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Relatório da Emigração
2017
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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ÍNDICE SINTÉTICO
Nota introdutória .............................................................................................................. 24
1 Emigração total e indicadores de enquadramento ..................................................... 26
2 Emigração para os principais países de destino, 2017 ................................................ 55
3 Emigração para os principais países de destino, séries cronológicas 2000-2017 .......... 77
4 As remessas dos emigrantes 2017 ........................................................................... 262
5 Língua e cultura no Camões I.P. .............................................................................. 273
6 Questões sociais, cívicas e jurídicas ......................................................................... 307
7 Apoio ao associativismo ......................................................................................... 330
8 Questões laborais – campanha “trabalhar no estrangeiro” ...................................... 339
9 Conselho das Comunidades Portuguesas -CCP ......................................................... 347
10 Estruturas de apoio da DGACCP .............................................................................. 349
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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ÍNDICE
Índice de quadros ........................................................................................................................ 10
Índice de gráficos ........................................................................................................................ 14
Índice de mapas .......................................................................................................................... 18
Nota técnica sobre os capítulos 1 a 3.......................................................................................... 19
Enquadramento e fontes ............................................................................................................ 23
Nota introdutória .............................................................................................................. 24
1 Emigração total e indicadores de enquadramento ..................................................... 26
1.1 Destaques ......................................................................................................................... 27
1.2 Dados sobre a emigração portuguesa (Eurostat) ............................................................. 31
1.3 Indicadores de contexto ................................................................................................... 34
1.4 Emigração total ................................................................................................................. 37
1.5 Comparação internacional ................................................................................................ 47
2 Emigração para os principais países de destino, 2017 ................................................ 55
2.1 Dados de síntese ............................................................................................................... 56
2.2 Fluxos de saída .................................................................................................................. 60
2.3 População emigrada ......................................................................................................... 65
2.4 Nacionalidade ................................................................................................................... 69
3 Emigração para os principais países de destino, séries cronológicas 2000-2017 .......... 77
3.1 Alemanha .......................................................................................................................... 78
3.1.1 Entradas de portugueses na Alemanha ................................................................ 78
3.1.2 Portugueses residentes na Alemanha .................................................................. 81
3.1.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses na Alemanha ............................... 84
3.2 Angola ............................................................................................................................... 87
3.2.1 Entradas de portugueses em Angola .................................................................... 87
3.2.2 Portugueses residentes em Angola ...................................................................... 90
3.2.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses em Angola ................................... 90
3.3 Austrália ............................................................................................................................ 91
3.3.1 Entradas de portugueses na Austrália .................................................................. 91
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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3.3.2 Portugueses residentes na Austrália .................................................................... 94
3.3.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses na Austrália ................................. 97
3.4 Áustria ............................................................................................................................. 100
3.4.1 Entradas de portugueses na Áustria ................................................................... 100
3.4.2 Portugueses residentes na Áustria ..................................................................... 103
3.4.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses na Áustria .................................. 106
3.5 Bélgica ............................................................................................................................. 109
3.5.1 Entradas de portugueses na Bélgica ................................................................... 109
3.5.2 Portugueses residentes na Bélgica ..................................................................... 112
3.5.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses na Bélgica .................................. 115
3.6 Brasil ................................................................................................................................ 118
3.6.1 Entradas de portugueses no Brasil ..................................................................... 118
3.6.2 Portugueses residentes no Brasil ....................................................................... 121
3.6.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses no Brasil .................................... 124
3.7 Cabo Verde ...................................................................................................................... 125
3.7.1 Entradas de portugueses em Cabo Verde .......................................................... 125
3.7.2 Portugueses residentes em Cabo Verde ............................................................ 125
3.7.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses em Cabo Verde ......................... 128
3.8 Canadá ............................................................................................................................ 129
3.8.1 Entradas de portugueses no Canadá .................................................................. 129
3.8.2 Portugueses residentes no Canadá .................................................................... 132
3.8.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses no Canadá ................................. 135
3.9 Dinamarca ....................................................................................................................... 138
3.9.1 Entradas de portugueses na Dinamarca ............................................................. 138
3.9.2 Portugueses residentes na Dinamarca ............................................................... 141
3.9.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses na Dinamarca ............................ 144
3.10 Espanha ........................................................................................................................... 147
3.10.1 Entradas de portugueses em Espanha ............................................................... 147
3.10.2 Portugueses residentes em Espanha .................................................................. 150
3.10.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses em Espanha .............................. 153
3.11 Estados Unidos da América............................................................................................. 156
3.11.1 Entradas de portugueses nos EUA...................................................................... 156
3.11.2 Portugueses residentes nos EUA ........................................................................ 159
3.11.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses nos EUA..................................... 162
3.12 França .............................................................................................................................. 165
3.12.1 Entradas de portugueses em França .................................................................. 165
3.12.2 Portugueses residentes em França .................................................................... 169
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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3.12.3 Aquisições de nacionalidade em França ............................................................. 172
3.13 Holanda (Países Baixos) .................................................................................................. 175
3.13.1 Entradas de portugueses na Holanda ................................................................. 175
3.13.2 Portugueses residentes na Holanda ................................................................... 178
3.13.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses na Holanda ................................ 181
3.14 Irlanda ............................................................................................................................. 184
3.14.1 Entradas de portugueses na Irlanda ................................................................... 184
3.14.2 Portugueses residentes na Irlanda ..................................................................... 187
3.14.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses na Irlanda .................................. 190
3.15 Itália ................................................................................................................................ 193
3.15.1 Entradas de portugueses em Itália ..................................................................... 193
3.15.2 Portugueses residentes em Itália ....................................................................... 196
3.15.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses em Itália .................................... 199
3.16 Luxemburgo .................................................................................................................... 202
3.16.1 Entradas de portugueses no Luxemburgo .......................................................... 202
3.16.2 Portugueses residentes no Luxemburgo ............................................................ 205
3.16.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses no Luxemburgo ......................... 208
3.17 Macau (China) ................................................................................................................. 211
3.17.1 Entradas de portugueses em Macau (China) ..................................................... 211
3.17.2 Portugueses residentes em Macau (China) ........................................................ 214
3.17.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses em Macau (China) .................... 217
3.18 Moçambique ................................................................................................................... 218
3.18.1 Entradas de portugueses em Moçambique ....................................................... 218
3.18.2 Portugueses residentes em Moçambique .......................................................... 221
3.18.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses em Moçambique ...................... 221
3.19 Noruega........................................................................................................................... 222
3.19.1 Entradas de portugueses na Noruega ................................................................ 222
3.19.2 Portugueses residentes na Noruega................................................................... 225
3.19.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses na Noruega ............................... 228
3.20 Reino Unido..................................................................................................................... 231
3.20.1 Entradas de portugueses no Reino Unido .......................................................... 231
3.20.2 Portugueses residentes no Reino Unido ............................................................ 234
3.20.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses no Reino Unido ......................... 237
3.21 Suécia .............................................................................................................................. 240
3.21.1 Entradas de portugueses na Suécia .................................................................... 240
3.21.2 Portugueses residentes na Suécia ...................................................................... 243
3.21.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses na Suécia ................................... 246
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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3.22 Suíça ................................................................................................................................ 249
3.22.1 Entradas de portugueses na Suíça ...................................................................... 249
3.22.2 Portugueses residentes na Suíça ........................................................................ 252
3.22.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses na Suíça ..................................... 255
3.23 Venezuela ........................................................................................................................ 258
3.23.1 Entradas de portugueses na Venezuela ............................................................. 258
3.23.2 Portugueses residentes na Venezuela ................................................................ 258
3.23.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses na Venezuela ............................ 261
4 As remessas dos emigrantes 2017 ........................................................................... 262
4.1 Remessas recebidas ........................................................................................................ 263
5 LÍNGUA E CULTURA NO CAMÕES I.P. ...................................................................... 273
5.1.1 Para a internacionalização da Língua e da Cultura Portuguesa — Objetivos e
resultados ........................................................................................................... 275
5.1.2 Programas, orçamento e execução .................................................................... 276
5.1.3 Macro eixos de ação na internacionalização da Língua e Cultura Portuguesas . 277
5.2 CONTEÚDOS, CREDITAÇÃO, CERTIFICAÇÃO E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO ........... 278
5.2.1 Conteúdos ........................................................................................................... 278
5.2.1.1 Referencial de Português Língua Estrangeira (PLE) ............................................ 278
5.2.1.2 Mapeamento das relações matriciais do público escolar com a língua e cultura
portuguesas 279
5.2.1.3 Diferenciação dos públicos escolares das diásporas: adequação de metodologias
de ensino da língua portuguesa ................................................................................................ 280
5.2.2 Creditação ........................................................................................................... 283
5.2.2.1 Inclusão da língua portuguesa nos sistemas de línguas de entrada ao ensino
superior dos EUA, designado Scholastic Assessment Test ........................................................ 283
5.2.3 Certificação ......................................................................................................... 284
5.2.3.1 Certificação de proficiência PLE — Público infanto-juvenil ................................ 284
5.2.3.2 Certificação de proficiência PLE — Público adulto ............................................. 285
5.2.3.3 Certificação de proficiência PLH — Público infanto-juvenil ............................... 285
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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Quadro Certificação PLH .................................................................................................. 286
5.3 LÍNGUA E CULTURA PORTUGUESAS — Ensino / Formação, Investigação / Conhecimento
....................................................................................................................................... 289
5.3.1 Língua Portuguesa — Integração curricular ....................................................... 289
5.3.2 Ensino e Formação ............................................................................................. 289
5.3.2.1 Ensino Básico e Secundário — “Português Língua de Herança” ........................ 293
5.4 INVESTIGAÇÃO E CONHECIMENTO ................................................................................. 296
5.4.1 Investigação ........................................................................................................ 296
5.4.2 Conhecimento .................................................................................................... 298
5.4.2.1 Repositório “Biblioteca Digital Camões” ............................................................ 298
Objetos digitais publicados em 2017 ................................................................................ 299
5.5 AÇÃO CULTURAL EXTERNA ............................................................................................. 300
5.5.1 Parcerias e Plataformas internacionais .............................................................. 300
5.5.2 Conteúdos culturais para itinerância.................................................................. 302
5.5.2.1 Exposições .......................................................................................................... 302
5.5.2.2 Livro de Ciência, Ensaio e Literatura ................................................................... 302
5.5.3 Celebrações ........................................................................................................ 303
5.5.3.1 Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas .......................... 303
5.5.3.2 Dia da Língua Portuguesa e Cultura da CPLP, 5 de maio .................................... 303
5.5.4 Cultura e Criatividade ......................................................................................... 303
5.5.4.1 América do Norte ............................................................................................... 303
5.5.4.2 Europa ................................................................................................................. 304
5.5.5 Cultura e Desenvolvimento ................................................................................ 304
5.5.5.1 Espaço CPLP ........................................................................................................ 304
5.5.5.2 Espaço Ibero-Americano..................................................................................... 305
5.5.5.3 Espaços do Magrebe e Médio Oriente ............................................................... 305
5.5.5.4 Espaço da África Subsariana ............................................................................... 305
5.5.5.5 Espaço Asiático e Oceânia .................................................................................. 305
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
8 [380]
6 QUESTÕES SOCIAIS, CÍVICAS E JURÍDICAS ................................................................ 307
6.1 Detidos Portugueses no Estrangeiro ............................................................................... 308
6.2 DEPORTADOS/EXPULSOS ................................................................................................ 310
6.2.1 Enquadramento .................................................................................................. 310
6.2.2 Dados estatísticos ............................................................................................... 310
Distribuição expulsos/deportados da EUROPA e Resto do mundo, 2017 ................................ 311
6.2.2.1 Europa ................................................................................................................. 311
6.2.2.2 Reino Unido ........................................................................................................ 312
6.2.2.3 Resto do mundo ................................................................................................. 313
6.2.2.4 Estados Unidos da América ................................................................................ 314
6.2.3 Canadá ................................................................................................................ 317
6.3 Repatriações ................................................................................................................... 320
6.4 APOIOS SOCIAIS (ASIC-CP/ASEC-CP) ............................................................................... 322
6.4.1 Apoio Social a Idosos Carenciados das Comunidades Portuguesas - ASIC-CP ... 322
6.4.2 Apoio Social a Emigrantes Carenciados das Comunidades Portuguesas - ASEC-CP
............................................................................................................................ 323
6.5 Apoios sociais e sanitários - Dados estatísticos .............................................................. 325
6.6 Luso-Eleitos ..................................................................................................................... 326
Fonte: DGACCP/EMI ........................................................................................................ 327
6.7 Recenseamento Eleitoral ................................................................................................ 328
7 APOIO AO ASSOCIATIVISMO ................................................................................... 330
8 QUESTÕES LABORAIS – CAMPANHA “TRABALHAR NO ESTRANGEIRO” ..................... 339
8.1 Enquadramento .............................................................................................................. 340
8.2 Atividades desenvolvidas pela DGACCP/EMI .................................................................. 340
8.2.1 Atendimentos efetuados pela DGACCP/EMI ...................................................... 341
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
9 [380]
8.3 Saídas de portugueses para o estrangeiro ...................................................................... 343
8.4 Exploração laboral/incumprimento contratual .............................................................. 345
9 Conselho das Comunidades Portuguesas -CCP ......................................................... 347
10 ESTRUTURAS DE APOIO DA DGACCP ....................................................................... 349
10.1 Portal das Comunidades Portuguesas ............................................................................ 350
10.2 Gabinete de Emergência Consular (GEC) ........................................................................ 351
10.2.1 OCORRÊNCIAS EXTRAORDINÁRIAS - CASOS DE EMERGÊNCIA CONSULAR ........ 351
10.3 Gabinetes de Apoio ao Emigrante (GAE) ........................................................................ 359
10.4 Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora (GAID) .................................................... 360
10.5 A REDE CONSULAR .......................................................................................................... 361
10.5.1 Uma visão global da rede consular ..................................................................... 361
10.5.2 Permanências Consulares ................................................................................... 362
10.5.3 Receita Consular ................................................................................................. 363
Metadata ................................................................................................................................... 365
Referências bibliográficas ......................................................................................................... 377
Sitografia ................................................................................................................................... 379
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1.1 Indicadores sociais de contexto, 2017 ou último ano disponível ..................... 35
Quadro 1.2 Indicadores migratórios de contexto, 2017 ou último ano disponível ............. 36
Quadro 1.3 Estimativa das saídas totais de emigrantes portugueses, 2001-2017 .............. 40
Quadro 1.4 Estimativa do número total de emigrantes portugueses (stock): nascidos
em Portugal a residir no estrangeiro, por continente, 1990-2017 ................... 42
Quadro 1.5 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos,
indicadores sociodemográficos, 2000/01 e 2010/11 ........................................ 44
Quadro 1.6 Comparação internacional: número de emigrantes (stock), principais
países de origem, 2017 ...................................................................................... 49
Quadro 1.7 Comparação internacional: taxa de emigração (stock), principais países
de origem, 2017 ................................................................................................. 51
Quadro 1.8 Comparação internacional: taxas de emigração e de imigração nos
países da UE, 2017 ............................................................................................. 53
Quadro 2.1 Principais indicadores da emigração portuguesa, 2017 ou último ano
disponível........................................................................................................... 57
Quadro 2.2 Entradas de portugueses, principais países de destino da emigração,
2017 ou último ano disponível .......................................................................... 62
Quadro 2.3 Nascidos em Portugal residentes no estrangeiro, principais países de
destino da emigração, 2017 ou último ano disponível ..................................... 66
Quadro 2.4 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes no estrangeiro,
principais países de destino da emigração, 2017 ou último ano
disponível........................................................................................................... 71
Quadro 2.5 Residentes no estrangeiro com nacionalidade portuguesa, principais
países de destino da emigração, 2017 ou último ano disponível ..................... 73
Quadro 2.6 Registos consulares de portugueses residentes no estrangeiro, principais
países de destino da emigração, 2017 .............................................................. 75
Quadro 3.1 Entradas de portugueses na Alemanha, 2000-2017 ......................................... 79
Quadro 3.2 Nascidos em Portugal residentes na Alemanha, 2000-2017 ............................. 82
Quadro 3.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Alemanha,
2000-2017 .......................................................................................................... 85
Quadro 3.4 Entradas de portugueses em Angola, 2000-2017 ............................................. 88
Quadro 3.5 Entradas de portugueses na Austrália, 2000-2017 ........................................... 92
Quadro 3.6 Nascidos em Portugal residentes na Austrália, 2000-2017 ............................... 95
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
11 [380]
Quadro 3.7 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Austrália,
2000-2017 .......................................................................................................... 98
Quadro 3.8 Entradas de portugueses na Áustria, 2000-2017 ............................................ 101
Quadro 3.9 Nascidos em Portugal residentes na Áustria, 2000-2017 ................................ 104
Quadro 3.10 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Áustria,
2000-2017 ........................................................................................................ 107
Quadro 3.11 Entradas de portugueses na Bélgica, 2000-2017 ............................................ 110
Quadro 3.12 Nascidos em Portugal residentes na Bélgica, 2000-2017 ................................ 113
Quadro 3.13 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Bélgica,
2000-2017 ........................................................................................................ 116
Quadro 3.14 Entradas de portugueses no Brasil, 2000-2017 ............................................... 119
Quadro 3.15 Nascidos em Portugal residentes no Brasil, 2000-2017 .................................. 122
Quadro 3.16 Nascidos em Portugal residentes em Cabo Verde, 2000-2017 ....................... 126
Quadro 3.17 Entradas de portugueses no Canadá, 2000-2017............................................ 130
Quadro 3.18 Nascidos em Portugal residentes no Canadá, 2000-2017 ............................... 133
Quadro 3.19 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes no Canadá,
2000-2017 ........................................................................................................ 136
Quadro 3.20 Entradas de portugueses na Dinamarca, 2000-2017 ...................................... 139
Quadro 3.21 Nascidos em Portugal residentes na Dinamarca, 2000-2017 .......................... 142
Quadro 3.22 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Dinamarca,
2000-2017 ........................................................................................................ 145
Quadro 3.23 Entradas de portugueses em Espanha, 2000-2017 ......................................... 148
Quadro 3.24 Nascidos em Portugal residentes em Espanha, 2000-2017 ............................ 151
Quadro 3.25 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes em Espanha,
2000-2017 ........................................................................................................ 154
Quadro 3.26 Entradas de portugueses nos EUA, 2000-2017 ............................................... 157
Quadro 3.27 Nascidos em Portugal residentes nos EUA, 2000-2017................................... 160
Quadro 3.28 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes nos EUA,
2000-2017 ....................................................................................................... 163
Quadro 3.29 Entradas de portugueses em França, 2000-2017 ............................................ 167
Quadro 3.30 Nascidos em Portugal residentes em França, 2000-2017 ............................... 170
Quadro 3.31 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes em França,
2000-2017 ........................................................................................................ 173
Quadro 3.32 Entradas de portugueses na Holanda, 2000-2017 .......................................... 176
Quadro 3.33 Nascidos em Portugal residentes na Holanda, 2000-2017 .............................. 179
Quadro 3.34 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Holanda,
2000-2017 ........................................................................................................ 182
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
12 [380]
Quadro 3.35 Entradas de portugueses na Irlanda, 2000-2017 ............................................ 185
Quadro 3.36 Nascidos em Portugal residentes na Irlanda, 2000-2017 ................................ 188
Quadro 3.37 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Irlanda,
2000-2017 ........................................................................................................ 191
Quadro 3.38 Entradas de portugueses em Itália, 2000-2017 ............................................... 194
Quadro 3.39 Nascidos em Portugal residentes em Itália, 2000-2017 .................................. 197
Quadro 3.40 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes em Itália, 2000-
2017 ................................................................................................................. 200
Quadro 3.41 Entradas de portugueses no Luxemburgo, 2000-2017 ................................... 203
Quadro 3.42 Nascidos em Portugal residentes no Luxemburgo, 2000-2017 ....................... 206
Quadro 3.43 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes no
Luxemburgo, 2000-2017.................................................................................. 209
Quadro 3.44 Entradas de portugueses em Macau (China), 2000-2017 ............................... 212
Quadro 3.45 Nascidos em Portugal residentes em Macau (China), 2000-2017 .................. 215
Quadro 3.46 Entradas de portugueses em Moçambique, 2000-2017 ................................. 219
Quadro 3.47 Entradas de portugueses na Noruega, 2000-2017 .......................................... 223
Quadro 3.48 Nascidos em Portugal residentes na Noruega, 2000-2017 ............................. 226
Quadro 3.49 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Noruega,
2000-2017 ........................................................................................................ 229
Quadro 3.50 Entradas de portugueses no Reino Unido, 2000-2017 .................................... 232
Quadro 3.51 Nascidos em Portugal residentes no Reino Unido, 2000-2017 ....................... 235
Quadro 3.52 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes no Reino Unido,
2000-2017 ........................................................................................................ 238
Quadro 3.53 Entradas de portugueses na Suécia, 2000-2017 ............................................. 241
Quadro 3.54 Nascidos em Portugal residentes na Suécia, 2000-2017 ................................. 244
Quadro 3.55 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Suécia,
2000-2017 ........................................................................................................ 247
Quadro 3.56 Entradas de portugueses na Suíça, 2000-2017 ............................................... 250
Quadro 3.57 Nascidos em Portugal residentes na Suíça, 2000-2017 ................................... 253
Quadro 3.58 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Suíça, 2000-
2017 ................................................................................................................. 256
Quadro 3.59 Nascidos em Portugal residentes na Venezuela, 2000-2017 .......................... 259
Quadro 4.1 Remessas recebidas em Portugal por país de origem das transferências,
milhares de euros, 2017 .................................................................................. 264
Quadro 4.2 Remessas recebidas em Portugal, principais países de origem das
transferências, 2017 ........................................................................................ 264
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
13 [380]
Quadro 4.3 Comparação entre a evolução das remessas recebidas em Portugal e a
evolução do PIB, 1996-2017 ............................................................................ 265
Quadro 4.4 Evolução das remessas recebidas em Portugal, principais países de
origem das transferências, 2002-2017 ............................................................ 267
Quadro 4.5 Remessas mundiais de emigrantes, principais países de destino das
transferências, valor em milhares de dólares e em percentagem do PIB,
2017 ................................................................................................................. 267
Quadro 4.6 Evolução das remessas - UE (2007 a 2017) ………………………………………………….268
Quadro 4.7 Ranking 20 a nível mundial…………………………………………………………………………..269
Quadro 4.8 Ranking - outros países………………………………………………………………………………..271
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
14 [380]
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1.1 Estimativa das saídas totais de emigrantes portugueses, 2001-2017 .............. 41
Gráfico 1.2 Estimativa do número total de emigrantes portugueses (stock): nascidos
em Portugal a residir no estrangeiro, por continente, 1990-2017 ................... 43
Gráfico 1.3 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos,
por grupo etário, 2000/01 e 2010/11 ............................................................... 45
Gráfico 1.4 Nascidos em Portugal residentes em países da OCDE, 15 e mais anos,
por grau de instrução, 2000/01 e 2010/11 ....................................................... 46
Gráfico 1.5 Comparação internacional: número de emigrantes (stock), principais
países de origem, 2017 ...................................................................................... 50
Gráfico 1.6 Comparação internacional: taxa de emigração (stock), principais países
de origem, 2017 ................................................................................................. 52
Gráfico 1.7 Comparação internacional: taxas de emigração e de imigração nos
países da UE, 2017 ............................................................................................. 54
Gráfico 2.1 Entradas de portugueses, principais países de destino da emigração,
2017 ou último ano disponível .......................................................................... 63
Gráfico 2.2 Entradas de portugueses em percentagem das entradas de estrangeiros,
principais países de destino da emigração, 2017 ou último ano
disponível........................................................................................................... 64
Gráfico 2.3 Nascidos em Portugal residentes no estrangeiro, principais países de
destino da emigração, 2017 ou último ano disponível ..................................... 67
Gráfico 2.4 Nascidos em Portugal residentes no estrangeiro em percentagem da
população nascida no estrangeiro, principais países de destino da
emigração, 2017 ou último ano disponível ....................................................... 68
Gráfico 2.5 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes no estrangeiro,
principais países de destino da emigração, 2017 ou último ano
disponível........................................................................................................... 72
Gráfico 2.6 Residentes no estrangeiro com nacionalidade portuguesa, principais
países de destino, 2017 ou último ano disponível ............................................ 74
Gráfico 2.7 Registos consulares de portugueses residentes no estrangeiro, principais
países de destino da emigração, 2017 .............................................................. 76
Gráfico 3.1 Entradas de portugueses na Alemanha, 2000-2017 ......................................... 80
Gráfico 3.2 Nascidos em Portugal residentes na Alemanha, 2000-2017 ............................. 83
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
15 [380]
Gráfico 3.3 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Alemanha,
2000-2017 .......................................................................................................... 86
Gráfico 3.4 Entradas de portugueses em Angola, 2013-2017 ............................................. 89
Gráfico 3.5 Entradas de portugueses na Austrália, 2004-2017 ........................................... 93
Gráfico 3.6 Nascidos em Portugal residentes na Austrália, 2000-2016 ............................... 96
Gráfico 3.7 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Austrália,
2005-2016 .......................................................................................................... 99
Gráfico 3.8 Entradas de portugueses na Áustria, 2002-2017 ............................................ 102
Gráfico 3.9 Nascidos em Portugal residentes na Áustria, 2002-2017 ................................ 105
Gráfico 3.10 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Áustria,
2000-2017 ........................................................................................................ 108
Gráfico 3.11 Entradas de portugueses na Bélgica, 2000-2016 ............................................ 111
Gráfico 3.12 Nascidos em Portugal residentes na Bélgica, 2001-2017 ................................ 114
Gráfico 3.13 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Bélgica,
2000-2016 ........................................................................................................ 117
Gráfico 3.14 Entradas de portugueses no Brasil, 2004-2015 ............................................... 120
Gráfico 3.15 Nascidos em Portugal residentes no Brasil, 2000 e 2010................................ 123
Gráfico 3.16 Nascidos em Portugal residentes em Cabo Verde, 2000, 2010 e 2013........... 127
Gráfico 3.17 Entradas de portugueses no Canadá, 2000-2016............................................ 131
Gráfico 3.18 Nascidos em Portugal residentes no Canadá, 2001, 2006, 2011 e 2016 ........ 134
Gráfico 3.19 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes no Canadá,
2000-2016 ........................................................................................................ 137
Gráfico 3.20 Entradas de portugueses na Dinamarca, 2000-2017 ...................................... 140
Gráfico 3.21 Nascidos em Portugal residentes na Dinamarca, 2000-2017 .......................... 143
Gráfico 3.22 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Dinamarca,
2000-2017 ........................................................................................................ 146
Gráfico 3.23 Entradas de portugueses em Espanha, 2000-2017 ......................................... 149
Gráfico 3.24 Nascidos em Portugal residentes em Espanha, 2000-2017 ............................ 152
Gráfico 3.25 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes em Espanha,
2000-2017 ........................................................................................................ 155
Gráfico 3.26 Entradas de portugueses nos EUA, 2000-2016 ............................................... 158
Gráfico 3.27 Nascidos em Portugal residentes nos EUA, 2000-2016................................... 161
Gráfico 3.28 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes nos EUA, 2000-
2016 ................................................................................................................. 164
Gráfico 3.29 Entradas de portugueses em França, 2012-2014 ............................................ 168
Gráfico 3.30 Nascidos em Portugal residentes em França, 2005-2015 ............................... 171
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
16 [380]
Gráfico 3.31 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes em França,
2000-2016 ........................................................................................................ 174
Gráfico 3.32 Entradas de portugueses na Holanda, 2000-2017 .......................................... 177
Gráfico 3.33 Nascidos em Portugal residentes na Holanda, 2000-2017 .............................. 180
Gráfico 3.34 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Holanda,
2000-2017 ........................................................................................................ 183
Gráfico 3.35 Entradas de portugueses na Irlanda, 2006-2015 ............................................ 186
Gráfico 3.36 Nascidos em Portugal residentes na Irlanda, 2002, 2006, 2011, 2013 e
2016 ................................................................................................................. 189
Gráfico 3.37 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Irlanda,
2005-2016 ........................................................................................................ 192
Gráfico 3.38 Entradas de portugueses em Itália, 2002-2016 ............................................... 195
Gráfico 3.39 Nascidos em Portugal residentes em Itália, 2008-2016 .................................. 198
Gráfico 3.40 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes em Itália, 2008-
2016 ................................................................................................................. 201
Gráfico 3.41 Entradas de portugueses no Luxemburgo, 2000-2017 ................................... 204
Gráfico 3.42 Nascidos em Portugal residentes no Luxemburgo, 2001, 2011 e 2017 .......... 207
Gráfico 3.43 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes no
Luxemburgo, 2000-2017.................................................................................. 210
Gráfico 3.44 Entradas de portugueses em Macau (China), 2007-2017 ............................... 213
Gráfico 3.45 Nascidos em Portugal residentes em Macau (China), 2001, 2006, 2011 e
2016 ................................................................................................................. 216
Gráfico 3.46 Entradas de portugueses em Moçambique, 2011-2016 ................................. 220
Gráfico 3.47 Entradas de portugueses na Noruega, 2001-2017 .......................................... 224
Gráfico 3.48 Nascidos em Portugal residentes na Noruega, 2000-2017 ............................. 227
Gráfico 3.49 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Noruega,
2000-2017 ........................................................................................................ 230
Gráfico 3.50 Entradas de portugueses no Reino Unido, 2000-2017 .................................... 233
Gráfico 3.51 Nascidos em Portugal residentes no Reino Unido, 2000-2017 ....................... 236
Gráfico 3.52 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes no Reino Unido,
2000-2017 ........................................................................................................ 239
Gráfico 3.53 Entradas de portugueses na Suécia, 2000-2017 ............................................. 242
Gráfico 3.54 Nascidos em Portugal residentes na Suécia, 2000-2017 ................................. 245
Gráfico 3.55 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Suécia,
2000-2017 ........................................................................................................ 248
Gráfico 3.56 Entradas de portugueses na Suíça, 2000-2017 ............................................... 251
Gráfico 3.57 Nascidos em Portugal residentes na Suíça, 2000-2017 ................................... 254
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
17 [380]
Gráfico 3.58 Aquisições de nacionalidade por portugueses residentes na Suíça, 2000-
2017 ................................................................................................................. 257
Gráfico 3.59 Nascidos em Portugal residentes na Venezuela, 2001 e 2011 ........................ 260
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
18 [380]
ÍNDICE DE MAPAS
Mapa 2.1 Entradas de portugueses, principais países de destino da emigração,
2017 ou último ano disponível .......................................................................... 58
Mapa 2.2 Nascidos em Portugal residentes no estrangeiro, principais países de
destino da emigração, 2017 ou último ano disponível ..................................... 59
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
19 [380]
NOTA TÉCNICA SOBRE OS CAPÍTULOS 1 A 3
Ano de referência
Nos capítulos 1 a 3 analisam-se dados e estimativas referentes a 2017, ou último ano
disponível. Em regra, esses dados foram ficando disponíveis ao longo de 2018, embora haja
países de destino para os quais essa disponibilidade só se concretizará em 2019 ou depois de
28 de setembro do corrente ano, data final de atualização dos valores agora divulgados
e analisados. Por isso, ao longo deste relatório é sempre devidamente assinalado o ano de
referência de cada valor usado.
Dados sobre os fluxos de saída de Portugal (fluxos de emigração)
Devido ao direito de saída do país de residência, em regra não há registos administrativos de
saídas (emigração) mas apenas de entradas (imigração). Estimar e caracterizar a emigração de
um país requer pois que se compilem os dados sobre a entrada e permanência dos emigrantes
nos países de destino. Os dados que o Observatório da Emigração recolhe, divulga e analisa
são pois os dados que obtém junto das instituições responsáveis pelas estatísticas da
imigração nos países de destino da emigração portuguesa. Os dados sobre entradas, muitas
vezes classificados como “estatísticas espelho” quando usados para medir a emigração, não
correspondem perfeitamente aos dados sobre saídas, pois incluem ainda a re-emigração a
partir de países de destino anteriores. Constituem, no entanto, a melhor proxy disponível para
medir a emigração em termos de fluxo.
Dados sobre a população residente no estrangeiro (stock de emigrantes)
Os censos são normalmente decenais, em alguns casos quinquenais, e constituem o método
mais fiável para contar uma população porque incidem sobre o universo dos residentes e
presentes num país e não sobre uma amostra destes. Os valores anuais sobre o número de
imigrantes residentes num dado país são, geralmente, ou estimativas demográficas calculadas
com base nos dados sobre o movimento da população, ou estimativas obtidas através de
inquéritos amostrais. Para quase todos os países, os últimos censos realizados foram os de
2000/01 e os de 2010/11. Assim, os valores disponíveis entre 2000/01 e 2010/11, ou depois
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
20 [380]
desta data são, em regra, estimativas. Nem todos os países estimam anualmente dados sobre
a população emigrada por país de nascimento, pelo que, nesses casos, os únicos dados fiáveis
disponíveis sobre o stock de emigrados são os dados do último censo.
Notação
Usa-se, neste relatório, a notação anglo-saxónica dos números. Desta forma, os milhares são
separados por vírgulas (##,###,###) e as casas decimais por pontos (##.#). Facilita-se, deste
modo, a consulta internacional do relatório e evitam-se incongruências com as fontes
estatísticas mais utilizadas neste domínio.
Nos quadros, os dados não disponíveis estão assinalados com o uso de dois pontos
consecutivos (..).
Siglas
EFTA European Free Trade Association (Associação Europeia de Comércio Livre)
UE União Europeia
OCDE Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico
PALOP Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
Códigos ISO dos países
AGO Angola
AUS Austrália
AUT Áustria
BEL Bélgica
BRA Brasil
CAN Canadá
CPV Cabo Verde
CHE Suíça
DEU Alemanha
DNK Dinamarca
ESP Espanha
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
21 [380]
FRA França
GBR Reino Unido
IRL Irlanda
ITA Itália
LUX Luxemburgo
MAC Macau (China)
MOZ Moçambique
NLD Holanda (Países Baixos)
NOR Noruega
SWE Suécia
USA Estados Unidos da América
VEN Venezuela
Definições básicas
Aquisição de nacionalidade: ato pelo qual alguém com o estatuto de estrangeiro adquire a
nacionalidade do país em que reside, por naturalização ou outra modalidade (como, por
exemplo, por efeito do casamento com um nacional do país em que está emigrado).
Emigrante: o indivíduo que nasceu num país e foi viver para um outro por um período de, pelo
menos, doze meses, ou que se espera vir a ser de, pelo menos, doze meses (de acordo
com as Nações Unidas). O indicador mais frequentemente usado para mediar a
emigração é o da naturalidade, considerando-se emigrante quem reside num país
diferente daquele em que nasceu. Assim, serão emigrantes portugueses os residentes
num país estrangeiro que nasceram em Portugal.
Entradas (emigração/imigração): portugueses que foram viver para um país estrangeiro e
trabalharam ou viveram aí por um período de, pelo menos, doze meses, ou que se
espera vir a ser de, pelo menos, doze meses, sendo contabilizado o ano em que
chegaram (se continuarem a residir deixam de ser classificados como “entrada” e, no
ano seguinte, passam a “residentes”). Nas estatísticas, este conceito corresponde ao
fluxo de entrada (inflow). No presente relatório, corresponde aos portugueses que
saíram (emigração, outflow) e deram entrada num país estrangeiro, passando aí a ser
considerados imigrantes.
Nacionais residentes no estrangeiro: cidadãos de um país a residir noutro país com o estatuto
de estrangeiro, independentemente de terem ou não nascido no país da sua
nacionalidade de origem.
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
22 [380]
Remessas de emigrantes: transferências correntes efetuadas por emigrantes quando são
considerados residentes da economia onde trabalham. Podem ser medidas em termos
nominais, na moeda do país de destino, ou em função do seu peso económico, em
percentagem do PIB do país de destino.
Residentes no estrangeiro ou emigrados: os nascidos num país que residem num país
estrangeiro por um período de, pelo menos, doze meses, ou que se espera vir a ser de,
pelo menos, doze meses, independentemente de quando aí chegaram. Nas estatísticas
este conceito corresponde ao stock por país de nascimento, ou população emigrada.
Referências: para um glossário mais completo sobre o tema das migrações, ver, por exemplo,
o Glossário de Migração e Asilo da Comissão Europeia publicado pela Rede Europeia das
Migrações [LINK]. Para um manual prático muito útil sobre as questões metodológicas e
técnicas envolvidas na recolha e tratamento das estatísticas sobre as migrações internacionais,
ver United Nations Economic Commission for Europe (2011) [LINK]. Para uma sistematização
dos indicadores e definições usadas neste Relatório, ver ainda a secção sobre dados no sítio
eletrónico do Observatório [LINK].
http://ec.europa.eu/dgs/home-affairs/what-we-do/networks/european_migration_network/glossary/index_a_en.htmhttp://www.unece.org/index.php?id=27236http://observatorioemigracao.pt/np4/Dados/
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
23 [380]
ENQUADRAMENTO E FONTES
A Resolução da Assembleia da República n.º 84/2013 estabelece a obrigatoriedade de
elaboração e apresentação de um relatório anual sobre emigração, do qual conste informação
relativa ao número de cidadãos que saem do país, os países de destino dos emigrantes
portugueses, a caracterização socioeconómica, designadamente escolar e académica, e
geográfica dos emigrantes portugueses, a identificação e a caracterização das estruturas e das
respostas consulares de apoio aos emigrantes em cada um dos países de destino, a
identificação e a caracterização das estruturas formais e informais de apoio aos emigrantes em
cada um dos países de destino, assim como a situação laboral, social e económica em que se
encontram os emigrantes portugueses.
A estrutura seguida para a elaboração do Relatório de Emigração de 2017, teve por base a
informação solicitada na referida Resolução, complementada com informação que decorre da
atividade da Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas
(DGACCP), que tem por missão assegurar a efetividade e a continuidade da ação do Ministério
dos Negócios Estrangeiros (MNE) nos domínios da atividade consular desenvolvida nos
serviços periféricos externos e da realização da proteção consular, bem como na coordenação
e execução da política de apoio à emigração e às comunidades portuguesas no estrangeiro. O
Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (CICL) participa também, no âmbito das suas
atribuições, designadamente na vertente do Ensino do Português no Estrangeiro e na vertente
da promoção da cultura Portuguesa.
A elaboração do presente Relatório de Emigração teve por base dados da DGACCP, da rede
externa do MNE e de outras fontes públicas e privadas, nacionais e internacionais,
devidamente identificadas no presente documento.
Por último, o relatório contém ainda informação trabalhada pelo Observatório da Emigração,
um centro de investigação do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, que expõe à luz da
ciência o fenómeno migratório português.
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
24 [380]
NOTA INTRODUTÓRIA
Este Relatório reflete, à semelhança de anos transatos, o trabalho efetuado em prol das nossas
Comunidades e do Ensino da Língua Portuguesa, durante o ano de 2017, pela Direção-Geral
dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP) e pelo Camões – Instituto
da Cooperação e da Língua, I. P. do Ministério dos Negócios Estrangeiros mas também os
estudos realizados pelo Observatório da Emigração, do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa,
que realizou o levantamento dos dados estatísticos referentes à emigração portuguesa no ano
de 2017. Do ponto de vista formal, o Relatório da Emigração dá cumprimento ao previsto na
Resolução da Assembleia da República n.º 84/2013, de 20 de junho, que estabelece a
obrigatoriedade de elaboração e apresentação de um relatório anual sobre emigração.
Nesta nota inicial, não posso deixar de transmitir uma palavra de particular agradecimento ao
Embaixador Júlio Vilela, Diretor-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades
Portuguesas e ao Presidente do Conselho Diretivo do Camões – Instituto da Cooperação e da
Língua, I. P., Embaixador Luís Faro Ramos. Este reconhecimento é, naturalmente, extensivo a
todos aqueles que dedicaram o seu tempo a trabalhar pelos e para os Portugueses, onde quer
que estes se encontram, em mais de 170 países espalhados pelo Mundo. Este esforço, global e
coordenado, é também empreendido pelos Serviços da Secretária-Geral, do Departamento
Geral de Administração, do Instituto Diplomático e por toda a equipa do Ministério dos
Negócios Estrangeiros.
Aproximando-se a data do arranque das comemorações do V Centenário da Viagem de
Circum-Navegação de Fernão de Magalhães (2019-2022), momento em que a partida de um
português do seu país tornou o Mundo verdadeiramente global, e sendo este o ano em que o
português António Vitorino foi eleito como novo Diretor-Geral da Organização Internacional
das Migrações (OIM), as matérias relacionadas com as migrações estão, cada vez mais, no
centro das análises internacionais e das discussões internas. Importa, por isso, conhecer bem
os dados e os factos.
O presente Relatório constitui um documento estatístico e analítico da nossa Emigração
durante o ano de 2017, procurando, sempre que possível, identificar tendências, assinalar
padrões e trazer pistas para cenários futuros. A DGACCP, com um trabalho diário assente na
forma cuidada e humana como zela pela execução da política de apoio à emigração e às
Comunidades Portuguesas, traz ao Relatório um contributo valioso, reforçado pelo seu
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
25 [380]
profundo conhecimento da realidade; complementado, no caso presente, pelo
profissionalismo e rigor do Observatório da Emigração, do ISCTE-Instituto Universitário de
Lisboa, a quem agradeço na pessoa do Professor Doutor Rui Pena Pires e sua equipa.
Como é sabido, não sendo de mais reforçar essa ideia, o trabalho desenvolvido nesta área é
um trabalho colaborativo, em rede, com a participação de diversas instituições do Estado – e
aqui merece especial atenção toda a nossa rede diplomática e consular, com as Regiões
Autónomas dos Açores e da Madeira, com as Autarquias e com Associações, em particular as
dos Portugueses residentes no estrangeiro, pelo seu contínuo e importante trabalho de
proximidade no acompanhamento dos nossos cidadãos.
Merecem também uma justa referência os Deputados à Assembleia da República eleitos pelos
círculos da emigração que exerceram funções durante o ano de 2017, cuja voz ativa e trabalho
em prol das Comunidades Portuguesas quero aqui destacar.
Bem haja.
O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
José Luís Carneiro
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
26 [380]
1 EMIGRAÇÃO TOTAL E INDICADORES DE ENQUADRAMENTO
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
27 [380]
1.1 DESTAQUES
01. A emigração portuguesa continua numa tendência de descida sustentada. Com os dados
disponíveis a 28 de setembro deste ano, a emigração permanente terá atingido, em 2017, um
valor da ordem das 90 mil saídas. Problemas técnicos com as estatísticas de entradas de
migrantes em alguns dos principais países de destino da emigração portuguesa,
nomeadamente em França e na Alemanha, poderão, quando resolvidos, traduzir-se numa
ligeira correção dos valores da emigração desde 2015, com uma eventual revisão em alta dos
valores de 2015 e 2016, e em baixa do valor agora estimado para 2017. A descida observada
está fortemente correlacionada com a retoma da economia portuguesa, sobretudo no plano
da criação de emprego,1 bem como com a redução da atração de países de destino como o
Reino Unido, devido ao efeito Brexit, e Angola, devido à crise económica desencadeada com a
desvalorização dos preços do petróleo. No curto prazo, a primeira poderá agravar-se e a
segunda estabilizar ou mesmo recuperar. De qualquer forma, e a não ser que problemas deste
tipo nos principais destinos se multipliquem ou acentuem bruscamente, deverá manter-se a
tendência para uma redução da emigração mais lenta do que a subida registada nos anos mais
agudos da crise, bem como para uma posterior estabilização em patamar superior ao do
período pré-crise. Como já se referia no Relatório de 2016, criaram-se ou ampliaram-se, no
período mais forte da crise, redes migratórias ligando Portugal a vários países de destino. Ora,
uma vez “estabelecidas, estas redes permitem que o processo de migração se torne
autossustentado e impermeável a alterações de curto prazo nos incentivos económicos”
(Portes, 1999: 27).
02. Analisando a evolução das entradas de portugueses nos principais países de destino em
2017, assinale-se não só a continuação como a importante acentuação da retração da
emigração para o Reino Unido, ainda, no entanto, o principal destino da emigração
portuguesa, a uma muito grande distância dos outros destinos mais relevantes: de 2016 para
2017, o número de entradas de portugueses naquele país teve uma quebra de 26%, cinco
vezes superior à ocorrida no ano anterior (5%). Evolução semelhante tiveram os fluxos
migratórios para o Reino Unido com origem em Espanha, França e Itália, convergência que só
pode ser explicada por mudanças no destino, no caso os efeitos de insegurança introduzidos
pelo Brexit.2 Com a mesma amplitude relativa, mas com valores absolutos inferiores,
destaque-se ainda a redução da emigração para Angola, com uma queda de 24% entre 2016 e
1 Sobre as relações entre emigração, imigração e taxas de emprego e desemprego, no caso português, ver Pires,
Pereira e Azevedo (2018).
2 Sobre este efeito Brexit ver Vidigal e Pires (2018).
-
RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
28 [380]
2017 (ainda assim, apenas metade da queda observada no ano anterior). Pelo quarto ano
consecutivo manteve-se a tendência de diminuição da emigração para a Suíça (-9%), ainda que
menos acentuada do que em anos anteriores, bem como, num patamar muito mais baixo de
valores absolutos, para a Austrália e Noruega. Em contraciclo com a tendência geral de descida
destaca-se a emigração para Espanha, a crescer sustentadamente desde 2014: entre 2016 e
2017 aumentou 18%, depois de no ano anterior já ter crescido 15%. Tendências de
crescimento menos acentuadas e envolvendo valores absolutos muito baixos foram também
observadas na emigração para os EUA, Islândia e Suécia. Devido a alterações e correções nas
estatísticas alemãs e francesas é neste momento difícil medir com rigor a evolução recente da
emigração para dois dos principais destinos da emigração portuguesa, que no entanto deverá
estar em franca redução no caso francês.
03. Embora em 2017 a emigração portuguesa para o Reino Unido represente apenas dois
terços do valor a que chegou em 2015, este país continua a ser o destino para onde emigram
mais portugueses: 23 mil em 2017. Seguem-se, como principais destinos dos fluxos, com
valores em torno das dez mil entradas de portugueses, a Alemanha, França, Suíça e Espanha.
Fora da Europa, os principais países de destino da emigração portuguesa integram o espaço
da CPLP: Angola (3 mil, em 2017), Moçambique (mil, em 2016) e Brasil (mil em 2015).
Analisando estes fluxos a partir do seu impacto no destino, verifica-se que os portugueses,
tal como registado no ano anterior, continuam a representar uma parte importante das
novas entradas no Luxemburgo (14% em 2017), em Macau (6.5% em 2017) e na Suíça (6.3%
em 2017). Em 2017, os portugueses foram a segunda nacionalidade mais representada entre
os novos emigrantes entrados no Luxemburgo, a quarta na Suíça e em França (valores de
2016), e a sétima no Reino Unido.
04. Em termos de stock, e de acordo com as novas estimativas das Nações Unidas relativas a
31 de dezembro de 2017, Portugal continua a ser, em termos acumulados, o país da União
Europeia com mais emigrantes em proporção da população residente (considerando apenas os
países com mais de um milhão de habitantes). De acordo com aquelas estimativas, o número
de emigrantes nascidos em Portugal era um pouco inferior aos dois milhões e trezentos mil,
valor ligeiramente menor do que o estimado pela mesma fonte em 2015. A diferença não se
traduziu, no entanto, no valor da taxa de emigração, continuando a viver fora do país cerca de
22% dos portugueses. Reforçaram-se, no entanto, quer a tendência para uma maior
concentração da emigração na Europa, quer para uma acentuada perda de importância
relativa dos países americanos como destino alternativo. Em contrapartida, cresceu a
proporção de emigrantes portugueses estabelecidos em África (ainda que se mantenha
minoritária). Refletindo o efeito acumulado desta reorientação dos fluxos e da sua
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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intensificação nas últimas décadas, a percentagem de portugueses a viver na Europa passou de
53%, em 1990, para 62%, em 2015, e 66%, em 2017, de acordo com as estimativas das Nações
Unidas já referidas.3
05. A França continua a ser o país do mundo onde vive um maior número de emigrantes
nascidos em Portugal: mais de 615 mil em 2014, último ano para o qual há informação oficial
disponível. Ainda com mais de 100 mil emigrantes portugueses residentes encontramos, por
ordem decrescente, a Suíça (220 mil em 2017), os EUA (148 mil em 2014), o Canadá (143 mil
em 2016), o Reino Unido (139 mil, em 2017), o Brasil (138 mil, em 2010) e a Alemanha (123
mil, em 2017) e a Espanha (100 mil, em 2016). Na Suíça, o valor do stock de portugueses
diminuiu pela primeira vez desde 2000, ainda que ligeiramente (-1%).4 Em Espanha, a retoma
da emigração continua a não ser suficiente para compensar o número anual de saídas por
retorno ou re-emigração que se seguiu à crise de 2008, embora, entre 2016 e 2017, a
diminuição relativa do número de portugueses que aí viviam se tivesse ficado pelos -3.8%, a
menor redução observada desde 2013.
06. Não há dados novos sobre a composição sociodemográfica da população portuguesa
emigrada. Como já foi assinalado em relatórios anteriores, e de acordo com os dados
disponíveis para o conjunto dos países da OCDE, relativos aos censos de 2000/01 e 2010/11, a
população portuguesa emigrada encontra-se em envelhecimento e continua a ser
maioritariamente composta por ativos pouco qualificados, quando caracterizada em termos
globais, já que existem diferenças significativas por país. A tendência para o envelhecimento
resulta do facto de o recente crescimento da emigração ser ainda insuficiente para compensar
a redução dos fluxos de saídas de Portugal verificada entre 1974 e finais do século XX. Em
consequência, o grupo etário dos portugueses emigrados com mais de 64 anos passou,
naqueles países, de 9% para 17%, entre 2001 e 2011. A par com o predomínio de ativos com
baixas e muito baixas qualificações escolares, observa-se também um crescimento significativo
da proporção dos mais qualificados: a percentagem de portugueses emigrados com formação
superior a residir nos países da OCDE praticamente duplicou, passando de 6% para 11%, entre
2001 e 2011, aumento que acompanhou o crescimento do número de ativos com formação
superior na população portuguesa a residir no país. Nos últimos anos, porém, com o maior
3 United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Trends in International Migrant Stock: Migrants by
Destination and Origin, 2017.
4 O valor do stock de emigrantes portugueses na Suíça em 2016, divulgado no Relatório de 2017 do Observatório da
Emigração (216 mil), foi posteriormente corrigido pelas autoridades estatísticas daquele país e fixado em mais de
223 mil. Assim, terá sido em 2017 e não em 2016 que se iniciou a diminuição do número de emigrantes nascidos em
Portugal e residir na Suíça.
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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peso da emigração para o Reino Unido, é provável que o ritmo de qualificação da população
emigrada tenha superado já o da população portuguesa residente no país.
07. Entre 2016 e 2017, o valor nominal das remessas recebidas em Portugal cresceu cerca de
6%, sendo ligeiramente superior a 3,5 mil milhões de euros. No entanto, devido ao
crescimento económico verificado em Portugal no mesmo período, o valor das remessas em
percentagem do PIB manteve-se em 1.8%. Por países, o maior crescimento absoluto foi o das
remessas recebidas da Suíça (cerca de +100 milhões de euros) e o maior crescimento relativo o
das remessas recebidas do Reino Unido (+23%) e de Angola (+19%). O maior decréscimo, tanto
em termos absolutos como relativos, foi o das remessas recebidas de Espanha (-25 milhões de
euros, uma redução de 18% em relação a 2016). Em termos comparados, o peso das remessas
no PIB tem, em Portugal, um valor situado num patamar comum ao das economias mais
desenvolvidas ou de maior porte, num indicador que variava, em 2017, entre os 34%, em
Tonga, e menos de 0.1%, nos EUA.
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1.2 DADOS SOBRE A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA (EUROSTAT)
Desde sempre a emigração tem desempenhado um papel importante e decisivo na estrutura
demográfica e no tecido económico e social do país. O fenómeno migratório é complexo e por
isso de difícil análise. Os dados recolhidos seguem no essencial as recentes estatísticas
constantes do Eurostat e do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo os dados mais recentes do INE saíram do país, em 2017, 81.051 emigrantes. A
informação disponível mostra que a emigração portuguesa tem vindo a diminuir desde 2016,
depois de ter atingido o pico em 2013 e 2014 quando saíram de Portugal mais de 120 mil
portugueses.
Em 2017, verifica-se um abrandamento do decréscimo populacional que se deve à passagem
do saldo migratório para valores positivos (+ 4 886) após seis anos de crescimento migratório
negativo. Este saldo migratório positivo é consequência da emigração (31.753 emigrantes face
a 38.273 estimados para 2016) e do aumento da imigração permanentes (36.639 imigrantes
contra 29.925 em 2016). O INE refere, ainda, que o número estimado de emigrantes
temporários continua a ser superior ao de emigrantes permanentes, situando-se nos 49.298, o
que expressa um decréscimo de 16,3% face ao valor de 2016 (58 878).
De acordo com os dados apresentados pelo Eurostat, em 2017, 3,8% dos cidadãos da União
Europeia (UE) com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos residiam num outro Estado
Membro. O estudo mostra que 13,9% dos portugueses em idade ativa vivia noutro país da
Comunidade Europeia, percentagem que supera largamente a média dos 3,8% e coloca
Portugal entre os países da UE que mais cidadãos têm a trabalhar no espaço comunitário, pelo
que a percentagem de portugueses em idade ativa a residir noutro país Estado Membro
aumentou 2,9% entre 2007 e 2017.
Assim, o Gabinete de Estatística da UE indica Portugal como o quarto país da UE com mais
cidadãos em idade ativa a residir noutro país da Comunidade Europeia, valor apenas superado
pela Roménia (19,7%), Lituânia (15%) e Croácia (14%). Em números absolutos, o número de
cidadãos portugueses em idade ativa a residir nos países da UE era de cerca de 847 700
pessoas. Em sentido inverso, encontra-se a Alemanha (1%), Reino Unido (1,1%), Suécia e
França (ambos com 1,3%).
Segundo o Eurostat, 16,1% dos portugueses que residem no espaço europeu são licenciados, o
que significa um crescimento de 10,5% face ao registado em 2007. No entanto, o número de
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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portugueses licenciados a residir noutro país da UE é muito inferior ao verificado em países
como a França em que dois terços dos cidadãos franceses que vivem noutro Estado Membro
têm educação superior (62,5%) ou a Alemanha (54.5%). O estudo mostra que a maior parte
dos cidadãos da UE que emigram para outro Estado Membro possuem um nível de educação
superior comparativamente aos que permanecem no país de origem com exceção de Portugal,
Bulgária, Croácia, Luxemburgo e, três países do Báltico, Estónia, Lituânia e Letónia. O Eurostat
concluiu que os licenciados dos países que aderiram à UE antes de 2004 (com exceção de
Portugal e Luxemburgo) foram os que mais optaram pela mobilidade face ao resto da
população. A percentagem de pessoas altamente qualificadas entre os cidadãos da UE, em
mobilidade, aumentou de 24,4% para 32,4% nos últimos dez anos.
É importante observar, ainda, o sentido inverso – ou seja, comparar a percentagem de
trabalhadores em mobilidade com baixa qualificação entre os cidadãos da UE. Esta
percentagem diminuiu de 30% em 2007, para 24,1% dez anos depois. No que se refere aos
portugueses, em 2017, representavam cerca de 49,4% em comparação com os 8,2% de
alemães. Assim, assinala-se uma descida de 22% comparativamente com os 71,4% de
trabalhadores portugueses nesta situação em 2007. No ano de 2017, Portugal manteve a
maior percentagem de não qualificados emigrados no espaço europeu, seguido dos búlgaros
(36,3%) e dos gregos (33,4%). Constata-se, portanto, que foram os portugueses menos
qualificados que saíram para trabalhar noutros países europeus.
O Eurostat refere que na maioria dos Estados Membros a taxa de emprego dos cidadãos, em
mobilidade na UE é superior comparativamente com a dos cidadãos que vivem no país de
origem e é também superior à taxa média de emprego da UE (76,1% e 72,1%, uma diferença
de 4,0 pp). Entre os portugueses, 77,8% dos cidadãos a residir noutro Estado Membro tem
emprego comparativamente com os 73,4% da população em Portugal, uma diferença de 4.4
pp. A diferença é mais acentuada entre os gregos (19,5 pp), croatas (16,2 pp), espanhóis (13,4
pp) e italianos (13,3 pp). Esta diferença explica-se pelo facto da taxa de emprego nos países de
destino ser superior à do país de origem. Em sentido inverso encontra-se o Chipre (18,9 pp), a
Islândia (14,5 pp) e o Luxemburgo (13,6 pp) com uma empregabilidade superior no país de
origem. Verifica-se que muitas vezes a saída do país não se prende apenas com a procura de
emprego mas existem muitas outras razões como reagrupamento familiar, continuação do
ensino superior, reforma antecipada e/ou, simplesmente, viver uma experiência num país
diferente.
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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Fontes:
Eurostat. Newsrealease, 28 de maio de 2018 [Disponível online em
]
«EU citizens living in another Member State - statistical overview», [Disponível online
em
]
«Estimativas da população residente em Portugal 2017», Instituto Nacional de Estatística.
[Disponível online em
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui
=315156710&DESTAQUESmodo=2]
http://ec.europa.eu/eurostat/documents/2995521/8926076/3-28052018-AP-EN.pdf/48c473e8-c2c1-4942-b2a4-5761edacda37http://ec.europa.eu/eurostat/documents/2995521/8926076/3-28052018-AP-EN.pdf/48c473e8-c2c1-4942-b2a4-5761edacda37http://ec.europa.eu/eurostat/statisticsexplained/index.php?title=EU_citizens_living_in_another_Member_State_-_statistical_overviewhttp://ec.europa.eu/eurostat/statisticsexplained/index.php?title=EU_citizens_living_in_another_Member_State_-_statistical_overviewhttps://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=315156710&DESTAQUESmodo=2https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=315156710&DESTAQUESmodo=2
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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1.3 INDICADORES DE CONTEXTO
Como se referiu em relatórios anteriores, Portugal apresenta, em termos migratórios, uma
posição semelhante à que ocupa no plano socioeconómico mais geral, ou seja, a de um país de
desenvolvimento intermédio. Dois indicadores apresentados no quadro 1.1 exprimem bem
essa posição: Portugal tem um PIB per capita e um índice de desenvolvimento humano com
valores claramente inferiores ao dos principais países de destino da emigração com origem no
seu território e superiores aos dos principais países de origem dos imigrantes que recebeu nos
últimos 40 anos. No plano do mercado de trabalho a situação é semelhante. Portugal tem uma
taxa de desemprego superior à dos principais países de destino da sua emigração e inferior à
observada nos principais países de origem da sua imigração (com exceção da verificada na
Roménia). Neste plano merece destaque o acentuar do fosso entre as taxas de desemprego
em Portugal e no Brasil. Entre 2015 e 2017, a taxa de desemprego em Portugal baixou,
sucessivamente, de 12.4% para 11.1% e para 8.9%. No Brasil, subiu, no mesmo período, de
6.8% para 11.5% e para 13.3%. A evolução ocorrida será, certamente, um dos fatores da
retoma entretanto verificada da emigração brasileira para Portugal.
[quadros e figuras nas páginas seguintes]
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Quadro 1.1 Indicadores sociais de contexto, 2017 ou último ano disponível
Indicadores Portugal
Três principais países de destino da emigração portuguesa
Três principais países de origem da imigração em Portugal
Reino Unido Suíça Alemanha Brasil Cabo Verde Roménia
Área (1000 km2, 2017) 92.2 243.6 41.3 357.4 8,515.8 4.0 238.4
População (milhões, 2017) 10.3 66.0 8.5 82.7 209.3 0.5 19.6
Densidade populacional (pessoas por km2, 2017) 112.4 272.9 214.2 237.0 25.0 135.6 85.1
População urbana (% do total, 2017) 64.6 83.1 74.1 75.7 86.2 66.8 54.9
Crescimento populacional (% anual, 2017) -0.3 0.6 1.1 0.4 0.8 1.3 -0.6
População com 0-14 anos (% do total, 2017) 13.6 17.7 14.9 13.1 21.7 30.2 15.3
População com 65 e mais anos (% do total, 2017) 21.5 18.5 18.4 21.5 8.6 4.5 17.9
Fecundidade total (nascimentos por mulher, 2016) 1.3 1.8 1.5 1.5 1.7 2.3 1.6
População ativa total (milhões, 2017) 4.8 32.0 4.6 41.7 89.8 0.2 8.7
População ativa com ensino superior (% do total, 2017) 25.9 43.3 40.4 29.2 20.8 10.3 4.9
Desemprego total (% da população ativa total, 2017) 8.9 4.3 4.8 3.8 13.3 10.3 4.9
Desemprego de longa duração (% do desemprego total, 2017) 49.6 25.9 34.6 41.6 .. .. 41.5
Desemprego jovem (15-24 anos, 2017) 23.9 12.1 8.1 6.8 30.2 17.8 18.5
PIB (preços correntes, milhares de milhões de dólares, 2017) 217.6 2,622.4 678.9 3,677.4 2,055.5 1,753.7 211.8
Crescimento do PIB (% anual, 2017) 2.7 1.8 1.1 2.2 1.0 3.9 6.9
PIB per capita (preços correntes, milhares de dólares, 2017) 21.1 39.7 80.2 44.5 9.8 3.2 10.8
Taxa de mortalidade infantil (mortes por 1000 nados-vivos, 2016) 2.9 3.7 3.6 3.2 13.5 18.2 7.7
Número médio de anos de escolaridade (2015) 8.9 13.3 13.4 13.2 7.8 4.8 10.8
Índice de desenvolvimento humano (2015) 0.8 0.9 0.9 0.9 0.8 0.6 0.8
Posição no índice de desenvolvimento humano (2015) 41 16 2 4 79 122 50
Nota Três principais países de emigração (fluxos de saída) e de imigração (fluxos de entrada) nos últimos seis anos (2012-2017). [CV] A percentagem de população ativa com ensino superior corresponde ao ano de 2015.
Fonte Quadro elaborado pelo Observatório da Emigração, valores de World Bank, DataBank, World Development Indicators, atualizado em 28/09/2018, de International Labour Organization (ILO) (para o emprego
e desemprego), e de United Nations Development Programme (UNDP), 2016 Human Development Report (para anos de escolaridade e índice de desenvolvimento humano).
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RELATÓRIO DA EMIGRAÇÃO 2017
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Quadro 1.2 Indicadores migratórios de contexto, 2017 ou último ano disponível
Indicadores Portugal
Três principais países de destino da emigração portuguesa
Três principais países de origem da imigração em Portugal
Reino Unido
Suíça Alemanha Brasil Cabo Verde
Roménia
Número de emigrantes a residir no estrangeiro (milhares, 2017) 2,267 4,921 677 4,208 1,613 227 3,579
Número de emigrantes a residir no estrangeiro em percentagem da população do país de origem (2017) 21.9 7.5 8.0 5.1 0.1 41.5 18.3
Taxa de emigração da população com ensino superior (idade de entrada > 22, %, 2000) 13.1 11.7 6.6 3.2 1.9 55.5 10.2
Número de imigrantes (milhares, 2017) 880 8,842 2,506 12,165 736 15 371
Número de imigrantes em percentagem da população do país de destino (2017) 8.5 13.4 29.5 14.8 0.4 2.8 1.9
Entrada de rem