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RELATÓRIO DE GESTÃO 2011
Lisboa, 4 de Maio de 2012
Relatório de Gestão 2011
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Ficha Técnica
Título
Relatório de Gestão de 2011 do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa
Edição
Unidade de Gestão Financeira e Patrimonial IGOT‐UL Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa Edifício IGOT Av. Professor Gama Pinto, S/N 1649‐003 Lisboa Tel. +351 21 0443000 WWW: http://www.igot.ul.pt/ E‐mail: [email protected] Núcleo de Prospectiva e Planeamento Área de Assessoria
Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa Av. Professor Gama Pinto, 2 1649‐003 Lisboa Tel. +351 21 7904767 E‐mail: [email protected]
Relatório de Gestão 2011
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Índice
1. NOTA INTRODUTÓRIA .............................................................................................................. 5
1.1. Missão ..................................................................................................................................... 6
1.2. Breve Caracterização ............................................................................................................... 7
2. ÁREAS DE INTERVENÇÃO: OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS ............................................................. 7
2.1. Eixo 1 – Organização, Funcionamento e Gestão ..................................................................... 8
2.2. Eixo 2 – Formação ................................................................................................................. 19
2.3. Eixo 3 – Investigação científica .............................................................................................. 22
2.4. Eixo 4 – Divulgação ................................................................................................................ 24
3. RECURSOS FINANCEIROS ........................................................................................................ 27
3.1. Análise orçamental ................................................................................................................ 28
3.2. Análise patrimonial ............................................................................................................... 35
4. RECURSOS HUMANOS ............................................................................................................ 38
5. AVALIAÇÃO GLOBAL DOS RESULTADOS ALCANÇADOS ............................................................... 40
ANEXOS ......................................................................................................................................... 42
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Índice de Tabelas
Tabela 1 ‐ Execução da receita do IGOT‐UL no ano 2011 (Investigação) .............................................. 29 Tabela 2 ‐ Execução da receita do IGOT‐UL no ano 2011 (Ensino) ....................................................... 30 Tabela 3 ‐ ‐ Execução da despesa do IGOT‐UL no ano 2011 (Investigação) .......................................... 31 Tabela 4 ‐ ‐ Execução da despesa do IGOT‐UL no ano 2011 (Ensino) ................................................... 33 Tabela 5 ‐ Custos e perdas 2011 ............................................................................................................ 36 Tabela 6 ‐ Proveitos e Ganhos Operacionais 2011 ................................................................................ 36 Tabela 7 ‐ Indicadores de execução da despesa (comparação 2010‐2011) .......................................... 45 Tabela 8 ‐ Evolução dos investigadores do CEG (2002‐2011 ................................................................ 45 Tabela 9 ‐ ‐ Projetos e prestações de serviços (2010‐2011) .................................................................. 45 Tabela 10 ‐ Tempo médio para a emissão de documentos (em dias)................................................... 45 Tabela 11 ‐ Pedidos de mudança de turma ........................................................................................... 45 Tabela 12 ‐ Contratos de bolsa realizados (2010‐2011) ........................................................................ 45 Tabela 13 ‐ Vagas e candidatos em 2011 (1.º ciclo) .............................................................................. 45 Tabela 14 ‐ Nota média de candidatura nas licenciaturas do IGOT‐UL ................................................. 46 Tabela 15 ‐ Distribuição dos alunos do IGOT‐UL por ciclos de estudo .................................................. 46 Tabela 16 ‐‐ Receita do IGOT‐UL (2010‐2011) ....................................................................................... 46 Índice de Figuras Figura 1 – Indicadores de execução da despesa (comparação 2010‐2011) .......................................... 11 Figura 2 ‐ Evolução dos investigadores do CEG (2002‐2011) ................................................................ 12 Figura 3 ‐ Projetos e prestações de serviços (2010‐2011) .................................................................... 12 Figura 4 ‐ Tempo médio para a emissão de documentos ..................................................................... 14 Figura 5 ‐ Pedidos de mudança de turma ............................................................................................. 14 Figura 6 ‐ Contratos de bolsa realizados ............................................................................................... 15 Figura 7 ‐ Vagas e candidatos em 2011 ................................................................................................. 19 Figura 8 ‐ Nota média de candidatura nas licenciaturas do IGOT‐UL ................................................... 19 Figura 9 ‐ Distribuição dos alunos do IGOT‐UL por ciclos de estudo .................................................... 26 Figura 10 ‐ Receita do IGOT‐UL (2010‐2011) ......................................................................................... 27 Figura 11 ‐ Despesa do IGOT‐UL (2010‐2011) ....................................................................................... 27 Figura 12 ‐ Despesas por agrupamento 2011 ....................................................................................... 28 Figura 13 ‐ Repartição da despesa do IGOT por agrupamentos ........................................................... 34 Figura 14 – Despesa da componente ensino em 2011 por agrupamento ............................................ 34 Figura 15 ‐ Estrutura de Custos em 2011 .............................................................................................. 36 Figura 16 ‐ Estrutura dos proveitos operacionais 2011 ........................................................................ 37 Figura 17 ‐ Estrutura etária por sexo dos trabalhadores integrados no mapa de pessoal ................... 38 Figura 18 ‐ Níveis de escolaridade dos trabalhadores integrados no mapa de pessoal ....................... 38 Figura 19 ‐ Distribuição dos trabalhadores do mapa de pessoal por carreiras/categorias .................. 39 Figura 20 ‐ Orçamento de Estado afeto à componente Ensino, evolução 2010‐2011.......................... 40
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1. NOTA INTRODUTÓRIA O Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (IGOT‐UL) é uma unidade orgânica de ensino e investigação da Universidade de Lisboa nos domínios da Geografia e do Ordenamento do Território, criada em 2009, e que iniciou a sua atividade com plena autonomia em 1 de Janeiro de 2010.
A criação do IGOT‐UL ocorreu com a alteração estatutária da Universidade de Lisboa realizada nos termos do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, tendo sido aprovados os novos Estatutos da Universidade pelo Despacho Normativo n.º 36/2008, publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 148, de 1 de Agosto.
A instalação do IGOT‐UL foi determinada através do Despacho n.º 7767/2009, publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 53, de 17 de Março de 2009. Contudo, apenas assume a sua autonomia e o pleno funcionamento dos órgãos em 2010, após a aprovação e publicação dos Estatutos do IGOT‐UL (Despacho n.º 23162/2009, publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 204, de 21 de Outubro de 2009) e a eleição dos órgãos.
O período de instalação foi demasiado curto para uma Unidade Orgânica (UO) criada de novo, sem instalações próprias e quase sem recursos humanos nas áreas de apoio.
Durante o ano de 2011 ficaram concluídas as obras de montagem do edifício provisório do IGOT‐UL na Av.ª Prof. Gama Pinto, no designado “Planalto Central”, entre as Faculdades de Farmácia e de Direito. Estas instalações, com 8 salas de aula, permitiram, uma maior autonomia na gestão da componente letiva e a existência de um espaço próprio para a Associação de Estudantes, para os estudantes e para os docentes do IGOT‐UL. Este edifício permitiu também prestar um melhor serviço aos alunos ao concentrar num só espaço físico a Unidade de Gestão Académica do IGOT‐UL.
O IGOT‐UL e o Centro de Estudos Geográficos passaram também a ter mais espaço para os seus serviços de apoio, encontrando‐se também aqui localizadas as Unidades de Gestão de Recursos Humanos, e parte das Unidades de Gestão Financeira e Patrimonial e de Apoio à Investigação Científica. A Direção do IGOT‐UL passou a ter neste edifício os seus Gabinetes, bem como o Conselho Pedagógico e as chefias dos serviços de apoio.
A existência deste espaço próprio do IGOT‐UL permitiu ainda o desenvolvimento de diversas melhorias significativas ao nível dos serviços, designadamente, a sistematização das rotinas de trabalho, a instalação da central telefónica, a utilização de uma infraestrutura de rede informática própria e uma melhor articulação com os Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa e da Reitoria, no que respeita às áreas financeira, patrimonial e de tecnologias de informação.
Importa, no entanto, salientar que o IGOT‐UL continua a ter a sua estrutura “partida”, com a impossibilidade de albergar num mesmo espaço as componentes de ensino e de investigação. De facto, o Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa continua instalado no edifício da Faculdade de Letras, bem como alguns serviços (apoio a projetos de investigação, expediente, património e gestão financeira). Portanto, a totalidade dos docentes continua a utilizar as salas de
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trabalho que já tinham na Faculdade de Letras (FLUL). De igual modo, algumas aulas continuam a ser lecionadas na FLUL por falta de capacidade das salas de aula do edifício do IGOT‐UL para turmas com mais de 80 alunos e por razões de segurança, no que se refere a salas equipadas com meios informáticos. Isto significa que muitas aulas teóricas decorrem nos Anfiteatros da FLUL e as aulas de Tecnologias de Informação, Metodologias de Análise de Dados, Análise Multivariada de Informação Geográfica, Sistemas de Informação Geográfica, Deteção Remota, entre outras, também são lecionadas naquela Unidade Orgânica. Deve ainda referir‐se que a biblioteca de Geografia e a Mapoteca também permanecem nas instalações da Faculdade de Letras, o que obriga os docentes e os alunos do IGOT‐UL a deslocações frequentes entre os edifícios do IGOT‐UL e da FLUL.
Devemos também salientar os diversos problemas ocorridos nas instalações do IGOT‐UL com infiltrações no interior do edifício e inundações provocadas por entupimentos de esgotos. O edifício do IGOT‐UL é efetivamente um edifício pré‐fabricado com fraco isolamento térmico e acústico, o que leva a que seja extremamente frio no inverno e excessivamente quente no verão. Para além destas situações, o fraco isolamento acústico leva a que seja impossível dar aula no edifício quando ocorre forte precipitação.
Por tudo o que já foi referido, o IGOT‐UL mantém a sua ambição de que lhe sejam atribuídas instalações que permitam reunir num único espaço as suas componentes de ensino e investigação e melhorar o funcionamento da instituição, dando condições condignas de trabalho aos seus estudantes, docentes, investigadores e trabalhadores não docentes.
1.1. Missão
Conforme determinado nos respetivos Estatutos, o IGOT‐UL, é uma instituição de criação, transmissão e difusão da cultura e do conhecimento científico e tecnológico nas áreas da Geografia, das Ciências Sociais e da Terra e do Planeamento e Ordenamento do Território, com as missões fundamentais de:
a) Contribuir para o estudo e investigação avançada dos temas de Geografia e do Ordenamento do Território, na Universidade de Lisboa;
b) Ministrar ensino graduado e pós‐graduado em Geografia e Ordenamento do Território, orientado para a investigação, a intervenção profissional qualificada e a formação de professores, em articulação com outras unidades orgânicas da Universidade; c) Estudar a realidade geográfica em todos os aspetos que interessam à sociedade portuguesa, contribuindo para o desenvolvimento territorial e a melhoria da qualidade de vida, desde as escalas locais às mais globais, com especial ênfase nos espaços nacionais, europeus e da lusofonia.
A missão do IGOT‐UL articula assim as três funções das Universidades, ensino, investigação e ligação à sociedade, de modo a estimular a inovação, difundir conhecimento e contribuir para o desenvolvimento.
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2.1. Eixo 1 – Organização, Funcionamento e Gestão
Em 2011, a abordagem este objetivo estratégico centrou‐se, como previsto, em garantir o
funcionamento e cumprimento da missão do IGOT‐UL com um maior suporte dos serviços de apoio,
reduzindo a dependência de apoio externo.
Cessou por completo o apoio que era prestado pela Faculdade de Letras à Unidade de Gestão
Académica do IGOT‐UL e manteve‐se a relação com os Serviços Partilhados da Universidade de
Lisboa (SPUL) em certas áreas de atividade, designadamente nas áreas financeira e de tecnologias de
informação (comunicações e informática).
Os serviços do IGOT‐UL mantiveram uma boa colaboração com os SPUL, com a Reitoria da
Universidade de Lisboa e com a Faculdade de Letras, participando em diversas atividades e tendo um
papel muito ativo nos Gabinetes de Apoio Técnico da Universidade de Lisboa (GATUL), os quais
juntam os profissionais de áreas específicas para partilhar conhecimento e discutir assuntos de
carater técnico. A participação do IGOT‐UL foi particularmente ativa na área dos Recursos Humanos
(GATUL‐RH) e no apoio à investigação científica (GATUL‐Ciência). Acrescente‐se também que houve
um grande envolvimento em diversas iniciativas comuns e transversais a todas as Unidades
Orgânicas da Universidade de Lisboa, tendo o IGOT‐UL funcionado como unidade‐piloto no
desenvolvimento de diversos processos e na implementação de diversos sistemas ligados à gestão e
organização dos serviços de apoio, com forte componente tecnológica.
Deve notar‐se que o início do ano de 2011 ficou marcado pela integração
de 6 profissionais no mapa de pessoal do IGOT‐UL (2 assistentes técnicos e
4 técnicos superiores), aos quais se juntaram 1 chefe de divisão e 4
bolseiros de gestão de ciência e tecnologia que integraram a Unidade de
Apoio à Investigação Científica. Esta mudança teve grande impacte no
apoio direto às atividades da direção do Centro de Estudos Geográficos e
dos coordenadores de projetos de investigação. O arranque do novo ano
letivo (2011/2012) foi já realizado nas instalações provisórias do IGOT‐UL,
na Av.ª Prof. Gama Pinto. Pessoal e instalações, mesmo que provisórias,
permitiram uma melhoria substancial do apoio e das condições de
funcionamento das componentes de ensino e de investigação do IGOT‐UL.
Os serviços do IGOT‐UL, em 2011, mantiveram uma orientação de trabalho segundo dois planos de atuação distintos, mas complementares. Por um lado foram prosseguidos os objetivos constantes dos 4 eixos do plano de atividades para 2011 apresentado pela sua Diretora e aprovado pela Assembleia do IGOT‐UL e, por outro, na sua componente operacional, foi prosseguido o plano de estruturação dos serviços e de sistematização de tarefas, diretamente relacionado com o eixo 1 do referido plano.
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No que respeita no Eixo 1 (Organização, Funcionamento e Gestão) e às ações previstas no plano de atividades para 2011, os resultados alcançados foram os seguintes:
i. Continuar a zelar pela aplicação dos Estatutos.
O IGOT‐UL zelou pela aplicação dos Estatutos, tendo sido dadas todas as
condições para os órgãos reunirem e funcionarem regularmente ao
longo do ano de 2011.
No final do ano foram realizadas eleições para os órgãos, conforme
previsto nos Estatutos, tendo sido eleitos os novos membros da Assembleia e dos Conselhos
Cientifico e Pedagógico do IGOT‐UL para o Biénio 2012‐2013.
ii. Garantir instalações para o IGOT‐UL.
Acompanharam‐se os trabalhos desenvolvidos pelos serviços da Reitoria e realizaram‐se as negociações necessárias para a atribuição ao IGOT‐UL de instalações condignas e com uma gestão autónoma, mesmo que a título provisório, para que o Instituto possa funcionar com bons níveis de qualidade tanto no domínio do ensino, como no da investigação. Neste ponto de instalações importa distinguir dois níveis de actuação:
a. Prosseguimento das negociações relativas ao edifício definitivo a construir junto ao
topo poente da Faculdade de Letras através da discussão das adaptações ao Projecto
de Execução existente e ao financiamento da obra, dando cumprimento ao protocolo
assinado em Junho de 2010 entre a Reitoria, a Faculdade de Letras e o IGOT‐UL sobre
esta matéria.
b. Acompanhamento da instalação e desenvolvimento de diligências necessárias para
garantir o bom funcionamento do edifício provisório na Av.ª Professor Gama Pinto
alocado ao IGOT‐UL para instalação de
serviços e salas de aula até à conclusão do
edifício definitivo do IGOT‐UL.
Previsto para entrar em funcionamento em Fevereiro de 2011, a obra a cargo da Reitoria da Universidade de Lisboa (RUL) apenas foi concluída em Agosto de 2011. O atraso deveu‐se a problemas de diversa ordem de que se destacam os decorrentes da má execução da laje de assentamento do edifício e o atraso na colocação do telhado.
As condições atuais de funcionamento do IGOT‐UL só são aceitáveis por se tratar de uma
situação transitória, pois as condições de isolamento térmico e acústico são muito
deficientes e prejudicam profundamente o normal funcionamento das aulas e dos serviços.
Também a situação da dispersão dos serviços, professores e estudantes por 2 edifícios
reflete‐se na qualidade e significa acréscimo de encargos.
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Por tudo o que já foi enunciado, a Direção do IGOT‐UL continua a reclamar instalações de
carater definitivo para o Instituto, mas empenhou‐se em melhorar as condições de
funcionamento do edifício, destacando‐se apenas algumas das ações assumidas pelo IGOT‐
UL com este objetivo:
Garantia de vigilância humana do edifício durante 24 horas (contratada pela RUL);
Reforço da segurança física do edifício com:
o Colocação de grades amovíveis na área de serviços;
o Colocação de estores nas salas de aula;
o Instalação de portas seccionadas de aço perfurado
para reforço nas 4 portas de acesso ao edifício.
Instalação equipamentos de projeção e telas em todas as
salas de aula;
Aquisição computadores portáteis para todas as salas de aula;
Instalação de mobiliário e de equipamentos de digitalização,
impressão e cópia para os serviços e para o serviço docente;
Promoção de instalação de equipamentos de vending; Crição de áreas de estar para alunos, docentes e funcionários;
Minimização dos efeitos das temperaturas “extremas” no interior do edifício através
da aquisição de estores e persianas, da colocação de um corta‐vento na entrada
principal e da instalação de ventoinhas de teto em todas as salas de aula;
Contratualização da empresa da limpeza do edifício e acompanhou a manutenção
dos espaços exteriores;
Instalação de sinalética e paineis de afixação de informação para os utilizadores do
edifício.
Acompanhamento e definição da infraestrutura de voz e dados que serve o edifício
do IGOT‐UL e as áreas afetas ao Centro de Estudos Geográficos no edifício da
Faculdade de Letras.
iii. Assegurar a gestão corrente do Instituto
A Direção do IGOT‐UL garantiu o funcionamento regular do IGOT‐UL, tendo procedido à
estruturação dos serviços, de acordo com o Regulamento Orgânico dos Serviços Técnicos e
Administrativos do IGOT‐UL, proposto pela Diretora e aprovado pela Assembleia em 26 de
Outubro de 2010.
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Destacam‐se em 2011 os seguintes resultados:
Unidade de Gestão Financeira e Patrimonial e Unidade de Recursos Humanos
o IGOT‐UL garantiu continuamente o pagamento dos vencimentos nas datas
previstas por Lei e os
pagamentos aos seus
fornecedores com um prazo
médio de pagamento inferior a
30 dias;
excluindo despesas pagas por
fundo de maneio, foram
efectuados 3180 pagamentos
num montante total de
3.623.653 euros;
o volume total de documentos
de despesa 1 processados em
2011 foi de 12720 documentos
de despesa.
os serviços do IGOT‐UL
prestaram o apoio administrativo e financeiro à apresentação de propostas de
prestação de serviços e desenvolveram as diligências necessárias para a sua
submissão e acompanhamento;
o IGOT‐UL, em articulação com os Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa
(SPUL), procedeu à inventariação e integração do património do IGOT‐UL/CEG na sua
contabilidade, incluindo o património do IGOT‐UL adquirido pela Faculdade de Letras
(FLUL) e do CEG adquirido pela Fundação da Universidade de Lisboa (FUL);
1 inclui autorizações de pagamento, documentos de suporte e justificação da despesa, talões de embarque, declarações de não dívida, etc.
Figura 1 – Indicadores de execução da despesa (comparação 2010‐2011)
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Unidade de Apoio à Investigação Científica
foi colocado um grande enfase no reforço do pessoal de apoio à investigação
científica, tendo o Centro de Estudos Geográficos passado a contar, em 2011, com 7
profissionais não investigadores (incluindo 4 bolseiros de gestão de ciência) a
trabalhar nas suas instalações,
contando ainda com o apoio dos
restantes serviços comuns
(IGOT/CEG) a funcionar no
edifício do IGOT;
foram garantidos os pedidos de
pagamento à Fundação para a
Ciência e a Tecnologia (FCT), de
acordo com as novas regras e
utilizando a Portal da Ciência e
Tecnologia (PCT);
foi garantido o apoio aos
projetos de investigação com
financiamento europeu, tendo sido entregue o relatório final do projeto GEITONIES.
Atendendo ao facto de se tratar de um projeto europeu coordenado pelo CEG,
houve um conjunto de condições específicas para a concretização dos diversos
relatórios, designadamente o contacto e o envio de orientações a todos os parceiros,
bem como deslocações que se realizaram a Amesterdão para a participação em
reunião do projecto e a Bruxelas para
reuniões com a project officer e com a
financial officer.
foi realizado a acompanhamento ao
encerramento dos projetos que se
encontravam na Fundação da
Universidade de Lisboa, o qual se prevê
estar totalmente concluído em 2012,
com o encerramento do ciclo de
projetos sob a gestão da FUL;
foi assegurado o apoio à Direção do
CEG, designadamente no relacionamento institucional com a FCT e restantes
entidades financiadoras;
foram submetidos todos os reportes de informação científica, financeira e
administrativa nos prazos estabelecidos pela FCT, designadamente a atualização de
equipas, o relatório científico e demais pedidos e respostas às auditorias e pedidos
de esclarecimento enviados para o CEG;
Figura 2 ‐ Evolução dos investigadores do CEG (2002‐2011)
Figura 3 ‐ Projetos e prestações de serviços (2010‐2011)
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foi prestado apoio aos processos de contratação de bolseiros de investigação
científica e submetida toda a informação no portal Eracareers, bem como o
acompanhamento aos contratos de bolsa sujeitos a renovação, que totalizaram 35
contratos (novos e renovações) em 2011;
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Unidade de Gestão Académica
prosseguiu‐se a informatização de todos os processos de alunos dos 3 ciclos de
estudos do IGOT‐UL, procedimento para o qual se prevê a conclusão em 2012. O
atraso na informatização dos 2.º e 3.º ciclos deveu‐se à alteração na composição da
equipa da unidade. Os processos do 1.º ciclo já estão todos registados no sistema de
gestão académica;
a emissão de certificados passou a ser totalmente garantida através do sistema de
gestão académica;
apesar do IGOT‐UL manter a necessidade de certificar as classificações obtidas pelos
alunos até 2009/2010 com a FLUL para emitir os certificados, houve uma melhoria
significativa no tempo médio para emissão de certificados que passou de 60 dias em
2010 para 18 dias em
2011 (Figura 4);
assegurou‐se a
matrícula e inscrição
eletrónica de todos os
alunos do 1.º ciclo,
incluindo a fotografia
em formato digital para
os alunos do 1.º ano;
a gestão das avaliações
dos alunos foi
integralmente
garantida no sistema de gestão académica;
assegurou‐se a inscrição dos alunos do 1.º ano em
horários fixos o que levou à redução do tempo médio de
matrícula e inscrição de uma aluno do 1.º ano de 120
minutos em Setembro de 2010 para 45 minutos em
Setembro de 2011;
concentrou‐se a inscrição nas turmas das unidades
curriculares em atraso num momento posterior ao da
inscrição pela 1.ª vez nessas disciplinas. Apesar de
algumas dificuldades técnicas, esta solução revelou‐se a
mais adequada, permitindo uma melhor gestão das
vagas nas turmas, pois os alunos repetentes entraram
numa bolsa que permitiu prever com exatidão o número de vagas necessárias para
fazer face a essa procura extra relativamente aos alunos que se inscrevem pela 1.ª
vez ou que transitaram de ano;
Figura 4 ‐ Tempo médio para a emissão de documentos
Figura 5 ‐ Pedidos de mudança de turma
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as opções acima indicadas permitiram reduzir o número de pedidos de mudança de
turma/unidade curricular de mais de 400 pedidos, no ano letivo 2010/2011, para
apenas 83, em 2011/2012;
num ano marcado pela mudança física dos serviços para o edifício do IGOT‐UL foram
imensas as melhorias registadas no atendimento aos alunos e no apoio aos docentes,
prevendo‐se para 2012 mais melhorias, designadamente ao nível dos 2.º e 3.º ciclos,
com o arranque das candidaturas e inscrições online.
Unidade de Gestão de Recursos Humanos
foi garantida a integração dos novos profissionais não docentes e não investigadores
no IGOT, desde a conclusão dos procedimentos concursais iniciados em 2010 até à
realização dos contratos;
foi assegurada a formação inicial obrigatória a todos os funcionários não docentes,
bem como formação complementar nas áreas específicas de trabalho;
foram integrados na gestão de recursos humanos e no processamento de
vencimentos os bolseiros de
investigação e de gestão de ciência
do CEG, melhorando
significativamente o controlo e a
regularidade do pagamento das
bolsas de investigação;
foi realizado o acompanhamento aos
procedimentos concursais para
docentes do IGOT;
foram atualizados os processos individuais tendo sido celebrados os novos contratos
com os docentes que tiveram alterações na sua situação nos termos do Estatuto da
Carreira Docente Universitária;
foi prestada toda a informação obrigatória à tutela nos prazos previstos,
nomeadamente os mapas trimestrais, o SIOE e o REBIDES;
assegurou‐se o apoio à preparação do Orçamento de Estado;
assegurou‐se o processamento de vencimentos e a informação necessárias aos
pedidos de libertação de crédito, em colaboração com os SPUL;
manteve‐se o apoio ao pessoal docente e não docente relativamente ao envio de
despesas de saúde para reembolso pela ADSE;
a unidade manteve o apoio, em articulação com os SPUL, ao cálculo, registo e
emissão de documentos relativos à liquidação de encargos sociais do IGOT e às
retenções na fonte, bem como, ao pagamento de outros abonos ou à realização de
outras retenções obrigatórias ou facultativas aos trabalhadores do IGOT‐UL;
Figura 6 ‐ Contratos de bolsa realizados
Relatório de Gestão 2011
16/46
apoiou a direção no fornecimento de dados de apoio à gestão relativos aos Recursos
Humanos;
assegurou‐se o registo integral de todos os movimentos no sistema de gestão de
recursos humanos (GIAF);
prestou‐se toda a informação e emitiram‐se todas as declarações solicitadas pelos
trabalhadores do IGOT‐UL na Unidade de Gestão de Recursos Humanos.
iv. Articulação com os Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa
O IGOT‐UL é defensor de uma articulação permanente entre as
diversas estruturas e Unidades Orgânicas da Universidade de
Lisboa. Consideramos que uma Universidade forte, coesa e que
desenvolva trabalho colaborativo poderá manter os elevados
níveis e padrões de qualidade e reforçar a sua cada vez maior
afirmação nos meios académico e científico, na sociedade
portuguesa e no mundo.
O trabalho desenvolvido pelo IGOT‐UL, com uma estrutura reduzida de pessoal de apoio às
atividades de ensino e investigação tem beneficiado da estreita colaboração e trabalho
desenvolvido com os Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa. O IGOT‐UL foi pioneiro
nesta relação, designadamente nas áreas de processamento de vencimentos, financeirae das
tecnologias e sistemas de informação.
Em 2011 o IGOT‐UL e os SPUL mantiveram o trabalho conjunto na área financeira, sendo
responsabilidade do IGOT‐UL o registo da receita e da despesa, a arrecadação da receita e o
pagamento das despesas e ainda todo o trabalho de reporte e acompanhamento financeiro
dos projetos de investigação científica. Os SPUL realizam todos os reportes financeiros para a
tutela, o controlo da receita e despesa e da conformidade dos procedimentos, bem como a
sua contabilização. Na área do processamento dos vencimentos, os SPUL realizam todas as
tarefas inerentes ao processamento, cabendo ao IGOT o envio de informação (contratações,
aposentações, assiduidade, férias, abonos ou descontos, etc.) bem como a verificação dos
processamentos e o pagamento dos vencimentos. Na área dos sistemas de informação os
SPUL são responsáveis pelo suporte técnico a todas as aplicações utilizadas (tal como já
sucede também com a maior parte das unidades orgânicas da
Universidade de Lisboa) e a partir da mudança para o edifício do IGOT os
Serviços Tecnológicos passaram gradualmente a assegurar o suporte
técnico ao IGOT‐UL, tendo sido responsáveis pela instalação de toda a
infreestrutura de voz e dados do edifício do IGOT‐UL.
A experiência do IGOT‐UL e das outras unidades‐piloto levou a uma adesão alargada das
restantes unidades orgânicas da Universidade de Lisboa aos serviços prestados pelos SPUL.
Relatório de Gestão 2011
17/46
O IGOT‐UL, dada a sua dimensão e organização, tem tido um grande envolvimento nos
projetos de sistemas de informação apresentados na sua parametrização e implementação,
tendo sido unidade‐piloto em diversos projetos, dos quais destacamos a nova versão do
sistema de gestão académica (SIGES 11), interface pública de gestão de recursos humanos
(MyGiaf), o sistema de gestão de projetos (GPI) e o sistema de gestão documental (WebDoc)
que deverá entrar em produção em 2012.
A colaboração tem sido intensa e com resultados muito positivos em termos de
produtividade, atendendo aos parcos recursos humanos do
IGOT‐UL.
v. Cooperação com a Faculdade de Letras
O IGOT‐UL durante o ano de 2011 aprofundou a sua
autonomia, mas, simultaneamente, manteve uma estreita
colaboração com a Faculdade de Letras.
Em termos de autonomia face à FLUL, o IGOT‐UL, com a
estruturação dos seus serviços, já em 2010 tinha deixado de utilizar os serviços prestados
pela FLUL na área académica e em 2011 reduziu a utilização dos serviços de informática mas
que, contudo, têm que se manter devido à localização de serviços e de salas de aula do IGOT
e das instalações do CEG no edifício da FLUL.
Manteve‐se a colaboração com a Faculdade de Letras nas licenciaturas de Estudos Europeus,
Africanos e Asiáticos e diversas disciplinas de opção foram disponibilizadas reciprocamente
aos alunos da FLUL e do IGOT‐UL.
O IGOT‐UL reduziu, no ano letivo 2011/2012, a ocupação de salas de aula na FLUL, passando
a utilizar apenas Anfiteatros e as salas equipadas para as Tecnologias e Sistemas de
Informação Geográfica.
A Direção do IGOT apresentou uma proposta de revisão do protocolo estabelecido entre as
duas Unidades, no sentido de ser revisto o valor de comparticipação nas despesas da FLUL
por parte do IGOT, atendendo à redução de utilização de serviços e de instalações (salas de
aula) no edifício da Faculdade de Letras.
vi. Pessoal docente
A Direção do IGOT UL reconhece, e repetidamente deu eco interna e externamente, o
enorme esforço a que tem sido submetido nos últimos anos, o pessoal docente do Instituto
pelo seu envolvimento nas atividades letivas, na gestão na Universidade, na participação nos
Relatório de Gestão 2011
18/46
órgãos do IGOT‐UL, na gestão do Centro de Estudos Geográficos e na investigação científica
de excelência reconhecida que tem desenvolvido.
Conforme previsto no plano de atividades, a Direção do
IGOT‐UL acompanhou o processo de fixação do mapa de
pessoal docente durante a preparação do Orçamento de
Estado para 2012 (OE2012) e insistentemente alertou para
a necessidade de promoção do pessoal docente através da
abertura de concursos. Deste trabalho resultou, em julho de
2011, a conclusão de um concurso que, face aos resultados
alcançados, permitiu a 4 docentes do IGOT‐UL o ingresso na
categoria de Professor Associado e, em dezembro de 2011, a abertura de novos concursos
para pessoal docente para 2 postos de trabalho na categoria de Professor Catedrático e para
outros 2 lugares na categoria de Professor Associado.
O IGOT‐UL participou ativamente na preparação dos regulamentos complementares do
ECDU, designadamente no regulamento da avaliação do desempenho dos docentes da
Universidade de Lisboa.
Relatório de Gestão 2011
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2.2. Eixo 2 – Formação
Em 2011, a ênfase da componente ensino foi dar continuidade ao esforço de alargamento do leque de oferta no domínio da formação tendo em vista a meta de aumentar o número de alunos e seus os níveis de qualidade.
O número de candidatos ao ensino superior em 2011 foi inferior ao número de vagas (46642 candidatos – 1.ª fase ‐ para 53500 vagas2) o que teve por consequência uma baixa no número de alunos matriculados a nível nacional no ano letivo 2011/2012. Contudo, no no conjunto das duas licenciaturas (Geografia e Planeamento e Gestão do Território) do IGOT‐UL, a ocupação efetiva de vagas (Matriculados/Vagas) foi de 92,7%, face a um
valor médio nacional de 86,3%3.
No que respeita ao aumento da qualidade, também aqui se registou uma evolução positiva, tendo a média dos candidatos colocados (nota de candidatura) subido 4,6 pontos na licenciatura em Geografia e 2,2 pontos na licenciatura em Planeamento e Gestão do Território.
Apesar de não ter sido possível aumentar o número absoluto de alunos, registou‐se uma prestação acima da média nacional e alunos com médias de candidatura superiores ao
ano letivo transacto.
Face às ações previstas no plano de atividades para 2011, os resultados alcançados no Eixo 2 (Formação), foram os seguintes:
vii. Funcionamento dos cursos
Foi assegurado o funcionamento dos cursos ministrados pelo IGOT‐UL, tendo sido alocados
os recursos necessários às aulas, no ano letivo 2010/2011 nas instalações da Faculdade de
Letras e,no ano letivo 2011/2012 naquela Faculdade e no edifício do IGOT‐UL.
No domínio dos cursos de pós‐graduação procurou incrementar‐se a relação com a
investigação desenvolvida no âmbito do CEG.
O funcionamento dos cursos foi articulado com os coordenadores de Ciclos de Estudos e por
estes com os respectivos coordenadores de curso, tendo havido uma colaboração muito
2 Fonte: DGES (2011), Concurso Nacional de Acesso 2011 em Números 3 Fonte: Distribuição de Matriculados e Colocação Anterior | Concurso Nacional de Acesso – 2011, http://www.dges.mctes.pt/DGES/pt/Estudantes/Acesso/Estatisticas/EstudosEstatisticas/
Figura 7 ‐ Vagas e candidatos em 2011
Figura 8 ‐ Nota média de candidatura nas licenciaturas do IGOT‐UL
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Relatório de Gestão 2011
21/46
x. Centro de formação para professores
Procedeu‐se à organização do centro de formação para professores dos Ensinos Básico e
Secundário, tendo‐se procedido à certificação do IGOT‐UL como entidade formadora junto
do Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua, tendo já sido acreditadas 5 ações
de formação destinadas a professores do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário e
a professores dos grupos de docência 200, 400, 420 e 430.
xi. Prémio para o(a) melhor jovem licenciado(a)
Com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, procedeu‐se à entrega pela
primeira vez do prémio para o melhor jovem licenciado em Geografia, o
qual foi entregue no dia 20 de maio nas III conferências do IGOT a Mariana
Gomes Costa Seara, melhor jovem licenciada no ano letivo 2009/2010.
A Direção do IGOT‐UL acarinha os prémios escolares por defender o
reconhecimento do mérito e entender que podem ser um estímulo para os
estudantes melhorarem o seu desempenho.
Relatório de Gestão 2011
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2.3. Eixo 3 – Investigação científica
O IGOT‐UL, atual instituição de acolhimento do CEG, geriu em 2011 o Financiamento Plurianual (Projeto Estratégico) do CEG, 3 projetos europeus do 7.º Programa‐Quadro para a Ciência, um dos quais concluído em 2011, tendo o IGOT‐UL, na qualidade de coordenador, apresentado o relatório final à Comissão Europeia em Novembro passado, 2 projetos europeus no âmbito de outros programas de financiamento, e 44 outros projetos e ações de natureza científica de âmbito nacional, de que se destaca a coordenação de 8 projetos científicos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Os principais objectivos definidos para 2011 para a área da investigação científica do IGOT‐UL foram oferecer condições que facilitem o cumprimento dos objetivos de excelência do CEG pela integração progressiva da atividade de I&D no IGOT‐UL, em termos administrativos e de gestão, e potenciar a articulação com a formação avançada.
Para o efeito foram estabelecidas as seguintes ações:
xii. Conferências proferidas por professores e investigadores visitantes
Em 2011 foram proferidas inúmeras conferências por investigadores visitantes do CEG, na
sequência das suas deslocações ao IGOT‐UL para participarem em eventos científicos ou em
projetos de investigação.
A divulgação dos eventos por parte do CEG e do IGOT‐UL permitiu a participação de alunos
dos diversos ciclos de estudo e investigadores do CEG, de centros de investigação da
Universidade de Lisboa e de outras unidades de I&D.
xiii. Melhorar apoio ao Centro de Estudos Geográficos
O ano de 2011 foi mais uma vez marcado por um forte
empenho em melhorar as condições de funcionamento
aumentando os níveis de qualidade do apoio à investigação
do CEG.
Assim, em 2011, foram contratados através de Bolsas de
Gestão de Ciência e Tecnologia 4 técnicos superiores que dão
apoio ao CEG. Estes profissionais estão a desenvolver a sua
atividade no apoio aos projetos europeus e nacionais, no apoio à direção e ao Projeto
Estratégico do CEG (antigo financiamento plurianual), revista Finisterra, Fototeca, website,
aquisição de bens e serviços, entre outras tarefas em que se incluem, por exemplo, a
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Relatório de Gestão 2011
24/46
2.4. Eixo 4 – Divulgação
Atendendo ao facto de o IGOT ser uma nova unidade orgânica da UL assumiu particular relevância a necessidade de divulgação da instituição e da sua atividade, tendo em vista a afirmação de uma imagem forte tanto junto dos candidatos ao ensino superior e a pós‐graduações, como da sociedade em geral, designadamente entidades com as quais podemos ter relações privilegiadas em termos de investigação, formação ou outros. Deste modo, as questões de divulgação continuaram a ter um carácter prioritário, tendo‐se desenvolvido as seguintes medidas:
xvi. Organização de colóquios, congressos e outras iniciativas
Em 2011, o IGOT‐UL promoveu acções e apoiou iniciativas
do Centro de Estudos Geográficos e dos seus núcleos de
investigação, como forma de divulgação das suas
atividades e de atrair novos públicos à Universidade, das
quais se referem algumas.
a. Realizaram‐se, em 20 de Maio, as Terceiras Conferências do IGOT “Zona Costeira: um
Território Resiliente?” que contaram com a participação de diversos investigadores
de outras instituições e de autarcas, para além de uma conferência do professor Pere
A. Salvà Tomás da Universidade das Ilhas Baleares. As Conferências contaram com o
apoio da Caixa Geral de Depósitos, o que permitiu a vinda do Prof. Pere Salvà e a
realização destas Conferências sem custos para os participantes.
No fim da sessão foi entregue ao melhor aluno que completou a licenciatura no IGOT
no ano letivo de 2009/2010 o prémio CGD por representantes desta instituição
financeira.
b. Em colaboração com a APG, Associação Portuguesa de Geógrafos foi organizado,‐em
Outubro (26 a 29), o VIII Congresso da Geografia Portuguesa “Repensar a Geografia
para Novos Desafios. Competências. Investigação. Acção”. Este congresso, que
contou também com o patrocínio da CGD, permitiu trazer até ao IGOT numerosos
geógrafos, que se encontram a exercer atividade profissional nas escolas não
superiores e em outras instituições, e divulgar junto destes a existência do IGOT‐UL,
a investigação e a oferta de formação do Instituto.
c. Prestou‐se homenagem a Orlando Ribeiro neste ano do centenário do seu
nascimento dando o seu nome ao auditório do Pavilhão do IGOT, numa cerimónia
realizada no dia 27 de Outubro, e apoiaram‐se outras iniciativas destinadas a
comemorar o centenário do nascimento deste nosso mestre e fundador do CEG.
Merece destaque, pela sua dimensão, a exposição de documentos “Centenário de
Orlando Ribeiro” inaugurada na Biblioteca Nacional a 26 de Outubro.
Relatório de Gestão 2011
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d. Entre Abril e Junho, a Direção promoveu uma série de 5 colóquios à hora do almoço,
Os Colóquio do IGOT, em que pós‐doutorandos e professores estrangeiros a
desenvolver investigação no IGOT‐UL apresentaram materiais e resultados das
respetivas pesquisas.
e. Os docentes continuaram a revelar um elevado
dinamismo em termos de organização de
workshops, colóquios e conferências. Para além de
palestras diretamente ligadas a seminários de
mestrado ou doutoramento, e workshops com
carater pontual, devem referir‐se:
i. Conferências associadas ao encerramento
de projetos, algumas com dimensão
internacional como sucedeu com a do projeto europeu GEITONIES,
Tolerância e Coesão Social que decorreu a 28 e 29 Abril ou a do Projeto
europeu (Urban‐Net) REPLACIS, Planning for Retail Resilience and
Sustainable Cities, de 20 a 22 de janeiro, ou ainda a Conferência do Projeto
aplicado desenvolvido para a CCDR‐LVT e organizada em colaboração com
esta entidade em 6 de dezembro sob o título “Capital Criativo numa Região
Capital”.
ii. Conferências que núcleos do CEG organizam com alguma periodicidade
como foram os casos do IV Seminário Internacional de Turismo e
Planeamento do Território em 11 de Novembro sobre Turismo e Cidade, ou
as II Jornadas do MOPT, com 3 sessões entre 22 de Novembro e 6 de
Dezembro sobre questões de sustentabilidade.
f. À semelhança de outras Unidades Orgânicas, o IGOT‐UL participou na Futurália 2011
em espaço autónomo dentro do pavilhão da Universidade de Lisboa. Trata‐se de
uma importante bolsa de oportunidades de formação dedicada aos alunos do ensino
não superior e suas famílias que decorreu na FIL entre 9 e 12 de Março. No espaço
do IGOT estiveram docentes e estudantes que prestaram esclarecimentos aos
visitantes e distribuíram material de divulgação nos 4 dias do certame.
xvii. Publicidade
i. As ações de divulgação do IGOT nos media realizaram‐se recorrendo a anúncios em
jornais, suplementos especializados e on‐line no Canal/Portal Sapo.
ii. Foi editado diverso material de divulgação (sacos, blocos de notas, lápis, camisolas,
folhetos diversos) destinado a distribuição nos principais eventos organizados pelo
Instituto e na Futurália. Na altura das inscrições de Setembro, todos os alunos
receberam alguns destes brindes quando formalizaram a inscrição.
Relatório de Gestão 2011
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Em resultado do conjunto de ações de divulgação, o IGOT‐UL revelou um bom desempenho
na captação de alunos, tendo sido
admitidos 146 alunos no 1.º ano, no
conjunto dos concursos e regimes
(normal e especial), para além de ainda
acolhermos, em 2011, 27 novos alunos
Erasmus.
Figura 9 ‐ Distribuição dos alunos do IGOT‐UL por ciclos de estudo
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3. RECURSOS FINANCEIROS
Em 2011 diversas condições externas contribuíram para uma redução global do orçamento do IGOT‐UL, nomeadamente a redução do plafond orçamental depois de ter sido atribuído, a redução das transferências de Orçamento de Estado decorrentes das reduções remuneratórias e do corte parcial do subsídio de Natal e a redução das transferências provenientes da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Após a aprovação do Orçamento de Estado, em Março de 2011, a Direção‐Geral do Orçamento emitiu a Circular 1363, com instruções complementares ao Decreto‐Lei de Execução Orçamental para 2011 que veio introduzir cativações adicionais à execução do Orçamento de Estado de 2011 e à própria execução material das atividades previstas.
O Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, face às cativações definidas para o Orçamento de Estado de 2011, apresentou ao Reitor a sua posição relativamente ao prejuízo que estas medidas viriam (e vieram) a trazer à gestão das Instituições de Ensino Superior, nomeadamente no que diz respeito à investigação científica na Universidade.
Com efeito em resultado destas medidas, de 2010 para 2011, assistiu‐se a uma redução de cerca de 200 mil euros da receita do IGOT‐UL (Figura 10). Paradoxalmente, assistiu‐se a um aumento da despesa que se ficou a dever aos seguintes factos: (i) o IGOT‐UL e o CEG terem executado despesa no âmbito de projetos de investigação sem que o reembolso dessas despesas tenha sido realizado de forma atempada por parte das entidades financiadoras; (ii) o investimento realizado para melhoria das condições no edifício provisório do IGOT‐UL; (iii) e à conclusão de um projeto europeu que continua a aguardar o pagamento da tranche final.
Apesar desta tendência negativa, devem salientar‐se os resultados obtidos na receita proveniente de propinas que atingiu os 691.969 euros, valor acima do inicialmente previsto em orçamento de (638.704 euros), as elevadas taxas de execução ao nível das prestações de serviços (acima dos 400%, atingindo um valor total de quase 730 mil euros) e ainda o facto do saldo transitado para a gerência de 2012 ascender a 1.281.964,30 euros, aumentando 180.041,46 euros relativamente ao valor de 2010 (1.101.923,14).
Figura 11 ‐ Despesa do IGOT‐UL (2010‐2011)
Figura 10 ‐ Receita do IGOT‐UL (2010‐2011)
Relatório de Gestão 2011
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No que respeita à distribuição da despesa, refira‐se que na componente Ensino prevalecem as despesas com pessoal, enquanto na componente Investigação, as despesas do financiamento plurianual e dos projetos de investigação concentram‐se na aquisição de bens e serviços e na aquisição de bens de capital (ver Figura 12). Refira‐se que o valor elevado registado nas transferências correntes deve‐se às despesas com as bolsas de investigação que não são consideradas despesas com pessoal e ainda ao facto do CEG ter a coordenação de diversos projetos de investigação, o que faz com que o IGOT‐UL receba a totalidade das verbas respeitantes a esses projetos, mas que tenha que proceder à sua imediata transferência para os parceiros de projeto.
Verifica‐se que o IGOT‐UL goza de uma elevada liquidez, contudo esta é uma liquidez aparente, pois a receita da investigação está consignada à execução dos respetivos projetos. Saliente‐se que a crescente exigência em diversos programas de investigação (nacionais e europeus) para que os projetos funcionem em regime de reembolso, requer esta liquidez. Contudo, não se pode confundir a disponibilidade de tesouraria com a disponibilidade orçamental e com as demais restrições orçamentais para a sua execução. Por isso se refere que a liquidez é “aparente” porque, apesar da uma efetiva disponibilidade de curto prazo, como a receita “está consignada” a determinado projeto, não pode ser utilizada noutras atividades. Aliás, no caso dos projetos europeus esta situação está completamente proibida, sendo mesmo exigida a existência de uma conta bancária independente para a gestão das verbas desses projetos.
Por estes motivos, a Direção do IGOT decidiu disponibilizar o montante do Overhead para a execução da despesa direta, até que se proceda ao encerramento do projeto. Desta forma o IGOT aumenta as disponibilidades imediatas do projeto e permite aumentar a sua execução.
Conforme se pode verificar pelas tabelas seguintes, a gestão e o acompanhamento da execução da receita e da despesa aliados à adoção de medidas já descritas permitiram ao IGOT elevados níveis de execução da receita e da despesa.
3.1. Análise orçamental
Nas tabelas 1 e 2 apresenta‐se o resumo da execução do Orçamento da receita em 2011, na sua versão corrigida. Cabe referir que o plafond atribuído pelo Ministério da Educação Ciência Tecnologia e Ensino Superior à Universidade de Lisboa e concretamente ao IGOT‐UL era de 2.221.279 euros, tendo sido posteriormente sujeito a cortes impostos pela Direção‐Geral do Orçamento, na sequência de diversas medidas governamentais, tendo o IGOT sofrido um corte global de 453.702 euros correspondente a 20,43% do seu orçamento inicial. Saliente‐se que as alterações foram realizadas no orçamento à revelia das Instituições do Ensino Superior, tendo inclusivamente valores de receita e despesa desequilibrados.
Figura 12 ‐ Despesas por agrupamento 2011
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Tabela 1 ‐ Execução da receita do IGOT‐UL no ano 2011 (Investigação)
Orçamento IGOT‐ RECEITA 2011
Programa/ Fonte de Financiamento
Agrupamentos Previsões corrigidas
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Taxa de execução
Medida
Educação‐Investigação
Saldos de RG Não Afectas a Projectos Co‐financiados
Saldo da Gerência anterior 101.858,00 € 101.857,90 € 100%
Transferências de RG entre organismos
Administração central 547.968,00 € 476.298,34 € 87%
Total de Transferências Correntes 547.968,00 € 476.298,34 € 87%
Outros
Rendimentos da propriedade 0,00 € 110.542,00 € ‐
Resto do mundo 355.031,00 € 261.055,87 € 74%
Total de Transferências correntes 355.031,00 € 261.055,87 € 74%
Saldo da gerência anterior 583.006,00 € 583.005,59 € 100%
Receitas Próprias do Ano
Sociedades e quase‐sociedades não financeiras 6.500,00 € 0,00 € 0%
Sociedades financeiras 15.000,00 € 0,00 € 0%
Instituições sem fins lucrativos 100.000,00 € 13.600,00 € 14%
Resto do mundo 435.063,00 € 0,00 € 0%
Total de Transferências correntes 556.563,00 € 13.600,00 € 2%
Venda de bens 10.000,00 € 14.628,11 € 146%
Serviços 335.000,00 € 201.414,01 € 60%
Total de Venda de bens e serviços correntes 345.000,00 € 216.042,12 € 63%
Saldos de RP transitados
Saldo da Gerência anterior 104.027,00 € 104.026,24 € 100%
Transferências entre
organismos
Administração central 1.000,00 € 0,00 € 0%
Administração local 18.000,00 € 7.084,80 € 39%
Total de Transferências correntes 19.000,00 € 7.084,80 € 37%
Na componente investigação 2011 foi marcado por profundas alterações ao nível do relacionamento com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), com a introdução de uma plataforma eletrónica de submissão de pedidos de pagamento e com a alteração da forma de realização dos pedidos de pagamento que passaram a estar sujeitos a um valor mínimo de 10% do valor global do orçamento do projeto. A FCT alterou ainda a forma de financiamento das unidades de I&D, transformando o Financiamento Plurianual num Projeto Estratégico para 2 anos.
Na prática estas alterações traduziram‐se no aprofundamento do atraso nos pagamentos às Unidades de I&D, o que provocou atrasos significativos e levou a uma execução dos abaixo do esperado (83%).
Relatório de Gestão 2011
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Em termos dos projetos europeus, verificou‐se um atraso no pagamento de valores por parte dos coordenadores destes projetos, o que explica que parte da receita prevista para 2011 só tenha sido arrecadada no ano seguinte, o que determina uma taxa de execução nula. Este facto em nada afetou a realização dos projetos devido à disponibilidade de saldos transitados de 2010 e do valor dos Overheads que o IGOT‐UL manteve à disposição dos projetos para aumentar a respetiva capacidade de execução em despesas diretas.
Por outro lado, o cenário de crise e as restrições impostas às entidades públicas conduziram também a uma execução abaixo do esperado (63%) nas prestações de serviços.
Globalmente, regista‐se uma taxa de execução de 72%, justificada pelo exposto. Esta taxa de execução deve‐se, em grande parte, aos valores não pagos pela FCT e pelos projetos europeus, os quais representam quase 2/3 da receita não executada em 2011.
Tabela 2 ‐ Execução da receita do IGOT‐UL no ano 2011 (Ensino)
Orçamento IGOT‐ RECEITA 2011
Programa/ Fonte de Financiamento
Agrupamentos Previsões corrigidas
Total de Receitas Cobradas
Taxa de execução
Medida
Educação e Estabelecimentos
de Ensino
Receitas Gerais Não Afectas a Projectos Co‐financiados
Administração central 1.969.164,00 € 1.767.577,00 € 90%
Total de Transferências correntes 1.969.164,00 € 1.767.577,00 € 90%
Saldos de RG não afectas a projectos co‐financiados
Saldo da gerência anterior 1.270,00 € 1.269,72 € 100%
Receitas Próprias do
Ano
Propinas e Taxas 636.704,00 € 910.051,49 € 143%
Multas e outras penalidades 2.000,00 € 304,20 € 15%
Total de Taxas, multas e outras penalidades 638.704,00 € 908.063,19 € 142%
Sociedades financeiras 0,00 € 4.200,00 € ‐
Total de Transferências correntes 0,00 € 4.200,00 € ‐
Venda de bens 12.000,00 € 0,00 € 0%
Serviços 46.430,00 € 17.170,30 € 37%
Total de Venda de bens e serviços correntes 58.430,00 € 17.170,30 € 29%
Outras receitas correntes 0,00 € 5.022,50 € ‐
Reposições não abatidas nos pagamentos 2.000,00 € 15,29 € 1%
Saldos de RP transitados
Saldo da Gerência anterior 311.764,00 € 311.763,69 € 100%
Transferências entre
organismos
Administração central 46.570,00 € 46.570,00 € 100%
Total de Transferências correntes 46.570,00 € 46.570,00 € 100%
Total Orçamento de 2011 (Ensino) 3.027.902,00 € 3.061.651,69 € 101%
Total Orçamento de 2011 5.640.355,00 € 4.935.164,55 € 87%
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Na componente ensino destacam‐se ao nível da receita por um lado a redução das transferências de Orçamento de Estado (Receitas Gerais) já anteriormente referida e, em sentido inverso, a elevada execução no que respeita às receitas de propinas que ultrapassam os valores inicialmente previstos por arrecadação de receita adicional de propinas em atraso. Este elevado nível de execução de receita permitiu compensar os cortes sofridos e atingir uma execução global agregada de 101%, integrando os saldos transitados de 2010.
Tabela 3 ‐ ‐ Execução da despesa do IGOT‐UL no ano 2011 (Investigação)
Orçamento IGOT ‐ DESPESA 2011 (Investigação)
Programa/ Fonte de Financiamento
Agrupamentos Orçamento corrigido Total de Despesas
Pagas Taxa de execução
Medida
Educação‐Investigação
Saldos de RG Não Afectas a
Projectos Co‐financiados
Abonos Variáveis ou Eventuais 10.546,00 € 10.249,88 € 97%
Segurança Social 3.609,00 € 2.912,97 € 81%
Total das Despesas com Pessoal 14.155,00 € 13.162,85 € 93%
Aquisição de Bens 7.550,00 € 7.370,08 € 98%
Aquisição de Serviços 72.058,00 € 61.962,81 € 86%
Total de Aquisição de Bens e Serviços 79.608,00 € 69.332,89 € 87%
Outras Despesas Correntes 133,00 € 89,10 € 67%
Aquisição de Bens de Capital 7.962,00 € 6.667,45 € 84%
Transferências de RG entre
organismos
Abonos Variáveis ou Eventuais 22.000,00 € 20.042,99 € 91%
Segurança Social 1.000,00 € 616,26 € 62%
Total das Despesas com Pessoal 23.000,00 € 20.659,25 € 90%
Aquisição de Bens 34.458,00 € 23.539,53 € 68%
Aquisição de Serviços 261.594,00 € 169.924,17 € 65%
Total de Aquisição de Bens e Serviços 296.052,00 € 193.463,70 € 65%
Transferências Correntes 124.260,00 € 119.130,81 € 96%
Outras Despesas Correntes 9.586,00 € 299,96 € 3%
Aquisição de Bens de Capital 95.070,00 € 36.262,73 € 38%
Outros
Remunerações Certas e Permanentes 0,00 € 0,00 € ‐
Abonos Variáveis ou Eventuais 51.000,00 € 15.706,39 € 31%
Segurança Social 8.500,00 € 6.385,10 € 75%
Total das Despesas com Pessoal 59.500,00 € 22.091,49 € 37%
Aquisição de Bens 128.764,00 € 19.261,52 € 15%
Aquisição de Serviços 499.486,00 € 113.077,25 € 23%
Total de aquisição de bens e serviços 628.250,00 € 132.338,77 € 21%
Transferências Correntes 118.959,00 € 111.805,90 € 94%
Outras Despesas Correntes 3.030,00 € 12,67 € 0%
Aquisições de Bens de Capital 127.298,00 € 26.243,68 € 21%
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Orçamento IGOT ‐ DESPESA 2011 (Investigação ‐ cont.)
Programa/ Fonte de Financiamento
Agrupamentos Orçamento corrigido Total de Despesas
Pagas Taxa de execução Medida
Educação‐Investigação
Abonos Variáveis ou Eventuais 30.000,00 € 15.037,83 € 50%
Total das Despesas com Pessoal 30.000,00 € 15.037,83 € 50%
Aquisição de Bens 104.000,00 € 4.211,48 € 4%
Aquisição de Serviços 628.863,00 € 81.156,39 € 13%
Total de Aquisição de Bens e Serviços 732.863,00 € 85.367,87 € 12%
Transferências Correntes 70.200,00 € 68.926,96 € 98%
Outras Despesas Correntes 15.500,00 € 12.744,64 € 82%
Aquisições de Bens de Capital 55.000,00 € 17.821,59 € 32%
Saldos de RP transitados
Abonos Variáveis ou Eventuais 43.500,00 € 38.700,07 € 89%
Total das Despesas com Pessoal 43.500,00 € 38.700,07 € 89%
Aquisição de Bens 5.000,00 € 274,34 € 5%
Aquisição de Serviços 5.120,00 € 5.101,82 € 100%
Total de Aquisição de Bens e Serviços 10.120,00 € 5.376,16 € 53%
Transferências Correntes 13.163,00 € 13.162,50 € 100%
Outras Despesas Correntes 37.244,00 € 26.351,64 € 71%
Transferências entre organismos
Aquisição de Bens 6.000,00 € 0,00 € 0%
Aquisição de Serviços 12.000,00 € 0,00 € 0%
Total de Aquisição de Bens e Serviços 18.000,00 € 0,00 € 0%
Total Orçamento de 2011 (Investigação) 2.612.453,00 € 1.035.050,51 € 40%
Conforme se referiu anteriormente, a execução dos projetos de investigação e do financiamento do Centro de Estudos Geográficos foi fortemente afetado pela alteração das regras pagamento das despesas introduzido pela FCT. Com efeito, estas alterações resultaram no atraso sistemático do pagamento por parte da FCT do financiamento dos projetos de investigação e do financiamento do CEG condicionou fortemente a execução da despesa5.
Para agravar esta situação, as análises aos pedidos de pagamento passaram a considerar de elegibilidade duvidosa muitas despesas por considerarem que a informação disponível era insuficiente. Contudo, não era possível fornecer esta informação pois o limite de carateres imposto nos campos do Portal da Ciência e Tecnologia (PCT) não permitiam a inclusão da descrição nem da justificação completa da despesa e a documentação enviada cingia‐se à amostra determinada pela FCT. Por outro lado, as análises realizadas por empresas externas, com algum desconhecimento da atividade de investigação, eram imprecisas e levaram à submissão sucessiva das mesmas despesas, aumentando o atraso nos pagamentos às Unidades de I&D.
Adicionalmente, os valores dos saldos dos projetos europeus que não foram executados em 2011 também contribuem para explicar o valor reduzido de execução de despesa em 2011 (40%).
5 A título de exemplo, o primeiro pedido de pagamento de um projeto de investigação submetido à FCT em Janeiro só foi pago em Julho de 2011
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Tabela 4 ‐ ‐ Execução da despesa do IGOT‐UL no ano 2011 (Ensino)
Orçamento IGOT ‐ DESPESA 2011 (Ensino)
Programa/ Fonte de Financiamento
Agrupamentos Orçamento corrigido Total de Despesas
Pagas Taxa de execução Medida
Educação e Estabelecimentos
de Ensino
Receitas Gerais Não Afectas a Projectos Co‐financiados
Remunerações Certas e Permanentes 1.945.881,00 € 1.762.907,00 € 91%
Abonos Variáveis ou Eventuais 940,00 € 884,83 € 94%
Segurança Social 22.343,00 € 3.723,90 € 17%
Total das Despesas com Pessoal 1.969.164,00 € 1.767.515,73 € 90%
Saldos de RG não afectas a
projectos co‐financiados
Segurança Social 1.270,00 € 0,00 € 0%
Total das Despesas com Pessoal 1.270,00 € 0,00 € 0%
Receitas Próprias do Ano
Remunerações Certas e Permanentes 74.325,00 € 43.510,16 € 59%
Abonos Variáveis ou Eventuais 12.114,00 € 4.631,62 € 38%
Segurança Social 350.265,00 € 324.367,65 € 93%
Total das Despesas com Pessoal 436.704,00 € 372.509,43 € 85%
Aquisição de Bens 19.200,00 € 15.482,53 € 81%
Aquisição de Serviços 161.550,00 € 134.141,78 € 83%
Total de Aquisição de Bens e Serviços 180.750,00 € 149.624,31 € 83%
Transferências Correntes 32.500,00 € 32.277,09 € 99%
Outras Despesas Correntes 20.000,00 € 15.309,39 € 77%
Aquisições de Bens de Capital 29.180,00 € 23.783,96 € 82%
Saldos de RP transitados
Remunerações Certas e Permanentes 122.000,00 € 121.835,70 € 100%
Abonos Variáveis ou Eventuais 30.000,00 € 27.785,95 € 93%
Segurança Social 135.643,00 € 17.463,63 € 13%
Total das Despesas com Pessoal 287.643,00 € 167.085,28 € 58%
Aquisição de Bens 24.023,00 € 18.436,50 € 77%
Total de Aquisição de Bens e Serviços 24.023,00 € 18.436,50 € 77%
Outras Despesas Correntes 98,00 € 97,53 € 100%
Transferências entre
organismos Aquisições de Bens de Capital 46.570,00 € 41.963,01 € 90%
Total Orçamento de 2011 (Ensino) 3.027.902,00 € 2.588.602,23 € 85%
Total Orçamento de 2011 5.640.355,00 € 3.623.652,74 € 64%
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Como é sabido, as despesas com pessoal têm um peso muito significativo na repartição da despesa por tipologia de gastos nas instituições de ensino superior. No caso do IGOT‐UL ascende a 89% do total da sua despesa na componente Ensino.
Do lado da despesa, a execução na componente ensino sofreu um desvio negativo, em consequência da adoção de uma abordagem defensiva e rigorosa na execução da despesa face a uma conjuntura económica geral desfavorável e por forma a acumular algum saldo para futuros investimentos em instalações definitivas previstas no curto prazo. Por outro lado, por força da redução do orçamento e da redução remuneratório que afetou a Administração Pública em 2011 e em particular as Instituições de Ensino Superior, que resultou num corte salarial próximo do valor máximo (10%) devido ao valor médio da remuneração dos profissionais destas instituições que reúnem pessoal altamente qualificado.
Com efeito, o desvio registado ao nível das Despesas com Pessoal (Figura 14) é de ‐14% face ao valor inicialmente orçamentado, enquanto para as restantes despesas correntes o valor se cifrou em ‐18% no caso das Aquisições de Bens e Serviços e em ‐25% para Outras Despesas Correntes.
Em despesas de capital, realizadas forçosamente para colocar em funcionamento o edifício provisório da Av.ª Prof. Gama Pinto, a contenção foi na ordem de ‐13% face aos valores inicialmente orçamentados.
O IGOT‐UL durante o ano 2011 realizou pontualmente os pagamentos de vencimentos, liquidou as faturas dos seus fornecedores e cumpriu com as obrigações fiscais.
Apesar das dificuldades já enunciadas, o IGOT‐UL transitou um saldo positivo para 2012, num total de 180.041,46 euros realizados em 2011 que, acumulando com o saldo da gerência de 2010 (1.101.923,14 euros), prefaz um total de 1.281.964,60 euros.
Figura 14 – Despesa da componente ensino em 2011 por agrupamento
Figura 13 ‐ Repartição da despesa do IGOT por agrupamentos
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3.2. Análise patrimonial
Balanço
Da análise do Balanço de 2011, verifica‐se que o Ativo Líquido do IGOT‐UL se situou nos 3.492.667,45 euros, encontrando‐se financiado em 99% por Fundos Próprios e Proveitos Diferidos e Acréscimos de Custos.
2011
Ativo Investimentos 1.161.973,93 € Ativo circulante 2.330.693,52 € Total do Ativo 3.492.667,45 €
Fundos Próprios e Passivo
Fundos Próprios 1.839.117,03 € Proveitos Diferidos e Acréscimos de Custos 1.622.196,24 € Exigível 31.354,18 € Toral dos Fundos Próprios e Passivo 3.492.667,45 €
Saliente‐se que as disponibilidades representam cerca de 37% do Ativo Líquido (1.281.964,60 euros), cobrindo largamente a totalidade do exigível de curto prazo (31.354,18 euros), demonstrando claramente a elevada liquidez demonstrada pelo IGOT‐UL ao longo de todo o ano.
No que se refere à composição do Ativo, apresenta uma distribuição quase proporcional em Imobillizado corpóreo (33%), dívidas de terceiros de curto prazo (30%) e disponibilidades (37%). Esta composição peculiar do ativo deve‐se à “juventude” do IGOT‐UL e ao facto de não dispor de instalações próprias com caráter definitivo, bem como ao peso da investigação científica e de uma lógica plurianual de financiamento que origina elevados montantes disponíveis nas contas bancárias do IGOT‐UL.
O Passivo representa cerca de 47% do total de balanço com um valor de 1.653.550,42 euros, dos quais mais de 87% correspondem a proveitos diferidos.
Demonstração de Resultados
Custos
No exercício de 2011, os Custos e Perdas do IGOT‐UL, totalizaram 3.351.100,85 euros. Os Custos Operacionais ascenderam a 3.340.333,11 euros, representando 99,7% do total de custos.
Os Custos com Pessoal detêm um peso muito significativo na estrutura de custos (68%), embora se tenha verificado uma redução destes custos relativamente ao ano 2010, em resultado dos cortes salariais impostos aos trabalhadores da Administração Pública.
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Tabela 5 ‐ Custos e perdas 2011
Custos EurosFornecimentos e Serviços externos 637.752,62Custos com Pessoal 2.278.825,05Transferências concedidas 332.140,76Amortizações 90.480,42Outros Custos 1.134,26TOTAL 3.340.333,11
A estrutura de custos apresentada é típica da área de atividade em que o IGOT‐UL se insere (ensino, investigação e desenvolvimento, formação e prestação de serviços à comunidade), com um peso significativo dos custos com pessoal na estrutura de 2011, seguido dos Fornecimentos e Serviços Externos e pelas Transferências Concedidas.
Proveitos
Em 2011, os Proveitos Operacionais atingiram o valor de 3.766.093,30 euros, sendo responsáveis por 98% do total dos proveitos.
Tabela 6 ‐ Proveitos e Ganhos Operacionais 2011
Proveitos e Ganhos Operacionais 2011 EurosVendas e Prestacoes de serviços 9.771,37Impostos e Taxas (Propinas) 864.633,32Proveitos Suplementares 159.325,40Transferências e Subsídios Correntes 2.732.363,21TOTAL 3.766.093,30
A atividade operacional tem um peso muito significativo das Transferências e Subsidios Correntes (72,6%), correspondentes aos valores transferidos pelo Orçamento de Estado (Receitas Gerais) para a componente ensino a os financiamentos dos projetos de investigação científica. De salientar também o montante diretamente imputado à atividade do ano em termos de propinas que fazem com que o contributo dos Impostos e Taxas para a atividade operacional do ano seja de 23%.
Figura 15 ‐ Estrutura de Custos em 2011
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Com estes indicadores e apesar das fortes condicionantes às atividades de Ensino Superior Universitário e de Investigação Científica o IGOT‐UL obteve um Resultado Líquido do Exercício que ascendeu aos 489.945,23 euros, que representa uma quebra de 44% face ao ano 2010 (878.354,18 euros), mas que era esperada e se justifica pelos cortes sofridos nas transferências provenientes de Orçamento de Estado, pelos atrasos no financiamento proveniente da FCT, pelo encerramento de 1 projeto europeu e pelo facto de existirem proveitos registados em 2010 que, atendendo à plurianualidade desses financiamentos, serviram para suportar custos em 2011, sem que tenha havido novos pagamentos relativos a esses projetos.
Factos relevantes ocorridos após o termo do exercício
Não ocorreram acontecimentos subsequentes que impliquem ajustamentos e, ou, divulgação nas contas do exercício.
Figura 16 ‐ Estrutura dos proveitos operacionais 2011
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4. RECURSOS HUMANOS À data de 31 de Dezembro de 2011, o IGOT‐UL dispunha de 52 trabalhadores afetos ao seu mapa de pessoal. Do total de trabalhadores, 31 são do género masculino e 21 do género feminino, mantendo‐se a relação já existente em 2010 de uma percentagem aproximada de 60% de homens e de 40%, de mulheres.
Durante o ano considerado, o IGOT‐UL contou ainda com 4 bolseiros de gestão de ciência e tecnologia e 31 Bolseiros de Investigação integrados em projetos de investigação do Centro de Estudos Geográficos, dos quais 14 são do género masculino e 21 do género feminino.
No que respeita à estrutura etária, a média de idades é de 46 anos, sendo que a média de idades dos docentes do IGOT‐UL é de 49 anos e do pessoal não docente é de 38 anos. Aquele valor é muito preocupante pelo que indicia de envelhecimento sem a necessária capacidade de uma substituição devidamente preparada. Não se regista grande diferença entre sexos no que respeita à idade, pois o valor da média de idades das mulheres é de 47 anos e dos homens é de 46 anos.
É de salientar que a faixa etária que agrega mais de metade dos efetivos (56%) situa‐se entre os 45 e os 59 anos de idade, sendo que 75% do total dos colaboradores tem mais de 40 anos de idade.
Relativamente à variável nível de escolaridade, há uma predominância de trabalhadores detentores de habilitações de grau superior (90%) devido ao facto de se tratar de um estabelecimento de ensino superior. De facto apenas 22% dos trabalhadores não pertencem à carreira Docente do Ensino Universitário, conforme está patente na Figura 19.
Figura 17 ‐ Estrutura etária por sexo dos trabalhadores integrados no mapa de pessoal
Figura 18 ‐ Níveis de escolaridade dos trabalhadores integrados no mapa de pessoal
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No entanto, a carreira universitária não é por si só explicativa desta situação, pois também se verifica uma elevada qualificação do pessoal não docente, visto que 83% destes trabalhadores têm o 12.º ano de escolaridade ou habilitação superior, sendo que 58% são detentores de uma licenciatura ou mestrado.
Analisando a repartição dos trabalhadores em relação à carreira profissional, constatamos que a classe predominante é a dos Docentes do Ensino Universitário, com 75% do total dos trabalhadores, seguida da carreira Técnica Superior com uma representatividade de 15%.
A modalidade de vinculação predominante no IGOT‐UL é o Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Tempo Indeterminado. O IGOT‐UL, devido à componente de investigação, integra ainda um elevado número de bolseiros de investigação com contrato de bolsa, concretamente, em 2011, havia 31 bolseiros6, dos quais 13 renovaram uma bolsa iniciada em 2010. Para além destas modalidades, existem ainda alguns Contrato de Trabalho em Funções Públicas a termo Resolutivo Certo, designadamente no que diz respeito aos docentes de ensino superior que prestam serviço a tempo parcial nos termos do Estatuto da Carreira Docente Universitária.
6 Consideraram‐se apenas os bolseiros de projetos de investigação. No total foram contratados 35 bolseiros ao abrigo do Estatuto do Bolseiro, conforme definido pela FCT, 31 bolseiros de investigação de projetos (BI Licenciado ou BI Mestre) e 4 bolseiros de gestão de ciência e tecnologia (BGCT).
Figura 19 ‐ Distribuição dos trabalhadores do mapa de pessoal por carreiras/categorias
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5. AVALIAÇÃO GLOBAL DOS RESULTADOS ALCANÇADOS Em conclusão, as medidas previstas no Plano de Atividades para 2011 foram cumpridas, apesar da escassez de meios humanos e financeiros. O aspecto mais grave que permanece por resolver refere‐se às instalações. No início de Setembro de 2011 parte dos serviços mudou para uma construção provisória na Av.ª Prof. Gama Pinto, mas os docentes continuam sem espaço adequado para trabalhar e o CEG não dispõe de condições para instalar todos os investigadores que integra atualmente.
Apesar das limitações financeiras, o IGOT‐UL concretizou todas as tarefas regulares tendentes à prossecução da sua missão e aproximou‐se do cumprimento das metas constantes do seu projeto estratégico de desenvolvimento científico e pedagógico, em termos de número de alunos e de reconhecimento nos planos nacional e internacional como instituição de referência no ensino e investigação científica em Geografia.
Apesar dos cortes na componente Ensino de mais de 20% no Orçamento de Estado do IGOT‐UL (Figura 20), só em parte justificados pelas reduções remuneratórias que atingiram os trabalhadores da Administração Pública, o resultado global é positivo dada a gestão cautelosa da despesa e o empenho na execução da receita que permitiu que se tenha arrecadado 100% das receitas próprias de propinas. Efetivamente, o IGOT‐UL termina o ano 2011 com resultados transitados ainda acima dos registados em 2010, cumprindo a regra de equilíbrio orçamental, garantindo as condições para o funcionamento dos seus cursos, a execução dos projetos de investigação e, ainda, com indicadores financeiros muito positivos sem dívidas de médio ou longo prazo e com um prazo médio de liquidação da dívida de curto prazo inferior a 30 dias.
No ano 2011 verificou‐se o aumento na média de entrada no 1.º ciclo e do número de alunos em pós‐graduação, da quantidade e diversidade de projetos de investigação e dos pedidos de pareceres técnicos e outros trabalhos de carácter técnico‐científico para os quais são convidados o IGOT‐UL, enquanto instituição, e os seus docentes e investigadores do Centro de Estudos Geográficos.
Para que as instituições prosperem e possam crescer é fundamental que sejam dadas as condições para o efeito. Pela nossa parte tudo se fará para que se possam continuar a desenvolver as atividades de ensino e investigação no IGOT‐UL.
Contudo, vemos com grande apreensão a possibilidade de continuar a cumprir a missão do IGOT‐UL e as exigências legais no quadro altamente restritivo da execução orçamental. Devemos salientar os enormes prejuízos que as dificuldades colocadas à gestão dos resultados transitados colocam à investigação baseada em projetos plurianuais.
Figura 20 ‐ Orçamento de Estado afeto à componente Ensino, evolução 2010‐2011
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No entanto, numa visão prospetiva, considera‐se fundamental que a plurianualidade dos orçamentos, a adequação das regras orçamentais às especificidades do ensino superior e da investigação científica e o respeito pela autonomia universitária sejam uma realidade para que as unidades de ensino e de investigação, como o IGOT‐UL, possam desenvolver os seus projetos pedagógicos e científicos.
Universidade de Lisboa, 4 de Maio de 2012
O Conselho de Gestão
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ANEXOS
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ORGANIGRAMA
Coordenadores de Curso 1º ciclo Geografia – Catarina Ramos PGT – Eduarda Marques da Costa 2º ciclo GFOT – Ana Ramos Pereira GTU – Mário Vale PST – Jorge Malheiros PE – Teresa Alves SIGMTO ‐ Eusébio Reis 3º ciclo Geografia – Maria Lucinda Fonseca Turismo – José Manuel Simões
Assembleia do Instituto Órgão de governo com funções deliberativas e de supervisão, representando os docentes e investigadores, estudantes e pessoal não docente e não investigador
José Manuel Simões (Pres.)
Conselho de Gestão Órgão de gestão administrativa e financeira Teresa Barata Salgueiro (Pres.) Diogo de Abreu (Vogal) Paulo Ferreira (Vogal)
Conselho Pedagógico Órgão de gestão pedagógica Nuno Marques da Costa (Pres.)
Conselho Científico Órgão de gestão científica e cultural Teresa Barata Salgueiro (Pres.)
Assembleia da Área de Investigação e Desenvolvimento Composta por todos os investigadores que prestam serviço nas Unidades de Investigação do IGOT
Assembleia da Área de Ensino e Formação Composta por todos os docentes a tempo integral
Coordenadores de Ciclo 1º ciclo – José Luís Zêzere 2º ciclo – Mário Vale 3º ciclo – Maria Lucinda Fonseca
Cons
elho Con
sultivo Ex
terno
Centro de Estudos Geográficos
Diretor: Diogo de Abreu
Secretário: Luís Moreno
Coordenadores de Núcleo:
AntECC – Gonçalo Vieira
CLiMA – Maria João Alcoforado
HEGEC – Herculano Cachinho
MIGRARE – Mª Lucinda Fonseca
MOPT – Eduarda Marques Costa
NEST – Isabel André
NETURB – Jorge Malheiros
RISKam – José Luís Zêzere
SLIF – Ana Ramos Pereira
TERRITUR – José Manuel Simões
Subdiretores Catarina Ramos Eduarda Marques da Costa
Diretor Órgão superior de governo e de representação externa Teresa Barata Salgueiro
Secretário do IGOT Paulo Ferreira
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LEGISLAÇÃO Despacho Normativo n.º 36/2008 – Estatutos da Universidade de Lisboa (DRE, 2.ª série, n.º 148, de 1 de Agosto de 2008) Despacho n.º 7767/2009 – Regulamento de Instalação das Novas Unidades Orgânicas da UL: Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Faculdade de Psicologia e Instituto de Educação (DRE, 2.ª série, n.º 53, de 17 de Março de 2009) Despacho n.º 23162/2009 ‐ Estatutos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (DRE, 2.ª série, n.º 204, de 21 de Outubro de 2009)
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TABELAS
Tabela 7 ‐ Indicadores de execução da despesa (comparação 2010‐2011)
2010 2011 Despesa (milhares de euro) 3147 3624 Pagamentos 3294 3180 Documentos de despesa 15490 12720
Tabela 8 ‐ Evolução dos investigadores do CEG (2002‐2011
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011Investigadores não doutorados 33 38 38 38 34 36 79 78 85 98Investigadores doutorados 29 31 34 37 42 41 42 48 59 59
Tabela 9 ‐ ‐ Projetos e prestações de serviços (2010‐2011)
2010 2011Projetos em curso 25 29Prest. Serviços / Protocolos 14 20
Tabela 10 ‐ Tempo médio para a emissão de documentos (em dias)
2010 2011 Emissão de certificados 60 18Emissão de declarações 10 4Emissão de recibos 5 0,5
Tabela 11 ‐ Pedidos de mudança de turma
2010 2011 Pedidos de mudança de turma 428 83
Tabela 12 ‐ Contratos de bolsa realizados (2010‐2011)
Bolsas de investigação 2010 2011Renovações 0 13Novos Contratos 16 22
Tabela 13 ‐ Vagas e candidatos em 2011 (1.º ciclo)
IGOT Portugal
Vagas 2011 150 53500
Matriculados 2011 139 46187
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Tabela 14 ‐ Nota média de candidatura nas licenciaturas do IGOT‐UL
2010 2011
Geografia 124,9 129,5
Planeamento e Gestão do Território 133,6 135,8
Tabela 15 ‐ Distribuição dos alunos do IGOT‐UL por ciclos de estudo
Ciclo de estudos Alunos
1.º Ciclo ‐ Licenciatura 487
2.º Ciclo ‐Mestrado 111
3.º Ciclo ‐ Doutoramento 83
Tabela 16 ‐‐ Receita do IGOT‐UL (2010‐2011)
Receita em milhares de eurosReceita do ano 2010 4.034,90Receita do ano 2011 3.833,50