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Revista Bimestral de Comunicação Interna Ano II n número 09 Entrevista Bologna fala do impacto das mudanças nas pessoas e nas organizações ra uma vez uma tribo que vivia a beira de um rio e que, de gerações a gerações sobrevivia da atividade pesqueira. A partir de um certo momento, começaram a aparecer peixes mortos na correnteza do rio. Como o fenômeno persistia o Conselho da tribo reuniu-se para examinar as causas do problema e tomar as decisões necessárias. Depois de muitas discussões, o Conselho identificou que a causa da mortandade estava ligada à contaminação nos afluentes que alimentavam o rio, originada em lugares distantes sobre os quais eles não tinham qualquer domínio. A maioria dos Conselheiros concluiu que a saída para a sobrevivência da tribo era mudar de atividade. E a atividade que se apresentou como a mais viável era a de caça em uma montanha próxima. Houve uma resistência por parte dos que acreditavam que o problema poderia ser superado e que a pesca ainda teria futuro. Mesmo assim, a ameaça da fome, percebida pelos mais clarividentes falou mais alto e a marcha rumo à montanha foi empreendida. Essa mudança possibilitou a todos outra percepção da realidade que lhes abriu novos horizontes de oportunidades para assegurar o presente e o futuro daquela comunidade. Coesos em torno dos valores construídos ao longo da história daquela tribo, todos passaram a adaptar as suas atividades às novas necessidades: quem fazia anzol, passou a fazer lança; quem construía embarcações, passou a produzir arreios para montarias; quem preparava condimentos para o pescado, teve que criar novos modos de preparação das carnes. Assim, toda a tribo, cada um em sua parte, começou a fazer os ajustes requeridos pela nova situação, de modo a que o todo pudesse expressar a complementaridade das habilidades individuais para garantir o sucesso das caçadas e, consequentemente, a sobrevivência e o desenvolvimento da comunidade. De pescadores a caçadores E

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Page 1: Revista Bimestral de Comunicação Interna Ano II n De ... · apresentou como a mais viável era a de caça em uma montanha próxima. Houve uma resistência por parte dos que acreditavam

Revista Bimestral de Comunicação InternaAno II n número 09

Entrevista Bologna fala do impacto das mudanças nas pessoas e nas organizações

ra uma vez uma tribo que vivia a beira de um rio e que, de gerações a gerações sobrevivia da atividade pesqueira. A partir de um certo momento, começaram a aparecer peixes mortos na correnteza do rio. Como o fenômeno persistia o Conselho da

tribo reuniu-se para examinar as causas do problema e tomar as decisões necessárias. Depois de muitas discussões, o Conselho identificou que a causa da mortandade estava ligada à contaminação nos afluentes que alimentavam o rio, originada em lugares distantes sobre os quais eles não tinham qualquer domínio. A maioria dos Conselheiros concluiu que a saída para a sobrevivência da tribo era mudar de atividade. E a atividade que se apresentou como a mais viável era a de caça em uma montanha próxima. Houve uma resistência por parte dos que acreditavam que o problema poderia ser superado e que a pesca ainda teria futuro. Mesmo assim, a ameaça da fome, percebida pelos mais clarividentes falou mais alto e a marcha rumo à montanha foi empreendida. Essa mudança possibilitou a todos outra percepção da realidade que lhes abriu novos horizontes de oportunidades para assegurar o presente e o futuro daquela comunidade. Coesos em torno dos valores construídos ao longo da história daquela tribo, todos passaram a adaptar as suas atividades às novas necessidades: quem fazia anzol, passou a fazer lança; quem construía embarcações, passou a produzir arreios para montarias; quem preparava condimentos para o pescado, teve que criar novos modos de preparação das carnes. Assim, toda a tribo, cada um em sua parte, começou a fazer os ajustes requeridos pela nova situação, de modo a que o todo pudesse expressar a complementaridade das habilidades individuais para garantir o sucesso das caçadas e, consequentemente, a sobrevivência e o desenvolvimento da comunidade.

De pescadores a caçadores

E

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06Dona Benta Comer Bem. Edição especial do livro

Dona Benta Comer Bem traz 12 receitas exclusivas para serem feitas com a nova Farinha de Trigo Dona Benta Reserva Especial.

10Entrevista. O psicólogo, administrador

e consultor organizacional, José Ernesto Bologna, explica como os processos de mudança influenciam o cotidiano das pessoas e das organizações.

14IV Comex Ampliado.Uma síntese da mensagem

do Presidente Amarílio Macêdo reforça a convicção de que a J.Macêdo 100% Consumo está no rumo certo.

Novembro/Dezembro 2006

Sugestões e comentários: Zilmara (85) 4006-6168 Débora (85) 4006-8152 E-mail: [email protected]ço: Rua Benedito Macêdo 79, Vicente Pinzón, Fortaleza-CE, CEP 60180-900www.jmacedo.com.br www.donabenta.com.br www.petybon.com.br

NESTA EDIÇÃO

Conselho de Administração: Presidente José Dias de Macêdo Conselheiros Roberto Macêdo, Amarílio Macêdo, Georgina Macêdo Comitê Estratégico (coordenador) Edson Vaz Musa Comitê de Marcas (coordenador) Marcel Fleischmann Comitê das Pessoas e da Organização (coordenador) João de Paula Monteiro Comitê de Auditoria (coordenador) Humar Oliveira Diretoria Executiva: Presidente Amarílio Macêdo Diretores Eiron Pereira, Jacob Cremasco e Marcos Andrade Comitê de Comunicação José Souza, Jumar Pedreira e Flávio Paiva Coordenação Geral Zilmara Azevedo Jornalista Responsável Débora Cronemberger, MTB DF01749JP Projeto Gráfico e Editoração OMNI Editora Associados Impressão Gráfica Halley Tiragem desta edição 3.000 exemplares

A Revista Diálogo J.Macêdo é uma publicação bimestral dirigida aos colaboradores de J.Macêdo, com o objetivo de intensificar o diálogo, praticar a transparência, fortalecer o trabalho de equipe, divulgar os valores da empresa, informar fatos relevantes acontecidos no período, disponibilizar dados dos produtos e das Unidades, aprimorar permanentemente a comunicação interna, aproximar o universo de trabalho de todos os que fazem a J.Macêdo com suas famílias.

2006 foi um ano de avanços na melhoria dos nossos resultados.

Fechamos todos os meses do ano com resultado operacional positivo.

Avançamos na consolidação do nosso negócio 100% consumo,

dando passos firmes na construção da empresa multirregional,

de grandes marcas, competência em distribuição e excelência

no ponto-de-venda.

Obtivemos novas conquistas na Aliança com a Bunge Alimentos,

com destaque para a TrigoBrasil, um modelo vencedor

de gestão compartilhada.

Todas essas vitórias são resultantes de muito trabalho e dedicação

de todos nós que fazemos a J. Macêdo.

Assim como valorizamos o compartilhamento de responsabilidades no

trabalho das equipes, reconhecemos também a importância de partilhar,

por meio do Prosperar, os frutos dos nossos esforços com todos que

fizeram um trabalho diferenciado para os resultados da empresa.

O Prosperar 2006 é um sinal de que podemos muito mais.

Feliz Prosperar 2007

20Memória. Ex-moradora do Moinho

Salvador, Verena Muhr, visita a Unidade e reencontra-se com o passado na obra de Carybé.

28Filhos e Filhas. Nesta Diálogo você

vai conhecer o programa preferido de alguns dos nossos colaboradores com seus filhos nas férias escolares.

NoVEMBro/DEzEMBro 2006 | Diálogo | �www.donabenta.com.br

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muito bom para todo o mercado. Uma excelente entrevista com o empresário Roberto Macêdo, que confessamos: gostaríamos de ter feito. Complexidade Global apontando para a necessidade das empresas se adaptarem para o funcionamento em rede, é uma realidade. Muito boa a matéria! Enfim, 36 páginas de boas informações e entretenimento. Parabéns!Dalton Salles Editor revista TECNoPAN

EDITORIALBem-vindo a nossa revista

DIGALÁ!Espaço aberto para Cartas, Sugestões e Críticas

Ampliando o conhecimentoTive o prazer de ler algumas edições da revista Diálogo J. Macêdo. Voces estão de parabéns a revista está muito bem diagramada e consegui ampliar meu conhecimento sobre a empresa. Fabio de MedeirosDiretor Corporativo Puras do Brasil

Informações e entreterimentoParabenizamos toda a equipe da revista Diálogo J. Macêdo, que não conhecíamos e cujo nº 8 li “de cabo a rabo” como se diz popularmente, com a oportunidade de ver pessoas - como o Senador José Macêdo, seu filho Amarílio, o Jumar, o Rud, o Jacob, o Oscar e muitos outros, com quem lidamos ao longo desses 30 anos de existência e aliança, e até mesmo o Presidente Sergio Waldrich, da Bunge - que ainda não tivemos a honra de conhecer, empreendedores e executivos para os quais “tiramos o chapéu”. O Workshop Sinergias nos passa a idéia da integração desta equipe e sabemos que o resultado é sempre

Diálogo significa conversa, troca, colaboração de duas partes em busca

do melhor. E é isto o que queremos com nossa troca de idéias — o melhor.

Por isso, este espaço é destinado a mostrar o que você tem a nos dizer — opine, critique, sugira, elogie... Diga lá!

Mande seu e-mail para [email protected] ou entregue sua carta ao Coordenador de RH de sua Unidade. Ele se encarregará de fazê-la chegar até a Redação.

AgradecimentoAgradeço-lhes pela honrosa oportunidade de participar do último número da revista Diálogo J. Macêdo, assim como cumprimentá-los pela bela publicação de suas oportunas matérias. Horácio Lafer PivaMembro do Conselho de Administração da Klabin, presidente do Conselho da Bracelpa — Associação Brasileira de Celulose e Papel e ex-presidente da Fiesp/Ciesp

stamos vivendo momentos de consolidação da J. Macêdo, como empresa 100% Consumo. Nossas principais categorias –

farinhas, misturas para bolo e massas – estão cada vez mais firmando nossa liderança no mercado nacional de alimentos humanos.

A decisão de focar nosso negócio exclusivamente no consumo implica acompanhar a velocidade de atuação imposta pela dinâmica da competitividade da economia contemporânea. Nesse contexto, o sentido de urgência está na própria natureza do que fazemos.

Para avançar com sucesso nesse processo de transformação há uma necessidade de colocarmos uma dose redobrada de energia em todas as nossas atividades. Como o conhecimento é um fator decisivo para qualquer empresa que decida se destacar no mercado, precisamos exercitar ao máximo a nossa curiosidade, a fim de estarmos sempre adiante dos acontecimentos.

Precisamos assumir a J. Macêdo na sua plenitude, como ela decidiu ser. Passamos a fase das dúvidas. Não cabe mais qualquer hesitação. Estamos convencidos do rumo que tomamos. Assim como estamos orgulhosos da opção que fizemos para nos tornar 100% Consumo e convictos da solidez dos alicerces que construímos.

Sabemos que a J. Macêdo é potencialmente uma das mais competitivas empresas do setor alimentício e tem tudo para ser uma das melhores para se trabalhar. O caminho para alcançarmos esses objetivos requer de todos que integram a nossa empresa o empenho em fazer, dizer, pensar e sentir em consonância com as exigências da J. Macêdo 100% Consumo.

Até 1º de março de 2004, como na fábula dos pescadores que viraram caçadores, ainda éramos pescadores. Convencidos de que não dava mais para viver dependendo do rio, decidimos subir

O sentido de urgência

E

Amarílio Macêdo – Eiron Pereira – Jacob Cremasco – Marcos AndradeCoMEX – Comitê Executivo da J.Macêdo S/A

a montanha, adotando um novo modo de ser e de viver. Seguindo o espírito daquela metáfora, resolvemos ser caçadores.

No momento atual estamos fazendo a marcha da mudança que decidimos assumir. Essa transição tem que ser vivida e concluída o mais cedo possível. Para isso, precisamos compreender e exercitar o sentido de urgência da caminhada.

Como temos um farto aprendizado em curso, só teremos o êxito que pretendemos se aplicarmos técnicas novas para situações novas. Técnicas, essas, que em muitos casos precisam ser criadas, desenvolvidas e permanentemente aperfeiçoadas.

Tivemos que nos adaptar a um modelo de negócio com o qual não estávamos habituados. Abrimos muitas frentes nesse período de transição para 100% Consumo. No primeiro momento tivemos que investigar todos os caminhos possíveis para descobrir na prática quais os viáveis e, entre estes, os mais apropriados para a nossa empresa.

Essa busca certamente foi desgastante, mas foi indispensável, pois nos possibilitou chegar aos Projetos Estruturantes. Estes projetos constituem as plataformas de sustentação do nosso negócio de consumo. A Arquitetura de Marcas, Canais, Apreçamento e Logística, juntamente com o Plano de Negócios por URN (Unidade Regional de Negócios), são os eixos que dão sustentação ao novo modelo de negócio e que nos farão cumprir as estratégias da empresa em sua especialização no mercado de consumo.

Devemos, portanto, juntar nossas energias para integrar e dinamizar esses projetos, de forma que eles se desenvolvam alinhados, a fim de levar a empresa a melhores condições de lucratividade, crescimento e sustentabilidade.

Tudo isso só será possível se desenvolvermos em cada um de nós o sentido de urgência em tudo o que fazermos.

Em J. Macêdo, o futuro é já!

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ma união de valor para deli-ciar o consumidor brasileiro. A marca de farinha de trigo

mais vendida no Brasil, a Dona Ben-ta, e o mais tradicional livro de culi-nária do País, “Dona Benta Comer Bem”, se juntaram em uma parceria inédita para o lançamento de uma edição especial do livro, com 12 re-ceitas exclusivas, para preparar com a nova Farinha de Trigo Dona Benta Reserva Especial.

A edição apresenta receitas de

Clássicos da cozinha brasileira se unem em edição especialCOMERBEMDONABENTA

Livro oferece receitas com

o mais tradicional livro de culinária brasileiro, Dona Benta Comer Bem, oferece receitas com a Farinha de

Trigo Dona Benta reserva Especial

Farinha Dona Bentabolos, tortas, pães e massas para fo-lhados, pizzas e macarrão. A tiragem inicial da edição especial é de 30 mil exemplares, que estão sendo distri-buídos em cursos de culinária e even-tos da empresa para consumidores, formadores de opinião e clientes.

A partir de 2007 a edição espe-cial será distribuída nas livrarias pela editora do clássico “Dona Benta Comer Bem”, a Companhia Editora Nacional – um dos empreendimen-tos de brasilidade do escritor Mon-

teiro Lobato.O lançamento da edição exclusiva

é o início de uma série de ações da empresa para expandir a marca e po-sicionar a nova Farinha de Trigo Dona Benta Reserva Especial. “A edição especial do livro é a primeira realiza-ção de um antigo sonho: reunir todo o simbolismo de Dona Benta. A cozi-nha clássica do livro, a personagem querida das histórias de Monteiro Lobato e a farinha do dia-a-dia. Uma união que simboliza a cozinha típica,

rica e calorosa do imaginário nacio-nal”, diz o presidente-executivo da J. Macêdo, Amarílio Macêdo.

Best seller da culinária. Com mais de um milhão de exemplares vendidos desde seu lançamento, em 1940, o mais querido livro de receitas do Brasil ensina os requisitos básicos de se comer bem. O livro aborda os mais diversos assuntos relacionados ao prazer de uma boa comida.

Além de receitas consagradas, estão apresentados no livro desde o uso de utensílios de copa e cozi-nha, pesos, medidas, até arranjos de mesa. É um clássico de receitas culi-nárias da cozinha brasileira e estran-geira apresentadas em linguagem simples e acessível a todos aqueles que se interessam pela boa culinária.

Em sua primeira edição, contou com 1.000 receitas. Atualmente está na 75ª edição, com mais de 1.500 receitas atualizadas e testadas pelo chef Luiz Cintra.

U

o Bolo da Bapa. O menino que olha enfeitiçado o lindo bolo na mão da avó, tanto quanto os mais de 1 milhão de leitores que adquiriram o livro em toda a sua história, agora encontram a receita do Bolo da Capa preparado com a farinha Dona Benta na edição especial. É a primeira receita do livro: delicioso bolo para servir gelado em camadas de pão-de-ló levíssimo, com chantilly e morangos.

A seguir, estão receitas de bolo de mel com ameixa, torta de banana, cookies, scones (massa para reche-ar, como carolinas) e uma rosca de natal, que celebra o lançamento na data festiva. Em seguida, pão de ricota com uvas passas, rosca de coco, vol-au-vent com salmão defu-mado, torta folhada de morango e chantilly, pizza de mussarela, calzone de lingüiça, pão sírio, esfihas, enrola-do de presunto e queijo, empadão de frango, torta de queijo, de palmito, de escarola e nozes, ravioli, tortellini, capeletti e variados recheios e molhos.

Dona Benta reserva Especial. Macia, fina e branquinha, a farinha de trigo premium é extraída do miolo do trigo com uma técnica diferenciada, que a deixa com apenas 0,45% de cinzas (as cinzas são resíduos da farinha, como

cascas e partes não-aproveitadas do trigo). Atendendo aos mais exigentes padrões culinários, a Reserva Especial é equivalente às melhores farinhas do mundo, o que garante maior e melhor qualidade às produções gastronômicas - bolos, tortas, biscoitos e pães.

Ela pertence à categoria de fa-rinhas Tipo 1 (nova denominação para as farinhas de trigo especial), que são produzidas a partir de uma seleção especial de trigo de origem controlada. A extração diferenciada permite que a Dona Benta Reserva Especial mantenha suas proprieda-des e um elevado grau de pureza. É um produto 100% natural, fonte de carboidratos, que é a base da pirâ-mide alimentar, e ainda é enriqueci-do com ferro e ácido fólico.

A Farinha de Trigo Dona Benta Reserva Especial foi lançada em outubro deste ano em São Paulo. Numa segunda etapa será lançada nas demais regiões brasileiras. n

Jumar Pedreira, Amarílio Macêdo e Marly Parra, com Beatriz Yunes Guarita, diretora editorial da Companhia Editora Nacional

Mais informações:Serviço de Atendimento ao Consumidor/Cozinha Dona Benta: 0800.7262020 ou pelo site www.donabenta.com.br. Pelo correio, a Caixa Postal é 60049 CEP 05033-970, São Paulo-SP.

Edição especial tem receita inédita do Bolo da Capa

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Reserva EspecialSeleção de grãos de origem controlada

Assim como a culinária evoluiu ao longo dos anos exigindo que os ingredientes acompanhassem esta evolução, a farinha de trigo especial, agora denominada tipo 1, também evoluiu através do lançamento da reserva Especial.

Nutrição, gastronomia e conhecimento

VISITENOSSA COZINHA

A

Ingredientesrecheio½ xícara (chá) de frutas cristalizadas½ xícara (chá) de uvas-passas pretas sem sementes½ xícara (chá) de nozes trituradas½ xícara (chá) de amêndoas sem pele trituradas3 colheres (sopa) de rumMassa1 envelope de Fermento Biologico Seco Instantaneo Fermix½ xícara (chá) de água3 colheres (sopa) de açúcar1 ovo2 ½ xícaras (chá) de Farinha de Trigo Dona Benta reserva Especial½ xícara (chá) de margarinaPara pincelar1 gema

Modo de preparorecheio: Em uma tigela, misture as frutas cristalizadas, as uvas-passas, as nozes, as amêndoas e o rum. Reserve.

Massa: Em uma tigela, junte o Fer-mento Biologico Seco Instantaneo Fermix com a água, o açúcar, o ovo e a Farinha de Trigo Dona Benta reser-va Especial. Sove até obter uma massa macia e elástica, se necessário adicione, aos poucos, mais farinha de trigo. Cubra e

rosca de Natali

>> Qual a origem do trigo da Farinha Reserva Especial?

Como o Brasil não é auto-su-ficiente em trigo, foi necessário buscar variedades especificas em vários locais do mundo para que possamos garantir o padrão da farinha. Não há local especifico, podendo ter procedência de qualquer produtor do Hemisfério Norte. O importante é o controle da origem e a seleção do grão de trigo a ser utilizada na moagem e extração da farinha.>>O que isto significa para mi-nhas receitas?

Como a Farinha de Trigo Dona Benta Reserva Especial é mais soltinha e branquinha, as receitas ficarão mais leves e fofas. Pães, bolos e tortas ficam com aparências mais apetitosas ressaltando o dourado do assa-do de forma uniforme, texturas mais leves e macias, além de ma-nipulação da receita ser efetuada com maior facilidade. >>É como vinho, que reserva especial significa produtos dife-renciados e elaborados de forma diferenciada?

Sim, a comparação é muito feliz. Todo produto denominado reserva especial foi elaborado de forma diferenciada apresentando vantagens sensoriais e/ou maior praticidade para o consumidor.>>Por que também é denomina-da Tipo 1?

Por determinação do Ministério da Agricultura, que estabeleceu nova classificação para as farinhas de trigo a partir de dezembro 2006. Isto não significa que to-das as farinhas Tipo 1 são iguais. A Dona Benta Reserva Especial, apesar da classificação de Tipo 1, apresenta características especiais e diferentes de outras farinhas do mercado.>>Posso fazer qualquer receita com a Reserva Especial?

Sim, a Reserva Especial foi ela-borada para todo o tipo de pro-duto caseiro. Pães, bolos, tortas, biscoitos e massas, dentre outras receitas, podem ser elaborados com este produto. ! n

Farinha de Trigo Reserva Espe-cial foi desenvolvida pela Dona Benta a partir da seleção

especial de grãos de trigo, de origem controlada. Através de processo diferenciado de ex-tração, resulta em uma farinha de tri-go de elevado grau de pureza e cor e com textura muito mais fininha.

Todo este cuida-do na origem, sele-ção e extração do trigo proporcionam uma farinha com qualidade diferen-ciada para atender aos mais exigentes padrões de qua-lidade, trazendo maior praticidade e garantia de um melhor resultado no preparo das suas receitas.

Dona Benta Re-serva Especial é elaborada 100% através de processos físicos, sem adição de qualquer aditivo ou processo químico. Conforme determinação do Ministério da Saúde, adicionamos à

farinha apenas ferro (cada ½ xícara contribui com 15% das nossas neces-sidades diárias, ajudando na prevenção de anemias) e ácido fólico (vitamina B9, ideal para prevenção de má formação

fetal, onde cada ½ xícara contri-bui com 31% das necessida-des diárias).

P a r a c o -memora r o l ançamento da Farinha de Tr i go Dona Benta Reser-va Especial, a Dona Benta se uniu ao livro de cul inár ia ma i s f amo-so do Brasil, “Dona Benta Comer Bem”, da Companhia Editora Nacio-nal, para lan-çar um cader-no de receitas. Nestas páginas

você encontra algumas dessas sabo-rosas receitas, desenvolvidas com a Farinha de Trigo Dona Benta Reserva Especial. Bom apetite! n

IngredientesMassa½ xícara (chá) de margarina derretida (100g)4 colheres (sopa) de água fria1 ½ xícara (chá) de Farinha de Trigo Dona Benta reserva Especialrecheio2 claras1 embalagem de leite condensado2 colheres (sopa) de suco de limão2 gemas ligeiramente batidas2 xícaras (chá) de bananas amassadasPara polvilhar4 colheres (sopa) de coco raladoPara decorar1 banana cortada em rodelas e cara-melizada

Modo de preparoMassa: Em um recipiente, misture a margarina com a água e a Farinha de Trigo Dona Benta reserva Especial. Mexa bem até obter uma massa homogênea. Forme uma bola, embale em filme plástico e leve por 30 minutos à geladeira.

sado, o suco de limão, as gemas, a banana e misture bem. Incorpore delicada-mente as claras em neve e reserve. Retire a massa do forno, abaixe o forno para temperatura média (180ºC), espalhe o recheio e volte ao forno por mais 20 minutos. Retire do forno, polvilhe o coco ralado e volte ao forno por mais 5 minutos. Retire novamente do forno, decore com as rodelas de banana e deixe esfriar para servir.

rendimento: 10 a 12 porções.

Tempo de preparo: 1 hora e 30 minutos

>> Dica: A massa da torta poderá ser congelada por até 2 meses. Para congelar, esfrie bem a massa, coloque em um saco plástico, próprio para congelamento e retire bem o ar para fechar. Coloque data e leve ao freezer. Para utilizar, recheie a massa congelada e leve ao forno.

deixe por 10 minutos.Modelagem: Abra a massa com um rolo em uma superfície lisa, formando um retângulo com cerca de 35x20cm. Sobre a massa, espalhe a margarina, distribua o recheio e enrole como rocambole. Una as duas pontas formando uma rosca e coloque em uma fôrma redonda (25cm de diâmetro) untada. Faça cortes na massa de 2cm, sem chegar ao final para não separar. Arrume as fatias, deixando-as um pouco inclinadas umas sobre as outras. Pincele com a gema, cubra e deixe descansar até dobar de volume. Asse em forno médio (180ºC), preaquecido, por cerca de 25 minutos ou até dourar.

rendimento: 1 rosca grande com cerca de 800g

Tempo de preparo: 3 horas

>> Dica: Se desejar, polvilhe a rosca com açúcar de confeiteiro.

Abra a massa sobre uma superfície enfa-rinhada no formato de um disco. Forre o fundo e as laterais de uma fôrma refratária redonda de 26cm de diâmetro. Faça furos com um garfo e asse em forno quente (200ºC), preaquecido, por cerca de 12 minutos ou até dourar levemente.recheio: Enquanto a massa está as-sando, bata as claras em neve e reserve. Em um recipiente, junte o leite conden-

MAIo/JUNHo 2006 | Diálogo | �

SAIBA MAIS

Torta de Banana

8 | Diálogo | NoVEMBro/DEzEMBro 2006 www.petybon.com.br NoVEMBro/DEzEMBro 2006 | Diálogo | �www.donabenta.com.br

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ENTREVISTA JOSé ERNESTO BOLOGNA

Diálogo. Há tipos diferenciados de mudanças?Bologna. Divido a mudança em duas vertentes: adaptativa e criativa. A adaptativa é aquela em que um ser humano, um organismo vivo qualquer ou uma organização fazem depois que o ambiente que estão inseridos já mu-dou. A mudança, neste caso, acontece para possibilitar a adaptação. A outra vertente, a mudança criativa, é aquela

na qual o organismo muda antes, e puxa o processo de transformação. No caso de J. Macêdo, eu diria que ao sair da condição de empresa de produtos mistos, parte commodity e parte con-sumo, para uma empresa de produtos 100% consumo, em grande medida, ela fez uma mudança adaptativa. O mundo mudou numa certa direção e a organização precisou mudar para poder se adaptar às novas condições de competitividade. A mudança adap-tativa é meio desagradável porque o ambiente não lhe pergunta se você quer mudar ou não. Ele lhe impõe a necessidade de mudar.

Diálogo. Quais são as conseqüências de não mudar?Bologna. É desaparecer. A conse-

om novidades surgindo a todo momento, os processos de ajustes para a competitividade tornam-se cada vez mais importantes para o sucesso e a durabilidade empresarial. Para J. Macêdo, que nos três últimos anos vem vivendo uma profunda transformação em seu negócio, é de grande impor-

tância a compreensão sobre os seus processos de mudança. Essa transformação se mantém como um desafio de grandes proporções.

CPara discutir os impactos de mudan-

ças a Diálogo entrevistou o psicólogo, administrador e consultor organiza-cional José Ernesto Bologna. Parti-ciparam na produção de conteúdos desse encontro o gerente corporativo de Recursos Humanos, José Souza, o secretário-executivo de Comunicação, Flávio Paiva, e o coordenador do Co-mitê das Pessoas e da Organização, João de Paula Monteiro.

Diálogo. A J. Macêdo está pas-sando por um intenso processo de transformações. Ela saiu da condição de empresa mista, que atuava com commodities e produtos de consumo, e adotou o caminho 100% Consumo. Quais são os impactos naturais que processos de mudança como este provocam nas pessoas?José Ernesto Bologna. O primei-ro impacto que a mudança provoca em qualquer ser humano é uma pressão, uma sensação de descon-forto. Podemos considerar que a questão da mudança remonta a um aspecto biológico da acomodação do organismo a um certo ambiente – a tendência que o organismo tem a uma estagnação em um sistema mais ou menos estável. Portanto, do lado negativo, a mudança envolve a questão do receio, do medo, da preocupação do novo, do ter de se posicionar de uma nova forma e todas as ansiedades ligadas a esse assunto. A discussão entre mudan-ça, adaptação, ansiedade, ousadia, criatividade, adaptabilidade é uma discussão muito antiga dentro da psicologia e da sociologia. Mudança, antes de qualquer coisa, significa um certo movimento que poderia talvez não ocorrer. Do lado positivo, mudan-ça é adaptabilidade, é iniciativa. Em algumas situações significa andar na frente dos outros.

qüência de não mudar adaptativa-mente é sair do jogo.

Diálogo. Nesse processo de mudan-ça que você chama de adaptativa, é possível, ao invés de só adaptar-se, criar uma situação nova para se dar um salto à frente?Bologna. Essa é justamente a outra parte da mudança que vejo na J. Macêdo, quando aproveitou a impo-sição que o mercado colocou de uma mudança adaptativa, para também realizar uma mudança criativa, como por exemplo a Aliança com a Bun-ge Alimentos. Pode-se dizer, numa relação de transformação, que as pessoas mudam pelo sofrimento ou pela consciência. Pelo sofrimento, é aquela história: está dando errado, não estou conseguindo me adaptar, então mudo na marra, sem querer mudar e precisando mudar. Quando você muda pela consciência, é uma maneira mais branda e mais criativa de mudar, que envolve conceitos, idéias, debate, aumento da percep-ção, da reflexão crítica. A decisão de mudar nesse caso é mais estratégica e se antecipa às mudanças do meio. Quando você junta os dois casos, é ótimo. Em primeiro lugar, porque você sai da revolta. A revolta é o principal problema da resistência à mudança. Aliás, essa palavra “resis-tência” foi amplamente usada por Freud [Sigmund Freud, 1856-1939, médico austríaco que fundou a Psi-canálise]. Ele utiliza essa expressão na psicanálise a toda hora, no sentido de “estar resistindo ao irresistível”. O irresistível é essa necessidade de mudança para se adaptar ao novo mundo. Essa resistência não é saudá-vel. Na outra ponta, está a postura de realmente aceitar que tudo muda.

Diálogo. Para que transformemos

Do lado positivo, mudança

é adaptabilidade, é iniciativa. Em algumas situações significa andar na frente dos outro.

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MuDAR pARAVENCER

Débora CronembergerAssessora de Comunicação da Presidência

Em um mundo que nos exige cada vez mais velocidade para aprender e inovar, a forma como lidamos com os processos de mudança pode ser nosso maior diferencial para alcançar com sucesso os nossos objetivos.

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uma mudança adaptativa em uma mudança simultaneamente adaptativa e criativa, como devemos trabalhar a fim de que não fiquemos presos às experiências do passado?Bologna. Há quatro categorias para falar de mudança. Em primeiro lugar, mudança do comportamento, de conduta, do jeito de fazer. Em segundo lugar, mudança da fala, das palavras, do discurso. Terceiro, mudança das idéias, do pensamento. Quarto, mudança dos sentimentos, das emoções. Toda psicologia usa essas quatro categorias – fazer, dizer, pensar e sentir – para discutir a ques-tão da mudança, seja ela adaptativa ou criativa. A discussão nessa hora, para se tornar prática e aplicável ao mundo organizacional, vai introduzir o seguinte pensamento: será melhor começar mudando a conduta? Será que o comportamento é o que mais resiste à mudança? No fundo, acho que nessa hora você tem duas grandes psicologias que se opõem no século XX. A primeira, a psicanálise, que vai dizer que é preciso mudar sentimentos e pensamentos e, com isso, mudar a fala e o comportamento. Portanto, é a mudança de dentro para fora, que muitos preferem, mas é muito trabalhosa. Na outra vertente tem o behaviorismo [teoria e método de investigação psicológica, com ênfase nos estímulos e reações, sem fazer recurso à introspecção], que vai dizer o contrário. Muda-se num esforço muito grande o comportamento e, ao fazer isso de forma disciplinar e disciplinada, começa-se a mudar o estado emocio-nal. Não tem o certo e o errado, mas o que parece muito mais prático é que se comece a mudar pela conduta. Assim, o modo de fazer muda o modo de pensar e de sentir.

Diálogo. Quando há necessidade de urgência na mudança, como se resolve esse problema?Bologna. A velocidade da mudança tem de ser sinalizada, até porque é um imperativo que o meio ambiente, o meio econômico, coloca sobre a empresa. No entanto, ela funciona negativamente se essa velocidade

tar ser um campeão olímpico, há horas em que o técnico pode não saber se ele não consegue ter um desempenho melhor porque de fato isso é quase impossível, e, neste caso, a pressão seria prejudicial; ou se o atleta não está conseguindo simplesmente por-que não está se dedicando ao máximo. Aqui cabe a pressão.

Diálogo. Todas as pessoas de uma organização conseguem mudar no tempo que essa organização precisa ou há situações em que as pessoas, por não mudarem, precisam ser mu-dadas?Bologna. Não acho que exista ne-nhum exemplo de uma organização em que todas as pessoas mudam ao mesmo tempo. Existem algumas pessoas que quando mudam, levam as outras. Em geral, elas são descritas como os formadores de opinião.

Diálogo. E tem aquelas que não mudam mesmo, ainda que precisem mudar.Bologna. Sem dúvida. Existem aque-las que não mudam, que resistem à mudança até mesmo a ponto de serem eliminados do sistema. Existem aquelas que fingem que mudam, mas não mudam. São muitas as categorias, mas acho que a liderança precisa de-tectar as pessoas que se alinham com sinceridade ao novo. Essas pessoas é que vão mudar no comportamento, na fala, no pensamento e nos sen-timentos e vão ajudar a produzir o novo. Nessa hora, certamente acon-tece a mudança criativa junto com mudança adaptativa.

Diálogo. Em que medida a liderança precisa estar alinhada e uniforme na linguagem desse processo de mudan-ça para levar o máximo de pessoas junto? Bologna. A liderança é a grande responsável por esse processo. Sem líderes não há mudança. As mudanças que são produzidas artificialmente caem naquilo que chamamos de obsolescência programada, uma ex-pressão para designar, por exemplo, a cultura da moda, na qual a cada

estação, algumas coisas ficam obsoletas. Esse tipo de mudança é superficial e muito frágil. É fácil de produzir e impossível de manter. Ela começa e acaba logo. É própria de um mundo fashion, que é um dos grandes problemas do mundo contemporâneo. Na área de gestão organizacional é frequente tratar-se como modismo aquilo que deveria ser mais duradouro e mais estável. Por isso as empresas são constan-temente expostas a ondas como as de reengenharia, qualidade total e inteligência emocional.

Diálogo. No IV Comex Ampliado, você usou a imagem dos pescadores que tiveram as águas do rio con-taminadas e, por isso, precisaram mudar para o alto da montanha, transformando-se em caçadores. Fazendo uma correlação dessa me-táfora com a cultura de J. Macêdo que, em seus 67 anos de existência construiu uma identidade baseada em fortes princípios, tais como valorização do trabalho, ética, transparência e compromisso social, como fazer essa transformação sem perder a força desse seu núcleo distintivo? Bologna. Pode-se simplesmente definir a obrigatoriedade de obser-vância desses princípios e estabelecer cláusulas que os regulem. É uma coisa muito prática dizer que o jogo vai ser jogado com tais e tais regras.

Diálogo. O senhor tem falado na estratégia de premiação aos que ade-rem. E para aqueles que não aderem, qual o tratamento a ser dado?Bologna. Temos nessas circunstân-cias dois caminhos a tomar: ou fala-mos bem do bem, ou falamos mal do mal. Entre as duas opções prefiro falar bem do bem. Ao invés de ficar detec-tando quem não mudou e porque não mudou, quem são os estagnados, os preguiçosos e atrasados e produzir clima de mal-estar, prefiro olhar para quem está atento, que está fazendo esforço, que está sendo criativo e inventando um novo jeito de viver. Acredito que toda mudança deve ser proposta com base em convicções e na

for levada além de um certo ponto. Quando se fala em velocidade de mudança, tem-se que avaliar se al-guém não muda porque não quer, e aí é preciso realmente pegar duro e estimular muito, ou se esse alguém não muda porque não consegue, porque não sabe, não tem as novas condutas, enfim, não tem as novas respostas. Acho que esse é um ponto muito delicado na mudança organiza-cional. É delicado porque vai levar a uma argumentação que também pode ser muito perigosa.

Diálogo. Que tipo de argumenta-ção?Bologna. Vou dividir essa argumen-

tação em duas vertentes. Uma é a argumentação sincera, onde se diz que realmente não se está entendendo como agir, não se sabe quais são as novas técnicas. Outra vertente, essa sim é muito perigosa e muito presen-te, é a chamada vertente cínica, que se vale dessa incerteza relativa para deixar as coisas como estão. É muito difícil às vezes discriminar entre uma coisa e outra. Muitas vezes não fica claro se a pessoa não muda porque não consegue ou porque não quer. É necessário refinar essa questão, senão pode-se ser injusto na pressão. Isso é muito bem ilustrado no técnico de um atleta: ao preparar um atleta para ten-

capacidade das lideranças de sustenta-rem essas convicções contra toda uma série de resistências. Isso não quer dizer, porém, que o líder deva fazer vista grossa ao mal que se assume mal e tenta invalidar a mudança.

Diálogo. Falar bem do bem é como a estratégia de produzir mais saúde baseado na saúde que a pessoa já tem?Bologna. É exatamente isso. Em uma terapia é preciso reduzir o exercício da queixa. Ao invés do caçador que já foi pescador ficar reclamando de que o búfalo não morde o anzol que foi joga-do para ele, deve é jogar o anzol fora e

aprender a usar uma lança. Um dos grandes desafios em um processo de mudança é tirar a pessoa dos círculos recorrentes de argumentos, idéias e condutas que, na verdade, não passam de justificativas de hábitos cristalizados.

Diálogo. Em uma mudança, há os que aderem e os que não ade-rem. A permanência de quem não muda pode ser vista como uma forma de prêmio à resistência?Bologna. Isso existe sempre, é a dialética da cultura. Até por-que não acho que isso ocorra só por defeito das pessoas. Existe o pescador que acha que o rio vai continuar dando peixe. Ele acredita nisso e não é uma mal-dade. Essas questões são sempre muito complexas, não dá para

fazer afirmações categóricas. Pode ser discutível se vale a pena mudar a aldeia ou não. Sempre vai ter gente que vai representar a lógica do con-servadorismo.

Diálogo. O que diferencia uma resis-tência com viés construtivo, onde ela se manifesta até para que sejam feitos ajustes necessários ao processo de mudança, de uma resistência negativa, que simplesmente revela a ausência de disposição de tentar?Bologna. Uma resistência saudável, consistente, tem uma característica clara de fé, crença, aposta nos hábi-tos da tradição. O resistente saudável diz que vai provar que é possível viver muitos anos mais pescando, alimen-tado as crianças e vivendo feliz. E aí ele tenta melhorar o jeito de pescar. Este tipo de postura é respeitável. Diferentemente das pessoas irôni-cas, que não estão a fim de entrar em nada, mas que ficam falando nos corredores, apenas por sentirem o seu poder individual ameaçado. Essas pessoas devem ser substituí-das. Transformar criativamente uma cultura de negócios é um convite permanente aos líderes, em qualquer nível da organização. Trata-se de um desafio justificado por um imperativo, esse imperativo é a realidade. n

A velocidade da mudança tem de

ser sinalizada, até porque é um imperativo que o meio ambiente, o meio econômico, coloca sobre a empresa

Transformar criativamente uma cultura

de negócios é um convite permanente aos líderes, em qualquer nível da organização.

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Mensagem do Presidente Amarílio Macêdo

s principais trechos desse pronunciamento estão publicados a seguir pela Diálogo com o intuito de oferecer aos leitores mais uma oportunidade de reflexão individual e coletiva sobre conteúdos de grande relevância no pro-

cesso de transformação que está se desenvolvendo em nossa empresa.

No rumo certoNa conclusão da 4ª reunião do Comex Ampliado, que reuniu um expressivo número de lideranças de J. Macêdo, nos dias 1� e 14 de novembro de 2006, em São Paulo, o presidente Amarílio Macêdo gravou uma mensagem em DVD, dirigida a toda a empresa, reforçando a convicção de que estamos no rumo certo.

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AMpLIADOIV COMEXOusadia empresarial“Todos lembram que, em março de 2004, fizemos a Aliança com a Bunge Alimentos e também que a nossa vida mudou consideravelmente. Éramos uma empresa que tinha pro-dutos para padaria, para indústria de massa e de biscoito e produtos para serem consumidos na casa das pes-soas. De março de 2004 até agora, nos transformamos em uma empresa 100% Consumo. Naquela época possuíamos três marcas famosas – a Dona Benta, a Brandini e a Águia. Com a Aliança, além dessas marcas que já tínhamos, adquirimos a Sol, Petybom, Boa Sorte, Lili, Paraíba, Fa-vorita, Veneranda e tantas outras que nem todos conhecem. Fazer a Aliança foi um ato de coragem. Dois anos e meio depois da realização dessa tran-sação, poucas pessoas fora aquelas da nossa própria empresa conseguem entender a natureza do que fizemos, tal é a inovação que fomos capazes de realizar”.

Profissionais competentes“Esse ato de coragem e ousadia só foi possível graças à confiança, à competência e à qualidade das pessoas que fazem J. Macêdo. O valor das nossas pessoas, testado e comprovado nos difíceis momentos que vivemos nos últimos tempos, colocou-nos em condições de en-frentarmos uma nova realidade e de podermos olhar para o futuro que queremos com a convicção de que construí-lo está em nossas mãos”.

Patrimônio intangível“Somos uma empresa rica em valo-res intangíveis, aqueles que a gente não pode pegar. Esses valores foram construídos com muito trabalho, com luta e com seriedade. Nossas marcas são muito respeitadas no mercado, a nossa habilidade de fazer e construir relacionamentos também é muito admirada e a nossa cultura é fortemente marcada pela ética, pela simplicidade, pela trans-parência e pela responsabilidade so-cial. Isso nos assegura uma condição estável no nosso desenvolvimento e na construção da nossa empresa”.

Visão de futuro 2012“Hoje sabemos com clareza o nosso norte, pois já temos nossa Definição de Negócio e a Visão de Futuro 2012, que serão disseminados em toda a empresa logo no início de 2007. A partir daí todos terão a oportunidade de discutir e de opinar sobre o que queremos construir nos próximos seis anos”.

Fazendo e aprendendo“Desenvolvemos, como poucas empre-sas brasileiras o fizeram, um jeito mui-to particular de construir uma empresa 100% Consumo. Temos orgulho dessa evolução por ela ter sido conquistada com os nossos próprios talentos, com a competência das pessoas da nossa empresa e com a participação de cada um de nós. Estamos certos de que essa evolução tem solidez e vai frutificar cada vez mais a partir da aplicação que estamos fazendo desde já e vamos intensificar nos próximos anos”.

Conhecimento próprio“Cada um de nós é um lutador. Este ano de 2006, que está terminando, é para ser muito comemorado. To-dos trabalhamos muito e com muita competência. Aprendemos bastante porque soubemos valorizar mais do que tudo a prata da casa. Que venha 2007, pois estamos preparados para jogar o jogo e ganhar com competên-cia. Enfrentaremos a concorrência de uma forma muito mais positiva do que tivemos condições de fazê-lo até o dia de hoje”.

Saber sempre mais“Precisamos, para tanto, ter mais curiosidade para aprofundar o nosso conhecimento sobre as nossas marcas, produtos, clientes, consumidores e concorrência. Precisamos saber tudo sobre a concorrência, especialmente o que ela está fazendo que poderá gerar problemas para nós. Precisamos, finalmente, conhecer o nosso

Presidente Amarílio Macêdo valoriza a competência e a qualkidade das pessoas que fazem a J. Macêdo

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Vantagens competitivas“O projeto de Apreçamento começará a ser aplicado em toda a empresa a partir do início de 2007. Já fizemos um projeto piloto e já temos uma boa compreensão sobre esse trabalho, que vai interferir de uma maneira muito forte na nossa relação com o mercado. Ele vai exigir muito de cada um de nós, sobretudo das pessoas que estão no campo, relacionando-se diretamente com os clientes. É através da aplicação rigorosa do apreçamento que vamos multiplicar os nossos lucros. O Apreçamento será uma ferramenta de elevação do patamar da nossa lucratividade”.

Otimização operacional“A Logística que, em algumas situações, estamos trabalhando conjuntamente com a Bunge Alimentos, é também uma peça fundamental no sucesso da nossa empresa. Cumpre a ela, entre outras atividades, assegurar que os nossos produtos percorram, com os menores custos, o caminho que vai das fábricas e dos depósitos, até chegar aos supermercados, ao pequeno varejo, às mercearias, aos atacadistas e aos distribuidores, no prazo certo, na quantidade solicitada e na qualidade exigida por clientes e consumidores. Esse trabalho já avançou bastante, já progrediu durante os anos de 2005 e de 2006, mas ainda tem muito a ser feito. Esse é um desafio que seguirá pesando e demandando

mercado, mais do que qualquer coisa; cada dia mais vivemos a sociedade do conhecimento, onde a informação é uma matéria-prima preciosa. A informação tanto tem que sair das nossas centrais para as pessoas que estão no mercado, como destas pessoas, que sempre são as mais bem informadas, para dentro da empresa. Falo aqui dos nossos vendedores, distritais, promotores e líderes de URNs, que precisam mandar todo dia com mais rapidez essas informações a fim de que possamos chegar a definições cada vez mais fundamentadas e adequadas, para que nos tornemos o mais rapidamente possível líderes em todos os mercados onde atuamos”.

Calor humano“O diálogo é a alma do entendimen-to, nós precisamos dialogar mais, usar menos a mídia eletrônica quan-do pudermos falar mais uns com os outros, para que possamos ouvir a intensidade da voz e os sentimentos que cada um tem para passar. Apesar de ser um instrumento bastante útil, o e-mail é frio, às vezes funciona até como subterfúgio. Temos a nossa revista Diálogo, que precisa ser lida, relida e discutida porque é através dela que transmitimos as mensagens que queremos compartilhar com toda a empresa. Além disso, esperamos que todos que fazem a J. Macêdo mandem sugestões de matérias para a revista. Ela precisa dos olhos de cada um de nós para que tomemos conhe-cimento do que se passa internamente na empresa e no mercado, onde estão nossos clientes e consumidores”.

que está sendo feito minuciosamente, com tecnologias comprovadas em muitos países. O novo quadro das nossas marcas será apresentado para todos da empresa no começo de 2007. Já está quase pronto e vai contribuir para simplificar e intensificar a nossa atuação no mercado”.

o melhor da nossa inteligência e a melhor parte da nossa capacidade de produzir transformações”.

A imagem desejada“Queremos ser percebidos pelas consumidoras e pelos consumidores que entram nos pontos de venda como a empresa que melhor trata os seus produtos, como a empresa que melhor expõe na prateleira, como a empresa que está lá também para prestar esclarecimentos e para fazer sugestões sobre a melhor maneira de utilização dos produtos que co-mercializamos”.

Prontos para fazer mais“O que temos feito nesses anos re-centes nos habilita a fazermos muito mais. Fizemos coisas de muito valor; coisas difíceis. Superamos dificul-dades, barreiras que pareciam até intransponíveis, momentos em que se podia até pensar se teria valido à pena termos aumentado tanto a complexidade do nosso funciona-mento. Mas não pode haver mais

dúvida de que o que fizemos foi o necessário, o indispensável, o fun-damental para continuarmos sendo uma empresa vencedora. Hoje, te-mos o resultado dessa ousadia em nossas mãos; e isso nos habilita a fazermos muito mais. Em 2007, se Deus quiser, vamos dar um passo sólido rumo à conquista da liderança em todas as categorias que J. Ma-cêdo trabalha”.

O que resolve é gente“A riqueza de J. Macêdo está nas pessoas de todos os níveis. Em re-lação a isso, cito uma frase de um ex-conselheiro nosso, um mineiro, filho de japoneses, que prestou grandes contribuições à nossa empresa, desde que enfrentamos aquela dificuldade séria que todos lembram, quando a nossa moeda sofreu uma brutal desvalorização e entramos 1999 com uma dívida que parecia impagável. No dia em que esse amigo, chamado Riuiti Kanada-ni, se despediu da nossa empresa, encerrou a sua contribuição dizendo o seguinte: ‘O que resolve mesmo é gente; não tem outro jeito, senão investir maciçamente nas pessoas’. E investir maciçamente nas pessoas é o nosso maior desafio. Já começa-mos a fazê-lo, mas precisamos fazer muito mais daqui para frente. Con-tamos, para isso, com a colaboração e com a iniciativa de todos para apontarem para a nossa área de Re-cursos Humanos, para a nossa área de gente, quais são as lacunas que precisam ser trabalhadas para que o nosso time seja de fato imbatível em tudo o que fazemos”. n

J. Macêdo 100% Consumo: uma empresa Multirregional de grandes Marcas, competência de Distribuição e de excelência no PDV [Ponto de Venda].

Ação integrada“Os nossos projetos estruturantes já adquiriram a maturidade. Esse foi um trabalho feito rigorosamente por muitos de J. Macêdo durante o ano de 2006. O Plano de Negócio das UrNs já está sendo posto em prática. Hoje, cada grupo que constitui uma URN, que é a nossa Unidade Regional de Negócio, entende da natureza daquele ambiente com muito mais profundidade do que antes de constituirmos o modelo multirregional, em agosto do ano passado [2005]”.

Novos fundamentos“Em função da quantidade gigantesca de marcas que passamos a possuir após a Aliança com a Bunge Alimentos, o projeto de Arquitetura de Marcas também é um trabalho

Marcas e produtos de grande expressão no mercado

Excelência no PDV“O trabalho de aprofundamento e o mergulho no entendimento dos Canais foi concluído e já começa a influir na transformação e na organização mais adequada para uma empresa 100% Consumo. Essa tarefa cabe à área comercial da empresa e a todas as áreas de suporte que influenciam o desempenho dos nossos agentes de venda no campo”.

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PETYBON.PETYBON GRANO DURO.

A massa nobre da

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imagens sora maia

MEMÓRIAA Unidade recebe a visita de uma ex-moradora

erena Muhr é suíça, mas mora no Brasil desde 1952, quando o seu pai, Fritz Buchser,

assumiu a gerência de produção do Moinho Salvador. Ele trabalhava e morava no maior

moinho de Zurique, o Tiefenbrunnen – Mühle. Mudou-se para a Bahia com toda a família. Além da mulher Hedy e de quatro filhos, acompanhou-se de três colegas moleiros, todos jovens de pouco mais de vinte anos. Verena tinha 13 anos, sentia-se meio isolada na cidade e adorava acompanhar o trabalho dos laboratoristas do moinho. Essa curiosidade rendeu-lhe um curso de especialização na área de qualidade, feito na Alemanha, e um namorado, Alois Muhr, que era um daqueles jovens que vieram com seu pai, com o qual se casou e com quem, em 1958, foi morar em Minas Gerais.

Em 1974, a convite de Pedro Paulo Soares de Moura,

Reencontro com Carybé

Por muitos anos uma família de suíços morou no prédio do Moinho Salvador. Depois de mais de duas décadas longe do lugar onde passou a infância, casou e descobriu a profissão de moleira, Verena Muhr retorna para matar a saudade da velha casa.

REENCONTRO VCOM CARyBé

Mural pintado por Carybé com uma síntese da geografia humana da Bahia

MOINHO SALVADOR

então diretor do Moinho Atlântico, da J. Macêdo, Verena e Alois foram viver no Rio de Janeiro. Moura assumiu a diretoria do Moinho Salvador em 1981 e convidou o casal novamente para a Bahia. Alois Muhr trabalhou na J. Ma-cêdo até 1984. O tempo passou e Verena nunca esqueceu do moinho que os acolheu no Brasil. Em novembro deste ano, encorajada pela filha Isabel, procurou matar a sau-dade da velha casa. Foi recebida pelo gerente de planta da Unidade Salvador, Rogério Azoubel. Pediu para que as janelas fossem abertas, para, de um lado, olhar novamen-te o mar do porto de Salvador, e, de outro, o morro da graciosa igreja de Santo Antônio Além do Carmo.

Na Europa era comum as famílias dos moleiros residi-rem nos próprios moinhos. O trabalho dia e noite exigia que o chefe estivesse sempre próximo da produção. Por isso, a família de Verena foi morar no Moinho Salvador,

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no prédio que hoje é conhecido como Moinho Daverio [nome do an-tigo equipamento de moagem]. Logo de chegada, perceberam que a nova residência tinha algo muito curioso: um painel na sala de jantar com uma síntese da geografia humana da Bahia, pintada na própria parede por alguém que assinava apenas como Carybé. Procuraram saber quem era mesmo aquele artista, descobriram que ele também acabara de fixar resi-dência em Salvador, mas que já tinha relação de afeto com a Bahia desde 1938, e passaram a ter orgulho de ter uma de suas obras dentro de casa. Carybé tinha feito aquele traba-lho por ser amigo de Paul Lauder, um dos acionistas do moinho.

A economia baiana ganhava novo ritmo naquele momento. Deixava de depender das exportações de commo-dities agrícolas, especialmente cacau, açúcar e fumo, para ser impulsio-

nada pelo desenvolvimento industrial. A construção da hidroelétrica de Paulo Afonso, a implantação de atividades de extração e de refino de petróleo no Recôncavo Baiano, a construção da estrada Rio-Bahia (BR-116) e a criação do Banco do Nordeste (1954) e da Sudene (1959), sinalizavam para novos tempos. Foi dentro dessa ebulição que em 30 de novembro de 1951 foi constituído o Moinho Sal-vador, que juridicamente se chamava Bahia Industrial S/A (Baisa). A unidade somente foi adquirida por J. Macêdo no final dos anos 1960.

Na condição de filha mais velha,

arybé (1911 – 1997) integra uma constelação de ilustres artistas formada por Mário

Cravo Júnior, Rubens Valentim, Genaro de Carvalho e Jenner Augusto, entre outros que foram reconhecidos pela renovação da arte na Bahia dos anos 1950.

Argentino, naturalizado bra-sileiro em 1957 e de coração baiano. Em 1938 chegou pela primeira vez a Salvador, com a missão de fazer uma reportagem sobre o cangaço para um jornal argentino, mas perdeu o encan-to quando soube que naquele mesmo ano Virgulino Ferreira, o Lampião, tinha sido assassinado. No entanto a viagem não foi em vão. Ele ficou profundamente en-tusiasmado com Salvador. Tanto que fixou residência na capital baiana em 1950, onde viveu por quase meio século e onde morreu de parada cardíaca durante uma sessão em terreiro de candomblé. E não poderia ter sido diferente, pois Carybé era filho querido de Oxossi e Obá de Xangô.

Traduziu sua baianidade em pinturas, desenhos, esculturas, cerâmicas e talhas, que refletem a influência do cotidiano, dos usos, costumes e crenças das gentes da Bahia. Suas obras saíram dos museus e das galerias. Podem ser apreciadas em murais de arte pública em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Montreal, Londres e Nova Iorque, e podem ser admiradas como ilustrações de obras literárias, de autores como Jorge Amado, Mário de Andrade, Rubem Braga e Gabriel Garcia Marquez.

Coração baiano

C

Verena sentiu bastante o choque de cultura vivenciado por ela e pelos irmãos. Eles passavam a maior parte do tempo brincando no pátio do próprio moinho ou estudando para poder superar as dificuldades da língua. Nos finais de semana, saiam para conhecer melhor a cidade de Salvador, pegar o bonde, o Elevador Lacerda e ir tomar sorvete na Barra. Ficavam impressionados com as montanhas de frutas do Mercado Modelo e achavam estranho a não existência de supermercados. Nas ruas, viravam atração por conta da cor muito alva da pele e da diferença no modo de vestir.

A casa do moinho era uma espécie de centro de encontro dos suíços que moravam em Salvador. Fritz e Hedy Buchser gostavam muito de cantar e de fazer churrascos na cobertura. Verena lembra que foi no próprio moinho,

na sala do Dr. Lauder, onde ainda hoje existe um mapa da América do Sul pintado com aerógrafo, que ela casou com Alois, no civil. O casamen-to religioso ocorreu em uma igreja anglo-americana do Campo Grande, que não existe mais. Tudo está tão mudado, o moinho mudou, a cidade mudou, os amigos mudaram e ela, Dona Verena, agora também já é outra. Mas a alma e o aconchego da-quela antiga moradia e suas histórias, parecem eternizadas nas imagens da Bahia profunda registrada no traço genial de Carybé. n

rogério Azoubel acompanha Verena Muhr em sua visita

Abaixo Verena mostra fotografias da época em que morou no Moinho Salvador, ao lado vista da igreja Santo Antônio Além do Carmo

ocê tem curiosidade de saber algu-ma informação sobre a história de

J.Macêdo ou a trajetória do fundador da empresa? Então, envie sua pergunta sobre a vida, obra, valores e crenças do nosso funda-dor José Dias de Macêdo, para o e-mail [email protected], que ele responde-rá nesta seção fixa da sua revista Diálogo. Parti-cipe e confira a resposta nas próximas edições.

V

pERGuNTE AOfuNDADOR

Mauro Degraf — Comercial (Lapa – São Paulo)É visível a forma humilde e respeitosa com que o Senhor e seus filhos tratam todos os colaboradores da nossa J.Macêdo. Imagino que isto é a sua grande vitória dentre outras, um valor intrínseco que não conseguimos estimar e apenas sentir seus efeitos positivos nos resultados já alcançados.A grande questão é: se lhe fosse dada a alternativa de recomeçar do zero, aos tenros 9 anos de idade, o que mudaria em sua trajetória profissional?

José Dias de Macêdo. Com 9 anos eu estava ajudando meu pai, em Camocim, no interior do Ceará, tomando de conta de sua loja nos momentos de pouco movimento. A minha vida é resultante da educação que recebi. Meu pai era muito rigoroso. A nossa família era grande e ele queria que todos ajudassem uns aos outros. Se eu fosse começar tudo novamente a partir daquela época, diria que procuraria ler mais. A única coisa que não fiz com afinco foi estu-dar. Com a compreensão que tenho hoje, eu leria mais, estudaria mais. Até que cheguei a acompanhar alguns acontecimentos his-tóricos como a guerra espanhola e a segunda guerra mundial. Mas somente depois de adulto é que descobri a importância da leitura. Falo leitura, com interesse de arranjar tempo para ler. Mesmo assim, tendo que cuidar dos negócios, nunca li quanto desejei. Nos últimos anos, mais liberado dos encargos da gestão cotidiana das empresas é que tenho lido com mais intensidade. Só não sou um cupim de livros porque leio devagar. Apesar disso, estou lendo bastante. Ler ajuda a gente a compreender melhor, a falar melhor e a colocar me-lhor as idéias. Então, se eu pudesse refazer a minha trajetória pesso-al e profissional, diria que envidaria todos os esforços para conciliar os negócios com mais tempo dedicado à leitura.

regiane Pires — recursos Humanos (Fortaleza, CE)Como ser humano e empresário, sobre quais pilares o Sr. fundamen-tou sua trajetória pessoal e profissional?

José Dias de Macêdo. Sempre procurei ser correto em tudo o que faço, trabalhar obstinadamente e ter um encanto para empre-ender. Nunca considerei a empresa apenas como um meio de ga-nhar dinheiro, mas como um instrumento de interesse da sociedade e de valorização de iniciativas geradoras de riquezas. Já vivi acima da média dos que vivem com lucidez. Posso dizer que procurei evi-tar repetir a velha máxima “Pai rico, filho nobre, neto pobre” dizen-do insistentemente para os meus filhos que não somos ricos, somos apenas classe média com recursos. Tem sido assim que venho culti-vando a idéia de construção de uma J. Macêdo duradoura.

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Em pé, Bitu Neto, Alessandro Maia, Tiago Gouveia, Fábio Bernardino, Cláudio Santos, Ana Corina, oscar Amaral; sentados, Augusto Júnior, raimundo Sousa e Eduardo Unbelino

uRN BELéMConheça mais sobre o modelo de Gestão da sua empresa

riada em maio do ano em curso, a Unidade Regional de Negócios (URN) Belém surgiu

a partir da divisão da URN Goiânia, que já foi responsável pelo atendi-mento a um total de 11 Estados. O redimensionamento da área veio com o objetivo de permitir um tra-balho de vendas com atuação mais focada numa região considerada ex-tensa. Assim, passaram a ser atendi-dos pela URN Belém os Estados do Maranhão, Pará, Roraima, Amazo-nas e Amapá. Com isso, a URN Goi-ânia concentrou suas atividades nos Estados de Distrito Federal, Goiás e Tocatins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre.

A região assistida pela URN Be-lém é considerada altamente con-sumista, com concentração no mer-cado atacadista devido às grandes distâncias. Possui um faturamento médio mensal de R$ 3.800.000,00 proveniente de uma carteira de aproximadamente 240 clientes.

Segundo o líder da URN Belém, Bitu Neto, esta região fatura cerca de 2.645,67 toneladas de produ-tos/ mês adquiridos principalmente por grandes redes de varejo como: Colina Distribuidora de Alimentos, Makro, Grupo Y.Yamada, Grupo Formosa, Grupo Líder, Mercantil

Açaí! Tucupi! URN pai d’égua é aqui!

Com este irreverente grito de guerra a mais nova Unidade regional de Negócios de J. Macêdo, atende cinco grandes Estados da região Norte

Nova Era, Gold Distribuidora, Big Distribuidora, Armazém Mateus e Bompreço.

Lideram as vendas nesta URN as linhas de Massas, Farinhas Domésti-cas e Misturas para Bolo.

Para Bitu Neto, o desafio maior da URN Belém é crescer 40% em volume de vendas e 28% em Mar-gem de Contribuição em 2007. Para tanto, uma equipe formada por 1 Coordenador Distrital de Vendas, 4 vendedores e 6 representantes,

Ctrabalha orientada para fortalecer a venda direta, através de abertura de Centros de Distribuição (CDs) e focar nos produtos de maior valor agregado. Também são metas da equipe a redistribuição da área de vendas, abertura de novos clientes e a melhoria do preço médio bruto em regiões de preços mais agressivos.

Vindo da URN Recife, onde atu-ava como Coordenador de Vendas, Bitu comenta que a forma de co-mercialização na URN Belém não é muito diferente das demais. Apesar do mercado desta regional estar em crescimento, a estratégia é optar pelos mesmos canais de vendas utilizados até o momento.

No entanto, um dos pontos que devem ser levados em conta é o aumento de consumo associado ao calendário festivo desta região. Por exemplo, em Belém, cidade onde está localizada nossa URN, a festa do “Círio de Nazaré” é o evento mais esperado do ano, inclusive pelo setor turístico, é o período quando a cidade está mais movimentada e estimulada ao consumo. n

UrN Belém

Área Atendida

osé Alves Bitu Neto, 36 anos, formado em Química Industrial, Matemática

com Pós-Graduação em Gestão Empresarial pela FGV. Casado há 16 anos com Edineide Bitu, tem dois filhos: Lucas, de 14 anos, e Camila, de 10. Bitu, como gosta de ser chamado, está na J.Macêdo há 6 anos e em agosto deste ano foi promovido à função de GRV da URN Belém.

JPerfil do Líder

Leitura, música, passeios, diversão. Dicas de todo o Brasil

OLHAQuELEGAL

LIVroIndicação de Tatiane DornelesComercial — Goiânia, GO

ServiçoTítulo: Cirque du Soleil: a Reinvenção do EspetáculoAutor: John U. Bacon e Lyn HewardEditora: CampusAno: 2006Páginas: 160Preço Médio: R$ 28,00

PASSEIo GrAMADo, rSDelossil Costa de OliveiraLíder da URN Porto Alegre

Gramado fica a 115km de Porto Alegre. A beleza da re-gião, a gastronomia, o charme da arquitetura e as opções de compras fazem da região de Gramado e Canela um dos des-tinos turísticos mais procurados do Brasil. Os pontos turísticos que Delossil mais indica na re-gião são o Lago Negro, a Casca-ta do Caracol e o Mini Mundo. Ele também sugere uma visita ao Cânion do Itaimbezinho, o maior da América do Sul, que fica no Parque Nacional Apara-dos da Serra, a cerca de 120 km de Gramado.

DVD Indicação de Morgano ValentimSuporte — Fortaleza, CE

ServiçoTítulo: Vida de InsetoPreço Médio: R$ 25,00Ano de produção: 2000

CDIndicação de Alessandra FerreiraTrade Marketing — Lapa, SP

“Gosto das letras, acho muito inteli-gentes e a voz é muito forte, marcante. Transmite muita calma, muita paz.”

ServiçoTítulo: Ana Carolina – PerfilGravadora: Som LivreAno de lançamento: 2005Preço médio: R$ 19,00

Serviço: Para mais informações, incluindo horários de ônibus que saem de Porto Alegre para Gramado, consulte www.gramadosite.com.br Sinopse: Flink é uma formiga cheia

de idéias que, em nome dos “insetos oprimidos de todo o mundo”, contrata insetos-guerreiros para defender sua colônia de um faminto bando de gafa-nhotos. Mas, quando descobre que os guerreiros são na verdade um grupo de atores de circo fracassados, começam as confusões.

“Este livro é muito bom, fala de estratégias para sobreviver e se destacar no mercado atual.”

“Esse filme é uma lição de vida. Ele trata da organização e divisão de tarefas por melhores resultados, as-sim como valoriza a perseverança e a força de vontade para nunca desistir.”

MAPA

APrr

AM

Sinopse: Misto de idealização, competência, dedicação e intensa criatividade, o Cirque du Soleil é fascínio para as pessoas em todo o mundo. Este livro mostra como é render-se aos sentidos, confiar nos instintos, correr riscos e enfrentar novos desafios.

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20 anos. Em 8 de novembro de 1986, termina em Santiago, no Chile, a terceira edição dos Jogos Sul-Americanos. Os argentinos lide-raram a edição com 80 medalhas de ouro. O Brasil ficou em quinto lugar, com 14 medalhas de ouro. No dia 1º deste mes-mo mês, entraram para o time da J.Macêdo Angela Maria Proença de Macêdo (1/11) e José Manuel da Costa (1/11), em Fortaleza; e Leone Ferreira de Lucena (1/11), em Cabedelo. No dia 4 de dezem-bro de 1986 foi inau-gurada, em Cuba, a Fundação do Novo Cinema Latino-Ameri-cano. No mesmo mês, a J.Macêdo contratou cinco novos colabora-dores: Maria Paula Dias de Macêdo (1/12), em Fortale-za; Carlos César Nogueira Gameiro (1/12), Luiz Marcos Ladislau (03/12) e Vicente de Paula Silva (3/12), em São José dos Campos; e Paulo Ro-berto Potter (1/12), em Itajaí.

1� anos. A China sediou, em novembro de 1991, a primeira Copa do Mundo de Futebol Femini-no. A competição foi vencida pelos Estados Unidos, que ganhou a final contra a Noruega por 2 a 1. Em

novembro estrearam na J.Macêdo Selma Santana Lima (1/11), Vera Lúcia dos Santos (1/11) e Sandra Regina Bitencourt Santo (1/11), em Salvador; e José Carlos Ribeiro (18/11), em São José dos Campos.

10 anos. No dia 26 de novembro de 1996,

é fundada a Torcida Oficial do Boi Bumbá

Caprichoso, que disputa anualmente com o boi Garantido uma das festas mais tradicionais do Brasil, o Festival Folclórico

de Parintins (AM). No dia 1º de novembro

foi contratado na J.Macêdo – Unidade Simões

Filho, Paulo Ferreira dos Santos (1/11). A escritora Nélida Piñon é eleita, em 5 de dezembro de 1996, presidente da Academia

Brasileira de Letras. Foi a primeira vez que uma mulher assumiu a presidência de uma academia de letras no mundo. Neste mês ingressaram em J. Macêdo Reginaldo de Godoi (1/12), em São José dos Campos; Cristina Maria Studart Norões Coelho (2/12), em Fortaleza; Ailson Nascimento dos Santos (2/12), Renato da Silva Santos (2/12), Hildenice de Jesus Santos (3/12), Luciene dos Santos

Máquina do tempo

Veja quem faz aniversário de tempo de empresa em novembro e dezembro – e o que acontecia no Brasil e no mundo quando eles foram contratados.

TuDOAZuLAs nossas datas especiais, aniversários, casamentos e conquistas

Momentos especiais na vida da nossa gente

reconhecimento nacionalO coordenador de sistemas de TI de J. Macêdo, David Zanotelli, recebeu em novembro o prêmio Padrão de Qua-lidade B2B como Personalidade do Ano na categoria Vendas Eletrônicas. David concorreu com outros dez pro-fissionais do Brasil inteiro e foi esco-lhido como destaque pelo trabalho à frente do projeto da J. Macêdo de automação da equipe de vendas. A entrega do prêmio aconteceu no dia 27 de novembro, em São Paulo. “É muito gratificante receber um prêmio destes, que tam-bém é um reconhecimen-to ao trabalho da área de TI como um todo”, afirma David. O prêmio foi orga-nizado pela Associação Brasileira de e-Business em parceria com a B2B Magazine. n

Silva (4/12), Samuel Palmeira de Lima (10/12), em Salvador, e Adilson Gonçalves do Amaral (10/12), em Olaria.

� anos. O músico inglês George Harrison, que integrou o grupo The Beatles, falece em 29 de novembro de 2001. Em novem-bro deste mesmo ano, tivemos o ingresso de mais quatro colabora-dores na J.Macêdo: Maria Ivandete Barreto Diógenes (5/11), em Forta-leza; Débora da Silva Brito (5/11), em São Paulo; José Mesquita Leite (12/11), em Jaguaré; e Carlos An-tônio César de Jesus (12/11), em Simões Filho. Em 23 de dezembro de 2001, o Atlético Paranaense conquista o Campeonato Brasileiro de Futebol. Na J.Macêdo, neste mesmo mês, comemorou-se as contratações de José Henrique de Menezes Soares (1/12), José Messias Ferreira Lima (21/12) e Adeilton Correia Costa (22/12), em Maceió; Luciano Narciso Calado (3/12), em Cabedelo; e, em Sal-vador, Claudemiro Pereira Xavier (10/12), Cláudio da Paixão Silva Rocha (10/12), Humberto Barreto Oliveira (10/12), Flá-vio Santos Santana (10/12), Maurício Alves de Oliveira (10/12) e José Ailton dos Santos Rocha (10/12). n

George Harrison, (1�4�-2001), ex-guitarrista dos Beatles.

Sonhos realizados

Alegria em dobro! Nasceram, no dia 16 de outubro, em Ita-petininga, as gêmeas Letícia e Luana, filhas do colaborador Paulo Soares, Eletrecista de Manutenção – Unidade Ita-petininga, e de sua esposa Mª Aparecida Ayres de

Almeida. Aos pais corujas e a estas duas fofurinhas desejamos toda a feli-cidade do mundo! n

No dia 25 de setembro, nasceu em Salvador, Mariana. Na foto, sua ma-mãe, Carolline Catarino, supervisora de qualidade da Unidade de Salvador, está toda orgulhosa da filhota. Felicidades a toda a família!

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Aline e Júlio

No dia 28 de outubro casaram-se, na Paróquia de São Roque, em Itapetininga – SP, Aline Fernanda Franco Vieira Leal e Júlio Cesar Garcia Leal, colaborador da J.Macêdo Unidade Itapetininga. Aos recém-casados nossos sinceros votos de felicidades nesta nova etapa de suas vidas! n

Silvia e Frederico Silvia Cris-tina Alves de Almeida Pinto, nossa Coordenadora Distrital de Vendas – Reci-fe e Frederico Jose Pereira Pinto, iniciaram dezembro reali-zando um antigo sonho. No dia 01 de dezembro, na Igreja Episcopal Carismática, casaram Silvia e Fred. “Estou muito Feliz! Estávamos jun-tos a mais de 7 anos, e com muito esforço e paciência conseguimos realizar nosso sonho.”, conta emo-cionada Silvia. n

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Dica de segurança, saúde e comportamento para os pais

Diversão de férias

fILHOS&fILHAS

As férias escolares chegaram e as crianças estão com toda a disposição para se divertir

Edmilson GomesTrade Marketing, Goiânia (Go)

Pai de Victor Hugo, de 8 anos, Edmilson diz que o Parque Mu-tirama é um ótimo lugar para as crianças se divertirem. Com bastante espaço para a prática de diversos esportes, o Mutirama possui um Parque dos Dinossau-ros, com bonecos dos animais em tamanho real. Ainda conta com o Planetário da Universidade Federal de Goiás, aberto ao público aos domingos, em sessões de 15h30 e 16h30. Edmilson diz que o filho também adora fazer piquenique no Zoológico de Goiânia. Uma outra sugestão de programa é passar o dia em hotel-fazenda. “Meu filho adora nadar, montar a cavalo, caminhar. Passar o dia em hotel-fazenda é garantia certa de um ótimo dia para ele.” n

Joyce Moreira GuimarãesAssistente da Diretoria de operações, Fortaleza (CE)

Joyce e a filha Nicole, de 9 anos, têm um programa garantido todo sábado. Elas fazem uma caminhada pela trilha ecológica do Parque do Cocó. O percurso total é de 1.365 metros, que elas levam cerca de 1h30 para con-cluir. “Somos fãs de programas diferentes. Na trilha, nem parece que estamos dentro de uma cidade grande, num parque que fica entre duas avenidas muito movimentadas. Não ouvimos nenhuma buzina, só o canto dos pássaros”, conta Joyce, que gosta da segurança do local e da movimentação de muitas famí-lias. Outra dica de Joyce para é a Sessão Família, dos cinemas Multiplex, no shopping Iguate-mi. Aos sábados, domingos e feriados, o ingresso é 50% mais barato nas sessões que come-çam entre meio-dia e 14h55. n

Fábio Gonçalves BernardinoVendas, Manaus (AM)

Você já ouviu falar de praia de água doce? Em Manaus, esse é um dos passeios mais procurados. “Aqui não temos mar, mas temos rio e nessa época do ano apare-cem pedaços de areia, que ficam conhecidos como praia”, conta Fábio, pai de Tiago, de 6 anos, e de Yago, de 9. Sempre que pos-sível, a família adora passar o dia na Praia de Serra Baixa, a cerca de 50 km de Manaus. “É menos movimentado do que na capital. Meus filhos adoram correr na praia, no mato, entrar na água, então esse tipo de programa é diversão garantida.” n

rosana FiorimComercial de Vendas, Lapa (SP)

Rosana tem duas filhas: Giovanna, de 7 anos, e Gabrielle, de 14. Um dos lugares que ela mais gosta de levar as meninas é o Parque Villa-Lobos, no bairro Jaguaré. Com 717 mil metros quadrados, o parque oferece várias opções para quem gosta de esportes, inclusive com possibilidade de alugar bicicleta. Rosana também recomenda outro programa para levar as crianças. “O Playcenter, na Marginal Tietê, é um parque de diversão com brinque-dos para toda a turma”, diz. n

Augusto César CostaCélula Fiscal, CD olaria (rJ)Augusto tem um filho de 7 anos, Mateus, que tem como progra-ma preferido ir para a praia. “A que indico é Camboinhas, em Ni-terói. É a que mais gostamos de freqüentar porque é uma praia mais de família, mais tranqüila”, diz Augusto. Camboinhas é uma extensão da Praia de Itaipu, e é muito procurada por quem gosta de pescar e velejar. n

Paulo Sérgio da Silva — Vendas, Curitiba (Pr)

Paulo Sérgio diz que costuma levar as filhas Brenda, 2 anos, e Ana Paula, 5, ao Parque Barigüi, que oferece muito espaço para a diversão da criançada. O parque possui churrasqueiras, restaurante, pedalinhos, Museu do Automóvel, Estação Maria Fumaça e parque de diversão. “Minhas filhas adoram ver os marrecos que ficam no lago. O parque tem muito gramado, muita árvore com sombra, é bem agradável”, conta Paulo. Ou-tra dica de Paulo são os espaços infantis em shopping center. “As crianças ficam supervisionadas e se divertem bastante”. n

Marieli Vaqueli de PaulaSuprimentos, São José dos Campos (SP)Os filhos de Marieli – Gustavo, de 7 anos, e Mariana, de 4 – ado-ram praia. Por isso, a família cos-tuma ir com freqüência nos finais de semana para o litoral paulista. A praia que eles mais gostam de freqüentar é Ubatumirim, em Ubatuba, a cerca de 120 km de São José dos Campos. “É um lugar muito tranqüilo para as crianças. Tem outra que é muito boa, apesar de mais movimenta-da, que se chama Maranduba”, diz Marieli. Esta praia fica em Caraguatatuba, a cerca de 90 km de São José dos Campos. n

A Diálogo conversou com colaboradores de cidades que pertencem à área de atuação de cada Unidade Regional de Negócio (URN) para pegar sugestões de passeios com crianças. Aqui você vai encontrar o depoimento de colegas de trabalho sobre os lugares que mais gostam de levar seus filhos e que eles reco-mendam para outras famílias. Divirtam-se!

Ana Cláudia Macêdo de AraújoContabilidade,

Ana Cláudia afir-ma que o pas-seio que faz mais sucesso com o filho Mateus, de 6 anos, é praia. “Geralmente gosto de levá-lo para a Praia de Arembepe, que tem quebra-mar, o que costuma formar várias piscinas de água salgada que são excelentes para as crianças”, afirma Ana. A Praia de Arembepe fica na Linha Verde, estrada que vai de Salvador até Sergipe, e está a cerca de 40 km de Salvador. Ana também sugere a Praia do Forte, a cerca de 55 km de Salvador, que conta com uma sede do Pro-jeto Tamar de preservação das tartarugas marinhas. Além de praia, Ana Cláudia sugere um passeio ao Parque Pituaçu, que conta com brinque-dos infantis, lanchonetes, sorveterias e pedalinho. n

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