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FOTOS FANTÁSTICAS Um Manual Básico de Fotografia Digital
RESUMO Neste material apresentamos tudo o
que você precisa saber sobre fotografia
digital, máquinas fotográficas
(incluindo dicas de compra) e as mais
incríveis dicas para obter as fotos de
seus sonhos – uma super introdução à
fotografia digital.
HERNAN MURUA
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Sumário O que é Fotografar?.................................................................................................................... 4
Elementos da Fotografia ............................................................................................................ 5
Como a Imagem é Registrada? ................................................................................................... 6
CONVENCIONAL: O Filme Fotográfico .................................................................................... 6
DIGITAL : O Sensor .................................................................................................................. 6
CONVENCIONAL x DIGITAL ..................................................................................................... 7
Codificação Analógico > Digital .............................................................................................. 7
Pixel e resolução ..................................................................................................................... 7
Pixel (Picture x Element) ..................................................................................................... 7
Anti Aliasing ...................................................................................................................... 9
Formatos de Imagem ........................................................................................................... 10
Compressão JPEG ........................................................................................................ 11
A Luz e as Cores ........................................................................................................................ 12
Fontes de luz ...................................................................................................................... 12
As cores .............................................................................................................................. 12
A temperatura de cor .......................................................................................................... 13
Balance de branco ............................................................................................................. 14
O que é exposição ............................................................................................................. 15
Tempo de exposição (também chamado de velocidade) .................................................... 16
Sensibilidade ISO .................................................................................................................. 17
Compensação ou back light ......................................................................................... 18
Foco e profundidade de campo ........................................................................................... 19
Zoom: A distância focal ........................................................................................................ 20
Zoom óptico e zoom digital .............................................................................................. 21
Focalização e Profundidade de Campo ................................................................................ 22
Perspectiva ........................................................................................................................... 22
Exposição na fotografia/fotometria ..................................................................................... 23
Tipos de câmeras ...................................................................................................................... 24
Componentes básicos ...................................................................................................... 24
Visor ou monitor LCD/Visor ................................................................................................. 24
Visor interno óptico .......................................................................................................... 25
Memória .............................................................................................................................. 25
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Quadro comparativo: Megabytes X Megapixels ....................................................... 25
Baterias ............................................................................................................................... 26
Quanto dura a bateria? .................................................................................................... 26
Sintomas de bateria fraca:................................................................................................ 26
Flash .................................................................................................................................. 27
Classificação dos tipos de equipamentos ................................................................................. 28
Escolhendo um Equipamento .......................................................................................... 30
Questões para comprar uma câmera nova ...................................................................... 30
Tabela comparativa de câmeras ....................................................................................... 32
Cuidados com os EQUIPAMENTOS ....................................................................................... 33
Como Fotografar? ..................................................................................................................... 34
Analogia: a caixa d’água ....................................................................................................... 34
Função fotografar ou filmar ............................................................................................. 35
Sensibilidade em ISO ........................................................................................................ 36
Modo de exposição .......................................................................................................... 36
Modo de medir a luz......................................................................................................... 36
Foco .................................................................................................................................. 36
Balanço de branco ............................................................................................................ 37
Disparador automático ..................................................................................................... 37
Diferenças do modo automático e modo manual................................................................ 37
A Composição da Imagem ........................................................................................................ 38
Marca de paralaxe - equipamentos amadores ............................................................. 38
Profundidade de Campo ................................................................................................... 38
Enquadramentos clássicos .............................................................................................. 41
Regras de enquadramento............................................................................................... 42
Regra dos Triângulos Dourados ................................................................................. 42
A regra dos terços ......................................................................................................... 42
Dinâmica da direção ...................................................................................................... 44
Ângulos de abordagem ................................................................................................. 44
Mas e na prática como tiro as fotos? ....................................................................................... 45
Como segurar a máquina fotográfica ................................................................................... 45
Dicas para uma boa foto ...................................................................................................... 46
Segure a câmera com firmeza .......................................................................................... 47
Aproxime-se do assunto ................................................................................................... 47
Escolha um fundo neutro e simples ................................................................................. 47
Mantenha as pessoas entretidas ...................................................................................... 47
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Componha um cenário ..................................................................................................... 48
Observe a luz .................................................................................................................... 48
Escolha um ângulo diferente ............................................................................................ 48
Congele a ação .................................................................................................................. 48
Capture sentimentos ........................................................................................................ 49
Faça experiências ............................................................................................................. 49
Dicas gerais para fotografar ................................................................................................. 49
Dicas mais específicas........................................................................................................... 50
Dicas para conseguir as melhores fotos no seu smartphone ............................................... 50
Teste cada detalhe ........................................................................................................... 51
Abuse dos ajustes manuais! ............................................................................................. 52
Abandone o flash .............................................................................................................. 52
Celular novo, lentes novas ............................................................................................... 52
Mudou o sistema? Mude os apps! ................................................................................... 53
Na hora do clique ................................................................................................................. 53
Imprimir e visualizar: guardando as fotos ................................................................................ 54
As alternativas de impressão são: ........................................................................................ 54
Fotos Visualizadas nos Smartphones e Online ..................................................................... 56
Bibliografia ................................................................................................................................ 58
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O que é Fotografar? A palavra Fotografia vem do grego φως *fós+ ("luz"), e γραφις [grafis] ("escrever",
"pintar") ou γραφη grafê, e significa "escrever com luz ". Ou seja, é um método de
registro de imagens através da projeção da luz sobre uma superfície foto-sensível.
Fotografia oferece uma série de atribuições, todos fotografam visando vários
objetivos: recordar um momento, documentar um fato ou um fundamento técnico,
divulgar uma visão de mundo ou simplesmente expor um conceito, uma ideia.
É registrar o cotidiano?
Enxergar detalhes?
Descobrir novos olhares?
Captar flagrantes?
Provocar reações?
É luz e sombra?
Estado da arte?
....
É tudo isso!
É ter a oportunidade de guardar as boas lembranças (No Japão, chega a favorecer a
aprovação de pedido de casamento), é memória, é paixão.
Mas acima de tudo é prática. Muita prática.
De uma forma geral nós podemos pensar que a fotografia pode:
Transmitir um pensamento, uma ideia;
Ser uma denúncia.
Registrar um momento ou uma situação;
Contar uma história, narrar um fato.
Reviver uma viagem;
Conhecer algum lugar distante,
Compartilhar seus momentos
Vender um produto;
Retratar uma pessoa;
Lembre-se que antes de pegar sua câmera
você deve pensar bem qual o objetivo de sua fotografia, pense na fotografia como um
texto que deve ser bem escrito, independendo de seu objetivo, faça sua fotografia
com cuidado pensando sempre em sua composição fotográfica que é a seleção e os
arranjos agradáveis dos assuntos dentro da área a ser fotografada.
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Os arranjos são feitos colocando figuras ou objetos em determinadas posições. Às
vezes, na mudança do ângulo de tomada, você pode deslocar sua câmera
suavemente, acarretando uma mudança na composição.
“Fotografar é colocar na mesma mira a cabeça, o olho e o coração.” (Henri Cartier
Bresson)
Elementos da Fotografia Os elementos básicos da fotografia são:
a câmera,
o sujeito ou objeto fotografado,
a luz e
o fotógrafo.
Dito de outra forma, a fotografia é um método para uma pessoa captar uma
determinada luz, advinda de dado objeto, com um certo aparelho.
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Como a Imagem é Registrada? Atualmente, fotografias podem ser registradas por meio de filmes ou papéis
fotossensíveis (equipamentos convencionais) ou por sensores de imagem
(equipamentos digitais).
CONVENCIONAL: O Filme Fotográfico O filme negativo fotográfico em cores é
composto, basicamente, por uma base
plástica transparente e de três películas
sensíveis à cada uma das cores primárias,
compostas de emulsões à base de sais de
prata (virgem), como elemento fotossensível,
e de gelatina, como veículo.
Cada uma dessas películas possui camadas com corantes com as cores primárias
negativas (mais sobre isso no capítulo seguinte), que atuam como filtros. Só passam
pelos filtros as informações de cores diferentes da cor do mesmo. Portanto, cada uma
das camadas só registra nuances cromáticas de cores semelhantes à mesma.
DIGITAL : O Sensor Nas câmeras digitais, no lugar do filme fotográfico, há um ou mais sensores de
captação de imagens do tipo CCD
(Charged Couped Device) ou CMOS
(Complementary Metal Oxide
Semiconductor). No caso do CCD,
cada célula forma um ponto (pixel)
sensibilizado analogicamente, cujo
valor é mensurado e convertido para
sinal digital. A imagem final é
composta, portanto, pelo conjunto desses valores e de outros atributos extras
necessários à formação do arquivo. Já o CMOS é composto por vários transistores
para cada pixel que amplificam e movem a carga por fios condutores. Como o sinal já
é digital, dispensa a conversão e, com efeito, permite captações mais rápidas (refresh
time). Assim como ocorre com os filmes fotográficos, também, há filtros de cores para
captação das cores (em RGB, RGBK etc.).
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CONVENCIONAL x DIGITAL Fotógrafos mais conservadores
ainda defendem a qualidade da
fotografia convencional como
superior, tal como ocorre, ainda,
com outros profissionais ao
preferirem a fotografia em preto
e branco. Na verdade, se
levarmos em conta uma mesma
resolução e óptica, a fotografia
digital (1:4000 = 12 pontos de f)
possui uma faixa dinâmica bem maior do que a convencional (1:32 = 5 pontos f),
conforme se pode observar na tabela ao lado, segundo a PMA (Photo Marketing
Association). Essa vantagem para o digital permite captações com detalhamento mais
fino, com sombras bem mais suaves e menos contrastadas, capazes de amostrar
detalhes antes ocultados pela fotografia em cores tradicional.
Codificação Analógico > Digital Como apresentado antes, no caso da
captação por CCD há a necessidade de
digitalização da imagem. Cada pixel é
formado, basicamente, pelos valores
analógicos de cada uma das cores
(normalmente pelo RGB – veja no capítulo
seguinte). Esses valores são digitalizados,
de sorte a amostrar milhões de
possibilidades de cores, são agrupados e, por fim, recebem os cabeçalhos e rabichos
de fechamento dos arquivos digitais, formando o arquivo final, sem compressão.
Pixel e resolução
Pixel (Picture x Element)
Pixel é o elemento que forma a imagem digital, assim como a prata forma a
imagem no filme. Tem um formato quadrado e são alinhados um ao lado do
outro. É a menor parte de uma imagem. É um microponto, ou um ponto discreto de
uma imagem.
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A quantidade de pixel determina o tamanho da imagem
digital. Podemos concluir que a unidade de medida da
imagem digital é em pixels e a unidade de medida da
fotografia é em cm ou polegadas.
Exemplo: A imagem com 1200x1600 é menor que a
imagem com 2400x3000.
Resolução
A resolução determina na câmera digital o tamanho da imagem em pixel, com
objetivo de gerar o tamanho da foto no papel conforme a necessidade do cliente.
Uma câmera digital com resolução máxima de 8MP, significa que o sensor CCD tem
8 milhões de pixels com três canais de cores (RGB) cada. Quando reduzimos a
resolução, por exemplo, de 8MP para 5MP estamos agrupando os pixels, logo,
transformando o espaço com 8MP para 5MP. Sendo assim, os pixels ficaram
maiores e de menor quantidade, reduzindo o tamanho da foto final.
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Anti Aliasing Como o formato original do pixel é
quadrado, as imagens digitais
formadas tendem a “serrilhar” os
detalhes finos. A solução para
disfarçar esse efeito indesejado foi
em inserir pixels com valores
intermediários nos contornos dos
detalhes, formando uma escala em
degradê.
Podemos ver isto nas figuras
abaixo
Letra A à esquerda sem anti-
aliasing e à dieito com anti-aliasing
Em uma imagem o efeito é ainda
maior
Aliased
Anti- Aliased
Mito :
Quanto mais megapixels,
melhor a câmera
A confusão acontece pois os megapixels
foram a medida escolhida pela indústria
das câmeras amadoras como um ponto
importante de venda. Fica implícito que
quanto mais megapixels, melhor a
qualidade da foto! A verdade, no entanto,
é que esse número não faz tanta diferença
assim. Os megapixels representam,
somente, o tamanho da foto.
O que realmente faz diferença na
qualidade de imagem de uma câmera é o
sensor – a placa eletrônica que substitui o
filme. Sensores maiores e melhores criam
fotos que reproduzem a realidade com
mais nitidez e qualidade. (Outros fatores
que contribuem para a qualidade de uma
foto é a lente utilizada e o uso da luz,
claro.)
Ou seja: uma câmera que tenha 40
megapixels e um sensor ruim vai resultar
em arquivos enormes, mas com baixa
qualidade. Uma câmera com 8 megapixels
e sensor bom vai resultar em arquivos
menores, mas com qualidade superior
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Formatos de Imagem O método de gravar as imagens na memória interna ou no cartão de memória das
câmeras digitais chama-se FORMATO.
São três os formatos mais comuns: JPEG, TIFF, RAW.
JPG: Ótimo, Padrão, Básico TIFF RAW
Os formatos têm como objetivo armazenar o máximo de informações no mínimo
de espaço.
Cada formato possui vantagens e desvantagens diferentes.
A finalidade das imagens determina o formato.
Cada formato usa um esquema de compressão diferente.
O formato JPEG é predominante nas câmeras digitais. Utiliza algoritmos de
compressão para diminuir o tamanho do arquivo da imagem, aumentando assim a
capacidade em quantidades de fotos armazenadas.
O grau de compressão pode ser único e fixo como nas câmeras dedicadas aos
fotógrafos iniciantes. Os graus de compressão (ótimo, padrão e básico) podem ser
definidos pelo fotógrafo nas câmeras avançadas.
A degradação da imagem é proporcional à compressão:
ÓTIMO
A taxa de compressão é
menor, logo a
degradação da imagem
é proporcional a essa
taxa, gerando um
arquivo grande.
PADRÃO
A taxa de compressão é
maior, logo a
degradação da imagem
é proporcional a essa
taxa, gerando um
arquivo médio.
BÁSICO
A taxa de compressão é
elevadíssima, logo a
degradação da imagem
é proporcional a essa
taxa, gerando um
arquivo muito pequeno.
Os outros formatos TIFF e RAW são encontrados nas câmeras digitais dedicadas
aos fotógrafos avançados e profissionais.
JPG:
Várias opções de compressão, com ou sem perda de qualidade.
Arquivos menores.
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Impressão fotográfica, manipulação e internet.
Armazena codificando, reduzindo o tamanho do arquivo.
TIFF:
Sem ou com compressão lzw, sem perda de qualidade.
Arquivos maiores.
Impressão fotográfica e manipulação.
Armazena codificando sem reduzir o tamanho do arquivo.
RAW:
Nome genérico dos formatos de arquivos proprietários das câmeras.
Cada fabricante tem o seu arquivo.
Não podemos manipular.
Dados brutos captados pelo CCD ou ainda um pré-formato.
Negativo digital (imagem latente).
RAW é 1/2 do tamanho do TIFF com qualidade igual.
Compressão JPEG Arquivos de imagem, ou tipo raster, demandam grandes quantidades de memória para
amostragem e formação do conjunto de pixels. Para diminuir o tamanho da
informação, em bytes, usa-se algoritmos de compressão, sendo o JPEG um dos mais
usados, por causa
da qualidade final
dos arquivos e do
alto poder de
compressão. Vide
no diagrama
abaixo, o esquema
de compressão e
descompressão
JPEG.
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A Luz e as Cores A luz é radiação eletromagnética, capaz de provocar sensação visual num observador
normal.
A visão é a reflexão destas ondas diante de uma superfície (Luminância).
As cores (Crominância) que enxergamos acontecem porque estas ondas vibram em
frequências distintas, após incidirem em superfícies de materiais distintos.
Fontes de luz Podem ser naturais, ou artificiais
NATURAIS: ARTIFICIAIS:
SOL
Direta – Luz “dura”, com alto contraste.
Boa para detalhar relevo e texturas.
Indireta – Luz difusa, com baixo contraste.
Boa para fotografar pessoas (atenua as
marcas de expressão, imperfeições e
rugosidades).
LUA
Muito tênue e demasiadamente fraca para
registro.
INCANDESCENTE,
FLUORESCENTE,
VAPOR DE MERCÚRIO,
VAPOR DE SÓDIO,
FLASH (Direta, difusa ou rebatida)
etc.
As cores A visão humana é capaz de distinguir cores a partir do infravermelho, até o ultravioleta
(as cores visíveis no arco-
íris), a partir de três
pigmentos visuais dispostos
nas células cones, no fundo
da retina do globo ocular,
que enxergam as ditas cores
primárias aditivas: vermelho,
verde e azul, que é o padrão
CYM (dos nomes em Inglês
que vemos abaixo).
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CORES PRIMÁRIAS (Cores puras):
POSITIVAS: RGB = Red (vermelho), Green (verde) e Blue
(azul).
A composição destas cores forma todas as outras.
Por sua vez a tela do computador utiliza as cores primárias
negativas ou secundárias.
Cyan, Yellow, Magenta e K-Black.
CORES SECUNDÁRIAS ou PRIMÁRIAS NEGATIVAS:
CMY = Cyan (ciano), Magenta e Yellow (amarelo).
Por ambas as formas conseguimos ver o mundo com cerca de 10 milhões de cores1.
A temperatura de cor
A diferença entre uma luz e outra se chama temperatura de core é medida
normalmente
em Kelvins.
Todo mundo já tirou uma foto iluminada por lâmpada incandescente que ficou
amarelada, não é? Isso acontece porque a câmera não estava preparada para a
temperatura de cor desta fonte de luz
Cada fonte de luz possui uma freqüência de onda diferente, fazendo com que os
objetos sejam vistos, pelas suas respectivas reflexões, com cores diferentes das
originais. O físico Lord Kelvin, no século 19, observou que a cor de uma barra de ferro
aquecida nas forjas e fundições era proporcional à sua temperatura, daí a descoberta
de que há uma relação entre
temperatura e cor . Ele criou uma
tabela capaz de medir os desvios
de proporção da luz branca, a partir
de uma barra de ferro sendo
aquecida. Da cor negra, abaixo dos
1000o Kelvin, a medida em que ia aquecendo a barra de ferro, passava a emitir
1 Judd, Deane B.; Wyszecki, Günter (1975). Color in Business, Science and Industry. Wiley Series in Pure and Applied Optics (3rd ed.). New York: Wiley-Interscience. p. 388. ISBN 0-471-45212-2.
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irradiação luminosa, com cores variáveis, do vermelho (1200 K), ao azul (11000 K),
conforme o gráfico.
Imagens iluminadas com fonte luminosa natural, do sol ao meio dia e à sombra, por
exemplo, produzem uma imagem tendendo à cor branca. Já ao crepúsculo, produz
imagens avermelhadas. De forma análoga, cada fonte luminosa produz um padrão
cromático distinto.
Veja a tabela abaixo com alguns exemplos desses efeitos com as fontes luminosas
mais comuns:
Balance de branco
O balanço de branco existe porque
existem vários tipos deluz e,
dependendo da luz que bate na nossa
cena, as cores podem ficar diferentes.
Isso acontece porque cada tipo de luz
tem uma temperatura diferente.
O cérebro humano, ao receber os
pulsos nervosos normais com a
imagem, automaticamente, ajusta o
balanço de cor, fazendo com que as
cores pareçam mais reais e naturais,
baseando-se nas luminâncias mais
altas, deixando-as brancas. Por esse
motivo, não percebemos esses efeitos.
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Os equipamentos fotográficos e
filmadoras, que corrigem, manualmente
ou automaticamente, essas aberrações
naturais, para que as cores pareçam mais
reais. Quando esse ajuste é feito
manualmente, usa-se o termo “bater o
branco” ou “White Balance setting”.
O que é exposição É o ato de expor o sensor ou o filme fotográfico a uma quantidade exata de luz, de
forma a excitá-lo plenamente e sem excesso, para que uma imagem seja bem
registrada. A exposição é a forma como controlamos a luz que forma uma fotografia.
Conseguimos ver o mundo porque tudo reflete. Cada objeto reflete a luz de um jeito
e é assim que conseguimos ver diferentes formatos e cores.
Toda vez que vamos fotografar, a luz passa pela lente e chega ao sensor da
câmera. Cada pedacinho de luz contém um
pouco de informação: é a luz refletida dos
objetos que está indo até o nosso olho e,
também, até a nossa câmera, para se
transformar na imagem que está a nossa
frente.
Caso falte luz (subexposição), as áreas mais
escuras da imagem vão se esmaecendo,
proporcionalmente à falta de luz, chegando a
não ser sequer registradas. Do contrário, caso
haja excesso, as partes mais claras são
sacrificadas, até que cause um quadro
completamente branco.
Não podemos deixar passar luz demais ou
nossa foto ficará superexposta.
Ou seja: ela ficará muito clara!
Não podemos deixar passar luz de menos ou
nossa foto ficará subexposta.
Ou seja: ela ficará muito escura!
Às vezes, usamos isso de propósito. Mas a princípio buscamos fotos com uma
exposição balanceada.
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Tempo de exposição (também chamado de velocidade) É o tempo que o diafragma da lente fica aberto, expondo o sensor à luz.
O tempo de exposição é super simples de entender: quando mais tempo você deixar
o diafragma aberto, mais luz vai entrar e expor o sensor. Se você deixa menos tempo,
menos luz entra.
A velocidade é indicada em segundos, como 1s, 2s, 30s, etc. Velocidades mais
rápidas são dadas em frações de segundos: 1/2s, 1/4s, 1/8s, 1/15s, 1/30s, 1/60s,
1/125s, 1/250s, 1/500s, 1/1000s, 1/2000s... As câmeras modernas passam de
1/4000s, 1/8000s Como o tempo de exposição normalmente se mede em frações de
segundo, a maioria das câmeras mostra somente a parte de baixo da fração.
Ou seja: se estou deixando meu sensor ser exposto à luz durante 1/100 de segundo,
a minha câmera vai mostrar somente o número “100”.Quando passamos a lidar com
exposições mais longas, de 1 segundo ou mais, a câmera mostra com uma apóstrofe:
1’ é um segundo.
Em situações de pouca luz, na tentativa de evitar fotos escuras, devemos aplicar
velocidades baixas que é para o diagrama ficar aberto por mais tempo e a fraca luz
ambiente agir mais prolongadamente sobre o sensor. O inconveniente é que este
procedimento aumenta o risco de foto tremida ou borrada. Por isso, ao fotografar em
baixas velocidades, recomenda-se focar assuntos capazes de se manter imóveis,
além do uso da câmera sobre tripé.
Além de definir quanta luz entra, o tempo de exposição também cria efeitos.
Ao fazer uma exposição bem rápida, é possível congelar o momento que está a nossa
frente.
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Ao fazer uma exposição
mais longa, tudo que se
move irá ficar
embaçado. Você pode
usar isso ao seu favor
para dar uma sensação
de movimento.
Ao lado, você pode ver
a diferença entre duas
fotos do mesmo
assunto, somente
usando um tempo de
exposição diferente.
O tempo de exposição e os efeitos
Sensibilidade ISO
O número ISO (sigla de International Standards Organization) determina a
sensibilidade do sensor da câmera em capturar a luz. Quanto mais alto o número ou
fator, maiores as possibilidades de fotografar cenas pouco iluminadas e maiores as
chances de evitar imagens tremidas ou borradas. Isso porque ao elevar a
sensibilidade a imagem será capturada mais rapidamente, o que reduz o tempo em
que câmera e assunto deverão permanecer imóveis e, consequentemente,
aumentam-se as chances de imagens nítidas.
Daí chamarmos de "lentes rápidas" as que ostentam altos fatores, e de "lentas" as
limitadas a números modestos. Em câmeras digitais da faixa econômica a escala ISO
costuma ir até o fator 400, chegando ao 800 nas intermediárias e atingindo 1.600 ou
5000 nas top de linha. O problema é que, quanto maior seu número, maior a tendência
de produzir superfícies granuladas ou ruídos (noise) nas imagens. Isso nos obriga a
quando o objetivo for obter imagens límpidas, fotografar em ambientes
adequadamente iluminados e reduzir ao máximo o fator ISO.
Sensibilidade lenta - ISO 25 a 125 – Grão fino e grandes ampliações com
excelente qualidade, são utilizados nas fotografias de objetos estáticos,
(produtos, natureza morta e paisagens)
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Sensibilidade média - ISO 200 a 800 – Grãos com tamanho razoável, servem
para todos os tipos de fotografias em condições normais de luminosidade.
Sensibilidade (ISO)
Sensibilidade altíssima - ISO 1600 a 3200 – Grãos têm tendência a estourar,
podendo produzir resultados interessantes, por exemplo em retratos. Opção
para fotografar em ambientes com pouca luz. É indicado para shows e fotos
de ação, situações onde é preciso usar velocidades de obturação altas.
Tabela de abertura, velocidade e ISO
Compensação ou back light Praticamente, todos os recursos automáticos falham, por mais precisos que sejam os
sensores de distância e de fotometria. Isso ocorre porque, na
verdade, a câmera, por mais que seu programa se esforce,
não sabe, exatamente, qual é o objetivo
do fotógrafo.
Em composições com predominância de
cores escuras, caso o fotógrafo queira
registrar um pequeno objeto claro, haverá
a tendência de “estourar” a luz no objeto,
porque o sistema automático da câmera
tentará clarear o restante da composição (que preenche a maioria
do quadro). De forma análoga, objetos dispostos diante de uma
forte contraluz, a câmera tenderá cortar o excesso de claridade
do fundo, deixando o objeto principal ainda mais escuro, conforme se pode notar na
foto à esquerda.
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Para corrigir essas aberrações de interpretação em situações críticas, algumas
câmeras contam com recursos especiais, como Anel de Compensação (presente em
equipamentos mais avançados, que, geralmente, permite correções de +2 a –2 pontos
de correção) ou com a função Back Light (que, geralmente, aumenta em 2 pontos a
exposição para situações de contra-luz), conforme se pode ver o resultado na foto à
direita.
Foco e profundidade de campo
Estas variáveis definem a nitidez da foto: onde fica a nitidez (foco)? quantas partes
da foto ficarão nítidas (profundidade de campo)?
Foco: Quando tiramos uma foto, geralmente queremos que nosso assunto
principal esteja nítido e visível. Para isso, fazemos o foco nele.
Profundidade de campo: define o quanto os objetos “próximos” do foco
principal da foto estarão focados também. Ela é chamada carinhosamente de
DOF (vem de “depth of field”, ou “profundidade de campo” em inglês.)
É possível fazer o foco de forma manual ou automática. No modo manual, você gira
o anel de foco da lente até que a parte que deseja esteja nítida. No modo
automático, você aponta para o assunto, aperta o botão disparador até a metade
para que a câmera faça o foco, e depois pressiona até o final para bater a foto.
Procure no manual da sua câmera todas as possibilidades de controle de foco que
ela permite.
Um DOF maior significa que mais coisas atrás e à frente do seu foco principal
também ficarão definidas.
Um DOF menor significa que tudo que estiver atrás ou à frente do seu foco principal
ficará com menor definição.
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Na comparação ao lado, você vê a diferença entre duas fotos com profundidades de
campo diferentes. O foco foi feito no tamborzinho nas duas imagens
Dois fatores principais influenciam na profundidade de campo:
Abertura
Aberturas maiores (como f/1.8) diminuem a profundidade de campo. Aberturas
menores
(como f/22) aumentam a profundidade de campo.
Proximidade com o objeto Quanto mais próximo você estiver do objeto fotografado,
menor será o DOF. Usando a mesma abertura, uma foto tirada mais de perto terá
um DOF menor do que uma foto tirada mais afastada.
Zoom: A distância focal
Conhecida como “zoom”, a distância focal define o campo de visão de uma lente. A
distância focal é medida em mm (milímetros) e define o campo de visão de uma
lente. Quanto maior o valor, mais fechado será o ângulo de visão. Quanto menor,
mais aberto.
Por exemplo:
Uma lente 10mm tem um ângulo
bem aberto de visão, e é muito
utilizada para fotos de paisagens.
Já uma lente 400mm tem um
ângulo bem fechado, e é usada
para fotos de assuntos que estão
bem longe (como um jogador de
futebol ou um leão na selva.)
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Zoom óptico e zoom digital
O zoom óptico é um movimento interno das
lentes mudando o ângulo de visão da objetiva,
sendo, um grande ângulo de visão chamado
de grande angular (W) Wide ou um pequeno
ângulo de visão chamado de (T) Tele.
Exemplo: Em um ambiente pequeno o
indicado é a posição grande angular. Para um
local distante como um campo de futebol o indicado é uma tele.
Os ângulos de visão são representados por números em milímetros, exemplo 34mm
à 102mm. O termo equivalente quer dizer que o zoom de 34mm a 102mm equivale a
câmera de filme 135.
A potência do zoom é medido pelo número de vezes que ele consegue aumentar a
imagem.
Exemplo: O zoom óptico de 3x (34mm x 3 = 102mm , logo , 34mm a 102mm).
O zoom óptico aumenta a imagem criando uma ampliação óptica e projetando no
CCD para ser capturada. Este é um processo de imagem real e não compromete a
qualidade em tamanha escala.
O zoom digital aumenta a imagem criando uma ampliação artificial partindo da
imagem no sensor CCD. Este efeito digital compromete a qualidade em tamanha
escala.
Você pode ver alguns exemplos de distâncias focais. O fotógrafo está sempre à
mesma distância do assunto: a única coisa que muda é a lente
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Focalização e Profundidade de Campo Uma boa foto depende principalmente do foco. Mesmo que a composição e a luz
estejam perfeitas, se o motivo principal estiver borrado ou fora de foco o resto não
importará. Apesar da maioria das câmeras terem auto-foco – dispositivo de focagem
automática – é necessário compreender suas limitações para que você possa evitá-
las ou corrigi-las com foco manual. Uma objetiva é capaz de deixar nítido apenas um
plano de cada vez. Tudo que estiver à frente ou atrás desse plano estará tecnicamente
fora de foco – e cada vez mais fora de foco conforme a distância aumentar do plano
de foco. Para nossa alegria, nem tudo é tão dramático. Na prática, existem vários
planos em torno do plano focal onde a imagem aparece razoavelmente nítida – um
conceito conhecido como profundidade de campo ((Depth of field em inglês, ou
simplesmente DOF). Baixa profundidade de campo: um plano desfocado (primeiro ou
segundo plano). Alta profundidade de campo: campos focados.
Perspectiva A perspectiva é um importante procedimento para se criar sensação de
tridimensionalidade fotográfica. Mediante perspectiva linear, pode-se conduzir o
interesse até o elemento principal guiando a atenção do observador. Para tal,
devemos considerar os seguintes tipos de linhas: -As diagonais, que criam sensação
de movimento e podem ser usadas como linhas de condução, criando direcionamento
na foto. As curvas, que conferem beleza, graça e elegância, contribuindo ao
movimento e à composição. As curvas em S são outra forma de composição
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harmônica, onde a vista segue suavemente até atingir um foco principal, que devemos
nos assegurar que exista. -As linhas horizontais e verticais, por sua vez, são estáticas.
As horizontais e costumam expressar paz, tranquilidade e harmonia, e as verticais
limitam a profundidade e atuam como barreiras entre a fotografia e a vista
Exposição na fotografia/fotometria
Abertura do Diafragma da lente O diafragma controla a abertura por onde passa a luz que entra na câmera para
produzir a imagem. Quanto maior a abertura, mais luz entra, e vice-versa. Daí
denominar-se "lentes luminosas" as dotadas de grandes aberturas. Em ambientes
pouco iluminados, evita-se fotos escuras ao aplicar as maiores aberturas, que é para
entrar através da lente o máximo possível da pouca luz disponível. Caso você
pretenda se dedicar a fotos de interiores onde nem sempre há luz abundante, uma
dica é buscar câmeras equipadas com lentes mais luminosas.
Quando se aplica grandes aberturas menor é a profundidade de campo, o que
significa que a árvore atrás da pessoa que você fotografa e também objetos que
estejam na frente dela poderão sair desfocados: só ela estará nítida.
Em compensação, se você fotografa com bastante luz ambiente ou usando o flash,
poderá fechar um pouco o diafragma aplicando aberturas menores que beneficiam a
profundidade de campo: a árvore ao fundo e todos os objetos à frente da pessoa
fotografada terão grandes chances de sair tão nítidos quanto ela.
As aberturas são indicadas pelos números “f”. Da maior à menor: f/1, f/1.4, f/1.8, f/2,
f/2.4 f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22, f/32, f/45 e f/64.
Por exemplo, a abertura f/1 é maior que a abertura f/64, onde f/1 é “f” dividido por 1, o
que resulta no “f” inteiro, que é muito maior que o mesmo “f” dividido em 64 partes.
Assim, a abertura f/1 é a maior de todas e, na escala acima, f/64 é a menor, por onde
menos luz irá passar.
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Tipos de câmeras Componentes básicos
Visor ou monitor LCD/Visor
Visor é um monitor colorido e pequeno na parte posterior da
câmera para monitorar o acesso do menu, enquadrar o
assunto a ser fotografado e rever as imagens.
Visor interno eletrônico / EVF
É um visor eletrônico colorido interno que substituiu o visor
óptico, sendo assim tem a vantagem de não cortar o assunto
e também é usado para monitorar o acesso ao menu,
enquadrar o assunto a ser fotografado e rever as imagens.
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Geralmente indicado para quando o ambiente está muito claro ou muito escuro e
também oferece maior firmeza ao fotografar.
Visor interno óptico
Para ambientes claros ou escuros, economizar baterias, indicado para ser usado
quando a cena for de movimento, pois, quando usar o visor óptico devemos desligar
o LCD, sendo assim o obturador estará fechado e quando acionarmos o disparador
a câmera não perderá o tempo para fechar o obturador e depois fotografar.
Memória
O cartão de memória faz o papel do filme fotográfico na câmera
digital. É um chip removível de memória com a finalidade de
gravar e apagar as imagens.
As capacidades de memória em MB ou GB determinam a
quantidade de fotos e o tempo do vídeo a serem armazenados. Existem outros
fatores como o tipo de cena e nível de compactação escolhido que determinam a
capacidade de armazenamento. Quanto maior a sua capacidade de
armazenamento, maior quantidade de fotos podemos armazenar neles.
Existem vários tipos de padrões dos cartões de memória:
SD: Secure Digital (Kodak)
CF: Compact Flash (Canon e Nikon)
MS: Memory Stick (Sony)
XD: Extra Drive (Olympus e Hitachi)
Quadro comparativo: Megabytes X Megapixels
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Baterias Podem ser de três tipos:
Bateria recarregável
Bateria proprietária
Pilhas alcalinas.
A principal característica da bateria é a corrente em mAh
(mili Ampère hora). Quanto maior o número em mAh maior
é a capacidade em fotografar.
A bateria de lítio oferece o dobro da capacidade das baterias de NI-MH (níquel metal
hidreto).
Quanto dura a bateria?
A autonomia da bateria é algo difícil de medir, uma vez que depende do tipo e do
uso dos recursos da câmera.
Veja a relação dos recursos que aumentam o consumo das baterias:
Quando maior for a sensibilidade em ISO.
As exposições mais longas.
Disparos em sequência.
Disparos com flash.
Muito movimento com zoom
Maior resolução
Maior compactação
Visualização das fotos com frequência.
Sintomas de bateria fraca:
Tempo maior para focar
Foco não é encontrado em ambientes mais escuros
A câmera fica lenta em geral
Observar sempre o indicador de carga de baterias
Tempo maior para recarregar o flash
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Flash
O flash é o meio mais portátil e favorável de se
adicionar luz à cena. Ele ilumina a cena, corrige um
contra luz e suaviza as sombras do sol. Fornece luz
balanceada (temperatura de cor da luz do dia = cor
branca), para situações de baixa luminosidade. Pode
gerar iluminação muito dura (luz “chapada”, com altos
contrastes, deixando a imagem muito plana). Esses efeitos indesejados podem ser
atenuados pelo uso de difusores ou de rebatedores, presentes nos modelos
profissionais.
O flash pode ser embutido ou externo. Pode haver um recurso de compensação do
flash. (-2, -1, 0, +1, +2).
Os ajustes podem ser:
Auto
Preenchimento
Desligado
Redutor de olhos vermelhos.
Alguns modelos fazem leitura do ambiente, de sorte a adequar a intensidade
luminosa às condições de iluminação do ambiente e ao valor do diafragma
previamente escolhido. Outros ainda possuem a capacidade de ajustar o foco,
automaticamente, em função da distância focal do zoom e, ainda, de trocar
informações com as câmeras monoreflex (sistema TTL – Through the lens), para
garantir um melhor ajuste automático.
RED EYE REDUCTION: Há um efeito desagradável que ocorre com as câmeras
compactas, cujo flash embutido, por necessidade de projeto de desenho, fica disposto
muito próximo da lente, que deixa as pessoas com os olhos vermelhos. Esse efeito
ocorre porque o ângulo de reflexão da luz está muito fechado, fazendo com que a luz
do flash ilumine, diretamente, o fundo do olho e retorne direto para a lente. Como o
globo ocular é irrigado por vasos sangüíneos, resulta na cor vermelha da pupila. Para
evitar esse efeito, algumas câmeras possuem um recurso chamado de Red Eye
Reduction (redutor de olhos vermelhos), que consiste na emissão de um foco de luz
ou de pequenas rajadas de flashes, para que, por esse estímulo, as pupilas se
contraiam e atenuem esse efeito.
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Fotografia com flash Nem sempre o flash precisa
ser a luz principal e única de
uma cena. Mesmo numa
praia ensolarada, o uso do
flash pode ser muito útil
para correção de sombras
muito duras. A luz do flash,
portanto, pode e deve ser usada como luz de enchimento ou de correção de
sombras, para conseguirmos detalhar relevos e texturas ocultas pela sombra.
Explore a iluminação ambiente interna, à noite, abaixando a velocidade até que
consiga segurar a câmera sem tremer e explore diafragmas e rajadas de flash mais
brandas, para registrar toda a cena, evitando que o fundo fique escuro demais.
Classificação dos tipos de equipamentos A classificação que nos interessa nesta é quanto ao uso, podendo ser:
AMADORES
Dotada de recursos automáticos para facilitar a vida do fotógrafo, tais como foco,
velocidade, abertura e ajuste de ISO automáticos ou fixos. São muito limitadas.
PROFISSIONAIS
Uso de recursos manuais e automáticos, respectivamente, para oferecer controle total
da exposição e para facilitar a vida do fotógrafo, tais como ajustes de foco, velocidade,
abertura e de ISO ou ASA automáticos ou fixos.
A maior característica de um equipamento profissional é a presença do SLR - Single
Lens Reflex - (monoreflex), na qual a imagem enquadrada passa pela objetiva e
chega, por meio de espelhos, antevisor (ocular). Tal recurso favorece o
enquadramento e a certeza do foco, evitando o erro de paralaxe.
Uma classificação mais extensa divide estes em quatro tipos amadores e dois tipos
profissionais
Amadoras Profissionais
Iniciante
Amadora (propriamente dita)
De bolso
Avançada ou Semi-Profissional
Profissional (propriamente dita)
Elas estão descritas abaixo
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Iniciantes:
Para fotografar todos os momentos da vida de forma
doméstica em ambientes internos ou externos. Devido à
simplicidade de uso, é ideal para quem quer apontar e clicar.
Oferecem resolução de 3MP a 5MP para fotos até 30x40cm à
50x75cm, totalmente automática, controles simples, fáceis de
usar.
Exemplo: Câmera digital KODAK C310.
Amadoras:
Para fotografar todos os momentos da vida de forma
doméstica em ambientes internos ou externos, interagindo
com os recursos nos modos de cena programados pela
câmera.
Exemplo: Câmeras Digitais KODAK C340 e C360.
De bolso:
Para fotografar tudo de forma discreta, já que podem ser
transportadas no bolso. É uma câmera compacta, leve,
sofisticada e simples de operar.
Exemplo: Câmera Digital KODAK V530 e V550.
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Avançadas ou semi-profissionais:
Para fotografar todos os momentos da vida de forma
criativa, através dos recursos fotográficos. Capacidade de
operar com baixa iluminação, longa duração das baterias,
captura imagens com arquivos TIFF e RAW. São mais
rápidas ao fotografar.
Oferecem alta resolução para fotos até 1MB, controles
fotográficos sofisticados, controles avançados, flash embutido e também externo.
Exemplo: Câmera digital KODAK Z7590.
Profissionais:
Usada por fotógrafos profissionais para fotografar eventos
sociais, produtos, propaganda, estúdio… Geralmente do
tipo REFLEX ou tipo TTL com recursos profissionais.
Exemplo: Câmera Digital KODAK P880 e P850.
Escolhendo um Equipamento
Questões para comprar uma câmera nova
1) Qual será o uso?
Se for para uso amador, qual é o seu nível de exigência? Quais recursos mínimos
deseja que ela tenha? Se for para uso profissional, dê preferência para câmeras do
formato SLR, com ajustes manuais e
automáticos.
2) Custo X Benefício
Quanto pretende investir e o que espera do
equipamento?
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3) Possui Características Importantes:
•Zoom Óptico
• Resolução igual ou acima de 5.0 MP.
Em geral, uma câmera com até uns 6 MP atende perfeitamente à maioria das
demandas. Raramente um usuário amador precisará de imprimir fotos acima de 30x40
centímetros.
Hoje em dia são comuns câmeras com 12 MP ou mais contudo não se deve esquecer
esquece de um bom Zoom ÓPTICO.
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Cuidados com os equipamentos 1) Mantenha-os devidamente guardados em bolsas próprias ou Cases;
2) Não os deixem expostos à umidade ou ao excesso de calor (porta-luvas e porta-
malas de veículos);
3) Evite locais com alta incidência de poeira, ácidos ou sal;
4) Quando for guardá-los por muito tempo, retire as pilhas e guarde-as em local
separado;
5) Evite tocar nas objetivas e lentes.
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Como Fotografar? A questão que mais confunde os fotógrafos iniciantes é que, para expor o filme ou
sensor, os três dispositivos básicos utilizados na exposição (diafragma ou íris,
velocidade do obturador e ajuste de sensibilidade) são GRANDEZAS
INVERSAMENTE PROPORCIONAIS. Desta forma, para melhor explicar,
apresentamos uma analogia desenvolvida pelo autor, como um interessante recurso
didático: A Caixa D’Água.
Analogia: a caixa d’água
Tal como ocorre com a exposição de uma imagem durante um registro fotográfico,
uma caixa d’água conta com elementos semelhantes para que fique 100% cheia. Ou
seja, o tempo gasto para que uma caixa se encha plenamente, sem jogar água fora,
depende do tamanho do recipiente e de quanto aberta está a torneira. Certo?
Desta forma, para encher uma caixa com capacidade de 1 litro de água, por exemplo,
contando uma torneira aberta pela metade, leva-se, hipoteticamente, 3 segundos,
para que se encha sem transbordar.
Caso aumentemos a abertura da torneira para ¾ de vazão, para encher o mesmo
recipiente, o tempo reduzirá em 1 segundo. No mesmo raciocínio, caso fechemos um
pouco a abertura da torneira para ¼, o tempo gasto subirá em 1 segundo, conforme
se pode notar na ilustração ao lado.
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Portanto, a cada passo que damos na abertura ou fechamento da torneira, diminui ou
aumenta em um segundo, respectivamente, o tempo adequado para enchê-la.
Seguindo o mesmo raciocínio, caso o volume da caixa seja aumentado, ou levará
mais tempo para enchê-la com a mesma vazão ou teremos que compensar com uma
maior abertura da torneira. Não é?
Finalmente, pode-se concluir que, com a máquina fotográfica, o registro da imagem
ocorre da mesma forma. Assim como há a abertura da torneira, a máquina fotográfica
conta com a abertura da lente, realizado pelo ÍRIS ou DIAFRAGMA. O tempo em que
o sensor ou película fotográfica ficará exposto é definido pelo ajuste de VELOCIDADE
DO OBTURADOR. Já o volume da caixa d’água foi usado para exemplificar como
funciona o ajuste de SENSIBILIDADE, conforme pode-se ver nas ilustrações a seguir.
De forma análoga ao enchimento da caixa d’água, o ato de fotografar, também, segue
os mesmos efeitos causados por GRANDEZAS INVERSAMENTE
PROPORCIONAIS. A cada passo de velocidade de obturação que é acrescido, ou
seja, que aumenta-se a velocidade de abertura da cortina, faz-se necessário que
compense com um passo de abertura do diafragma ou que aumente em um passo a
sensibilidade.
Recursos mais comuns em câmeras
Função fotografar ou filmar
Possibilita registrar as nossas lembranças em duas
formas diferentes, uma como foto e outra como pequena
filmagem - Modo fotografar, Modo gravar vídeo - com ou
sem Áudio.
As câmeras digitais são câmeras preparadas para
fotografar com resultado final em papel fotográfico ou também gravar as imagens em
CD ou enviá-las por e-mail ou deixar o resultado em um site.
Outra ainda gravar imagens em movimento, resultando vídeos.
Saída de vídeo e áudio
Este é um recurso que permite gravar o som dos vídeos
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Sensibilidade em ISO
Antes de fotografar, temos que determinar a sensibilidade do sensor da câmera
digital, conforme a iluminação do ambiente. Este procedimento pode ser ajustado
para modo manual ou automático:
Modo Manual
ISO 100: para cenas externas, com luz muito forte do sol.
ISO 200: para cenas externas, com luz do sol ou dias nublados.
ISO 400: para ambientes internos com pouca luz.
Modo Auto
Automaticamente ajusta a sensibilidade do sensor da câmera conforme o
ambiente.
Modo de exposição
Este ajuste determina a quantidade de luz que forma a imagem. É uma combinação
entre os elementos internos, diafragma e obturador.
Modo Auto: O fotógrafo não tem preocupação com a luz.
Modo Criativo: O fotógrafo pode interagir com a velocidade e o diafragma.
Modo Programa: O fotógrafo escolhe a programa conforme a cena.
Modo Manual: O fotógrafo faz o ajuste da velocidade do obturador e
diafragma.
Modo de medir a luz
A seleção de medida da luz pode ser:
Multi-pontos: Faz uma avaliação de exposição em toda a cena.
Central: Faz uma avaliação de exposição na região central da cena.
Pontual: Faz uma avaliação de exposição no centro da cena.
Foco
Existem duas posições de ajuste: Auto ou Manual e três zonas de foco:
Multi-zona: Faz uma avaliação do foco em toda a cena.
Central: Faz uma avaliação do foco na região central da cena.
Pontual: Faz uma avaliação do foco no centro da cena.
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Balanço de branco
Recurso disponível capaz de calibrar o branco em relação às diversas fontes de
iluminação, equilibrando as cores das fotos. Os ajustes podem ser:
Auto
Luz dia
Tungstênio
Fluorescente
Nublado
Manual
Disparador automático
É um recurso que retarda o tempo do disparo da foto. Serve para quando o fotógrafo
quer fazer parte da foto.
Exemplo: O fotógrafo fixa a câmera dispara e corre na frente dela para fazer parte
do cenário.
Uma outra aplicação é quando o fotógrafo seleciona uma velocidade baixa do
obturador.
Exemplo: Seleciona 15 de velocidade, ativa o disparador automático, dispara e
depois tem um tempo para apoiar a câmera sem tremer a câmera
Diferenças do modo automático e modo manual O modo de cena mais usado em uma câmara portátil é o AUTOMÁTICO. Isso quer
dizer que a câmera vai escolher e fazer o ponto de foco para você. Vai ajustar
velocidade e abertura de acordo com a iluminação, ajustar o ISO, fazer o equilíbrio de
branco, dizer se precisa do flash ou não, etc. As compactas regulam quase tudo, O
usuário só pode mudar de modo de cena quando deseja - modo noite, crepúsculo,
nublado, macro etc. Mas o fundamental da fotografia, que é velocidade, abertura e
ISO você não tem acesso. Embora cada vez mais, até as compactas estejam incluindo
algumas alternativas simples, as máquinas “semi-profissionais e profissionais
permitem realmente o controle de tudo na fotografia.
Em uma câmara profissional, efeitos do modo MANUAL como os controles de
velocidade e de abertura e o local do foco, permitem resultados muito interessantes.
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A Composição da Imagem Marca de paralaxe - equipamentos amadores
Como nas câmeras compactas a imagem
formada na ocular não passa pela objetiva,
podem ocorrer cortes na composição. A esse
erro, chama-se erro de paralaxe. Para evitar
esses cortes, essas câmeras contam com
marcas de segurança para delimitação do
quadro, chamadas de Marcas de Paralaxe.
Profundidade de Campo Nunca confunda definição da imagem com profundidade de campo. Ter mais ou
menos planos em foco não tem nada a ver com a qualidade da imagem focalizada.
A definição está diretamente
relacionada à quantidade de
planos focalizados, podendo ser
avaliada subjetivamente. Uma
fotografia mais ou menos definida
só poderá ser avaliada por
princípio puramente visual, na
medida em que pudermos
observar menos detalhes nas
suas diversas partes.
O ângulo observado também
varia, tornando-se menor quanto maior a profundidade. Podemos entender isto nas
figuras abaixo:
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Enquadramentos clássicos
Enquadramentos clássicos para as técnicas de cinema e de produção de vídeo são:
Geral, Médio, Americano, Portrait, Close e Big Close.
O corte do
enquadramento
leva em
consideração o
elemento
humano. No
Plano Geral,
interessa é
captar o máximo
possível da
cena. No Plano
Médio, limita-se
à altura da
pessoa. No
Americano, da
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cintura ao final da cabeça. No Portrait ou retrato, enquadra-se a partir do peito. No
Plano de Close, limita-se o quadro na cabeça e no Big Close, praticamente, só a
expressão.
Regras de enquadramento
Há várias regras de enquadramento, duas delas são baseadas grosso modo no
conceito da secção áurea (divisão do espaço em média e extrema razão) que seria
um indicativo de beleza estética, outras buscam equilibrar a composição. Como todas
as regras, estas são aproximativas, contudo, permitem enquadramentos bem
interessantes.
Regra dos Triângulos Dourados Desenhe uma diagonal e una dois cantos opostos da imagem e depois desenhar duas
linhas perpendiculares a unir cada um dos cantos restantes à diagonal. Desta forma
formam-se quatro triângulos que respeitam as proporções douradas.
A regra dos terços Esta lei indica uma ampliação dos planos em foco, além do focalizado 1/3 à frente e
2/3 para trás do mesmo. Esta regra, embora aproximativa, serve como bom ponto de
partida.
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Para aplicar a regra dos terços dividimos hipoteticamente um espaço para fotos em
terços, tanto na vertical como na horizontal e fazemos com que as linhas e os
elementos mais importantes de uma imagem se ajustem de acordo com os terços.
Assim horizontes e outros elementos mais importantes de uma foto, soa postotos
nos terços. No exemplo a seguir, você pode ver a diferença da mesma cena tirada
com o foco principal objeto e adaptar-se a um terço.
O barco que está fora do centro tem mais força, equilíbrio e harmonia. Podemos ver
como a foto da direita tem mais força, localizado no barco em um terço.
Isso não quer dizer que todas as fotos devem ser compensadas, pois em alguns
casos busca-se precisamente a simetria para alcançar harmonia.
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Dinâmica da direção Trata-se de uma técnica que contraria a regra dos terços e consiste na
descentralização do objetivo principal da fotografia, de sorte a deixar uma margem
maior a favor de um olhar ou
de algum objeto em
movimento.
Note que, nas fotos à
esquerda, a composição
incomoda, fica estranha. No
caso da serpente, o
observador não consegue
enxergar o que ela olha. No
caso do ousado piloto, a
ausência de espaço no
sentido do movimento corrompe a imaginação, tanto da altura, quanto para aonde ele
vai. Uma ligeira descentralização, vide imagens à direita, corrige bem a composição.
Ângulos de abordagem Durante a composição, tenha em mente que, ângulos de abordagem superiores ao
assunto principal, inferiorizam o assunto. Ao nível do olhar, estabelece-se um padrão
de igualdade e respeito mútuo.
Ângulos inferiores ao assunto, crescem a importância do assunto, deixando-os
imponentes, superiores ou realçados.
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Mas e na prática como tiro as fotos? Agora que sabemos tudo sobre as máquinas e as fotos, neste último capítulo,
falaremos de todas as dicas praticas para trabalhar as fotos como nós queremos
que elas saiam!
Como segurar a máquina fotográfica Ter firmeza e segurança com o equipamento é a primeira dica para uma foto bem
nítida e focada. A maneira de segurar uma câmera compacta é muito diferente de
uma DSLR (Digital Single-Lens Reflex). O fato de visualizar a imagem em uma tela
de LCD (Liquid Crystal Display) faz com que você segure a câmera compacta em
suas laterais.
No entanto, a maneira mais apropriada de empunhar um modelo DLSR é bem
diferente e requer muita firmeza para garantir estabilidade no ato de fotografar.
Apóie a sua câmera com a palma da mão esquerda. Além
de segurar a máquina, com a mesma mão você será capaz
de manusear os anéis de focalização e de zoom.
Lembre-se de que, dependendo do tamanho, a lente
poderá pesar mais do que o próprio corpo da câmera. Com
a mão direita você fará a empunhadura da máquina e terá
acesso aos controles de abertura e velocidade, além do controle de disparo do
obturador.
O importante é ter estabilidade na hora de fotografar. O erro mais comum é tremer.
Quando você movimenta a câmera sem querer no momento que pressiona o
disparador, corre o risco de ficar com uma foto com uma foto fora de foco ou
tremida. Mantenha a firmeza! Segura a câmera com as duas mãos, assegure-se de
que o horizonte está nivelado quando olhar através do visor ou da tela LCD. Não
hesite em apoiar a câmera em uma superfície firme, seja na mesa que você esta
usando ou na parede ao seu lado.
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Se estiver olhando pelo visor, junte os cotovelos ao corpo e segure a respiração no
momento de tirar a foto. Pressione o disparador com muita, mas muita delicadeza
mesmo.
Pense sobre a posição dos seus dedos. Uma mancha na lente é outra razão
comum para fotos
desfocadas.
Assegure-se de que
a ponta de seus
dedos não está em
cima da lente ou na
frente do flash da
máquina. Mantenha-
a longe da parte da
frente do flash, para
não ficar com uma
imagem escura. Tente segurar firme na lateral ou embaixo da câmera para equilibrá-
la e mantê-la firme.
Dicas para uma boa foto
Deixe a timidez de lado. Pegue a câmera guardada no fundo da gaveta e prepare-se
para fazer grandes fotos.
.
Segure a câmera com firmeza
Aproxime-se do assunto
Escolha um fundo neutro e simples
Mantenha as pessoas entretidas
Componha um cenário
Observe a luz
Escolha um ângulo diferente
Congele a ação
Capture sentimentos
Faça experiências
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Segure a câmera com firmeza Uma mão sem firmeza apertando o botão disparador da câmera
produzirá uma foto tremida. Segure firmemente a câmera com as
duas mãos. Mantenha os braços junto ao corpo para dar maior
firmeza. Aperte suavemente o botão disparador. As fotos sairão
nítidas.
Aproxime-se do assunto Quando em dúvida, aproxime-se do assunto que você vai
fotografar (atenção para a distância mínima recomendada no
manual da sua câmera). Aproximar-se do assunto é,
provavelmente, o passo mais importante para se obter boas fotos.
Tente fazer com que a sua foto diga: "este é o meu assunto".
Preencha um terço ou mais da área da foto com o assunto que você escolheu para
fotografar.
Escolha um fundo neutro e simples Olhe através do visor de sua câmera e examine o cenário de
fundo antes de pressionar o botão disparador. Movimente-se até
eliminar tudo aquilo que possa desviar a atenção do assunto de
sua foto. Experimente escolher como fundo o céu, a água ou a
grama.
Mantenha as pessoas entretidas Fotografe pessoas entretidas em seus ambientes naturais. Mostre
uma criança brincando com sua bicicleta, ou um adulto esculpindo
um objeto, etc. Converse com elas para mantê-las à vontade.
Pergunte o que estão fazendo. Agindo assim, você fará com que elas fiquem
relaxadas em atitudes espontâneas e sem fazer pose.
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Componha um cenário Estude a cena de sua foto. Coloque o assunto principal afastado
do centro da fotografia. Ao fazer fotos de paisagens, acrescente
algumas linhas acentuadas como uma estrada, cerca ou curso de
um rio que direcionem a atenção para o assunto principal da foto.
Observe a luz A iluminação tem uma influência decisiva em sua foto. Estude a
luz antes de tirar a fotografia, como os tons dourados de um
amanhecer ou pôr-do-sol. Verifique como a direção da luz afeta o
assunto: luz frontal (o sol atrás de quem está fotografando), para obter fotos
brilhantes e nítidas; iluminação por trás (o sol por trás do assunto), para criar
silhueta; iluminação lateral (o sol iluminando um dos lados do assunto) para mostrar
a textura do assunto.
Escolha um ângulo diferente Movimente-se até encontrar o ângulo para tirar a foto. O simples
fato de você se curvar, esticar ou abaixar pode melhorar bastante
suas fotos. Comece com a escolha de ângulos diferentes.
Ajoelhe-se ou deite-se no chão para mostrar flores no primeiro plano. Ou, então,
fotografe do alto (da janela do segundo andar de um prédio, por exemplo) para
mostrar os desenhos de uma calçada.
Congele a ação O movimento está em toda parte, um "skatista" fazendo piruetas
no ar e se apoiando em uma das mãos, ou uma gaivota
sobrevoando e mergulhando no mar. Para câmeras com
velocidades do obturador ajustáveis, use um filme de alta
sensibilidade, como o KODAK ISO 400, e a velocidade ajustada
para 1/500 ou 1/1000 de segundo a fim de "paralisar a ação". Pressione o botão
disparador um pouquinho antes do ponto culminante do movimento.
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Capture sentimentos Por que fotografamos alguma coisa? Geralmente porque nos
interessa fotografar tudo aquilo que faz as pessoas se sentirem
felizes ou até mesmo tristes. Ao fazer uma foto, tente captar seu
próprio sentimento.
Faça experiências Regras, regras, sempre regras. Ao fotografar, tenha sempre em
mente que você está sob o controle de uma série delas.
Desobedecer as regras, contudo, pode levar a uma foto bastante
original. ".
Dicas gerais para fotografar
1. Fotografar o mais perto possível. Devemos preencher totalmente o
fotograma, não deixando espaços vazios.
2. Eliminar sempre que puder o fundo indesejado, um fundo mal escolhido pode
estragar um bom assunto.
3. Planejar com antecedência o assunto a ser fotografado. O que eu quero
fotografar, se a luz suficiente, se o ambiente é conveniente, qual o filme para
esse momento e se precisarei de acessórios.
4. Fotos de detalhes como um pássaro, devemos que medir a distância,
focando bem o assunto e depois damos uma abertura grande, entrando
assim mais luz, não desfocando o pássaro.
5. Para fotos de áreas grandes, dependendo do efeito desejado, vamos
combinar a velocidade com a abertura, sempre lembrando que acima de 10
metros a profundidade de campo é considerada infinita.
6. Pessoas devem ser colocadas em destaque, além de deixarmos elas bem à
vontade. As atitudes devem ser naturais, evitar fotos posadas e rígidas.
7. Não se usa flash à noite em locais abertos, só em casos onde o assunto esta
muito próximo.
8. Se tiver dúvida sobre o enquadramento faça a foto em vários ângulos
diferentes.
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9. Para fotografias com velocidade, devemos sempre esperar o clímax da ação.
O clímax é o ponto de parada de um corpo em movimento. Em corridas, o
melhor ângulo é a 45º do assunto
Dicas mais específicas
Para diminuir a profundidade de campo: Use a objetiva com distância focal
acima de 70mm e/ou abra o DIAFRAGMA até conseguir a profundidade
desejada, compensando com o aumento da VELOCIDADE.
Para congelar a cena: Aumente a VELOCIDADE, compensando com a
abertura do DIAFRAGMA.
Para diminuir distorções na imagem: Use objetiva com distância focal acima
de 70mm.
Para capturar cenas sem tremidos: Use sempre um tripé em baixas exposições
ou quando estiver usando uma teleobjetiva ou com zoom muito puxado
Fotografia noturna: A principal característica da fotografia noturna é a
necessidade de compensar a falta de luz. Além do uso do flash, que na maioria
das situações não é proveitoso nem recomendável, o fotógrafo pode interferir
em três parâmetros eficazes:
o 1) Aumentar a abertura do diafragma (reduzindo o valor de f), mas com
limitações devido ao tipo de objetiva, ainda mais que as que permitem
as maiores aberturas (à exceção das famosas 50 mm) são as mais
caras; e mesmo com elas, a abertura máxima nem sempre atende o
que se deseja.
o 2) Aumentar o tempo de abertura do obturador. Essa é a melhor
solução, porém, é imprescindível usar o tripé.
o 3) Aumentar a sensibilidade ISO, o que geralmente provoca ruído e
reduz a capacidade da câmera para registrar os maiores contrastes.
Dicas para conseguir as melhores fotos no seu smartphone
Para quem gosta de tirar fotos, trocar de celular pode ser uma oportunidade de ouro
de melhorar a qualidade das imagens.
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As câmeras desses aparelhos
estão cada vez melhores e cheias
de recursos, sendo que cada
fabricante procura colocar
vantagens extras para atrair mais
usuários para a marca.
Isto é, se para você a câmera é
muito importante, é preciso gastar
algum tempo conferindo as
diferentes funcionalidades de cada aparelho — a maior parte já traz panorama por
padrão, mas alguns celulares oferecem até imagens tridimensionais de ambientes e
gravação em 4K.
Fique atento alguns recursos podem ser desabilitados para economizar bateria, por
exemplo, e outros servem muito mais para impressionar do que para serem usados
de forma prática.
Teste cada detalhe Cada modelo diferente costuma trazer alguma novidade nos recursos avançados da
câmera, então é bom testar tudo antes de sair fotografando.
Além daquelas ferramentas que você vai usar bem pouco no dia a dia — como a
criação de gifs ou de modelos 3D do ambiente —, é bom testar também os ajustes
mais comuns, para saber como o seu telefone se comporta em cada situação. Isto é,
altere o balanço de branco em diversos ambientes, por exemplo, para ter uma ideia
melhor sobre o assunto quando for preciso.
Conhecer bem o seu aparelho
é importantíssimo para que
você não precise usar tudo no
automático, evitando demorar
muito para achar a
configuração ideal mais tarde.
Teste a sua nova câmera de
dia e de noite, em ambientes
com luz natural e artificial e
também em um dia nublado. Dessa forma, você fica preparado para lidar com
qualquer situação no futuro!
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Abuse dos ajustes manuais! Os principais ajustes manuais de aparelhos móveis são o ISO e o balanço de
branco, mas algumas marcas oferecem até configuração de tempo de exposição,
por exemplo. Se você nunca fuçar nos menus avançados do seu aparelho, é bem
possível que não vai conseguir o melhor resultado possível.
Nem todas as câmeras são assim, mas muitos celulares colocam como resolução
padrão um valor intermediário.
Para vídeos, isso pode se inverter: se o seu aparelho for capaz de gravar em 4K, por
exemplo, configure um valor menor como padrão para não criar arquivos muito
grandes sem necessidade. Filmagens no dia a dia podem ser feitas em 720p
tranquilamente – guarde as resoluções mais altas para quando for realmente
preciso.
Abandone o flash A luz de flash em um celular
não é a melhor para capturar
fotografias, embora os
aparelhos mais novos estejam
cada vez mais capazes de tirar
boas fotos em ambientes com
pouca iluminação.
A verdade é que a luz de flash
de celulares não é nem de
perto a ideal para esse fim, então ela pode acabar piorando tudo. Aproveite que
você comprou um novo aparelho e invista também em um pequeno tripé, se você
quiser melhorar ainda mais a qualidade das suas fotografias noturnas sem precisar
usar uma luz artificial.
Celular novo, lentes novas Essa solução é ótima para melhorar câmeras que já são naturalmente boas, então
se você comprou um bom celular e quer ainda mais qualidade, considere comprar
um kit de lentes junto! Elas são vendidas em diversos estilos, mas para melhorar
mesmo o resultado final, o ideal é adquirir um bom par de lentes de vidro ou cristal, e
não aquelas maleáveis.
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Esse tipo de acessório pode
ser grudado atrás do celular
sempre que for necessário e
emula lentes olho-de-peixe,
por exemplo, ou permite
zoom óptico (o que não
compromete a qualidade da
imagem, como acontece
com a ferramenta digital dos
aparelhos móveis).
Mudou o sistema? Mude os apps! Se você usava uma plataforma e migrou para outra, é interessante dar uma boa
olhada na loja de apps do novo telefone para conhecer bem o que está disponível.
Existem muitos bons aplicativos de câmera e fotografia que permitem não apenas
editar as fotos posteriormente, mas também controlar manualmente o equipamento.
Na hora do clique Como decidir quais dessas configurações usar em cada foto?
Ao fotografar, é necessário pensar em cada configuração de acordo com o objetivo
desejado para a imagem final. Antes de clicar, se pergunte:
1. Será que quero mais ou menos profundidade de campo? Qual será a abertura
adequada para esta foto? Com base nisso, escolha a abertura a ser utilizada.
2. Será que quero uma sensação de movimento ou de congelamento? Com base
nisso, escolha o tempo de exposição.
3. Será que equilibrando os dois itens anteriores consigo uma exposição correta?
Com base nisso, equilibre a exposição utilizando o ISO.
É possível equilibrar o triângulo da exposição (abertura, tempo e ISO) em várias
combinações possíveis. A combinação final dependerá do efeito desejado
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Imprimir e visualizar: guardando as fotos Fotos digitais podem ser mantidas em formato eletrônico, o que tem muitas vantagens,
mas também podem ser impressas, como fotos analógicas antigas, quando o objetivo
é, por exemplo, fazer um banner para uma festa, espalhar panfletos ou simplesmente
levar uma lembrança na carteira.
As alternativas de impressão são:
Jato de tinta doméstica
As impressoras a Jato de Tinta domésticas modernas, diferentemente das antigas,
tem uma qualidade boa, entretanto, alguns cartuchos são muito caros e a estabilidade
da imagem pode ser pequena, pouco mais de 2 anos. São úteis para apresentações
e apostilas impressas
Laser colorida
As impressoras a Laser, tais como as impressoras usadas em Finalização (lonas
Night&day e Vinil) têm resoluções, em geral, bem menores do que as impressoras a
Jato de Tinta Fotográfica, mas apresentam boa estabilidade de imagem (resistência
+-5 anos em uso externo). São mais indicadas para provas de peças publicitárias e
para impressão de documentos.
Jato de tinta de finalização
As impressões de finalização apresentam boa estabilidade de imagem (resistência +-
5 anos em uso externo) e menor
custo, por serem impressas em
materiais plásticos (lonas
Night&day e Vinil). Entretanto, a
resolução e a fidelidade de cores
são inferiores às de Jato de Tinta
Fotográficas, por usarem materiais
mais rústicos. Por isso que são
indicadas para peças publicitárias
que precisam de maior resistência
em uso externo e menor custo. Não são indicadas para substituir as impressões
fotográficas.
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Jato de tinta fotográfica
As impressoras a Jato de Tinta Fotográficas usam tintas especiais à base de corantes,
que oferecem excelente qualidade e excelente estabilidade. Imprimem em papel ou
em materiais plásticos. As tecnologias mais recentes oferecem resistência à água e
durabilidade de até 100 anos (uso interno), desde que se utilizem insumos originais
(pouco mais caros). Podem imprimir fotos para uso externo.
Impressoras de sublimação (dye sublimation)
As impressoras de Sublimação Térmica imprimem fotos com
qualidade fotográfica, de excelente resistência e durabilidade.
São bastante rápidas de impressão (menos de 1 minuto) e estão
presentes nas maiorias dos quiosques. São limitadas a larguras
mais convencionais (até 15x21cm.). Alguns quiosques oferecem
recursos de retoques e recortes básicos com interface fácil para
usuários comuns. Entretanto, como os insumos são mais caros do que a fotografia
convencional (química) o custo por foto é maior.
Papel fotográfico O papel é muito importante na impressão das fotos, papeis normais dão geralmente
resultados pobres, papeis glossy e papeis fotográficos melhoram sensivelmente os
resultados em impressoras domésticas (tanto em definição como em durabilidade).
As impressões realizadas em Minilabs, em papel fotográfico, têm qualidade
consagrada. Apresentam excelente relação Custo X Benefício. Os custos de
impressão são mais baixos, têm excelente durabilidade (>60 anos), resolução extra e
são resistentes à água.
Tabela básica de impressão Há uma relação entre o tamanho da imagem em megapixel e a impressão que pode
ser feita sem perda de qualidade, mostrada na tabela seguinte
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Fotos Visualizadas nos Smartphones e Online Cada vez mais comum é deixar as fotos para visualização em um smartphone ou na
internet.
No smartphone a vantagem é tê-las à mão sempre, contudo o compartilhamento é
um pouco mais difícil, exigindo o envio de cada uma das fotos por e-mail ou através
de uma plataforma de
compartilhamento de
arquivo, que não
permitem
comentários,
tornando o sistema
menos pessoal.
Para evitar esse
problema, as pessoas
mantem suas fotos na
internet usualmente nas redes sociais, com seu visual padronizado e estático, ou
como vem se tornando cada vez mais comum, decidem fazer um site personalizado,
com fotos e vídeos, especial para cada evento, que se torna assim, ainda mais
significativo.
Abaixo vemos o exemplo de um desses sites criados para férias dos sonhos em
Orlando. Podemos notar a possibilidade de textos, vídeos e um impressionante
arranjo que torna as fotos ainda mais atrativas.
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Bibliografia BARBOZA Daniel, Curso Básico de Fotografia Digital
FEIJÓ, Fernando Curso Básico de Fotografia
MARTINS, Fernando Curso de Fotografia Digital
MARTIN, Jose Rodrigues Curso de Fotografia Digital
NEMES, Ana Dicas para conseguir as melhores fotos no seu smartphone novo http://www.tecmundo.com.br/fotografia-e-design/72908-dicas-conseguir-melhores-fotos-smartphone-novo.htm
REGINA Claudia, Aprenda a Fotografar em 7 Lições
curso-de-fotografia-senac
http://focusfoto.com.br/wp-content/uploads/2011/10/APOSTILA-MODULO-1.pdf
http://sites.ifi.unicamp.br/laboptica/files/2012/11/DICAS5a.pdf
http://fotografia.glpozza.com/aula/basicopozza.pdf
http://wwwca.kodak.com/BR/pt/consumer/fotografia_digital_classica/para_uma_boa_
foto/curso_fotografia/fotografia_digital/fotografia_digital.shtml?primeiro=1
Wikipedia