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ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE Relatório Final
Mestrado Integrado em Medicina
NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas
Universidade NOVA de Lisboa
Ano letivo 2018 / 2019
Orientador: Prof. Dr. Joaquim Gago
Joana Clara Castro Freitas | 2013243
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 4
OBJETIVOS ................................................................................................................................................... 4
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...................................................................................................................... 5
I. Estágio Parcelar de Saúde Mental ..................................................................................................... 5 II. Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar ................................................................................... 5 III. Estágio Parcelar de Pediatria ............................................................................................................. 5 IV. Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia .................................................................................... 6 V. Estágio Parcelar de Cirurgia ............................................................................................................... 6 VI. Estágio Parcelar de Medicina ............................................................................................................ 7 VII. Estágio opcional – Radiologia ............................................................................................................ 7 VIII. Elementos valorativos ....................................................................................................................... 7
ANÁLISE CRÍTICA .......................................................................................................................................... 8
AGRADECIMENTOS .................................................................................................................................... 12
ANEXOS ..................................................................................................................................................... 13
Anexo I- Trabalhos realizados no âmbito dos estágios parcelares ............................................................ 14 Anexo II – Workshops e Conferências ..................................................................................................... 15 a. Jornadas da USF Descobertas; ............................................................................................................. 15 b. Curso TEAM ........................................................................................................................................ 15 c. iMed Conference 10.0: workshop “Ear, nose and throat” e workshop “Ophtalmology”; ...................... 16 d. 5º ABC de Imunoalergologia; .............................................................................................................. 17 e. Jornadas de Cardiologia de Lisboa Ocidental; ...................................................................................... 18 f. Uniworkshop de Cardiologia – Cardioteste; ......................................................................................... 19 g. Jornadas de Formação da Unidade Coordenadora Funcional (UCF) – Vertente Saúde da criança e do Adolescente “À conversa com a Fisiatria e o Desenvolvimento”; ............................................................. 20 h. Curso de Formação em Saúde Infantil; ................................................................................................ 21 i. 1º Encontro de Nutrição Lusíadas Saúde. ............................................................................................. 22 Anexo III – Certificado de Instrutora em SBV ........................................................................................... 22 Anexo IV – Histórico de cursos SBV/DAE realizados entre 2014-2019 ...................................................... 23 Anexo V – Abstract do poster “BLS in medical curriculum: strengthening the survival chain” .................. 28 Anexo VI – Certificado de participação ABC Trauma ................................................................................ 29 Anexo VII - Certificado de participação Saúde Porta-a-Porta ................................................................... 30 Anexo VIII – Certificado de Participação Missão País ............................................................................... 31 Anexo IX – Intercâmbio no Rio de Janeiro ............................................................................................... 31
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LISTA DE SIGLAS ATLS – Advanced Traume Life Support BO - Bloco Operatório CHULC - Centro Hospital Universitário Lisboa Central CPRE - Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica CVC – Cateter Venoso Central DAE - Desfibrilhador Automático Externo HBA - Hospital Beatriz Ângelo HDE - Hospital Dona Estefânia HSAC - Hospital Santo António dos Capuchos MGF - Medicina Geral e Familiar MIM - Mestrado Integrado em Medicina NMS½FCM - NOVA Medical School½Faculdade de Ciências Médicas PNA – Prova Nacional de Acesso SBV - Suporte Básico de Vida SU - Serviço de Urgência UC - Unidade Curricular UCIP - Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos USF - Unidade de Saúde Familiar
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INTRODUÇÃO
A UC Estágio Profissionalizante, sob a regência do Professor Doutor Rui Maio, integra o plano de estudo do
sexto ano do MIM da NMS½FCM, estando organizada em seis estágios parcelares de diferentes áreas clínicas.
Para além desta, o sexta ano compreende a UC Preparação para a Prática Clínica e a Opcional.
Com o presente relatório, pretendo descrever as principais atividades desenvolvidas ao longo deste
período, fazendo, assim, um balanço geral do mesmo, com ênfase nas expectativas criadas, objetivos a que
me propus atingir e aqueles que foram de facto concretizados. Este encontra-se dividido em cinco secções:
introdução, enumeração dos objetivos que me propus atingir ao longo deste ano, descrição das atividades
desenvolvidas em cada estágio, bem como atividades extracurriculares e outros elementos valorativos que,
embora não incluam formalmente esta UC, foram relevantes para a minha formação académica, e uma
reflexão crítica sobre os objetivos alcançados e conhecimentos adquiridos neste ano curricular, integrando-
os numa apreciação retrospetiva do MIM. Por fim, encontra-se uma secção de anexos, onde apresento os
trabalhos realizados no âmbito desta UC e elementos valorativos.
OBJETIVOS
O Estágio Profissionalizante é o culminar de seis anos de aprendizagem sucessiva, pressupondo-se que haja
consolidação de conhecimentos e integração de competências previamente adquiridas, de modo a capacitar
o estudante de Medicina para a prática clínica futura.
Os objetivos a que me propus atingir neste último ano basearam-se nas fichas das UC e no documento “O
Licenciado Médico em Portugal” (2005), assentando em dois grande pilares: desenvolvimento técnico-
científico e aperfeiçoamento de aptidões sociais e humanas. Assim sendo, procurei aprender a:
• efetuar uma história clínica cuidada e um exame físico pormenorizado;
• delinear um plano diagnóstico, requerendo, de forma racional, os exames complementares
apropriados, tendo em conta a gestão do tempo e dos recursos;
• formular hipóteses diagnósticas, adotando um raciocínio probabilístico;
• reconhecer e hierarquizar situações clínicas emergentes, que exijam cuidados diferenciados;
• propor um plano terapêutico, envolvendo o doente nessa decisão;
• avaliar o prognóstico e necessidade de referenciação;
• comunicar e interagir de forma eficaz com os doentes, famílias e outros profissionais de saúde;
• demonstrar capacidade para prestar ao doente informação adequada, na altura certa, utilizando uma
linguagem médica acessível;
• apresentar a informação de modo claro, qualquer que seja o suporte (escrito, oral ou eletrónico);
• ter em consideração a ética médica aquando da tomada de decisões;
• reconhecer a necessidade de atualização científica constante, demonstrando espírito crítico.
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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
O Estágio Profissionalizante decorreu de 10 de setembro de 2018 a 17 de maio de 2019, distribuído,
cronologicamente, por quatro semanas de Saúde Mental, quatro semanas de MGF, quatro semanas de
Pediatria, quatro semanas de GO, oito semanas de Cirurgia e oito semanas de Medicina.
I. Estágio Parcelar de Saúde Mental (10 de setembro a 4 de outubro de 2019)
Realizei este estágio no serviço de Pedopsiquiatria do HDE-CHULC, sob orientação da Dra. Maria Antónia
Silva e regência do Prof. Dr. Miguel Talina. Defini como objetivos específicos tomar contacto com as principais
patologias psiquiátricas em idade pediátrica, praticar o exame do estado mental, compreender o doente sob
uma perspetiva biopsicossocial e atentar para o estigma na doença mental.
Nos dois primeiros dias de estágio, beneficiámos de dois seminários teórico-práticos, nos quais foram
abordados e discutidos casos clínicos com as patologias mais frequentes em Psiquiatria e respetivas
abordagens, e a temática do estigma em Saúde Mental. A atividade prática, desenrolou-se no internamento
de Pedopsiquiatria, onde acompanhei os diferentes médicos do serviço nas suas atividades diárias,
nomeadamente reuniões de serviço, entrevistas clínicas e sessões semanais de grupo com as crianças
internadas, um espaço de partilha na presença dos médicos, enfermeiros, psicólogos, psicomotricista e
terapeuta ocupacional. Acompanhei a minha tutora na consulta externa de Perturbação do comportamento
alimentar e no SU.
II. Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar (8 de outubro a 11 de novembro de 2019)
O estágio parcelar de MGF, sob regência da Profª. Dra. Maria Isabel Santos, decorreu na USF Descobertas,
sob tutoria da Dr.ª Márcia Lopes. Defini como objetivos adquirir conceitos essenciais acerca da prevenção da
doença e promoção da saúde, desenvolver a relação médico-doente, reconhecer o impacto da interação
doença-família e compreender o funcionamento de uma USF modelo B.
Assisti e participei, de forma cada vez mais autónoma, com o apoio da minha tutora, nos diferentes tipos
de consulta existentes nesta USF: Saúde de Adultos, Saúde Materna, Planeamento Familiar, Saúde Infantil,
Consulta aberta, e acompanhei, também a Consulta de enfermagem. Compareci, semanalmente, ao Journal
Club, tendo participado com a apresentação de um artigo do American Family Physician, de setembro de
2018, intitulado “Common foot problems” – anexo I. Tive também oportunidade de assistir às Jornadas da
USF Descobertas – anexo IIa.
III. Estágio Parcelar de Pediatria (5 a 30 de novembro de 2019)
Efetuei o estágio de Pediatria, sob regência do Prof. Dr. Luís Varandas, na UCIP do HDE-CHLUC, sob tutoria
do Dr. Anaxore Casimiro. Defini como objetivos concretos tomar contacto com uma Unidade de Cuidados
Intensivos, saber transmitir aos familiares, de forma humana e compreensiva, o estado do doente e adquirir
competências de forma a lidar com situações de fim de vida. Assisti, diariamente, à reunião de serviço e
acompanhei os diferentes médicos nas atividades diárias da enfermaria, observando os doentes internados
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e executando os registos clínicos dos mesmos. Tive oportunidade de observar a realização de entubação
orotraqueal, colocação de CVC, hemodiafiltração, remoção de drenos e a manobras de reanimação
cardiopulmonar. Semanalmente, acompanhei o meu tutor na Urgência interna da UCIP. Realizei uma história
clínica sobre Meningite Meningocócica e um trabalho de grupo sobre Microangiopatias Trombóticas - anexo
I. Tive ainda oportunidade de assistir à consulta de Imunoalergologia com a Dra. Susana Palma Carlos e de
participar no Workshop de Urgências Pediátricas, onde, através de simulação, foram abordados e praticados
temas em relação a suporte básico e avançado de vida pediátrico.
IV. Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia (3 de dezembro a 11 de janeiro de 2019)
O estágio parcelar de GO, sob regência da Profª. Dra. Teresinha Simões, teve lugar no Hospital dos Lusíadas,
sob tutoria da Dra. Cristina Barbosa. Defini como objetivos realizar o exame ginecológico e obstétrico,
reconhecer sinais de alarme e situações de risco, sobretudo na mulher grávida e puérpera, reconhecer a
importância de uma gravidez vigiada, com as particularidades de cada trimestre e conhecer o funcionamento
e particularidades de um hospital privado.
Assisti às consultas de Ginecologia e de Obstetrícia, de patologia do colo, ecografia pré-natal, consulta de
infertilidade, laboratório de Procriação Medicamente Assistida, Bloco de partos, BO e SU. Apresentei um
trabalho sobre Alimentação na gravidez - anexo I.
V. Estágio Parcelar de Cirurgia (21 de janeiro a 5 de março de 2019)
Este estágio decorreu no HBA, sob regência do Professor Dr. Rui Maio e orientação do Dr. João Sousa
Ramos, contemplando uma semana de seminários teóricos e teórico-práticos, uma semana de SU, duas
semanas de opcional de Gastrenterologia, sendo as restantes quatro semanas sido dedicadas à Cirurgia
Geral. Como objetivos, propus-me a identificar patologias cirúrgicas que requerem intervenção urgente ou
eletiva, praticar técnicas de assepsia e executar procedimentos cirúrgico simples.
As aulas teóricas tiveram um carácter maioritariamente expositivo, com temáticas abrangentes, que não
se cingiram exclusivamente a conhecimentos científicos. Nas aulas teórico-práticas foram abordados aspetos
inerentes à realização de procedimentos cirúrgicos mais comuns. No período de tempo dedicado à Cirurgia
Geral, acompanhei o meu tutor na enfermaria, BO, consulta externa e urgência de apoio a outras
especialidades. No estágio opcional de Gastrenterologia pude assistir a consultas externas e realização de
exames complementares de diagnóstico próprios desta especialidade, como endoscopia digestiva alta,
colonoscopia, CPRE, ecoendoscopia e gastrostomia endoscópica percutânea. No SU, passei pelos diferentes
postos de observação e pequena cirurgia. Participei no curso TEAM (Trauma Evaluation and Management) –
anexo IIb, organizado pelo ATLS Portugal e pela Sociedade Portuguesa de Cirurgia, no qual foram abordadas
questões teóricas e práticas da avaliação do doente politraumatizado. Houve um momento de avaliação
formal, designado Mini-Congresso, onde apresentei um caso clínico e respetiva revisão teórica, intitulado
“The sooner the better? Timing cirúrgico da colecistite” - anexo I.
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VI. Estágio Parcelar de Medicina (18 de março a 17 de maio de 2019)
O estágio parcelar de Medicina, sob regência do Prof. Dr. Fernando Nolasco, decorreu no serviço de
Medicina 2.3 do HSAC–CHULC, tendo integrado a equipa da Dra. Cristina Poole da Costa. Defini como
objetivos integrar-me nas atividades diárias da enfermaria, praticar competências técnicas básicas (como
punção venosa e arterial), assistir à realização de técnicas invasivas e proceder à avaliação cuidada e
direcionada no SU.
A maioria do estágio foi passada na enfermaria, onde participei ativamente e de forma autónoma, ainda
que tutelada, na observação e discussão dos doentes com outros profissionais de saúde, no estabelecimento
do diagnóstico, delineamento do plano terapêutico adequado e elaboração de diários clínicos, notas de alta
e transferência. Neste período, pude ainda praticar a colheita de sangue venoso e arterial, realizar
eletrocardiogramas, observar uma punção lombar, uma toracocentese e a colocação de CVC. Frequentei o
SU, acompanhando o Dr. Diego Carrasco, e assisti às sessões clínicas semanais organizadas pelo serviço de
Medicina 2.3. Deste estágio, constaram ainda seminários apresentados pelos alunos do 6º ano do MIM, onde
tive oportunidade de apresentar o tema “Interações Medicamentosas” - anexo I.
VII. Estágio opcional – Radiologia (20 a 31 de maio de 2019)
Realizei este estágio de 2 semanas no HBA, tendo acompanhado os médicos dedicados ao Serviço de
Urgência, Radiologia Pediátrica e da Mama. Tive também oportunidade de assistir à reunião multidisciplinar
de Senologia. Decidi realizar o estágio nesta especialidade com o intuito de contactar com as atividades de
um serviço dedicado aos meios complementares diagnóstico, de modo a aprofundar as principais indicações
para os realizar, interpretação dos mesmos e aspetos a valorizar. É também uma área pela qual tenho
interesse e tinha curiosidade de conhecer o dia-a-dia de um Radiologista.
VIII. Elementos valorativos
Apesar das atividades referidas neste tópico não integrarem a UC Estágio Profissionalizante, fizeram parte
da minha formação clínica e contribuíram para o meu processo de profissionalização, pelo que considero
pertinente a sua menção.
No 1º ano do MIM, no âmbito da UC Suporte Básico de Vida, fui indicada potencial instrutora a SBV da
escola Alento, tendo posteriormente realizado o curso de formadores em 2015 - anexo III. Desde então, dou
formação em SBV e DAE nas seguintes UC do MIM da NMS½FCM: Suporte Básico de Vida (1º ano) e Medicina
Interna (3º ano), bem como para outras faculdades de Lisboa que solicitem estes cursos – histórico dos cursos
lecionados no anexo IV. Neste contexto, a equipa da Alento, sob orientação do Prof. Dr. Pedro Póvoa,
elaborou um poster sobre o trabalho desenvolvido na NMS½FCM na área da formação em reanimação,
intitulado “BLS in medical curriculum: strengthening the survival chain”, para apresentar no Congresso do
European Ressuscitation Council em setembro de 2019, em Liubliana – abstract no anexo V. Perante este
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percurso de formação em reanimação, fui convidada pelo Dr. José Luís Ferreira, para ser instrutora no Curso
ABC do Trauma, lecionado ao alunos do 3º ano do MIM na UC Cirurgia Geral – anexo VI.
Ao longo deste ano letivo, participei em diversos workshops e conferências das minhas principais áreas de
interesse e outras que considerei relevantes para a minha formação académica – anexo II.
Estive envolvida em projetos não científicos realizados em parceria com NMS½FCM, nomeadamente Saúde
Porta a Porta – anexo VII, Missão País – anexo VIII.
No primeiro semestre do ano letivo 2017/2018, realizei um Intercâmbio, no âmbito dos Acordos de
Cooperação, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo efetuado as disciplinas de Clínica Médica e
Cirurgia – anexo IX. No âmbito destas pude realizar pequenos estágios de Otorrinolaringologia, Cirurgia
Plástica, Hepatologia e Endocrinologia.
ANÁLISE CRÍTICA
Ao concluir o Estágio Profissionalizante, considero essencial olhar retrospetivamente para o percurso feito
e refletir sobre a concretização dos objetivos a que me propus.
Gostaria, então, de salientar os principais aspetos acerca de cada um dos estágios parcelares.
O estágio de Saúde Mental em Pedopsiquiatria revelou-se um excelente complemento à UC de Psiquiatria
do 5º ano, visto que pude contactar com patologia psiquiátrica em idade pediátrica. No início do estágio,
senti dificuldade em abordar os doentes e realizar o exame do estado mental, tal como tinha planeado, por
muitos deles se encontrarem em situações clínicas difíceis e não estabilizadas totalmente e, também, por
não se sentirem confortáveis com a minha presença nas entrevistas clínicas. Tomei consciência do impacto
que a família tem na saúde mental das pessoas – quer na génese da doença que na sua manutenção e
recuperação – sendo que a esmagadora maioria dos doentes internados tem relações familiares
disfuncionais e ambientes propícios ao desenvolvimento destas doenças. Destaco a importância deste
estágio para eliminar estigmas que tinha associados à doença mental e à repercussão dos mesmos no
quotidiano dos doentes. Gostaria de realçar a equipa multidisciplinar organizada, com uma excelente relação
e empenhada em resolver problemas complexos, de etiopatogenias variadas, tendo-me sentido totalmente
integrada na mesma, o que me revelou a importância do trabalho em equipa e discussão de diferentes
opiniões e experiências, com vista a um bem comum, que é o melhor cuidado ao doente.
Em MGF tive oportunidade de examinar, de forma supervisionada, doentes em diferentes faixas etárias,
integrando-os no seu contexto biopsicossocial. Este contacto facilitou não só a aquisição e consolidação de
noções teóricas e práticas, mas também confiança na abordagem do doente. Neste estágio, tomei
consciência do potencial terapêutico da relação médico-doente, da necessidade de entender o significado
que o doente atribui à doença e valorizar as suas preocupações e expectativas, de modo a envolvê-lo no
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plano terapêutico. Como ponto negativo, saliento o facto de não ter surgido oportunidade para acompanhar
a minha médica nas visitas domiciliárias.
Destaco a relevância do estágio de Pediatria na UCIP, pois pude contactar com patologias raras e graves
em idade pediátrica, assistir à tomada de decisões terapêuticas em casos de fim de vida, e assistir à morte,
situação para a qual não estava preparada. Como ponto negativo de referir que, por ser uma área muito
específica, não tive contacto com as patologias pediátricas mais frequentes e, por serem casos complexos,
não houve oportunidade para realizar muitos procedimentos. Ressalvo a importância da simulação para o
ensino médico, como sucedeu no Workshop de Urgências Pediátricas, uma vez que é uma forma de praticar
diversas técnicas através da criação de cenários reais com manequins eletrónicos.
O estágio de GO, apesar de ter tido sobretudo um carácter observacional, foi extremamente enriquecedor,
pois a passagem pelas diferentes valências do serviço, permitiu-me ficar com uma visão global do que é a
prática diária de um especialista nesta área. Embora não tenha praticado o exame ginecológico e obstétrico
como tinha idealizado, aprendi conceitos básicos de ecografia, os quais pude complementar na UC Estágio
Opcional de Radiologia. A frequência do SU proporcionou-me o contacto com patologias agudas mais
frequentes, estimulando o raciocínio clínico e a abordagem terapêutica em cada situação.
Relativamente ao estágio parcelar de Cirurgia, gostaria de mencionar a relevância dos seminários na
sistematização e consolidação de conhecimentos, em particular, ao nível de temas que não são abordados
ao longo do curso e que têm vindo a assumir um papel cada vez mais importante na prática da Medicina,
como a temática da Liderança e trabalho em equipa. Destaco, igualmente, o curso TEAM que considero ser
uma oportunidade de aprender a lidar, do ponto de vista mais prático, com situações que qualquer médico
deve estar habilitado a executar em contexto de urgência/emergência. O Mini-Congresso é uma excelente
iniciativa para fomentar a pesquisa e apresentação de trabalhos científicos. Considero que o estágio opcional
de Gastrenterologia foi um excelente complemento, por ser uma especialidade intimamente relacionada
com a Cirurgia, servindo de exemplo para uma boa articulação entre especialidades, e também por abranger
conteúdos que vão ser alvo de avaliação na PNA. No entanto, dado ser uma especialidade com diversas
técnicas que requerem uma longa curva de aprendizagem, o meu papel, durante estas duas semanas,
limitou-se à observação das mesmas. Como pontos negativos do período dedicado à Cirurgia Geral, destaco
o facto das equipas cirúrgicas terem um elevado número de constituintes e alunos alocados, tornando-se
pouco proveitoso pelo facto de limitar a presença de todos no BO, consulta externa e reduz bastante o
trabalho na enfermaria. De salientar, também, que a semana atribuída ao SU incidiu maioritariamente em
patologias médicas, não correspondendo às minhas expectativas pessoais de frequentar a urgência cirúrgica
e a pequena cirurgia, onde poderia praticar técnicas simples neste âmbito.
O estágio de Medicina foi, sem dúvida, o que me mais me despertou para as responsabilidades médicas
que virei a enfrentar futuramente. Sempre de uma forma tutelada, a rotina diária permitiu-me aproximar da
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realidade da prática clínica, ganhar experiência e confiança na observação e discussão de casos clínicos,
reforçando a minha crença sobre o quão desafiante é esta profissão. A delegação de tarefas intensificou o
meu interesse e vontade em ir diariamente ao estágio para acompanhar os doentes, considerando ser um
ponto fulcral e que facilita o objetivo do estágio profissionalizante: profissionalizar, ou seja, auxiliar a
transição de estudante de Medicina para a prática médica. O período passado no SU permitiu-me
compreender não só a sua organização, peculiaridades do atendimento ao doente urgente e emergente,
como também as suas carências, tendo sido uma atividade extremamente enriquecedora e interessante. Em
suma, neste estágio senti a concretização do propósito com que entrei neste curso: ser médica, tendo sido
uma excelente forma de o concluir.
Apesar das variáveis que influenciam os estágios, especificamente os serviços onde os realizamos, os
tutores atribuídos e rácio tutor/aluno, considero que a aprendizagem também depende muito da iniciativa
e empenho de cada aluno. Por essa razão, procurei rentabilizar o tempo passado nos estágios e tirar o
máximo proveito dos mesmo, tentando aplicar e desenvolver as minhas competências teóricas, práticas e
humanas, de modo a preparar-me da melhor forma para a futura prática clínica. Para isso, muito contribuiu
a excelência da formação ministrada e todos os recursos que a NMS½FCM me disponibilizou durante este
ano e ao longo do curso. Em particular, saliento a preocupação em iniciar precocemente o ensino prático, a
adequação do rácio tutor/aluno na maioria dos estágios, que se revela uma mais-valia para a integração total
nas equipas médicas e participação mais ativa nas diferentes atividades, aumentando a motivação e
interesse, quer pelo estágio quer pela especialidade. Realço, também, a rotatividade entre os vários hospitais
e instituições de saúde, ao longo dos estágios, o que proporciona uma visão global dos serviços de saúde em
Portugal, tomando conhecimento das diferenças entre hospitais privados e públicos. De referir, também, a
oportunidade que nos é dada de frequentar programas de mobilidade.
Hoje conta-se que, para além de um profissional exemplar, o médico seja dotado de qualidades próprias e
diferenciadoras que, em larga escala, ultrapassam o conhecimento técnico e científico. Como referido no
Licenciado Médico em Portugal (2005) “(...) a educação dum Médico é complexa; não pode ser apenas a
aprendizagem de gestos e atitudes que lhe permitam prática profissional. Requer cultura, sem o que a sua
compreensão do indivíduo doente será sempre limitada; formação científica sólida, sem o que não dominará
as razões da sua atuação e não poderá progredir e inovar; impõe sentido ético e moral e interesse pelo
próximo, sem o que não poderá apreender e viver o espírito de serviço que deve ser o paradigma da sua
profissão.”. Considero, por isso, que as atividades extracurriculares que realizei foram particularmente
enriquecedoras e acredito que farão de mim uma médica mais completa. Destaco a experiência como
instrutora em reanimação, que me permitiu praticar técnicas de comunicação e de exposição em público e
desenvolver o trabalho em equipa. Realço também a minha participação na Missão País e Saúde Porta-a-
Porta, que me alertaram para a problemática da solidão na população idosa e o impacto que conseguimos
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ter na vida e saúde dos outros, mesmo que por breves instantes, através das nossas palavras, de um sorriso
e da partilha de experiências, medos e ambições. Este contacto permitiu-me ter consciência da importância
de observar o doente como um todo, através de uma escuta ativa e empática, que só se adquire com a prática
e que é insubstituível por livros. O período de intercâmbio no Rio de Janeiro, permitiu-me viver uma
experiência no estrangeiro, entrar em contacto com outras culturas e uma realidade de ensino diferente,
filosofias de trabalho, patologias epidemiologicamente mais frequentes e funcionamento de um sistema de
saúde diferente. A minha principal motivação em realizar um semestre no Brasil foi a autonomia tutelada
que outros colegas me afirmavam ser dada. Infelizmente, devido à situação económica do país e às greves
consecutivas, não concretizei esse desejo. No entanto, confirmei que, de facto, os estudantes abordavam o
doente com mais confiança, provavelmente por frequentarem várias vezes e desde cedo, o SU,
acompanhando diferentes tutore e realizando turnos completos. Considero que, apesar de parcialmente
implementado no MIM da NMS½FCM, seria uma mais-valia o aluno frequentar assiduamente e de forma
obrigatória o SU.
Terminado este ano letivo, considero que cumpri, na grande maioria, os objetivos a que me propus.
Contudo, continuo a sentir uma grande falha no que concerne a princípios de prescrição farmacológica
(escolha do fármaco , seleção da via de administração, dosagem, frequência das administrações e duração
da terapêutica), realização metódica do exame neurológico e do exame do estado mental.
A realidade atual de um recém-licenciado difere daquela que vigia quando iniciei este percurso e mesmo
quando escolhi Medicina. Numa era em que se impõe lidar com a incerteza e trabalhar num contexto em
permanente mudança, como é o caso das modificações feitas na PNA e no regime do Internato Médico, que
tanta ansiedade me causa, procurarei ultrapassar os obstáculos que surgirem e obter dessas dificuldades e
eventuais erros ensinamentos para o futuro, inspirando-me na frase afirmada por Winston Churchill: “Sucess
consists of going from failure to failure without loss of enthusiasm”.
Inicio esta nova fase com enorme interesse e motivação para aprender novos conhecimentos e
competências, de me aperfeiçoar constantemente, reconhecendo as minhas próprias limitações. Acredito
que, só assim, conseguirei prestar cuidados de saúde de qualidade e com integridade, honestidade, empatia
e compaixão independentemente da doença, prognóstico, idade, género, orientação sexual, etnia, religião,
cultura ou classe socioeconómica do doente.
Por fim, termino com um pequeno texto dos Conselhos de Esculápio, que me foi lido quando entrei em
Medicina: “Mas se, indiferente à fortuna, aos prazeres, à ingratidão e, sabendo que te verás, muitas vezes,
só entre feras humanas, ainda tens a alma estóica o bastante para encontrar satisfação no dever cumprido;
se te julgas suficientemente recompensado com a felicidade de uma mãe que acaba de dar a luz, com um
rosto que sorri porque a dor passou, com a paz de um moribundo que acompanhaste até ao final; se anseias
conhecer o Homem e penetrar na trágica grandeza de seu destino, então, torna-te médico, meu filho”.
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AGRADECIMENTOS
Gostaria de deixar uma palavra de agradecimento aos meus tutores, Médicos Assistentes, Internos de
Formação Especifica e Geral e Chefes de Serviço das várias especialidades com as quais contactei ao longo
deste percurso, pelo acolhimento e qualidade de estágio assegurada, pelos conhecimentos transmitidos,
bem como, pela confiança, apoio e orientação na formulação do raciocínio médico e cirúrgico, indispensável
à formação médica. Destaco ainda, o exemplo que deram de empatia e dedicação aos doentes, próprios de
excelentes profissionais.
Um agradecimento particular ao meu Orientador deste relatório Prof. Dr. Joaquim Gago, pela disponibilidade
e apoio prestados.
À minha família, colegas, que me acompanharam e auxiliaram ao longo de todo o curso, agradeço os valores
e crenças incutidos, bem como o apoio incondicional dedicado.
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ANEXOS
Anexo I - Trabalhos realizados no âmbito dos estágios parcelares
Anexo II: Workshops e Conferências
a. IV Jornadas da USF Descobertas;
b. curso TEAM;
c. iMed Conference 10.0: workshop “Ear, nose and throat” e workshop “Ophtalmology”;
d. 5º ABC de Imunoalergologia;
e. Jornadas de Cardiologia de Lisboa Ocidental;
f. Uniworkshop de Cardiologia – Cardioteste;
g. Jornadas de Formação da UCF – Vertente Saúde da criança e do Adolescente “À conversa com a
Fisiatria e o Desenvolvimento”;
h. Curso de Formação em Saúde Infantil;
i. 1º Encontro de Nutrição Lusíadas Saúde.
Anexo III - Certificado de Instrutora em SBV
Anexo IV – Histórico de cursos realizados entre 2014-2019
Anexo V – Abstract do poster “BLS in medical curriculum: strengthening the survival chain”
Anexo VI – Certificado de participação no ABC Trauma
Anexo VII – Certificado de participação no Saúde Porta-a-Porta
Anexo VIII – Certificado de participação na Missão País
Anexo IX – Intercâmbio no Rio de Janeiro
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Anexo I- Trabalhos realizados no âmbito dos estágios parcelares
MGF “Common foot problems” American Family Physician, setembro 2018
Pediatria História clínica Meningite Meningocócica
Microangiopatias trombóticas
GO Alimentação na gravidez
Cirurgia The sooner the better? - Timing cirúrgico da colecistite
Medicina Interações medicamentosas
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Anexo II – Workshops e Conferências
a. Jornadas da USF Descobertas;
b. Curso TEAM
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16
c. iMed Conference 10.0: workshop “Ear, nose and throat” e workshop “Ophtalmology”;
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
17
d. 5º ABC de Imunoalergologia;
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
18
e. Jornadas de Cardiologia de Lisboa Ocidental;
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
19
f. Uniworkshop de Cardiologia – Cardioteste;
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
20
g. Jornadas de Formação da Unidade Coordenadora Funcional (UCF) – Vertente Saúde da criança e do Adolescente “À conversa com a Fisiatria e o Desenvolvimento”;
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
21
h. Curso de Formação em Saúde Infantil;
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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i. 1º Encontro de Nutrição Lusíadas Saúde.
Anexo III – Certificado de Instrutora em SBV
Joana Clara Castro FREITAS22/01/1996
Received the ERC qualification
Basic Life Support (BLS)In Lisboa, Portugal
Vanda Maria SEROMENHO
Course Director
Date last course: 30/03/2017
This certificate is valid from 02/10/2016 to 01/04/2022To verify the validity of this certificate please visit https://cosy.erc.edu/en/verify-certificate and enter ERC-016-758317
Certifica-se que Joana Castro Freitas participou no 1.º Encontro de Nutrição Lusíadas Saúde, realizado no dia 2 de fevereiro de 2019
no Hospital Lusíadas Lisboa.
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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Anexo IV – Histórico de cursos SBV/DAE realizados entre 2014-2019
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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Anexo V – Abstract do poster “BLS in medical curriculum: strengthening the survival chain”
‘BLS in medical curriculum: strengthening the survival chain’
B. Pepe1, B. Silva1, B. Dias1, C. Marques2, D. Loja2, D. Fortunato1, F. Castro1, F. Melo1, H. Mousinho2, I. Palma1, J. Barriga2, J. Freitas1, J. Marques1, J. Miranda1, M. Revez2, P. Amaro2, P. Bizarro1, A. Belo2, J. Ferreira1, P. Póvoa1, V. Seromenho2
1Nova Medical School, Lisboa, Portugal. 2Alento, Beja, Portugal
Abstract
‘BLS in medical curriculum: strengthening the survival chain’
Basic Life Support (BLS) is the cornerstone of resuscitation and the main determinant of survival from an out-of-hospital cardiac arrest.[1]
The European Resuscitation Council (ERC) Guidelines for Resuscitation 2015 highlighted the importance of teaching CPR to Healthcare professionals working in a variety of settings.[1] As initial training sites for all physicians, medical schools are prime locations for CPR training. This recommendation is in line with the final report on the Tuning Project for Medicine (2008), an initiative funded by the European Commission. Providing immediate care in medical emergencies is considered a Level 1 competence and all medical graduates must be able to provide BLS according to the ERC guidelines.[2]
In 2011, NOVA Medical School of New University of Lisbon conducted a curriculum reform and established a partnership with an ERC-accredited school (Associação ALENTO). A BLS provider course was included in the 1st year of the medical curriculum. A refresher course was also included in the 3rd year, allowing the revision of previously acquired skills and providing additional training in automatic external defibrillation (AED).
Since 2011, 2698 medical students were trained in BLS/AED. 26 students were identified as potential instructors, of whom 10 became full instructors accredited by the ERC.
As a result of this project, since 2017, all medical graduates from NOVA Medical School have been trained and certified by the ERC as BLS/AED providers.
References:
[1] Greif R, Lockey AS, Conaghan P, Lippert A, De Vries W, Monsieurs K, et al. European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation 2015, section 10 : education and implementation of resuscitation. RESUSCITATION. 2015;95:288–301.
Página 1 de 2Oxford Abstracts
15-04-2019https://app.oxfordabstracts.com/events/811/submissions/127869/abstract-book-view
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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Anexo VI – Certificado de participação ABC Trauma
‘BLS in medical curriculum: strengthening the survival chain’
B. Pepe1, B. Silva1, B. Dias1, C. Marques2, D. Loja2, D. Fortunato1, F. Castro1, F. Melo1, H. Mousinho2, I. Palma1, J. Barriga2, J. Freitas1, J. Marques1, J. Miranda1, M. Revez2, P. Amaro2, P. Bizarro1, A. Belo2, J. Ferreira1, P. Póvoa1, V. Seromenho2
1Nova Medical School, Lisboa, Portugal. 2Alento, Beja, Portugal
Abstract
‘BLS in medical curriculum: strengthening the survival chain’
Basic Life Support (BLS) is the cornerstone of resuscitation and the main determinant of survival from an out-of-hospital cardiac arrest.[1]
The European Resuscitation Council (ERC) Guidelines for Resuscitation 2015 highlighted the importance of teaching CPR to Healthcare professionals working in a variety of settings.[1] As initial training sites for all physicians, medical schools are prime locations for CPR training. This recommendation is in line with the final report on the Tuning Project for Medicine (2008), an initiative funded by the European Commission. Providing immediate care in medical emergencies is considered a Level 1 competence and all medical graduates must be able to provide BLS according to the ERC guidelines.[2]
In 2011, NOVA Medical School of New University of Lisbon conducted a curriculum reform and established a partnership with an ERC-accredited school (Associação ALENTO). A BLS provider course was included in the 1st year of the medical curriculum. A refresher course was also included in the 3rd year, allowing the revision of previously acquired skills and providing additional training in automatic external defibrillation (AED).
Since 2011, 2698 medical students were trained in BLS/AED. 26 students were identified as potential instructors, of whom 10 became full instructors accredited by the ERC.
As a result of this project, since 2017, all medical graduates from NOVA Medical School have been trained and certified by the ERC as BLS/AED providers.
References:
[1] Greif R, Lockey AS, Conaghan P, Lippert A, De Vries W, Monsieurs K, et al. European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation 2015, section 10 : education and implementation of resuscitation. RESUSCITATION. 2015;95:288–301.
Página 1 de 2Oxford Abstracts
15-04-2019https://app.oxfordabstracts.com/events/811/submissions/127869/abstract-book-view
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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Anexo VII - Certificado de participação Saúde Porta-a-Porta
Madalena Pestana
Vice-Presidente Interna da Direção da AEFCM
Bernardo Lisboa Resende
Presidente da Direção da AEFCM
A Associação de Estudantes da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas (AEFCM)
certifica que Joana Clara Castro Freitas, CC nº 226964043, fez voluntariado contínuo no âmbito do
projeto Saúde Porta-a-Porta durante o período de 20/02/2017 a 30/06/2017.
Lisboa, 18 de Junho de 2019
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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Anexo VIII – Certificado de Participação Missão País
Certificado Declara-se para os devidos efeitos que Joana Clara Castro Freitas, portadora do cartão de cidadão nº 14192526, e aluna da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa (FCM-UNL), participou, entre os dias 14 e 21 de fevereiro de 2016, e os dias 12 e 19 de fevereiro de 2017, no projeto Missão País, através das missões da FCM-UNL.
Durante uma semana, juntamente com um grupo de jovens, participou e integrou atividades de cariz lúdico e social, com o objetivo de promover experiências sociais e emocionais gratificantes junto da população das localidades Sardoal e Alcanede, desenvolvendo estas atividades nos dias referidos entre as 10h e as 20h.
A Missão País, como organização da Igreja Católica, tem como objetivos, proporcionar à juventude universitária uma experiência de vida e de Deus, através de ações de voluntariado, convívio com pessoas mais necessitadas, participação nas atividades das comunidades onde atua.
Lisboa, 04/06/2019
Pela Missão País,
MISSÃO PAIS Praça Damão, nº7 1400 Lisboa [email protected] Joana Sequeira Miguel Cordovil S. Pinho
Relatório Final – Mestrado Integrado em Medicina Joana Freitas
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Anexo IX – Intercâmbio no Rio de Janeiro