revisão de geografia 2º ano
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REVISÃO DE GEOGRAFIA 2º ANO
Módulo 20 Continente africano.
O continente africano é o terceiro maior do mundo. É
banhado a leste pelo Oceano Atlântico e a Oeste pelo
Oceano Índico. Ao norte, é separado do continente
europeu pelo Mar Mediterrâneo; e a nordeste, é
separado da Ásia pelo Mar Vermelho e pelo Canal do Suez, localizado no Egito.
Muitas pessoas conhecem a África pela sua extrema pobreza e miséria, porém poucos sabem o porquê disso.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), dos países
considerados com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) baixo,
todos eles são africanos. Essa situação foi causada, principalmente,
pela exploração colonial e imperialista que ocorreu nesses
paises.
Primeiramente, houve uma dominação colonialista que se iniciou ao final do século XV, quando a população negra que formava as diversas etnias desse
continente foi escravizada e levada para outros lugares, incluindo o Brasil. Essa dominação permaneceu dessa forma até o século XIX, quando uma onda imperialista (chamada também de
neocolonialista) resolveu se apropriar do continente, dividindo o seu território
entre muitos outros países.
Por causa disso, muitos conflitos internos começaram a acontecer, ou em busca de independência, ou entre povos rivais em busca
de controlar um mesmo território. Apesar de antes da colonização
também haver disputas territoriais na África, elas não
eram tão sangrentas e intensas como são atualmente.
O continente africano é amplamente conhecido pelas suas belezas naturais,
principalmente quando se refere à grandiosa vida selvagem.
Porém, o que encontramos de imenso neste continente é uma enorme
diversidade física e sócio-econômica, pois existe neste espaço desde extensos vales férteis, aonde a vida parece não ter fim, até desertos gigantes, como é o caso do
Saara, o maior do mundo.
O termo “berço da humanidade” é dado em razão da África abrigar uma
das civilizações mais antigas e intrigantes do globo, os egípcios, que formaram um poderoso “império” a 4
mil anos atrás. Portanto, toda essa riqueza cultural e natural existente no continente, torna a África um espaço
muito particular.
Em consequência a esta diversidade, não é tarefa fácil dividir
a África por regiões devido a sua heterogeneidade ao longo do
continente. Porém, pode-se definir duas formas básicas de classificação
regional: as questões físicas (localização geográfica) e questões
humanas (cultura/ocupação)
Ao visualizar um mapa da África, pode-se ver que dividir o mesmo por regiões a partir da sua localização espacial nos
sentidos Norte, Sul, Leste e Oeste é bem possível. Dessa forma, classifica-se o continente em cinco regiões distintas quanto a sua posição geográfica: Norte
da África, Oeste da África, África Central, Leste da África e Sul da África.
Norte da África: como o próprio nome já diz, é a área situada ao
norte do continente e que vem a ser banhado pelo Mar
Mediterrâneo, em sua maioria, fazendo parte desta região cinco
países. Também não se pode esquecer que ao sul desta região se
encontra o deserto do Saara.
Oeste da África: é uma região muito confusa do ponto de vista político. São quinze nações que dividem um
espaço caracterizado por áreas desérticas (Saara, ao norte) e florestas
tropicais. Em sua economia local, a exploração de petróleo destaca-se
com uma atividade bem atraente para os países.
África Central: caracterizada pelos inúmeros conflitos da década de 90 que
marcaram profundamente a região, a África Central ficou conhecida no mundo
pelos conflitos no Zaire que o transformaram em República Democrática do Congo. Oito países fazem parte desta região, destacada por grandes florestas tropicais em razão de estar na latitude 0
do globo.
Leste da África: também conhecida como “Chifre da África”, por sua forma física do extremo leste africano, é uma área bem
diversificada por ter países bem estruturados e urbanizados, como é o caso do Quênia, e em contraponto a isto, existe à Somália e Etiópia, nações mergulhadas em problemas gerados
pelas suas guerras civis. Nesta região encontram-se dez países bem distintos, tantos nos aspectos físicos como humanos. É na divisa entre Uganda, Tanzânia e Quênia que existe o lago Vitória, que
é considerado a nascente do rio Nilo.
Sul da África: o extremo sul africano é representado pelas diferenças
existente ente os onze países no campo sócio-econômico,
principalmente, pois o contraste entre a África do Sul, nação bem
desenvolvida, se comparada aos outros países africanos, em relação
aos demais é visivelmente percebido.
Este país exerce um poder centralizador nesta região, onde a economia é seu
ponto forte. Observa-se também uma diversidade natural neste espaço, em
razão de possuir grandes vales férteis e vastos desertos como o Kalahari, sendo
no delta do Okavango (Botsuana) acontece uma das maiores e mais
impressionantes migrações do mundo, a dos gnus.
Aspectos Sócio-econômicos
Agora, analisar a África destacando suas características culturais, promove uma divisão bem diferente da anterior. Ao observar o continente africano pela
sua ocupação ao longo dos anos, classifica-se a África em duas regiões:
África “branca” (cultura árabe) e África “negra” (culturas locais).
Isto é possível em virtude da influência que a região norte da África (árabe) sofreu da ocupação dos povos
do Oriente Médio (Ásia) durante os tempos, tendo como resultado um
espaço totalmente adverso da África “negra”, sendo esta última
caracterizada pelas culturas regionais provindas de milenares tribos
africanas.
Também é possível destacar a própria cor da pele dos africanos
nessas duas regiões: os descendentes de árabes possuem uma tez clara, em grande parte,
enquanto que os africanos relacionados com as culturas tribais
já têm uma cor mais negra.
Sendo assim, a África vem a ser o resultado de anos de ocupação e
influência das mais diversas culturas do mundo que remodelaram e
transformaram seu continente num espaço diversificado e muitas vezes
carente de recursos econômicos, por outro lado, suas belezas naturais são
únicas e, por enquanto, estão permanentes em todo seu território
O relevo do continente africano é marcado pela presença de dois grandes desertos: oDeserto do
Saara e o Deserto do Kalahari. O primeiro encontra-se na região norte
do país e o segundo encontra-se mais ao sul. A maior parte da
superfície da África é composta por planaltos com médias e elevadas altitudes. Na região central e ao
norte, encontram-se grandes rios que estão entre os maiores do
mundo, como os rios Nilo, Congo e Níger.
O período aberto após 1945, do ponto de vista do equilíbrio diplomático, se
mostrou razoavelmente estável. Houve uma divisão de esferas de influências
entre os países vencedores e a consolidação de blocos que apresentavam entre si, entre outras coisas, importantes
diferenças na organização de sua economia e de suas sociedades a partir da dicotomia socialismo versus capitalismo.
Em relação à vegetação, existem diversos tipos, como plantas desérticas, florestas
equatoriais e estepes. No entanto, o tipo mais presente são as savanas, que são muito semelhantes à vegetação do
Cerrado brasileiro, com árvores de médio e pequeno porte com
galhos muito retorcidos.
A África é dividida em duas regiões principais: África
Subsaariana e África do Norte. A primeira compreende toda a região desse continente que se encontra
abaixo do deserto do Saara, caracterizada pela população de
maioria negra e pela maior diversidade étnica. A segunda encontra-se mais ao norte e compreende as populações
africanas árabes.
Apesar de a maior parte do território africano ser formada
por países independentes, isto é, sem o domínio colonial de outro país, a sua economia é bastante subordinada. Além disso, muitas guerrilhas internas e ditaduras
sangrentas existem ou existiram recentemente na maioria dos
países africanos.
As tendências colonialistas não passaram ilesas aos conflitos mundiais
nem às crises econômicas. Hobsbawm, já considera a crise
econômica iniciada em 1929 como um dos elementos da gênese da crise
colonialista afirmando que “No fim da década de 1930, a crise do
colonialismo já se espalhara para outros impérios (...)”.
os momentos I e II da charge do continente africano conjuntamente com o texto e o momento histórico geográfico pode ser explicando da
seguinte forma:
Após o final da II Guerra, os continentes africano e asiático passaram pelo processo de descolonização. A emancipação política e a luta pela independência transformaram a face política do continente. Na primeira
charge vemos o africano se despedindo do colonizador europeu (e o palácio atrás significa a troca de poder), ou seja, é o
período da descolonização. Na segunda charge, o retorno do europeu se dá por
meio da atividade turística. A sangria deu lugar ao exótico.
Ainda os momentos I e II pode ser assim relacionado : A África do Sul, nação mais rica e industrializada do continente, foi um caso à parte. Rica em recursos naturais, localizada na passagem estratégica do “Cabo das Tormentas”, o país passou pela mais
violenta e racista forma de dominação branco-europeia na Àfrica
Desde o final do século XIX, leis segregacionistas transformaram a maioria
negra em quase escravos da minoria holandesa e britânica no país. Em 1949 nascia o regime racista do Apartheid,
portanto no mesmo período da libertação dos povos africanos. Nesse regime, o
controle e a dominação branco-européia foi ao extremo, excluindo os negros de
todos os setores e atividades econômicas, sociais e culturais do país.
Quais foram as causas primeiras? As imagens da televisão global põem em
destaque as vítimas da guerracivil, da seca e das enchentes. A fome
na Somália foi atribuída mecanicamente (...) “à ausência de nuvens de chuva
e às anomalias da pressão atmosférica”. (Chossudovsky, M. A globalização da
Pobreza, 1999:90)
A partir da leitura articulada do texto e da charge, outras
possibilidades de compreensão,distintas da “causalidade natural”,
para o fenômeno da fome em países africanos tais como:
1. A substituição gradativa da agricultura de subsistência e de
produtos alimentares voltados para o mercado
interno pela agricultura de exportação provoca
desabastecimento e encarecimento de gêneros alimentícios.
2. A estrutura fundiária injusta, associada à expropriação de
pequenos e médios produtores agrícolas, gera
subaproveitamento de terras cultiváveis e consequente limitação
da produção alimentar.
3. A atuação de transnacionais do setor agroalimentar induz à alteração de padrões alimentares originais e à
buscado lucro em detrimento da satisfação
das necessidades básicas dos indivíduos, gerando descompasso na
relação renda-alimentação.
4. O avanço do capitalismo introduz novas relações sociais de produção no campo, agravando as condições
desobrevivência da massa de
trabalhadores, lançados em áreas urbanas na situação de
desempregados estruturais.
Os mais graves problemas em que hoje estão mergulhados os povos
africanos ao sul do deserto do Saara: a epidemia da AIDS está dizimando parcelas crescentes da população
em todas as faixas etárias, devido à falta de assistência médica
sistemática e à ausência de infra-estrutura sanitária e educacional;
a fome, que atinge várias regiões, devido ao desmantelamento da agricultura tradicional, às guerras e à desertificação; a falta de recursos para
ações imediatas de controle das doenças; os conflitos étnicos, que dão origem a guerras de longa duração e
alimentam a proliferação de campos de refugiados vivendo em condições precárias; a instabilidade
política, que reflete a grande desigualdade de renda e as disputas entre grupos de interesse e lideranças de
origem tribal; a escassez de investimentos em setores
estratégicos da economia, que agravam as condições e a qualidade de vida das populações.
A descolonização, essa ‘troca de soberania’, não teve como causa exclusiva a luta dos povos por sua libertação.” precisa considerar o enfraquecimento
das potências colonizadoras europeias, fruto da Segunda Guerra Mundial e os interesses das
potências emergentes, Estados Unidos e União Soviética, que não possuíam colônias e precisavam aumentar suas áreas de influência, no contexto da
Guerra Fria. A ideia da troca de soberania está associada à manutenção de uma situação de
dependência das áreas descolonizadas que, apesar de terem seus próprios governos, sofreram
imposições das novas potências
Então chega se a conclusão que: A expansão imperialista europeia sobre o continente africano
esteve articulada a interesses capitalistas de finais do século XIX. Esses interesses se relacionavam tanto
com a necessidade de matéria-prima, daí a exploração de riquezas minerais, como diamante, ouro e minério de ferro, e do potencial agrícola de
algumas áreas, quanto com a busca por mão de obra e por novos consumidores, levando ao controle de
territórios estratégicos, como a costa oriental africana, e à ampliação de mercados, como os
protetorados e as áreas de influência no norte da África.
Em virtude desses interesses, a partilha das regiões africanas foi caracterizada por divergências e
enfrentamentos entre governos e investidores europeus, como as disputas franco-britânicas pelo
controle do Egito, as franco-germânicas pelo controle da Tunísia e as belgo-germânicas pelo controle do Congo. Além dessas, destaque-se
também a disputa pelo controle da África do Sul, entre Inglaterra e descendentes de colonização holandesa e alemã, relacionada à Guerra dos
Bôeres, na década de 1880 e entre 1899 e 1902.
Resumindo as principais características desse continente
podemos montar um gráficos assim:
Indicadores Sociais
Características
Saúde
O continente é marcado pela baixa expectativa de vida, altas taxas de mortalidade infantil e baixo IDH.
Educação A maior parte das crianças têm que abandonar os estudos para trabalhar nas lavouras ou nas minas. As taxas de analfabetismo estão entre as mais altas do mundo.
Economia Está ligada principalmente a extração mineral e a exportação de produtos primários, ou seja, gêneros tropicais.
Na África do Sul ocorre uma violenta segregação racial onde a minoria branca domina, política,
social e economicamente a grande maioria negra. Essa segregação tem
prejudicado as relações econômicas da África do Sul com os
países americanos e europeus. É conhecido como Apartheid
Nos últimos anos intensificou-se o processo de libertação dos países
mais ricos da África, sendo bastante reduzida a dominação
branca. São exemplos dessadominação República da África do
Sul
Do ponto de vista demográfico a República Sul-Africana é um país
predominantemente habitado por negros
Sobre o continente africano, A "África Branca" corresponde à faixa norte do
continente que tem extensa área desértica interrompida por faixas agrícolas, localizadas no
vale do Nilo e no litoral mediterrâneo do Magreb. Líbia, Argélia, Nigéria e Gabão são os maiores
produtores de petróleo da África. O lago Vitória é o mais extenso da África.
Na produção mineral da África destacam-se as minas de diamantes do Zaire e da República Sul-
Africana e as jazidas de fosfatos do Marrocos. Alguns dos maiores desertos do mundo estão
localizados na África, como os do Saara e Kalahari.
Sobretudo, a partir da década de 60, o continente africano tem passado
por um processo de descolonização, isto é, de independência política
formal quedesacompanhada da respectiva
independência econômica e financeira não conseguiu alterar de forma efetiva as precárias condições
de vida da população.