república federativa do brasil...
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República Federativa do Brasil
DIÁRIOlWllliJfíNACIOs~o~ANO XXXVIII - NY 109 CAPITAL FEDERAL SÁBADO, 10 DE SETEMBRO DE 1983
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Flávio MarcílioPaulino Cícero de Vasconcellos
I - ÀS 9:30 HORAS COMPARECEM OS SE
NHORES:
Aere
Maranhão
Bayma Júnior - PDS; Cid Carvalho - PMDB; Edison Lobão - PDS; Enoc Vieira - PDS; Epitácio Cafeteira - PMDB; Eurico Ribeiro - PDS; Jayme Santana- PDS; João Alberto de Souza - PDS; João RebeloPDS; José Burrletl - PDS; José Ribamar MachadoPDS; Magno Bacelar - PDS; Nagib Haickel - PDS;Sarney Filho - PDS; Vieira da Silva - PDS; VictorTrovão - PDS; Wagner Lago - PMDB.
Rio Grande do Norte
Assis Canuto - PDS; Francisco Erse - PDS; Francisco Sales - PDS; Leônidas Rachid - PDS; MúcioAthaíde - PMDB; Olavo Pires - PMDB; Orestes Muniz - PMDB; Rita Furtado - PDS.
Pará
Ademir Andrade - PMDB; Antônio Amaral- PDS;Brabo de Carvalho - PMDB; Carlos Viaagre PMDB; Coutinho Jorge - PMDB; Dionísio Hage _PMDB; Domingos Juvenil - PMDB; Gerson Peres PDS; Jorge Arbage - PDS; Lúcia Viveiros - PDS; Manoel Ribeiro - PDS; Osvaldo Melo - PDS; RonaldoCampos - PMDB; Sebastião Curió - PDS; VicenteQueiroz - PMDB.
Amazonas
Piauí
Ceará
Celso Barros - PDS; Ciro Nogueira - PMDB; Heráclito Fortes - PMDB; Jonathas Nunes - PDS; JosêLuiz Maia - PDS; Ludgero Raulino - PDS; MiltonBrandào - PDS; Tapety Júnior - PDS; Wall FerrazPMDB.
Artur Virgílio Neto - PMDB; Carlos Alberto de Carli - PMDB; José Fernandes - PDS; José Lins de Albuquerque - PDS; J osué de Souza - PUS; Mário Frota- PMDB; Randolfo Bitlencourt - PMDB.
Rondônia
Aécio de Borba - PDS; Alfredo Marques - PMDB;Carlos Virgílio - PDS; Cláudio Philomeno _ PDS;Evandro Ayres de Moura - PDS; Furtado Leite PDS; Gomes da Silva - PDS; Haroldo Sanford - PDS;Iranildo Pereira - PMDB; Leorne Belém - PDS; LúcioAlcântara - PDS; Manoel Gonçalves - PDS; MarceloLinhares - PDS; Mauro Sampaio - PDS; Moysés Pimentel- PMDB; Orlando Bezerra - PDS; Ossian Araripe - PDS; Paes de Andrade - PMDB; Paulo Lustosa- PDS; Sérgio Philomeno - PDS.
Agenor Maria - PMDB; Antônio Câmara PMDB; Antônio Floréncio - PDS; Henrique Eduardo
V - Grande Expediente
3 - MESA (Relação dosmembros)
FRANCISCO SALES - Autonomia municipal.
5 - COMISSOES (Relação dosmembros das Comissões Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)
AMAURY MüLLER - Situação política do Chile.
VI - Encerramento
4 - L1DERES E VIêEUDERES DE PARTIDOS (Relação dos membros)
OSCAR ALVES - Questão salarial.
Discurso do Sr. Deputado Miltoa Brandão, proferido na sessãovespertina de 6-9-83.
Discurso do Sr. DeputadoArthur Virgílio Neto, proferido nasessão vespertina de 8-9-83.
2 - ATA DAS COMISSOES
Walber GuimaràesFernando LyraAry KffuriFrancisco StudartAmaury MüllerOsmar LeitãoCarneiro ArnaudJosé EudesAntônio Morais
Alércio Dias - PDS; Aluízio Bezerra - PMDB;Amilcar de Queiroz - PDS; Geraldo Fleming PMDB; José Mello - PMDB; Nasser Almeida - PDS;Ruy Lino - PMDB; Wildy Vianna - PDS.
VALMOR GTAVARINA - Sucessão presidencial.
RENATO CORDEIROAtuação da VARIG.
SUMÁRIO
ORESTES MUNIZ - Renegociação da dívida externa brasileira.
CARNEIRO ARNAUD - Crise econômica.
SIQUEIRA CAMPOS - Inclusão dos municípios do norte deGoiás nas frentes de emergência.
MÁRIO FROTA - Políticaeconômica do Governo federal.
MILTON BRANDÃO - Retirado pelo orador para revisão. Necessidade de construção de açudesno Estado do Piauí.
MOYSÉS PIMENTEL - Criseno abastecimento do óleo comestível.
JOÃO HERCULINO - Saquesa supermercados na cidade do Riode Janeiro.
1- ATA DA 109. SESSÃO DAI' SESSÃO LEGISLATIVA DA47' LEGISLATURA, EM 9 DESETEMBRO DE 1983.
TI - Leitura e assinatura da atada sessão anterior
111 - Leitura do Expediente
JONAS PINHEIRO - Dia doVeterinário.
I - Abertura da Sessão
IV - Pequeno Expediente
DILSON FANCHIN - Recursos do Governo federal para municípios do Estado do Paraná.
LÚCIO ANCÂNTARA - Privatização da EMBRAFILME.
RENATO BUENO - Modeloassistencial médico-hospitalar.
WALL FERRAZ - Necessidade de aumento da cota de alimentos destinada ao 5' Distrito Regional d~ Saúde, Campo Maior, Estado do Piauí.
ATA DA 10911 SESSÃOEM 9 DE SETEMBRO DE
1983
Presidência dos Srs.:Walber Guimaràes, 29- Vice-Presidente;
Fernando Lyra, ]9-Secretário; eCarneiro Arnaud, Suplente de Secretário.
I.l8W Sábado 10
/Uves - prvhD.B~ .Jc.(;sé Frt:ire - PDS; JoJ.o Faw;;tino PDS; Vingt Rosado - PDS; \Vand~r1ey IVluriz - PDS.
Adauto Pereira - pDS; Aluizio C<.UJlp05 - PMDR;idvaro Gaudêncio - PDS; Antônio Gomes - PD:S:Edme Tavares - lPDS; Ernani Satyro - PDS: Joadl Pereira - PDS; João Agripino - PMDI3; José Iviaranhão- PNKDB; Raimundo Àsfora - PIV[DE; Tarcúdo j'8nriti- PUS.
Pelfmlmbuco
Arn8.ldo lVl3.ciel - PMDR: Carlos Wilson - PMDR;Cristina Tavares - PIVIDB; Egídio Ferreira Um:J. F'MDB~ Geraldo lVh:lü - PDS; Gonzasa Vat:;co!1cdor.
PDS; Inocéncio Oliveira - PDS: Jarbas VasconcellosPMDB; João Carlos de Carli - PDS; José Carlos Vasconcelos - PMDB: José Jorge - rDS; Jost: '("fIendom;aBezerra - PDS; José Moura - PDS; Josia, Leite PDS; Man:;ueto de Lavor - PMDB; MigUel Arme,
PMDB; Nibon Gibson - PDS; Oswaldo Coelho PDS; Oswaldo Lima Filho - PMDB; Pedro Corrêa PDS; Ricardo Fiuza - PDS; Roberto Freire - PMDB;Sérgio Murilo - PMDB; Thales Ramalho - PDS.
Alagoas
Albérico Cordeiro - PDS; Djalma Falcão - PMDB;Fernando Collor - PDS; Geraldo Bulhões - PDS; JoséThomaz Nonõ - PDS; Manoel Affonso - PMDB; Nelson Costa - PDS; Renan Calheiros - PMDB.
Sergipe
Adroaldo Campo, - PDS; Augusto Franco - PDS;Celso Carvalho - PDS; Franci:;co Rollemberg - PDS;Gilton Garcia - PDS; Hélio Dantas - PDS; José Carlos Teixeira - PMDB; Walter Baptista - PMDB.
Bahia
Afrísio Vieira Lima - PDS; Angelo Magalhães PDS; Antônio Osôrio - PDS; Carlos Sant'Anna PMDB; Djalma Bessa - PDS; Domingos Leonelli PMDB; Elquisson Soares - PMDB; Eraldo Tinoco PDS; Etc1vir Dantas - PDS; Felix Mendonça - PDS;Fernando Gomes - PMDB; Fernando Magalhães PDS; Fernando Santana - PMDB: França Teixeira PDS; Francisco Benjamim - PDS; Francisco Pinto PMDB; Gorgônio Neto - PDS; Haroldo Lima PMDB; Hélio Correia - PDS; Horácio Matos - PDS:Jairo Azi - PDS; João Alves - PDS; Jorge MedauarPMDB; Jorge Vianna - PMDB; José Lourenço PDS; José Penedo - PDS: Jutahy Júnior - PDS; LeurLomanto - PDS; Manoel Novaes - PDS; MarceloCordeiro - PMDB; Ney Ferreira - PDS; Prisco Viana- PDS; Raymundo Urbano - PMDB; Raul FerrazPMDB; Rômulo Galvão - PDS; Ruy Bacelar - PDS;Virgildásio de Senna - PMDB; Wilson Falcão - PDS.
Espírito Santo
Hélio Manhães - PMDB; José Carlos Fonseca PDS; Luiz Baptista - PMDB; Max Mauro - PMDB;Mirthes Bevilacqua - PMDB; Nelson Aguiar PMDB; Pedro Ceolim - PDS; Theodorico Ferraço
PDS.
Rio de Janeiro
Abdias da Nascimento - PDT; Agnaldo Timôteo PDT; Alair Ferreira - PDS; Aloysio Teixeira PMDB; Amaral Netto - PDS; Arildo Teles - PDT;Arolde de Oliveira - PDS; Bocayúva Cunha - PDT;Brandão Monteiro - PDT; Carlos Peçanha - PMDB;
mA.IUO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)
Celc:;o JPi;;q:mha - IPrB; (:]l':'mir Hamo:~ - J)lDT; DarciJio
Ayre:1:> - PDS: Dnso Coirnbra - prv:i"DB: Délio dos San~
tos - PDT~ Denü;;ar Axndro - PlvIDB: Eduardo G~lm
- PDS: Fernando Carvalho - 1PTB; HamHton ~'<avier
- PD:J: JJac~~1Je§ D'OrneIlus - POT: JG de Araújo Jlor-ge - PDl[': Jorge Cnry - PTB: Jorge Leite - PfdDB:José C'olagrüssi - PDT; J(i:;ó Frejat - PDT: LázaroCarvaHvJ - PDS; Lêo Simões - PDS: L~ônid3.s Sarn·paio - PMDR; Marcelo Medeiros - PMDB; MârcioBraga - PMDB:; Márcio Macedo - PMDB; Milrio Jurum - rDl"; Roberto .Ieffcrwn - IPTi3; Rubem Medina - PIJS: Sammago Pinheiro - PDS; Scoastiiío Ataíde - PDT: SEbastiào ri':;ry - PDT: Sérgio Lomba IPIJT; Simão Se,sim - PDS; Wattcr Casanova - PDT;Wilmar Palis - PDS.
Aécio Cunha - PDS: A.lltônio Dias - PDS; Blonifúcio de Andrada - PDS; Carlos Eloy - PDS; Carlo"MO$coni - PMD13; Cá"io Gonçalves - PM DB; Castejon Branco - PDS; Christóvam Chiaradia - PDS:Emílio Gallo - PDS; Gerardo Renault - PDS: Homero Santos - PDS; Humberto Souto - PDS; Israel Pinheiro - PDS; Jairo Magalhiíes - PDS; João Herculino - PMDB: Jorge Carone- PMDB; Jorge VargasPMDB; José Aparecido - PMDB; José Carlos Fagundcs - PDS; José Machado - PDS; José Maria Magalhães - PMDB: .losé Mendonça de Morais - PMDB;José Ulisses - PMDB; Juarez Batista- PMDB; Júnia
Marisc - PMDB; Leopoldo Bessone - PlvIDB; LuísDulci - PT: Luiz Baccarini - PMDB; Luil GuedesPMDB; Luiz Leal - PMDB; Magalhães Pinto - PDS;Manoel Costa Júnior - PMDB; Marcos Lima PMDB; Mário Hassad - PDS; Mário de Oliveira PMDB; Maurício Campos - I'DS; Melo Freire PMDB; Milton Reis - PMDB; Navarro Vieira FilhoPDS; Nylton Venoso - PDS; Oscar Corréa - PDS; Osvaldo Murta - PMDB; Ozanan Coelho - PDS; Pimenta da Veiga - PMDB; Raul Belém - PMDB; Raul Bernardo - PDS; Ronaldo Canedo - PDS; Rondon Pacheco - PDS; Rosemburgo Romano - PMDB; SérgioFerrara - PMDB; Wilson Vaz - PMDB.
Sào Paulo
Airton Sandoval - PMDB; Airton Soares - PT; Alberto Goldman - PMDB; Alcides Franciscato - PDS;Armando Pinheiro - PDS; Aurélio Peres - PMDB;Bete Mendes - PT; Cardoso Alves - PMDB; CunhaBueno - PDS; Darcy Passos - PMDB; Del BoscoAmaral- PMDB; Djalma Bom - PT; Diogo Nomura- PDS; Doreto CampanarI - PMDB; Eduardo Matarazzo Suplicy - PT; Estevam Galvão - PDS; Farabulini Júnior - PTB; Felipe Cheidde - PMDB; FerreiraMartins - PDS; Flávio Bierrenbach - PMDB; Franci$co Amaml- PMDB; Francisco Dias - PMDB; FreitasNobre - PMDB; Gasthone Righi - PTB; Giôia Júnior- PDS; Herbert Levy - PDS; Irma Passoni - PT; Israel Dias-Novaes - PMDB; Ivete Vargas - PTB; JoãoBastos - PMDB; João Cunha - PMDB; João Herrmann - PMDB; José Camargo - PDS; José Genoino- PT; Maluly Neto - PDS; Marcelo Gato - PMDB;Márcio Santilli - PMDB; Marcondes PereiraPMDB; Mário Hato - PMDB; Mendes Botelho PTB; Mendonça Falcão - PTB; Moacir Franco PTB; Natal GaIe - PDS; Nelson do Carmo - PTB; Octacílio de Almeida - PMDB; Paulo Maluf - PDS; Pau
lo Zarzur - PMDB; Raimundo Leite - PMDB; RalphBiasi - PMDB; Ricardo Ribeiro - PTB; RobertoRollemberg - PMDB; Ruy Cádo - PMDB; SalvadorJulianelIi - PDS; Samir Aehôa - PMDB; TheodoroMendes - PMDB; Tidei de Lima - PMDB; UlyssesGuimarães - PMDBo
Setembro de; 1933
Aldo Arantes - PIVIDB~ Brasiiiü Caiado - PDS~
!Fernando Cunha - prvrDB; Gcn0::iio de Barro& Ph-1DB: Hh~:em de Castro - PD;~; Tram S'J.raiva PGilDB: [rapuan emita Júnior - lPl\:TDB: lturiv;Jl Nnscimenta - PIvIDB: Jaime Câmara - PDS: Juarez Bernurdes - PMDD; Paulo D.)rges - PMDD:, Siqueira Campos - PDS; Tobias Alves - PMD!l; Wolney Siqueira- PDS; Oo",io Ludovico - PlVIDR
Bento Porto - PDS: Cristino Cortes - PDS; Dantede Oliveira - PMDR; Gi\:;on de Barros - PMOR; Jonas Pinheiro - PDS~ i,,'laçao Taduno - PUS: TvlúrcíoLacerda - PwiDB; ~Iilton Figueiredo - PMDB.
Hé,rry i\rnorim - PIV1DB~ Levy Dias - PDS: Pliniol'vlartlns - rivlDB; Ruben Figueiró - lPiv'lDB: SU'Jl0
Queiroz - PDS; Sérgio Cruz - PMDB; Ubaldo Barém- PDSo
Paraná
Alceni Guerra - PDS; Alencar Furtado - PMDB;Amadeu Geara - PMDB; Anselmo Peraro - PMDB;António Mazurek - PDS; Antônio Ueno - PDS; Aroldo Moletta - PMDB; Borges da Silveira - pMDB;Celso Sahóia - PMDB; Dilson Fanchin - PMDB; Fabiano Braga Cortes - PDS; Hélio Duque - PMDB;\talo Conti - PDS; Jos" Carlos Martinez - PDS; JoséTavares - PMDB; Luiz Antônio Fayet - PDS; MatosLeào - PMDB; Norton Macedo - PDS; Olivir Gabardo - PMDB; Oscar Alve$ - PDS; Otávio Cesário PDS; Panlo Marques - PMDB; Peàro Sampaio PMDB; Rcinhold Stephanes - PDS; Renato Bernardi- PMDB; Renato Bueno - PMDB; Renato Johnson- PDS; Santinho Furtado - PMDB; Santos Filho -PDS; Sebastiào Rodrigues Júnior - PMDB; ValmorGiavarina - P!VlDB;
Santa Catarina
Adhemar Ghisi - PDS; Cncildo M aldaner - PMDB;Dirceu Carneiro - PMDB; Evaldo Amaral - PDS;Fernando Bastos - PDS: Ivo Vanderlinde - PMDB;João Paganella - PDS; Luiz Henrique - PMDB; Nelson Morro - PDS; Nelson Wedekin - PMDB; OdilonSalmoria - PMDB; Paulo Melro - PDS; Pedro Colin_ PDS; Renata Viana - PMDB; Walmor de Luca
PMDB.
Rio Grande do Sul
Augusto Trein - PDS; Balthazar de Bem e Canto PDS; Darcy Pozza - PDS; Emídio Perondi - PDS;Floriceno Paixão - PDT; Guido Moesch - PDS; Hermes Zaneti - PMDB; Hugo Mardini - PDS: Ibsen Pinheiro - PMDB; Irajá Rodrigues - PlvIDB; Irineu Colato - PDS; João Gilberto - PMDB; Jorge UequedPMDB; José Fogaça - PMDB; Júlio Costamilan PMDB; Lélio Souza - PMDB; Matheus Schimidt PDT; Nadir Rosseti - PDT; Nelson Marchezan PDS; Nilton Alves - PDT; Oly Facchin - PDS; Osvaldo Nascimento - PDT; Paulo Mincarone - PMDB;Pedro Germano - PDS; Pratini de Morais - PDS;Rosa Flores - PlvIDB; Rubens Ardenghi - PDS; Siegfried Heuser - PMDB; Sinval Guazzelli - PMDB; Vic
tor Faccioni - PDSo
Amapá
Antônio Pontes - PDS; Clarck Platon - PDS; Geo
vani Borges - PDS; Paulo Guerra - PDS.
Setembro de 1983
Roraima
Alcides Lima - PDS; João Batista Fagundcs - PDS;Júlio Martins - PDS; Mozarildo Cavalcanti - PDS.
o SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - A listade presl!nça ac.Sa o::Comparecimento de 138 Srs. Depu-tados,á .
Está aberta -a sessão.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão
antcrior.
II - O SR. LÚCIO ALCÂNTARA, servindo como29-Secretário~ procede à leitura da ata da sessão antecedcnte, a qual é, scm observações, assinada.
O SR. PRESIDENTE (Walbcr Guimarães) - Passasc à lcitura do cxpcdientc.
O SR. FERNANDO LYRA, lO-Secretário, procede àIcitura do seguinte
III - EXPEDIENTE
O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Estáfinda a leitura do expediente.
IV - Passa-se ao Peque... Expediente.
Tcm a palavra o Sr. Jonas Pinheiro.
O SR. JONAS PINHEIRO (PDS - MT. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,aqui estamos, cinqüenta anos depois da regulamentaçãoda profissão veterinária no Brasil, para enaltecer a importância de tal mister em uma Nação grande como oBrasil, e onde a criação de animais ainda funciona comomotor de toda a economia. Cinqüenta anos depois,quando o País já tem consciência dessa importância haja vista as campanhas do Governo sobre o valor dapesquisa agropecuária e o desenvolvimento alcançado lembramos a luta desenvolvida por inúmeros profissionais, arautos do desenvolvimento e da criação unida àtecnologia. A primeira regulamentação da profissão,tempos depois considerada aquém das necessidades dacategoria, serviu, no entanto, para o reconhecimentopúhlico, com a instituição do Dia do Vetcrinário no Brasil.
E é hoje, nove de sctcmbro, que ficou marcado no calendário como a data em que devemos lembrar o valordesses profissionais e o seu papel na engrenagem do progresso. ~ o dia do reconhecimento público, ainda querealmente tenha sido a Lei n9 5.517, de 1968, sancionadapclo Governo Federal, que coroou de éxito a profissão ecriou os Conselhos de Medicina Veterinária. São cinqüenta anos de reconhecimento da profissão e quinze dasua atual regulamentação.
Talvez sinta mais a importância do Médico Veterinário toda a população ruralista deste imenso Brasil. Éna zona rural que é mais ativo o trabalho desses homens.f; importante que se destaque que, mais relevante do quefórmulas de gabinetes, mais do que programas dc desenvolvimento, mais do que outras soluções impensadas edc dificil assimilação pclo nosso homem do campo, é otrabalho consciente do médico veterinário, que colaborapara a saúde dos rebanhos, o melhoramento das raçasem termos de defesa sanitária e produção animal, alémde atuar na extensão rural, na saúde pública, como únicoprofissional autorizado por lci a inspecionar, sob o ponto de vista higiênico, sanitário e tecnológico, os alimentos de origem animal.
É O médico veterinário quem, ao longo de.%cs árduoscinqüenta anos, teve quc adquirir a confiança do nossocaboclo e de nossos empresários rurais. É ele que teve
DIÁRIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
que partir para a luta, teve que se deslocar para as zonasrurais; é ainda o jovem estudante que, anos a fio, lutapela sua formação e depois passa a se dedicar à vida ruralou aos centros de pesquisas.
Nós sabemos o quanto a zona urbana se desenvolveuao longo de.'iSes cinqüenta anos, e seus atrativos passaram a servir como chamariz para o homem do campo. Enós sabemos também o quanto o êxodo rural, incontrolado e não planejado, é prejudicial a um País como onosso, com fortes raízes agropecuárias. Agora, poucossabem a importância de tantos profissionais que renunciam a comodidades da vida urbana, para se dedicar àbatalha de crescimento da nossa produção agropecuária.São professores, agrônomos e os médicos veterinários,aqueles a quem devemos lembrar em todas as oportunidades, sempre que o momento nos for pos.Ível.
Falar da importância do médico veterinário não é difícil, c nós nos sentimos honrado em ocupar esta tribunapara proferir este pronunciamento, pois pertencemostambém a esta valorosa categoria profissional. Hoje, sãomais de vinte mil médicos veterinários que atuam nosmais diversos rincões do Brasil, do Oiapoque ao Chuí.Não contamos aqui os milbarcs de jovens também idealistas c dispostos a servir ao País, que prestam os concursos para ingressar nas escolas superiores de MedicinaVeterinária. É um campo profissional em crescimento edos mais procurados pela nossa juventude.
A confiança do homem do campo, por outro lado, nomédico veterinário cresceu com o correr dos anos, à medida que ele notava a importância de uma correta orientação técnica e, ao mesmo tempo, se conscientizava deque até procedimentos mínimos, se tecnicamente executados, podem aumentar a produção e a produtividade. Ohomem do campo, assim como o Brasil, hoje, confia naorientação técnica que os serviços de extensão rural prestam, se não como a Hsalvação da lavoura''', mas dos seusrebanhos e animais de criação.
Muitos ainda não sabem quantas moléstias são evitadas pela atuação dos serviços de inspeção médicoveterinária, aos quais são submetidos os alimentos animais.
Nem parece hoje, cinqüenta anos depois do reconhecimento oficial, que a Medicina Veterinária tenha tido umdesenvolvimento tão rápido em nosso Pais. Bastalembrarmos que a primeira escola de Medicina Veterinária foi criada ainda cm 1916, no então Distrito Federal, no Rio de Janeiro. O crescimento foi tão expressivono campo da educação, que hoje temos 27 escolas deMedicina Veterinária, mais do que O número de Estadosda Federação. Basla1 portanto, dizer que é um númerode escolas suplantado apcnas por um pais: a União Soviética. .e, uma rcalidade condizcntc com as necessidadesbrasileiras, onde é despejado a cada ano pelos centros deformação profissional um número acentuado de idealistas, que vai dedicar-se a est.a laboriosa tarefa, que não selimita a garantir o abastecimento, mas a cuidar ainda detantas outras atividadcs, entre as quais a saúde dos chamados animais de companhia, a defesa da fauna, a saúdedos animais de esporte, o ensino, a pesquisa gerando atecnologia e, por extensão, difundindo-a.
Cinqüenta anos depois - destaque-se - os veterinários continuam a colaborar para que encontremos asaída, o caminho do desenvolvimento agropecuário.Nós, certamente, repre..entantes do povo brasileiro, funcionamos como observadores, c nos cabe não apenas fazer críticas, mas também reconhecer o valor de todas aspeças que compõcm o mosaíco de um País em desenvolvimento. Descobrindo e valorizando estas peças da engrenagem que move nosso Brasil, é que resolveremos osproblemas que se apresentam à Nação. Portanto, hoje,Dia do Médico Veterinário, é esta a melhor oportunidadc para lembrar o seu papel.
Ressalte-se, finalmente, que hoje é o Dia do Veterinário, considerado como tal por ser a data em que se co-
Sábado 10 8861
memoram 50 anos da assinatura pelo Presidente GetúlioVargas e pelo Ministro da Agricultura, Juarez Távora,do Decreto-Iei n" 23.133, há. meio século, que foi a primeira regulamentaçâo da profissão de médico veterinário no BrasiL
Nas comemorações do nosso ··Jubileu de Ouro'", é importante seja ressaltado que se reunirão esta noite, noRio de Janeiro, o Conselho Federal e representantes dos20 Conselhos Regionais de Medicina Veterinária doPaís, para um ato solene, no qual ser{l criada a AcademiaBrasileira de Medicina Veterinária.
Deixo consignado, então, nos Anais desta Casa, o reconhecimento à classe médico-veterinária desta Nação, àqual me orgulho de pertencer. E é reconhecendo maisuma Vez a importância desta data, em que há cinqüentaanos foi regulamentada a nossa profissão, que encerramOS este pronunciamento.
O SR. LÚaO ALCÂNTARA (PDS - CE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, há alguns meses viemos à tribuna para denunciar asempresas multinacionais do cinema, então empenhadascm iniciativa judicial que visava a reduzir substancialmente, de 140 para 28 dias anuais, o período reservado aexibição, nas salas de projeção, de filmes nacionais. Areação da opinião pública, a posição de vigilância da imprensae a repercussão negativa do fato fizeram com queos autores da ação recuassem do seu intento. Eis queagora surge novo movimento contra a EMBRAFILME.Fala-se de sua privatização, o que obedeceria à intençãodo Governo de reduzir sua presença na economia nacional.
Já tivemos ocasião de abordar aqui o tema da estatização, assunto momentoso, capaz de despertar o interesse de quantos se preocupam com os problemas nacionais. São visíveis entre nós os excessos estatizantes, e desastrosa, sob vários ângulos, a prcscnça do Govcrno emdiversos setores do comércio e da indústria. A maior parte dessas empre..as tem sido administrada de modo perdulário. Elas são ineficientes e praticam uma política depessoal espantosamente pr6diga. É certo que há exceções. Também é verdadeiro que muitas são imprescindíveis ao nosso desenvolvimento, envolvidas que estão com setores básicos da economia nacional, criadaspara ocupar espaços essenciais, que não poderiam ser supridos por estrangeiros, por não convir à nossa soberania, ou por nacionais, por inexistir capital privado.Quando o Governo se entrega à tarefa dc privatizar muitas de suas empresas tidas como supérfluas, urgeidentificá-Ias adcquadamentc, para que não se incorraem equívoco capaz de colocar por terra trabalho penosamente desenvolvido em determinado setor, em função deinteresse nacional.
Neste OIspecto é bem ilustrativo o exemplo d1)EMBRAFILME. Dcsdc sua fundação -vem OIquela empresa impulsionando o crescimento da indústria cinematográfica nacional, contribuindo de modo definitivopara sua expansão quantitativa e qualitativa. Em regimede co-produção ou subsídio, já produziu 241 filmes delonga metragem e quase 600 dc curta metragem, bemcomo granjeou para o Brasil 128 prêmios em Festivaisinternacionais. Vivendo de suas próprias rendas, asseguradas por lei e decorrentes da atividade comercial e industrial cinematográfica, não recebe recursos diretos doTesouro, mantém-se em dia com suas obrigações c, à diferença de muitas suas irmãs, não tem dívida externa evem reduzindo seu quadro de pessoal. A receita dos filomes brasileiros no mercado interno já chega a CrS 20 bilhões (sem correção monetária), e o número de empregosdiretos propiciados pela indústria que fomenta é da ordem de 42.000, apesar de o seu orçamento para 1983 serequivalente ao custo de produção de um filme americano.
Ao que estamos informados, os entendimentos manti·dns entre a direção da EMBRAFILMEc os respom\áveis
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pelo programa de desestatização foram satisfatórios,esperando-sc daí, inclusivc, um reforço para a exportação de filmes nacionais, como medida destinada a reforçar nosso comércio com o exterior. O dinamismo denossa indústria cinematográfica incomoda aqueles queviram semprc no Brasil um grande mereado em permanente expansão. Daí ser perfeitamcnte compreensívcl asinvestidas diretas ou disfarçadas que fazem contra aEMBRAFILME e a política do Governo para o setor.Recentemente, o Sr. Harry Stone. conhecido represen~
tante das grandes cmpresas cinematográficas americanas, em entrevista prestada ao jornal "O Globo", no dia28-8-83, revelou que o Brasil caíra do 10' para o 14' lugar entre os paises consumidores de filmes americanos,atribuindo a responsabilidade do fato à política de reserva de mercado praticada por nós através da obrigatoriedade de exibição dc filmes barsilciros 140 dias por ano.Faz ainda acusação injusta, ao afirmar ser esta a maisalta taxa do mundo, quando é sabido ter a França números superiores aos, nossos.
A razão do nosso pronunciamento é esclarecer e alertar a classe política e a sociedade brasileira para este assunto, aparentemente irrelevante, mas na verdade dcfundamental importância pelo que significa para a defesa e fortalecimento de nossos valores culturais, bemcomo para O rcsguardo de nossa floresccntc indústria cinematográfica. Outras investidas virão; cabc-nosprecavermo-nos contra elas.
O SR. DILSON FANCHlN (PMDB - PRo Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, recebemos do Presidente da Assembléia Legislativa do Estadodo Paraná, Deputado Trajano Passos, expediente solicitando nossa interferéncia junto ao Ministro Hélio BeItrão, da Previdência e Assistência Social, no sentido deque S. Ex' tenha um pouco mais de complacência paracom os Municípios paranaenses, que estão sendo praticamente executados pela Previdência Social. De nadaadianta o Governo Federal destinar, com a direita, verbas para os Estados sulinos vítimas do flagelo das últimas enchentes, se com amão esquerda obriga os Municípios e a procederem a determinados recolhimentos.
É O pedido que fazemos ao Ministro da Previdência eAssistência Social.
O SR. WALL FERRAZ (PMDB - PI. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,acabo de receber ofício expedido pela Cámara Municipalde Campo Maior, no Estado do Piauí, solicitando meuempenho no sentido de conseguir, junto ao INAN Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição - a elevação da cota de alimentos destinada ao 5' Distrito Regional de Saúde, com sede em Campo Maior, que compreende os Municípios piauienses de Castelo, São Miguel, São João da Scrra, Alto Longá e Beneditinos.
Segundo ofício da Cámara Municipal de CampoMaior, numa população de aproximadamente 90.000 habitantes - só do Município de Campo Maior - apenas4.208 pcssoas recebem os benefícios do INAN. A grandemaioria se encontra fora do programa, totalmente desassistidas.
A região formadora do 5' Distrito Regional de Saúdeé cronicamcnte carente e agora fortemente assolada pelaseca. Sua população passa pelas maiores agruras, principalmente no que concerne a alimentação.
Espero, pois, que a direção do INAN, sensibilizandose com o problema. atenderá ao apelo da população da'quele distrito regional, através da Cámara Munícipal deCampo Maior. O aumento da cota poderia ser, pelo menos, uma medida transitória, até que se minimizem osefeitos da estiagem.
A situação, no momento, é angustiante c, se possibilitada a participação de uma faixa mais ampla da população no programa de alimentos do INAN, evidentemente será um grande passo para minorar os sofrimen-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
tos dos moradores do sertão piauiense, tão castigadospela inclemência da natureza.
o SR. RENATO BUENO (PMDB - PRo Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,os problemas crônicos da Medicina, que vão do númeroexcessivo de escolas ao avanço tecnológico sofisticado,tem determinado distanciamento cada vez mais expressivo entre o médico e o paciente, com maior possibilidadede erro médico do ponto de vista profissional, quer doseu treinamento deficiente, quer da sua interpretação dúbia.
É comum dizer-se que quem não perde doente é porque nãos os tcm ou não os opera. Alguns já disseram atéque a experiência do médico provém do número de pacientes atendidos: quanto maior, mais se perdem, lamentavelmente.
Seria, entretanto, lícito admitir o erro médico comoato criminoso, decorrente da incompetência ou da irresponsabilidade?
Será que, dispondo de melhores condições de ensino,trabalho, remuneração, estudo, o profissional não errafia menos?
A sofisticação dos métodos propcdêutieos de diagnóstico deu a impressão à sociedade da infalibilidade da Medicina. Isso, no entanto, jamais acontecerá, pojs~ se, noBrasil, são atendidos 200 milhões de doentes anualmentee internadas 13 milhões de pessoas, como afirmar ser infalível?
Seria. portanto, muito fácil acusar ou punir por imprudência, negligência e, principalmente, por erro qualquer médico durante a sua vida profissional.
Não existe médico algum, no Brasil ou no mundo, quenão tenha cometido um erro sequer. Achamos que o médico deve ser responsável; não pode eximir-se, não podetransferir sua responsabilidade, deve procurar errar omínimo possível, frente ao empirismo da Medicina.
Quando existir um diálogo amplo, honesto e sincerobilateralmente; quando as palavras forem cumpridas;quando chegarem à conclusão de que muitas faculdadesnão poderão permanecer abertas; quando nos convencermos de que o Brasil, com um população como a atual,não precisará mais de quatro mil médicos por ano; quando estivermos convictos de que o excessivo empirismo daprática moderna, determinante do erro profissional, nãoé tão importante quanto O péssimo modelo assistencialmédico-hospitalar existente no Pais. teremos, finalmente, a compreensão necessária e uma assistência médica àaltura da dignidade humana, portanto, com um mínimopossível de erros.
Era o que tinha a dizer.
O SR. MOIStS PIMENTEL (PMDB - CE. Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, de repente, o óleo de cozinha começou a rarear nasprateleiras dos supermercados.
E os estoques foram ganhando novos preços, tantomaiores quanto menores eram as ofertas. O produto alcançou índices proibidos para a grande maioria da população.
As causas da crise no abastecimento deste produto básico bem sempre são devidamente explicadas à população. Procura-se, pelo contrário, justificar a redução daoferta e a elevação dos preços pelas enchentes que teriamatingido as principais regiões produtoras de matériasprimas do País. Estamos munidos, todavia, de elementosque contestam essa versão. E podemos dizer que o desaparecimento do óleo comestível e a conseqilente subidadescontrolada de seus preços têm outras origens.
Vamos partir, por exemplo, do mais popular e consumido óleo comestível do Brasil: o óleo de soja. Oferecemos, a seguir, um quadro demonstrativo dos saltos impressionantes dados pelos preços da matéria-prima nocurso destes oito meses do ano. Em janeiro de 83, o quilode óleo de soja custava 123 cruzeiros, preço que se man-
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teria sem alteração em fcvereiro, sofrendo um diminutoaumento em março, quando passou a custar 124,30. Emabril, registrou-se um aumento mais substancial, passando a custar 155,20 e, no mês seguinte, maio, sofreria duaselevações sucessivas: para 168,00 e logo para 191,00. Estepreço persistiria em junho, alcançando 254,00 em julho.Até ai, os preços estavam sob controle da Comissão Internacional de Preços-CIP, sendo liberados no final dejulho. Ocorreu, então, o salto impressionante de 254para 850 cruzeiros o quilo, obrigando a um reajuste violento no preço final ao consumidor. A par disso, ou porcausa disso, o produto sumiu quase inteiramente do mercado nas principais cidades brasileiras. Fenômeno semelhante aconteceu também com o babaçu, produto originário do Maranhão, onde as secas efetivamente prejudicaram as safras. O ôleo de babaçu teve seu preço reajustado de 275,00 o quilo, em janeiro, para 800 a 820 cruzeiros em agosto passado, por conta do estímulo oficial àexportação, o que deveria ser impedido na atual conjuntura regional.
Mas, vamos demonstrar que não houve, pelo menosem relação à soja, razões suficientes para justificar opreço realmente escandaloso alcançado no momento.Números estatísticos da melhor procedência, que temosem nosso poder, indicam que, apesar de problemas climáticos nas regiões produtoras, a safra do corrente anofoi a melhor dos últimos anos, considerando como marco a de 1980. Com efeito, o Brasil produziu, em 80,15.153.000 toneladas de soja, caindo para 14.977.000 em81. caindo mais ainda, em 82, para 12.900.000 e se elevando. em 1983, para 15.300.000. Portanto. produzimosmais soja e não temos óleo do produto para o nosso consumo. Por quê?
Eis aí, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o que o povoquer saber e o que pretendemos informar, neste momento, com o conhecimento profundo que temos da matéria,como industrial do ramo.
Antes de tudo, temos de responsabilizar a política econômica de estímulo à exportação. Tudo que se produzhoje, neste Pais, deseja o Governo que seja destinado aoexterior, de modo a atender ao serviço da dívida, ou seja,ao pagamento dos juros impiedosos que os banqueirosinternacionais nos cobram extorsivamente. Que o povobrasileiro fique sem óleo para a sua alimentação, desdeque haja pagamento em dia dos juros dos banqueiros é um absurdo, mas é a verdade.
Todavia, a causa não é somente esta. Temos ainda aconsiderar um outro aspecto: a dominação da economiabrasileira pelos grandes conglomerados econômicos estrageiros. O setor da indústria beneficiadora de óleos vegetais está quase que açambarcado por poderosas empresas multinacionais.
Elas controlam a comercialização da matêria-prima,ficando com o grosso da produção nacional de soja e devárias outras oleaginosas. Além de desviarem a maiorparte para o mercado de exportação, beneficiando-se dosaltos preços ora oferecidos a alguns desses produtos, especialmente a soja, as multis impõem, no plano interno,os preços que desejam, pois detêm o grosso das safras damatéria-prima essencial.
Para isso não há qualquer medida impeditiva por parte do governo em favor do povo brasileiro. Pelo contrário, o governo sabe muito bem do que está ocorrendo,mas fecha os olhos á prática, interessado, como está, nocrescimento do volume de produtos exportados.
Esta resumida aí, Sr. Presidente e Srs. Deputados, acrise do abastecimento do óleo comestível. Se o governointerviesse no mercado, controlando c regulando os estoques de matéria-prima, fixando cotas para a exportaçãoe reservando um mínimo para assegurar o funcionamento normal de todas as fábricas brasileiras, especialmentedas pequenas e médias, que se tornam vulneráveis diantedo poder das multinaciomlis, então não faltaria ôleo namesa dos brasileiros e a preços compatíveis com a sua capacidade aquisitiva.
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Mas, diante do que está ocorrendo, dentro de poucosdias o óleo de cozinha alcançará preços tão elevados, quese tornará proibitivo ao consumo nacional. A esta altura, as pequenas c médias indústrias nacionais do setor,impossibilitadas de concorrer com as multinacionais, estarão irremediavelmente perdidas, fechando suas portase levando ao desemprego mais alguns milhares de brasileiros. O campo ficará inteiramente livre para a dominação total por parte das multinacionais em mais umsegmento importante da economia brasileira.
Ao fazer esta denúncia, em defesa dos mais altos interesses da indústria brasileira e do público consumidor doPaís, formulo um apelo ao Sr. Ministro da Agriculturano sentido de estabelecer, através de portaria especial, osistema de estoqnes reguladores de matérias-primas capazes de assegnrar a normalidade do funcionamento dasnumerosas fábricas do setor existentes em todo o território nacional, e que se encontram seriamente ameaçadas de continuar na sua atividade, em razão do absurdopreço do produto primário e da impossibilidade derepassá-lo ao preço final, tornando, assim, cada vez maisinacessível ao povo a aquisição de óleo para o seu consumo doméstico.
O SR. JOÃO HERCULINO (PMDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, por mais de cinqüenta vezes ocupei esta tribuna,no período do,. "Pinga-fogo" ou em horário de Liderança, na vã tentativa de alertar o governo para a bola deneve formada pelo desemprego, pela inflação, pelo altocusto de vida, pelo desamparo ao agricultor e ao pecuarista, pela descrença crescente.
Preguei sempre que, numa rebelião popular estimulada pela fome e pelo desespero, são inúteis as metralhadoras, os canhões, os tanques de guerra.
Ofuscado pelo brilho das reluzentes mordomias nacionais e internacionais, cego pela volúpia do poder,embriagados pelo ópio do. "posso, quero e faço", o governo nào enxerga nada.
Pobre Dom Quixote deste povo faminto e miserável,deste Pais roto e humilhado, vou brandindo esta lançaque O povo me deu, não contra moinhos de vento, mascontra os corruptos, os ladrões travestidos de professores das ciências, da administração e da economia, fantasiados de autoridade, bufões desta desgraçada tragicomédia.
Venho dizendo da iminência da explosão social queameaçava o nosso País, advertindo o governo para o perigo do momento dramático, que marcuria o fim da paciência popular, tangida pela fome, pela miséria, pelo desespero. De nada valeu, de nada tem valido.
Agora explode um movimento popular no Rio de Janeiro, em Madureira, em Bangu, Padre Miguel, SenadorCamará e Vila Kennedy. Isto no Estado do Rio de Janeiro, porque a imprensa vem noticiando invasões de mercados em todo o Nordeste e em diversos outros pontosdo País.
No Rio, o caso começou com a invasão dos camelôes,o que foi mostrado pelos jornais e pela televisão. A causaprimeira e fundamental é, sem dúvida alguma, a fome e odesespero. Junte-se a isto a tímida ação governamental,na proteção devida ao direito de propriedade, e não precisa mexer bem, para que seja formado o bolo da desordem e da desgraça.
Correndo o risco de ter minha atitude consideradaidiota, sinto-me no dever de fornecer uma receita ao Governo Federal:
Primeiramente, mude este infame modelo económicoe, em seguida,' troque os homens também.
Será preciso que o Poder Público esteja preparadopara assistir ao maior carnaval já realizado neste País.Carnaval sem verbas públicas, sem carros alegóricos,sem alas, carnaval do povo, onde se misturarão partidários do governo e da Oposição, empregados e patrões,ricos e pobres, militares e civis, citadinos e rurícolas, unidos na alegria da chegado do fim do maior desastre que
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este País sofreu em toda a sua história. Ontem, foram osacontecimentos de São Paulo e do Nordeste, marcadospela violência e pelo saque.
Hoje, os saques a dezoito supermercados do Rio deJaneiro. Amanhã aqui, ali e acolá.
Estudioso de Sociologia e com a experiência de 32anos de vida pública, posso afirmar, sem medo de errar,que a simples notícia da mudança radical do modelo econômico e da exoneração de seus mentores e executoresserá água na fervura, trará alívio à tensão popular e esperança ao coração do povo. Ai, então, estabelecida e mantida a ordem, o Brasil poderá caminhar mais celerementena direção do retorno à plenitude democrática.
Sem tomar estas medidas, ninguém segura a quedadeste Pais na desordem, na baderna, no caos total.
O SR. CARNEIRO ARNAUD (PMDB - PR. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, há dois anos e meio ingressamos na recessão, queconseguiu conviver com o recrudescimento inflacionário- taxas de noventa e cento c oitenta por cento, como seaguarda este ano - sem qualquer proveito para ninguém, a não ser os que vivem de juros. O desemprego jáassumiu níveis alarmantes, lançados, anualmente, nomercado, de mãos abanando, um milhão e setecentos milrapazes, que, com a continuidade da recessão, ficam impossibilitados de obter qualquer ocupação útil. Assim,marchamos largamente para o retrocesso econômico,que induzirá ao endurecimento político, ambos indesejáveis por toda a sociedade brasileira, principalmen te pelostrabalhadores.
É preciso retomar o crescimento.Mas isso depende de muitas providências, a começar
pela solução do problema da divida externa, da recuperação da confiança internacional. Não se deve, no entanto, aceitar imposições contrárias à !10ssa soberania, nemsoluções que não estejam rigorosamente de acordo coma nossa formação e o nosso perfil eeonómico. Se é indiscutível rompermos o estrangulamento cambial e ampliarmos nossos mercados internacionais, isso não sedeve obter à custa de renúncias, nem de convites a umaparticipação externa além das nossas necessidades.
Realmente, vivemos uma situação de moratória nãodeclarada, suportada pelos credores. Isso não significapossamos obter uma moratória unilateral, mas temosque discutir as melhores condições, tanto para garantirque honraremos o nosso desenvolvimento.
Temos que apresentar um programa viável da recuperação econômica, usando como instrumento de barganha do prôprio vulto da nossa dívida, que, a essa altura,deve inquietar muito mais os credores.
Entretanto, forçosamente não haverá possibilidade derecuperação econômica sem algumas reformas, em queeliminemos o parasitismo interno e, ao mesmo tempo,promovamos a desdolarização, estatizado o risco cambial, reduzidas as taxas de juros, bloqueada a especulação, inteiramente reformulado o financimento públicoe privado.
Finalmente, exige-se uma reforma tributária capaz demelhorar a capacidade financeira dos Estados e Municípios, quando as edilidadcs recebem apenas cinco porcenta do produto tributário nacional, vivendo na situação de pedintes.
Para esse conjunto de medidas de salvação nacional,impõe-se o completo restabelecimento da democracia noBrasil.
o SR. ORESTES MUNIZ (PMDB - RO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, oBrasil não pode continuar a se submeter às imposiçõesdo Fundo Monetário Internacional - FMI - sob penade se estabelecer no País um clima de enorme depressão,de conseqüências imprevisíveis.
Todos os brasileiros reconhecem que as exigências doFMI são depressivas e que o Pais não está em condições
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de praticar uma política como quer aquele organismo internacional.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, as imposições e intransigências do FMI são de natureza tão gritante queos próprios credores já estão preocupados com a sorte dadívida brasileira, chegando banqueiros ingleses a apoiaras críticas às exigências do FMI. A esse respeito, noticiao Jornal de Brasília:
"O Brasil poderá transformar-se no grande fracasso do Fundo Monetário Internacional, que insiste na adoção de medidas de choque para superar acrise econômica brasileira. Eles concordam com osprotestos contra .. "os excessos de exigências doFMI."
Publica ainda o Jornal de Brasília:
"Esses banqueiros, que já não recebem as amortizações e muito menos os juros, começam aimpacientar-se com a falta de habilidade dos ténieosdo Fundo em estabelecer um programa aceitável econfiável para o Brasil, comprometendo o sistemafinanceiro internacional."
Como se vê, a impaciência quanto às exigências doFMI não é apenas dos brasileiros. Até os eredoresjá estão apreensivos com o rumo da economia, que, se for apique, poderá levar todo o sistema financeiro a reboque.
Num outro jornal, encontramos banqueiros estrangeiros pedindo ajuda dos governos para resolver o problema da dívida externa brasileira. Pelo que, Sr. Presidente,fica o nosso apelo para que as autoridades eeonómicasbrasileiras, assumindo lima posição nacionalista, não sedeixem levar pelas exigências impossíveis do FMI.
Era o que tinha a dizer.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDS - GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, solicitei ao Ministro Delfim Netto a ampliação daárea de emergência, prevista na Carta-Circular n" 919, de5-8-83, para nela ineluir todos os Municípios do norte deGoiás, duramente atingidos pelas secas.
A Carta-Circular n' 919, do Banco Central, atendendopedido que fiz aos díversos órgãos do Governo e à proposta do ilustre Diretor Frederico Andrade, do Banco daAmazônia S.A., estende os seus benefícios a dezenas deMunicipios do extremo norte-goiano, em razão da longaestiagem que atingiu todos eles.
Estranho, Sr. Presidente, que não tenham sido abrangidos por essa medida todos os sessenta Municípios donorte de Goiás, ficando quarenta e quatro deles, os maisatingidos pelas secas, sem qualquer apoio e benefício porparte do Governo.
Sabemos, nobres colegas, a difícil situação de todo onorte de Goiás, com a perda quase que total da produção agrícola e até mesmo de grande parte do seu rebanho. Não ignoramos a situação de fome e miséria dosseus trabalhadores e de falência dos seus produtores rurais.
É por esta razão e também por sabermos que o vizinhoEstado do Pará, extraordinariamente dotado de terras úmidas, teve oitenta Municípios beneficiados, mais de90% dos que compõem aquele Estado, que estranhamosnào ter a região norte/nordeste de Goiás sido totalmenteincluida nas disposições da Carta Circular n9 919,
Esta situação vem-se repetindo ao longo dos tempos,no que se refere às medidas e providências do GovernoFederal relativas à Amazônia. Invariavelmente a Amazónia goiana fica à margem.
Via de regra, como aconteceu com o programa POLAMAZONIA, POLOCENTRO e Programa Grande Carajás, quando recursos diversos sào destinados ao financiamento à agricultura, à pecuária, à indústria e a outrasatividades, o Pará, o Maranhão e Mato Grosso recebemparecias da ordem de trinta cada um, e o norte de Goiásrecebe, apenas, dc dez.
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Quero ressáltar aqui o apoio e a assistência que o Presidente Ubaldo Corrêa e o Diretor Frederico Andrade,do BASA, têm dado ao norte de Goiás, embora lhes falotem os recursos necessários a uma ação efetivamente r
proficua. justa.Espero, Sr. Presidente, que o Ministro Delfim Netto, o
Ministro Ernane Galvêas e o Dl'. Affonso Celso Pastare.atendendo aos anseios e às justas reivindicações do povonortense de Goiás, ponham fim às discriminações e aotratamento injusto de que é vítima. o norte goiano.
Leio, para que conste dos Anais, o expediente entregue ao Ministro Delfim Netto, que relaciona os 44 Municípios que não foram beneficiados:
Brasilia DF, 5 de setembro de 1983.Excelenlissimo SenhorProfessor Antônio Delfim NettoDignissimo Ministro do PlanejamentoNestaSenhor Ministro,Por não terem sido incluídos nas relações de Mu
nicípios prejudicados pelas estiagens, divulgadas pelas Cartas-Circulares n.s 789, 829, 901 c 919, doBanco Central, como estava previsto nos entendimentos mantidos com V. Ex', solicitando a intcrccssão do ilustre Ministro junto ao Banco Central, nosentido de ser adotada referida medida que beneficia os quarenta e quatro Municípios do norte/nordeste de Goiás, duramente castigados pelas secas,cuja relaçào anexo.
A perda da produção foi quase total, não tendoos produtores como saldar seus débitos bancários.Há falência, desemprego e fome. A situação é desesperadora.
A maior parte desses Municípios situa-se ao longo das fronteiras dos Estados do Piauí e da Bahia,todos eles muito mais prejudicados do quc estão osoitenta Municípios paraenses, com justiça beneficiados por aquelas resoluções.
Atenciosas saudações. - Síqueira Campos, Vice-Líder do PDS.
Relação dos Municípios goianos prejudicados pelas estiagens, para os quais solicitam-se os benefícios previstos na Carta-Circular 901, de 7-7-83,do Banco Central.
01. Almas02. Alvorada03. Araguacema04. Araguaçu05. Arraias06. Aurora do Norte07. Brejinho de Nazaré08. Colina de Goiás09. Colméia10. Conceição do NorteI I. Couto Magalhães12. Cristalándia13. Dianópolis14. Dois Irmãos de Goiás15. Dueré16. Fátima17. Figueirópolis18. Formoso do Araguaia19. Guaraí20. Gurupi21. !tacajá22. !taporã de Goiás23. Lizarda24. Miracema do Norte25. Miranorte26. Monte do Carmo27. Natividade28. Nova Olinda29. Novo Acordo
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30. Palmeirópolis31. Paraíso do Norte32. Paranã33. Peixe34. Pedro Afonso35. Pindorama de Goiás36. Pium37. Ponte Alta do Bom Jesus38. Ponte Alta do Norte39. Porto Nacional40. Presidente Kennedy41. Rio Sono42. Silvanópolis43. Taguatinga44. TocanUniaRelação dos Municípios goianos incluídos na
Carta Circular 919, de 5-8-83, do Banco Central(que beneficia Municípios prejudicados pela estiagem).
OI. Ananás02. Araguaina03. Araguatins04. Arapoema05. Augustinópolis06. Axixá de Goiás07. Babaçulándia08. Filadélfia09. Goiatins10. ItaguatinsI I. Nazaré12. São Sebastião do Tocantins13. Sítio Novo de Goiás14. Tocantinópolis15. Wanderlándia16. Xambioá
Era o que tinha a dizer.
o SR. VAJoMOR GIAVARINA (PMDB - PRo Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, está para ser lido na sessão do Congresso Nacional projetode emenda constitucional, do Deputado José Camargo,que visa ã reeleição do Sr. Presidente da República, JoàoBaptista Figueiredo.
Inicialmentc l quando li a notícia no jornal, penseitratar-se de uma brincadeira, porque, no meu entender eno de todo homem de bom senso, só pode ser reconduzido quem foi conduzido, sÓ pode ser reeleito quem foieleito. E todos sabemos que S. Ex', O Sr. Presidente daRepública, como está acontecendo desde 1964, foi simplesmente nomeado. Então, o que o Deputado José Camargo quer é simplesmente um processo de renomeaçãodo Sr. Presidente da República.
Tenho dito, nesta Casa - e vários Parlamentares temse pronunciado sobre esse assunto que - a eleição diretapara a Presidência da República é a única forma de legitimar o Poder. E a legitimação do Poder é a única maneira de saírmos do atoleiro em que nos encontramos, comessa dívida externa que atinge a casa de 100 bilhões dedólares e a divida interna esUmada em 60 trilhões de cruzeiros.
O Governo perde a oportunidade de marcar um tentohistórico, se não aceitar a tese da Oposição das eleiçõesdiretas, mesmo que sejam em um turno só. Com quatropartidos disputando, ainda há possibilidade de o próprioGoverno ganhar as eleições.
Gostaria de deixar consignado nesta Casa, neste momento. meu ponto de vista a esse respeito. Para os democratas é preferível perder uma eleição direta e ganharuma eleição indireta, através de um Colégio Eleitoralque nada representa, que não rcprcsenta·a vontade popular. Mesmo perdendo as eleições, elas sendo diretas,ainda considero um grande avanço da democracia.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, entendo que o PMDBdevcrá fechar questão também neste caso de votação daEmenda Camargo. Seria um escárnio à opinião pública
Setembro de 1983
reelegcrmos quem não foi eleito, conduzir novamente aopodcr quem, durante todo este tempo, não teve condições de governar. Como já foi dito pela e"tinge que falou. o homem não tem vocação, não tem vontade e nãotem disposição para governar este País.
O SR. MILTON BRANDÃO PRONUNCIA DISCURSO QUE. ENTREGUE À REVISÃO DO ORADOR, SERÁ PUBLICADO POSTERIORMENTE.
O SR. MÁRIO FROTA (PMDB - AM. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, oóleo de soja vem aumentando de preço de forma assustadora. Em qualquer supermercado destc País, uma lata de900 ml daquele produto já alcança a casa dos oitocentoscruzeiros.
É de supor que, antes do final deste ano, se medidascontroladoras não forem adotadas, o 61eo de soja devachegar ao preço unitário de dois mil cruzeiros por lata de900 ml.
À semelhança deste produto, outros sofrem a mesmavelocidade no aumento de seus preços. A carne de segunda não tarda em ultrapassar o preço de dois mil cruzeiroso quilo. O filé já custa dois mil e quinhentos cruzeirospor quilo. O frango custa, atualmente, quase mil cruzeiros por quilo. O leíte sobe nos próximos dias e alcançarácustos proibitivos. O mesmo acontecerá com o pão ccom todas as massas derivadas do trigo.
O feijão c o arroz, a farinha de mandíoca e o fubáigualmente sobem assustadoramente. O que antes. comoa carne-seca, era alimento de pobres, passou a ser consumido pelas classes mais privilegiadas. Que o digam osantigos consumidores de batatas.
Uma bolsa de emergência, destinada aos flagelados,subsidiada pelo Governo, e contendo principalmente feijão, farinha e arroz, vai ser entrcgue à parcela mais sofrida e pobre da população nordestina ao prcço de dez milcruzeiros.
Estas considerações, que já se fazem cansativas e comuns, deviam servir de reflexão aos que insistem em dizer que a política econômica por eles praticada ê corretae justa. Se correta, dentro dos padrões condicionantesdos nossos credores internacionais, não é justa para comaqueles a quem o Governo é credor internamente, sobretudo porque, no juramento de posse, o Presidente promete, e este prometeu, "promover o bem geral e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil."
Sem buscar maior aprofundamento das conseqüénciasde um juramento não cumprido, vê-se logo que o bemgeral do povo e do País não está sendo promovido.
O desemprego, o subemprego, o desespero, a fome, amiséria e o desrespeito a direitos adqüiridos, com ofensaclara à dignidade humana, saltam aos olhos dos que seatrevem a analisar a atual situação do Brasil.
E onde imperam estas situações e outras a que podemos referir-nos, o bem geral é uma utopia e não passa deum juramento que não se sustenta na credibilidade dopovo.
Delfim e o seu grupo continuam prestigiados pelo General Figueiredo. O povo geme de fome, o desempregoassola o Pais, enquanto a corrupção mais vergonhosa deque se tem noticia na hist6ria pátria é vista pelo Governocomo coisa normal, e ninguém vai para a cadeia por haver furtado os cofres públicos. A única coisa ampla e irrestrita neste país é a impunidade, o estímulo à corrupação e aos corruptos de todos os matizes.
Era o que tinha a dizcr.
o SR. RENATO CORDEIRO (PDS - SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o relatório da VARIG, relativo às atividades da empresa no último exercício, é um documento que engrandece a aviação brasileira e demonstra, de maneira cabal,o bem sucedido esforço gerencial de sua diretoria.
Setembro de 1983
Consoantc cxplicitado no mencionado registro, cmque pcsc às graves dificuldades de natureza econêmlcofinanceira que vêm inibindo o desempenho das empresasde transporte aéreo em todos os países, a VARIG, mercêde um trabalho sério e eficiente, de uma atuação firme edecidida, pode apresentar resultados bastante satisfatórios, seja no que se refere ao movimento de suas redesinternacionais e domésticas, seja na parte relativa aocrescimento do seu patrimônio ilquido.
Dcntro dcsse contcxto, alguns aspectos merecem scrfocalizados. Assim, graças a uma poiltica realista e objetiva, e à constante preocupação da empresa no sentidoda melhoria dos serviços prestados aos usuários, a demanda de passageiros-quilômetros cresceu 6,2% com relação ao ano anterior.
O transporte de cargas, embora sofresse pequeno decréscimo (1,4%) na parte internacional, com relação aoexercicio anterior, experimentou um aumento de 29,6%nas linhas domésticas.
No campo internacional, com linhas que já servem acerca de 40 cidades de quatro continentes, foram lançados dois novos serviços, ambos com pleno êxito: a classeexecutiva e as tarifa~ "ponto a ponto".
A rede internacional, por outro lado, foi estendida atéMaputo, através do prolongamento da linha RioLuanda,. o que veio tornar Moçambique o quarto paisafricano a ser servido pela empresa.
Note-se, a propósito, quejá se encontram em fase finalos estudos que permitirão à VARIG estabelecer novosserviços para cidades da América Central e do Caribe.
Creio oportuno ressaltar que a presença da VARIGno mercado internacional do transporte aéreo significoupara o Brasil uma receita da ordem de 770 milhões dedólares, dos quais 53% foram vendidos no cxterior.
Na área doméstica, por sua vez,. "coube à VARIG aprimazia no emprego de aviões wide-body", bem comodo serviço de primeira classe, medida adotada ao ser introduzido o equipamento Airbu•.
É relevante ressaltar que a VARIG possui uma moderna frota de aeronaves, composta de 63 unidades dos seguintes tipos: Boeing 747-200b, DC-IO-3D, Airbus A-300B4, Boeing 707 (para passagciros e carga), Bocing 727(para passageiros c cargas}, Bocing 237 e Elcctra n.
Em 1982, três novos aviõcs foram incorporados ao pa·trlmônio da empresa: um Airbus A-300 e dois Boeing237-200 Super Advanced.
Dentro dos objetivos sociais que norteiam sua atuaçãono universo da vida brasileira, a VARIG tem procuradomanter um elevado nível de empregos, estando hoje comum quadro de 16.800 funcionários. Apoiou, igualmentc,a iniciativa do Governo Feden;l no sentido da criação doInstituto Acrus de Seguridadc Social, cntidade que tempor objetivo primordial. "a suplementação de benefíciosda previdência oficial e a promoção do bcm-estar dosempregados nas empresas patrocinadoras".
As contribuições da VARIG para o Aerus foram orçadas, no corrente ano, em 7,5 bilhões de cruzeiros, cifraque demonstra, de maneira inequívoca, o apoio que anova instituição vem recebendo da empresa.
Permito-me rccordar que a companhia mantém 161agências c escritórios em território brasileiro, assimcomo 127 no exterior, dos quais 51 na Europa, 52 noContinente americano, 12 na Ásia, 8 na África e 4 naOceania.
O relatório a que me refiro indica, ademais, que os investimentos efetuados pela VARIG em empresas coligadas e controladas elevaram-se a 243.000 milhões de cruzeiros.
Não obstante os problemas que enformam a atualconjuntura internacional c nacional, a VARIG, utilizando modernos métodos empresariais, vem cumprindo oscu propósito de dar ao País um moderno c adcquadosistema de transporte aéreo.
Sob o signo seguro da seriedade e do aperfeiçoamento,prosseguc a empresa nos rumos balizados pelo Sr. Hélio
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Smidt e sua eficiente equipe, direcionando suas atividades em beneficio do povo brasileiro.
Eis por que, Sr. Presidente, ao dcixar registrado, nosAnais desta Casa, o meritório trabalho da VARIG emcampos essenciais ao desenvolvimento do País, reiterominha confiança nos propósitos da empresa em permanecer como semente fecunda do progresso e do bemestar do povo brasileiro no importantíssimo setor dotransporte aéreo.
V - O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) Passa-se ao Grande Expediente.
Tem a palavra o Sr. Francisco Sales.
O SR. FRANCISCO SALES (PDS - RO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,um dos fundamentais fatores que mais têm contribuídopara o desenvolvimento da séria crise que ora passamosinternamente no Brasil, é o quase tolal desprezo a queforam rclegados os Municipios e suas fontes de rendimento.
O sistema federativo em que vivemos, na sua formaadm in istrativa eentralizadora admite apenas a relativaautonomia mu~icipal, nas suas formas políticoadministrativas, asseguradas pela Constituição Federal.
O Município, com sua autonomia assegurada, poderáser a solução de mais de 60% dos nossos problemas internos.
Como observou Pedro Calmon....O Município é umainstituição mais social do que política, mais histórica doque constitucional, mais cultural do que jurídica, maishumana do que democrática."
Na história de nossa Pátria, váríos nomes estão inscritos como grandes defensores da autonomia municipal,entre esses o de João Barbalho, que, na Constituinte de1891, deixou esta, bela passagem:
"O Município é uma miniatura da Pátria, umaimagem reduzida dela, e nas coisas políticas, o primeiro amor do cidadão. Em amor, esse aferro aotorrão natal, ao círculo das relações de vizinhança,de contigüidade, de comunidade de interesses, engendra o espírito cívico. A autonomia local ao desenvolver, o engrandece, o nobilita. E esse patriotismo local, de si mesmo sereno, intenso, duradouro, éa raiz do patriotismo nacional. É um erro mesmo,pois, cercear essa autonomia. Seria mais do que umerro mesmo, um verdadeiro atentado, se prevalecesse na República o sistema vesgo, desconfiado, tacanho, esterilizador, que na monarquia atrofiou o elemento municipal. A própria História ensina que ospaíses de liberdades municipais são os de maior resistência à tirania. É lição para aproveitar-se".
Sr. Presidente, meus nobres pares, encontramo-noshoje. depois de um curto período de desenvolvimentomunicipalista, na estaca zero da sua autonomia. Foi nafase áurea da colonização portuguesa, cujas adaptaçõesretiradas das Ordenações Manoelinas, Filipinas e Afonsinas que se criaram (,l, Uaristocracia furaI" t primeirameUMte pelos grandes proprietários, via o poder econômico eaté com o controle das Câmaras Municipais, maior razão para o seu ostensivo prestígio político.
Concedo o apartc ao Dcputado Alcides Lima.
O Sr. Alcides Lima - Nobre Deputado Francisco Sales, V. Ex' traz a esta Casa, através do seu pronunciamento, um assunto de extrema relevância, portanto palpitante, c que realmcnte galvaniza todas as atenções c intcresses dos parlamentares, sejam eles de quaisquer partidos. V. Ex' faz um breve, mas objetivo histórico sobre avida dos municípios ao longo da vida brasileira, e V. Ex',me parece, vai caminhando para demonstrar a via eruei.por que têm passado os municípios brasileiros como unidades básicas e fundamentais do sistema Federativo.
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Entendo que todos nós, Parlamentares, temos de cultuar este sentimento municipalista, porque o municipiocomo já disse, é a base do sistema federativo. Ele é também a base de todo o processo político e é a configuraçãode qualquer política descentralizadora. Entendo, nobreDeputado, como V. Ex', que descentralizar é colocar oadministrador próximo dos fatos, e os fatos ocorremonde está o homem, c o homem está no município. Destamaneira, na medida cm que o Governo está presente aosfatos, ele deve ter sempre a preocupação ém desenvolversistemas que descentralizem as decisões e transfiram aautonomia para que essas células-bases da Federaçãopossam realizar a sua função primordial, que é, sobretudo, a de dar ao indivíduo do município essa consciênciafederativa. Congralulo-me com V. Ex' pela oportunidade que nos dá, dc poder mais uma vez debater sobre estaquestão de fundamental importância, que é a da nossaconsciência municipalista.
O SR. FRANCISCO SALES - Muito obrigado,nobre companheiro Alcides Lima. O seu aparte enobreceo meu pronunciamento. E é vcrdade: os nossos prefeitostêm encontrado grandes dificuldades no cumprimento deseu mandato - mandato legítimo, entregue pelo povo.
Prossigo, Sr. Presidente.Com a decadência do comércio lusitano, da economia
do Reino c dos impulsos libertários, incentivados inclusive pelos grandes scnhores dc tcrras, inicia-se o declínioda autonomia municipal, quc na Constituição dc 1824retoma seu caminho com novo impulso, via os seus arts.167, 168 e 169.
A Constituição outorgada em 1937 indicou os traçoscaracterísticos da autonomia municipal. Na sua vigência, eclipsou-se essa autonomia como decorréncia lógicade um Governo centralista e absorvente.
Ouço o nobre Deputado Mozarildo Cavalcanti.
O Sr. Mozarildo Cavalcanti - Nobre Deputado Francisco Sales, acompanhando o discurso de V. Ex' concluímos que as Constituiçães têm dado e tirado a autonomiaaos Municípios. Na realidade, parece-me, e posso concluir isto do seu discurso, que essa autonomia na práticanunca existiu. Nós, dos Territórios Federais - e também V. Ex', que é Deputado pelo novo Estado de Rondônia - sabemos que essa situação é muito mais alarmante. Não possui autonomia o próprio Território nemnenhum dos seus Municipios. Os Prefeitos e os Governadores são nomeados, sob a alegação de que aquelas regiões são consideradas áreas de segurança nacional,áreas de importância para a defesa nacional, como se opovo que lá morasse e que lá sofresse não fosse tambémresponsável por essa defesa e por essa segurança nacional. Portanto, ignorando a cidadania ao próprio cidadão, o Podcr Central impõe Govcrnadores c e1cs, verdadeiros interventores, impõem os seus Prefeitos. O maisgrave ainda, no caso de Roraima, é a criação recente deseis novos Municípios, sem que a própria lei que os criouprevisse a eleição dos seus Vereadores. São, portanto,Municípios que existem pela metade, ou que legalmentee nem existem, pois que o pressuposto básico para instalação de um Município é a existência das suas Câmarasde Vereadores. Neste caso, no Território de Roraima,não sei como definir a figura desses Prefeitos nomeados.Isso tudo passa dcsapcrcebido às autoridades responsáveis pela administração ccntral destc País. Porém, o seudiscurso, além de oportuno, merece uma séria reflcxãopor parte daqueles que têm responsabilidade para com odestino da nossa Pátria. Também' não podemos excluir aresponsabilidade desta Casa, a nossa, de legisladores,que assistimos a tudo isso e não tomamos providênciasmais enérgicas no sentido de pressionar e de forçar o Poder Executivo a corrigir tamanhas falhas que mantêm ocidadão brasileiro sem direitos de cidadania e sem ne·nhuma consideração por parte das autoridades. Muitoobrigado.
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o SR. FRANCISCO SALES - Muito obrigado a V.Ex' Quero adiantar-lhe que conheço bem o problema doseu Território, o Território Federal de Roraima, até porque nós também, de Rondônia, tivemos os mcsmosproblemas. Quando éramos Território, tínhamos a Iigura do Prefeito nomeado, a do Prefeito que governavasem Câmara de Vereadores. O povo não tinha do direitode escolher os seus governantes. Porém, essa figura,graças a Deu~, terminou e culminou agora com a eleiçãode Prefeitos em Municípios da frontcira do nosso Estadocom a Bolívia: Guajará-Mirim, Costa Marques e Colorado do Oeste.
Coube, sem dúvida, à Constituição de 1946 assegurara autonomia política e administrativa dos Municípiosem bases sólidas. Foi a repartição do poder entre as trêspessoas do Direito Público interno: a União o Estado e oMunicípio (um dos poucos traços marcantes do nossosistema federativo).
A Constituição atual, seguindo o critério da triparlição dos poderes governamentais, assim se expressa:
a) A União só exercer os poderes que lhe forem expressamente reservados, mais os que, em conseqüência,estivemos implícitos:
b) Os Municípios, à semelhança da União, têm poderes expressos e, por via de conseqÜência, poderes implícitos:
c) Os Estados-Membros, cxercem os podcres remanescentes:
d) Entre as três esferas há poderes concorrentes, expressamente autorizados.
Só no campo da competência concorrente é que os poderes federais prevalecem sobre os estaduais e estes sobreos municipais.
Quanto à autonomia municipal, a Constituição atual,em seu art. 15, estabelece que a autonomia municipal será assegurada...
O Sr. Lúcio Alcântara - Permita-me V. Ex' um aparte, nobre Deputado?
O SR. FRANCISCO SALES - Concedo o aparte aonobre Deputado cearense Lúcio Alcântara.
O Sr. Lúcio Alcântara - Nobre Deputado FranciscoSales, vou ser bastante breve para não interromper aprofunda análise que V. Ex' vem fazendo ao longo deseu pronunciamento sobre a questão dos Municípiosbrasileiros. Na verdade, os últimos anos têm propiciadoa esses Municípios um esvaziamento em virtude da perdade poder, o que se nota com muita facilidade. Isso acontece porque o regime instalado no Brasil tornou-se excessivamente centralizador e retirou do Municípío não sóparte da sua competência, mas também parte substancialdos seus recursos. Não podemos falar em autonomiapolítica dos Municípios se não falarmos simultane.amente em autonomia Iinanceira. Os municípios estão desprovidos de reCursos para lidar com as necessidades básicase imediatas dos cidadãos que ali vivem; trabalham emantêm suas famílias. Daí por que acho extremamenteoporturno seu pronunciamento. O número de apartesque seu discurso tem recebido mostra a importância queesta Casa dedica ao tema. Todos esperamos que esta situação se reverta a curto ou médio prazo, porque é intolerável o atual estado de coisas. Na segunda-feira próxima, dia 12 de setembro, teremos em Brasília a presençade um número significativo de Prefeitos de todos os Estados brasileiros e cujo objetivo é reclamar do poder central maior atenção para os Municípios. Cabe a nós, naCâmara dos Deputados, a iniciativa c o apoio a todos esses movimentos, pára que os Municípios possam recobrar a sua autonomia, não sÓ no que tange à eleiçãodos seus Prefeitos - há muitos sem esse direito - massobretudo para que eles recuperem a vitalidade econômica indispensável ao cumprimento do seu papel na Federação brasileira.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
O SR. FRANCISCO SALES - Muito obrigado, Deputado Lúcio Alcântara, V. Ex' bem conhece o assunto etem autoridade para discorrer sobre o problema, Prefeito quc foi de Fortalcza, no Nordeste, uma das maiorescidades brasileiras. Muito obrigado.
o Sr. Orestes Muníz - Permíte V. Ex' um aparte?
O SR. FRANCISCO SALES - Concedo O aparte aonobre Deputado Orestes Muniz, do meu Estado.
O Sr. Orestes Muníz - Deputado Francisco Sales, estou ouvindo com muita atenção o seu pronunciamentonesta manhã. O assunto é de grande interesse para todosos brasileiros, uma vez que visa a dar às nossas comunidades e visa a garantir a autonomia dos nossos Municipios. Apóio inteiramente o que disse O Deputado LúcioAlcântara a respeito da concentração de poderes, parabem analisar a origem desta concentração de receitas etributos! e mesmo da concentração administrativa, teríamos que remontar a 1964, com o início da chamada revolução de março de 1964 o Governo Federal, a título deestabelecer planos nacionais de desenvolvimento integrado para as regiões brasileiras. procurou dessa maneiraretirar do Municipio grande parte dos seus tributos emesmo da sua autonomia administrativa em váríos setores.
Hoje chegamos a ver que até setores de água, de esgotos e muitos outros estão nas mãos ou do Governo Estadual ou do Governo Federal, restando ao Prefeito sóuma pequena parcela, tanto dos recolhimentos dos municipcs como da sua faixa de atuação. Por outro lado,também, os órgãos federais e estaduais se estabelecemnos Municípios, muitas vezes, exatamente em própriosda administração municipal, sem se preocupar com osproblemas que criam, embaraçando, ás vezes, o desenvolvimento municipal. Parabenizo V. Ex' pela feliz iniciativa de trazer à Nação brasileira assunto de tão relevante interesse, porque a autonomia dos Municípios assim como a dos Estados da Federação - interessa àN ação, interessa a todos os brasileiros, principalmente aeste parlamentao, país só conseguiremos uma democracia autêntica em nosso País a partir do momento em queos Muncípios e Estados puderem gozar de autonomiaadministrativa e tiverem os seus rendimentos e impostostambém equivalentes a essa autonomia.
O SR. FRANCISCO SALES - Muito obrigado,nobre Deputado Orestes Muniz. O seu aparte enobrece eenriquece o meu pronunciamento fica, assim, mais umavez, assegurado que V. Ex' é um dos grandes batalhadores pela causa municipalista.Ouço o nobre Deputado Milton Brandão.
O Sr. Milton Brandão - Nobre Deputado FranciscoSales, quero expressar a V. Ex' as minhas congratulaçõespelo scu oportuno pronunciamento. As suas palavrasvêm realmente demonstrar a necessidade de uma reforma tributária e da concessão de autonomia aos Municípios, restituindo-lhes as prerrogativas que perderam e deque precisam nossas células mater para fortalecer a Federação. Como o tempo de V. Ex' é reduzido, e naturalmente precisa completar o seu discurso, no qual demonstra o seu espírito público e o seu interesse pela causa municipalista do nosso País, concluo meu apartesolidarizando-me com V. Ex' pelas suas palavras. Aomesmo tempo, também reclamo a necessidade de umareforma tributâria, para que os Municípios e os Estadosda Federação 'Jão fiquem penalizados como estão atualmente. Nossos cumprimentos a V. Ex' pelo brilhantepronunciamento.
o SR. FRANCISCO SALES - Obrigado, DeputadoMilton Brandão, pelo seu aparte. Mais uma vez queroressaltar que o aparte, partindo de V. Ex', Deputado brio
Setembro de 1983
lhante desta Casa, que bem defende o nosso Nordeste, sóenriquece o meu pronunciamento. Dizia eu:
"A autonomia municipal será assegurada:T) Pela eleição direta de Prefeitos, Vice
Prefeitos e Vereadores, realizada simultaneamenteem todo o País, em data diferente das eleições geraispara Senadores, Deputados Federais e DeputadosEstaduais;
lI) Pela administração própria, no que respeiteao seu peculiar interesse, especialmente quanto:
A) À decretação e arrecadação dos tributos desua competência e a aplicação de suas rendas, semprejuízo da obrigatoriedade de prestar contas epublicar balancete nos prazos lixados em lei;
B) À organização dos serviços públicos locais."
Sr. Presidente, Srs. Deputados, quando solicitamos aatenção da Nação para que se dê e se cumpra dc fato odireito da autonomia municipal, é porque desejamos vero verdadeiro Município brasileiro com a sua autonomiapolítica, com sua direção própria, exercendo as suasfunções legislativas, com seus órgãos diretivos emanadosda vontade política da população local, assim como nasua administração.
Concedo o aparte ao nohre Deputado Alcides Lima.
O Sr. Alcides Lima - Nobre Deputado Francisco SaJes, não posso furtar-me à tentação de aparteá-lo, maisuma vez, sobre um assunto de real significado para todosnós. brasileiros. É a propósito da colocação feita peloDeputado Orestes Muniz, seu colega de Rondónia, a deque realmente é preciso, é necessário. é imperativo, que oPoder Central, que O Governo Federal tome consciência- e creio que já está sendo forjada nos Gabinetes dosMinistérios - de quc a autonomia municipal é fator defundamental importância para o desenvolvimento daNação e do sistema federativo como um todo. Querocongratular-me, aproveitando esta deixa~ com o Ministério da Agricultura, que já tem um programa palpável eobjctivo sobre a municipalização da agricultura. QueiraDeus que eSSe programa, em que pese às limitações doMinistério da Agricultura na gcstão dos recursos, sejaimplementado não só para o fortalecimento do Município, mas também para o da nossa agricultura e, por conseguinte, da nossa economia.
O SR. FRANCISCO SALES - Agradeço ao nobreDeputado Alcides Lima o aparte.
Continuo, Sr. Presidente.Como poderão os Municípios brasileiros obter sua au
tonomia, se sua ação e organização estão afetas resumidamente a funções tais como: a de polícia preventiva, Iiscalização de edificações, planos de urbanismo, aprovação de plantas de construções, regulamentação dos logradouros públicos, permissão e fiscalização de espetáculose diversões públicas, serviços de assistência social,comércio ambulante, venda de bebidas alcoólicas, ensinoprimário etc., todos ou quase todos fontes de despesasenormes se as compararmos com as de recursos locais.
O Sr. Wildy Vianna - Permite-me V. Ex' um aparte?
O SR. FRANCISCO SALES - Concedo ao nobreDeputado Wildy Vianna, representante do Acre, o aparte.
O Sr. Wildy Vianna - Nobre Deputado, cumprimento V. Ex' pela felicidade dc, nesta manhã, trazer à Casa,para debate franco e democrático, assunto que consideramos dos mais importantes, haja vista os seguidos apartcs que tem merecido o discurso de V. Ex', oferecidospor colegas dos diversos rincões da Pâtria, com Seus pontos de vista em solidariedade ao brilhante pronunciamento que faz. Nós, do vizinho Estado de V. Ex', saímostambém, há bem pouco tempo, da situação de ex·Território, e queremos, nesta oportunidade, afirmar o
Setembro de 1983
nosso apoio a este assunto, que vem, sem sombra de dúvidas, abrilhantar o debate nacional sobre a autonomiafinanceira dos Municipios. Eu gostaria de estabelecer umparalelo entre o Estado de V. Ex', onde três Municípiostambém já tiveram uma eleição, c o nosso Estado, dizendo que nem só eleição é suficiente. Precisamos, também,de autonomia financeira, com a modificação do sistemae de legislação nacional. Verificamos que a cada dia aCapital Federal recebe caravanas de Prefeitos do interior, numa verdadeira peregrinação, buscando simplesmente aquilo que a lei lhes assegura. Mas, pela falta deindependência financeira e politiea, vêm os Municípiosbrasileiros amargurando anos a fio, de Governo a Governo. Imagine V. Ex' a situação dos Municípios do meuEstado, que com a Capital perfazem um total de doze,todos eles com Prefeitos nomeados. Embora esses Prefeitos sejam escolhidos entre meus correligionários, registroaqui a minha tristeza por não verificar eleições municipais diretas em nosso Estado. Continuo a pedir o apoiodesta Casa e dos meu Pares para que isso se realize embreve. E tenho mais a acrescentar: o Acre, lamentavelmente, nobre Deputado, se diferencia do Estado de V.Ex': Rondônia, exporta; o Acre importa do limão ao petróleo. Para tristeza nossa, é grande a evasão da receitaem nosso Estado, e o meio circulante é dos mais pobres.Aqui fica o meu apoio c o pedido a V. Ex' para que continuc nessa caminhada. lutando pela autonomia financeira de todos os Municípios brasileiros.
o SR. FRANCISCO SALES - Muito obrigado aonobre Deputado Wildy Vianna pelo aparte, que enriquece O meu pronunciamento.
o Sr. Siqueira Campos - Deputado Francisco Sales,gostaria de solidarizar-me com V. Ex' nessa sua luta, quenão é só em favor do Estado de Rondônia. Rondôniatornou-se Estado graças à contribuição de homens comoV. Ex' - valorosos, corajosos e dedicados à causa da·quele formoso pedaço do Brasil, que está a desenvolverse graças ao trabalho constante de sua bancada e de V.Ex', que é um batalhador de alto nível. Em tão poucotempo de Parlamento, V. Ex' já se destacou não somenteem nosso meio, mas na cúpula do Poder e nacionalmente, porque é um destemido defensor do seu Estado e também das causas Iibertárias do povo brasileiro. V. Ex' lutapelas mudanças indispensáveis à modernização e à organização do nosso País; luta para que cheguem ao trabalhlador melhores rsultados do seu esforço; luta parademocratizar o poder democratizando o seu e os demaispartidos, porque sabe - e demonstra com argumentosos mais válidos, os mais bem aceitos - que a democraciatraz melhores resultados para o povo brasileiro. V. Ex'luta, enfim, pela justiça social. Estou de acordo com V.Ex' e me solidrizo com esta sua luta. O nosso partido, aLiderança do PDS nesta Casa, fica feliz em ter companheiros como V. Ex', que tanto nos ajudam a que o par·tido tenha uma boa imagem perante a opinião pública. OPDS tem a melhor proposta, a mais atual, mas, se nãofossem valores como V. Ex', o povo brasileiro não teriaeste entendimento, que, graças a Deus, está tendo. Façovotos para que a carrcira política de V. Ex' seja brilhante, porque V. Ex' é um servidor do povo. E o político vocacionado para servir ao povo deve ser apoiado e aplaudido a todo instante. Ê o que faço neste momento, agradecendo a V. Ex' ter-me permitido participar do trabalho belíssimo que está realizando e especialmente destediscurso com que nos brinda nesta manha.
O SR. FRANCISCO SALES - Muito obrigado, meunobre Líder Siqueira Campos. Suas palavras me deixamemocionado c recompensado pelo trabalho que temosfeito em prol àa nossa Rondônia.
A condição básica da autonomia política e a autonomia Financeira. Aquela dificilmente existe sem esta. Daía importância das finanças municipais, especialmente,das receitas com que contam as comunas para manterem
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
a sua organização administrativa e atenderem às suasimportantes atribuições.
Se assim é, podemos inferir que apenas aparente ouilusória tem sido a autonomia dos municípios brasileiros, dada a penúria de recursos que sempre tiveram deenfrentar. Essa carência é constante na vida dos Municípios e é certo que seja também reflexo do próprio subdesenvolvimento histórico nacional. Mesmo consideradano contexto pátrio, contudo, é de nítida desvantagem asituação dos Municípios - comparada à das demais pessoas políticas constitucionais.
Concedo o aparte ao nobre Deputado Jonas Pinheiro.
o Sr. Jonas Pinheiro - Nobre Deputado FranciscoSales, li todo o discurso de V. Ex' e não poderia deixarde congratular-me com V. Ex' pelo brilhante pronunciamento que profere nesta manhã. Na verdade, ele vem aoencontro dos interesses de uma grande massa de Prefeitos que buscam a autonomia administrativa e financeirados seus Municípios. Deus queira que o discurso de V.Ex' seja ouvido e que não assistamos mais a essa grandequantidade de prefeitos que aqui vêm, todos os dias, comsuas comitivas, à procura de maiores recursos para ad~
ministrar seus municípios. Gostaria de registrar o meuapoio ao brilhante discurso que V. Ex' proferc nesta ma·nhã.
O SR. FRANCISCO SALES - Agradeço ao Deputa.do Jonas Pinheiro o aparte e digo-lhe que continuaremosnesta luta pela autonomia financeira c administrativa detodos os municípios brasileiros.
Concluo, Sr. Presidente. Essa desvantagem financeiradecorre em parte da parcimônia com que a Constituiçãodotou os Municípios, em matéria de competência fiscal.Com efeito, além das taxas e contribuições de melhoria(art. 18), a Carta Magna atribuiu aos municípios, no seuart. 24, apenas os impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;11 - serviços de qualquer natureza, não compreendi
dos na competência tributária da União ou dos Estados,definidos em Lei complementar.
Não há dúvida de que, para compensar essa sobriedade dos poderes tributários conferidos aos municípios, como, aliás, aos Estados, foi instituído um amplo sistemade participação nas receitas, semelhante ao que os alemães denominam Iinanzausgleích (Equalização Financeira). Por esse sistema são efetuadas, para os municipios,transferência da União e dos Estados. Destes vão para osmunicípios, transferências da União e dos Estados. Destes vão para os municípios 20% da arrecadação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias. Da União, a totalidade da arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural e I I% dasarrecadações do Imposto de Renda e do Imposto sobreProdutos Industrializados. Os Municípios recebem ainda, juntamente com os Estados, os seguintes percentuaisdos Impostos Únicos: 40% do Imposto sobre Lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos (proporcionalmenteà superfície, população, produção e consumo), 60% doTmposto sobre Energia Elétrica (proporcionalmente àsuperfície, popnlaçâo, produção e consumo, mais quotacompensatória da área inundada pelos reservatórios), e90% do Imposto sobre Minerais do País.
Mas é tudo muito pouco - em confronto com as responsabilidades e necessidades municipais!
Examinando-se as estatísticas tributárias, verifica-seque, a partir de 1967, quando a reforma fiscal da Emenda Constitucional n. 18, de 1965, modificada pela Constituição de 1967 e sua Emenda n. I, de 1969, começou aproduzir os seus efeitos, o quinhão dos Municípios, deinício, apresentou-se com pequena melhom, para depoisir decrescendo. A arrecadação própria municipal foi perdendo substância, se comparada com as receitas transferidas. Houve sensível queda nas arrecadações municipais- passaram de 6,8% no período 1957/66, para 3,9% noperíodo 1967/77. Atualmente, apenas um terço da recei-
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ta municipal (em média) ê fruto da competência tributária própria. Dois terços provém de transferências esta·duais e federais, "cujas oscilações, bem como as excessivas vinculações legais, reduzem substancialmente a autonomia municipal", segundo revela recente estudo da Secretaria de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda.
Os que se têm preocupado com o problema vêem essatriste realidade corno resultado direto de uma filosofiacentralizadora do Governo Federal, como se depreendede recente simpósio sobre o sistema tributário nacional,levado a efeito nesta Casa.
Essa centralização excessiva, Sr. Presidente, fez o Município um mero espectador do processo de desenvolvimento nacional, ele, que deveria ser a sua base. Por isso,sentimos, Sr. Presidente, que em matéria de finançaspúblicas estamos vivendo uma pirâmide invertida.
Coloque-se o Município como base desta Nação quelogo veremos os seus problemas declinarem; a sociedadese fortalecer, a produção aumentar, novas e autênticas li·deranças surgirem. Certamente a confiança voltará apulsar no coração do homem brasileiro.
Era o trabalho que queria apresentar à Casa, Sr. Presidente, dedicado a todos os Prefeitos brasileiros, especialmente aos Prefeitos do meu Estado, Rondônia.
o SR. AMAURY MüLLER (PDT - RS. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, acatástrofe que se precipitou sobre o Chile, há 10 anos,lembra um dos mais brutais episódios de que a Históriaibero-americana tem notícia, pelo menos neste ciclo daera contemporânea. Porque - abolida a ordem constitucional e imolado o Presidente Salvador Allende - o miliciano Augusto Pinochet assaltou o poder, rasgou aConstituição, instalou um dos mais sanguinários processos de repressão policial e violenton os mais elementaresprincípios de respeito aos direitos da pessoa humana.Trazendo a reboque um cortejo de violências cegas, o arbitrário esbirro não relutou em abrir o abismo de umatrágica noite política, onde foi jogado o património dalegalidade de todo um povo livre.
Dono de singular estilo de antropofagia cultural, ovassalo do capitalismo estrangeiro perdeu qualquer resquício de cerimônia ou escrúpulo, e investiu contra as reservas morais e culturais da nação, invadindo e destruindo, numa ação de rapina, a residéncia do grande poetado nosso século e prêmio Nobel de literatura, Pablo Ncruda.
Desestabilizando uma tradição política centenária euma estrutura democrática histórica, em volta da qualoutras nações recebiam lições de democracia, Pinochetpõe-se de pé sobre uma ruína de idéias, como um parvoque ignora a inteligência e as rcivindicações sociais dohomem.
Nessa conceituação, vale sublinhar que recente relatório da Anistia Internacional faz menção a mais de duzentos irmãos chilenos brutalmente seviciados como requintes de crueldade nos campos de concentração dissenimados pejo pais, nos últimos meses. Não faz ainda ummês, foram assassinados friamente 37 civis, entre osquais 4 crianças. E ontem, Sr. Presidente, na Quinta Jornada Nacional de Protesto, nada menos que 5 pessoasmorreram e outras 200 foram detidas pelo regime repressivo e policialesco de Pinochet.
Note-se que a mão-de-obra quc trabalhou o crimeapresenta ángulos de uma atrocidade sem medida, fatorsuficiente para identificar o tipo de militarismo celeradoe bestial, cujas atrocidades cobrem de vergonha a memória de Bernardo O'Higgins, o libertador da grandepátria chilena. Nesses 10 trágicos anos, o regime autori·tário e sombrio de Pinochet cassou todos os direitos doscidadãos, proibindo-os de se organizarem em sindicatos,partidos políticos e agremiações profissionais. Foram 10anos de absoluta repressão às expressões políticas, cultu·rais, ideológicas e regiliosas. Foram 10 anos de brutali-
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dade institucionalizada, ao longo dos quais o regime assassinou quase vinte mil patriotas chilenos, provocou odesaparecimento de outros dois mil e mantém, seqüestrados nas prisões clandestinas e nos inúmeros camposde concentração, como "Três Álamos" e HChacabuco",centenas de milhares de chilenos. O requinte da bestilidade extrapolou as práticas nazi-fascistas; foram descobertos não faz muito, vários cemitérios clandestinos portodo o Chile c ali jogados, na vala comum das coisas inúteis, os corpos de valorosos patriotas que não se submeteram à farsa da ditadura. Hoje os mortos do Chile clamam para que se faça justiça e seja varrida definitivamente da memória nacional essa obscura fase da históriado povo irmão.
É oportuno considerar, Sr. Presidente que o totalita-'rismo nessa nação do Pacífico é um verdadeiro atentadoà liberdade do próprio continente americano. E o maistrágico é interpretar o confronto de ontem e de hoje, aosaber-se que O Chile, antes da tragédia de 1973, se impôsdiante do consenso universal como a pátria generosa dosexilados latino-americanos.
Não custa lembrar, a esse respeito, que, após o golpede 1964, Aqui no Brasil foram numerosíssimos os cidadãos brasileiros que buscaram o acolhimento da bandeira chilena, quando então dirigiam o País, sucessivamente, Eduardo Frei, democrata eristão, e após, SalvadorAllende, alto expoente humano, inspirado em idéias sociais superiores. E sempre que o nome do Chile era trazido à mesa das conversações políticas, sobrepunha-se aopinião unânime de que essa nação era um centro deproteção dos dircitos humanos.
Mas há os desencontros do homem primário com aHistória. Agora, por exemplo, surge aos olhos da comunidade democrática a figura do ex-ator Ronald Rcagan,o "Vaqueiro" do apocalipse", como definiu o exPresidente e pacifista Jimmy Carter, logo que percebeuas linhas da tragicómica agenda do novo hóspede daCasa Branca.
Tanto que, ao acionar os desdobramentos da sua açãoimperialista e desagregadora, Reagan fortaleceu todas asditaduras, financiando-lhes a crueldade e dotando-as desofisticados equipamentos bélicos, destinados à repressão de movimentos libertários e impondo às maioriasoprimidas a lei do siléncio policiai. Aí estão os paísescom regimes serviçais na América Central, como Honduras, Guatemala e EI Salvador, onde militares são levados e mantidos no poder, em total desrespeito à vontadenacionai.
O imperialismo organiza bases militares eom a únicafinalidade de agredir as jovens repúblicas que, por sí só,alcançaram a liberdade e as nações que lutam para se libertar do trágico caminho que lhes foi imposto nesses séculos de dominação e miséria.
Aí está a América Central sob o ostensivo bloqueio doPentágono, onde as manobras militares chegam ao extremo de violar a privacidade territorial de diversas nações,todas indefesas e já esmagadas pelas doenças carenciais epela própria fome, tal a brutal espoliação da cínica diplomacia do dólar durante extensos períodos de colonialismo.
É imperioso destacar que, friamente, o Presidente Ronald Reagan - que personifica um dos mais ruidososequívocos eleitorais dos Estados Unidos - arma surpreendente conexão histórica com a avassaladora dominação hispânica, quando a iniciar-se pela Venezuela, sepretendeu a perpetuação do jugo político de Madrid,ocasião em que o guerreiro e herói Simon Bolivar, com ainspiração de Francisco Miranda, atirou no mar as hordas invasoras, obtendo a independência não só de suapátria, mas de quase toda a América Latina, para o quenão faltou a ação brava de Sucre, O'Higgins, San Martin, como também do nosso compatriota Abreu e Lima,um dos generais de Simon Bolívar. Hoje, o que se passana pequenina, mas corajosa Nicarágua poderá ser uma
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
repetição da história, o início da libertação definitiva daAmérica Latina.
É determi nadamente óbvio, Sr. Presidente, que o antigo cativeiro norte-americano do Caribe já encontrou aprestimosa e rápida solidariedade mundial. E os assessores militares da Casa Branca. mesmo presos às suas limitações mentais, hão de entender, num esforço político,que a espoliação de Washington chega, agora, ao princípio do fim em nosso continente.
Recorde-se que os pontos doutrinários, profundamente nacionalistas, impostos por Salvador Al1ende, confioguram um ato de seriedade, quando o estadista, imoladopelo fascismo de Pinochet, não hesitou em devolver aoseu povo as reservas cupríferas, pelo fato de serem elas aprincipal fonte de divisas do país.
Vale evidenciar também o ato de Allende que estatizou o sistema bancário-financeiro e permitiu a base paraO controle social da poupança e das taxas de juros, estimulando investimentos prioritários em setores vitaispara a economia chilena. A decisão de anular as decisõespatrióticas de Allende levou, sem dúvida, os banqueirosalienígenas a uma farta e estridente orgia internacional,embora tudo isto custasse a sorte trágica dos irmãos andinos. Destruíram o seu parque industrial, levando à fa·lência quase cinco mil empresas. 1\To setor agrícola, aárea cultivada diminuio em 50%. Hoje o PIE é inferiorao de 1970. O desemprego generalizado chega a 25% daforça do trabalho, e o salário mínimo, para aqueles queainda conseguem trabalho, não passa de 20 dólares mensais, em flagrante oposição e marcante contraste com oChile de Eduardo Frei c Salvador Allende, quando os salários permitiam uma vida com dignidade, ao tempo emque as indústrias e a agricultura experimentavam francocrescimento. No Chile, o consumo de bens não era privilégio de poucos, mas um direito que se espalhava por todas as camadas sociais. Hoje, desgraçadamente, o Chilenão passa do subúrbio desesperado do imperialismoopressor, enquanto as normas ditadas a este país arruinado provêm dos laboratórios da Universidade de Chigago, cuja reitoria é um atuante colegiado de banqueirose grupos transnacionais. A dívida externa, depois que Pinoehet se aboletou no poder, subiu a 18 bilhões de dólares, umas das maiores dívidas per eapíta do mundo. Oendividamento dos óutros países da América Latina, entre os quais infelizmente se encontra o Brasil, é o resultado dos empréstimos feitos pela banca internacional emapoio às ditadura~ militares, não importando os juros altos que a nação t,em que pagar, desde que pudessem osmembros desses regimes ditatoriais se envolver impunemente em atos de corrupção. Nunca se disse tantas inverdades e nunca se roubou tanto dos cofres públíeos comonos países da A,mérica Latina governados por esbirrosdo imperialismo americano.
Por outro lado, note-se que esses efeitos danosos se refletem diretamente sobre o Brasil, através de uma metodologia econômica demolidora, subscrita pelo FMI, eque hoje, nos tentam impingir sob a tutela mal dissimulada da incompeténcia e da traição das autoridades monetárias nacion'ais.
Na análise mais ampla da realidade, é coerente entender que os fundamentos democráticos, depois das trevasdo totalitarismo caídas sobre o Brasil no trágico 19 deabril de 1964, vêm-se institucionalizando gradualmente,já que as pressões da opinião pública não permitiriammaior procrastinação do odioso estado de exceção que,afinal, acaba de esgotar-se.
Ouço, com muito prazer, o nobre Deputado OrestesMuniz.
o Sr. Orestes Muniz - Nobre Deputado AmauryMüller, estou ouvindo com muita atenção o seu pronunciamento, que traz uma radiografia não só do Chile, masde todos os países da América Latina, nos quais, a exemplo do Chile, do Brasil, da Argentina e de outros países
Setembro de 1983
mais, por um golpe militar o povo foi alijado das decisões. E, dado este afastamento do povo das decisões queinteressam à Nação, os administradores passaram a administrar, conforme V. Ex~ bem o disse, com inspiraçãono exterior, alheios às inspirações nacionalistas que deveriam nortear qualquer dirigente sério c que realmenterepresentasse as massas populares. Assim, parabenizo V.Ex' pela linha de pensamento que vem desenvolvendo etambém pela feliz oportunidade de hoje trazer um assunto ao qual agora começamos a prestar atenção - a situaçào do Chile - dados os protestos e a morte de irmãos nossos latino-americanos sob aquele regime.
o SR. AMAURY MÜLLER - Agradeço a V. Ex'.Realmente, depois que a política do dólar impôs à frágildemocracia latino-americana novo estilo de ação política, colocando no poder esbirros, meros representantesdos interesses alienígenas, o Continente latinoamericano mergulhou, num banho de sangue, numa situação de fome, de miséria generalízada, de doenças, deanalfabetismo. Agora mesmo, nobre Deputado, os jornais noticiam que o povo indefeso, mas corajoso da Nicarágua, que ousou desafiar o poderio do suposto patrãodo Norte, foi atacado na sua capital, Manágua; a residência do Chanceler Padre Miguel Descoto foi bombardeada; o Aeroporto de Manágua igualmente atacado poraviões patrocinados, não pela Costa Rica, onde estavambaseados, supostamente a serviço do traidor Eden Pastora, mas pelos Estados Unidos, que pretendem transformar a América Central num novo Vietnã.
Ouço o nobre Deputado Luiz Henrique.
o Sr. Luiz Henrique - Nobre Deputado AmauryMüller, nós, que sofremos coletivamente a dor de suacassaçào por um ato injusto, como tantos deste regimearbitrário e intolerante, nós, que ocupamos a tribunapara perorar contra essa cassação, vemo-lo com grandealegria de volta a essa tribuna, consagrado nas urnas doRio Grande do Sul e consagrado na admiração de seuscolegas, eleito que foi 49-Secretário desta Casa ...
o SR. AMAURY MÜLLER - Muito obrigado.
O Sr. Luiz Henrique - '" não poderíamos deixar delhe apartear, porque V. Ex'. juntamente com o bravo irmão da cidade de Caxias, Nadir Rossetti, juntamentecom Lyaâneas Maciel, juntamente com Alencar Furtado, juntamente com todos os outros companheiros quetombaram nesta luta, vítimas do arbítrio e da exceção,representaram e representam sempre o símbolo da chama da nossa luta, a luta que V. Ex' traduz tão bem noseu discurso, a luta contra o arbítrio que se instalou paraprivilegiar os interesses do capital estrangciro e que seinstalou sob a conspiração das potências internacionais,que patrocinam o capital estrangeiro. E seria bomlembrar, nesta manhã de sexta-feira, a denúncia formulada anos atrás pelo jornalista Marcos Sá Correia, que,mostrando documentos secretos do Pentágono, comprovou na cabeça da conspiração de 64 a participação daClA, a participação do então Embaixador dos EstadosUnidos, Lincoln Gordon, e a clara manipulação dosacontecimentos pelo Governo dos Estados Unidos. De64 para cá, não tivemos outra coisa senão a repetiçãodesse drama de miséria, de desnutrição, de desníveis regionais c setoriais, patrocinados por esse regime queadota suas diretrizes lá de fora, aplicando-as aqui dentropara servir aos interesses externos. Em nome da Liderança do PMDB, congratulo-me com V. Ex' pelo seubrilhante discurso.
o SR. AMAURY MÜLLER - Muito obrigado,nobre Deputado Luiz Henrique. A solidariedade de V.Ex' me comove c me enternece, pelo que lhe sou profundamente grato. Quero também aqui, traduzindo, comtoda certeza, o sentimento de gratidão do querido companheiro Nadir Rossetti - que se recupera de uma deli-
Setembro de 1983
cada intervenção cirúrgica e em breve estará novamente,para alegria nossa, neste plenário - agradecer as manifestaçães generosas de V. Ex'.
Com efeito, o golpe de 1964, assestado contra a liberdade, contra a democracia no Brasil, foi o mesmo golpeque assassinou a longa e secular tradição democrática noChile, há dez anos. Dir-se-á: mas por quc falar nos dezanos de ditadura chilena, quando este País, mergulhadonuma grave recessào econômica, vive momentos de an~
gústia c de instabilidade social, com a fome grassandopelo Nordeste afora e o Sul martirizado por inundações,en frentando enormes dificuldades?
Ora, a solidariedade é importante, V. Ex' acaba deexpressá-la. A fome que hoje mata chilenos é a fome quemata brasileiros. A doença que dizima populações inteiras do Chile é a mesma que dizima populações inteirasdo Brasil. A ação do imperialismo que saqueia a economia chilena é a mesma que está levando o Brasil à insolvência. Temos o dever histórico de expressar a nossa solidariedade, quando encontramos uma réstia de esperança de restabelecer a democracia neste País. E, lá, O
povo chileno, como comprovam os jornais de hoje, continua sendo massacrado e os seus direitos sistematicamente espezinhados. Por isso, nós, do PDT, nós, daOposição, na antevéspera do trágico II de setembro de1973, queremos expressar aqui, com toda a veemência, onosso repúdio, a nossa repulsa à ditadura implacável quePinochet e os Estados Unidos patrocinam no Chile.
Ouço, com muito prazer, V. Ex'.
O Sr. Alcides Uma - Nobre Deputado AmauryMiJller, grande e ilustre representante do povo gaúcho,aparteá-lo, para mim, é sobretudo uma honra.
o SR. AMAURY MÜLLER - A recíproca é verdadeira.
o Sr. Alcides Lima - Trocar idéias com V. Ex' enriquece o meu espírito. principalmente quando V. Ex' volta ao convívio parlamentar, depois de uma ausênciacompulsória. Disse a V. Ex' volta ao convivio parlamentar, depois de uma ausência compulsória. Disse a V. Ex'que a História não fala dos covardes. A História só falados audaciosos. dos corajosos. daqueles que têm a coragem de externar as suas próprias convicções. Grandesmártires lutaram pelo cristianismo, pela liberdade dospovos. V. Ex'. como outros ilustres brasileiros. já tem onOme registrado na nossa história pela luta que desenvolveu na busca da democracia que todos almejamos. Ahistória brasileira também é feita desses movimentos degangorra. E se hoje estamos saindo de um período dearbítrio, a Revolução que se instalou a partir de 1964 éfruto da irresponsabilidade cometida por um Governoeleito pelo povo com uma esmagadora votação. Estemesmo Governo que teve o respaldo popular não teve acoragem que teve V. Ex" de sustentar uma posição que tinha no povo seu maior suporte, seu maior apoio. Esperoque a cada dia este Pais possa encontrar os seus caminhos e chegar ao seu verdadeiro destino. Muito obrigadopelo aparte que V. Ex' me concedeu e muito succsso cmsua grande luta.
O SR. AMAURY MÜLLER - Deputado Alcides Lima. agradeço, reaimente emocionado. suas palavras desolidariedade. Mas me permito discordar de V. Ex'quanto à forma pela qual os golpistas apearam do poder,como disse V. Ex'. um Presidente eleito pela vontadelegítima e soberana do povo. Se houve descaminhos em1964, se houve irresponsabilidades, o que dizer dos diasde hoje? Tínhamos, àquela época uma inflação de 87%,que realmente corroía as entranhas nacionais; tínhamosuma d[vida externa que mal atingia os 3 bilhões de dólares. Hoje temos Uma inflação que ninguém sabe a quantochega. porque a contabilidade oficial não reflete. na verdade. o Indice Nacional de Preços ao Consumidor. Overdadeiro processo de excitação inflacionária. Provavelmente chega a 200%. E ninguém diz que este regime
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
que aí está, contra a vontade popular, à revelia da vontade nacional, é irresponsável. Temos uma dívida que jáultrapassa o patamar de 100 bilhões de dólares, colocando a Nação numa situação insustentável diante da comunidade internacional. E ninguém diz que este regime queaí está é irresponsável. Se V. Ex' ousa chamar o GovernoJoão Goulart de irresponsável, com o quadro aqui descrito sumária e sinteticamente. V. Ex' terá também queconcordar que o regime que aí está, que não foi eleito.que não tem suporte popular, é igualmente irresponsável. Do contrário, o Brasil não se encontraria no fundodo poço. tal como se encontra. De qualquer forma, defendo até à morte o direito das pessoas de discordaremdas minhas opiniões e V. Ex' pode dispor desse direitoenquanto tivermos uma tribuna para debater os grandesproblemas nacionais.
Continuo. Sr. Presidente.
É inadiável, agora, que se consolide o Poder Civil eque se restaurem as conquistas democráticas, comeleições livres. com o pleno respeito à liberdade de cátedra, de imprensa e de organização sindical, com tribunais livres e as praças e ruas devolvidas às camadas majoritárias da população.
Acresce salientar a necessidade de dinamizar-se o movimento de solidariedade às nações irmãs, como o Chile.de modo a que a democracia, em sua plenitude, deixe deser uma concessão generosa dos déspotas, mas um inalienável direito eonferido a todos os cidadãos. Dentro destalinha. cabe avaliar, a expressiva substância doutrináriacontida na. "Declaração do Rio de Janeiro" - Estadosob a administração lúcida e aberta do companheiroLeone.l de Moura Brizola. O Comitê da InternacionalSocialista para a América Latina e o Caribe concebeu eeditou um documento de inegável magnitude, em que denuncia a condição sócio-econômica da América Latina eexige a cessação do estado de exploração desumana emque vivem milhães de irmãos. sob rcgimcs autoritários editatoriais.
Felizmente, Sr. Presidente. a ditadura chilena está nofim. A afirmação não c meramentc emocional. As forçasdemocráticas popularcs ganharam as ruas. as praças, asgrandes avenidas e exigem a renúncia do déspota que levou a brutal repressão além das fronteiras do seu país.Como exemplo, cito os assassinatos, pelas hordas facistas, do Ministro de Relações Exteriores do Governo daunidade popular. Orlando Letelier, nos Estados Unidos.e do Comandante do Exército. General Carlos Prats. esua esposa. na Argentina. numa ação que ultrajou aindamais as forças armadas chilenas.
As pressões da sociedade civil que, bravamente e sobbrutal repressão, procura reconstruir sua unidade, haverào de desembocar no restabelecimento do império dalei. da liberdade e da demoeracia.
A Aliança Dcmocrática Chilcna. presidida pelo exChanceler Gabriel Valdés c intcgrada por todas as correntes políticas antifascistas. agremiações sindicais e entidades profissionais, já elaborou um programa mínimocapaz de assegurar a transiçào do atual regime autoritário para um sistema de fraterna convivência humana,onde as idéias tenham livre curso, os direitos inalienáveisdos cidadãos sejam integralmente respeitados e a dcmocracia não constitua uma simples figura de retórica.
"A maldição do povo", tal como o chancelar francêsdefiniu o General Pinochet. está nos estertores. Amanhã,com certeza, esmagado o último resquício de autoritarismo, o bravo povo chileno hasteará a bandeira da liberdade no grande mastro da História c sepultará para sempre o negro período de atrocidades que, hoje, enodoa anação e fere fundo o sentimento democrático da Humanidade inteira.
o SR. PRESIDENTE - (Walber Guimarães) - Informo ao Deputado Amaury MUllcr que o seu tempo está ultrapassado em dois minutos.
Sábado 10 8869
o SR. AMAURY MüLLER - Não poderia deixar atribuna sem. democraticamcnte, ouvir o aparte da figuraextraordinária. que honra e dignifica o Parlamento Nacional, vítima que foi da violência autoritária. o nobreDeputado Fernando Santana.
o Sr. Fernando Santana - Agradeço, DeputadoAmaury MiJller, pelas suas generosas referências. V. Ex'pronunciou discurso que me lembra o Chile do tempo deA!lende. Recordo-me de que. quando chegamos ao Chilehavia um clima de profunda consternação, diante daqueda da chamada democracia brasileira. Vi chilcnoschorarem, Sr. Deputado. porque esperavam que o carroda história latino-americana seria levado à frente, na medida em que o Brasil conseguisse ir-se liberando da dependência estrangeira. Toda a América Latina esperavaque continuasse a mesma senda de libertação. Travamosdiscussões muito sérias com os chilenos tentandomostrar-lhes que a nossa queda aqui não tinha sido umacovardia como eles diziam. Pois bem. Sr. Deputado.tempos depois, a Frente Popular conquista o poder noChile, e vimos, naquele;. "setembro negro'", que agoracompleta 10 anos, a queda de Salvador AlIende, metralhado no seu próprio palácio. Isto significa. Sr. Deputado. que na América Latina - no Brasil, inclusivc - asforças internacionais continuam controlando os nossosdestinos, e na hora em que qualquer povo da AméricaLatina começa a dar alguns passos no sentido da sua libertação, arma-se. de uma maneira mágica, todo um cenário, toda uma necessidade de mostrar e derrubar. Temos, no Brasil dois exemplos históricos: justamentequando o Presidente Vargas vivia o momento mais altode seu governo. no sentido da defesa dos interesses nacionais. nesse instante, inventaram o chamado. "mar delama", em torno de Vargas, que, depois de morto, através seu testamento. revelou condições financeiras inferiores à que dispunha antes de 1930. Este homem, aquem ninguém pode acusar de doloso ou de corrupto, foimanchado miseravelmente, e praticou, a meu ver, o haraquiri - como o japonês faz, diante da pátria, quandonão podc lhe prestar contas - e não o suicídio. Poisbem, Sr. Dcputado, anos depois, repete-se no Brasil, jáem escala muito maior, o processo de destruição do Prcsidente João Goulart, que não caiu por erros cometidos.mas pelos acertos que teve no seu governo. AlIende também caiu, Sr. Deputado, não pelos erros que tivesse praticado. mas pclos acertos no sentido da independêncianacional do Chile. Era isto o que queria dizer a V. Ex'
o SR. AMAURY MüLLER - Muito obrigado.Para concluir, Sr. Presidente, quero dizer que os povos
livres do mundo. na antevéspera do golpe que massacroua democracia chilena. estão de luto. E eu, na qualidadede democrata e de brasileiro, me confesso envergonhadopor tudo quanto aconteceu e está acontecendo no Chile.Mas quero aqui repetir, em coro com as nações livres domundo e com a humanidade inteira, a expressão que haverá de caracterizar o fim desses 10 longos e penososanos de arbítrio e obscurantismo: fora Pinochet! (Muitobem. Palmas. O orador é cumprimentado.)
Durante o discurso do Sr. Amaury Müller o Sr.Walher Guimaràes. 2'-Vice-Presideme deixa.a cadeira da presidência. que é ocupada pelo Sr. CarneiroArnaud. Suplente de Secretário.
o SR. PRESIDENTE (Carneiro Arnaud) - Concedoa palavra ao Sr. Deputado Hermes Zaneti. (Pausa):
Não está presente.
o SR. PRESIDENTE (Carneiro Arnaud) - Concedoa palavra ao Sr. Deputado Oscar Alves.
o SR. OSCAR ALVES (PDS - PRo Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,defronta-se o Poder Legislativo com uma questão da
8870 Sábado 10
maior importância e da mais palpitante atualidade: aquestão salarial. Em torno dela gravitam as atenções gerais do País, tão sérias são suas implicações sociais.
A todo tempo o problema salarial é preocupante parao político, para a sociedade e para o legislador, quando ofim permanentemente buscado seja de conformidadecom os princípios do Direito e da Justiça.
Infere-se a questão no conceito que façamos do trabalho, desde os primórdios da Humanidade até à interpretação contemporânea, sob a luz de diferentes escolas deeconomia e das doutrinas ideológicas.
"O homem não era destinado a viver na ociosidade"- afirmava o papa Leão XIII em sua famosa EncíclicaRerum Novarum, divulgada a 15 de maio dc 1891, no advento da revolução industrial e através da qual a Igrejase posicionava ante a questão proletária. denunciando demaneira enérgica o escândalo da condição dos trabalhadores. Depois, Sua Santidade acrescentava:
" ...mas ao que teria abraçado livremente, comoexercício agradável, a necessidade lhc acrcscentou,depois do pecado, o sentimento da dor e o impôscomo uma expiação: "A terra será maldita por tuacausa: é pclo trabalho quc tirarás com quealimentar-te todos os dias da vida" (Gen.3,17)."
Admitindo o fato social, Leão XIII, advertia:
"O erro capital na questão presente é crcr que asduas classes (patrões e empregados) são inimigasnatas uma da outra, COmo se a natureza tivesse armado os ricos e os pobres para se combaterem mutuamente num duelo obstinado. Isto é uma aberração tal, que é neccssário colocar a vcrdade numadoutrina contrariamente oposta, porque, assimcomo no corpo humano os membros, apesar da suadiversidade, se adaptam maravilhosamente uns aosoutros, de modo quc formam um todo exatamenteproporcionado e que se poderá chamar simétrico,assim também I na sociedade, as duas classes estãodestinadas pela natureza a unirem-se harmoniosamente e a conservarem-se mutuamente em perfeitoequilíbrio. Elas têm imperiosa necessidade uma daoutra: não podc haver capital sem trabalho, nemtrabalho sem capital. A concórdia traz consigo a ordem e a beleza; ao contrário, de um conflito perpétuo sÓ podem resultar confusão e lutas selvagens."
Após cnumerar os deveres do operário, que é o de "oferecer fielmente todo o trabalho a que se comprometeupor contrato livre e conforme a eqüidade" e recomendando que as reivindicações sejam feitas sem apelos àviolência, a Encíclica papal prescreve:
'"Quanto aos ricos e aos patrões. não devem tratar o operário como escravo, mas respeitar nele adignidade do homem, realçada ainda pela do cristão. O trabalho do corpo, pelo testemunho comumda razão e da filosofia cristã, longe de ser um objctode vcrgonha, faz honra ao homem, porque lhe fornece um nobre meio de sustentar a sua vida. O que évergonhoso e desumano é usar dos homens comovis instrumentos de lucro, c não os estimar senão naproporção do vigor de seus braços."
Mais adiante, vem outro admirável ensinamento quedeve inspirar-nos no instante em que a este Parlamento éatribuída a missão de examinar a questão salarial:
"Mas, entre os deveres principais do patrão, é necessário colocar em primeiro lugar o de dar a cadaum o salário que convém. Certamente1 para fixar ajusta mcdida do salário, há numeroso pontos de vista a considerar. Explorar a pobreza e a miséria, c especular com a indigência, são coisas igualmente re-
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provadas pelas leis divinas e humanas. Cometeriaum crimc de clamar vingança aos céus quem dcfraudasse a qualquer (pessoa) o preço de seus labores:"Eis que O salário, que tendes extorquido por fraudeaos operários, clama contra vós; c seu clamor subiuaté aos ouvidos do Deus dos Exércitos" (Tgo 5,4),Enfim, os ricos devem precaver-se religiosamente detodo ato violento, toda fraude, toda manobra usurária quc seja de natureza a atentar contra a economia do pobre, e isto mais ainda, porque este é menos apto para defender-se. e porque os seus haveres,por screm de mínima importância, revestcm um carâter mais sagrado."
Proféticas as palavras de Leão XIII, no final do séculopassado. e como se adaptam aos nossos dias, quandoapontam outra dolorosa chaga de um sistema iníquo:
HA usura voraz veio agravar ainda mais o mal.Condenada muitas vezes pelo julgamento da Igreja,não tem deixado de ser praticada sob outra formapor homens ávidos de ganância c dc iilsaciável ambição. A tudo isto deve acrescentar-se o monopóliodo trabalho e dos papéis de crédito, que se tornaramo quinhão dc um pequeno númcro de ricos e de opulentos, que impõem assim um jugo quase servil àimensa multidão dos proletários."
Não está ai uma intrínseca alusão à desenfreada especulação monetária que hoje campeia para infelicidade daNação? Em decorrência da qual sacrifica-se a economiaprodutiva, remunerando escandalosamente privilegiadosgrupos que exploram o comércio desvairado do dinheiroe sustentam o monopólio feudal da riqueza'!
Finalmente, a Rerum Novarum nos traz outra oportuna lição, ao defender o livre entendimento entre patrõese empregados. ao condenar o intervencionismo estatal eao proclamar a liberdade dc associa,!ão do operariado.Eis o trecho:
··Façam, pois. o patrão e o operário todas as con~vençõcs quc lhcs aprouver, chcguem inclusivamentea acordar na cifra do salário. Acíma da sua livrevontade está urna lei dejustiça natural, mais elevadac mais antiga, a saber, que o salário nào deve ser insuficiente para assegurar a subsistência do trabalhador sóbrio e honrado. Mas se, constrangido pela ne·cessidade ou forçado pelo receio de um mal maior,aceita condições duras que, por outro lado, lhe nãoseria permitido recusar, porque lhc são impostaspelo patrão ou por quem faz a oferta do trabalho,então é isto sofrer Uma violência contra a qual a Justiça protesta."
Em 1931, outro Pontífice, o inesquecível Pio XI,lançava sua Encíclica "Quadragêsimo Anno", exatamente para comemorar o 409 aniversário da Rerum Novarum, quando rcafirmava a imutável linha da Igrejadiante da qucstão salarial e coerente com os mesmos cimutáveis princípios:
HConheceis, Veneráveis Irmãos e amados Filhos,conheceis perfeitamente a admirável doutrina quetornou a Encíclica Rerum Novarum digna de eternamemória. Nela o bom Pastor, condoído ao ver "amiserável e desgraçada condições em que injustamcntc vivia" tão grande parte dos homens, tomoucorajosamente a dcfesa dos operários que "as condições do tempo tinham entregado e abandonadoindefesos à crueldade de patrões desumanos e à CO~
biça de uma concorrência desenfreada. Não pediuauxílio ao liberalismo ncm ao socialismo, pois o primciro se tinha mostrado de todo incapaz de resolvercovenientemente a questão social, e o segundo pro-
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punha um remédio rnuito pior que o mal, que lançaria a sociedade em parigos mais funestos."
A doutrina social da Igreja se mantém inalterada e, 70anos após, o Vaticano, através da Mater el Magistra, deJoão XXIII. ressalta a clicácia da mensagcm de LcãoXIII e a recomenda como estímulo à ação dos cristãos.Mas o piedoso Pontífice já reclamava por maior participação dos trabalhadores nos organismos dccisórios dasquestões da classe c cm todos os debates pertinentes aosseus direitos. E tambêm criticava que H as resoluções quemais influem no conjunto não são tomadas pelo organismo produtivo, mas sim pelos podercs públicos ou porinstituições de alcance mundial, regional ou nacional,pertencentes à economia. Daqui a oportunidade ou mesmo a necessidade de fazerem parte desses poderes ou instituições, além dos que fornecem os capitais, também ostrabalhadores ou quem lhes represente os direitos, exigências e aspirações"'.
Na Carta Apostólica, Octogésimo Adveniens, PauloVI, evocando os 80 anos da Rerum Novarum, defendiano seu grande humanismo:
"Todo homem tcm dircito ao trabalho, à possibilidade de desenvolver aS próprias qualidades e a suapersonalidade, no exercício da profissões abraçada,a uma remuneração equitativa que lhe permita, a elec à sua família, cultivar uma vida digna no aspectomaterial, social, cultural e espiritual."
Durante sua visita ao Brasil, no memorável discurso a140 mil trabalhadores concentrados no estádio do Morumbi, em São Paulo, o Papa João Paulo II situou suamcnsagem na mesma linha da grande encíclica social,passando pela opção pelos mais pobres, tomada na Assembléia dos Bispos de Puebla, que reorientou a Igrejana América Latina, até seu pronunciamento aos operários dc Paris. a 31 de maio de 1980, enfatizando a necessidade de implantação de uma "justa ordem social".
"Prisioneiro do Vaticano", a exemplo de Pio IX, seuantecessor, Giocchino Viccnzzo Pecei fez um dos maislongos pontificados da histôria. E contrariando as previsões por sua avançada idade e frágil saúde, Leão XIIIocupou a cátedra de Pedro de 1878 a 1903. Suas enciclicus abriram o caminho para a reconciliação dos "irmãosseparados", para o diálogo com os cicntistas e para aabertura dos governos em face da questão operária. Antes dele nenhum outro Papa ousara sair da esfera religiosa para tratar de problemas como as questões salariais eeconómicas, Em 1881, a propósito do assassinato de Alexandre lI, da Rússia, ele publicava uma encíclica sobre oprincipado político, admitindo que "os príncipes fossemeleitos pelo voto das massas'"
Fo.t, com todos os méritos, o grande precursor dos dircitos trabalhistas no mundo e o primeiro Pontífice adestaear as qualidades da democracia,
Sob tal inspiração devemos, como maior País católicodo mundo, colocar a temática salarial, para evitar o riscode nos submctermos aos sofismas aéticos dos pretensosdonos de toda verdade científica.
Dom Vicente Scherer, Cardeal-Arcebispo de PortoAlegrc, também se manifesta em torno do assunto:
"O trabalho e ajustiça para todos não se pode espcrar de alguns decretos revolucionários do Governo, nem se receberão dadivosamente dos dirigentesde um Estado redemocratizado (...)"
Sr. Presidente, Srs. Deputados, não temos necessidadede invocar aqui, neste Parlamento formado por idéias ccomportamentos heterogéneos e, por isto mesmo, umfômm dcmocrátieo por exceléncia, a exclusiva concei-
Setembro de 1983I
tuação que a Igreja Católica, diante da qual se genuflexaa quase totalidade da nossa população, já firmou ao longo do tempo sobre o significado do trabalho e do salário.Há um consenso absoluto de que o crivo do problema seassenta em princípios universais da moral e da ética e,portanto, reconhecidamente ecumênicos. fi evidente quedestes princípios discrepa uma insignificante minoria,dolada, contudo, de inegável poder. Tanto é verdade queela nos obriga a estarmos aqui participando deste debate.
Coerente com nossa formação e com nossas con~
vicções c à luz das lições eternas, desejamos proferir nosso juízo a respeito.
o Sr, Luiz Henrique - Nobre Deputado, antes demais nada, gostaria de parabenizar V. Ex' pela lúcidaanálise que faz da doutrina social da Igreja, e ressaltarque, exatamente por defender princípios dessa doutrinasocial, que se aprofundou em Medelin e Puebla, é que aIgreja brasileira tem sofrido uma perseguição implacável. Essa perseguição teve início contra aquele bravo epequenino Dom Hélder Câmara, transferido do Rio deJaneiro para Recife, perseguido sempre e limitado na suaação pastoral; na condenação dos padres franceses Gouriou e Camio c na implacável perseguição, repito, que sefaz contra a Igreja que perola contra as injustiças sociaismantidas a fcrro c fogo por este regime. Procurei alinharaqui rapidamente apenas alguns dos instrumentos quecontrariam fundamentalmente essa doutrina social daIgreja e que foram impostos a partir da tomada violentado poder em 64. E citaria o decreto-lei antigreve, que,,l!'ob a inspiração de regular o direito de greve, acabouproibindo-a; o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço,que extinguiu na prática a estabilidade no emprego eproporcionou toda essa rotatividade e o desemprego,que estamos vendo crescer aceleradamente; a política doarrocho salarial que se impôs durante tantos anos e queagora volta com mais virulência através de decretos repetidos e continuados; as intervenções sindicais; a manipulação dos índices nacionais de preços ao consumidor; aqescaracterização dos sindicatos, que o Governo procura transformar em simples apêndices da Previdência Social; a Leí de Segurança Nacional, atuando como ergáslula sobre a cabeça de todos os sindicalistas já enquadrados neste instrumento de opressão; as prisões, as torturase a m~rte de operários nos calabouços da polícia polític~. Todos esses fatos e muitos outros, que não me ocor~
rem no momcnto, representam toda a injustiça desse sistcma, que contraria a síntcse da doutrina social da IgreJa, quc V. Ex' está tão bem a demonstrar ncsta manhã, oque nos dá a esperança de que V. Ex' e outros lúcidosmem bras da bancada governista haverão de repudiareste novo arrocho salarial, através do Decreto 2.045.
o SR, 9SCAR ALVES - Agradeço ao nobre Deputado o apáTte.
A doutrina social da Igreja traça uma diretriz, e a todohomem cabe marcar o seu comportamento por essa diretriz, se concordar com ela, Poderemos, ao longo do tempo, discutir com mais profundidade alguns tópicos, c naturalmente cada um tem o seu enfoque, mas no que é essencial e fundamental temos que convergir. Por isso esteCongresso tem o dever e a responsabilidade de enconjtrar, entre os homens que aqui representam o povo e todas aS facçõcs partidárias, o caminho para retomar orumo certo que a Nação espera.
Quero continuar a leitura do meu pronunciamento edárei o aparte logo a seguir ao nobre Dcputado Alcides.Lima.
Por maior esforço que empreendamos, não conseguimos vislumbrar o alcance social que se anuncia existir nobojo do Decreto-lei n' 2.045, que o Poder Executivo encaminhou a este Congresso. Antes de mais nada, observamos que se trata de um sucedâneo de dois decretos antériorcs sobre a mesma matéria, circunstância que, por si
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
'só, desacredita a iniciativa, pois revela a indefinição dostecnocratas em propor uma única fórmula para umproblema que se diz ligado à segurança nacional. Ora, sea segurança nacional depender da instabilidade dos técnicos e das alternativas que tão facilmente se transmutam, aí, sim, devemos temer - e muito - pela segurançada Nação,
Se " Decreto-lei n' 2.045 vem gerando candentes protestos dos assalariados, por lhcs reduzir substancialmente o ganho, numa hora em quc a espiral inflacionária dospreços dispara incontrolavelmente, também não encontra qualquer receptatividade por parte dos empregadores. O empresariado brasileiro, em recente manifesto quetivemos a oportunidade de transcrever nos Anais destaCasa, não considera o decreto governamental como uminstrumento correto para debelar a crise econômica. Pelocontrário, o documento aponta os efeitos negativos quea lei contém por causar a scnsível redução do poder aquisitivo c, em conseqüência, acumulando os cstoques e estancando a produção, o que determinará ainda maiordesemprego no País.
O Sr. Fernando Santana - Nobre Deputado, querempraticar um capitalismo sem salário.
O SR. OSCAR ALVES - Gostaria de ouvir, em primeiro lugar, o aparte do nobre Deputado Alcides Lima.
O Sr. Alcides Lima - Nobre Deputado Oscar Alves, alucidez de V. Ex' traz a esta Casa assunto de extrema relevância para a vida do povo brasileiro - a questão salarial. E o sentimento socialista-cristão que me parece nortear V. Ex'...
O SR. OSCAR ALVES - Democrata-cristão.
O Sr, Alcides Lima - .. .Ieva-o a citar, na sua argumentação, grandes pensadorcs da História preocupadoscom a questão salarial e as relações de produção. Eu mepermitiria, então, inserir no discurso de V. Ex' o que disse o Apóstolo Paulo na soa Epístola aos Tessalonicenses:"A cada um conforme o seu trabalho". Isto é muito profundo, nobre Deputado Oscar Alves. No momento emque se dicute a questão salarial e o Decreto-lei n' 2,045,não se pode, nem se deve usurpar este direito de se dar acada um conforme o seu trabalho. Eu me congratulocom V. Ex' quando nos traz este assunto para reflexão,porque nós, congressistas brasileiros, temos e teremos arcsponsabílidade de decidir sobre a qucstão salarial emnosso Pais.
O SR. OSCAR ALVES - Agradeço a contribuição,nobre Deputado.
Peço vênia aos colegas para prosseguir, logo em seguida darei o aparte aos nobres Deputados que o solicitaram.
Senhor Presidente, Senhores Deputados.Não estivesse também marcado pelo vício da inconsti
tucionalidade, por não se respaldar nos fundamentos doartigo 55 da Constituição Federal, o Decreto-lei n' 2.045poderia, pelo menos, ser suscetível de discussão, casofosse acompanhado de efetivas providências determinantes da baixa do custo de vida, de uma comprovada quedados índices inflacionários, da redução dos juros bancários, de um necessário congelamento dos aluguéis e dereajustcs da casa própria em taxas compatíveis com osganhos dos trabalhadores, principalmente os de baixarenda.
Além do mais, a proposta do Executivo tem um sentido meramente experimental, com o que não concordamos, por considerarmos injusto fazer-se do trabalhadoruma cobaia para os testes da elocubraçào tecnocráticadesacreditada perantc a opinião pública.
Mas, dentre tantos malefícios apontados, hâ de se convir em que o Decreto-lei n' 2.045 encerra oportunas virtudes. Ele está se constituindo, primeiramente, num dos
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maiores debates nesta Nação, agitando e mobilizando asociedade na reação natural a que se obrigou em defesade um direito, o que nos levará a um maior grau de politização extremamente importante para o processo redemocratizador. Depois, vem demonstrar a urgente necessidade de se abolir em definitivo - em nome da própriaredemocratização - o m?lsinado expediente dosdecretos-leis que hipertrofiam O sistema fedcrativopresidencialista.
Ele também nas ensina que é chegada a hora de coragem cívica de se proclamar que somos uma Nação soberana, digna e honesta.
Ouço o nobre Deputado Valmor Giavarina.
o Sr. Vaimor Ciavarina - Nobre Deputado Oscal Alves, quero saudá-lo por dois motivos: primeiro, pela alegria de ver um ilustre paranaense como V. Ex' Usar a tribuna para, mais uma vez, com a capacidade,a eloqüênciae fi clarividência que todos reconhecemos, discorrersobre os problemas nacionais. Em segundo lugar, nobreDeputado, V. Ex' aborda um assunto extremamentesério que muitos parlamentares do PDS não se atrevem afazê-lo. Enfocando aspectos da doutrina social da Igreja,atinge V. Ex lll o fulcro da questão atual. que é esse malsinado Decreto-lei n' 2.045. E, mais, V. Ex' fulmina o argumento do interesse da segurança nacional a amparar aedição desse decreto. Gostaria unicamente de lembrarque naquele fatídico fim de tarde em que se reunia oConselho de Segurança Nacional, na sala ao ladoreuniam-se também os homens do Fundo Monetário In·tcrnacional, e a reunião do Fundo Monetário Interna·cional terminou depois da do Conselho de SegurançaNacional que, por sua vez, pressionava o Presidente daRepública para editar esse malsinado decreto, repito.Houve Deputados nesta Casa, inclusive Líderes, a nosameaçar. declarando que se não aprovássemos oDecreto-lei n' 2.045 correríamos grandes riscos. Echegou-se a dizer até ou pelo menos a insinuar, que opróprio processo de abertura corria riscos. Nobre Deputado, V. Ex' se lembra de que, ncssc mesmo dia em quefoi baixado o Decreto-lei n' 2.045, o Governo tabelou osjuros bancários. E bastaram uma ou duas semanas deloek-out, com os banqueiros nacioanis deixando de descontar duplicatas, para o tabelamento ter sido revogado,e revogado por um simples, um seco telex do Diretor deOperações do Banco Central ao Presidente de Associação dos Bancos, Sr. Roberto Bornhausen. Basta esteexemplo para tranqüilizar aqueles que têm medo, quetêm receio de que, não aprovando esse malsinado decreto, corra risco o Congresso Nacional de ver suas portas,mais uma vez, fechadas. Termino, nobre Deputado, SaUdando V. Ex' pela coragem, pela determinação em abordar um assunto assim tão polêmico. E mais valor tem odiscurso de V. Ex' por partir de um Deputado do partidodo Governo.
O SR. OSCAR ALVES - Agradeço a V, Ex'Temos de dizer ao mundo que o Brasil não se nega a
pagar suas dívidas e que o povo saberá, com seu sacrifício, honrar os compromissos assumidos pelos gestoresda sua economia, embora este povo nunca tenha sido ouvido e nem este Congresso consultado a respeito dessasmesmas dívidas.
Pagaremos até o último centavo de dólar, embora emnada tenhamos concorrido para o crescimento incontrolável da dívida por culpa dos "juros flutuantcs", formaaética e antijurídica que a agiotagem internacional nosimpinge e contra a qual devemos protestar.
Resgataremos nossos compromissos, apesar do seuformidável volume nos ter sido imposto pcla ganâncialucrativista dos cartéis, como o da OPEP,
O Brasil saberá honrar e dignificar sua presença noconcerto das nações, apesar de vítima do protecionismoe das barreiras fiscais que os países ricos impõem para
8872 Sábado 10 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Setembro de 1983
di:;curso, na ! Convenção do PDS, "fiomente em regimestotalitários é que há unanimidadc de pensamento, pos~il~velmente importa". Portanto, companheiro 05car Alveo,quem parabenizá-lo pela. abordagem que faz do progr1Lma partidário e dizer que pretendem~scaminhar jun(>.1,.indep~ndentes? mas coerentes com o nOSS;J pfogram!lpa<tidári<:l.
o SR. OSCAR ALVES - Agradei,,, " V. Ex., Depulado Mozaríldo Cavalcanti, o apart~.
Concedo o aparte ao nobre Deputado Cid Carvalho.
rnlllJii!(! rr~c:lj'~,!)rr' d'!}l ~J1IlII~;
J~llÜ11IT(~Q..1 c-o:nü2 il m<S1'l~ 6.8, 2.(1;:' ,:ifC2.
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-P;OE1dllll Iê.. [{urrus pdo, ~.m.empno: d.c umâ n1líltudic !'.;1J]{:"- 1l::::l
Vali m':;:í'ec;~rr ,d!Gstm Casa c dlos e(;U1~, cOffiI?:a1ií!heirúsZe5}3ei~a (;. q,u©rn cah30 l:ü::1ac, 35 CDITIls:~,t:J(:!l~fH_:;í.3.S.#.1F'2!:nj:)D.~1
o Sro Ci!! Carvalho - Nobre Deputado Oscar Alves,V. Ex' traz ffi esta Casa uma das peça:; mais importantes csubstanciosas sobre a Lei Salarial. Mas nao gostaria deentrar nó mérito da e1<posição de V. El'., porque estoLmuito mais movido pel2preliminar da aátuáe de V. Ex'E 111e llem~m muito bem de um livro cle RomainRoibnd~ qu:; marl[;(m jn~útn' a minhajuveljj)!:ufle., intií:u12,<'r;k;;,. "C,Co1'JlG E;:(l31'!g;fllon9' ~ em qm~ L~re a1i12!Rkav::::l j!lGt'I1nlll~,nt8 (~
d!ra~11ln Uff!~l homlem 1]r~ hllt~~ }):da Gm] qU8m:i!ú?IITI1J' pj['CP'~R1) dla Fra11lça p81fa mgucn."rJ" fUf1!illaVg~~C:', em ({H>no ~dç tt.1dl~ I!1HllU OP[Fl~<lO dÜell<;111tco IL/bs f;}~~::' hüm~m lr':;O'..
si[)~jl!! :':; tr1c,ol'l!J GGmprüm1c:c:8do com ~m:;:r \;r~7(;J~ôl,::. 'Il. E7~'~
vCli'tGn.~(;nd!ü tJ1!itll jJ81:'tido 'Q'U[;
([;; 8E~ (n§<c~~1] i~L~rIiDJ~ ~~ IVünil0l0)hi1~tlf!!(Jc F~(lh:i'(~ [t:::",
rvu~aã"c;'.
Cü!llC'3no mo nol.Jm D3~utadlo Antôniú b12Z1n\'(;Y:a!p2f'~e.
i!Y Sr. P1llt€lni@ MaLdrG~; - Ii1JSt~'o Deputa'J:CG OS~1l? filives< em prlli1~irQJ rugaro dl~sejo Ifeh;~rar G apfe:~D'
fa~raO q[[]e nUtro p;0f V. Entl de:a::k 110l 1íl1J'úiopro11lJlIodamelií.:"ltev d:3 V,. E7~Ç f~z~ enG8.unn1i1h2C;i,düartriu2.! iZlti::tbo li'atif1cg; [13 po::;ídlÜlf(ilnmelt]~fJ~; tiL~
l1Ui~nd0 !í1iO Gxe:J'(:~j'ci(il d(j riivers(l~ curg(~I,' r~H:J JÍ1f]~
p~,'lIli'Hincim n8 vidl21 pafllru,~ens~. lL~rnbli'(i,'=En(:; bi~~fH Q.lJl G;~
flnçll e da! dfiefminação de V. Ex' 1Il0 úllimo GllV(;rM
Ney Dragaa li testa da Secretarin de Saúde~ \1"Ex' comparecia a todos os Munic1pios do i!'t1.o
raná, discutindo proíeto", levando heneficio;; e, mI0'c0c1TId09 procurando ausC:l1itar e sentiro de fuh",)das comunidades interiorana§. Neste in"/:11IT!B1 eu) tj(JL3
propõe 8 discutir Ú' 2.045, 'lo Ex;t ratifica, üfírt[à vez Ú1G1U~
css~ posicionamento o Vivemos há !l0U<:;-D:::; ~~nrrJ ~]l b..n~1 ,ióMovirnentt"IJ lP'ariicipaqau1 cientrü (ia noss,!) p~JJ.tHd0Q G hi,longe ôe q[!uisque.lF aspect'1Js t10 Drâem aJiol,ú;;t·:;.n ou: PSj",sonaYIfsác2') Mm ide-árk) Gurnum nos fTlI(Vl(,;-:nn l!n,lqtQ;3 CJ
espírito dGJ múviü1,ento fJerrEtt.!'i.6S;:; dG; qu.\~ onosso p~rtndl[J ó:iF:t~üi2\. ei'eávameífri:c o ceg l??,zi'i;?8JiI!l['I- rKllfti~
dário. B ~l" kh~l} Jlr@.?~ a.o deb@j;.~~ "1;~IO,,~ .(,IU'C;.>, "h(o"J!m,lwo(\lO cüml.JF'úrJ~ãsfw:i~ d8 r"nJJr-Dgt~~ t G~.J.~n()'"
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([D SUL ([D81'2L~[J AIL~r1]..§ = I\;J1EHo l1Ylbrigad:vç []o~]i'e [jJZ2=
!?'IJt.Bdr). J}ali\~~ atJ,ortrl o a.1P'2r~e 80 UDlI'Jie lQ\:;TIYMt9.dt01 r\i;>JjZ8~
riRdo C<J.v~k21TIlJ:i Go tGgn a C(~2[.niJlr Tilt:Ill:-fll'e D~jplmmdkJ) Ci:~i
Canr2!r1inG~ rcQIT ordem -de GÜ'Hci-ffi(~2iC).
ponsabíiidades e vir claramente a esta Casa dizer o qu"penS21, como pensa e porque pensa. Quis V. Ex' fazê-lcoatravés; da ~ua fé? da sua fê religiosa, da posição pnliticmdela oecúrrente, como uma pessoa que se declam tegricarncnte vineulada no pensamento social da Igreja. Qui§V. Ex9~ e ai {;stá meu segundo parabém.~ fazê~10, ex,pondo as responsabilidades cristãs na hom presmtc. V.Ex' separou e quis separar as responsabilidades da fé da~
quilo que se diz vinculado ás spécies etaerDÍtatis do papeida igreja, comco membro do mundo, e com ele evoluindo, ou seja, aquele aspecto que diz respeito ás razõestemporárias. A evolução do papel social da Igreja, cnmomostron V. Ex., a partir dos anátemas contra olibemlis·mo e o capitalismo, contidos na Silabo de Pio IX, relle!.ille ganhem imp~rtãnda social a partir da doutrilla q!!e set1rmou, de defesa da classe operária, contidf!l iJa RcrumNOVlirum, do querido e s2ludc;so Papa Leilo XHK, Mas hfuque cc;iDcar-se !Leiio XIII nc; se!! pa!'e] histór1w, TIa suavivêncim do m~.mdo. F"o; {) Pa.f.I'3 que ,'}§sisdlU!o C0fl[f@ff'ei20e fallll~m.nJd1J1 ú povo àa ITUt-il2l. de DeHD t1f21fillclferi1i=G'G !Jlct.f8. ,meg:ranri.BG k'J881~h::~z;t(~r e Lh1l~li'1::;'.lJQí. e o ITJ'cJVI[i) CdGRâü~ da Enbaou ITfhu~ülm. tli'ab8R1ilrn~ G~)m suas f~mmns, tt 15 nw:n~s,
guiidiaG. E llaÍ (~lJl!TIlÜ"frr iS8!J~ C'01J1li:fVl c~,:;(-;: G~,irgrlk}l (13 t12Q11E'US ,1,]118
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prrü01em~} @Ç1 t'"1;5ty:CHlSsbmclQde S'!Jd2t âG pOV~J dn, lDrr8sH edo ciD liglcj,-L :Era ü qu~ eu.1{~.1I.E;fia aCfGC;;':;:iiíl.'t21l 8:,(t
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(J) U:,,, Th'~®2Drf@GhJl COVoMC.B3:j[]~ I;]o{,lic IC\:pl!].i8{!!O Oscar~)ll(Hhra:u!ltásmul ;;: fr Gak;:aô.oITn ~(jlm q\!.!l,'::': 'i:r. E:--!:c
atJ;O["fúl [;J lfJ](;í}fJ'Icmátnca saila1l"l::±l[ i!I~i!J' cab3fi8o a Mell V0ii"~
li1~li]hum r6;ry~l"O~ 1IDcli1lhuTh1 @.CíÚSc1fltloJ. l'vl&c~ Q,1!TI811!d!'0 '10 E5:1]§~ reKeriu ;@ progmma e ~Jü rnaflir~;;~,o do li~DSgO 1Jl81ú:klr:)?1i'c;almr3nR~o .8. eiJjllo~ã.o de V~J essa ah(~rdgg(~m k~:;.:z~Á]]@ sour~
cllltKt' a '1. EE{I u,m a~)2JK[e. f'jlw1tas. VGZç;So tcru10fl Duvido,at]~L rucu;]aç:ões dos: D1l0;;S~;:;S cc&;;gas dia Opúsiç.§i(i)ç dle· m2~IIlGim gGl!&lic!1. 'W9 [)C1Jllt~dl6Jdo l.'[i§; dI@ flue, §irupiG::menll'c" CDTIOOrOam03 Ciirn as coisas Que Sâ0 feit2s nesf:5'Puis. Injustamente. muitas vezes, so~c;s aCllsaáos d~ qUG;
n&3, dlo PD§, n!io t5mos compromissos maiores oom ú
pov". lJeplltaâ@ de primeira iegisfatum, tive Opo[(,uni,boeQ na nossa Cünvenç..1:o Nacionai ck. PDSQ âe oonv~ve·li'
com o nobre colega, quando participamm1lÍü 1110Vimelll
to que Yançot!.l uma chapa., ôcmoeru'dcame:nie. !jara cnJll~
oorrer u" DÍfetórÍo Nadona]. Tivemos oportunidade (J",
conhecei' ali inúmeros coie~as, independentes, eOml]mmetido.;! com o POV01 comp;ometíóos com o lnanife;io eco programa partidário. E V, Ex" tn)i11<e, muitG satbmente. tópicos essenciais cio 1l0SS0 manife.tco e <lo >']05'5,
programa~ para mostrar q.ue I1ÓSQ do PD21~ '~eft~lnOi~ :jGC~
íurn suiíciente peranie esRa l~açâ{»? comprúmeiidüg, cn!-~,@
SOfíW.3 - rep~~Di - com (,) povo que fiOS deg.etll~. par2!- acJc)~
1tafnuK,~ ioâepenô;;;lillemcní:;:;, ar;; posi{fi1ç; ~li(:: as n{1S[~2:D
oom:déncDt;w ç (\' fi05SCJJ programa partidário assim es~:a1J5,?
leceraTIfL t~a,ti, ~109 esiamos ooRocarreJ, z:<qjDÚ? ';~DIWy
mJ8 coRocamos 1fiJZJ or;asiEo em c!}.nojjaITe~no;::20 n'nJI:;~
t61!iLn Nê;GRO~R8L GomoevmneY m2.('):r;I[')!ií.r,ir{eTr:l.flí:'J.(i:;J
qMc: 8. ~j]iL:::(;'ri'j'd2Trl!;:~8, r::~iEI. V-~m:l rerj.:;TIt;il~~l. WClTIl!::'rrlUeZ cl
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ü;gll!I}uamiJJ-fiHJiJ, pGr havero Jt1l(fJl ~\iJxm161 RIa c01nUlú;;A0J dIGdia 9.~']~]ú1e e ,rijo lE1r.3m~j&tmf §[i,[':ÍaL dI:.; 19'1'9 B
!lJlm ~n}h~gw dimi1H]dco que /pfodurZf[!! b3~
n§úüc(.>Js; ef::.~üJ;S em llUVI!JlV d1J iiJ~3m CG'JiIUJlffi1 8Gb a. :âncrsíra,;J.Cild2 g1ijt~'~)0':[n3 btT.1'ijil3liíl1~~a â(~0~;~ [;f81.filtlh lllT;1s[lienii'\Cl q1lli(3 § l<J{~y
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]\rr~L)flf:ekl!Jl~"~ qDlmHilo ch L>un C'1..'l'rmiihnk;[:ifJ ~YBl1i·~1cQ!iirb."
CICi:mprOm8aG~ZS'~ f}:0' [',-lffiP'iJ' S~daL em "Cg3E'a1i1~k 8.!J:D t!lf,,~
h::iJt1I@dofçS ~~fl2D O(1Jiln,::J1jjvo cnklrb;:J" a llnh~réb.de
cllú1JcJfcaU e (ik:: ascndmçãiDl.) Gmlâc~c! uHífn.in]{]} jt1l5~'(}1 :7::~!'JL~Il'\lJ'~
tilCí]cn~preG',IU:" pm~tidl~W~àú nos lUClIú:;; dm: 2,;mpli'~~rJS
ngunh1l1IsIIT:le em sua GC-SmDa fJlegú~-:u[,~",
idltl ClllEr6 ~aÚrÕCD c e!1DjJr'C[}S!iJ':iS"",
O mJ1e3m~ [)i'C'CCH:O estiE rqjE'{J'dJUI:znd(l mo 1Yli"Dglim11la ~!Jj
pD:iHda em S31!l m.íMcro 34" '~~p!Itrullo úJuC: l1rai!a 2llm:lJa doiÇaml'o SDc:i@J. Já i'CO íl~m 36, ~stií: c1el"nálaa o lJlreiico (1:;Grev-~ ~~C\1YmÜ' for:m~ iegiHma d~ praG~ã[1JJa nfilvnúbbmd.rr~b
@~S ~S.s31j'Rbiêh:w sintllir:uh:Q S6ffi p3tlnig~ií(U de mét~a0!2'
vídE'll"ll~9 que atentem contra a ii~cr!iaa:" áe tf3bali~o e '"integridade fisica dco tmbal!111dO)[".
Com a mesma ênfase, o programf!l do PDS re~~J.rMlJda
a fh-mçâo de diretrizes de combate aos clcsrdveiã Q@RarialiJprofundos, de sorle a pmrnover distri~U1i~ãcomais equit8~
tiva cios beneficios do áe.senvolvimenicr~
resguardar I} status de suas elites privilegiada" p~lo bemestar, euquanto dois terços da Humanidade vão sendoroouzidos " mais completa pobreza.
Senhor Presidente, Senhores Depul.~dof,:
O exercido da crítica é fácil, dizem por aí. Nao demanda maiores e:;for.;;os - também afirmam - j:lrincipalmente para quem, na Opo:;ição, encontra no ve;ho retórico uma atividade até de certo modo agradável" seuofício.
Entretanto, para nós. filiados a uma agremia...~" partidária Que selou um pacto de apoio il administraçãopública, embora dela não participe, é lima tarefa dasmais penosas, pois nossa maior satisfação seria a de sempre aplauóir os acertos e os suces:;os governamentai:; elI,~odos os setores9 mormente os da econol11ía~ e de que resultassem ineqUÍVocos benefício:; ã coletividade. Trata00, porém, de um irrecusâveI compromissc; com co man·riJaQo (iJUJC; lflIOS confiaram e f.leran~e nor;S21 cnnsdênda cris~
12..
Nosso pCl§idollamenio, portanto, dianie da questãGsalarial, estii em perfeita consonância com os po.tutador.sociais que (j partido, a que devemos fidelidade, proPÕ3em suas cartas constitutivas e que representam, na esselicia~ um sério compromisso perante o povo brasileirl0l,Com este programa e com este compromisso ê que e'ltendemos existir uma "questão fechad!&".
Na plenitude de um" fase oe oesenvolvimento. seria 'SLose aconselhar a livre negocia,lio entrl: as partes" desd.:;que os sindicatos e entidades classistas dispusessem d3poder suficiente para resguardar os interesses do tra':lmIhaóor, através de uma Lei deGrevejustaetiemocrâ€j,~tj,acompanhada de'ampia autononlia simiícat E [.~Ut: 2 Lt'~llG~
dkla! proposta! pelo Executivco tosse, camo acentuamcocantesQ precedióa ôe inconirovertklao 911ovidênda6 p;:'!lJum ~usto de vidm t!llelf~ve~, V,~b ]!J'Cl'f"Fb('5.o,
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Setembro de 1983
lação brasileira está nas cidades. Procurou-se, então,construir um País industrializado, urbanizou-se a população, mas não se providenciou um arcabouço de leis,uma legislação realmente bem assentada, que estabelecesse, de fato, o relacionamento capital-trabalho. É porisso, Deputado Oscar Alves, que me animo a discutir amatéria e a propor uma legislação que dê condições à ]ivre negociação, que dê condições ao fortalecimento dossindicatos, porque só assim haveremos, de fato, de proporcionar à sociedade e ao País uma convivência harmoniosa, amparada na justiça social e, sobretudo, segundoa doutrina cristã que V. Ex' tão bem invocou. Queroparabenizá-lo pelo descortino e pela ampla visão humanística que V. Ex' tem do problema relacionado como 2.045, que o País está discutindo nos dias de hoje.Coloco-me à sua disposição para discuti-lo com V. Ex'durante os meses de setembro e outubro. Não somos daqueles que, em primeira mão, são contrários ao 2.045.Queremos crer que este seja o pensamento de V. Ex' Vamos discutir o 2.045 de forma a exaurir todas as possibilidades, todas as dúvidas, para que encontremos, ao final, a solução mais justa possível para a sociedade brasileira.
o SR, OSCAR ALVES- Sr. Presidente e Srs. Deputados, agradeço aos Deputados, os seus apartes, que enriqueceram nosso despretensioso pronunci,amento. Osapartes de DepUl6dos de diversos partidos fazem comque a minha fé, a minha crença nesta Casa e nos representantes do povo brasileiro vá propiciar o encontro e aconvergência definitiva entre homens responsáveis de todos os partidos, de forma a encontrarmos, realmente, ocaminho que esta Nação espera para retirarmos daqui,desta Casa, sem paternalismo, a solução para os gravesproblemas da Nação.
Bem apropriadas para o encerramento de nosso discurso são as palavras de São Basílio, dirigidas aos que seencontravam em bastança:
.. "O pão que em vossa casa fica como sobra inútilé o pão daqueles que passam fome. A túnica que es·tá dependurada no vosso guarda-vestidos é a túnicadaquele que está nu. Os sapatos a mais nas vossashabitações são daqueles que andam descalças. O dinheiro que vós conservais aferrolhado é o dinheirodo pobre.
V6s cometeis tantas injustiças quantas são asobras de beneficência que poderieis praticar."
~
Adaptando a lição bíblica aos nossos dias, diríamosque o pão que se quer tirar da mesa do trabalhador certamente ê o juro do banqueiro que se quer regiamentegratificar!
Era o que tinha a dizer. (Muito bem! Palmas. O orador é cumprimentado.)
Durante o discurso do Sr. Oscar Alves o Sr. Carneiro Amaud, Suplente de Secretário, deixa a cadeirada presidência, que é ocupada pelo Sr. Fernando Lyra, I'-Secretário.
O SR, PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Concedo apalavra ao Sr. Deputado Pratini de Moraes. (Pausa.)
Não está presente.Concedo a palavra ao Sr. Deputado Francisco Ama
ral. (Pausa.)Não está presente.Concedo a palavra ao Sr. Deputado Herbert Levy.
(Pausa.)Não está presente.Concedo a palavra ao Sr. Deputado Édison Lobão.
(Pausa.)Não está presente.
O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Nada maishavendo a tratar, vou levantar a Sessão.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:
Amazonas
Vivaldo Frota - PDS.
Pernambuco
António Farias - PDS.
Bahia
Genebaldo Correia - PMDB.
Espírito Santo
Stélio Dias - PDS.
Rio de Janeiro
Figueiredo Filho - PDS.
Minas Gerais
Aníbal Teixeira - PMDB; Vicente Guabiroba PDS.
Sào Paulo
Adail VeUorazzo - PDS; Renato Cordeiro - PDS;SaBes Leite - PDS.
Goiás
Joaquim Roriz - PMDB.
Mato Grosso do Sul
Albino Coimbra - PDS.
Paraná
Euclides Scalco - PMDB.
Santa Catarina
Epitácio BiUencourt - PDS.
Rio Grande do Sul
Aldo Pinto - PDT.
- Levanta-se a Sessão às 11 horas e 30 minutos.
DISCURSO DO SR. DEPUTADO MILTONBRANDÃO, PROFERIDO NA SESSÃO VESPERTINA DE 6-9-83.
O SR. MILTON BRANDÃO (PDS - PI) - Sr. Presidente, o que mais se impõe neste momento de tantas lutas, inqUietações e tragédias, é a agregação de todas asnossas forças cívicas, morais e políticas para a defesa doPaís, nos seus pontos mais críticos, dentre os quaissobressai o Nordeste, neste instante por demais vulnerável e, por isso mesmo, carecendo do apoio de seus filhos,especialmente os que o representam junto ao Poder Legislativo. É preciso que os representantes nordestinos, nasua totalidade, estejam a postos, vigilantes, para quepossamos travar a grande batalha em prol das nossas populações, que estão sendo sacrificadas, chegando mesmoa perecer por inanição.
É necessário, Sr. Presidente, uma providência salvadora. É preciso, de nossa parte, uma luta heróica, para quepossamos convencer a Nação brasileira, principalmenteos que a governam, que temos direito a um lugar ao solnesta Nação.
Sr. Presidente, queremos ainda nos manifestar a respeito do comparecimento, a esta Casa, do Sr. OswaldoPontes, Diretor-Geral do DNOCS. Não estAvamos presentes na ocasião, porquanto nos encontrâvamos no suldo Estado do Piauí, em São Raimundo Nonato, na festa
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do Padroeiro, onde tivemos oportunidade de ver aquelagente religiosa, contrita, apelando para o padroeiro SãoRaimundo Nonato e para Deus, a fim de que lhes desseágua e alimento. Sr. Presidente, aquele povo sofre pordemais, como sofrem todos os nordestinos. Precisamosestar alerta a tudo isso.
Neste instante, desejamos ainda reportar-nos ao Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, mais umavel reclamando seu reaparelhamellto e. ao mesmo tempo, que sejam estabelecidas proporções justas e razoáveisna distribuição das suas verbas.
A verdade, Sr. Presidente, é que nós, do Piauí, conforme temos já citado desta tribuna, dispomos, no momento, de duas perfuratrizes rotativas para a superfície de251 mil quilômetros quadrados. Não é possível a continuação desse tratamento desigual, o Piauí sempre prejudicado, o Nordeste sempre prejudicado pelos demais Estados da Federação.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, há poucos dias, o ilustre Governador do meu Estado, Hugo Napoleão, protestou com veemência, merecendo os aplausos da imprensae do povo piauiense, em virtude de cortes em verbas quehaviam sido distribuídas ao Piauí, na área do INCRA,que destinou 950 milhões de cruzeiros, posteriormentereduzidos para 700 milhões. Essas ocorréncias lamentáveis representam um esbulho aos nossos direitos, razãopor que precisamos estar sempre e cada vez mais vigilantes.
Apelamos ao Governo no sentido de que, com sentimento de solidariedade humana e grandeza, proceda aum exame do que se passa no País e devolva-nos aquilo aque temos direito. (Muito bem! Palmas.)
DISCURSO DO SR. DEPUTADO ARTHURVIRG1LlO NETO. PROFERIDO NA SESSÃOVESPERTINA de 8-9-83.
O SR. ARTHUR VIRGIUO NETO (PMDB - AM.)- Sr. Presidente, Srs. Deputados, num País onde se improvisa praticamente tudo, onde se improvisa até mesmoa mais alta direção nacional, essa criatura sem povo, semvoto e sem legitimidade, sou colhido por uma surpresanesta Casa, tal qual no meu primeiro dia de mandatoParlamentar federal, quando fui indicado pelo Líder daminha bancada, Freitas Nobre, para, em nome da liderança do partido, no dia 2 de março, abordar a questãosalarial. Na época a numeração da lei era ainda baixa,era mais modesta, estAvamos à altura do número 2.012.Hoje, "subimos" para 2.045 e, novamente, pelo motivode força maior que tirou da tribuna o Deputado MfltonReis, sou obrigado a improvisar nesta tribuna. A alturado número 2.045, volto com a mesma disposição oposicionista de combater o arrocho salarial e de enfrentar oregime que aí está. Até por que, se o improviso tem sidouma constante na minha vida, como tem si uma constante na vida do regime, também o regime e o improvisonão fazem com que eu arrede pé das convicções que menorteiam os passos desde a juventude menor, desde as lutas estudantis no meu Estado e no Rio de Janeiro, ondeestudei.
Sr. Presidente, Srs. Deputados sabemos que qualquersistema econômico para se manter e reproduzir a níveldo racional precisa, primeiro, ter regras do jogo bem estabelecidas, bem claras e definidas. E não se trata, aqui,de colocar, sequer, a opção, que é uma opção histórica,entre o capitalismo e o socialismo, mas de tentarmos entender o que seria o capitalismo dependente brasileiroque Carlos Lessa chamou de desenvolvimento do subdesenvolvimento ou fase opulenta do capitalismo dependente, esse mesmo que vemos aí depois do falso milagre,arrasado, fracassado, agachado, ajoelhado diante dedesígnios e ditames impostos de fora para dentro.
Temos, com toda a a certeza, que esmiuçar os caracteres básicos dessa expressão do capitalismos brasilei ro
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para chegarmos à conslusão de que há, no Brasil, dois tipos de pessoas que desservem ao sistema: com toda ccteza e. evidentcmente, aqueles que fazem a profissãos de fésocialista - eu me incluo entre eles - e os outros que, apretexto de servir ao capitalismo, em verdade desservem,porque se servem aeticamente dele. Sabemos que nos Estados Unidos da América. o pilar do capitalismo. a bolsade valores. o mercado de capitais, o mercado financeirotêm regras de jogo que todos são obrigados a respeitar.Lá não há lugar. por exemplo. para um Thieppo ou paraum Delfim Netto. Não há lugar, em nenhuma nação capitalista, que se pretenda séria. para um Ronald Levinsohn, aquele corrupto da Delfin. e do BNH. Digo doBNH porque contou com a conivência da direção doBNH para levar a efeito e a cabo a sua ação corrupta,sordidamente montada e urdida contra a bolsa do povobrasileiro. Lá não há tugar, portanto. para os que ferema base e a credibilidade do sistema. E o Brasil. nesta fase,está entregue a pessoas que, não sendo socialistas praticam uma espécie de anticapitalismo, seres que não acreditam nas regras do jogo, e que vêm desmoralizando,uma a uma. as instituições liberais que se criaram aqui,ao longo de séculos. ao longo de décadas, ao longo deanos.
Tem a palavra o Deputado Fernando Santana. para oaparte que honrará o discurso de um admirador seu.
o Sr. Fernando Santana - Nobre Deputado ArthurVirgílio Neto, quando se trata do problema de capitalismo, seria necessário não esquecermos o seguinte: estePais completou 160 anos de independência, a Bahia também, mas ali ela foi conquistada no duro, com um exêrcito de 16.000 homens, lutando nas batalhas de Pirajá eCabrito contra a frota e o exército portugueses. E nestes160 anos, a missão histórica de todas as classes dominantes deste País não foi cumprida. Veja V. Ex' que nos habituamos. desde o início, a uma dependência externapermanente no setor ferroviário. Aqui. os nordestinostodos conhecem a Great \Vestem. Então a exploração dotransporte na nossa área, a exploração do transporte emnossa Região era feita por uma empresa estrangeira. NaBahia, todos os baianos conheceram Chemim de Fel'. empresa francesa que ligava Salvador a Juazeiro. No Sul doPaís, era a São Paulo Railways. Se nos transportes eraassim 1 no setor de comunicações era muito pior. Todasas comunicações neste País eram feitas por empresas internacionais, como a Light. a Wall CabIe, a Great Western e tantas outras, que, felizmente, foram expulsas, semque o Brasil pagasse um centavo de indenização do Código Brasileiro de Telecomunicações, que esta Casaaprovou nos idos de 1963. Veja V. Ex'. toda a nossa história é de alienações. No setor mineral, vimos Minas Gerais ser exaurida totalmente, através de empresas internacionais como a Saian! John deI Rey Mining Company,que quase retira as últimas gramas de ouro do Estado edepois ficou senhora absoluta do quadrilátero ferrífero,para explorar as minas de ferro e manganés, co~ transporte subsidiado pela Central do Brasil, que recebe apenas 20% do valor real transportado. Nobre Deputado, étriste verificar que a classe que tinha a missão históricade realizar um País independente e capitalista apenas noslevou à atual situação de dependência quase que absoluta, espartilhados que fomos pelo fundo Monetário Internacional. É esta a lembrança que queríamos trazer a V.Ex' e à Casa. Neste instante. tanto V. Ex', que se colocacomo socialista. como eu, que poderia fazer o mesmo,sabemos que a função principal de todas as correntespolíticas, hoje não é defcnder suas posições ideológicas.A ideologia hoje no Brasil serve, na medida em que forinstrumento da unidade do povo, porque só o povo uni
do poderá rcabilitar a independência do Brasil.
O SR. ARTHUR VIRGlLIO NETO - Concordo emgênero. número e grau com V. Ex', Deputado Fernando
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Santana. Realmente, socialistas, democratas, todosaqueles que têm alguma responsabilidade nesta Naçãodevem unir-se, acredito, em torno de um programa mínimo. que aponte a saída para a crise, sem que tenhamosde desistir do direilo de dizer o que somos1 e com clareza,a qualquer momento. É mais ou menos O que procuro fazer, e sei que esta tem sido a tradição de V. Ex', n11mavida pública que respeito profundamente. Mas o Brasil,ao longo dos últimos 20 anos, durante duas décadas deautoritarismo, tem presenciado as mais insanas demonstrações de corrupção, os mais sádicos exemplos de corrupção no mercado financeiro, TIO mercado imobiliário,no setor bancário. nas repartições públicas, nas empresasdo Estado - hoje, intencionalmente, mal geridas, paraque o povo desacredite da presença do Estado em setoresestratégicos da economia. Enfin, o Brasil nos Surpreendea cada dia com um caso pior. Escandalizamos-nos com ocaso do Banco Halles e, de repente, concluímos queaquilo foi feito por "crianças". por "sonhadores" "porpoetas", quase que por "idealistas'l da corrupção. poiscorromperam tão pouco em relação aos casos subseqüentes que somos tentados a acreditar que estavam imbuídos até mesmo de alguma "boa-fé", dentro da grandemá fé que é a realidade dos Governos que aí estão. Depois do caso H alles, veio uma série de outros - para nãotomar todo o tempo deste Grande Expediente. alinhando os itens da corrupção somente no mercado financeiro- limito-me a mencionar somente os três últimos; o escândalo da CAPEM!. o escândalo da Delfim e o escândalo da Coroa-Braste!.
o Sr. DjaIma Bessa - Permite-me V. Ex' um aparte'
O SR. ARTHUR VIRGlLIO NETO - Já lhe cedereio aparte.
Aliás. sentiria atê mesmo !Jrn certo constrangimento senão tivesse a satisfação de debater com V. Ex' no dia dehoje.
O Sr. Djalma Bessa - A satisfação é minha, pois V.Ex' está abordando assunto relevante.
O SR. ARTHUR VIRGlLIO NETO - Peço apenaslicença para conc1uir o raciocínio esboçado. Em seguida1
V. Exlt fará a intervençào, que certamente enriquecerá omeu pronunciamento.
O escândalo Delfin e o escândalo CAPEMI. em determinada altura, envergonharam a Nação inteira, callsando mossa até mesmo no sistema militar de apoio ao regime que aí estâ. Há militares que não aceitaram e nãoaceitam que o Brasil continue servindo de peteca, bola degude ou bola de lançamento. nas mãos de uma elite despreparada, corrompida, desligada dos interesses nacionais mais profundos. De repente, estourou o escândaloCoroa-Brastel: centenas de bilhões de cruzeiros envolvidos. centenas de bilhões de cruzeiros arrolados, e não tivemos notícia de que alguém da Coroa-Brastel, algumaautoridade do Governo, que, por acaso haja com pactuado com eles a nível de Banco Central ou fora de BancoCentral, tenha sido punida. Não foram punidos.
Se nos colocarmos à janela de um hotel de qualquergrande cidade brasileira, com toda certeza, no espaço demeia hora, presenciarmos alguns pequenos punguistas,alguns pequenos ladrões sendo espancados por umapolícia que não toma sequer a consciência de que temsido guardiã de interesses dos grandes corruptos causadores dos pequenos ladrões, aqueles que são empurradospela fome. exatamente porque há uma ordem neste Paísque privilegia os grandes ladrões e não permite o trabalho e a vida aos que, por falta de oportunidade, se tornam indeseulpados ladrõezinhos de uma República ondea grande culpa, o grande mal é não se ser um corrupto deporte e topete.
O Sr. EgídiQ Ferreira Lima - Deputado ArthurVirgílio Neto, muito cedo nesta Casa aprendi a analisar
Setem bro de 1983
V. Ex', a observar a sua inteligência. a sua capacidade deglobalizar e universalizar de maneira precisa a problemática nacional. V. Ex' pinta um quadro, mostrando, abom pincel, a situação de desonestidade, de corrupção,de avanço na coisa pública hoje reinante neste País. Aimprensa vem denunciando tudo isso largamente, e V.Ex' e outros companheiros, inclusive do próprio partidodo Governo. têm feito a mesma coisa. Mas, quando ouvia V. Ex' hoje. senti o impulso de dar um depoimento- e esse é'insuspeito - à Casa e à Nação. Ontem, dia 7de Setembro, o Cardeal Dom Eugênio Salles, na sua homilia celebrando para escolares no Rio, mostrou-se angustiado. preocupado com a onda de desonestidade e decorrupção que tomou conta do País. A origem disso todos sabemos e, se a nossa história não a contasse, a história dos outros povos estaria ai para mostrar. Em 1973,o Ministro da Agricultura. Cirne Lima, ao se demitir ed~ixar o rvEnistério, levantou o véu, dizendo que um Ministro de Estado - que não era outro senão o Sr. DelfimNetto - teria dito que o Estado era aético. Há poucosdias, nos próprios arraiais do Governo 1 ouvimos o Ministro Golbery do Couto e Silva dizer que o VicePresidente Aureliano Chaves não seria um bom Presidente da República por ser excessivamente étíco. O quese percebe é que esses homens todos que se encontram noGoverno se tornaram empedernidos no mal, na corrupção. no despautério c na desonestidade. O grito c oapelo de D. Eugênio Salles deve ser ouvido por toda aNação. Mas meu aparte tem outro objetivo. Antes de V.Ex'. ocupou a tribuna o Vice-Lider Carlos Sant'Anna.pessoa que admiro e por quem tenho grande estima. Masme vejo a obrigação 1 como homem de partido constantemente preocupado com a verdade histórica e com os caminhos da Oposição, sinto-mc no dcver e na obrigaçãode precisar detalhes desta linha partidária em relação aodiscurso do Deputado Carlos SanCAnna. Fala-se muitoem diálogo, em negociação. Nenhum partido, DeputadoArthur Virgílio, foi mais do diálogo e procurou mais odiâlogo do que o MDB, hoje PMDB. Quando o Governo apenas monologava, e com ele o seu partid0 1 a antigaARENA. hoje PDS, o PNlDB ia às ruas. correndo o risco e sofrendo perseguições para restaurar e restabelecero diúlogo político, que ê próprio e inerente ao processodemocrático. Mas não chegaremos ao diálogo politico.não alcançaremos o projeto democrático, que é o projetoda Frente do PMDB. Que ninguém se engane: o PMDBnão é um partido. mas um agregado de brasileiros, representando uma Nação, com o objetivo dc nela implantaro regime democrático. Só teremos partido quando a aImosfera democrática permitir que se organize livremente. Hoje todos devemos estar unidos nessa grande frentehistórica que é o PMDB. E esta Frente, hoje, nesta hora,só tem um programa, um objetivo fundamental, que éexatamente repor o regime de garantias, o sistema político, o sistema democrâtico. E se avançamos, DeputadoArthur Virgílio, em 1974, foi porque não transigimosporque não negociamos no mal sentido, porque não noscompusemos para conter o processo histórico. Se tivemos naquela hora o anticandidato Ulysses Guimarãesfoi porque o País deveria ver como era contra ela, aNação, quanto era contra o regime democrático a escolha de um Presidente da República por um Colégio casuistico e espúrio. Em 1978 não transigimos, em nenhummomento, ao defender a anistia; não exigimos menos doque uma anistia ampla e irrestrita. Pouco importa que oGoverno tenha chegado perto. A nossa luta alcançou osseus objetivos - não estendemos a nossa mão ao Governo para não nos mancharmos com a nódoa que a lei deanistia terminou com ela ficando. criando uma série deinjustiças, deixando de alcançar uma série de casos. Agora fecha-se o drculo histórico. O Governo já não temsustentação, o sistcma se perde na corrupção, na ilegitimidade da autoridade sem voto. Não estão com o sistema, nem com o Governo, operários, trabalhadores, empresários, a Igreja. as associações de classe. Todos criti-
Selembro de 1983
cam o Governo. Em manifesto recente os empresários deSão Paulo disseram nitidamente que tinham um projetoa apresentar: era o projeto da Frente, era o projeto democrático. A dcmocracia só será rcstabelecida com a legitimação do Poder Central. É esta legitimação que vemdar respaldo político, vontade política para que o Governo possa negociar com o exterior a sua dívida externa,para que possa equacionar e resolver os problemas econômicos e sociais que neste momento estrangulam asclasses assalariadas. E só há uma maneira, ditada pelaHistória, dc se legitimar csse Poder, quc é através daeleição direta. Estaremos conspurcando a tese da eleiçãodireta, estaremos negando o processo histórico, estaremos contra o povo brasileiro se admitirmos, mesmo porhipótese, a eleição indireta como um passo. O PMDB, sepassar a admitir a hipótese da eleição indireta, poderásurpreender-se, mais tarde, ao. amanhecer do dia, com oanúncio pelo Governo da elcição indircta, porque essaeleição direta está sendo forçada pelos substratos maislegítimos da Nação. Todos hoje sentem que a legitimação do Poder é imprescindível e indispensável. Falarnoutra fórmula, noutra consulta, noutra maneira de seescolher nesta hora o Presidente da República é praticarcrime de lesa-pátria, é deixar de perceber o caminhar doprocesso histórico. E isso não é ser radical, DeputadoArthur Virgílio. Estamos prontos para discutir c dialogar com o Governo, na hora em que ele admitir, honestae limpamente, perder o Poder, desapegar-se do Poder evir sentar-se a uma mesa para discutir os pontos cruciantes que realmente interessam à Nação. Temos consciência plena da grande e patriótica Frente de combate ao'autoritarismo e de reposição das instituições. Temosconsciência plena de que não fomos fcitos para o Poder;aqui estamos para lcgitimar o Podcr Ccntral e consolidaras instituiçõcs. O Poder será dccorrência desta luta, cquando for preciso e conveniente atingi-lo. Não teríamosfeito 10 Governadores de Estado se não tivéssemos mantido a posição que o Governo considerava intransigente.Estes principios são sagrados. Hoje não tenho dúvida deque teremos a eleição direta para Presidente da República, porque o contrário disso scrá o retrocesso. Não há lugar para meio termo, não há lugar para o Colégio Eleitoral. O PDS. o Governo, os prcsidenciávcis. todos já sabem ou desconfiam que o Colégio Eleitoral não vai funcionar. Não podemos deixar, sob pena de estar traindo onosso compromisso politico, de defender, sem alternativa, a eleição direta para a Presidência da República.
O SR. ARTHUR VIRGIUO NETO - DeputadoEgídio Ferreira Lima, o sentimento que me liga a V. Ex'é o da amizade, da admiração e da ternura. Vejo, comosempre, nas suas sábias palavras, muita coisa a retirar.Entendo fundamental que nós do PMDB, coerentese noslimites do discurso aqui proferido pelo estadista que nospreside, Deputado Ulysses Guimarães, podemos, caminhando na direção da democracia, sem tergiversações,porém igualmente sem o sectarismo do não diálogo,atingir finalmente o porto seguro que, para nós, idealmente, é o da eleição direta, teste da qual não podemosabrir mão, em face das próprias condições objetivas queo País observa desdobrarem-se. Existem a possibilidde ea viabilidade de a ela chegarmos, c tenho a certeza dc quea ela chegaremos. com a coragem de V. Ex', a bravurado nosso partido e o bom senso de todos aqueles queneste País têm espírito público.
Ouço o Líder do PDS, Deputado Djalma Bessa, embreve aparte, em face de o meu tempo já se e~tar esvaindo, como V. Ex' é testemunha.
o Sr. Djalma Bessa - Deputado Arthur Virgílio Neto, V. Ex' falava sobre irregularidades, tachando-as decorrupção do atual Governo e perguntava por que nãose prende essa gente. Respondo a V. Ex': é porque temosum Governo de leis. Não há a vontade do homem, há avontade da lei, e a lei não permite a prisão desses homens. Depois, Exceléncia, as denúncias nós devemos
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
recebe-Ias com as devidas reservas, porque elas podcmnão ser comprovadas - e tanto há dúvidas sobre issoque têm sido instaladas comissões parlamentares de inquérito nesta Casa.
o SR. ARTHUR VIRGILIO NETO - Inelusive coma ausência do partido de V. Ex' o que lamentamos muito.
O Sr. Djalma Bessa - Não, Excelência. Issojá é outroproblema. Justamente para quê? Para apurar essas irregularidadcs. O Governo não eneampa isso, não endossanenhuma irregularidade, nem aceita nenhuma corrupção, mas também não pode, por urna simples denúncia, admitir que haja irregularidades e corrupção. Vamosatuar junto e essas comissões parlamentares de inquérito, que têm amplos poderes para apurar tudo, e não tenha dúvida V. Ex': se for apurada qualquer corrupção, oGoverno punirá, na forma da lei. Não pode é, ao arrepioda lei, prender, como V. Ex' solicita. Pode ser até a medida adequada, mas não foi ainda a medida legal que estáao nosso alcance adotar.
O SR. ARTHUR VIRGILIO NETO - Muito obrigado pelo aparte de V. Ex', que é um Deputado assíduo aesta Casa e de cujo espírito público não tenho por queduvidar. Mas devo dizer a V. Ex'. de maneira atê umtanto acre, que O apartc de V. Ex' teria sido assim o tomcômico do meu discurso. Acho que o bom humor fazparte da vida. Nós já vivemos mal humorados, em facedo vendaval de corrupção que vem varrendo e afrontando este País. de maneira até oficial. V. Ex' dá o tom cômico na medida em que diz que o Governo não prendesem lei, não prende sem razão. Ora, Sr. Deputado Djalma Bessa, ele não prende a não ser que se trate de umsindicalista, a não ser que se trate de um estudante, a nãoser que se trate de um democrata de comprovada reputação. Agora, deve V. Ex' admitir: ele não prende semlei, não prende com lei e não prende de maneira algumaos que se banquetearam no mercado imobiliário, nomercado financeiro, na Bolsa de Valores...
O Sr. Djalma Bessa - Excelência, vamos discutir comseriedade. Vamos debater com seriedade - vamos discutir...
O SR. ARTHUR VIRGlLIO NETO - Sr. Presidente,peço a V. Ex' que me garanta a palavra, em face de o Deputado Djalma Bessa ter tentado sair do tom cômicopara o tom de funeral. É uma mudança muito bruscapara que a minha pulsação jovem, porém tensa - comotensa tem sido a pulsação do povo brasilciro - a ature.Sr. Deputado Djalma Bessa. respondo a V. Ex', eadvirto-o de que se evitar o tumulto e a esterilidade a resposta sairá mais rápida e precisa. O Governo de V, Exb9não só não pune, como ele é a própria corrupção oficializada nestc País. Há representantes da corrupção nos Ministérios; há representantes da corrupção em todas as autarquias principais desta terra.
O Sr. Djalma Bessa - Não diga só, Deputado. Queremos que V. Ex' prove.
O SR. ARTHUR VIRGILIO NETO - Apenas os denunCÍantes aqui são os que se acostumaram a pagar apena da denúncia. a pagar a pena da coragem, do civismo pelo Brasil que todos amamos. Não quero duvidarde que V. Ex' também o ame, estando de mau ou de bomhumor. Vi agora dois momentos de V. Ex': um de bomhumor e o outro nem tanto. Mas a verdade, DeputadoDjalma Bessa, é que, antes de 64, a corrupção era episódica c as pessoas que a denunciavam não passavam perigo algum. Às vezes, os corruptos eram punidos; às vezes,não. Depois. no auge do poder autoritário a que o partido de V. Ex' tem servido docilmente, virou praxe punirse sempre, e apenas, o denunciante. Agora, DeputadoDjalma Bessa, prestamos atenção a um detalhe, que é
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talvez o dado mais entristecedor. Nos estertores do regime que ai está, na falência do "modelo" que ai se encontra, o Governo não tem mais a audácia ou a autoridadede punir nem o denunciante, nem O denunciado: já nãopune mais ninguém. Virou - com o perdão de V. Ex',Sr. Presidente, para aqui empregar expressão que talveznão seja própria de um Machado de Assis, mas ainda assim forte e real - virou a própria casa d~. "Noca", emque nem se pune um nem o outro, em que não se cometemais a arbitrariedade de punir o denunciante e nem se investiga nada. E quando nós fazemos aqui uma ComissãoParlamentar de rnquérito, como a da Delfin, patrocinada pela Oposição. para punir os eventuais ladrões, oseventuais corruptos desta República, o que vemos nopartido do Governo é o eterno borboletear em torno daverdade, é o eterno sair da raia, é o eterno fugir do debate, ê o eterno escapar à investigação, dando a impressãoaté mesmo de que. não em todos os Parlamentares, nãoem todos os homens do partido do Governo, mas na suadireção, há quase que uma conivéncia, uma tentativa deimpedir que se consiga pegar pela gola, pelo colarinho,pela gravata os grandes velhacos desta República.
O Sr. Ademir Andrade - Permite V. Ex' um aparte?
O SR. ARTHUR VIRGlLIO NETO - Se o Sr. Presidente permitir, concederei o aparte ao nobre Deputadopelo Pará, com imcnsa honra.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - O tcmpoestá esgotado. Ainda há pouco, não permiti o aparte aoDeputado Djalma Bessa. O tratamento é impessoal.nobre Deputado.
O SR. ARTHUR VIRGILIO NETO - Sr. Presidentc,sabemos que o tempo exerce sobre o Regimento um poder imperial. Mas eu. que já sou preocupado cm combater o imperialismo americano, um poder imperial maior,mais ditatorial e mais antipático que o do Regimento,devo curVar-me às ordens de V. Ex' ...
O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Obrigado.
O SR. ARTHUR VIRGfLIO NETO - .. , como homenagem à Casa e a V. Ex', que a merecem muito bem.
Enccrro. lamentando não poder ouvir O bravo representantc do Pará. Deputado Ademir Andrade, campeãoda luta anticorrupção em seu Estado.
Ontem. o Brasil comemorou uma Independência qucnão era de fato. Ontem, o Brasil desfilou nas suas paradas e gastou o combustivel da Nação em destiles, umBrasil agachado diante do FMI, incapaz de tomar nasmàos o seu próprio destino de liberdade e grandeza popular. Quase um escárnio a comemoração da Independéncia, diante da miséria do nosso povo. O que nós daOposição qucremos, entendendo-nos com os nossos adversários, com os nossos companheiros. sempre ao níveldc altivez e da compostura. scm abdicar do nosso programa e da nossa linha de ação, é chegar um dia, nestePais, à liberdade plena. à organização popular plena, aofim da corrupção e á independência naciomil, para quepossamos, de verdade, comemorar o 7 de sctembro, queum dia houve, e que hoje tem sido cassado e depreciadopelos falsos governantes da República bióniea, que cambaleia pelas paredes da antinação. (Muito bem! Palmas.O orador é cumprimentado.)
EDlTAL
A Presidéncia do Grupo Brasileiro da União Interparlamentar convoca a Comissão Deliberativa para umareuniào a realizar-se às dez horas de terça-feira, dia trezedo corrcnte. em sua sede no Anexo I do Senado Federai.2' andar, para tratar de assuntos de competéncia.
Brasília, 9 de setembro de 1983. - Deputado EdisonLobão, Presidente - Deputado Sebastião Rodrigues Jr"Secretário.
8876 Sábado 10
ATAS DAS COMISSÕES
COMIssA O DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DISTRIBUiÇÃO
o Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia,Deputado Fernando Cunha, fez a seguinte distribuiçãoem 16 de junho de 1983:
Ao Senhor Deputado Marcelo Gato:Projeto de Lei n' 406/83, do Senhor Marcelo Cordeiro
que. "'dispõe sobre a contratação de serviços na área deInformática por órgãos da administração pública diretac indireta".
Brasília, 16 de junho de 1983. - Luiz de Oliveira Pinto, Secretário.
DISTRIBUIÇÃO
o Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia,Deputado Fernando Cunha, fez a seguinte distribuiçãoem l' de setembro de 1983:
Ao Sr. Deputado Fernando Cunha (avocado):Projeto de Lei n' 1.188/83, do Sr. Paulo Lustosa. que
"estabelece reserva de mercado para a produção de carros elétricos".
Brasília. I' de setembro de 1983.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇAVigésima Seganda Reunião Ordinária Plenária,
Realizada No Dia l' De Setembro De 1983.
Às dez horas do dia primeiro de setembro de mil novecentos e oitenta e três, na Sala n' 17 do Anexo II da Cámara dos Deputados, sob a Presidéncia do Senhor Deputado Leome Belém, Vice-Presidente, presentes os Senhores Deputados Bonifácio de Andrada, Presidente,Brabo de Carvalho, Vice-Presidente. Antônio Dias, JoséGenoino. João Gilberto, Wagner Lago, Oswaldo Melo,Jorge Carone, Ernani Satyro, Guido Moesch, RondonPacheco, Nilson Gibson, Mário Assad, Plínio Martins,Jairo Magalhães, Egídio Ferreira Lima, Gorgônio Neto,Walter Casanova. Sérgio Murilo, José Tavares, RonaldoCanedo. Nelson Morro e Aluízio Campos, reuniu-se aComissào de Constituição e Justiça. A Ata da reuniãoanterior foi aprovada por unanimidade. ORDEM DODIA: I) - Projeto de Leí n' 973/83 - do Sr. FranciscoPinto - que. "dispõe sobre o pagamento de férias autorizadas aos trabalhadores, dando nova redação ao ar!. 145da Consolidação das Leis do Trabalho". Relator: Deputado José Genoino. Parecer: pela constitucionalidade,jUl'idicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 2) - Projetode Lei n' 767/83 (anexo o Projeto de Lei n' 799/83) - doSr. Paulo Zarzur - qUe "acrescenta parágrafos ao arL l'da Lei n' 6.195, de 19 de dezembro de 1974, para estender ao trabalhador rural, bóias-frias, diaristas ou tarefeiros o direito ao seguro de acidentes do trabalho e determina outras providências". Relator: Deputado José Genoino. Parecer: pela inconstitucionalidade deste e pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa doProjeto de Lei n' 799/83, anexado. Adiada a discuSHão.3) - Projeto de Lei n' 710/83 - do Sr. Paulo Mincarone- qUe. "dispõe sobre a transferência aos municípios daparecia do Imposto de Circulação de Mercadorias queconstitui a arrecadação municipal". Relator: DeputadoJoão Gilberto. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com duas emendas, e pelatransformação deste em projeto de lei complementar.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 4 - Projeto de Leí n'1.205/83 - do Sr. RenatoCordeiro - que. "determina que pelo menos 10% doquadro de telefonistas, das empresas de telefonia, sejamocupados por paraplégicos". Relator: Deputado Wagnerl,ago. Parecer: pela cünGtituclon8Jidade~ juridicidade e
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
técnica legislativa. Em votação. foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 5) - Projeto de Lei n'1.206/83 - do Sr. Renato Cordeiro - qUe. "determinaque o DNER reserve 20% de seu quadro de eaixascobradores de pedágio a paraplégicos". Relator: Deputado Wagner Lago. Parecer: pela constitucionalidade.juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unnnimemente o parecer do relator.6) - Projeto deLei n' 1.084/83 - do Sr. Valmor Glavarina - qUe. "dispõe sobre o julgamento antecipado àe processo crirnl~al". Relator: Deputado Guido I\;loesch. Em votação,foi aprovado unanimemente requerimento do relator.solicitando anexação deste ao Projeto de Lei n' 1.655/83(Código de Processo Penal). 7) - Projeto de Decreto I~e
gislativo n' 31/83 - da Comiss"o de Economia, Indústria e Comércio (Mensagem n' 522/81-PE) - que. "concede homologação a ato do Conselho Monetário Nacional que autorizou a emissão de papel-moeda, no ano de1981 no valor de Cr$ 150.000.000.000,00 (cento e cinqüen~a bilhões de cruzeiros)". Relator: Deputado Osvaldo Melo. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadec têcnica legislativa. Concedida vista ao Deputado Jo"oGilberto. 8) - Projeto de Lei n' I.629/83 - do Sr. Nelson Wedekin - qu~ "introduz moditícação no Decretolei n' 1.867. de 25 de março de 1981, que alterou oDecreto-lei n' 1.861, de 25 de fevereiro de 1981, este dispondo sobre as contribuições compulsórias recolhidaspelo lAPAS it conta de diversas entidades". Relator: Deputado Osvaldo Melo. Parecer: pela inconstitucionalidade. AdIada a discussão. 9) - Projeto de Lei n' 1.599/83- do Sr, Ruben Fígueiró - que "dispõe sobrc o créditorural e disciplina a estocagem de carne pelos frigoríficose pecuaristas invernistas". Relator: Deputado NilsonGibson. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade etécnica legislativa, com duas emendas. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 10) Projeto de Lei n' 1.767/83 - do Poder Executivo (Mensagem n' 292/83) - qu~ "autoriza a reversão ao Município de Rio Pomba, Estado de Minas Gerais, do imôvelque menciona". Relator: Deputado Nilson Gibson. Parecer: pela constitucionalidade. juridicidade, técnica legislativa e. no mérito. pela aprovação. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator, 11) Projeto de Lei n' 77/83 - do Sr. Francisco Studart que"outorgo ao Presidente Getúlio Vargas o título de Patronodos Tr~balhadores do Brasil". Relator: Deputado ErnaniSatyro. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade etécnica legislativa, com emenda. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. Aprovado também requerimento do relator, solicitando audiência da Comissãode Educação e Cultura. 12) - Projeto de Lei n' 404/83do Sr. Marcelo Cordeiro - que "estabelece a obrigatoriedade de o IBGE incluir o item referente à populaçãode cor entre os elementos a serem recenseados em todosos censos nacionais". Relator: Deputado Emanu Satyro.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade, técnicalegislativa e, no mérito, pela aprovação. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 13) Projeto de Lei n' 1.475/83 - do Sr. Victor Faccioni qu~. "autoriza o Poder Executivo a criar o Conselho Nacional de Vitivinicultura - CONAVIN, dispõe sobre oPlano Nacional da Vitivinicultura, o seguro e preçomínimo da uva. e dá outras providéncias". Relator: Deputado Plínio Martins. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade. técnica legislativa e, no mérito. pelaaprovação. Em votação, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 14) - Projeto de Lei Complementarn' 47/83 - do Sr. JG dc Araújo Jorgc - que "estabelecenormas sobre a sucessão presidencial em 1984, a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte e aseleições para Presidente da República". Relator: Deputado Jairo Magalhães. Parecer: pela inconstitucionalidade. Adiada a discussão. 15) - Projeto de Lei n' 1.144/83- do Sr. Henrique Eduardo Alves - que. "dispõe sobrea proibição de cobrança ~e anuidad~s! ~axas de ~atricu.
la ou nutras l1C2.S e5ta.h(:U(~CHllcntos OiJGHJJ:J c~e 1~3racmúl de ]0
Setembro de 1983
grau. fixa o processo para obtenção de gratuidade do en;;:ino de níveis ulteriores e dá outras providencias". Relator: Deputado Gorgônio r·,leto. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadc c tt:cnica legislativa, com emenda.Em votação. foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 16) - Projeto de Lel~' LI48/83 - do Sr. JorgeLeite - que "estabelece multa contra a prática de atoscomprovadamcmte prejudiciais ao mei(H:lmbiente". Relator: Deputado Gorgônio Neto. Parecer: pela constitucionalidade, juridiciuade, téenica legislativa e. no mérito,pela aprovação. com quatro emendas. Em votação. foiaprovado unanimemente o parecer do relator. Usando apalavra, pela ordem, o Deputado Brabo de Carvalho requereu a juntada do requerimento inicial que solicitou aconstituição da Comissão Parlamentar de [nquérito, porele assinado. documento esse imprescindível para a apreciação do OF. GP-O-l.926; que encaminhou a este órgãorecurso de decisão proferida em questão de ordcm. formulado pelo Deputado José Lourenço, na sessão do dia29-6-83. O Senhor Presidente deferiu o pedido. Após, oDeputado Brabo de Carvalho solicitou fosse marcado adata de 14 próximo para a diseussào e votação da matéria. Colocada a proposta em votação. foi esta aprovada, contando. inclusive, com o apoio do Deputado Nilson Gibson, autor do pedido de vista conjunta com osDeputados Brabo de Carvalho e Egídio Ferreira Lima,17) - Projeto de J~ei n' 1.625/83 - do Sr. BrandãoMonteiro - qu~. "dispõe sobre o ressarcimento de importâncias pagas pelos mutuários e devedores hipotecários em processos de execução. e dá outras providên~
cias". Relator: Deputado Mário Assad. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidadc, técnica legislativa c,no mérito, pela aprovação. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do Relator. \8) - Projeto deLei n' 1.107/83 - do Sr. José Moura - qUe. "condicionaa concessão de crédito por estabelecimentos oficiais aoplantio de xerófilas arbóreas na região do Polígono dasSecas no Nordeste, e determina outras providências".Relator: Deputado Mário Assad. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votaçào. foi aprovado unanimemente o parecer do relator.19) - Projeto de Lei n' 936/83 - do Sr. Paulo Lustosa- que. "dispõe sobre a criação do Fundo Nacional deCasas do Estudante Carente, e dá outras providências".Relator: Deputado Walter Casanova. Parecer: pela inconstitucionalidadc. Adiada a discussão. 20) - Projetode Lei n' 1.155/83 - do Sr. Geraldo Fleming - queHdispõe sobre a criação da Zona Franca de Rio Branco,no Estado do Acre". Relator: Deputado Walter Casanova. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 21) - Projeto de Lei n' 1.216/83- do Sr. Celso Peçanha - que "amplia direito de movimentação do FGTS pelos optantes", Relator: DeputadoOsvaldo Melo. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 22) - Projeto de Lein' 1.690/83 - do Sr. Jorge Cury - que "introduz alterações nos dispositivos da Consolidaçào das Leis do Trabalho, que se referem a aumento de remuncração porhora extraordinária". Relator: Deputado Osvaldo Melo.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o
parecer do relator. 23) - Projeto de Lei n' 384/83 - doSr. Francisco Dias - que. "dispõe sobre uma indenização ao trabalhador que se aposenta, nas condições quemenciona. e dá outras providências". Relator: DeputadoAluízio Campos. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com substitutivo. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.24) - Projeto de Lei n' 816/83 - do Sr. Cunha Bueno- que "dá nova redação ao art. 15 da Lei n.4.771, de 15de setem bro de 1965, que institui o novo Côdigo Florestal". Relator: Deputado Eman; So.tyro: Parecer: 1'"la~On3iüTJcir.:H1ffilkl8c1(;l< jBf.irHc!dr:ide e !~cnir;a k:gigigtiva.
Setembro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 10 8877
QJI:; ""i)ispl:ia [:oIJi',:
do d~l t:1fofis~,G.(C' fi.:"; Ei.:;onornistt::;. Domi.~~,dcu (' ou'trR,::prrJvi.d~~nd8.')··, '[?);LnCir: Depl,.!t3dt"il T,H1co[ GiIssor," F'J.f>;:;e["~ pi~l.Q eünsdtucic~rwlklc!l:lf;·. jurkHdd::Hl~ ~ \~é{;~n:1c.;c leBi.:~;~
~~:.ti'(/2.. Em vot':;!f;,:8 iJ, aprovado 1l:r:w.nÜ116LT.!(:~n1)3 oG~r clt:! N]a'i:or, O 5:;11110i P~·,e·sidcni-G dld:w. a ôr;:Presidência" qu~ ~ ocupada pelo Deput;!do Bl'é'.l5o dç'Cl!rvdlw. 151- Projeto de Lei n~ ],'íi4/S3i - do SI'. C'e;'\valdo :Um2. F'Hho - qU$. ··estabelece um. hor[lx~o d(~
vulgação nas e,taçõe; de tclevisão e d~ radiodifu8LGprograma naclonal de defesa do solo ~riível e do) ?GGtll'"
sos naturais do Pais. elaborado pelo Ministério da Ar!·i.cultura'". Relator: Deputado Jorge Carone. Parecer:consritucionalidade. juridicidade c t"cuíca 101:m?m'lo',com duas emendas. Em votação; foi aprovaQ.o unarúu}:;"ment~ (O parecer do relator. 16) - Pro.!ctr, ~'3
275i8~ - do Sr. Inocêncio Oliveir~ - qUE.. "'diê nOV8 !'C'
dação ao § 19 do inciso VII do art. 11 do Decreto-lei nC
l.376, de 12 de dezembro de 197~, e determina outrc:Jprovidências". Reíator: Deputado Ronaldo Canedo. p".recer: pela constitucionalidade. juridicidade e técnicé b·gislativa. Em votação. foi aprovado unanimemente (j
recer do relator. (7) - Projeto de Lei n" 594/83 - doInocêncio Oliveira - que. "isenta da incidênci~,do Imoposto de Renda os salários e proventos de aposentadD;percebidos por ex-combatentes". Relator: ])e.pm2rk ,Ronaldo Canedo. Parecer: pela constitucion9Jid,'d~,.lu·ridicidade e têcnica legislativa, com cmem:b. 13m '10 0
tação. foi aprovado unanimememe o parecer do relo}.iG.\',18) - Projeto de Lei n' 538/83 - do Sr. Ricardo RibRiTI'O- qU(\ "isenta de contribuição prevideneiària as f(;!jj1JiE·
rações a favor de deficientes fisicos"', Relalm': Depu13d'.J'Hamilton Xavier. Parecer: pela incol!síiluc1ol1Blid2dJ,Deputaoo José Tavares~ que pedira ViSl8 1 ,r:!c,v~ib3E
projeto. apresentando voto ~m sepm'ao" P~;'J
c!onalidade. juridicidacle e iecnicE: Megic12dv8., e:Gm;·lit1i~;]u
da. AdiadR 8 di.scussã.o. j 9) - íFwlH- do Poder Executivo (Ivier;sCl"'oc",c,"'auioriz~ a reversàG~ ao Estacio 1,'l,1,~0
fi'e~l.t5 qW'i me.tlci~n;2"', Rehâor: Dij[;iIJ~2dD jí.!.;j{} 'TDVC.!['C::.
, F_:3L~~
;:j': iJ:): ":'C'JJ'lj~e;~io~
juú·ji,'~ii:'.:).Ó.:;, ·t:~';fl·i,':;:J l::.~Di~\2.l.'j~:·,::. ::., iJO' mi,; .'Iti~'
tando voto em separado. com emenda. Adiada v; discus~
são. 9) - Projeto de Lei 09 45/83 - do Sr. AdhemarGhisi - que "altera a redação do art. 301 da Consolidação das Leis do Trabalho. aprovada pelo Decreto-lein9 5.452. de l' de maio de 1943". Relator: Deputado Sérgio Murilo. Parecer: pela constitucionalidade, juridicídade c técnica legislativa. com emenda. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. !O) Projeto de Lei n' L633í83 - do Sr. Sérgio Ferrare que. "institui concessão obrigatória de bolsas de estudopara o ensino de I" grau. e dá outras providências". Relator: Deputado Jorge. Carone. Pareccr: pela constitucionalidade. juridieidade e técnica legislativa. Em votaçi!Cl,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. I 1)Projeto de Lei 0 91.439/83 - do Sr. Osvaldo Melo - que"introduz modificação na Lei n' 6.226. de 14 de julho de1975. de modo a fazer que a contagem recíproca de tempo de serviço nela estabelecida beneficie também os I11ili~
tare;·. Relator: Deputado Emani Sstyro. P3r~J3r: 15"kconstitucionalidade juridicidad~ e técnica IGgir,lrrdv2.Em votação. foi 8nrüvado unanim!~m;;nt~ O pm\~G-:;r dof:elu,tor, J,~.:~ ~ :Eí]'i~·lDil.-J f[l.ll}ff.;dd8"uS' l·ul ~,,:ç lL·I<-~·3",A/;'01" ,"jdlsp~H~ ::.: p1'(;fL.~;~>!C; ele-
n:uz. :);;:.lúriG l.'ninh'jJ(.l ::l1'(jn~j~:i\:'nclt d,:.'j.~í'[nrrliQ
C~Jt:T2(~ nr{)1+i:~nri:l.:',oo. r:~L3J.rJr: D:~~n~~:2,:,i(\ E:rf!j~~'1
19~5C:,1 (ins·ju.li EC' ~~:na:; L,é..;i~:;~l:,fJS':-"", 11):;ptrl:!~:dt) (]c~rúi;'~: SihTLC[l!Eümcl~Jf1aHdad~, jurkhGidadc e té·çn1cQ bgisl~lthf~.
Em \-'(j'!Q.ç.Sio, ú)i aprovadü' un3.nilmement~· p2f~.':,çr der"lmo•. 4) - Projete> de le~ I!' 1.848/8,'; - dD TrlC'lll1Q"Superior Ebítcr~l - que: ""dispõe sobr~ aliera(:2(i' oc'Quadro Pcrmancm:~ck. Secretaria do Tribunal kegiormlEleitoral do Estado de Sào Paulo e da outras providel'cias··. Reíator: Deputado /umando Pinheiro. Parecer'pela constitucionalidade•.iurididdade. técnica legbIathi B.
c, no mérito. pela aprovação. Em votação. foi aprovac!ounanimemente o parecer do relator. 5) - Projeto de LEâ0"1.481/83 - do Sr. Wilmar PaUs - qu~ "permite a d,,dução do imposto de Renda, devido pelas pessoas jurícíio
cas, de pane do montante dos salários pagos a menoresde idade sujeitos a posterior prestação do serviço mílit2'obrigatório e dá outras providencias". Relator: Deput:",do Armando Pinheiro. Parecer: pela constitucionaUli2°de. juridicidade c técnic~ legislativa. Em votação. ,,)(aprovado unanimemente o parecer do relator. 6) - ProJeto de Lei n" 625í83 - do Sr. José Frejat - que "dispoesobre ocupação de imóvel funcional por familiares óeservidor público". Relator: Deputado Brabo de Carvalho. Parecer: pela constitucionalidade. juridicidade e té,;onica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemen·te o parecer do relator. 7) - Projeto de Lei n" 1.695/8:3- do Sr. Jorge Cury - que. "autoriza o Poder Executivoa instituir o sistema penitenciário agrícola desdnado 'crecuperação de detentos". Relator: Deputado Brabo d~
Carvalho. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação. foi aprovado unanim'lmente o pareccr do relator. 8) - Projeto de LeI Com!llac
mentar o" 49/83 - do Sr. Oswaldo Lima Filho - que"altera a Lei Complementar n' 14, de 8 de junho de 197"0e inclui na Região Metropolitana do Recife, os MUl'Iici·pios de Abreu e Lima, Camaragibe, Itapissuma, Ooiarm.,Vitória de Santo Antão, Paudalho e Escad~", Reíat,n:Deputado Hamilton Xa.vier. Parecer: pela consdtu,~ioTI8"
lidaàe, jllridicidade, legalidade e técnica iegIsIJ:dv~, f),'Deputado Sérgio Murilo, que pedira vista conjUt1Í'2 Güm
o Deput~rk~ Nilson Gibgo!l'i.i deyolveT.1 o proJ~t.o.;, .JpF~!l!1n",
do órgão para decidir se as matérias poderiam ser votadas sem a presença do relator. O Senhor Presidente concordou com o sugerido, aproveitando para elogiar a figura do Deputado Gomes da Silva. pelo profícuo trabalho há longo tempo desenvolvido nesta Comissão. Concluiu dizendo que a reunião sugerida deveria tratar também sobre a decísào do órgão sobre projetos meramenteautorizativos. Pedindo a palavra. pela ordem. o Deputado Egídio Ferreira Lima justificou sua posição no episódio. fazendo um breve histórico dos fatos acontecidos nareunião do dia 24. Em votaç;ão a ata, foi essa aprovada.contra o voto do Deputado Gomes da Silva. Falandopela ordem. o Deputado Celso Barros disse de sua alegria pelo retorno a esta Comissão. de onde se afastara.dispondo-se a prestar todo o trabalho que estiver ao seualcancc para o engrandecimento da Comissão. ORDEl'vlDO DIA: I) - Oficio GP-O-1.926í83 - do Sr. Presidente da Câmara dos Deputados - que "encaminha recurso de decisão em questàl' de ordem, formulado peloDeputado José Lourenço. na sessão do dia 29 de junhode 19B}". Relator: Deputado Celso Barros. Parecer: pekmanate!if;~i.o do I:rirêriü anter-lüL fkandü l)rt~judk;J(j0 [,r';(jt.!':,rin1enilü defi~3rid.c' í~,,;,h P·f·:j'f:id~n('icL iI':::ODO'Y:!idc
GOrJjUilt2 $)JS, [I)CI:HJI(:J.ÓüL, 1~il0Dn G-JbtJOí'J..) B'lí8!Y;)) ('~tYg
Em votação. foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 25) - Projeto de Lei n" 1.771/83 - do PoderExecutivo (Mensagem n" 296/83) - que. "autoriza a reversão ao Município de São Francisco do Sul. Estado deSanta Catarina. do terreno que menciona". Relator: Deputado Nelson Morro. Parecer: pela constitucionalidade. juridicidadc. técnica legislativa e. no mérito. pelaaprovação. Em votação. foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 26) - Projeto de Lei n' 1.023/83 do Sr. Jorge Carone - qUe. "estabelece jornada de trabalho para OS servidores públicos civis da União e dá outras providências". Relator: Deputado José Tavares. Parecer: pela inconstitucionalidade. Adiada a discussão. ODeputado Leorne Belém deixa a cadeira da Presidência.que é ocupada pelo Deputado Bonifácio de Andrada.27) - Projeto de Lei n"129/83 - do Sr. Paulo Lustosa- que. "dispõe sobre contratos de compra e venda debens móveis. e dá outras providências". Relator: Deputado Ernani Satyro. Parecer: pela constitucionalidade.juridicidade. técnica legislativa e, no mérito. pela rejeição. Em votação. foi aprovado unanimement~o pare·cer do relator. 28) - S~bstituiivo do Senado ao ProJetnde Lei It Q 2;.22iS..Bí80" que. "'dÍ':'dplhm ü ~xerc-biü da IJro~
fiZS20 (i; etlferme~rode nível sup~rior'·'. llcL:nJ.)l'; C>3pUtc~
do L:úrne B~iém, P3_r'~r:l?r: p8;1a.'~0nGáKt!don,:1h!i::Vi:;'-~~:!Xli·
diC'id21de G i'~'~niC'2 ",cr,'W',,,,,···(1.
Às dez horas do dia tl'Ínta de agosto de mil novecento'e oitenta e três. na Sala n9 17 do Ànexo 11 da Cámam do;Deputarias. sob a Presidência do Senhor Deputado Boonifácio de Andrada. Presidente, presentes a's Senhore3Deputados Brabo de Carvalho. Více-Presidente. CelsoBarros. Gomes da Silva, Armando Pinheiro, Sérgio Murilo, Jorge Carone. Nilson Gibson, Wagner Lago. Ernani Satyro, José Tavares. Jorge Medauar, Ronaldo Canedo, Egídio Ferreira Lima. Aluízio Campos e Gerson Pcres. reuniu-se a Comissão de Constituição e Justiça. AAta da reunião do dia 25 último foi aprovada por unanimidade. Colocada em discussão a ata da reunião do dia24 ppo o Deputado Gomes da Silva registrou seu protesto relativamente à aprovação do Projeto de Lei n~
I.592í83, do qual era o relator. sem a sua presenç;a. la·mentando que a Comissão tenha quebrado uma praxe hálongo tempo seguida. (I Senhor Presidente justificou avotação dizendo que o assunto já vinha se arrastando eque as lideranças partidárias ha;iam insistido no comp2recímen((j dos parlamentares desde a reunião "nlerior,Declarou que diversas questões de ordem foram levanta·d~n na oportunidade, oÍJI'Ígal1do-c" 8. colocar a matériaem vOlaçào1 culminando com o acolhim~nto de. ·voto dúDeputado Egidio Ferreira Lima. designBdo relaror dovencedor. O Deputado Gomes da Silva Gugm.'in j'~ulliàlJ
';c~lOG:~-~U ~-m di:}:;;u:::,~tO
!\:'Qli:::s.d0~ CIY: SU"l(..úl:rn'ü cÜrri~\w~.\ o.rnParlara(;nt::u:Ü::nl(,'. c.:::'m (O C:llgFia..t:fL1cútÚ:. 03.'} (,:"ünli~'~:bç'~
Educ:lçêi~) e Cuhura e cie Cem5t1tuição (? Jusüç::. d,::l C;),mllrr t;:; do SenaÓlo. EnnHeeando 2. in1ciai:iv.:.. o DeDuL1Q..,.:,leorne Belém lembrou t,;, s,ugcriu o nome d~ /dOnGD' A!]~
nos de Melo FrancG, luminar do direito constitucionalbrasileiro. que náo poderh faltar 2'. tão importante evento. Colocad:i a proposté em votaçao, foi estilo apwvads'.por unanimidade, Encerramento: li>. doze nora,. nademais havenáo ri tratar. foi encerrada 3. reunião e. par2:constar. eu. RuV Omar Prudêncio da Silve, Secret~rio,
lavrei a presente Ata, que depois de lieia. e aprovada. seré'assinada pelo Senhor Presidente.
i'ona Reunião OrôinlÍrí~ 0& TurmEl "'k" '.Realizada no Dia 30 de Agosto áe 192D,
8878 Sábado 10
Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade, técnicalegislativa c, no mérito, pela aprovação. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 20) Projeto de Lei o. 1.585/83 - do Sr. Carlos Sant'Ana que. "dá nova redação ao artigo 268 da Lei n. 1.711, de28 de outubro de 1952 - Estatuto dos FuncionáriosPúblicos Civis da União". Relator: Deputado AluízioCampos. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadec técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 21) - Projeto de Lei n'666/83 (anexo o Projeto de Lei n' 1.073/83) - do Sr.Freitas Nobre - qUe "acrescenta dispositivo à Consolidação das Leis do Trabalho, na parte relativa à proteçãoà maternidade, visando estabelecer que também tenhadireito a afastar-se do trabalho, nas condições e prazoque especifica, a mulher que adota criança nos primeirosdias de vida desta". Relator: Deputado Gomes da Silva.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votação, foi aprovado unanimementc opareccr do relator. 22) - Projeto de Lei n' 939/83 (anexoo Projeto de Lei n. 1.265/83) - do Sr. Nilson Gibson que, "imprime nova redação à alínea 1 do art. 20 doDecreto-lei n. 73, de 21 de novembro de 1966". Relator:Deputado Gomes da Silva. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Concedida vistaao Deputado José Tavares. Reassume a Presidência oDeputado Bonifácio de Andrada, 23) - Projeto de Lei n'1.653/83 - do Sr, Iranildo Pereira - que. "dispõe sobrea aplicação de tarifas diferenciadas de energia elétricafornecida a consumidores rurais em atividades agrícolas", Relator: Deputado Jorge Carone. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 24) - Projeto de Lei n. 1.669/83::- do Sr. Manoel Costa Júnior - que "condiciona o pagamento doCrédito Educativo ao exercício de atividade remunerada". Relator: Deputado Jorge Caronc. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.Concedida ao Deputado Brabo de Carvalho. 25 - Projeto de Lei n' 1.630/83 - do Sr. Siqueira Campos - que"autoriza a realização de convênio entre os Ministériosdos Transportes e da Agricultura, para a finalidade queespecifica, e dã outras providências". Relator: DeputadoJorge Carone. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade c técnica legislativa. Em votação. foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 26 - Projeto de Lei n'162/83 - do Sr. Farabulini Júnior - qUe. "revoga o art.86 da Lei n' 4.2t5, de 27 de abril de 1963. eliminando oimpedimento ao exercício da advocacia na hipótese versada nesse artigo". Relator: Deputado Ernani Satyro.Parecer: pela consticionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição. Concedida vista aoDeputado José Tavares. 27 - Projeto de Lei n. 194/83- do Sr. José Carlos Teixeira - que. "dispõe sobre aperícia policial. nos casos de colisão de veículos automotores, e dá outras providências". Relator: Deputado Ernani Satyro. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e têcnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente O parecer do relator. 28 - Projeto de Lei n'1.494/83 - do Sr. Freitas Nobre - que "introduz modificaçães na Lei n' 6.251, de 8 de outubro de 1975, queinstituiu normas gerais sobre desportos". Relator: Deputado Aluízio Campos. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator. Aprovadotambém requerimento do relator, solicitando seja ouvidaa Comissão de Esporte e Turismo sobre o projeto. 29)Projeto de Lei n. 1.624/83 - do Sr. Ibsen Pinheiro qu<;. "dispensa da incorporação no Serviço Militar obrigatório os agricultores c trabalhadores rurais, c dá outras providências". Relator: Deputado Jorge Carone.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e têcnicalegislativa. Em votação, foi aprovado unanimem<;nte oparecer do relator. 30) - Projeto de Lei Complementar n'40/83 - do Sr. Edme Tavares - que "acrescenta dispo-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
sitivo à Lei Complementar n. 11, de 25 de maio de 1971,que instituiu o PRORURAL, para o fim de estabelecervalor especial de aposentadoria por velhice ao caso queespecifica". Relator: Deputado Jorge Carone. Parecer:pela constitucionalidade, juridicidade, e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecerdo relator. 31) - Projeto de Lei n' 21/83 (anexos os Prejctos de Lei n's 71, 629. 798 e \.028, de 1983) - do Sr.Francisco Dias - que "dispõe sobre a estabilidade noemprego nas condições que menciona, e dá outras providências". Relator: Deputado Eruani Satyro. Parecer:pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecerdo relator. Encerramento: Às doze horas e dez minutos,nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e,para constar, eu, Ruy Ornar Prudêncio da Silva, Secretário, lavrei a presente Ata, que depois de aprovada seráassinada pela Sr. Presidente.
o Deputado Bonifácio de Andrada, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, fez a seguinte
DISTRIBUIÇÃO
Em 1-9-83
Ao S1'. Aluízio Campos:Projeto de Lei o. 1.765/83 - Do Sr. Adhemar Ghisi
- que "introduz alterações do Decreto-lei n' 1.861, de25 de fevereiro de 1981, estabelecendo novo limite para orepasse de importâncias arrecadadas pelo lAPAS às entidades que respecifica".
Projeto de Lei nl 1.780/83 - do Sr. Leônidas Sampaio - que. "dispõe sobre a liberação da conta do FGTSna morte de empregado optante, c dá outras providências".
Projeto de Lei n. 1.792/83 - do Sr. Osvaldo Melo que "dispõe sobre abatimento do Imposto sobre Produtos Industrializados, no caso que menciona".
Ao Sr. Antônio Dias:Projeto d<; Lei n' 1.764/83 - do Sr. Josê Frejat - que
_"acrescenta parágrafo ao art. 465 da Consolidação dasLeis do Trabalho para garantir aos empr<;gados preferéncia no pagamento de seus salários".
Projeto de l"ei n' 1.755/83 - do Sr. Francisco Diasque "assegura aos trabalhadores o direito de rec<;ber<;m,à ocasião da aposentadoria, a indenização por tempo deserviço prevista na CLT, independentemente de sua filiação ao regime do FGTS, c dá outras providências".
Ao Sr. Armando Pinheiro:Projeto de Lei n' 1.807/83 - do Sr. Júlio Martins
qUe. "altera a redação do artigo 6' da Lei n' 7.106, de 28de junho de 1983, que define os crimes de responsabilidade do Governador do Distrito Federal, dos Governadores dos Territórios Federais e de seus respectivos Secretários, e dá outras providências".
Projeto de Lei Complementar n' 80/83 - do Sr.Amaury Müller - qUe. "dá nova redação aos artigos 4' eseu parágrafo único e 5., da Lei Complementar n' 11, de25 de maio de 1971, quoe institui o Programa de Assisténcia ao Trabalhador Rural (PRO RURAL)".
Ao Sr. Djalma Bessa:Projeto de Lei n' 1.757/83 - do Sr. Siqueira Campos
- que "acrescenta parágrafo ao art. 477, da Consolidação das Leis do Trabalho".
Projeto de Lei n' 1.796/83 - do Sr. Siqueira Campos- que. "dá nova redação ao art. 413, da Consolidaçãodas Leis do Trabalho".
Setembro de 1983
Ao Sr. Elquisson Soares:Projeto de Lei n. 1.798/83 - do Sr. Paulo Zarzur
que. "torna obrigatória a fabricação de caminhões e implementos agrícolas movidos a álcool".
Projeto de Lei Complementar n' 81/83 - do Sr. LélioSouza - que. "d<;fine o conceito de produto da arrecadação para efeito da distribuição prevista nos artigos 25e 26 da Constituição Federal".
Ao Sr. Gerson Peres:Projeto de Lei n' 1.779/83 - do Sr. Ricardo Ribeiro
- qu<; "dá nova r<;dação ao artigo 34 da Lei n' 6.830, de22 de setembro de 1980, que dispõe sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, e determinaoutras providências".
Ao Sr. Gomes da Silva:Projeto de Lei n. 1.760/83 - do Sr. Leônidas Sampaio
- qUe. "institui, na televisão, informativos especiais parasurdos-mudos, e dá outras providências".
Projeto de Lei n. 1.805/83 - do Sr. Farabulini Júnior- que. "declara de utilidade pública Q. "Núeleo Beneficente Joana D'Arc", com sede em Guarulhos, no Estadode São Paulo".
Projeto de Lei n' 1.813/83 - do Sr. Heráclito Fortes- que "torna obrigatória a utilização de balanças noscaminhões de entrega, nos depósitos e postos de revendade gás liquefeito de petróleo (GLP) e dá outras providências'l.
Emenda oferecida em Plenârio ao Projeto de Lei n.4.964-A/81 - que. "dispõe sobre o direito de ação dasAssociações Ambientais".
Ao Sr. Gorgônio Neto:Projeto de Lei n' 1.776/83 - do Sr. Francisco Dias
quI'. "assegura ao empregado ou a seus dependentes o direito de haver do empregador uma indenização. nos casos que especifica, e dá outras providências~'.
Projeto de Lei n. 1.819/83 - do Sr. Carneiro Aruaud- que "altera dispositivo da Lei n' 4.380, de 21 de agosto de 1964~ que institui a correção monetária nos contratos imobiliários, de interesse social, o sistemas financeiropara aquisição da casa própria, cria o Banco Nacionalda Habitação (BNH), e Sociedade de Crédito Imobiliário, as Letras Imobiliárias, o Serviço Federal d<; Habitação e Urbanismo, e dá outras providências".
Projeto de Lei n' 1.950/83 -. do Poder Executivo Mensagem n' 313/83 - que. "dispõe sobr<; o funcionamento do Juizado Especial de Pequenas Causas".
Ao Sr. Guido Moesch:Projeto de Lei n. 1.811/83 - do Sr. Francisco Dias
qUe "dispõe sobre o pagamento de remuneração peloempregador aos herdeiros, em caso de falecimento doempregado e dá outras providências".
Projeto de Lei n.l.799/83 -do Sr. Henrique EduardoAlves - que. "acrescenta parágrafo ao ar!. l' da Lei n.5.197, de 3 de janeiro de 1967, que dispõe sobre a proteção à fauna".
Projeto de Lei Complementar n. 83/83 - do Sr. CelsoPeçanha - que "acrescenta dispositivo à Lei Complementar n' 11, de 25 de maio de 1971, objetivando evitarcasos de bicontribuição previdenciária".
Ao Sr. Hamilton Xavier:Projeto de Lei n' 1.803/83 - do Sr. Leônidas Sampaio
- qUe. "acrescenta § 2' ao art. 13 da Lei n. 4.375, de 17de agosto de 1964 - Lei do Serviço Militar - e dá outras providências".
Projeto de Lei n' 1.814/83 - da Sr' Myrthes Bcvilaequa - que. "acrescenta parágrafo único ao art. 57 da Lei.
Setembro de 1983I
n' 6.360, de 23 de setembro de 1976, dispondo sobrepreços de medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos, cosméticos e saneantesH
•
Ao Sr. Jairo Magalhães:Projeto de Lei o' 1.754/83 - do Sr. Francisco Dias
que "institui a Assistência Financeira a ser prestada pelaPrevidência Social aos seus segurados, li: dil outras providências" .
Projeto de Lei o' 1.800/83 - do Sr. Jorgc Carone que "modifica o Código Brasileiro de Telecomunicações,para obrigar o Conselho Nacional de Telecomunicaçõesa ouvir o Congrcsso Nacional nos casos de concessão ecassação de canais de rádio e de TV".
Ao Sr. Joacil Pereira:Projeto de Lei o' 1.758/83 - do Sr. Rubens Ardenghi
- que "acrescenta parágrafo ao art. 45 da Lci n' 3.807,de 26 de agosto de 1960 - Lei Orgânica da PrevidênciaSocial - dispondo sobre a sistemátiça & çredenciamento e contratação de médicos pela Previdência Social".
Projeto de Lei n' 1.781/83 - do Sr. Darcy Pozza que. "isenta do [mposto de Renda os rendimentos adicionados ao salário do trabalhador em razão da insalubridade ou periculosidade".
Projeto de Lei n' 1,784/83 - do Sr. Francisco Amaral- quç "permitc o saque das contas do PIS/PASEP emcaso de desemprego".
Ao Sr. João Gilberto:Projeto de Lei nO 1.783/83 - do Sr. Homero Santos
que. "modifica o artigo I' da Lei n' 6.334, de 31 de maiode 1976, que "fixa idade máxima para inscrição em concurso público destinado ao ingresso em empregos, cargos do Serviço Público Federal", c dá outras providências".
Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei n' 1.759/83 - do Sr. Nilson Gibson
quç, "altera e acrescenta parágrafos ao art. 120 da Lei nl?4.737. de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral- quetrata da constituição da Mesa Receptora de votos".
Projeto de Lei o' 1.766/83 - do Sr. Wildy Vianna que. "cria a Zona Franca de Brasiléia, no Estado doAcre",
Projeto de Lei n' 1.773/83 - do Sr. Heráclito Fortes- que "dá denominação ao aeroporto da cidade de Teresina, capital do Estado do Piauí".
Ao Sr. Jorge Carone:Projeto de Lei n' 1.762/83 - do Sr. Paulo Zarzur
quç. "dispõe sobre o transporte rodoviário de bóias-frias,com maior segurança e conforto e dá outras providências".
Ao Sr. José BumeU:Projeto de Lei n' 1.777/83 - do Sr. Francisco Dias
que "dispõe sobre o fornecimento de Declaração deAtraso pelas empresas que menciona, e dá outras providências",
Ao Sr. José Melo:Projeto de Lei o' 1.782/83 - do Sr. Antônio Pontes
qUe. "dá nova redação ao art. I' da Lei n' 5.958, de 10 dedezembro de 1973, dispondo sobre a retroatividade deopção pelo regime do Fundo de Garantia do Tempo deServiço, e dá outras providências".
Ao Sr. José Tavares:Projeto de Lei n'1.763/83 - do Sr. Francisco Amaral
- que. "exclui dos encargos do Decreto-lei n' 2.047, de20 de julho de 1983, as pessoas que especifica, e dá outrasprovidências".
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Projeto de Lei n' 1.797/83 - do Sr. Valmor Giavarina- que "fixa em 60 anos a idade para aposentadoria porvelhice de ex-com batente",
Projeto de Lei nO 1.785/83 - do Sr. Jorge Caroncque.. "autoriza a instalação de restaurantes popularespelo Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição naforma que especifica".
Projeto de Lei nO 1.802/83 - do Sr. Nilson Gibson que. "altera dispositivo do Decreto-lei n' 75, de 21 de novembro de 1966, que dispõe sobre a aplicação da correção monetária aos débitos trabalhistas".
Proj~to de Lei n' 1.815/83 - do Sr. Walmor Giavarina - que. "acrescenta parágrafo único ao art. 67 da Lein' 5.108, de 21 de setembro de 1966 - Código Nacionalde Trânsito - tornando obrigatórias as indicações dotipo sangüíneo e, se diabêtieo, na Carteira Nacional deHabilitação.
Ao Sr. Júlio Martins:Projeto de Lei n' 1.741/93 - do Sr. Francisco Amaral
- que. "institui a estabilidade no cmprcgo nas condiçõesem que menciona, e dá outras providências".
Projeto de Lei n' 1.818/83 - do Sr. Henrique EduardoAlves - qUe. "introduz modificação na Lei n' 3.807, de26 de agosto de 1960 - Lei Orgânica da Previdência Social".
Ao Sr. Leorne Belém:Projeto de Lei n' 1.743/83 - do Sr. Márcio Macedo
- que. "revoga os Decretos-leis nOs 672, de 3 de julho de1969 e 1.273, de 29 de maio de 1973, e o item VIII, do art.I' da Lei n' 5.449, de 4 de junho de 1968, excluindo dointeresse da segurança nacional os municípios dc Angrados Reis, Duque de Caxias e Volta Redonda, no Estadodo Rio' de Janeiro, e determina outras providências".
Projeto de Lei o' 1.788/83 - do Sr. Aluízio Bezerraque "exclui o Município de Assis Brasil, no Estado doAcre, dentre os declarados de interesse da segurança nacional".
Projeto de Lei n' 1.786/83 - do Sr. A[uízio Bezerraque "exclui o Município de Cruzeiro do Sul, no Estadodo Acre, dentre os declarados de interesse da segurançanacional".
Projeto de Lei n' 1.787/83 - do Sr. Aluízio Bezerraque "exclui o Município de Mancio Lima, no Estado doAcre, dentre os declarados de interesse da segurança nacional".
Projeto de Lei n' 1.789/83 - do Sr. Aluízio Bezerraque "exclui o Município de Brasileia, no Estado do Acre,dentre os declarados de interesse da segurança Nacional".
Projeto de Lei n' 1.790/83 - do Sr. Aluizio Bezerraque "exclui o Município de Manoel Urbano, no Estadodo Acre, dentre os declarados de interesse da segurançanaciona''',
Projeto de Lei n' 1.794/83 - do Sr. Bcnto Porto que "devolve autonomia plena aos Municípios de Cáceres, Mirassol do Oeste é Vila Bela da Santíssima Trindade, no Estado de Mato Grosso, declarados de interesseda segurança nacional".
Ao Sr. Mário Assad:Projeto de Lei n' 1.739/83 - do Sr. Adhemar Ghisi
que "concede direito a aposentadoria especial, após vinte e cinco anos de serviço, aos exercentes da atividade deartífice mecânico de locomotiva a vapor".
Projeto de Lei n' 1.774/83 - do Sr. Múcio Athaydeque "cria o Ministério da Amazónia, e dá outras providências'~.
Projeto de Lei n' 1.806/83 - do Sr. Celso Peçanha que "altera a redação do artigo I' da Lei n' 5.527, de 8 denovembro de 1968, que restabelece, para as categorias
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profissionais que mcnciona. o direito à aposentadoria especial".
Ao Sr. Natal Gale:Projeto de Lei complementar n' 79/83 - do Sr. Ruy
Côdo - que "modifica a Lei complementar n' 27, de 3de novembro de 1975, que altera a redação do art. 2' daLei Complementar n' 14, de 8 de junho de 1973, que estabelece regiões metropolitanas".
Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n' 1,816/83 - do Sr. Gastone Righi
que "altera e acrescenta dispositivos à Lei n' 7.002, de14 de junho de 1982, estabelecendo dois turnos de 6 (seis)horas, nas jornadas de trabalho, dos serviços portuáriosde capatazia".
Projeto de Lei nO 1.820/83 - do Sr. Mendes Botelho- que "aerescenta §4' ao art. 6' da Lei n' 605. de 5 dejaneiro de 1949, dispondo sobre a reversão para o respectivo sindicato da remuneração do dia descontada do salário do empregado".
Ao Sr. Osvaldo Melo:Projeto de Lei n' 1.795/83 - do Sr. Heráclito Fortes
- que "dá nova denominação ao porto marítimo ora emconstrução no município de Luiz Correia, Estado doPiauf'.
Projeto de Lei n' 1.809/83 - do Sr. Ruy Côdo - que"proíbe demissões de empregados por um período de 24(vinte e quatro) meses, salvo por motivos de justa causa'",
Projeto de Lei n' 1.810/83 - do Sr. Djalma Bom que "estabelece o piso salarial para o empregado da categoria profissional dos metalúrgicos".
Projeto de Lei n' [.949/83 - do Poder ExecutivoMesagem n' 312/83 - que "altera a estrutura e a denominação da Categoria Funcional de Técnico de Reabilitação, do Grupo-Outras Atividades de Nível Superior, edá outras providências".
Ao Sr. Otávio Cesário:Projeto de Lei n' 1.753/83 - do Sr. Aldo Abrantcs
que "fixa normas para a organização das Instituições deEnsino Superior. dispõe sobre a constituição dos Congressos Universitários e sobre a eleição direta para a escolha dos dirigentes universitários e dá outras providências".
Ao Sr. Plínio Martins:Projeto de J~ei n' 1.622/83 - do Sr. Ibsen Pinheiro
que" fixa em 10 dias o prazo para, após o término doaviso prévio, o empregador fazer os registros na Carteirade Trabalho e pagar os respectivos consectários decorrentes da rescisão, e dá outras providências",
Projeto de Lei n' 1.623/83 - do Sr. Ibsen Pinheiro que "modifica o artigo 9' da Lei n' 605, de 5 de janeirode 1949 - Lei do Repouso Semanal Remunerado c o pagamento de salário, nos dias feriados civis e religiosose dá outras providências".
Projeto de l.ei n' 1.793/83 - do Sr. Leônidas Rachid- que "institui a contribuição de produção de produtosfarmacêuticos - COFARMA c dá outras providências",
Projeto de Lei n' 1.801/83 - do Sr. Antônio Pontesque "dispõe sobre a emissão de receituário médicoodontológico, e dá outras providências".
Ao Sr. Raymundo Asfora:Projeto de Lei n' 1.737/83 - do Sr. Rubens Ardenghi
- que "cstabelece normas e critérios para a redução doindice de natalidade médica, e determina outras providências".
Projeto de Lei n' 1.808/83 - do Sr. João Bastos que "dispõe sobre a contagem do tempo de serviço militar obrigatório, na forma que especifica".
Ao Sr. Rondon Pacheco:ProJeto de Lci n' 1.817/83 - do Sr. [rineu Colato
que "acrescenta parágrafo ao ar!. 5' da Lei n' 6.969, deto de dezembro de 1981, que dispõe sobre a aquisição,por usucapião especial, de imóveis rurais, altera a re-
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dação do § 2' do art. 589. do Código Civil e dá outrasprovidências".
Ao Sr. Sérgio Murilo:Projeto de Lei n' 1.791/83 - do Sr. Orestes Muniz
que substitui no caput do art. I'.' do Decreto-lei n' 1.164,de lo de abril de 1971. com a redação dada pelo art. 18 daLei n' 5.917. de 10 de setembro de 1973. que "aprova oPlano Nacional de Viação e dá outras providéncias". asexpressões "cem quilômetros" por "trinta quilômetros".
Ao Sr. Theodoro Mendes:Projeto de Lei n' Complementar n' 82/83 - do Sr.
Lélio Souza - que "estabelece normas gerais de DireitoTributário, a respeito do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias".
Projeto de Lei Complementar n' 84/83 - do Sr. SantosFilho - que "modifica dispositivo do Decreto-lei n' 406.de 31 de dezembro de 1968, que estabelece normas geraisde direito financeiro aplicáveis ao ICM e ao ISS".
Ao Sr. Wagner Lago:Projeto de Lei n' 1.772/83 - do Sr. Siqueira Campos
- que "isenta do pagamento de pedágio. nas rodoviasfederais, os táxis e caminhões".
Projeto de Lei n" 1.804/83 - do Sr. Paulo Lustosaque "fixa índices mínimos para o consumo de combustíveis de veículos automotores leves e estabelece outrasprovidências".
Sala da Comissão, I' de setembro de 1983. - RuyOrnar Prudêncio da Silva, Secretário.
DISTRIBUIÇÃO N? 4/83
Elaborada pelo Senhor Presidente Deputado PauloLustosa
Em 2-8-83Ao Senhor Deputado Olivir GabardoI. Projeto de Lei n' 1.121/83 - "Estabelece critérios
para a retirada de fabricação de veículos automotores. edá outras providências". Autor: Deputado FranciscoDias
Ao Senhor Deputado Agenor Maria2. Projeto de Lei n91.296/83 - "Proíbe qualquer ex
purgo ou modificação do INPC com o objetivo de obteroutro resultado que não seja a variação real do custo devida". Autor: Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy
Brasília. 2 de setembro de 1983. - Maria Júlia Rabello de Moura, Secretária.
COMISSÃO DE ECONOMIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Termo de Reunião
A Comissào de Economia. Indústria e Comércio, deixou de realizar sua reunião ordinária do dia 31 de agostode 1983, por falta de matéria.
Compareceram os Senhores Deputados Pedro Sampaio, Presidente; Genebaldo Correia, Vice-Presidente daTurma "A"; Israel Pinheiro. Vice-Presidente da Turma"B"; Saulo Queiroz, Siegfríed Heuser, João Agripino,José Thomaz Nonô, José Jorge, Herbert Levy, CoutinhoJorge. João Alberto de Souza, Odilon Salmoria. Fernando Collor, Hélio Duque, José Ulisses, Antônio Osório,Alberto Goldman, Darcy Passos, Haroldo Lima, Antônio Câmara e Ralph Biasi.
Sala da Comissão 19 de setembro dc 1983. - DelzuiteMacedo de Avelar, Secretária.
Termo de Reunião
A Comissão de Economia. Indústria e Comércio, deixou de realizar sua reunião ordinária do dia 25 de agostode 1983. por falta de matéria.
Compareceram os Senhores Deputados Pedro Sampaio. Presidente; Genebaldo Correia, Vice-Presidente daTurma"A"; Israel Pinheiro, Vice-Presidente da Turma
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção f)
"B"; Herhert Levy. Ciro Nogueira, Darcy Passos. Pratini de :Moraes, Joào Alberto, Antonio Câmara, HélioDuque. Alberto Goldman. José Jorge. Antonio Farias,João Agripino, Luiz Fayet, Eduardo Matarazzo Suplicy,Manoel Affonso, José Ulisses. Alencar Furtado. SauloQueiroz, Oscar Corrêa. Antonio Osôrio, Siegfríed Heuser. José Moura. Sergio Philomeno, João Albcrto e Fernando Collor.
Sala da Comissão. 19 de ,.lembro de 1983. - DelzuiteMacedo de Avelar, Sccretária.
Termo de Reunião
A Comissão de Economia, Indústria e Comércio. deixou de realizar sua reuniào ordinária do dia 4 de agostode 1983. por falta de matéria.
Compareceram os Senhores Deputados GenebaldoCorreia, Vice-Presidente, no exercicio da Presidência; Israel Pinheiro, Vice-Presidcnte da Turma "B": OdilonSalmoria, José Thomaz Nonô. Rubem Medina, EduardoMatarazzo Suplicy, Siegfried Heuser, Oscar Corrêa.Ciro Nogueira, Darcy Passos, Luiz Fayet, João AlbertoSouza. Pratíni de Moraes, Antônio Farias. Celso Sabóia,Etelvir Dantas, José Jorge. João Agripino. FernandoCollor. Coutinho Jorge, Celso Barros. Hcrbert Levy,Antônio Câmara, Antônio Osório, Haroldo Lima, JoséMoura, José Lourenço. Ralph Biasí, Saulo Queiroz, Ri·cardo Fiúza. José Ulisses, Arthur Virgílio Netto. Cristina Tavares. Amaral Netto. Alberto Goldman. Hélio Duque. e Sergio Philomeno.
Sala da Comissão. l' de setembro de 1983. - DelzuiteMacedo dé Avelar, Secretária.
COMISSÃO DE ECONOMIA
DISTRIBUIÇÃO N' 14/83/A
Efetuada pelo Senhor Presidente, Deputado PedroSampaio
Em 17-8-83Ao Senhor Deputado Estevam Galvão:I. Proj. de Lei n9585/83 - Dispõe sobre a inclusão
de utensílios domêsticos em unidade habitacionais financiadas com recursos de órgão integrante do Sistema Fi·nancciro de Habitação. Autor: Dcp. Paulo Zarzur.
2. Proj. de Lei n' 486/83 - Torna obrigatória a assistência do técnico-rcsponsável na farmácia ou drogariaque manipule medicamentos, imprimindo nova redaçãoao "capue do art. 15 da Lei n95.991, de 17 de dezembrode 1973. que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos ecorrelatos. Autor: Dcp. Inocêncio Oliveira.
Ao Senhor Deputado Luiz Fayel:3. Proj. de Lei n91.448/83 - Dispõe sobre a compo
sição do lndice Nacional de Preços ao Consumidor. Autor: Dep. Paulo Mincarone
Ao Senhor Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy:4. Proj. de Lei 0 9 1.283/83 - Estabelece isenções
para gratificação espontaneamente palia pela empresa aoempregado demitido. Autor: Dep. Francisco Amaral
Ao Senhor Deputado Arthur Virgílio Netto:5. Proj. de Lei n' 1.105/83 - Estabelece que a atuali·
zação dos valores venais dos imóveis não poderá ser suopcrior ao percentual estipulado pelo Governo Feperalpara a correção monetária. Autor: Dep. Adroaldo Campos
DISTRIBUIÇÃO N9 14/83/A
Ao Seuhor Deputado Alberto Goldman:6. Proj. de Lei n'. 916/83 - Reformula os Decretos
leis n9s 157, de lO de fevereiro de 1967 e 880, de 18 de setembro de 1969, dispondo sobre a transferência dos recUrsos dos incentivos fJ-scais aos Bancos de Desenvolvimento Estaduais ~o domicílio do contribuinte e dá outras providências. Autor: Dep. Hélio Duque
Selem bro de 1983
Ao Senhor Deputado Siegfried Heuser:7. Proj. de Lei n' 814/83 - Concede dedução, no im
posto sobre a renda. aos profissionais liberais universitários que atendam gratuitamente a indigentes e necessitados. c dá outras providências. Autor: Dep. LcônidasSampaio.
Ao Senhor Deputado Fernando Collor:8. Proj. de Lei n' 1.288-A/79 - Emcnda oferecida
em plenário ao Projeto de Lei n9 1.28B-A. de 1979. que"veda a cobrança de juros sobre os empréstimos do Crédito Educativo". Autor: Dep. Alípio Carvalho
Brasília. 17 de agosto dc 1983. - Delzuite Maeédo deAvelar. Secretária.
COMISSÃO DE FINANÇAS
Nona reunião ordinária, realizada nodia 31 de agosto de 1983
Às dez horas do dia trinta e um de agosto de mil novecentos e oitenta e três, na Sala n' 16, do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presidência do Sr. DeputadoIrajá Rodrigues, presentes os Senhores Deputados Florieeno Paixão e José Carlos Fagundes. Vice-Presidentes.Cristóvam Chiaradia. Moysés Pimentel, Vicente Guabiroba. Ricardo Ribeiro, Renato Johnsson. Sérgio Cruz,Fernando Magalhães e Ibsen de Castro. reuníu-se a Comissão de Finanças. A Ata da rcunião anterior foi aprovada por unanimidade. Ordem do Dia: 1) Projeto de Lein' 335/83 - do Sr. Mário Frota - que "altera a redaçãodo "caput" do art. 6' da Lei n9 5.890. de 8 de junho de1973. que alterou a legislação de previdência social". Relator: Deputado José Carlos Fagundes. Parecer: favorável. Em votação. foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenaçào dc Comissões Permanentes. 2) Projeto de Lei n93.516/80 - do Senado Federal - que ·"acrescenta parágrafo .único ao artigo 30 daLei n' 6.354, de 2 de setembro de 1976". Relator: Deputado Floriceno Paixão. Parecer: favorável. Em votação,foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. 3) Projeto deLei Complementar n' 169/78 - do Senado Federal que "altera a redação do art. 12 do Decreto'lei n' 406, de31 de dezembro dc 1968". Relator: Deputado FloricenoPaixão. Parecer: favorável. Em votação. foi aprovadopor unanimidadc o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 4) Projeto de Lei n'122/83 - do Sr. Jorge Uequed - que "revoga o art. 503da Consolidação das Leis do Trabalho, para proibír queas empresas atingidas por problemas de "força maior"reduzam os salários de seus empregados". Relator: Deputado Floriceno Paixão. Parecer: favorável. Concedida"vista" ao Deputado Vicente Guabiroba. 5) Emenda oCerecida em plenário ao Projeto de Lei n' 273-A/79 "queinstitui o tombamentodo sítio urbano constituído pelaLapa e Encosta de Santa Tereza, na cidade do Rio de Janeiro, e dá outras providências". Relator: DeputadoFloriceno Paixão. Parecer: favorável. Concedida "vista"ao Deputado Irajâ Rodrigues. 6) Projeto de Lei n9
6.741/82 - do Poder Executivo(Mensagem n' 444/82)- que "cstende aos Auditores do Tribunal de Contas daUnião. o disposto ua Lei n' 6.554, de 21 de agosto de1978. e dá outras providências". Relator: Deputado FIoriceno Paixão. Parecer: favorável. Em votação. foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coar·denação de Comissões Permanentes. 7) Projeto de Lei n93.818/77 - do Sr. José Ribamar Machado - que "dispõe sobre a plantação da árvore pau-brasil em parquesuacionais e praças públicas". Relator: Deputado JaimeSantana. Parecer: favorável. Em votação, foi aprovadopor uuanimidade o parecer do relator. Vai à Coorde·nação de Comissões Permanentes. 8) Projeto de Lei n9107/83 - do Sr. José Carlos Teixeira - que "modifica aredação do art. l' da Lei n' 6.919, de 2 de julho de 1981,
Setembro de 1983
que faculta a extensão do regime do Fundo de Garantiado Tempo de Serviço a diretores não empregados, e dáoutras providências". Relator: Deputado Moysés Pimentel. Pareecr: favorável, eom adoção da emenda daComissão de Constituição e Justiça. Concedida "vista"ao Deputado Vicente Guabiroba. 9)Projeto de Lei n'2.492/79 - do Senado Federal- que "dá nova redaçãoao art. 225 da Consolidação das Lcis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n' 5.452, de I' de maio dc 1943,com as modificações da Lei n' 6.637, de 8 de maio de1979". Relator: Deputado Floriceno Paixão. Parecer:contrário. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 10) Projeto de I"ei N' 703/83 - do Sr.Francisco Amaral - que "estabelece privilágios em favor do ex-combatcnte, na aquisição de casa própria através do Sistema Financeiro de Habitação". Relator: Deputado Christóvam Chiaradia. Parecer: favorável. Emvotação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.li) Projeto de Lei N' 908, de 1975 - do Sr. FranciscoAmaral- que "altera dispositivos da Lei n' 5.971, de IIde dczembro de 1973, que dispõe sobre a atividade turfistica no País". Relator: Deputado Christóvam Chiaradia.Parecer: contrário. Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. O Sr. Presidente passa a Presidência ao Sr. Dcputado Floriceno Paixão. 12) Proposição doSr. Deputado Irajá Rodrigues que, como Presidente daSubcomissão Especial que trata das dívidas dos mutuários junto ao BNH, requer, p! serem ouvidos em Audiência Pública os mcmbros do Grupo dc Trabalho Interministerial encarregado de estudar a regulamentaçãodo Decreto n' 88.371/83 - constituído dos Srs. Emma·nuel Sader, chefe da Assessoria Técnica do BNH; Dra.Mary Mcllo e Souza, Têcnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Planejamento Econômico e Social IPEA, órgão vinculado à Sccretaria de Planejamento daPresidência da República; Dr. Sady Assis Ribeiro Filho,Chefe de Gabinete da Secretaria-Geral do Ministério daFazenda; e o Dr. Nelson da Mata, Presidente da Associação Brasilcira de Entidades dc Crédito Imobiliário ede Poupança - ABECIP. 13) Proposição do Sr. Deputado Irajá Rodrigues, no sentido de concluir os trabalhosda Subcomissão Especial que trata: das dívidas dos Municípios ao lAPAS, considerando que, em resposta aoOfício n' 107/83 de 4 de agosto de 1983, desta Comissão,o Sr. Eduardo Costa de Miranda Aviz, Presidente doInstituto de Administração Financeira da Previdência eAssistência Social - lAPAS, encaminhou quadro demonstrativo das dívidas dos Municípios junto ao lAPAS, onde ficou constatado não haver a disparidade evidenciada por ocasião da Mesa-redonda que tratou doRolamento das Dívidas dos Municípios, realizada nestaComissão na 2' quinzena do mês de maio. Em votação, aproposição foi aprovada por unanimidade. Encerramento: nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião,às onze horas e quinze minutos, e, para constar, eu, Jarbas Leal Vianna, Secretário, lavrei a presente Ata que,depois de aprovada, s!,rq assinada pelo Sr. Presidente.
COMISSÃO DO INTERIOR
15' Reunião ordinária, realizadano dia 11 de agosto de 1983
Aos I1 (onze) dias do mês de agosto do ano de 1983(um mil novecentos e oitenta e três), reuniu-se a Comissão do Interior da Câmara dos Deputados, presentes osSenhores Deputados; Inocêncio Oliveira, Presidente;Evandro Ayres de Moura e Heráclito Fortes, Vice·
J>residentes; Assis Canuto, Ângelo Magalhães, CristinoCortes, João Rebello; Albérico Cordeiro, Orestes Muniz, Clarck Platon, Mansueto de Lavor, Irma Passoni,
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
Mário Juruna, Manoel Costa Júnior, Milton Brandão,José Maria Magalhães, Manoel Gonçalves, José CarlosVasconcelos, Raul Ferraz, Aldo Arantes, Luiz Baptista,Dante de Oliveira, Sinval Guazzelli, Manoel Novaes, Pedro Corrêa, Dilson Fanchin, Vingt Rosado, José LuizMaia, Cristino Cortes, Domingos Leonelli, José Mendonça, José Maranhão, Nylton Velloso, Osvaldo Coelhoe Denisar Ameiro. Ata: Foi lida e aprovada, sem restrições, a Ata da reunião anterior. ORDEM DO DIA: OSr. Presidente declara que a reunião foi convocada paraque se discutissem os problemas pendentes da Comissãodo Interior, todos referentes a questões encaminhadas aoMinistério do Intcrior por solicitação dos membros doórgão têcnico. Falam os Senhorcs: Milton Brandão,Mansueto de Lavor, José Luiz Maia, João Rebelo, IrmaPassoni, Manoel Costa Júnior e Vingt Rosado, todos fazendo referências às secas do Nordeste e providênciasquc já foram solicitadas ao Sr. Ministro do Interior. OSr. Presidente Inocêncio Oliveira informa aos SenhoresDeputados que as questões pendentes estão sendo solicitadas aos órgãos ligados ao Ministêrio do Interior e aoSr. Ministro Mário Andreazza, que tem se mostrado disposto a atender a todos os pleitos formalizados pelo órgão técnico. Não havendo nenhuma outra questão a sertratada, foi encerrada a reunião. Para constar, eu, Edson.Nogueira da Gama, Sccretário, lavrei a presente Ataque, depois de lida, aprovada e publicada, será assinadapelo Sr. Presidente.
19' Reunião Ordinária realizada nodia 31 de agosto de 1983
Aos 31 (trinta e um) dias do mês de agosto do ano de1983 (um mil novecentos e oitenta e três), às 10:00 horas,reuniu-se a Comissão do Interior da Câmara dos Deputados, presentes os Senh~res: Inocêncio Oliveira, Presidente; Evandro Ayres de Moura e Heráclito Fortes,Vicc-Presidentes; José Carlos Vasconcelos, Orestes Muniz, José Luiz Maia, Dilson Fanchin, Luiz Baptista, JoséMaria Magalhães, Orlando Bezerra, Paulo Guerra, Domingos Leonelli, Manoel Costa Júnior, Luiz Guedes,Ângelo Magalhãcs, Antônio Pontes, Antônio Mazurek,Augusto Franco, Clarck Platon, Cristino Cortes, Geraldo Melo, Olavo Pires, José Maranhão, Raul Ferraz, Sin··vai Guazzelli, Leur Lomanto, Manoel Novaes, João Rebelo, Jutahy Júnior, Gilton Garcia, Assis Canuto, Nylton Velloso e Mansueto de Lavor. Ata: Foi lida c aprovada, sem restrições, a Ata da reunião anterior. ORDEM DO DIA: O Sr. Presidente, Deputado InocêncioOliveira, declara que a reunião foi especialmente convocada para que a Comissão do Interior ouvisse O Dr. JoséOsvaldo Pontes, Diretor-Geral do DNOCS sobre a Política de Açudagem do Nordeste. Faz a apresentação doconvidado e menciona suas qualidades de administrador, frente do Departamento Nacional de Obras Contra asSecas, há mais de 4 anos. Declara que é muito importan·te a presença do Dr. Osvaldo Pontes para dizer aosmembros da Comissão do Interior, face aos cinco anosde seca contínua no Nordeste, o que r·ealmente acontecenaquela Região, uma vez que mais de 1.500 municípiosnordestinos já se encontram cm estado de emergência eque mais de 3.000 carros-pipa estão abastecendo de águaa população do nordeste. Passa em seguida a palavrá aoexpositor quc inicialmente declara ser motivo de honra esatisfação o atencioso convite que lhe fora formuladopela Comissão do Interior da Câmara, para comparecera seu Plenário e debater com seus nobres componentes apolítica do DNOCS junto ao nordeste, e que é sempremotivo de distinção e privilégio poder expor aos maislegítimos representantes do povo brasileiro sobre o desempenho da dignificante tarefa que foi cometida ao Óepartamento para servir aos sofridos irmãos nordestinos.
Sábado 10 8881
Afirma que a prolongada scca que, inclemente, se abatehá cinco anos sobre o Nordeste. flagelando seus habitantes. moveu os nobres sentimentos de solidariedade humana dos deputados presentes, no propósito de ouvir osresponsúveis pelos diversos órgãos do Ministêrio do Interior, com atuação naquela área gcográfica. Fazmenção ao brilho dos que o precederam em palestras anteriores na Comissão e que na certa trouxeram ao órgãotécnico a visão global a respeito da problemática nordestina. Diz que por cssa razão restringir-se-á à referênciaque julga necessária para fundamentar sua exposição.Acentua que o Nordeste abrange área de 1,64 milhão dequilômetros quadrados, onde atua o Ministério do Interior, o "Nordeste da SUDENE", correspondendo a vinte por cento do território Nacional, nele se inserindo região semi-árida limitada pela isoieta de 800 milímetrosde precipitação pluviométrica e o Polígono das Secascontornando a região que apresenta mais incidência dassecas e definido por sucessivos instrumentos legais.Refere-se em seguida ao clima propício ao desenvolvimento biológico, à pluviosidade razoável, com médiasanuais de 400 a 800 milímetros contrapondo-se a evaporação média de 2.000 milímetros, isto é, três vezes maior.O Dr. José Osvaldo Pontes alinha declarações sobre a estratégia para a eficiente estocagem de água em reservatórios naturais ou artificiais; sobre a constituição do solo; sobre as secas precedentcs; e sobre a região do nordeste que representa 30% da brasileira, e 20% do terri·tório nacional com a participação de no máximo 12% darenda nacional. Fala em seguida sobre a atuação doDNOCS na atual conjuntura regional, sobre o comportamento das águas superficiais, intensificação do aproveitamento dos aqiiiferos, a Política do Departamentopara o Polígono das Secas, os objctivos c estratégias daPolítica Regional do DNOCS e sobre o aproveitamentohídrico-agrícola. Inscritos. debate, pela ordem, os Se·nhores: José Luiz Maia, Irma Passoni, Clarck Platon,Luiz Baptista, Evandro Ayres de Moura e Cristina Tavares, todos alinhando problemas da região nordestina,com destaque para as dificuldades encontradas pelasfrentes de trabalho, pela remuneração, inscrição e alimentação. O Sr. José Osvaldo Pontes respondeu aos debatedores naquilo que lhe foi possível debater. Outrostópicos que declarou ignorar, dentre estes denúncias formuladas pelas senhoras Irma Passoni e Cristina Tavares,ficou o Diretor-Geral do DNOCS de apurar e posteriormente informar às parlamentares. Em seguida fala o Sr.Presidente Inocêncio Oliveira que solicita ao expositorque leve ao Ministro Mário Andreazza os pleitos queformaliza, consubstanciado no seguinte: cestas de alimentos destinadas aos flagelados, subsidiadas pelos recursos do FINSOCIAL; remuneração aos trabalhadoresseja feita quinzenalmente; e reajuste de vencimento paratrinta mil cruzeiros mensais. Agradece em seguida ao D"r.José Osvaldo Pontes, pela sua presença e brilhante palestra que acabara de pronunciar deelarando em seguidaencerrada a reunião. Para constar, eu, Edson Nogueirada Gama, Secretário, lavrei a presente Ata que, após lidae publicada, será assinada pelo Sr. Presidente.
DISTRIBUIÇÃO DE PROJETO
O Senhor Presidentc da Comissão do Interior, Deputado Inocêncio Oliveira, fez, em 5 de setembro de 1983, aseguinte distribuição:
Ao Senhor Deputado Paulo Guerra:Projeto de 1.01 n' 1.316/83 - do Sr. Adroaldo Cam
pos, que "Isenta do pagamento da taxa de ocupação dosterrenos de marinha quem tiver um único imóvel cl\llastrado no Serviço do Patrimônio da União do Estado".
Sala da Comissão, 5 de setembro de 1983.· - EdsonNogueira da Gama, Secretário.
8882 Sábado 10
COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
o Sr. Presidente da Comissão de Minas e Energia, Deputado Hugo Mardin, fez, nesta data, a seguinte distribuição:
Ao Senhor Deputado Wolney Siqueira:Projeto de Lei n? 1.637/83, que "Suspende a expor
tação de gasolina automotiva e óleo diesel, e dá outrasprovidências" .
Autor: Deputado Francisco Amaral,Brasília, 5 de setembro de 1983. -Depntado Hugo
Mardini, Presidente da Comissão.
o Senhor Presidente da Comissão de Minas e Energia,Deputado Hugo Mardini, fez, nesta data, a seguinte distribuição:
Ao Senhor Deputado Gonzaga Vasconcelos:Projeto de Lei n? 1.653/83, que "Dispõe sobre a apli
cação de tarifas diferenciadas de energia elétrica fornecida a consumidores rurais em atividades agrícolas".
Autor: Deputado Iranildo Pereira.Brasília, 8 de setembro de 1983. - Hugo Mardini, Pre
sidente da Comissão.
SEÇÃO DE COMISSÕES PARLAMENTARESDE INQUtRlTO
Reuniões a serem realizadas de 12 a 16-9-83
- COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DA DIVIDA BRASILEIRA E DO ACORDOFMI/BRASIL.
Data: 13-9-83Hora: 9:30Pauta: tomada de depoimento do Sr:
- Embaixador José Botafogo Gonçalves, Secretárioda Seeretaria de Cooperação Econômica e Técnica Internacional - SEPLAN.
- COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR OS EPISÓDIOSQUE ENVOLVERAM O BANCO NACIONAL DAHABITAÇÃO E O GRUPO DELFIN E QUE CULMINARAM COM A INTERVENÇÃO DO BANCOCENTRAL DO REFERIDO GRUPO.
Data: 14-9-83Hora: 9:00Pauta: tomada de depoimento do Sr.:
- José Lopes de Oliveira, Presidente do Banco Nacio
nal da Habitação.Data: 15-9-83Hora: 9:00Pauta: tomada de depoimento dos Srs.:
- Sérgio Parente, Interventor do BACEN junto aDelfin S/A Crédito Imobilário.
- Josoaldo Medeiros, Interventor do BACEN junto aDelfin Rio Crédito Imobiliário.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITODESTINADA A INVESTIGAR EM TODA SUA PLENITUDE E CONSEQÜÊNCIAS AS ATIVIDADESDO GRUPO CAPEM!.
Data: 15-9-83Hora: 9:30Pauta: tomada de depoimento do Sr.:
Ivani Henrique da Silva, ex-Diretor da CAPEM!.Brasília, 8 de setembro de 1983. - Lucy Stumpf Alves
de Souza, Chefe.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUtRITO DADtVIDA BRASILEIRA E DO ACORDO FMI/BRA
SIL
CONVOCAÇÃO
De ordem do Senhor Presidente, comunica a VossaExcelência que está convocada reunião desta Comissãopara o próximo dia 13 de setembro, às 9:30 horas, noPlenário da Comissão de Economia, para tomada de depoimento do Senhor Embaixador José Botafogo.
Brasília, 8 de setembro de 1983. - Marei Ferreira Borges, Secretária.
CONVOCAÇÃO
De ordem do Senhor Presidente, comunica a VossaExcelência que cstá convocada reunião desta Comissãopara o próximo dia 15 de setembro, às 9:30 horas, noPlenário da Comissão de Economia, para tomada de dcpoimento do Senhor Cel. Raimundo Saraiva Martins.
Brasilia, 12 de setembro de 1983. - Marei FerreiraBorges, Secretária.
COMISSÃO DE TRANSPORTES
DISTRIBUIÇÃO DE PROJETOEM 30 DE AGOSTO DE 1983
Projeto de Lei n? 1.004/83 - "Dispõe sobre seguro deveículos de aluguel ou táxi".Autor: Senhor Francisco AmaralAo Senhor Dcputado Alércio Dias.
SECRETARIA GERAL DA MESAResenha da Correspondência Expedida
Ofício n?SGM-604, de 2-9-83 - Ao SF, encaminhando o PDL
n? 121/82, que "aprova o texto do Acordo de Cooperação Sanitária entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Cooperativistada Guiana, concluído em Brasília, a 8 de junho de 1981".
SGM-605. de 2-9-83 - Ao SF, encaminhando o PDLn? 6/83. que "aprova a correção do artigo XV, alínea b,do Acordo Relativo à Organização Internacional de Telecomunicações por Satélite - INTELSAT, assinadopelo Brasil em Washington, a 20 de agosto de 1971,aprovado pelo Decreto Legislativo n? 87, de 5 de dezembro de 1972, e promulgado pelo Decreto n9 74.130,de 28 de maio de 1974".
SGM-606. de 2-9·83 - Ao SF, encaminhando o PDLn? 138/82, que "aprova o texto do Acordo sobre Cooperação Sanitária Fronteiriça. concluído entre o Governoda República Federativa do Brasil c o Governo da República da Venezuela, em Caracas, a 19 de fevereiro de1982".
SGM-607, de 2-9-83 - Ao SF, encaminhando o PDLn? 16/83. que "aprova O tcxto da Resolução n? AAl1(XI). aprovado pela Assembléia da Organização Marítima Internacional- IMO, em 15 de novembro dc 1979,que instituiu Emenda à Convenção Internacional sobreLinhas de Carga de 1966".
SGM-608, de 2-9-83 - Ao SF, encaminhando o PDLn9 10/83, que "aprova o texto da Convenção de Cooperação Judiciária em Matéria Civil, Comercial, Trabalhis·ta e Administrativa, assinada em Paris, a 30 dejaneiro det981, pelos Governos da República Federativa do Brasile da Rcpública Francesa".
SGM-609, de 5-9-83 - Ao SF, encaminhando autógrafo do PL n? 80/83, que "altera a composição e a organização interna dos Tribunais Regionais do Trabalhoque menciona, cria cargos, e dá outras providências",sancionado.
Setembro de 1983,
SGM-609-A, de 5-9-83 - Ao Dr. João Castro Almeida Freitas, convidando-o para falar na Com. de Agricultura e Pol. Rural.
SGM-610. de 5-9-83 - Ao Sr. Presidente da EMBRATUR, convidando-o para falar na Com. de Esporte e Turismo.
SGM-611, de 5-9-83 - Ao Sr. Presidente da PETROBRÁS, convidando-o para falar na Com. de Transportes.
SGM-612 a 614, de 5-9-83 - Aos Srs. Secretário deServiços Médicos do MPAS; Presidente da SociedadeBrasileira de Nefrologia e ao Presidente da AssociaçãoNacional de Pacien tes, Doadores e Transplantados Renais, convidando-os para debater os efeitos da Portarian? 241/83-INAMPS, na Com. de Saúde.
SGM·615 e 616, de 5-9-83 - Ao Sr. Presidente dasCentrais Elétricas de Santa Catarina e ao Diretor de Engenharia e Planejamento da CHESF, convidando-ospara falar na Com. de Minas c Energia.
SGM-617, de 6-9-83 - Ao Presidente da EMBRATER, convidando-o para falar na Com. de Agricultura ePolítica Rural.
SGM-618 e 619, de 6-9-83 - Aos Srs. Presidentes doConselho Nacional de Desportos e da ConfederaçãoBrasileira de Atletismo, convidando-os para falar naCom. de Esporte c Turismo.
SGM-620, de 6-9-83 - Ao Jornalista Ferreira Neto,da TV Bandeirantes, convidando-o para falar na Com.de Comunicação.
SGM-621 a 624, de 6-9-83 - Ao Sr. Chefe da Assessoria Técnica do BNH; Dr' Mary Mello e Souza, do IPEA;Chefe de Gabinetc da Secretaria Geral do Ministério daFazenda c ao Preso da ABECIP, convidando-os paraparticipar dc Audiência Pública na Com. de Finanças.
SGM-625, de 6-9-83 - Ao Gab. Civil da Preso da República, encaminhando R.I n9 53/83, de autoria do Dep.Francisco Amaral, solicitando informações sobre "o nãoatendimento e quais os impedimenJos aos requerimentosenviados a diversos Ministros de Estado".
SGM-626 a 633, de 6-9-83 - Aos Srs. Presidcntes doIAA, da Comissão Executiva Nacional do Álcool, doCNP, Diretoria da SOBER, Secretaria da SEAP, Presidentes da EMBRAPA e do Banco do Brasil e ao Diretorda EMBRAPA, convidando-os para participar de Mesa·Redonda na Com. de Agricultura e Política Rural.
Ofício n?SGM-634, de 8-9-83 - Ao SF, encaminhando o PL n?
1.775/79, que "proíbe as agências noticiosas forneceremnotícias aos órgãos de comunicação social com sede nolocal do fato".
SGM-635, de 8-9-83 - Ao SF, encaminhando o PDL n914/83, quc "aprova o texto do Acordo Básico de Coope.ração Técnica e Científica entre o Governo da RepúblicaFederativa do Brasil e o Governo da República Haiti, celebrado em Brasília, a 15 de novcmbro de 1982".
SGM-636, dc 8-9-83 - Ao SF, encaminhando o PDLn? 21/83, que "aprova o texto do Tratado de Nairobisobre proteção do Símbolo Olímpico, concluído em Nairobi. a 26 de setembro de 1981".
SGM - 637, de 8-9-83 - Ao SF, encaminhando o PDLn? 18/83. que "aprova o texto do Convênio sobre Transportes Terrestres e Fronteiriço de Carga, celebrado entreo governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Venezuela, concluído em Caracas, a19 de fevereiro de 1982".
SGM-638, de 8-9-83 - Ao SF, encaminhando o PDLn9 23/83, que "aprova o texto do Acordo entre o Gover-
Setembro de 1983
no da República Federativa do Brasil e a Repartição Sanitária Pan-Americana, para o funcionamento do Escritório Aéreo, celebrado em Brasília, a 20 de janeiro de1983".
SGM-639, de 8-9·83 - Ao SF, encaminhando o PL n'6.784/82, que "concede pensào especial a Augusto BentoCirino c dá outras providências".
SGM-640, de 8-9·83 - Ao SF, encaminhando o PL n'2/83, que "autoriza o Departamento Nacional de ObrasContra as Secas - DNOCS, Autarquia vinculada aoMinistério do Interior, a doar os imóveis que menciona,situados no MuniCípio de Iracema, no Estado do Ceará'".
Ofício n'SGM-64I, de 8-9-83 - Ao SF, encaminhando o PLn'
6.783/82, que "concede pensào Especial a Tereza Mariade Souza Corréa e dá outras providéncias".
SGM-642, de 8-9-83 - Ao SF, encaminhando o PDLn' 19/83, que "aprova o texto do Acordo Comercial entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Reino de Marrocos, concluído em Brasflia, a 17de fevereiro de 1983".
GP-O-2090, de 5-9-83 - Ao SF, encaminhando Proposta de Delegação Legislativa, de autoria do Dep. Paulo Mincarone, que "propõe delegação de poderes ao Presidentc da República para elaboração de lei estendendoao trabalhador rural os benefícios da Previdência Socialc da Legislação do Trabalho".
GP-O-2091, de 5-9-83 - Ao SF, encaminhando Proposta de Emenda Constitucional, de autoria do Dep.Dilson Fachin, que "atribui competência ao CongressoNacional para autorizar o Poder Executivo a contrairempréstimo., fazer operações de crêdito, legislar sobre a
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
dívida pública c cstabelccer os meios de pagamento".G P-02094, de 6-9-83 - Ao Dep. Theodorico Ferraço,
encaminhando cópia do despacho proferido no expedicnte de 31-8-83, daquele Parlamcntar, no qual a Presidência ratifica o que proferiu no Of. n' 320/83, do Sr.Líder dos PDS, que tornou sem efeito as indicações dosmembros daquela bancada na CPI "destinada a investigar os episódios que envolveram o BNH e Grupo De1fín".
GP-0-2095, de 6-9-83 - À Com. de Finanças, comunicando o deferimento do ar. n' I22/83-CF.
GP-0-2096, de 6-9-83 - À Com. de Esporte e Turismo, comunicando o deferimento do Of. 012/83.
GP-0-2097, de 6-9-83 - À Com. de Agricultura c Política Rural, comunicando o deferimento do ar. 089/83.
GP-0-2098, de 6-9-83 - À Com. de Comunicação, comunicando o deferimento do ar. n' 11 6/83.
Oficio n'GP-0-2099, de 6-9-83 - Ao SF, encaminhando Pro
posta de Emenda Constitucional, de autoria do Dep.Hugo Mardini, que "condiciona à autorização do Congresso Nacional os empréstimos, operações ou acordosexternos que importem em ônus para o Tesouro Nacio·nal".
GP-0-21 DO, de 6-9-83 - Ao SF, encaminhando Proposta de Emenda Constitucional, de autoria do Dep. Irajá Rodrigues, que "altera a redação dos artigos 19,21,23, 25, 26, 110 e 111 da Constituição Federal".
GP-0-2106, de 8-9-83 - À Com. de Finanças, comunicando o deferimento do Of. n' 12l/83-CF.
GP-0-2107, de 8-9-83 - À Com. do Interior, comunicando o deferimento do Of. n' 49\/83.
Sábado 10 8883
COMISSÃO DE TRABALHO E LEGISLAÇ..\O SOCIAL
ERRATANa Ata da 14' Reunião Ordinária da Turma "A", des
ta Comissão de Trabalho e Legislação Social, realizadaem 17-8-83, onde sc lê:
4) "Projeto de Lei n' 457/83, do Sr. Francisco Amaral, que institui a liçença-paternidade para os regidospela CLT". Relator: Senhor Nelson Wedekin. ParecerFavorável. O Senhor Adhemar Ghisi, pela ordem, apósdiscorrer sobre o projeto em exame, apresentou umaEmenda. O Senhor Presidente colocou em votação aEmenda apresentada que foi rejeitada, contra os votosdos Senhores Fernando Bastos, Adhemar Ghisi eMyrthes Bevilacqua. Em votação o parecer Favorável doRelator, foi APROVADO, contra o voto do SenhorAdhemar Ghisi".
Leia-se:4) Projeto de Lei n' 457/83, do Sr. Francisco Ama
ral, que "Institui a licença-paternidade para os regidospela CLT'. Relator: Senhor Nelson Wedekin. ParecerFavorável. O Senhor Adhemar Gbisi, após discorrersobre o projeto em tela, apresentou a seguinte Emenda:"O item TI do art. 473, constante do art. I' do projeto,passa a tcr a seguinte redação: IH - três (03) dias, emcaso de nascimento de filho". O Senhor Relatormanifestou-se favorável à Emenda. Discorreram, ainda,favoráveis à proposta, os Senhores Francisco Amaral,Fernando Bastos e a Senhora Myrthes Bevilacqua. Emvotação, foi APROVADO, unanimemente, o ParecerFavorável do Relator, com adoção da Emenda oferecidapelo Senhor Adhemar Ghisi".
Brasília, I' de setembro de 1983. - Agassis NylanderBrito, Secretário.
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SEGURANÇA NACIONAL
(2~ edição 1982)
Lei nl? 6.620, de 17-12-78
lndice temático. Tramitação legislativa
- Legislação vigente (Lei nl? 6.620/78) comparada, artigo porartigo, à legislação anterior (Decretos-Leis nl?s 314/67 e510/69 e Lei nl? 1.802/53)..
- Notas a cada dispositivo: legislação correlata, comentáriosde juristas e da imprensa, elaboração legislativa.
- Textos constitucionais e legislação ordinária (de 1824 a1982).
368 páginas
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REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA NQ 76
Está circulando o n9 76 da "Revista de Informação Legislativa", periódico trimestralde pesquisa jurídica e documentação legislativa', publicado pela Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal.
Este número, com 380 páginas, contém as seguintes matérias:
COLABORAÇÃO
- ,A imunidade jurisdicional dos Estados - JacobDolinger
- Alguns aspectos das limitações ao direito de extraditar - Luiz Alberto Araújo e Luiz Regis Prado
- O direito penal internacional e a extradição nasistemática jurídica - Therezinha Lúcia Ferreira Cunha
- Aspectos da teoria geral do processo constitucional: teoria da separação de poderes e funçõesdo Estado - José Alfredo de Oliveira Baracho
- O controle de constitucionalidade de leis muni~
cipais - Fernanda Dias Menezes de Almeida- Perda de mandato por infidelidade partidária?
- Nelson de Sousa Sampaio- O Tribunal de Contas e o aperfeiçoamento do
Estado de Direito - A. B. Cotrim Neto- O Estado e suas empresas - Hely Lopes Mei
relles
- Legislação tributária: fontes e conceito - Carlos Valder do Nascimento
- Usucapião de bens imóveis e jurisprudência doSTF - Fábio Maria de Mattia
- O sistema de patentes: um instrumento para oprogresso dos países em vias de desenvolvimento - Nuno Tomaz Pires de Carvalho
- A concorrência desleal e a confusão entre produtos - Carlos Alberto Bittar
- Direito de arena - Antônio Chaves
- Considerações a propósito das tentativas de ela-boração de um Código de Execuções Penais Licínio Barbosa
- Substituição processual - processo do trabalho- Paulo Emílio Ribeiro de Vilhena
- Iniciação ao estudo do precatório - VladimirSouza Carvalho
- Deficientes: sua tutela jurídica - Moacyr deOliveira
Preço do exemplar: Cr$ 700,00
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(n9s 77 a 80) por Cr$ 4.000,00
LEGISLAÇÃO ELEITORALE PARTIDÁRIA
(4' edição 1982)
Leis e Instruções que regularão as eleições de 1982
Textos atualizados, consolidados, anotados e indexados:
- Código Eleitoral- Lei Orgânica dos Partidos Políticos- Lei das Inelegibilidades- Lei de Transporte e Alimentação- Lei das Sublegendas
Legislação alteradora e correlata.Instruções do Tribunal Superior Eleitoral.
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IIII
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Lei nl} 4.320, de 17 de março de 1964, que "estatui Normas Geraisde Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal".
Normas disciplinadoras da matéria.
278 páginas
Plano de contas único da Administração Direta.
3'i1 edição ampliada - 1981
À venda na Subsecretaria de Edições Técnicas - Senado Federal229 andar - Brasília, DF - 70160, ou pelo REEMBOLSO POSTAL
EDIÇÃO DE HOJE: 32 PÁGINAS
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