8 007 8 522 8 753 8 946 2,2%
Domicílios médicos 174 185 187 197 191 198 199 183 193 5,7%
Em atendimento complementar / consulta aberta
3 930 3 195 2 364 2 051 1 848 1 663 1 615 1 500 1 462 -2,5%
Total de consultas de enfermagem 15 879 18 155 19 127 19 623 19 754 20 054 19 254 18 756 19 108 1,9%
Total de consultas de outros técnicos de saúde
n.d. n.d. n.d. 65 316 358 445 486 587 20,7%
Fonte: ACSS
Quadro 70. Indicadores assistenciais nos cuidados de saúde primários
Indicador 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Taxa de utilização global de consultas médicas 68,0% 68,6% 67,6% 67,5%
Taxa de utilização global de consultas médicas nos últimos 3 anos
84,5% 85,2% 85,1% 84,6% 83,7%
Taxa de utilização de consultas de enfermagem de planeamento familiar
37,6% 39,0% 39,5% 39,9% 37,3% 34,1%
Taxa de utilização de consultas médicas de planeamento familiar
34,5% 36,5% 37,3% 35,4% 35,1%
Proporção de grávidas com 1ª consulta médica de vigilância da gravidez, realizada no 1º trimestre
80,0% 87,7% 88,2% 89,1% 89,6% 89,7%
Proporção de crianças com pelo menos 6 consultas médicas de vigilância de saúde infantil no 1º ano de vida
46,0% 57,2% 59,9% 65,1% 67,3% 67,9%
Proporção de crianças com pelo menos 3 consultas médicas de vigilância de saúde infantil no 2º ano de vida
46,5% 52,4% 54,1% 59,5% 61,0% 62,5%
Proporção de utentes com hipertensão arterial, com registo de pressão arterial em cada semestre
54,4% 56,5% 56,9% 57,4% 56,1% 57,4%
Proporção de utentes com diabetes ou com doença respiratória crónica ou com doença cardíaca crónica ou com idade superior a 65 anos, com a vacina da gripe prescrita ou efetuada nos últimos 12 meses
37,7% 36,2% 38,8% 38,5% 41,0% 44,8%
Proporção de utentes com diabetes, com pelo menos 2 HbA1c no último ano, desde que abranjam os 2 semestres
48,9% 54,5% 57,8% 59,1% 58,1% 60,6%
Proporção de utentes com idade igual ou superior a 14 anos, com quantificação dos hábitos tabágicos nos últimos 3 anos
32,1% 43,3% 51,6% 57,3% 58,0% 58,7%
Proporção de utentes com 14 ou mais anos e com o problema de "consumo excessivo de álcool", a quem foi realizada pelo menos uma consulta relacionada nos últimos 3 anos
64,4% 63,5% 61,0% 57,2% 57,1%
Despesa média (PVP) de medicamentos prescritos e comparticipados, por utente utilizador
176,1 € 168,8 € 162,4 € 165,2 € 172,0 € 171,1 €
Despesa média, baseada no preço convencionado de MCDT prescritos, por utente utilizador
53,7 € 56,5 € 59,4 € 58,8 € 60,6 € 63,8 €
Proporção de grávidas que realizaram, pelo menos um exame ecográfico durante o 1º trimestre de gravidez
47,9% 48,9% 55,0% 59,5%
Fonte: ACSS
StatLink: http://www.acss.min-saude.pt/wp-
content/uploads/2016/07/bilhete_identidade_indicadores_contratualizacao_2017.pdf
StatLink:
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/evolucao-das-
consultas-medicas-nos-csp/?sort=tempo
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
242
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2. Cuidados de saúde hospitalares
A alteração do perfil demográfico da
população portuguesa, em resultado do
aumento da esperança média de vida, a
permanente inovação tecnológica e cidadãos
cada vez mais exigentes e com maiores
expectativas em relação ao seu estado de
saúde, são fatores que se refletem de forma
direta na procura de cuidados de saúde
hospitalares e na elevada diferenciação do
Sistema de Saúde como um todo.
Em 2018, os hospitais do SNS continuaram a
dar uma resposta crescente ao aumento da
procura que se tem registado nos últimos
anos, implementando diversas medidas de
reorganização interna que permitam obter
melhores resultados em saúde para os utentes
e que promovam níveis de eficácia e eficiência
na gestão e na governação clínica, com maior
transparência, responsabilização, prestação
de contas e centralidade no cidadão e na sua
família.
Para além do aumento da atividade hospitalar
programada ao nível das consultas externas
realizadas (+0,9% em 2018 do que em 2017)
importa também realçar o crescimento
sustentado das intervenções cirúrgicas em
ambulatório (+2,6%), a par com o desejável
decréscimo de 1,6% verificado no número de
doentes saídos dos hospitais.
Em 2018 realizaram-se mais de 375 mil
intervenções cirúrgicas em ambulatório, nas
quais os doentes não necessitam de ficar
internados no hospital, regressando a sua
casa, em segurança, apenas umas horas após a
intervenção cirúrgica.
Este resultado encontra-se em consonância
com as boas práticas clínicas internacionais,
sendo Portugal reconhecido pela OCDE como
um caso de sucesso nesta matéria.
De facto, o ano de 2018 registou a
percentagem mais elevada de sempre de
cirurgias de ambulatório no SNS (65,5% do
total de intervenções cirúrgicas), um aumento
de 2 pontos percentuais, relativamente a
2017, demonstrando a significativa evolução
nesta área, quando se compara com os 49,5%
observados em 2010 ou com os 10% de 2000,
por exemplo.
A cirurgia de ambulatório representa menor
risco de infeção e um maior conforto e
comodidade para o doente, uma vez que o
tempo passado no hospital é menor, podendo
o período de recuperação ser realizado no seu
meio ambiente com o apoio de familiares ou
amigos.
A estes fatores acresce uma maior eficiência
na prestação, uma vez que os custos
incorridos para o SNS são menores.
Taxa de ambulatorização cirúrgica
O reforço da atividade de cirúrgica de
ambulatório é evidenciado pela evolução do peso
da cirurgia de ambulatório no total da atividade
programada, representado para percentagem de
ambulatorização cirúrgica a qual é considerada
pela OCDE como um caso de sucesso e tem
demonstrado um comportamento crescente,
chegando a quase dois terços no ano de 2018 (de
49,5% em 2010 evoluiu para 65,5% no final de
2018).
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 243
Quadro 71. Evolução do movimento assistencial nos hospitais do SNS (em milhares)
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Total de Consultas Médicas 10 875 11 127 11 195 11 614 11 806 12 000 12 048 12 082 12 187 0,9%
Primeiras consultas 3 089 3 181 3 237 3 341 3 372 3 448 3 479 3 478 3 498 0,6%
Consultas Subsequentes 7 786 7 945 7 958 8 273 8 434 8 553 8 569 8 603 8 689 1,0%
Urgência (Atendimentos) 6 411 6 416 5 940 6 108 6 168 6 118 6 406 6 318 6 365 0,7%
Internamentos (Doentes Saídos) 854 838 835 836 819 815 814 797 785 -1,6%
Total de Intervenções Cirúrgicas 655 614 632 645 647 654 666 674 672 -0,3%
Programadas 546 507 526 541 546 552 566 576 572 -0,6%
Convencionais 275 246 242 238 231 228 221 210 197 -6,2%
Ambulatório 271 262 284 302 315 325 345 365 375 2,6%
Urgentes 109 107 107 104 101 102 100 98 99 1,4%
% Cirurgias em Ambulatório 49,5% 51,6% 54,0% 55,9% 57,6% 58,8% 60,9% 63,5% 65,5% 3,2%
Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da Prelada integrava o universo de instituições considerado. No presente relatório o Hospital da Prelada, por se tratar de uma IPSS, deixa de ser considerado, para todos os anos, passando o universo de instituições a integrar apenas instituições EPE, SPA e PPP. Fonte: ACSS
StatLink:
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/01_sica_evolucao-mensal-das-
consultas-medicas-hospitalares/information/?sort=tempo
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/cirurgias-em-
ambulatorio/?sort=tempo
Gráfico 50. Peso das primeiras consultas
no total
Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no
SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da Prelada integrava
o universo de instituições considerado. No presente relatório o
Hospital da Prelada, por se tratar de uma IPSS, deixa de ser
considerado, para todos os anos, passando o universo de
instituições a integrar apenas instituições EPE, SPA e PPP.
Fonte: ACSS
28,4%
28,6%
28,9%28,8%
28,6%
28,8%28,9%
28,8%28,7%
28%
29%
30%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 51. Percentagem de cirurgia de ambulatório
Nota: Ver nota do gráfico ao lado.
Fonte: ACSS
StatLink
:https://transparencia.sns.gov.p
t/explore/dataset/cirurgias-
em-ambulatorio/?sort=tempo
49,5%
51,6%
54,0%
55,9%57,6%
58,8%
60,9%
63,5%
65,5%
45%
50%
55%
60%
65%
70%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
244
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2.1 Consultas médicas hospitalares
O SNS tem registado uma crescente procura
de cuidados hospitalares ao nível das
consultas externas, que no total cresceram
0,9% em 2018, quando comparado com 2017,
atingindo-se assim neste último ano o valor
mais elevado de sempre de consultas externas
realizadas nos hospitais do SNS (12,187
milhões de consultas externas).
Se compararmos o desempenho de 2018 com
os dados do primeiro ano da série em análise
(2010), conforme demonstram os gráficos
seguintes, constatamos que houve um
crescimento de 12,1% no total de consultas
externas hospitalares realizadas nas
instituições do SNS, essencialmente
alavancado no crescimento das primeiras
consultas hospitalares, que aumentaram
13,2% neste período, significando assim um
maior acesso às consultas hospitalares.
Recorde-se que as consultas externas
hospitalares abrangem a observação clínica, o
diagnóstico, a prescrição terapêutica, o
aconselhamento ou a verificação da evolução
do estado de saúde de um utente que não exija
internamento hospitalar e obriga sempre a
um registo clínico e administrativo.
Análise da morbilidade hospitalar em
consultas externas
A atividade realizada em consulta externa está
dependente da complexidade dos serviços
prestados por cada instituição.
Neste âmbito, encontra-se em fase de
implementação um projeto de atribuição de
códigos de diagnóstico à consulta externa e à
urgência (ACODCEU), que tem como principal
objetivo caracterizar, de forma transversal e
homogénea a nível nacional, a morbilidade
hospitalar em consultas externas (e também em
episódios de urgência) através da atribuição de
códigos aos diagnósticos efetuados pelo médico
assistente, em cada episódio com base na
Classificação Internacional das Doenças (CID).
Este projeto possibilitará a obtenção de
informação sistematizada e harmonizada a nível
nacional em relação à caracterização da
morbilidade dos utentes que acorrem às consultas
externas hospitalares e aos serviços de urgência,
possibilitando assim a realização de análises
complementares sobre a complexidade clínica das
respostas do ambulatório hospitalar do SNS.
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 245
Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no
SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da Prelada integrava o
universo de instituições considerado. No presente relatório o Hospital
da Prelada, por se tratar de uma IPSS, deixa de ser considerado, para
todos os anos, passando o universo de instituições a integrar apenas
instituições EPE, SPA e PPP.
Fonte: ACSS
Gráfico 52. Evolução do número de primeiras consultas externas hospitalares
StatLink: http://monitorizacao.acss.min-
saude.pt/monitormensal/groupprodracioseficiencia/prodraciosefic
iencia2017/prodracioseficiencia2017consultaexternaHtml5.aspx
3 088 872
3 181 371
3 236 888
3 340 8563 371 929
3 447 6673 478 511 3 478 204 3 497 730
2 800 000
3 000 000
3 200 000
3 400 000
3 600 000
3 800 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
+ 13,2%
+ 0,6%
Gráfico 53. Evolução do número total de consultas externas hospitalares
StatLink: http://monitorizacao.acss.min-
saude.pt/monitormensal/groupprodracioseficiencia/prodracioseficien
cia2017/prodracioseficiencia2017consultaexternaHtml5.aspx
10 875 083
11 126 572 11 194 518
11 613 613
11 806 327
12 000 347 12 047 907 12 081 52212 186 702
9 900 000
10 400 000
10 900 000
11 400 000
11 900 000
12 400 000
12 900 000
13 400 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
+ 12,1%
+ 0,9%
Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de
Saúde no SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da
Prelada integrava o universo de instituições considerado. No
presente relatório o Hospital da Prelada, por se tratar de uma
IPSS, deixa de ser considerado, para todos os anos, passando o
universo de instituições a integrar apenas instituições EPE,
SPA e PPP.
Fonte: ACSS
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
246
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
A análise dos dados referentes à evolução das
consultas externas no período 2010-2018, por
especialidade, e considerando aquelas que se
encontram identificadas no quadro seguinte,
que em 2018 integravam o grupo de
especialidades com mais atividade, revela um
acréscimo de produção nesse ano.
Como se tinha verificado em 2017 e em 2016,
o aumento é mais relevante nas
especialidades que habitualmente têm mais
procura e em relação às quais existe mais
pressão no sentido de garantir a todos os
utentes do SNS uma resposta adequada e em
tempo útil, das quais se destacam a pediatria,
(+3,0%), a medicina interna (+2,3%), a
oncologia (+2,3%) e a ortopedia (+0,7%).
Salienta-se ainda o forte crescimento de
atividade que se registou na hematologia
clínica (+3,2%), na ginecologia (+3,1%), na
neurologia (+2,7%) e na cardiologia (+2,3%)
em 2018, quando comparado com o ano
anterior.
Pela sua importância crescente em termos de
necessidades em saúde, importa destacar que
em 2018 se realizou o número mais elevado
de sempre de consultas externas na área da
oncologia (504.874), ultrapassando-se pela
primeira vez as 500 mil consultas de
oncologia efetuadas no SNS, um crescimento
de 2,3% em relação a 2017 e de 29,1% em
relação a 2010.
Proximidade e continuidade de cuidados
As modalidades de pagamento em vigor no SNS
têm incentivado os hospitais a implementar
novos modelos de prestação de cuidados de
saúde em ambulatório, nomeadamente na área
das consultas externas, que permitam assegurar
e melhorar a proximidade aos utentes, garantir o
cumprimento dos TMRG e a continuidade dos
cuidados.
De entre estes incentivos destaca-se a majoração
do pagamento das primeiras consultas
realizadas no âmbito do programa Consulta a
Tempo e Horas, as teleconsultas médicas
realizadas em tempo real e as consultas
realizadas na comunidade, particularmente no
âmbito do Programa Nacional de Saúde Mental e
a Hospitalização Domiciliária.
Incentiva-se ainda o trabalho conjunto entre os
médicos hospitalares e os médicos de família,
concretizado não só em termos de partilha de
conhecimentos e saberes, como também na
deslocalização de consultas de algumas
especialidades hospitalares para os cuidados de
saúde primários, em áreas geográficas concretas
e obedecendo a protocolos clínicos bem
definidos, contribuindo assim para aumentar a
proximidade e a acessibilidade dos utentes aos
cuidados de saúde.
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 247
Quadro 72. Evolução do total de consultas hospitalares nas especialidades com mais atividade
Especialidades 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Anestesiologia 320 025 327 870 334 945 351 911 355 480 353 428 345 237 333 211 333 628 0,1%
Cirurgia Geral 805 746 819 661 800 783 801 025 777 955 777 882 769 902 761 771 770 041 1,1%
Dermato-Venereologia 328 078 328 338 341 703 361 422 364 652 371 036 362 417 361 392 361 144 -0,1%
Estomatologia 219 591 218 666 216 219 224 104 223 818 225 026 221 814 214 300 211 000 -1,5%
Ginecologia 472 036 486 882 475 903 482 772 467 757 471 849 462 556 452 965 466 821 3,1%
Obstetrícia 377 876 366 404 374 457 374 562 382 147 391 064 388 016 391 659 377 718 -3,6%
Hematologia Clínica 212 650 213 491 202 636 198 307 210 655 216 554 222 303 226 530 233 695 3,2%
Imuno-alergologia 106 272 104 136 106 170 111 106 119 973 128 564 139 414 146 277 144 556 -1,2%
Medicina Física e Reabilitação 286 650 293 264 298 370 312 296 317 471 318 223 303 984 297 539 294 615 -1,0%
Medicina Interna 531 414 541 149 523 899 538 090 557 406 541 721 537 268 536 287 548 488 2,3%
Neurologia 284 109 289 735 301 171 315 196 325 893 339 355 345 138 365 582 375 404 2,7%
Oftalmologia 873 283 891 820 899 104 957 983 991 493 1 026 618 1 034 892 1 032 849 1 027 050 -0,6%
Oncologia 391 008 406 812 415 257 431 359 441 840 462 379 476 185 493 654 504 874 2,3%
Ortopedia 747 346 764 459 756 844 791 433 803 146 797 957 800 560 812 115 818 016 0,7%
Otorrinolaringologia 460 266 460 788 480 551 494 095 489 179 491 852 509 601 513 721 500 249 -2,6%
Pediatria 543 163 555 353 555 093 578 155 592 916 604 058 599 619 598 828 616 640 3,0%
Urologia 343 078 346 003 342 779 349 080 348 967 350 813 353 185 357 073 354 412 -0,7%
Endocrinologia - Nutrição 200 740 210 896 216 009 225 680 238 594 242 360 246 545 265 209 269 581 1,6%
Gastroenterologia 261 046 261 669 260 859 266 741 271 054 281 849 278 869 282 799 284 967 0,8%
Cardiologia 466 420 458 627 453 221 448 193 449 088 453 034 454 788 452 712 463 015 2,3%
Pneumologia 302 837 313 315 316 660 343 069 362 639 376 159 391 056 406 845 411 021 1,0%
Nefrologia 158 424 160 148 164 062 171 840 178 190 184 537 187 914 187 458 191 517 2,2%
Psiquiatria 465 127 489 939 647 289 689 105 704 935 720 718 726 696 740 462 740 920 0,1%
Total 9 157 185 9 309 425 9 483 984 9 817 524 9 975 248 10 127 036 10 157 959 10 231 238 10 299 372 0,7%
Nota: Nos Relatórios Anuais Sobre o Acesso a Cuidados de Saúde no SNS publicados até ao ano de 2017, o Hospital da Prelada integrava o universo de instituições considerado. No presente relatório o Hospital da Prelada, por se tratar de uma IPSS, deixa de ser considerado, para todos os anos, passando o universo de instituições a integrar apenas instituições EPE, SPA e PPP. Fonte: ACSS
Gráfico 54. Evolução do total de consultas hospitalares na área de oncologia
Fonte: ACSS
391 008
406 812415 257
431 359441 840
462 379
476 185
493 654504 874
350 000
400 000
450 000
500 000
550 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
248
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2.2 . Consulta a Tempo e Horas no SNS
O ano de 2018 registou um total de 1.775.618
novos pedidos de primeira consulta
hospitalar no âmbito do programa Consulta a
Tempo e Horas (CTH), um acréscimo de 0,1%
em relação a 2017, de 4,8% para 2015 e de
83,2% para 2010, último ano da série
analisada.
Este aumento de acesso às primeiras
consultas no âmbito do CTH registou-se
essencialmente nas entidades do SNS
(+0,4%), uma vez que houve uma redução
dos pedidos de consulta no CTH para as
entidades não SNS em 2018 (-3,7%).
A nível regional, foi a ARS Algarve a que
apresentou uma variação mais acentuada do
acesso à inscrição para primeira consulta
hospitalar no CTH, com mais 7,9% em 2018
face a 2017, seguida da ARS Lisboa e Vale do
Tejo (+2,6%) e da ARS Alentejo (+1,3%).
Quanto às consultas realizadas, verifica-se
que em 2018 foram realizadas 1.310.165
consultas referenciadas pelo médico de
família através do CTH, o valor mais elevado
de sempre no SNS, o que representa um
aumento de 0,4% face ao ano anterior
(+4.700), comprovando assim o reforço do
acesso à consulta de especialidade via CTH (o
CTH monitorizou 34,7% do total de primeiras
consultas realizadas nos hospitais em 2018,
conforme referido no n.º 14.1. da Parte I deste
relatório).
Relativamente aos pedidos não concluídos,
que representam um proxy da “lista de espera
para primeira consulta hospitalar” (LECO)
para consulta no âmbito do programa CTH,
constata-se que, no final de 2018, aguardavam
uma primeira consulta CTH um total de
708.709 utentes, o que representa o segundo
valor mais baixo desde 2011, apenas
ultrapassado pelos 698.425 utentes em LECO
no final de 2017.
A melhoria do acesso às primeiras consultas
hospitalares realizadas no âmbito do CTH é
resultado do aumento gradual do número de
consultas realizadas nos hospitais do SNS,
como já se referiu, assim como da melhoria do
processo de gestão dos fluxos que são
executados no âmbito do sistema de
informação que suporta o CTH.
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 249
Quadro 73. Dinâmica dos pedidos inscritos em consulta no CTH
Var. 2018/2017
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Valor %
Pedidos de consulta inscritos no CTH 969 435 1 193 924 1 352 143 1 507 982 1 595 838 1 694 646 1 766 264 1 773 449 1 775 618 2 169 0,1%
Entidades SNS 960 540 1 081 244 1 229 837 1 351 516 1 462 303 1 554 797 1 627 171 1 652 953 1 659 623 6 670 0,4%
Entidades não SNS 8 895 112 680 122 306 156 466 133 535 139 849 139 093 120 496 115 995 -4 501 -3,7%
Pedidos não concluídos (LECO) 602 256 708 712 794 303 724 174 842 406 954 366 736 201 698 425 708 709 10 284 1,5%
Pedidos concluídos 802 785 1 101 091 1 274 271 1 557 570 1 477 671 1 579 037 1 774 237 1 781 830 1 763 679 -18 151 -1,0%
Consultas realizadas 361 655 810 949 938 376 1 061 646 1 146 849 1 194 080 1 285 912 1 305 465 1 310 165 4 700 0,4%
Fonte: ACSS e SPMS
Quadro 74. Número de pedidos de consulta de inscritos no CTH, por ARS
Destino do Pedido 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
ARS Norte 462 924 480 995 519 773 564 400 615 236 660 117 683 188 680 765 688 530 1,1%
ARS Centro 145 494 177 376 202 046 229 522 258 574 276 322 285 898 298 398 278 488 -6,7%
ARS LVT 273 589 339 320 422 658 459 758 485 160 507 182 541 232 553 347 567 490 2,6%
ARS Alentejo 44 802 47 688 49 096 55 776 62 387 67 343 72 264 73 143 74 089 1,3%
ARS Algarve 33 731 35 865 36 264 42 060 40 946 43 833 44 589 47 300 51 026 7,9%
Entidades não SNS 8 895 112 680 122 306 156 466 133 535 139 849 139 093 120 496 115 995 -3,7%
Total 969 435 1 193 924 1 352 143 1 507 982 1 595 838 1 694 646 1 766 264 1 773 449 1 775 618 0,1%
Fonte: ACSS e SPMS
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/consultas-em-
tempo-real/?sort=tempo
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/consultas-em-
tempo-real/?sort=tempo
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
250
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Os quadros da página seguinte demonstram
os tempos de resposta registados no âmbito
do programa CTH, sendo que a mediana do
tempo até à realização da primeira consulta
reduziu para 81 dias em 2018, o que
representa um ganho mediano de quase 6 dias
em relação aos resultados de 2017.
Considerando a sua importância para a gestão
de todo o processo de referenciação no âmbito
do CTH, importa analisar mais em detalhe o
comportamento que se tem registado em
relação ao tempo médio de triagem dos
pedidos de primeira consulta.
O gráfico da página ao lado apresenta a
evolução desta realidade ao longo do período
em análise, permitindo constatar que o valor
obtido a nível nacional em 2018 (13,1 dias) é
o mais baixo da série de anos em análise,
representando um ganho médio de quase 3
dias em relação a 2017 e já muito distante do
que acontecia em 2010 (29,8 dias).
A melhoria do desempenho em termos de
tempos de triagem que tem sido registada nos
últimos anos está também relacionada com o
reforço do processo de monitorização que
mensalmente é efetuado pelas diversas
equipas com responsabilidades no âmbito da
gestão do acesso ao SNS, nomeadamente da
Unidade de Gestão do Acesso (UGA) da ACSS,
das Unidades Regionais de Gestão do Acesso
(URGA) das ARS e da Unidade Local de Gestão
do Acesso (ULGA) dos hospitais e ACES.
Não conformidades na gestão das listas
Para 2018 mantiveram-se as penalizações
financeiras nos Contratos-Programa
anualmente estabelecidos com as instituições
hospitalares do SNS, as quais estão associadas
à qualidade da gestão das listas de inscritos no
SNS, não só para consultas externas, mas
também para cirurgias, evidenciando assim a
importância do cumprimento das regras e dos
procedimentos definidos no âmbito do CTH e
do SIGIC, que, entretanto, estão a ser integrados
no SIGA SNS.
A introdução destas penalizações financeiras,
reforçadas pelo previsto no artigo 11.º do
Anexo II, da Portaria n.º 207/2017, de 11 de
julho, alterada pela Portaria n.º 254/2017, de 7
de setembro, que estabelece os preços a
praticar no SNS, procura, por um lado,
aumentar os níveis de exigência e de rigor da
gestão das listas de inscritos no SNS e, por outro
lado, prevenir a ocorrência sistemática de
situações de incumprimento por parte das
instituições, como acontece em relação aos
tempos de triagem que estão legislados.
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 251
Quadro 75. Mediana do tempo desde a realização da primeira consulta
Mediana (dias) - consultas realizadas*
ARS de destino do pedido 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
ARS Norte 94,8 91,8 85,1 86,4 86,5 92,3 95,0 93,8 86,0
ARS Centro 78,2 83,9 79,5 77,1 68,7 68,3 73,9 78,8 79,8
ARS Lisboa e Vale do Tejo 70,0 67,9 68,7 71,7 75,1 74,0 78,9 83,1 78,9
ARS Alentejo 65,0 55,6 75,0 74,1 62,7 65,7 62,0 61,7 57,2
ARS Algarve 110,9 108,8 111,7 95,2 60,9 59,1 54,6 56,1 63,8
Entidades não SNS 46,1 68,2 99,2 86,8 108,3 98,1 107,0 105,9 82,0
Total 80,1 82,0 81,5 80,8 81,5 82,1 85,0 85,9 81,0
*Independentemente da data de inscrição do pedido Fonte: ACSS e SPMS
Gráfico 55. Evolução do tempo médio de triagem (em dias)
Fonte: ACSS e SPMS
29,8
27,7
26,3
22,9
16,417,1 16,8
16,0
13,1
12
16
20
24
28
32
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
252
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Em 2018, a média nacional de consultas
realizadas dentro do TMRG foi de 71%, em
linha com o valor registado em 2017 e em
2016. O gráfico seguinte detalha os valores
registados nos vários hospitais de cada uma
das ARS.
A avaliação da qualidade do acesso às
primeiras consultas hospitalares no CTH,
medida pelo grau de cumprimento dos TMRG
para as consultas efetivamente realizadas,
requer uma análise mais abrangente e
integrada, que relacione os tempos de
resposta aos pedidos que estão em espera,
com a gestão que as instituições efetuam da
sua lista de inscritos.
Em 2018, o maior grau de cumprimento dos
TMRG registou-se nas consultas triadas como
prioritárias (77,0%), seguido das consultas
muito prioritárias (74,2%) e das consultas
triadas com prioridade normal (70,7%).
Em qualquer um destes casos, registaram-se
em 2018 dos valores mais elevados de sempre
no cumprimento dos TMRG para as primeiras
consultas CTH.
Recorde-se que a triagem tem como objetivo a
atribuição de diferentes níveis de prioridade
clínica para realização da consulta,
permitindo assim uma gestão mais adequada
da procura e uma resposta mais equitativa em
relação à situação clínica que motivou a
referenciação para o hospital, pelo que o
cumprimento dos TMRG assume especial
importância nos níveis de prioridade mais
elevados, conforme a própria legislação
sinaliza, ao definir tempos de resposta mais
curtos para estas prioridades.
Alteração dos TMRG definidos na
legislação
O SNS pretende responder cada vez melhor e
mais adequadamente às necessidades em
saúde dos cidadãos, reduzindo as
desigualdades, aumentando o acesso e
reforçando o poder do cidadão na gestão do seu
percurso na procura de cuidados de saúde nos
seus estabelecimentos e serviços.
Nesse âmbito, foi publicada a Portaria n.º
153/2017, de 4 de maio, que, entre outros
aspetos, reduz os TMRG para as consultas
externas (e para as cirurgias), e alarga a
definição de TMRG a prestações de cuidados de
saúde programados que até aqui não tinham
tempos máximos definidos, nomeadamente aos
MCDT.
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 253
Gráfico 56. Percentagem de consultas realizadas em 2018, dentro e fora dos TMRG
Fonte: ACSS e SPMS
69% 71% 71% 71% 73%
88%
71%
31% 29% 29% 29% 27%
12%
29%
0%
25%
50%
75%
100%
ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa eVale do Tejo
ARS Alentejo ARS Algarve Entidades nãoSNS
Total
% Dentro TMRG % Fora TMRG
Gráfico 57. Evolução do cumprimento dos TMRG, por nível de prioridade
Fonte: ACSS e SPMS
70
,5%
59
,9%
50
,3%
71
,1%
67
,2%
55
,5%
71
,2%
66
,4%
54
,8%
73
,7%
72
,8%
60
,9%
75
,3%
73
,6%
67
,0%
74
,0%
72
,5%
67
,1%71
,0%
74
,0%
74
,1%
70
,2%
77
,1%
83
,2%
70
,7%
77
,0%
74
,2%
48%
58%
68%
78%
88%
98%
Normal Prioritário Muito Prioritário
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
254
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Dada a sua relevância, importa analisar
também o acesso às várias especialidades
hospitalares no âmbito do CTH, durante o ano
de 2018.
Neste sentido, analisa-se no gráfico que se
segue as especialidades que correspondem a
cerca de 90% do universo de pedidos de
primeira consulta hospitalar efetuados
através do CTH, destacando a percentagem de
consultas realizadas dentro dos TMRG, por
especialidade, que nos indica a capacidade de
resposta dos hospitais do SNS nas diversas
especialidades.
Em relação às especialidades, que
tradicionalmente têm mais dificuldades no
cumprimento integral dos TMRG, e
começando pela oftalmologia, importa
destacar a realização de rastreios da
retinopatia diabética que se encontram em
curso e que permitem o diagnóstico precoce
da retinopatia diabética, contribuindo
também para uma melhor gestão do acesso às
consultas desta especialidade.
Já no caso da dermato-venerologia, importa
destacar o processo que se encontra em curso
para alargar o denominado telerrastreio
dermatológico a todas as entidades do SNS,
em resultado da publicação do Despacho n.º
6280/2018, de 28 de junho, que determinou
que a referenciação para a primeira consulta
de especialidade hospitalar de dermato-
venereologia realizada pelos cuidados de
saúde primários do SNS é efetuada
obrigatoriamente através da utilização de
telerrastreio dermatológico, associando a
imagem à adequada informação clínica, salvo
nos casos em que o doente não tenha
manifestado o seu acordo.
Este telerrastreio dermatológico apresenta-se
como uma alternativa à referenciação para
uma consulta presencial de dermato-
venerologia, com ganhos substanciais em
termos de acessibilidade e de comodidade
para o utente e com idênticos níveis de
qualidade e segurança das consultas
presenciais.
Implementação do telerrastreio dermatológico
Trata-se de um serviço inovador de rastreio de
dermatologia à distância, o qual permite o
diagnóstico precoce e uma rápida assistência
dermatológica aos utentes.
Para a implementação deste serviço foram
adquiridas máquinas fotográficas digitais que
foram distribuídas pelas unidades de saúde dos
cuidados de saúde primários, que possibilitam
o rastreio dermatológico, à população, de
lesões malignas da pele.
Desta forma, o médico de medicina geral e
familiar, ao detetar no utente uma situação
dermatológica suspeita, fotograva e envia a
informação para o serviço de dermatologia do
hospital, através do sistema CTH.
Após análise dermatológica, são transmitidas
indicações de diagnóstico e tratamento ao
médico dos cuidados de saúde primários, ou o
utente é encaminhado para consulta de
dermatologia presencial no hospital.
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 255
Gráfico 58. Percentagem de consultas dentro do TMRG, por especialidade, 2018
Fonte: ACSS
42,7%
49,6%
51,2%
57,0%
63,1%
64,1%
65,7%
67,7%
69,0%
69,3%
72,7%
74,1%
74,8%
75,3%
76,2%
77,6%
79,9%
81,4%
82,8%
83,1%
83,3%
85,5%
87,5%
88,3%
88,6%
88,9%
89,0%
89,1%
89,1%
89,6%
89,7%
89,9%
90,6%
90,7%
91,1%
91,7%
92,5%
92,8%
95,3%
95,3%
96,0%
96,6%
96,8%
97,1%
97,2%
98,3%
98,3%
98,9%
99,1%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%
Neurocirurgia
Dermato-Venerologia
Oftalmologia
Genética Médica
Ortopedia
Cirurgia Geral - Cirurgia de Ambulatório
Reumatologia
Pneumologia
Imunoalergologia
Otorrinolaringologia
Neurologia
Urologia
Endocrinologia
Ginecologia
Gastrenterologia
Angiologia/Cirurgia Vascular
Estomatologia
Cardiologia pediátrica
Dor
Psiquiatria - Consulta Geral
Cardiologia
Oncologia Médica
Anestesiologia - Dor
Medicina Física e de Reabilitação - Fisiatria
Sono
Doenças Auto-imunes
Cirurgia Plástica Reconstrutiva
Hematologia Clínica
Cirurgia pediátrica
Cirurgia Maxilofacial
Psiquiatria da infância e da adolescência
Pediatria
Dermatologia - rastreio teledermatológico
Endocrinologia - Nutrição
Nefrologia
Imuno-hemoterapia
Cirurgia Geral
Medicina interna
Diabetologia
Cirurgia Cabeça e Pescoço
Medicina Física e de Reabilitação - CRN
Doenças Infecciosas
Neuropediatria
Senologia
Cirurgia Cardio-Torácica
Obstetrícia
Cirurgia Geral - Patologia Mamária
Obstetrícia-diagnóstico pré-natal
Psicologia
Anestesiologia - Medicina Hiperbárica
Cardiologia - Teleconsulta
Cirurgia - CR Cancro Hepatobilio/Pancreático
Medicina Tropical
Paramiloidose/Neurologia
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
256
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2.3. Livre acesso e circulação dos utentes no SNS
O sistema Livre Acesso e Circulação de
Utentes no SNS (LAC) aprovado pelo
Despacho n.º 5911-B/2016, de 3 de maio,
permite ao utente, em conjunto com o médico
de família responsável pela referenciação,
optar por qualquer uma das unidades
hospitalares do SNS onde exista a consulta de
especialidade de que necessita.
Com a implementação do LAC, deixou de
existir uma rede pré-definida para os pedidos
de primeira consulta de especialidade
hospitalar, tendo o utente a possibilidade de
escolher, em conjunto com o médico de
família, qual o hospital de destino de
preferência, tendo em conta critérios como:
• Instituições hospitalares do SNS
disponíveis por especialidade;
• Tempos médios de resposta para primeira
consulta hospitalar e cirurgias
programadas, por prioridade;
• Número de quilómetros de distância entre
a unidade funcional de cuidados de saúde
primários do médico de família e o hospital
do SNS.
Desde o início do LAC até ao final de 2018, a
percentagem de utentes que, a nível nacional,
escolheram um hospital fora da rede de
referenciação hospitalar ascendeu a 11,6%
(513.463 utentes).
A nível regional, foi na ARS de Lisboa e Vale do
Tejo onde a procura por outro hospital foi
mais elevada (17,5%), com um total de
259.885 pedidos.
A análise dos quadros que se seguem permite
aferir que:
• Entre os diferentes ACES das zonas
urbanas, o número de pedidos para
realização da primeira consulta fora da
área de referenciação ascendeu, em 2018,
os 20%, sendo os ACES de Sintra, Amadora,
Oeste Sul, Arco Ribeirinho e Grande Porto
II – Gondomar, os que registaram uma
maior percentagem;
• As especialidades de oftalmologia,
ortopedia e dermato-venereologia são as
que continuam a apresentar um maior
volume de pedidos.
Gráfico 59. Número de utentes que escolheram um hospital
fora da sua rede de referência, de 1 de junho de 2016 a 31 de dezembro de 2018
Fonte: ACSS
196 549
29 712
259 885
17 390 9 927
513 463
10,3%
4,1%
17,5%
9,4%7,8%
11,6%
0%
5%
10%
15%
20%
0
100 000
200 000
300 000
400 000
500 000
600 000
ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa eVale do Tejo
ARS Alentejo ARS Algarve Total
Fora da rede Centro Hospitalar % Fora da Rede Centro Hospitalar
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 257
Quadro 76. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por ACES,
de 1 de junho de 2016 a 31 de dezembro de 2018
ACES Origem Dentro da rede pré-
definida Fora da rede pré-
definida Total geral
% fora da rede pré-definida
ACES Sintra 88 340 42 467 130 807 32,5%
ACES Amadora 48 589 19 672 68 261 28,8%
ACES Oeste Sul 59 052 23 432 82 484 28,4%
ACES Arco Ribeirinho 65 205 20 708 85 913 24,1%
ACES Grande Porto II - Gondomar 74 480 18 596 93 076 20,0%
ACES Tâmega III - Vale do Sousa Norte 74 327 18 045 92 372 19,5%
ACES Lisboa Norte 67 362 16 258 83 620 19,4%
ACES Loures - Odivelas 119 798 25 827 145 625 17,7%
ACES Oeste Norte 64 675 13 764 78 439 17,5%
ACES Algarve III - Sotavento 10 460 2 163 12 623 17,1%
ACES Tâmega II - Vale do Sousa Sul 73 918 14 511 88 429 16,4%
ACES Tâmega I - Baixo Tâmega 66 184 12 955 79 139 16,4%
ACES Médio Tejo 86 510 16 273 102 783 15,8%
ACES Ave III - Famalicão 56 696 10 649 67 345 15,8%
ACES Grande Porto IV - Póvoa do Varzim/Vila do Conde 71 335 13 131 84 466 15,5%
ULS da Guarda, EPE 39 070 7 091 46 161 15,4%
ACES Cávado III - Barcelos/Esposende 73 187 12 679 85 866 14,8%
ACES Grande Porto VI - Porto Oriental 59 033 10 106 69 139 14,6%
ACES Lezíria 78 019 13 017 91 036 14,3%
ACES Alto Trás-os-Montes II - Alto Tâmega e Barroso 31 353 5 027 36 380 13,8%
ULS do Norte Alentejano 35 767 5 479 41 246 13,3%
ACES Grande Porto I - Santo Tirso/Trofa 52 170 7 901 60 071 13,2%
ULS Guarda 2 007 302 2 309 13,1%
ACES Lisboa Central 110 460 15 637 126 097 12,4%
ACES Almada - Seixal 111 049 15 392 126 441 12,2%
ACES Entre Douro e Vouga II - Aveiro Norte 50 308 6 830 57 138 12,0%
ACES Lisboa Ocidental e Oeiras 86 610 11 197 97 807 11,4%
ACES Grande Porto V - Porto Ocidental 76 069 8 621 84 690 10,2%
ACES Arrábida 82 744 9 315 92 059 10,1%
ACES Estuário do Tejo 84 739 9 418 94 157 10,0%
ACES Douro I - Marão e Douro Norte 42 846 4 755 47 601 10,0%
ACES Entre Douro e Vouga I - Feira/Arouca 68 010 6 991 75 001 9,3%
ULS Litoral Alentejano 35 199 3 582 38 781 9,2%
ACES Cascais 74 252 7 549 81 801 9,2%
ACES Alentejo Central 52 842 4 606 57 448 8,0%
ULS do Baixo Alentejo 43 734 3 723 47 457 7,8%
ACES Algarve II - Barlavento 45 100 3 718 48 818 7,6%
ACES Grande Porto III - Maia/Valongo 112 673 8 848 121 521 7,3%
ACES Grande Porto VII - Gaia 75 514 5 832 81 346 7,2%
ULS de Matosinhos 89 600 6 505 96 105 6,8%
ACES Grande Porto VIII - Espinho/Gaia 77 610 5 371 82 981 6,5%
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
258
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
ACES Origem Dentro da rede pré-
definida Fora da rede pré-
definida Total geral
% fora da rede pré-definida
ACES Algarve I - Central 61 682 4 037 65 719 6,1%
ULS de Castelo Branco, EPE 27 819 1 815 29 634 6,1%
ACES Beira Interior Sul 638 41 679 6,0%
ACES Algarve I - Algarve Central 114 7 121 5,8%
ACES Alto Ave - Guimarães/Vizela/Terras de Basto 115 975 7 057 123 032 5,7%
ACES Cova da Beira 28 026 1 319 29 345 4,5%
ACES Pinhal Litoral 103 428 4 603 108 031 4,3%
ACES Baixo Vouga 171 546 7 564 179 110 4,2%
ULS do Alto Minho, E.P.E. 113 132 4 312 117 444 3,7%
ACES Cávado I - Braga 99 540 3 519 103 059 3,4%
ACES Douro II - Douro Sul 38 975 1 367 40 342 3,4%
ULS do Nordeste 56 938 1 888 58 826 3,2%
ACES Dão/Lafões 88 671 2 260 90 931 2,5%
ETET do Barlavento 85 2 87 2,3%
ACES Baixo Mondego 176 726 3 645 180 371 2,0%
ACES Pinhal Interior Norte 50 065 1 031 51 096 2,0%
ACES Cávado II - Gerês/Cabreira 63 675 1 053 64 728 1,6%
ACES Gerês / Cabreira 8 0 8 0,0%
ACES Guarda 5 0 5 0,0%
ETET do Sotavento 119 0 119 0,0%
Fonte: ACSS
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 259
Quadro 77. Distribuição dos pedidos de primeira consulta hospitalar por especialidade,
de 1 de junho de 2016 a 31 de dezembro de 2018
Especialidade Dentro da rede Centro
Hospitalar Fora da rede Centro
Hospitalar Total geral
% fora da rede Centro Hospitalar
Oftalmologia 747 123 69 454 816 577 8,5%
Dermato-venereologia 250 699 62 929 313 628 20,1%
Ortopedia 441 798 56 850 498 648 11,4%
Otorrinolaringologia 257 744 30 395 288 139 10,5%
Cirurgia geral 402 355 27 769 430 124 6,5%
Ginecologia 206 042 22 460 228 502 9,8%
Urologia 137 307 20 239 157 546 12,8%
Obstetrícia 160 392 18 484 178 876 10,3%
Neurocirurgia 81 872 18 126 99 998 18,1%
Psiquiatria 94 453 16 293 110 746 14,7%
Cardiologia 109 489 16 183 125 672 12,9%
Neurologia 93 956 15 403 109 359 14,1%
Endocrinologia e nutrição 67 175 15 017 82 192 18,3%
Gastrenterologia 98 858 14 225 113 083 12,6%
Angiologia e cirurgia vascular 70 410 13 927 84 337 16,5%
Pneumologia 101 514 12 016 113 530 10,6%
Estomatologia 72 813 11 029 83 842 13,2%
Pediatria 104 669 10 431 115 100 9,1%
Reumatologia 33 521 9 715 43 236 22,5% Cirurgia plástica reconstrutiva e estética 53 638 7 241 60 879 11,9%
Imunoalergologia 40 977 6 977 47 954 14,5%
Medicina interna 77 281 4 912 82 193 6,0%
Cirurgia pediátrica 28 418 4 414 32 832 13,4% Psiquiatria da infância e adolescência 20 308 4 323 24 631 17,6%
Hematologia clínica 24 531 3 992 28 523 14,0%
Cirurgia maxilo-facial 8 708 3 675 12 383 29,7%
Nefrologia 26 302 3 480 29 782 11,7%
Anestesiologia 9 827 3 469 13 296 26,1%
Medicina física e reabilitação 61 696 2 701 64 397 4,2%
Genética médica 4 637 1 734 6 371 27,2%
Oncologia médica 7 542 1 246 8 788 14,2%
Cirurgia cardiotorácica 1 250 1 185 2 435 48,7% Doenças infecciosas (infecciologia) 5 991 943 6 934 13,6%
Psicologia 2 490 814 3 304 24,6%
Cardiologia pediátrica 3 470 725 4 195 17,3%
Imunohemoterapia 4 807 545 5 352 10,2%
Cuidados paliativos 0 91 91 100,0%
Medicina tropical 0 50 50 100,0%
Radioncologia 0 1 1 100,0%
Total geral 3 914 063 513 463 4 427 526 11,6%
Fonte: ACSS
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
260
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2.4. Cirurgias programadas no SNS
O SIGIC abrange toda a atividade cirúrgica
programada realizada a utentes do SNS, seja
ela efetuada nos hospitais públicos ou nos
hospitais privados e do setor social que
tenham contratos de convenção ou acordos de
cooperação com o SNS para a realização de
atividade cirúrgica.
Em termos de resultados constata-se que a
atividade cirúrgica programada cresceu 1%
em 2018, face ao período homólogo, tendo
sido operados 594.978 utentes no SNS.
O número de doentes operados no SNS em
2018 é o mais elevado de sempre desde que
existe o SIGIC, tendo sido operados mais
34.577 doentes do que em 2015 (+6,2%) e
mais 110.913 do que em 2010 (+22,9%).
A atividade cirúrgica da responsabilidade do
SNS reparte-se entre hospitais do SNS que
incluem, Entidades Públicas Empresarias,
Setor Público Administrativo e Parcerias
Público-Privadas, sendo responsáveis por
89,0% da produção total em 2018, mas
considera também a atividade realizada pelos
hospitais protocolados (5,8%) e pelos
hospitais convencionados (5,2%).
A média do tempo de espera dos operados
manteve-se um pouco acima dos 3 meses em
2018, apesar do aumento da procura (+1%) e
do crescimento do número de doentes
operados (+1%).
Detalhando agora a componente da oferta nas
várias regiões de saúde, constatamos que, com
exceção da ARS Lisboa e Vale do Tejo, em
todas as restantes ARS se registou um
aumento da produção cirúrgica em 2018, face
ao período homólogo.
Destaca-se a ARS Alentejo com um aumento
de 4,7% da sua produção cirúrgica em 2018,
quando comparado com 2017, seguido da ARS
Norte (+2,1%) e da ARS Algarve (+0,7%). Já
a ARS Centro registou uma ligeira subida da
atividade (+0,3%) e a ARS Lisboa e Vale do
Tejo, como já referido, uma pequena
diminuição de 0,4% em 2018.
Para além dos doentes operados, registaram-
se saídas de doentes da Lista de Inscritos para
Cirurgia, por motivo de cancelamento, nos
termos previstos no SIGIC.
Os dados relativos aos cancelamentos das
inscrições em LIC, manteve-se em 2018 o
padrão referente aos principais motivos de
cancelamento, nomeadamente “Desistência”
(27,2%), “Proposta não adequada à situação
clínica do utente” (14,2%) e “Não ativação da
nota de transferência/vale cirurgia no prazo
de validade” (12,9%).
No anexo 7 apresentam-se os indicadores
desagregados por hospital para o período
2016 a 2018, e no anexo 8 apresentam-se os
indicadores globais procura/oferta cirúrgica,
por especialidade (2016-2018).
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 261
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/inscritos-lic-dentro-
tmrg
Quadro 78. Evolução global da oferta cirúrgica
Var.
2018/2017
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Valor %
Total operados 484 065 503 919 534 415 544 377 549 987 560 401 568 765 588 813 594 978 6 165 1,0%
Operados H. SNS (inclui PPP) 458 497 460 179 481 597 501 722 505 055 513 205 524 928 534 545 529 758 -4 787 -0,9%
Operados nas PPP 19 238 26 559 37 302 47 187 52 710 53 768 53 581 55 584 59 772 4 188 7,5%
Operados H. Convencionados 25 568 24 654 26 853 15 915 18 336 20 054 16 200 24 608 30 962 6 354 25,8%
Operados H. Protocolados 19 086 25 962 26 740 26 596 27 142 27 637 29 660 34 258 4 598 15,5%
Média do TE dos operados (meses) 2,6 2,7 2,8 2,7 2,8 2,9 3,1 3,1 3,3 0,2 6,5%
Saídas 576 426 599 476 639 561 634 105 641 287 650 735 660 399 680 520 692 466 11 946 1,8%
Fonte: ACSS e SPMS
Quadro 79. Evolução global da oferta cirúrgica, por ARS
ARS Op. H. SNS (inclui PPP)
Op. H. Conv. Op. H. Prot. Total
operados Var. hom.
total operados
Norte 229 298 7 760 31 657 268 715 2,1%
Centro 93 710 7 131 1 486 102 327 0,3%
Lisboa e Vale do Tejo 177 312 9 698 1 087 188 097 -0,4%
Alentejo 19 647 914 17 20 578 4,7%
Algarve 9 791 5 459 11 15 261 0,7%
Nacional 529 758 30 962 34 258 594 978 1,1%
Fonte: ACSS e SPMS
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
262
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 80. Motivos de cancelamento da inscrição em LIC
Motivo cancelamento 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Desistência 23,6% 20,6% 22,3% 26,5% 28,3% 30,5% 31,0% 29,9% 27,2%
Proposta não adequada à situação clínica do utente 14,0% 12,1% 11,3% 13,5% 15,8% 15,3% 15,7% 15,7% 14,2%
Não ativação do NT/VC no prazo de validade 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 6,8% 12,9%
Faltou sem motivos plausíveis 0,1% 0,2% 0,5% 1,4% 5,0% 5,7% 6,1% 6,3% 6,2%
Sem indicação cirúrgica 1,2% 1,3% 1,4% 2,0% 4,9% 6,3% 5,7% 5,8% 5,1%
Operado noutra instituição 4,4% 3,8% 4,5% 4,2% 3,6% 3,7% 3,9% 3,8% 4,6%
Utente s/ condições operatórias por mot. clínicos 0,4% 0,6% 0,4% 1,2% 1,7% 3,1% 3,9% 4,3% 3,8%
Por duplicação 1,2% 1,2% 1,3% 1,6% 2,2% 2,6% 2,5% 2,9% 3,4%
Óbito 1,9% 1,6% 1,7% 2,1% 2,4% 2,7% 2,8% 3,4% 3,0%
Transferência de responsabilidade 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4,1% 2,7%
Criação de proposta em episódio errado 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,7% 1,9% 2,2% 2,6% 2,7%
Já operado de urgência no HO 0,9% 0,9% 0,9% 1,4% 1,9% 2,3% 2,3% 2,3% 2,5%
Proposta resolvida no âmbito de outro episódio 0,1% 0,1% 0,2% 0,2% 1,5% 2,1% 1,9% 2,0% 2,1%
Não contactável 3,0% 1,6% 1,8% 2,3% 2,3% 2,2% 2,3% 2,4% 2,0%
Outros 49,1% 56,0% 53,7% 43,6% 29,8% 21,6% 19,6% 7,7% 7,5%
Fonte: ACSS
16,1%
15,6%
16,8%
13,9%14,1%
13,5%13,7%
13,1%
14,1%
10%
11%
12%
13%
14%
15%
16%
17%
18%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 60. Percentagem de saídas da LIC por motivo de cancelamento
Fonte: ACSS
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 263
Analisando agora no quadro seguinte os
indicadores do SIGIC que estão associados à
procura de cuidados por parte dos utentes do
SNS, constata-se que o número de propostas
cirúrgicas (entradas) em 2018 cresceu 1%,
face ao ano anterior, significando assim que
mais 6.971 utentes tiveram acesso à Lista de
Inscritos para Cirurgia (LIC) do que tinha
acontecido em 2017 (+43.461 do que em
2015 e +94.568 do que em 2010).
O crescimento do indicador que corresponde
às novas inscrições em lista cirúrgica
(entradas) evidencia, de forma objetiva, não
só uma maior disponibilidade dos hospitais
do SNS para acolher mais utentes com
necessidades cirúrgicas, como também o
reforço da transparência do processo de
gestão da LIC a nível nacional, o qual é
efetuado através de uma plataforma nacional
sujeita a escrutínio público e que garante
coerência dos processos de gestão de inscritos
para cirurgia em qualquer instituição
hospitalar do SNS (ou com acordo ou
convenção para esta área).
O aumento da atividade cirúrgica programada
que se registou no SNS em 2018 foi, ainda
assim, inferior ao aumento do acesso dos
utentes à inscrição na LIC (entradas), pelo que
no final de 2018 estavam 244. 501 utentes em
LIC.
Por seu turno, a mediana de tempo de espera
da LIC reduziu-se para 3,5 meses em final de
2018, para um TMRG de 6 meses na
prioridade normal, de acordo com a legislação
em vigor desde 1 de janeiro de 2018.
Em relação à percentagem de inscritos para
cirurgia que ultrapassam os TMRG, regista-se
uma redução, em 2018, tendo em conta os
novos tempos que entraram em vigor a 1 de
janeiro desse ano.
Pela sua importância crescente em termos de
necessidades em saúde, importa destacar
ainda que, em 2018, se realizou o maior
número de cirurgias de sempre na área da
obesidade e o segundo maior na área das
neoplasias malignas, em resposta ao
crescimento de procura que se registou nestas
áreas.
Redução dos TMRG para atividade cirúrgica
no SNS
Conforme já foi referido neste documento, a
Portaria n.º 153/2017, de 4 de maio, determinou
a redução dos TMRG para as cirurgias no SNS,
que passou a ser de 180 dias na prioridade
normal (270 dias, atualmente). Esta alteração
dos TMRG visa contribuir para redução da
mediana de tempo de espera da LIC,
aproximando os TMRG do atual valor dessa
mediana da LIC e assegurando cada vez mais
equidade no acesso à atividade cirúrgica.
Importa ainda referir que esta Portaria introduz,
pela primeira vez no SNS, a definição de TMRG
para estabelecimento dos planos de cuidados a
realizar aos utentes (60 dias seguidos após a
primeira consulta de especialidade, no nível de
prioridade normal), o qual se entende como o
período necessário para que seja efetuado o
diagnóstico e estipulado o plano de intervenção
hospitalar adequado (inscrição em lista
cirúrgica, por exemplo), permitindo assim
conhecer e avaliar o tempo de resposta
completo que foi assegurado ao utente na
globalidade do seu trajeto no hospital.
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
264
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 81. Evolução dos indicadores de procura
Var.
2018/2017
Indicadores 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Valor %
Entradas em LIC 611 535 624 226 644 178 649 386 662 642 670 913 699 132 706 103 6 971 1,0%
Nº de utentes inscritos (LIC) - SNS (não inclui PPP)
166 033 151 019 156 795 165 574 178 022 185 444 196 757 207 971 11 214 5,7%
Nº de utentes inscritos - Protocolados 5 141 3 582 3 677 4 044 3 238 2 864 4 692 5 011 319 6,8%
Nº de utentes inscritos - PPP 9 182 12 197 15 657 14 459 16 141 22 598 29 801 31 519 1 718 5,8%
Mediana TE da LIC (meses) 3,3 3 2,8 3 3,1 3,3 3,6 3,5 -2,8%
Percentil 90 TE LIC (meses) 10,3 10,4 9,3 9,1 9,3 10,3 9,7 11,37 1,7 17,2%
Percentagem de inscritos que ultrapassam o TMRG (considerando os novos TMRG definidos pela Portaria nº153/2017, de 4 de maio)
33,2% 29,8% 26,4% 27,8% 28,7% 28,4% 32,3% 30,0%
Fonte: ACSS e SPMS
Gráfico 61. Evolução de entradas em LIC e número de operados
Fonte: ACSS e SPMS
484 065
503 919
534 415544 377 549 987
560 401568 765
588 813 594 978
573 527
611 535624 226
644 178 649 386662 642
670 913
699 132706103
400 000
450 000
500 000
550 000
600 000
650 000
700 000
750 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Número utentes operados - SIGIC Número entradas em LIC - SIGIC
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 265
Gráfico 62. Evolução da mediana do tempo de espera da LIC, por nível de prioridade (em meses)
Fonte: ACSS e SPMS
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1 - Normal 2 - Prioritário 3 - Muito prioritário 4 - Urgência diferida
Gráfico 63. Evolução de entradas em LIC e número de operados (obesidade)
Nota: Os dados incluem quatro técnicas cirúrgicas: Banda Gástrica; Bypass Gástrico; Gastrectomia Linear Vertical (Sleeve) e Transposição Duodenal; Derivação Bílio-Pancreática. Fonte: ACSS e SPMS
3 228
2 923
2 244 2 243 2 205
2 384
2 713 2 685
2 503
1 980 1 977
1 838
1 9772 034 2 004 2 049 2 086
2 215
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Número de entradas em LIC Número de operados
Fonte: ACSS e SPMS
Gráfico 64. Evolução de entradas em LIC e número de operados (neoplasia maligna)
44 610
47 144 46 827
49 34950 217
51 182 50 833 51 27851 888
39 403
41 996 41 705
44 26444 865
46 038 45 53446 436 46 039
35 000
40 000
45 000
50 000
55 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Número de entradas em LIC Número de operados
PARTE III | 2.CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
266
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Para além da análise dos indicadores da oferta
e da procura cirúrgica no âmbito do SIGIC,
importa ainda observar os principais
indicadores relacionados com o processo de
gestão da LIC, nomeadamente sobre o recurso
a hospitais de destino do SNS (notas de
transferência) ou do setor social e
convencionado com o SNS (vales de cirurgia).
O gráfico que se segue apresenta a
distribuição dos episódios com notas de
transferência ou vales cirurgia (NT ou VC)
emitidos durante o período 2010 a 2018,
assim como a percentagem de cativação.
De acordo com as regras do SIGIC, os médicos
assistentes podem propor a colocação de
determinado episódio cirúrgico com o
atributo de intransferível (o qual impede a
transferência do utente para outro hospital ou
a emissão dos VC/NT), caso entendam
benéfico para o utente e este concorde, seja
por razões clínicas, de interesse do utente ou
outras. Em 2018, registaram-se 7.862
situações de episódios intransferíveis, o que
representa -27% do que em 2017.
Ainda sobre a qualidade dos processos
administrativos associados à gestão do acesso
à atividade cirúrgica no SNS, importa analisar
os procedimentos associados à inscrição, ao
agendamento e ao cancelamento de episódios
cirúrgicos, verificando a evolução de
comportamentos que se registaram nos
últimos anos em relação a estas matérias.
A análise do número de propostas cirúrgicas
que geram um GDH previsional inválido, e que
por isso dificultam o processo de emissão de
notas de transferência e vales cirurgia,
permite-nos concluir que os valores
registados em 2018 são claramente os mais
baixos do período analisado neste relatório
anual do acesso, conforme demonstra o
quadro seguinte, em resultado do reforço do
processo de monitorização que foi efetuado,
pela UGA, pelas URGA e pelas ULGA, desde
2017, em relação a esta matéria.
Assim, alcançou-se em 2018 um valor que
representa menos de metade do total de GDH
previsional inválido que ocorreu em 2015
(24.542 em 2018 e 49.004 em 2015).
Em relação ao agendamento, destaca-se em
2018 o trabalho realizado no sentido de
reforçar o grau de cumprimento das regras de
agendamento por critérios de prioridade
clínica e de antiguidade da inscrição dos
utentes em LIC, à semelhança do que já tinha
ocorrido em 2016 e em 2017, contribuindo
assim para uma gestão mais eficaz da LIC.
A percentagem de utentes inscritos e
operados no mesmo dia, foi de 3,8%, o que
representa uma redução de 0,3 pp em relação
a 2017.
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 267
Quadro 82. Motivos de cancelamento - Notas de Transferência e Vales Cirurgia
Motivo de cancelamento
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Recusa transferência 60,1% 58,6% 63,5% 56,8% 64,9% 58,1% 54,0% 62,0% 70,1%
NT/VC expirado 20,7% 19,7% 19,5% 17,5% 17,9% 17,9% 25,3% 24,8% 21,1%
Já agendado HO 5,9% 4,6%
Outros 19,2% 21,2% 15,4% 11,9% 11,8% 19,9% 13,7% 7,4% 4,3%
Fonte: ACSS
Quadro 83. Resumo intransferíveis
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Valor 13 629 10 752 9 750 9 762 10 252 8 151 8 677 10 789 7 862
Fonte: ACSS
Quadro 84. Evolução das entradas em LIC com GDH previsional inválido
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Entradas com GDH 470* 46 915 60 212 58 520 63 143 55 920 49 004 50 230 44 699 24 542
Percentagem Entradas com GDH 470
8,2% 9,8% 9,4% 9,8% 8,6% 7,4% 7,5% 6,4% 3,5%
*Corresponde ao número de entradas (propostas cirúrgicas) que geram um GDH previsional inválido Fonte: ACSS e SPMS
Gráfico 65. Evolução das notas de transferência e vales de cirurgia emitidos e
percentagem de cativações
Fonte: ACSS e SPMS
120 225 124 866
104 353
84 601 85 462
111 201
81 829
127 450
250 924
25,3%24,1%
27,6%
22,1%
25,1%
21,1%
32,9%
21,7% 19,8%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
0
50 000
100 000
150 000
200 000
250 000
300 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
NT/VC emitidos % Cativações
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
268
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2017 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2.5. Atendimentos urgentes
Em 2018, registou-se um total de 6.365.476
episódios de urgência, mantendo a tendência
de ligeiro acréscimo de atividade (+0,7%)
verificada em anos anteriores.
Apesar deste aumento, importa salientar o
decréscimo de 1,4 pontos percentuais
verificado na percentagem de atendimento
com menor nível de prioridade no contacto
com os serviços, classificados na Triagem de
Manchester com a cor verde, azul e branca,
quando comparado com o período homólogo.
Ainda em relação à atividade de urgência, e no
que se refere à percentagem de episódios de
urgência que geram internamento, verifica-se
um aumento de 0,6 pontos percentuais, face a
2017.
No que respeita aos tempos de resposta dos
serviços de urgência, verifica-se que a maioria
dos atendimentos é realizada dentro do
tempo previsto pela Triagem de Manchester.
Em 2018, o número de episódios de urgência
que foram atendidos dentro do tempo
previsto no protocolo de triagem de
Manchester foi de 74,3%.
Dando continuidade ao implementado em
2017, os diversos instrumentos de análise
(utilizadores frequentes, scores de sobrecarga
diária dos serviços), de monitorização do
desempenho (capacidade instalada, fluxos
dos utentes nos hospitais e nos cuidados
primários) e de divulgação pública de
informação sobre o acesso aos serviços de
urgência do SNS, contribuíram para um maior
conhecimento sobre as várias dimensões que
influenciam o acesso e para que a população
tenha mais instrumentos que suportem uma
tomada de decisão responsável e informada
sobre o acesso adequado a estes serviços.
Para além destas medidas, importa continuar
a trabalhar no reforço das respostas de
cuidados de saúde primários e da RNCCI e na
melhoria da articulação entre os serviços do
SNS (em linha com os princípios do projeto
“SNS + Proximidade”), de forma a obter uma
redução sustentada dos episódios de urgência
no SNS.
Publicitação de tempos de espera no SNS
Com a entrada em vigor do Portal SNS, a 1 de
fevereiro de 2016, passou a disponibilizar-se
vários serviços ao cidadão, destacando-se a
informação, em tempo real, sobre os tempos
médios de espera nos serviços de urgência do
SNS, por grau de prioridade definido pela
triagem de Manchester.
Disponível em : http://tempos.min-
saude.pt/#/instituicoes
PARTE III | 2. CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 269
Gráfico 70. Tempo médio de espera entre a triagem e a primeira observação 2016 - 2018
Fonte: ACSS
StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/servicos-de-urgencia/
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
01/jan 01/fev 01/mar 01/abr 01/mai 01/jun 01/jul 01/ago 01/set 01/out 01/nov 01/dez
2016 2017 2018 Linear (2018)
Gráfico 66. Evolução anual do número de episódios
de urgência (milhares)
Fonte: ACSS
StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-
sns/servicos-de-urgencia/
6 411 6 416
5 9666 108 6 189 6 118
6 4066 318 6 365
4 000
4 400
4 800
5 200
5 600
6 000
6 400
6 800
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 67. Percentagem de episódios de urgência
que geram internamento
Fonte: ACSS
StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-
do-sns/servicos-de-urgencia/
8,3%8,1%
8,7%8,5%
8,4%8,5%
8,2% 8,2%
8,8%
7%
8%
9%
10%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gráfico 68. Evolução da percentagem de atendimentos
urgentes com prioridade verde, azul e branca
*Dados provisórios
Fonte: ACSS
StatLink: https://www.sns.gov.pt/monitorizacao
-do-sns/servicos-de-urgencia/
42,0%
40,8%40,4%
40,7%
42,0%
40,6%
39%
40%
41%
42%
43%
44%
45%
2013 2014 2015 2016 2017 2018*
72,0%73,7% 74,3%
50%
60%
70%
80%
2016 2017 2018
Fonte: ACSS
Gráfico 69. Evolução da percentagem de episódios
urgentes atendidos dentro do tempo previsto
PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
270
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
3. Cuidados continuados integrados
No âmbito da Rede Nacional de Cuidados
Continuados Integrados (RNCCI), o ano de
2018 continuou a registar um saldo positivo,
refletindo em números a melhoria da
capacidade de resposta de saúde e apoio social
aos utentes em situação de dependência e de
fragilidade.
Em 2018, foram assistidos na RNCCI um total
de 48.677 utentes, mais 4,6% que em 2017,
mais 9,6% que em 2015 e mais 102,5% que em
2010, sendo que 266 foram assistidos em
tipologias de saúde mental e 44 nas tipologias
pediátricas. Ressalva-se que a partir de 2017,
deixaram de ser contabilizados na RNCCI os
utentes assistidos em tipologias de cuidados
paliativos.
A tipologia onde mais utentes foram assistidos
em 2018 foi em Equipas de Cuidados
Continuados Integrados (ECCI), à semelhança
do ano anterior, com 34,2%, o correspondente
a 16.664 utentes assistidos.
Ao nível dos cuidados pediátricos
contabilizaram-se 29 utentes assistidos na
Unidade de Cuidados Integrados Pediátricos
do Norte (UCIP nível 1), e 15 na Unidade de
Ambulatório Pediátrica (UAP).
De referir ainda que o Algarve continua a ser a
região com a maior percentagem de utentes
assistidos em ECCI (46,5% em 2018),
seguindo-lhe as regiões de Lisboa e Vale do
Tejo (44,9%) e do Norte (35,7%).
É também no Algarve que se verifica uma
maior percentagem de utentes assistidos em
relação à população com idade superior a 65
anos, seguida do Alentejo. A região de Lisboa e
Vale do Tejo foi a que revelou uma
percentagem mais baixa, como já acontecia em
períodos anteriores.
Na sequência do exposto anteriormente, e de
forma a traçar um perfil do utente, podemos
aferir que, em 2018, do total dos utentes
servidos pela RNCCI, 83,4% da população
tinha idade superior a 65 anos e 50,2%
(+0,9% quem em 2017) tinha mais de 80
anos, os valores mais altos dos últimos anos.
Em termos de género, o sexo feminino
representa 55,9% do total de utentes, um
crescimento de 0,8% face ao período
homólogo. Note-se que no mesmo ano, os
utentes da Rede, do sexo feminino com idade
superior a 65 anos, ascendiam a 50% e com
idade superior a 80 anos, ultrapassava os 65%.
Como verificado no ano de 2017, cerca de 70%
dos utentes vivia com a família natural e 26%
vivia só.
Neste sentido, e de acordo com os dados
registados em 2018, salienta-se que a
população da RNCCI mantém o perfil traçado
em períodos anteriores: envelhecida,
maioritariamente feminina e com baixo nível
de escolaridade (mais de 89% possui
escolaridade inferior a 6 anos).
PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 271
Quadro 85. Evolução da atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
UC 6 287 7 744 8 704 8 791 8 833 7 192 7 201 7 219 7 546 4,5%
UMDR 6 672 7 741 8 578 9 352 9 990 10 672 11 349 11 954 11 973 0,2%
ULDM 5 802 6 489 7 728 8 675 10 541 11 328 11 611 11 985 12 184 1,7%
ECCI 5 278 9 139 11 578 13 804 14 577 15 221 15 582 15 215 16 664 9,5%
UCIP N1 18 30 29 -3,3%
UAP 7 26 15 -42,3%
SM 0 96 266 177,1%
Total 24 039 31 113 36 588 40 622 43 941 44 413 45 768 46 525 48 677 4,6%
UCP* 1 951 1 600 1 821 1 903 1 827 2 115 2 384
EIHSCP / ECSCP * n.d. n.d. n.d. 2356 2288 3715 4357
*As Unidades e Equipas de Cuidados Paliativos passaram a integrar a Rede Nacional de Cuidados Paliativos em 2017. Neste sentido, e ainda que o quadro
apresente uma diminuição de 2016 para 2017, é reflexo da transferência destas tipologias, não se podendo inferir que se verificou uma diminuição dos
utentes assistidos em 2017.
Fonte: ACSS
Quadro 86. Atividade RNCCI – utentes assistidos, por tipologia e por região, em 2018
ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa e Vale do Tejo ARS Alentejo ARS Algarve Total
UC 2 128 2 118 1 693 716 891 7 546
UMDR 3 975 3 267 3 092 912 727 11 973
ULDM 3 908 4 061 2 530 1 030 655 12 184
ECCI 5 550 1 867 5 951 1 323 1 973 16 664
UCIP N1 29 29
UAP 15 15
SM 145 30 91 266
Total 15 750 11 343 13 357 3 981 4 246 48 677
Nota: Não se consideram neste quadro a EIHSCP/ECSCP, que têm referenciação direta, bem como as unidades e Equipas de Cuidados Paliativos, que passaram a integrar a RNCP em 2017. Fonte: ACSS
Gráfico 71. Percentagem de utentes assistidos em ECCI vs. Total de assistidos em
cada região
Fonte: ACSS
46,5% 44,9%
35,7%33,2%
16,5%
34,2%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Algarve Lisboa e Vale doTejo
Norte Alentejo Centro Total Nacional
PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
272
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Em 2018, e considerando as tipologias que, à
data, integram a RNCCI, o número total de
utentes referenciados foi de 43.166 (+7,8%
em relação a 2017), dos quais 37 foram para
as tipologias pediátricas e 349 para as de
saúde mental.
Os dados de 2018, e representados no quadro
da página seguinte, permitem ainda aferir que
o maior crescimento de referenciações se
verificou nas tipologias de saúde mental,
seguidas das ECCI (+16,4% que em 2017) e
das unidades de convalescença (+7,8%).
A nível regional, mais de 45% das
referenciações efetuadas na ARS Algarve,
foram para a tipologia de ECCI, seguida da ARS
Norte (37,4%) e da ARS Lisboa e Vale do Tejo
(32,6%). Nos casos específicos das ARS Centro
e Alentejo, as maiores percentagens de
referenciações foram para as tipologias de
ULDM (37,9%) e UMDR (28,4%),
respetivamente.
Note-se que em 2018, e à semelhança do que
se tinha verificado em 2017, os utentes
tiveram como principal motivo de
referenciação, com registos válidos no
aplicativo informático da RNCCI, a
dependência de atividades da vida diária (este
é o principal motivo com 90% e o ensino
utente/cuidador informal o segundo motivo
com 90%, sobreponível a períodos anteriores,
alternando ambos entre primeiro e segundo
lugar).
De salientar ainda que no mesmo ano, foram
referenciados para ECCI cerca de 32% dos
utentes por motivo “feridas/úlceras de
pressão” e 12% por motivo de “úlceras de
pressão múltiplas”. Quando se considera a
percentagem de cada motivo, em relação ao
total do mesmo motivo por tipologia, constata-
se que 67% das referenciações por motivo de
“feridas/úlceras de pressão” e 63% por
motivo de “úlceras de pressão múltiplas”, se
encontram em ECCI, representado ambas a
maior percentagem em relação às restantes
tipologias.
PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 273
Quadro 87. Evolução do número de referenciações por ano e por tipologia de resposta
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
UC 5 903 7 118 7 085 8 943 7 833 7 036 6 828 7 065 7 617 7,8%
UMDR 6 483 7 240 6 656 8 788 9 600 10 333 10 684 11 509 11 717 1,8%
ULDM 5 550 5 896 5 363 6 751 9 249 9 969 11 118 10 450 10 826 3,6%
ECCI 3 475 6 952 7 789 11 219 10 500 11 419 11 752 10 844 12 620 16,4%
UCP* 2 593 2 897 1 700 2 050 2 187 2 360 2 275
UCIP N1 31 29 -6,5%
UAP 17 8 -52,9%
EAD 46 47 2,2%
EAD/IA 1 0 -100,0%
RA 16 13 -18,8%
RAMa 26 136 423,1%
RAMo 13 34 161,5%
RTA 15 31 106,7%
RTA/A 1 18 1700,0%
USO 26 66 153,8%
USO/IA 1 4 300,0%
Total 24 004 30 103 28 593 37 751 39 369 41 117 42 657 40 061 43 166 7,8%
*As unidades e Equipas de cuidados paliativos passaram a integrar a Rede Nacional de Cuidados Paliativos em 2017 Fonte: ACSS
Quadro 88. Número de utentes referenciados na RNCCI por tipologia e região, em 2018
Região Origem ECCI UC UCIP 1 ULDM UMDR UAP EAD EAD/IA RA RAMa RAMo RTA RTA/A USO USO/IA Total
Norte
CS 3 243 255 15 937 341 7 1 0 1 9 1 4 1 28 0 4 843
H 1 813 1 842 10 2 191 2 852 1 8 0 4 37 0 3 9 11 4 8 785
Social* 10 0 4 63 1 1 0 0 0 79
Centro
CS 787 196 3 2 359 863 0 0 0 0 1 9 2 0 0 0 4 220
H 499 1 709 0 1 490 2 262 0 1 0 0 4 2 0 0 27 0 5 994
Social* 0 0 0 0 10 0 0 0 0 10
Lisboa e Vale do Tejo
CS 1 760 102 1 1 523 534 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 3 923
H 2 372 2 172 0 941 3 277 0 27 0 4 19 11 16 8 0 0 8 847
Social* 0 0 0 0 0 3 0 0 0 3
Alentejo CS 602 103 0 606 396 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 709
H 275 676 0 363 646 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 960
Algarve CS 642 23 0 290 85 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 040
H 627 539 0 126 461 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 753
Nacional 12 620 7 617 29 10 826 11 717 8 47 0 13 136 34 31 18 66 4 43 166
*Incluem as tipologias de saúde mental. Nota: As unidades e Equipas de cuidados paliativos passaram a integrar a Rede Nacional de Cuidados Paliativos em 2017 Fonte: ACSS
PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
274
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Relativamente à origem de referenciação dos
utentes para a RNCCI, constata-se que, em
2018, se verificou um aumento de 2,5%. Neste
contexto, os hospitais referenciaram
63,4% dos utentes, o que reflete uma
diminuição de 2,5% face a 2017, tendo a
referenciação pelos cuidados de saúde
primários aumentado 2,5% em relação ao
período homólogo (36,6% de utentes
referenciados).
A região que regista uma maior percentagem
de referenciação a partir dos cuidados de
saúde primários é o Alentejo, com 46,6%
(43% em 2017). Pelo lado contrário, a região
com menor percentagem é a de Lisboa e Vale
do Tejo com 30,9% (28,3% em 2017).
Ainda no âmbito da referenciação a partir dos
cuidados de saúde primários, o Centro
referenciou 41,4% dos utentes, o Algarve
37,2% e o Norte 35,5%, conforme ilustrado no
gráfico da página seguinte.
No que concerne à referenciação hospitalar, a
região de Lisboa e Vale do Tejo é a que
apresenta a percentagem mais elevada de
utentes a serem referenciados, com cerca de
69%.
No entanto, em 2018, e tal como se tinha
verificado no período homólogo, Lisboa e Vale
do Tejo apresentou a menor cobertura
populacional em lugares de internamento, e
em termos globais.
Dos utentes referenciados a nível nacional, a
partir de hospitais para unidades de
internamento, o Norte representa 32% do
total nacional, e Lisboa e Vale do Tejo 29,6%,
uma tendência que já se verificava
anteriormente, representando juntas cerca de
62%.
Apesar de se ter verificado um aumento
gradual e sustentado da cobertura de camas
em Lisboa e Vale do Tejo, permaneceram em
2018 algumas dificuldades de referenciação a
nível hospitalar.
No contexto nacional, as ECCI representaram
a tipologia para onde foram referenciados
mais utentes, com 29,2% (+2,1% que em
2017), seguidas das UMDR, com 27,1%
(28,7% em 2017) e das ULDM com 25,1%
(26,1% em 2017).
Numa visão global, a região que mais
referencia, em relação à sua população com
idade superior a 65 anos é o Algarve, com
3,2%, seguido do Alentejo com 2,9% e do
Centro com 2,6%.
A região com menor valor é a de Lisboa e Vale
do Tejo com 1,8%. A média nacional situa-se
nos 2,2%.
PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 275
35,5%41,4%
30,9%
46,6%
37,2%
64,5%58,6%
69,1%
53,4%
62,8%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve
Centro de Saúde Hospital
Gráfico 73. Distribuição percentual da origem da referenciação em cada região (2018)
Fonte: ACSS
Gráfico 72. Origem dos utentes referenciados no
âmbito da RNCCI em 2018
Fonte: ACSS
Hospitais63,4%
Centros de Saúde36,6%
PARTE III | 3.CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
276
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
A aposta no reforço dos cuidados da RNCCI em
ambulatório continuou a marcar o ano de
2018. Neste sentido, os gráficos da página
seguinte destacam os principais resultados no
âmbito das referenciações para ECCI nas
diferentes regiões, em relação ao total de
referenciados nessa região. Importa notar que
os mesmos são sobreponíveis a anos
anteriores.
O Algarve é a região que mais referencia os
seus utentes para ECCI, com 45,4% (44,9% no
ano de 2017), sendo o Centro a que menos
referencia, com 12,6% (11,7% em 2017).
Relativamente às outras tipologias, o Centro
referencia 37,9% dos seus utentes para ULDM
e 30,7% para UMDR (37,9% e 28,5%,
respetivamente, no ano de 2017), num total
de cerca de 69% para ambas as tipologias.
Na referenciação para ECCI, o peso dos
cuidados de saúde primários e hospitais
apresentava variação entre as regiões, no
entanto ressalva-se que estes valores dizem
respeito ao total dos utentes referenciados
para ECCI em cada região, sendo Lisboa e Vale
do Tejo a região onde a referenciação para
ECCI é maior a partir dos hospitais (57%),
como registado em anos anteriores.
De salientar igualmente que, apesar dos
referenciados para ECCI a partir dos cuidados
de saúde primários ser de 61% no Centro (o
mesmo que em 2017) apenas 12,6% do total
dos utentes da região foram referenciados
para ECCI. Ainda assim o valor é superior ao
registado em 2017.
A referenciação para ECCI a partir dos
cuidados de saúde primários representa 64%
no Norte (60% em 2017), 69% no Alentejo
(66% em 2017), 51% no Algarve e 43% em
Lisboa e Vale do Tejo (52% e 42%
respetivamente, em 2017).
Referenciação de utentes para a RNCCI
O atual processo de referenciação de utentes
para a RNCCI encontra-se mais agilizado (na
sequência da portaria n.º 50/2017, de 2 de
fevereiro) podendo os utentes ser propostos
para as respostas da RNCCI de duas formas:
1. Se estiverem internados em hospital do SNS,
através do serviço onde se encontram
internados.
• Os profissionais de saúde do serviço do
hospital onde se encontra internado
referenciam o utente para potencial
ingresso na RNCCI;
• A proposta de referenciação é enviada à
Equipa de Gestão de Altas (EGA) do
hospital, a qual deve avaliar e confirmar
toda a informação até ao momento da alta;
• Após confirmação da informação, a EGA
envia a proposta para a Equipa
Coordenadora Local (ECL).
2. Se estiverem na comunidade (domicílio,
hospital privado ou noutras instituições):
• A referenciação é efetuada pelos
profissionais de saúde das Unidades de
Saúde Familiar e de Cuidados de Saúde
Personalizados dos Agrupamentos de
Centros de Saúde;
• A referenciação é enviada à ECL.
PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 277
Fonte: ACSS
12,6%
23,9%
32,6%
37,4%
45,4%
0%
15%
30%
45%
60%
Centro Alentejo Lisboa e Vale do Tejo Norte Algarve
Gráfico 74. Referenciação para ECCI - Percentagem de utentes referenciados em cada região (2018)
Fonte: ACSS
64% 61%
43%
69%
51%56%
36% 39%
57%
31%
49%44%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Norte Centro Lisboa e Vale doTejo
Alentejo Algarve Nacional
Centro de Saúde Hospital
Gráfico 75. Referenciação para ECCI – Hospital e Centro de Saúde em cada região (2018)
PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
278
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
A informação que consta nos quadros que se
seguem, permite efetuar uma análise dos
tempos de resposta nesta área,
nomeadamente a mediana do tempo de
referenciação até identificação da vaga, e o
número de utentes a aguardar vaga no final de
dezembro de 2018.
Neste sentido, é possível aferir que a região
Centro regista o menor tempo de
referenciação para Unidades de
Convalescença, sendo a região de Lisboa e
Vale do Tejo a que apresenta o maior tempo,
verificando também para ULDM (67,1).
Já para UMDR o menor tempo é no Algarve,
permanecendo a região de Lisboa e Vale do
Tejo com o maior tempo.
Por fim, e para ECCI, o menor tempo é no
Algarve e o maior na região Norte.
De notar que, em 2018, cerca de 32% dos
tempos melhoraram em relação a 2017.
Em UC, o Norte diminuiu o seu tempo para
10,1 dias e o Centro para 9,9 dias, o tempo
mais baixo a nível nacional.
O número de utentes a aguardar vaga na
RNCCI em 2018, à data de 31 de dezembro,
está representado no quadro seguinte.
Para a tipologia pediátrica de internamento
(UCIP nível 1), existiam dois utentes a
aguardar vaga.
Dos utentes que aguardavam vaga para UC, o
Algarve apresentava a menor percentagem
(2%), com Lisboa e Vale do Tejo a ter 51% do
total.
Em UMDR, 58% dos utentes encontravam-se
em Lisboa e Vale do Tejo, região que apresenta
igualmente a maior percentagem de utentes
em ULDM (43% do total).
De referir ainda que 72% dos utentes que
aguardam vaga para ECCI encontram-se no
Norte.
Os utentes a aguardar vaga para ULDM
representavam cerca de 47% do total.
Importa ainda referir que, existiam na região
Norte, 15 utentes a aguardar vaga para RAMa
e 5 utentes a aguardar vaga em Lisboa e Vale
do Tejo, dos quais 3 para RAMa, 1 para EAD e
1 para RTA. No Centro existiam 2 utentes a
aguardar vaga para RAMo.
A nível nacional a demora média em 2018 para
a tipologia de UC era de 41 dias, para UMDR 90
dias, para ULDM 195 e para ECCI 129.
RNCCI continua a apresentar bons
resultados
A RNCCI veio promover a abertura organizacional
a novos modelos de prestação, valorizando as
respostas de ambulatório, com incorporação de
paradigmas de respostas intersectoriais e
multidisciplinares, orientados para a prestação de
cuidados numa ótica global de satisfação das
necessidades das pessoas que apresentam
dependência e necessidade simultânea de
cuidados de saúde e apoio social.
A construção da RNCCI tem sido efetuada segundo
uma filosofia de melhoria contínua e, nesta
perspetiva, a redução dos tempos de
referenciação até identificação de vaga
contribuem para assegurar um acesso cada vez
mais eficaz às respostas da RNCCI. Este tempo
depende, entre outros fatores, da cobertura
populacional das respostas da RNCCI. Em 2018,
32% dos tempos melhoraram, como já referido.
PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 279
Quadro 89. Mediana do tempo de referenciação para a identificação da vaga na RNCCI (2018)
Unidade de Convalescença
Unidade de Média Duração e Reabilitação
Unidade de Longa Duração e Manutenção
ECCI UCIP Nível 1 UAP
Norte 10,1 34,0 25,9 11,5 26,9 45,8
Centro 9,9 25,5 39,1 8,3
Lisboa e Vale do Tejo 28,1 55,3 67,1 8,9
Alentejo 27,9 50,1 48,0 9,0
Algarve 11,1 22,0 48,0 3,1
Fonte: ACSS
Quadro 90. Utentes que aguardavam vaga a 31 de dezembro de 2018
ECCI UC ULDM UMDR Total
Norte
Utentes a aguardar vaga 138 16 71 42 267
% utentes em espera 72% 6% 10% 11% 17%
Centro
Utentes a aguardar vaga 31 31 220 61 343
% utentes em espera 16% 11% 30% 16% 22%
Lisboa e Vale do Tejo
Utentes a aguardar vaga 8 143 321 218 690
% utentes em espera 4% 51% 43% 58% 43%
Alentejo
Utentes a aguardar vaga 11 85 102 52 250
% utentes em espera 6% 30% 14% 14% 16%
Algarve
Utentes a aguardar vaga 4 6 28 5 43
% utentes em espera 2% 2% 4% 1% 3%
Nacional Utentes a aguardar vaga 192 281 742 378 1 593
Fonte: ACSS
PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
280
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
No que concerne à taxa de ocupação da
RNCCI a nível nacional, constata-se que as
unidades de internamento possuem uma
taxa de ocupação elevada, com destaque
para a tipologia de ULDM (98%), seguida de
UMDR, com 95%, e de UC com 89%.
Importa referir que a taxa de ocupação de
ECCI (70%) mostra que existem lugares
disponíveis ou que necessitam ser ajustados
aos recursos existentes.
Quanto às Unidades de Cuidados Integrados
Pediátricos, a taxa de ocupação situou-se nos
95% e da Unidade de Ambulatório
Pediátrico nos 99%.
Na área de saúde mental, a taxa de ocupação
a nível nacional em RA foi de 75%, em RAMa
de 90%, em RAMo de 86% e em RTA de 94%.
O valor da execução financeira da
componente saúde da RNCCI em 2018, que
não inclui cuidados paliativos, foi de
146.708.349 euros, conforme consta do
quadro da página seguinte. Para a saúde, as
despesas com o funcionamento da RNCCI
perfez um valor de 146.228.404 euros,
representando 99,7% da despesa. O
investimento totalizou 479.945 euros.
Assim, é possível constatar que o ano de
2018, somando as componentes assumidas
pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do
Trabalho, Solidariedade e da Segurança
Social, ascendeu a um volume global de
186.557.63318 euros. Desde o início da
RNCCI, o valor da componente saúde
representa 80,3% do total.
18 Os dados de execução financeira da componente Social são
provisórios.
Quanto aos restantes indicadores
assistenciais na RNCCI, verifica-se que 10%
dos utentes tiveram como destino pós alta
Lar/resposta ou equipamento social. A nível
nacional 77% do destino pós-alta foi para o
domicílio. Em 73% dos casos do destino pós-
alta para o domicílio foi registada
necessidade de suporte.
Em relação ao motivo de alta, a nível
nacional, baseado nos registos com
informação no aplicativo informático da
RNCCI, o terem sido atingidos os objetivos da
intervenção planeada pelo Plano Individual
de Cuidados (PIC), efetuado pelos
profissionais, representa 76%.
A incidência de úlceras de pressão na RNCCI
foi de 3,4%. A prevalência de úlceras de
pressão foi de 16,5%.
Em 2018, a percentagem de óbitos nos
utentes assistidos na RNCCI foi de 11,1%. De
salientar ainda que 44,1% do total dos óbitos
ocorre em ECCI, i.e., ocorre no domicílio, e
39,9% em ULDM.
A percentagem de óbitos em ECCI foi de
13,3%. A percentagem de óbitos em
unidades de internamento foi de 10%.
PARTE III | 3. CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 281
Quadro 91. Taxa de ocupação das unidades da RNCCI, por tipologia (2018)
ARS Norte ARS Centro ARS Lisboa
e Vale do Tejo ARS Alentejo ARS Algarve Nacional
Unidade de Convalescença 89% 91% 89% 78% 96% 89%
Unidade de Média Duração e Reabilitação 96% 95% 94% 94% 94% 95%
Unidade de Longa Duração e Manutenção 98% 97% 98% 97% 98% 98%
ECCI 75% 62% 71% 65% 71% 70%
UCIP - Nível 1 95% 95%
UAP 99% 99%
EAD* 25% 3% 16%
RA* 61% 91% 75%
RAMa* 82% 98% 90%
RAMo* 83% 92% 86%
RTA* 94% 94%
RTA/A* 64% 17% 32%
*Correspondem a unidades da RNCCI de Saúde Mental Fonte: ACSS
Quadro 92. Evolução da execução financeira da componente saúde da RNCCI – MS e MTSSS
(em milhões de euros)
Ano Nº de camas/ lugares com
acordos MTSSS MS Investimento MS Funcionamento MS Total
Total (MS e MSS)
2010 4 625 19,6 M€ 29,8 M€ 83,6 M€ 113,5 M€ 133,1 M€
2011 5 595 25,2 M€ 23,8 M€ 88,4 M€ 112,2 M€ 137,4 M€
2012 5 911 26,5 M€ 20,4 M€ 117,7 M€ 138,0 M€ 164,5 M€
2013 6 642 27,7 M€ 4,7 M€ 115,6 M€ 120,3 M€ 148,0 M€
2014 7 160 31,8 M€ 2,7 M€ 118,3 M€ 120,9 M€ 152,7 M€
2015 7 759 34,9 M€ 1,2 M€ 115,5 M€ 116,7 M€ 151,6 M€
2016 8 400 36,4 M€ 0,3 M€ 135,8 M€ 136,1 M€ 172,4 M€
2017 8 247 38,7 M€ 0,1 M€ 146,9 M€ 147,0 M€ 185,8 M€
2018* 8 678 39,8 M€ 0,5 M€ 146,2 M€ 146,7 M€ 186,6 M€
Total 280,5 M€ 83,5 M€ 1 068,0 M€ 1 151,5 M€ 1 432,0 M€
*Os dados de execução financeira da componente Social são provisórios. Nota: Em 2017 e 2018 as camas de unidades de cuidados paliativos deixaram de ser contabilizadas na RNCCI, não existindo também a inclusão da execução financeira referente às UCP que ainda mantêm contratos no âmbito da RNCCI. O valor da execução financeira do ISS,I.P. relativamente aos CCISM (Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados - Saúde Mental) em 2018 foi de 533.507 euros. Fonte: ARS e ISS
PARTE III | 4. SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO
282
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
4. Setor social e convencionado
O setor convencionado desempenha um papel
complementar na prestação de cuidados de
saúde pelo SNS, sendo responsável por uma
parcela significativa de despesa pública.
Em 2018, o valor faturado ao SNS pelas
entidades convencionadas, excetuando as
áreas da hemodiálise e do SIGIC, foi de
473.766.356 euros, um aumento total de
encargos de 5,3% face ao valor faturado ao
SNS em 2017, conforme se apresenta no
quadro da página seguinte.
Relativamente à distribuição dos encargos por
área de convenção, denota-se que as mais
representativas, em termos de despesa
pública, são as Análises Clínicas (37%), a
Radiologia (23%), a Medicina Física e de
Reabilitação (21%) e a Endoscopia
Gastrenterológica (11%).
Entre as áreas cujo encargo financeiro
apresentou um maior aumento em termos
relativos destacam-se a Neurofisiologia
(35%), a Anatomia Patológica (20%), a
Endoscopia Gastrenterológica, Medicina
Física e de Reabilitação, Otorrinolaringologia
e Pneumologia e Imunoalergologia, estas
últimas com um crescimento individual na
ordem dos 9%, face a 2017.
Em sentido inverso, a despesa com a atividade
convencionada decresceu mais na área das
Especialidades Médico-cirúrgicas (-46%),
Eletroencefalografia (-8%) e Medicina
Nuclear (-8%).
Nas áreas de Análises Clínicas e de Radiologia,
o crescimento da despesa do SNS foi menos
expressivo, situando-se nos 3%. Com efeito,
através dos despachos n.º 3668-E/2017 e
3668-G/2017, ambos de 24 de abril, verificou-
se, nos anos de 2017 e 2018, um desconto
sobre fatura e uma redução de preços,
respetivamente, o que estará na base da
contenção do referido crescimento da
despesa.
Em termos homólogos, a despesa na área da
endoscopia gastroenterológica continua a
aumentar, passando para os 9,4% em 2018,
correspondendo a um crescimento de mais de
4,5 milhões de euros. Perante esta evidência,
e analisando mais em detalhe esta última área,
constata-se que foram efetuadas, em 2018, um
total de 261.191 colonoscopias e demais
procedimentos associados. Destes, 246.426
foram efetuados com sedação ou analgesia
(94,4% do total).
Desde 2011 tem sido muito acentuada a
evolução do custo médio mensal com
colonoscopias e procedimentos relacionados,
totalizando um valor médio de 3.486.749
euros em 2018, mais 18% que em 2017.
Controlo da despesa do SNS
com o setor convencionado
Assumida a necessidade de convergência de
esforços entre o Estado e os agentes económicos
no controlo da despesa pública, sem prejuízo do
acesso dos utentes às melhores práticas de
diagnóstico e terapêutica, mantiveram-se em
vigor os acordos celebrados em 2017 entre o
Ministério da Saúde e associações do setor
convencionado nas áreas de análises clínicas,
radiologia e hemodiálise (entre os 2% ou 3,5%,
consoante a área convencionada), numa forma
de contributo para a sustentabilidade do SNS e
de partilha de risco e de resultados.
PARTE III | 4. SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 283
Quadro 93. Encargos no setor convencionado, por área de convenção (em milhões de euros)
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Análises Clínicas 235,2 M€ 198,9 M€ 160,1 M€ 160,2 M€ 166,9 M€ 173,7 M€ 169,0 M€ 171,2 M€ 176,4 M€ 3,0%
Anatomia Patológica 4,2 M€ 3,8 M€ 3,4 M€ 3,7 M€ 4,2 M€ 4,4 M€ 5,1 M€ 4,4 M€ 5,3 M€ 19,8%
Cardiologia 26,0 M€ 22,1 M€ 21,1 M€ 21,4 M€ 22,4 M€ 22,7 M€ 23,3 M€ 23,7 M€ 25,0 M€ 5,4%
Medicina Nuclear 1,4 M€ 2,8 M€ 4,3 M€ 4,5 M€ 4,2 M€ 4,3 M€ 4,6 M€ 3,6 M€ 3,4 M€ -7,9%
Eletroencefalografia 0,7 M€ 0,5 M€ 0,4 M€ 0,4 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ -8,2%
Endoscopia Gastroenterológica 12,6 M€ 12,0 M€ 12,1 M€ 12,1 M€ 25,2 M€ 36,9 M€ 43,9 M€ 47,7 M€ 52,2 M€ 9,4%
Medicina Física e de Reabilitação 96,8 M€ 87,6 M€ 78,6 M€ 71,7 M€ 77,9 M€ 80,4 M€ 86,7 M€ 91,6 M€ 100,6 M€ 9,8%
Otorrinolaringologia 0,2 M€ 0,2 M€ 0,1 M€ 0,1 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 8,8%
Pneumologia e Imunoalergologia 2,5 M€ 2,0 M€ 1,5 M€ 1,6 M€ 1,8 M€ 2,0 M€ 2,1 M€ 2,1 M€ 2,3 M€ 7,6%
Neurofisiologia 0,3 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,2 M€ 0,1 M€ 0,2 M€ 0,3 M€ 0,4 M€ 34,7%
Radiologia 152,4 M€ 123,7 M€ 98,7 M€ 96,6 M€ 100,9 M€ 104,3 M€ 104,0 M€ 104,5 M€ 107,6 M€ 3,0%
Especialidades Médico-Cirúrgicas 0,9 M€ 0,4 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,3 M€ 0,2 M€ -45,7%
Psicologia 0,0061 M€ 0,0059 M€ 0,0133 M€ 0,0124 M€ 0,0005 M€ 0,0005 M€ 0,0003 M€ 0,0014 M€ 0,0004 M€ -71,0%
Total 533,3 M€ 454,3 M€ 380,8 M€ 372,7 M€ 404,4 M€ 429,6 M€ 439,6 M€ 450,1 M€ 473,8 M€ 5,3%
Fonte: ACSS
Quadro 94. Custo médio mensal com colonoscopias
e outros procedimentos no setor convencionado (em euros)
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Var.
2018/2017
Encargos com colonoscopias e procedimentos - média mensal
494 192 € 495 911 € 508 349 € 515 214 € 1 580 138 € 2 530 581 € 2 716 532 € 2 962 022 € 3 486 749 € 17,7%
Fonte: ACSS
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/evolucao-de-mcdt-
realizados-no-convencionado
PARTE III | 4.SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO
284
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Atividade convencionada na área da hemodiálise
No final de 2018, a Plataforma de Gestão
Integrada da Doença (PGID) registava um
total de 11.951 doentes em programa crónico
de hemodiálise em ambulatório no SNS.
Neste âmbito importa salientar que 962
doentes (8%) estavam em tratamento em
unidades integradas no SNS e 10.989 doentes
(92%) encontravam-se em tratamento em
unidades do setor privado.
O número de unidades prestadoras de
cuidados de diálise no final de 2018 era de 118
das quais a grande maioria pertence ao setor
privado ou social (cerca de 78%).
A evolução absoluta do número de doentes em
tratamento, por região de saúde, é a que se
encontra explanada no quadro seguinte. Note-
se que se consideram os dados disponíveis
sobre a estimativa de população residente em
Portugal Continental.
Neste sentido, é possível aferir que o número
de doentes em tratamento de hemodiálise
continua a aumentar, com as regiões do Norte
e Lisboa e Vale do Tejo a apresentarem os
valores mais elevados (3.602 e 5.412 doentes
em tratamento, respetivamente).
Já no que se refere à distribuição de doentes
por faixa etária, e à semelhança do observado
em 2017, verifica-se uma concentração
semelhante na faixa etária igual ou superior a
75 anos de idade, e na faixa etária dos 25 aos
64 anos de idade (38% e 35%,
respetivamente), sendo também de destacar
valores bastante reduzidos na faixa etária
entre os 0 e os 24 anos de idade (0,6%).
Em 2018, mantém-se a tendência da
predominância de doentes do sexo masculino
(60%), em relação ao sexo feminino (40%). O
mesmo se verifica quando se analisa a
proporção de doentes por género e faixa
etária e por género em cada região de saúde.
As regiões de saúde do Centro e do Algarve
continuam a ter uma proporção de doentes do
sexo masculino superior à média nacional e à
proporção observada nas restantes regiões,
como ilustra o gráfico seguinte.
PARTE III | 4. SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 285
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/gestao-integrada-
da-doenca-insuficiencia-renal-cronica/?sort=periodo
Quadro 95. Evolução do número de doentes por ARS por 10 mil habitantes
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Região de Saúde
Número de doentes
Número de doentes
Número de doentes
Número de doentes
Número de doentes
Número de doentes
Número de doentes
Número de doentes
Número de doentes
Número de doentes /
10.000 Hab.
Norte 2 593 2 715 2 797 2 795 2 962 2 993 3 169 3 598 3 602 10,1
Centro 1 688 1 501 1 577 1 619 1 767 1 695 1 690 1 796 1 830 10,9
LVT 3 956 4 424 4 515 4 750 4 823 5 045 5 128 5 305 5 412 14,9
Alentejo 454 557 550 582 575 594 603 606 629 13,2
Algarve 367 416 406 389 412 426 412 505 478 10,8
Total 9 058 9 613 9 845 10 135 10 539 10 753 11 002 11 810 11 951 12,2
Fonte: ACSS
Gráfico 76. Distribuição de doentes por faixa etária em 2018
Fonte: ACSS e SPMS StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/data
set/gestao-integrada-da-doenca-insuficiencia-
renal-cronica/?sort=periodo
0-240,6%
25-6434,6%
65-7426,9%
≥ 7537,9%
StatLink: https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/gestao-
integrada-da-doenca-insuficiencia-renal-cronica/?sort=periodo
Gráfico 77. Distribuição de doentes por género e por região de Saúde em 2018
Fonte: ACSS e SPMS
41% 38% 40% 40% 36%
59% 62% 60% 60% 64%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve
Feminino Masculino
PARTE III | 4. SETOR SOCIAL E CONVENCIONADO
286
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
A insuficiência renal crónica (IRC) é uma
condição crónica que exige a prestação de um
conjunto de cuidados (e.g. sessões de diálise,
medicamentos, MCDT). O Ministério da Saúde
promoveu em 2008, uma abordagem de
gestão integrada da doença, que garantisse
aos doentes o acesso à maioria dos cuidados
inerentes à sua condição, no mesmo local de
prestação e sem necessidade de deslocação ao
hospital de referência (e.g. para levantamento
de medicação). Antes da implementação do
modelo, a convenção apenas garantia ao
doente em diálise, no próprio local de
prestação, o acesso aos tratamentos dialíticos,
sendo as restantes componentes asseguradas
em outras sedes. O estabelecimento de um
preço compreensivo e a prestação integrada
de cuidados representou, uma profunda
alteração na forma de aquisição dos serviços
de saúde pelo SNS, no seio do Setor
Convencionado da Saúde.
Através da leitura do quadro seguinte é
possível aferir que os custos com hemodiálise
continuam a aumentar (+17% de 2010 a
2018), um movimento acompanhado pela
prevalência de doentes em tratamento em
Portugal. As reduções de despesa observadas
em alguns anos (2012 face a 2011, por
exemplo) coincidem com períodos de redução
dos preços praticados. No ano de 2018
verificou-se um aumento da despesa total,
justificado pelos movimentos contabilísticos
de especialização efetuados pela ARS Norte.
Quadro 96. Evolução dos custos por ARS (em milhões de euros)
ARS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*
Norte 74,6 M€ 72,6 M€ 68,3 M€ 71,7 M€ 79,0 M€ 75,9 M€ 80,1 M€ 77,6 M€ 106,7 M€
Centro 36,6 M€ 41,3 M€ 37,1 M€ 38,7 M€ 38,1 M€ 39,7 M€ 39,2 M€ 48,4 M€ 37,1 M€
Lisboa e Vale do Tejo
113,2 M€ 113,2 M€ 116,9 M€ 119,9 M€ 124,9 M€ 126,0 M€ 117,8 M€ 122,9 M€ 119,5 M€
Alentejo 11,6 M€ 12,5 M€ 12,1 M€ 16,4 M€ 16,1 M€ 14,5 M€ 18,1 M€ 14,9 M€ 15,2 M€
Algarve 10,6 M€ 10,2 M€ 9,7 M€ 9,9 M€ 10,4 M€ 10,7 M€ 11,0 M€ 10,8 M€ 11,0 M€
Total 246,5 M€ 249,7 M€ 244,1 M€ 256,6 M€ 268,4 M€ 266,8 M€ 266,2 M€ 274,6 M€ 289,5 M€
*Dados provisórios Nota: Variação entre 2017 e 2018 justificada pelos movimentos contabilísticos de especialização num total de 25,1 milhões de euros referentes a anos anteriores e efetuados pela ARS Norte Fonte: ACSS e SPMS
Quadro 97. Custos por doente por região de saúde (em euros)
ARS 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018*
Norte 28 756 € 26 739 € 24 411 € 25 656 € 26 654 € 25 409 € 25 275 € 21 661 € 29 622 €
Centro 21 669 € 27 496 € 23 520 € 23 897 € 21 538 € 20 798 € 23 220 € 27 528 € 20 273 €
Lisboa e Vale do Tejo 28 626 € 25 585 € 25 895 € 25 235 € 25 890 € 25 294 € 22 971 € 23 226 € 22 081 €
Alentejo 25 465 € 22 448 € 22 076 € 28 229 € 28 070 € 24 565 € 29 959 € 24 464 € 24 165 €
Algarve 28 869 € 24 438 € 23 816 € 25 386 € 25 291 € 25 169 € 26 673 € 21 509 € 23 013 €
Total 27 218 € 25 978 € 24 795 € 25 315 € 25 471 € 24 572 € 24 194 € 23 393 € 24 224 €
*Dados provisórios Fonte: ACSS e SPMS
PARTE III | 5. AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 287
5. Avaliação do sistema de saúde
Reconhecido como sendo um sistema de
saúde com bom desempenho a nível mundial,
o sistema de saúde português tem alcançado
os melhores resultados nos estudos que têm
sido realizados, sendo que neste ponto se
destacam os que se referem de seguida.
Euro Health Consumer Index
2018 (classificação anual dos sistemas de saúde
nacionais da Europa)
De acordo com o Euro Health Consumer
Index (EHCI) 2018, Portugal está classificado
em 13.º lugar (em 35 países), imediatamente
a seguir à Alemanha. Esta classificação
representa a subida de um lugar em relação a
2017 e é a melhor de Portugal desde o início
desde índice, em 2006 (idêntica à alcançada
em 2014), conforme tabela infra.
Quadro 98. Evolução de Portugal no Euro Health
Consumer Index
Ano Posição no índice
2012 25.ª
2013 16.ª
2014 13.ª
2015 20.ª
2016 14.ª
2017 14.º
2018 13.º
Fonte: EHCI
Este índice anual faz uma avaliação dos
sistemas de saúde de 35 países europeus, do
ponto de vista do consumidor. Portugal,
através da Direção-Geral da Saúde, tem
contribuído para este estudo da
responsabilidade da Health Consumer
Powerhouse.
Portugal continua a subir de forma constante
no EHCI, atingindo, em 2018, 754 pontos, 31
pontos atrás da Alemanha e 23 pontos à frente
da República Checa.
Os EHCI de 2018 e de 2017 recompensam a
excelência clínica real mais do que as edições
anteriores, uma vez que os critérios foram
ainda mais apertados, demonstrando que a
classificação de Portugal tem um mérito
acrescido. Os cuidados de saúde europeus
estão a melhorar de forma constante: a
mortalidade infantil e as taxas de
sobrevivência por doenças cardíacas,
acidentes vasculares cerebrais e cancro estão
todas a avançar na direção certa. A escolha e o
envolvimento do doente nos cuidados e nas
decisões estão a ganhar relevância.
Portugal consegue atingir os melhores valores
nos critérios de resultados da Qualidade em
Saúde e na Acessibilidade.
Índice de sustentabilidade do SNS
Sustentabilidade na saúde 6.0
(Universidade Nova de Lisboa – Nova
IMS)
O índice de sustentabilidade é calculado tendo
em conta, não só a qualidade dos cuidados de
saúde na ótica dos cidadãos, como também os
indicadores disponíveis sobre a qualidade
técnica do SNS, a atividade registada e a
despesa.
No âmbito deste índice, a qualidade dos
profissionais é, para os utentes, o ponto mais
forte do SNS, sendo que, numa escala de 0 a
100, a avaliação ficou nos 78,3.
PARTE III | 5.AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE
288
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Reclamações, sugestões e elogios
O Sistema de Gestão de Reclamações (SGREC)
da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) é a
aplicação informática que tem por finalidade
recolher e registar as reclamações, sugestões
e elogios dirigidos aos estabelecimentos
prestadores de cuidados de saúde sujeitos à
regulação da ERS, permitindo
simultaneamente a monitorização do
seguimento que lhes é dispensado pelos
visados.
Dados de 2018 permitem aferir que, nesse
ano, foram submetidas no Sistema de Gestão
de Reclamações da Entidade Reguladora da
Saúde (ERS) 84.363 queixas relativas a
centros de saúde e hospitais do sector público,
privado e do sector social.
De referir igualmente que o número de elogios
e de sugestões também registou um
crescimento face a 2017, de 28% e 25%
respetivamente. No total a Entidade
Reguladora da Saúde recebeu 11.383 elogios e
1.234 sugestões.
Gráfico 78. Distribuição anual do volume de processos REC submetidos, em 2018
Fonte: ERS
8 188 8 634 7 910 8 16010 948
55 848
69 511
80 04984 363
0
20 000
40 000
60 000
80 000
100 000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 289
Anexos
ANEXOS
290 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Anexo 1. Percentagem de utentes com médico de família atribuído, por município
2017 2018 Var.
2018/2017 Var.
2018/2015
Concelho Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Cabeceiras de Basto 16.462 15.235 92,5% 16450 16442 100,0% 7,5% 0,3%
Castelo de Paiva 16.209 14.844 91,6% 16072 16064 100,0% 8,4% 0,5%
Amares 18.324 18.226 99,5% 18389 18362 99,9% 0,4% 0,3%
Arcos de Valdevez 21.693 21.671 99,9% 21540 21519 99,9% 0,0% 0,6%
Arouca 21.863 20.090 91,9% 21740 21720 99,9% 8,0% 9,2%
Barcelos 118.635 114.586 96,6% 118739 118625 99,9% 3,3% 0,6%
Paredes 86.864 85.241 98,1% 86414 86313 99,9% 1,8% 0,1%
Penafiel 72.459 69.563 96,0% 72048 71987 99,9% 3,9% 5,4%
Peso da Régua 16.965 16.938 99,8% 16662 16641 99,9% 0,1% 1,0%
Ponte da Barca 11.867 11.839 99,8% 11828 11815 99,9% 0,1% 2,1%
Ponte de Lima 43.286 43.179 99,8% 43126 43091 99,9% 0,1% 0,1%
Póvoa de Lanhoso 21.426 21.348 99,6% 21342 21330 99,9% 0,3% 1,0%
Póvoa de Varzim 67.122 65.555 97,7% 67591 67520 99,9% 2,2% 0,1%
São João da Madeira 22.655 22.630 99,9% 22912 22895 99,9% 0,0% 0,4%
Vieira do Minho 12.528 12.494 99,7% 12345 12327 99,9% 0,2% 6,8%
Vila do Conde 81.766 81.529 99,7% 82534 82425 99,9% 0,2% 0,1%
Vila Verde 46.390 43.966 94,8% 46590 46541 99,9% 5,1% 3,8%
Vizela 23.906 23.875 99,9% 24074 24042 99,9% 0,0% 0,2%
Arraiolos 6.768 6.752 99,8% 6758 6742 99,8% 0,0% -0,2%
Baião 18.741 18.669 99,6% 18499 18463 99,8% 0,2% 18,9%
Fafe 50.567 50.467 99,8% 50306 50216 99,8% 0,0% 0,8%
Freixo de Espada à Cinta
3.440 3.431 99,7% 3384 3378 99,8% 0,1% 0,0%
Gondomar 168.564 167.173 99,2% 169502 169222 99,8% 0,6% 0,2%
Guimarães 161.577 159.771 98,9% 161621 161360 99,8% 0,9% 1,3%
Lamego 26.665 25.009 93,8% 26234 26176 99,8% 6,0% 7,7%
Marco de Canaveses 51.876 51.628 99,5% 51576 51470 99,8% 0,3% 13,3%
Moimenta da Beira 10.033 9.984 99,5% 9881 9858 99,8% 0,3% 24,8%
Murça 5.745 5.731 99,8% 5666 5657 99,8% 0,0% 0,5%
Oliveira de Azeméis 66.970 66.922 99,9% 67394 67287 99,8% -0,1% 2,7%
Porto de Mós 23.917 23.724 99,2% 23946 23895 99,8% 0,6% 11,2%
Santo Tirso 69.174 69.010 99,8% 69016 68850 99,8% 0,0% 0,6%
São João da Pesqueira 7.499 7.487 99,8% 7211 7200 99,8% 0,0% 10,7%
Tabuaço 5.369 5.355 99,7% 5243 5235 99,8% 0,1% 0,6%
Tarouca 7.878 7.787 98,8% 7816 7800 99,8% 1,0% 7,0%
Terras de Bouro 6.791 6.784 99,9% 6744 6728 99,8% -0,1% 35,7%
Valença 13.839 13.800 99,7% 13840 13810 99,8% 0,1% 0,5%
Viana do Castelo 87.144 86.830 99,6% 87649 87437 99,8% 0,2% 1,5%
Vila Viçosa 7.912 7.885 99,7% 7869 7850 99,8% 0,1% 0,0%
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 291
2017 2018 Var.
2018/2017 Var.
2018/2015
Concelho Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Vimioso 4.280 4.267 99,7% 4251 4241 99,8% 0,1% 1,3%
Vouzela 9.882 9.832 99,5% 9792 9770 99,8% 0,3% 0,4%
Alijó 11.208 11.169 99,7% 11072 11039 99,7% 0,0% 13,5%
Almodôvar 6.744 6.705 99,4% 6773 6751 99,7% 0,3% 0,0%
Barrancos 1.561 1.558 99,8% 1540 1535 99,7% -0,1% -0,3%
Batalha 15.812 15.708 99,3% 15905 15859 99,7% 0,4% 0,5%
Borba 7.224 7.202 99,7% 7119 7099 99,7% 0,0% 16,4%
Castro Daire 14.852 14.783 99,5% 14660 14609 99,7% 0,2% 2,1%
Cinfães 19.143 19.041 99,5% 18860 18800 99,7% 0,2% 8,5%
Espinho 33.029 32.296 97,8% 33211 33106 99,7% 1,9% 0,3%
Évora 58.159 57.988 99,7% 58526 58346 99,7% 0,0% -0,3%
Marvão 3.278 3.260 99,5% 3230 3220 99,7% 0,2% -0,2%
Mogadouro 8.836 8.799 99,6% 8687 8665 99,7% 0,1% -0,1%
Montemor-o-Novo 16.537 16.476 99,6% 16407 16353 99,7% 0,1% 0,0%
Montemor-o-Velho 25.159 25.009 99,4% 25017 24942 99,7% 0,3% 6,0%
Oleiros 4.709 4.677 99,3% 4614 4598 99,7% 0,4% 0,4%
Ovar 56.905 56.753 99,7% 57254 57075 99,7% 0,0% 0,5%
Redondo 6.664 6.644 99,7% 6595 6574 99,7% 0,0% -0,2%
Santa Comba Dão 11.229 11.188 99,6% 11163 11131 99,7% 0,1% 1,2%
Santa Marta de Penaguião
6.747 6.726 99,7% 6668 6650 99,7% 0,0% 0,3%
Vale de Cambra 21.997 21.926 99,7% 21949 21889 99,7% 0,0% 1,2%
Viana do Alentejo 5.533 5.515 99,7% 5483 5466 99,7% 0,0% -0,2%
Vila Flor 6.322 6.302 99,7% 6239 6221 99,7% 0,0% 1,3%
Alcácer do Sal 11.919 11.839 99,3% 11939 11896 99,6% 0,3% 49,6%
Alcoutim 2.658 1.692 63,7% 2632 2621 99,6% 35,9% 0,0%
Aljustrel 9.095 9.057 99,6% 9064 9030 99,6% 0,0% -0,2%
Boticas 5.525 5.504 99,6% 5472 5451 99,6% 0,0% -0,2%
Cantanhede 37.090 36.849 99,4% 37124 36982 99,6% 0,2% 4,2%
Estremoz 13.304 13.241 99,5% 13295 13239 99,6% 0,1% -0,1%
Monção 17.555 17.503 99,7% 17571 17499 99,6% -0,1% 0,6%
Monforte 3.131 3.116 99,5% 3087 3076 99,6% 0,1% -0,3%
Penamacor 4.731 4.707 99,5% 4703 4685 99,6% 0,1% 0,2%
Resende 10.763 10.014 93,0% 10673 10635 99,6% 6,6% 28,0%
São Pedro do Sul 15.954 14.562 91,3% 15787 15721 99,6% 8,3% 2,3%
Sátão 11.327 11.271 99,5% 11232 11190 99,6% 0,1% 3,8%
Serpa 14.579 14.527 99,6% 14432 14378 99,6% 0,0% -0,3%
Valpaços 15.272 13.812 90,4% 15172 15113 99,6% 9,2% 6,8%
Vila de Rei 3.130 3.118 99,6% 3129 3118 99,6% 0,0% 0,2%
Vila Nova de Poiares 7.702 7.657 99,4% 7648 7615 99,6% 0,2% 19,0%
Vila Real de Santo António
20.611 20.522 99,6% 20876 20785 99,6% 0,0% -0,3%
Alandroal 5.308 5.283 99,5% 5262 5236 99,5% 0,0% -0,4%
ANEXOS
292 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2017 2018 Var.
2018/2017 Var.
2018/2015
Concelho Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Belmonte 6.510 5.890 90,5% 6487 6454 99,5% 9,0% 0,0%
Caminha 16.428 16.323 99,4% 16487 16405 99,5% 0,1% 2,0%
Castro Marim 6.614 6.577 99,4% 6702 6671 99,5% 0,1% -0,5%
Estarreja 26.751 26.665 99,7% 26928 26803 99,5% -0,2% -0,2%
Fronteira 3.118 3.104 99,6% 3103 3088 99,5% -0,1% 1,5%
Golegã 5.745 5.722 99,6% 5710 5683 99,5% -0,1% -0,1%
Miranda do Douro 6.594 6.548 99,3% 6518 6486 99,5% 0,2% 2,0%
Mondim de Basto 6.940 6.890 99,3% 7040 7003 99,5% 0,2% 8,5%
Mora 4.619 4.597 99,5% 4543 4521 99,5% 0,0% -0,3%
Olhão 45.375 44.836 98,8% 45961 45720 99,5% 0,7% 7,3%
Oliveira do Hospital 20.109 19.573 97,3% 20367 20261 99,5% 2,2% 33,2%
Portalegre 24.331 24.255 99,7% 24228 24118 99,5% -0,2% -0,4%
Sabrosa 5.926 5.916 99,8% 5860 5832 99,5% -0,3% 2,3%
Torre de Moncorvo 7.296 7.272 99,7% 7170 7136 99,5% -0,2% 0,2%
Vila Nova da Barquinha
7.241 7.165 99,0% 7253 7220 99,5% 0,5% -0,4%
Bragança 34.861 34.718 99,6% 35369 35172 99,4% -0,2% 0,4%
Castelo de Vide 3.257 3.244 99,6% 3230 3210 99,4% -0,2% 0,1%
Castro Verde 7.007 6.971 99,5% 7022 6980 99,4% -0,1% 18,4%
Crato 3.484 3.467 99,5% 3464 3444 99,4% -0,1% -0,4%
Ferreira do Alentejo 7.801 7.765 99,5% 7772 7726 99,4% -0,1% -0,5%
Nelas 13.687 12.172 88,9% 13776 13694 99,4% 10,5% 0,8%
Paredes de Coura 8.692 8.649 99,5% 8692 8638 99,4% -0,1% 0,1%
Vila Nova de Famalicão
133.515 132.101 98,9% 134085 133254 99,4% 0,5% 3,7%
Alvaiázere 6.435 6.387 99,3% 6395 6350 99,3% 0,0% 2,3%
Armamar 6.264 6.106 97,5% 6110 6067 99,3% 1,8% 23,6%
Carrazeda de Ansiães 5.890 5.834 99,0% 5781 5743 99,3% 0,3% 3,7%
Celorico da Beira 7.283 7.259 99,7% 7158 7111 99,3% -0,4% 9,2%
Esposende 34.781 33.596 96,6% 35318 35083 99,3% 2,7% 0,6%
Faro 66.596 66.081 99,2% 68674 68189 99,3% 0,1% 8,4%
Mação 6.754 6.694 99,1% 6624 6579 99,3% 0,2% -0,4%
Maia 137.268 135.196 98,5% 138233 137227 99,3% 0,8% 0,0%
Marinha Grande 39.538 38.966 98,6% 40109 39812 99,3% 0,7% 17,8%
Nisa 6.399 6.346 99,2% 6296 6254 99,3% 0,1% 9,0%
Pombal 52.552 50.999 97,0% 52503 52158 99,3% 2,3% 1,7%
Proença-a-Nova 7.586 7.534 99,3% 7534 7485 99,3% 0,0% 0,4%
Sabugal 10.557 9.557 90,5% 10472 10399 99,3% 8,8% 12,1%
Torres Novas 35.757 35.462 99,2% 35784 35532 99,3% 0,1% 19,9%
Trofa 39.265 39.142 99,7% 39479 39219 99,3% -0,4% 3,0%
Vila Velha de Ródão 3.125 3.089 98,8% 3092 3070 99,3% 0,5% 0,4%
Viseu 102.177 99.599 97,5% 102810 102101 99,3% 1,8% 6,7%
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 293
2017 2018 Var.
2018/2017 Var.
2018/2015
Concelho Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Alvito 2.350 2.319 98,7% 2369 2350 99,2% 0,5% -0,4%
Cuba 4.674 4.637 99,2% 4636 4599 99,2% 0,0% 0,1%
Macedo de Cavaleiros 15.218 14.975 98,4% 15102 14979 99,2% 0,8% 1,3%
Melgaço 8.418 8.320 98,8% 8354 8284 99,2% 0,4% 1,5%
Penalva do Castelo 7.706 7.648 99,2% 7670 7605 99,2% 0,0% 15,4%
Sever do Vouga 11.996 11.894 99,1% 11977 11883 99,2% 0,1% 8,6%
Sousel 4.572 3.125 68,4% 4529 4492 99,2% 30,8% -0,4%
Coruche 18.726 18.511 98,9% 18454 18291 99,1% 0,2% -0,2%
Fornos de Algodres 4.787 4.745 99,1% 4696 4652 99,1% 0,0% 4,0%
Mira 12.688 12.565 99,0% 12797 12676 99,1% 0,1% 0,6%
Penela 5.968 5.951 99,7% 5893 5842 99,1% -0,6% -0,6%
Porto 239.898 234.635 97,8% 240229 238070 99,1% 1,3% 2,1%
Santa Maria da Feira 140.764 139.811 99,3% 141080 139832 99,1% -0,2% 0,4%
Alcanena 13.653 13.553 99,3% 13553 13422 99,0% -0,3% 1,4%
Amarante 53.815 52.148 96,9% 53782 53227 99,0% 2,1% 19,6%
Idanha-a-Nova 8.802 8.700 98,8% 8707 8621 99,0% 0,2% -0,2%
Mesão Frio 4.161 4.114 98,9% 4074 4033 99,0% 0,1% 2,1%
Penedono 2.818 2.785 98,8% 2755 2728 99,0% 0,2% 0,9%
Sertã 14.934 14.767 98,9% 14947 14797 99,0% 0,1% 2,1%
Vidigueira 5.602 5.536 98,8% 5594 5537 99,0% 0,2% -0,1%
Vila Nova de Foz Côa 6.556 6.535 99,7% 6492 6426 99,0% -0,7% -0,5%
Alter do Chão 3.265 3.232 99,0% 3221 3187 98,9% -0,1% 42,0%
Chaves 39.650 39.311 99,1% 39751 39307 98,9% -0,2% -0,5%
Ferreira do Zêzere 8.204 6.742 82,2% 8130 8040 98,9% 16,7% 33,4%
Mourão 2.571 2.551 99,2% 2526 2498 98,9% -0,3% -0,4%
Pampilhosa da Serra 3.639 3.620 99,5% 3601 3562 98,9% -0,6% -0,1%
Vila Nova de Cerveira 8.863 8.773 99,0% 8870 8773 98,9% -0,1% 1,8%
Vila Pouca de Aguiar 12.515 12.389 99,0% 12436 12296 98,9% -0,1% 0,6%
Gavião 3.652 3.613 98,9% 3579 3537 98,8% -0,1% 0,2%
Mealhada 20.109 18.488 91,9% 20071 19838 98,8% 6,9% 7,8%
Mirandela 23.287 21.529 92,5% 23204 22924 98,8% 6,3% 6,7%
Reguengos de Monsaraz
10.590 10.499 99,1% 10608 10479 98,8% -0,3% -0,9%
Sernancelhe 5.119 4.742 92,6% 5025 4966 98,8% 6,2% 62,6%
Góis 4.063 4.012 98,7% 4028 3974 98,7% 0,0% 0,9%
Mortágua 9.134 9.020 98,8% 9132 9015 98,7% -0,1% -0,4%
Nazaré 16.371 16.299 99,6% 16308 16095 98,7% -0,9% -1,0%
Pinhel 9.296 9.270 99,7% 9314 9195 98,7% -1,0% 8,3%
Ribeira de Pena 6.460 6.365 98,5% 6448 6365 98,7% 0,2% 2,4%
Soure 18.521 18.293 98,8% 18446 18203 98,7% -0,1% 0,4%
Ansião 12.351 12.196 98,7% 12376 12205 98,6% -0,1% 0,0%
Matosinhos 174.909 171.763 98,2% 175328 172803 98,6% 0,4% 0,5%
ANEXOS
294 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2017 2018 Var.
2018/2017 Var.
2018/2015
Concelho Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Paços de Ferreira 56.239 54.526 97,0% 56381 55577 98,6% 1,6% -0,7%
Trancoso 8.582 8.454 98,5% 8518 8395 98,6% 0,1% 0,4%
Arronches 2.897 2.854 98,5% 2884 2842 98,5% 0,0% -0,6%
Fundão 27.218 26.972 99,1% 27297 26886 98,5% -0,6% 3,5%
Lousada 47.372 45.763 96,6% 47538 46810 98,5% 1,9% -0,3%
Valongo 95.985 94.067 98,0% 96821 95274 98,4% 0,4% -1,2%
Ílhavo 39.794 39.491 99,2% 40190 39514 98,3% -0,9% -1,0%
Montalegre 9.681 9.480 97,9% 9603 9444 98,3% 0,4% 0,7%
Santiago do Cacém 27.231 25.210 92,6% 27549 27073 98,3% 5,7% 14,7%
Vila Nova de Paiva 4.787 4.730 98,8% 4731 4649 98,3% -0,5% 8,1%
Manteigas 3.192 3.153 98,8% 3167 3111 98,2% -0,6% -0,3%
Pedrógão Grande 3.641 3.590 98,6% 3677 3609 98,2% -0,4% 18,4%
Vagos 23.158 21.943 94,8% 23562 23132 98,2% 3,4% 2,9%
Oliveira do Bairro 23.492 23.246 99,0% 23795 23345 98,1% -0,9% 7,8%
Almeida 6.581 6.459 98,1% 6469 6340 98,0% -0,1% -0,2%
Murtosa 10.517 10.432 99,2% 10728 10514 98,0% -1,2% -0,8%
Vendas Novas 11.380 9.559 84,0% 11429 11202 98,0% 14,0% -1,3%
Braga 185.402 179.589 96,9% 190209 186307 97,9% 1,0% 0,0%
Carregal do Sal 9.719 9.535 98,1% 9732 9526 97,9% -0,2% 15,6%
Arganil 11.575 11.328 97,9% 11630 11373 97,8% -0,1% 1,0%
Entroncamento 20.506 18.981 92,6% 20594 20117 97,7% 5,1% -0,7%
Mértola 6.625 6.435 97,1% 6527 6377 97,7% 0,6% -1,9%
Penacova 14.664 14.353 97,9% 14585 14226 97,5% -0,4% 4,6%
Águeda 47.267 46.475 98,3% 47802 46555 97,4% -0,9% 4,8%
Oliveira de Frades 9.931 9.904 99,7% 9936 9676 97,4% -2,3% -1,3%
Vila Nova de Gaia 306.271 300.626 98,2% 308493 300622 97,4% -0,8% -1,0%
Castanheira de Pêra 2.905 2.856 98,3% 2896 2816 97,2% -1,1% -0,1%
Coimbra 149.158 144.293 96,7% 150905 146749 97,2% 0,5% -1,3%
Guarda 40.878 40.087 98,1% 41083 39952 97,2% -0,9% -1,0%
Beja 35.271 33.810 95,9% 35610 34543 97,0% 1,1% -0,3%
Covilhã 49.857 48.446 97,2% 49882 48299 96,8% -0,4% 0,1%
Gouveia 13.495 13.063 96,8% 13243 12821 96,8% 0,0% 0,0%
Vinhais 8.720 8.365 95,9% 8519 8246 96,8% 0,9% 0,6%
Vila Real 52.066 51.768 99,4% 51942 50228 96,7% -2,7% -1,7%
Figueira da Foz 63.665 61.264 96,2% 63871 61700 96,6% 0,4% 5,8%
Leiria 128.480 123.179 95,9% 130701 126310 96,6% 0,7% 6,9%
Aveiro 82.205 80.094 97,4% 83896 80517 96,0% -1,4% -0,5%
Tondela 26.837 26.615 99,2% 26668 25482 95,6% -3,6% 8,2%
Castelo Branco 54.702 51.510 94,2% 55041 52512 95,4% 1,2% -1,3%
Santarém 60.222 57.991 96,3% 60335 57361 95,1% -1,2% 7,6%
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 295
2017 2018 Var.
2018/2017 Var.
2018/2015
Concelho Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Elvas 23.433 23.380 99,8% 23389 22218 95,0% -4,8% -4,8%
Albufeira 43.678 35.760 81,9% 45856 43524 94,9% 13,0% 31,3%
Celorico de Basto 17.706 16.715 94,4% 17479 16518 94,5% 0,1% 1,7%
Tábua 11.785 11.188 94,9% 11758 11096 94,4% -0,5% -0,3%
Oeiras 167.457 162.037 96,8% 168936 159319 94,3% -2,5% 8,4%
Chamusca 9.089 8.577 94,4% 9007 8475 94,1% -0,3% 36,4%
Alcochete 17.976 15.720 87,4% 18537 17410 93,9% 6,5% 36,9%
Anadia 28.950 28.716 99,2% 28943 27153 93,8% -5,4% 2,1%
Aguiar da Beira 5.342 4.973 93,1% 5269 4934 93,6% 0,5% 4,2%
Tavira 26.196 25.200 96,2% 27052 25295 93,5% -2,7% -1,1%
Constância 3.987 3.941 98,8% 3965 3694 93,2% -5,6% -3,0%
Grândola 13.798 12.111 87,8% 13820 12847 93,0% 5,2% 30,1%
Mangualde 19.215 17.894 93,1% 19131 17799 93,0% -0,1% -4,3%
Ourém 45.318 40.418 89,2% 45439 41965 92,4% 3,2% 9,1%
Almada 173.896 160.535 92,3% 174739 160697 92,0% -0,3% 9,7%
Felgueiras 57.736 54.628 94,6% 57419 52771 91,9% -2,7% -4,5%
Lousã 18.182 18.077 99,4% 18162 16633 91,6% -7,8% -7,5%
Alcobaça 55.394 52.566 94,9% 55449 50665 91,4% -3,5% -3,1%
Alfândega da Fé 4.883 4.852 99,4% 4742 4315 91,0% -8,4% -7,7%
Loulé 71.111 63.474 89,3% 73962 67241 90,9% 1,6% 25,9%
São Brás de Alportel 10.628 8.936 84,1% 10950 9945 90,8% 6,7% 4,2%
Seia 23.501 22.719 96,7% 23247 21114 90,8% -5,9% 5,4%
Condeixa-a-Nova 17.311 17.125 98,9% 17425 15783 90,6% -8,3% -8,3%
Tomar 38.328 34.391 89,7% 38076 34511 90,6% 0,9% -8,1%
Albergaria-a-Velha 25.109 24.700 98,4% 25239 22737 90,1% -8,3% -6,0%
Cascais 202.393 180.112 89,0% 206802 186234 90,1% 1,1% 12,4%
Mafra 78.034 67.326 86,3% 79380 70977 89,4% 3,1% 21,7%
Lisboa 538.416 473.795 88,0% 547563 486126 88,8% 0,8% 5,5%
Abrantes 36.362 29.974 82,4% 36151 32054 88,7% 6,3% 20,0%
Lagos 31.462 25.926 82,4% 32803 29081 88,7% 6,3% 41,4%
Odivelas 150.533 133.026 88,4% 152575 134859 88,4% 0,0% 13,3%
Miranda do Corvo 12.795 12.716 99,4% 12741 11249 88,3% -11,1% -11,1%
Seixal 160.242 140.854 87,9% 162676 143084 88,0% 0,1% 5,6%
Torres Vedras 80.245 68.552 85,4% 80246 70458 87,8% 2,4% 12,8%
Aljezur 5.451 5.210 95,6% 5694 4995 87,7% -7,9% 27,1%
Lourinhã 26.499 24.584 92,8% 26335 23097 87,7% -5,1% -4,0%
Loures 202.252 179.645 88,8% 203228 176543 86,9% -1,9% 2,5%
Sesimbra 51.711 44.841 86,7% 52758 45723 86,7% 0,0% -5,6%
Sobral de Monte Agraço
9.886 8.463 85,6% 9959 8550 85,9% 0,3% 0,9%
Benavente 28.674 23.142 80,7% 28950 24666 85,2% 4,5% 6,8%
Caldas da Rainha 52.802 50.759 96,1% 52568 44793 85,2% -10,9% -9,6%
ANEXOS
296 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2017 2018 Var.
2018/2017 Var.
2018/2015
Concelho Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Número utentes
inscritos
Número utentes inscritos com
médico de família
atribuído
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Percentagem utentes com médico de
família
Vila Franca de Xira 132.071 111.615 84,5% 134067 113663 84,8% 0,3% 14,1%
Moura 14.426 14.373 99,6% 14343 12137 84,6% -15,0% -14,1%
Barreiro 78.229 69.275 88,6% 78395 66128 84,4% -4,2% 1,0%
Sines 14.160 10.516 74,3% 14354 11950 83,3% 9,0% 22,9%
Alpiarça 7.274 7.168 98,5% 7211 6002 83,2% -15,3% 7,0%
Ponte de Sor 15.600 13.197 84,6% 15600 12977 83,2% -1,4% 19,5%
Ourique 5.180 5.150 99,4% 5089 4172 82,0% -17,4% -17,9%
Campo Maior 8.885 8.867 99,8% 8773 7180 81,8% -18,0% -17,4%
Figueira de Castelo Rodrigo
5.985 5.966 99,7% 5762 4689 81,4% -18,3% 28,3%
Rio Maior 21.492 18.190 84,6% 21890 17743 81,1% -3,5% 15,8%
Cartaxo 24.285 21.318 87,8% 24288 19669 81,0% -6,8% -5,5%
Almeirim 22.700 20.356 89,7% 22619 18233 80,6% -9,1% 17,0%
Sintra 371.301 294.154 79,2% 377642 300354 79,5% 0,3% 4,7%
Odemira 25.484 22.979 90,2% 26607 21048 79,1% -11,1% -8,2%
Alenquer 40.709 27.801 68,3% 41643 32682 78,5% 10,2% 16,5%
Arruda dos Vinhos 13.846 8.241 59,5% 14209 11115 78,2% 18,7% -10,2%
Palmela 63.235 49.435 78,2% 64446 50053 77,7% -0,5% 7,1%
Portel 6.001 5.958 99,3% 5949 4586 77,1% -22,2% -22,5%
Figueiró dos Vinhos 5.929 5.837 98,4% 5820 4483 77,0% -21,4% -21,6%
Montijo 51.188 40.173 78,5% 52376 39728 75,9% -2,6% 16,1%
Azambuja 20.088 15.074 75,0% 20433 15444 75,6% 0,6% 19,7%
Salvaterra de Magos 21.078 10.781 51,1% 21322 15911 74,6% 23,5% 22,3%
Avis 3.981 3.941 99,0% 3951 2934 74,3% -24,7% -24,9%
Lagoa 22.927 15.905 69,4% 23447 17405 74,2% 4,8% 11,2%
Amadora 170.521 130.646 76,6% 174154 128629 73,9% -2,7% -2,9%
Óbidos 11.758 9.965 84,8% 11766 8700 73,9% -10,9% -19,4%
Peniche 26.737 21.047 78,7% 26868 19822 73,8% -4,9% 17,1%
Silves 34.676 17.851 51,5% 35678 26166 73,3% 21,8% 0,5%
Portimão 57.634 44.747 77,6% 59294 43057 72,6% -5,0% 4,2%
Setúbal 120.367 84.939 70,6% 122469 85794 70,1% -0,5% 4,0%
Moita 65.035 41.528 63,9% 65516 45236 69,0% 5,1% -4,9%
Vila do Bispo 5.261 3.222 61,2% 5432 3339 61,5% 0,3% -25,6%
Cadaval 12.816 9.624 75,1% 12653 7543 59,6% -15,5% -12,4%
Bombarral 12.363 9.168 74,2% 12242 7184 58,7% -15,5% -15,8%
Monchique 5.378 4.339 80,7% 5379 2974 55,3% -25,4% -44,1%
Mêda 4.773 4.706 98,6% 4694 2590 55,2% -43,4% -43,6%
Sardoal 3.516 826 23,5% 3453 864 25,0% 1,5% -29,6%
Fonte: ACSS
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 297
Anexo 2. Redes Europeias de Referência
Instituição Especialidade da Rede Europeia de Referência
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ERN BOND Rede europeia de referência para as doenças ósseas
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte ERN CRANIO Rede europeia de referência para as anomalias craniofaciais e
perturbações otorrinolaringológicas
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte Endo-ERN Rede europeia de referência para as doenças endócrinas
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte
Centro Hospitalar Universitário do Porto
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
ERN EpiCARE Rede europeia de referência para as epilepsias
Centro Hospitalar Universitário do Porto ERN LUNG Rede europeia de referência para as doenças respiratórias
Centro Hospitalar Universitário do Porto
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco
Gentil
ERN EURACAN Rede europeia de referência para os cancros no adulto (tumores
sólidos)
Centro Hospitalar Universitário do Porto
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Instituto Português de Oncologia de Porto Francisco Gentil ERN EuroBloodNet Rede europeia de referência para as doenças hematológicas
Instituto Português de Oncologia de Porto Francisco Gentil ERN eUROGEN Rede europeia de referência para as doenças e distúrbios
urogenitais
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ERN EYE Rede europeia de referência para as doenças oftalmológicas
Porto. Centro Compreensivo do Cancro (Consórcio entre o
Instituto Português de Oncologia de Porto Francisco Gentil
e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da
Universidade do Porto (i3S))
ERN GENTURIS Rede europeia de referência para as síndromes genéticas com
risco tumoral
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ERN ITHACA Rede europeia de referência para as malformações congénitas e
as incapacidades intelectuais raras
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte
Centro Hospitalar Universitário de São João
Centro Hospitalar Universitário do Porto
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Hospital Senhora da Oliveira, Guimarães
MetabERN Rede europeia de referência para as doenças metabólicas
hereditárias
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco
Gentil ERN PaedCan
Rede europeia de referência para o cancro pediátrico (hemato-oncologia)
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ERN RARE-LIVER Rede europeia de referência para as doenças hepáticas
Centro Hospitalar de Lisboa Central
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte ERN ReCONNET
Rede europeia de referência para as doenças musculosqueléticas e do tecido conjuntivo
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte
Centro Hospitalar Universitário do Porto
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
ERN TRANSPLANT-CHILD
Rede europeia de referência para os transplantes em crianças
ANEXOS
298 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Anexo 3. Lista dos projetos incentivados pelo Programa de Incentivos à Integração
de Cuidados à Valorização dos Percursos dos Utentes no SNS
ARS Nome do Projeto Entidade
Coordenadora do Projeto
Tipologia Entidades Incentivo
ARS Norte
Gestão Integrada do Percurso do Utente com Doença Aguda
e Agudizações de Doença Crónica**
Hospital Santa Maria Maior
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
Hospital Santa Maria Maior
901 687,67 € ARS Norte
ARS Norte Rastreio do cancro do cólon e
reto da região norte ARS Norte
Rastreios e programas de
diagnóstico precoce
ARS Norte
1 391 135,50 €
CH Entre-o-Douro e Vouga
CH Porto
CH São João
CH Trás-os-Montes e Alto Douro
CH Tâmega e Sousa
CH Vila Nova de Gaia/Espinho
ULS Alto Minho
Hospital de Guimarães
ULS Matosinhos
IPO Porto
ARS Norte Programa de Rastreio do Cancro do Colo do útero
ARS Norte Rastreios e
programas de diagnóstico precoce
ARS Norte
244 619,49 €
CH Entre-o-Douro e Vouga
CH Médio Ave
CH Porto
CH São João
CH Trás-os-Montes e Alto Douro
CH Tâmega e Sousa
CH Vila Nova de Gaia/Espinho
Hospital de Guimarães
ULS Matosinhos
ULS Nordeste
ULS Alto Minho
IPO Porto
CHPVVC
ARS Norte Rastreio para Diagnóstico
Sistemático e Tratamento da Retinopatia Diabética
ARS Norte Rastreios e
programas de diagnóstico precoce
ARS Norte 560 799,40 €
ARS Norte Programa de Intervenção Saúde Mental em Meio
Escolar ACES Gaia
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Norte
21 831,60 € CH Vila Nova de
Gaia/Espinho
ARS Norte
A Literacia em Saúde na Gestão e Valorização dos Percursos das Pessoas no
SNS**
ACES Porto Ocidental
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Norte 470 461,94 €
ARS Norte ACES Gaia Programas para a
valorização do CH Vila Nova de
Gaia/Espinho 3 993,95 €
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 299
ARS Nome do Projeto Entidade
Coordenadora do Projeto
Tipologia Entidades Incentivo
O Doente Psicótico na Comunidade – Integração de
Cuidados de Saúde
percurso dos utentes do SNS ARS Norte
ARS Norte Unidade de Hospitalização
Domiciliária
CH Vila Nova de
Gaia/Espinho
Programas integrados de apoio
domiciliário
CH Vila Nova de Gaia/Espinho
346 068,35 € ARS Norte
ARS Norte
CAI_Vent: Hospital e Domicílio: Desenvolvimento
de um Centro de Apoio Integrado ao doente sob
Ventilação Mecânica Prolongada em seguimento no
CH São João
CH São João Programas
integrados de apoio domiciliário
CH São João
1 008 918,62 € ARS Norte
ARS Norte
Projeto de implementação de Telemedicina de Cardiologia
(Nota PIIC: Insuficiência cardíaca, diabetes, DPOC)
CH Entre-o-Douro e Vouga
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
CH Entre-o-Douro e Vouga
105 462,36 € ARS Norte
ARS Norte Processo Assistencial
Integrado (PAI): Doente Oncológico
CH São João
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
CH São João
1 545 968,10 € ARS Norte
ARS Norte Criação de uma Unidade
Clínica de Ambulatório Médico
CH Trás-os-Montes e Alto
Douro
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
CH Trás-os-Montes e Alto Douro
120 261,54 € ARS Norte
ARS Norte
Projeto de articulação entre SUB de Arouca e o SU do CH Entre-o-Douro e Vouga para redução de necessidade de
transferência de doentes (área de Trauma)
CH Entre-o-Douro e Vouga
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
CH Entre-o-Douro e Vouga
38 465,90 € ARS Norte
ARS Norte PIPO LisboaS: Programa
Integrado para a Prevenção da Obesidade Severa
CH São João
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
CH São João
301 523,99 € ARS Norte
ARS Norte
Projeto conjunto no âmbito da Saúde Mental CH Entre-o-
Douro e Vouga - ACES Feira / Arouca
CH Entre-o-Douro e Vouga
Programas integrados de apoio
domiciliário
CH Entre-o-Douro e Vouga
118 425,18 € ARS Norte
ARS Norte Articulação para a Realização de MCDT no SNS (Análises)
Hospital Srª Oliveira,
Guimarães
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
H. Guimarães 70 101,20 €
ARS Norte
ARS Norte
Unidade Diagnóstico e Tratamento Retinopatia
Diabética e Degenerescência Macular da Idade
CH São João Rastreios e
programas de diagnóstico precoce
CH São João
1 041 090,76 € ARS Norte
ARS Norte SNS+proximidade** CH Porto
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
CH Porto
2 663 573,88 € ARS Norte
ARS Norte
Cuidados paliativos 1 (PROGRAMA DE APOIO
DOMICILIÁRIO SUPORTADO POR UM SISTEMA DE
INFORMAÇÃO INTELIGENTE)
ACES Douro Sul
Programas integrados de apoio
domiciliário
ARS Norte
355 083,66 € CH Trás-os-Montes e Alto
Douro
ARS Norte
Integração de Cuidados - Valorização do Percurso dos Utentes com Perturbação da
Ansiedade e Depressão
Hospital Magalhães
Lemos
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
Hospital Magalhães Lemos
59 622,91 € ARS Norte
ARS Norte
Requalificação e integração do atendimento dos
utilizadores do Hospital Santa Maria Maior, EPE / ACES
Cávado III - Barcelos Esposende
Hospital Santa Maria Maior
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
Hospital Santa Maria Maior
156 764,36 € ARS Norte
ARS Norte Articulação para a Realização
de MCDT no SNS - Unir cuidados pelo doente
CH Médio Ave Articulação para a
realização de MCDT's no SNS
CH Médio Ave 815 201,97 €
ARS Norte
ARS Norte CH Tãmega e Sousa 131 843,17 €
ANEXOS
300 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
ARS Nome do Projeto Entidade
Coordenadora do Projeto
Tipologia Entidades Incentivo
Articulação para a realização de Meios Complementares de
Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) no SNS - CH Tãmega
e Sousa
CH Tãmega e Sousa
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS ARS Norte
ARS Centro Figueira Respira Mais HD Figueira da
Foz
Rastreios e programas de
diagnóstico precoce HD Figueira da Foz
66 615,82 €
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
ACES Baixo Mondego
Programas integrados de apoio
domiciliário
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
ARS Centro Cardiologia na Comunidade CH Baixo
Vouga
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
CH Baixo Vouga
212 191,94 € ACES Baixo Mondego
ARS Centro Rastreio do Cancro do Cólon
e Reto ARS Centro
Rastreios e programas de
diagnóstico precoce
ARS Centro
905 886,62 €
CH Baixo Vouga
IPO Coimbra
CH Tondela-Viseu
CH Univ. Cova da Beira
ARS Centro Unidade Integrada para o
envelhecimento saudável e ativo
CH Universitário de Coimbra
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
CH Universitário de Coimbra
897 708,21 € ACES Baixo Mondego
ARS Centro Rede Integrada de Cuidados de Radioncologia do Centro
CH Tondela-Viseu
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
CH Tondela-Viseu
2 000 603,87 €
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
IPO Coimbra
ACES Dão Lafões
ARS Centro
RIA - Projeto para a intervenção precoce e
prevenção de recidiva na Depressão
CH Baixo Vouga
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
CH Baixo Vouga
70 698,54 € ACES Baixo Vouga
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 301
ARS Nome do Projeto Entidade
Coordenadora do Projeto
Tipologia Entidades Incentivo
ARS Centro Psiquiatria Comunitária
PSICOM CH Leiria
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
CH Leiria
39 144,49 € Programas
integrados de apoio domiciliário
ACES Pinhal Litoral
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ACESON
ARS Centro
A minha saúde + Cova da Beira programa Integrado
doentes com multicronicidades
CH Univ. Cova da Beira
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
CH Univ. Cova da Beira
581 459,59 € ACES Cova da Beira
ARS Centro Programa de Reabilitação
Cardiorespiratório na Região Centro
CH Universitário de Coimbra
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
CH Universitário de Coimbra
148 875,98 € ACES Baixo Mondego
ARS Centro Hospitalização domiciliária HD Figueira da
Foz
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
HD Figueira da Foz
122 932,38 € ACES Baixo Mondego
ARS Centro Via Azul diabetes CH Baixo
Vouga
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
CH Baixo Vouga
211 042,03 € ACES Baixo Vouga
ARS Centro PAIRAR - Processo
Assistencial Integrado Articulado
CH Leiria
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
CH Leiria
44 531,54 € ACES Pinhal Litoral
ARS Centro Plataforma de tele-reabilitação
- Patologia Osteoarticular Crónica do Joelho e Ombro
CH Leiria
Programas integrados de apoio
domiciliário CH Leiria
138 006,06 €
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
ACES Pinhal Litoral
ACESON
ARS Centro PADAP - Projeto de Apoio Domiciliário para a Asma
Pediátrica
ACES Baixo Vouga
Programas integrados de apoio
domiciliário
ACES Baixo Mondego 47 159,62 €
CH Baixo Vouga
ARS Centro Programa de Transplante
Autólogo em regime Domiciliário
CH Universitário de Coimbra
Programas integrados de apoio
domiciliário
CH Universitário de Coimbra 47 287,97 €
ACES Baixo Mondego
ARS Centro Cuidados Integrados de Reabilitação Domiciliária
CH Universitário de Coimbra
Programas integrados de apoio
domiciliário
CH Universitário de Coimbra 187 352,71 €
ACES Baixo Mondego
ARS Centro CH Baixo Vouga 128 156,00 €
ANEXOS
302 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
ARS Nome do Projeto Entidade
Coordenadora do Projeto
Tipologia Entidades Incentivo
Unidade de Visitas Domiciliárias (UVD)
CH Baixo Vouga
Programas integrados de apoio
domiciliário ACES Baixo Mondego
ARS Centro Hospitalização Domiciliária CH Baixo
Vouga
Programas integrados de apoio
domiciliário
CH Baixo Vouga 112 190,07 €
ACES Baixo Mondego
ARS Centro Já Cuidou dos seus Ossos CH Baixo
Vouga
Programas integrados de apoio
domiciliário
CH Baixo Vouga 155 899,86 €
ACES Baixo Mondego
ARS Centro
Patologia Clínica – Realização no CH Baixo Vouga dos
exames laboratoriais requisitados pelos CSP
CH Baixo Vouga
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
CH Baixo Vouga
73 185,00 € ACES Baixo Mondego
ARS Centro Projeto de integração de
cuidados na área da patologia clínica PATHOS
CH Tondela-Viseu
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
CH Tondela-Viseu
196 738,68 €
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS ACES Dão Lafões
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Rastreio Colo Útero ARS Lisboa e Vale do Tejo
Rastreios e programas de
diagnóstico precoce
ARS Lisboa e Vale do Tejo
94 783,68 € CH Lisboa Norte
Hospital Garcia de Orta
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Rastreio Retinopatia Diabética ARS Lisboa e Vale do Tejo
Rastreios e programas de
diagnóstico precoce
ARS Lisboa e Vale do Tejo
289 807,50 € Hospital Garcia de Orta
Instituto de Oftalmologia Doutor Gama Pinto
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Rastreio Colon e Reto ARS Lisboa e Vale do Tejo
Rastreios e programas de
diagnóstico precoce
ARS Lisboa e Vale do Tejo
719 465,68 €
CH Setúbal
Hospital Garcia de Orta
CH Lisboa Ocidental
IPO Lisboa
CH Lisboa Norte
ARS Lisboa e Vale do Tejo
InCom - Intervenção comunitária em Saúde Mental
CH Barreiro Montijo
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Lisboa e Vale do Tejo
270 720,75 € CH Barreiro Montijo
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos
ACES Arco Ribeirinho
Programas integrados de apoio
domiciliário
ARS Lisboa e Vale do Tejo 38 675,00 €
CH Barreiro Montijo
ARS Lisboa e Vale do Tejo
CIDT CH Lisboa
Norte
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
ARS Lisboa e Vale do Tejo 4 008 129,95 €
CH Lisboa Norte
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Equipa Comunitária de Saúde Mental
ACES Lezíria
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
ARS Lisboa e Vale do Tejo
58 365,01 € CH Santarém
ARS Lisboa e Vale do Tejo
UMA (Unidade de Medicina no Ambulatório)**
CH Lisboa Ocidental
Rastreios e programas de
diagnóstico precoce*
361 081,48 €
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 303
ARS Nome do Projeto Entidade
Coordenadora do Projeto
Tipologia Entidades Incentivo
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis ARS Lisboa e Vale do Tejo
Programas integrados de apoio
domiciliário
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
CH Lisboa Ocidental
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Programa de Apoio Domiciliário em Psiquiatria e Saúde Mental - Equipa de Tratamento Comunitário
Assertivo
CH Setúbal Programas
integrados de apoio domiciliário
ARS Lisboa e Vale do Tejo
108 126,32 € CH Setúbal
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Hospitalização Domiciliária Hospital
Garcia de Orta
Programas integrados de apoio
domiciliário
ARS Lisboa e Vale do Tejo 173 423,89 €
Hospital Garcia de Orta
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Programa de Intervenção Integrada para a Promoção de Saúde em Patologia Crónica não transmissível - Academia
em Movimento CH Universitário do
AlgarveBM/ACES AR
ACES Arco Ribeirinho
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
ARS Lisboa e Vale do Tejo
247 243,75 € CH Barreiro Montijo
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Telereabilitação de Doentes com DPOC
CH Lisboa Norte
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Lisboa e Vale do Tejo
222 926,78 € CH Lisboa Norte
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Informatização do Circuito de Patologia Clínica ao abrigo do protocolo CH Lisboa Central e ARSLVT para a realização de MCDT's na Patologia Clínica
CH Lisboa Central
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
ARS Lisboa e Vale do Tejo
59 107,46 € CH Lisboa Central
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Utilizadores frequentes do Serviço e Urgência do
Hospital Garcia de Orta
Hospital Garcia de Orta
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
ARS Lisboa e Vale do Tejo
125 521,97 € Hospital Garcia de Orta
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Redução dos Internamentos, consultas e urgências hospitalares evitáveis
Implementação de Programas Integrados de Apoio
domiciliário Programas de para a
valorização do percurso dos utentes no SNS**
ACES Oeste Norte
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
ARS Lisboa e Vale do Tejo 91 390,30 €
ANEXOS
304 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
ARS Nome do Projeto Entidade
Coordenadora do Projeto
Tipologia Entidades Incentivo
Programas integrados de apoio
domiciliário
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
CH Lisboa Norte
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Unidade de Hospitalização Domiciliária
CH Lisboa Central
Programas integrados de apoio
domiciliário
ARS Lisboa e Vale do Tejo 587 391,94 €
CH Lisboa Central
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Programa de Gestão Integrada da DPOC**
CH Lisboa Ocidental
Rastreios e programas de
diagnóstico precoce*
34 717,26 €
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
CH Lisboa Ocidental
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Programa de Incentivos à Integração de Cuidados e à Valorização dos Percursos
dos utentes do SNS Valorização do Percurso do Doente com Insuficiência
Cardíaca
CH Setúbal
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Lisboa e Vale do Tejo
322 324,56 € CH Setúbal
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Cuidar a Par IPO Lisboa
Lisboa
Programas integrados de apoio
domiciliário
ARS Lisboa e Vale do Tejo 58 609,51 €
IPO Lisboa
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Autonomização de crianças e famílias com nutrição
parentérica no domicílio
CH Lisboa Central
Programas integrados de apoio
domiciliário
ARS Lisboa e Vale do Tejo 318 320,27 €
CH Lisboa Central
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Unidade Orto-Geriátrica CH Lisboa
Central
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Lisboa e Vale do Tejo
491 310,58 € CH Lisboa Central
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Referenciação Precoce e Partilha doentes ente o IPO
Lisboa e os CSP de sobreviventes cancro mama
IPO Lisboa
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Lisboa e Vale do Tejo
202 148,36 € IPO Lisboa
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Reabilitação Cardíaca Hospital
Garcia de Orta
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
ARS Lisboa e Vale do Tejo 74 466,39 €
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 305
ARS Nome do Projeto Entidade
Coordenadora do Projeto
Tipologia Entidades Incentivo
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
Hospital Garcia de Orta
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
ARS Lisboa e Vale do Tejo
Feridas Complexas Crónicas
Hospital Professor
Doutor Fernando Fonseca
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
ARS Lisboa e Vale do Tejo
449 132,20 € Programas
integrados de apoio domiciliário
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Alentejo Dinamização dos rastreios
regionais ARS Alentejo
Rastreios e programas de
diagnóstico precoce
ARS Alentejo 515 492,44 €
Hospital do Espírito Santo - Évora
ARS Alentejo
O utente com necessidades em fisioterapia: Circuito entre o ACeS Alentejo Central e o
HESE
ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
148 737,39 € Hospital do Espírito Santo -
Évora
ARS Alentejo Saúde visual, auditiva e de
cardiopneumologia na região do Alentejo Central
ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
171 088,64 € Hospital do Espírito Santo -
Évora
ARS Alentejo Cuidar em continuidade ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Programas integrados de apoio
domiciliário
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
111 808,83 € Hospital do Espírito Santo -
Évora
ARS Alentejo Canal de saúde ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
250 941,15 € Hospital do Espírito Santo -
Évora
ARS Alentejo Saúde oral na região do
Alentejo Central
ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
77 312,63 € Hospital do Espírito Santo -
Évora
ARS Alentejo Resposta Integrada em
Cuidados Paliativos
ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Programas integrados de apoio
domiciliário
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
105 691,73 € Hospital do Espírito Santo -
Évora
ARS Alentejo MCDT diretos ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
16 226,76 € Hospital do Espírito Santo -
Évora
ARS Alentejo Resposta Integrada em Lares
de Idosos
ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
26 669,50 € Hospital do Espírito Santo -
Évora
ANEXOS
306 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
ARS Nome do Projeto Entidade
Coordenadora do Projeto
Tipologia Entidades Incentivo
ARS Alentejo Alta segura ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
2 311,76 €
Hospital do Espírito Santo - Évora
ARS Alentejo Ecografias durante a gravidez ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
27 935,18 € Hospital do Espírito Santo -
Évora
ARS Alentejo Academia do utente ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Programas para a valorização do percurso dos
utentes do SNS
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
59 874,00 € Hospital do Espírito Santo -
Évora
ARS Alentejo Evitar o evitável ARS Alentejo / ACES Alentejo
Central
Redução dos internamentos,
consultas e urgências
hospitalares evitáveis
ARS Alentejo/ACES Alentejo Central
29 750,00 € Hospital do Espírito Santo -
Évora
ARS Algarve Implementação do serviço de
hospitalização domiciliária
CH Universitário do Algarve
Programas integrados de apoio
domiciliário
CH Universitário do Algarve 182 216,04 €
ARS Algarve
ARS Algarve Integração de cuidados em
cardiologia (MAPA) ACES
Barlavento
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
CH Universitário do Algarve 89 233,85 €
ARS Algarve
ARS Algarve Visitas Domiciliárias em
Cuidados Paliativos
CH Universitário do Algarve
Programas integrados de apoio
domiciliário
CH Universitário do Algarve 75 244,40 €
ARS Algarve
ARS Algarve Rastreio do Cancro do Cólon
e Reto ARS Algarve
Rastreios e programas de
diagnóstico precoce
CH Universitário do Algarve 185 136,02 €
ARS Algarve
ARS Algarve Saúde Mental na comunidade
(aproximar saúde)
CH Universitário do Algarve
Programas integrados de apoio
domiciliário
CH Universitário do Algarve 73 367,10 €
ARS Algarve
ARS Algarve Reorganização do circuito do
utente na execução de MCDT- Imagiologia ECOFAST
ACES Central Articulação para a
realização de MCDT's no SNS
CH Universitário do Algarve 458 878,45 €
ARS Algarve
ARS Algarve Internalização de análises
clínicas no SNS (Laboratório) ACES
Sotavento
Articulação para a realização de
MCDT's no SNS
CH Universitário do Algarve 454 539,91 €
ARS Algarve
ARS Algarve Visita Domiciliária na
Cardiologia e Gastroenterologia
CH Universitário do Algarve
Programas integrados de apoio
domiciliário
CH Universitário do Algarve 54 598,44 €
ARS Algarve
* Excluído por não se enquadrar nos rastreios previstos no PIIC para 2017 ** Projetos que se encontram de acordo com os princípios do piloto SNS+Proximidade
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 307
Anexo 4. Medidas SIMPLEX
Medidas SIMPLEX+
Entidade de
Saúde
(Coordenação)
Implementação/
Data estimada Conclusão Fontes de Evidência/Descrição
Acessibilidades e Usabilidade WEB na
Saúde SPMS Medida concluída
Encontram-se implementados 133 sites uniformizados
de acordo com o modelo definido (ARS, Centros
Hospitalares, ULS entre outros serviços do Ministério da
Saúde)
ADSE Direta + (Medida #27) ADSE 2.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
https://www.youtube.com/watch?v=Z6TysCKUL48&featur
e=youtu.be
Implementação Concluída
https://www.youtube.com/watch?v=Z6TysCKUL48&featur
e=youtu.be
https://www.adse.pt/ar/
https://www2.adse.pt/noticias/envio-on-line-de-despesas-
novo-servico-na-adse-direta/
Projeto validado com a AMA, já em estudo o alargamento
a 17 novos espaços do cidadão.
ADSE na sua mão (Medida #28) ADSE 2.º Trimestre 2017
Implementação Concluída - https://itunes.apple.com/pt/app/myadse/id1213339917 https://www.sns.gov.pt/apps/myadse/ https://www2.adse.pt/myadse/ Stores: https://play.google.com/store/apps/details?id=pt.adse.myadse
Alerta pessoas em risco (Medida #34) INEM
1.º Trimestre 2018
25 de abril de 2018
Implementação em curso - Medida Plurianual incluída no
Programa SIMPLEX+2017
http://www.inem.pt/category/institucional/projetos/#tab0-
panel
http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan
%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-
fead-4374-a6b6-14f48d98510a
App Bolsa Eletrónica de Saúde
(Medida #39) SPMS 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída - http://spms.min-
saude.pt/2017/01/mysns-carteira-eletronica-da-saude-ja-
esta-disponivel/
App MySNS (Medida #44) SPMS 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
https://www.sns.gov.pt/apps/mysns/
https://www.sns.gov.pt/noticias/2018/01/02/app-mysns-2/
APP Poupe na Receita + (Medida #46) INFARMED 4.º Trimestre 2016
Implementação Concluída -
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/servicos-on-
line/poupe-na-receita
http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan
%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-
fead-4374-a6b6-14f48d98510a
APP Registo Português de
Transplantação (Medida #47) IPST 2.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
http://www.ipst.pt/index.php/ipst-ip/ipst-destaques/425-
reuniao-de-trabalho-sobre-doacao-e-transplantacao-de-
orgaos
Atestado Médico Multiuso Digital
(Medida #53) DGS
1.º Trimestre 2017
30 de Abril 2018
Implementação em curso -
https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-
/search/106555640/details/normal?l=1
Autenticação.gov + (Medida #54)
Ministério
Responsável
(MPMA) + SPMS
1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída -
https://www.autenticacao.gov.pt/
Autorização Excecional de
Medicamentos mais simples (Medida
#55)
INFARMED 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/medicame
ntos-uso-humano/autorizacao-de-introducao-no-
mercado/autorizacao_de_utilizacao_especial
http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan
%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-
fead-4374-a6b6-14f48d98510a
Calendário Digital de Saúde (Medida
#172) SPMS Medida concluída
Principais eventos do SNS (cuidados de saúde primários
e hospitalares), passados e futuros, fazem parte da
agenda do utente e estão disponíveis na área do cidadão
(https://servicos.min-saude.pt/utente/).
Carta sobre Rodas (Medida #06)
Ministério
Responsável (MPI)
+
SPMS/ACSS/DGS
1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída - https://servicos.imt-
ip.pt/login.aspx?ReturnUrl=%2fdefault.aspx
Cédula Profissional Eletrónica da
Saúde (Medida #70) ACSS 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída - http://www.acss.min-
saude.pt/2016/10/05/formularios-2/
Centro Contacto do SNS (Medida #71) SPMS / DGS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída -
https://www.sns.gov.pt/noticias/2017/07/24/sns-24/
ANEXOS
308 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Medidas SIMPLEX+
Entidade de
Saúde
(Coordenação)
Implementação/
Data estimada Conclusão Fontes de Evidência/Descrição
Centro de Aprendizagem e
Capacitação SNS (Medida #182) SPMS
4.º Trimestre 2018
28 de fevereiro de 2018
Implementação Concluída - https://estudo.min-
saude.pt/eaprender/
http://academia.spms.min-saude.pt/
http://academia.spms.min-saude.pt/e-learning/
Centro Integrado de Diagnóstico e
Terapêutica do Serviço Nacional de
Saúde (Medida #180)
ACSS / SPMS Medida não concluída Encontra-se concluído o projeto de obra, cujo orçamento
previsto é de 11 milhões de euros.
Certificados de autorização do
medicamento online (Medida #77) INFARMED 2.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
https://extranet.infarmed.pt/CAUL-fo/
http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan
%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-
fead-4374-a6b6-14f48d98510a
Ciência aberta no SNS Medida em curso
Estabelecido protocolo entre o Ministério da Saúde e o
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,
para se criar o “Repositório comum da Saúde”, que irá
permitir a promoção do conhecimento e potencial
científico, tecnológico nacional no domínio da saúde.
Compras Públicas na Saúde –
Simplificação do Processo de Gestão
de Compras Internas da SPMS
SPMS Medida em curso,
em fase final
Desenvolver uma plataforma integrada de registo e
monitorização do circuito de compra pública na saúde
(desde o pedido até à fase de execução do contrato).
Desmaterialização Saúde+ (Medida
#173) SPMS / ACSS Medida Concluída
Realizado protocolo entre a AMA e a SPMS que permite a
disponibilização de assinatura digital, particularmente
relevante para prescrição médica a partir da aplicação
móvel da PEM
Dispositivos médicos mais simples
(Medida #93) INFARMED 2.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/DIS
POSITIVOS_MEDICOS/REGISTO_DE_DM_E_DIV/DIST
RIBUIDORES_PEDIDO_CERTIDAO
http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan
%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-
fead-4374-a6b6-14f48d98510a
eBoletim de Saúde Oral (Medida #171) DGS / SPMS Medida concluída
Informação de Saúde Oral disponível na área do cidadão
do Portal do SNS (possibilidade de aceder aos cheques
dentista atribuídos)
Em contato com a Entidade
Reguladora Saúde (Medida #106) ERS 4.º Trimestre 2016
Implementação Concluída -
https://www.ers.pt/pages/73?news_id=1230
https://www.ers.pt/pages/106?news_id=1112
Emergência médica digital (Medida
#107) INEM
2.º Trimestre 2018
Implementação Concluída - Medida Plurianual incluída no
Programa SIMPLEX+2017
http://www.inem.pt/category/institucional/projetos/#tab1-
panel
Ensaios clínicos digitais (Medida #110) INFARMED 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída - http://www.rnec.pt/31a
http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan
%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-
fead-4374-a6b6-14f48d98510a
Geo INEM (Medida #124) INEM 2.º Trimestre 2018
Implementação em curso - Medida Plurianual incluída no
Programa SIMPLEX+2017
http://www.inem.pt/category/institucional/projetos/#tab2-
panel
Gestão de Comparticipações na
Doença Profissional (Medida #162)
Ministério
Responsável
(MTSSS) + ACSS /
SPMS
4.º Trimestre 2018 Implementação em curso
Informação clínica integrada nos
comportamentos Aditivos e
Dependências (Medida #134)
SICAD
2.º Trimestre 2017
30 Setembro 2018
Implementação em curso - Medida Plurianual incluída no
Programa SIMPLEX+2017 -
http://www.sicad.pt/BK/Institucional/Instrumentos/PlanoEs
trategico/Lists/planoEstrategico/Attachments/5/SICAD_Pl
ano%20Estrategico%202017-19.pdf
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 309
Medidas SIMPLEX+
Entidade de
Saúde
(Coordenação)
Implementação/
Data estimada Conclusão Fontes de Evidência/Descrição
Inspeção+ Infarmed INFARMED
Medida em curso
(na 2ª fase, que terminará
em julho de 2019)
Sistema de informação que permitirá a
desmaterialização dos principais processos associados
à inspeção de entidades tuteladas pelo INFARMED. Os
principais objetivos da medida são: aumentar a
organização/gestão interna dos processos associados à
inspeção, planear as atividades de inspeção das
entidades tuteladas pelo I INFARMED com base em
indicadores obtidos de acordo com o seu risco, melhorar
a comunicação com as entidades tuteladas e
disponibilizar mais e melhor informação aos cidadãos de
uma forma transparente.
Introdução de novos medicamentos
online (Medida #142) INFARMED 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/medicame
ntos-uso-humano/autorizacao-de-introducao-no-mercado
http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan
%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-
fead-4374-a6b6-14f48d98510a
Licenciamento + no Infarmed (Medida
#176) INFARMED
3.º Trimestre 2018
31 de março de 2018
Implementação em curso -
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/rss-noticias/-
/asset_publisher/zQws9cSRmjar/content/id/2268086
Licenciar farmácias + simples (Medida
#154) INFARMED 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/infarmed/-
/journal_content/56/15786/2079652
http://app10.infarmed.pt/newsletter/68/index.html
http://www.infarmed.pt/documents/15786/2081992/Infogr
%C3%A1fico+Licenciamento+%2B/bf684ba9-dd4b-4059-
a620-0075fd51331c
Mapa do Cidadão + (Medida #34)
Ministério
Responsável
(MPMA) + SPMS /
ACSS
2.º Trimestre 2018 Implementação em curso
Medicamento direto (Medida #160) INFARMED 4.º Trimestre 2016 Implementação Concluída -
http://admed.pt/admin/login.php
MSaúde Pessoas (Medida #162) ACSS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída - http://workflow.acss.min-
saude.pt/rhgpa.aspx
Nascer com médico de família e
boletins de saúde eletrónicos (Medida
#1)
SPMS / DGS /
ACSS 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
https://www.sns.gov.pt/noticias/2016/09/01/nascer-utente/
a) “Partos e Cesarianas nos Cuidados Hospitalares”
(Atualizado a Dezembro 2017) -
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/partos-e-
cesarianas/?sort=tempo (imagem infra ilustrativa).
b) “Notícias Nascimento Digital e Registo de Nascer
Utente” (Atualizado a Novembro 2017) -
https://transparencia.sns.gov.pt/explore/dataset/noticias-
de-nascimento-digital-e-registo-de-nascer-de-
utentes/?sort=periodo (imagem infra ilustrativa).
Plataforma Temática/Dashboard “Simplex Saúde Infantil e
Juvenil” - https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-
sns/simplex-saude-infantil/
Notificações eletrónicas (SMS e email)
(Medida #168)
Ministério
Responsável
(MPMA) + SPMS
1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/noticia?i
=20160617-mj-ferramenta-sms
Pagamentos simplificados Infarmed INFARMED Medida concluída
Permite a disponibilização de meios de pagamento mais
seguros e mais facilmente identificáveis, de forma a
automatizar e desmaterializar integralmente todo o
processo de contabilização da receita (liquidação,
cobrança e reconciliação).
Paperless Saúde+ (Medida #170)
Ministério
Responsável
(MPMA) + SPMS /
ACSS
1.º Trimestre 2018
Implementação Concluida - http://spms.min-
saude.pt/2017/09/exames-sem-papel-consentimento-
informado-partilha-resultados-mcdt-ao-cidadao-aos-
profissionais-saude-do-sns/
Processo de Avaliação no Infarmed +
Simples (Medida #177) INFARMED
3º Trimestre 2018
28 de fevereiro de 2018
Implementação Concluída -
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/infarmed?p_p_id=10
1&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=vie
w&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_con
tent&_101_returnToFullPageURL=%2F&_101_assetEntry
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ao-do-portal-
siats&inheritRedirect=false&redirect=http%3A%2F%2Fww
w.infarmed.pt%2Fweb%2Finfarmed%2Finfarmed%3Fp_p
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ANEXOS
310 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Medidas SIMPLEX+
Entidade de
Saúde
(Coordenação)
Implementação/
Data estimada Conclusão Fontes de Evidência/Descrição
Processo de Codificação de
Dispositivos Médicos + Simples
(Medida #178)
INFARMED
3º Trimestre 2018
28 de fevereiro de 2018
Implementação Concluída -
http://www.infarmed.pt/web/infarmed/entidades/licenciame
ntos?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized
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Fweb%2Finfarmed%2Fentidades%2Flicenciamentos%3F
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derByDate
Prova de vacina + simples nas escolas
(Medida #129)
Ministério
Responsável (ME)
+ SPMS
3º Trimestre 2018 Implementação Concluida - http://spms.min-
saude.pt/2017/11/boletim-vacinas-na-mysns-carteira/
Qualificação do Atendimento SNS
(Medida #174)
ACSS / SPMS
(NAE - PNESLA)
2º Trimestre 2018
31 de maio de 2018
Implementação em curso -
https://www.sns.gov.pt/noticias/2017/11/21/sns-
proximidade-futuros-passos/
Rastreios de Saúde+ (Medida #175) DGS / SPMS Medida concluída
Utentes referenciados a partir dos cuidados de saúde
primários para rastreio cujos resultados são devolvidos
via informática e integrados no SClínico (Rastreios
Oncológicos – Mama, Colo do Útero e Cólon e Reto e
Rastreios não Oncológicos - Saúde Visual Infantil e
Retinopatia Diabética)
Receita sem papel Plus (Medida #205) SPMS 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
https://www.sns.gov.pt/monitorizacao-do-sns/receita-sem-
papel/
Reclamações, sugestões e elogios na
Saúde (Medida #206) ERS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída - https://www.ers.pt/pages/504
Reconhecimento das unidades de
saúde (Medida #207) ERS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída - http://www.ers.pt/
Reconhecimento IPSS Saúde (Medida
#181) DGS / SPMS
4.º Trimestre 2018
31 de maio de 2018
Implementação em curso - https://www.dgs.pt/paginas-de-
sistema/saude-de-a-a-z/utentes-da-saude.aspx
Referenciação eletrónica nos
Cuidados Continuados Integrados
(Medida #209)
SPMS / ACSS 1.º Trimestre 2017 Implementação em curso - Medida Plurianual incluída no
Programa SIMPLEX+2017
Registo de Saúde Eletrónico +
(Medida #215) SPMS 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída - http://spms.min-
saude.pt/2017/05/visao-clinica-integrada-novo-pce/
Registo Eletrónico de Certificados de
Incapacidade Temporária (Medida
#216)
DGS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída - Medida concluída com a
disponibilização de webservice entre entidades
Registo nacional de dadores sempre
atualizado (Medida #218) IPST 2.º Trimestre 2017
http://213.58.181.221:7778/forms90/f90servlet?config=asi
s_ipst_ext (Link aplicação)
https://dre.pt/home/-
/dre/106494620/details/2/maximized?serie=II&dreId=1064
94586
http://ipst.pt/index.php/informacao-documentacao/id-
legislacao/leg-nacional?showall=&start=1
Relatório Clínico + (Medida #179)
Ministério
Responsável (MS -
SPMS) + MJ
Medida concluída
Medida em colaboração com o Ministério da Justiça, em
que o INML, no âmbito das perícias realizadas, passa a
aceder à informação dos utentes a partir do Registo de
Saúde Eletrónico.
Reporte + Simples do Setor
Empresarial do Estado (Medida #64)
Ministério
Responsável (MF)
+ ACSS / SPMS
2.º Trimestre 2018 Implementação em curso
Resolução rápida e eficaz de conflitos
na saúde (Medida #226) ERS 4.º Trimestre 2016 Implementação Concluída - https://www.ers.pt/pages/396
Saúde transfronteiriça digital (Medida
#230) ACSS / DGS 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
http://mobilidade.dgs.pt/Paginas/Login.aspx
Saúde.doc (Medida #231) SGMS / ARS Norte 2.º Trimestre 2016 (piloto –
Setembro) Implementação Concluída - https://www.saudedoc.pt
SIGA SNS (Medida #238) ACSS / SPMS 1.º Trimestre 2017 Implementação Concluída -
https://dre.pt/application/file/a/106938444
Sistema de Gestão de Avaliação do
medicamento + Simples INFARMED
Medida em curso
(a concluir no final de
2019)
Pretende-se criar um sistema de informação que permita
a gestão de todos os pedidos de pareceres de avaliação
sobre medicamentos numa única plataforma, permitindo
por um lado a melhoria da monitorização da atividade de
avaliação e consequentemente uma melhor resposta
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 311
Medidas SIMPLEX+
Entidade de
Saúde
(Coordenação)
Implementação/
Data estimada Conclusão Fontes de Evidência/Descrição
aos titulares de autorização de introdução de
medicamentos
INFARMED 1.º Trimestre 2017
Implementação Concluída -
https://siats.infarmed.pt/Login.aspx
http://www.infarmed.pt/documents/15786/1228079/Balan
%C3%A7o+das+medidas+Simplex%2B+2016/b355a2f0-
fead-4374-a6b6-14f48d98510a
ANEXOS
312 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Anexo 5. Intransferíveis
Hospitais com maior volume em 2018 (TOP 10)
Hospital Origem 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
CH Setúbal 98 58 55 76 74 33 777 1 684 1 582
CH Leiria 15 9 12 18 41 39 12 49 1 508
CH Universitário do Algarve 376 113 175 543 604 474 404 888 730
CH Tondela - Viseu 816 634 2 783 3 839 3 397 2 644 2 430 1 615 576
CH Universitário de Coimbra 4 777 2 982 375 340 1 100 307 255 675 512
CH Universitário Lisboa Central 180 330 301 243 133 152 115 234 394
CH Lisboa Ocidental 37 7 11 8 37 103 184 251 386
ULS Guarda 581 185 165 289 695 725 673 854 377
H Garcia de Orta - Almada 315 735 702 473 1 257 1 679 2 001 2 166 252
ULS Matosinhos 1 545 584 14 0 1 0 0 6 223
Fonte: ACSS
Especialidades com maior volume em 2018 (TOP 10)
Especialidade 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Oftalmologia 1 749 1 560 1 656 1 436 1 558 1 678 2 678 4 722 2 445
Ortopedia 3 183 1 951 3 392 3 225 2 870 1 878 1 922 2 059 1 508
Cirurgia Geral 3 544 2 546 1 971 1 545 1 789 1 258 1 055 1 459 1 196
Otorrinolaringologia 1 227 849 619 1 123 1 700 1 724 1 006 898 863
Urologia 886 843 451 314 413 344 339 434 417
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva 517 493 651 690 698 437 433 329 292
Ginecologia 941 558 426 554 403 199 314 163 227
Cirurgia Pediátrica 42 22 54 101 166 135 214 138 190
Cirurgia Vascular 889 1 323 136 238 109 18 70 46 167
Neurocirurgia 168 78 123 125 150 58 113 198 139
Fonte: ACSS
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 313
Anexo 6. Notas de Transferência e Vales Cirurgia
Notas de Transferência e Vales Cirurgia emitidos, por ARS (2018)
Notas de
Transferência Vales
Cirurgia
ARS Norte 20 768 65 832
ARS Centro 2 694 42 340
ARS Lisboa e Vale do Tejo 2 266 94 367
ARS Alentejo 79 11 188
ARS Algarve 11 390
Total Geral 25 807 225 117
Fonte: ACSS
Notas de Transferência e Vales Cirurgia emitidos, por hospital (2018)
Notas de Transferência Vales Cirurgia
Centro Hospitalar Baixo Vouga 141 1 601
Centro Hospitalar Barreiro Montijo 51 3 824
Centro Hospitalar da Cova Beira 157 3 005
Centro Hospitalar Universitário de Coimbra 1008 12 877
Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central 61 13 667
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental 59 4 963
Centro Hospitalar de São João 3 300 10 448
Centro Hospitalar de Setúbal 214 8 590
Centro Hospitalar Universitário do Algarve 11 390
Centro Hospitalar do Médio Ave 327 278
Centro Hospitalar do Médio Tejo 297 4 249
Centro Hospitalar do Oeste 261 5 382
Centro Hospitalar Universitário do Porto 747 3 070
Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa 2 173 4 545
Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga 155 3 875
Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte 179 11 741
Centro Hospitalar Póvoa Varzim-Vila do Conde 4 2
Centro Hospitalar Tondela-Viseu 951 13 535
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro 1 501 4 547
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho 801 4 051
Hospital Arcebispo João Crisóstomo 2 6
Hospital D. Figueira da Foz 13 99
Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães 2 837 5 898
Hospital de Braga 5 318 18 782
Hospital de Cascais Dr. José de Almeida 28 1 718
Hospital Distrital de Santarém 45 5 091
Hospital do Espírito Santo - Évora 2 5 990
Hospital Dr. Francisco Zagalo 3 240
Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca 432 9 039
Hospital Garcia de Orta 187 8 271
ANEXOS
314 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Notas de Transferência Vales Cirurgia
Hospital Santa Maria Maior 20 76
Centro Hospitalar de Leiria 546 6 274
Hospital Vila Franca de Xira 94 7 313
Instituto de Oftalmologia Doutor Gama Pinto 9
Instituto Português de Oncologia de Coimbra 12 1 047
Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil 15 2 147
Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil 152 1 218
Unidade Local de Saúde Litoral Alentejano 77 2 174
Unidade Local de Saúde da Guarda 328 2 296
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco 27 1 360
Unidade Local de Saúde de Matosinhos 2 200 7 018
Unidade Local de Saúde do Alto Minho 826 1 110
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo 1 605
Unidade Local de Saúde do Nordeste 378 856
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano 1 419
Fonte: ACSS
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 315
Anexo 7. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por hospital (2016-2018)
2016
ARS/Hospital Entradas
Var. Entradas
2016-2015
LIC
Var. LIC
2016-2015
Mediana do TE da LIC
(meses)
Var. Mediana TE LIC 2016-2015
% LIC >TMRG
Var. % LIC
>TMRG 2016-2015
Tempo resolução
LIC (meses)
Operados
Var. Operados
2016-2015
Operados padrão
Média do TE
dos Op. (meses)
Var. Média do TE
dos Op. 2016-2015
Norte 264 733 0,0% 77 677 3,3% 42,7 4,7% 54,2 225 323 1,2% 224 652 48,3 8,1%
CH Entre o Douro e Vouga 14 991 -5,9% 4 806 -10,5% 2,6 0,0% 10,6% 1,1% 3,7 13 732 -1,6% 13 356 3,9 7,7%
CH Médio Ave - Famalicão 7 378 -13,2% 2 620 -22,3% 2,6 -16,5% 6,0% -1,0% 3,9 6 406 -1,6% 5 343 4,8 18,2%
CH Póvoa do Varzim/VC 4 462 -10,4% 900 -23,7% 1,8 -5,4% 2,3 4 164 -4,0% 4 197 2,7 -10,6%
CH Tâmega e Sousa 17 727 2,0% 5 122 12,9% 2,4 1,4% 3,8% 3,4% 3,6 15 309 1,1% 13 714 2,8 -0,8%
CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 13 615 0,4% 5 146 0,5% 3,7 11,4% 16,7% 3,8% 4,5 11 366 9,5% 10 454 3,2 6,4%
CH Univer. de São João 45 009 2,2% 9 460 14,2% 2,7 17,1% 4,9% 3,8% 2,6 38 238 -0,9% 42 598 2,0 4,0%
CH Univer. do Porto 34 466 1,6% 8 983 -0,1% 3,4 18,4% 20,3% 6,4% 3,1 29 976 2,4% 26 763 2,5 7,4%
CH V. Nova de Gaia/Espinho 24 728 -0,7% 6 081 -8,7% 2,4 -1,4% 6,3% -1,1% 2,9 22 058 6,5% 24 993 2,8 12,9%
H Braga 31 593 5,8% 11 263 31,6% 3,0 4,7% 16,1% 4,2% 4,7 24 751 0,9% 25 991 2,9 23,3%
H Sra da Oliveira - Guimarães 14 323 -0,5% 6 158 8,8% 4,3 15,0% 19,2% -2,0% 5,4 11 479 -0,8% 11 829 4,0 9,6%
H Sta Maria Maior - Barcelos 5 619 -4,4% 1 638 -7,2% 3,3 20,5% 9,0% 5,5% 3,4 4 434 0,7% 3 652 3,0 -4,6%
IPO Porto 13 809 0,9% 2 005 16,9% 1,7 11,1% 27,4% 2,8% 1,8 12 071 -1,3% 11 629 1,3 7,6%
ULS Alto Minho - V. Castelo 13 558 0,9% 4 610 -9,2% 2,6 -13,2% 2,2% 2,2% 4,0 11 979 10,2% 11 379 3,9 22,5%
ULS Matosinhos 17 531 -0,2% 7 089 1,7% 3,8 7,6% 2,8% 0,6% 4,9 14 487 0,8% 13 667 4,7 4,2%
ULS Nordeste - Bragança 5 924 -12,3% 1 796 -6,9% 2,3 -4,2% 1,8% -2,1% 3,6 4 873 -16,9% 5 087 3,9 12,5%
Centro 118 889 -0,4% 39 069 6,9% 30,9 3,4% 37,0 97 319 -0,2% 99 177 30,8 -0,1%
CH Baixo Vouga 11 389 -3,3% 4 400 -0,2% 3,1 -10,5% 14,5% -1,8% 4,6 9 272 -6,5% 8 485 3,9 -9,3%
CH Leiria 15 350 -2,8% 5 483 6,0% 3,2 21,5% 9,8% 4,0% 4,4 12 297 2,1% 12 303 3,1 10,4%
CH Tondela - Viseu 17 127 0,1% 6 364 23,1% 4,1 31,9% 24,2% 12,0% 4,8 13 639 -5,6% 13 075 3,5 20,9%
CH Univer. Cova da Beira 6 044 17,7% 1 579 6,8% 3,2 1,1% 4,9% -1,8% 3,1 4 881 16,7% 4 168 2,7 3,9%
CH Univer. de Coimbra 45 231 -0,4% 15 659 11,1% 3,9 19,6% 15,4% 3,0% 4,3 35 925 -1,0% 41 515 2,8 -5,7%
H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 1 374 2,5% 238 -15,3% 1,3 -20,8% 2,0 1 265 10,2% 858 2,3 -8,2%
H D. Figueira da Foz 5 100 2,3% 989 1,2% 1,8 -15,6% 2,3 4 681 2,8% 4 083 2,2 -8,3%
H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 811 -0,3% 447 -0,4% 2,0 -9,2% 0,9% 0,2% 3,0 1 531 0,3% 1 421 2,9 1,8%
IPO Coimbra 4 877 -5,6% 905 -2,7% 1,7 2,0% 31,7% 15,3% 2,2 4 249 -1,9% 4 223 1,6 1,2%
ULS Castelo Branco 4 513 0,4% 1 009 -16,5% 3,2 21,8% 21,2% 2,4% 2,6 4 245 5,3% 4 195 2,4 -13,7%
ULS Guarda 6 073 -3,7% 1 996 -16,2% 3,4 -14,5% 18,4% -0,2% 3,7 5 334 6,4% 4 851 3,5 8,3%
Lisboa e Vale do Tejo 214 005 3,5% 73 447 12,4% 52,8 -2,9% 65,5 172 093 4,9% 176 765 46,5 11,3%
CH Barreiro Montijo 7 268 1,9% 3 090 0,8% 5,0 -5,6% 29,0% 6,6% 5,1 5 893 9,4% 5 320 3,6 6,5%
CH Lisboa Ocidental 18 226 4,3% 4 546 20,6% 3,2 -3,1% 13,3% 1,3% 3,1 15 493 3,3% 19 309 2,2 5,4%
CH Médio Tejo -T. Novas 10 800 9,3% 3 242 -5,2% 3,6 6,9% 12,9% -0,6% 3,6 8 933 14,9% 7 699 3,5 1,2%
CH Oeste 6 717 -7,5% 4 094 4,9% 4,8 -5,8% 25,3% 8,3% 7,5 4 728 -0,3% 4 316 4,8 32,8%
CH Setúbal 12 599 0,1% 6 040 12,1% 4,4 -3,7% 22,9% 7,9% 6,1 9 894 4,8% 9 575 3,9 10,5%
CH Univer. de Lisboa Norte 25 623 0,0% 7 424 3,9% 3,2 10,3% 13,8% 0,5% 3,5 20 895 1,2% 27 182 2,6 10,8%
CH Univer. Lisboa Central 37 851 1,9% 12 850 10,9% 4,3 6,7% 25,1% 7,5% 4,2 30 544 2,6% 33 204 2,8 11,5%
H Beatriz Ângelo - Loures 14 400 0,4% 4 131 59,7% 2,8 9,0% 5,9% 2,0% 3,6 12 450 -4,2% 10 113 3,1 37,9%
H D. Santarém 8 095 7,3% 4 051 7,5% 5,0 -10,7% 26,6% 2,4% 6,1 5 545 12,2% 4 791 4,1 11,4%
ANEXOS
316 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
ARS/Hospital Entradas
Var. Entradas
2016-2015
LIC
Var. LIC
2016-2015
Mediana do TE da LIC
(meses)
Var. Mediana TE LIC 2016-2015
% LIC >TMRG
Var. % LIC
>TMRG 2016-2015
Tempo resolução
LIC (meses)
Operados
Var. Operados
2016-2015
Operados padrão
Média do TE
dos Op. (meses)
Var. Média do TE
dos Op. 2016-2015
H Fern. Fonseca - Lx 20 872 10,0% 6 536 -3,2% 3,9 -14,0% 16,5% -3,0% 3,7 16 169 21,7% 14 336 2,6 3,6%
H Garcia de Orta - Almada 17 905 5,7% 8 159 18,4% 4,3 -20,2% 19,1% -7,7% 5,6 13 464 8,8% 12 218 3,8 21,9%
H V. F. Xira 12 157 7,0% 4 488 59,8% 2,6 21,9% 7,9% 4,9% 5,1 9 528 -0,5% 9 350 3,2 34,3%
HPP - H Cascais 8 389 10,6% 2 716 24,3% 2,5 3,4% 6,0% 0,1% 4,2 6 852 2,7% 5 879 2,7 -19,9%
Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 4 970 10,2% 1 043 10,0% 1,5 -10,0% 2,6 4 508 10,1% 3 161 2,2 3,8%
IPO Lisboa 8 133 -3,5% 1 037 -6,0% 1,7 16,3% 33,1% 5,5% 1,5 7 197 -3,0% 10 312 1,5 0,8%
Alentejo 25 403 1,7% 8 539 5,1% 12,2 -3,0% 16,4 20 585 5,9% 20 252 12,4 2,6%
H Espírito Santo - Évora 10 526 -0,5% 3 590 0,2% 3,6 -1,8% 18,1% 0,3% 4,1 8 866 1,3% 9 355 3,4 11,2%
ULS Baixo Alentejo - Beja 5 140 3,4% 1 519 9,8% 2,6 12,9% 11,4% 3,4% 3,6 4 283 3,2% 4 139 2,5 -6,7%
ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 4 636 54,8% 1 679 42,8% 2,5 -15,3% 5,8% -9,7% 4,9 3 460 55,6% 3 098 3,4 2,7%
ULS Norte Alentejano - Portalegre 5 101 -20,7% 1 751 -11,6% 3,4 -4,6% 21,3% 5,2% 3,8 3 976 -7,8% 3 660 3,0 2,2%
Algarve 17 353 2,3% 9 310 3,9% 4,3 -5,1% 6,6 9 608 1,9% 9 149 3,7 17,8%
CH Univer. do Algarve 17 353 2,3% 9 310 3,9% 4,3 -5,1% 20,4% 3,6% 6,6 9 608 1,9% 9 149 3,7 17,8%
Fonte: ACSS
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 317
2017
ARS/Hospital Entradas
Var. Entradas
2017-2016
LIC
Var. LIC
2017-2016
Mediana do TE da LIC
(meses)
Var. Mediana TE LIC 2017-2016
% LIC >TMRG
Var. % LIC
>TMRG 2017-2016
Tempo resolução
LIC (meses)
Operados
Var. Operados
2017-2016
Operados padrão
Média do TE
dos Op. (meses)
Var. Média do TE
dos Op. 2017-2016
Norte 277 688 4,9% 84 663 9,0% 41,6 -2,5% 55,0 231 740 2,8% 223 881 45,6 -5,6%
CH Entre o Douro e Vouga 16 011 6,8% 5 478 14,0% 2,5 -6,3% 8,9% -1,7% 4,3 13 490 -1,8% 12 263 3,2 -17,0%
CH Médio Ave - Famalicão 7 734 4,8% 2 291 -12,6% 2,4 -8,3% 0,9% -5,1% 3,4 6 713 4,8% 5 745 4,0 -16,1%
CH Póvoa do Varzim/VC 4 362 -2,2% 747 -17,0% 1,3 -28,3% 0,0% 2,0 4 340 4,2% 4 326 2,3 -14,4%
CH Tâmega e Sousa 19 430 9,6% 6 100 19,1% 2,5 2,8% 4,6% 0,8% 4,0 16 224 6,0% 14 056 3,0 7,3%
CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 15 479 13,7% 4 730 -8,1% 3,2 -15,2% 14,0% -2,7% 3,6 13 533 19,1% 11 442 2,8 -13,7%
CH Univer. de São João 46 611 3,6% 11 516 21,7% 3,6 31,7% 9,3% 4,4% 3,1 38 731 1,3% 42 176 2,1 6,6%
CH Univer. do Porto 33 570 -2,6% 7 177 -20,1% 2,8 -19,4% 17,4% -2,9% 2,4 30 098 0,4% 26 354 2,3 -4,8%
CH V. Nova de Gaia/Espinho 26 013 5,2% 7 041 15,8% 2,5 5,6% 9,2% 2,9% 3,4 22 121 0,3% 23 504 2,4 -13,9%
H Braga 36 614 15,9% 16 635 47,7% 3,8 29,2% 14,4% -1,7% 6,4 25 643 3,6% 26 510 3,4 17,5%
H Sra da Oliveira - Guimarães 14 300 -0,2% 5 636 -8,5% 4,1 -6,2% 15,9% -3,4% 4,6 11 534 0,5% 11 862 3,7 -7,4%
H Sta Maria Maior - Barcelos 5 352 -4,8% 1 270 -22,5% 2,2 -33,0% 1,7% -7,4% 2,7 4 793 8,1% 4 141 3,1 4,4%
IPO Porto 13 346 -3,4% 1 914 -4,5% 2,2 30,0% 33,7% 6,3% 1,7 11 964 -0,9% 11 480 1,3 -1,1%
ULS Alto Minho - V. Castelo 14 719 8,6% 4 038 -12,4% 2,2 -15,2% 10,9% 8,7% 3,2 13 342 11,4% 12 534 3,2 -18,7%
ULS Matosinhos 18 130 3,4% 7 789 9,9% 3,9 4,4% 7,5% 4,6% 5,4 14 586 0,7% 12 551 4,7 -0,9%
ULS Nordeste - Bragança 6 017 1,6% 2 301 28,1% 2,5 10,3% 1,7% -0,1% 5,0 4 628 -5,0% 4 937 4,0 4,3%
Centro 121 896 2,5% 44 118 12,9% 35,4 14,6% 42,6 95 437 -1,9% 95 746 30,2 -2,0%
CH Baixo Vouga 12 536 10,1% 5 361 21,8% 3,7 17,0% 7,9% -6,6% 5,5 9 194 -0,8% 8 677 4,0 1,8%
CH Leiria 16 695 8,8% 6 385 16,5% 3,2 1,0% 5,6% -4,3% 4,9 12 723 3,5% 12 423 3,1 -1,6%
CH Tondela - Viseu 17 046 -0,5% 8 164 28,3% 5,7 38,7% 28,9% 4,7% 6,6 12 444 -8,8% 11 731 3,7 6,2%
CH Univer. Cova da Beira 6 040 -0,1% 1 843 16,7% 3,4 7,4% 9,0% 4,0% 3,8 4 770 -2,3% 4 048 2,4 -11,6%
CH Univer. de Coimbra 44 854 -0,8% 16 339 4,3% 4,3 11,2% 17,8% 2,5% 4,4 35 154 -2,1% 40 040 2,9 5,5%
H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 1 422 3,5% 282 18,5% 2,2 71,1% 0,0% 2,5 1 163 -8,1% 778 1,9 -18,3%
H D. Figueira da Foz 5 474 7,3% 1 139 15,2% 2,1 14,8% 0,8% 0,8% 2,6 4 916 5,0% 4 121 2,1 -3,1%
H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 728 -4,6% 430 -3,8% 2,0 0,0% 3,3% 2,4% 3,0 1 489 -2,7% 1 280 3,1 8,3%
IPO Coimbra 5 332 9,3% 890 -1,7% 1,9 6,7% 27,1% -4,6% 2,0 4 564 7,4% 4 176 1,3 -13,9%
ULS Castelo Branco 4 778 5,9% 1 189 17,8% 3,2 1,1% 10,3% -10,9% 3,1 3 963 -6,6% 3 953 2,5 4,3%
ULS Guarda 5 991 -1,4% 2 096 5,0% 3,8 10,2% 19,4% 1,0% 4,2 5 057 -5,2% 4 519 3,2 -9,3%
Lisboa e Vale do Tejo 224 292 4,8% 80 339 9,4% 58,2 10,3% 66,4 178 119 3,5% 176 538 47,6 2,5%
CH Barreiro Montijo 7 285 0,2% 2 804 -9,3% 4,6 -8,6% 15,7% -13,3% 4,4 5 864 -0,5% 5 070 3,7 3,3%
CH Lisboa Ocidental 19 179 5,2% 5 255 15,6% 3,9 23,2% 19,4% 6,1% 3,4 16 366 5,6% 19 330 2,2 -1,3%
CH Médio Tejo -T. Novas 11 384 5,4% 4 137 27,6% 3,6 0,9% 8,9% -4,0% 4,6 8 743 -2,1% 7 410 3,3 -3,8%
CH Oeste 7 332 9,2% 3 893 -4,9% 4,4 -9,7% 14,5% -10,8% 6,2 5 208 10,2% 4 621 5,0 3,9%
CH Setúbal 14 005 11,2% 6 527 8,1% 4,5 3,1% 17,6% -5,3% 5,8 11 025 11,4% 10 617 4,0 4,8%
CH Univer. de Lisboa Norte 26 939 5,1% 9 174 23,6% 3,9 20,8% 14,3% 0,4% 4,4 20 851 -0,2% 26 091 2,5 -3,5%
CH Univer. Lisboa Central 38 900 2,8% 13 448 4,7% 4,4 3,1% 23,8% -1,3% 4,2 31 695 3,8% 33 298 2,9 4,0%
H Beatriz Ângelo - Loures 14 907 3,5% 5 125 24,1% 3,0 5,9% 3,7% -2,1% 4,4 12 375 -0,6% 9 736 3,3 7,6%
H D. Santarém 9 076 12,1% 4 284 5,8% 6,4 28,7% 27,0% 0,4% 5,7 6 365 14,8% 5 794 3,7 -8,5%
H Fern. Fonseca - Lx 20 848 -0,1% 6 807 4,1% 3,9 0,9% 18,5% 2,0% 3,9 15 586 -3,6% 13 856 2,7 0,8%
H Garcia de Orta - Almada 18 155 1,4% 8 034 -1,5% 5,3 21,5% 25,0% 5,9% 5,4 13 330 -1,0% 11 785 3,8 0,6%
H V. F. Xira 12 618 3,8% 5 730 27,7% 4,3 65,4% 16,7% 8,8% 6,0 10 003 5,0% 10 017 3,7 18,5%
HPP - H Cascais 8 407 0,2% 2 311 -14,9% 2,5 -0,7% 7,1% 1,1% 3,2 7 563 10,4% 6 441 3,0 11,2%
Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 6 263 26,0% 1 419 36,0% 2,0 35,6% 0,3% 0,3% 2,9 5 336 18,4% 3 706 2,2 1,2%
ANEXOS
318 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
ARS/Hospital Entradas
Var. Entradas
2017-2016
LIC
Var. LIC
2017-2016
Mediana do TE da LIC
(meses)
Var. Mediana TE LIC 2017-2016
% LIC >TMRG
Var. % LIC
>TMRG 2017-2016
Tempo resolução
LIC (meses)
Operados
Var. Operados
2017-2016
Operados padrão
Média do TE
dos Op. (meses)
Var. Média do TE
dos Op. 2017-2016
IPO Lisboa 8 994 10,6% 1 391 34,1% 1,5 -10,0% 24,7% -8,3% 1,9 7 809 8,5% 8 766 1,5 -3,1%
Alentejo 23 678 -6,8% 9 025 5,7% 13,8 12,8% 59% 18,4 18 923 -8,1% 17 980 13,2 7,2%
H Espírito Santo - Évora 9 881 -6,1% 3 998 11,4% 4,6 25,7% 22,6% 4,5% 5,0 7 659 -13,6% 7 464 3,1 -7,1%
ULS Baixo Alentejo - Beja 5 020 -2,3% 1 788 17,7% 2,6 0,0% 13,8% 2,4% 4,5 3 988 -6,9% 3 840 2,6 1,7%
ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 3 710 -20,0% 1 585 -5,6% 3,4 37,3% 9,3% 3,5% 5,0 3 241 -6,3% 2 997 4,5 31,0%
ULS Norte Alentejano - Portalegre 5 067 -0,7% 1 654 -5,5% 3,1 -8,7% 12,9% -8,4% 3,8 4 035 1,5% 3 679 3,0 0,5%
Algarve 17 476 0,7% 8 413 -9,6% 4,8 10,9% 18% 5,5 10 326 7,5% 10 523 3,2 -14,6%
CH Univer. do Algarve 17 476 0,7% 8 413 -9,6% 4,8 10,9% 17,9% -2,5% 5,5 10 326 7,5% 10 523 3,2 -14,6%
Fonte: ACSS
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 319
2018
ARS/Hospital Entradas
Var. Entradas
2018-2017
LIC
Var. LIC
2018-2017
Mediana do TE da LIC
(meses)
Var. Mediana TE LIC 2018-2017
% LIC >TMRG
Var. % LIC
>TMRG 2018-2017
Tempo resolução
LIC (meses)
Operados
Var. Operados
2018-2017
Operados padrão
Média do TE
dos Op. (meses)
Var. Média TE Op. 2018-2017
Norte 284 146 2,3% 90 033 6,3% 39,8 -4,2% 53,7 229 380 -1,0% 201 470 44,9 -1,6%
CH Entre o Douro e Vouga 16 257 1,5% 5 268 -3,8% 2,6 4,1% 19,2% 10,3% 3,8 14 249 5,6% 11 915 3,4 4,4%
CH Médio Ave - Famalicão 8 198 6,0% 2 408 5,1% 2,5 2,8% 8,9% 8,0% 3,6 6 876 2,4% 5 355 3,7 -6,7%
CH Póvoa do Varzim/VC 4 594 5,3% 989 32,4% 1,6 26,3% 1,2% 1,2% 2,7 4 289 -1,2% 3 814 2,3 2,0%
CH Tâmega e Sousa 19 362 -0,3% 5 023 -17,7% 2,5 1,4% 16,1% 11,5% 2,9 17 283 6,5% 13 262 3,1 1,6%
CH Trás-os-Montes e Alt. Douro 13 471 -13,0% 4 817 1,8% 3,7 16,8% 30,3% 16,3% 4,3 10 881 -19,6% 8 807 3,2 13,0%
CH Univer. de São João 48 482 4,0% 15 412 33,8% 3,2 -12,0% 27,5% 18,2% 4,2 36 859 -4,8% 36 001 2,0 -3,5%
CH Univer. do Porto 36 405 8,4% 9 701 35,2% 2,7 -1,2% 20,8% 3,3% 3,4 29 408 -2,3% 24 099 2,0 -15,4%
CH V. Nova de Gaia/Espinho 26 732 2,8% 7 513 6,7% 2,7 6,7% 20,0% 10,8% 3,4 22 476 1,6% 21 308 2,7 11,9%
H Braga 38 624 5,5% 18 080 8,7% 3,9 1,7% 34,6% 20,2% 5,9 27 443 7,0% 24 851 3,9 16,2%
H Sra da Oliveira - Guimarães 15 242 6,6% 5 957 5,7% 3,5 -13,9% 24,0% 8,1% 4,8 11 284 -2,2% 10 982 3,5 -4,5%
H Sta Maria Maior - Barcelos 6 269 17,1% 1 207 -5,0% 1,6 -29,9% 1,0% -0,7% 2,3 5 794 20,9% 4 684 2,6 -16,5%
IPO Porto 12 728 -4,6% 1 814 -5,2% 1,7 -20,0% 33,0% -0,7% 1,7 11 381 -4,9% 10 122 1,2 -2,6%
ULS Alto Minho - V. Castelo 13 939 -5,3% 3 980 -1,4% 2,3 3,0% 16,0% 5,1% 3,4 12 044 -9,7% 10 317 3,2 0,9%
ULS Matosinhos 18 035 -0,5% 5 976 -23,3% 3,2 -19,5% 20,6% 13,1% 3,6 13 968 -4,2% 11 281 3,8 -18,5%
ULS Nordeste - Bragança 5 808 -3,5% 1 888 -17,9% 2,3 -9,3% 16,0% 14,3% 3,7 5 145 11,2% 4 672 4,1 2,6%
Centro 125 694 3,1% 49 805 12,9% 34,6 -2,1% 46,1 93 688 -1,8% 85 077 32,2 6,7%
CH Baixo Vouga 12 659 1,0% 3 970 -25,9% 2,5 -32,3% 14,5% 6,6% 3,4 11 678 27,0% 9 542 4,0 0,1%
CH Leiria 17 777 6,5% 7 781 21,9% 3,7 13,4% 23,7% 18,2% 5,8 12 267 -3,6% 10 895 3,1 2,3%
CH Tondela - Viseu 18 395 7,9% 10 000 22,5% 5,8 1,7% 51,4% 22,5% 7,3 12 400 -0,4% 10 599 4,5 21,5%
CH Univer. Cova da Beira 6 206 2,7% 2 090 13,4% 4,1 21,6% 31,4% 22,4% 4,2 4 790 0,4% 3 769 2,4 1,9%
CH Univer. de Coimbra 45 867 2,3% 18 967 16,1% 4,6 6,2% 38,8% 20,9% 5,3 32 465 -7,6% 33 847 3,0 2,0%
H Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 1 036 -27,1% 161 -42,9% 1,5 -30,8% 1,9% 1,9% 1,7 887 -23,7% 590 2,2 19,2%
H D. Figueira da Foz 6 108 11,6% 1 976 73,5% 2,8 35,5% 2,3% 1,5% 4,6 4 749 -3,4% 3 644 2,5 20,5%
H Dr. Franc. Zagalo - Ovar 1 631 -5,6% 545 26,7% 1,8 -8,5% 4,0% 0,8% 4,3 1 237 -16,9% 1 100 2,9 -5,1%
IPO Coimbra 5 354 0,4% 1 057 18,8% 1,8 -2,7% 38,3% 11,2% 2,4 4 295 -5,9% 3 472 1,4 5,3%
ULS Castelo Branco 4 704 -1,5% 1 149 -3,4% 2,3 -28,1% 15,6% 5,2% 2,9 4 098 3,4% 3 651 2,7 7,0%
ULS Guarda 5 957 -0,6% 2 109 0,6% 3,7 -1,3% 29,4% 10,0% 4,3 4 822 -4,6% 3 968 3,4 5,3%
Lisboa e Vale do Tejo 225 057 0,3% 85 289 6,2% 55,1 -5,4% 66,6 177 293 -0,5% 158 491 47,8 0,4%
CH Barreiro Montijo 7 567 3,9% 2 536 -9,6% 3,6 -21,0% 27,4% 11,8% 3,9 6 123 4,4% 4 837 3,6 -4,0%
CH Lisboa Ocidental 20 112 4,9% 5 897 12,2% 3,9 0,9% 36,4% 17,1% 3,7 16 542 1,1% 16 779 2,4 12,0%
CH Médio Tejo -T. Novas 10 583 -7,0% 3 706 -10,4% 3,1 -13,8% 26,8% 18,0% 4,1 8 692 -0,6% 6 579 3,4 2,8%
CH Oeste 6 940 -5,3% 3 290 -15,5% 4,4 0,0% 31,1% 16,6% 5,2 5 022 -3,6% 3 839 4,4 -11,0%
CH Setúbal 14 116 0,8% 7 007 7,4% 4,6 1,5% 39,0% 21,3% 6,2 10 338 -6,2% 8 905 4,1 2,4%
CH Univer. de Lisboa Norte 26 065 -3,2% 10 756 17,2% 4,4 13,4% 36,2% 21,9% 5,3 18 677 -10,4% 20 956 2,8 10,0%
CH Univer. Lisboa Central 38 476 -1,1% 15 119 12,4% 4,7 6,1% 41,7% 17,9% 4,9 30 753 -3,0% 30 785 2,8 -4,7%
H Beatriz Ângelo - Loures 15 747 5,6% 5 774 12,7% 3,6 21,1% 27,2% 23,5% 4,6 13 512 9,2% 9 907 3,2 -3,4%
H D. Santarém 8 625 -5,0% 3 645 -14,9% 3,7 -42,5% 38,4% 11,4% 4,7 6 204 -2,5% 5 226 3,2 -14,9%
H Fern. Fonseca - Lx 20 342 -2,4% 7 473 9,8% 4,2 5,9% 33,1% 14,6% 4,5 14 814 -5,0% 12 281 2,8 3,2%
H Garcia de Orta - Almada 19 158 5,5% 8 991 11,9% 5,9 11,4% 52,9% 27,9% 5,9 14 251 6,9% 11 590 3,6 -5,1%
H V. F. Xira 11 807 -6,4% 5 380 -6,1% 3,7 -14,0% 33,4% 16,7% 5,4 10 164 1,6% 8 703 4,5 20,3%
ANEXOS
320 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
ARS/Hospital Entradas
Var. Entradas
2018-2017
LIC
Var. LIC
2018-2017
Mediana do TE da LIC
(meses)
Var. Mediana TE LIC 2018-2017
% LIC >TMRG
Var. % LIC
>TMRG 2018-2017
Tempo resolução
LIC (meses)
Operados
Var. Operados
2018-2017
Operados padrão
Média do TE
dos Op. (meses)
Var. Média TE Op. 2018-2017
HPP - H Cascais 9 955 18,4% 2 285 -1,1% 2,0 -18,7% 10,9% 3,8% 2,7 8 653 14,4% 6 470 2,6 -12,7%
Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 7 464 19,2% 1 936 36,4% 2,0 -3,3% 4,5% 4,3% 3,3 6 428 20,5% 4 160 2,7 24,0%
IPO Lisboa 8 100 -9,9% 1 494 7,4% 1,3 -11,1% 31,4% 6,7% 2,2 7 120 -8,8% 7 474 1,6 12,2%
Alentejo 23 152 -2,2% 7 396 -18,0% 10,5 -24,0% 14,8 19 619 3,7% 16 628 14,2 7,5%
H Espírito Santo - Évora 10 784 9,1% 3 415 -14,6% 2,8 -39,4% 29,3% 6,7% 3,6 9 063 18,3% 7 838 3,8 20,1%
ULS Baixo Alentejo - Beja 4 089 -18,5% 1 040 -41,8% 2,0 -24,1% 20,2% 6,4% 2,6 3 779 -5,2% 3 143 3,2 22,0%
ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 3 622 -2,4% 1 603 1,1% 3,2 -6,8% 24,9% 15,6% 5,4 2 934 -9,5% 2 564 4,4 -2,9%
ULS Norte Alentejano - Portalegre 4 657 -8,1% 1 338 -19,1% 2,5 -20,2% 17,8% 4,8% 3,3 3 843 -4,8% 3 083 2,9 -2,5%
Algarve 16 997 -2,7% 6 967 -17,2% 3,7 -23,1% 4,5 9 778 -5,3% 8 741 3,1 -2,1%
CH Univer. do Algarve 16 997 -2,7% 6 967 -17,2% 3,7 -23,1% 29,1% 11,2% 4,5 9 778 -5,3% 8 741 3,1 -2,1%
Fonte: ACSS
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 321
Anexo 8. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por especialidade (2016-2018)
2016
Especialidade Entradas
Var. Entradas
2016-2015
LIC Var. LIC 2016-2015
Mediana do TE da
LIC (meses)
Tempo resolução
LIC (meses)
Percentil 90 do
TE da LIC (meses)
% LIC >TMRG
Var. % LIC
>TMRG 2016-2015
Operados Var.
Operados 2016-2015
Cirurgia Cabeça e Pescoço (inclui ORL, Estomatologia)
60 519 5,1% 22 129 8,3% 3,6 4,5 10,0 31,0% 1,7% 49 778 5,4%
Cirurgia Cardiotóracica 11 534 0,04% 1 440 -0,6% 2,4 1,5 7,2 19,2% -9,4% 10 524 -1,5%
Cirurgia Geral 127 763 -2,5% 43 007 5,9% 3,6 4,1 10,9 32,0% 1,7% 106 875 -4,8%
Cirurgia Pediátrica 10 692 -2,7% 3 687 15,8% 2,7 4,3 8,7 21,6% 6,5% 8 854 -2,4%
Cirurgia Plástica / Dermatologia
43 637 -3,1% 13 335 13,2% 3,6 3,8 12,0 33,5% 0,7% 35 495 -5,3%
Cirurgia Vascular 20 490 -3,2% 7 845 0,6% 4,0 4,6 10,8 31,9% -2,6% 16 685 -0,4%
Ginecologia/ Obstetricia 53 385 -4,2% 10 310 -1,1% 2,1 2,3 7,5 18,0% 0,8% 47 107 -3,6%
Laboratórios 148 -11,4% 10 150,0% 0,1 0,8 0,1 0,0% 0,0% 132 -14,8%
Neurocirurgia 13 320 0,6% 5 492 13,3% 5,0 5,2 14,9 42,7% 0,2% 10 188 -4,1%
Oftalmologia 185 293 9,0% 46 448 15,4% 2,4 3,1 7,0 15,3% 0,0% 164 762 9,9%
Ortopedia 103 054 -2,3% 45 045 0,0% 4,1 5,2 12,5 35,2% -2,8% 83 280 0,1%
Outros Seviços 1 808 9,9% 70 37,3% 1,3 0,5 2,4 7,1% 7,1% 1 642 13,9%
Urologia 39 270 0,6% 12 088 4,6% 3,2 3,7 11,3 34,0% 1,0% 33 443 2,3%
Total 670 913 1,2% 210 906 6,8% 3,3 3,8 10,3 28,4% -0,3% 568 765 1,5%
Fonte: ACSS
2017
Especialidade Entradas
Var. Entradas
2017-2016
LIC
Var. LIC
2017-2016
Mediana do TE da
LIC (meses)
Tempo resolução
LIC (meses)
Percentil 90 do TE da LIC
(meses)
% LIC >TMRG
Var. % LIC
>TMRG 2017-2016
Operados Var.
Operados 2017-2016
Cirurgia Cabeça e Pescoço (inclui ORL, Estomatologia)
61 494 1,6% 23 235 5,0% 3,7 4,6 9,7 31,8% 0,8% 50 747 1,9%
Cirurgia Cardiotóracica 11 363 -1,5% 1 661 15,3% 2,7 1,8 6,9 17,5% -1,7% 10 092 -4,1%
Cirurgia Geral 128 118 0,3% 44 809 4,2% 3,7 4,2 10,4 34,4% 2,4% 107 908 1,0%
Cirurgia Pediátrica 11 320 5,9% 4 445 20,6% 3,4 5,0 8,8 28,2% 6,6% 9 331 5,4%
Cirurgia Plástica / Dermatologia 45 191 3,6% 13 933 4,5% 3,9 3,7 11,3 38,9% 5,4% 37 942 6,9%
Cirurgia Vascular 20 958 2,3% 8 057 2,7% 3,6 4,6 9,7 33,1% 1,2% 16 886 1,2%
Ginecologia/ Obstetricia 52 564 -1,5% 11 293 9,5% 2,3 2,6 6,9 16,9% -1,1% 45 646 -3,1%
Laboratórios 398 168,9% 2 -80,0% 0,1 0,1 0,1 0,0% 0,0% 375 184,1%
Neurocirurgia 13 825 3,8% 6 000 9,2% 5,9 5,4 17,1 50,7% 8,0% 11 042 8,4%
Oftalmologia 204 812 10,5% 54 446 17,2% 2,9 3,3 7,6 21,9% 6,6% 181 547 10,2%
Ortopedia 108 153 4,9% 50 569 12,3% 4,8 5,9 11,6 41,4% 6,2% 82 738 -0,7%
Outros Seviços 1 356 -25,0% 63 -10,0% 0,4 0,5 1,9 6,3% -0,8% 1 265 -23,0%
Urologia 39 580 0,8% 12 737 5,4% 3,1 3,9 10,1 34,6% 0,6% 33 294 -0,4%
Total 699 132 4,2% 231 250 9,6% 3,6 4,1 9,7 32,3% 3,9% 588 813 3,5%
Fonte: ACSS
ANEXOS
322 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2018
Especialidade Entradas
Var. Entradas
2017-2016
LIC Var. LIC 2017-2016
Mediana do TE da
LIC (meses)
Tempo resolução
LIC (meses)
Percentil 90 do
TE da LIC (meses)
% LIC >TMRG
Var. % LIC
>TMRG 2017-2016
Operados Var.
Operados 2017-2016
Cirurgia Cabeça e Pescoço (inclui ORL, Estomatologia)
60 985 -0,8% 24 436 5,2% 4,1 4,9 11,1 32,0% 0,1% 49 492 -2,5%
Cirurgia Cardiotóracica 11 615 2,2% 2 256 35,8% 3,2 2,5 10,0 27,0% 9,5% 9 972 -1,2%
Cirurgia Geral 128 361 0,2% 48 094 7,3% 3,7 4,6 11,7 30,6% -3,8% 106 709 -1,1%
Cirurgia Pediátrica 11 013 -2,7% 4 817 8,4% 3,2 5,4 9,3 26,3% -1,9% 8 989 -3,7%
Cirurgia Plástica / Dermatologia
44 877 -0,7% 14 396 3,3% 3,4 3,9 13,4 32,7% -6,2% 37 789 -0,4%
Cirurgia Vascular 21 770 3,9% 9 409 16,8% 3,6 5,5 11,7 32,1% -1,0% 16 366 -3,1%
Ginecologia/ Obstetricia 52 106 -0,9% 12 408 9,9% 2,4 2,9 7,0 17,2% 0,3% 44 097 -3,4%
Laboratórios 457 14,8% 8 300,0% 0,6 0,2 2,1 0,0% 0,0% 425 13,3%
Neurocirurgia 13 249 -4,2% 6 216 3,6% 5,4 5,8 19,5 48,0% -2,7% 10 488 -5,0%
Oftalmologia 211 867 3,4% 55 254 1,5% 2,6 3,1 8,4 20,5% -1,4% 191 978 5,7%
Ortopedia 109 012 0,8% 53 267 5,3% 4,6 6,0 14,1 37,4% -4,0% 84 915 2,6%
Outros Seviços 1 884 38,9% 123 95,2% 0,4 0,8 2,0 9,8% 3,4% 1 657 31,0%
Urologia 38 907 -1,7% 13 817 8,5% 3,2 4,4 11,8 35,6% 1,0% 32 101 -3,6%
Total 706 103 1,0% 244 501 5,7% 3,5 4,2 11,4 30,0% -2,3% 594 978 1,0%
Fonte: ACSS
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 323
Anexo 9. Indicadores globais procura/oferta cirúrgica, por grupo nosológico
(2016-2018)
2016
Especialidade Entradas
Var. Entradas
2016-2015
LIC
Var. LIC
2016-2015
Mediana do TE da
LIC (meses)
Tempo resolução
LIC (meses)
Percentil 90 do
TE da LIC (meses)
% LIC >TMRG*
Var. % LIC
>TMRG 2016-2015
Operados Var.
Operados 2016-2015
Procedimentos em Coluna Vertebral 12 059 0,8% 7 515 9,3% 5,5 7,9 16,2 47,7% -0,4% 8 343 -6,2%
Procedimentos em Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa
9 527 -4,9% 4 700 10,1% 4,9 6,2 17,2 42,7% 3,1% 7 596 -5,2%
Procedimentos em Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa
4 615 -3,3% 2 092 0,0% 3,9 5,4 12,4 37,3% 1,3% 3 806 0,3%
Procedimentos em Doença da Tiróide 5 538 -5,5% 2 386 5,9% 4,0 5,3 10,9 36,7% 8,4% 4 813 -6,7%
Procedimentos em Doença da Vesícula Biliar 16 428 -2,0% 7 641 3,4% 4,2 5,6 11,0 35,4% 1,2% 13 251 -3,3%
Procedimentos em Doença das Amígdalas, adenóides, nariz, seios perinasais, ouvido
34 986 1,5% 16 207 6,2% 3,9 5,7 9,7 30,5% 1,2% 28 716 0,7%
Procedimentos em Doença do Cólon (intestino grosso)
1 683 -3,9% 426 13,9% 3,6 3,1 11,1 31,9% 0,4% 1 420 -11,4%
Procedimentos em Doença do Coração 9 326 -0,6% 1 178 -1,7% 2,5 1,5 7,1 19,7% -8,6% 8 571 -1,3%
Procedimentos em Doença do Olhos e anexos
186 583 9,1% 46 970 15,6% 2,4 3,1 7,1 15,4% -0,1% 165 757 9,8%
Procedimentos em Doença do Sistema nervoso central
3 523 -6,4% 420 3,2% 3,4 1,4 13,7 34,5% 3,3% 3 077 -6,9%
Procedimentos em Doença do útero e anexos 23 616 -2,8% 4 948 -5,5% 2,0 2,5 7,3 17,2% -1,0% 23 254 -1,8%
Procedimentos em Hemorróidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência
13 198 -4,6% 5 114 6,2% 3,6 4,7 9,6 29,7% 2,8% 10 982 -6,0%
Procedimentos em Hérnias Inguino-femurais 20 403 -0,7% 8 981 6,3% 3,6 5,4 10,0 29,2% 0,7% 16 981 -0,9%
Procedimentos em Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada e outras lesões da pele benignas e malignas sem intenção curativa
49 690 -3,0% 13 250 12,7% 3,1 3,3 9,9 26,2% -0,6% 40 062 -7,9%
Procedimentos em Obesidade 2 056 14,5% 1 493 15,8% 6,1 9,6 18,6 51,0% 6,6% 1 468 9,8%
Procedimentos em Ossos, tecidos moles e articulações
93 376 -1,4% 40 909 1,8% 4,2 5,3 12,4 35,9% -2,4% 74 903 1,1%
Procedimentos em Outras doenças da cabeça e pescoço
24 328 9,6% 6 366 13,3% 3,1 3,2 10,7 30,5% 2,0% 20 054 9,8%
Procedimentos em Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago)
52 078 -1,9% 14 377 8,1% 3,1 3,4 10,7 30,0% 2,1% 42 507 -1,6%
Procedimentos em Outras doenças da região torácica
855 -10,8% 109 3,8% 2,2 1,5 9,9 17,4% -7,3% 766 -15,2%
Procedimentos em Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho
22 139 -4,0% 8 038 -7,4% 3,0 4,2 8,8 21,6% -3,8% 19 006 2,0%
Procedimentos em Varizes dos membros inferiores
15 827 -7,8% 9 321 -2,4% 4,2 7,0 11,0 33,7% -1,2% 12 767 -3,8%
Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos
18 246 -2,8% 3 999 12,3% 2,9 2,7 10,9 26,7% -0,9% 15 131 -5,6%
Total 620 080 1,4% 206 440 6,8% 3,4 4,1 10,4 28,5% -0,4% 523 231 1,7%
*De acordo com a Portaria n.º153/2017, de 4 de maio Fonte: ACSS
ANEXOS
324 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
2017
Especialidade Entradas
Var. Entradas
2017-2016
LIC
Var. LIC
2017-2016
Mediana do TE da
LIC (meses)
Tempo resolução
LIC (meses)
Percentil 90 do
TE da LIC (meses)
% LIC >TMRG*
Var. % LIC
>TMRG 2017-2016
Operados
Var. Operados
2017-2016
Procedimentos em Coluna Vertebral 12 409 2,9% 8 262 9,9% 6,7 8,6 17,9 54,8% 7,1% 8 947 7,2%
Procedimentos em Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa
9 674 1,5% 5 066 7,8% 5,5 6,5 17,2 47,3% 4,6% 7 825 3,0%
Procedimentos em Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa
4 848 5,0% 2 089 -0,1% 3,5 5,2 10,5 33,9% -3,3% 3 988 4,8%
Procedimentos em Doença da Tiróide 5 462 -1,4% 2 282 -4,4% 3,8 4,9 10,4 35,9% -0,8% 4 960 3,1%
Procedimentos em Doença da Vesícula Biliar
16 338 -0,5% 7 774 1,7% 4,4 5,7 10,7 36,4% 1,1% 13 245 0,0%
Procedimentos em Doença das Amígdalas, adenóides, nariz, seios perinasais, ouvido
35 098 0,3% 16 615 2,5% 3,9 5,8 9,0 31,1% 0,5% 28 840 0,4%
Procedimentos em Doença do Cólon (intestino grosso)
1 595 -5,2% 429 0,7% 4,2 3,2 13,8 39,9% 7,9% 1 353 -4,7%
Procedimentos em Doença do Coração 9 233 -1,0% 1 327 12,6% 2,7 1,7 6,8 16,5% -3,2% 8 249 -3,8%
Procedimentos em Doença do Olhos e anexos
206 192 10,5% 54 934 17,0% 2,9 3,3 7,6 22,1% 6,7% 182 630 10,2%
Procedimentos em Doença do Sistema nervoso central
3 647 3,5% 551 31,2% 4,1 1,9 13,9 40,7% 6,1% 3 085 0,3%
Procedimentos em Doença do útero e anexos
23 777 0,7% 5 368 8,5% 2,3 2,8 6,8 15,1% -2,1% 22 350 -3,9%
Procedimentos em Hemorróidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência
12 662 -4,1% 5 180 1,3% 3,6 4,9 9,4 30,0% 0,2% 10 660 -2,9%
Procedimentos em Hérnias Inguino-femurais
20 857 2,2% 9 474 5,5% 3,8 5,5 9,2 32,7% 3,5% 17 389 2,4%
Procedimentos em Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada e outras lesões da pele benignas e malignas sem intenção curativa
51 126 2,9% 14 195 7,1% 3,2 3,4 9,1 30,1% 3,9% 42 110 5,1%
Procedimentos em Obesidade 1 928 -6,2% 1 599 7,1% 7,4 10,5 20,2 59,7% 8,7% 1 581 7,7%
Procedimentos em Ossos, tecidos moles e articulações
96 997 3,9% 45 947 12,3% 5,0 6,0 11,6 42,8% 7,0% 74 114 -1,1%
Procedimentos em Outras doenças da cabeça e pescoço
25 129 3,3% 7 343 15,3% 3,5 3,7 12,7 33,4% 2,9% 20 560 2,5%
Procedimentos em Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago)
51 735 -0,7% 15 744 9,5% 3,2 3,7 10,8 32,8% 2,8% 42 081 -1,0%
Procedimentos em Outras doenças da região torácica
982 14,9% 156 43,1% 3,1 2,0 8,4 21,8% 4,4% 846 10,4%
Procedimentos em Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho
24 100 8,9% 9 002 12,0% 3,1 4,7 7,5 21,7% 0,1% 19 328 1,7%
Procedimentos em Varizes dos membros inferiores
15 631 -1,2% 8 835 -5,2% 3,7 6,5 9,2 33,1% -0,6% 13 045 2,2%
Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos
18 434 1,0% 4 477 12,0% 3,6 3,0 10,7 32,3% 5,5% 15 191 0,4%
Total 647 854 4,5% 226 649 9,8% 3,6 4,3 9,8 32,5% 4,0% 542 377 3,7%
*De acordo com a Portaria n.º153/2017, de 4 de maio Fonte: ACSS
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 325
2018
Especialidade Entradas
Var. Entradas
2018-2017
LIC Var. LIC
2018-2017
Mediana do TE da LIC
(meses)
Tempo resolução
LIC (meses)
Percentil 90 do TE da
LIC (meses)
% LIC >TMRG*
Var. % LIC
>TMRG 2018-2017
Operados
Var. Operados
2018-2017
Procedimentos em Coluna Vertebral 11 929 -3,9% 8 173 -0,01077221 6,1 8,2 19,1 53,2% -1,6% 8 134 -9,1%
Procedimentos em Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa
8 600 -11,1% 5 124 1,1% 5,6 7,2 20,1 48,0% 0,7% 6 585 -15,8%
Procedimentos em Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa
4 400 -9,2% 2 184 4,5% 4,2 6,1 13,3 40,4% 6,5% 3 362 -15,7%
Procedimentos em Doença da Tiróide 5 138 -5,9% 2 206 -3,3% 3,7 5,1 11,2 30,4% -5,5% 4 368 -11,9%
Procedimentos em Doença da Vesícula Biliar 14 872 -9,0% 7 834 0,8% 4,6 6,3 13,8 36,4% 0,0% 11 248 -15,1%
Procedimentos em Doença das Amígdalas, adenóides, nariz, seios perinasais, ouvido
32 763 -6,7% 15 710 -5,4% 4,4 5,6 10,1 31,5% 0,4% 25 834 -10,4%
Procedimentos em Doença do Cólon (intestino grosso)
1 537 -3,6% 519 21,0% 4,7 4,3 17,3 43,5% 3,7% 1 207 -10,8%
Procedimentos em Doença do Coração 8 920 -3,4% 1 532 15,4% 3,6 2,1 10,5 28,1% 11,6% 7 801 -5,4%
Procedimentos em Doença do Olhos e anexos 203 586 -1,3% 52 112 -5,1% 2,8 3,0 8,6 22,0% 0,0% 183 092 0,3%
Procedimentos em Doença do Sistema nervoso central
3 188 -12,6% 612 11,1% 5,5 2,3 15,6 51,0% 10,3% 2 690 -12,8%
Procedimentos em Doença do útero e anexos 22 285 -6,3% 5 662 5,5% 2,5 3,1 7,2 17,5% 2,4% 20 212 -9,6%
Procedimentos em Hemorróidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência
11 382 -10,1% 4 857 -6,2% 3,9 5,0 11,8 30,2% 0,2% 9 258 -13,2%
Procedimentos em Hérnias Inguino-femurais 21 418 2,7% 10 301 8,7% 3,9 6,0 10,6 29,5% -3,2% 16 299 -6,3%
Procedimentos em Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada e outras lesões da pele benignas e malignas sem intenção curativa
47 664 -6,8% 12 646 -10,9% 3,2 3,1 10,0 24,7% -5,5% 39 742 -5,6%
Procedimentos em Obesidade 2 024 5,0% 1 766 10,4% 6,7 10,7 16,6 56,1% -3,5% 1 609 1,8%
Procedimentos em Ossos, tecidos moles e articulações
95 602 -1,4% 47 767 4,0% 4,7 6,1 14,8 40,2% -2,6% 70 754 -4,5%
Procedimentos em Outras doenças da cabeça e pescoço
23 908 -4,9% 7 509 2,3% 4,5 3,8 14,9 40,1% 6,7% 19 204 -6,6%
Procedimentos em Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago)
48 175 -6,9% 15 699 -0,3% 3,5 3,9 11,9 33,5% 0,7% 38 685 -8,1%
Procedimentos em Outras doenças da região torácica
883 -10,1% 209 34,0% 4,9 3,0 11,3 46,4% 24,6% 747 -11,7%
Procedimentos em Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho
23 991 -0,5% 8 428 -6,4% 2,8 4,1 7,9 17,5% -4,2% 19 841 2,7%
Procedimentos em Varizes dos membros inferiores
14 268 -8,7% 8 643 -2,2% 4,0 7,1 11,3 32,7% -0,4% 10 328 -20,8%
Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos
17 886 -3,0% 4 465 -0,3% 3,6 3,0 12,8 32,7% 0,4% 14 555 -4,2%
Procedimentos (em/no/para) Abdominal e pélvico 312 183 1,9 17,3 4,6 1,1% 481
Procedimentos (em/no/para) Administração 2 687 661 1,3 3,9 2,3 1,2% 2 480
Procedimentos (em/no/para) Amígdalas e adenóides outro
171 135 3,2 46,3 6,0 6,7% 93
Procedimentos (em/no/para) Amigdalectomia com adenoidectomia
342 258 1,8 45,5 4,2 0,8% 690
Procedimentos (em/no/para) Anûs e esfincteres 104 58 1,5 15,5 4,2 0,0% 160
Procedimentos (em/no/para) Artérias da cabeça e pescoço
60 23 2,1 7,5 2,9 26,1% 44
Procedimentos (em/no/para) Artérias do tronco 96 30 1,4 5,5 3,4 20,0% 76
Procedimentos (em/no/para) Artérias dos membros
232 39 1,1 2,4 2,5 20,5% 171
Procedimentos (em/no/para) Artérias intracraneanas
10 2 1,0 3,0 1,1 0,0% 9
Procedimentos (em/no/para) Artérias outras 31 4 0,8 1,8 1,1 0,0% 17
Procedimentos (em/no/para) Artroscopia joelho e anca
36 24 1,3 24,0 2,2 0,0% 79
Procedimentos (em/no/para) Assistencia extracorporal
1 0 0,0 1
Procedimentos (em/no/para) Baço 7 3 0,6 9,0 1,4 0,0% 4
Procedimentos (em/no/para) Bexiga 256 133 1,8 13,0 3,6 3,8% 225
Procedimentos (em/no/para) Cabeça 1 0 0,0 5
Procedimentos (em/no/para) Calectomia 33 14 1,6 9,3 3,1 0,0% 139
ANEXOS
326 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Especialidade Entradas
Var. Entradas
2018-2017
LIC Var. LIC
2018-2017
Mediana do TE da LIC
(meses)
Tempo resolução
LIC (meses)
Percentil 90 do TE da
LIC (meses)
% LIC >TMRG*
Var. % LIC
>TMRG 2018-2017
Operados
Var. Operados
2018-2017
Procedimentos (em/no/para) Carina e brônquios 5 1 2,2 3,0 2,2 0,0% 3
Procedimentos (em/no/para) Cavidade craneana 6 3 1,5 12,0 2,3 0,0% 2
Procedimentos (em/no/para) Cavidade oral, faringe, laringe e mandíbula NCOP/outros
16 5 1,2 5,5 3,4 0,0% 12
Procedimentos (em/no/para) Cavidade oral, Faringe, Laringe NCOP/outros
9 4 4,3 9,6 5,7 25,0% 3
Procedimentos (em/no/para) Cavidade oral, inclui úvula
193 105 1,3 14,3 2,9 1,9% 148
Procedimentos (em/no/para) Circuncisão 63 43 1,3 25,8 2,9 0,0% 186
Procedimentos (em/no/para) Colecistectmia laparoscópica ou aberta
390 226 1,8 16,7 4,1 0,4% 856
Procedimentos (em/no/para) Coração 16 5 2,0 5,5 3,8 0,0% 13
Procedimentos (em/no/para) Córnea, câmara anterior e cristalino
4 703 2 192 1,5 10,6 3,0 0,9% 4 702
Procedimentos (em/no/para) Coronárias 198 81 1,8 9,1 4,6 9,9% 108
Procedimentos (em/no/para) Dentes 415 263 1,5 21,2 2,7 1,1% 359
Procedimentos (em/no/para) Diafragma 8 6 3,1 36,0 4,2 0,0% 11
Procedimentos (em/no/para) Epiplon, mesentério, peritoneu
8 1 3,9 1,7 3,9 100,0% 6
Procedimentos (em/no/para) Esclerótica, coróide, íris
23 4 0,9 2,5 1,8 0,0% 24
Procedimentos (em/no/para) Escroto, testículos e canais
312 190 1,7 19,3 4,0 1,1% 357
Procedimentos (em/no/para) Esófago e estômago 139 86 1,9 19,5 4,1 0,0% 106
Procedimentos (em/no/para) Excisão/destruição de lesão no útero ou cérvix
398 108 1,4 4,5 2,6 1,9% 302
Procedimentos (em/no/para) Face 7 4 2,0 16,0 2,6 0,0% 11
Procedimentos (em/no/para) Facoemulsificação com e sem prótese
1 011 429 1,4 8,8 2,3 0,2% 1 480
Procedimentos (em/no/para) Faringe (oro) inclui epiglote
16 11 1,6 26,4 3,5 0,0% 6
Procedimentos (em/no/para) Fígado, ductos hepáticos
3 1 0,5 6,0 0,5 0,0% 3
Procedimentos (em/no/para) Glândula NCOP/outras
1 0 0,0 1
Procedimentos (em/no/para) Glândulas adrenais 4 3 2,5 36,0 2,5 0,0% 2
Procedimentos (em/no/para) Glândulas intracraneanas
10 6 0,9 18,0 1,9 0,0% 7
Procedimentos (em/no/para) Glândulas salivares NOS
2 2 2,7 4,0 0,0%
Procedimentos (em/no/para) Grandes vasos 34 10 2,3 5,2 3,1 10,0% 26
Procedimentos (em/no/para) Histeroscopia 294 91 1,2 5,4 3,4 8,8% 222
Procedimentos (em/no/para) Imagiologia 60 16 1,1 4,4 2,0 0,0% 71
Procedimentos (em/no/para) Intestino 141 62 1,6 9,4 4,6 0,0% 115
Procedimentos (em/no/para) Lábio 59 38 1,6 22,8 4,4 0,0% 37
Procedimentos (em/no/para) Larige (inclui corda vocal)
118 49 1,5 9,3 4,7 2,0% 99
Procedimentos (em/no/para) Libertação de túnel cárpico
426 165 1,3 7,6 2,9 0,0% 596
Procedimentos (em/no/para) Linfático cabeça e pescoço e timo
21 4 1,2 2,8 1,7 0,0% 11
Procedimentos (em/no/para) Linfático membros 13 12 3,4 144,0 4,7 0,0% 1
Procedimentos (em/no/para) Linfático tronco 8 3 2,3 7,2 2,9 0,0% 6
Procedimentos (em/no/para) Linfáticos axilares 10 3 1,0 5,1 2,0 0,0% 6
Procedimentos (em/no/para) Linfáticos inguinais 7 0 0,0 7
Procedimentos (em/no/para) Mama e mamilos 570 359 2,2 21,1 4,6 1,4% 722
Procedimentos (em/no/para) Med. Física de reabilitação e audiologia
19 4 1,4 3,2 4,1 0,0% 15
Procedimentos (em/no/para) Medicina Nuclear 1 1 2,5 2,5 0,0%
Procedimentos (em/no/para) Medula espinhal 89 64 1,4 30,7 3,2 1,6% 119
Procedimentos (em/no/para) Membros inferiores 255 142 1,8 15,2 4,2 0,7% 259
ANEXOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE
RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 327
Especialidade Entradas
Var. Entradas
2018-2017
LIC Var. LIC
2018-2017
Mediana do TE da LIC
(meses)
Tempo resolução
LIC (meses)
Percentil 90 do TE da
LIC (meses)
% LIC >TMRG*
Var. % LIC
>TMRG 2018-2017
Operados
Var. Operados
2018-2017
Procedimentos (em/no/para) Membros superiores 64 20 1,4 5,5 3,4 0,0% 57
Procedimentos (em/no/para) Miringotomia com insercao de tubo
205 101 1,6 12,8 3,6 1,0% 241
Procedimentos (em/no/para) Monitorização 2 1 1,4 12,0 1,4 0,0% 1
Procedimentos (em/no/para) Músculos e tendões da cabeça e pescoço
2 1 1,3 12,0 1,3 0,0% 4
Procedimentos (em/no/para) Músculos e tendões do tronco e pelve
4 3 1,8 36,0 1,8 0,0% 16
Procedimentos (em/no/para) Músculos e tendões dos membros inclui ombro e quadril
195 104 1,8 14,0 4,1 1,0% 314
Procedimentos (em/no/para) músculos e tendões NCOP/outros
7 6 1,5 72,0 3,5 0,0% 1
Procedimentos (em/no/para) Músculos orais e faríngeos
1 1 5,8 5,8 0,0%
Procedimentos (em/no/para) Nariz 219 150 2,3 27,3 5,4 2,0% 231
Procedimentos (em/no/para) Nervos cabeça e pescoço
11 5 3,3 10,0 3,5 0,0% 9
Procedimentos (em/no/para) Nervos do tronco 157 124 1,5 51,3 3,4 1,6% 101
Procedimentos (em/no/para) Nervos dos membros 236 125 1,5 13,6 3,2 0,8% 199
Procedimentos (em/no/para) Novas tecnologias 18 12 2,1 24,0 2,7 0,0% 8
Procedimentos (em/no/para) Olho NCOP/outra 117 48 1,3 8,3 2,3 2,1% 149
Procedimentos (em/no/para) Ossos base crâneo e órbita
6 2 5,6 6,0 5,6 0,0% 8
Procedimentos (em/no/para) Ossos do crâneo 17 6 1,3 6,5 2,8 0,0% 15
Procedimentos (em/no/para) Ossos do tronco 20 11 2,3 14,7 4,6 0,0% 18
Procedimentos (em/no/para) Ossos dos membros inclui cintura escapular e quadril
2 362 1 307 1,8 14,9 4,6 2,1% 3 178
Procedimentos (em/no/para) Ossos e articulações da face e pescoço
45 24 2,7 18,0 6,0 12,5% 26
Procedimentos (em/no/para) Ossos, articulações, cápsula e ligamentos NCOP/outro
28 6 0,6 3,4 3,2 0,0% 17
Procedimentos (em/no/para) Outras glândulas salivares (exceto parótida)
28 19 1,6 25,3 3,2 0,0% 23
Procedimentos (em/no/para) Outros Procedimentos
20 8 2,0 8,0 2,6 0,0% 11
Procedimentos (em/no/para) Ouvido médio, mastóide, ouvido interno, trompas de eustáquio
131 91 2,5 33,1 4,7 2,2% 97
Procedimentos (em/no/para) Ouvido, pavilhão auricular e canal auditivo externo
162 119 2,3 35,7 4,9 2,5% 124
Procedimentos (em/no/para) Ovários e trompas 439 151 1,7 6,3 4,3 3,3% 380
Procedimentos (em/no/para) Pálpebras, conjuntiva, glândula e ducto lacrimal
575 319 1,9 15,2 4,0 0,3% 633
Procedimentos (em/no/para) Pâncreas, ductos e ampola de Vater
2 2 1,3 1,3 0,0%
Procedimentos (em/no/para) Paratiróide 24 20 1,4 60,0 2,6 0,0% 16
Procedimentos (em/no/para) Pares craneanos 9 6 1,3 24,0 2,9 0,0% 11
Procedimentos (em/no/para) Parótida 12 8 3,0 24,0 3,6 0,0% 8
Procedimentos (em/no/para) Pele , subcutâneo e fáscia dos membros excepto exerése
167 60 1,4 6,7 2,6 3,3% 222
Procedimentos (em/no/para) Pele , subcutâneo e fáscia dos membros exerése
270 140 1,8 13,1 4,6 0,7% 339
Procedimentos (em/no/para) Pele, subcutâneo e fáscia da Cabeça e pescoço excepto exerése
161 76 1,5 10,7 4,0 0,0% 129
Procedimentos (em/no/para) Pele, subcutâneo e fáscia da Cabeça e pescoço exerése
422 275 1,8 23,4 4,6 0,4% 248
Procedimentos (em/no/para) Pele, subcutâneo e fáscia do tronco e pelve excepto exerése
458 181 1,6 7,9 3,8 1,7% 534
Procedimentos (em/no/para) Pele, subcutâneo e fáscia do tronco e pelve exerése
451 254 1,8 15,6 3,9 0,4% 574
Procedimentos (em/no/para) Pele, subcutâneo e fáscia NCOP/outro
19 10 1,0 13,3 2,5 0,0% 10
Procedimentos (em/no/para) Pénis 509 303 2,1 17,7 4,0 0,0% 373
Procedimentos (em/no/para) Pensos e outros procedimentos
9 3 2,4 6,0 2,5 0,0% 4
Procedimentos (em/no/para) Pescoço 10 3 3,6 5,1 5,4 0,0% 13
Procedimentos (em/no/para) Pleura 28 7 0,8 4,0 1,3 0,0% 17
Procedimentos (em/no/para) Procedimentos maxilares
89 67 1,5 36,5 2,5 1,5% 50
ANEXOS
328 RELATÓRIO ANUAL DO ACESSO 2018 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Especialidade Entradas
Var. Entradas
2018-2017
LIC Var. LIC
2018-2017
Mediana do TE da LIC
(meses)
Tempo resolução
LIC (meses)
Percentil 90 do TE da
LIC (meses)
% LIC >TMRG*
Var. % LIC
>TMRG 2018-2017
Operados
Var. Operados
2018-2017
Procedimentos (em/no/para) Procedimentos nas articulações intervertebrais do tronco
137 93 1,8 25,4 4,6 4,3% 195
Procedimentos (em/no/para) Procedimentos obstétricos
37 1 0,1 0,3 0,1 0,0% 44
Procedimentos (em/no/para) Procedimentos Osteopáticos
2 1 2,8 12,0 2,8 0,0% 1
Procedimentos (em/no/para) Procedimentos Quireopáticos
1 0 0,0 1
Procedimentos (em/no/para) Próstata e vesículas seminais
20 15 2,0 45,0 3,8 6,7% 29
Procedimentos (em/no/para) Prostatectomia 207 141 1,9 26,0 4,6 0,7% 246
Procedimentos (em/no/para) Pulmões 50 6 1,1 1,6 2,7 16,7% 52
Procedimentos (em/no/para) Recessão transuretral de tecidos
22 11 2,1 12,0 2,8 9,1% 26
Procedimentos (em/no/para) Reparação de hérnias da parede abdominal
324 218 2,3 25,2 4,6 0,5% 494
Procedimentos (em/no/para) Reparação de hérnias inguinofemurais
685 387 1,6 15,8 3,6 0,5% 1 383
Procedimentos (em/no/para) Retina 458 144 0,9 5,5 2,5 1,4% 330
Procedimentos (em/no/para) Rim e Ureteres 187 107 1,6 16,9 3,8 15,0% 127
Procedimentos (em/no/para) Seios 125 89 1,6 38,1 4,6 1,1% 124
Procedimentos (em/no/para) Septoplastia 365 258 2,5 31,9 4,7 0,4% 426
Procedimentos (em/no/para) Sistema nervoso central- Orgãos intracraneanos
120 30 1,2 4,0 2,5 6,7% 97
Procedimentos (em/no/para) Substituição total da anca
158 98 1,8 19,6 4,6 0,0% 545
Procedimentos (em/no/para) Substituição total do Joelho
303 218 1,5 31,5 4,6 0,5% 501
Procedimentos (em/no/para) Tímpano 88 54 2,3 20,9 5,4 5,6% 121
Procedimentos (em/no/para) Tiróide 198 120 1,8 18,9 3,0 3,3% 273
Procedimentos (em/no/para) Tórax, trato respiratório, cavidade pleural e mediastino
20 6 1,5 5,1 3,5 0,0% 25
Procedimentos (em/no/para) Traqueia 34 3 2,8 1,2 4,1 0,0% 25
Procedimentos (em/no/para) Trato Gasto-intestinal sup NOS
5 3 1,8 18,0 4,6 0,0% 2
Procedimentos (em/no/para) Trato gastrointestinal 1 0 0,0 1
Procedimentos (em/no/para) Trato genito urinário 10 7 3,7 28,0 5,5 28,6% 6
Procedimentos (em/no/para) Turbinectomia 153 59 1,3 7,5 3,5 0,0% 221
Procedimentos (em/no/para) Ureteres e uretra 465 244 1,5 13,6 3,6 7,4% 394
Procedimentos (em/no/para) Útero 553 237 1,8 9,0 3,9 2,5% 580
Procedimentos (em/no/para) Vagina 119 66 2,3 15,2 4,6 0,0% 93
Procedimentos (em/no/para) Válvulas cardíacas 347 174 1,9 12,5 4,1 2,9% 179
Procedimentos (em/no/para) Veias cabeça e pescoço
11 2 1,8 2,7 2,6 0,0% 8
Procedimentos (em/no/para) Veias membros 1 267 932 2,0 34,3 4,9 2,0% 1 518
Procedimentos (em/no/para) Veias NCOP/outras 414 202 1,9 11,4 5,7 5,4% 284
Procedimentos (em/no/para) Veias tronco 74 41 1,4 14,9 4,1 0,0% 198
Procedimentos (em/no/para) Vértebras cervicais 98 59 2,0 18,2 5,3 1,7% 63
Procedimentos (em/no/para) Vértebras dorsais, lombares, sagradas
221 125 2,2 15,6 4,7 3,2% 336
Procedimentos (em/no/para) Vesícula e vias biliares
144 91 2,2 20,6 4,4 1,1% 135
Procedimentos (em/no/para) Vítreo 202 53 1,3 4,3 3,8 0,0% 192
Total 654 215 238 801 3,6 4,5 11,5 30,1% 548 937
*De acordo com a Portaria n.º153/2017, de 4 de maio
Fonte: ACSS