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Respostas – Caderno de Exercícios 3
capítulo 1
Pensamento político nos séculos XVII e XVIII: Iluminismo
1. D
2. C
3. B
4. a) Nos fragmentos podemos reconhecer os privilégios
da nobreza, heranças da sociedade medieval, e a
concentração de poderes nas mãos do monarca
absolutista.
b) Entre as características criticadas pelo iluminismo,
podemos mencionar:
• A preponderância da religiosidade cristã e da Igreja, vis-
tas como empecilhos para o desenvolvimento científico.
• A sociedade de ordens, que marginalizava das deci-
sões políticas amplos setores da sociedade.
• O mercantilismo, questionado pela excessiva inter-
ferência estatal.
5. O texto de Voltaire, importante pensador iluminista,
procura oferecer um modelo de explicação racional
para o terremoto, distanciando-se de uma interpretação
religiosa do fenômeno.
6. A
7. C
8. A
9. No decorrer do século XVIII e XIX, a burguesia almejava
a diminuição da interferência estatal mercantilista na
economia e a criação de um modelo de Estado centrado
nos seus interesses. Na obra de Smith, ganhava corpo
teórico a necessidade da construção de um modelo de
Estado que respeitasse a livre-iniciativa e que valorizasse
os homens de negócios. Para Smith, o desejo individual
de enriquecer por meio dos negócios geraria condições
para a melhoria da sociedade.
10. a) Serão consideradas, positivamente, as citações
sobre as principais ideias do iluminismo e suas
respectivas características, entre outras citações
afins ou correlatas:
• O iluminismo foi um movimento cultural e filosófico
que agitou as elites durante o século XVIII na Europa,
que mobilizou a razão no sentido de transformar a
sociedade e o pensamento existentes e representou
um momento de intenso intercâmbio cultural.
• A principal ideia era o uso da razão e não da cons-
ciência religiosa como instrumento para a emanci-
pação humana.
• O iluminismo constituiu-se como um conjunto de con-
cepções de grande influência em diversos domínios:
político, filosófico, social, econômico e cultural.
• Outro pressuposto fundamental consistia na defesa
da liberdade humana, reivindicando o fim de tudo
aquilo que prendesse ou mantivesse os homens na
servidão. Ele contestava o absolutismo monárquico
que defendia a tese do poder divino dos reais, visto
defender a soberania como emanação da vontade
da população. Nesse sentido, entendia que o poder
deveria ser dividido, que sua autoridade não deveria
residir exclusivamente na vontade dos monarcas, daí
derivaram todos os esforços da criação dos três pode-
res – tal como propugnou Montesquieu – e a reflexão
sobre o poder nas mãos dos reis e imperadores, bem
como a defesa do constitucionalismo.
• Além de uma reação ao absolutismo, o iluminismo
também representou uma reação contra a influência
da Igreja na política e na vida sociocultural. Assim,
reivindicava a necessidade de um ensino laico e da
liberdade de culto. Para Voltaire, por exemplo, era fun-
damental a tolerância religiosa a fim de se evitarem
as guerras e a perseguição. O peso da Igreja na vida
cultural e a censura que esta promovia, a resistência
às novas ideias entendidas como perigosas também
surgia como um obstáculo a vencer.
• O próprio nome do movimento, Luzes – tal como era
conhecido na França – indica a negação da presença
da Igreja como algo medieval, como uma era de obs-
curantismo e superstição que atravancaram o desen-
volvimento humano. Outro desdobramento importante
desse ideário foi a defesa da renovação, da produção e
da difusão de novos saberes tal como preconizada por
Diderot e D’Alembert na elaboração d'A enciclopédia.
• Uma outra ideia fundamental presente no iluminismo
é a defesa de uma maior igualdade entre os homens,
tal como surge nos textos de Rousseau e naquilo que
definiu como vontade geral. Este pensador critica a
desigualdade existente e reivindica maior participa-
ção política dos indivíduos no interior do Estado. Em
suma, o iluminismo utilizou a razão para combater a
fé e a liberdade para se contrapor ao despotismo,
transformando radicalmente o pensamento e as con-
cepções de mundo posteriores.
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• Outro desdobramento nesse sentido foi o desenvolvi-mento do liberalismo e das doutrinas liberais no sécu-lo XIX. Elas revelam a reação do iluminismo a várias práticas econômicas existentes no bojo do que se convencionou chamar de mercantilismo.
• O ideário iluminista foi desenvolvido por diferentes pensadores e suas bases encontram-se em Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647- -1706) e até mesmo em Isaac Newton (1643-1727).
• O iluminismo desenvolveu-se entre a segunda metade do século XVIII e o início do século XIX, quando dá lugar a outras correntes de pensamento doutrinas políticas, econômicas e filosóficas.
• Um de seus epicentros do iluminismo foi a França, mas também manifestou-se em vários outros países como a Inglaterra, os Estados germânicos, a Itália, a Escócia, os Países Baixos e a Rússia.
• Sob este conceito – iluminismo – estão reunidas di-versas tradições filosóficas, políticas, econômicas, sociais e até mesmo atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diferentes expressões do iluminismo dife-renciadas pelos países no momento em que surgem e devido ao seu caráter. Assim é possível falar em iluminismo tardio, iluminismo germânico de Kant e Herder, iluminismo católico.
• Um pressuposto fundamental é entender o Iluminismo como uma visão de mundo que prega a necessidade da ação para transformar ou reformar o mundo.
b) Serão consideradas, positivamente, as análises sobre as inter-relações entre o pensamento iluminista e o despotismo esclarecido, que levem em conta aspec-tos afins ou correlatos:
• O desenvolvimento do ideário iluminista acabou inspirando e pressionando os monarcas reinantes a adotarem alguns de seus preceitos, tendo surgido alguns personagens que coadjuvaram alguns Estados europeus a implementarem reformas na condução dos aspectos políticos e administrativos. Isso repre-sentou uma mudança social e politicamente mais abrangente, que foi denominada como despotismo esclarecido (ou ilustrado, ou ainda absolutismo ilus-trado), uma expressão que identifica uma forma de governar característica da Europa continental a partir da segunda metade do século XVIII.
• Embora o poder dos soberanos não fosse questionado e estes se mantivessem à frente da condução dos as-suntos ou negócios dos Estados, foram assumidos ou incorporados determinados princípios reformistas do Iluminismo. Ou seja, surgiu uma alteração no princípio que fundamentava o poder real desde a Idade Mé-dia, inclusive o direito divino dos reis, sendo adotadas
algumas ideias defendidas pelo iluminismo, havendo uma combinação entre estes. Dessa forma, a autorida-de absoluta dos reis foi abrandada por reformas cujos princípios inspiravam-se no pensamento iluminista, con-ferindo sobrevida ao Antigo Regime.
• O despotismo esclarecido desenvolveu-se em vários países, destacando, sobretudo, providências ou me-didas aplicadas à economia, visando superar alguns entraves que a mantinham atrasada e essencialmen-te agrícola, coadjuvando no desenvolvimento da bur-guesia junto ao Estado.
• Os déspotas esclarecidos implementaram reformas administrativas, políticas, jurídicas e econômicas, incentivaram reformas no ensino e incorporaram uma maior dose de tolerância e de liberdade ao pensamento e a certas práticas. Isso representou a consolidação daquilo que entendemos como a modernidade, que exerceu impulsos sensíveis no processo de modernização na Europa.
• Do ponto de vista político, o despotismo esclarecido representa uma abertura da monarquia a determi-nadas pressões sociais, aproximando-se dos intelec-tuais, da burguesia em expansão e acolhendo, no interior do Estado, segmentos de uma burocracia ad-ministrativa, em especial os magistrados, que passam a adquirir cada vez mais importância na condução do governo. Lentamente agentes patrimoniais deram lugar a funcionários que ingressam na burocracia estatal, cujo exercício profissional encontra-se de-finido principalmente na retração do princípio da hereditariedade no cargo.
• Do ponto de vista religioso o despotismo esclarecido não encontrou homogeneidade, embora seja carac-terizado pela ampliação da tolerância e pela ênfase sobre a laicização. De qualquer modo, em alguns países caracterizou-se por um espírito secular e, em outros casos, foi demasiado hostil a certas expressões religiosas. Em alguns países o déspota manteve alian-ças com a religião.
• Em Portugal, o expoente do despotismo esclarecido foi o marquês de Pombal, ministro do rei D. José I; na Prússia, o rei Frederico II; na Rússia, a representante do despotismo esclarecido foi Catarina II; na Suécia, foi Gustavo III; na Áustria destacaram-se D. Maria Teresa e seu ministro Kaunitz, bem como José II; nos Estados italianos os principais representantes foram o arqui-duque Leopoldo de Habsburgo e o grão-duque da Toscana; no Reino de Nápoles, o ministro Bernardo Tanuci; na Espanha, os reis Filipe V, Fernando VI e Carlos III.
Resposta disponível em: <www.ccv.ufes.br/sites/default/
files/ps2012_Etp2_Historia.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2015.
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13. C
14. Entre os ideais liberais, ressaltamos:
• O personagem, sozinho em uma ilha, traz representa-
ções do individualismo econômico, em oposição ao
controle mercantilista sobre os homens de negócios.
• A valorização do empreendedorismo de Crusoé se
relaciona com a construção dos valores burgueses,
em oposição à sociedade do Antigo Regime, que
valoriza os privilégios e não o empenho individual.
15. a) Denis Diderot foi um filósofo do iluminismo.
b) O sistema criticado é o absolutismo monárquico, mar-
cado pela concentração de poderes nas mãos do
monarca e pelos privilégios do clero e da nobreza.
c) Entre os motivos, podemos mencionar:
• Consideravam que o clero, uma das bases sociais do
poder dos reis, dificultava o desenvolvimento científico.
• O controle do Estado dificultava a liberdade de ex-
pressão.
• A concentração de poderes no absolutismo impedia
a ampliação da participação da sociedade na vida
política.
• A divisão em estamentos não era compatível com a
realidade econômica do período.
• O intervencionismo mercantilista dificultava o desen-
volvimento econômico.
16. E
17. D
18. A
19. B
20. A
21. D
22. E
23. C
cap’tulo 2
Crise do Antigo Sistema Colonial
1. C
2. A
3. A
4. A
5. B
6. a) Podemos, dentre as medidas econômicas, citar a
criação do monopólio diamantino, a instauração da
derrama e a criação das Companhias de Comércio.
A primeira decretou a exclusividade da atuação da
Coroa na extração de diamantes no distrito diamantino;
a segunda estipulou o confisco de bens dos colonos
caso não fossem atingidas metas de arrecadação
de ouro; e a terceira aprofundou a política comercial
de controle metropolitano sobre a circulação de
produtos, acentuado a política monopolista da Coroa.
Nas três observamos o caráter autoritário e controlador
da política pombalina, interessada em aumentar a
arrecadação de riquezas na colônia.
b) Pombal expulsou os jesuítas das possessões portu-
guesas, o que afetou diretamente o ensino e a cate-
quese no Brasil, atividades conduzidas quase exclu-
sivamente pelos jesuítas.
7. a) De acordo com o texto, o comando das tropas era
dado aos brancos.
b) Além das funções de comando de guerra, segundo o
texto, também era responsabilidade do comandante
estabelecer a disciplina e conservar a submissão dos
“homens pardos”.
8. O autor evidencia que os déspotas esclarecidos
conduziam as políticas de Estado com base em
avaliações práticas e objetivas das opções, misturando
elementos iluministas e absolutistas, para que o Estado
interfira de maneira seletiva na sociedade.
9. E
10. C
11. A
12. E
13. D
14. A Inconfidência Mineira pode ser caracterizada como
uma manifestação conduzida pela elite, que não foi às
ruas e tinha propostas de implantação de uma república
de inspiração iluminista. No caso da Conjuração Baiana,
a participação popular foi intensa, o movimento foi às
ruas e as propostas estavam mais próximas do modelo
republicano jacobino. Nos desfechos das duas também
notamos uma diferença: a mineira teve um inconfidente
executado, enquanto a baiana levou quatro revoltosos
à morte.
15. a) O movimento ao qual o texto e a imagem fazem
referência é a Conjuração Baiana ou Revolta dos
Alfaiates.
b) O movimento teve influências da Revolução Haitiana,
da Revolução Francesa, do iluminismo, do jacobinis-
mo e também da Independência dos Estados Unidos.
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capítulo 3
Revolução Industrial
1. A
2. E
3. E
4. Entre outros fatores, podemos mencionar:
• A acumulação de capitais através do comércio;
• A Revolução Gloriosa;
• O desenvolvimento da produção têxtil;
• As reservas de carvão e ferro;
• A liberação de mão de obra através dos cercamen-
tos.
5. a) Segundo a Bíblia, um castigo divino; para a burguesia
seria uma virtude e para a aristrocracia era algo
desprezível.
b) Segundo o texto de Peter Gay, buscando construir
uma ideologia de que o trabalho dignifica o homem.
Nos espaços de trabalho, pela fiscalização sistemáti-
ca, pela organização da divisão do trabalho e pela
repressão.
6. B
7. A
8. D
9. Sobre a Revolução Industrial, o candidato deve articular
uma resposta que aponte suas características: o
surgimento da manufatura, a urbanização, o surgimento
do proletariado, o surgimento da indústria de bens
de consumo, a expulsão do homem do campo, o
cercamento das terras, a exploração do trabalho
assalariado.
Resposta disponível em: <www.cops.uel.br/vestibular/
2013/provas/fase2_2d_historia.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2015.
10. a) Dentre os fatores, podemos citar:
• Condições de trabalho nas fábricas;
• Longas jornadas de trabalho;
• Concorrência das máquinas com o trabalho dos ar-
tesãos.
b) No plano social destacou-se o surgimento do pro-
letariado, a consolidação da burguesia industrial
com a separação entre capital e trabalho e a urba-
nização acelerada; no plano tecnológico ocorreu a
introdução da máquina a vapor e a ampliação da
produção.
11. E
12. C
13. E
14. B
15. B
16. A
17. D
18. C
19. A
capítulo 4
Criação da Ordem Liberal
1. C
2. B
3. A
4. O personagem que aparece carregando os outros dois
homens representa o terceiro Estado, que se destacava
por sua importância econômica e por estar submetido
à cobrança de impostos. Porém, de uma maneira geral,
estava distante dos privilégios da Corte francesa. Em
cima e à frente, aparece um membro do clero, seguido
por um personagem que representa a nobreza. Essas
ordens, respectivamente o primeiro e o segundo
Estados, detinham os privilégios do Antigo Regime e
sustentavam a manutenção de um Estado absolutista
que se colocava acima da sociedade.
5. Entre os motivos para a convocação dos Estados Gerais
em meados de 1789, o aluno pode citar a crise financeira,
a proposta de equidade fiscal, o endividamento do
Estado francês e o encaminhamento de uma reforma
tributária por parte do Estado.
6. D
7. A
8. D
9. a) O período da Convenção Nacional (21 de setembro
de 1792 a 1º de outubro de 1795) começa com a
abolição da monarquia e a instauração da Primeira
República Francesa. Neste período, a República
Francesa conduzirá, ao mesmo tempo, uma guerra
revolucionária contra as coalizões europeias e uma
guerra civil contra realistas e federalistas, qualificados
de “contrarrevolucionários”. A percepção de que a
pátria e a república estavam em perigo levou os
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republicanos a tomarem um conjunto de medidas para enfrentar os “inimigos da revolução” como as insurreições federalistas contra Paris, os levantes realistas contra o regime republicano (Vendeia e Lyon) e a penúria, a carestia e a crise econômica e social. As medidas concretas tomadas para enfrentar os riscos da divisão interna foram:
• A criação do Tribunal Revolucionário (março de 1793), que julgava os opositores da República e não permi-tia nenhum tipo de recurso às decisões que emana-va. Durante o período do Terror, este tribunal emitiu cerca de 5 342 sentenças, das quais mais da metade resultaram na pena de morte.
• A reorganização dos exércitos (agosto de 1793) e a imposição do alistamento em massa para todos os homens celibatários entre 18 e 25 anos, aumentando os efetivos e incorporando batalhões de voluntários que agora integram um exército que aos poucos é “nacionalizado”.
• O decreto da “Lei dos Suspeitos” (setembro de 1793), pela qual o clero refratário é declarado suspeito, parentes da nobreza emigrada são aprisionados ou eliminados e membros da nobreza em geral são in-diciados e presos.
• A proclamação do “governo revolucionário” (outubro de 1793), suspende a aplicação da Constituição de 1793 e as liberdades individuais são suspensas até o “retorno da paz”. A tomada de decisão é centralizada e as decisões da Convenção são aplicadas de imediato.
• A repressão à Guerra da Vendeia (1793-1796), que explodiu como reação ao recrutamento obrigatório no exército revolucionário decretado pela Conven-ção Nacional, à perseguição do clero e à imposi-ção de novos impostos para custear as despesas militares na contenção das invasões dos exércitos coligados externos. Estas e outras medidas que pos-sam ser citadas pelos candidatos estão incluídas no Regime do Terror (1793-1794), período caracterizado pelo predomínio político dos membros do Comitê de Salvação Pública (liderados por M. Robespierre), que adotaram um programa repressivo contra os adversários da República Jacobina.
• A execução do rei Luis XVI e de alguns membros da família real.
b) A segunda parte da questão solicita ao candidato que se refira ao processo de expansão revolucioná-ria decorrente da decisão de enfrentar a Primeira Coalizão (1793-1797) das monarquias europeias, criada após o julgamento e a execução de Luís XVI (janeiro de 1793). O contexto de produção da gravu-ra é marcado pela internacionalização da guerra re-volucionária, que passa a se apresentar como uma
oposição entre duas ordens políticas e sociais opos-tas: a da França republicana e revolucionária (com os seus valores destacados nas legendas dentro da gravura) e a da Europa do Antigo Regime (repre-sentada pelos soberanos em queda). Fizeram parte dessa Primeira Coalizão os impérios austríaco e russo; os reinos da Prússia, da Espanha, de Portu-gal, de Nápoles, Sardenha e Sicília; a Grã-Breta-nha as Províncias Unidas e os realistas franceses emigrados. Neste contexto, em 1793, o Comitê de Salvação Pública tomou uma decisão grávida de consequências: anexar os territórios conquistados fora da França, implantando neles a nova ordem republicana. O candidato, para referir-se a este pro-cesso de internacionalização/expansão da guerra revolucionária que motivou o autor da gravura a produzir aquela sátira política, poderá referir-se à expansão dos ideais revolucionários, seja em ter-mos das conquistas militares, seja em termos da difusão das ideias revolucionárias operadas em decorrência da guerra.
Resposta disponível em: <www.puc-rio.br/vestibular/
repositorio/provas/2015/download/gabaritos/
VEST2015PUCRioGabarito%20G2_20141013_
completoD_v2.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2016.
10. A
11. A
12. D
13. B
14. A Marselhesa foi composta no período de guerra entre a França e as outras monarquias europeias. Conside-rando-se suas distintas apropriações, muitas passagens da composição relacionam-se ao contexto revolucioná-rio francês, por exemplo (o candidato deve relacionar apenas um trecho da composição ao contexto):
• “Avante filhos da Pátria” ou ainda “Às armas, cida-dãos”: nestas passagens, a conclamação à guerra se sustenta no sentimento nacional (daí a referência a filhos da pátria e cidadãos), emergente durante a era revolucionária.
• “Que um sangue impuro/banhe o nosso solo”: nesta passagem, a alusão à sangue impuro (do invasor) é uma metáfora da ambiência da guerra. A composi-ção explicita a presença dos inimigos (da revolução e/ou da mudança) e a ameaça à pátria.
• “Contra nós da tirania”: nesta passagem, encontra-se a exposição do princípio da revolução: a luta contra a tirania, identificada no privilégio aristocrático e re-presentada, sobretudo, pela figura do rei.
Resposta disponível em: <www.vestibular.ufg.br/2013/ps2013_1/
site/sistema/respostas/ps-2013-1-respostasesperadas-oficiais-
grupos34.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2016.
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15. O candidato deve explicar o contexto histórico da
Revolução Francesa como resultado de descontenta-
mentos da burguesia em relação ao Antigo Regime,
em especial, quanto aos privilégios do alto clero e da
nobreza. A situação econômica, a agricultura em de-
cadência, os altos impostos cobrados dos camponeses,
o pensamento iluminista, etc. são fatores que desenca-
dearam a Revolução Francesa.
Resposta disponível em: <www.cops.uel.br/vestibular/
2014/provas/2a_Fase/2d/historia.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2016.
16. E
17. C
18. C
19. D
20. a) O Código Civil caracterizou-se pela defesa da
propriedade privada, da afirmação da igualdade
jurídica, mas também pela proibição da organização
de sindicatos e da realização de greves.
b) Ao proibir sindicatos e greves, o Código chocava-se
com o ideal da liberdade de expressão presente na
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
de 1789.
21. Ao afirmar que as populações locais acabariam
repelindo os “missionários armados [...] como inimigos”,
o texto de Robespierre antecipa a resistência oferecida
pelo povo espanhol às tropas de Napoleão.
22. B
23. C
24. B
25. O Congresso de Viena visava: 1) reorganizar o
mapa político europeu, modificado pelas guerras
napoleônicas; 2) garantir, por meio do princípio da
legitimidade, o retorno das fronteiras europeias anteriores
à Revolução Francesa; 3) conter os movimentos liberais,
por meio da ação militar da Santa Aliança.
26. C
27. D
28. E
29. D
30. C
31. E
32. E
33. A
cap’tulo 5
Independências na América
1. E
2. E
3. B
4. Entre os principais motivos, o candidato poderia citar: a
incompatibilidade entre o desenvolvimento econômico
interno das colônias promovido pela elite criolla e a
vigência do Pacto Colonial imposto pela metrópole;
a influência das ideias iluministas e do processo de
independência dos Estados Unidos; os desdobramentos
da Revolução Francesa, com a invasão napoleônica
da península Ibérica; o apoio inglês aos movimentos de
emancipação; a crescente afirmação da identidade
dos “povos americanos”, conforme expresso numa
produção cultural que antecipava o nacionalismo.
5. A Revolução Francesa baseou-se nos princípios
iluministas que propagaram os ideais de liberdade e
igualdade civil entre os homens. Quando os jacobinos
assumiram o comando do país, durante a Revolução,
propuseram o fim da escravidão nas colônias e, dessa
forma, fortaleceram a luta pela libertação no Haiti. A
luta pela independência do Haiti é considerada uma
“Revolução Negra” pelo seu caráter antiescravagista
e representou um conflito entre a população negra
oprimida e escravizada e a elite branca, até então
dominadora. A luta haitiana vivenciou diferentes etapas
e se consolidou apenas em 1804.
6. E
7. B
8. D
9. D
10. B
11. Entra as consequências:
• Dissolução da Confederação do Reno;
• Ausência de partilha territorial na França;
• Recolocação no poder das dinastias europeias, des-
tronadas durante a expansão napoleônica;
• Reorganização do mapa europeu, levando-se em
consideração os direitos tradicionais das dinastias
consideradas legítimas e restaurando-se as fronteiras
anteriores a 1791.
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Explicação: Esse princípio, por tentar frear os proces-
sos de autonomia que haviam se instalado na região,
ampliou ainda mais as insatisfações dos diferentes se-
tores das aristocracias coloniais que, organizadas em
cabildos livres, comandaram as lutas pela independência
dos vice-reinos coloniais.
12. B
13. E
14. C
15. E
16. a) O estudante deverá relacionar os processos revolu-
cionários na América espanhola ao Bloqueio Con-
tinental imposto pela França sobre a Inglaterra e às
invasões napoleônicas de 1808, que na Espanha
levaram à renúncia forçada de Fernando VII e a um
vazio de poder, posteriormente preenchido pelas
Juntas de governo.
b) O estudante deverá avaliar a independência como
um processo construído ao longo dos anos de 1810
a 1816, quando a independência política das Pro-
víncias Unidas do Rio da Prata foi formalmente de-
clarada em 9 de julho de 1816. Assim, o estudante
deverá identificar as diferenças entre os dois textos
citados: o primeiro, moderado; o segundo, radical. O
primeiro aponta para a possibilidade de a Província
do rio da Prata permanecer como parte integrante
do Império espanhol. No segundo texto, o estudante
deverá perceber um ataque ao absolutismo com a
dissolução dos títulos de nobreza e a identificação
da Espanha como inimiga.
17. E
18. C
19. E
20. C
21. D
22. A
23. D
24. D
25. C
26. Simón Bolívar e José de San Martín foram dois dos
principais líderes das independências das colônias
espanholas na América. O primeiro atuou na região
de Caracas e o segundo, de Buenos Aires. Após as
independências, San Martín se retirou da vida política,
devido ao fracasso de seu projeto monarquista. Bolívar,
ao contrário, tornou-se governante da Venezuela e
liderou um movimento político em busca da unidade
dos novos países latino-americanos, denominado
“pan-americanismo”. A imagem de Bolívar é resgatada,
de forma heroica, como expoente da luta contra os
interesses imperialistas sobre a América (naquele
momento, da Inglaterra, e hoje, dos Estados Unidos).
27. a) O contexto político no qual a Carta de Jamaica
foi escrita foi o das lutas pela independência das
colônias espanholas na América. Nesse momento,
Bolívar foi derrotado pelo Exército espanhol e havia
se deslocado da Capitania Geral da Venezuela
para a Jamaica. Ele defendia, então, a necessidade
de união das sociedades americanas em face da
possível contraofensiva da Espanha, apoiada pela
Santa Aliança.
b) O aluno pode citar, entre outros: o MCCA (Mercado
Comum Centro-Americano – 1958); a ALALC (Associa-
ção Latino-Americana de Livre Comércio – 1960); a
ALADI (Associação Latino-Americana de Integração
– 1981); o MERCOSUL (1991); a OEA (Organização dos
Estados Americanos – 1948); o TIAR (Tratado Interame-
ricano de Assistência Recíproca ou Pacto do Rio de
Janeiro – 1947); CARICOM (Comunicado do Caribe
– 1973); Pacto Andino (1969); Comunidade Andina
de Nações (1996).
28. a) No primeiro plano da pintura de Helguera, dois
símbolos constitutivos da nacionalidade mexicana
estão representados:
• a figura do padre Miguel Hidalgo, considerado o “Pai
da Pátria”, localizada no centro e com a mão e a
cabeça levantadas, marca sua importância como
liderança das rebeliões camponesas nas aldeias;
• o Estandarte da Nossa Senhora de Guadalupe, em-
punhado pelo padre, expressa a importância da Vir-
gem como símbolo da interação entre as culturas
hispânica e indígena.
b) Para construir a relação entre os referidos símbolos e
a Independência Mexicana, há dois pontos a serem
considerados:
• Primeiro, o apoio de religiosos do “baixo clero” às
reivindicações populares que surgiram nesse con-
texto. No processo de Independência Mexicana,
dois padres – Hidalgo e Morelos – defendiam a dis-
tribuição de terras aos camponeses (inclusive, a
terra que era patrimônio da Igreja). Em 1810, por
meio do Decreto de Guadalajara, declarava-se,
nas terras livres do domínio espanhol, a abolição
da escravidão e do tributo indígena.
• Segundo, a presença do Estandarte de Guadalupe
indicava o potencial mobilizador desse símbolo em
virtude da crença religiosa das populações campo-
nesas, que lutavam pelo acesso às terras dominadas
pelos espanhóis.
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29. a) A vitalidade estava associada ao expansionismo em
direção a Cuba e ao Brasil; a adaptabilidade, a uma
disciplina maior e a novas técnicas produtivas.
b) Marcado pelas ideias radicais da Revolução France-
sa, o movimento haitiano contou com a liderança
dos negros em violento confronto contra as forças
das elites locais e metropolitanas.
30. O projeto de Simón Bolívar tinha como objetivo a
independência política das colônias da América
espanhola, de modo a formar uma poderosa nação
unificada, forte o bastante para comandar politicamente
o continente, sem sofrer influência da Europa e dos
Estados Unidos. Tal projeto possuía um caráter elitista,
uma vez que atendia aos interesses sociais da elite
criolla, sem incluir eficazmente os indígenas e mestiços.
O plano fracassou, sobretudo devido às disputas pelo
poder entre os líderes locais e pela hostilidade da
Inglaterra, que não desejava o surgimento de uma
potência econômica rival na América do Sul.
31. B
32. C
33. A
34. C
35. A transferência da Corte para o Brasil foi determinante
para a descaracterização de sua situação de colônia de
Portugal. Com a abertura dos portos em 1808, os tratados
assinados com a Inglaterra em 1810 e a elevação do
Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves
em 1815, as relações entre metrópole e colônia foram
profundamente alteradas. A sede do Império português
passou a ser o Rio de Janeiro e não mais Lisboa. Assim,
podemos afirmar que o Pacto Colonial deixou de existir
e o comércio entre Brasil e Inglaterra passou a ser mais
intenso do que aquele realizado há séculos com os
portugueses.
36. Os dois primeiros textos apresentam a transferência da
Corte como uma fuga vergonhosa e sem heroísmo,
típica de um rei ocioso e mal preparado. No terceiro
texto, conseguimos perceber uma visão que exalta as
questões estratégicas envolvidas na manobra, que
não foi exclusiva da Corte portuguesa. Esse último texto
chega a exaltar o feito como uma “ousadia”, ao propor
uma viagem arriscada e transoceânica.
37. a) Podemos citar a abertura dos portos de 1808 e a
elevação do Brasil à condição de Reino Unido a
Portugal e Algarves em 1815.
b) No século XVIII, a transferência da Corte já tinha sido
defendida em situações de ameaça estrangeira e
dificuldades. A mineração e as riquíssimas jazidas de
ouro haviam estimulado o imaginário da população
europeia a respeito do Brasil, visto a partir de então
como um território próspero, mais rico que Portugal,
o que justificaria a mudança. O terremoto de Lisboa,
que destruiu a capital portuguesa, também pesou
na possibilidade de transferência.
38. B
39. A
40. A
41. E
42. Podemos identificar, em primeiro lugar, uma política de
imigração voltada para o povoamento, como aquela
iniciada no período joanino. Em um segundo momento,
há uma mudança na política, que passa a priorizar a
imigração para atrair mão de obra para as lavouras de café.
43. a) A Corte portuguesa no Brasil tornou necessária a
criação de órgãos administrativos e tributários, como
os ministérios, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a
Imprensa Régia, entre outros. Tal processo promoveu,
efetivamente, a centralização administrativa no Brasil
e o início de construção do Estado brasileiro.
b) Descontentes com o declínio da economia açuca-
reira, com a presença maciça de portugueses na
liderança do governo e na administração pública,
e com a criação de novos impostos por D. João VI
em favor dos “portugueses da nova Lisboa”, setores
liberais mais radicais de Recife iniciaram a chamada
Revolução Pernambucana de 1817, estabelecendo
uma república federativa. Os revoltosos chegaram
ao poder e ganharam o apoio de outras províncias
(Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará),
mas o movimento foi duramente reprimido.
44. A
45. Podemos indicar a elevação do Brasil à condição de Reino
Unido a Portugal e Algarves, que transformou a cidade
do Rio de Janeiro na sede do Império português, atraindo
pessoas e negócios de diversas partes do mundo para
a cidade. Também podemos assinalar a vinda de uma
missão artística francesa, responsável pela adequação
das estruturas urbanas e artísticas da cidade.
46. C
47. A
48. D
49. C
50. B
51. D
52. B
53. a) Na pintura de Pedro Américo, D. Pedro I é retratado
como uma figura central, com a espada em riste,
demonstrando a clara orientação belicosa do
episódio da independência. Na obra de Moreaux, o
príncipe é saudado e responde aos acenos com o
chapéu, conferindo uma versão mais conciliatória
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para a independência do Brasil. O mesmo ocorre
com a guarda real, que na primeira obra está se
posicionando para a batalha, enquanto na segunda
dá suporte ao imperador. O povo, na obra de Pedro
Américo, é retratado à margem dos acontecimentos,
no canto esquerdo, enquanto que, na tela de Moreaux,
a participação e o envolvimento da população na
cena é mais intensa.
b) Em ambos os quadros, o processo histórico da sepa-
ração do Brasil fica centrado na figura de D. Pedro I,
retratado como um “herói romântico”. Os dois autores
ressaltam a condução e a importância do imperador
para a independência do Brasil, diminuindo as in-
fluências contextuais e sociais. Trata-se de uma visão
histórica idealizada e pouco complexa, baseada na
ideia de que os processos e as transformações ocor-
rem principalmente devido às vontades de indivíduos
únicos e centralizadores.
cap’tulo 6
A formação do Estado brasileiro (1822-1840)
1. B
2. E
3. D
4. E
5. a) Havia uma grande quantidade de projetos políticos no
Primeiro Reinado, contudo, aquele que se sobressaiu
e está presente na pintura é o da construção de um
Império centralizador e capaz de reunir todas as
raças presentes no Brasil em torno do imperador.
b) D. Pedro I passou por um intenso desgaste político
durante o Primeiro Reinado, provocado, dentre outros
motivos, pelos conflitos com a elite agrária, pelo seu
interesse na Coroa portuguesa, pela crise econômica
e pelos gastos militares decorrentes da construção
de uma nação de dimensões continentais.
6. a) A independência a que o autor se refere, a separação
entre Brasil e Portugal, não era necessariamente
sinônimo de unidade, ou seja, nem todas as regiões do
Brasil desejavam se manter unidas após a separação.
b) Entre os conflitos que demonstram a divergência de
interesses no processo separatista, podemos citar a
Confederação do Equador e a Guerra da Cisplatina.
7. Entre as influências políticas liberais, podemos identificar
a ideia de um “imperador constitucional”, a existência
de Câmaras, ou seja, um poder Legislativo e um
projeto de Constituição. A existência desses termos no
preâmbulo demonstra influências do pensamento liberal,
que defendia a existência de monarquias constitucionais,
representativas e com tripartição do poder.
8. A
9. C
10. C
11. Entre os setores, podemos citar a elite agrária, que
acusava o governo de D. Pedro I de ser autoritário e
centralizador. A instabilidade econômica deu-se devido
à crise do setor agroexportador, que não gerava
impostos suficientes para organizar as finanças do
Estado brasileiro na época.
12. B
13. E
14. a) D. Pedro II tinha cinco anos de idade quando seu pai
abdicou do trono brasileiro.
b) A crise de legitimidade dos governos regenciais e o
avanço de reformas descentralizadoras contribuíram
para a eclosão de rebeliões no período.
15. a) Segundo o texto, o termo “federação” foi usado
equivocadamente como sinônimo de República e
de democracia, mas também se identificava com
a autonomia das províncias unidas sob a égide da
monarquia.
b) O processo de independência foi alimentado, no âm-
bito interno, pelos interesses comerciais da aristocracia
rural exportadora, que não abria mão da quebra do
domínio colonial lusitano, iniciada com a abertura
dos portos de 1808. No plano externo, a emancipação
política brasileira atendia aos interesses capitalistas
do empresariado britânico, empenhado na amplia-
ção dos mercados fornecedores de matérias-primas e
produtos primários, além de mercados consumidores
para os produtos industrializados ingleses.
16. C
17. E
18. C
19. E
20. a) A Revolta dos Malês ocorreu na Bahia, em 1835, e foi
liderada por negros muçulmanos, que criticavam a
escravidão e a imposição do catolicismo. A Revolta
da Farroupilha ocorreu no Rio Grande do Sul, entre
1835-1845, e possuía um caráter separatista, ou seja,
tinha a intenção de separar-se do Brasil e adotar uma
República. A Balaiada ocorreu no Maranhão e suas
origens remetem às disputas políticas pelo controle
do poder local.
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b) A Balaiada foi constituída por elementos populares,
incluindo escravos que sonhavam com a liberdade.
Estes sujeitos históricos contestavam os privilégios dos
comerciantes portugueses e da elite agrária. Devido
à divergência entre os líderes e a falta de unidade em
torno de um projeto, o movimento entrou em declínio
e foi derrotado em 1841. A Farroupilha, por sua vez,
foi um movimento de elite liderado pelos estancieiros
contra os impostos abusivos cobrados sobre o char-
que, que acabavam beneficiando a carne dos paí-
ses vizinhos. Dessa forma, o movimento defendeu a
separação, surgindo a República Rio-Grandense e a
República Juliana, em Santa Catarina. O movimento
terminou em 1845, depois de uma intensa luta entre
as tropas do Império e os revoltosos.
c) Essas revoltas ocorreram no Período Regencial, en-
tre 1831 e 1840, momento em que começou a to-
mar forma o Estado Nacional brasileiro e os partidos
políticos: Partido Liberal (defensor do federalismo e
de maior autonomia para as províncias) e o Partido
Conservador (defensor da centralização do poder).
21. Uma das propostas era acentuar o federalismo e a
autonomia provincial no Império – concepção que
evoluiu dentro do movimento para um ideal separatista
e republicano, que ameaçava a continuidade da
monarquia e da unidade territorial brasileira.
capítulo 7
Desenvolvimento e crítica do pensamento liberal no século XIX
1. D
2. C
3. B
4. D
5. a) Sua propaganda estava endereçada a setores de
classes influentes. Pessoas que, por sua instrução,
estariam aptas a entender seus projetos.
b) Ao considerar que as elites instruídas estariam dispos-
tas a alterar a ordem social vigente que as favorecia,
almejavam algo de difícil realização. Além disso, ao
desprezar os trabalhadores, vistos como ignorantes,
colocavam-se em posição de superioridade do ope-
rariado das fábricas.
6. D
7. C
8. a) Marx considerava que os chamados socialistas
utópicos eram ingênuos, pois acreditavam ser
possível construir uma sociedade ideal sem, no
entanto, apontar os meios eficazes para alcançá-la.
Eles sonhavam com uma sociedade ideal, que na
visão de Marx, seria irrealizável, pois a burguesia não
aceitaria reformas que modificassem o sistema.
b) Karl Marx supunha que, no futuro, o movimento dos
trabalhadores iria destruir a sociedade capitalista e
construir uma sociedade sem classes sociais e sem
propriedade privada. O comunismo aponta para
uma utopia, um desejo de uma sociedade melhor,
sem exploradores nem explorados.
9. B
10. D
11. B
12. Tanto o movimento comunista como o anarquista
surgiram como forma de reação aos efeitos do
capitalismo industrial e criticavam a exploração
do homem pelo homem e a burguesia, visando acabar
com a injustiça social ao atingir, em seu estágio final,
uma sociedade sem Estado, sem classes e sem a
propriedade privada dos meios de produção.
Porém, enquanto os anarquistas pregavam a passagem
“direta” do capitalismo ao anarquismo, os comunistas
defendiam que o movimento operário deveria implantar
o socialismo (uma fase intermediária), com um Estado
forte e centralizado, que promoveria uma distribuição
das riquezas até o objetivo final, o comunismo, quando
reinaria a justiça social.
13. A defesa da manutenção da propriedade privada, as
críticas ao conceito de luta de classes e a proposta do
convívio cristão harmonioso entre as classes sociais.
14. D
15. B
16. C
17. C
18. C
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capítulo 8
Movimentos sociais e políticos no século XIX
1. D
2. E
3. D
4. Tomando a Revolução Francesa como marco de um
período permeado pelas revoluções liberais, que
tomavam corpo mundo afora, o historiador busca
estabelecer uma cronologia das revoluções burguesas
e do avanço da economia capitalista. A Primavera dos
Povos, em 1848, é símbolo do alcance dos ideais liberais
em diversas partes do mundo e da consolidação da
Revolução Francesa de 1789 como parâmetro para
outras revoluções.
5. C
6. A
7. D
8. B
9. O termo “nação” está relacionado a qualquer corpo
suficientemente grande de pessoas que se consideram
membros de uma comunidade nacional. Nesse sentido,
a nação pode ser entendida como uma população
que partilha uma cultura comum e que tem, ou aspira
ter, o próprio espaço político. Para elas, quem está fora
da comunidade nacional é considerado “estrangeiro”.
Em torno da nação ocorre uma ênfase nas qualidades
singulares e na história de determinado povo.
10. D
11. D
12. D
13. Entre os efeitos da unificação alemã, podemos mencionar
a alteração do mapa estabelecido pelas forças reunidas
no Congresso de Viena, o surgimento do revanchismo
francês e o crescimento industrial alemão, que alterou o
equilíbrio europeu.
14. A
15. A
16. D
17. a) O Destino Manifesto (1839) explicita dois princípios,
o de povo escolhido por Deus (destinado) e o da
premência de uma missão civilizatória (expansão).
A relação entre discurso religioso e político, presente
no Destino Manifesto, reafirmará, constantemente, a
imagem de um país que tem uma missão planetária,
zelando pela liberdade e impondo-se como uma
grande nação. Essa autoimagem da nação se vê
atualizada nos discursos políticos norte-americanos
e na empreitada cinematográfica hollywoodiana.
b) A relação entre a autoimagem norte-americana e
sua política externa, na década de 1840, explicita-
-se no fato de que o Destino Manifesto expressa um
estímulo à expansão, não apenas de territórios, mas
de ideias. A expansão geográfica viu-se efetivada
na Marcha para o Oeste, que conquistou territórios
para a nação norte-americana por meio de uma
política externa ora ofensiva (a guerra com o México
e a dizimação das tribos indígenas), ora diplomática
(a compra de territórios que pertenciam aos países
europeus). A expansão de ideias dependeria de um
movimento contínuo de exportação de políticas cul-
turais, conhecido como “americanismo”.
18. a) O abolicionismo, presente na opinião pública do norte
do país, foi um dos elementos que desencadearam
a guerra. Ao final, a elite branca do sul foi obrigada
a aceitar a abolição da escravatura, o que acirrou
ainda mais os ânimos dos racistas. Neste contexto, os
governos do sul estabeleceram leis segregacionistas
que limitavam os direitos da população negra.
Além disso, foram criadas organizações terroristas
clandestinas, como a Ku Klux Klan.
b) Mesmo antes da Guerra de Secessão, Lincoln mos-
trara-se contrário à escravidão. Ao liderar os estados
do norte durante a guerra, tornou-se um dos grandes
responsáveis pela vitória do abolicionismo. Sua ação
deu impulso ao Congresso para a aprovação da
Décima Terceira Emenda.
c) A vitória de um afro-americano em um estado do sul
do país, de forte tradição segregacionista, represen-
tou uma vitória na luta contra um modelo de racismo
que mantém vínculos com o contexto da Guerra de
Secessão.
19. C
20. B
21. B
22. D
23. C
24. D
25. D
26. C
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cap’tulo 9
A consolidação do Estado brasileiro (1840-1889)
1. B
2. A
3. No Período Regencial (1831-1840) surgiram os partidos
políticos brasileiros: o Partido Liberal, ou Luzia, e o
Partido Conservador, conhecido como Saquarema.
Ambos representavam os interesses da elite agrária,
portanto, não havia diversidade entre os representantes
políticos daquele período. Entre 1840 e 1850, o Brasil
viveu uma grande instabilidade política fruto, em parte,
da imaturidade política de D. Pedro II, manipulado pelos
dois partidos. Desta forma, em 1847, o parlamentarismo
foi criado como forma de alcançar a estabilidade
política no país. Este sistema político foi inspirado no
modelo inglês, porém, no Brasil ganhou outros contornos:
foi o chamado “parlamentarismo às avessas”. Aqui, o
imperador nomeava o primeiro-ministro, que escolhia
os demais membros do Conselho de ministros que,
por sua vez, promoviam as eleições para a Câmara
dos Deputados. Nas eleições, o partido vencedor
possuía a maioria no Legislativo. Tal sistema favorecia
o fortalecimento do poder Executivo (exercido pelo
imperador) e a centralização político-administrativa
do Império, beneficiando os grupos que apoiavam o
imperador. Vale destacar que não havia diferenças
ideológicas entre os dois partidos: “nada mais parecido
com um saquarema do que um luzia no poder”.
4. E
5. B
6. B
7. B
8. A
9. Semelhanças: o aluno pode citar, entre outros, o
latifúndio e a monocultura visando ao mercado externo.
Diferenças: é possível citar, entre outros aspectos, o sur-
gimento de uma elite em São Paulo (denominada “bur-
guesia cafeeira paulista”) que detinha uma mentalidade
empresarial e empreendedora vinculada ao capitalismo
internacional – muito diferente da elite tradicional do nor-
deste colonial. Já no nordeste, prevaleceu a utilização
do trabalho escravo africano nos engenhos, enquanto
em São Paulo ocorreu, com a chegada dos imigrantes,
a transição do trabalho escravo para o trabalho livre.
10. No período considerado, a cafeicultura estimulou a
modernização do setor de transportes – ferrovia e portos
– forneceu a maior parte do capital para o crescimento
do setor industrial e promoveu a expansão do mercado
consumidor interno.
11. a) Inicialmente, a ocupação limitou-se ao litoral, par-
ticularmente na região nordeste, com a atividade
açucareira. Nos séculos XVII e XVIII, a ocupação
expandiu-se para o interior do território, com base em
atividades como a pecuária (no sertão do nordeste,
extremo sul e centro-oeste), a coleta de drogas do
sertão (na região amazônica) e a mineração de ouro
e diamantes (nas regiões sudeste e centro-oeste).
b) A expansão da cafeicultura, o crescimento dos inves-
timentos ingleses no setor de serviços e a expansão
da urbanização e do comércio interno nas regiões
servidas pela malha ferroviária.
12. Na década de 1820, o açúcar; nas décadas de 1830 e
1880, o café.
13. A
14. A
15. B
16. C
17. D
18. a) A elite brasileira herdou da Europa o racismo vigente
no período. O depoimento do jornalista francês
Ribeyrolles externa uma argumentação racista,
contrária à imigração chinesa para o Brasil no século
XIX, uma vez que os chineses seriam, segundo a visão
do autor, inferiores racial, moral e culturalmente.
Desse ponto de vista, a miscigenação levaria à
degradação do brasileiro, devendo ser evitada
para a constituição de um povo. A preferência do
jornalista era pelo imigrante europeu, considerado
mais saudável e evoluído.
b) Desde o início da colonização do Brasil, imperava um
racismo exacerbado em relação aos negros e índios.
A elite agrária brasileira, branca, foi se consolidando
e, pautada no etnocentrismo, reproduziu discursos
e práticas racistas. Na segunda metade do século
XIX, quando ocorreu a transição do trabalho escravo
para o trabalho livre assalariado, esse racismo ficou
ainda mais evidente. A elite agrária brasileira, ne-
cessitando de mão de obra para a lavoura de café,
poderia substituir a escravidão pelo trabalho livre
dos índios ou dos próprios negros na condição de
trabalhadores livres, no entanto, optou pelo imigrante
europeu, acreditando que este era superior do ponto
de vista moral, racial e cultural.
19. D
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21. C
22. a) Podemos identificar no texto, como motivos para o
incentivo da imigração de famílias para as fazendas
paulistas, a menor probabilidade de abandono do
trabalho (em comparação com os trabalhadores
solteiros) e a maior quantidade de braços para a
colheita, formando uma reserva de trabalho barata.
b) O governo paulista subvencionou a imigração para
diminuir o déficit de mão de obra provocado pela
crise do escravismo e pelo rápido crescimento da
cafeicultura, ambos ocorridos na segunda metade
do século XIX. Também devemos ressaltar a política
de “branqueamento” da sociedade, defendida pelas
elites dirigentes da época.
23. E
24. A
25. E
26. A tabela destaca a queda acentuada nos números
da população escrava no Brasil ao longo do século
XIX, em contraste com o crescimento também rápido
da população livre. Esta população cresceu não
apenas pela incorporação daqueles que deixaram a
escravidão, como também pela adição de grandes
contingentes de imigrantes que chegavam ao país.
Com a aprovação da Lei Eusébio de Queirós (1850),
que punha fim ao tráfico de escravos nos portos
brasileiros, o preço dos escravos nos mercados teve
aumento significativo, tornando a mão de obra
escrava cada vez mais custosa. A participação de
soldados negros na Guerra do Paraguai (1864-1870)
contribuiu para aumentar o tom dos protestos contra a
exploração e a imoralidade associadas à manutenção
da escravidão, levando a aristocracia a aprovar
novas leis para promover uma transição lenta para
o trabalho livre, tais como a Lei do Ventre Livre (1871)
e a dos Sexagenários (1885). Desse modo, a tabela
apresenta um processo que se iniciou em 1850 e que
foi se acentuando diante do contexto de mudança da
própria sociedade brasileira.
27. a) A Lei dos Sexagenários.
b) A campanha abolicionista deixou o governo imperial
numa situação difícil. Por um lado, não queria preju-
dicar a elite escravocrata, da qual era representante.
Por outro lado, precisava manter a fachada de um
regime progressista e civilizado. A solução encontra-
da – e que o tempo se encarregou de mostrar que
não foi a melhor – foi o gradualismo, que pretendia
mostrar que o Estado imperial caminhava para a
abolição e, ao mesmo tempo, buscava causar o me-
nor prejuízo possível aos escravocratas.
28. A charge expressa a ambiguidade entre o projeto
do regime imperial, que pretendia modernizar o país,
aproximando-o das referências civilizatórias e de
desenvolvimento das grandes potências da época.
Por outro lado, sua vinculação ao arcaísmo resultava
na manutenção da escravidão como peça chave da
estrutura socioeconômica brasileira.
29. O aluno pode mencionar a questão da permanência.
Pouca coisa mudou em relação à comunidade afro-
-brasileira desde 13 de maio de 1888. Basta observar a
condição de miséria da criança negra apresentada
na charge, sua inferioridade social e econômica. A
elite política brasileira, no contexto da abolição, era
branca e racista e, apesar de libertar os negros da
escravidão, não criou condições socioeconômicas
para a sua inserção na sociedade. Além disso, as elites
restringiam a cidadania à grande parte da sociedade
brasileira, considerando que, pela Constituição de 1891,
para ser cidadão era preciso ser homem e alfabetizado.
Ainda hoje, mais de cem anos após a abolição, pouca
coisa mudou para os afro-brasileiros, que ainda são
ínfima minoria nas universidades e maioria no sistema
carcerário. No Brasil atual, existem muitas permanências
em relação à estrutura colonial e imperial. Racismo,
preconceito e violência ainda compõem o nosso
cotidiano.
30. C
31. C
32. A
33. a) O quadro da esquerda, pintado pelo artista brasilei-
ro Victor Meirelles, retrata uma das mais importan-
tes batalhas da guerra (Batalha do Riachuelo), na
qual o Exército brasileiro se faz vencedor. Tal obra
exalta o Exército brasileiro como uma força superior,
que acabaria definitivamente com o conflito e mar-
caria a hegemonia brasileira na região. Já o quadro
da direita, pintado pelo artista uruguaio, represen-
ta a destruição e miséria na qual se encontram as
localidades marcadas pela guerra (mais especifica-
mente, as áreas paraguaias). Vale ainda a ressalva
de que essa obra retrata uma mulher solitária em
meio à destruição e morte, situação que marcou o
Paraguai após o fim do conflito devido ao alto índice
de mortandade masculina.
b) A Guerra da Cisplatina (Brasil 3 Argentina), entre 1825
e 1828, que resultou na independência do Uruguai. A
região havia sido anexada por D. João VI e a popula-
ção local, assim como os argentinos, nunca aceitou
tal situação. Apesar do desejo argentino de controlar
a região, a guerra garantia a independência e a
origem de um novo Estado, o Uruguai.
Podemos citar ainda a guerra contra Oribe e Aguirre,
líderes blancos uruguaios contrários à influência do
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Brasil em sua nação; e a guerra contra Rosas, líder argentino que buscava anexar o Uruguai e ameaça-va o domínio brasileiro na região.
34. a) O quadro de conflitos que marcou as relações entre os países da bacia Platina no século XIX tem suas origens em disputas herdadas no período colonial e no caudilhismo, que contrapunham grupos sociopolíticos autoritários, cujos objetivos incluíam o controle da navegação na bacia Platina – área de intenso comércio –, o expansionismo territorial, e a concorrência nos mercados do mate e de produtos pecuários. Assim, o Império brasileiro compôs a Tríplice Aliança com a Argentina e o Uruguai, enfrentando o Paraguai de Solano Lopes.
b) A vitória da Tríplice Aliança transformou o equilíbrio de forças políticas e econômicas na região. Com o Paraguai destroçado, Brasil e Argentina emergiram como nações determinantes na condução dos desti-nos da área platina. O Uruguai manteve sua postura pendular, em relação ao Império e à República Por-tenha, e a Inglaterra pôde continuar exercendo sua hegemonia sobre o mercado da região.
35. a) O texto ressalta o heroísmo paraguaio contra a Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai).
b) A representação ilustra o ideal republicano e aboli-cionista que se fortaleceu no Brasil após a Guerra do Paraguai.
c) Antes da Guerra do Paraguai, os militares, devido à ori-gem de setores médios e ao grau de esclarecimento, já eram contrários à escravidão durante a guerra, e esse ideal se fortaleceu, pois lutavam lado a lado com os negros. A adesão dos militares aos movimentos abolicionistas contribuiu para a Lei Áurea de 1888.
36. Entre os motivos do envolvimento do Brasil na Guerra do Paraguai destacam-se: a necessidade de assegurar a livre navegação nos rios da bacia Platina e o desejo de pôr um ponto final nos problemas políticos e militares nas fronteiras sul e sudoeste.
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40. a) Angelo Agostini criticava o imobilismo do imperador diante dos problemas enfrentados pelo Império brasileiro no final da década de 1880.
b) A crise vivida pelo Império pode ser explicada por uma série de fatores, a saber: transformações so-cioeconômicas derivadas da expansão cafeeira, imigração estrangeira, fim do tráfico negreiro, cres-cimento da campanha abolicionista e o aumento do movimento republicano.
41. a) Poder Moderador.
b) O trecho citado do Manifesto Republicano propõe a reorganização do Estado com base no federalismo, portanto tinha como princípio a grande autonomia das províncias frente ao governo central.
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cap’tulo 10
O fim do século XIX
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4. a) A urbanização estava associada ao processo de industrialização, que promovia a concentração de trabalhadores e mercadorias em torno das fábricas. Na segunda metade do século XIX, ocorreu, com a Segunda Revolução Industrial, um aprimoramento tecnológico e um aumento significativo do número de fábricas, que ampliou os processos de concentração humana.
b) As cidades contemporâneas carregam inúmeras heranças das cidades industriais do século XIX. O texto aponta diversos transeuntes que ainda se fa-zem presentes na cidade atual: pessoas voltando do trabalho, a presença de trajes fúnebres e a questão da violência urbana com policiais e bandidos trafe-gando pelas cidades.
5. Entre os elementos, podemos destacar:
• o aumento da produção industrial;
• o acentuado progresso técnico-científico;
• o aparecimento do capitalismo monopolista;
• a crescente concentração da produção e do capital;
• a revolução dos meios de comunicação e de trans-porte.
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8. a) A principal ideia defendida no texto I é a da superioridade racial, moral e material do homem branco europeu. Essa pretensa superioridade serviu para legitimar a expansão imperialista europeia no final do século XIX, ou seja, o homem branco teria o “direito de dirigir o resto da humanidade”, ou teria ainda uma “missão civilizadora” em relação aos povos considerados inferiores.
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b) Ambos os textos estão relacionados à concepção política imperialista, porém, enquanto o texto I apre-senta a visão eurocêntrica do colonizador, o texto II descreve uma visão orientalista do colonizado.
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12. Durante o imperalismo, teses pseudocientíficas que afirmaram a superioridade dos brancos em relação a outros grupos étnicos, como negros, eram usadas como justificativa para a colonização e domínio europeu no continente africano. No cartaz, fica nítido o racimo vigente em Portugal em 1917, país que manteve colônias na África até meados da década de 1970. No século XIX, durante a Conferência de Berlim, a África foi partilhada pelas potências europeias com o objetivo de se apropriar dos recursos naturais, mão de obra e novos mercados consumidores. A introdução da civilização ocidental, por meio do cristianismo e de ideologias racistas, estava a serviço do capitalismo industrial. Na África, os europeus impuseram fronteiras artificiais que não respeitavam as diferenças étnicas e religiosas preexistentes, o que deu origem a conflitos culturais, guerras civis e separatismos após a descolonização.
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16. A política do Big Stick, de Theodore Roosevelt, pode ser vista como um desdobramento da Doutrina Monroe. Enquanto a doutrina apontava para o desejo dos Estados Unidos de se fazer mais presente nos assuntos do continente, a política externa de Roosevelt transformou tal anseio em realidade. Como exemplo, podemos mencionar a ação para separar o Panamá da Colômbia e, desta forma, garantir a construção de um canal que interligava o Atlântico e o Pacífico.
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19. O contexto cultural da belle époque foi marcado por um otimismo em relação à tecnologia e sua capacidade de construir valores e melhorar a humanidade. Na gravura, a máquina de escrever e a lâmpada aparecem capazes de alterar a “inspiração” dos escritores, por possibilitar condições melhores para o ofício de escrever. Como se a simples melhora da tecnologia fosse capaz de produzir melhores autores.
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cap’tulo 11
Conflitos do século XX: a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
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4. A formação das alianças político-diplomáticas foi um processo que antecedeu a guerra e, mesmo ao longo do conflito, os interesses de cada nação levaram a uma frequente reconfiguração dos acordos. Referimo-nos a dois grandes blocos de países: a Tríplice Aliança, formada por Alemanha, Áustria-Hungria e Império Turco Otomano (em 1915 a Bulgária declara guerra à Sérvia e se junta à Aliança), e a Tríplice Entente, que reunia França, Inglaterra e Rússia – essa aliança também contou com o apoio de outros países, como Sérvia, Itália, Japão, Estados Unidos, Portugal e mesmo o Brasil.
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8. Desmembramento dos impérios russo, austro-húngaro e otomano com o surgimento de novos países; fim da hegemonia europeia e início da hegemonia dos Estados Unidos; fragilização econômica da Alemanha.
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capítulo 12
Grandes revoluções do século XX
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4. A participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial
provocou transformações no regime político, econômico
e social do país. As perdas ocasionadas pela guerra
propiciaram o questionamento do poder absoluto dos
czares e da condição econômica e social – caracterizadas
pela inflação, pela fome e greves –, criando condições
para a eclosão da Revolução de 1917.
Resposta disponível em: <www.comvest.unicamp.br/vest_anterio-
res/2013/download/comentadas/cha.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2016.
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8. A NEP (Nova Política Econômica), implementada por
Lenin, foi marcada pelo uso de algumas práticas
capitalistas, como a presença da pequena propriedade
e de uma economia de mercado. Os planos quinquenais
de Stalin, por sua vez, aboliram a propriedade privada
e promoveram a estatização da economia.
O stalinismo reafirmou a imagem de Lenin como gran-
de líder da revolução e, ao mostra Lenin e Stalin juntos,
buscava construir uma ligação entre ambos e ressaltar
a ideia de continuidade da revolução. Esse recurso con-
tribuía para o culto à personalidade do líder.
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19. O texto alude à permanência de conflitos sociais no
campo na história política latino-americana, decorrentes
de um grave problema agrário: a concentração da
propriedade fundiária. O México foi um dos países
da América Latina que, no início do século XX, mais
passou por transformações em suas instituições devido a
esses conflitos, desencadeando a Revolução Mexicana.
Pela participação das camadas populares camponesas
e pelas propostas reformistas, esse movimento serviu de
modelo para outras regiões do continente.
Resposta disponível em: <www.revista.vestibular.uerj.br/
questao/questao-discursiva.php?seq_questao=492>.
Acesso em: 21 jul. 2016.
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capítulo 13
Brasil: formação da República (1889-1914)
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5. a) Segundo o texto, além da idealização cristã da
imagem de Tiradentes, associada à do próprio Cristo,
o herói republicano é apresentado como “plebeu,
humilde e popular”, ao gosto dos jacobinos, porém
em confronto com as elites dominantes.
b) Os governos de marechal Deodoro e Floriano Peixoto
foram marcados pela disputa de poder entre milita-
res, associados ao governo, e a oligarquia cafeeira,
na oposição. Dessa característica, desdobrou-se a
postura autoritária do regime, expressa no golpe de
Estado arquitetado por Deodoro, em 1891, no contra-
golpe de Floriano, e na violenta repressão à Revolu-
ção Federalista e à Revolta da Armada.
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9. a) Havia uma forte tendência monarquista na Marinha,
junto ao sentimento de marginalização de seus oficiais
em um regime político dominado pelo Exército. Além
disso, havia ainda o argumento da ilegitimidade da
presidência de Floriano Peixoto, que assumiu antes
de passados dois anos do mandato de Deodoro.
b) Havia intensa oposição entre grupos oligárquicos
locais (maragatos e pica-paus) e o apoio de Floria-
no aos pica-paus fez com que a disputa local se
tornasse uma questão nacional. Como resultado, os
maragatos aliaram-se aos integrantes da Revolta da
Armada, por terem em Floriano um inimigo comum.
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13. a) Podem-se identificar alguns episódios conflituosos
nos primeiros anos da República no Brasil, tais como:
a Revolução Federalista, iniciada no Rio Grande do
Sul (1893-1895); o movimento social de Canudos
(1896-1897) e a Revolta da Armada que, de acordo
com determinadas interpretações historiográficas,
pode se dividir em Primeira e Segunda Revolta.
Destacando a última: após o conflito iniciado, ainda
no governo constitucional de marechal Deodoro
da Fonseca, a Marinha, conduzida pelo almirante
Custódio de Melo, bombardeou a capital brasileira
(Rio de Janeiro), na tentativa de derrubar o governo
de Floriano Peixoto. As tropas do governo resistiram
à ofensiva, amplamente apoiada pelo Exército,
pelas estruturas do Estado (conduzidas por ele) e
por grupos políticos fiéis ao marechal de Ferro, como
era conhecido o presidente naquele período.
b) Desde o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, o Exér-
cito assumiu uma postura de questionamento da
ordem nobiliárquica imperial. Tal postura contribuiu
para a formação do espírito republicano no Brasil.
Em 1879, o Exército participou ativamente da queda
da monarquia, adquirindo maior poder político e se
projetando como um dos principais agentes defen-
sores da ordem republicana.
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18. a) O aluno poderia citar como exemplos da ultrapassada
estrutura urbana do Rio de Janeiro: o porto antigo
e deficiente, as ruas estreitas da zona central, as
dificuldades de abastecimento de água e saneamento
que potencializavam epidemias e as condições
precárias de moradia e transporte que estimulavam
o surgimento de cortiços e favelas.
b) No princípio do século XX, a cidade do Rio de Janeiro
passou por um processo de modernização provoca-
do pela crescente atividade industrial e pelas refor-
mas do prefeito Pereira Passos. Ele destruiu cortiços,
reformou e ampliou a Avenida Central e desmontou
o Morro do Castelo, abrindo espaço para a cons-
trução de edifícios voltados para o uso da elite. De
modo geral, tais mudanças incentivaram a exclusão
socioespacial das camadas mais populares.
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36. a) A principal característica da gestão do Barão do
Rio Branco no comando do ministério das Relações
Exteriores (1902-1912) foi a defesa de uma maior
aproximação com os Estados Unidos. Além disso, ele
propôs o encaminhamento das questões de fronteiras
pela via diplomática, como atesta a compra do
Acre, consubstanciada pelo Tratado de Petrópolis,
assinado com o governo boliviano.
b) Ainda que os Estados Unidos tenham sido o primeiro
país a reconhecer a independência do Brasil, duran-
te o período monárquico o principal parceiro brasilei-
ro no campo das relações internacionais – herança
da política portuguesa – foi a Inglaterra. Sendo assim,
é correto dizer que o posicionamento da gestão do
Barão do Rio Branco representou um novo encami-
nhamento da política externa brasileira.
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40. a) Os nordestinos que migraram para a Amazônia na
segunda metade do século XIX eram, principalmente,
sertanejos, castigados pelas secas e submetidos à
exploração brutal dos coronéis. Foram atraídos para
aquela região pela miragem do enriquecimento fácil,
que então se associava à exploração da borracha.
b) A esmagadora maioria dos seringueiros viviam mise-
ravelmente, isolados na mata meses a fio e na total
dependência dos seringalistas que os contratavam,
os quais monopolizavam tanto a compra da borracha
bruta por eles produzida como o fornecimento dos
mantimentos, utensílios e armas por eles utilizados.
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42. a) A queda no preço foi consequência do aumento
da oferta, por sua vez provocada pelo surgimento da
concorrência asiática, através da produção das
colônias inglesas e francesas na região (por exemplo,
Malásia e Indochina).
b) Além do gigantesco volume da produção, a cafei-
cultura contava com o apoio do governo oligárquico
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que, por meio de mecanismos intervencionistas da
valorização do café, manteve os preços de compra
do produto elevados, ainda que artificialmente.
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47. a) Além de centro administrativo nacional – posição,
aliás, que já ocupava desde 1763 –, o Rio de Janeiro
tornou-se, a partir de meados do século XIX,
graças à expansão cafeeira, um expressivo centro
comercial e financeiro e um importante porto do
litoral brasileiro. Por tudo isso, o Rio de Janeiro dos
primeiros tempos da República tornou-se também
um agitado centro de atividade cultural, incluindo
mesmo a presença constante de companhias
europeias de teatro, dança e ópera.
b) Os dois autores foram considerados exceções, uma
vez que centravam suas obras muito mais na des-
crição e na problematização do viés social (rural e
urbano) da realidade brasileira.
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capítulo 14
O período entreguerras (1918-1939)
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4. Entre os fatores, é possível mencionar:
• a especulação financeira;
• a superprodução industrial;
• a desaceleração do consumo;
• a quebra da Bolsa de Nova York;
• a diminuição das exportações para a Europa.
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8. Com a implementação do New Deal, foram adotadas
as seguintes medidas:
• maior intervenção do Estado na economia;
• realização de inúmeras obras públicas para gerar
empregos;
• criação do seguro-desemprego e do salário mínimo;
• criação de agências reguladoras da economia;
• financiamentos para a agricultura.
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12. Ao exaltar a figura de Mussolini, o texto evidencia o
culto à personalidade do líder. Além disso, sobressai
o nacionalismo ao afirmar que “surge o Estado dos
italianos” e seu caráter militarista e expansionista ao dizer
que “seu império está em formação”. A centralização do
poder na figura do líder se opõe ao modelo democrático
que pressupõe a participação ativa da população nas
decisões políticas.
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16. Nos anos que se seguiram à Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), uma série de tratados internacionais foram
assinados pelos países envolvidos. Entre eles, o Tratado de
Saint-Germain (que versava sobre o desmembramento
do Império Austro-Húngaro) e também o Tratado
de Versalhes (que impunha duríssimas sanções à
Alemanha — considerada a principal responsável pelo
conflito). Esses tratados foram totalmente rechaçados
pelo Partido Nazista no item 2 de seu programa, pois
eram considerados uma espécie de complô dos países
vencedores da guerra contra os povos de raça ariana
(no caso, alemães e austríacos), e que, por isso, deviam
ser revogados.
Já os itens 4 e 5 do programa nazista faziam menção
à questão racial, considerada central para os ideólo-
gos do partido. Declaram, abertamente, o dever do
Estado de excluir as minorias não alemãs (em especial
os judeus) de quaisquer direitos de cidadania ou de
livre circulação.
Com a ascensão dos nazistas ao poder, o programa
partidário foi paulatinamente imposto ao país, sobretu-
do após a adoção das chamadas Leis de Nuremberg
(1935), quando as ações antissemitas foram oficialmen-
te postas em prática. Entre elas, pode-se mencionar:
confiscos de bens e propriedades da comunidade ju-
daica (colocadas à disposição do Estado); a exigên-
cia da exibição de uma “estrela de Davi”, costurada às
vestes, em locais públicos; a proibição de judeus como
funcionários públicos; a exclusão de obras artísticas e
literárias de autores judeus; e, ainda, a oficialização de
um programa de propaganda antissemita, fomentado
pelo Estado e veiculado em todos os meios de comu-
nicação.
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