revista canção nova

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Pág - 1 CINQUENTENÁRIO DA OBRA CATÓLICA PORTUGUESA DE MIGRAÇÕES “Celebrar a Memória para Projetar o Futuro” PE. DÁRIO Sacrário: Polo de atração PE.MARCOS A solidariedade faz-nos irmãos CANÇÃO NOVA PORTUGAL Ano X - N.º 111 - julho/ agosto 2012 - Revista Bimestral ISSN 1646-9461 Preço 2,50 € [Portugal ] - 3,50 € [Europa] 4,50 € - [Resto do mundo]

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Julho - Agosto

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Page 1: Revista Canção Nova

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CINQUENTENÁRIO DA OBRA CATÓLICA PORTUGUESA DE MIGRAÇÕES“Celebrar a Memória para Projetar o Futuro”

PE. DÁRIOSacrário: Polo de atração

PE.MARCOSA solidariedade faz-nos irmãos

CANÇÃO NOVA PORTUGAL Ano X - N.º 111 - julho/ agosto 2012 - Revista Bimestral ISSN 1646-9461Preço 2,50 € [Portugal ] - 3,50 € [Europa] 4,50 € - [Resto do mundo]

Page 2: Revista Canção Nova

Tel: 249534932 www.livraria.cancaonova.pt

Este livro mostra o caminho para rezar

o rosário com o seu co-ração, com a sua alma,

com a sua vida.

UMLIVRO ÚNICO

PARA ESTAS FÉRIAS....

Uma boa leitura tem sempre o dom de

aquecer a alma e curar o coração. Assim é mais divertido aprender.

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Tel: 249534932 www.livraria.cancaonova.pt

EDITORIAL - 04Faça as suas férias com Deus

PALAVRA DO FUNDADOR - 05A obediência traz benção

PALAVRA DO COORDENADOR - 06

A solidariedade faz-nos irmãos

PALAVRA DO ADMINISTRADOR - 08 Obrigado Família Canção Nova

PROGRAMAÇÃO - 10Rádio

LITURGIA - 11 Agosto/Setembro

HISTÓRIA DA IGREJA - 12Santa Brígida da Suécia , Co-Patrona da Europa

TEMA PRINCIPAL - 14 Cinquentenário da Obra Católica Portuguesa de Migrações

“Celebrar a Memória para Projectar o Futuro”

GOTAS DO CARISMA - 17Pelas mãos de Maria o impossível aconteceu

CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO - 18

CANÇÃO NOVA NO MUNDO - 19Missão Canção Nova na Terra Santa

OPINIÃO - 20Ele vem aí, e a grande velocidade!

MISERICÓRDIA - 22Respirar Misericórdia

PASTORAL JUVENIL - 24 O sentido de ser cristão

SALESIANOS - 26 Descansai um pouco...

ESPIRITUALIDADE - 28Sacrário:Polo de atração

EVENTOS - 30 agosto/setembro

SUMÁRIO

Ficha Técnica

Proprietário/Editor: Comunidade Canção NovaNPC: 505 556 391 / Estrada da Batalha, 68 AP 199 2496-908 FÁTIMAFundador da Comunidade: Monsenhor Jonas AbibDirector: Paulo AzadinhoCoordenação: Pe. Marcos Roberto e Sandra PintoRedacção: Telma FreireProjecto Gráfico: Débora Líra e Telma FreireE-mail: [email protected]

Colaboram nesta edição :Sandra Pinto, Mons. Jonas Abib, Pe. Marcos Roberto,Paulo Azadinho, Cón. Senra Coelho, Fr. Francisco Sales, Pe. António Xavier, Pe. José Borga, Pe. Jovanete Vieira,MICPe. Eduardo Novo,MIC,Pe. João de Brito e Pe. Dário Pedroso,SJ

Impressão: Multiponto, SA Rua da Fábrica, 260 - 4585-013 BalparDepósito Legal N.º 237725/06Tiragem: 10.000 exemplaresAssinatura Anual:Portugal: €20-Europa:€36-Resto do mundo: €48

PASTORAL JUVENIL-24 O sentido de ser cristão

SALESIANOS- 26 Descansai um pouco ...

CANÇÃO NOVA NO MUNDO - 30Missão Canção Nova na Terra Santa

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O sol chegou e com ele as tão merecidas férias! Este é um tempo em que a maioria das pessoas aproveitam para descansar, passear, realizar outras atividades. Muitos buscam dar mais tempo à família, aos amigos, às pessoas que mais lhes são próximas; outros regressam às suas casas, ao seu país de origem para repousar.Depois de um ano inteiro de trabalho ou estudo intensos, nada como um bom tempo de descanso, que é totalmente me-recido.Neste tempo de férias, Deus chama-nos a dar continuidade à nossa caminhada. Podere-mos tirar férias do nosso trabalho ou estudo, mas Deus tem que estar sempre connosco, Dele não se tiram pausas. Como temos mais tempo livre somos até convidados, a recarregar as nossas forças, aprofundando-nos e aproximando-nos mais Daquele que tudo faz nas nossas vidas. Não demos férias à nossa vida de oração, mas apli-quemo-nos. Alimentemos a nossa alma com os meios que Deus nos dá para alcançarmos a santi-dade. Busquemos diariamente com muita fideli-dade rezar o terço, fazer adoração, fazer o estudo da palavra, ir à missa e buscar o sacramento da reconciliação sempre que necessário. Tudo isto para que possamos a cada dia mais, ter o sem-blante de Cristo.Como diz Santo Agostinho “Na procura de Deus é Ele quem se adianta e vem ao nosso encontro.” procuremos a Deus, busquemos a sua Santa presença, sejamos homens e mulhe-res de fé que buscam estar enraizados em Cristo em todos os momentos da nossa vida! Costuma-se dizer “faça uma pausa com kit kat” eu digo-lhe faça uma pausa com Jesus Cristo que é a razão do nosso viver!

Faça as suas férias com Deus

Sandra PintoComunidade Canção Novawww.benfeitor.cancaonova.pt

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Toda autoridade vem de Deus, e para que exista submissão é preciso haver autoridade. A verda-deira submissão é o sair de si mesmo para fazer aquilo que Deus quer. Ele usa as pessoas para manifestar o Seu querer.Com a entrada do peca-do no mundo, uma das feridas que combatemos, hoje, é a rebelião. O inimigo não quis submeter-se à autoridade de Deus, mas sim a si mesmo. Não se submeter é colocar-se sob a tutela de sa-tanás, o insubmisso, o rebelde.Como consequência desta rebelião, a natureza humana também não gosta de ficar sujeita a o u t r o s , pois, sempre que pode, quer fazer a própria vontade. É por isto que nos dias de hoje vemos tanta confusão e divisão. A rebelião envenenou os seres humanos provocando a in-submissão entre eles.Deus tem-nos mostrado claramente, que para haver união entre todos, é necessário colocar autoridade e submissão nos seus devidos lugares. "A obediência traz bênção; por outro lado, a insubmissão traz maldição"!Jesus foi o obediente por excelência, por isso lhe foi conferida toda a autoridade. A sua autoridade ficou caracterizada pela obediência.O caminho da submissão é o caminho da cruz, o mesmo que Jesus trilhou! Por isso, o caminho da obediência traz salvação a todos nós!

Mons.Jonas AbibFundador da ComunidadeCanção Nova

A obediência traz bênção

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Pe. Marcos RobertoCoordenador da Canção Nova-Portugal

“...diante de um mundo marcado pelo ego-ísmo e pela cultura da morte, como nunca vimos antes, é urgente uma cultura da vida e da solidariedade que ultrapasse as barrei-ras da religião, da raça, e de todo o precon-ceito instalado.”

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A solidariedade faz-nos mais irmãos

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No mês de Agosto, dia 30 é o dia internacional da solidarie-dade e como o tema é muito interessante penso que me-ditar um pouco fará com que possamos agrade-cer a Deus porque nos move a sermos solidários para com os que necessitam.É bonito perceber aqui na Europa que existem muitas pessoas que dão a vida traba-lhando e colocando à disposição os talentos e capacidades que possuem para auxiliar os mais necessitados. Os voluntários são um exemplo de pessoas que se preocupam com os outros e não são ca-pazes de ficar parados a ver o sofrimento dos que padecem.Desta for-ma, as mãos juntam-se para formar uma gran-de corrente de solida-riedade e assim prestar atenção e socorro nas mais variadas ocasiões da vida. O Banco ali-mentar, aqui em Portugal, tem suprido a fome de muitas pessoas que nestes tempos de crise têm passado pela carência do essencial para sobrevi-ver. Há dias atrás, ao entrar num super-mercado, pude ver jovens a dar sacos às pessoas que íam entrando, para que pudessem contribuir com alimentos para os pobres.Fiquei a pensar naque-la atitude e logo procurei fazer a minha parte juntando alguns alimentos e depois deixando com eles.A Igreja, desde os séculos remotos, solidariza-se concretamente com quem passa necessidade, partilhando recursos, promovendo estilos de vida mais essenciais.Ela sempre mo-tiva, principalmente através do Papa, os fiéssis a continuarem solidários com quem se encontra em dificuldade na vida, superando a lógica mate-rialista que muitas vezes marca o nosso tempo e acaba por debilitar o sentido da solidariedade e caridade.As palavras de exortação da Igreja motivam-nos a irmos ao encontro dos nossos irmãos e a fazermos a nossa

parte na construção de um mundo mais digno e humano.Entretanto, diante de um mundo marcado pelo egoísmo e pela cultura da morte, como nunca vimos antes, é urgente uma cultura da vida e da solidariedade que ultrapasse as barreiras da religião, da raça, e de todo o preconceito insta-lado.Somos as mãos, os pés, os braços, as pernas de Jesus para irmos ao encontro de todo homem caído à beira do

caminho como o Bom Sa-maritano.Neste mês tam-bém celebramos o Padre São João Maria Vianney, co-nhecido como Cura D’Ars, patrono dos padres.Padre João nasceu na França em 1786 e teve muitas dificul-dades no seminário devido à sua dificuldade intelectu-al. Foi enviado já como padre à cidade de Ars onde o povo estava praticamente perdido e longe da Igreja numa vivên-cia depravada.Com muita fé e coragem, começou

o seu ministério dedicando-se inteiramente à sal-vação das almas, principalmente na catequese e no confessionário. Com o Rosário nas mãos, joe-lhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar, o santo não só atende ao povo local, como também ao de fora, no Sacramento da Reconciliação. Desta forma, consumiu-se durante 40 anos por causa dos de-mais (chegando a permanecer 18 horas dentro de um Confessionário, alimentando-se de batata e pão).Com isto, aquelas pessoas foram transfor-madas por Deus e a sua fama de santidade espa-lhou-se. Ele demonstra-nos um grande exemplo de solidariedade de alguém que se entregou por amor à vocação e a um povo que Deus lhe con-fiou.Existem muitas pessoas que Deus lhe confia hoje para que as ajude, seja solidário. Não tenha medo! Seja Jesus para essas pessoas como foi o Padre São João Maria Vianney.Deus vos abençoe.

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Paulo AzadinhoAdministrador da Canção Nova-Portugal

“ ...... Se existimos como comunidade em Portugal é graças a si e à bondade e fidelidade de Deus. “

A Revista Canção Nova Portugal chega uma vez mais a sua casa. Colhemos já alguns frutos deste meio de comunicação e vamos, por isso, cum-prindo a missão de utilizar todos os meios de comunicação para provocar em cada pessoa um encontro único e pessoal com Jesus Cristo, por meio da experiência com o Espírito Santo.Os meses de Agosto e Setembro, marcados pela sua luminosidade própria, favorecem o descanso e a quebra das rotinas diárias tão benéficas ao nosso bem-estar. No entanto, estes momentos tornam-se também oportunidades únicas para voltarmos o nosso coração para o Alto, procuran-do melhorar a qualidade do nosso tempo ofere-cido a Deus! O agir da Comunidade Canção Nova visa promo-ver estes tempos com Deus quer seja por meio de encontros de evangelização e oração, quer seja pelo Evangelho comunicado pela televisão, rádio

Obrigado Família Canção Nova

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e internet. Não podemos perder tempo; o facili-tismo e o imediatismo ameaçam a permanência de alguns valores fundamentais à nossa socieda-de. «Vós sois o sal da terra... vós sois a Luz do mundo!», apelos do Senhor a cada um de nós, um convite a procurarmos tempo para fortalecermos a nossa essência, o que temos de melhor e que é dom para o mundo.Tenho tido oportunidade de sair em missão e en-contrar-me com muitos irmãos da família Can-ção Nova, sempre que tenho oportunidade pro-curo comunicar que a nossa vida é o dom mais precioso que o Senhor nos deu e que nós mesmos somos preciosos ao Senhor! Por isso, a necessida-de de cuidarmos, zelarmos pelo dom que nos foi dado, para que possamos todos os dias dormir com o sentimento de que promovemos o bem junto àqueles que nos rodeiam.Deus quis que a Canção Nova se utilizasse dos meios de comunicação para comunicar a Vida Verdadeira. Deus pede-nos todos os dias a fide-lidade aos princípios e não nos esconde os so-frimentos próprios desta missão de comunicar. Você tem acompanhado as lutas por que temos

passado com a nossa rádio e televisão. Sou grato pelo vosso incentivo e constante apoio, constato o quanto nós comunidade precisamos do apoio e do conforto da grande família que connosco evangeliza fazendo o que pode por esta Obra que é iniciativa de Deus!Dia 22 de Agosto celebramos 14 anos de Can-ção Nova em Portugal, uma graça, um privilégio que é fruto da sua fidelidade e oração. Se hoje sou consagrado de vida na Comunidade Can-ção Nova, devo-o ao seu apoio e generosidade. São muitos os testemunhos de irmãos que são sustentados espiritualmente pela televisão, pela rádio e até mesmo pela internet. Se existimos como comunidade em Portugal é graças a si e à bondade e fidelidade de Deus. Olhando a nos-sa história aqui em Portugal trago ao coração as palavras do nosso fundador, Monsenhor Jonas Abib, a Canção Nova é uma Obra admirável,

um milagre aos nossos Olhos!

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Os meios de comunicação a serviço daEVANGELIZAÇÃO

www.radio.cancaonova.ptTV, Rádio e Internet

Programação da Rádio CN FM 103.7 Fátima – 2012

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Segunda a Sexta:

06:00 – Angelus – Pe. Dário Pedroso06:03 - Ofício da Imaculada 06:30 – Terço Mariano 07:00 – Sorrindo pra vida – Dijanira Silva08:00 - De bem com a vida - José Simões 11:00 – Santa Missa – Transmetida do Santuário de Fáti-ma 12:00 – Noticiário CN e Rádio Renascença12:45 – Estou no meio de Vós – Monsenhor Jonas13:00 – Ponto de referência – Pe. Américo 13:15 – De Mãos Unidas - Dijanira Silva15:00 – Hora da Misericórdia – Edésio Luís 16:00 – Tarde Especial – José MárioObs.: Segunda-feira - 16:00 – Canção Nova e Você – Joa-quim Dias17:00 – O Amor vencerá – (Transmetido do Brasil) 18:00 – No Coração da Igreja – Professor Felipe Aquino18:30 – Terço da Capelinha – Transmissão em Direto19:00 - Manchetes da Tarde – Resumo das notícias do Dia – José Simões20:00 – Mensagens e Canções – Márcia Costa22:00 – *Alternados:Segunda- Oração e Vida – Pe. Jorge / 22:30 Coração Ab-erto – Fátima Oliveira Terça- Encontro com a Misericórdia – Denylson Mor-gadoQuarta- Direção Espiritual – Pe. Fábio de MeloQuinta- Cultivar a Fé - Pe. Dário PedrosoSexta- Gente de Fé – Pe. Fernando Santa Maria Sábado- Vidas em Movimento – Márcia Costa23:00 – Boa Semente – Mons. Jonas - Ensinamento00:00 – Música e Companhia – José Mário 02:00 – Ponto de Referência – Pe. Américo02:20 – Sorrindo pra Vida – Dijanira Silva 04:00 – Especial Musical – Livre 05:00 – Boa Semente - Monsenhor Jonas – Ensinamento

Sábado 00:00 – Música e Com. –José Mário 02:00 – Ponto de Referência – Pe. Américo02:20 – Sorrindo pra Vida – Dijanira Silva 04:00 – Especial Musical – Livre 05:00 – Boa Semente - Mons. Jonas - Ensinamento06:00 – Angelus – Padre Dário Pedroso06:03 - Ofício da Imaculada 06:30 – Terço Mariano07:00 – Sorrindo pra vida – Dijanira Silva08:00 - Lusofonia – Fundação evangelização e Cultura +

Rádio Renascença09:00 – Magazine - José Simões 11:00 – Missa – Transmitida da ISST (Igreja da Santíssima Trindade)12:00 - Interativo Canção Nova – Márcia Costa

14:00 – Cultivar a Fé - Pe. Dário Pedroso15:00 – Hora da Misericórdia - Edésio Luís16:00 – Tarde Especial de Sábado – Zé Mário 18:00 - Caminho de Emaús – Apresentação / Paulus Editora18:30 – Terço Mariano – Pe. Dário e convidados19:00 – Especial Musical CN – Dijanira 20:00 - Musical livre21:00 – Pra ver a vida acontecer – Ricardo Sá22:00 – Vidas em Movimento – Márcia Costa23:00 – Boa Semente – Ensinamentos com diversos pregadores

Domingo06:00 – Caminhos de Emaús – Paulus Editora 06:30 – Terço Mariano07:00 – Falando de Deus -Mons. Jonas 08:00 – Cultivar a Fé – Pe. Dário Pedroso09:00 – Especial CN – Dijanira Silva10:00 – Dia do Senhor – D. Manuel Clemente 11:00 – Santa Missa – Transmissão do Recinto do Santuário N. S. de Fátima 12:30 – Estou no meio de vós – Monsenhor Jonas Abib13:00 - Em Família - Joaquim e Sandra Dias15:00 – Terço da Misericórdia – Fátima Oliveira e convidados16:00 - Vidas em movimento / Márcia Costa 17:00 – Encontro com a Divina Misericórdia – De-nylson Morgado18:00 - Ofício da Imaculada 18:30 – Terço Mariano 19:00 – Lusofonia – Fundação evangelização e Cul-tura + Rádio Renacença20:00 - Musical - Livre21:00 - Pra ver a vida acontecer – Ricardo Sá22:00 – Direção Espiritual – Pe. Fábio de Melo 23:00 – Boa Semente – Ensinamentos com diversos pregadores.

Rádio CN FM 103.7 “Mais vida no seu coração”

Para mais informações ligue:249 630 603

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AGOSTO SETEMBRO

LITURGIA

01S. Beatriz da Silva, virgem 1.ª Leitura: 1 Cor 1, 26-31 Salmo: 32, 12-13. 18-19. 20-21 Evangelho: Mt 25, 14-30 021.ª Leitura: Deut 4, 1-2. 6-8 Salmo: 14, 2-3a. 3cd-4ab. 4c-5 2.ª Leitura: Tg 1, 17-18. 21b-22. 27 Evangelho: Mc 7, 1-8. 14-15. 21-23 03S. Gregório Magno, papa e doutor da Igreja 1.ª Leitura: 1 Cor 2, 1-5 Salmo: 118, 97-98. 99-100. 101-102 Evangelho: Lc 4, 16-30 041.ª Leitura: 1 Cor 2, 10b-16 Salmo:144, 8-9. 10-11. 12-13ab. 13cd-14 Evangelho: Lc 4, 31-37 051.ª Leitura: 1 Cor 3, 1-9 Salmo: 32, 12-13. 14-15. 20-21 Evangelho: Lc 4, 38-44 061.ª Leitura: 1 Cor 3, 18-23 Salmo: 23, 1-2. 3-4ab. 5-6 Evangelho: Lc 5, 1-11 071.ª Leitura: 1 Cor 4, 1-5 Salmo: 36, 3-4. 5-6. 27-28. 39-40ac Evangelho: Lc 5, 33-39 08Natividade da Virgem Santa Maria 1.ª Leitura: Miq 5, 1-4a ou Rom 8, 28-30 Salmo: 12, 6ab. 6cd Evangelho: Mt 1, 1-16. 18-23 ou Mt 1, 18-23 09S. Pedro Claver, presbitero1.ª Leitura: Is 35, 4-7a Salmo: 145, 7. 8-9a. 9bc-10 2.ª Leitura: Tg 2, 1-5 Evangelho: Mc 7, 31-37 101.ª Leitura: 1 Cor 5, 1-8 Salmo: 5, 5-6a. 6b-7. 12 Evangelho: Lc 6, 6-11 111.ª Leitura: 1 Cor 6, 1-11 Salmo: 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b Evangelho: Lc 6, 12-19 12Santíssimo Nome de Maria 1.ª Leitura: 1 Cor 7, 25-31 Salmo: 44, 11-12. 14-15. 16-17 Evangelho: Lc 5, 33-39 13S. João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja 1.ª Leitura: 1 Cor 8, 1b-7. 11-13 Salmo: 138, 1-2 e 3b. 13-14ab. 23-24 Evangelho: Lc 6, 27-38 14Exaltação da Santa Cruz 1.ª Leitura: Num 21, 4b-9 ou Filip 2, 6-11 Salmo: 77, 1-2. 34-35. 36-37. 38 Evangelho: Jo 3, 13-17

15Nossa Senhora das Dores 1.ª Leitura: 1 Cor 10, 14-22 ou Hebr 5, 7-9 Salmo: 115, 12-13. 17-18 ou 30, 2-3ab. 3cd-4. 5-6. 15-16ab. 20 Evangelho: Jo 19, 25-27 ou Lc 2, 33-35

16S. Cornélio, papa, e S. Cipriano, bispo1.ª Leitura: Is 50, 5-9a Salmo: 114, 1-2. 3-4. 5-6. 8-9 2ª Leitura:Tg 2, 14-18 Evangelho: Mc 8, 27-35

17S. Roberto Belarmino, bispo e doutor da Igreja 1.ª Leitura: 1 Cor 11, 17-26. 33 Salmo: 39, 7-8a. 8b-9. 10. 17 Evangelho: Lc 7, 1-10

01S. Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor da Igreja1.ª Leitura: Jer 15, 10. 16-21Salmo: 58, 2-3. 4-5a. 10-11. 17Evangelho: Mt 13, 44-46 02S. Eusébio de Vercelas, bispoS. Pedro Juliano Eymard, presbítero 1.ª Leitura: Jer 18, 1-6;Salmo: Sal 145, 2abc. 2d-4. 5-6Evangelho: Mt 13, 47-53 031.ª Leitura: Jer 26, 1-9Salmo: 68, 5. 8-10. 14Evangelho: Mt 13, 54-5804S. João Maria Vianney, presbítero 1.ª Leitura: Jer 26, 11-16. 24 Salmo: 68, 15-16. 30-31. 33-34 Evangelho: Mt 14, 1-12 051.ª Leitura: Ex 16, 2-4. 12-15Salmo: 77, 3 e 4bc. 23-24, 25 e 542.ª Leitura: Ef 4, 17. 20-24Evangelho: Jo 6, 24-3506Transfiguração do Senhor1.ª Leitura: Dan 7, 9-10. 13-14 ou 2 Pedro 1, 16-19 Salmo: 96, 1-2. 5-6. 9 e 12 Evangelho: Mc 9, 2-10 07SS. Sisto II, papa, e Companheiros, mártiresS. Caetano, presbítero1.ª Leitura: Jer 30, 1-2. 12-15. 18-22 Salmo: 101, 16-18. 19-21. 29 e 22-23 Evangelho: Mt 14, 22-36 ou 15, 1-2. 10-14 08S. Domingos, presbítero 1.ª Leitura: Jer 31, 1-7 Salmo: Jer 31, 10. 11-12ab. 13 Evangelho: Mt 15, 21-28 09S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir 1.ª Leitura: Os 2, 16b. 21-22 Salmo: Sal 44, 11-12. 14-15. 16-17 Evangelho: Mt 25,1-13 10S. Lourenço, diácono e mártir 1.ª Leitura: 2 Cor 9, 6-10 Salmo: 111, 1-2. 5-6. 7-8. 9 Evangelho: Jo 12, 24-26 11S. Clara, virgem1.ª Leitura: Hab 1, 12 – 2, 4 Salmo: 9, 8-9. 10-11. 12-13 Evangelho: Mt 17, 14-20 121.ª Leitura: 1 Reis 19, 4-8 Salmo: 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 2ª Leitura: Ef 4, 30 – 5, 2 Evangelho: Jo 6, 41-5113S. Ponciano, papa, e S. Hipólito, presbítero, mártires 1.ª Leitura: Ez 1, 2-5. 24-28c Salmo: 148, 1-2a. 11-12. 13. 14 Evangelho: Mt 17, 22-27 14Manhã:S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero e mártir 1.ª Leitura: Ez 2, 8 – 3, 4 Salmo: 118, 14 e 24. 72 e 103. 111 e 131 Evangelho: Mt 18, 1-5. 10. 12-14 Tarde-vigilia:1.ª Leitura: Cr 15, 3-4. 15-16; 16, 1-2 Salmo: 131, 6-7. 9-10. 13-14 2.ª Leitura: 1 Cor 15, 54b-57 Evangelho: Lc 11, 27-28

15Assunção da Virgem Santa Maria 1.ª Leitura: Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab Salmo: 44, 10. 11. 12. 16 2.ª Leitura: 1 Cor 15, 20-27 Evangelho: Lc 1, 39-56 16S. Estêvão da Hungria 1.ª Leitura: Ez 12, 1-12 Salmo: 77, 56-57. 58-59. 61-62 Evangelho: Mt 18, 21 – 19, 1 171ª Leitura: Ez 16, 1-15. 60. 63 ou Ez 16, 59-63 Salmo: Is 12, 2-3. 4bcd. 5-6 Evangelho: Mt 19, 3-12 181.ª Leitura: Ez 18, 1-10. 13b. 30-32 Salmo: 50, 12-13. 14-15. 18-19 Evangelho: Mt 19, 13-15 191.ª Leitura: Prov 9, 1-6 Salmo: 33, 2-3. 10-11. 12-13. 14-15 2ª Leitura:Ef 5, 15-20 Evangelho: Jo 6, 51-58 20S. Bernardo, abade e doutor da Igreja 1ª Leitura: Ez 24, 15-24; Salmo: Deut 32, 18-19. 20. 21 Evangelho: Mt 19, 16-22 21S. Pio X, papa 1.ª Leitura: Ez 28, 1-10 Salmo: Deut 32, 26-27ab. 27cd-28. 30. 35cd-36ab Evangelho: Mt 19, 23-3022Virgem Santa Maria, Rainha 1.ª Leitura: Ez 34, 1-11 ou Is 9, 1-6 Salmo: 22, 1-3a. 3b-4. 5. 6 ou 112, 1-2. 3-4. 5-6. 7-8 Evangelho: Mt 20, 1-16a ou Lc 1, 26-38 23S. Rosa de Lima, virgem 1.ª Leitura: Ez 36, 23-28 Salmo: 50, 12-13. 14-15. 18-19 Evangelho: Mt 22, 1-14 24S. Bartolomeu, Apóstolo 1.ª Leitura: Ap 21, 9b-14 Salmo: 144, 10-11. 12-13. 17-18 Evangelho: Jo 1, 45-51 25Santa Maria no Sábado S. Luís de França S. José de Calasanz, presbítero 1.ª Leitura: Ez 43, 1-7a Salmo: 84, 9ab-10. 11-12. 13-14 Evangelho: Mt 23, 1-12 261.ª Leitura: Jos 24,1-2a.15-17.18b Salmo: 33,2-3.16-17.18-19.20-21.22-23 2.ª Leitura: Ef 5, 21-32 Evangelho: Jo 6, 60-69 27S. Mónica 1.ª Leitura: 2 Tes 1, 1-5. 11b-12 Salmo: 95, 1-2a. 2b-3. 4a e 5 Evangelho: Mt 23, 13-22 28S. Agostinho, bispo e doutor da Igreja 1.ª Leitura: 2 Tes 2, 1-3a. 14-17 Salmo: 95, 10. 11-12. 13 Evangelho: Mt 23, 23-26 29Martírio de S. João Baptista 1.ª Leitura: 2 Tes 3, 6-10. 16-18 ou Jer 1, 17-19 Salmo: 127, 1-2. 4-5 Evangelho: Mc 6, 17-29 301.ª Leitura: 1 Cor 1, 1-9 Salmo: 144, 2-3. 4-5. 6-7 Evangelho: 24, 42-51 311.ª Leitura: 1 Cor 1, 17-25 Salmo: 32, 1-2. 4-5. 10-11 Evangelho: Mt 25, 1-13

181.ª Leitura: 1 Cor 12, 12-14. 27-31a Salmo: 99, 2. 3. 4. 5 Evangelho: Lc 7, 11-17 19S. Januário, bispo e mártir 1.ª Leitura: 1 Cor 12, 31 – 13, 13 Salmo: 32, 2-3. 4-5. 12 e 22 Evangelho: Lc 7, 31-35 20SS. André Kim Taegon, presbítero,Paulo Chang Hasang, e Companheiros, mártires 1.ª Leitura: 1 Cor 15, 1-11 Salmo: 117, 1-2. 16ab-17. 28-29 Evangelho: Lc 7, 36-50

21S. Mateus, Apóstolo e Evangelista 1.ª Leitura: Ef 4, 1-7. 11-13 Salmo: 18 A, 2-3. 4-5 Evangelho: Mt 9, 9-13

221.ª Leitura: 1 Cor 15, 35-37. 42-49 Salmo: 55, 9ab e 10. 11-12. 13-14 Evangelho: Lc 8, 4-15

23S. Pio de Pietrelcina, presbítero1.ª Leitura: Sab 2, 12. 17-20 Salmo: 53, 3-4. 5. 6 e 8 2.ª Leitura: Tg 3, 16 – 4, 3 Evangelho: Mc 9, 30-37

241.ª Leitura: Prov 3, 27-34 Salmo: 14, 2-3ab. 3cd-4ab. 5 Evangelho: Lc 8, 16-18

251.ª Leitura: Prov 21, 1-6. 10-13 Salmo: 118, 1 e 27. 30 e 34. 35 e 44 Evangelho: Lc 8, 19-21

26S. Cosme e S. Damião, mártires 1.ª Leitura: Prov 30, 5-9 Salmo: 118, 29 e 72. 89 e 101. 104 e 163 Evangelho: Lc 9, 1-6

27S. Vicente de Paulo, presbítero 1.ª Leitura: Co 1, 2-11 Salmo: 89, 3-4. 5-6. 12-13. 14 e 17 Evangelho: Lc 9, 7-9

28S. Venceslau, mártir SS. Lourenço Ruiz e Companheiros, mártires 1.ª Leitura: Co 3, 1-11 Salmo: 143, 1a e 2abc. 3-4 Evangelho: Lc 9, 18-22

29S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos 1.ª Leitura: Dan 7, 9-10. 13-14 ou Ap 12, 7-12a Salmo: Sal 137, 1-2a. 2b-3. 4-5 Evangelho: Jo 1, 47-51

30S. Jerónimo, presbítero e doutor da Igreja1.ª Leitura: Num 11, 25-29 Salmo: 18, 8. 10. 12-13. 14 2.ª Leitura: Tg 5, 1-6 Evangelho: Mc 9, 38-43. 45. 47-48

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“ Deixando o ambiente da corte, S.ta Brígida e seu esposo, Ulf de Nevike, dedicaram-se intensamente à prática das “Obras de Misericór-dia”, servindo sobretudo os doentes e os pobres.”

Cón. Senra CoelhoDiocese de Évora

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Santa Brígida da Suécia, Co-Patrona da Europa

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S.ta Brígida, Princesa da Suécia, nasceu em Uppsala no ano de 1303, sendo seu pai o governador de Uppland. Apesar da sua natural inclinação para a vida ascética e contemplativa, casou em 1316 com Ulf de Nevike, Príncipe de Nércia, com quem teve 8 filhos. Destaca-se dos frutos do seu matrimónio a santidade reconhecida pela Igreja de uma sua filha, S.ta Cata-rina da Suécia (1331-1381).Deixando o ambiente da corte, S.ta Brígida e seu esposo, Ulf de Nevike, dedicaram-se intensamente à prática das “Obras de Mi-sericórdia”, servindo sobretudo os doentes e os pobres. Neste contexto de vida dedicada à caridade, inseriram-se na Ordem Terceira de São Francisco, com quem empreenderam, em 1341, uma peregrinação a Santiago de Compostela. No decurso da longa viagem, Ulf sentiu-se doente, recolhendo-se por isso ao Convento do Alvastar, em Espanha, vin-do a falecer em 1344.Como viúva, Brígida consagrou-se inteira-mente à vida religiosa. Depois de ter repar-tido os seus bens com os filhos, fundou em Roma um hospício para peregrinos e estu-dantes suecos. No convento de Vadstena fundou em 1345 a Ordem do Santíssimo Salvador, também conhecida por “Brígidas”, que o Papa Urbano V aprovou em 1370.Esta Ordem assumiu um carisma de austeri-dade, penitência, peregrinação a santuários e cuidado dos pobres e doentes. As Irmãs do Santíssimo Salvador ou Brígidas, chegaram a Portugal, evitando as perseguições ingle-sas aos católicos a fim de lhes impor a refor-ma anglicana. As irmãs inglesas aportaram em Lisboa a 4 de maio de 1594. Por algum tempo residiram no Convento da Esperança em Lisboa, depois foi-lhe oferecido terreno no sítio de Mocambo onde erigiram o seu próprio convento cuja capela sofreu um grave incendio. Fundaram também con

vento em Marvila, Junto de Lisboa.S.ta Brígida foi contemplada com fecundas experiências místicas e revelações privadas. Fruto destas locuções interiores, a Santa interveio junto do Papa Urbano V para que fixasse residência em Roma. Pôs por escrito, as suas experiências místicas no célebre livro Revelações e imprimiu a sua Regra. Nas Revelações narra a Paixão de Cristo e a vida da Virgem Maria; dá também bons con-selhos aos Papas, Reis e povos.Faleceu na cidade eterna a 23 de julho de 1373. Atendendo à sua pertença à Terceira Ordem Franciscana, foi sepultada no Mosteiro de São Lourenço, “in panisperna” da Ordem de S.ta Clara em Roma.O processo de canonização de S.ta Brígida deu início em 1377 e conclui-se em 1391. A 7 de Outubro desse ano, o Papa Bonifácio IX procedeu à sua canonização.Em 1999, o Papa João Paulo II proclamou-a co-patrona da Europa, conjuntamente com S.ta Catarina de Sena e S.ta Teresa Benedita da Cruz (Edit Stein).

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Fr. Francisco Sales Diniz, ofm.Diretor da OCPM

Cinquentenário da Obra Católica Portuguesa

“Celebrar a Memória para Projetar o Futuro”

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“ ...muitos homens e mulheres que, nas cinco partidas do mundo, foram sinais de esperança e portos de abri-go para milhões de portugueses que se lançaram na aventura de procu-rar, fora de Portugal, uma terra que lhes oferecesse uma vida digna.”

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“Celebrar a Memória para Projetar O Futuro”, foi o lema escolhido como ponto focal de reflexão para as celebra-ções do cinquentenário da fundação da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM). A OCPM celebra cinquenta anos de uma epopeia protagonizada por muitos ho-mens e mulheres que, nas cinco partidas do mundo, foram sinais de esperança e portos de abrigo para milhões de por-tugueses que se lançaram na aventura de procurar, fora de Portugal, uma terra que lhes oferecesse uma vida digna. São cinquenta anos de presença de Cristo e da sua Igreja, acompanhando os dramas e sofrimentos, as alegrias e esperanças, ajudando os emigrantes a viver a fé e a integrar-se nos países e Igrejas que os acolheram. É também a celebração da Igreja que, dentro do território nacio-nal, soube acolher, acompanhar e inte-grar a diversidade humana, religiosa e cultural, de milhares de imigrantes que, como “a terra da promessa”, chegaram

à procura “do pão da dignidade, ganho com o suor do seu rosto”.A OCPM nasce em 1962 para acompa-nhar os portugueses no estrangeiro, en-viando sacerdotes e agentes pastorais que, ao longo dos anos, abriram e estru-turaram “Missões” que têm garantido a prática cristã, a formação catequética de crianças e jovens, a celebração dos sacramentos, das festas e devoções, a preservação da identidade, língua e cultura lusas, assim como, o apoio hu-mano e social a tantos emigrantes em situação de pobreza ou de maior fragi-lidade.Os responsáveis pela OCPM pre-tendem, ao celebrar a memória dos que consagraram a sua vida ao trabalho pastoral dedicado aos migrantes, colher a sabedoria e a experiência que a histó-ria oferece para poder abrir as portas do futuro com novo vigor, promovendo a Nova Evangelização no mundo das mi-grações que se concentram maioritaria-mente em países descristianizados. Quer

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continu-ar a ser uma pre-sença de esperança junto das vít imas dos tempo presente, tempo de crises, geradoras de novas po-brezas humanas e materiais, que levam milhões de homens e mulheres a deixar a segurança da sua terra natal. Quer continuar a ser, junto dos migrantes, verdadeira manifestação da caridade de Cristo para com os mais frágeis e desfa-vorecidos do nosso mundo.O projeto de futuro procura dar con-tinuidade a esta herança recebida da-queles que se entregaram a esta missão eclesial, indo, assim, ao encontro da nova realidade das migrações, particular-mente da emigração de língua portu-

guesa, levando aos migrantes a certeza de que continuam presentes no coração da Igre-

ja em Portugal.No contexto do cinquentená-

rio a Peregrinação Anual do Mi-grante a Fátima a 12 e 13 de agosto,

torna-se o momento central de ce-lebração e de reflexão sobre a ação evangelizadora da Igreja junto dos migrantes, ação que, por fidelidade à missão confiada por Cristo e ao atual movimento migratório, necessita de um empenho renovado na Igreja, que deve sentir, “a urgência de promover, com novo vigor e novas modalidades, a obra de evangelização num mundo” (cf. Mensagem de Sua Santidade Bento XVI para o dia mundial do migrante e do refugiado 2012).

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Lembro-me que, numa Experiência de Oração, a dona Bené, uma senhora muito amiga, pediu a Deus que nos desse uma casa, e eu, no fundo do meu coração, disse:”Amén!”. Foi nesta opor-tunidade que aconteceu algo muito interessante: a Luzia falou-me a respeito de uma fazenda em Areias. Disse-me que ela era muito grande , sen-do uma propriedade de um familiar dela, e que talvez ele nos cedesse para os encontros. Para mim, parecia uma coisa impossível. Por ser uma casa tão grande, o dono não iria cedê-la para nós... Ficou “o dito pelo não dito”: A Luzia falou, mas eu não lhe dei importância.Logo depois, encontrei o Hélio Camarinha, que comentou comigo sobre uma fazenda em Areias, à qual ele tinha vontade de comprar para trans-formá-la num hotel-fazenda. Era propriedade do Gandur Zeraik, e, provavelmente, ele cederia o lugar para que fizéssemos os encontros. Da minha parte, pensei: “De forma alguma!”. Mais uma vez aquilo “entrou por um ouvido e saiu pelo outro”. Mas foi o tempo para Deus trabalhar em mim. Depois compreendi que a casa que me foi mostrada pelo senhor era a mesma que Luzia co-

mentou. Não tive dúvidas: “Deus está nisto!”. Fui diretamente para o telefone, liguei para a Luzia e retomamos a questão. Ela até se prontificou a fazer o contato com o proprietário, que era irmão da sua cunhada.Contatos feitos, fomos até lá – a Luzia, o Alberto, a dona Santa e eu – conversar com Gandur e Ísis, a sua esposa. Levei uma medalhinha de Nossa Senhora das Graças no bolso e, ao chegar à fa-zenda, antes de conversar com o dono, lançamos a medalhinha sobre o terreno,onde rezamos: “Se o Senhor quer esta casa, Nossa Senhora, faça o favor, tome posse dela e guarde-a para nós”.Na conversa com os proprietários expus os nossos pla-nos e, para minha admiração, eles não só o aceita-ram e alegraram-se como também quiseram fazer um contrato de dois anos num cartório, para que tivéssemos toda a garantia, pois in-vestiríamos em algumas reformas. Fiquei admirado, porque a fazenda foi cedida gratuita-mente!Monsenhor Jonas AbibFundador da Comunidade Canção NovaExcerto retirado do livro: “Canção Nova Uma Obra de Deus!”

Pelas mãos de Maria o impossível aconteceu

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Caríssimos Benfeitores

Monsenhor Jonas Abib, diz-nos que “na Canção Nova foi Ela que tudo fez, e nada se fez sem a sua participação.”Nossa Senhora, na sua presença discreta, vai cuidando de nós como filhos, e nela nós podemos desabafar, chorar, falar das nossas dores, das nossas preocupações. Acolhendo-nos no seu colo de mãe como filhos muito amados, Ela concretiza de uma forma simples grandes obras na nossa vida. É Maria que organiza a nossa casa, o nosso coração, é Ela que cuida desta Obra a Obra Canção Nova. Nossa Senhora é a primeira a responsabilizar-se pela concretização da nossa Missão. Deus confiou ao seu cuidado a Canção Nova, e Ela acolheu e assumiu. Por tudo isto, só podemos à semelhança de Maria, que é formadora por excelência, louvar e glorificar a Deus pelas maravilhas que Ele opera em nós. E louvamos também por si, pela sua oração, pela sua luta, por acreditar na Missão que Deus nos confiou.Nós somos Casa de Maria, pois Nossa Senhora está sempre presente, sendo a grande Mes-tra, fazendo de nós homens e mulheres cada vez mais novos, conduzindo-nos cada vez mais até Jesus Cristo. Peço a Nossa Senhora, que o aconchegue nos seus braços de Mãe, e que cada um entre na sua escola, a Escola de Maria, deixando-se conduzir, pela sua simplicidade, humildade, discrição, pelo seu silêncio, até Jesus Cristo.

CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO

Email: [email protected] : (00351) 249 530 600

www.benfeitor.cancaonova.pt

N.ºDE CONTA: 45200060486-05 MILLENIUM BCP NIB: 0033.0000.45200060486.05 IBAN PT : 50003300004520006048605 SWI FT : BCOMPT P L

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A missão da Canção Nova na Terra Santa iniciou--se a 19 de março de 2005. Nos primeiros 3 anos os membros da comunidade dedicavam-se à produção de matérias jornalísticas e programas sobre peregrinações. Conjuntamente a isto dedi-cavam-se a conhecer melhor o ambiente da Terra Santa e a Igreja local com as suas peculiaridades de ritos e línguas diversas. Muitos dos programas produzidos contribuiam para a promoção de Ins-tituições e congregações presentes em Jerusalém. Todo o conteúdo produzido era em língua portu-guesa que era utilizado na TV Canção Nova no Brasil e em Portugal.Em janeiro de 2008, a Canção Nova assumiu uma parceria com a Custódia Franciscana da Terra Santa e juntos deram inicio ao Franciscan Media Center, um centro multimédia com o objetivo de divulgar a Terra Santa e os lugares santos. Por meio desta parceria tornou-se possível a cober-tura da visita do Papa à Terra Santa, a produção de um DVD, transmissões em direto e produção de diversos programas com conteúdo bíblico. O apoio da Canção Nova era na área técnica, fil-magem, edição de vídeos, entre outros. Com o passar do tempo e o aumento da necessidade de produções para a TV Canção Nova, foi modifica-da a forma de colaboração da Canção Nova com a Custódia, mas a parceria mantém-se até hoje.

Atualmente a Canção Nova na Terra Santa, é formada por 7 missionários que se distribuem nas diversas atividades da missão, prepara pro-gramas televisivos temáticos sobre a Terra Santa e a cultura local, peças jornalísticas e algumas transmissões em direto. O nosso objetivo é ex-plicar as realidades dos lugares santos e aspetos particulares da Bíblia, que contribuam para uma melhor compreensão da Sagrada Escritura. Por exemplo: é muito diferente escutar a parábola do semeador e escutá-la vendo ao mesmo tempo a realidade do solo, da forma que semeavam no tempo de Jesus, onde semeavam, e assim poder compreender com mais profundidade as palavras de Nosso Senhor.Nos últimos dois anos foram iniciados os encon-tros de Pentecostes em Jerusalém promovidos pela Canção Nova e a Obra de Maria. Este ano contámos com a participação de mais de 500 pessoas, sendo assim um grande testemunho e incentivo para os cristãos da Terra Santa. Nos úl-timos anos tem aumentado muito o número de peregrinos de lingua portuguesa tanto do Brasil como de Portugal.Como até ao momento não possuíamos nenhu-ma atividade com os cristãos da Terra Santa, em 2013 estaremos a dar inicio a um novo trabalho na cidade de Nazaré, bem próximo da Basílica da Anunciação, a casa de Maria, local onde o anjo Gabriel anunciou a Maria que ela seria a mãe de Jesus, que será de uma evangelização mais pró-xima, contribuindo para a formação dos cristãos locais.

Pe. António XavierComunidade Canção Nova

Missão Canção Nova na Terra Santa

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Pe. José Luís BorgaDiocese de Santarém

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isso mas... não é nada disso que eu estou a re-ferir. Explico: o “dez” é o mês; o “onze”o dia e o “doze” é o ano! Creio que já dá para ver: o nosso “ano da fé” nascerá no próximo mês de outubro e, precisamente, no dia onze, dia em que celebra-mos os cinquenta anos da abertura do Concílio Vaticano II!Refiro o sinal de, com esta data, eu referir uma contagem crescente, como crescente será (desejavelmente) a nossa fé com tudo o que iremos poder viver!Provavelmente este Concílio é o acontecimento eclesial, recente, mais decisivo quanto à forma da Igreja se entender a si mesma e se quer manifestar à humanidade de hoje, para a servir e com ela dialogar, em nome de Deus!Isso mesmo. meio século nos separa mas... estamos ainda demasiado perto dela e carentes de viver do mesmo espírito que motivou estes trabalhos que resultaram nos documentos conciliares para conduzir a história da Igreja e do mundo segun-do a Graça de Deus. Estamos ainda necessitados de acolher e entender os “sinais dos tempos”

É verdade: está quase a começar o nosso “ano da fé”!Mais um dom preciso, um tempo favorável que nós precisamos de saber receber e valorizar, para podermos crescer e caminhar, juntos, com mais alegria, rumo à nossa Meta: chegarmos mais perto da estatura de Cristo. Vivermos como filhos de Deus!Por graça e até por sinal, embora já estejamos em contagem decrescente para data de começo deste ano, eu refiro-me a ela com uma contagem crescente: Dez, onze e doze!É verda-de que eu poderia estar a terminar de contar o número dos apóstolos que o Senhor Jesus cha-mou a si para O seguirem e os instruir e enviar, depois, em Seu nome, a anunciar que Reino dos Céus está “no meio de nós”!Podia até estar a ter-minar de contar as tribos de Israel! Podia tudo

Ele vem aí, e a grande velocidade!

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para sermos mais fieis a Deus e à humanidade que Ele ama e a quem envia a sua Igreja para servir. Tudo isto continua a ser gerado no seio da Igreja e todos nós, como suas “pedras vivas” de-vemos estar bem disponíveis para que, logo que nasça, este ano seja feliz e justamente recebido por todos nós, cuidando muito bem de o viver intensamente.Veremos e iremos saborear melhor como a nossa fé não é só uma sábia doutrina, em-bora também o seja. Que ela não é só uma bonita hipótese de fraternidade humana, bem razoá-vel e necessária para toda a Humanidade. A Fé precisa, sobretudo, de ser a experiência pessoal e comunitária de um verdadeiro amor, bem per-sonificado, que me toca a mim de um modo sério e feliz, numa relação com Deus que se revela, em Jesus Cristo, como o meu único Criador, meu Re-dentor e meu Santificador!Que enorme privilégio é este, de nos ser dispensada na Igreja, em per-manência, esta maravilhosa possibilidade de nos podermos encontrar na aventura de descobrir e experimentar, de um modo muito concreto e bem pessoal, ainda que progressivo e com os nossos naturais “altos e baixos”, andando nós dentro e por dentro do nosso “tesouro da Fé”. Assim pode-remos ter a nossa alma bem iluminada e movida pelo Amor de Deus que lhe dá vida eterna, que é mais verdadeira que todas as nossas verdades juntas.Que este ano nos permita saber cada vez melhor a grandeza, a profundidade e a largura do Amor que Deus é para nós. Um “Amor Perfeito”, bem distinto dos nossos amores terrenos, já que é totalmente gratuito e absolutamente incondicio-nal. Um Amor tão actual e bem situado na nossa

história quanto é também já definitivo e eterno, ao contrario deste mundo que é bem passageiro e destinado a desaparecer! Este ano, sendo da Igreja, deve alargar-se a “todos os homens de boa vontade”, e produzir frutos de paz e unidade.É assim que nós faremos e comunicaremos a vivência da nossa fé, que é a Fé da Igreja, nossa “Mãe” na qual todos somos gerados como filhos de Deus.Vamos andando entre as nossas fraque-zas e a fortaleza de ânimo que nos faz erguer, cada vez que caímos, e olhar mais longe, tantas vezes invisíveis aos nossos olhos quando não se tem o coração iluminado pelas “Palavras de Vida Eterna”!Haja tempo e lugar para escutar e aco-lher, e também oportunidades, soberanas, para falar e tornar credível a nossa própria experiên-cia, com os seus altos e baixos que fazem parte de que está a fazer caminho. Afinal experimentar a fé é, em resumo, percorrer um caminho que nos leva à meta da vida.Implica corrermos o risco de deixar as seguranças de quem está no cais e “lar-gar amarras” rumo a águas profundas, contando com tempestades, ventos contrários ou até faltas de vento. Tudo pelo desejo e vontade de chegar à outra margem.Ao contrario das coisas deste mundo, ela existem mesmo sem que saibamos di-zer, com exactidão, onde nem como. Cresçamos crendo em Jesus e, por ele, no Pai e no Espírito Santo.Assim acreditaremos melhor na Humani-dade de Deus e na divindade do Homem.Acreditemos e tornemos credível acreditar que o Amor é a “chave” de toda a realidade (visível e in-visível).Um bom “ano da fé” para todos os mem-bros da “Família Canção Nova”!

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Pe. Jovanete Vieira, MICwww.marianos.pt

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“Deus não fica só nas aparências, não vê só o exterior da pessoa. Nós também temos que ir para além das aparências. “

Respirar Misericórdia

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Deus pai que é rico em misericórdia chama-nos a viver no nosso dia a dia a dinâmica da mise-ricórdia. O nosso mundo, hoje, com tantas coi-sas que nos impressionam no campo da ciência e tecnologia, às vezes faz nos esquecer de Deus, esquecer das pessoas, das nossas famílias e até de nós mesmos. Às vezes confusos não sabemos o que fazer para manter a nossa intimidade com Deus. Esta não significa a quantidade de oração que fazemos, mas antes a qualidade desta ora-ção sempre em coerência com o nosso dia a dia. Isto quer dizer que Jesus nos ensina que nas mais simples e modestas coisas, podemos praticar a dinâmica da misericórdia. Como posso dizer que quero viver a misericór-dia na minha vida se eu não for capaz de aceitar as minhas próprias limitações? Quan-do tenho dificuldade de aceitar as minhas próprias franquezas terei grande relutância em aceitar a fraqueza de qualquer outra pessoa. Assim não consigo perdoar nem ser perdoado. Como aquela frase comum “per-doo mas não esqueço se eu puder vou vingar-me”. Quantos vizinhos que por um pequeno pedaço de terreno perdem a paz e ficam a vida toda sem falar e a sofrer? Não acei-tam ceder. Jesus vem mostrar-nos que o caminho da misericórdia liberta e nos faz felizes. Como ser misericordioso na escola onde sou pro-fessor? Como ser misericordioso onde sou mé-dico? Como ser misericordioso onde sou empre-gado de mesa ou recepção? e noutros ambientes de trabalho? O que eu quero para mim? O que eu quero para os outros? A vivência da misericórdia aproxima-nos de Deus, porque ao vivermos em nós atitudes que mostram aos outros que há no meu coração abertura e mansidão estamos, de certa forma, a manifestar na nossa vida o rosto misericordioso de Deus. Em qualquer lugar que

estejamos temos a oportunidade de mostrar o rosto misericordioso de Deus. Nos nossos dias muitas pessoas já têm concretizado esta dinâ-mica da misericórdia, preocupando-se com as pessoas que estão nos hospitais ou nas prisões. Muitas abdicam de uma vida cómoda para par-tir em missão para lugares onde as pessoas, por vezes ameaçadas pelo abandono e numa miséria profunda, não têm nem sequer o mínimo para uma vida com dignidade. Assim, pôr em prática a misericórdia é procurar fazer como Deus faria. Ele vê o coração. Deus não fica só nas aparên-cias, não vê só o exterior da pessoa. Nós também

temos que ir para além das aparências. Ouvir o outro, dar tempo, ter paci-

ência para percebermos o outro como ele é e como ele gosta-

ria de ser percebido. Aqui-lo que esperamos que os outros nos façam é o que devemos fazer aos outros porque assim experimenta-mos esta dinâmica do amor

e do perdão. É preciso que controlemos o egoísmo que

está em nós. No Evangelho de São Mateus, Jesus ao apresentar as

condições para a felicidade aponta a mise-ricórdia como uma condição para ser feliz. Quem não for misericordioso também não será feliz, não alcançará misericórdia. Para viver a miseri-córdia vou precisar, sem dúvida, experimentar a misericórdia de Deus. É impossível viver sem o meu Criador. Mesmo que eu quisesse não poderia criar o ar para os meus próprios pulmões. O ar que respiro é o mesmo que os outros seres respiram. Assim como o ar que vai para os meus pulmões e que não pode lá permanecer, tendo que estar sempre em movimento de maneira a renovar-se para pu-rificar os pulmões, assim também a misericórdia que recebo de Deus não pode ficar parada. Preciso torná-la dinâmica renovando constantemente, re-cebendo e transmitindo misericórdia.

Respirar Misericórdia

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Pe. Eduardo Novo,MICPastoral Juvenilwww.ecclesia.pt/pjuvenil

“...se não estivermos dispostos a correr os riscos do compromisso, então nunca haveremos de criar um mundo vindo do coração e continuará a haver situa-ções de injustiça ....“

Ser cristão significa antes de mais ser discípulo de Cristo e ser discípulo de Cristo, por sua vez, implica desde logo expôr-se a ser apontado, rotu-lado, “gozado” e até perseguido.Talvez penseis que é um pouco de exagero: que isto é verdade na China e na Arábia Saudita, mas não para nós que vivemos numa sociedade democrática, onde cada um é livre de expressar e confessar a sua religião. Ninguém nos inquieta nem nos aponta o dedo só porque cantamos na missa das seis ao Domingo ou porque fazemos parte de um grupo de jovens que se reúne fre-quentemente para reflectir acerca das coisas de Deus. Sem dúvida! Se ser discípulo de Cristo consiste apenas em ir à missa ao Domingo, dar algum dinheiro para a luta contra a fome e meditar no fundo do coração sobre o mistério da SS. Trin-dade, se assim é, há grandes hipóteses de não nos incomodarem. Porém se ser discípulo de Cristo não é somente “praticar a religião”, mas, em pri-

O Sentido de ser cristão

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meiro lugar, viver o Evangelho, então os riscos aumentam e são muitos os que recuam na hora de lançar a mão ao arado. E porquê? Porque viver o Evangelho é sobretudo dar testemunho (gr. martyrium) que Jesus Cristo está vivo, que Ele é o Kyrios, o Senhor do Universo que transforma a vida de cada um de nós e a vida do mundo. Porque viver o Evangelho é sobretudo amar os outros como a nós mesmos, é querer para o outro aquilo que procuro para mim, é querer erguer um mundo vindo do coração, em que a lei será paz e perdão, onde todos possamos saborear a alegria dos Bem-aventurados numa verdadeira e sincera civilização do amor, isto é, uma civilização de pessoas empenhadas em construir uma comuni-dade de justiça e de paz que crie oportunidades para a realização das Bem-aventuranças hic et nunc, no contexto histórico e sócio-cultural em que nos encontramos. Porém temos de ser realis-tas. Quem se compromete com estas coisas tem de estar disponível e espiritualmente preparado para enfrentar a incompreensão, a rejeição e até a perseguição. É porque ser cristão a sério é ex-por-se a ser atacado em duas frentes: uma pelos que apregoam o peace and love em prol de uma sociedade light, onde tudo é relativo e depende da situação, onde o ponto de referência moral é a consciência de cada um e a hieraquia de valores é estabelecida consoante os interesses pessoais de cada um (frente do relativismo ou sincretis-mo); outra pelos que pensam que só interessa a luta pela sobrevivência do sistema, sejam quais forem os meios, dos que fecham as janelas do arejamento e que se empenham com todo o zelo para que não acabem de cair as estruturas já em ruínas, pelos que tapam os ouvidos aos sinais

da mudança e apregoam um quieta non move-tur ( n ã o m exe r e m n a d a ) p a r a s a l v a r a h o n r a d o c o n ve n t o ( f r e n t e d o f u n d a m e n t a l i s m o o u p u r i t a n i s m o) .De facto, ser discípulo de Cristo não é coisa fácil, porque antes de mais temos medo de nos com-prometermos. E é compreensível! Ninguém está disposto a perder a nossa tão prezada tranquili-dade, a nossa situação económico-social, o nosso prestígio académico, a nossa boa reputação. Porém se não estivermos dispostos a correr os ris-cos do compromisso, então nunca haveremos de criar um mundo vindo do coração e continuará a haver situações de injustiça na minha empresa só porque eu não posso reagir senão perco o em-prego, continuará a haver fraudes profissionais e eu não posso dizer nada para que não me prejudiquem no avanço da carreira, continuará a haver amigos a explorarem o trabalho dos outros, mas eu não sou capaz de o chamar a atenção para que ele não me vire as costas.Ser cristão é ser voz que grita no deserto, é ser fermento que leveda a massa, é ser luz que brilha nas trevas, é ser água viva que sacia e vinho novo a transbordar, é ser bonança depois da tem-pestade, é ser azeite que se coloca sobre as feridas, é ser grão de trigo que vive espiga, morre e vira pão.Podia enumerar-vos alguns tópicos de Teologia Fundamental acerca da definição do sentido de ser cristão, mas como ninguém pode ser discí-pulo de Cristo sem a experiência do Encontro, convido-vos a recordar o momento em que Cristo vos disse: Vem e vê!

Ser cristão é Escutar e Responder.

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“Então ser capaz de parar é um acto de autêntica humildade e de honra-dez criativa... “

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Pe. João de Brito, SDBwww.salesianos.pt

ao sublinhar que havia tantas pessoas a atender que nem sequer “tinham tempo para comer”. É interessante observar neste acontecimento a humanidade de Jesus. Na sua ação não dizia só palavras de grandeza sublime nem se afadigava ininterruptamente por atender todos os que vi-nham ao seu encontro. É possível imaginar o seu rosto ao pronunciar estas palavras. Enquanto os apóstolos se esforçavam cheios de coragem e im-portância que até se esqueciam de comer, Jesus tira-os das nuvens. Venham descansar!O preceito eclesial que recomenda a abstenção dos “trabalhos servis nos domingos e festas de guarda”, vem nesta sequência não só por uma questão de respeito pelo dia do Senhor mas tam-bém para proporcionar o tal descanso corporal e espiritual tão necessário. Em todos os docu-mentos da chamada “Doutrina Social da Igreja” é salientado o direito de quem trabalha, não só ao

Por certo, já qualquer um de nós leu a passagem do Evangelho de S. Marcos onde Jesus recomenda aos discípulos um tempo de tranquilidade e des-canso: “Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco”! (Mc 6,31). O evangelista apresenta esta exortação de Jesus num contexto de certa agitação e cansaço dos discípulos

Descansai um pouco.......

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justo salário, mas também ao merecido descanso. Nos Regulamentos Gerais da Congregação a que pertenço (Salesianos) recomenda-se que se te-nham em conta “as férias concedidas aos irmãos para uma justa recuperação das energias físicas e intelectuais” (R 58, 1). E, no último Capítulo Ge-ral dos Salesianos de Dom Bosco, no número 87 do texto capitular é acentuada igualmente esta dimensão ao ser recomendado que cada salesia-no “cuide da saúde e programe, de acordo com a comunidade, os oportunos tempos de repouso”. Concluo que também se torna necessário progra-mar convenientemente o chamado tempo de fé-rias em termos comunitários, familiares e pessoais, a fim de que dele possa resultar um enriquecimento a todos os níveis: para a pessoa que, ao “recarre-gar as baterias”, fica mais ágil para a missão que lhe é confiada; para a comunidade, a família e a sociedade que assim podem contar com pessoas, revigorados, tranquilas, motivadas. A este propósito queria recordar algumas passagens do livro "Esplendor da Glória de Deus" do papa Bento XVI quando sublinha que a agitação de qualquer espécie, mesmo a agita-ção religiosa não condiz com a visão do homem do Novo Testamento. Sempre que pensamos que somos insubstituíveis; sempre que pensamos que o mundo e a Igreja dependem do nosso fazer, sobrestimamo-nos. Então ser capaz de parar é um acto de autêntica humildade e de honradez criativa; reconhecer os nossos limites; dar espaço para respirar e para descansar é próprio da cria-tura humana.E que dizer da dimensão espiritual da pessoa em tempo de férias? Diria que é ocasião oportuna para a potenciar, uma vez que a serenidade e o tempo livre são oportunidades para a meditação e, consequentemente, mais tempo para Deus.

Portanto, caros leitores, descansai também um pouco!

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Pe. Dário Pedroso, S.Jwww.padredario.cancaonova.pt

O 50º Congresso Eucarístico realizado na Irlan-da, voltou a chamar a atenção do mundo católico para a presença de Jesus no sacrário, para o culto da Eucaristia fora da Celebração, para os tempos de Adoração, para o valor das procissões eucarís-ticas, para a celabração das 40 Horas, para a Eu-caristia como centro e cume de toda a vida cristã. Jesus tem sede de nós, da nossa oração, da nossa presença, da nossa amizade, do nosso tempo, do nosso coração em cada sacrário. Precisamos de aumentar, um pouco por todo o lado, a culto a Jesus Eucaristia, o tempo que passamos conver-sando com Ele, as visitas, mesmo que sejam só espirituais, ao Deus Amor, presente em cada sa-crário. Temos que “matar a sede de Jesus”, pois seu Coração está ressequido por falta de amor, de reparação, de companhia. O convite feito à Beata Alexandrina é feito a cada um de nós: ir espiritualmente junto dos sacrários onde Jesus está mais só, menos acompanhado, com menos amor à sua volta. Ir reparar pecados e pedir gra-

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SACRÁRIO : PÓLO DE ATRAÇÃO

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ças, ir louvar e agradecer.Já o Papa Beato João Paulo II, em 24.03.80, na carta Mistério e Culto da Eucaristia, por ocasião da Quinta-Feira Santa, escreveu: «A Igreja e o mundo tem necessidade do culto eucarístico. Jesus espera por nós neste sacramento de amor. Não nos mostremos ava-ros do nosso tempo para ir encontrar-nos com Ele na adoração, na contemplação cheia de fé e pronta a reparar as grandes culpas e crimes do mundo. Que nunca cesse a nossa adoração» (nº 3). E na encíclica “A Eucaristia, Vida da Igreja” (nº 25) (17.04.03) O Beato João Paulo II afirmou: «O culto prestado à Eucaristia fora da Missa é de um valor inestimável na vida da Igreja, e está ligado intimamente com a celebração do sacrifí-cio eucarístico. A presença de Cristo nas hóstias consagradas que se conservam após a Missa – presença essa que perdura enquanto subsistirem as espécies do pão e do vinho – resulta da ce-lebração da Eucaristia e destina-se à comunhão sacramental e espiritual. Compete aos pastores, inclusive pelo testemunho pessoal, estimular o culto eucarístico, de modo particular as expo-sições do Santíssimo Sacramento e também as visitas de adoração a Cristo presente sob as es-pécies eucarísticas. É bom demorar-se com Ele e, inclinado sobre o seu peito como o discípulo pre-dilecto (cf. Jo 13, 25), deixar-se tocar pelo amor infinito de seu coração. Se actualmente o cristia-nismo se deve caracterizar sobretudo pela “arte de oração”, como não sentir de novo a necessida-de de permanecer longamente, em diálogo espiri-

tual, adoração silenciosa, atitude de amor, diante de Cristo presente no Santíssimo Sacramento?» [...] «A devoção de adorar Jesus sacramentado é, depois dos sacramentos, a primeira de todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós» [...] «Permanecer diante da Eucaristia fora da Missa permite-nos beber na própria fonte da graça».Na Carta Apostólica Fica Connosco, Senhor (Mane nobiscum, Domine) o Papa Beato João paulo II, afirmou: «Por isso a fé pede-nos para estarmos diante da Eucaristia com a cons-ciência de que estamos na presença do próprio Cristo» (nº 16). «A presença de Jesus no sacrário deve constituir como que um polo de atracção para um número cada vez maior de almas ena-moradas d’Ele, capazes de permanecerem lon-gamente a escutar a sua voz e, de certo modo, a sentir o palpitar do coração: “Saboreai e vede como o Senhor é bom” (Sal 34, 9)... Que a adora-ção eucarística fora da Missa se torne, durante este ano, um compromisso especial para cada uma das comunidades paroquiais e religiosas. Permaneçamos longamente prostrados diante de Jesus presente na Eucaristia, reparando com a nossa fé e o nosso amor as negligências, esqueci-mentos e até ultrajes a que o nosso Salvador está sujeito em tantas partes do mundo. Aprofunde-mos na adoração a nossa contemplação pessoal e comunitária, servindo-nos também dos recursos de oração baseados sempre na Palavra de Deus e na experiência de tantos místicos antigos e re-centes» (nº 18).

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AGOSTO

Grupos de Oração da Canção Nova

Igreja Paroquial das MeirinhasTerça-feira; 20h00 (semanal)

Hossana Portugal

Pregador: Padre Vagner BaíaData: 04 e 05 de AgostoLocal: Centro Pastoral Paulo VI – FátimaHorário: Início às 09h30 de Sábado e o encer-ramento Domingo às 18h00Tema: Revesti-vos do Homem novo, criado à imagem de Deus

SETEMBRO

Grupos de Oração da Canção Nova

Igreja Paroquial das MeirinhasTerça-feira; 20h00 (semanal)

Capela de São Lázaro - BragaTerça-feira; 20h00 (semanal)

Igreja da Encarnação - LisboaQuinta-feira; 20h00 (semanal)

“A NOSSA MISSÃO É EVANGELIZAR”

www.eventos.cancaonova.pt

Canção Nova

Capela Nossa Senhora da Saúde - Campan-hã - Quinta-feira; 20h00 (semanal)

Tarde de Louvor no Cacém com a Canção Nova

Data: 16 de SetembroLocal: Centro Pastoral S. António Claret, Av. dos Missionários, Junto à escola António Sérgio – CacémHorário: Início às 14h30 encerramento com a Santa Missa às 19h00Tema: A fé vive-se nas obras

Encontro em Braga com a Canção NovaData: 23 de SetembroLocal: Cripta do Santuário de N. Senhora d o S a m e i r o , Av. N o s s a S e n h o r a d o S a m e i r o – B r a g aHorário: Início às 10h00 e o encerramento às 18h30Tema: A Semente é a Palavra de Deus

Para mais informações ligue:249 538 868

Eventos

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“A NOSSA MISSÃO É EVANGELIZAR”

www.eventos.cancaonova.pt

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“A ...... Canção Nova