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Relatório GRSS Análise dos Indicadores de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde.
- Relatório anual de 2015 -
2016
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
GERÊNCIA DE RISCO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Elaboração:
Hilda Carla Marques Vieira
Priscilla Leal Moreira
Rafaella Bizzo Pompeu
Revisão:
Fabiana de Mattos R. Mendes
Emanuelle Gomes da Silva
Giselle Hentzy Moraes
N° 02/2016
ABRIL
Setor Bancário Norte –SBN Qd. 02, Lt 04, Bl. P. Brasília/DF
CEP: 70.040-020
Tel.: 61 3327-4901
Email: [email protected]
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................... 3
METODOLOGIA............................................................................................................ 4
RESULTADOS DA VIGILÂNCIA DE INFECÇÕES RELACIONADAS À
ASSISTÊNCIA À SAÚDE..............................................................................................
6
1. SÍTIO CIRÚRGICO....................................................................................... 6
2. UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO...................................... 15
3. UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA.............................. 22
4. UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL................................ 27
ADESÃO À NOTIFICAÇÃO REGULAR .................................................................... 33
DISCUSSÃO................................................................................................................... 33
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................... 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 38
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INTRODUÇÃO
A vigilância epidemiológica das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde
(IRAS) nos hospitais públicos, privados e militares do DF é realizada pelos seus
respectivos Serviços de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH).
A partir do ano de 2010, os hospitais brasileiros foram orientados a diagnosticar
as IRAS conforme Critérios Diagnósticos Nacionais, elaborados pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e disponíveis no endereço
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/. Esses critérios são diferentes dos
anteriormente usados no DF até o ano de 2009, que eram do sistema NHSN (National
Healthcare Security Network).
No ano de 2010, a ANVISA iniciou a coleta de indicadores de IRAS das
Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais brasileiros, por meio da notificação
eletrônica em base de dados do FormSus, do Ministério da Saúde. A partir desse marco,
a Coordenação Distrital de IRAS, representada atualmente pela Gerência de Risco em
Serviços de Saúde/DIVISA/SVS/SES, também utiliza o sistema para o envio das
notificações do DF que, até 2009, eram realizadas por meio de relatórios impressos.
Atualmente, qualquer serviço de saúde que possui leito de UTI deve realizar
mensalmente a notificação dos indicadores nacionais de IRAS, que são: as infecções
primárias de corrente sanguínea relacionadas a cateter venoso central e seus marcadores
de resistência bacteriana, e as infecções de sítio cirúrgico em cesarianas.
A notificação dos casos de IRAS em 2015 foi realizada pelos hospitais por meio
do Formulário “Notificação de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e
Resistência Microbiana - DF – 2015”, disponível no endereço
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=19611.
O presente Relatório Epidemiológico tem por objetivo apresentar um resumo
descritivo das notificações de IRAS do DF, recebidas pela Gerência de Risco em
Serviços de Saúde, e recomendar medidas de redução desses agravos.
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METODOLOGIA
O presente relatório está avaliando os 28 indicadores disponíveis no formulário
FormSus. Os mesmos foram escolhidos conformeorientações da ANVISA, estando
destacados em negrito aqueles de notificação nacional obrigatória:
I. Taxa de infecção de sítio cirúrgico (ISC) em cirurgias:
o Cesarianas;
o implante de prótese cardíaca;
o implante de prótese neurológica;
o implante de prótese ortopédica;
o implante de prótese mamária.
II. Densidade de Incidência (DI) de Infecção primária da corrente
sanguínea laboratorialmente confirmada (IPCSL) em UTI adulto, pediátrica e
neonatal;
III. DI de Infecção primária da corrente sanguínea definida clinicamente
(IPCSC) em UTI adulto, pediátrica e neonatal;
IV. DI de Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) em UTI adulto,
pediátrica e neonatal;
V. DI de infecção do trato urinário (ITU) associada à sonda vesical de
demora em UTI adulto e pediátrica;
Foram analisadas as Taxa de utilização de ventilação mecânica (VM) em UTI
adulto, pediátrica e neonatal;Taxa de utilização de cateter venoso central (CVC) em UTI
adulto, pediátrica e neonatale Taxa de utilização de sonda vesical de demora (SVD) em
UTI adulto e pediátrica, todas calculadas em %.
As taxas de utilização de dispositivos invasivos em UTI são taxas acessórias,
obtidas no intuito de analisar indiretamente a gravidade dos pacientes e,
consequentemente, a intensidade de utilização de procedimentos invasivos e o risco
associado de infecção. Essas taxas são obtidas dividindo-se o número de dispositivos-
dia pelo número de pacientes-dia no período e multiplicado por 100.
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Para análise e tratamento do banco de dados foi utilizado o programa Microsoft
Office Excel 2007. As taxas foram calculadas com os dados acessados no dia 29 de
março de 2016, no Formulário de Notificação de Infecções Relacionadas à Assistência
à Saúde (IRAS) e Resistência Microbiana - DF – 2015, referente ao período de janeiro a
dezembro de 2015.
Para cálculo dos indicadores cirúrgicos(item I) foram utilizados os dados
agregados no período, isto é: a soma dos números de infecções no ano dividida pela
soma dos denominadores específicos (nº de cirurgias), multiplicados por 100.
Para cálculo dos indicadores de UTI (itens II, III, IV e V) foi utilizada a
densidade de incidência dos dados agregados, isto é, a soma dos números de infecções
no ano, dividida pela soma dos denominadores específicos (pacientes com dispositivos
invasivos/dia), multiplicados por 1000.
Conforme orientação da ANVISA, as densidades de incidência de algumas
infecçõesforam distribuídas em percentis 10,25, 50, 75 e 90,que estratificam as taxas em
partes proporcionaise permitem a identificação de hospitais que apresentam resultados
mais elevados de infecção (acima da faixa do percentil 90). O percentil 50 equivale à
taxa mediana, e significa que 50% dos hospitais apresentam taxas de IRASabaixo desse
valor, conforme figura ilustrativa abaixo.
Figura 1. Modelo de distribuição de percentil.
0 ...DISTRIBUIÇÃO DAS TAXAS DE INFECÇÃO... 10
Percentil 10 Percentil 50 Percentil 90
10% dos
hospitais com
as taxas mais
baixas
10% dos
hospitais com
as taxas mais
altas
Valor da Mediana.
50% dos hospitais com taxas
abaixo do valor médio.
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Para que as taxas calculadas sejam mais representativas,é recomendado um
quantitativo mínimo de procedimentos no período (denominador). A densidade de
incidência de IRAS relacionadas a dispositivos invasivos nas UTIs foi calculada nos
hospitais que alcançaram pelo menos 50 procedimentos-dia no ano.Foram calculadas as
taxas de infecção de sítio cirúrgico de todos oshospitais, inclusive daqueles que não
alcançaram um mínimo de 30 procedimentos cirúrgicos no ano, por serem a maioria.
Considerando a Infecção Primaria de Corrente Sanguínea como o indicador mais
relevante, foi realizado um comparativo entre as taxas do DF e do Brasil desde o ano de
2011 a 2015, sendo que no ano de 2011 os hospitais privados ainda não estavam
inseridos nos resultados do DF, além disso, os dados do Brasil de 2015 não estão
disponíveis até o momento.
Neste relatório, as instituições de saúde foram identificadas por letras, devido à
confidencialidade das informações.
Foram excluídos da análise os hospitais que encerraram suas atividades ao longo
do ano de 2015, assim como de um hospital que iniciou suas atividades em novembro
de 2015.
RESULTADOS DA VIGILÂNCIA DE INFECÇÕES RELACIONADAS À
ASSISTÊNCIA À SAÚDE
1. TAXA DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC)
Das notificações de ISC, apenas as relacionadas às cesarianas são de caráter
obrigatório. Ressalta-se que a vigilância dessas IRAS pode funcionar de maneira
heterogênea entre os serviços, e a falta de homogeneidade nas metodologias de
vigilância deve ser considerada ao analisar a consistência dos indicadores. Percebe-se
que pode haver subnotificação acentuada em alguns serviços, o que torna os dados de
algumas especialidades cirúrgicas pouco representativos.
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a) ISC - CESARIANAS
Em 2015, 20 hospitais realizaram notificações de infecção de sítio cirúrgico
(ISC) em cesarianas. Desses, 2 não possuem leitos de terapia intensiva.
Apesar de não haver obrigatoriedade da notificação de ISC em cesarianas até o
ano de 2014, o formulário eletrônico de notificação da ANVISA dispunha de campos
para a notificação desde 2011. O Gráfico 01 mostra a evolução das taxas dessa infecção
no Distrito Federal nos últimos 5 anos.O DF vem buscando aumentar a vigilância ativa
para detectar infecções nesses procedimentos, o que pode justificar uma discreta
ascensão na linha de tendência.
Tabela 1. Percentis da distribuição das taxas de infecção de sítio cirúrgico em cirurgias cesarianas no DF (2014-2015).
Considerando o ano de 2014 como o primeiro de notificação nacional
obrigatória para este indicador, observa-se que não houve redução do percentil 90
Número de
hospitais
N° de ISC em
cesarianas
N° de cesarianas
Taxa de ISC em
cesarianas
Percentis Ano
10% 25% 50% 75% 90%
2014 23 302 24.766 1,22% 0 0,1 0,4 1,6 2,9
2015 20 311 28.963 1,07% 0,1 0,4 1,1 2,2 2,9
1,120,92
1,2 1,221,07
2011. 2012. 2013. 2014. 2015.
Gráfico 01 - Taxa anual de ISC em cesarianas no DF (2011-2015)
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016; Banco de dados GRSS.
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em2015 conforme observado na Tabela 1, porém houve uma redução de 12,3%na
taxaanual de ISC em cesarianas. As taxas de ISC em cesarianas nos hospitais do DF
variaram de 0 a 4%, conforme o Gráfico 02.
Tabela 2. Taxas de infecção de sítio cirúrgico em cesarianas nos hospitais do DF (2015).
Hospitais N° de ISC N° de
cesarianas L 24 1645
AA 09 1028 M 19 1923 S 26 1782 T 34 1380 Q 35 1017 O 14 1206 P 28 708 R 10 1072
AH 14 500 N 22 1017 G 0 1683
AB 16 710 K 0 244
AD 14 2968 V 07 1528 W 02 3187 X 31 2050 U 05 2367 Y 01 667
1,5%0,9% 1,0%
1,5%
2,5%
3,4%
1,2%
4,0%
0,9%
2,8%2,2%
0,0%
2,3%
0,0%0,5% 0,5%
0,1%
1,5%
0,2% 0,1%
L AA M S T Q O P R AH N G AB K AD V W X U Y
Gráfico 02 - Taxa de ISC em cesarianas no DF (2015)
Taxa ISC Taxa ISC - DF
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
1,07%
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b) ISC – CIRURGIAS ORTOPÉDICAS LIMPAS COM IMPLANTE DE
PRÓTESE
As ISC em cirurgias limpas com implante de prótese ortopédica ainda não são
indicadores nacionais obrigatórios, porém constam no formulário de notificação
eletrônica da ANVISA e são monitorados no Distrito Federal por notificação voluntária
de hospitais.
Tabela 3. Taxa de infecção de sítio cirúrgico em cirurgias ortopédicas limpas com implante de prótese no DF (2014-2015).
Número de hospitais
N° de ISC em prótese
ortopédicas
N° de cirurgias limpas com prótese ortopédicas
Taxa de ISC cirurgias limpas com prótese
ortopédicas
Ano
2014 18 126 4.554 2,77%
2015 22 146 6.116 2,39%
Observa-se a diminuição de 13,7% na taxa anual de 2015 em relação ao ano
anterior, conforme Tabela 3.
Importante salientar que, apesar de constarem no gráfico acima, os hospitais
representados pelas letras “M, K e D” não alcançaram 30 procedimentos cirúrgicos no
ano de 2015.O hospital representado pela letra “W” não realizou notificações na
especialidade de ortopedia no ano de 2015 e não está indicado no Gráfico 03.
Ressalta-se a possibilidade de subnotificação de casos de infecções em cirurgias
ortopédicas com prótese, principalmente em hospitais cuja taxa anual foi 0%.
0,0% 0,0% 0,0%
9,7%
3,8%
11,0%
2,3%0,0%
1,2% 0,8% 0,6%1,8%
3,8%
0,0%1,7%
0,0%1,9% 1,1% 0,7% 0,7%
3,4%
0,0%
B M S T Q P R N E G H A C D J K AG V X U Y AF
Gráfico 03 - Taxa de ISC em cirurgias ortopédicas com implante de prótese no DF (2015)
Taxa ISC Taxa ISC - DF
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
2,39%
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Tabela 4. Taxas de infecção de sítio cirúrgico em cirurgias ortopédicas com implante de prótese
nos hospitais do DF (2015).
Hospitais N° de ISC N° de
procedimentos cirúrgicos
B 0 31 M 0 20 S 0 37 T 62 636 Q 10 260 P 10 91 R 05 214 N 0 31 E 01 83 G 03 386 H 02 360 A 01 56 C 04 105 D 0 04 J 21 1263 K 0 13
AG 12 632 V 05 456 X 07 1033 U 01 138 Y 02 59 AF 0 147
c) ISC – CIRURGIAS CARDÍACAS COM IMPLANTE DE PRÓTESE
A ISC em cirurgias cardíacas com implante de prótese não é indicador nacional
obrigatório, porém consta no formulário de notificação eletrônica da ANVISA e é
monitorado no DF por notificação voluntária de hospitais.
Importante salientar que, apesar de constarem no gráfico 04, os hospitais
representados pelas letras “B, C, E e G” não alcançaram 30 procedimentos cirúrgicos no
ano de 2015.
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Tabela 5. Taxas de infecção de sítio cirúrgico em cirurgias cardíacas com implante de prótese no DF (2014-2015).
Número de hospitais
N° de ISC em cirurgias cardíacas
com prótese
N° de cirurgias cardíacas com prótese
Taxa de ISC cirurgias cardíacas com prótese
Ano
2014 6 24 574 4,18%
2015 10 22 517 4,26%
Na taxa de ISC em cirurgias cardíacas com prótese de 2015, observa-se um
aumento de 1,9% quando comparado ao ano anterior, conforme Tabela 5.
Tabela 6. Taxas de infecção de sítio cirúrgico em cirurgias cardíacas com implante de prótese
nos hospitais do DF (2015).
Hospitais B E G H I C AC V X U
N° de ISC 0 0 0 0 2 0 10 5 4 1
N° de procedimentos cirúrgicos 11 05 18 35 57 08 243 58 44 38
0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
3,5%
0,0%
4,1%
8,6% 9,1%
2,6%
B E G H I C AC V X U
Gráfico 04 - Taxa de ISC em cirurgias cardíacas com implante de prótese no DF (2015)
Taxa ISC Taxa ISC - DF
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
4,26%
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d) ISC – NEUROCIRURGIAS COM IMPLANTE DE PRÓTESE
A ISC em neurocirurgias com implante de prótese não é indicador nacional
obrigatório, porém consta no formulário de notificação eletrônica da ANVISA e é
monitorado no Distrito Federal por notificação voluntária de hospitais.
Tabela 7. Taxas de infecção de sítio cirúrgico em neurocirurgias com implante de prótese no DF (2014-2015).
Número de hospitais
N° de ISC em neurocirurgias com
prótese
N° de neurocirurgias com prótese
Taxa de ISC em neurocirurgias com
prótese
Ano
2014 13 53 1.004 5,28%
2015 15 51 1.298 3,93%
Tabela 8. Taxas de infecção de sítio cirúrgico em neurocirurgias com implante de prótese nos
hospitais do DF (2015).
Hospitais B E G H A C J K AG V X U Y AE AF
N° de ISC 20 0 02 04 0 0 03 0 08 0 03 0 01 0 00
N° de procedimentos
cirúrgicos 252 31 32 291 27 12 28 10 252 53 284 04 12 02 08
7,9%
0,0%
6,3%
1,4%0,0% 0,0%
10,7%
0,0%
3,2%
0,0%
4,6%
0,0%
8,3%
0,0% 0,0%
B E G H A C J K AG V X U Y AE AF
Gráfico 05 - Taxa de ISC em neurocirurgias com implante de prótese no DF (2015)
Taxa ISC Taxa ISC - DF
3,93%
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
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Pode-se evidenciar uma redução significativa de 25,6% na taxa anual de ISC em
neurocirurgia com prótese do ano de 2015 em relação a 2014, conforme Tabela 7.
Importante salientar que, apesar de constarem no gráfico acima, os hospitais
representados pelas letras “A, C, J, K, U, Y e AF” não alcançaram 30 procedimentos
cirúrgicos no ano de 2015. O hospital representado pela letra “W” não realizou
notificações na especialidade de neurocirurgia no período e não está indicado no
Gráfico 05.
e) ISC – CIRURGIAS COM IMPLANTE DE PRÓTESE MAMÁRIA
A ISC em cirurgias com implante de prótese mamária não é indicador nacional
obrigatório, porém consta no formulário de notificação eletrônica da Anvisa e é
monitorado no Distrito Federal por notificação voluntária de hospitais.
Houve um aumento de 1,2% da taxa anual de ISC em cirurgias com prótese
mamária de 2015 em relação ao ano anterior, conforme Tabela 9.
Tabela 9. Taxas de infecção de sítio cirúrgico em cirurgias com implante de prótese mamária no DF (2014-2015).
Número de hospitais
N° de ISC em cirurgias com
prótese mamária
N° de cirurgias com prótese mamária
Taxa de ISC em cirurgias com prótese
mamária
Ano
2014 07 05 611 0,82%
2015 12 05 602 0,83%
0,0% 0,0% 0,6%2,6%
0,0% 0,0%
16,7%
0,0% 0,0% 0,0%2,9%
0,0% 0,0%
Q O H A C J V W X U Y AE AF
Gráfico 06 - Taxa de ISC em cirurgias com implante de prótese mamária no DF (2015)
Taxa ISC Taxa ISC - DF
0,83%
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
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Importante salientar que, apesar de constarem no Gráfico 06, os hospitais
representados pelas letras “O, Q, V, X, AE e AF” não alcançaram 30 procedimentos
cirúrgicos no ano de 2015.
Tabela 10. Taxas de infecção de sítio cirúrgico em cirurgias com implante de prótese mamária
nos hospitais do DF (2015).
Hospitais Q O H A C J V W X Y AE AF
N° de ISC 0 0 01 2 0 0 01 0 0 01 0 0
N° de procedimentos
cirúrgicos 02 14 158 76 53 116 06 118 18 35 04 02
O hospital representado pela letra “V”, apesar de constar com taxa anual
elevada, notificou apenas 06 procedimentos cirúrgicos e um episódio de infecção
durante o ano. O hospital representado pela letra “AD” não realizou notificações na
especialidade de prótese mamária no período e não está indicado no Gráfico 06.
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2. DENSIDADE DE INCIDÊNCIA DE IRAS EM UTI ADULTO No ano de 2015, as notificações de IRAS em UTI adulto foram contabilizadas
conforme a tabela 11 abaixo:
Tabela 11. Numeradores e denominadores para cálculo das taxas de IRAS em UTI adulto no DF (2015).
DF Número de infecções notificadas Número de pacientes com dispositivos-dia
Ano IPCSL IPCSC PAV ITU Pacientes-dia CVC-dia VM-dia SVD-dia
2015 447 162 551 296 199.555 122.484 74.133 99.841
a) INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA (IPCS)
As Infecções Primárias de Corrente Sanguínea estão entre as IRAS mais
frequentes. Estima-se que cerca de 60% sejam associadas a algum dispositivo
intravascular, de forma que os cateteres venosos centrais estão entre os maiores fatores
de risco para essas infecções. Além de poder resultar em consequências sistêmicas
graves, a IPCS associa-se a elevada causa de mortalidade, a maior tempo de internação
e a incrementos de custos relacionados à assistência (ANVISA, 2013).
A IPCS pode ser diagnosticada como laboratorialmente confirmada (IPCSL) ou
somente por critérios clínicos – clinicamente confirmada (IPCSC).
6,2 5,7 5,6 5,1
7,5
5,34,3 4,4
3,6
2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 07 - Densidade de incidência anual de IPCSL em UTI adulto no Brasil e no DF
Brasil
DF
Linear (DF)
Fonte: Boletim Informativo: Segurança do Paciente e qualidade em serviços de saúde, ANVISA 2011-2014; Banco de dados GRSS.
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O Gráfico 07 ilustra a Densidades de Incidência de IPCSL nacional e distrital,em
UTI adulto. De 2011 a 2015 o DF apresentou redução gradativa de suas taxas.
Comparando o ano de 2014 ao ano de 2015, obteve-se uma redução significativa de
18,2% na densidade de incidência de IPCSL.
Tabela 12. Percentis da distribuição das densidades de incidência de infecção primária de corrente sanguínea em pacientes em uso de cateter venoso central internados em UTI adultono DF, 2015.
Tipo de Infecção Densidade de
Incidência Percentis
10% 25% 50% 75% 90%
IPCS Laboratorial 3,6 1,1 2,6 3,9 5,5 7,7
IPCS Clínica 1,3 0 0 0,9 2,1 4,9
A ANVISA instituiu o Programa Nacional de Prevenção e Controle de IRAS
para os anos de 2013 a 2015, no qual traçou o objetivo de redução de IPCS, tendo como
o valor de referência o percentil 90 dos dados notificados em 2012.
Considerando que o percentil 90 do DF em 2012 foi de 8,7 para as IPCSL, e
considerando o Gráfico 08 abaixo, os hospitais indicados pelas letras L e Y precisam
ainda reduzir suas densidades de incidência de IPCSL.
4,4
0,72,2
1,22,6 2,7
5,47,0
13,2
2,6
8,5
4,14,9
4,0
2,1
5,73,9 4,4
7,5
3,5
6,0 5,5
0,6
3,92,7 3,4
9,3
1,12,3
E G H A B I C D L J AA M S T Q O P R AB AC K AF U V W X Y AE AG
Gráfico 08 - Densidade de Incidência de IPCSL em UTI Adulto do DF em 2015
DI/IPCSL DI/IPCSL - DF (3,6)
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
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Abaixo, o Gráfico 09 apresenta as taxas referentes à Infecção Primária de
Corrente Sanguínea Clinicamente definida (IPCSC), cuja densidade de incidência atual
do DF encontra-se abaixo do valor nacional de 2014. Observa-se uma redução relevante
de 18,8% na densidade de incidência anual de IPCSC em UTI Adulto de 2015 no DF
em relação ao ano anterior.
O Gráfico 10 apresenta as densidades de incidência de IPCSC por hospital e o
Gráfico 11 ilustra a taxa de utilização de cateter venoso central (CVC), dispositivo
invasivo que representa maior fator de risco para as infecções primárias de corrente
sanguínea.
1,7
0,3 0,4
4,2
0,9
0,0
5,4
0,0
3,8
0,00,7
0,0
5,3
0,0
2,11,7
1,2
0,0
0,8
2,8
0,3
1,2
0,40,0
1,0
4,6
5,6
1,8
0,0
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Gráfico 10 - Densidade de Incidência de IPCSC em UTI Adulto do DF em 2015
DI/IPCSC DI/IPCSC - DF (1,3)
2,42 2,2
1,51
1,4 1,21,6
1,3
2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 09 - Densidade de incidência anual de IPCSC em UTI adulto no Brasil e no DF
Brasil
DF
Linear (DF)
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
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b) PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAV)
A Pneumonia Associada à Ventilação mecânica (PAV) é responsável por 15%
das IRAS e aproximadamente 25% de todas as infecções adquiridas em unidades de
terapia intensiva (ANVISA, 2013).
O Distrito Federal em 2015 apresentou densidade de incidência de PAV de 7,4,
o que representa um aumento de 4% em relação a 2014.
48,8
30,2
58,056,6
86,1
34,5
74,278,1
31,5
63,2
87,1
77,579,1
92,491,4
74,1
91,692,2
90,1
54,3
68,3 66,6
38,2
61,2
52,957,1
38,6
74,0
22,4
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Gráfico 11 - Taxa de utilização de CVC em UTI Adulto do DF em 2015
TU/CVC TU/CVC - DF (61,3)
7,1 7,4
2014 2015
Gráfico 12 - Densidade de incidência anual de PAV em UTI adulto no DF
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016; Banco de dados GRSS.
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Tabela 13. Percentis da distribuição da densidade de incidência de PAV no DF (2014-2015).
As taxas de PAV podem variar de acordo com a população de pacientes e os
métodos diagnósticos disponíveis, e vários estudos demonstram que a incidência desta
infecção aumenta com a duração da ventilação mecânica. O impacto da PAV traduz-se
no aumento da mortalidade, prolongamento da hospitalização e no aumento de custos
(ANVISA, 2013).
DI PAV
Percentis Ano 10% 25% 50% 75% 90% 2014 7,1 1,0 3,5 6,7 11,0 15,8
2015 7,4 2,2 5,0 7,3 12,0 17,1
13,0
32,627,8 28,5
57,2
12,6
41,0
61,3
22,5
36,5
67,369,1
50,9
76,368,370,171,0
75,9
54,3
15,7
38,640,0
25,1 24,8
30,6 30,3
24,0
39,5
15,8
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Gráfico 14 - Taxa de utilização de VM em UTI Adulto do DF em 2015
TU/VM TU/VM - DF (37,1)
8,2
1,9 3,1 2,3
7,3
2,5
24,5
14,910,6
6,8
11,9
1,8
16,5
5,7 6,9 5,6 5,47,4
11,8
6,7
14,512,0
5,07,7
1,8
20,419,5
3,3
16,3
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Gráfico 13 - Densidade de Incidência de PAV em UTI Adulto do DF em 2015
DI/PAV DI/PAV - DF (7,4)
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
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Observa-se que alguns hospitais apresentam taxas bastante elevadas e
necessitam implementar medidas de prevenção de PAV em suas unidades de terapia
intensiva para redução da incidência dessas infecções. Recomenda-se a implementação
dessas medidas, principalmente aos hospitais representados pelas letras C, S, X, Y e
AG, cujas taxas estãoacima do percentil 90 de 2014, descrito na Tabela 13.
c) INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO ASSOCIADA À SONDA VESICAL DE
DEMORA (ITU)
A infecção do trato urinário – ITU é uma das IRAS mais prevalentes, porém de
grande potencial preventivo, visto que a maioria está relacionada à cateterização vesical.
No Distrito Federal, observa-se uma diminuição da desidade de incidência de
ITU no ano de 2015 de 6,25% quando comparada a 2014:
1,4
0,0 0,5
2,9
0,4
3,4
1,8
9,0
2,12,2
8,7
0,4 0,0
2,33,6
5,5
3,32,3
3,1
1,4
7,0
5,3
1,9
4,6
0,7
4,6
2,00,0
1,5
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Gráfico 16 - Densidade de Incidência de ITU em UTI Adulto do DF em 2015
DI/ITU DI/ITU - DF (3)
3,2 3
2014 2015
Gráfico 15 - Densidade de incidência anual de ITU em UTI adulto no DF
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016; Banco de dados GRSS.
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
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Tabela 13. Percentis da distribuição da densidade de incidência de ITU relacionada à sonda vesical de demora no DF (2014-2015).
Pode-se observar que não houve alteração significativa da densidade de
incidência anual e da distribuição dos percentis de ITU relacionada à sonda vesical de
demora nos últimos 2 anos. Entretanto, recomendamos aos hospitais D, AA e K que
reforcem as medidas de prevenção dessas IRAS e estimulem a revisão da necessidade
de manutenção do dispositivo invasivo (SVD) nos pacientes internados em terapia
intensiva adulto.
DI ITU
Percentis Ano 10% 25% 50% 75% 90% 2014 3,2 0 1,2 2,9 4,8 5,8
2015 3,0 0,3 1,4 2,2 3,6 5,8
38,5
20,6
40,8
53,6
89,5
23,0
55,7
81,0
56,852,2
78,3
70,2
78,1
92,4
77,2
67,2
84,9
89,4
71,7
34,6
64,6
43,8
26,8
44,445,7
37,336,7
20,8
67,4
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Gráfico 17 -Taxa de utilização de SVD em UTI Adulto do DF em 2015
TU/SVD TU/SVD - DF (49,9)
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
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3. DENSIDADE DE INCIDÊNCIA DE IRAS EM UTI PEDIÁTRICA No ano de 2015, as notificações de IRAS em UTI pediátrica foram
contabilizadas conforme a tabela 14 abaixo:
Tabela 14. Numeradores e denominadores para cálculo das taxas de IRAS em UTI pediátrica no DF (2015).
DF Número de infecções notificadas Número de pacientes com dispositivos-dia
Ano IPCSL IPCSC PAV ITU Pacientes-dia CVC-dia VM-dia SVD-dia
2015 30 16 38 09 27.525 13.638 14.823 4.766
a) INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA (IPCS)
Os Gráficos 18e 19 ilustram a redução da densidade de incidência de IPCS ao
longo dos anos no DF e no Brasil. As taxas de 2015 foram as menores dos últimos cinco
anos, e quando comparadas a 2014 apresentaram uma redução expressiva de 44% nas
IPCSL e de 43% nas IPCSC.
5 5 5,2
2,61,9 1,7 1,8 2,1
1,2
2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 19 - Densidade de incidência anual de IPCSC em UTI pediátrica no Brasil e no DF
Brasil
DF
Linear (DF)
8,98
7,25,8
6,95,2
3,9 3,92,2
2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 18 - Densidade de incidência anual de IPCSL em UTI pediátrica no Brasil e no DF
Brasil
DF
Linear (DF)
Fonte: Boletim Informativo: Segurança do Paciente e qualidade em serviços de saúde, ANVISA 2011-2014; Banco de dados GERIS.
Fonte: Boletim Informativo: Segurança do Paciente e qualidade em serviços de saúde, ANVISA 2011-2014; Banco de dados GERIS.
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Tabela 15. Percentis da distribuição das densidades de incidência de infecção primária de corrente sanguínea em pacientes em uso de cateter venoso central internados em UTIs pediátricas do DF, 2015.
Tipo de Infecção Densidade de
Incidência Percentis
10% 25% 50% 75% 90%
IPCS Laboratorial 2,2 0 0,4 1,3 2,7 3,0
IPCS Clínica 1,2 0 0 0 1,4 2,5
A meta de redução de infecção primária de corrente sanguínea, proposta no
Programa Nacional de Prevenção e Controle de IRAS da ANVISA (2013 a 2015), foi
alcançada pelos os hospitais do DF, considerado como valor de referência o percentil 90
dos dados notificados em 2012, que foi de 10,3 para IPCSL e 6,7 para IPCSC.
2,6
0,0
1,4
2,7
0,71,2
3,0
4,2
1,3
0,0 0,0
G E B L H P R AC U W Y
Gráfico 20 - Densidade de Incidência de IPCSL em UTI Pediátrica do DF em 2015
DI/IPCSL DI/IPCSL - DF (2,2)
0,9
0,0 0,0
1,4
0,0
2,5
0,0
3,1
1,3
0,0 0,0
G E B L H P R AC U W Y
Gráfico 21 - Densidade de Incidência de IPCSC em UTI Pediátrica do DF em 2015
DI/IPCSC DI/IPCSC - DF (1,2)
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
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b) PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAV)
Em 2015, o DF apresentou uma redução da densidade de incidência de PAV de
7,1% em relação ao ano anterior, em UTI Pediátrica, conforme o gráfico 23.
49,0 54,0
80,5
62,0 65,2
10,8
60,1
90,1
50,5
30,4 37,4
G E B L H P R AC U W Y
Gráfico 22 - Taxa de utilização de CVC em UTI Pediátrica do DF em 2015TU/CVC TU/CVC - DF (49,5)
2,5
0,0
3,1 2,8
0,01,4 2,0
8,0
5,4
0,0 0,0
G E B L H P R AC U W Y
Gráfico 24 - Densidade de Incidência de PAV em UTI Pediátrica do DF em 2015
DI/PAV DI/PAV - DF (2,6)
2,8 2,6
2014 2015
Gráfico 23 - Densidade de incidência anual de PAV em UTI pediátrica no DF
PAV
Linear (PAV)
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016; Banco de dados GRSS.
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c) INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO ASSOCIADA À SONDA VESICAL DE
DEMORA (ITU)
Em 2015, o DF apresentou redução de 5% na densidade de incidência de ITU
quando comparado a 2014, conforme o gráfico 26.
17,1 16,2
60,570,0
18,9
88,2
60,342,8
36,7
9,018,3
G E B L H P R AC U W Y
Gráfico 25 - Taxa de utilização de VM em UTI Pediátrica do DF em 2015
TU/VM TU/VM - DF (53,9)
13,0
0,0 0,02,6
0,04,3 5,3
0,8 0,0 0,0
28,6
G E B L H P R AC U W Y
Gráfico 27 - Densidade de Incidência de ITU em UTI Pediátrica do DF em 2015
DI/ITU DI/ITU - DF (1,9)
2 1,9
2014 2015
Gráfico 26 - Densidade de incidência anual de ITU em UTI pediátrica no DF
ITU
Linear (ITU)
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016; Banco de dados GRSS.
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Os hospitais representados pelas letras Y e G apresentaram densidade de
incidência elevada de ITU, conforme o gráfico 27. Ao mesmo tempo, suas taxas de
utilização de sonda vesical de demora foram relativamente baixas, o que pode ser
observado no gráfico 28.
3,3
16,9
49,3
21,4
5,1 3,1
34,038,6
13,3
1,54,7
G E B L H P R AC U W Y
Gráfico 28 - Taxa de utilização de SVD em UTI Pediátrica do DF em 2015
TU/SVD TU/SVD - DF (17,3)
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016.
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4. DENSIDADE DE INCIDÊNCIA DE IRAS EM UTI NEONATAL Em neonatologia, as IRAS são analisadas conforme faixa de peso ao nascer. No
ano de 2015, as notificações de IRAS em UTI neonatal foram contabilizadas conforme a
tabela 16 abaixo:
Tabela 16. Numeradores e denominadores para cálculo das taxas de IRAS em UTI neonatal no DF (2015).
Faixa de peso
ao nascer
Número de infecções notificadas Número de pacientes com dispositivos-dia
IPCSL IPCSC PAV Pacientes-dia CVC-dia VM-dia
<750g 34 13 5 3.872 2.776 2.333
750g a 999g 64 44 18 8.199 5.051 3.077
1000g a 1499g 78 39 08 16.300 8.518 2.936
1500g a 2499g 82 50 07 16.636 9.297 2.586
>2500g 54 53 13 17.798 8.343 3.323
a) INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA (IPCS)
De forma geral, observa-se redução da densidade de incidência de IPCSL no DF
nos últimos 3 anos. A taxa tende a ser mais elevada nas menores faixas de peso ao
nascer.
15,816,3 16,6
14,312,2
17,5
12,610,0 11,1
13,0
18,4 19,3
13,9 13,7
9,5
1513 12,9
8,4 8,8
12,2 12,7
9,2 8,86,5
<750g 750-999g 1000-1499g 1500-2499g >2500g
Gráfico 29 - Densidade de incidência anual de IPCSL em UTI neonatal no DF, por faixa de peso ao nascer
2011 2012 2013 2014 2015
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016; Banco de dados GRSS.
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A tabela 17 apresenta a redução na densidade de incidência de IPCSL na maioria
das faixas de peso ao nascer, com exceção da faixa de 1500-2499g, quando comparado
ao ano de 2014.
Tabela 17. Redução/Aumento da densidade de incidência de IPCS Laboratorial em 2015, quando comparado a 2014 (UTI neonatal do DF).
Redução/Aumento da densidade de incidência de IPCS Laboratorial em 2015, quando
comparado a 2014.
Faixa de peso <750g 750g a 999g 1000g a 1499g 1500g a 2499g >2500g
Redução ↓18,7% ↓2,3% ↓28,7% - ↓26,1%
Aumento - - - ↑4,6% -
Conforme a tabela18 abaixo e considerando o PNPCIRAS 2013-2015
(ANVISA), os hospitais representados pelas letras M, AB e AD apresentaram densidade
de incidência de IPCSL acima do percentil 90 de 2012, em algumas faixas de peso ao
nascer, indicando que ainda não alcançaram a meta de redução proposta no Plano.
Tabela 18. Densidades de incidência de infecção primária de corrente sanguínea laboratorial em pacientes com cateter venoso central internados em UTI neonatal dos hospitais do DF em 2015, por faixa de peso ao nascer.
Densidade de Incidência deIPCS Laboratorial, 2015
Hospital <750g 750g a 999g 1000g a 1499g 1500g a 2499g >2500g
L 13,2 8,3 10,8 9,7 11,4
M 30,3 20,0 12,1 19,1 12,7
Q 14,2 10,9 9,3 0 0
P 3,9 15,2 6,0 2,2 4,7
R 16,8 12,6 12,1 7,7 7,0
AB 0 26,0 4,8 13,9 0
G 0 7,5 3,5 1,9 0
U 0 0 0 1,5 0
V 8,7 0 0 4,3 4,6
W 4,2 0 8,8 3,6 3,7
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X 10 0 8,3 12,3 5,5
Y 0 0 7,4 2,8 3,0
AD 9,4 29,9 15,4 12,4 5,4
Percentil 90
DF, 2012 25,4 16,8 18,4 17,0 22,0
Os hospitais podem identificar a faixa de percentil em que se encontram
atualmente, em relação à IPCSL, conforme a tabela 19 a seguir:
Tabela 19. Percentis da distribuição das densidades de incidência de infecção primária de corrente sanguínea laboratorial em pacientes em uso de cateter venoso central internados em UTI neonatal do DF, 2015.
IPCS Laboratorial Densidade de
Incidência Percentis
10% 25% 50% 75% 90%
<750g 12,2 0 0 8,7 13,2 16,3
750g a 999g 12,7 0 0 8,3 15,2 24,8
1000g a 1499g 9,2 0 0 3,5 5,4 10,5
1500g a 2499g 8,8 1,6 2,2 4,3 12,3 13,6
>2500g 6,5 0 0 4,6 5,5 10,5
5,37,7
3,15,5
3,84,7
8,7
4,6 5,4 6,4
<750g 750-999g 1000-1499g 1500-2499g >2500g
Gráfico 30 - Densidade de incidência anual de IPCSC em UTI neonatal no DF, por faixa de peso ao nascer
2014 2015
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016; Banco de dados GRSS.
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016; Banco de dados GRSS.
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A tabela 20 apresenta as porcentagens de redução e aumento na densidade de
incidência de IPCSC em 2015, quando comparado ao ano de 2014.
Tabela 20. Redução/Aumento da densidade de incidência de IPCS Clínica em 2015, quando comparado a 2014 (UTI neonatal do DF).
Redução/Aumento da densidade de incidência de IPCS Clínica em 2015, quando comparado
a 2014.
Faixa de peso <750g 750g a 999g 1000g a 1499g 1500g a 2499g >2500g
Redução ↓11,3% - - ↓1,8% -
Aumento - ↑11,5% ↑33% - ↑41%
Tabela 21. Densidades de incidência de infecção primária de corrente sanguínea clínica em pacientes com cateter venoso central internados em UTI neonatal dos hospitais do DF em 2015, por faixa de peso ao nascer.
Densidade de Incidência de IPCS Clínica, 2015
Hospital <750g 750g a 999g 1000g a 1499g 1500g a 2499g >2500g
L 13,2 10,6 4,9 3,2 4,3
M 10,1 18,2 11,4 17,6 11,0
Q 4,7 8,2 3,7 4,6 0
P 0 3,8 0,9 0 0
R 0 1,4 1,5 3,1 2,3
AB 0 0 0 0 0
G 0 0 0 0 0
U 0 0 4,9 0 2,4
V 0 0 3,9 0 0
W 0 0 0 0 0
X 0 41,7 4,1 3,7 7,3
Y 0 26,3 7,4 5,7 3,0
AD 0 0 2,8 4,1 1,4
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b) PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAV)
Tabela 22. Densidades de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes internados em UTI neonatal dos hospitais do DF em 2015, por faixa de peso ao nascer.
Densidade de Incidência de PAV, 2015
Hospital <750g 750g a 999g 1000g a 1499g 1500g a 2499g >2500g
L 0 1,1 0 0 0
M 0 0 0 0 0
Q 3,4 6,9 0 0 7,0
P 2,5 17,3 2,0 8,3 25,8
R 9,4 5,8 4,1 16,0 4,1
AB 0 0 25,6 0 0
G 31,3 0 0 0 0
U 0 0 0 0 4,2
V 0 0 0 0 5,3
W 0 0 0 0 0
X 0 0 11,5 4,3 24,2
Y 0 0 0 0 0
AD 0 0 0 0 0
4,76,6 5,7
4,4 3,92,1
5,8
2,7 2,7 3,9
<750g 750-999g 1000-1499g 1500-2499g >2500g
Gráfico 31- Densidade de incidência anual de PAV em UTI neonatal no DF, por faixa de peso ao nascer
2014 2015
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A densidade de incidência de PAV apresentou redução em todas as faixas de
peso ao nascer, e manteve a taxa na faixa acima de 2500g, quando comparada ao ano
anterior.
Tabela 23. Redução/Aumento da densidade de incidência de PAV em 2015, quando comparado a 2014 (UTI neonatal do DF).
Redução/Aumento da densidade de incidência de PAV em 2015, quando comparado a 2014.
Faixa de peso <750g 750g a 999g 1000g a 1499g 1500g a 2499g >2500g
Redução ↓55,3% ↓12,1% ↓47% ↓61% - Aumento - - - - -
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ADESÃO À NOTIFICAÇÃO REGULAR NO DISTRITO FEDERAL
Constata-se um aumento significativo da adesão às notificações regulares ao
longo dos anos, por hospitais que possuem leito de UTI, alcançando 100% de adesão
dos hospitais no ano de 2015. Este indicador é uma forma de acompanhamento dos
SCIH e permite inferir que suas atividades são contínuas, considerandoa regularidade de
notificação de IRAS. Consequentemente, é utilizado como alerta quando há interrupção
da vigilância pelos serviços.
Dos 30 hospitais que possuem leito de UTI no DF, todos realizaram notificação
nos 12 meses de 2015. A meta, de acordo com o PNPCIRAS, era alcançar 80% de
adesão, o que ocorre desde 2014 no Distrito Federal. Neste cálculo, não foram
considerados os hospitais que encerraram suas atividades ao decorrer de 2015 (n=2).
Houve, portanto, um aumento de 19% no percentual de adesão à notificação
regular do ano de 2014 para 2015.
DISCUSSÃO
Os hospitais do Distrito Federal notificam todos os indicadores disponíveis no
formulário, embora asnotificações de infecção primária de corrente sanguínea em UTI e
infecção de sítio cirúrgico em cesarianas serem as únicas de caráter obrigatório em
território nacional.
53%
81%100%
2013. 2014. 2015.
Gráfico 32 - Percentual de adesão à notificação regular (12 meses) - Hospitais com leito de UTI
Anual
Meta
Fonte: Formulário de Notificação de IRAS e RM no DF, FormSus, acessado em 29/03/2016; Banco de dados GRSS.
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Foi evidenciada melhora na qualidade das informações apresentadas, quando
comparada aos anos anteriores. Os hospitais que não notificavam infecções de sítio
cirúrgico passaram a realizar notificação voluntária, e houve diminuição de notificações
de taxas zero de IRAS em alguns hospitais, que passaram a apresentar dados mais
consistentes, o que evidencia a melhora nos processos de monitoramento e diagnóstico
de IRAS.
É importante avaliar que a vigilância de IRAS pode funcionar de maneira não
uniforme entre os Serviços de Controle de Infecção Hospitalar, os quais apresentam
diferenças em níveis de estruturação e funcionamento no DF. Embora existam os
critérios diagnósticos de IRAS padronizados pela ANVISA, deve-se considerar a
possibilidade de falta de homogeneidade nos processos de monitoramento das infecções
e de metodologias de vigilância. Outro fator de influência no resultado dos indicadores é
a aplicação efetiva desses critérios, o que depende de aperfeiçoamento e capacitação dos
profissionais.
A identificação correta de casos de infecção pós-cirúrgica é potencializada
quando há sistemas de vigilância ativa de pacientes que foram submetidos aos
procedimentos. Importante salientar que a realização de vigilância pós-alta interfere de
forma significativa nas taxas de infecção de sítio cirúrgico, que podem atingir valores
mais elevados em hospitais que efetivamente realizam o método. A respeito da
vigilância pós-alta, a maioria dos hospitais notificantes do DF afirma realizar busca por
ligação telefônica em pacientes que realizaram cirurgias limpas. Ainda assim, percebe-
se que pode haver subnotificação acentuada em alguns serviços, o que torna os dados de
algumas especialidades cirúrgicas pouco representativos.
Dos 20 hospitais que realizam e notificam cirurgias cesarianas, 03 afirmaram em
algum período do ano que não realizam vigilância pós-alta.
Foi observado que alguns hospitais ainda apresentaram taxa zero de algumas
IRAS, o que pode indicar subnotificação de casos ou falhas nos métodos de vigilância,
tanto em unidades de terapia intensiva quanto em procedimentos cirúrgicos limpos com
prótese.
A respeito das taxas de utilização dos dispositivos invasivos, essas representam
características intrínsecas da unidade hospitalar. Taxas de utilização de dispositivos
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elevadas indicam UTI com pacientes de maior gravidade e risco e, conseqüentemente,
taxas de infecção possivelmente mais altas. Neste sentido, podem indicar a necessidade
da revisão diária da utilização desses dispositivos.
As taxas de infecção em UTI podem variar de acordo com a especialidade de
referência, de forma que taxas obtidas em UTI cirúrgica são diferentes daquelas obtidas
em UTI neurocirúrgica, cardiológica, trauma, e assim por diante. De modo ideal, as
taxas de cada hospital devem ser avaliadas de acordo com os riscos da clientela e
especialidade, o que torna complexa a comparação entre os serviços de saúde.
As falhas no suporte laboratorial, considerando principalmente hospitais da rede
pública, influenciam diretamente no diagnóstico das IRAS e resultam em subnotificação
de casos. Ressalta-se que alguns períodos do ano de 2015 foram marcados por ausência
de insumos para coleta e realização de culturas microbiológicas na rede da Secretaria de
Estado de Saúde do DF, situação que, além de prejudicar o diagnóstico, prejudica o
tratamento das IRAS e contribui para o aumento da resistência microbiana nos serviços
de saúde.
Portanto, a análise dos resultados apresentados neste Relatório deve considerar
algumas limitações, tais como: ausência de vigilância pós-alta, aplicação inadequada de
critérios diagnósticos, falhas nos métodos de vigilância de IRAS, subnotificação de
casos, erros de notificação no formulário, diferença entre especialidades e clientela
atendida nas unidades de terapia intensiva, entre outros fatores. O sistema de notificação
atual apresenta limitações, o que também influencia na triagem e análise dos dados
enviados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No Distrito Federal houve redução das taxas de infecção em 23 dos 28
indicadores listados nesse Relatório, reflexo da dedicação dos profissionais na
prevenção de IRAS.
Considerado como indicador prioritário, os resultados apontam para uma
diminuição da densidade de incidência de IPCS ao longo dos anos, assim como uma
melhora significativa na adesão dos hospitais à notificação mensal.
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Os resultados de infecção de sítio cirúrgico apresentados ainda são pouco
representativos, mas indicam um monitoramento mínimo e fundamental para
comparações futuras a respeito da evolução da vigilância dessas IRAS.
Para evolução do processo de monitoramento das IRAS no DF, é necessário que
os hospitais mantenham a adesão regular às notificações e preencham corretamente
formulário eletrônico,de forma a melhorar a qualidade das informações. O
desenvolvimento da capacidade técnica dos profissionais que atuam no SCIH é
imprescindível para captação efetiva de casos, o que também está relacionado com a
adequação de recursos humanos desses serviços, conforme legislação vigente e
considerando as particularidades de clientelas atendidas.
A Gerência de Risco em Serviços de Saúde, em suas reuniões mensais com os
representantes dos SCIH, aborda os temas referentes à vigilância das IRAS e realiza
visitas anuais aos serviços para avaliação in loco do Programa de Controle de Infecção
Hospitalar. O objetivo desta Gerência é monitorar as ações de prevenção e controle de
IRAS nos hospitais e incentivar medidas de redução desses agravos, bem como
assessorar nas atividades cotidianas dos serviços.
Como encaminhamentos decorrentes das análises apresentadas neste Relatório,
recomendamos:
IRAS Recomendação Hospitais Prioritários
1. Infecção
de sítio
cirúrgico
a) Implantação e manutenção da busca ativa de casos de
infecção de sítio cirúrgico em pacientes submetidas a
cirurgias cesarianas;
Todos os hospitais que
realizam parto cesariano.
b) Revisão dos critérios diagnósticos de infecção de sítio
cirúrgico proposto pela Anvisa, pelas equipes que realizam
a vigilância de IRAS em cirurgias.
Todos os hospitais que
realizam cirurgias.
2. IRAS em
UTI
adulto
a) Plano de ação para redução da densidade de incidência de
IPCS Laboratorial em hospitais cuja DI anual está acima do
percentil 90 do DF (2012).
� Sugestões: educação continuada in loco para os
profissionais da assistência; implementação de bundle
de prevenção de IPCS: intensificação de cuidados na
Hospitais “L, Y”
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inserção e manutenção do cateter venoso central,
estímulo à revisão diária da necessidade do cateter
venoso central.
b) Plano de ação para redução da densidade de incidência de
PAV em hospitais cuja DI anual está acima do percentil 90
do DF (2014).
� Sugestões: educação continuada in loco para os
profissionais da assistência; implementação de bundle
de prevenção de PAV.
Hospitais “C, S, X, Y e
AG”
c) Recomenda-se o alerta para as medidas de prevenção de
infecção do trato urinário relacionada à sonda vesical de
demora; estimular a revisão da necessidade diária de
manutenção do dispositivo invasivo (SVD) nos pacientes
internados em terapia intensiva adulto.
Sugestões: educação continuada in loco para os
profissionais da assistência; implementação de bundle de
prevenção de ITU.
Hospitais “D, AA e K”
3. IRAS em
UTI
Neonatal
a) Revisar em equipe a aplicação dos critérios diagnósticos de
IRAS em neonatologia, de acordo com a padronização da
ANVISA, com ênfase em infecção primária de corrente
sanguínea e pneumonia associada à ventilação mecânica.
Todos os hospitais que
possuem UTI neonatal.
b) Plano de ação para redução da densidade de incidência de
IPCS Laboratorial em hospitais cuja DI anual está acima do
percentil 90 do DF, conforme faixa de peso ao nascer
(2012).
� Sugestões: educação continuada in loco para os
profissionais da assistência; implementação de bundle
de prevenção de IPCS: intensificação de cuidados na
inserção e manutenção do cateter venoso central/PICC,
estímulo à revisão diária da necessidade do cateter
venoso central/PICC.
Hospitais “M, AD”
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REFERÊNCIAS
ANVISA. Boletim Informativo: Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de
Saúde nº 11, Ano VI. Avaliação dos indicadores nacionais de infecção relacionada à
assistência ano de 2014 e relatório de progresso. Brasília, 2015.
ANVISA. Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à
Assistência à Saúde (2013 – 2015). Brasília, 2013.
ANVISA. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Critérios
Diagnósticos de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, 2013.
ANVISA. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Medidas de
Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde, 2013.
Relatório dos indicadores de infecções relacionadas àassistência à saúde nos hospitais
do Distrito Federal - ano de 2014. Gerência de Risco em Serviços de
Saúde/DIVISA/SVS/SES-DF. Brasília, 2015.