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FUNDAÇÃO DE APOIO À UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE Relatório de Gestão e Prestação de Contas de 2009
Relatório de Atividades 2009
Fundação de Apoio à Universidade
do Rio Grande
FUNDAÇÃO DE APOIO À UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE Relatório de Gestão 2009
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Sumário INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3 QUEM SOMOS ............................................................................................................. 7 POSIÇÃO DOS PROCESSOS JUDICIAIS DA FAURG EM 31/12/09 ......................... 10 PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO...................................................................... 11 RESSARCIMENTO PELA UTILIZAÇÃO DA ESTRUTURA DA UNIVERSIDADE ...... 12 BENS INCORPORADOS PELA FURG ....................................................................... 13 BOLSAS ...................................................................................................................... 14 BALANÇO PATRIMONIAL ........................................................................................ 15 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ............................................. 16 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 21
FUNDAÇÃO DE APOIO À UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE Relatório de Gestão 2009
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INTRODUÇÃO
A Fundação de Apoio à Universidade do Rio Grande – FAURG foi instituída em
28 de outubro de 1998 com o objetivo básico de apoiar a Universidade Federal do Rio
Grande na consecução de seus objetivos, no âmbito do ensino, da pesquisa e da
extensão. De fato, a FAURG passou a atuar a partir de 1° de outubro de 1999, quando
da escolha dos membros da primeira Diretoria Executiva (Ata n° 01/99). Em 18 de
outubro do mesmo ano foi firmado um Protocolo de Cooperação entre a Universidade e
a Fundação, garantindo o amparo jurídico necessário aos programas e projetos
desenvolvidos pelas cooperadas.
Durante o transcorrer de 2009, a atual Diretoria Executiva da FAURG foi sendo
constituída, e hoje está composta pelo Prof. Alexandre Costa Quintana (Diretor
Executivo), pelo Prof. Walter Nunes Oleiro (Diretor Secretário) e pela Profa. Carla
Teresinha do Amaral Rodrigues (Diretora Tesoureira).
A presente Diretoria Executiva assumiu com a finalidade de dar continuidade no
trabalho desenvolvido na Fundação, principalmente no sentido de manter um bom
atendimento as necessidades dos usuários da Universidade que desenvolvem projetos de
ensino, pesquisa e extensão.
O ano de 2009 foi marcado por um período de ajustes nas rotinas operacionais
da Fundação, derivado das mudanças determinadas pelos órgãos de controle na relação
entre Universidade e Fundação. Dentre essas transformações, destaca-se a exigência de
elaboração de contrato ou convênio para todas as avenças celebradas pela Fundação,
com a obrigatória presença da Universidade como partícipe desses instrumentos. Por
esse motivo, houve a necessidade de alterar o trâmite dos projetos no âmbito interno.
Neste sentido, as Pró-Reitorias de Planejamento e Administração (PROPLAD), de
Graduação (PROGRAD), de Extensão e Cultura (PROEXC) e de Pesquisa e Pós-
Graduação (PROPESP) criaram a Instrução Normativa Conjunta n° 01/2009.
Outro ponto a ser destacado neste ano foi a implantação do novo sistema de
informações da FAURG, o qual permitiu melhorias na qualidade da informação
contábil-financeira dos projetos, além de passar a ser interligado com os registros da
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contabilidade. Assim, a informação contábil dos saldos e movimentos dos projetos
passou a ser mais ágil. Destaca-se, no entanto que o processo de mudança no sistema
exigiu um empenho expressivo dos funcionários da Fundação, do escritório de
contabilidade e da empresa que implantou o sistema, pois foram necessárias várias
atividades em conjunto para atingir o resultado final, que passou a ser percebido a partir
do 3ºquadrimestre deste ano, quando as informações do sistema e da contabilidade
passaram a ser disponibilizadas com mais agilidade.
A atuação dos órgãos de controle (TCU, CGU,...), nos diversos entes públicos
(FINEP, PETROBRÁS, Ministérios,...) que realizam contratos e convênios com a
Fundação, também provocaram reflexos no processo de gestão neste ano, pois as
demandas dos órgãos de controle provocaram mudanças nos processos de elaboração
das prestações de contas dos projetos, passando a ser mais detalhadas e minuciosas,
exigindo demorados momentos de discussão, a fim de adequar a realidade presente as
exigências e mudanças colocadas.
Como já manifestado em oportunidade anterior, não restam dúvidas de que a
melhoria do desempenho da FAURG é tarefa continuada. Acredita-se, todavia, que o
caminho percorrido é mais correto, isto é, de respeito as decisões e anseios da
instituição apoiada, procurando atender suas demandas e expectativas em perfeita
consonância com os objetivos de uma verdadeira fundação de apoio.
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POR QUE APOIAR A FURG
A missão das Universidades é facilmente depreendida da Constituição Federal,
particularmente de seu Art. 207, qual seja, o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e
da extensão de forma indissociável. Muito embora este mesmo artigo preconize ampla
autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e de pessoal, esta,
na prática, não se encontra presente na universidade pública federal. Além disso, a
universidade tem, para o adequado cumprimento de sua missão, que interagir com a
sociedade que, afinal, é a responsável última pela manutenção da instituição pública.
Os membros da sociedade e a universidade pública, todavia, costumam caminhar em
ritmos distintos, o que torna indispensável a existência de mecanismos que confiram
maior agilidade aos processos de interação.
Assim, tornou-se indispensável a busca destes mecanismos, sendo as Fundações
de Apoio, instrumentos hoje indispensáveis, por atenderem de forma mais competente e
ágil o ritmo exigido pelo mundo moderno, em contraste com aquele existente nas
universidades públicas, com processos decisórios colegiados e amarras burocráticas, em
que pese a determinação constitucional.
Foi justamente por entender estas dificuldades que o legislador, por meio da Lei
8.958/1994, dispôs sobre o relacionamento das Instituições Federais de Ensino Superior,
como é o caso da FURG, com Fundações de Apoio, como a FAURG. Tal lei foi
devidamente regulamentada pelo Decreto 5.205/2004. Estas duas normas constituem o
arcabouço legal que sustenta o trabalho desenvolvido pelas Fundações de Apoio em
prol das instituições apoiadas.
Por evidente, excessos existem nestas fundações, como aliás também existem
nas estruturas públicas, como muito bem se depreende das constantes noticias emanadas
sobretudo da sede do poder federal. Isto, todavia, por si só, não é condição para exigir-
se a extinção de todas as formas de governo, mas sim de garantir que se tomem medidas
saneadoras, eliminando aqueles que abusam da sociedade brasileira. De forma similar,
não se deve condenar o trabalho de todas as fundações de apoio e exigir sua extinção,
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mas sim fechar aquelas que não desempenham com seriedade, e em prol da sociedade,
seu destino legalmente estabelecido de apoiadoras do Poder Público.
Neste sentido, a FAURG reafirma seu compromisso de empenhar-se no
atendimento das demandas da FURG, cumprindo e fazendo cumprir todas as normas e
diretrizes emanadas do Poder Público.
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QUEM SOMOS
DIRETORIA EXECUTIVA
ALEXANDRE COSTA QUINTANA – Diretor Executivo WALTER NUNES OLEIRO - Diretor Secretário CARLA TERESINHA DO AMARAL RODRIGUES – Diretor Tesoureiro
CONSELHO DELIBERATIVO - 2009
JOÃO CARLOS BRAHM COUSIN – Presidente ERNESTO LUIZ CASARES PINTO MOZART TAVARES MARTINS FILHO LUIZ EDUARDO MAIA NERY CLEUZA MARIA SOBRAL DIAS DARLENE TORRADA PEREIRA LUIZ BESSOUAT LAURINO ERNESTO LUIZ GOMES ALQUATI CLAUDIO PAZ DE LIMA MARCOS ANTÔNIO SATTE DE AMARANTE SANDRA CRIPPA BRANDÃO CARLOS ALBERTO EIRAS GARCIA ADALTO BIANCHINI DENISE MARIA VARELLA MARTINEZ JOÃO MORENO POMAR SILVANA MARIA BELLÉ ZASSO NELSON LOPES DUARTE FILHO JOAQUIM VAZ ÁTTILA LOUZADA JÚNIOR ADRIANA DORA DA FONSECA ADRIANA KIVANSKI DE SENNA NELSON MONTEIRO RANGEL OSVALDO CASARES PINTO
CONSELHO FISCAL
DAIANE PIAS MACHADO TIARAJÚ ALVES DE FREITAS CLEBER JOEL STEVENS KROETZ
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CORPO TÉCNICO E SUAS ATRIBUIÇÕES
A . Secretaria/Recepção Awdren Ribeiro da Silva (Estagiária) - Atendimento ao público; - - Serviço de Protocolo; - Serviço de Correio; - Emissão de Ofícios e outros tipos de correspondências, inclusive Romaneios para o Escritório de Contabilidade; - Arquivamento de documentos; - Cadastro de credores/devedores no Sistema FAURG;
B. Financeiro/Pessoal Luiz Gonçalves Lucas Alquati Bittencourt - Contas a pagar e a receber; - Concessão de diárias e adiantamento de viagens; - Pagamento de Pessoas físicas e de solicitações de reembolso; - Emissão de Notas Fiscais, Recibos e Faturas; - Controle de entrada de recursos com verificação permanente dos saldos das contas bancárias da FAURG (contas correntes e de aplicação); - Emissão de pagamentos via internet e através de cheques; - Preparação da documentação a ser encaminhada para o Escritório de Contabilidade; - Atendimento aos fornecedores e principalmente aos Coordenadores de Projetos; - Atualização do Sistema FAURG via internet de controle dos Projetos; - Controle de Pessoal (admissão, demissão, férias, folha ponto, dissídios coletivos das categorias de funcionários da FAURG) - Arquivamento e Controle do Livro de Registro de Empregados, PPRA e PPMSO; - Controle através de Planilha por rubrica dos valores disponíveis em Projetos Públicos para gastos com despesas operacionais da FAURG; - Controle da apólice de seguro de vida em grupo dos bolsistas, prestados de serviços autônomos e funcionários e confecção dos recibos individuais para quitação pelo BB; - Controle do Fundo de Reserva com emissão de recibos por Projetos; - Emissão de correspondências, observada a numeração geral da Secretaria/Recepção; - Compilação de informações dos diversos Departamentos com vistas a confecção do Relatório Anual de Atividades; C. Compras Clóvis Veleda (ESANTAR) Guilherme Brandelli Bucco Ana Néles Perazo - Realização de todos os tipos de compras (comuns, convites, tomada de preços, pregão
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eletrônico etc...) - Autorização de passagens aéreas junto a empresa contratada; - Autorização de reservas em hotéis, restaurantes, eventos etc...; D. Prestação de Contas Francini Silveira Rodrigues Taiane L. Gonçalves Ellis Regina Netto Maia - Preparação e confecção de todas as Prestações de contas previstas em convênios e contratos; - Contato permanente com os Coordenadores de Projetos e órgãos financiadores de convênios e contratos que demandam Prestação de Contas; - Implantação e manutenção de sistema de custos por rateio para apuração dos valores destinados a cobrir as despesas operacionais e administrativas da FAURG, a serem lançadas contra Projetos; - Encaminhamento anual da Prestação de Contas da FAURG à Procuradoria das Fundações; - Secretariar as reuniões do Conselho Deliberativo, com a conseqüente emissão das Atas; E. Projetos/Convênios e Contratos/Patrimônio/Bolsas Glória de Zotti - Manter permanentemente organizada as Pastas de cada Projeto existente na FAURG; - Abrir Pastas para Projetos novos, atendendo os dispositivos legais previstos para tal; - Manter devidamente atualizado mapa de controle dos Projetos, compartilhando as informações para os demais Departamentos, referentes a prazos de vencimento, de prestação de contas ...); - Controlar toda a documentação legal da FAURG (certidões negativas, convênios, contratos, termos de cooperação, certificados ...) - Encaminhamento anual da documentação necessária para a Procuradoria das Fundações e CONSUN; - Responsabilizar-se pelas Bolsas concedidas pela FAURG, sistematizando os contratos, documentação necessária, controlando efetividades, providenciando os recibos de pagamentos e emitindo orientações aos Coordenadores de Projetos que possuem bolsistas; - Controle do Patrimônio da FAURG; - Controle de Bens, com a devida emissão de Termos de Doação, de Transmissão de Posse e Propriedade, de Guarda;
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POSIÇÃO DOS PROCESSOS JUDICIAIS DA FAURG EM 31/12/09
Nº do processo: 2006.71.01.005161-8 Autor(es): FURG e FAURG Réu(s): Estado do Rio Grande do Sul Objeto: Isenção de ICMS sobre equipamentos importados. Valor da causa: R$ R$ 52.101,60 Situação em 31/12/2009: ação julgada procedente, com trânsito em julgado; em fase de execução, devendo o Estado do Rio Grande do Sul efetuar o pagamento dos honorários advocatícios dos advogados dos Autores e restituir o valor das custas iniciais suportadas pela FAURG. Nº do processo: 2009.71.01.000306-6 Autor(es): FURG e FAURG Réu(s): Estado do Rio Grande do Sul Objeto: Isenção de ICMS sobre equipamentos importados. Valor da causa: R$ 89.046,00 Situação em 31/12/2009: ação julgada procedente; interposta Apelação pelo Estado do Rio Grande do Sul. Nº do processo: 2009.71.01.001541-0 Autor(es): FURG e FAURG Réu(s): Estado do Rio Grande do Sul Objeto: Isenção de ICMS sobre equipamentos importados. Valor da causa: R$ 115.451,49 Situação em 31/12/2009: concedida antecipação de tutela; processo em fase de instrução. Nº do processo: 2009.71.01.000469-1 Autor(es): FURG e FAURG Réu(s): Estado do Rio Grande do Sul Objeto: Isenção de ICMS sobre equipamentos importados. Valor da causa: R$ 89.354,68 Situação em 31/12/2009: concedida antecipação de tutela; processo em fase de instrução. Nº do processo: 5000124-68.2009.4.04.7101 Autor(es): FURG e FAURG Réu(s): Estado do Rio Grande do Sul Objeto: Isenção de ICMS sobre equipamentos importados. Valor da causa: R$ 499.581,00 Situação em 31/12/2009: concedida antecipação de tutela; processo em fase de instrução.
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PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO
No ano de 2009 a FAURG administrou 212 projetos, sendo 111 derivados de
recursos oriundos de orçamento público e 101 de recursos não previstos em orçamento
público, nestes incluídos aqueles contratados em anos anteriores, que envolveram algum
tipo de ação administrativa no período, inclusive movimentação financeira.
Cabe ainda destacar que alguns projetos, embora encerrados, continuam
contabilmente em aberto e sendo administrados pela Fundação. É o caso dos projetos
públicos que adquiriram equipamentos e outros bens, classificados como bens de
terceiros, que ficam sob a guarda da FAURG até a doação, o que geralmente acontece
cinco anos após o término de vigência dos referidos projetos.
Em 2009 houve um acréscimo no número de projetos administrados pela
FAURG. Tal fato deve-se, principalmente, pelo aumento no número de projetos
derivados de recursos de orçamento público. Mas, considerando que os recursos não
orçamentários, também tiveram crescimento, a conseqüência é o aumento do valor das
receitas da própria FAURG, oriundas da cobrança da Taxa de Administração, bem
como para FURG em função do recurso destinado ao ressarcimento pelo uso da
estrutura da Universidade.
Há que se mencionar que é fundamental acompanhar atentamente este
desenvolvimento ao longo dos próximos anos, uma vez que a manutenção do aumento
de demanda de apoio para projetos derivados de recursos de orçamento público somente
poderá ser efetivado se houver aumento de receita das fontes não orçamentárias. Outra
alternativa, poderá ser o estabelecimento de valores de ressarcimento para projetos
derivados de recursos de orçamento público, uma possibilidade já prevista na legislação
e confirmada pelos auditores do Tribunal de Contas da União que estiveram auditando a
FURG no ano de 2008. Tal possibilidade deverá ser estudada com maiores detalhes no
transcurso do próximo ano.
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RESSARCIMENTO PELA UTILIZAÇÃO DA ESTRUTURA DA
UNIVERSIDADE
A título de ressarcimento pela utilização da infra-estrutura da Universidade, ou
seja, fundamentalmente o valor de 5% autorizado pelo Conselho Departamental da
FURG, a FAURG arrecadou R$ 256.197,34, o que representa um acréscimo de
aproximadamente 45,6 % em relação ao ano anterior. Tal aumento, esta evidentemente
aliado ao aumento do valor de projetos com fontes de recursos não orçamentários
durante o ano de 2009.
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BENS INCORPORADOS PELA FURG
A atividade de apoio que a FAURG empresta à FURG, além de facilitar a
realização de projetos que buscam o desenvolvimento científico e tecnológico e a
qualificação acadêmica da comunidade, também promove um ganho patrimonial
importante para a Instituição, que se materializa na aquisição de novos equipamentos e
na ampliação das suas instalações físicas. Além da FURG, outras instituições públicas
brasileiras foram beneficiadas com a doação de bens adquiridos através de projetos
administrados pela FAURG. Os totais encontram-se a seguir discriminados.
UNIDADE ou INSTITUIÇÃO TOTAL SECIRM / Estação Antártica 52.335,51
C3 500,00 CTI 66.052,30
E. Eng 161.611,70 EDIGRAF 3.462,95
EQA 28.367,45 ESANTAR 867,50
FAMED 16.538,46 ICB 149.675,07
ICEAC 8.356,00 IMEF 28.833,72
IO 120.745,82 Museu 27.509,82
PROEXC 43.511,79 PROGRAD 22.182,80 PROPESP 52.880,00
Reitoria 32.036,16 SEAD 88.337,04
TOTAL 903.804,09 Obs.: Há que se esclarecer que os bens incorporados ao patrimônio de instituições outras que não a FURG advém de projetos interinstitucionais realizados usualmente sob a coordenação desta, sendo por esta razão os recursos administrados pela FAURG. Salienta-se que o total expressivo de bens doados à FURG reflete o claro desejo
de que a fundação cumpre de forma inequívoca sua missão de apoio à Universidade.
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BOLSAS
A concessão de bolsas de ensino, pesquisa e extensão por parte das fundações de
apoio estão previstas no Artigo 4°, § 1°, da Lei N° 8.958, de 20.12.94. Já o Artigo 6°,
Inciso VI, do Estatuto, prevê como objetivo específico da FAURG à instituição de
bolsas de estudo, de pesquisa ou de extensão para o corpo docente, técnico-
administrativo e marítimo e discente da FURG.
Durante o exercício de 2009 foram distribuídos os seguintes quantitativos de
bolsas:
Estudantil – 261 bolsas
Pós-graduação (Especialização/Mestrado/Doutorado) – 60 bolsas
Ensino – 46 bolsas
Pesquisa – 121 bolsas
Extensão – 82 bolsas
TOTAL: 570 bolsas
Este número teve uma pequena diminuição em relação ao ano anterior na ordem
de 9%, mesmo assim, indica o expressivo envolvimento de docentes, discentes e
técnicos da FURG nas atividades realizadas com o apoio da Fundação.
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BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
ATIVO 21.164.872,93 PASSIVO 21.164.872,93 ATIVO CIRCULANTE 16.874.230,39 PASSIVO CIRCULANTE 20.906.245,62 DISPONIVEL 11.633.384,43 OBRIGACOES EM CIRCULACAO 454.832,75 DEPOSITOS BANCARIOS A VISTA 113.481,30 CHEQUES A COMPENSAR 14.291,65 APLICACOES LIQUIDEZ IMEDIATA 11.519.903,13 RESSARCIMENTO FURG 244.704,23 OUTROS CREDITOS 5.240.174,93 OBRIGACOES FISCAIS 12.779,49 CONVENIOS/CONTRATOS/PROJ 4.696.694,31 OUTRAS OBRIGACOES 8.470,27 ADIANTAMENTO A TERCEIROS 513.407,84 ENCARGOS SOCIAIS A PAGAR 49.836,60 CREDITOS A RECUPERAR 30.072,78 PROVISAO P/FERIAS 43.626,80 DESP.EXERC.SEG.PAGAS ANTEC 671,03 PROVISAO P/RECLAMATORIAS 81.123,71 DESPESAS DE MESES SEGUINTES 671,03 ATIVO NÃO CIRCULANTE 4.290.642,54 PROJETOS/CONVENIOS/CONTR 20.451.412,87 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 4.264,60 CONTRATOS 2.192.987,64 ATIVO IMOBILIZADO 4.286.377,94 CONVÊNIOS 18.258.425,23 BENS MOVEIS E IMOVEIS 144.105,78 PATRIMONIO LIQUIDO 258.627,31 BENS DE TERCEIROS 4.142.272,16 PATRIMONIO SOCIAL 5.000,00 PATRIMONIO SUBSCRITO 5.000,00 SUPERAVITS E/OU DEF ACUMU 253.627,31 SUPERAVITS OU DEFICITS 224.412,95 SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 29.214,36
O balanço patrimonial demonstra claro equilíbrio, não representando razões de
preocupação mais evidentes. Ressalta-se que o superávit acumulado dá sustentação a este
equilíbrio econômico-financeiro.
Nota-se que o passivo circulante apresenta um valor expressivo, mas deve-se destacar
que a soma do ativo circulante mais os bens de terceiros somam valor suficiente para atender
essas obrigações. Neste aspecto, é importante destacar que o valor destacado como bens de
terceiros tem por contra-partida o passivo convênios, assim evidenciando o equilíbrio entre os
direitos, os bens e as obrigações.
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Receitas
No ano de 2009 a FAURG teve receitas conforme a seguir discriminado:
Receitas apuradas pela FAURG no exercício de 2009.
RECEITAS SUB-TOTAL DISCRIMINAÇÃO
Operacionais 403.814,33
Resultados financeiros líquidos 2.331,38
Administração de projetos 251.839,76
Receitas de contribuição 149.643,19
Não operacionais 2.183,80
Recuperação de despesas 2.183,80
405.998,13
Cabe inicialmente destacar uma diminuição de R$ 51.410,98 nas receitas
operacionais em 2009, que representa uma queda na ordem de 11%, quando
comparadas com o ano anterior. Essa queda deve-se a determinação do Tribunal de
Contas da União, que por meio do Acórdão nº 1.829/2009, definiu que os rendimentos
das aplicações financeiras, movimentados na conta 7828-x, devem ser alocados a
consecução do objeto do projeto, deixando assim, de gerar receita para a Fundação.
Com isso, o resultado financeiro líquido passou de R$ 113.483,71 em 2008 para R$
2.331,38 em 2009, ou seja, uma queda de R$ 111.152,33. Por outro lado, essa
informação, identifica que os recursos derivados dos valores cobrados pela
administração dos projetos tiveram um crescimento. O resultado financeiro líquido provém da diferença entre as receitas financeiras,
oriundas particularmente dos rendimentos das aplicações financeiras dos recursos da
Fundação, e as despesas financeiras da Fundação, como despesas bancárias, juros, e
impostos sobre a aplicação, bem como, as despesas financeiras de projetos com recursos
do orçamento público, que não aceitam a inclusão desse tipo de despesa.
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A receita de administração corresponde ao valor cobrado pela Fundação para
administrar os projetos com recursos não oriundos do orçamento público. A receita de
contribuição é derivada do ressarcimento de despesas operacionais da Fundação, em
consequência da gestão de recursos derivados do orçamento público. As receitas de
administração e contribuição são as principais fontes de financiamento da Fundação,
sem a qual seria improvável que a entidade cumprisse com seus objetivos.
Os projetos que mais contribuíram para a formação deste montante foram, por
ordem:
237 – PROGRAMA MONIT. AMBIENTAL R$ 49.984,34
295 – PETROBRÁS REDE TEMÁTICA R$ 41.876,49
349 – VESTIBULAR 2009 R$ 40.307,82
405 - SERV.TECNOLOGIC. DMC R$ 28.443,99
394 – POLICAB II R$ 27.288,67
412 - EONDAS R$ 26.244,92
433 – VESTIBULAR 2010 R$ 25.305,80
Estes 07 projetos são responsáveis por 59,6% das receitas de administração e
contribuição da Fundação.
Despesas
Despesas da FAURG no exercício de 2008.
DESPESAS SUB-TOTAL DISCRIMINADO
Operacionais 376.713,28
Despesas com pessoal 235.718,86Diárias 1.000,00Despesas gerais 37.178,73Serviços de terceiros 72.502,58Utilidades e serviços 23.980,48Tributos 6.332,63
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DESPESAS SUB-TOTAL DISCRIMINADO
Não operacionais 70,49Baixas do ativo imobilizado 70,49
376.783,77
Em relação a 2008, houve uma redução de 6,3 % nas despesas da Fundação. Tal
redução se deve fundamentalmente a decisão de um controle mais detalhado das
despesas operacionais da Fundação.
Superávit/Déficit do Exercício
No Exercício de 2009 a FAURG teve um superávit de R$ 29.214,36, o que
representa uma diminuição da ordem de 53,6% em relação ao ano anterior. Há que se
destacar que esta redução já havia sido prevista pela Diretoria, e comunicada ao
Conselho Deliberativo durante o exercício de 2009, em face das diversas ações dos
órgãos de controle, que provocaram alguns ajustes operacionais que resultaram em
redução da receita. Neste aspecto, destaca-se a redução na receita financeira, em função
da impossibilidade da Fundação continuar registrando os rendimentos de aplicações
financeiras como receita própria, como já mencionado em itens anteriores deste
relatório.
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RELAÇÃO ORÇAMENTO E RESULTADO DO EXERCÍCIO A seguir é apresentado um comparativo entre o resultado orçado e o realizado. Comparação entre o orçamento e o resultado realizado em 2009
Receita Prevista Receita Realizada Variação Projetos Privados Em andamento e novos 302.000,00 401.482,95 32,94% Rendimentos Aplicações financeiras 17.000,00 2.331,38 -86,29% Outras fontes 1.000,00 2.183,80 -118,38% RECEITA TOTAL 320.000,00 405.998,13 26,87% Despesa fixada Despesa realizada Variação Pessoal Salários e provisões 127.000,00 150.739,28 18,69% Encargos sociais dos empregados 44.000,00 55.829,57 26,89% Encargos sociais de terceiros 7.000,00 5.735,65 -18,06% Assistência médica, vale-transporte e refeição 25.000,00 23.414,36 -6,34% Despesas Gerais Depreciações 9.200,00 9.060,28 -1,52% Material de escritório e consumo 10.000,00 11.612,20 16,12% Manutenção (telefone, internet e sistema) 5.000,00 7.452,16 49,04% Diversos 3.000,00 11.282,09 276,07% Serviços de Terceiros Seguro 1.500,00 1.035,87 -30,94% Estagiários 14.000,00 11.664,00 -16,69% Honorários profissionais e advocatícios 50.000,00 59.802,71 -19,61% Utilidades e Serviços Água e esgoto 800,00 722,40 -9,70% Energia elétrica 600,00 510,19 -14,97% Correio e reprodução 1.000,00 4.264,47 326,45% Seguro 700,00 1.605,43 -129,35% Serviços telecomunicações 12.000,00 16.877,99 40,65% Impostos e taxas COFINS s/rendimentos de aplicações 500,00 407,63 -18,47% Contribuição sindical 400,00 959,95 139,99% Impostos e taxas 1.200,00 2.275,92 89,66% PIS s/folha de pagamento 1.100,00 1.461,13 32,83% Despesas Financeiras Comissões e despesas bancárias 3.000,00 * 0,00% IRRF s/aplicações financeiras 3.000,00 * 0,00% Diversos Recuperação de adiantamentos 0,00 0,00 0,00% Baixa Imobilizado 0,00 70,49 0,00%
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DESPESA TOTAL 320.000,00 376.783,77 17,74% * Comissões e despesas bancárias e IRRF s/ aplicações financeiras foram deduzidos diretamente das Receitas operacionais. Superávit do exercício de 2009 29.214,36
Como se pode observar, de forma global o conjunto de receitas e despesas refletiu a
previsão realizada. As receitas superaram em 26,87% o patamar desejado, e as despesas
foram 17,76% maiores que o total previsto. Tais fatos indicam que a situação da fundação é
bastante equilibrada e de que a mesma está caminhando no sentido das previsões realizadas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Plano de Trabalho da Diretoria para 2009 incluiu 03 aspectos fundamentais, a
saber:
META 1 - MANTER UM SISTEMA DE GESTÃO VOLTADO PARA A
INSTITUIÇÃO APOIADA (FURG)
META 2 - AUMENTO DA EFICIÊNCIA DE GESTÃO
META 3 - QUALIFICAR O ATENDIMENTO AOS CLIENTES DA FAURG
É do entendimento da atual diretoria que todas as metas traçadas foram
atingidas, com destaque para o equilíbrio econômico-financeiro da Fundação, que se
encontra, como demonstrado, apresentando um superávit, apesar das limitações que
sofreu na utilização dos rendimentos das aplicações financeiras. Evidentemente muito
há ainda por fazer, porém, acredita-se estar no rumo certo.
A situação geral da FAURG é boa em todos os sentidos. Tem-se uma instituição
financeiramente saudável e que tem cumprido de forma exemplar seus compromissos
institucionais, quais sejam, o apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão e de
qualificação institucional da FURG.