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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL COMANDO DA AERONÁUTICA COMANDO DA AERONÁUTICA COMANDO DA AERONÁUTICA COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL SUBDEPARTAMENTO DE INFRA SUBDEPARTAMENTO DE INFRA SUBDEPARTAMENTO DE INFRA SUBDEPARTAMENTO DE INFRA-ESTRUTURA ESTRUTURA ESTRUTURA ESTRUTURA INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL IAC 109 IAC 109 IAC 109 IAC 109-1001 1001 1001 1001 PROGRAMA DE SEGURANÇA D PROGRAMA DE SEGURANÇA D PROGRAMA DE SEGURANÇA D PROGRAMA DE SEGURANÇA DA CARGA CARGA CARGA CARGA – AVSEC AVSEC AVSEC AVSEC - PARA OS AGENTES DE CARGA PARA OS AGENTES DE CARGA PARA OS AGENTES DE CARGA PARA OS AGENTES DE CARGA AÉREA AÉREA AÉREA AÉREA (PS (PS (PS (PSACA ACA ACA ACA) 2005 2005 2005 2005

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

COMANDO DA AERONÁUTICACOMANDO DA AERONÁUTICACOMANDO DA AERONÁUTICACOMANDO DA AERONÁUTICA

DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVILDEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVILDEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVILDEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL

SUBDEPARTAMENTO DE INFRASUBDEPARTAMENTO DE INFRASUBDEPARTAMENTO DE INFRASUBDEPARTAMENTO DE INFRA----ESTRUTURAESTRUTURAESTRUTURAESTRUTURA

INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVILINSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVILINSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVILINSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL

IAC 109IAC 109IAC 109IAC 109----1001100110011001

PROGRAMA DE SEGURANÇA DPROGRAMA DE SEGURANÇA DPROGRAMA DE SEGURANÇA DPROGRAMA DE SEGURANÇA DAAAA CARGA CARGA CARGA CARGA ––––

AVSEC AVSEC AVSEC AVSEC ---- PARA OS AGENTES DE CARGA PARA OS AGENTES DE CARGA PARA OS AGENTES DE CARGA PARA OS AGENTES DE CARGA

AÉREAAÉREAAÉREAAÉREA

(PS(PS(PS(PSACAACAACAACA))))

2005200520052005

2005 IAC 109-1001

I

MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA

DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL

PORTARIA DAC No 586 /DGAC, DE 22 DE JUNHO DE 2005.

Aprova a Instrução de Aviação Civil (IAC) que trata da elaboração, aprovação, alteração, controle, supervisão e execução do Programa de Segurança da Carga – AVSEC - para os Agentes de Carga Aérea.(PSACA).

O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL, com base nos

artigos 18 e 19 da Lei Complementar No 97, de 9 de junho de 1999, e nos artigos 1º, 2º e 12 da Lei No 7.565 (Código Brasileiro de Aeronáutica), de 19 de dezembro de 1986; no uso das atribuições que lhe conferem o Decreto No 65.144, de 12 de setembro de 1969, que institui o Sistema de Aviação Civil, e o inciso II do art. 5º, do Cap. II, do Regulamento do Departamento de Aviação Civil, aprovado pela Portaria Nº 30/GM-3, de 20 de janeiro de 1998; e tendo em vista as Normas e Recomendações constantes dos Anexos à Convenção sobre Aviação Civil Internacional, promulgada pelo Decreto Nº 21.713, de 27 de agosto de 1946, e as responsabilidades estabelecidas no Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC), estabelecido pela ICA 58-53, de 30 de setembro de 2003, resolve:

Art. 1o Efetivar a IAC abaixo discriminada: IAC - 109-1001. Título: Programa de Segurança da Carga - AVSEC - para os Agentes de Carga Aérea. Art. 2o Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.

Maj Brig Ar JORGE GODINHO BARRETO NERY Diretor-Geral do DAC

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, N° 122, S/1, P.13, DE 28 DE JUNHO DE 2005.

2005 IAC 109-1001

II

SUMÁRIO

PORTARIA DE APROVAÇÃO ................................................................................................ I

SUMÁRIO................................................................................................................................. II

INTRODUÇÃO........................................................................................................................IV

SIGLAS E ABREVIATURAS...................................................................................................V

CONTROLE DE EMENDAS ................................................................................................ VII

LISTA DE PÁGINAS EFETIVAS......................................................................................... VIII

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ........................................................................................1

1.1 FINALIDADE ......................................................................................................................1

1.2 FUNDAMENTO...................................................................................................................1

1.3 APROVAÇÃO......................................................................................................................1

1.4 DISTRIBUIÇÃO ..................................................................................................................1

1.5 CORRELAÇÕES..................................................................................................................1

1.6 CANCELAMENTO..............................................................................................................2

2 DEFINIÇÕES .......................................................................................................................2

2.1 CONSIDERAÇÕES..............................................................................................................2

2.2 RELAÇÃO DAS DEFINIÇÕEDS ADOTADAS .................................................................2

3 DISPOSIÇÕES GERAIS ......................................................................................................7

3.1 APLICABILIDADE..............................................................................................................7

3.2 RESPONSABILIDADES......................................................................................................7

3.3 CONTEÚDO DO PSACA.....................................................................................................8

3.4 APROVAÇÃO DO PSACA..................................................................................................9

3.5 ALTERAÇÃO DO PSACA ..................................................................................................9

3.6 REVISÃO DO PSACA ............................................................................................9

3.7 PREPARO E FORMATAÇÃO ..........................................................................................10

4 MEDIDAS DE SEGURANÇA............................................................................................10

4.1 ACESSO ÀS ÁREAS DE PREPARAÇÃO.........................................................................10

4.2 MOVIMENTO TERRESTRE .............................................................................................11

5 ACEITAÇÃO DA CARGA..................................................................................................11

6 EXECUÇÃO DO PROGRAMA ...........................................................................................12

7 DOCUMENTAÇÃO DO PROGRAMA...................................................................................12

8 TREINAMENTO.......................................................................................................................12

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III

9 PROCEDIMENTOS DE NOTIFICAÇÃO...............................................................................12

10 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES................................................................................12

11 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS..........................................................................13

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IV

INTRODUÇÃO

O Programa de Segurança da Carga – AVSEC - para os Agentes de Carga Aérea (PSACA) é um programa que define as diretrizes, as instruções gerais, as atribuições e responsabilidades de seus empregados, bem como as respectivas medidas de segurança a serem implementadas com base na legislação aeronáutica brasileira e normas internacionais, para a carga aérea.

De acordo com o Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC), o Agente de Carga Aérea elabora, controla, supervisiona e executa o PSACA, de acordo com os requisitos do PNAVSEC, normas e instruções complementares do DAC.

Em cumprimento à legislação aeronáutica do País e normas estabelecidas pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), em particular nos Anexos 17 – SEGURANÇA - Proteção da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita, Anexo 18- SEGURANÇA- Transporte com Segurança de Mercadorias Perigosas por Via Aérea, e seus documentos complementares, o DAC emite a presente Instrução de Aviação Civil (IAC), para orientar a elaboração, o controle, a supervisão e a execução do PSACA.

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V

SIGLAS E ABREVIATURAS

AAL Administração Aeroportuária Local

ARS Área Restrita de Segurança

AVSEC Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita

CBA Código Brasileiro de Aeronáutica

CMTAER Comandante da Aeronáutica

CONSAC Comissão Nacional de Segurança Aeroportuária

CSA Comissão de Segurança Aeroportuária

DAC Departamento de Aviação Civil

DGAC Diretor-Geral de Aviação Civil

DOC Documento da OACI associado a Anexo Técnico

DPF Departamento de Polícia Federal

DSAC Documento de Segurança da Aviação Civil

ECT Empresa dos Correios e Telégrafos

IAC Instrução de Aviação Civil

Medidas AVSEC Medidas de Segurança da Aviação Civil

OACI Organização de Aviação Civil Internacional

PNAVSEC Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil

PSA Programa de Segurança Aeroportuária

PSEA Programa de Segurança de Empresa Aérea

PSACA Programa de Segurança da Carga para Agências de Carga Aérea

R X Raios X

SAC Seção de Aviação Civil

SERAC Serviço Regional de Aviação Civil

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VI

SIE Subdepartamento de Infra-Estrutura

SRF Secretaria da Receita Federal

TECA Terminal de Carga Aérea

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VII

Controle de Emendas Emenda Emenda

No Data

Data da

Inserção

Inserida

Por No Data

Data da Inserção

Inserida

Por

01 33

02 34

03 35

04 36

05 37

06 38

07 39

08 40

09 41

10 42

11 43

12 44

13 45

14 46

15 47

16 48

17 49

18 50

19 51

20 52

21 53

22 54

23 55

24 56

25 57

26 58

27 59

28 60

29 61

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VIII

LISTA DE PÁGINAS EFETIVAS

Legenda : O=Original / E=Emenda

Página Ano Página Ano Página Ano

I -O

II -O

III -O

IV -O

V -O

VI -O

VII -O

VIII -O

1 -O

2 -O

3 -O

4 -O

5 -O

6 -O

7 -O

8 -O

9 -O

10 -O

11 -O

12 -O

13-O

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1

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

1.1.1 Orientar o Agente de Carga Aérea quanto à elaboração, ao controle, à supervisão e à execução do Programa de Segurança da Carga, para os Agentes de Carga Aérea, engajadas indiretamente no transporte aéreo.

1.2 FUNDAMENTO

1.2.1 Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988.

1.2.2 Lei Complementar Nº 97, de 09 de junho de 1997, que dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.

1.2.3 Lei Nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica;

1.2.4 Decreto Nº 21.713, de 27 de agosto de 1946, relativo à Convenção de Chicago, sobre Aviação Civil Internacional, e seus Anexos, em especial os Anexos 17 e 18.

1.2.5 Decreto Nº 65.144, de 12 de setembro de 1969, que institui o Sistema de Aviação Civil do Ministério da Aeronáutica.

1.2.6 Decreto Nº 72.383, de 20 de junho de 1973, relativo à Convenção de Montreal de 1971, sobre a repressão aos atos contra a segurança da aviação civil.

1.2.7 Decreto Nº 72.753, de 06 de setembro de 1973, que cria a Comissão Nacional de Segurança da Aviação Civil (CONSAC).

1.2.8 Portaria R-528/ GC5, de 24 de setembro de 2003, que aprova a ICA 58 – 53 que institui o Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC).

1.2.9 Portaria Nº 419-A/GM5, de 09 de junho de 1999, que aprova e estabelece instruções reguladoras para os procedimentos e condições para elaboração dos planos destinados a garantir a segurança das operações com carga aérea.

1.2.10 Portaria Nº 271-E/SPL, de 01 de julho de 1998, que aprova e estabelece procedimentos para o transporte de carga perigosa.

1.2.11 Portaria Nº 749-B/DGAC, de 25 de junho de 2002, que expede instruções para funcionamento de agências de carga aérea.

1.2.12 IAC Nº1604, de 16 de abril de 1998, que estabelece normas para o transporte de produtos controlados em aeronaves civis.

1.3 APROVAÇÃO

1.3.1 Aprovada pela Portaria Nº 586/DGAC de 22 de junho de 2005.

1.4 DISTRIBUIÇÃO

1.4.1 D – SR – IA

1.5 CORRELAÇÕES

1.5.1 Legislações Complementares expedidas pelas Organizações envolvidas na Segurança da Aviação Civil no Brasil.

1.5.2 Documento 8973 (Doc.8973), 6ª edição da OACI-Manual de Segurança para Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita, de abril de 2002.

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1.5.3 Documento 9807 (Doc.9807), edição provisória, de 2002, da OACI – Manual de Referência para Auditoria de Segurança da Aviação Civil, elaborado pela OACI.

1.5.4 Manual de Fatores Humanos nas Operações de Segurança da Aviação Civil (Doc.9808 da OACI), 2003.

1.5.5 Instruções Técnicas para o Transporte sem Risco de Mercadorias Perigosas por Via Aérea (Doc 9284 da OACI Edição 2005-2006).

1.5.6 Documento 8364 (Doc.8364), da OACI – Convenção sobre as Infrações e outros atos praticados a bordo de aeronaves, de 14 de setembro de 1963.

1.5.7 Documento 8966 (Doc.8966), da OACI – Convenção para a Repressão aos Atos Ilícitos contra a Segurança da Aviação Civil, de 23 de setembro de 1971.

1.5.8 Documento 9518 (Doc.9518), da OACI – Protocolo para a repressão de Atos Ilícitos de Violência nos Aeroportos que prestam serviço á Aviação Civil Internacional, de 24 de fevereiro de 1988.

1.5.9 Documento 9571 (Doc.9571), da OACI - Convenção sobre a Marcação de Explosivos Plásticos com o propósito de detecção, de 01 de março de 1991.

1.5.10 IAC 107-1004 de 01 de janeiro de 2003 – Dispõe sobre o controle de acesso às áreas restritas de aeródromos civis brasileiros com operação de serviço de transporte aéreo.

1.5.11 IAC 107-1001 de 30 de abril de 2004, Programa de Segurança Aeroportuária (PSA).

1.5.12 IAC 108-1001 de 30 de abril de 2004, Programa de Segurança da Empresa Aérea (PSEA).

1.5.13 IAC 107-1006R de 14 de junho de 2005, Credenciamento Aeroportuário.

1.6.1 CANCELAMENTO

Não aplicável a esta IAC

2 DEFINIÇÕES

2.1 CONSIDERAÇÕES

2.1.1 As definições apresentadas a seguir são transcritas do PNAVSEC e de outros documentos normativos em vigor, destinando-se à facilitar o entendimento das orientações estabelecidas nesta Instrução de Aviação Civil e sua adoção no texto do PSACA.

2.1.2 Peculiaridades não contempladas por estas definições, mas que necessitem ser conceituadas para facilidade de entendimento e utilização, podem ser adicionadas ao texto do PSACA, desde que não comprometam ou contrariem os conceitos já estabelecidos nesta Instrução e na regulamentação correlata.

2.2 RELAÇÃO DAS DEFINIÇÕES ADOTADAS

2.2.1 ADMINISTRAÇÃO AEROPORTUÁRIA LOCAL – Órgão ou empresa responsável pela operação de um aeroporto, com estrutura organizacional definida e dedicada à gestão deste aeroporto.

2.2.2 AERÓDROMO – Área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves.

2.2.3 AERONAVE – Aparelho manobrável em vôo, que se sustenta e circula no espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, sendo capaz de transportar pessoas e / ou coisas.

2.2.4 AEROPORTO – Aeródromo público dotado de instalações e facilidades para apoio de operações de aeronaves, embarque e desembarque de pessoas e / ou coisas.

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2.2.5 AEROPORTO INTERNACIONAL – Aeroporto designado como portão de entrada ou saída para tráfego aéreo internacional, onde são efetuados trâmites aduaneiros, de imigração, de saúde pública, quarentena de animais e plantas e procedimentos similares.

2.2.6 AGENTE DE CARGA AÉREA AUTORIZADO – Pessoa jurídica autorizada pela Autoridade Aeronáutica, que agencia a carga aérea, para uma Empresa Aérea, sendo responsável pela documentação oficial e seu embarque no nível de facilitação.

2.2.7 AGENTE DE PROTEÇÃO DA AVIAÇÃO CIVIL – Profissional habilitado para exercer atividades de proteção da aviação civil contra atos de interferência ilícita, de acordo com os requisitos estabelecidos no Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC) e nas instruções emitidas pelo Departamento de Aviação Civil (DAC).

2.2.8 ÁREA ALFANDEGADA – Locais ou recintos alfandegados, estabelecidos pela autoridade aduaneira, na zona Primária, destinados às atividades da Receita Federal para fins de fiscalização aduaneira.

2.2.9 ÁREA RESTRITA DE SEGURANÇA (ARS) - Área do lado ar de um aeroporto, cujo acesso controlado a fim de garantir a segurança da aviação civil incluindo, normalmente, todas as áreas de embarque de passageiros localizadas entre os pontos de controle de acesso e as aeronaves, áreas de rampa, de processamento de bagagem, de terminais de carga, centros de correio, áreas de preparação de provisões, serviços de bordo, manutenção e limpeza de aeronaves.

2.2.10 ÁREA DE ARMAZENAMENTO DE BAGAGEM – Área onde a bagagem despachada é armazenada enquanto aguarda transporte para a aeronave e / ou onde a bagagem extraviada é armazenada até ser reencaminhada, retirada ou dada como perdida.

2.2.11 ÁREA DE CARGA – Todos os espaços e instalações destinados ao processamento de carga aérea, incluindo pátios de aeronaves, terminais de carga e armazéns, estacionamento de veículos e vias de acesso adjacente.

2.2.12 ÁREA DE PROCESSAMENTO DE BAGAGEM – Área onde a bagagem despachada é distribuída por vôo.

2.2.13 ÁREA ESTÉRIL – Área entre qualquer ponto de inspeção de passageiro e a aeronave para o qual o acesso é estritamente controlado (também conhecida como Área Restrita de Segurança).

2.2.14 ÁREA OPERACIONAL DO AEROPORTO – Área reservada, dentro dos limites do aeródromo, constituída de área de manobras, pátios, terminais de passageiros e de carga, torre de controle, unidades administrativas e de controle do espaço aéreo, demais edificações operacionais e, ainda, faixa de pista.

2.2.15 ARMAZÉM AEROPORTUÁRIO – Instalação do aeroporto destinada à armazenagem de carga aérea.

2.2.16 ATO DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA CONTRA A AVIAÇÃO CIVIL – Ato ou atentado que coloca em risco a segurança da aviação civil e o transporte aéreo, a saber:

a) apoderamento ilícito de aeronave em vôo;

b) apoderamento ilícito de aeronave no solo;

c) manter refém a bordo de aeronaves ou nos aeródromos;

d) invasão de aeronave, de um aeroporto ou dependências de uma instalação aeronáutica;

e) introdução de arma, artefato ou material perigoso, com intenções criminosas, a bordo de uma aeronave ou em aeroporto; e

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f) comunicação de informação falsa que coloque em risco a segurança de uma aeronave em vôo ou no solo, dos passageiros, tripulação, pessoal de terra ou público em geral, no aeroporto ou nas dependências de uma instalação de navegação aérea.

2.2.25 BAGAGEM – Bem pertencente ao passageiro ou tripulante, transportado a bordo de uma aeronave, mediante contrato com o transportador.

2.2.26 BAGAGEM DESACOMPANHADA – Bagagem despachada como carga, podendo ou não ser levada na mesma aeronave com a pessoa à qual pertença.

2.2.27 CARGA – Todo bem transportado em aeronave, com exceção das malas postais, provisões de bordo e bagagens acompanhadas ou extraviadas.

2.2.28 CARGA AÉREA – Compreende as mercadorias normais, remessas consolidadas, carga de transbordo, serviços de “courier”, mala postal, mala diplomática, peças e materiais de reposição das companhias aéreas e bagagem desacompanhada, embarcada como carga em aeronave de transporte de passageiro.

2.2.29 CARGA CONHECIDA – Envio de carga aérea por parte de um expedidor conhecido ou de um agente de carga aérea autorizado, que lhe tenha sido aplicadas medidas de segurança contra atos de interferência ilícita.

2.2.30 CARGA DESCONHECIDA – A carga aérea que ainda não tenha sido submetida às medidas de segurança contra atos de interferência ilícita.

2.2.31 CARGA PERIGOSA – Todo artigo ou substância que, quando transportado por via aérea, pode constituir risco à saúde, à segurança e à propriedade e ao meio ambiente.

2.2.32 CARGA DE TRANSBORDO – A carga proveniente ou não do exterior transportada por via aérea, cujo prosseguimento para o destino final se dará por essa mesma via.

2.2.33 CARGA EM TRÂNSITO – A carga transportada por via aérea, com passagem pelo TECA ou zona primária, cujo transporte prosseguirá por essa mesma via ou não, para outro aeroporto.

2.2.34 CERCA OPERACIONAL – Barreira física entre o lado terra e o lado ar de um aeródromo, destinado a garantir a segurança das aeronaves, dos passageiros e das instalações aeroportuárias.

2.2.35 CONHECIMENTO AÉREO – Documento formal no qual se estabelece o contrato entre o expedidor de carga e o transportador, para a prestação de serviço aéreo.

2.2.36 CONTÊINER DE BAGAGEM – Recipiente em que se armazena a bagagem para transporte a bordo de aeronaves.

2.2.37 CREDENCIAL AEROPORTUÁRIA – Crachá ou cartão de identificação de pessoas, veículos e equipamentos, expedido pela Administração Aeroportuária, de uso ostensivo e obrigatório nos aeroportos.

2.2.38 CREDENCIAL OFICIAL – Crachá ou cartão de identificação de funcionários, veículos e equipamentos de órgãos governamentais, que possam ingressar nas Áreas Restritas de Segurança (ARS), no exercício de atividades funcionais, necessárias à operação do aeroporto ou fiscalização, previamente estabelecidas nos Programas de Segurança Aeroportuária (PSA).

2.2.39 EMENDA – Alteração de conteúdo de um Programa, aprovada pela Autoridade Aeronáutica.

2.2.40 EMPRESA AÉREA – Empresa constituída que explora ou se propõe a explorar aeronaves para prestação dos serviços públicos de transporte aéreo regular ou não regular.

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2.2.41 EMPRESA DE SERVIÇOS AÉREOS ESPECIALIZADOS – Empresa constituída que executa serviços aéreos públicos ou privados especializados e que não se enquadram para o transporte de passageiros e carga aérea.

2.2.42 EMPRESA DE SERVIÇOS AUXILIARES DE TRANSPORTE AÉREO (ESATA) – Empresa constituída que realiza serviços de apoio destinados à operação de aeronaves e à proteção da aviação civil contra atos de interferência ilícita.

2.2.43 EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA – Dispositivo de natureza especializada para uso individual ou como parte de um sistema, na detecção de armas, substâncias, objetos ou dispositivos perigosos e / ou proibidos, que possam ser utilizados para cometer um ato de interferência ilícito.

2.2.44 EQUIPAMENTO DE TERRA (EQUIPAMENTO DE RAMPA) – Equipamento especial para manutenção, reparos e serviços de uma aeronave no solo, incluindo os de teste, verificação, manipulação de carga e os utilizados para embarque e desembarque de passageiros.

2.2.45 EXPEDIDOR CONHECIDO – Expedidor de carga ou qualquer outra entidade, que mantém relações comerciais com uma Empresa Aérea com relação à carga, às encomendas por mensageiros e expressas ou por correio.

2.2.46 EXPEDIDOR DESCONHECIDO – Pessoa física ou jurídica, não credenciada pela Autoridade Aeronáutica, que entrega carga ou outras remessas para uma Empresa Aérea, uma agência de carga reconhecida ou um agente postal.

2.2.47 FACILITAÇÃO – Conjunto de medidas destinadas a agilizar o processamento e liberação de pessoas e bens, a fim de evitar demoras operacionais desnecessárias, sem comprometer a segurança da aviação civil.

2.2.48 GERENTE DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA – Pessoa designada pela Administração Aeroportuária qualificada em segurança da aviação civil, responsável em cada aeroporto, pela coordenação e implementação de suas medidas e controles de segurança, de acordo com os requisitos estabelecidos no Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC) e nas instruções do Departamento de Aviação Civil (DAC).

2.2.49 LADO AR – Área de movimento de um aeroporto, terrenos adjacentes e edificações, ou parte delas, cujo acesso é controlado.

2.2.50 LADO TERRA – Área aeroportuária de uso público, cujo acesso não é controlado.

2.2.51 MALA POSTAL – Volume contendo correspondência e outros objetos confiados pelas administrações postais a uma Empresa Aérea, para entrega a outras administrações postais.

2.2.52 MALOTE – Volume não enquadrado como mala postal, contendo documentos e outros itens, confiado à Empresa Aérea para entrega as diferentes destinatários.

2.2.53 MANUSEIO DE CARGA AÉREA – Atividade de transbordo, armazenagem, consolidação, recebimento ou expedição de carga aérea.

2.2.54 MATERIAL CONTROLADO – Artigo ou substância cujo transporte por via aérea depende de autorização legal de órgão competente, mesmo que não seja considerado material perigoso.

2.2.55 MATERIAL PROIBIDO – Artigo perigoso ou controlado para o qual não tenha sido apresentada documentação legal exigida pelo órgão competente.

2.2.56 PROTEÇÃO DA AVIAÇÃO CIVIL – Atividade de segurança preventiva, regulamentada pela Autoridade Aeronáutica, visando, especificamente, a proteção da aviação civil contra atos de interferência ilícita.

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2.2.57 SERVIÇO DE MENSAGEIRO – Atividade para enviar encomendas, por meio de expedidores utilizando o serviço aéreo regular, como bagagem de um mensageiro considerado passageiro, cuja documentação é a mesma da despachada.

2.2.58 OPERADOR AÉREO – Pessoa jurídica (organização ou empresa) que explora ou se propõe a explorar aeronaves para a prestação de serviços aéreos.

2.2.59 PÁTIO DE AERONAVES – Parte da área operacional do aeroporto, destinada a acomodar as aeronaves para fins de embarque ou desembarque de passageiros, carga ou mala postal, reabastecimento de combustível, estacionamento ou manutenção de primeiro escalão em nível nacional, local (aeroporto) e setorial (Empresa Aérea) que abrange hipóteses de diversos patamares de ameaça de atos ilícitos contra a segurança da aviação civil, com os respectivos procedimentos, visando garantir a continuidade de seus serviços e atividades, bem como responder a situações de emergência pelo gerenciamento de crise.

2.2.60 PROGRAMA DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA (PSA) – Programa de cunho reservado elaborado pela Administração Aeroportuária, em conformidade com o modelo estabelecido no Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC), aprovado pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), que define as responsabilidades de seus empregados, bem como a coordenação entre os órgãos e entidades envolvidas e as ações e medidas de segurança a serem empreendidas no aeroporto, para proteger a aviação civil contra atos de interferência ilícita.

2.2.61 PROGRAMA DE SEGURANÇA DE EMPRESA AÉREA (PSEA) – Programa de cunho reservado elaborado pela Empresa Aérea, em conformidade com o modelo estabelecido pelo Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC) aprovado pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), que define as diretrizes, as instruções gerais, atribuições e responsabilidades dos seus empregados, em especial das tripulações, bem como, em seus apêndices, os procedimentos específicos de segurança aplicáveis a cada aeroporto no qual possua operação regular, para proteger a aviação civil contra atos de interferência ilícita.

2.2.62 PROTEÇÃO DA AVIAÇÃO CIVIL – Atividade de segurança preventiva, regulamentada pela Autoridade Aeronáutica, visando, especificamente, a proteção da aviação civil contra atos de interferência ilícita.

2.2.63 SABOTAGEM – Ato ou omissão deliberada ou com o propósito de destruir um bem, colocando em perigo a aviação civil, suas instalações e seus serviços ou que resulte em ato de interferência ilícita.

2.2.64 SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL – Combinação de medidas e de recursos humanos e materiais destinados a proteger a aviação civil contra atos de interferência ilícita.

2.2.65 SERVIÇOS AÉREOS PÚBLICOS – Abrangem os serviços aéreos especializados (aerolevantamento, assistência médica e sanitária, aviação agrícola, demonstração acrobática, publicidade e prospecção) e de transporte aéreo público de passageiros, carga ou mala postal, regular ou não-regular, doméstico ou internacional, mediante remuneração.

2.2.66 SERVIÇOS DE “COURIER” – Sistema de coleta e entrega rápida de encomendas e correspondência, por intermédio de agente não credenciado pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), que utiliza o serviço de transporte aéreo.

2.2.67 TERMINAL DE CARGA – Instalação aeroportuária dotada de facilidades para armazenagem e processamento de carga e onde ela é transferida de uma aeronave para um transporte de superfície, ou deste para aquela, bem como para outra aeronave.

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2.2.68 TRANSPORTE AÉREO DE VALORES – Transporte de bens de alto valor aquisitivo, realizado sob contrato de carga, por Empresa Aérea concessionária ou autorizada.

2.2.69 TRIPULANTE – Pessoa encarregada pelo operador aéreo para cumprir as funções a bordo da aeronave, durante o tempo de vôo.

2.2.70 VERIFICAÇÃO DE ANTECEDENTES – Verificação da identidade e experiência prévia de um indivíduo, incluindo seu histórico criminal, quando necessário, como forma de avaliar sua aptidão para ingressar em áreas restritas de segurança do aeroporto, sem acompanhante.

2.2.71 VIGILANTE – Pessoa contratada por empresa especializada em vigilância ou transporte de valores ou estabelecimento financeiro, habilitada e adequadamente preparada para impedir ou inibir ação criminosa, de acordo com a regulamentação do Departamento de Polícia Federal.

2.2.72 ZONA PRIMÁRIA – Área demarcada pela autoridade aduaneira local, abrangendo pátios, armazéns, terminais e outros locais reservados para guarda ou movimentação de mercadorias, destinadas à importação ou à exportação, bem como a área determinada para verificação de bagagens.

3 DISPOSIÇÕES GERAIS

3.1 APLICABILIDADE

3.1.1 Esta Instrução de Aviação Civil (IAC) se aplica aos Agentes de Carga Aérea autorizados, conforme o que estabelece a legislação aeronáutica brasileira, normas e instruções complementares do DAC.

3.2 RESPONSABILIDADES

3.2.1 Comandante da Aeronáutica (CMTAER) – Como Autoridade Aeronáutica do País, é responsável pelas ações militares de defesa contra atos de interferência ilícita na aviação civil, em situação de crise ou de emergência, por decisão do Presidente da República e sob o planejamento e coordenação do Ministro da Defesa. O CMTAER é, também, a autoridade responsável pela aprovação do Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC).

3.2.2 Diretor Geral do Departamento de Aviação Civil (DGAC) – Como autoridade de segurança da aviação civil do Brasil, tem a competência de presidir a Comissão Nacional de Segurança da Aviação Civil e a responsabilidade pelas atividades de segurança da aviação civil atribuídas ao Departamento de Aviação Civil (DAC), conforme estabelece o PNAVSEC e a legislação complementar.

3.2.3 Departamento de Aviação Civil (DAC) – No que concerne diretamente ao PSACA, o DAC é responsável pelo (a):

a) Análise e aprovação do PSACA;

b) Acompanhamento e fiscalização do cumprimento do PSACA, por ocasião das inspeções periódicas, programadas ou especiais e avaliações específicas; e

c) Aplicação das providências administrativas cabíveis, nos casos de desconformidades ou não cumprimento das responsabilidades, medidas e procedimentos de segurança aprovados no PSACA.

3.2.4 Administração Aeroportuária Local (AAL) – A AAL é responsável pelo (a):

a) Estabelecimento e o funcionamento de uma Comissão de Segurança Aeroportuária (CSA), em conformidade com os requisitos estipulados no PNAVSEC e nas normas e instruções complementares do DAC;

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b) Acompanhamento da elaboração dos procedimentos de segurança previstos nos Programas de Segurança de Empresa Aérea (PSEA) e a supervisão da sua implementação no respectivo aeroporto em conformidade com os requisitos preconizados no PNAVSEC e nas normas e instruções complementares do DAC.

c) Implementação dos controles gerais de acesso nos aeroportos, envolvendo Terminais de Carga Aérea (TECA) e outras edificações destinadas ao recebimento, armazenagem, manuseio e classificação da carga aérea, mala postal, “courier” e outras mercadorias classificadas como carga aérea; e

d) Provisão de recursos humanos, treinados na atividade de proteção da aviação civil, de acordo com as normas e instruções complementares do DAC, para acesso aos TECA ou a outras edificações envolvidas no trato da carga aérea e outros itens considerados como tal, exceto nos casos em que isto seja realizado por efetivos das autoridades aduaneiras ou da Polícia Federal; e

e) Supervisionar a operação das empresas aéreas nos aeroportos inclusive no tocante a procedimentos do transporte de carga aérea, conforme estabelecido no PSEA.

3.2.5 A Administração Aeroportuária deve elaborar e implementar medidas de segurança para a carga aérea, em cumprimento a letra “l” do item 4.4 e “n” do item, 7.6.1 todos do Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil (PNAVSEC) e de acordo com esta Instrução.

3.2.6 Os Agentes de Carga Aérea, como elementos autorizados pela Autoridade Aeronáutica, devem desenvolver medidas de segurança, desde a origem da carga até a entrada para armazenagem ou, quando permitido, até o despacho imediato do vôo.

3.2.7 Os Agentes de Carga Aérea serão responsáveis pelos atos de seus agentes e/ou contratados que desempenhem funções sujeitas às disposições do presente programa de segurança. Estes atos incluem, de maneira enunciativa, registro, aceitação, depósito e movimento terrestre de carga.

3.2.8 Os Agentes de Carga Aérea envolvidos neste Programa de Segurança responderão por seus agentes e/ou contratados a cerca das medidas que deverão ser implantadas.

3.2.9 Os Agentes de Carga Aérea deverão:

a) Distribuir, divulgar e disponibilizar a informação contida no programa de segurança às pessoas que necessitem tomar conhecimento, considerando o ponto de vista operacional; e

b) Exigir destas pessoas que a informação seja confidencial, quando for o caso.

3.3 CONTEÚDO DO PSACA

3.3.1 Os Programas de Segurança da Carga deverão conter os seguintes aspectos:

a) Dados gerais (organização, empresa ou entidade, período de vigência e referência dos documentos utilizados);

b) Situação geral (missão atribuída, circunstâncias especificas para o seu cumprimento);

c) Análise dos fatores contribuintes dos acidentes e incidentes no manuseio da carga e das condições de deficiências do setor;

d) Programa de Treinamento;

e) Recursos – levantamentos e análise das condições para o cumprimento do programa em termos de pessoal, material e de motivação da coletividade;

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f) Medidas de Segurança (segurança nas instalações, controle de acesso, procedimento de segurança quanto à aceitação da carga, guarda e transporte);

g) Atividades programadas e responsabilidades específicas perante à Comissão de Coordenação da Carga Aérea (COMCARGA);

h) Documentos complementares, tais como normas da empresa que visem o cumprimento de todo ou de parte do programa; e

i) Outros itens julgados pertinentes.

3.4 APROVAÇÃO DO PSACA

3.4.1 O Agente de Carga Aérea deve submeter o seu PSACA ao DAC para aprovação, em conformidade com o previsto nesta IAC.

3.4.2 A aprovação do PSACA é efetivada através de portaria do DAC, por delegação de competência da Autoridade Aeronáutica, após análise do processo contendo a documentação apresentada pelo Agente de Carga Aérea.

3.4.3 Todos os Agentes de Carga Aérea que estejam vinculados ao transportes aéreo de carga, deverão apresentar seus programas até 180 (cento e oitenta) dias após aprovação desta IAC.

3.4.4 Os Agentes de Carga Aérea que não estiverem vinculados previamente com transporte aéreo de carga, deverão apresentar seus programas com até 30 (trinta) dias de antecedência da data prevista para iniciar o transporte.

3.4.5 Após o recebimento de uma proposta do PSACA, o DAC deve aprová-lo ou informar ao Agente de Carga Aérea, por escrito, que o programa deve ser modificado para atender ao previsto nesta IAC.

3.4.6 O Agente de Carga Aérea deve submeter o programa modificado ou apresentar ao DAC petição de reconsideração quanto à notificação, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a partir da data do recebimento de uma notificação para modificação.

3.4.7 Ao receber uma petição para reconsideração, o DAC aprova ou não a ordem de modificação, informando o resultado ao Agente de Carga Aérea, no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data de recebimento da referida petição, não podendo haver recurso da decisão, no âmbito administrativo.

3.5 ALTERAÇÃO DO PSACA

3.5.1 O Agente de Carga Aérea poderá apresentar uma solicitação para alterar seu programa. A solicitação deverá ser apresentada com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência da data proposta de efetivação, a menos que o DAC autorize um período mais breve. Dentro dos 30 (trinta) dias posteriores ao recebimento da solicitação, o DAC deverá aprová-la ou recusá-la.

Nos 30 (trinta) dias posteriores ao recebimento de uma notificação de indeferimento da alteração, o solicitante poderá pedir que a mesma seja reconsiderada.

3.6 REVISÃO DO PSACA

3.6.1 O PSACA deve estar sempre atualizado, cabendo ao Agente de Carga Aérea proceder à revisão sempre que:

a) For determinada pela Autoridade Aeronáutica;

b) Uma mudança da legislação ou regulamentação aeronáutica aplicável assim o exigir; e

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c) Tiver que incorporar as alterações decorrentes das ações corretivas identificadas pelo DAC/SIE, durante as inspeções aeroportuárias.

3.6.2 Independentemente da existência de emendas, um PSACA deve sofrer uma revisão completa a cada 2 (dois) anos, para assegurar sua atualização com as normas nacionais e internacionais pertinentes e a evolução das condições de segurança vigentes.

3.7 PREPARO E FORMATAÇÃO

3.7.1 PREPARO

3.7.1.1 Na elaboração do PSACA o Agente de Carga Aérea deve:

a) Inserir somente assuntos correlacionados com a segurança operacional contra atos de interferência ilícita, no tocante à carga aérea, de forma clara, precisa e dentro de uma ordem lógica, para permitir fácil entendimento; e

b) Elaborar e desenvolver procedimentos, medidas e métodos seguros, compatíveis com as peculiaridades do Agente de Carga Aérea, de acordo com a regulamentação aeronáutica aplicável.

3.7.1.2 Em sua redação, o PSACA deve utilizar linguagem clara e objetiva, parágrafos curtos, com sentenças preferencialmente em ordem direta, evitar a elaboração de informações prolixas e assuntos administrativos que não tenham correlação direta com as ações previstas.

3.7.1.3 A linguagem utilizada na descrição de procedimentos, além de apropriada ao nível específico de execução deve sempre que possível, incluir orientações que contenham os elementos primordiais de definição da tarefa O QUE, QUEM, QUANDO, ONDE e COMO.

3.7.2 FORMATAÇÃO

3.7.2.1 O PSACA deve:

a) Ter caracteres em fonte, estilo normal, no tamanho e cor que permitam fácil leitura, recomendando-se fonte “Arial”, no estilo normal, no tamanho 12 e na cor preta;

b) Ser digitado ou impresso em folhas no tamanho 210X297mm (A4), com maior dimensão na posição vertical e inseridas soltas, para facilitar sua atualização;

c) Ter, no início do volume, uma folha separada para “Controle de Emendas”;

d) Ter, no início do volume, uma “Lista de Páginas Efetivas” para atualização, cancelamento ou inserção de páginas, com as respectivas emendas e datas de efetivação; e

e) Conter, em cada página, o indicador da numeração da página e do volume a que pertence e a data de efetivação da página.

4 MEDIDAS DE SEGURANÇA

4.1 ACESSO ÀS ÁREAS DE PREPARAÇÃO

4.1.1.1 O Agente de Carga Aérea deverá controlar o acesso às suas instalações, a fim de evitar a entrada de pessoas não autorizadas no recinto.

4.1.1.2 As instalações das Agências de Carga Aérea que possam causar problemas à segurança, deverão ser contempladas com ações especiais, visando sempre à segurança da carga, das instalações e do pessoal com ela envolvida.

4.1.2 Todas as áreas das Agências de Carga Aérea deverão ter graus de restrição, de acordo com o programa de segurança da empresa.

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4.1.3 As áreas de armazenagem das cargas, após a aceitação, devem ter seus acessos limitados somente às pessoas autorizadas. Estas pessoas devem ter sido objeto de verificação de antecedentes durante o processo de contratação.

4.1.4 As áreas de armazenagem das cargas a serem transportadas e daquelas a serem entregues ao destinatário devem ser completamente segregadas.

4.2 MOVIMENTO TERRESTRE

4.2.1 O Agente de Carga Aérea deverá assegurar que a carga seja transportada exclusivamente em veículos fechados ou controlados.

4.2.2 O movimento terrestre terá as peculiaridades pertinentes ao setor, definidas em planos específicos dentro do programa estabelecido pelos Agentes de Carga.

4.2.3 O responsável pelo carregamento deve impedir que seja embarcado qualquer volume com a embalagem aparentemente danificada ou com sinais de violação.

4.2.3.1 Os Programas de Segurança deverão estabelecer procedimentos visando a agilização da remessa da carga aérea, levando em consideração as exigências das autoridades competentes para a fiscalização da carga.

5 ACEITAÇÃO DA CARGA

5.1 O prazo previsto para a aceitação da carga, para o transporte por via aérea, deverá ser compatível com as características da carga, visando haver tempo hábil para sua correspondente verificação e carregamento da aeronave com segurança.

5.2 As condições para aceite da carga a ser transportada deverão obedecer as regras previstas na legislação vigente.

5.3 No transporte de carga perigosa deverão ser obedecidas as instruções de embalagem, contidas na legislação vigente (Portaria nº 271E/SPL, de 01 de julho de 1998 – Documentos obrigatórios no acompanhamento do conhecimento aéreo doméstico e internacional).

5.4 As cargas deverão ser armazenadas em locais que disponham, preferencialmente, de segurança física e/ou eletrônica.

5.5 É indispensável a confrontação do manifesto de carga com a carga apresentada, visando verificar a exatidão do peso e conteúdo declarados no conhecimento aéreo.

5.6 A aceitação de uma carga de um expedidor desconhecido terá, obrigatoriamente, a necessidade de inspeção física (manual ou eletrônica).

5.7 A aceitação da carga de um expedidor conhecido terá um tratamento especial de acordo com o grau de ameaça que possa apresentar. Estes procedimentos devem ser desenvolvidos e apresentados para aprovação do DAC.

5.7.1 O critério para que um expedidor se torne conhecido deve conter, no mínimo, cadastro completo, freqüência de remessa, tipo da carga além de serem efetuadas visitas técnicas periódicas ao expedidor.

5.8 A documentação de aceitação da carga deve contemplar um informe ao transportador sobre o grau de inspeção a que foram submetidas às cargas apresentadas pelo expedidor (conhecido ou desconhecido).

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6 EXECUÇÃO DO PROGRAMA

6.1 Na execução do programa, todas as metas previstas devem ser perseguidas com o intuito de alcançar a segurança.

6.2 Uma vez a cada 2 (dois) anos, depois da aprovação do Programa de Segurança, a organização deverá efetuar a atualização do mesmo, de acordo com as necessidades.

7 DOCUMENTAÇÃO DO PROGRAMA

7.1 O Agente de Carga Aérea deverá conservar uma cópia do programa em sua sede social, e uma cópia completa do programa e das correspondentes instruções para sua implementação em cada filial.

7.2 Os Agentes de Carga Aérea deverão colocar à disposição do DAC uma copia de seu Programa de Segurança e as instruções para sua implementação, se assim for solicitado.

7.3 Deverá ser anexado ao Programa de Segurança uma lista de todas as instalações identificadas, com seu endereço e número de telefone, a ser atualizada anualmente.

8 TREINAMENTO

8.1 O Programa de Treinamento deverá visar a capacitação de pessoal envolvido com o trato da carga aérea. Os níveis de competência serão definidos em documento próprio e de acordo com as necessidades de cada setor.

8.2 O Agente de Carga Aérea deverá ter um encarregado AVSEC com o curso de Agente de Proteção da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita.

8.3 O Agente de Carga Aérea deverá garantir que os funcionários com responsabilidades no Programa de Segurança conheçam as obrigações relativas às questões de segurança.

8.4 O Agente de Carga Aérea deverá conservar o registro atualizado de treinamento dos seus empregados no local de trabalho.

8.5 O Agente de Carga Aérea deverá cumprir os requisitos de treinamento para a carga perigosa, de acordo com o descrito na Legislação especifica.

8.6 Os cursos requeridos, para o desempenho das atividades, deverão ser reciclados a cada 2 (dois) anos por exigência do DAC, que somente reconhecerá os cursos de carga perigosa por ele homologados.

9 PROCEDIMENTOS DE NOTIFICAÇÃO

9.1 O Agente de Carga Aérea identificará e enunciará o nome e os dados das autoridades civis responsáveis pela remoção e desativação de artefatos suspeitos.

9.2 O Agente de Carga Aérea notificará, imediatamente, às autoridades da aviação civil qualquer elemento explosivo ou incendiário, não autorizado, que se encontre em carga aceita ou apresentada para transporte aéreo.

9.3 O Agente de Carga Aérea deverá notificar à Divisão de Carga Aérea do DAC, na suposição de que qualquer uma de suas operações receba ameaça de ato ilícito.

10 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

10.1 Independentemente da documentação do DAC e de outros órgãos envolvidos no trato da carga aérea, as Agências de Carga podem possuir outros documentos, julgados pertinentes, que possibilitem o cumprimento total ou parcial do PSACA.

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11 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

11.1 Esta IAC entra em vigor na data da Portaria de sua publicação.

11.2 Os casos não previstos deverão ser submetidos à apreciação do Exmo. Sr. Diretor-Geral do DAC.