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Page 1: Resumo

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR REINALDO RAMOS – CESREI

CURSO: PUBLICIDADE E PROPAGANDADISCIPLINA: TEORIA DA COMUNICAÇÃOPROFESSOR: ROSTAND MELO

Aluno (a): IVANY BARROS LUCENA JUNIOR

2010.1 – 2º. PERÍODO

RESUMO DESCRITIVO – O OBJETO DA COMUNICAÇÃO / A COMUNICAÇÃO COMO OBJETO

FRANÇA, Vera Veiga. O objeto da comunicação/a comunicação como objeto. In:______ HOHLFELDT,Antonio , MARTINO, Luiz C., FRANÇA Vera Veiga (Org.). Teorias da Comunicação. Petrópolis: Editora Vozes, 2003. p. 39-59.

CAMPINA GRANDE – PB.2010.

O OBJETO DA COMUNICAÇÃO/A COMUNICAÇÃO COMO OBJETO

Page 2: Resumo

O que é comunicação? Em um primeiro momento tendemos a explicar comunicação como sendo um objeto de prática diária, que podemos tocar, ver, ouvir. É um jornal, uma revista, um outdoor, programas de televisão, as conversas que temos no nosso dia-a-dia. Essa seria uma primeira resposta a nossa questão. Mas os objetos não estão soltos e pré-definidos. Eles são capturados e remontados por nossos olhares e nossa maneira de ver. A afirmativa que faz relação entre a comunicação e os meios de comunicação ou realidade mediática é amplamente aceita. Mas como explicar e nomear o que faziam os nossos antepassados? Pintando as cavernas, em seus ritos religiosos ou de guerras, não estariam já antes dos meios de comunicação se comunicando? É claro que o homem sempre se comunicou. A modernidade não criou a comunicação, só ampliou o campo de atuação e trouxe questionamentos. Até o início do séc. XX as diversas áreas de atuação do campo de comunicação eram tratadas separadamente. Por que agora reunir todas essas áreas sob a denominação de comunicação? O rótulo comunicação diz algo mais que a nomeação da prática? Retomemos então a nossa questão principal. Se nossa primeira resposta nos remete a um objeto empírico, é importante dizer que a comunicação também é um conceito, uma representação dessas diferentes práticas. Um modelo de apreensão. O objeto da comunicação não são só os objetos comunicativos do mundo, mas também uma maneira de apontá-los, entendê-los e também de se criar conceitos sobre eles. O objeto e o conhecimento: O conhecimento é qualidade exclusiva dos seres humanos. E pressupõe a existência de sujeito, objeto e de um problema. O saber é o resultado da relação que se estabelece entre o sujeito e o objeto à medida que resolvemos o problema. O caminho para o conhecimento não é uma via única. E sim um cruzamento entre os caminhos do objeto empírico e o modelo de apreensão. Aprendemos com nossa vivência no mundo, mas também através de processos mediadores como as artes e atos místicos e espirituais, além de esquemas prontos e métodos específicos. Essa ultima se denomina conhecimento cientifico. O conhecimento cientifico visa ultrapassar a carga de aprendizado que absorvermos com nossas relações interpessoais e nossa exposição aos meios de comunicação. A ciência aplicada à comunicação, se distancia das experiências do dia-a-dia para um aprofundamento minucioso e sistemático da realidade. É necessário no entanto retificar que a ciência é um fenômeno social e histórico, sujeito a condicionamentos, influências, é parcial e sujeita a erros, mas a medida que segue rigorosamente seus próprios métodos, com autocrítica sobre seus resultados, constrói sem dúvida um caminho para uma melhor compreensão da realidade. Ou seja, se afasta da realidade para compreender melhor a realidade. Há uma relação entre ciência e prática. Uma teoria sem prática seria pura abstração, e a ação no mundo sem a teoria, seria ação irracional não humana. A teoria não se propõe a substituir a prática, e sim antecipá-la e mostrar os caminhos para sua execução. Quando a modernidade traz o homem ao centro do mundo, a palavra ganha importância fundamental. A modernidade transformou a comunicação em um problema. O surgimento e as dificuldades da teoria: Num esforço para tentar compreender melhor a comunicação, começam a aparecer teorias, estudos sobre ela. Essa trajetória tem sido repleta de obstáculos. Começando pelas tensões e contradições que habitam em algumas áreas da comunicação e pela relação muitas vezes conflituosas entre teoria e prática. Uma primeira questão a ser analisada são os pontos que foram apresentados como bases para a criação da comunicação como área de estudos. Em um primeiro momento vieram os cursos de formação de profissionais da área de comunicação e então as teorias e uma abertura no sentido humanista social. Um outro fator problemático é a extensão e a diversidade do campo prático da comunicação, as inúmeras atividades profissionais, os diferentes veículos, as várias linguagens. Isso torna quase impossível a criação de modelos e estruturas para englobar todos os pontos de interesse. Como agravante soma-se a esse fato a velocidade e o dinamismo em que as tecnologias da área de comunicação evoluem e ou se tornam ultrapassadas. Fazendo com que os estudos científicos,

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por serem meticulosos, não acompanhem tal mudança. No ambiente acadêmico a comunicação enfrenta varias contradições na formulação de teorias, conflitos entre teoria e prática. E também a fragmentação do campo de estudos que formulou a teoria da comunicação é um problema para o reconhecimento da comunicação como ciência. A comunicação pode ser vista como uma nova disciplina? Os estudos dessa disciplina estão em um campo particular? Eles não estão em nenhum outro campo específico, e a comunicação já possui uma carga de conhecimento específico considerável que trazem marcas das várias disciplinas que deram origem a esse campo. É portanto um campo interdisciplinar. Primeiros estudos da comunicação: breve panorama histórico: O pioneiro dos estudos contemporâneos foi o alemão Otto Groth, em Strasburgo no início do séc. XX. Ele se dedicou a escrever uma enciclopédia do jornalismo, conhecida como “teoria do diário”. Em 1930 começa nos estados unidos a pesquisa voltada para os meios de comunicação de massa, e marcou o nascimento da teoria da comunicação. Alguns nomes que foram importantes no desenvolvimento dos estudos: Paul Lazarsfeld, Harold Lasswell, Kurt Lewin e Carl Hovland. Tais estudos estavam fortemente ligados a motivações políticas e econômicas. Já na, a comunicação de primeira guerra mundial massa teve papel fundamental e persuadiam os jovens a se alistarem para o front. Depois na crise de 29, outra participação fundamental da re-estruturação da sociedade americana com o New Deal. Mas foi na segunda grande guerra que a comunicação de massa atingiu o posto mais importante de todos. Sob a tutela de Goebbels a Alemanha nazista atingia as massas, e com o uso da propaganda para um domínio político-ideologico, dominava toda Europa. Também os aliados lançaram mão da propaganda para vencer a guerra. Com o pós-guerra os americanos continuaram a empregar técnicas de propaganda aprimoradas de Goebbels em suas guerras. Logicamente esse é só o começo dos estudos sobre os meios de comunicação em massa. Uma etapa marcada pelo aperfeiçoamento das técnicas de persuasão. Muitos estudos na área da comunicação social e humana se seguiram. Nos Estados Unidos a escola de Chicago e a escola de Palo Alto. Mas esses estudos ainda não partiam da chamada teoria da comunicação, por problemas de sintonia com a problemática formulada na época. Na Europa os estudos não eram tão intensos, só no final dos anos 20 e início dos anos 30 surgiu uma corrente que realmente provocaria impactos culturais na sociedade industrial. A escola de Frankfurt desenvolve uma teoria de contraponto a visão pragmática e positiva americana, e critica a mecanização dos meios de comunicação em massa e a comercialização da cultura. Na França o Instituto de Imprensa cria a perspectiva da análise morfológica dos jornais. Mais tarde surgem importantes reflexões sobre a cultura de massa e uma semiologia dos produtos culturais. Os ingleses estudavam na época a dinâmica da produção cultural nas sociedades contemporâneas, analisar a produção social no âmbito das práticas cotidianas do dia-a-dia. Na América latina, os estudos, que surgem como forte influencia dos norte americanos, passam na década de 70 a ter fortes traços anti imperialista e uma formação marxista. Desenvolve-se a chamada “teoria da dependência”. Esse é um esboço da situação por volta de 1970. O mundo não é mais o mesmo ao final do século. As diversas correntes de estudo da comunicação: A dificuldade de sistemização da teoria da comunicação decorre de sua abrangência e heterogenização. Esse cenário leva a fragmentação nos critérios de estudos da comunicação de massa. Em um determinado momento, tentou-se determinar uma estrutura disciplinar: sociologia da comunicação, psicologia da comunicação, comunicação biológica, e assim por diante. Também a definição com base geográfica: Escola de Chicago, escola de Frankfurt, Escola Latino americana, etc, é comum. A identificação por universidades ou institutos já é um método mais criterioso e observa a especificidade de cada objeto.