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Relatório e Contas 2017
ÍNDICE
1. Introdução ........................................................................................................................................................... 5
2. Breve Caracterização da CCAM ................................................................................................................... 7
3. Enquadramento Econónimo ........................................................................................................................ 11
3.1 Economia Internacional .................................................................................................................... 11
3.2 Economia Nacional ............................................................................................................................ 13
3.3 Mercado Bancário Nacional ............................................................................................................ 16
3.3.1 Evolução do Mercado Nacional de Depósitos ............................................................... 16
3.3.2 Evolução do Mercado Nacional de Crédito ..................................................................... 16
3.4 Mercados Financeiros ....................................................................................................................... 19
3.5 Principais Riscos e Incertezas para 2018 .................................................................................... 22
4. Crédito Agrícola – Evolução Recente ...................................................................................................... 25
4.1 Resultado e Balanço – Análise Financeira do Grupo CA ...................................................... 25
4.2 Outros Factos Relevantes .............................................................................................................. 29
5. Evolução da Actividade da Caixa Agrícola ............................................................................................. 33
5.1 Actividade Comercial – Visão Global .......................................................................................... 33
5.2 Recursos de Clientes ......................................................................................................................... 35
5.3 Crédito ................................................................................................................................................... 37
5.4 Crédito Vencido ................................................................................................................................. 39
5.5 Indicadores de Estrutura e Dimensão......................................................................................... 43
5.6 Indicadores de Exploração e Rendibilidade ............................................................................. 44
5.7 Indicadores Prudenciais ................................................................................................................... 48
6. Movimento de Sócios Durante o Ano de 2017..................................................................................... 49
7. Dívidas à Administração Fiscal e Segurança Social .............................................................................. 51
8. Estrutura e Práctica de Governo Societário da CCAM ....................................................................... 53
8.1 Estrutura de Governo Societário .................................................................................................. 53
8.2 Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola ............................................................... 53
8.3 Assembleia Geral .............................................................................................................................. 53
8.3.1 Composição da Mesa da Assembleia Geral ................................................................... 53
8.3.2 Competências da Mesa da Assembleia Geral ................................................................ 53
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8.4 Conselho de Administração ........................................................................................................... 54
8.4.1 Composição do Conselho de Administração ................................................................. 54
8.4.2 Competências do Conselho de Administração ............................................................. 54
8.4.3 Reuniões do Conselho de Administração ....................................................................... 55
8.5 Órgãos de Fiscalização .................................................................................................................... 55
8.5.1 Conselho Fiscal ......................................................................................................................... 55
8.5.1.1 Composição do Conselho Fiscal ............................................................................ 55
8.5.1.2 Reuniões do Conselho Fiscal .................................................................................. 55
8.5.2 Revisor Oficial de Contas ...................................................................................................... 55
8.6 Política de Remuneração ................................................................................................................ 55
9. Proposta de Aplicação de Resultados ..................................................................................................... 63
10. Notas Finais ...................................................................................................................................................... 65
11. Demonstrações Financeiras ........................................................................................................................ 67
12. Anexo às Demonstrações Financeiras ..................................................................................................... 73
13. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal .................................................................................................. 131
14. Certificação Legal de Contas .................................................................................................................... 133
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CONVOCATÓRIA DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
Convocatória publicada no “Mensageiro de Bragança” nº3667, em 22 de Fevereiro de 2018
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1. INTRODUÇÃO
O fecho de contas do exercício de 2017 encerra o segundo ano de permanência de Administradores a tempo
inteiro e com dedicação exclusiva, sendo também o ano em que esta CCAM atingiu os melhores resultados de
sempre, após fusão.
A aplicação do regime de imparidades em substituição do anterior modelo de cálculo de provisões para a
carteira de crédito, não afectou, como era esperado, os resultados do exercício da instituição. O mesmo não
deverá suceder no exercício de 2018, uma vez que passa a ser aplicada a IFRS9 que reflectirá as perdas
esperadas da carteira de crédito e não as ocorridas.
Apesar da elevada concorrência e da baixa remuneração, os depósitos mantiveram-se estáveis, o que reflecte
a confiança dos clientes no grupo crédito agrícola.
Fruto do aumento da concessão de crédito, em especial do crédito sindicado e apesar das taxas de juro
continuarem a sua trajectória descendente, a Caixa de Crédito Agrícola da Terra Quente obteve um resultado
líquido superior a um milhão e quinhentos mil euros.
Na vertente de desempenho comercial, concretamente no cumprimento dos objectivos definidos pela Caixa
Central, a Caixa de Crédito Agrícola da Terra Quente cumpriu 20 dos 21 objectivos anuais, o que permitiu situar-
se, no panorama nacional, entre as 20 melhores Caixas.
A totalidade dos rácios normativos apresentados por esta instituição em 2017, encontram-se enquadrados com
os rácios exigidos pela Caixa Central, sendo ainda expressão de bons níveis de rentabilidade e de risco reduzido.
De referir que as obras previstas para os balcões de Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Alfândega
da Fé, apesar de adjudicadas não se concretizaram, pois a empresa adjudicante teve que atender a casos
urgentes provocados pelos incêndios, pelo que serão realizadas no decorrer de 2018.
O Conselho de Administração da CCAM da Terra Quente deixa o seu agradecimento a todos os funcionários,
colaboradores, sócios e clientes, sem os quais estes resultados não seriam possíveis.
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2. BREVE CARACTERIZAÇÃO DA CCAM
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente foi constituída sob a forma de cooperativa de
responsabilidade limitada, em 20 de Setembro de 1996, compreendendo como áreas de intervenção e negócio
os concelhos de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila
Flor.
Encontra-se inscrita na Conservatória de Registo Comercial de Carrazeda de Ansiães sob o número único de
matrícula e identificação de pessoa colectiva 501 780 645, com sede na Rua Luís de Camões na vila de Carrazeda
de Ansiães.
Actualmente a rede de agências e serviços expande-se pelos cinco concelhos identificados, num total de 7
dependências, a saber:
Concelho Localidade Nº Funcionários Morada Local
Alfândega da Fé
Alfândega da Fé 4 Av. Francisco Sá Carneiro
Vilarchão 1 Largo da Praça
Carrazeda de Ansiães
Carrazeda de Ansiães
(Agência) 5 Rua Luis de Camões
Carrazeda de Ansiães
(Sede Administrativa) 11 Rua Luis de Camões
Freixo de Espada à Cinta Freixo de Espada à Cinta 2 Largo do Melgago
Torre de Moncorvo
Torre de Moncorvo 4 Rua das Amoreiras, nº52
Carviçais 1 Estrada Nacional nº220
Vila Flor Vila Flor 3 Rua Marechal Carmona nº67
Dispomos ainda de uma rede de 10 ATM’s e 2 Balcão24, disponíveis 24 horas por dia para os nossos 4.329
associados e mais de 18,6 mil clientes activos.
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Principais Indicadores
Indicadores 2016
NCA 1
2016 2
NIC 3
2017
NIC ∆ Abs. ∆ p.p.
Actividade
Activo Líquido 144.677.550 144.292.649
150.731.401 6.438.752 4,46%
Aplicações em Instituições de Crédito 65.427.068 65.427.068 60.376.970 -5.050.098 -7,72%
Activos Financeiros 543.827 543.827 543.999 172 0,03%
Crédito a Clientes (bruto) 69.849.605 69.849.605 83.394.433 13.545.128 19,39%
Recurso de Clientes 110.703.095 110.703.095 114.789.566 4.086.471 3,69%
Rácio Transformação 63,38% 63,38% 76,40% 13,02 p.p. 20,54%
Situação Líquida 16.504.406 16.504.406 18.424.661 1.920.255 11,63%
Rendibilidade
Produto Bancário / Activo Líquido Médio 2,67% -- 2,81% -- --
Rendibilidade do Capital Próprio (ROE) 5,51% -- 9,80% -- --
Rendibilidade do Activo (ROA) 0,62% -- 1,13% -- --
Solvabilidade
Rácio Common Equity Tier 1 27,64% 27,64% 25,27% -2,37 p.p. -8,57%
Fundos Próprios Principais de Nível 1 15.599.350 15.599.350 16.732.342 1.132.992 7,26%
Rácio Total Capital 27,64% 27,64% 25,27% -2,37 p.p. -8,57%
Qualidade do Crédito
Rácio Crédito Vencido 2,70% 2,70% 2,16% -0,54 p.p. -20,00%
Rácio Crédito Vencido > 90 dias 2,65% 2,65% 2,12% -0,53p.p. -20,00%
Rácio Crédito Vencido Líquido -0,16% -- 1,49% -- --
1 Indicadores registados de acordo com as NCA – Normas de Contabilidade Ajustadas
2 Valores ajustados às NIC- Normas Internacionais de Contabilidade, para efeitos comparativos
3 Indicadores ajustados de acordo com as NIC – Normas Internacionais de Contabilidade
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Rácio de Crédito em Risco 4,64% 4,64% 3,01% -1,63p.p. -35,13%
Cobertura Crédito em Risco por provisões /
imparidades 117,33% -- 91,33% -- --
Cobertura Crédito Concedido por Garantias
Reais 68,54% 68,54% 69,22% 0,68p.p. 0,99%
Produtividade / Eficiência
Rácio de Eficiência (Cost to Income) 61,49% 61,49% 58,34% -3,15p.p. -5,12%
Comissões Líquidas / Produto Bancário 25,22% 25,22% 28,69% 3,47p.p. 13,76%
Gastos Gerais Administrativos / Produto Bancário 23,04% 23,04% 20,42% -2,62p.p. -11,37%
Custos com Pessoal. / Produto Bancário 35,67% 35,67% 35,72% 0,05p.p. 0,14%
Activo Líquido Ajustado/ Nº de Empregados 5.390.727 5.377.455 5.574.281 196.826 3,66%
Produto Bancário / Nº de Empregados 127.421 127.421 141.639 14.218 11,16%
Indicadores 2016
NCA 4
2016 5
NIC 6
2017
NIC ∆ Abs. ∆ p.p.
Conta de Exploração
Margem Financeira 2.581.938 2.581.938 2.611.973 30.035 1,16%
Margem Complementar 932.071 932.071 1.178.473 246.402 26,44%
Produto Bancário 3.695.206 3.695.206 4.107.521 412.315 11,16%
(-) Custos de Funcionamento 2.169.914 2.169.914 2.306.251 136.337 6,28%
(-) Provisões e Imparidades Líquidas 333.424 1.605.044 -264.974 -1.870.018 -116,51%
Resultado antes de Imposto 1.085.059 -186.561 1.976.169 2.162.730 1.159,26%
Resultado do Exercício 862.122 -136.227 1.644.905 1.781.132 1.307,47%
4 Indicadores registados de acordo com as NCA – Normas de Contabilidade Ajustadas
5 Valores ajustados às NIC- Normas Internacionais de Contabilidade, para efeitos comparativos
6 Indicadores ajustados de acordo com as NIC – Normas Internacionais de Contabilidade
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3. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO
3.1. ECONOMIA INTERNACIONAL
A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de alguns
factores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais blocos desenvolvidos
e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as economias europeias – desenvolvidas
e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o crescimento esperado para 2017 tem sido revisto
genericamente em alta. O ritmo de crescimento dos preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos,
mas aquém do desejado pelas autoridades monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de
crescimento do PIB Mundial para 3% em 2017.
Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições financeiras
acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os agentes económicos e
redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à medida que alguns receios que
limitavam o crescimento e optimismo se foram dissipando, sendo que a procura interna continuou a ser o
principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação das exportações, graças à retoma da economia a
nível global, permitiu que o contributo da procura externa fosse igualmente positivo. É de salientar, no campo
político, a expectativa gorada dos que esperavam que o sentimento populista que conduziu à vitória do “Sim”
no Brexit e à eleição de Donald Trump nos EUA os levasse a ganhar as eleições em França e na Holanda, o que
acabou por não acontecer.
Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em quase sete
anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do Euro. O investimento
de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à manutenção das políticas acomodatícias
do Banco Central Europeu.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018
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Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo ficado no final
do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de 2009. No entanto, a recuperação do emprego
não foi acompanhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação anual dos preços ao consumidor
manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017 em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da
meta do BCE.
O BCE decidiu manter as principais taxas directoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no caso da taxa
principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no caso da taxa de cedência
de fundos. Relativamente ao plano de compra de activos, em Abril, os montantes das compras mensais foram
reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil milhões do que anteriormente. Em Outubro, em resposta
às condições económicas favoráveis, o BCE decidiu cortar o seu programa de compras de obrigações para
metade, i.e., 30 mil milhões de euros mensais a partir de Janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível
seria mantido até Setembro de 2018.
A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de 2,3% do
PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro trimestres do ano,
com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de emprego a apresentarem os
melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de sempre.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018
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A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase 17 anos.
Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores estiveram activamente a recrutar
para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do mercado de trabalho suportou o
consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à evolução da procura interna e externa assistiu-
se também à recuperação do investimento que, numa primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-
se depois a outros sectores, nomeadamente à actividade industrial.
Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a subir para
os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de transportes.
Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de crescimento
em 2018. Os objectivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes de impostos para
empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às famílias e empresas,
eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de financiar a redução de
impostos.
A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando esta
actualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para o cargo de Governador
da Reserva Federal, que sucedeu a Presidente Janet Yellen em Fevereiro de 2018. Apesar desta mudança na
liderança do banco central americano, não são esperadas grandes alterações na actual política de normalização
das taxas de juro americanas..
3.2. ECONOMIA NACIONAL
A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60% versus
2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura interna e do
desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos principais parceiros
comerciais.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018
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Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento disponível,
tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da permanência dos baixos
custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que contribuiu para a recuperação da
capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º trimestre de 2017, valor acima dos 80,6% da
média de longo prazo. Assim, o investimento registou um crescimento médio anual de 10,3% nos três primeiros
trimestres do ano, depois de, durante o mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando partido do investimento
realizado pelo sector privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a
ficarem acima das importações. As exportações nacionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em 2017
(que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face a uma evolução
na política monetária europeia.
Indicadores macroeconómicos (2015-2017)
2015 2016 2017
Procura Externa tav 3,8 2,0
EUR/USD Taxa de Câmbio 1,09 1,05 1,20
Preço do Petróleo (Brent, USD por barril) 51,2 58,5 66,4
Produto Interno Bruto tav 1,6 1,5 2,6
Consumo Privado tav 2,6 2,1 2,2
Consumo Público tav 0,8 0,6 0,1
Formação Bruta de Capital Fixo tav 4,5 1,6 8,3
Exportações tav 6,1 4,1 7,7
Importações tav 8,2 4,1 7,5
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,5 0,6 1,6
Taxa de Poupança (%) vma 7,0 5,0 4,4
Taxa de Emprego % 57,5 59,1 61,0
Taxa de Desemprego % 12,4 11,0 9,1
Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav 0,4 2,1 2,0
Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 1,7 1,7 1,5
Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,8 2,2 1,8
Taxa de referência do BCE (média) % 0,05 0,00 0,00
Euribor 3 meses (média) % 0,00 -0,27 -0,33
Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,63 0,20 0,35
Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,52 3,76 1,94
Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2017), Banco Central Europeu (Dezembro 2017) e Bloomberg (Janeiro 2018)
tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018
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Relatório e Contas 2017
Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano, sugerem um
crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de riqueza por habitante entre
Portugal e a região da moeda única.
A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da Europa, situando-
se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016).
O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de gradual
aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens energéticos, cujo
contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo do ano. O assinalável
dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector hoteleiro e, consequentemente,
contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo, em Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5%
(1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se verificado maior agravamento de preços nos transportes,
restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao mesmo período do ano anterior).
O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de euros, o que se
traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução do défice em contabilidade
pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões de euros acima da meta traçada. Em
Outubro, aquando da actualização das estimativas para o ano de 2017 (O. E. 2018), o Governo fixou a meta do
défice para 2017 em 1,4%. Posteriormente, o Governo tem vindo a apontar para objectivos mais ambiciosos,
com o primeiro-ministro, António Costa, a adiantar que o défice do ano de 2017 terá ficado em torno de 1,2%
do PIB.
Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018
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3.3. MERCADO BANCÁRIO NACIONAL
O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de reestruturação em
alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se mudanças na gestão e nas estruturas
de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: a operação de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões
de euros) com a entrada de um novo accionista (Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da
CGD, com a injecção de 2,5 mil milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de
aquisição lançado pelo CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a
conclusão da alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os restantes 25%
como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração do Banco Popular Portugal no
Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular ao Banco Santander.
3.3.1. EVOLUÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE DEPÓSITOS (DEZEMBRO 2012 – DEZEMBRO 2017)
Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos aumentou
2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado crescimento dos depósitos
de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos particulares ocorreu uma estagnação no volume
de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).
3.3.2. EVOLUÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE CRÉDITO (DEZEMBRO 2012 – DEZEMBRO 2017)
Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro de 2017
face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito não produtivo
(NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a
empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,0%), ambos face a
Dezembro de 2016.
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Relatório e Contas 2017
De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o crédito total
reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nos
distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 4,5 mil milhões de euros
e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão de crédito aumentou 0,7 mil milhões de euros, sendo
que no país foi registada uma quebra no crédito a empresas global de 4,2 mil milhões de euros.
Valores em milhões de euros
Evolução do crédito total por região - Dez.2017
Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total
Aveiro 5.592 2.816 8.408 4,5% 0,0% -0,6% -0,2%
Beja 1.335 409 1.744 0,9% 3,6% -7,3% 0,8%
Braga 6.272 3.430 9.702 5,2% -0,3% -0,7% -0,4%
Bragança 953 237 1.190 0,6% 5,5% -10,2% 2,0%
Castelo Branco 1.451 296 1.747 0,9% 1,0% -26,4% -5,0%
Coimbra 3.856 1.232 5.088 2,7% 0,7% -2,4% -0,1%
Évora 1.725 959 2.684 1,4% 3,0% 7,4% 4,6%
Faro 4.702 1.815 6.517 3,5% 0,9% 4,1% 1,8%
Guarda 916 191 1.107 0,6% 4,2% -29,0% -3,6%
Leiria 4.075 2.394 6.469 3,4% -1,1% -3,3% -1,9%
Lisboa 41.417 38.669 80.086 42,7% -3,0% -10,4% -6,7%
Portalegre 874 198 1.072 0,6% 0,6% -26,4% -5,8%
Porto 17.108 12.917 30.025 16,0% -0,3% 5,7% 2,2%
Santarém 4.017 1.529 5.546 3,0% 0,0% 2,0% 0,5%
Setúbal 9.228 1.741 10.969 5,8% -1,1% -0,6% -1,0%
Viana do Castelo 1.674 524 2.198 1,2% 2,1% 7,4% 3,3%
Vila Real 1.318 301 1.619 0,9% -1,3% -12,2% -3,6%
Viseu 2.582 1.116 3.698 2,0% 2,1% 3,1% 2,4%
Reg. Autónoma Açores 2.721 1.044 3.765 2,0% 4,2% -1,9% 2,4%
Reg. Autónoma Madeira 2.874 1.196 4.070 2,2% -1,9% -9,6% -4,3%
Total 114.689 73.015 187.704 100% -1,0% -5,5% -2,8%
Fonte: Banco de Portugal
Crédito Peso total
%
Var. Homóloga
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Relatório e Contas 2017
Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu essencialmente à
diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016) que representa
81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, este situou-
se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no
agregado de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016).
No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a
empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos sectores da agricultura e pescas,
indústrias extractivas, alojamento e restauração e actividades imobiliárias foi possível verificar um aumento do
crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respectivamente).
Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com maior
incumprimento continuam a ser o da construção, das actividades imobiliárias e do comércio, que mantêm
elevada representatividade no total do crédito a empresas.
Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2017
Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %
Habitação 93.216 -1,4% 81,3% 2,1%
Consumo 13.857 11,1% 12,1% 4,6%
Outros fins 7.616 -13,0% 6,6% 22,4%
Total 114.689 -1,0% 100% 3,8%Fonte: Banco de Portugal
Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito
Vencido
Agricultura e Pescas 3,0% 2.357 3,2% 4,4%
Indústrias Extractivas 7,8% 278 0,4% 10,8%
Indústrias Transformadoras -1,0% 12.385 17,0% 7,8%
Energia -18,8% 2.897 4,0% 0,0%
Água e Saneamento -19,2% 1.112 1,5% 2,1%
Construção -7,1% 10.030 13,7% 32,4%
Comércio -2,4% 11.753 16,1% 10,1%
Transporte e Armazenagem -14,0% 5.980 8,2% 4,1%
Alojamento e Restauração 1,4% 4.630 6,3% 9,2%
Actividades Imobiliárias 4,3% 9.573 13,1% 20,6%
Saúde e Apoio Social 2,2% 1.309 1,8% 4,8%
Outros -13,7% 10.711 14,7% 9,2%
Total -5,5% 73.015 100,0% 12,7%
Fonte: Banco de Portugal
Valores em milhões de euros
Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2017
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Relatório e Contas 2017
3.4. MERCADOS FINANCEIROS
Mercados accionistas
O mercado de acções americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow Jones a
bater pela primeira vez os 20.000 pontos em Janeiro, 21.000 em Março, 22.000 em Agosto e finalmente 24.000
no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o S&P 500 arrecadou uns
impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673 pontos. Os níveis de confiança das
empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados ao longo do ano. Os líderes deste crescimento
foram sem dúvida os grandes nomes do sector tecnológico como a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e
Alphabet.
Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na Europa
também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron ganhou as eleições
francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza política na Alemanha e em
Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha, apesar da incerteza política na segunda
metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o PSI 20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Bolsa Italiana
13,61%. O IBEX 35 teve uma performance inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim,
registado uma valorização de 7,4%.
Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência
No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro relativamente às
moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de 14,15% face ao dólar, 9,16%
face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos
1,052 dólares, referia-se como provável a paridade entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a
1,20 dólares, valor que não era verificado desde 2015. Efectivamente, as expectativas quanto à solidez do
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018
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Relatório e Contas 2017
crescimento da Zona Euro e quanto à remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior
procura do euro contra as restantes moedas.
Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais de 80% das
transacções cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte das políticas da nova
Administração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando, nomeadamente com o adiamento dos
planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote fiscal, a moeda norte americana foi perdendo
força ao longo do ano. Em termos políticos, foi igualmente significativa a forte oposição do Congresso às
medidas prometidas em campanha eleitoral, como o fim imediato do programa conhecido por Obamacare.
Quanto à política monetária, a Fed prosseguiu o ciclo de subida das taxas de juro que, embora tenha ampliado
o diferencial de juros para o euro, não trouxe uma significativa apreciação da moeda, visto que os movimentos
já tinham sido antecipados pelos mercados e tornaram-se num não-evento.
Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao dólar. Na
maior parte do ano o par USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre 107 e 116, sem
tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da moeda, nunca hesitando
em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de apreciação da sua moeda.
A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano, depois do
movimento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o comportamento da libra foi
condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o processo. Até à data de Março de 2019,
data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU, será sempre um dos principais factores de mercado.
No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o ano de 2017
a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018
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Relatório e Contas 2017
Matérias-primas
O mercado do petróleo teve alguns factores relevantes que condicionaram de forma significativa a sua evolução
ao longo de 2017. Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior equilíbrio entre a oferta
e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a colocar em risco a evolução dos preços. O petróleo
iniciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de retoma e reforço do consumo ao longo do ano de
2017. No entanto, o ciclo de crescimento em curso nos vários blocos não iria trazer acréscimos significativos da
procura, havendo até, durante algum tempo, dúvidas em relação ao crescimento da actividade na China. Face
à possibilidade de ocorrer um abrandamento mais expressivo do crescimento chinês, surgiram reacções
negativas nos mercados de commodities. O petróleo chegou a registar um mínimo de $44 no final de Junho.
Na segunda metade do ano houve uma recuperação dos preços do petróleo, com a maior visibilidade nos
cortes de produção na OPEP e com a perspectiva de um aumento do consumo no ano seguinte. Assim, a
tendência de subida dos preços foi surgindo de forma consistente e sistemática, levando o petróleo a encerrar
o ano em torno dos $66.
O ouro negociou durante a maior parte do ano dentro do intervalo dos $1.200-$1.300 e encerrou o ano a
valorizar mais de 13% nos $1.302,8. Embora a Fed tenha continuado com o seu processo de normalização das
taxas de juro e dos mercados accionistas terem acelerado, a performance do ouro foi assinalável.
Mercado obrigacionista
O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias acomodatícias e
baixos níveis de inflação. Estes factores limitaram o movimento de subida das yields dos principais benchmarks
na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos registados no ano anterior, se mantiveram
em níveis historicamente muito baixos.
Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais significativos,
nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas agências de notação
financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na classe de investimento. Nos 10
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018
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Relatório e Contas 2017
anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o spread face à dívida alemã no mesmo prazo
a cair para os 152 pontos.
Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo as yields
fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respectivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a instabilidade política
decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências económicas prejudicaram as yields
espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das próximas eleições nacionais onde o Movimento
5 Estrelas tem aparecido bem posicionado nas sondagens.
A yield do Bund alemão a 10 anos transaccionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando condicionado
pelo programa de compra de activos do BCE e também pelo baixo nível de oferta, reflexo da sua saudável
situação fiscal.
3.5. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2018
Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas monetárias
acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos agentes económicos,
nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa de compra de activos do
Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal. Acresce que a instabilidade
geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das próximas eleições em Itália, e dos
efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir
um factor determinante em 2018, particularmente tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China.
O panorama do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos
no mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a uma
expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial de alguns players mundiais na classificação
do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo.
Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no panorama
europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como também no sistema
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Relatório e Contas 2017
bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta actuação mais rigorosa é justificada não apenas
pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições financeiras face a futuras crises, mas também pela
necessidade de regular o surgimento de novos players (ex. fintechs) no mercado bancário europeu.
Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:
i. A melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:
(i) Do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através do
esforço de digitalização e robotização das operações;
(ii) Da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e,
(iii) Da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.
ii. A pressão sobre o capital e liquidez, por via:
(i) Da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos
apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via capital
interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e parcerias
necessárias para operar numa indústria com ameaças e em permanente mutação (ex. digital,
regulação); e,
(ii) De compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de risco
(ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).
iii. A adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais requisitos
requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do consumidor (ex.
GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e segurança na condução da
actividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT);
iv. A revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex. mobile
banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito online) e às
alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open banking).
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Relatório e Contas 2017
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Relatório e Contas 2017
4. CRÉDITO AGRÍCOLA – EVOLUÇÃO RECENTE
4.1 RESULTADO E BALANÇO – ANÁLISE FINANCEIRA DO GRUPO CA (SICAM)
Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas),
referentes ao exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados.
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Relatório e Contas 2017
Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de
cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de euros face aos 72,1 milhões
de euros alcançados em 2016.
O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior, em parte
justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de 58 milhões de euros (+12,2%). Este
aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do Produto Bancário, designadamente
nos resultados de activos financeiros (+105,9%), da margem financeira (+5,0%) e das comissões líquidas
(+7,2%).
A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, passando de 276 milhões de euros em 2016 para 290 milhões
de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução das taxas de remuneração
dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este efeito tenha sido atenuado com o aumento
do volume de depósitos face ao período homólogo.
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Relatório e Contas 2017
No ano de 2017, as taxas de referência (EURIBOR) mantiveram uma tendência de queda, em resultado da maior
liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias de quantitative easing do BCE.
Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas Associadas na Caixa Central foi ajustada à evolução
das taxas praticadas no mercado.
Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3,1 milhões de euros). Este
agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,3 milhões de euros (+0,8%) e dos gastos
gerais administrativos em 2,5 milhões de euros (+2,0%).
Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 15
milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a 2016. Em relação ao rácio de
cobertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131% em 2016 para 124% em 2017, em
linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que beneficiaram da retoma económica.
Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no activo total do SICAM que passou
de 14.881 milhões de euros em 2016 para 16.437 milhões de euros em 2017, contribuindo para este crescimento
do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785 milhões de euros) e o aumento das aplicações
em títulos (+696 milhões de euros).
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Relatório e Contas 2017
O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública a crescer
11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a 2016.
O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos de
clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em bancos centrais e outras
instituições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%).
É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um acréscimo de
1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema
bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito
Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.
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Relatório e Contas 2017
4.2 OUTROS FACTOS RELEVANTES
O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; o prémio
obtido, no ano 2017, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente”; e o facto do SICAM se
encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário7, permitem afirmar o bom desempenho
do Crédito Agrícola em 2017.
Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de
Activos do Grupo. Pela sétima vez em dez anos, o terceiro ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como
“A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão” 8. Por seu lado, a CA Vida foi eleita Empresa
Líder, no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2017, tendo repetido o 1º lugar no Índice
de Lealdade do Cliente obtido em 2016 no mesmo estudo. Mais ainda, os Fundos CA Rendimento e CA
Monetário foram os fundos mais rentáveis em 2017, na sua respectiva classe, e consequentemente elegíveis
para a atribuição do prémio APFIPP.
O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se
destacam:
• A 4ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação” distinguindo as empresas empreendedoras
no sector agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das fileiras agrícola, agro-
indústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o
tecido empresarial português;
• O Workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;
• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2016,
realizada pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes
do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;
• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo, realizado
juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de
todas as regiões vitivinícolas do país.
7 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2017), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 4
reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema é de 13.
8 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.
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Relatório e Contas 2017
O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um crescimento
de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transacções nos B24 registou um crescimento
de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 42%
(mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas
– realizadas no serviço Balcão 24, verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada semestre, em
comparação com igual período de 2016.
O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de 1.520 no final
de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS de 1
p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se refere ao número de transacções em ATM do
Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%, efectuando-se mais de 90 milhões de transacções.
No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.362 TPA activos e uma
subida no número de transacções de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de transacções.
Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do
Crédito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,3%. Esta
evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,4 p.p. nos cartões de débito
e um aumento de 1,5 p.p. nos cartões de crédito.
No sentido de dinamizar a actividade comercial das Caixas Associadas, estabeleceram-se protocolos e parcerias
comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias
entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:
• ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;
• NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém;
• Grupo Lusiaves - Projecto “LUSITERRA”;
• Grupo Agrinda - AgriPro e Agriloja.
No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir
para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de
produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.
Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua
presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017 atingido quase os 100.000 fãs
só no facebook.
Desde 2009, o programa de actualidade financeira revela ser uma parceria acertada
para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em geral. Em 2017 foi
introduzido um programa “Especial Empresas”, transmitido semanalmente à 6ª feira,
que para além de compilar temas de interesse para as empresas, fez a cobertura de
eventos institucionais do CA, nomeadamente: Apresentação de Resultados do Grupo
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Relatório e Contas 2017
CA; Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar de Gala Concurso de Vinhos CA e Cerimónia de Entrega do Prémio
Empreendedorismo e Inovação CA.
O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa, o MUDA. Uma iniciativa que
tem como objectivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo assim para uma sociedade
mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais forte e competitiva.
De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais promovida
pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta acção nas suas Agências, assim
como através das redes sociais.
Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes, o e-mail Marketing. A utilização de canais
digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar iniciativas e
promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes.
No âmbito Campanhas de Marketing e de outras Acções realizadas no final do ano 2017, através do canal de
comunicação digital mais directo com os Clientes, o e-mail Marketing, foram implementadas as diversas acções
de comunicação digital.
Foram implementados diversos programas específicos para segmentos prioritários como o CA Nota 20, que
pretende reconhecer o mérito escolar dos alunos do ensino secundário, oferecendo prémios aos melhores
alunos a nível nacional do 7º ao 12º ano. Esta iniciativa que complementa também as acções de reconhecimento
que são feitas localmente pelas Caixas Associadas tem vindo a ter um número crescente de participantes de
ano para ano.
Para o segmento dos jovens dos 12 aos 17 anos foi também lançado o Programa de Fidelização CA Faz Por ti –
School Leader VID, um concurso de produção de vídeos dedicados à temática da poupança, que são
submetidos a concurso num canal específico da rede social YouTube, participando os 10 videos mais votados
numa final que se realiza na Futurália 2018, a feira das profissões e vocações para os jovens que frequentam o
ensino secundário. Este programa foi promovido por dois youtubers com uma notoriedade elevada no
segmento a que se destinou a iniciativa.
Para o segmento dos jovens até aos 12 anos de idade foi também realizadas diversas iniciativas no âmbito do
Clube do Cristas, clube digital para estes jovens e respectivos encarregados de edução, de que se destacam o
lançamento de novos jogos na app do Clube, a agenda cultural e a promoção e oferta a Clientes do segmento
do jogo Multipli, que pretende promover o conhecimento da matemática e foi reconhecido pela Sociedade
Portuguesa de Matemática e pela Associação de Professores de Matemática.
Em 2017, o CA patrocinou o programa televisivo “Os Extraordinários”, tratando-se do 1º e único programa onde
as competências como a destreza mental e as habilidades de memória desempenham o papel principal.
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Relatório e Contas 2017
Este programa apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do
Crédito Agrícola nos últimos anos, contribuiu para aumentar
a notoriedade do Grupo, trazendo-nos juventude,
modernidade, sofisticação, simpatia e reforçando atributos
como talento, destreza e inovação.
Em 2017 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns
desportistas, modalidades e eventos, como sejam:
• Teresa Almeida, Vice-Campeã Europeia de BodyBoard;
• Katlheen Barrigão, Campeã Nacional de Long Board;
• Mário Patrão, 3º lugar no Campeonato Nacional de TT e da classe
“Maratona” e 20º lugar no Rali Dakar 2017, em motociclismo;
• João Salgadinho, Campeão Nacional Interbancário, em Snooker;
• Rui Ramalho, Campeão Nacional de Montanha, em Automobilismo;
• Alcobaça Club de Ciclismo, com especial destaque para os ciclistas Julian
Espinoza, Pedro Lopes, Tiago Santos e Guilherme Mota que foram
consagrados vencedor da Taça Nacional – Cadetes, vencedor da Taça de
Portugal – Juniores, vencedor Nacional de Escolas de Infantis e Campeão Nacional de Fundo,
respectivamente;
• CDUL, Campeões Nacionais de Rugby;
• Pedro Rilhado, Vice-campeão Nacional de Kart.
Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão
Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), Tektónica, Fruit Logistica
e Fruit Attraction..
CCAM da Terra Quente, CRL
33
Relatório e Contas 2017
5. EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE DA CAIXA AGRÍCOLA
Nota: Salvo menção em contrário, todos os valores e indicadores a seguir referidos relativos aos anos de 2013,
2014, 2015 e 2016 estão registados e calculados de acordo com as NCA – Normas de Contabilidade Ajustadas.
Os valores e indicadores referentes a 2017 estão registados e calculados de acordo com as NIC – Normas
Internacionais de Contabilidade. Ver Nota 2.2 dos Anexos às Demonstrações Financeiras.
5.1. ACTIVIDADE COMERCIAL – VISÃO GLOBAL
No exercício de 2017 o volume dos negócios da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente superou os
258 milhões de euros, correspondendo a um acréscimo de 5,11% face ao exercício de 2016, ou seja, incremento
superior a 12,5 milhões de euros.
O crescimento de negócio da CCAM manteve assim a tendência dos últimos exercícios, sendo que, nos últimos
5 exercícios, registou-se um incremento global de 37 milhões de euros, com crescimento médio anual superior
a 4%.
Formação do Volume dos Negócios
Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017 Variação 2016/2017
Valor %
Depósitos Totais 102.205.950 106.967.259 107.412.375 110.703.095 114.789.566 4.086.471 3,69%
Créditos Totais 57.142.683 59.588.869 64.538.788 69.849.305 83.394.433 13.545.128 19,39%
Aplicações I.C. 62.239.140 57.140.124 65.744.843 65.427.068 60.376.970 -5.050.098 -7,72%
Volume Negócios 221.587.773 223.696.252 237.696.006 245.979.468 258.560.969 12.581.501 5,11%
Valores em euros
É de realçar o crescimento do negócio via concessão de crédito, com incrementos anuais médios próximos dos
6,5 milhões de euros, permitindo assim, em conjunto com o menor crescimento evidenciado pela rúbrica de
captação de depósitos, uma melhoria do nosso Rácio de Transformação. Destaca-se, ainda assim, o incremento
de 4 milhões de euros na captação de recursos de balanço, reforçado pelo crescimento superior a 600 mil euros
na captação de recursos fora do balanço (fundos de investimento, seguros de capitalização e fundos de
pensões).
CCAM da Terra Quente, CRL
34
Relatório e Contas 2017
Evolução do Volume dos Negócios
O Activo Líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente atingiu os 150,7 milhões de euros, o que
representou um incremento superior a 6 milhões de euros em relação ao valor homólogo de 2016. Sendo um
crescimento substancial, acima de 4%, é de destacar que resultou não só do incremento do volume de negócios
via crédito, que já representa cerca de 54% dos activos da CCAM, mas igualmente do aumento das
disponibilidades via captação de recursos e da manutenção de operações de refinanciamento TLTRO.
Composição do Activo
No passivo, mantém-se o peso dominante dos Recursos de Clientes (86,58), que ascenderam no final do
exercício em análise a 114,85 milhões de euros, um crescimento de 3,7 % face a 2016. De destacar igualmente
o valor de 16,3 milhões de euros (12,3%) referentes aos recursos de outras instituições de crédito, relativas às
operações de refinanciamento TLTRO.
Caixa e Disponibilidades
1,67%
Aplic.em I.C.40,06%
Activos Finan. Detidos P Venda
0,36%
Ativos N/Corr.Det.Venda
0,28%
Crédito Clientes53,85%
Ativos Tan. e Int. e Inv.Filiais2,59%
Outros Ativos1,19%
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
2013 2014 2015 2016 2017
102.206 106.967 107.412 110.703 114.790
57.143 59.589 64.539 69.84983.394
62.239 57.14065.745 65.427
60.377e
uro
sM
ilhare
s
Aplic. em I.C. Crédito Total Depósitos Totais
CCAM da Terra Quente, CRL
35
Relatório e Contas 2017
Composição do Passivo
De referir que, face ao vencimento e consequente liquidação das últimas emissões de Títulos de Investimento
ainda activas (2,69 milhões de euros no final de 2016), a rúbrica de Outros Passivos Subordinados registou no
final do exercício valor nulo.
Relativamente à análise comercial do ano de 2017, no que diz respeito ao cumprimento dos objectivos definidos
e propostos pela Caixa Central para esta Instituição, é de realçar, mais uma vez, o excelente desempenho
alcançado, pois de um total de 21 famílias de produtos com objectivo, cumpriram-se 20, registando estes, graus
de concretização médios (GRO) que variaram entre os 100% e os 216%. A CCAM atingiu assim um GRO global
de 109,9%, o que permitiu atingir um honroso e prestigiante 11º lugar quando comparada com o universo CA
(81 Caixas).
No que diz respeito ao cumprimento dos objectivos internos definidos pela CCAM da Terra Quente, que no
ano de 2017 foram implementados de forma a complementar os anteriormente referidos, é de salientar,
igualmente, o bom desempenho registado: 80 % agências atingiram os objectivos definidos, ou pelo menos o
seu valor mínimo, assim como 61% dos colaboradores. É ainda importante referir que foram distribuídos pelos
colaboradores, em função do cumprimento destes objectivos, aproximadamente 47,8 mil euros relativos a
incentivos, correspondendo a 63,8% do montante máximo definido. Relativamente à comercialização de
seguros destaca-se o crescimento evidenciado pelo ramo real (comercializados através da companhia do Grupo
CA – CA Seguros), que em 2017 registou um aumento, em termos de prémios comerciais emitidos, próximo
dos 66 mil euros (+18%), totalizando uma carteira de 430,67 mil euros. Já a comercialização de seguros do
ramo vida (exceptuando capitalização) registou, no exercício em análise, um crescimento, em termos de
prémios cobrados homólogos, próximo dos 14 %, alcançando um valor de carteira superior a 350 mil euros.
5.2. RECURSOS DE CLIENTES
Na componente de depósitos, foram as aplicações à ordem que evidenciaram um maior crescimento (22,5%),
ou seja, mais 7,6 milhões de euros que no exercício homólogo, mantendo a tendência de crescimento dos
Recursos OIC12,32%
Recursos Clientes86,81%
Provisões0,09%
Passivos p/Imp. Correntes
0,17%
Outros Passivos0,61%
CCAM da Terra Quente, CRL
36
Relatório e Contas 2017
últimos exercícios. Contrariamente, as rúbricas de Poupança e Depósitos a Prazo evidenciaram decrescimento
conjunto de 3,52 milhões de euros, resultado essencialmente da sua menor competitividade e, em
consequência, de transferência de algumas aplicações para produtos fora do balanço.
Evolução dos Depósitos
Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017 Variação 2016/2017
Valor %
Depósitos Ordem 26.694.611 28.079.079 31.145.845 33.808.605 41.410.590 7.601.985 22,49%
Depósitos Prazo 55.275.722 59.329.800 57.000.292 56.768.817 51.885.392 -4.883.425 -8,60%
Poupanças 20.235.618 19.558.380 19.266.238 20.125.673 21.493.584 1.367.911 6,80%
Total de Depósitos 102.205.951 106.967.259 107.412.375 110.703.095 114.789.566 4.086.471 3,69%
Valores em euros
A estrutura dos recursos, medida através de rácio que avalia o peso da componente à ordem no total de
depósitos, situou-se em 2017 nos 36,1%, registando incremento de 6,3% face ao ano de 2016. Este indicador
dá-nos uma ideia da exposição da CCAM ao risco de liquidez, pois são passivos imediatamente exigíveis, sendo
também um rácio que tem ligação directa aos resultados, por estar associado à relevância dos recursos de mais
baixo custo.
Estrutura dos Recursos
Salienta-se o crescimento sustentado verificado nesta rúbrica nos últimos anos (desde o ano de 2013, a taxa de
crescimento médio anual tem-se situado próximo dos 3,1%), abrangendo a totalidade das nossas agências,
situação que, tal como nos últimos quatro exercícios, volta a ser especialmente relevante no exercício em
análise, pois a instabilidade dos mercados, a desconfiança criada em volta do sistema bancário e essencialmente
a forte concorrência pela captação de recursos, criaram dificuldades adicionais ao crescimento e, como se
referiru anteriormente, na própria manutenção das aplicações a prazo. Este incremento contínuo na captação
de recursos ao longo dos últimos exercícios, tem permitido que esta Caixa Agrícola apresente rácios de liquidez
bastante saudáveis, tendo um efeito determinante na criação de dimensão e na manutenção da
sustentabilidade financeira, que, no contexto actual, é de extrema importância.
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
2013 2014 2015 2016 2017
26.695 28.079 31.146 33.80941.411
55.276 59.330 57.000 56.76951.885
20.23619.558 19.266 20.126 21.494
eu
ros
Milh
are
s
Poupanças Depósitos a Prazo Depósitos à Ordem
CCAM da Terra Quente, CRL
37
Relatório e Contas 2017
Evolução Carteira Produtos Fora do Balanço e Títulos de Investimento
Rúbricas 2014 2015 2016 2017 Variação 2016/2017
Valor %
Títulos de Investimento CCAM 3.834.694 4.202.026 2.686.856 0 -2.686.856 -100,00%
Fundos Investimento Mobiliário CA
Gest
920.228 1.572.963 1.985.178 2.660.932 675.754 34,04%
Fundos Investimento Imobiliário 680.925 1.612.135 2.244.234 4.084.783 1.840.549 82,01%
Fundo de Pensões 171.574 260.386 552.582 174.913 -377.669 -68,35%
Seguros de Capitalização CA Vida 7.234.975 9.988.849 9.754.781 8.261.817 -1.492.964 -15,30%
Total 12.842.396 17.636.359 17.223.631 15.182.445 -2.041.186 -11,85%
Valores em euros
Convém referir igualmente a captação de recursos em produtos fora do balanço e colocação de títulos de
investimento, que nos últimos exercícios conquistaram um peso significativo na nossa actividade comercial,
pese embora no exercício de 2017, pelo facto se terem vencido e consequentemente liquidado as últimas
emissão de Títulos de Investimento que se encontravam ainda activas, assim como pelo término de
comercialização de alguns produtos de capitalização pela CA Vida, a nossa carteira destes produtos tenha
diminuído em aproximadamente 2 milhões de euros, registando um valor global superior a 15,1 milhões de
euros.
5.3. CRÉDITO
No final do exercício em análise a carteira de crédito alcançou o montante de 83,4 milhões de euros,
correspondendo a um acréscimo de 13,5 milhões de euros (+19,4%) face ao registado no exercício anterior,
acentuando assim a tendência de longo prazo de crescimento sustentado desta rubrica, tendo-se registado
inclusivamente o maior crescimento dos últimos exercícios.
Evolução do Crédito Concedido
40.000
45.000
50.000
55.000
60.000
65.000
70.000
75.000
80.000
85.000
2013 2014 2015 2016 2017
57.26359.627
64.563
69.814
83.394
eu
ros
Milh
are
s
CCAM da Terra Quente, CRL
38
Relatório e Contas 2017
Este crescimento, planeado e orientado para determinada tipologia de créditos, resultou num incremento em
termos de rentabilidade da CCAM, tanto maior quando comparado com a rentabilidade média dos nossos
recursos depositados na Caixa Central e com o facto da captação de recursos de clientes não ter crescido em
idêntica proporção. No entanto, salienta-se o facto de continuarmos a adoptar medidas rigorosas na concessão
de crédito, nomeadamente de análise de risco, enquadramento e contratação, assim como de
acompanhamento de clientes e operações, no sentido de manter o risco de crédito associado ao
incumprimento em níveis reduzidos, como tem sido histórico nesta instituição.
No final de 2017 a nossa carteira de crédito, em mais de 67%, concentrava-se em financiamentos ao sector
produtivo da nossa economia, sendo que o volume de crédito a empresas ultrapassou os 30 milhões de euros,
representando mais de 36% da carteira e registando um crescimento homologo próximo dos 31%.
Crescimentos idênticos foram registados para os financiamentos à Administração Pública (31%) e Instituições
sem Fins Lucrativos (39%). O crédito concedido ao sector privado (particulares), registou igualmente
crescimento próximo dos 14%, tendo a respectiva carteira se fixado nos 27,2 milhões de euros (33% do volume
de crédito).
Caracterização da Carteira de Crédito (Bruto)
Tipo de Cliente 2016 2017 Variação 2016/2017
Carteira % Total Carteira % Total Valor %
Particulares 23.875.712 34,20% 27.169.418 32,59% 3.293.706 13,80%
ENI 14.307.416 20,49% 14.320.997 17,18% 13.581 0,09%
Empresas não financeiras 23.029.778 32,99% 30.242.528 36.28% 7.212.750 31,32%
Administração Pública 7.448.142 10,67% 9.820.013 11,78% 2.371.871 31,85%
Instituições sem fins lucrativos 1.639.763 2,35% 2.282.566 2,74% 642.803 39,20%
N.E. -486.346 -0,70% -475.301 -0,57% -11.045 -2,27%
Total 69.814.465 100,00% 83.360.221 100,00% 13.545.756 19,40%
Valores em euros
Analisando a carteira de crédito por tipologia de produto é de referir que o Crédito à Habitação mantem o
peso predominante, com cerca de 32% do total de crédito concedido, tendo registado um crescimento próximo
dos 3 milhões de euros em 2017 (+12,3%), sendo igualmente de destacar o peso representado pelo Crédito à
Actividade a Empresas, 21,7%, numa carteira que chega aos 18,1 milhões de euros. A tipologia de crédito que
registou maior crescimento homólogo foi o Crédito ao Investimento a Empresas (+234%), fixando-se a
respectiva carteira nos 7 milhões de euros.
CCAM da Terra Quente, CRL
39
Relatório e Contas 2017
Caracterização da Carteira de Crédito (Bruto)
Tipo de Produto 2016 2017 Variação 2016/2017
Carteira % Total Carteira % Total Valor %
Crédito à Habitação - Particulares 24.036.479 34,43% 26.979.797 32,37% 2.943.318 12,25%
Crédito Consumo e outros fins - Particulares 9.182.286 13,15% 9.474.938 11,37% 292.652 3,19%
Cartões de Crédito - Particulares 188.460 0,27% 188.449 0,23% -12 -0,01%
Crédito à Actividade - ENI's 1.570.354 2,25% 1.438.637 1,73% -131.717 -8,39%
Crédito ao Investimento - ENI's 3.198.670 4,58% 3.400.502 4,08% 201.833 6,31%
Cartões de Crédito - ENI´s 6.880 0,01% 8.092 0,01% 1.213 17,63%
Crédito à Actividade - Empresas 17.978.648 25,75% 18.120.809 21,74% 142.160 0,79%
Crédito ao Investimento - Empresas 3.013.575 4,32% 10.064.526 12,07% 7.050.951 233,97%
Cartões de Crédito - Empresas 5.258 0,01% 4.498 0,01% -760 -14,46%
Leasing - Empresas 46.428 0,07% 33.903 0,04% -12.525 -26,98%
Papel Comercial 1.985.868 2,84% 2.018.793 2,42% 32.924 1,66%
Outros 9.087.905 13,02% 12.102.579 14,52% 3.014.673 33,17%
N.E. -486.346 -0,70% -475.301 -0,57% 11.045 -2,27%
Total 69.814.465 100,00% 83.360.221 100,00% 13.545.756 19,40%
Valores em euros
Os factores relatados anteriormente motivaram o crescimento do rácio de transformação de depósitos em
crédito. O contínuo aumento da concessão de crédito e o menor aumento, no exercício, da captação de
recursos, levaram a que este rácio se tivesse situado, no final do exercício de 2017, acima dos 73%, resultando
assim num incremento dos índices de rentabilidade.
Rácio de Transformação
2013 2014 2015 2016 2017
55,91%55,71%
60,09%
63,38%
73,40%
CCAM da Terra Quente, CRL
40
Relatório e Contas 2017
5.4. CRÉDITO VENCIDO
A situação económica das famílias e das empresas, debilitada pelos sucessivos anos de forte condicionamento
e dificuldades, resultaram, nos últimos exercícios, no aumento das situações de incumprimento de crédito. Toda
a banca nacional continua fortemente afectada por este fenómeno que motivou a deterioração da qualidade
da carteira de crédito e dos seus respectivos rácios.
Nos últimos exercícios estes constrangimentos afectaram a CCAM da Terra Quente de uma forma pronunciada,
pelo que alguns dos nossos indicadores de crédito vencido sofreram evolução negativa. No entanto, no
exercício em análise e mantendo a evolução muito significativa iniciada em 2016, a nossa carteira de crédito
registou uma assinalável melhoria ao nível do seu perfil de risco, ao verificar uma redução do crédito vencido
em cerca de 87 mil euros (o que representa um decréscimo de cerca de 5%), com o segmento do crédito
empresarial a ser o principal responsável pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo
para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na abordagem da CCAM às actividades de
acompanhamento e recuperação de crédito. Este registo é mais significativo quando comparado com o
crescimento da carteira de crédito (+19,4%) e com o facto de no ano de 2017 não se ter procedido a abates ao
activo (write-offs).
Crédito Vencido e em Risco
Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017 Variação 2016/2017
Valor %
Crédito Vencido 1.844.520 2.235.656 2.704.997 1.885.751 1.798.568 -87.183 -4,62%
Crédito Vencido > 90 dias 1.745.728 2.159.281 2.652.529 1.849.229 1.766.011 -83.218 -4,50%
Rácio Créd. Vencido (RCV) 3,23% 3,75% 4,19% 2,70% 2,16% -0,54% --
Rácio Créd. Vencido > 90 dias 3,06% 3,62% 4,11% 2,62% 2,12% -0.50% --
Rácio Créd. Vencido Liquido 1,36% 0,80% 0,54% -0,16% 1,49% -- --
Rácio de Crédito em Risco 4,47% 5,17% 4,44% 4.,64% 3,01% -1,63% --
Imparidade da Carteira -- -- -- -- 2.326.192 -- --
Cobertura do Crédito Vencido
> 90 dias por imparidades
-- -- -- -- 131,72% -- --
Cobertura do Crédito em
Risco por imparidades
-- -- -- -- 91,33% -- --
Valores em euros
CCAM da Terra Quente, CRL
41
Relatório e Contas 2017
De salientar que a performance da CCAM da Terra Quente na recuperação do Crédito Vencido, quer no último
exercício quer em exercícios anteriores aqui referenciados, quando comparada com a média da banca nacional
e outras congéneres Caixas Agrícolas, foi substancialmente melhor, sendo esse registo evidenciado pelos rácios
de crédito vencido, que registaram evolução positiva em 2017. Também o indicador de crédito em risco (que
incluiu não só crédito vencido mas igualmente créditos não vencidos, mas considerados de risco elevado), fruto
do acompanhamento que foi efectuado à carteira de crédito e respectivos clientes, registou evolução positiva,
tendo-se fixado ligeiramente acima de 3%.
Rácio de Crédito Vencido e em Risco
Relativamente ao exercício anterior, verificou-se um decréscimo de 87 mil euros em termos de crédito vencido
bruto e um decréscimo da mesma grandeza na componente de crédito vencido de maior maturidade. Os rácios
e indicadores de incumprimento brutos registaram importantes descidas, encontrando-se enquadrados nos
limites definidos e planeados. De registar, no entanto, a evolução menos positiva do indicador de crédito
vencido líquido, que em 2016 tinha registado valores inclusivamente negativos e que no exercício em análise
se fixou nos 1,49%. A adopção de novas regras de gestão da carteira de crédito, com a necessidade de calcular
imparidades para a carteira de crédito (ao invés das anteriores provisões) e definição de novos critérios e
parâmetros de risco de crédito e de incumprimento, motivaram a recuperação de provisões constituídas e o
crescimento daquele indicador.
4,47%5,17%
4,44%4,64%
3,01%3,23%
3,75% 4,19%
2,70%2,16%
3,06%
3,62%4,11%
2,62%
2,12%
1,36% 0,80% 0,54% -0,16%
1,49…
-1,00%
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
2013 2014 2015 2016 2017
Crédito em Risco Crédito Vencido Crédito Vencido + 90 Dias Crédito Vencido Líquido
CCAM da Terra Quente, CRL
42
Relatório e Contas 2017
Crédito Vencido por Tipo de Cliente
Tipo de Cliente 2016 2017 Variação 2016/2017
Valor % Total RCV Valor % Total RCV Valor %
Particulares 426.443 22,6% 1,8% 819.167 45,5% 3,0% 392.724 92,1%
ENI 818.649 43,4% 5,7% 822.076 45,7% 5,7% 3.427 0,4%
Empresas não
financeiras 603.454 32,0% 2,6% 157.325 8,7% 0,5% -446.129 -73,9%
Administração Pública 0 0,0% 0,0% 0 0,0% 0,0% 0 0,0%
Instituições sem fins
lucrativos 0 0,0% 0,0% 0 0,0% 0,0% 0 0,0%
N.E. 37.205 2,0% -- 0 0,0% -- -37.205 -100,0%
Total 1.885.751 100,00% 2,70% 1.798.568 100,00% 2,16% -87.183 -4,6%
Valores em euros
Em 2017 a redução da sinistralidade global da carteira de crédito, concentrou-se essencialmente no crédito a
empresas, que registou um decréscimo homólogo superior a 73%, finalizando o exercício com um rácio de
apenas 0,5%. Destacou-.se, pela negativa, a sinistralidade crescente da carteira de crédito a particulares, cujo
rácio evolui de 1,8% em 2016 para 3% em 2017, sendo de destacar como factor de maior preocupação e atenção
o crescimento dos indicadores de incumprimento no Crédito à Habitação (cresceu 20% para os 1,4%) e Crédito
ao Consumo (cresceu 58% para os 11%).
Crédito Vencido por Tipo de Produto
Tipo de Produto 2016 2017 Variação 2016/2017
Valor % Total RCV Valor % Total RCV Valor %
Crédito à Habitação -
Particulares 251.027 13,3% 1,0% 367.551 20,4% 1,4% 116.524 46,4%
Crédito Consumo e outros
fins - Particulares 789.905 41,9% 8,6% 1.050.552 58,4% 11,1% 260.647 33,0%
Cartões de Crédito -
Particulares 12.741 0,7% 6,8% 18.159 1,0% 9,6% 5.418 42,5%
Crédito à Actividade - ENI's 150.322 8,0% 9,6% 142.243 7,9% 9,9% -8.079 -5,4%
Crédito ao Investimento -
ENI's 41.098 2,2% 1,3% 62.246 3,5% 1,8% 21.148 51,5%
Cartões de Crédito - ENI´s 0 0,0% 0,0% 493 0,0% 6,1% 493 --
Crédito à Actividade -
Empresas 603.449 32,0% 3,4% 151.514 8,4% 0,8% -451.935 -74,9%
Crédito ao Investimento -
Empresas 0 0,0% 0,0% 5.330 0,3% 0,1% 5.330 --
Cartões de Crédito -
Empresas 5 0,0% 0,1% 481 0,0% 10,0% 476 9520%
CCAM da Terra Quente, CRL
43
Relatório e Contas 2017
Leasing - Empresas 0 0,0% 0,0% 0 0,0% 0,0% 0 --
Papel Comercial 0 0,0% 0,0% 0 0,0% 0,0% 0 --
Outros 0 0,0% 0,0% 0 0,0% 0,0% 0 --
N.E. 37.205 2,0% -- 0 0,0% -- -37.205 -100,0%
Total 1.885.751 100,00% 2,70% 1.798.568 100,00% 2,16% -87.183 -4,6%
Valores em euros
O controlo e manutenção desta rubrica dentro dos limites considerados de bom risco é igualmente fruto do
continuado esforço que se encetou nos últimos anos, no sentido de colocar a CCAM da Terra Quente a um
bom nível neste indicador fulcral para a saúde financeira das Instituições de Crédito, mesmo que as
condicionantes económicas e a evolução do próprio mercado, não sejam, ainda, favoráveis.
5.5. INDICADORES DE ESTRUTURA E DIMENSÃO
Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017 Variação 2016/2017
Valor %
Activo Líquido 127.209.14
1
127.785.152 137.026.574 144.292.649* 150.731.401 6.438.752 4,46%
Liquidez Total 65.208.39
2
64.520.950 69.071.411 71.090.803 63.438.765 -7.652.038 -10,76%
Crédito a Clientes 57.142.683 59.588.869 64.538.788 69.849.305 83.394.433 13.545.128 19,39%
Recursos de Clientes 102.205.95
0
106.967.259 107.412.375 110.703.095 114.789.566 4.086.471 3,69%
Act. Tang, Int. Invest. 3.973.586 4.112.922 4.027.018 3.985.389 3.908.643 -76.746 -1,93%
Act. Não Corr, D. P/Venda 583.639 571.671 654.121 573.839 436.958 -136.881 -23,85%
Fundos Próprios 15.900.266 14.894.113
15.750.170
15.599.350
16.732.342
1.132.992 7,26%
Situação Líquida 14.149.212 14.835.821 15.571.118 16.504.406 18.424.661 1.920.255 11,63%
Valores em euros * Valor ajustado às NIC- Normas Internacionais de Contabilidade, para efeitos comparativos
Por motivos apontados anteriormente, que tiveram a ver não só com o incremento do volume de negócios,
mas igualmente com as operações de refinanciamento TLTRO, o Activo Líquido registou forte incremento face
a 2016 (+4,18%).
Em termos de liquidez, a Instituição registou decréscimo próximo dos 11%, fixando-se nos 63 milhões de euros,
resultado da aplicação dos excedentes em crédito a clientes. A Situação Líquida apresentada pela Caixa de
Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente no exercício em análise é evidência do crescimento e rentabilidade
alcançados, tendo superado a fasquia dos 18 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 11,6% face
a 2016. De registar igualmente os mais de 16,7 milhões de euros referentes aos Fundos Próprios da instituição.
CCAM da Terra Quente, CRL
44
Relatório e Contas 2017
Evolução da Situação Líquida
5.6. INDICADORES DE EXPLORAÇÃO E RENDIBILIDADE
Indicadores de Exploração
Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2016 * 2017 Variação 2016/2017
Valor %
Margem Financeira 2.572.933 2.595.788 2.555.930 2.581.938 2.581.938 2.611.973 30.035 1,16%
Margem Complementar 979.442 1.076.915 1.143.629 932.071 932.071 1.178.473 246.402 26,44%
Produto Bancário 3.772.216 4.521.419 3.960.807 3.695.206 3.695.206 4.107.521 412.315 11,16%
Custos de
Funcionamento 2.342.710 2.080.511 2.128.070 2.169.914 2.169.914 2.306.251 136.337 6,28%
Meios Libertos 1.429.505 2.440.908 1.832.737 1.525.292 1.525.292 1.801.270 275.978 18,09%
Provisões, Correc.
Imparid. Liquidas 425.321 1.076.217 483.561 338.009 1.605.044 -264.974 -1.870.018 -116,51%
Resultado Líquido 627.107 725.322 809.888 862.122 -136.227 1.644.905 1.781.132 1.307%
Valores em Euros * Valores ajustados às NIC- Normas Internacionais de Contabilidade, para efeitos comparativos
A Margem Financeira, diferencial entre juros recebidos e juros pagos, cresceu em 2017 cerca de 30 mil euros,
fixando-se nos 2,61 milhões de euros. Apesar da permanência das taxas Euribor em níveis muito baixos, mesmo
negativos, e da forte concorrência pela captação de recursos e concessão de crédito, que pressionaram
fortemente aquela componente, a CCAM da Terra Quente, pela gestão que efectuou das disponibilidades
existentes, assim como pelo crescimento do negócio via crédito, alcançou um importante registo nesta rúbrica,
superior a todos os exercícios analisados.
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
20.000
2013 2014 2015 2016 2017
14.14914.836
15.57116.504
18.425e
uro
sM
ilha
res
CCAM da Terra Quente, CRL
45
Relatório e Contas 2017
Evolução da Margem Financeira
Por sua vez a Margem Complementar registou um crescimento homólogo próximo dos 246 mil euros,
registando um valor superior a 1,17 milhões de euros. Para este aumento contribuiu não só o comissionamento
oriundo da captação de novos negócios, mas também de forma determinante, o facto de, para algumas
comissões relativas ao negócio via cross-selling (essencialmente oriundas da CA Vida e Ca Seguros) referentes
ao exercício de 2016, não ter sido possível o seu registo contabilístico nesse exercício, tendo sido registadas
apenas no ano em análise.
A Margem Complementar gerada pela CCAM da Terra Quente permitiu que a sua relevância relativamente ao
Produto Bancário se fixasse nos 29,7%, bem acima do novo mínimo orientativo da DAS (20%). Paralelamente,
é facto de registo, a circunstância de estes proveitos permitirem cobrir, neste exercício, a totalidade dos Gastos
Gerais Administrativos (rácio de 140%), bem como 80% dos Custos com o Pessoal, consumando um rácio de
cobertura de Custos de Funcionamento de 51%.
Evolução da Margem de Negócio
4.607 4.440 3.849
3.164
2.855
2.034 1.845 1.293
582 243
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
2013 2014 2015 2016 2017
Milh
are
s E
uro
s
Juros Recebidos Juros Pagos
2.573 2.596 2.556 2.582 2.612
979 1.077 1.144 9321.178
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
2013 2014 2015 2016 2017
Milh
are
s E
uro
s
Marg. Complementar Marg.Financeira
CCAM da Terra Quente, CRL
46
Relatório e Contas 2017
O Produto Bancário, em consequência essencialmente do exposto, mas igualmente pelo acréscimo da rúbrica
de recuperação extraordinária de custos de exercícios anteriores, registou um aumento superior a 11%, fixando-
se nos 4,1 milhões de euros.
Os Custos de Funcionamento – Custos com Pessoal e Gastos Gerais Administrativos – ascenderam a 2,3 milhões
de euros, representando um crescimento de 6,3% em relação ao ano anterior. Se os Gastos Gerais
Administrativos registaram uma variação negativa homóloga na ordem dos -1,5%, já os Custos com Pessoal,
em consequência do aumento dos custos com a nova estrutura organizativa, aumento do quadro
colaboradores e de incentivos atribuídos em função dos objectivos alcançados, registaram um crescimento na
ordem dos 149 mil euros, uma variação homóloga superior a 11%.
Custos Funcionamento / Produto Bancário
No exercício de 2017, o resultado líquido das provisões, correcções e imparidades de crédito ascendeu a 265
mil euros. Como referido anteriormente a adopção de novas regras de gestão da carteira de crédito
(imparidades vs provisões), com a definição de novos critérios e parâmetros de risco de crédito e de
incumprimento, motivaram a recuperação de provisões constituídas.
Provisões, Correcções e Imparidades Líquidas
3.7724.521 3.961
3.695 4.108
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
2013 2014 2015 2016 2017
Milh
are
s E
uro
s
Produto Bancário Custos Funcionamento
-1.200
-1.000
-800
-600
-400
-200
0
200
400
2013 2014 2015 2016 2017
-425
-1.076
-484
-333
265
Milh
are
s E
uro
s
CCAM da Terra Quente, CRL
47
Relatório e Contas 2017
Os resultados obtidos neste exercício são demonstrativos por um lado da estratégia de crescimento orgânico
implementado nos últimos exercícios, a qual visou reforçar o crescimento sustentado, criando condições para
que, ano após ano e tendo em conta a oscilação das condições de mercado, ocorra incremento na geração de
resultados e, por outro lado, reflexo do crescimento extraordinário do comissionamento liquido registado no
exercício, assim como a recuperação de provisões de exercícios anteriores.
Evolução dos Resultados do Exercício
A conjugação dos elementos atrás expostos possibilitou encerrar o exercício 2017 com o Resultado Líquido de
1.644.904,90 euros, tendo os Meios Libertos atingido os 1,8 milhões de euros.
Indicadores de Rendibilidade
Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017
Rendibilidade Bruta do Activo 1,05% 1,86% 1,32% 1,03% 1,17%
Rendibilidade do Activo (ROA) 0,51% 0,58% 0,62% 0,62% 1,13%
Rendibilidade do Capital Próprio (ROE) 4,64% 5,14% 5,49% 5,51% 9,80%
Produto Bancário / Activo Líquido Médio 3,06% 3,63% 3,02% 2,67% 2,81%
RAI / Activo Líquido Médio 0,70% 0,99% 0,95% 0,78% 1,35%
Cost to Income - Custos Totais / Prod. Bancário 65,75% 48,82% 56,34% 61,49% 58,34%
A totalidade dos rácios de rendibilidade em análise, apresentam valores considerados de bom risco, sendo
reveladores da estabilidade da CCAM ao nível da rentabilidade da sua estrutura e evidenciando sinais positivos
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2013 2014 2015 2016 2017
627
725810
862
1.645
Milh
are
s E
uro
s
CCAM da Terra Quente, CRL
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Relatório e Contas 2017
quando comparados com os rácios evidenciados em exercícios anteriores. É de ressalvar o indicar de
rentabilidade dos nossos capitais próprios (ROE) com registo já superior aos 9,8%, bem como a rentabilidade
assegurada pelos nossos activos, mesmo considerando que o aumento de negócio, no exercício em causa, foi
proporcionalmente superior à rentabilidade gerada por esse negócio.
5.7. INDICADORES PRUDENCIAIS
Rúbricas 2013 2014 2015 2016 2017
Rácio Common Equity Tier 1 27,62% 28,47% 28,89% 27,64% 25,27%
Rácio de Crédito Vencido 3,23% 3,75% 4,19% 2,70% 2,16%
Rácio de Crédito Vencido Líquido 1,36% 0,80% 0,54% -0,16% 1,49%
Rácio de Eficiência 65,75% 48,82% 56,34% 61,49% 58,34%
Comissões/Produto Bancário 25,96% 23,82% 28,87% 25,22% 28,69%
Produto Bancário / Nº Empregados* 145.085 155.911 132.027 127.421 141.639
Activo Líquido Ajustado/ Nº Empregados* -- -- 4.953.161 5.390.727 5.574.281
Rácio de Transformação 60,01% 57,29% 60,09% 63,38% 76,40%
ANCDV / Activo Total 0,46% 0,45% 0,48% 0,40% 0,29%
*Valores em Euros;
O Rácio Common Equity Tier 1 atingiu em 2017 os 25,27%, expressão da solidez estrutural desta Instituição,
tanto maior quando comparado com o mínimo exigido em termos orientativos (10%).
Os rácios relativos ao comportamento do Crédito Vencido, pelas razões já enunciadas, sofreram genericamente
variações bastante positivas, enquadrando-se, por larga margem, nos limites máximos regulamentares e
salvaguardados pelas imparidades registadas. Também os indicadores relativos à rentabilidade do Activo e
Produto Bancário, medidos em termos de número de empregados, bem como o Rácio de Transformação, se
enquadraram folgadamente nos limites prudenciais, destacando-se este ultimo pelo crescimento registado,
potenciador de um aumento de rentabilidade.
Por ultimo fazer referência à evolução positiva do Rácio de Eficiência, que finalizou o exercício nos 58,3%,
estando assim totalmente enquadrado no limite máximo orientativo (70%) e ao indicador de Activos Não
Correntes Detidos para Venda, que registou um valor próximo dos 0,3% do total do Activo, também ele
amplamente enquadrado no intervalo considerado de bom risco e orientativo, que define como valor máximo
os 6%.
CCAM da Terra Quente, CRL
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Relatório e Contas 2017
6. MOVIMENTO DE SÓCIOS DURANTE O ANO DE 2017
Sócios activos existentes em 31/12/2016 4.281
Sócios admitidos durante o ano de 2017 103
Sócios que solicitaram exoneração ou registado o falecimento durante o ano de 2017 55
SÓCIOS ACTIVOS em 31/12/2017 após aprovação em Assembleia Geral 4.329
Lista de Exonerações
21900002600 HENRIQUE L M MELO
21900001737 ANTONIO LUIS O BALTAZAR
21920100434 DULCE ASSUNCAO R CASTRO
21900002652 WELCOME CHANGE LDA
21920100531 JOÃO ALBERTO FONSECA TRIGO
21920100646 ARTUR ALBERTO MADUREIRA
21930200701 STOPEÇAS PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO LDA
21920101066 ANTONIO CANDIDO RABAÇAL CASTRO
21920101180 HORACIO MANUEL RACHADO CASTILHO
21900002738 MARIA AMELIA SOEIRO MEIRELES
21900001235 JOÃO ALBERTO SOUSA GONÇALVES
21930200700 ANTONIO RAMOS TOPETE CARREGA
21900001130 LIDIA JESUS CRUZ GRILO
21930200533 SILVINO ANTÓNIO COSTA
21920100655 ARMENIO ILIDIO BENTO
21900001229 JERÓNIMO AZEVEDO PIRES
21900000914 ALFREDO AUGUSTO VAZ MESQUITA
21900000710 GUILHERMINO AUGUSTO MOREIRA
21900001257 LUIS MANUEL VILA REAL PEREIRA
21900000738 ARMINDO MEIRELES
21900002757 ISABEL MARIA ALMEIDA CASTRO TRIGO
21920100257 JOAQUIM ANTONIO RICARDO
21900001741 LUIS MANUEL MAGALHÃES MOUTINHO
21900002741 PRECIOSA ARMINDA CASCAIS
21930200884 MANUEL JOAQUIM BATISTA
21900001144 PADARIA PANQUENTE
21900002745 DANIEL ESCOVAL MOREIRA
21900000210 MANUEL DECIO MONTEIRO
21900001658 LUIS MIGUEL TRIGO MORAIS
21930200846 FERNANDA AUGUSTA R S GIL
21900002156 CARLOS JERÓNIMO FERREIRA PIRES
21900001968 EDGAR ANTONIO CORDEIRO
21900001715 MANUEL EDUARDO DE CASTRO
21900002785 CLAUDIA MARIA ABREU MESQUITA
21900002209 HELDER JOSÉ TEIXEIRA DE CARVALHO
CCAM da Terra Quente, CRL
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Relatório e Contas 2017
21900002307 EURICO ALBINO FAUSTINO
21900002643 CHURRASCARIA VEIGA - UNIPESSOAL LDA
21900002557 PEDRO MIGUEL MADEIRA MARTINS
21920101364 TERESA DE JESUS FERREIRA AFONSO
21920100280 MARIA CELESTE FERREIRA
21900001507 JOÃO MANUEL DOS SANTOS PEREIRA
21900001985 CONSTANTINO ALBERTO BEBIANO TEIXEIRA
21900001470 JOSÉ JOAQUIM MARTINS ABADE
21920100590 JULIO AUGUSTO CELEIROS
21930200669 MARIA DE LURDES BATA
21900002993 ARTUR AUGUSTO NETO
21900001320 MARIA ODETE DIAS SEIXAS
21900002388 LUIS MIGUEL MARTINS RABACAL GONCALVES
21920101282 CARMEN DOLORES AGOSTINHO TRAGUEDO MACEDO
21920101380 FACOAL - TRACTORES E ALFAIAS AGRÍCOLAS LDA
21900002639 JT LUBRIFICANTES LDA
21900002358 MADEIRA,NEVES,TEIXEIRA LDA
21900000952 CARLOS A P S & FILHOS SA
21930200163 ANIBAL ALBERTO FERNANDES
21920100869 ANTONIO MANUEL VIEIRA BEBIANO
CCAM da Terra Quente, CRL
51
Relatório e Contas 2017
7. DÍVIDAS À ADMINISTRAÇÃO FISCAL E SEGURANÇA SOCIAL
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente não tem, no fim do exercício em análise, qualquer dívida
perante a Administração Fiscal e Segurança Social.
CCAM da Terra Quente, CRL
52
Relatório e Contas 2017
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CCAM da Terra Quente, CRL
53
Relatório e Contas 2017
8. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CCAM
8.1. ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente
conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor
Oficial de Contas.
Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um
mandato de três anos.
8.2. ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA
8.3. ASSEMBLEIA GERAL
A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um presidente, um vice-presidente e um Secretário.
8.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral
Presidente: Manuel Rui Araújo Meneses Pimentel
Vice-Presidente: António Júlio Relhas
Secretário: José Francisco Pires Trigo
8.3.2. Competências da Assembleia Geral
A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam
competências, competindo-lhe, em especial:
▪ Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;
▪ Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício
seguinte;
▪ Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;
Assembleia Geral
Conselho de Administração
Conselho Fiscal ROC
CCAM da Terra Quente, CRL
54
Relatório e Contas 2017
▪ Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;
▪ Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos
cooperativos de grau superior;
▪ Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;
▪ Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas,
administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da
Assembleia Geral;
▪ Decidir da alteração dos Estatutos.
8.4. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e
de um suplente.
Actualmente o Conselho de Administração é composto por 5 membros, com mandato para o triénio 2016/2018.
8.4.1. Composição do Conselho de Administração
Presidente: Ricardo Manuel Paninho Pereira
Vogal: Fernando Manuel Gil
Vogal: Victor Manuel Prazeres Gonçalves
Vogal: Rui Manuel Gomes Meneses Pimentel
Vogal: António Alfredo Figueiredo
Suplente: Rui Filipe Moura de Carvalho
8.4.2. Competências do Conselho de Administração
As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo
com os Estatutos:
▪ Administrar e representar a Caixa Agrícola;
▪ Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento
para o exercício seguinte;
▪ Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;
▪ Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;
▪ Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.
▪ Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;
▪ Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;
▪ Organizar, dirigir e disciplinar os serviços;
▪ Adquirir bens móveis e imóveis para a recuperação de créditos em situação de incumprimento e
proceder à sua alienação nos termos legais.
CCAM da Terra Quente, CRL
55
Relatório e Contas 2017
8.4.3. Reuniões do Conselho de Administração
O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 2 vezes por mês, tendo realizado um total de 26 reuniões
em 2017.
8.5. ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO
A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou
uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.
As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal,
de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento.
8.5.1. Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.
8.5.1.1. Composição do Conselho Fiscal
Presidente: Fernando Jaime Castro Candeias
Vogal: Aníbal Tito Fernandes Reis (falecido a 9 de Novembro de 2017)
Vogal: João Carlos Quinteiro Nunes
Vogal: Sandra Carla Raimundo (desde 28 de Dezembro de 2017, sendo suplente até essa data)
Suplente: Esmeralda da Conceição Teixeira Pires (desde 28 de Dezembro de 2017)
8.5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vez por trimestre, tendo realizado, em 2017, um total de 5 reuniões.
8.5.2. Revisor Oficial de Contas
O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designados para o cargo:
Efetivo: PKF & Associados, SROC, Lda
Suplente: Célia Maria Pedro Custódio
8.6. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO
A) Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização
1. Em 21 de Dezembro de 2016 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra
Quente, CRL apreciou e aprovou a Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da
Instituição, em cumprimento do disposto na Lei nº 28/2009, de 19 de Junho.
CCAM da Terra Quente, CRL
56
Relatório e Contas 2017
2. Nos termos e para os efeitos do n.º 4 do artigo 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, reproduz-se
na presente a referida Política, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito
Agrícola Mútuo:
“POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA TERRA QUENTE, CRL
Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras
(RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-
Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Arts. 7º, número 3, e 20º, número 4, do Estatuto Remuneratório do
Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO
AGRÍCOLA MÚTUO DA TERRA QUENTE, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da
Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da
CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017.
Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da
CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017 seja aprovada nos seguintes termos:
1. INTRODUÇÃO
Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de
Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e
proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade
da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de
centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.
A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer
instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs
4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas
somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes
instrumentos:
a. O RGICSF;
b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam
incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo
Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se
revogadas em função de tais alterações;
c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;
CCAM da Terra Quente, CRL
57
Relatório e Contas 2017
d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de
Capital);
e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos
de Capital);
f. As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22;
g. O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.
2. PRINCÍPIOS GERAIS
O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na
definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como a natureza
jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita
Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor
senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte
tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector
Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses
de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.
Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições
do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis
com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de
sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência
ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.
Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de
Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos Arts. 7º, número 4, e 20º, número 5, do Estatuto Remuneratório
do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os seguintes objectivos:
a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de
riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;
b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses
de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;
c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração,
fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade
organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:
CCAM da Terra Quente, CRL
58
Relatório e Contas 2017
a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral,
sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos
uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;
b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;
c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das
remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de,
não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma
de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de
qualquer parte da remuneração;
d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de
Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo
de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor
moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola;
e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de
Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal
avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente
relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre
Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios
sociais.
4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO:
A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse
Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor
fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 20º, número 6, do Estatuto
Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias
contidas no mesmo Estatuto.
Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os Membros do Conselho Fiscal
justificadamente incorram no exercício das suas funções.
5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO:
5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa
componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos àqueles em
CCAM da Terra Quente, CRL
59
Relatório e Contas 2017
que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e subsídios de
Natal), de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto
Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias
contidas no referido Estatuto.
Os Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de pessoal e cujos contratos de trabalho tenham
sido suspensos por consequência da sua eleição para o Conselho de Administração terão direito a receber uma
remuneração fixa cujo valor global seja, pelo menos, idêntico ao que aufeririam se o referido contrato de
trabalho se mantivesse em vigor, sem prejuízo da possibilidade da sua actualização, nos termos aplicáveis à
generalidade dos trabalhadores da Instituição, bem como a manter os benefícios sociais, incluindo de natureza
não pecuniária, a que teriam direito enquanto trabalhadores, excepto os incompatíveis com a suspensão do
vínculo laboral.
Nos termos da presente Política, os Administradores Executivos oriundos do quadro de pessoal não têm direito
a receber remuneração variável, ainda que esta seja atribuída à generalidade dos trabalhadores da Instituição.
Acresce à referida remuneração a atribuição de telemóvel e viatura de serviço para uso no exercício das funções
de Membro do Órgão de Administração, bem direito ao reembolso de despesas de serviço desde que
devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da
Instituição.
Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais
se declara que:
5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho
a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão
de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos;
b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são
inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso
nº 10/2011.
5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback
Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável,
pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos
mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”).
5.1.3 Disposições gerais
CCAM da Terra Quente, CRL
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Relatório e Contas 2017
a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são
inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;
b) No exercício de 2016 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a
Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;
c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes
confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados
com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais
compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários
os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição
qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que
é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;
d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por
sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição;
e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem
são concedidos benefícios discricionários de pensão;
f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.
g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou
responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de
alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.
h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato
que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo
prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho,
indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme
referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração.
5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS
A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração é fixada pela Assembleia Geral, nos
termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito
Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consiste exclusivamente
numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos
àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e
subsídios de Natal.
CCAM da Terra Quente, CRL
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Relatório e Contas 2017
Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente
justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição.
6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS
A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no
âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.
Carrazeda de Ansiães, 25 de Novembro de 2016”
3. Remunerações Pagas
Conselho de Administração
Presidente: Prof. Ricardo Manuel Paninho Pereira 32.200,00 €
Vogal: Eng.º Fernando Manuel Gil 36.232,00 €
Vogal: Victor Manuel Prazeres Gonçalves 78.750,00 €
Vogal: Dr. Rui Manuel Gomes Meneses Pimentel 36.232,00 €
Vogal: Eng.º António Alfredo Figueiredo 16.100,00 €
Total 199.514,00 €
Conselho Fiscal
Presidente: Eng.º Fernando Jaime Castro Candeias 1.250,00 €
Vogal: Aníbal Tito Fernandes dos Reis 600,00 €
Vogal: Dr. João Carlos Quinteiro Nunes 1.200,00 €
Total 3.050,00 €
Revisor Oficial de Contas (excluindo IVA)
PKF & Associados, SROC, LDA 10.000,00 €
Total 10.000,00 €
Total 212.564,00 €
B) Política de Remuneração de Colaboradores
1. Dando cumprimento ao disposto no n.º 3 do artigo 16.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, é prestada
a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:
a. Os colaboradores abrangidos pelo n.º 2 do artigo 1.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011 auferem uma
remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a
qual pode ainda integrar um complemento remunerativo casuístico.
b. Também podem ser atribuídas uma ou duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível
de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.
CCAM da Terra Quente, CRL
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Relatório e Contas 2017
c. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de
um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.
d. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são
divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da
instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela
hierarquia directa dos colaboradores, quando a mesma seja efectuada.
e. Pode também ser atribuído pelo Conselho de Administração um montante pecuniário aos colaboradores,
com base nos resultados alcançados pelas diversas áreas da Caixa Agrícola.
f. A componente variável poderá ser assim atribuída anualmente, considerando o resultado da avaliação de
competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos
aplicáveis à actividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com
clientes e investidores. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor
a longo prazo.
g. A remuneração variável, quando atribuída, é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do
ano transacto.
h. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem
expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um
dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir.
i. Atento o disposto no n.º 3 do artigo 17.º do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, os colaboradores
abrangidos pelo n.º 2 do artigo 1.º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações: remuneração bruta
fixa em 2017 de 45.306,15 € e variável de 9.148,65 €.
Face ao teor da Política de Remuneração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente, CRL para o
exercício de 2017, e do ocorrido durante esse exercício, não são aplicáveis ou inexistem:
a. Remunerações diferidas que não tenham sido pagas;
b. Remunerações diferidas devidas, pagas ou objecto de reduções resultantes de ajustamento introduzido em
função do desempenho individual dos titulares;
c. Novas contratações efectuadas no ano a que a informação respeita;
d. Pagamentos efectuados ou devidos anualmente em virtude de rescisão antecipada de contracto de trabalho
com Colaboradores.
CCAM da Terra Quente, CRL
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Relatório e Contas 2017
9. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Para o resultado líquido apurado no exercício de 2017, no valor de 1.644.904,90€ (um milhão seiscentos e
quarenta e quatro mil novecentos e quatro euros e noventa cêntimos) o Conselho de Administração propõe a
seguinte distribuição, de acordo com o Artº. 33º. dos Estatutos:
euros
Reserva Legal 328.980,98 €
Reserva para Educação e Formação Cooperativa 16.449,05 €
Reserva para Mutualismo 1.500,00 €
Reserva Especial 1.297.974,87 €
Total 1.644.904,90 €
Após aquela distribuição de resultados, do montante de Reserva Livre (especial), o Conselho de Administração
propõe que:
O valor de 7.961,09€ (sete mil novecentos e sessenta e um euros e nove cêntimos) seja para distribuir
pelos associados que, em 31 de Dezembro de 2017, detinham títulos de capital social em número igual
ou superior ao legalmente e actualmente estabelecido (≥100 títulos), à razão de 0,50%, respeitante a
dividendos. Esta distribuição será realizada em estrita observância das determinações estabelecidas
pelo Banco de Portugal, ficando condicionada à sua aprovação;
Nos termos da alínea d) do nº.2 do Artigo 8.º dos Estatutos, sejam transferidos para capital social o
montante de 1.290.000,00€ (um milhão duzentos e noventa mil euros).
Assim, se estas propostas merecerem a aprovação da Assembleia, as contas de Situação Liquida apresentarão
os seguintes saldos:
Capital Social 13.043.610,00 €
Reserva Legal 5.378.128,84 €
Reserva para Mutualismo 6.678,52 €
Reserva Formação e Educação Cooperativa 18.344,64 €
Reserva Especial 2.240,07 €
Outras Reservas 15.437,86 €
Reservas de reavaliação -47.740,00 €
Situação Líquida 18.416.699,93 €
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Relatório e Contas 2017
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Relatório e Contas 2017
10. NOTAS FINAIS
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente, quer manifestar o seu apreço a todos quantos com a Caixa
colaboraram e se têm esforçado para que seja possível atingir os resultados que muito nos orgulhamos de ter
conseguido.
Agradecemos também:
Aos nossos associados em especial e clientes em geral;
A todas as Repartições locais, nomeadamente ao Cartório Notarial, Conservatória, Repartição de
Finanças, Tesouraria da Fazenda Pública, Tribunal Judicial, Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, pela
atenção dispensada;
À Caixa Central e Fenacam.
A todos as restantes entidades não mencionadas, mas que mercê da generosa colaboração ajudaram
a nossa tarefa.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente, 21 de Março de 2018
O Conselho de Administração
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Relatório e Contas 2017
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Relatório e Contas 2017
11. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
11.1. BALANÇO INDIVIDUAL
Em 31 de Dezembro de 2017, 31 de Dezembro de 2016 (Pro-forma) e 1 de Janeiro de 2016 (Pro-forma)
Montantes expressos em euros
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Relatório e Contas 2017
11.2. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL
INDIVIDUAL
Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 Dezembro de 2016 (Pro-forma)
Montantes expressos em euros
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Relatório e Contas 2017
11.3. DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 Dezembro de 2016 (Pro-forma)
Montantes expressos em euros
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Relatório e Contas 2017
11.4. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 Dezembro de 2016
Montantes expressos em euros
CCAM da Terra Quente, CRL
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Relatório e Contas 2017
11.5. INVENTÁRIO DE TÍTULOS EM BASE INDIVIDUAL
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
Montantes expressos em euros
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Relatório e Contas 2017
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Relatório e Contas 2017
12. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Em 31 de Dezembro de 2017
(Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)
1 Nota introdutória
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Terra Quente, C.R.L. (adiante designada por Caixa) é uma instituição de
crédito constituída em 20 de Setembro de 1996 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada.
Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária,
nos termos previstos na legislação aplicável.
A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa
Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas
associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que
fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.
Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Luís de Camões, em Carrazeda
de Ansiães e através de uma rede de sete balcões situados nos concelhos de Vila Flor, Alfandega da Fé, Torre
de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta.
Nos exercícios económicos de 2017 e 2016, não ocorreram eventos relevantes na estrutura de capital da Caixa,
nem operações com grande impacto nas contas do exercício.
As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017 encontram-se pendentes de aprovação pelos
correspondentes Órgãos Sociais. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações
financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.
2 Bases de apresentação, comparabilidade da informação e principais políticas
contabilísticas
2.1 Bases de apresentação das contas
Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da Caixa foram preparadas e
apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso nº
1/2005 do Banco de Portugal.
As NCA tinham por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adoptadas, em cada
momento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo aplicáveis as derrogações previstas nos Avisos
nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal.
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Relatório e Contas 2017
Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à supervisão do Banco de
Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual de acordo
com as NIC, tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia.
As NIC incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), bem
como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelos
respectivos órgãos antecessores.
Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, as Caixas de Crédito
Agrícola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) beneficiaram, durante o
ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que nestas entidades a adopção
das NIC apenas ocorreu no dia 1 de Janeiro de 2017. De notar que as demonstrações financeiras consolidadas
do Grupo Crédito Agrícola (GCA), o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de acordo com as
NIC, pelo que esta adopção em 2017 ocorreu apenas a nível das contas individuais.
As demonstrações financeiras da Caixa apresentadas reportam-se ao ano de 2017, período findo em 31 de
Dezembro, tendo sido já preparadas de acordo com as NIC.
As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas de acordo com o princípio do
custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao justo valor.
De notar que a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que a Caixa efectue
julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os
montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face
à realidade poderão ter impacto sobre as actuais estimativas e julgamentos.
Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de dia 02 de
Fevereiro de 2018.A Caixa adoptou a Norma IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, a qual se tornou
efectiva para os períodos de relato com início em 1 de Janeiro de 2007 ou após. O Impacto da adopção da
Norma IFRS 7 consistiu nas divulgações fornecidas ao nível dos instrumentos financeiros utilizados e da gestão
do capital (Nota 51). Adicionalmente, foi tida em consideração a versão actualizada da IAS 1 – Apresentação de
Demonstrações financeiras.
2.2 Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação
A entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, impôs a necessidade de a Caixa elaborar as suas
demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de acordo com as NIC, deixando assim
de ser aplicadas as NCA.
Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº 3/95 do Banco de Portugal, os
quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de crédito, com as seguintes
finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito, (iii) encargos com pensões de reforma e
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Relatório e Contas 2017
sobrevivência, (iv) menos-valias de títulos e imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e
(vi) risco-país.
Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza análoga passaram
a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da NIC 39 – Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no
Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.
Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adopção das NIC para efeitos da preparação e
apresentação das demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2017, teve impacto nomeadamente ao
nível da diminuição das provisões para crédito a clientes e garantias, decorrente do reconhecimento de perdas
por imparidade apuradas em conformidade com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no
Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.
De acordo com as NIC, a adopção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada retrospectivamente, pelo
que a Caixa ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para efeitos comparativos.
Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspectos materialmente relevantes comparáveis
com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente documento referentes ao período anterior
(ou seja, 2016).
Apresenta-se nos quadros abaixo a reconciliação das principais rubricas das demonstrações financeiras
aprovadas em 2016, as quais foram preparadas em base NCA, e as demonstrações financeiras de 2016,
preparadas de acordo com as NIC, reportadas neste documento para efeitos comparativos:
a) Reconciliação entre o Balanço a 1 de Janeiro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC
Notas NIC Ajustamentos NCA
Crédito a clientes
62.780.599,57
897.023,57
61.883.576,00
Activos por impostos diferidos 398.235,72 -273.271,28 671.507,00
Outros elementos do activo
74.271.491,00
74.271.491,00
Total do Activo 137.450.326,29 627.752,29 136.826.574,00
Provisões 83.888,91 -374.597,09 458.486,00
Outros elementos do passivo 120.796.970,00 120.796.970,00
Total Passivo 120.880.858,91 -374.597,09 121.255.456,00
Outras reservas e resultados transitados 5.725.388,00 998.349,00 4.727.039,00
Lucro do exercício 809.888,00 809.888,00
Outros elementos do capital próprio 10.034.191,00 10.034.191,00
Total Capital Próprio 16.569.467,00 998.349,00 15.571.118,00
Total do Passivo e Capital Próprio 137.450.325,91 623.751,91 136.826.574,00
b) Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC
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Relatório e Contas 2017
Notas NIC Ajustamentos NCA
Crédito a clientes
67.351.954,02
-384.900,98
67.736.855,00
Activos por impostos diferidos 633.769,00 633.769,00
Outros elementos do activo
76.306.926,00
76.306.926,00
Total do Activo 144.292.649,02 -384.900,98 144.677.550,00
Provisões 163.579,02 -384.900,98 548.480,00
Outros elementos do passivo 127.624.664,00 127.624.664,00
Total Passivo 127.788.243,02 -348.900,98 128.173.144,00
Outras reservas e resultados transitados 5.887.369,00 998.349,00 4.889.020,00
Lucro do exercício -136.227,00 -998.349,00 862.122,00
Outros elementos do capital próprio 10.753.264,00 10.753.264,00
Total Capital Próprio 16.504.406,00 0,00 16.504.406,00
Total do Passivo e Capital Próprio 144.292.649,02 384.900,98 144.677.550,00
c) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base
nas NCA e nas NIC
Notas NIC Ajustamentos NCA
Margem Financeira
2.581.938,00 2.581.938,00
Produto bancário 3.695.206,00 3.695.206,00
Provisões líquidas de reposições e anulações
-79.690,00
-189.696,00
110.006,00
Imparidade de outros activos finan. líquida de reversões e recuperações -17.250,00
-17.250,00
Correcções valores associados ao crédito a clientes e valores a receber -1.508.104,00 -1.081.924,00 -426.180,00
Outros proveitos / (custos) que concorrem para o resultado antes de impostos -2.276.723,00
-2.276.723,00
Resultado antes de impostos -186.561,00 -1.271.620,00 1.085.059,00
Impostos correntes -185.200,00 -185.200,00
diferidos 235.534,00 273.271,00 -37.737,00
Resultado líquido do exercício -136.227,00 -998.349,00 862.122,00
Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as quais apresentamos de seguida, que
não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31
de Dezembro de 2017.
1. Impacto da adopção das alterações às normas que se tornaram efectivas a 1 de Janeiro de 2017:
a) IAS 7 (alteração), ‘Revisão às divulgações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de
2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento,
desagregados entre as transacções que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como
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Relatório e Contas 2017
esta informação concilia com os fluxos de caixa das actividades de financiamento da Demonstração do Fluxo
de Caixa.
b) IAS 12 (alteração), ‘Imposto sobre o rendimento – Reconhecimento de impostos diferidos activos sobre
perdas potenciais’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração
clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos activos relacionados com activos mensurados ao justo valor,
como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar a
recuperabilidade dos impostos diferidos activos quando existem restrições na lei fiscal.
2. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais
que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, mas que a União Europeia ainda não endossou:
a) IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de
2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos activos e
passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da
perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura.
O Grupo Crédito Agrícola, onde se inclui a CCAM, definiu uma estrutura global de trabalho com o objectivo de
adaptar os seus processos internos aos normativos explanados na IFRS 9, de modo a que estes sejam,
simultaneamente, aplicáveis, uniformemente, a todas as CCAM do SICAM e sejam adaptáveis às características
individuais de cada uma.
Relativamente à estrutura de governance do projecto de implementação da IFRS 9, o Grupo criou um comité
com a responsabilidade de acompanhar o projecto mas também de assegurar que estão envolvidos neste
projecto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo.
O Grupo Crédito Agrícola encontra-se actualmente na fase de implementação dos modelos e requisitos
definidos, com o objectivo de assegurar a eficiente implementação dos normativos previstos na IFRS 9,
optimizando os recursos necessários para o desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos.
Quando a fase de implementação estiver concluída, o Grupo irá testar os resultados obtidos pelos modelos
implementados através de diversas simulações, por forma a assegurar que a transição para o novo normativo
está de acordo com o estabelecido inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo paralelo do montante de
imparidade de acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como complemento e base de comparação às
simulações internas que o Grupo desenvolveu ao longo do projecto de implementação da IFRS 9.
A CCAM, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada com o modelo, calendário
e objectivos do Grupo para o projecto de implementação da IFRS 9. À presente data, a CCAM está a avaliar os
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Relatório e Contas 2017
efeitos e impactos da plena adopção dos normativos previstos na IFRS 9, pelo que os impactos estimados desta
avaliação serão comunicados assim que esteja disponível uma estimativa razoável dos mesmos.
b) IFRS 15 (nova), ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de
Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de
serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar activos ou
prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflecte a contraprestação a que a entidade tem direito,
conforme previsto na “metodologia das 5 etapas”.
c) IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta nova
norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora
obrigados a reconhecer um passivo de locação reflectindo futuros pagamentos da locação e um activo de
“direito de uso" para todos os contratos de locação, excepto certas locações de curto prazo e de activos de
baixo valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar
o uso de um activo identificado".
d) IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9)’ (a aplicar nos exercícios que se
iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contractos de
seguro a opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos
resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contractos de
seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às
entidades cuja actividade predominante seja a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às
demonstrações financeiras consolidadas que incluam uma entidade seguradora.
e) Alterações à IFRS 15, ‘Rédito de contratos com clientes’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1
de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações
de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade
intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos novos regimes
previstos para simplificar a transição.
3. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais
que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017, mas que a União Europeia ainda não endossou:
3.1 – Normas
a) Melhorias às normas 2014 – 2016 (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro
de 2017). Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28.
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Relatório e Contas 2017
b) IAS 40 (alteração) ‘Transferência de propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem
em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.
Esta alteração clarifica que os activos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de
investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é
suficiente para efectuar a transferência.
c) IFRS 2 (alteração), ‘Classificação e mensuração de transacções de pagamentos baseados em acções’ (a aplicar
nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de
endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transacções de pagamentos
baseados em acções liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a contabilização de modificações a um plano
de pagamentos baseado em acções, que alteram a sua classificação de liquidado financeiramente (“Cash-
settled”) para liquidado com capital próprio (“equity-settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos
princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em acções seja tratado como
se fosse totalmente liquidado com capital próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a
reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal.
d) IFRS 9 (alteração), ‘Elementos de pré-pagamento com compensação negativa’ (a aplicar nos exercícios que
se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela
União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar activos financeiros com condições de pré-
pagamento com compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de
condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de resultados.
e) IAS 28 (alteração), ‘Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar
nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo
de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e
empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associadas e
empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de equivalência patrimonial,
são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, antes
de qualquer teste de imparidade ao investimento como um todo.
f) Melhorias às normas 2015 – 2017 (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de Janeiro de 2019).
Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias
afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11.
g) IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguro’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de
2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma substitui o
IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contratos de seguro, contratos de resseguro e contratos
de investimento com características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente
das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo
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Relatório e Contas 2017
completo (“building block approach”) ou simplificado (“premium allocation approach”). O reconhecimento da
margem técnica é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospectiva.
3.2 - Interpretações
a) IFRIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada’ (a aplicar nos exercícios
que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso
pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e
refere-se à determinação da "data da transacção" quando uma entidade paga ou recebe antecipadamente a
contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira. A “data da transacção” determina a taxa
de câmbio a usar para converter as transacções em moeda estrangeira.
b) IFRIC 23 (nova), ‘Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento’ (a aplicar nos exercícios que
se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela
União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 – ‘Imposto sobre o rendimento’, referindo-se aos
requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação de um
determinado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento.
Em caso de incerteza quanto à posição da Administração fiscal sobre uma transacção específica, a entidade
deverá efectuar a sua melhor estimativa e registar os cativos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz
da IAS 12, e não da IAS 37 – “Provisões, passivos contingentes e activos contingentes”, com base no valor
esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospectiva ou retrospectiva modificada.
2.3 Resumo das principais políticas contabilísticas
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as
seguintes:
a) Especialização dos exercícios
A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas
das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados,
independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
b) Transacções em moeda estrangeira
Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de câmbio em vigor
na data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos
ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.
Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem,
de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.
CCAM da Terra Quente, CRL
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Relatório e Contas 2017
Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na
posição cambial.
No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço:
Moeda Descrição da moeda
Taxa de
câmbio
AUD - Dólar Australiano 1,53493
BRL - Real do Brasil 3,97440
CAD - Dólar Canadiano 1,50416
CHF - Franco Suíço 1,17038
DKK - Coroa Dinamarquesa 7,44510
GBP - Libra Esterlina 0,88722
RUB - Rublo Russo 69,39390
USD – Dólar dos Estados Unidos 1,19970
ZAR – Rand da África do Sul 14,82330
CNY - Yuan Renmimbi da China 7,80960
CVE - Escudo de Cabo Verde 110,26500
JPY - Iene Japonês 135,04000
MOP - Pataca de Macau 8,45810
NOK – Coroa Norueguesa 9,84200
SCP – Libra Escocesa 0,88722
SEK – Coroa Sueca 9,84380
BGN - Lev da Bulgária 1,95590
CZK - Koma Checa 25,55100
HKD - Dólar Hong Kong 9,37400
HUF - Forint Húngaro 310,41000
IDR - Rupia Indonésia 16260,74000
KRW - Won Coreia do Sul 1280,62000
LTL - Litas da Lituânia 3,45290
LVL - Lats da Latvia 0,70280
NZD - Dólar Nova Zelândia 1,68550
PHP - Peso Filipinas 59,81110
PLN - Zloty Polaco 4,17640
SGD - Dólar Singapura 1,60290
THB - Baht Tailândia 39,13170
c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas
associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como
influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder
de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo
nem controlo conjunto sobre a mesma.
A Caixa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis do seu
envolvimento com a entidade e tem a capacidade de afectar esses retornos, através do seu poder sobre a
entidade.
CCAM da Terra Quente, CRL
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Relatório e Contas 2017
As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição. Estes investimentos são objectos de
análises de perdas por imparidade quando estas participações financeiras registem deteriorações significativas
ao nível da sua posição financeira, sendo registadas perdas por imparidade quando o valor estimado
recuperável é inferior ao valor contabilístico registado.
As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados
ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto na NIC
21.
Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é
estabelecido..
d) Crédito e outros valores a receber
O crédito a clientes abrange os créditos concedidos a clientes e outras operações de empréstimo tituladas
(papel comercial) cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o
montante do crédito é adiantado ao cliente, sendo reconhecidas pelo valor nominal.
Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são registados ao custo amortizado, sendo submetidos a
análises periódicas de imparidade.
A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação
contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos
e distribuídos por períodos mensais. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à
contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente,
reconhecidos ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.
Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e
custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do
momento em que são cobrados ou pagos.
A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias
após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual
de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.
O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais da Caixa relativos aos
respectivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (ii) a Caixa transfira substancialmente todos os riscos e
benefícios associados ao crédito, ou (iii) mesmo que a Caixa retenha uma parte dos riscos e benefícios
associados aos créditos, o controlo sobre os mesmos tenha sido transferido.
Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis
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Relatório e Contas 2017
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas
extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em
resultados ao longo da vida das operações.
Imparidade
A análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e compromissos
assumidos, é realizada pelo GCA a nível central, sendo aplicado o mesmo modelo de imparidade a todas as
Caixas integradas no SICAM.
Periodicamente, o GCA analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para identificar evidências de
imparidade. Considera-se que um activo financeiro se encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de
que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros
esperados desse activo ou grupo de activos.
Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, o GCA segmenta a sua carteira da seguinte
forma:
- Crédito concedido a empresas;
- Crédito à habitação;
- Crédito ao consumo;
- Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares;
- Outros créditos a particulares;
- Extrapatrimoniais.
Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial, operações em moeda
estrangeira e contractos de locação financeira.
De acordo com o modelo de imparidade em vigor no GCA, é analisada a existência de perdas por imparidade
em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos colectivos. Quando um grupo de activos
financeiros é avaliado em conjunto, os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os
fluxos contratuais dos activos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em activos com
características de risco de crédito similares.
Sempre que se entende necessário, a informação histórica é actualizada com base nos dados correntes
observáveis, para reflectirem os efeitos das condições actuais.
Os critérios de selecção dos clientes alvo de análise individual foram os seguintes:
- Todos os clientes/ Grupo económico (GER) com responsabilidades superiores a 1.000.000 Euros;
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Relatório e Contas 2017
- Clientes/ GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a 50.000 Euros;
- Clientes/ GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades superiores a 500.000
Euros;
- Clientes/ GER com exposição da conta corrente ou descoberto superior a 500.000 Euros e igual ou
superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses;
- Clientes/ GER com responsabilidades superiores a 500.000 Euros sem garantia real associada ou com
LTV (loan-To-Value) superior a 80%;
- Clientes/ GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos reestruturados superior a
500.000 Euros.
A evidência de imparidade de um activo ou grupo de activos definida pela Caixa está relacionada com a
observação de diversos eventos denominados “eventos de perda”, entre os quais se destacam:
- Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou
juros;
- Dificuldades financeiras significativas do devedor;
- Alteração significativa da situação patrimonial do devedor;
- Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente:
o das condições e/ou capacidade de pagamento;
o das condições económicas do sector no qual o devedor se insere, com impacto na
capacidade de cumprimento das suas obrigações.
As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade correspondem ao produto
entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses (PI), tendo por base o tempo de permanência em
meses no estado de delinquência sem indícios de imparidade, e o máximo entre zero e a diferença entre o
valor de balanço dos respectivos créditos à data de referência e o valor actualizado dos fluxos de caixas futuros
estimados dessas operações. A PI corresponde à probabilidade de uma operação ou cliente entrar numa
situação de indícios de imparidade durante um período de emergência. Este período equivale ao tempo que
decorre entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse evento
é percepcionada pelos Serviços do GCA (Incurred But Not Reported). Para todos os segmentos da carteira, o
GCA considerou um período de emergência de 12 meses, e a PI foi calculada por operação.
Se existir evidência de que qualquer entidade do GCA incorreu numa perda por imparidade em crédito e outros
valores a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor de balanço desses activos
e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do activo ou
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Relatório e Contas 2017
activos financeiros. O valor de balanço do activo ou dos activos é reduzido pelo saldo da conta de perdas por
imparidade.
Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por
imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contracto. As perdas por imparidade são registadas
por contrapartida de resultados.
Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por imparidade
atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo ajustada a conta de perdas
por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.
Anulações de capital e juros
Periodicamente, a Caixa abate ao activo, por utilização da imparidade constituída, os créditos considerados
incobráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e
recuperação dos créditos, tendo o respectivo abate que ser igualmente aprovado pelo Conselho de
Administração.
Eventuais recuperações de créditos abatidos ao activo são reflectidas como rendimentos na demonstração de
resultados do exercício em que ocorram.
De acordo com as políticas em vigor no GCA, os juros de créditos vencidos sem garantia real são anulados três
meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados,
sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados.
Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são
anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações de capital vencidas e
não pagas há mais de seis e doze meses, respectivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo
é interrompido.
As recuperações de juros abatidos ao activo são igualmente reflectidos como rendimentos na demonstração
de resultados do exercício em que ocorram.
e) Outros activos e passivos financeiros
Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com a NIC 39, sendo
registados na data de contratação pelo justo valor.
i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros
detidos para negociação
Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em
mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os
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Relatório e Contas 2017
derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos
financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor
negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.
Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados
em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.
Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de
resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização
subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.
Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio
ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e reconhecidos em resultados
na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos
antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.
O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu
“bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo
valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de
preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.
Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de
acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para
instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados
utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.
ii) Activos financeiros disponíveis para venda
Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam
classificados como de negociação, designados ao justo valor através de resultados, activos detidos até à
maturidade ou como empréstimos concedidos e contas a receber.
Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de
capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais
permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são
reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao
reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou
perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período, enquanto
que os ganhos ou perdas cambiais dos instrumentos de capital próprio são reconhecidos directamente em
reservas.
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Relatório e Contas 2017
Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o
valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e
registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são
atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos
no exercício em que é deliberada a sua distribuição.
iii) Investimentos a deter até à maturidade
Os investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou
determináveis e maturidades fixadas, relativamente aos quais a Caixa tem a intenção positiva e a capacidade
de deter até à maturidade.
Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes
aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio
ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na
rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
iv) Empréstimos concedidos e contas a receber
Nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.
Os valores aqui registados respeitam a activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados
num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.
No reconhecimento inicial, estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões
incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção.
Subsequentemente, estes activos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro
efectiva e sujeitos a testes de imparidade.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que permite calcular o custo
amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é utilizada para descontar
os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do seu reconhecimento
inicial.
v) Operações de venda com acordo de recompra
Considera-se acordo de recompra um acordo para transferir um activo financeiro para uma outra parte em
troca de dinheiro ou de outra retribuição e uma obrigação concorrente de adquirir o activo financeiro numa
data futura por uma quantia igual ao dinheiro, ou a outra retribuição trocada incluindo juros.
Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados.
Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados
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Relatório e Contas 2017
os respectivos juros, através do método da taxa de juro efectiva.
vi) Operações de compra com acordo de revenda
É considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição compra um activo
financeiro com o compromisso de revender esse activo a um preço pré determinado e numa determinada
data fixada ou em data a fixar.
Os activos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou por um preço que iguala o
preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço,
sendo o custo de aquisição registado como empréstimos a outras instituições de crédito. A diferença entre o
valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do
método da taxa efectiva
vii) Outros passivos financeiros
Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua
liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro independentemente da
sua forma legal.
Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida
emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos
custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.
Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola
Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou
reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i)
garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas
associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas
instituições, com vista à defesa do SICAM.
viii) Imparidade em activos financeiros
A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros e outros valores a receber, conforme
referido acima.
Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade
registam-se por contrapartida de resultados.
Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva de imparidade numa
situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se
desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses
ou de valor superior a 30%, respectivamente. Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de
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Relatório e Contas 2017
imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo
financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.
Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída
a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por
imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.
No caso de activos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante
de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a
perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos
resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de
resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido
após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não
podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas
por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais
tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no seu justo valor são sempre reconhecidas
em resultados.
ix) Instrumentos financeiros derivados
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação.
Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.
Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo
valor é apurado:
- Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros
transaccionados em mercados organizados);
- Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-
flows descontados e modelos de valorização de opções.
Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em
proveitos e custos do exercício, nas rubricas de "Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através
de resultados". As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas "Activos financeiros detidos
para negociação" e "Passivos financeiros ao justo valor através de resultados", respectivamente.
A Caixa não possui em balanço instrumentos financeiros derivados de cobertura.
Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados em separado do
instrumento principal, sempre que: i) as suas características económicas e os seus riscos não se encontrem
relacionados com as características económicas e riscos do instrumento principal; e ii) o instrumento principal
não se encontre mensurado ao justo valor através de resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos,
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Relatório e Contas 2017
e contabilizados ao justo valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados.
São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam
associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a NIC 39, incluindo:
- Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor
através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;
- Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da
NIC 39;
- Derivados contratados com o objectivo de “trading”.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente
reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados
ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos
financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”,
respectivamente
g) Outros activos tangíveis
Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente
relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações
acumuladas.
A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil
estimado do bem:
Anos de vida útil estimada
Imóveis de serviço próprio 50
Despesas em edifícios arrendados 10
Equipamento informático e de escritório 3 a 10
Mobiliário e instalações interiores 6 a 10
Viaturas 4
As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam
propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato
de arrendamento.
Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo
valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações
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Relatório e Contas 2017
efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente
a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos
fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.
Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.
h) Activos intangíveis
A Caixa regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projectos relativos a sistemas de
informação implementados e em fase de implementação, bem como o custo de software adquirido, em
qualquer dos casos quando o impacto esperado se reflecte para além do exercício em que são realizados.
Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade
acumuladas.
As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada
dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.
i) Activos não correntes disponíveis para venda
A Caixa regista em “Activos não correntes detidos para venda” os imóveis, equipamentos e outros bens
recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, quando estes se encontram disponíveis
para venda imediata na sua condição presente e existe a probabilidade de alienação dos mesmos no período
de um ano, sendo registados pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos
valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação. Os imóveis são objecto de avaliações
periódicas (pelo menos de 3 em 3 anos), que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o
valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram
contabilizados. Os activos tangíveis são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato
promessa de dação ou da arrematação.
Encontram-se registados igualmente, nesta rubrica, os activos executados judicialmente.
Em excepção ao enquadramento no parágrafo acima referido, os imóveis que apresentem a existência de
“ónus” impeditivo de venda, são enquadrados em “Outros Activos”, de acordo com o mencionado no parágrafo
7 da IFRS 5 “Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas”:
“Para que este seja o caso, o activo (ou grupo para alienação) deve estar disponível para venda imediata na sua
condição presente sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para vendas de tais activos
(ou grupos para alienação) e a sua venda deve ser altamente provável.”
A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes activos.
j) Provisões
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Relatório e Contas 2017
Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a, riscos fiscais, processos judiciais e
outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com a NIC 37.
k) Benefícios de empregados
A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus
empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma
vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões
relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no
ACTV.
Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o
qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de
viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao
ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o
número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de
reforma.
Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho
Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário.
De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios
descritos.
Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:
▪ Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de
antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;
▪ Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão
reconhecida para o Fundo de Pensões.
Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito
Agrícola, admitiu-se o seguinte:
▪ Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão
reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço
passado e total;
▪ Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão
reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço
passado.
Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez
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Relatório e Contas 2017
que esta corresponde à da admissão na Banca.
Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência
diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.
O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-
se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo
masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do
participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.
A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela
Companhia de Seguros CA Vida, SA para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores
inscrito.
O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos
de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95%
das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo.
l) Prémios de antiguidade
Nos termos do ACTV, a Caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem
quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um,
dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente.
A Caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo
método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base
expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o
apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é igualmente determinada com base em
taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das
responsabilidades.
m) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões
Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, são reconhecidos em
resultados quando o acto significativo tiver sido concluído;
Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em
resultados no exercício a que se referem;
Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um
instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva
n) Impostos sobre os lucros
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Relatório e Contas 2017
A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal geral consignado no Código do Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC), que actualmente se cifra em 21%.
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos
diferidos.
O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado
contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para
efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante
de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base
fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias
tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável
a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias
dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:
▪ Diferenças temporárias resultantes de goodwill;
▪ Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções
que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;
▪ Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e
associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável
que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data
da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas
na data de balanço.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto
nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio
(por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o
correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o
resultado do exercício.
o) Caixa e equivalentes de caixa
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados
no balanço com maturidade inicial inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação e não sujeitas
a riscos de flutuação de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras
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Relatório e Contas 2017
instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados
juntos de Bancos Centrais.
3 Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas
As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras separadas da Caixa são
continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de
Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre
eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.
A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de
estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados.
A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos
pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos
contingentes divulgados.
O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes:
Provisões e perdas por imparidade
A Caixa efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade.
O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser
reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de
incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa
futuros quer do momento do seu recebimento.
A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar em níveis
diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados.
Justo valor dos instrumentos financeiros
O justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na ausência de
cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros
através de modelos de valorização ou de acordo com metodologias de valorização considerando
essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto significativo na valorização do instrumento.
Benefícios a empregados
As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando
pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários
e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, estas estimativas são sujeitas a incertezas
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Relatório e Contas 2017
significativas.
Activos por impostos diferidos
São reconhecidos activos por impostos diferidos. Para o efeito são efectuados julgamentos para determinação
do montante de impostos diferidos activos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais
futuros esperados de acordo com projecções económico-financeiras em condições de incerteza. Caso estas
estimativas não se concretizem, existe o risco de ajustamento no valor do activo por impostos diferidos em
exercícios futuros.
Avaliação de activos imobiliários
O serviço de avaliações é prestado por peritos independentes, registados na CMVM e com qualificações,
reconhecida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho das respectivas funções.
Os procedimentos de avaliação pressupõem a recolha de informação rigorosa, quer de documentação
actualizada, quer numa inspecção do imóvel e zona envolvente, quer na análise do mercado, transacções,
relação oferta/procura e perspectivas de desenvolvimento. O tratamento da informação permite a adopção de
valores base para o cálculo, por aplicação dos métodos e sua comparação.
O valor de realização dos activos está dependente da evolução futura das condições do mercado imobiliário.
4 Caixa e disponibilidades em bancos centrais
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Caixa:
Moedas nacionais 778.976 661.133
Moedas estrangeiras 20.356 41.179
799.332 702.312
Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -
Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:
Depósitos à ordem - -
Cheques a cobrar - -
Outras disponibilidades - -
- -
Juros a receber -
799.332 702.312
De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, as
instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de
reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. O valor das reservas mínimas a
cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de
CCAM da Terra Quente, CRL
97
Relatório e Contas 2017
incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço.
Presentemente, o coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos. As
reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do
Sistema Europeu de Bancos Centrais.
5 Disponibilidades em outras instituições de crédito
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:
Depósitos à ordem 1.241.421 4.082.283
Cheques a cobrar 476.975 335.101
Outras disponibilidades - -
1.718.397 4.417.384
Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:
Organismos financeiros internacionais
Depósitos à ordem - -
Cheques a cobrar - -
Outras disponibilidades - -
- -
Sucursais de outras instituições de créditos nacionais
Depósitos à ordem - -
Cheques a cobrar - -
Outras disponibilidades - -
- -
Outras instituições de crédito
Depósitos à ordem - -
Cheques a cobrar - -
Outras disponibilidades - -
- -
Juros a Receber 67 212
1.718.464 4.417.596
6 Activos financeiros disponíveis para venda
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Títulos
Emitidos por residentes
Instrumentos de dívida
Obrigações CA Vida 543.000 543.000
Instrumentos de capital - -
Unidades de Partecipação
Residentes - AFDV 999 827
Crédito e outros valores a receber
Imparidade - -
543.999 543.827
CCAM da Terra Quente, CRL
98
Relatório e Contas 2017
Apresenta-se igualmente abaixo os movimentos do ano na reserva de justo valor em capitas próprios.
31-dez-16 31-dez-17
Reserva Aumentos Diminuições Outras Reserva
de JV de JV de JV variações de JV
Reservas de justo valor
Títulos emitidos por residentes
- Instrumentos de dívida 543000 543000
- Instrumentos de capital 0
- Outros 0
Títulos emitidos por não residentes
- Instrumentos de dívida 0
- Instrumentos de capital 0
- Outros 0
543.000 - - - 543.000
Movimentos de 2017
7 Aplicações em instituições de crédito
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Sucursais de outras instituições de crédito nacionais:
Aplicações a muito curto prazo - -
Depósitos - -
Empréstimos - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
Aplicações subordinadas - -
Outras aplicações - -
- -
Em outras instituições de crédito:
Aplicações a muito curto prazo - -
Depósitos - -
Empréstimos - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
Aplicações subordinadas - -
Outras aplicações - -
- -
Correcções de valor de activos que sejam
objecto de operações de cobertura - -
60.376.970 65.427.068
Imparidades - -
60.376.970 65.427.068
Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de
crédito apresentavam a seguinte estrutura:
CCAM da Terra Quente, CRL
99
Relatório e Contas 2017
31-dez-17 31-dez-16
Até três meses -
Entre três meses e um ano 60.000.000 64.950.000
Entre um ano e três anos - -
Entre três e cinco anos 287.500 287.500
Mais de cinco anos -
60.287.500 65.237.500
Juros a receber 89.470 9.568
60.376.970 65.247.068
8 Crédito a clientes
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16
Crédito interno
Médio e longo prazos
Desconto 74.468 222.000 197.625
Empréstimos 35.568.055 25.254.217 23.353.485
Crédito em conta corrente 4.197.500 3.792.000 1.713.000
Descobertos em depósitos à ordem 136.601 31.269 25.622
Operações locação financeira 33.855 46.359 58.573
Outros Créditos 4.017 5.253 6.456
Particulares - - -
Habitação 24.656.021 22.069.566 20.443.858
Consuma - - -
Curto prazo
Outros créditos
Cartão crédito 175.841 180.784 187.840
Outros créditos ao consumo 4.407.037 3.712.154 3.356.384
Outras finalidades
Desconto - - 6.000
Emprestimos 8.402.916 8.727.354 9.321.672
Credito em conta corrente 335.000 434.000 402.500
Descobertos em depósitos à ordem 62.730 55.863 81.685
Outros creditos - - -
78.054.041 64.530.819 59.154.700
Crédito ao exterior
Médio e longo prazo
Particulares 1.509.471 1.432.735 1.334.692
1.509.471 1.432.735 1.334.692
Curto prazo
Emitidos por residentes
Titulos de divida 2.032.353 2.000.000 1.344.400
- - -
2.032.353 2.000.000 1.344.400
Juros a receber
Juros a receber 249.895 259.704 278.937
Receitas com rendimento diferido (321.312) (294.544) (254.469)
(71.417) (34.840) 24.468
Correcções de valor dos activos
que sejam objecto de cobertura - - -
Total crédito não vencido 81.524.448 67.928.714 61.858.260
Crédito e juros vencidos
Crédito vencido 1.821.840 1.859.569 2.688.789
Juros vencidos 13.933 26.182 16.208
Total crédito e juros vencidos 1.835.773 1.885.751 2.704.997
83.360.221 69.814.465 64.563.257
Imparidades e Provisões
Para crédito e juros vencidos (586.923) (2.380.811) (1.676.090)
Para crédito de cobrança duvidosa (1.610.820) (81.700) (106.567)
(2.197.743) (2.462.511) (1.782.658)
81.162.478 67.351.954 62.780.599
CCAM da Terra Quente, CRL
100
Relatório e Contas 2017
Para fazer face aos riscos de recuperação da carteira de crédito concedido, a Caixa sujeita a mesma a análise
no âmbito do modelo de imparidade do GCA, conforme se explicou em detalhe na nota 2.3 d) referentes às
principais políticas contabilísticas seguidas pela Caixa.
Note-se que, por força da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal e, consequente, revogação do
Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, a Caixa passou a registar imparidades de acordo com a NIC 39 sobre a
sua carteira de crédito, em vez de provisões para risco específico de crédito e risco geral de crédito, conforme
sucedeu até 31 de Dezembro de 2016.
Porém, os montantes apresentados nas colunas de 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 do quadro acima
encontram-se ajustados de forma a reflectir a posição de Balanço naquelas datas em conformidade com as
NIC.
Os ajustamentos realizados em cada data encontram-se apresentados em maior detalhe na nota 2.2 referente
à comparabilidade da informação.
Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a
seguinte estrutura:
31-dez-17 31-dez-16
Até três meses 4.350.967 3.968.934
Entre três meses e um ano 4.952.118 5.324.987
Entre um ano e três anos - 7.631.695
entre um ano e cinco anos 9.279.968
Entre três e cinco anos - 48.743.673
Mais de cinco anos 60.525.573 2.039.914
Duração indeterminada 1.976.553
81.085.179 67.709.203
9 Investimentos detidos até à maturidade
Esta rubrica tem a seguinte composição:
CCAM da Terra Quente, CRL
101
Relatório e Contas 2017
31-dez-17 31-dez-16
Titulos detidos até à maturidade:
Títulos cotados:
Títulos emitidos por residentes
Instrumentos de dívida
De dívida pública portuguesa 865.000 311.499
De outros emissores públicos nacionais - -
juros investimentos detidos até maturidade 3.700
Dívida não subordinada - -
Dívida subordinada - -
Títulos emitidos por não residentes
Instrumentos de dívida
De emissores públicos estrangeiros - -
De organismos financeiros internacionais - -
De outros não residentes
Dívida não subordinada - -
Dívida subordinada - -
Títulos não cotados:
Títulos emitidos por residentes
Instrumentos de dívida
De dívida pública portuguesa - -
De outros emissores públicos nacionais - -
De outros residentes:
Dívida não subordinada - -
Dívida subordinada - -
Títulos emitidos por não residentes
Instrumentos de dívida
De emissores públicos estrangeiros - -
De organismos financeiros internacionais - -
De outros não residentes
Dívida não subordinada - -
Dívida subordinada - -
Outros investimentos detidos até à maturidade
Títulos cotados - -
Títulos não cotados - -
868.700 311.499
Em 31 de Dezembro de 2017, os investimentos financeiros a deter até à maturidade encontram-se registados
ao custo amortizado. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo
de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro
efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
A carteira de investimentos detidos até à maturidade em 31 de Dezembro de 2017, tem os seguintes prazos
contratuais:
À vista Até 3 meses
De 3 meses
a 1 anos
Mais de 5
anos
Indeterminad
o TotalInvestimentos detidos
até à maturidade - 865.000 865.000
Prazos residuais contratuais
31 dez 2017 em milhares de euros
CCAM da Terra Quente, CRL
102
Relatório e Contas 2017
10 Activos não correntes detidos para venda
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Activos não correntes detidos para venda:
Imóveis 436.958 573.839
Equipamento - -
Outros - -
436.958 573.839
Outros activos não correntes detidos para venda:
Filiais - -
Associadas - -
Outros activos não correntes detidos para venda - -
- -
436.958 573.839
Imparidade:
Imóveis (13.049) (55.780)
Equipamento - -
Outros - -
423.909 518.059
O movimento desta rubrica nos exercícios de 2017 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor
bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido
Activos não correntes detidos para venda
Imóveis 573.839 (55.780) - 136.882 42.732 - - 436.957 (13.048) 423.909
Equipamento - - - - - - - - - -
Outros - - - - - - - - - -
573.839 (55.780) - 136.882 42.732 - - 436.957 (13.048) (13.048)
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor
bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido
Activos não correntes detidos para venda
Imóveis 654.121 (81.563) 70.000 (138.032) 43.032 (17.250) - 573.829 (55.781) 518.048
Equipamento - - - - - - - - - -
Outros - - - - - - - - - -
654.121 (81.563) 70.000 (138.032) 43.032 (17.250) - 573.829 (55.781) (55.781)
31-dez-16 31-dez-17
31-dez-15 31-dez-16
Nos termos da Instrução nº 4/2016, de 21 de Março, a Caixa tem efectuado pedidos de prorrogação do prazo
de detenção e manutenção no seu património, de imóveis adquiridos em reembolso de crédito:
11 Outros activos tangíveis
O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o
seguinte:
CCAM da Terra Quente, CRL
103
Relatório e Contas 2017
Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido
Imóveis:
De serviço próprio:
Terrenos 103.470 - - - - - - - - - - 103.470 - - 103.470
Edificios 1.604.102 (599.701) - - (42.870) - - - - - 1.604.102 (637.986) (4.585) 961.531
Outros 607.898 - - (48.337) - - - - - - 559.561 - - 559.561
Obras em imóveis arrendados 3.361 (3.851) - - 48.337 (980) - - - - - 51.698 (4.831) - 46.867
Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -
2.318.832 (603.552) - - - (43.850) - - - - - 2.318.832 - (642.817) (4.585) 1.671.430
-
Equipamento: -
Mobiliário e material 330.210 (287.996) - 6.673 - (14.008) - - - - - 336.883 (302.004) - 34.880
Máquinas e ferramentas 258.591 (252.724) - - - (1.815) - - - - - 258.591 (254.539) - 4.052
Equipamento informático 93.869 (86.397) - - (417) - - - - - 93.869 (86.814) - 7.055
Instalações interiores 395.397 (379.580) - 2.827 - (3.689) - - - - - 398.223 (383.269) - 14.954
Material de transporte 152.241 (91.218) - - (10.064) - - - (19.940) 15.951 132.300 (85.331) - 46.969
Equipamento de segurança 195.784 (169.684) - 3.235 - (7.090) - - - - - 199.019 (176.774) - 22.245
Outro equipamento 227.231 (211.367) - 2.081 - (9.143) - - - - - 229.312 (220.510) - 8.803
1.653.322 (1.478.966) - 14.816 - (46.225) - - - (19.940) 15.951 1.648.198 (1.509.240) - 138.958
Equipamento em locação financeira:
Imóveis - - - - - - - - - - - - - - -
Equipamento 700 (700) - - - - - - - - - 700 (700) - -
Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - - - - - - -
700 (700) - - - - - - - - - 700 (700) - -
Outros activos tangíveis:
(…) - - - - - - - - - - - - - - -
Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - -
3.972.854 (2.083.218) - 14.816 - (90.075) - - - (19.940) 15.951 3.967.730 (2.152.757) (4.585) 1.810.388
31-dez-16 31-dez-17
Alienações e abatesRegularizações
Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido
Imóveis:
De serviço próprio:
Terrenos 103.470 - - - - - - - - - - 103.470 - - 103.470
Edificios 1.604.102 (552.246) (4.585) - - (42.870) - - - - - 1.604.102 (595.116) (4.585) 1.004.401
Outros 607.898 - - - - - - - - 607.898 - - 607.898
Obras em imóveis arrendados 3.361 (2.871) - - - (980) - - - - - 3.361 (3.851) - (490)
Outros imóveis - - - - - - - - - - - - - - -
2.318.832 (555.117) (4.585) - - (43.850) - - - - - 2.318.832 - (598.967) (4.585) 1.715.280
-
Equipamento: -
Mobiliário e material 320.222 (270.946) - 9.988 - (17.051) - - - - - 330.210 (287.997) - 42.213
Máquinas e ferramentas 258.590 (250.742) - - - (1.982) - - - - - 258.590 (252.724) - 5.866
Equipamento informático 86.273 (86.044) - 7.595 - (353) - - - - - 93.868 (86.397) - 7.471
Instalações interiores 395.397 (375.313) - - - (4.267) - - - - - 395.397 (379.580) - 15.817
Material de transporte 104.645 (83.712) - 47.596 - (7.506) - - - - - 152.241 (91.218) - 61.023
Equipamento de segurança 195.784 (160.436) - - - (9.248) - - - - - 195.784 (169.684) - 26.100
Outro equipamento 227.231 (200.596) - - - (10.771) - - - - - 227.231 (211.367) - 15.864
1.588.142 (1.427.789) - 65.179 - (51.178) - - - - - 1.653.321 (1.478.967) - 174.354
Equipamento em locação financeira:
Imóveis - - - - - - - - - - - - - - -
Equipamento 700 (700) - - - - - - - - - 700 (700) - -
Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - - - - - - -
700 (700) - - - - - - - - - 700 (700) - -
Outros activos tangíveis:
(…) - - - - - - - - - - - - - - -
Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - -
3.907.674 (1.983.606) (4.585) 65.179 - (95.028) - - - - - 3.972.853 (2.078.634) (4.585) 1.889.634
31-dez-15 31-dez-16
Alienações e abatesRegularizações
12 Activos intangíveis
O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:
CCAM da Terra Quente, CRL
104
Relatório e Contas 2017
-
Valor Amortização Valor Amortização Imparidade Valor Amortização Valor
Descrição bruto acumulada Imparidade líquido Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Amortização Valor bruto Amortização bruto acumulada Imparidade líquido
Sistema de tratamento automático de dados (software) 36.834 (36.834) - - - - - - - - - 36.834 (36.834) - -
Outros activos intangíveis - - - - - - - - - - - - - - - -
Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - - -
36.834 (36.834) - - - - - - - - - - 36.834 (36.834) - -
31-12-2017 31-dez-16
Regularizações Alienações e abates
-
Valor Amortização Valor Amortização Imparidade Valor Amortização Valor
Descrição bruto acumulada Imparidade líquido Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Amortização Valor bruto Amortização bruto acumulada Imparidade líquido
Sistema de tratamento automático de dados (software) 36.834 (29.638) - 7.196 - - (7.196) - - - - - 36.834 (36.834) - -
Outros activos intangíveis - - - - - - - - - - - - - - - -
Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - - - - - - - -
36.834 (29.638) - 7.196 - - (7.196) - - - - - 36.834 (36.834) - -
31-12-2016 31-dez-15
Regularizações Alienações e abates
13 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte
composição:
Participação Valor de Valor de
efectiva (%) balanço balanço
Empresa Sector de actividade Sede 31-dez-17 31-dez-17 31-dez-16
CCCAM Instituição Crédito Lisboa 2.093.640 2.093.640
CA Informática Serv. Informática Lisboa 2.001 2.001
Fenecam Federação do SICAM Lisboa 55 55
CA Seguros Seguros Lisboa 59 59
CA Vida Seguros Lisboa 2.500 0
2.098.255 2.095.755
Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras
destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:
Empresa líquido Sit. líquida Result. líquido
Caixa Central 8.887.903.108 327.110.895 55.228.370
CA Seguros & Pensões SGPS 147.825.100 130.818.141 2.573.088
CA Vida 1.607.061.582 110.016.753 6.652.580
CA Seguros 214.871.600 45.234.567 2.031.039
CA Informática 16195104 7.559.474 327.939
Fenacam 7.722.972 5.148.024 187.913
14 Imposto sobre o rendimento
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e
31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes:
CCAM da Terra Quente, CRL
105
Relatório e Contas 2017
31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16
Activos por impostos diferidos
Por diferenças temporárias 564.876 633.769 398.236
Por prejuízos fiscais reportáveis - - -
564.876 633.769 398.236
Passivos por impostos diferidos
Por diferenças temporárias - - -
564.876 633.769 398.236
Activos por impostos correntes
Pagamentos por conta - - -
Outros - - -
Imposto sobre o rendimento a recuperar - 80.459 59.202
- 80.459 59.202
Passivos por impostos correntes
Imposto sobre o rendimento a pagar (225.618) - -
(225.618) 80.459 59.202
Em resultado da adopção das NIC em 2017, a Caixa apurou um impacto ao nível dos impostos diferidos, tal
como apresentado no ponto 2.2 relativo à comparabilidade das demonstrações financeiras. Sobre este assunto
remetemos para a mencionada nota deste anexo:
Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação
entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados
como se segue:
31-dez-17 30-jun-16
Impostos correntes - -
Impostos sobre os lucros exercicio 359.066 247.087
Correcções de imp. de exerc. anteriores (100.837) (61.887)
258.229 185.200
Impostos diferidos
Registo e reversão de diferenças temporárias 73.035 (235.534)
Prejuízos fiscais reportáveis - -
Total de impostos reconhecidos em resultados 331.264 (50.334)
Lucro antes de impostos 1.976.169 (186.561)
Carga fiscal 16,76% 26,98%
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da
Autoridade Tributária e Aduaneira, regra geral, durante um período de 4 anos. Deste modo, os exercícios de
2014 a 2017 encontram-se ainda abertos para inspecção, podendo ser alvo de liquidações adicionais por parte
daquela entidade.
Contudo, entende a Administração da Caixa que não é previsível que ocorram correcções com impacto
significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017.
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto a 31 de Dezembro de 2017 e 2016 pode ser
demonstrada como segue:
CCAM da Terra Quente, CRL
106
Relatório e Contas 2017
Taxa de Taxa de
imposto Montante imposto Montante
Resultado antes de impostos 1.988.156 (186.561)
21% 417.513 21% (39.178)
417.513 (39.178)
Variações Patrimoniais Positivas 0,00% - 0,00% -
Variações Patrimoniais Negativas 0,00% - 0,10% (180)
Lucro tributavel imputado por sciedades transparentes 0,00% - 0,00% -
Correcções relativas a Exercicios anteriores 0,00% - -0,83% 1.541
Gastos de Beneficios 0,17% 3.363 -2,35% 4.390
Depreciações e Amortizações 0,00% - 0,00% -
Provisões não dedutiveis (2,11%) (41.926) 3,12% (5.815)
Multas 0,00% 60 0,00% 2
Contribuição sobre o sector bancário 0,29% 5.773 -2,52% 4.693
Outros (1,83%) (36.478) -3,49% 6.513
Restituição de impostos não dedutiveis 0,00% 0,00%
Derrama 0,42% 8.434 -3,10% 5.788
Derrama Estadual 0,00% 0,00%
Tributações Autonomas 0,20% 3.956 -2,04% 3.812
Beneficios Fiscais (0,08%) (1.629) 0,81% (1.519)
Correcções de impostos sobre exercicios anteriores (5,07%) (100.837) 33,17% (61.887)
(…)
Imposto sobre o rendimento corrente 258.231 (81.840)
Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 3,67% 73.035 126,25% (235.534)
Custo com imposto do exercício 16,66% 331.266 170,12% (317.374)
31-dez-17 31-dez-16
15 Outros activos
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Outros activos
Outros metais preciosos 138 138
Devedores por operações sobre futuros - -
Sector Público Administrativo
IVA a recuperar - -
(…) -
Despesas a debitar a clientes 1.914 1.618
Bonificações a receber 4.490 167
Outros devedores diversos 283.867 211.441
Devedores e outras aplicações 37.205
327.614 213.364
Despesas com encargo diferido
Fundo de Pensões 32.747 -
Seguros - -
(…) - -
Outras (24.246) 2
8.501 2
Valores a regularizar
Operações cambiais a liquidar - -
Operações activas a regularizar 262.999 304.800
(…) - -
Outras 171 67
263.169 304.867
Imparidade – Outros activos
Outros devedores diversos (197.516) (197.516)
Devedores e outras aplicações (37.737) -
(235.253) (197.516)
364.031 320.717
CCAM da Terra Quente, CRL
107
Relatório e Contas 2017
16 Recursos de outras instituições de crédito
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Recursos de instituições de crédito no país
Mercado monetário interbancário - -
Recursos a muito curto prazo - -
Depósitos 16.301.387 13.451.045
Empréstimos - -
Operações de venda com acordo de recompra - -
Outros recursos - -
Juros a receber 951 952
16.302.338 13.451.997
Recursos de instituições de crédito no estrangeiro
Organismos financeiros internacionais
Recursos a muito curto prazo - -
Depósitos - -
Empréstimos - -
Operações de venda com acordo de recompra - -
Outros recursos - -
Sucursais de outras instituições de crédito nacionais
Recursos a muito curto prazo - -
Depósitos - -
Empréstimos - -
Operações de venda com acordo de recompra - -
Outros recursos - -
Outras instituições de crédito
Recursos a muito curto prazo - -
Depósitos - -
Empréstimos - -
Operações de venda com acordo de recompra - -
Outros recursos - -
- -
Correcções de valor de activos que sejam objecto
de operações de cobertura - -
Juros a pagar - -
16.302.338 13.451.997
Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos recursos de outras instituições de
crédito apresenta a seguinte estrutura:
31-dez-17 31-dez-16
Até três meses - -
Entre três meses e um ano 16.302.338 13.451.997
Entre um ano e três anos - -
Entre três e cinco anos - -
Mais de cinco anos - -
16.302.338 13.451.997
17 Recursos de clientes e outros empréstimos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
CCAM da Terra Quente, CRL
108
Relatório e Contas 2017
31-dez-17 31-dez-16
Depósitos
À ordem 41.205.012 33.799.886
A prazo 51.885.392 56.768.817
De poupança 21.493.584 20.125.673
Outros recursos de clientes - -
Cheques e ordens a pagar 205.579 8.739
Outros - -
Juros a pagar 62.499 136.922
114.852.066 110.840.037
18 Provisões e imparidade
O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o
seguinte.
Saldos em Reposições e Saldos em
31-dez-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-17
Imparidade para crédito a clientes e aplicações 2.424.774 2.536.072 (2.720.663) - (42.440) 2.197.743
em instituições de crédito
Imparidade em AFDV
- Intrumentos de dívida - - - - - -
- Intrumentos de capital - - - - - -
- Outros títulos - - - - - -
- - - - - -
Imparidade em investimentos em filiais e associadas - - - - - -
Imparidade em AFT e AI 4.585 - - - - 4.585
Imparidade em ANCDV 55.781 - (2.850) (39.882) - 13.049
Imparidade em outros activos 197.516 - - - 37.737 235.253
Imparidade para garantias e compromissos assumidos 163.579 133.821 (211.354) - 27.384 113.430
Provisões:
- Riscos bancários gerais - - - -
- Outros riscos e encargos - - - - - -
- Outras provisões - - - - - -
- - - - - -
2.846.235 2.669.893 (2.934.867) (39.882) 22.681 2.564.060
Saldos em Reposições e Saldos em
1-jan-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-16
Imparidade para crédito a clientes e aplicações 1.604.965 1.405.128 (978.948) (684.512) 1.078.141 2.424.774
em instituições de crédito
Imparidade em AFDV
- Intrumentos de dívida 2.479.680 1.422.378 (978.948) (684.512) (160.987) 2.077.611
- Intrumentos de capital - - - - - -
- Outros títulos - - - - - -
2.479.680 1.422.378 (978.948) (684.512) (160.987) 2.077.611
Imparidade em investimentos em filiais e associadas (Nota 17) - - - - - -
Imparidade em AFT e AI 4.585 - - - - 4.585
Imparidade em ANCDV 81.563 17.250 - (43.032) - 55.781
Imparidade em outros activos 293.645 - - - (96.129) 197.516
Imparidade para garantias e compromissos assumidos - - - - - -
Provisões:
- Riscos bancários gerais - -
- Outros riscos e encargos - - - - - -
- Outras provisões 279.079 4.585 - - (25.782) 257.882
279.079 4.585 - - (25.782) 257.882
4.743.517 2.849.341 (1.957.896) (1.412.056) 795.243 5.018.149
CCAM da Terra Quente, CRL
109
Relatório e Contas 2017
No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em resultado da
publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adoptou com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 as
NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC 39, contrariamente ao que sucedia até
31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um modelo de provisionamento do crédito nos termos do
Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.
Os impactos contabilísticos resultantes da adopção do novo normativo contabilístico encontram-se
devidamente apresentados e explicados na nota 2.2 relativa à comparabilidade da informação.
19 Instrumentos representativos de capital
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Instrumentos representativos de capital com natureza de passivo:
Acções preferenciais
Emitidos 500 -
Readquiridos - -
Outros instrumentos
Emitidos - -
Readquiridos - -
500 -
Correcções de valor de passivos - -
que sejam objecto de operações de cobertura
500 -
20 Outros passivos subordinados
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Empréstimos subordinados:
Titulados - -
Emitidos - 2.656.500
Readquiridos - -
Não titulados - -
- 2.656.500
Outros passivos subordinados:
Emitidos - -
Readquiridos - -
- -
- 2.656.500
Correcções de valor de passivos - 30.356
que sejam objecto de operações de cobertura
- 2.686.856
CCAM da Terra Quente, CRL
110
Relatório e Contas 2017
Tendo em consideração os prazos de vencimento dos Passivos Subordinados, a duração residual do saldo em
31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 analisa-se como segue:
31-dez-17 31-dez-16
Até três meses - -
Entre três meses e um ano - 2.656.500
Entre um ano e três anos - -
Entre três e cinco anos - -
Mais de cinco anos - -
- 2.656.500
21 Outros passivos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Credores e outros recursos
Credores por operações sobre futuros - -
Sector Público Administrativo
Retenção de impostos na fonte 57.904 43.457
Contribuições para a Segurança Social 22.399 22.409
Imposto sobre o Valor Acrescentado - -
Cobranças por conta de terceiros 1.567 766
Contribuições para outros sistemas de saúde 4.408 4.333
Credores diversos 49.969 65.419
Contribuições a entregar – Fundo de Pensões 16.231
Outros credores 4.770 4.751
141.017 157.366
Encargos a pagar
Por capitais próprios e equiparados - -
Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -
Por gastos com pessoal
Provisão para férias e subsídio de férias 179.439 132.317
Prémio de antiguidade 122.302 127.731
Subsídio de morte - -
Remunerações variáveis - -
Outros 552 552
Por gastos gerais administrativos - -
Outros - -
302.293 260.600
Receitas com rendimento diferido
Comissões sobre garantias prestadas 14.805 8.448
Outras 22.390 2.260
Valores a regularizar
Posição cambial - -
Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -
Outras operações a regularizar 332.284 217.100
369.479 227.808
812.788 645.774
CCAM da Terra Quente, CRL
111
Relatório e Contas 2017
22 Passivos contingentes e compromissos
Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em
rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:
31-dez-17 31-dez-16
Garantias prestadas e outros passivos eventuais
Garantias e avales prestados - -
Aceites e endossos - -
Créditos documentários abertos - -
Outros passivos eventuais - -
Compromissos perante terceiros - -
Contratos a prazo de depósitos - -
Por linhas de crédito
Compromissos irrevogáveis 4.388.875 3.403.306
Compromissos revogáveis 1.163.122 1.090.759
Por subscrição de títulos - -
Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -
Responsabilidades por prestação de serviços
Depósito e guarda de valores 368.173 128.869
Valores recebidos para cobrança 65.468 114.000
Valores administrados pela instituição - -
Outras - -
5.985.637 4.736.934
23 Capital e prémios de emissão
O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor
unitário de 5 euros.
Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Credito Agrícola Mutuo e das
Cooperativas de Credito Agrícola Mutuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos
de capital nos casos de redução da participação do Associado, exoneração do Associado, exclusão do
Associado ou falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam
associar-se.
A redução da participação do Associado só e permitida ate ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou
deliberado em Assembleia-geral.
Em 31 Dezembro de 2017 e 31 Dezembro de 2016, o capital da Caixa ascende a Euro 11.753.610 e Euro 10.860.875
respectivamente, sendo a estrutura accionista de capital a seguinte:
CCAM da Terra Quente, CRL
112
Relatório e Contas 2017
N º de Valor Valor N º de Valor Valor
Titulos Titulos % Titulos Titulos %
Titulos de Capital
Títulos próprios 2.001.891 10.009.455 85,16% 1.869.357 9.346.785 85,68%
Títulos dos Associados 348.831 1.744.155 14,84% 302.818 1.514.090 14,32%
2.350.722 11.753.610 100,00% 2.172.175 10.860.875 100,00%
31-dez-17 31-dez-16
24 Reservas, resultados transitados, outros instrumentos de capital e lucro do exercício
Em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e resultados
transitados têm a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16
Reservas de reavaliação:
Reservas resultantes da valorização ao justo valor:
De activos financeiros disponíveis para venda
De investimentos em filiais, associadas e emp. conjuntos
Fundo Pensões - Ganhos e Perdas actuariais 47.740 107.611 69.179
Reservas de reavaliação do imobilizado
Reservas por impostos diferidos
De activos financeiros disponíveis para venda
(…)
47.740 107.611 69.179
Outros instrumentos de capital
Reserva legal 5.049.148 4.876.723 4.714.746
Outras reservas e Resultados Transitados 24.738 1.010.646 1.010.642
5.073.886 5.887.369 5.725.388
Lucro do exercício 1.644.905 -136.227 809.888
6.766.531 5.858.753 6.604.455
Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, a Caixa constitui um fundo
de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados
transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do
resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.
Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.
Em 2017 foi ainda registado em outras reservas o impacto da adopção das NIC. O detalhe deste impacto
encontra-se apresentado na nota 2.2 relativa à comparabilidade das demonstrações financeiras.
25 Juros e rendimentos similares
Esta rubrica tem a seguinte composição:
CCAM da Terra Quente, CRL
113
Relatório e Contas 2017
31-dez-17 30-jun-16
Juros de disponibilidades em bancos centrais
Depósitos à ordem no Banco de Portugal - -
Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -
Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito
Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 807 3.106
Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -
Juros de outras disponibilidades - -
Juros de aplicações em instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito no país 330.361 651.202
Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -
Juros de crédito a clientes
Crédito não representado por valores mobiliários
Crédito interno
7904000 Empresas e administrações públicas
Desconto e outros créditos titulados por efeitos 17.013 18.303
Empréstimos 913.412 921.846
Créditos em conta corrente 136.142 119.146
Descobertos em depósitos à ordem 22.082 26.994
Créditos tomados - factoring - -
79040005 Operações de locação financeira 801 1126
Mobiliária - -
Imobiliária - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
79040008 Outros créditos 147 175
Particulares
7904001 Habitação
79040010 Operações de locação financeira - -
Outros créditos 408.770 385.732
Consumo
79040011 Operações de locação financeira - -
Outros créditos 305.698 296.500
790400118 Outras finalidades
Desconto e outros créditos titulados por efeitos - 501
Empréstimos 416.694 479.135
Créditos em conta corrente 30.426 35.506
Descobertos em depósitos à ordem 9.217 7.050
Operações de locação financeira - -
Outros créditos - -
31-dez-17 30-jun-16
Crédito externo
Empresas e administrações públicas
7904010 Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -
Empréstimos - -
Créditos em conta corrente - -
Descobertos em depósitos à ordem - -
Créditos tomados - factoring - -
Operações de locação financeira
79040105 Mobiliária - -
Imobiliária - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
Outros créditos - -
Particulares
7904011 Habitação 21.219 18.733
Operações de locação financeira - -
Outros créditos -
790401108 Consumo
79040111 Operações de locação financeira - -
Outros créditos 14.607 19.891
790401118 Outras finalidades 109 251
Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -
Empréstimos - -
Créditos em conta corrente - -
Descobertos em depósitos à ordem - -
Operações de locação financeira - -
Outros créditos - -
Outros créditos e valores a receber (titulados) 53.343 43.696
790480 Emitidos por residentes -
Juros Crédito Vencido 147.897 116.060
Juros de activos titularizados não desreconhecidos
790630 Crédito a clientes - titularizado
7906300 Crédito interno - -
79063001 Crédito ao exterior - -
7906308 Outros créditos e valores a receber - titularizados - -
Juros de activos financeiros disponiveis para venda 16.516 16.561
Juros de investimentos detidos até à maturidade 9.372 2.499
7906600 Títulos de dívida emitidos por residentes - -
7906601 Títulos de dívida emitidos por não residentes - -
790661 Outros investimentos detidos até à maturidade - -
Outros juros e rendimentos similares - -
2.854.634 3.164.013
CCAM da Terra Quente, CRL
114
Relatório e Contas 2017
26 Juros e encargos similares
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 30-jun-16
Juros de recursos de outras instituições de crédito
no país 21.313 18.750
no estrangeiro - -
Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 189.718 419.731
Juros de passivos financeiros de negociação
instrumentos financeiros derivados - -
Juros de derivados de cobertura - -
Juros de passivos subordinados 31.630 143.593
Outras comissões pagas:
operações de crédito - -
Outros juros e encargos similares - -
242.661 582.074
27 Rendimentos de instrumentos de capital
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Activos financeiros disponíveis para venda
Emitidos por residentes - -
Emitidos por não residentes - -
- -
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
No país
Investimentos em filiais - -
Investimentos em associadas - -
Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
No estrangeiro
Investimentos em filiais - -
Investimentos em associadas - -
Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
- -
Outros instrumentos de capital 2 9
2 9
28 Rendimentos de serviços e comissões
Esta rubrica tem a seguinte composição:
CCAM da Terra Quente, CRL
115
Relatório e Contas 2017
31-dez-17 31-dez-16
Por garantias prestadas
Garantias e avales 72.323 67.146
Fianças e indemnizações (contragarantias) - -
Créditos documentários abertos - -
Outras garantias prestadas - -
72.323 67.146
Por compromissos assumidos perante terceiros
Compromissos irrevogáveis
Linhas de crédito irrevogáveis 119.317 87.996
Subscrição de títulos - -
Outros compromissos irrevogáveis - -
Compromissos revogáveis - -
119.317 87.996
Por operações sobre instrumentos financeiros
Operações de crédito - -
Outras operações sobre instrumentos financeiros - -
- -
Por serviços prestados
Depósito e guarda de valores - -
Cobrança de valores 1.638 1.644
Administração de valores - -
Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários
Comissão de gestão - -
Comissão de emissão de unidades de participação - -
Comissão de resgate de unidades de participação - -
Transferência de valores 13.194 12.803
Gestão de cartões 263 385
Anuidades 63.070 59.364
Montagem de operações 6.466 -
Operações de crédito
Por operações de factoring - -
Outras operações de crédito 356.519 350.568
Outros serviços prestados 376.018 214.434
817.167 639.198
Por operações realizadas por conta de terceiros
Sobre títulos
Em operações de Bolsa - -
Em operações fora de Bolsa - -
Outras operações realizadas por conta de terceiros - -
- -
Outras comissões recebidas 259.029 230.108
1.267.837 1.024.448
29 Encargos com serviços e comissões
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Por garantias recebidas - -
Por compromissos assumidos por terceiros - -
Por serviços bancários prestados por terceiros
Depósito e guarda de valores 495 349
Operações de crédito - -
Cobrança de valores 22.895 26.182
Outros serviços Bancários prest. Terceiros 65.093 65.344
Outros - -
Comissões - Operações sobre títulos 42 55
Outras comissões pagas 838 444
89.364 92.374
CCAM da Terra Quente, CRL
116
Relatório e Contas 2017
30 Resultados de reavaliação cambial
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Operações cambiais à vista 264 3.081
Operações cambiais a prazo - -
264 3.081
31 Resultados de alienação de outros activos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-dez-17 31-dez-16
Resultados em activos não financeiros
Outros activos tangíveis - -
Activos não correntes detidos para venda 29.810 2.550
Resultados em investimentos em filiais, associadas e
empreendimentos conjuntos - -
29.810 2.550
32 Outros resultados de exploração
Estas rubricas têm a seguinte composição:
CCAM da Terra Quente, CRL
117
Relatório e Contas 2017
31-dez-17 31-dez-16
Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
No país
Investimentos em filiais - -
Investimentos em associadas - -
Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
No estrangeiro
Investimentos em filiais - -
Investimentos em associadas - -
Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
- -
Ganhos em activos não financeiros
Activos não correntes detidos para venda
Ganhos realizados -
Ganhos não realizados - -
Propriedades de investimento
Propriedades de investimento em locação financeira - -
Propriedades de investimento em locação operacional - -
Outras propriedades de investimento
Ganhos realizados - -
Ganhos não realizados - -
Outros activos tangíveis
Locação financeira - -
Locação operacional - -
Outros activos tangíveis
Ganhos realizados - -
Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - -
Outros activos não financeiros - -
- -
Outros rendimentos de exploração
Rendas de locação operacional - -
Ganhos em operações descontinuadas - -
Reembolso de despesas 36.257 46.761
Recuperação de créditos, juros e despesas
Recuperação de créditos incobráveis 120.322 102.835
Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 51.051 43.935
Rendimentos da prestação de serviços diversos 40.514 69.835
Outros 153.587 4.448
401.731 267.814
Outros encargos de exploração
Quotizações e donativos 41.150 25.874
Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo 17.192 13.770
Outros encargos e gastos operacionais 24.157 27.025
Outros impostos 32.233 25.588
114.732 92.257
286.999 175.557
33 Custos com pessoal
Esta rubrica tem a seguinte composição:
CCAM da Terra Quente, CRL
118
Relatório e Contas 2017
31-dez-17 31-dez-16
Salários e vencimentos
Órgãos de Gestão e Fiscalização 190.725 132.498
Empregados 989.039 916.692
Encargos sociais obrigatórios
Fundos de Pensões 10.893 8.231
Encargos relativos a remunerações:
Caixa de Abono de Família - -
Segurança Social 208.488 198.552
SAMS 49.716 47.575
Outros - -
Outros encargos sociais obrigatórios: 9.178 10.621
Subsídio por morte - -
Outros - -
Outros 9.316 4.102
Encargos sociais facultativos - -
Outros custos com pessoal:
Indemnizações contratuais - -
Outros - -
1.467.355 1.318.271
O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 apresenta a seguinte
composição:
31-dez-17 31-dez-16
Direcção
Chefias e gerência 7 7
Quadros técnicos 3 3
Administrativos 18 17
Outros 2 2
30 29
34 Gastos gerais administrativos
Esta rubrica tem a seguinte composição:
CCAM da Terra Quente, CRL
119
Relatório e Contas 2017
31-dez-17 31-dez-16
Com fornecimentos:
Água energia e combustíveis 49.343 50.045
Material de consumo corrente 3.116 12.713
Publicações - -
Material de higiene e limpeza 832 705
Outros fornecimentos de terceiros 44.172 32.673
97.464 96.136
Com serviços:
Rendas e alugueres 12.895 18.650
Comunicações 86.745 94.591
Deslocações, estadas e representação 4.926 2.660
Publicidade e edição de publicações 44.477 46.128
Conservação e reparação 25.181 21.498
Transportes 5.951 5.617
Formação de pessoal 8.047 8.355
Seguros 17.689 17.510
Serviços especializados:
Avenças e honorários 23.415 23.434
Judiciais contencioso e notariado 44.956 68.797
Informática 277.731 280.922
Segurança e vigilância 10.165 -
Limpeza - -
Informações - -
Bancos de dados 86 -
Mão de obra eventual - -
Outros serviços especializados:
Estudos e consultas - -
Consultores e auditores externos 49.713 25.455
Tratamento de valores - -
Avaliadores externos 15.726 13.087
SIBS Multibanco 38.651 43.981
Outros serviços de terceiros 75.079 84.822
741.432 755.507
838.895 851.643
O valor registado a 31 de Dezembro de 2017 respeitantes aos honorários a facturar pela Sociedade de Revisores
Oficiais de Contas ascende a 10.000,00 €.
35 Entidades relacionadas
Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 13), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola
Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.
No quadro abaixo apresentamos os saldos e transacções, bem como as responsabilidades extrapatrimoniais,
entre a Caixa e entidades relacionadas, com referência a 31 de Dezembro de 2017 e ao período comparativo
de 31 de Dezembro de 2016.
CCAM da Terra Quente, CRL
120
Relatório e Contas 2017
Coligadas Outras Emp. Grupo Total Coligadas Outras Emp. Grupo Total
Activos:
Disponibilidades em outras instituições de crédito - 1.718.397 1.718.397 - 4.417.384 4.417.384- -
Activos financeiros detidos para negociação - - - - - -- -
Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - -- -
Aplicações em instituições de crédito - 60.287.500 60.287.500 - 65.237.500 65.237.500- -
Crédito a clientes - - - - - -- -
Outros activos - - - - - --
Passivos:
Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - -- -
Recursos de outras instituições de crédito - 16.302.339 16.302.339 - 13.451.045 13.451.045- -
Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - -- -
Responsabilidades representadas por títulos - - - - - -- -
Passivos subordinados - - - - - -- -
Outros passivos - 24.093 24.093 - 11.909 11.909
Extrapatrimoniais:
Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - -- -
Garantias recebidas - - - - - -- -
Compromissos perante terceiros - 65.468 65.468 - 114.000 114.000- -
Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - -
Coligadas Outras Emp. Grupo Total Coligadas Outras Emp. Grupo Total
Custos:
Juros e encargos similares - 938 - 938 938-
Encargos com serviços e comissões - - 30.356 30.356- -
Resultados de activos e passivos avaliados - -
ao justo valor através de resultados - - - - - -- -
Gastos gerais administrativos - 490.524 490.524 - 450.539 450.539- -
- -
Proveitos: - -
- -
Juros e rendimentos similares - 330.361 330.361 - 582.074 582.074- -
Rendimentos de instrumentos de capital - 376.018 376.018 - 214.434 214.434- -
Rendimentos de serviços e comissões - - - - - -- -
Outros resultados de exploração - - - - - --
-
31-dez-17 31-dez-16
31-dez-17 31-dez-16
As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas
respectivas datas.
36 Pensões de reforma
Decorrentes da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito á “IAS 19 –
Benefícios dos Empregados”, foi registado em Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes
a 31 de Dezembro 2016.
O período de diferimento dos impactos da transição na adopção da IAS 19 terminou no final do exercício de
2016.
Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no calculo das responsabilidades da CCAM da Terra Quente
com referencia a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 foram os seguintes:
CCAM da Terra Quente, CRL
121
Relatório e Contas 2017
Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados
com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde
pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformas e pensões em
pagamento, referentes á CCAM Terra Quente, é o seguinte:
31-12-2017
F.2016 Valor actual das responsabilidades por serviços passados 633.814
F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 335.007
F.2 Com licenças sem vencimentos 25.702
F.3 Com pré-reformas 227.056
F.4 Com pensões em pagamento 46.050
O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós-
emprego referente á CCAM Terra Quente é o que a seguir se apresenta:
G.1 + Custo do serviço corrente 21.105
G.3 + Custo dos juros Líquidos #”Net Interest” 570
G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais -64.079
G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores
realizados
-64.079
G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas
condições dos planos
0
CCAM da Terra Quente, CRL
122
Relatório e Contas 2017
G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas
antecipadas
0
G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades -42.404
O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente á CCAM Terra Quente foi o seguinte:
A.4.2015 + Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2016 648.315
H.1 + Contribuições efectuadas 10.781
H.1.1 Pela CCAM Terra Quente 0
H.1.2 Pelos Empregados 10.781
H.2 + Capitais recebidos de seguros 0
H.3 + Rendimentos de ativos do Fundo de Pensões (liquido) 16.060
H.4 - Prémios de seguros pagos 16.249
H.9 + Participação de resultados no seguro 12.041
H.5 - Pensões pagas pelo fundo de pensões 3.602
H.5.1 Por reformas antecipadas 0
H.5.2 Outros 3.602
H.6 - SAMS pago pelo fundo de pensões 787
H.7.2016 = Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2017 666.559
H.8 Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2017
(H.7.2017 – A.4.2016)
18.244
O movimento ocorrido durante o exercício de 2017, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços
passados foi o seguinte:
F.2016 + Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2016 664.548
G.1 + Custos do serviço corrente 21.105
G.1.1 Custos do serviço corrente da Entidade 10.323
H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pêlos
empregados
10.781
G.2 + Custos dos juros 13.989
G.4.1 +/- (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades -61.439
G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de
reforma antecipadas
0
H.5 - Pensões pagas pelo fundo de pensões 3.602
H.5.1 Por reformas antecipadas 0
CCAM da Terra Quente, CRL
123
Relatório e Contas 2017
H.5.2 Outros 3.602
H.6 - SAMS pago pelo fundo de pensões 787
F.2017 - Responsabilidades totais em 31-12-2017 633.814
K. Variação nas responsabilidades em 2017 (F.2017 –
F.2016)
-30734
O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2017, de acordo com o aviso 12/2001 do
Banco de Portugal, era o seguinte:
F.2017 Valor actual das responsabilidades com serviços
passados
633.814
I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2017 (Aviso
7/2008)*
0
I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001 615.779
I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 108
*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da
IAS 19.
Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios
actuariais por amortizar apurados á data de 31 Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do
rendimento integral “reservas de reavaliação”.
No exercício de 2016, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no
“rendimento integral “, foi o seguinte
RI.2016 Desvios actuariais em 31-12-2016 -107.610
RI.Ano Desvios actuariais gerados em 2017 – Ganhos e perdas
actuariais
59.871
RI.2017 Desvios actuariais em 31-12-2017
Prémio de antiguidade:
A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com
trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:
Prémio de Antiguidade 31-12-2016
N.1.2016 Com trabalhadores no ativo 114.779
N.2.2016 Com licenças sem vencimento 12.952
N.2016 Total 127.731
CCAM da Terra Quente, CRL
124
Relatório e Contas 2017
Prémio de Antiguidade 31-12-2017
N.1.2017 Com trabalhadores no ativo 108.618
N.2.2017 Com licenças sem vencimento 13.684
N.2017 Total 122.302
Prémio de Antiguidade Variação
O.1. Com trabalhadores no ativo -6.161
O.2. Com licença sem vencimentos 732
O. -5429
37 Divulgações relativas a instrumentos financeiros
a. Risco de Mercado
O risco de mercado reflecte o potencial de perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de
mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas
de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras variáveis equivalentes.
As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira, incluem limites de risco
de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de
instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.
De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se implementada uma
política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido
a cada momento decorrente das mesmas.
Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como pelos
responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados.
b. Risco Cambial
O risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem “posições
abertas” nessas mesmas moedas.
A Caixa apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efectivamente, o perfil definido para o risco
cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura seguida.
c. Risco de Taxa de Juro
CCAM da Terra Quente, CRL
125
Relatório e Contas 2017
A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata operações
com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro.
O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:
▪ Diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos
extrapatrimoniais (risco de repricing);
▪ Alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);
▪ Variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais
e extrapatrimoniais (risco de base); e
▪ Existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).
d. Risco de Liquidez
O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu activo satisfazendo nas
datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis.
Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que se
traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de
transformação do sistema financeiro nacional.
Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são
centralmente aplicados em activos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente obrigações de dívida
pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições de Crédito de referência, nacionais
ou internacionais.
O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída de forma
equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 675 balcões e numa base de funding dispersa, estável
e com elevada permanência.
Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta
e acompanhados os seguintes aspectos:
- Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se,
pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e
permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras
sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento
adicionais.
- Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural
de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de
Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;
CCAM da Terra Quente, CRL
126
Relatório e Contas 2017
- Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência
dos recursos projectados.
- Manutenção de uma almofada de activos com liquidez imediata para fazer face a um qualquer aumento
inesperado de saídas de caixa.
e. Risco de Crédito
As actividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a Caixa para uma
gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado, através de um conjunto significativo
de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o desenvolvimento
de competências internas específicas, bem como assegurar o necessário enquadramento com os exigentes
desafios de carácter regulamentar vigentes.
Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa dispõe de um modelo heurístico de rating associado a um processo
de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das empresas e de modelos de
scoring de aceitação associados ao processo de concessão de crédito a clientes particulares. Deste modo, o
Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a melhorar a sua capacidade de gestão do risco, com base
na adopção de metodologias que permitem obter uma visão mais exacta do perfil de risco da sua carteira.
Exposição máxima ao risco de crédito
Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumentos financeiro,
excluindo os títulos em carteira pode ser resumida como segue:
31-dez-17 31-dez-16
Patrimoniais
Crédito a clientes 81.595.864 67.963.554
Disponibilidades em outras instituições de crédito 1.718.397 4.417.384
Aplicações em instituições de crédito 60.287.500 65.237.500
143.601.761 137.618.438
Extrapatrimoniais
Garantias prestadas 2.804.497 2.356.874
Compromissos irrevogáveis 4.388.874 4.528.906
7.193.371 6.885.780
150.795.132 144.504.218
f. Justo valor de activos e passivos financeiros
Como previsto na norma IFRS 13 e para efeitos de apresentação, os instrumentos financeiros registados em
balanço ao justo valor são classificados com a seguinte hierarquia:
Nível 1 – Cotações em mercado activo: Neste nível englobam-se os instrumentos financeiros valorizados com
base em preços de mercados activos (bids executáveis) divulgados através de plataformas de negociação.
CCAM da Terra Quente, CRL
127
Relatório e Contas 2017
Nível 2 – Técnicas de valorização baseadas em dados de mercado: Neste nível são considerados os
instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos que utilizam dados observáveis no
mercado, nomeadamente curvas de taxas de juro ou taxas de câmbio.
Nível 3 – Técnicas de valorização utilizando inputs não baseados em dados observáveis em mercado:
Englobam-se neste nível os instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização
internas considerando essencialmente inputs não observáveis em mercado e com impacto significativo na
valorização do instrumento ou valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de
modelos de valorização.
38 Prestação de serviços de mediação de seguros
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Terra Quente está inscrita na Autoridade de Supervisão de
Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º,
alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação
em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros
– Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros
para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se
dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.
No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões
a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações
de sinistros que sejam entregues nas Agências da CCAM.
Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe
remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão
definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.
As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de
Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas
Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na
rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de
mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2017, encontram-se já integralmente pagas pelas
referidas Seguradoras.
O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos
últimos 3 anos (valores em euros):
CCAM da Terra Quente, CRL
128
Relatório e Contas 2017
Origem Seguradora 2015 2016 2017 % por Origem
2017
Ramos Não Vida CA Seguros 77.267,66 85.156,35 113.549,06 52,2%
Ramo Vida CA Vida 120.814,77 114.923,77 91.812,68 42,2%
Fundos de Pensões CA Vida 4.089,07 9.792,37 12.021,59 5.6%
Total 202.171,50 209.872,49 217383,33 100,0%
A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de
quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo,
rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.
39 Rácios prudenciais
A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada através do rácio
Common Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III. Durante o ano de 2014 encontrou-se em vigor
um regime transitório que permite o cálculo do rácio CET1 na forma de implementação “phase in”.
No final de 2016, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (Common Equity Tier 1) situou-se nos 27,6%
situando-se nos 25,3% a 31 de Dezembro de 2017. Por seu lado, o rácio de capital total situou-se nos 17,3%,
cumprindo os requisitos mínimos estabelecidos pelo regulador.
FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Terra Quente
Em euros 2014 2015 2016 2017 Δ 16/17
Fundos Próprios totais 14.894.113 15.750.170 15.599.350 16.732.342 7,3%
Common equity tier 1* 14.064.740 14.722.414 15.599.350 16.732.342 7,3%
Tier 1* 14.064.740 14.722.414 15.599.350 16.732.342 7,3%
Tier 2 829.372 1.027.756 0 0 0%
Posição em risco de activos e equivalentes 130.814.960 139.279.591 157.442.546 154.574.284 -1,8%
Requisitos de fundos próprios 49.401.537 50.960.419 56.440.304 66.211.610 17,3%
Crédito 4.139.707 42.845.154 48.508.588 58.599.326 20,8%
Operacional 8.004.830 8.115.266 7.931.716 7.612.284 -4,0%
CVA 0 0 0 0 0,0%
Rácios de solvabilidade (a)
Common equity tier 1* 28.5% 28,9% 27,6% 25,3% -2,3 P.P
Tier 1 * 28,5% 28,9% 27,6% 25,3% -2,3 P.P
Tier 2 1,7% 2,0% 0,0% 0,0% 0,0 P.P
Total* 30,1% 30,9% 27,6% 25,3% -2,3 P.P
* Incorporando o resultado líquido do exercício. (a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD
IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013.
40 Eventos subsequentes
CCAM da Terra Quente, CRL
129
Relatório e Contas 2017
Tendo em conta o disposto na IAS 10, até à data de autorização para emissão destas demonstrações financeiras,
não foram identificados eventos subsequentes que impliquem ajustamentos ou divulgações adicionais.
41 Crédito Concedido aos Órgãos Sociais
2017 2016
Conselho Administração 104.986 113.926
Conselho Fiscal - 548
Assembleia Geral - -
104.986 114.474
42 Lei 28/2009 – Divulgação da política de remuneração dos membros dos Órgãos de
Administração e de fiscalização
A Caixa aprovou em Assembleia Geral a declaração de política de remuneração para o ano em curso.
A remuneração dos Órgãos de Gestão da Caixa e do Conselho Fiscal são compostos apenas por uma
componente fixa:
Assembleia Geral
Presidente: Eng.º Manuel Rui Araujo Meneses Pimentel 750
Vice-Presidente: Prof. António Julio Relhas 600
Secretário: José Francisco Pires Trigo 600
1.950
Conselho de Administração
Presidente: Prof. Ricardo Manuel Paninho Pereira 32.200
Vogal: Eng.º Fernando Manuel Gil 36.232
Vogal: Victor Manuel Prazeres Gonçalves 79.212
Vogal: Drº Rui Manuel Gomes Meneses Pimentel 36.232
Vogal: Engº Antonio Alfredo Figueiredo 16.100
199.976
Conselho Fiscal
Presidente: Eng.º Fernando Jaime Castro Candeias 1.250
Vogal: Drº João Carlos Quinteiro Nunes 1.200
Vogal: Anibal Tito Fernandes dos Reis 600
3.050
Revisor Oficial de Contas (excluindo IVA)
PKF & Associados, SROC, LDA 10.000
10.000
214.976
Remuneração bruta auferida no exercício findo em
31-Dez-17
CCAM da Terra Quente, CRL
130
Relatório e Contas 2017
Esta página foi intencionalmente deixada em branco
CCAM da Terra Quente, CRL
131
Relatório e Contas 2017
13. RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
CCAM da Terra Quente, CRL
132
Relatório e Contas 2017
CCAM da Terra Quente, CRL
133
Relatório e Contas 2017
14. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS
CCAM da Terra Quente, CRL
134
Relatório e Contas 2017
CCAM da Terra Quente, CRL
135
Relatório e Contas 2017
CCAM da Terra Quente, CRL
136
Relatório e Contas 2017
CCAM da Terra Quente, CRL
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CCAM da Terra Quente, CRL
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