revista anual aiesec in fep 2010-2011

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Revista Anual AIESEC in FEP 2010-2011

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Page 1: Revista Anual AIESEC in FEP 2010-2011
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Passaram 50 anos e continua um sentimento presente. É um sentimento de pertença! Um sentimento que atravessa gerações, ligando-as, impulsionando ao longo dos vários anos o mesmo impacto na sociedade: o de criar as melhores bases para que um estudante universitário se torne um líder de si mesmo e líder de uma organização, sensibilizado para a necessidade de estabelecer laços internacionais entre as organizações. É neste contexto que a AIESEC se tem destacado. É esta a filosofia que, passadas cinco décadas, mantém a AIESEC na Faculdade de Economia do Porto num caminho ascendente, contribuindo para a realização pessoal e profissional de jovens de diversas partes do globo. A AIESEC pode, inclusive, considerar- -se um caso de sucesso na internacionalização: estando presente em 110 países, é uma organização que em 62 anos de história (AIESEC Internacional), chegou onde muitas empresas ainda não conseguiram chegar. Tudo isto sob a gestão de jovens ainda estudantes, mas com um elevado senso de empreendedorismo. O dia-a-dia dos colaboradores e gestores da AIESEC na Faculdade de Economia do Porto é, actualmente, um constante desafio. A liderança de equipas que trabalham por objectivos ambiciosos e sem qualquer tipo de remuneração é o maior desafio que um jovem estudante pode aceitar aos seus 20 anos. É a melhor preparação que este pode ter para se tornar líder de si próprio e poder olhar para os desafios que se antecedem quando estiver no mercado de trabalho com uma capacidade de resolução em larga escala superior a quem não passou por uma experiência como a AIESEC pode proporcionar.

Todas as experiências marcantes, todos os desafios, dificuldades a que estes jovens estudantes se encontram expostos quando aceitam fazer parte dos órgãos de gestão de equipas, de liderança e de tomada de decisão, dá-lhes um desenvolvimento pessoal e profissional tal que estabelecem um elo de ligação para a vida que leva a AIESEC a estar na vanguarda das formas de gestão das organizações, detendo processos e métodos de trabalho equiparados com empresas de topo. Por si, e em colaboração com o know--how de grandes empresas suas parceiras, associam uma metodologia associada a jovialidade, que levam a uma elevada capacidade de inovação e de fazer acontecer.

Vitor RibeiroPresidente AIESEC na FEP 2010/2011

EDITORIAL: Mensagem do Presidente

AIESEC na FEP 1

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ÍNDICE4 Sobre a AIESEC AIESEC na FEP6 Estrutura Interna da AIESEC na FEP8 Reunião Geral de Membros9 BoA e BoD10 Associação Alumni12 Resultados15 Prémio Internacional16 Actividades e projectos Projectos internos Projectos externos24 Os nossos Parceiros28 Envolvimento dos colaboradores nos projectos30 Cooperação AIESEC-SEREIA32 A AIESEC e o Mundo exterior36 Testemunhos

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A AIESEC é uma organização internacional totalmente gerida por estudantes, apolítica, independente, educacional e sem fins lucrativos. Os seus membros são estudantes e recém-licenciados de instituições de ensino superior ligadas às mais diversas áreas, com ênfase na economia/gestão. A AIESEC conta actualmente com escritórios nas melhores faculdades em mais de 110 países e com cerca de 50.000 membros.

Através do seu programa de estágios internacionais, a AIESEC, proporciona aos recém-licenciados a oportunidade de terem uma experiência de conhecimento de novas culturas e proporciona às empresas o acesso a talento internacional. A amplitude do seu impacto resulta da força da network global, constituída por jovens talentosos, criativos e dinâmicos que no mundo inteiro lutam por um mundo melhor, através das suas acções e do propósito da organização. A AIESEC facilita o intercâmbio internacional de estagiários e actividades de suporte que proporcionam aos nossos estagiários, membros e parceiros experiências de aprendizagem.

Estruturalmente similar a uma empresa, dividida por vários departamentos (Financeiro, Recursos Humanos, Comunicação, entre outros), a AIESEC também proporciona experiências de liderança a um número importante de membros que encontram assim um complemento às competências adquiridas no curso, ajudando-os a desenvolverem-se em vários campos devido a toda a envolvente da organização. Por último, a network existente é potenciada pela participação dos membros em várias conferências anuais, quer a nível local, nacional ou internacional. Diferentes pontos de vista, argumentos, culturas, personalidades, encontram-se nestas conferências permitindo assim reunir novas ideias, maior sentido de responsabilidade e entendimento do outro e uma grande motivação para desenvolver um trabalho sustentado e de qualidade.

Sobre a AIESEC

4 AIESEC na FEP

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AIESEC na FEP

A AIESEC na FEP foi implantada na Faculdade de Economia do Porto por dois estudantes da mesma, José Maciel e Alberto Matos Gomes, no dia 10 de Fevereiro de 1960. Nesse dia, foi criada uma das associações mais antigas da Universidade do Porto. Nestes 50 anos, a AIESEC na FEP tem vindo a desenvolver diversas actividades, a promover formações, a organizar conferências, a participar no crescimento da organização a nível nacional e internacional através do desenvolvimento das pessoas envolvidas na organização.

Empenhada em manter o mesmo espírito que acompanhou a sua criação, isto é, o desenvolvimento do potencial dos seres humanos, tenta conciliar ao máximo as actividades académicas com as profissionais com o objectivo de criar uma maior dinâmica entre estas duas. Estas são as razões pelas quais estes 50 anos continuam a unir as pessoas e a iluminar o futuro do escritório local. Actualmente comemoramos meia década de sonhos e objectivos realizados, de experiências pessoais e profissionais que marcaram e continuam a marcar o mundo, de momentos de trabalho mas também de diversão. Mas o nosso trabalho está longe do seu fim, ainda surgirão novos objectivos, que permitirão o desenvolvimento das pessoas e das empresas envolvidas. Nunca cruzaremos os braços em frente de um mundo de possibilidades infinitas. Nos últimos 50 anos, a AIESEC na FEP tem sido um dos núcleos locais mais activos no panorama nacional, tendo sido galardoada sucessivamente com o prémio de “Melhor Escritório Local da AIESEC Portugal” nos últimos 6 anos. Recentemente o nosso escritório local foi distinguido com o prémio de maior crescimento absoluto na WENA (Europa Ocidental e América do Norte) de entre mais de 200 escritórios locais. O nosso escritório conta, actualmente, com cerca de 80 membros, que desenvolvem projectos nas áreas do intercâmbio de estagiários, ligação empresas - universidades, formação profissional, etc. A AIESEC é o resultado da dedicação daqueles que estiveram e continuam a estar, directa ou indirectamente, envolvidos com a associação. Aqueles cujo esforço e dedicação mudaram centenas de vidas, os Alumni, são a apreciação do passado e a promessa que o futuro não vai a desiludir.

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O nosso escritório contou nos últimos anos com 6 áreas operacionais e é liderado pelo presidente e vice-presidente. O nosso escritório conta também com mais de 80 mem-bros talentosos que tornam possíveis os excelentes resultados do nosso comité.

Presidente – Vítor Ribeiro•Gestão da Direcção da AIESEC na FEP e apoio à tomada de decisão;

• Responsável pela visão de futuro e representação institucional;

• Coordenação do Processo de Planeamento e assegurar a sua execução.

Vice-presidente – Fernando Nogueira• Responsável pela gestão de sinergias entre a associação e o meio empresarial;• Responsável pelo apoio operacional à direcção;• Coordenação de projectos elaborados pela AIESEC na FEP.

Finanças – Flávio Fernandes• Principal responsável pela gestão e planeamento financeiro da associação;• Responsável por garantir a sustentabilidade financeira dos projectos;• Encarregue da análise e avaliação de projectos.

Estrutura Interna da AIESEC na FEP

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Relações Empresariais – Artur Dias• Responsável em assegurar a qualidade do processo de match entre a empresa e o estagiário internacional;• Análise de Mercado para definição estratégica das empresas a abordar;• Definição de estratégias para a venda comercial do serviço prestado pela AIESEC às empresas;• Encarregue em assegurar o posicionamento da AIESEC no tecido empresarial do Porto e Minho;•Responsável pela criação de relações com escritórios da AIESEC fora de Portugal.

Comunicação – Filipa Brito• Responsável por definir uma estratégia integrada de posicionamento do comité local a nível interno e externo;• Coordenação de toda a divulgação das actividades desenvolvidas pelo comité local;• Gestão dos Sistemas de Informação da AIESEC na FEP.

Recursos Humanos – Carla Freitas• Responsável por acções de recrutamento e selecção de membros;• Responsável pela recepção e integração dos estagiários no país;• Gestão dos processos internos;• Encarregue de promover formação contínua e motivação dos membros da associação;• Encarregue de coordenar as relações com os membros Alumni.

Relações Universitárias – Cátia Almeida• Encarregue da análise de mercado e detecção de oportunidades junto das entidades universitárias;• Responsável por definir as estratégias de angariação do núcleo local para Exchange Participants;• Assegura a promoção e posicionamento nas universidades alvo;• Coordena o processo de matching de Exchange Participants; • Assegura a qualidade dos processos de intercâmbio.

Projecto de Intercâmbio – Marta Martins• Responsável em assegurar a qualidade do processo de angariação e matching entre a ONG e o estagiário internacional, assim como do processo de matching de Exchange Participants;• Responsável por criar sinergias com escritórios locais internacionais para os estágios de Desenvolvimento e de Educação;• Assegura a promoção e posicionamento nas universidades alvo, bem como a qualidade dos processos de intercâmbio para os estágios de Desenvolvimento e de Educação.

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Reunião Geral de Membros

A Reunião Geral de Membros (RGM) é o órgão deliberativo da AIESEC na FEP. Numa RGM está presente o Presidente da mesa, os secretários, os membros do Comité local e todos os outros que quiserem marcar presença. Estão previstas 4 RGM’s anuais, e normalmente são espaçadas de 4 em 4 meses, exceptuando a última Reunião Geral de Membros Ordinária do mandato que por tradição é marcada para dia 1 de Março (ficando assim separada por 2/3 semanas da anterior). Quais são as competências da RGM?

I. Eleger e destituir todos os titulares dos órgãos internos do comité local da AIESEC Porto FEP (IV Reunião Geral de Membros Ordinária); II. Rever o estatuto dos membros;III. Aprovar o Plano de Actividades Anual; (I Reunião Geral de Membros Ordinária)IV. Aprovar o Orçamento Anual; (I Reunião Geral de Membros Ordinária);V. Aprovar o Relatório de Contas Anual; (II Reunião Geral de Membros Ordinária);VI. Aprovar as actas da Reuniões Gerais de Membros;VII. Acompanhamento da evolução e desenvolvimento do núcleo, através da realização de períodos de perguntas e respostas à Direcção em sede de Reunião Geral de Membros Ordinária.VIII. Dissolução do Comité Local da AIESEC Porto FEP;IX. Alteração dos Regulamentos Internos;X. Exclusão de Membros;XI. Demissão da Direcção;XII. Substituição de um dos membros da direcção;XIII. Aprovação do Uso do Fundo de Garantia;XIV. Aprovação de verbas extra-orçamentais superiores a 1500 euros;XV. Todas as deliberações não abrangidas nas atribuições dos restantes órgãos do comité local.

Presidente da Mesa da Reunião Geral de Membros e secretários

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BoA

O BoD - Board of Directors - é um Conselho Consultivo que tem como objectivo principal garantir a continuidade da AIESEC na FEP a nível de direccionamento estratégico. Criado a 21 de Julho de 2010, é um motivo de orgulho a sua existência, contando com a presença de representantes de Direcções de anos anteriores da AIESEC na FEP.

Este conselho Consultivo garante que a AIESEC detém um conjunto de pessoas cuja experiência e percurso na AIESEC será valiosíssima para a prossecução dos objectivos de longo prazo da mesma.

Composição do BoD:

Ana Rocha - Directora de Recursos Humanos 2008/09Marta Ribeiro - Directora de Noncorporate 2008/09 e Presidente 2009/10Bruna Pinto - Directora de Finanças 2008/09Marlene Ferreira - Directora de Finanças 2007/08 e Vice-Presidente 2008/09Ricardo Marques - Director de Relações Empresariais 2007/08 e Presidente 2008/09

No Board of Advisors (BoA) da AIESEC na FEP, pretende-se a presença de representantes de todos os vectores externos inerentes à actividade da AIESEC enquanto organização. Desde a vertente empresarial, passando pela vertente universitária, a experiência em diversas áreas dos membros constituintes deste grupo consultivo externo, é algo fundamental para a prossecução dos objectivos que determinamos a cada ano para a nossa organização.

Assim, este grupo moderado pelo presidente e vice-presidente da AIESEC na FEP junta pessoas com capacidades e competências que permitam a evolução da associação no médio/longo prazo. A existência duma relação contínua e interessada junto da AIESEC na FEP ao longo dos últimos anos é também extremamente importante para um apoio direccionado aos nossos interesses e à nossa realidade enquanto associação.

Composição do BoA:

Dr Pedro Guerreiro - Director de Marketing da JMVProf Dr José Costa - Antigo Director da Faculdade de Economia do PortoDr Ana Matos - Representante do SEREIA na Faculdade de Economia do PortoDr António Rocha - Director de Recursos Humanos da Amorim RevestimentosDr Ricardo Almeida - Investigador no INESCDr Rogério Gomes - Director do Semanário “Grande Porto”Dr José Maciel - CEO da Águas de Gaia E.M.Dr Roberto Leão - Recursos Humanos da Sonae

BoD

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Foi no dia 10 de Dezembro do passado ano de 2010 que a AIESEC na FEP viu concretizado este seu projecto. Foi, assim, oficialmente lançada a associação Alumni da AIESEC na FEP, num jantar de gala organizado no Hotel Axis Ofir em Esposende, enquadrado no âmbito da National Conference 2010, e que contou com a presença de ilustres Alumni desta nossa organização.

“Após 50 anos de história constituídos por vitórias e fracassos, derrubando barreiras e preconceitos, guiados sempre pelos nossos valores, chegou a altura de criarmos a Associação de Alumni da AIESEC na FEP. Chegou a altura de capitalizarmos de forma justa todas aquelas pessoas que tornaram possível a continuidade da AIESEC na FEP, que criaram as bases para o nosso crescimento, que nos deram a dimensão que hoje temos. São 50 gerações que acreditamos que ainda têm muito para dar a esta casa e como tal estamos a contar com a sua ajuda para que esta Associação traga um contributo positivo para todos. Para tornar a fundação da Associação de Alumni possível, a AIESEC na FEP encarregou-se de reaproximar os Alumni, de lembrá-los que não estão esquecidos, de fazer-lhes ver que ainda têm muito para dar. Foram feitas várias reuniões em que foram contadas histórias emocionantes. Muitos sentiram uma nostalgia do tempo em que eram estudantes; enfrentaram tempos difíceis e ultrapassaram-nos; histórias do primeiro estágio angariado pela AIESEC; muitas histórias e numa delas você poderá estar incluído. Continuaremos a trabalhar em conjunto com os fundadores da Associação de Alumni para tornar mais este objectivo possível porque na AIESEC tudo é possível.”

Carla Freitas - Directora de Recursos Humanos da AIESEC na FEP

Associação Alumni

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“Uma associação como a AIESEC tem vivido nas últimas décadas à base de jovens ambiciosos, dinâmicos, diferentes, que querem mudar o mundo à sua volta. Esses mesmos jovens são hoje professores, quadros superiores de empresas, empresários, empreendedores, membros de cargos públicos, etc. Tendo a AIESEC objectivos deveras nobres, objectivos partilhados por qualquer geração, os jovens de hoje da AIESEC não podiam mais desperdiçar a grande experiência e network que os antigos membros podem proporcionar à associação. Dessa forma existem duas formas de actuação, uma que parte da iniciativa dos membros da associação e outra que parte do interesse e dinamização dos alumni da AIESEC. Como a AIESEC é uma associação que deve ser focada nos seus membros actuais, na sua formação e internacionalização, devem ser claramente os alumni a potenciar actividades interessantes para eles mesmos. Foi com este pressuposto que surge a Associação de Alumni da AIESEC na FEP. É uma associação que pretende dinamizar e potenciar a rede de contactos de quase cinco décadas de actuação da AIESEC na FEP. É uma associação que vai ser uma clara vantagem para todos os alumni, pois poderão através dela conhecer novas pessoas, potenciar actividades de cariz social, económico e social e ainda conhecer jovens dinâmicos que todos os anos a AIESEC revela. É altura dos alumni darem a cara novamente pela associação e pelos seus nobres objectivos, eu darei o meu contributo, e você? Para isso apareça nas próximas actividades de alumni. Contamos consigo.”

Ricardo Marques - Alumnus da AIESEC na FEPPresidente da AIESEC na FEP 2008/2009

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Lançamento da Associação Alumni da AIESEC na FEP no jantar de gala realizado no Hotel Axis Ofir em Esposende

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Resultados

Uma rápida análise ao número de estagiários internacionais permite concluir que a AIESEC conseguiu ter um impacto positivo considerável, trazendo mais de 40 pessoas de vários países, afectando não só grande empresas mas também start-ups que se irão afirmar no futuro.

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Distribuição do número de estagiários estrangeiros por empresas 2008/2010

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Distribuição do número de estagiários estrangeiros por ONG's 2008/2010

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Alemanha

Egipto

Brasil

China

Moçambique

Vietname

Índia

Rússia

Angola

Polónia

Malásia

Quénia

Hungria

Austrália

França

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Países para onde enviamos estagiários, 2008-2010

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Prémio Internacional

A AIESEC na FEP foi reconhecida, em 2010, com o prémio de Maior Crescimento Absoluto pela AIESEC Internacional. Este é um dos três prémios, atribuídos pela AIESEC Internacional aos escritórios da WENA (Western Europe and North América), mais desejados pelos escritórios locais da Europa e do Norte da América.

Este crescimento refere-se a vários factores, desde o aumento do número de intercâmbios, ao elevado número de membros e de experiências de liderança, às elevadas taxas de retenção, etc.. Uma série de factores que levaram o último ano a ser um ano de sucessos, culminando com este reconhecimento internacional.

Acreditamos que o prémio internacional atribuído ao nosso escritório local não será apenas um prémio atribuído a este, mas também à própria Faculdade de Economia do Porto, Universidade do Porto e a Portugal, e será um dos muitos prémios que, ao longo dos próximos 50 anos, serão atribuídos a esta associação de estudantes.

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Projectos internosRIMT Esta é uma reunião dirigida a todos os membros activos da AIESEC na FEP (novos membros e membros de 2ª linha) bem como aos candidatos a estágio internacional. Nestas, através de formações, são desenvolvidas competências profissionais como liderança, trabalho em equipa, desenvolvimento de projectos, gestão financeira, entre outros. São também dadas as bases para um correcto conhecimento da AIESEC na FEP, sendo passada toda uma cultura e conhecimento interno da organização. A reunião é passada em três agendas paralelas de acordo com os três tipos de delegados que estão presentes durante a mesma. Procuramos também ter presentes algumas empresas com as quais temos boas relações e que achamos que possam dar valor acrescentado com a sua presença, através de formações por elas dadas.

Durante o mandato 2010/2011 ocorreu a RIMT II (2ª época de recrutamento 09/10) em Penafiel, mais concretamente no Palace Hotel & SPA - Termas de S.Vicente. Tivemos presentes aproximadamente 106 participantes no fim-de-semana de 12,13 e 14 de Março, durante o qual ocorreu um importante conjunto de acções que visavam um maior envolvimento e motivação para o resto do ano que se avizinhava. Pudemos contar com a presença da Decisões & Soluções, presença esta que permitiu uma maior aproximação entre o meio empresarial e universitário.

Actividades e projectos

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No mês de Outubro, ocorreu a RIMT I (1º época de recrutamento 10/11) no Hotel Axis Ofir - Esposende. Conseguimos reunir aproximadamente 87 participantes durante os dias 29, 30 e 31 do mês de Outubro. A nível de presenças corporativas, tivemos a empresa municipal Águas de Gaia com o seu CEO e um dos fundadores do nosso escritório - José Maciel, a fazer uma apresentação e contar um pouco da sua passagem pela organização.

Terminado o 2º processo de recrutamento do mandato 2010/2011, iremos proceder à fase de selecção de novos membros e candidatos a estágio, que culminará com a tradicional Reunião Interna de Motivação e Treino. Esta reunião vai realizar-se no fim-de-semana de 25 a 27 de Março, no Hotel Axis Ofir – Esposende. O objectivo desta fase do processo de selecção é a inserção dos novos membros e candidatos a estágio na cultura da AIESEC, através da participação em diversas formações e dinâmicas.

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NATCO Mais um ano, inúmeros desafios. Olhando para toda a nossa história e estando a celebrar uma data histórica, um dos objectivos deste mandato era sem dúvida a projecção e evolução de todos os stakeholders a nós associados. A direcção da AIESEC na FEP comprometeu-se este ano a construir um escritório mais evoluído e sustentado. Pretendemos que este mandato, o do nosso quinquagésimo aniversário na Faculdade de Economia do Porto, fosse recheado de sucessos e de etapas positivas nesta estrada que procuramos construir. Assim, o nosso escritório comprometeu-se a celebrar da melhor forma este aniversário e a candidatar-se para organizar a maior conferência em solo nacional da AIESEC Portugal, a National Congress 10’. Esta conferência agregou durante 5 dias o melhor do que existe nas faculdades de todo o país. Estiveram presentes os escritórios do Porto ( FEP, Portucalense), de Aveiro, Coimbra, Covilhã, Lisboa (ISCTE, ISEG, Nova, Católica), Faro e uma equipa de expansão da Universidade do Minho. Esta conferência foi marcada pela gala de aniversário da AIESEC Portugal, tendo sido este ano comemorado o 52º aniversário. A conferência contou também com um dia externo realizado no Museu Nacional Soares dos Reis, durante o qual as direcções dos vários escritórios poderam contar com a presença de várias empresas parceiras da AIESEC na FEP. A empresa Águas de Gaia representada pelo Dr. Maciel, a Sonae representada pelo Dr. Roberto Leão e a JMV representada pelo Dr. Pedro Guerreiro.

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Projectos externosActividades e projectos

AIESEC ACADEMY

O AIESEC Academy quebra com a habitual ida das empresas à faculdade para dar formações. Deste modo, o objectivo deste projecto é levar os estudantes às instalações da empresa para um melhor conhecimento do funcionamento/processo produtivo, juntando a isso uma palestra/formação com um tema definido pela empresa. Pretendemos sempre com os nossos projectos inovadores conseguir atraír o máximo número de estudantes e garantir acima de tudo a qualidade e o interesse dos projectos que promovemos. Estas formações são destinadas aos jovens universitários, surgindo como oportunidades de formação complementar e aproximação ao meio empresarial. Permite à empresa aceder a várias oportunidades de posicionamento junto dos estudantes, quer junto dos participantes na formação, quer nas várias oportunidades de divulgação da formação no meio universitário.

Na edição de Setembro de 2009 contamos com a colaboração da Unicer e da JMV. Pudemos ver de perto como se passa todo o processo produtivo destes 2 grandes grupos e ficar com um maior conhecimento deste tipo de indústrias. Durante esses dias, tivemos também acesso a um estudo de caso relacionado com o Euro 04’ pela Carlsberg-Unicer e o caso Fita-Azul do grupo JMV. Ao todo contamos com aproximadamente 70 participantes, maioritariamente finalistas, sendo este o público-alvo deste tipo de eventos.

No dia 9 de Março de 2011 realizou-se uma nova edição do AIESEC Academy com a colaboração da JMV. Foi feita uma visita às instalações da produção de café na empresa Torrié em Rio Tinto.

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WE CAN SOLVE IT O projecto We Can Solve it (WCSI) consiste num conjunto de casos práticos reais desenvolvidos pelas empresas participantes. O objectivo é ter estudantes criativos, dinâmicos e pró-activos a encontrarem uma solução para a resolução dos casos práticos apresentados. A empresa terá acesso a novas ideias e soluções para os seus problemas para além da divulgação junto do meio universitário. Os desafios propostos por cada uma das empresas focam--se em problemas reais com que estas se deparam, sendo estes desafios muito vocacionados para o pensamento criativo dos estudantes.

A edição de Março de 2010 do WCSI teve a presença da Decisões & Soluções representada pelo Dr. Luis Tavares e da Sonae representada pelo Eng. Norberto Amaral e pelo Dr. João Brás. Os temas do case study foram respectivamente, “Como passar a imagem correcta sobre consultoria financeira e de que forma a DS podia ajudar particulares e empresas” e “Como serão os supermercados daqui a 25 anos”. Com aproximadamente 70 pessoas nas duas sessões do projecto e todo o feedback dado nesta edição, podemos concluir que o projecto foi um sucesso com a presença de muita gente, muita criatividade e mesmo media para divulgação junto do meio académico (Canal UP). Nesta edição, contamos com ideias criativas e perspicazes, outras talvez um pouco avantgarde mas não deixando, no entanto, de serem pertinentes. É assim que às vezes se conseguem atingir grandes conclusões, por pessoas que estão sem os vícios da própria rotina da actividade de I&D.

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Em Setembro (28 e 30) realizamos a 2º edição e contamos com a Sonae através dos seus representantes, o Dr. Roberto Leão e o Eng. Norberto Amaral e com a Primavera BSS com o Dr. Lourenço Antunes. Em relação aos números, contamos com a participação de mais de 160 participantes no cômputo geral das duas empresas. Assim sendo, esta tornou-se a edição com maior afluência de participantes de sempre da história, da AIESEC na FEP. Os temas propostos para resolução passaram pelo “Aumento qualitativo do tempo gasto nas filas de pagamento” pela Sonae e “Software in House vs Software as a Service” pela Primavera BSS. Relativamente ao desafio proposto pela Sonae, o pretendido era uma solução exequível no futuro próximo e com custos muito reduzidos, sendo então que o pretendido seriam ideias simples e fáceis de implementar. Já relativamente ao desafio proposto pela Primavera a ideia seria chegar a uma solução em que pudesse ser viável para a empresa continuar a apostar nos dois conceitos. Ou se seriam ambos exequíveis tendo eles diferentes segmentos alvo. Abordou-se também a questão da diferenciação do SAAS junto das restantes ofertas do mercado de empresas de software.

Estes desafios propostos foram sem dúvida interessantes para todos, bem como permitiram uma aproximação dos problemas reais do meio empresarial ao mundo universitário. A presença de todos foi fundamental e permitiu a possível solução desses mesmos problemas por jovens inovadores e criativos, aquilo que as nossas empresas precisam para crescer e tornarem-se cada vez mais competitivas tanto em solo nacional como a nível internacional.

Carla Dias, Laura Fernandes, Sofia Sousa e João José Marinho foram os estudantes premiados pela Sonae com o Prémio Inovação.

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Nos dias 23, 24 e 25 de Fevereiro decorreu o WCSI FEUP (realizado pela primeira vez na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto). Nesta edição a AIESEC contou com a presença da Optimus, representada pela Dra. Helena Pinto e pelo Dr. Henrique Fontes, da Primavera BSS cujos representantes foram a Dra. Adelaide Nunes e o Dr. Lourenço Antunes e da Proef Engenharia com a representação de Luís Andrade (Administrador com pelouro da área da Engenharia), Alfredo Ferreira (Director Telecomunicações), Luís Figueiredo (Director Energias), Fernando Ferreira (Director Energias Renováveis), Hélder Moura (Gestor de Marketing) e Mónica Fortes (Técnica de RH).

O tema proposto pela Optimus foi “Desenvolve uma aplicação para tablets que seja útil aos alunos da FEUP”. O tema proposto pela Primavera BSS foi “Que aplicação smartphone devia a primavera oferecer aos utilizadores do seu ERP”. O desafio proposto por parte da Proef Engenharia foi “Como vês o mercado energético e das telecomunicações em 2020? Como nos devemos posicionar?” Nesta edição do WCSI pudemos contar com cerca de 50 participantes no total das três empresas.

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MAKE IT POSSIBLE O ano de 2010 foi designado por “Ano Europeu contra a Pobreza e Exclusão Social”. Nesse âmbito, a AIESEC, dando relevo à vertente da responsabilidade social, criou o Make it Possible. Este projecto, que apresenta especial incidência nos Objectivos para o Desenvolvimento do Milénio, possibilitou o intercâmbio de 36 estudantes europeus para Portugal no início de 2011, 4 deles para o nosso escritório local. Com a finalidade de sensibilizar os estudantes do ensino secundário para os maiores problemas sociais, ambientais e económicos da actualidade, estes 36 jovens irão dividir-se pelas principais cidades do país e, através do contacto com escolas, consciencializar os jovens estudantes portugueses. Para além das apresentações, irão ainda desenvolver campanhas finais, tanto nas escolas como para o público em geral, possibilitando um efeito multiplicador, tão importante para esta temática. Para este projecto, o nosso escritório contou com a participação do Colégio Nossa Senhora da Esperança, do Colégio Nossa Senhora do Rosário e da Lipor, que tornou o projecto possível. Ambos os colégios têm uma posição de destaque no ranking nacional das melhores escolas do país e um historial de participação em projectos de solidariedade e voluntariado, entre os quais se destaca “Missão Moçambique”, no Colégio de Nossa Senhora do Rosário e, no Colégio Nossa Senhora da Esperança, o projecto de cooperação com o Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo. Para além disso, ambos se encontram integrados em entidades de carácter social e solidário (Instituto das Religiosas do Sagrado Coração de Maria e Santa Casa da Misericórdia). A Lipor é uma entidade responsável pela gestão, valorização e tratamento dos Resíduos Sólidos Urbanos da zona do Porto, tendo-se sempre destacado por uma forte vertente de responsabilidade social e ambiental, identificando-se como tal nos princípios inerentes a este projecto.

Annemiek Leuvenik, Ioulia Sakka, Anja Suknaic e Elisabetta Naborri, estagiárias do projecto Make it Possible no nosso escritório local

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Águas de Gaia A Faculdade de Economia sempre foi, para os que a frequentaram, uma grande escola de formação e conhecimento, capaz de gerar nos seus alunos um muito forte sentimento de fidelidade. A AIESEC foi uma das muitas oportunidades que a Escola de Economia me proporcionou quando, nos finais dos anos cinquenta participei activamente na criação, implantação e início da actividade do nosso escritório local de que fui Presidente, tendo em 1960 exercido funções de Vice-Presidente da AIESEC Portugal. Por essa altura tive ainda a oportunidade de integrar a representação da AIESEC no Congresso então realizado em Marselha, tendo posteriormente realizado um estágio de curta duração em Amesterdão, de que ainda bem me recordo, pois me permitiu no Verão de 1960, uma exigente primeira experiência profissional e o contacto com novas realidades sociais muito diversas das que então conhecia.

A AIESEC foi então o melhor dos caminhos para a descoberta de novos conceitos e expectativas, numa Europa em profunda transformação.

Os estudantes da minha geração estavam muito despertos para a modernidade e utopias que então nos eram propostos e naturalmente dispostos a desafiar e vencer os obstáculos que, inevitavelmente, teríamos que transpor para activamente podermos participar num mundo novo de grandes desafios e oportunidades.

Por tudo isso, a AIESEC significou para mim um espaço de realização e de comunicação com ética e liberdade, que sempre pude ocupar sem restrições e com total responsabilidade. Dado que continuo a identificar-me com a AIESEC dos nossos dias e com os seus membros, a minha experiência de Alumni compreende bem o que diz e o que pensa um membro da AIESEC e ainda melhor entende as tarefas do escritório local da AIESEC na FEP. É o que, como Alumni, me cumpre dizer aos actuais membros e aos dirigentes da AIESEC na FEP de quem se espera o melhor da continuação do seu esforço e competência ao serviço do escritório local, da Escola de Economia e dos seus estudantes.

José Miranda de Sousa MacielPresidente do Conselho de Administração da

Empresa Municipal Águas de GaiaFundador da AIESEC na FEP

Os nossos Parceiros

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“A aproximação entre o meio empresarial e o meio académico é reconhecida, hoje, como uma importante forma de aprendizagem, troca de experiências e de conhecimento. No contexto cada vez mais concorrencial em que vivemos, a inovação é a alavanca que permite às marcas e às empresas apresentarem valor acrescentado aos seus públicos, afirmando-se e diferenciando-se.

A AIESEC assume-se como uma Escola de preparação para o Futuro. A capacidade de entrega a novos desafios, o dinamismo, o pensamento global e a atitude “think outside--the-box”, que reconhecemos aos membros que tem formado, são hoje skills essenciais no mundo empresarial.

A parceria entre a JMV e a AIESEC surge, assim, porque reconhecemos que existem muitas e variadas sinergias decorrentes deste relacionamento e porque acreditamos que está no meio académico todo o potencial de progresso e inovação.”

Grupo JMV | Departamento de MarketingAdriana Cardoso e Pedro Guerreiro

JMV

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A FEP é uma Escola de prestígio que persegue a excelência no ensino e na investigação na área da Economia e da Gestão. Considero que uma Escola de Prestígio passa igualmente pela qualidade e pela atitude dos seus estudantes, bem como pela participação activa destes na vida académica, associativa e cultural da Escola. Por isso, considero importante a articulação das actividades da FEP com as das organizações estudantis, particularmente quando estas desenvolvem o estímulo à capacidade empreendedora dos estudantes, o desenvolvimento das suas competências extra-curriculares ou promovem a sua empregabilidade. Considero a actividade da AIESEC particularmente valiosa dado que dinamiza o apoio aos estudantes na procura de emprego, através dos Programas de Estágios Internacionais. No contexto actual de globalização, a AIESEC é um actor fundamental para promover a integração dos nossos estudantes no contexto internacional. Através desta associação os nossos estudantes beneficiam de uma aproximação a empresas e outras entidades que operam em diversos países espalhados pelo mundo. Os resultados da actividade da AIESEC podem contribuir para a empregabilidade dos diplomados da FEP no contexto internacional. A experiência da FEP mostra que os Programas de Estágio resultam muitas vezes numa inserção suave dos estudantes no mercado de trabalho, dado que, quando acaba o Estágio, a maioria das empresas convida os nossos Estudantes a serem integrados nessas instituições. Não tenho dados sobre os Estágios da AIESEC. Contudo, não ficaria admirado que esses dados fossem consistentes com o que referi antes, agora contribuindo para uma inserção suave dos estudantes no mercado de trabalho internacional.

Mais, seria interessante que a AIESEC pudesse ajudar a acompanhar o percurso profissional dos estudantes da FEP na vertente internacional, permitindo assim, primeiro, avaliar melhor o sucesso dos vários cursos da FEP num vertente de empregabilidade internacional e, segundo, permitir à FEP receber mais contributos que permitam uma ainda maior adequação da nossa oferta formativa às necessidades do meio, que aqui será internacional. Concluindo, gostaria de sublinhar que estou convicto que a criação de uma escola de excelência implica o estabelecimento de interligações e interdependências com o meio envolvente. Por isso, a ligação com a AIESEC é também uma via de afirmação da FEP, dado que nos ajuda a estabelecer pontes e a cooperar com a comunidade internacional na prossecução dos nossos objectivos. Nesse sentido, é crucial que a FEP-AIESEC se sinta parte integrante da FEP e colabore connosco servindo os estudantes FEPianos. Eu próprio, nos anos 80, enquanto estudante, beneficiei das actividades da AIESEC ao obter um estágio num banco belga, o que nessa altura era pouco comum… Por isso, Obrigado AIESEC… Continuem a levar a FEP longe e bem alto!

Dr. João F. ProençaDirector da Faculade de Economia do Porto

Faculdade de Economia do Porto

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PRIMAVERA

A PRIMAVERA, caracterizando-se como uma empresa inovadora, vê na AIESEC na FEP uma forma de ligação aos estudantes universitários. Como tal marcou presença na 2ª edição do We Can Solve It realizada em Março passado e na recente edição do WCSI FEUP.

“O desafio que apresentamos foi à volta do tema evolução da oferta e do mercado de ERP para o SaaS. Inicialmente não era fácil para os participantes (os alunos não conhecem tanto assim as necessidades e o mercado de ERP), mas acabaram por sair ideias muito interessantes e inovadoras. Foi para nós muito compensador verificar que os alunos ficaram bastante mais alertados para o tema. Sendo sobretudo alunos de gestão, mas também alguns de Informática, pensamos que será um contributo importante para a sua formação. Para a PRIMAVERA, esta foi uma boa oportunidade para se dar a conhecer, a si e à sua missão actual no mercado global. Consideramos a iniciativa de extrema relevância, quer para o desenvolvimento do espirito empreendedor dos participantes, quer para as empresas e a sua abertura a ideias externas.”

Testemunho do Dr. Lourenço Antunes acerca da participação da Primavera BSS na 2ª edição do We Can Solve It

Envolvimento dos colaboradores nos projectos

NDrive “A presença dos estagiários internacionais da AIESEC tem sido extremamente importante para o aumento de produtividade da NDrive. Deu-nos capacidade de realização de projectos que de outra maneira não teriam o mesmo impacto.

A qualificação e o conhecimento de mercados internacionais dos estagiários, tem sido uma grande mais valia no processo de internacionalização da nossa empresa.”

Dr. Alexandre SantanaChief Marketing Officer da NDrive

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Sonae

Na Sonae acreditamos, genuinamente, que as pessoas estão no centro do nosso sucesso e que o conhecimento é elemento fundamental da cadeia de valor. Somos uma empresa de novidade, de risco, de aprendizagem com os erros. Somos uma empresa inovadora que acredita que vale a pena fazer acontecer; que “não” nunca é resposta bastante quando se tem os olhos postos em surpreender quem visita as nossas lojas. Inovamos continuamente e isso está no nosso ADN. Em 1985 nascia eu. Uns meses depois uma revolução chamada Continente de Matosinhos, primeiro hipermercado em Portugal; marca da audácia e da visão da Sonae. Não podíamos assim, 25 depois, ser de outra maneira: um grupo apostado na geração desenvolvimento económico e social sustentável baseado na inovação. Percebemos há muito que as nossas inovações de processo, organização, produto ou serviço, mais ou menos disruptivas, resultam, não apenas dos contributos dos nossos colegas, mas das interacções que encontramos ou estimulamos com fornecedores; accionistas; comunidades; clientes; universidades. Muito em especial universidades. Somos próximos do meio académico, por necessidade e vocação. Suportamos parte da nossa actividade de formação e desenvolvimento nas melhores escolas; recrutamos talento extraordinário que se liga ou ligou à academia; somos mecenas de centros de investigação de vanguarda; apoiamos a actualização de conhecimentos e competências dos nossos colegas; temos o orgulho em servir inúmeras vezes de caso de estudo e de participar em aulas, seminários e conferências com o nosso testemunho; mas não ficamos por aqui.

Criamos, em Maio de 2010, a primeira rede social do mundo de uma empresa para comunicar com o público universitário- a Rede Contacto; transformamos a comunicação da nossa marca de empregador, clarificando o quão sexy é este negócio de levar às pessoas o que desejam e criamos o mais significativo programa português de estágios curriculares focados na geração de valor por via da inovação: o Call for Solutions Universidades. Numa porção significativa deste caminho, a AIESEC – instituição de referência que admiramos pela irreverência e pela capacidade de catalisar talento no globo – vem sendo parceira. Quer provocando ou questionando, quer propondo e realizando, num ciclo virtuoso de que resulta mais visivelmente o Call for Solutions Flash. Declinação, simultânea, do projecto de brainstoming empresarial We Can Solve it e do Call for Solutions Universidades, representa um triunfo da vontade dos que, na AIESEC, sentem prazer na partilha de conhecimento e dos que, na Sonae, acreditam que na Universidade portuguesa, em especial na U. Porto, em especial na FEP, um tremendo potencial de open innovation. Em duas edições, 140 participantes e 300 ideias geraram sorrisos que hão-de ser transformados em breve, no sorriso dos nossos clientes. Bem haja a AIESEC por não se cansar de mudar o mundo!

Roberto LeãoRecursos Humanos Sonae

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O QUE É O SEREIA E A SUA IMPORTÂNCIA NA FACULDADE

O SEREIA (Serviço de Relações Externas e Integração Académica) apresenta dois vectores principais de actuação, externo e interno. Por um lado, encarrega-se da ligação entre a Faculdade e Instituições externas, ao nível (1) da criação de fortes parcerias no âmbito da empregabilidade, investigação, consultoria e formação; (2) da promoção de competências pessoais e sociais nos estudantes e diplomados FEP e (3) da intervenção com Escolas com vista ao esclarecimento de potenciais candidatos à FEP.

Por outro, pretende constituir-se como um espaço para a promoção da integração académica, do bem-estar psicossocial e do sentimento de pertença dos estudantes e diplomados desta Faculdade. Neste sentido, o SEREIA surge como um serviço-chave, não só para todos os estudantes e diplomados da FEP, como também para as Instituições e Empresários que desejem estabelecer contactos com a Faculdade e desenvolver uma estreita relação com a mesma.

Neste sentido, o SEREIA tem como objectivos: ● reforçar a relação com Instituições empresariais, sociais, políticas e económicas ● estabelecer parcerias e protocolos com Instituições/Empresas ● reforçar o sentido de pertença e ligação à FEP dos diplomados de várias gerações ● facilitar a integração profissional dos diplomados da FEP ● facilitar a integração académica dos estudantes ● promover o bem-estar psicossocial dos estudantes ● promover nos estudantes o desenvolvimento de competências pessoais e sociais

exigidas aos profissionais de excelência

QUAL É PARA O SEREIA O IMPACTO QUE A AIESEC TEM NA FACULDADE

A AIESEC surge na FEP como um organismo de extrema relevância e uma referência para empresas de várias áreas e para estudantes e diplomados desta e de outras Faculdades. A crescente sofisticação da organização da AIESEC, a par com o alargamento que tem sofrido, fazem deste organismo uma mais-valia para a Faculdade e para os seus estudantes, que têm a oportunidade de, por um lado, adquirir competências transversais, valorizadas no mercado de trabalho, através do desempenho de funções nos diferentes departamentos do escritório local, e por outro, têm a oportunidade de realizar um estágio internacional (após selecção), em áreas tão diversificadas como Gestão, Tecnologias, Desenvolvimento e Educação.

Cooperação AIESEC-SEREIA

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O ENVOLVIMENTO

O SEREIA e a AIESEC possuem uma parceria já desde 2001, que contempla não apenas a colaboração relativa ao processo de selecção dos estagiários internacionais, como também a consultoria em relação a projectos e iniciativas da AIESEC, na sequência do cumprimento dos seus objectivos. Esta parceria revela-se extremamente frutífera tanto para o SEREIA, que tem a oportunidade de absorver a riqueza de actividades realizadas pela AIESEC, como para este organismo, que conta com uma colaboração séria, imparcial e objectiva nas suas iniciativas. Um dos elementos da equipa SEREIA é inclusivamente membro do “Board of Advisers” da AIESEC, cooperando de modo contínuo ao longo de cada ano sob a forma de consultoria aos vários projectos.

Mais recentemente, a AIESEC colaborou com o SEREIA na primeira “Missão Cidadania” da FEP, um evento dedicado às questões da cidadania e responsabilidade social, procurando difundir um espírito de participação activa na sociedade e de solidariedade. Em 2010, a Missão Cidadania decorreu sob o desafio “Shaking Minds”, onde a AIESEC colaborou com a organização da Conferência “Voluntariado Internacional”, que contou com a presença de testemunhos de voluntários e representantes de ONG’s.

Equipa do Serviço de Relações Externas e Integração Académica

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Responsabilidade social: do reequilíbrio à mudança

A entrada na nova década permite- -nos acreditar, se não na solução para todos os problemas que atravessámos em anos anteriores, pelo menos na esperança de que dispomos hoje de ferramentas e

técnicas mais apuradas para uma resposta à medida de cada desafio. E, simultaneamente, questionar: no quadro de convalecença de uma crise financeira e recessão económica global, que papel deve a responsbilidade social assumir enquanto agente de mudança e sinónimo de progresso? Acredito, e tenho-o afirmado em diversas circunstâncias, que é num exercício efectivo e sustentado da responsabilidade social que uma empresa deve alicerçar uma parte da sua estratégia de competitividade e deferenciação. E, assim, contribuir para a inversão de indicadores negativos como o da baixa produtividade a que a economia portuguesa tem sido sucessivamente associada, afastando-nos de economias mais desenvolvidas. Por outro lado, e face a uma crescente consciencialização pública da dimensão cívica que qualquer empresa deve hoje assumir nos diferentes quadrantes em que actua, esse mesmo exercício de uma política de responsabilidade social assume--se cada vez mais como incontornável.

Em causa estão, sem dúvida, valores fundamentais de sucesso de negócio, como credibilidade e confiança. E os consumidores estão cada vez mais atentos à forma como a responsabilidade da gestão dos negócios é traduzida socialmente. Neste contexto, a crise – seja em Portugal, seja em qualquer outro país do mundo – assume-se também como um teste à capacidade de as empresas olharem para a responsabilidade social como uma via de desenvolvimento a longo prazo, com todo o potencial que encerra para a construção de um planeta mais inteligente. De um mundo que saiba encontrar na balança das várias esferas (económica, política, social e cultural) o equilíbrio e o desenvolvimento sustentável tão amplamente debatido e negociado, ainda que nem sempre com o êxito esperado, como aconteceu recentemente em Copenhaga. Mas, reforço, é de avanços e recuos que o progresso se faz, de competição e de um entendimento generalizado de que o mundo só faz sentido se for pensado de e para cidadãos cada vez mais conscientes, exigentes e participantes no processo de construção de um espaço público mais democrático. E se este movimento puder nascer e evoluir nos bancos da universidades e no seio de estudantes crescentemente interessados e ambiciosos como os que integram a AIESEC – que este ano comemora cinco décadas de actividade – cumpriremos certamente o desígnio de conseguir um Portugal e um mundo mais inteligente!

Maria da Conceição ZagaloDirectora da Divisão de Marketing

Comunicações e CidadaniaIBM Portugal

A AIESEC e o Mundo exterior

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Redescobrir o mundo, seis séculos depois Tal como os nossos antepassados descobridores realizaram, entre os anos 1415 e 1543, a expansão portuguesa pelo mundo na procura de alternativas às rotas de comércio habituais do Mediterrâneo, hoje, mais do que nunca, há necessidade ou mesmo obrigatoriedade das empresas portuguesas encontrarem alternativas de comercialização da sua oferta de produtos e serviços em novos mercados para além do português. Se antes os caminhos eram desbravados com recurso às famosas naus portuguesas, hoje, os modelos de acesso a novos mercados estão por demais desenvolvidos. O denominado “mercado global” está, como sabemos, ao alcance de todos mas nem todos sabemos como o abordar e qual a forma mais correcta de o fazer para a nossa empresa. Na selecção do seu modelo de internacionalização, cada empresa deve ter em consideração aspectos fundamentais da sua realidade, como sejam: a sua dimensão, maturidade, capacidade de investimento, know-how dos seus colaboradores e, acima de tudo, o nível de diferenciação e localização da sua oferta e o target de mercado em que se insere a mesma. Só após serem valorizados estes aspectos é que se devem definir os novos mercados a abordar e com que modelos de internacionalização. Na escolha de novos mercados, tem forçosamente que se considerar, de forma genérica, a dimensão e potencial do mercado, situação económica, social e política da região onde está inserido e idioma e cultura implementada. Com carácter mais específico, deve-se reflectir sobre a maturidade do mercado para a oferta disponível, necessidades de localização (tradução, adaptação) da mesma e capacidade existente para a sua comercialização e/ou implementação. Em termos de modelo de internacionalização, várias alternativas podem ser enquadradas. Desde as mais simples e ao alcance de praticamente todos os empresários; o cada vez mais habitual B2C (business-to-customer) ou B2B (business-to-business), até aos modelos mais complexos e que exigem elevados investimentos como é o caso da fusão ou aquisição de empresas locais. Entre estes extremos podem-se considerar entre outras opções:

● Follow the Customer – acompanhamento de um seu cliente no seu processo de internacionalização

● Através de Partners/Distribuidores – captação de intermediários locais para representação da oferta de produtos e serviços da empresa

● Delegação comercial – criação de um escritório próprio de representação estritamente comercial

● Filial ou subsidiária – constituição de uma empresa de direito local (pode incluir sócio local minoritário)

● Joint Venture – aproveitamento de competências locais para criação de uma nova empresa local em sociedade

Tal como noutros tempos, os novos mercados podem ser alcançados por diferentes rotas (modelos de internacionalização) e cada empresa deve sempre optar pela que lhe parece ser mais conveniente ao seu perfil, à sua capacidade de investimento e oferta disponível. Uma coisa é certa, tal como o Infante D. Henrique – O Navegador, qualquer um de nós necessita sempre de uma elevada dose de bravura, ambição e espírito inovador para descobrir novos mercados para a sua empresa.

Dr. Luis Cadillon, Market Expansion Head Manager do grupo PRIMAVERA

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Inseridos actualmente num contexto de globalização e de mudanças a diferentes níveis, emergem novas preocupações e expectativas, sendo que os indivíduos e as instituições têm vindo a adoptar critérios sociais nas suas decisões, nomeadamente no que concerne ao impacto ambiental de diferentes actividades, que tem gerado preocupações crescentes entre os cidadãos e empresas, pressionando as mesmas para a regulamentação dos requisitos ambientais. Adicionalmente, com a difusão rápida de informação, tem sido maior a vigilância sobre as entidades e o cumprimento das leis existentes, sendo beneficiadas as que cumprem os requisitos (nomeadamente através da imagem junto dos públicos-alvo) e penalizadas as que são consideradas socialmente irresponsáveis. A ‘’responsabilidade social das empresas’’ tem vindo a ser um tema com grande enfoque a vários níveis nas últimas décadas. Pelo que representa e pelas controvérsias geradas, nomeadamente aquando a sua definição e implicações, já que em diferentes entidades, é sinónimo de práticas de gestão diversas. De uma forma geral, responsabilidade social das empresas remete para o cumprimento dos deveres e obrigações das mesmas para com a sociedade em geral.

Desta definição decorre que,uma organização socialmente responsável tem em consideração, nas decisões que toma e nas actividades que desenvolve, a comunidade onde se insere e o ambiente onde opera.

Acresce a esta noção que as organizações, enquanto entidades promotoras de desenvolvimento económico, tecnológico e humano, só se realizam plenamente quando consideram na sua actividade o respeito pelos direitos humanos, o investimento na valorização pessoal, a protecção do ambiente, o cumprimento das normas sociais e o respeito pelos valores e princípios éticos da sociedade em que se inserem. Adicionalmente, responsabilidade social empresarial é conotada com uma forma de gestão ética e transparente, entre a organização e aqueles com quem a mesma se relaciona, com o objectivo de minimizar os impactos negativos das suas actividades na comunidade e no meio ambiente e, simultaneamente, potenciando a satisfação e produtividade dos seus trabalhadores. Comporta igualmente um conjunto de valores, permitindo a definição de uma postura estratégica empresarial, uma vez que potencia uma melhoria na qualidade do relacionamento da entidade com seus diversos públicos-alvo (trabalhadores, clientes, fornecedores, distribuidores e comunidade), servindo igualmente como uma estratégia de marketing institucional. Com o intuito de intervenção na comunidade, as estratégias adoptadas potenciam o desenvolvimento social dessa mesma comunidade, passando a organização a assumir o papel de agente do desenvolvimento local, junto com outras entidades comunitárias e do próprio governo. Incluindo na sua definição preocupações com o ambiente e com a comunidade, a responsabilidade social das empresas pode ser igualmente promotora da cidadania individual e colectiva dos seus trabalhadores, podendo ser igualmente uma estratégia de integração social.

Responsabilidade social empresarial

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Numa revisão da aplicação da responsabilidade social empresarial, percebe-se então que são inúmeras as interpretações e definições deste conceito - responsabilidade social como obrigação social (Friedman, 1970); responsabilidade social como aprovação social (Davis e Blomstrom, 1975) e responsabilidade social como abordagem sistêmica dos stakeholders (Zadek, 1998) - e que as empresas assumem diferentes práticas neste âmbito. Numa tentativa de uniformizar as práticas, a Comissão Europeia (2001) definiu que a responsabilidade social das empresas é um conceito, segundo o qual, as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. Desta forma, a gestão das empresas não pode e/ou não deve, ser realizada apenas para o cumprimento de interesses dos proprietários das mesmas, mas também pelos de outros detentores de interesses como, por exemplo, os trabalhadores, os clientes, os fornecedores, as autoridades públicas, os concorrentes, as comunidades locais e a sociedade em geral. Assim, e numa tentativa de conceptualizar esta expressão, é comummente aceite que a responsabilidade social das empresas visa a integração, que deverá ser voluntária, de preocupações de foro social e ambiental, nas actividades da entidade e na relação entre a entidade e o meio.

Tal implica a satisfação das necessidades de todos aqueles que se relacionam com a empresa e da comunidade em que a mesma se insere, com o objectivo de contribuir de forma positiva para a sociedade. Por outro lado, consegue- -se através deste conjunto de políticas e acções, proporcionar vantagens directas para a entidade. Complementando esta definição, Carlos Cabral-Cardoso (2002) defende que o conceito de responsabilidade social empresarial ocorre a dois níveis: 1) o interno: os trabalhadores e todas as partes interessadas afectadas pela empresa, que podem influenciar os seus resultados; 2) o externo: as consequências das acções sobre os seus componentes externos, nomeadamente o ambiente, os seus parceiros de negócio e a comunidade envolvente.

Dr. Ana MatosServiço de Relações Externas e Integração Académica da Faculdade de Economia do

Porto

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“A ideia de fazer um estágio AIESEC surgiu um pouco inesperadamente, em conversa com a Teresa Rocha, actualmente Professora na FEP, a qual era membro da AIESEC (e minha amiga e “madrinha” de praxe). A ideia entusiasmou-me, pois era uma oportunidade para explorar um mundo que se tornava mais próximo e de experimentar

coisas novas. As minhas preferências à época foram para Espanha, devido à minha curiosidade hispanófila, algo que na altura era visto como um pouco excêntrico pelos meus colegas (bastante mais anglófilos). Apesar de não se poder estabelecer senão preferências gerais, tive a sorte de me calhar não apenas Espanha, mas exactamente Madrid, que era a cidade da minha preferência. O estágio realizou-se durante o último trimestre de 1993 no departamento internacional daquele que na altura era apenas BBV (e mais tarde BBVA). A experiência foi excelente, desde logo pelo ambiente de trabalho que era muito informal e caloroso (ou não estivéssemos em Espanha…). Foi também uma experiência muito original, pois fui integrado na equipa que trabalhava com os países da Ásia-Pacífico e por isso pude aprender bastante sobre uma região que na altura começava a tornar-se num dos eixos fundamentais da economia mundial. A experiência do estágio valeu também muitíssimo pela oportunidade de viver numa cidade como Madrid, com as características que a tornariam ao longo dos últimos anos um pólo de atracção para muitos estudantes e recém-licenciados portugueses (muitos dos quais da FEP). Madrid foi a minha primeira experiência de grande cidade (sim, porque o Porto às vezes parece mais uma aldeia grande onde todos nos conhecemos), com tudo o que isso significa de oferta cultural: concertos, exposições, teatro. Foram três meses intensamente saboreados, cheios de memórias fantásticas. Foi também uma experiência muito importante, porque me convenceu a experimentar viver noutros países, nos anos que se seguiram e a perceber melhor quais os caminhos profissionais que queria percorrer. Olhando para trás, aquilo que vivi parece hoje muito mais banal, pois a interdependência ibérica e europeia aprofundou-se muito ao longo dos últimos 20 anos. Além disso, a ideia de fazer uma experiência internacional tornou-se, felizmente, não apenas uma possibilidade exequível, mas uma realidade frequente para muitos licenciados da FEP. Essa banalização também me alegra bastante, pois significa que, apesar das dificuldades, as novas gerações de diplomados têm hoje mais oportunidades para descobrir novos mundos.”

Dr. Pedro Teixeira - Professor Associado da Faculdade de Economia do PortoEstagiário no banco BBVA pela AIESEC na FEP

“Activar a Liderança é um dos grandes slogans da AIESEC. Pelo percurso que tive na organização ao nível dos cargos que desempenhei, equipas e projectos em que participei, competências e skills que desenvolvi, posso agora afirmar que sou, acima de tudo, mais líder de mim próprio. Para além de todas as amizades estabelecidas, conhecimentos e contactos adquiridos, esta organização teve uma enorme importância no processo de auto-conhecimento e no despertar de todo o meu potencial.”

Ricardo França - Alumnus AIESEC na FEPPresidente da AIESEC na FEP 2007/2008

Testemunhos

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“Após trabalhar durante mais de três anos na AIESEC Porto FEP, onde aprendi muito mais do que com o meu curso, decidi-me por participar no programa de estágios internacionais da AIESEC, o que foi a realização de um sonho. Depois do processo de selecção, fui aceite. para realizar o estágio em Junho de 2007. Em agosto enviei minha candidatura para a realização de um estágio em consultoria na PricewaterhouseCoopers do México, para o qual fui selecionado, junto com outros 12 estagiários de vários países do mundo. Estive de estágio entre outubro de 2007 e Junho de 2008. Foi extremamente recompensador ser convidado para ficar lá definitivamente. Estarei voltando em Julho, desta vez empregado como consultor na área de Tecnologias da Informação. Minha experiência foi fantástica. Fiz amigos de vários países do mundo. Melhorei meu conhecimento de espanhol, conheci um país com uma riqueza cultural impressionante, viajei, trabalhei e aprendi imenso tanto do ponto de vista profissional como pessoal. O estágio AIESEC é uma oportunidade incomparável. É muito mais enriquecedor que simplesmente terminar o curso, enviar currículos e cruzar os dedos torcendo por uma entrevista. Além da oportunidade profissional muito mais enriquecedora em outro país, também há todo o ambiente multicultural da AIESEC para nos ensinar que a felicidade é muito mais do que encontrar um emprego o mais perto possível da sua casa.”

David KiznerEstagiário na PWC pela AIESEC na FEP

“Sou Li Minaya Rojas, sou recém licenciada em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais da Pontificia Universidade Católica do Perú. O meu interesse laboral tem vindo a ser relacionado com temas que envolvam crianças e adolescentes, e foi justamente isto que me trouxe a conhecer de perto modelos diferentes da minha realidade. A disciplina, o cuidado e a igualdade são características do que se tem tecido dia-a-dia dentro da Associação Protectora da Criança, e que fazem com que a minha aprendizagem em torno das crianças se enriqueça. Trabalhar para esta associação permite- -me conhecer os modos de funcionamento das organizações que trabalham em prol das crianças no Porto; desta maneira estou a

aprender um modelo a reproduzir em meu país. Este estágio desde já cobriu as minhas expectativas: estes três meses permitiram-me conhecer, de uma maneira global, as condutas e os comportamentos de todos os meninos, permitindo também transmitir em geral um bocado da minha cultura.”

Li Minaya RojasEstagiária na Associação Portectora da Criança pela AIESEC na FEP

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Conselho Patrocinador

Parceiros de Estágios Internacionais

Parceiros de Actividades e Projectos

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Agradecimentos

Especiais agradecimentos: a todos os membros e parceiros que contribuiram para esta edição e sem os quais não teria sido possível concluir a mesma.

Esta Revista anual é distribuída aos membros e parceiros da AIESEC na FEP, antigos membros, alunos e empresas.Esta edição foi compilada e editada pela AIESEC na FEP.

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