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IBIMM - INSTITUTO DE BIOLOGIA MARINHA E MEIO AMBIENTE AMANDA BARKAUSKAS GUARIENTO RELATÓRIO DE ESTÁGIO VOLUNTÁRIO PERUÍBE - SP 2017

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IBIMM - INSTITUTO DE BIOLOGIA MARINHA E MEIO AMBIENTE

AMANDA BARKAUSKAS GUARIENTO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO VOLUNTÁRIO

PERUÍBE - SP

2017

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INTRODUÇÃO

O IBIMM - Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente (Crbio-537/01-SP) é

uma organização não governamental sem fins lucrativos, de interesse

multidisciplinar, constituída por tempo indeterminado, de caráter organizacional,

filantrópicos, educacionais e científicos, sem cunho político ou partidário, com

finalidade de atender a todos a que a ela se dirigem, declarada de utilidade pública,

que desenvolve e apoia projetos, pesquisas, assistência social, educação ambiental

e estudos de diversas áreas do conhecimento.

O trabalho do instituto busca a integração entre as diferentes áreas sociais e

conservação do meio ambiente através de transformar pessoas em cidadãos

sustentáveis, fazendo e transmitindo ações multidisciplinares oferecendo cursos

solidários e de extensão universitária nas áreas de Biologia, Biologia Marinha,

Medicina Veterinária, Gestão Ambiental e áreas afins; manejo de fauna silvestre e

exótica; educação ambiental; estágios obrigatórios e voluntários; visitas técnicas;

apoio a projetos de pesquisa científica; e possui em andamento os projetos "SOS

Tartarugas Marinhas" e "SOS" Tubarões, cujas informações podem ser encontradas

no site do IBIMM (www.ibimm.org.br).

. O instituto possui todas as licenças ambientais necessárias para sua

instalação e atuação, que podem ser visualizadas no site www.ibimm.org.br, bem

como as autorizações do Comitê de Ética em Uso de Animais (CEUA) e dos órgãos

responsáveis para a realização de suas atividades, pesquisas e projetos apoiados.

ATIVIDADES DO ESTÁGIO

O estágio voluntário foi realizado no IBIMM - Instituto de Biologia Marinha e

Meio Ambiente, sediado em Peruíbe, SP, pelo período de um mês (de 29 de agosto

a 28 de setembro de 2017), totalizando carga horária de 250 horas, onde foram

exercidas as funções explicadas abaixo.

1. Cuidado com os animais e recintos: são atividades realizadas diariamente, as

quais envolvem o preparo e corte dos alimentos (Figura 1), verificação da

disponibilidade de água limpa, higienização dos recintos e banho de sol.

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Exemplos da alimentação de alguns animais e seus cuidados específicos

(Figura 2):

quatis - frutas diversas (por exemplo: banana, manga, maçã, melão, goiaba),

batata doce assada, beterraba e cenoura cozidas, ração, cana-de-açúcar;

araras canindé - frutas cortadas de uma maneira específica e ração com

sementes;

coruja suindara - alimenta-se de pedaços de frango, carne e ratos mortos uma

vez por dia (às 18 horas);

jiboia - uma ratazana quinzenalmente (havendo exceções), acender pela

manhã e apagar no fim da tarde a luz de seu recinto;

jabutis - frutas, repolho, couve e acelga todos os dias, ração uma vez por

semana e cascas de ovo para reposição de cálcio;

ratos do biotério - ração e sementes, limpeza uma vez por semana repondo

jornal e serragem em suas gaiolas;

entre outros animais como cágados, cachorros, calopsita, baratas e tarântula.

Figura 1. Preparo, corte e armazenamento dos alimentos de alguns dos animais do

instituto.

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Figura 2. Fotos de alguns animais do instituto, uns durante o banho de sol, outros se

alimentando.

2. Monitoramento de praia: tem como objetivo principal encontrar animais

encalhados, e também foi recolhido o lixo encontrado pela praia (Figura 3). Foram

realizados monitoramentos na praia Guaraú (Figura 4), onde em um deles foi

encontrada uma tartaruga marinha morta já em decomposição da espécie Caretta

caretta (Figura 5), a qual foi retirada e levada pelo Projeto Biopesca, e em outro dia

foi avistada uma tartaruga marinha viva da espécie Chelonia mydas, que também foi

levada pelo Projeto Biopesca para reabilitação. Também foi feito um monitoramento

na praia Barra do Una (Figura 6) e não foi encontrado nenhum animal encalhado.

Todos os monitoramentos foram realizados no período da manhã e a pé, sendo

alguns em dupla com os professores Eduardo Malavasi e Eduardo Forzan.

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Figura 3. Lixo recolhido durante um dos monitoramentos na praia Guaraú.

Figura 4. Monitoramentos feitos na praia Guaraú.

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Figura 5. Tartaruga marinha da espécie Caretta caretta encontrada morta e

encalhada na praia Guaraú.

Figura 6. Monitoramento feito na praia Barra do Una.

3. Limpeza e manutenção do museu: manter o museu do instituto limpo e

organizado, bem como as peças que o compõe (vidrarias, ossadas, animais

taxidermizados, caixas de organização) (Figura 7).

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Figura 7. Museu do instituto e as peças que o compõe.

4. Identificação de espécies de tubarões e raias: foi feita a identificação em nível

de espécie de todos os tubarões (Figura 8) e raias (Figura 9) que estão no museu do

instituto com o uso de chaves de identificação, junto com o Professor Eduardo

Malavasi, permitindo o conhecimento das principais características destes animais e

de como identificar algumas espécies dos mesmos.

Figura 7. Todos os exemplares de tubarões do museu identificados.

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Figura 8. Todos os exemplares de raias do museu identificados.

5. Aulas teóricas: para maior conhecimento e compreensão de biologia marinha, o

Professor Eduardo Forzan apresentou sua aula sobre a biologia geral e identificação

de tartarugas marinhas, e o Professor Eduardo Malavasi expôs algumas de suas

aulas sobre a biologia geral, identificação e anatomia de tubarões e raias.

6. Osteomontagem: é o processo de montagem de esqueleto de animais, que

permite a identificação e conhecimento da osteologia (estudo dos ossos) do animal.

Durante o estágio foram montados três esqueletos: um de jacaré (Figura 10), um de

golfinho (Figura 11), e um de tartaruga marinha. Todos os animais utilizados na

osteomontagem foram recolhidos durante monitoramentos de praia ou doados por

instituições parceiras.

Figura 10. Osteomontagem do esqueleto de um jacaré.

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Figura 11. Osteomontagem do esqueleto de um golfinho.

7. Descarne e osteologia de tartaruga marinha: foi realizado o processo de

descarne de uma tartaruga marinha da espécie Chelonia mydas, cujo indivíduo já

estava aberto e sem os órgãos internos (Figura 12). Este processo consiste em

retirar toda a carne do animal (pele, músculos, cartilagem, placas, etc.)

permanecendo somente os ossos.

Figura 12. Tartaruga marinha Chelonia mydas antes do processo de descarne.

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A metodologia consiste em, primeiramente, dividir as partes do corpo do

animal em: crânio, carapaça, plastão, nadadeira superior esquerda e direita,

nadadeira inferior esquerda e direita, cintura pélvica e cauda. Essa divisão foi feita

com o uso de pinça, tesoura e bisturi, e então as partes foram colocadas em

recipientes de plástico identificados com água fervente para facilitar a retirada da

carne (Figura 13-A). Este processo se inicia com a retirada da água dos potes

passando em uma peneira, para que não ocorra perda de nenhum osso, e então se

começa a retirada da carne, que foi feita com o auxílio dos materiais citados e a

utilização de luvas (Figura 13-B). Para total descarne foi necessário realizar este

procedimento durante três dias, e assim, sobrando somente os ossos, estes foram

colocados no sol em bandejas de isopor identificadas conforme a parte do corpo

(Figura 14), e durante a noite em uma estufa, para que ocorra a secagem do

material.

Assim que os ossos estiverem secos, o material pode ser usado na

osteomontagem e em futuros estudos sobre osteologia de tartaruga marinha (Figura

15).

Figura 13. Foto A - partes do corpo do animal colocadas em recipientes identificados

com água fervente. Foto B - processo de separação dos ossos descartando a carne da

tartaruga.

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Figura 14. Processo de secagem dos ossos (durante o dia) após o descarne da

tartaruga marinha.

Figura 15. Osteomontagem do esqueleto da tartaruga marinha após o processo de

descarne e secagem.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio voluntário permite ao aluno ou graduado da área uma nova experiência de

poder vivenciar na prática o que é aprendido na teoria e entender que caminhos

profissionais podem ser seguidos após a formação. Permite, portanto, novos

aprendizados; contato com pessoas da área que têm muito a oferecer educacionalmente

e profissionalmente; crescimento pessoal e profissional; compreender as escolhas feitas

durante a graduação e somar nas escolhas do futuro.