resenha

12
esenha resenha resenha resenha esenha esenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenh resenh resenha resenha esenha resenha resenha resenha esenha esenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenh resenha resenha esenha resenha resenha resenha esenha esenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha resenha esenha resenha resenha resenha senharesenha resenha resenha resenha resenha resenharesenha resenha resenh resenha

Upload: iara-zorzal

Post on 23-Mar-2016

212 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

amostra da resenha que vai ser um encarte no livro

TRANSCRIPT

resenharesenharesenharesenharesenharesenharesenharesenha

resenharesenharesenharesenharesenharesenharesenharesenha

resenharesenharesenharesenharesenharesenharesenharesenharesenharesenharesenharesenha

resenharesenharesenharesenharesenharesenharesenharesenha

resenharesenharesenharesenha

resenharesenharesenharesenharesenharesenha

resenharesenha

resenharesenharesenharesenharesenharesenharesenharesenha

resenharesenharesenharesenharesenharesenha

resenharesenha

resenharesenharesenharesenharesenharesenharesenharesenha

resenharesenharesenha

Para entender a importância da revista SENHOR e assimilar a sua irreverência é preciso que pri-

meiro se tenha conhecimento de base do design edi-torial.

O trabalho editorial gira em torno de darmos formas a páginas, isto se inicia ao escolhermos o formato do suporte a ser trabalhado e só termina depois que to-dos os elementos exigidos componham a página. Mas como fazemos isso? Quer dizer, basta encarar o espa-ço em branco por algum tempo e voilà? Não é bem assim, é preciso reflexão e fidelidade a algumas regras, mesmo que essas sejam bem flexíveis e possam ser criadas pelo próprio designer.

O tamanho e formato da página são escolhidos a juízo do designer gráfico, alguns preferem ousar e utilizar algo completamente diferente do usual, outros preferem seguir proporções mais comuns e que pos-

“A fórmula para se criar uma página perfeita não difere da fórmula para se escrever a página perfeita: comece pelo canto superior esquerdo e vá seguindo para a direita e para baixo; depois vire a pagina e tente de novo.” (cap.8, pág.186).

sibilitam um melhor aproveitamento da folha de impressão, normalmente 660 X 960 mm. Independentes do estilo do profissional existem critérios aos quais ele deve se ater:

Conceito: se o projeto é criar um menu para um restaurante clássico não faz sentido formar uma peça muito ousada e moderna, pois esta não irá condizer com o ambiente a ser retratado.

Tamanhos pré-determinados: existem algumas peças que já têm o formato rigidamente determinados, tais como encartes de CDs, e outras que têm que obedecer a um limite, como um folheto comercial, que precisa caber dentro de um envelope comercial padrão (119 X 224 mm.

Orçamento do cliente: não adianta fazer um projeto maravilhoso se o seu cliente não pode pagá-lo, portanto ao escolher o tamanho da página deve-se pensar uma forma de aproveitar ao máximo possível à folha de impressão.

Algumas proporções são utilizadas com maior freqüência por serem agra-dáveis à mente e alguns tamanhos são mais recorrentes por serem confor-

1:1

8:9 ; 15:16

4:5 ; 5:6

2:3 ; 3:4

3:5 ; 5:8

8:15 ; 9:16

1:2

táveis à mão. Por este motivo é sempre bom que um designer gráfico esteja acostumado a calcular com exatidão, até que isso seja feito inconscientemente fa-cilitando o seu trabalho. Por este motivo coloquei tabelas de proporções às quais devemos nos acostumar.

Tamanhos de papel das séries A, B e C, da norma ISO 216 (em milímetros)

série A4A0 1682 × 23782A0 1189 × 1682A0 841 × 1189A1 594 × 841A2 420 × 594A3 297 × 420A4 210 × 297A5 148 × 210A6 105 × 148A7 74 × 105A8 52 × 74A9 37 × 52A10 26 × 37

série B

B0 1000 × 1414B1 707 × 1000B2 500 × 707B3 353 × 500B4 250 × 353B5 176 × 250B6 125 × 176B7 88 × 125B8 62 × 88B9 44 × 62B10 31 × 44

série C

C0 917 × 1297C1 648 × 917C2 458 × 648C3 324 × 458C4 229 × 324 C5 162 × 229C6 114 × 162C7 81 × 114C8 57 × 81C9 40 × 57C10 28 × 40

No mundo das artes, A Divina Proporção, teve um lugar de destaque. Leonardo da Vinci, com o seu famoso desenho de Anatomia mais bem elaborado da história do desenho, Michelangelo, Albrech Dürer, e muitos outros a utilizavam de maneira deliberada e rigorosa.

Na música temos notícias das estruturas básicas das sonatas de Mozart, Beethoven, Bartók, Debussy, Schubert, como signo da beleza e da harmonia.

A uma proporção áurea considerada como símbolo de perfeição, é conhecida, também, como a divina proporção. Ela é encontrada na Série de Fibonacci, matemático que descobriu uma seqüência aritmética de crescimento presente recorrentemente na natureza, podendo ser calculada a partir da equação:

[a : b = b : (a + b )] = 1,618...

Tomando conhecimento da proporção áurea, e de seu significado no mun-do da arte, alguns designers gostam de realizar todos seus trabalhos em cima de variações dela, indo do formato da página ao grid utilizado. Outros, por sua vez acham que se prender a essa proporção é obstruir o processo criativo logo no início, podendo levar o trabalho final ao fracasso.

A verdade é que não existem proporções ideais, dependendo do contexto uma proporção pode ser perfeita ou um perjúrio, intima ou distante, receosa ou majestosa. Mas é sempre bom saber alguns critérios que podem te ajudar a tomar um rumo na hora da escolha:

a b

Formatos mais estreitos precisam de uma espinha mais suave ou aberta, para que a peça gráfica seja folheada com facilidade;

Textos de tamanho regular cabem em uma variação proporcional de uma pagina leve e ágil (5:9) até uma pesada e solene (4:5);

Tamanhos menores destinam-se a textos que possam se compostos em colunas fi-nas; paginas mais largas do que 1: raiz de 2 são utilizadas em projetos que necessitam de excesso de largura; uma pagina estreita adapta-se melhor em tamanhos maiores;

Quando um trabalho contém ilustrações de suma importância elas é que definem o formato a ser utilizado; etc.

Uma outra maneira de escolher a proporção a ser utili-zada é adequá-la a associações históricas que se ajustem ao seu projeto, isso leva a uma pesquisa mais profunda sobre a qual parte da história você pretende conectar seu trabalho e depois a quais formato se adequam a par-te escolhida. Sua escolha pode ser obvia como decidir dar uma proporção egípcia a um menu de um restau-rante com tema egípcia, ou subjetiva, escolher a década de vinte por ela se conectar com a atmosfera trabalhada no projeto.

Após escolhido o tamanho da página o próximo passo é definir as margens, que de acordo com Timothy Sama-ra, em Grid Construção e Desconstrução p. 25, “são es-paços negativos entre o limite do formato e o conteúdo que cercam e definem a área onde ficaram as imagens”. As margens precisam amarrar o bloco de texto a pagina e amarrar as páginas opostas uma à outra; emoldurar

o bloco de texto de um modo que se ajuste ao seu desenho e protegê-lo, facilitando a visualização e tornando o manuseio da página conveniente. O interessante é que não elas passam de um espaço livre de impressão em todas as páginas, e sua importância se dá pelo equilíbrio formado no vazio. É rele-vante lembrar que ao dispor o texto dentro da margem ele deve ser projetado de forma a dar vida à página.

Além do texto fluente temos dois elementos que compõem a página e criam um interessante problema tipográfico os fólios e os títulos correntes, ambos inúteis se disponibilizados de maneira que o leitor tem que caçá-los pela pá-gina. Importantes para ajudar o leitor a se situar se diferem pela forma de distinção: os fólios, paginação, podem ocupar qualquer lugar agradável que potencialize a sua função e os títulos correntes devem obter certo destaque do texto regular, seja através de jogos tipográficos ou de cor.

Para subdividir a página é possível o uso de malhas ou escalas modulares, estas são mais flexíveis do que as primeiras. Existem vários tipos de escalas modulares, mas se utilizarmos relações proporcionais para desenvolvê-las te-remos resultados mais maleáveis e interessantes. Ao se determinar a malha

ou escala modular determina-se, também, as colunas a serem ocupadas pelo bloco de texto. É importante saber que colunas mais altas do que largas dão uma maior comodidade ao leitor quando o texto trabalhado é muito grande, mas evite colunas muito estreitas, pois isso remete a jornais e revistas o que leva o leitor a julgar o texto como corriqueiro.

“A trama do texto e a alfaiataria da página são profundamente interdependentes. É pos-sível discuti-las separadamente e resolver seus problemas individuais formulando uma série de perguntas simples. No entanto, as respostas a essas questões devem confluir para uma única resposta no final.”(cap.8, pág.186).

Após esta breve pincelada sobre o assunto editorial, convido-o a viajar em um mundo criado por uma revista quando o design gráfico ainda estava por nascer no Brasil. Munida de artistas plásticos, jornalistas e literários empe-nhados em fazer do editorial experimental algo concreto e sensível, a revista Senhor encanta até hoje quem se atreve a folheá-la. Então siga em frente e surpreenda-se.