resÍduos sÓlidos adriana antunes lopes arquiteta e urbanista doutora em ciências da engenharia...
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RESÍDUOS SÓLIDOSRESÍDUOS SÓLIDOS
Adriana Antunes LopesArquiteta e Urbanista
Doutora em Ciências da Engenharia Ambiental
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
ABNT (2004)
“resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível” (NBR 10004, p.1)
Definição de Resíduos Sólidos
Classificação
RESÍDUOS SÓLIDOSABNT (2004)
Perigosos Não perigosos
Classe I Classe II
Classe II A Classe II B
Não inertes Inertes
Tóxico
Corrosivo
Inflamável
Reativo
Patogênico
RESTOS DE ALIMENTOPLÁSTICO, VIDRO, PAPELPAPELÃO, TECIDO, PILHABATERIA, METAL, PNEU
PODA E CAPINA
URBANO COMÉRCIO
LOCAISPÚBLICOS
RESIDÊNCIA
MADEIRA, BORRACHACONCRETO, CERÂMICA
LOUÇAS, METAL, AMIANTOVIDRO, AREIA, CAL, TINTAPEDRAS, ARGAMASSA, GESSO
CONSTRUÇÃOCIVIL
OBRAS, REFORMAS,DEMOLIÇÕES
MATERIAL CIRÚRGICOÓRGÃOS, MEMBROS
LUVA, GASE, ALGODÃOFRALDA, MEDICAMENTO
SERVIÇOSDE SAÚDE
CLÍNICAS, FARMÁCIAS,POSTOS DE SAÚDE, HOSPITAIS
METAL PESADOAMÔNIA, ÁCIDOS
SOLVENTESINDUSTRIAL INDÚSTRIAS
EMBALAGEM AGROTÓXICOSFIBRAS VEGETAIS AGRÍCOLA PROPRIEDADES AGRÍCOLAS
FONTES
GERADORAS
Responsabilidade
CONSTRUÇÃOCIVIL
DOMICILIAR
PODA ECAPINA
INDUSTRIAL
AGRÍCOLA
SERVIÇOSDE SAÚDE
RESÍDUO
SÓLIDO
MUNICÍPIO
GERADOR
Política Nacional de Resíduos Sólidos
Projeto de Lei no 5296/2005
Política Nacional de Saneamento Ambiental
Projeto de Lei nº 326/2005
Lei n º 12.300, de 16/03/2006
Política Estadual de Resíduos Sólidos (SP)
Legislação
Legislação
RESÍDUOSORGÂNICOS
VIDROS
PAPÉIS
METAIS
PLÁSTICOS
RESÍDUOSPERIGOSOS
RSS
CONAMA 275/2001
Código de cores
CONSTRUÇÃOCIVIL
DOMICILIAR
PODA ECAPINA
INDUSTRIAL
AGRÍCOLA
SERVIÇOSDE SAÚDE
CONAMA 307/2002CONAMA 348/2004
NBR 15112 a 15116/2004
SMA 13 (1998): IERSDNBR 8419/1992: Aterros RSU
NBR 12980/1993
NBR 8418/1984: Aterros RIP
CONAMA 334/2003:Licenciamento Ambiental
CONAMA 358/2005
Normas e
Legislações
Classe C
Classe A
Classe B
Classe D
CONSTRUÇÃOCIVIL
Não podem ser recicladosou recuperados Ex: gesso
Reutilizáveis ou recicladoscomo agregados Ex: concreto
RecicláveisEx; plásticos, metais. vidros
Resíduos perigososEx: tintas, solventes, amianto
Resíduos de Construção Civil
CONAMA 307/2002 e CONAMA 348/2004
Grupo C
Grupo A
Grupo B
Grupo D
Grupo E
SERVIÇOSDE SAÚDE
materiais com radionuclídeosEx: laboratórios, radioterapia
agentes biológicosEx: culturas de microrganismos,
bolsas de sangue, membros
substâncias químicasEx: hormônios, anti-retrovirais,desinfetantes, metais pesados
sem risco biológico, químicoou radiológico
Ex: alimentos, papel, poda
Resíduos de Serviços de Saúde
CONAMA 358/2005
perfurocortantesEx: lâminas, agulhas, vidros
Resíduos de Serviços de Saúde
Antigo Incinerador (São Carlos, 2002)
Resíduos de Serviços de Saúde
Resolução CONAMA 001, de 23 de janeiro de 1986Conselho Nacional do Meio Ambiente
licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Previsão de impactos ambientais
Licenciamento Ambiental Resolução SMA 54, 30 de novembro de 2004
Licenças Ambientais para unidades de destinação final de resíduos sólidos domiciliares concedidas no
Estado de São Paulo
Fonte: Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares de 2005 (CETESB, 2006)
Escoamento superficial
Escoamento superficial
Odor
LENÇOL FREÁTICO
Rio
Aterro deResíduos Sólidos
PRECIPITAÇÃO
INFILTRAÇÃO
PERCOLAÇÃO
LIXIVIAÇÃO
CARREAMENTO
EROSÃO
Odor
Disposição Inadequada
Impactos ambientais negativos
localização
carreamento
Resíduos da Construção Civil
assoreamento
agrotóxicos
odores indesejáveispercolação
atração de vetores
Resíduos Domiciliares
Vento
fumaça
erosão
atração de vetores
percolação
disposição inadequada
disposição inadequada
Social
saúde
disposição inadequada
material de cobertura
TRANSPORTE
FONTE DERESÍDUOS SÓLIDOS
COLETA
DISPOSIÇÃO FINAL
TRATAMENTO
Prevenção
Prevenção da Poluição
P2: surgiu em 1976
: disseminado pelos Estados Unidos pela EPA
“Uso de materiais, processos ou práticas que reduzam ou eliminem a geração de poluentes ou resíduos na fonte. Inclui práticas que reduzam o consumo de materiais perigosos, energia, água ou outros recursos e práticas, que protejam os recursos naturais através da sua conservação ou uso mais eficiente”
BISHOP (2000). Pollution Prevention: Fundamentals and Practice. McGraw-Hill
Práticas do gerenciamento de resíduos industriais no passado
Matérias-primas
Processo
Energia
Resíduos diretamentelançados no
meio ambiente
Produtos
BISHOP (2000)
Práticas recentes do gerenciamento de resíduos industriais
Matérias-primas
Processo
EnergiaTratamento
Resíduos tratadoslançados ao
meio ambiente
Resíduos
Produtos
BISHOP (2000)
Práticas correntes em prevenção da poluição
Matérias-primas
Processo
Energia
ReutilizaçãoReciclagem
Recuperação
Tratamento
Resíduos tratadoslançados ao
meio ambiente
Resíduos
Produtos
Resíduos
Subprodutos
Reciclagem
Estratégia para a gestão de resíduos sólidos
SCHALCH, V. (2001)
Reutilizadosou
Reciclados?
RESÍDUO ELETRÔNICO
FERRAZ, M. C. C. e BASSO, H. C. (2003)
RESÍDUO ELETRÔNICO
plásticos
metais
melhordesempenho
menorpreço
vidro
elementos químicos
Falhacomponente
Morteprogramada
pelo fabricante
RESÍDUO ELETRÔNICO
FERRAZ, M. C. C. e BASSO, H. C. (2003)
RESÍDUO ELETRÔNICO
FIM DA VIDA ÚTIL
SUCATEAMENTOTECNOLÓGICO
(2 anos)
SUBPRODUTOSTÓXICOS
DESCARTE
Incineração Aterro
12 mil t/ano
preço
dioxinas radiaçãoultravioleta
solarplásticos
metais pesados
vidro (20% = chumbo)
soloágua
ar
População (hab) Produção (Kg/hab.dia)
Até 100.000 0,4
De 100.001 a 200.000 0,5
De 200.001 a 500.000 0,6
Maior que 500.000 0,7
Fonte: Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares de 2005 (CETESB, 2006)
Índices de produção “per capita” de RSD em função da população urbana
Coleta de RSD
Local Quantidade (t/d) Fonte
Brasil 228.413 IBGE, 2000
Estado de São Paulo 27.971 CETESB, 2006
São Carlos 140 PMSC, 2005
Bauru 200 EMDURB, 2003
OrigemQuantidade média
mensal (t)Quantidade média
anual (t)%
Domiciliar e varrição 295.745 3.548.934 77,83
Industrial 9.385 112.620 2,47
Serviços de saúde 2.789 33.472 0,73
Construção civil 59.666 715.986 15,70
Diversos 12.386 148.637 3,26
Total 379.971 4.559.649 100
Fonte: Prefeitura de São Paulo, 2004
Coleta de resíduos no município de São Paulo em 2002
Origem Quantidade diária (t)
Domiciliar 100
Industrial 500
Serviços de saúde 1
Construção civil 400
Poda e capina 70
Varrição 5
Volumosos 40
Comercial 20
Fonte: Prefeitura de São Carlos (SMDSCT, 2005)
Estimativa da geração de resíduos sólidos em São Carlos
Coletas Quantidade mensal (t)
Coleta seletiva* 90
Coleta informal 300
Coleta por Sucateiros** 1000
Fonte: Prefeitura de São Carlos (SMDSCT, 2005) e
http://www2.ufscar.br/uploads/futuroLimpo.doc
Estimativa da coleta de recicláveis em São Carlos
* 20 mil residências (80 mil moradores)** Estabelecimentos comerciais e indústrias
TRANSPORTE
FONTE DERESÍDUOS SÓLIDOS
COLETA
DISPOSIÇÃO FINAL
TRATAMENTO
Coleta
Transporte de recicláveis (São Carlos, junho de 2002)
Central de Triagem (São Carlos, janeiro de 2004)
Papel45%
Sucata12%
Plástico14%
Vidro18%
PET6%
Tetra Pack4%
PapelPlásticoVidroSucataPETTetra Pack
Materiais vendidos pelas cooperativas de São Carlos maio 2004 a abril 2005
Fonte: SMDSCT (São Carlos, 2005)
Transporte
TRANSPORTE
FONTE DERESÍDUOS SÓLIDOS
COLETA
DISPOSIÇÃO FINAL
TRATAMENTO
Resíduos de Poda e Capina
Resíduos de Serviços de Saúde
Resíduos Sólidos Domiciliares
Reciclagem
Compostagem, Reciclagem
Compostagem
Encapsulamento
Tríplice Lavagem, Incineração
Incineração
CONSTRUÇÃOCIVIL
DOMICILIAR
PODA ECAPINA
INDUSTRIAL
AGRÍCOLA
SERVIÇOSDE SAÚDE
Tratamento
TRANSPORTE
FONTE DERESÍDUOS SÓLIDOS
COLETA
DISPOSIÇÃO FINAL
TRATAMENTO
Usina de Reciclagem de Entulho de São Carlos, 2004
CONSTRUÇÃOCIVIL
DOMICILIAR
PODA ECAPINA
INDUSTRIAL
AGRÍCOLA
SERVIÇOSDE SAÚDE
Aterro de Resíduos daConstrução Civil
Aterro Sanitário
Solos
Aterro Industrial
Aterro Sanitário
Aterro Sanitário
Disposição Final
TRANSPORTE
FONTE DERESÍDUOS SÓLIDOS
COLETA
DISPOSIÇÃO FINAL
TRATAMENTO
geração de resíduos é diária e contínua
poucas áreas disponíveis e adequadas
custos envolvidos (área, projeto, manutenção, outros)
restrições ambientais (implantação e monitoramento)
Problema onde dispor os resíduos sólidos?
custo x benefício
Projeto de áreas para disposição final deresíduos sólidos no solo
critérios técnicos para seleção de áreas
características do local destinado à implantação do aterro (geologia, topografia, hidrologia, climatologia)
minimização do impacto ambiental negativo
uso de técnicas disponíveis e viáveis
caracterização e classificação dos resíduos
normas e legislações
distância de corpos d´ água, áreas urbanas e rodovias(recursos hídricos = 200m, áreas urbanas = 500m, rodovias = 100m)
distância do lençol freático solo pouco permeável vida útil do aterro = mínimo 10 anos
programa de monitoramento e plano de encerramento
NBR 13896/1997: Aterros de resíduos não perigosos
Projeto de áreas para disposição final deresíduos sólidos no solo
IQR / IQC AVALIAÇÃO
0,0 ≤ IQR ≤ 6,0 Condições inadequadas (I)
6,1 ≤ IQR ≤ 8,0 Condições controladas (C)
8,1 ≤ IQR ≤ 10,0 Condições adequadas (A)
IQR: Índice de Qualidade de Aterro de ResíduosIQC: índice de Qualidade de Compostagem
Fonte: Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares de 2004 (CETESB, 2005)
Enquadramento das instalações de destinação final de RSD
Fonte: Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares de 2004
(CETESB, 2005)
O que é analisado para a avaliação das instalações de destinação final de RSD
portaria (guarita, balança)
cercamento e identificação da área
cobertura do lixo
presença de catadores, urubus, moscas
proximidade de corpos d´ água, rodovias, núcleos habitacionais
drenagem de águas pluviais, gases e chorume
monitoramento de águas subterrâneas
impermeabilização de base
Situação do Estado de São Paulo
Quantidade de RSD e Enquadramento do IQR
IQR – Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos
Fonte: Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares de 2005 (CETESB, 2006)
IQR – Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos
Fonte: Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares de 2005 (CETESB, 2006)
Situação do Estado de São Paulo
Número de Municípios e Enquadramento do IQR
Tipo de Aterro Quantidade
Trincheiras 6
Industriais 134
Valasaté 25.000 habitantes 152
Sanitários 216
Total 508
Fonte: CETESB, 2005
Número de aterros cadastrados no Estado de São Paulo
Ribeirão Bonito11.716 habitantes (IBGE)
Itirapina
14.315 habitantes (IBGE)
• disposição inadequada de resíduos sólidos• resíduos a céu aberto• lançamento de resíduos no solo, sem medidas de proteção
ambiental ou à saúde pública• facilita a proliferação de vetores (moscas, ratos, etc)• não evita a geração de odores indesejáveis• não evita a poluição do solo, águas superficiais e subterrâneas• não há controle da quantidade e tipo de resíduo encaminhado ao
local
Lixão
0 ≤ IQR ≤ 6
lixões desativados
resíduos cobertos com terra
não possui medidas de proteção ambiental(impermeabilização de base, tratamento de percolado e biogás)
Aterro Controlado
6,1 ≤ IQR ≤ 8
• método que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível
• evitar riscos à saúde pública
• minimizar impactos ambientais negativos
• cobertura com camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho
Aterro Sanitário
8,1 ≤ IQR ≤ 10
• evitar a poluição e contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas
• garantir boa decomposição da matéria orgânica, reduz a formação de odores indesejáveis
• impedir a atração de vetores e animais (moscas, ratos, urubus, outros)
• evitar o estabelecimento de catadores
• técnica adequada de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo
NBR 8419 (ABNT, 1992)
Aterro Sanitário
PRECIPITAÇÃO
INFILTRAÇÃO
PERCOLAÇÃO
LIXIVIAÇÃO
Rio
Aterro deResíduos Sólidos
Escoamento superficial
Escoamento superficial
Drenagem percolado
Poço de monitoramento
das águas subterrâneas
Drenagemde águas pluviais
LENÇOL FREÁTICO
Drenagemde águas pluviais
Dissipação gases
Dissipação gases
Disposição Adequada
Manta impermeabilizante
Aterro de São Carlos
Aterro de São Carlos, 13/02/2006
Aterro de São Carlos, 13/02/2006
Aterro de São Carlos, 28/04/2005
São Carlos
Aterro de São Carlos, 13/02/2006
São Carlos, 2005
Aterro de São Carlos
Aterro de São Carlos, 09/11/2004
monitoramento das águas subterrâneas
Aterro de Araraquara, 2005
medidas para controle e prevenção da poluição
incentivo aos programas de conscientização(redução de resíduos, impactos ambientais negativos)
parcerias (público, privado, universidades, ONGs),elaboração de Políticas Públicas
consórcios intermunicipais (Bacias Hidrográficas)
planejamento para escolha de áreas adequadas para disposição final no futuro (Plano Diretor)
Propostas
Proposta
diretrizes para disciplinar e integrar os catadores PGGIRS
Adriana Antunes LopesAdriana Antunes [email protected]