revista cesvi

Upload: 919720

Post on 14-Jul-2015

183 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Editorial

3

eciclagem um conceito sempre visto de forma positiva, porque ele abrange noes de renascimento, de recriao, da possibilidade perene de voc sempre melhorar tudo o que faz e mesmo tudo o que voc . Dedicamos a matria de capa desta edio ao tema da reciclagem de veculos, uma atividade que, acreditamos, tem muito a evoluir no Brasil. Temos a necessidade, temos a tecnologia, mas nos falta uma cultura de reciclagem que nos aproxime dos padres dos pases desenvolvidos, onde quase a totalidade da frota reciclada, proporcionando imensos benefcios para o meio ambiente, para a economia e para a segurana do trnsito.

R

Mas reciclagem, como dito no incio deste editorial, tambm significa renovao e continuidade. E por esses processos de constante aprimoramento que o CESVI BRASIL vem a comemorar seu 15 aniversrio, no ms que vem. uma celebrao que compartilhamos com todos os leitores da Revista Cesvi, e que estendemos a toda a sociedade brasileira, cujo bemestar est na base dos estudos que produzimos em nosso centro de pesquisa. Quando atuamos na reduo de acidentes, na consolidao de uma filosofia de segurana no trnsito e tambm no aprimoramento dos servios de reparao, estamos trazendo benefcios para companhias de seguros, oficinas e montadoras, mas sobretudo o cidado quem mais tem a ganhar com todas essas conquistas.

So vitrias que temos acumulado ao longo desses 15 anos e que resultam na satisfao de, todo dia, dedicarmo-nos ao trabalho de juntar ideias e realiz-las em prol de uma sociedade melhor. A revista um arquivo vivo dessa trajetria, pois tem registrado e divulgado todas as atividades desses 15 anos de luta e perseverana. O que explica no ser obra do acaso que tenhamos tanto carinho por ela. Boa leitura!

Jos Aurelio Ramalho, Diretor de operaes do CESVI BRASIL

Novo marco na ajetria do centro tr

46 8 11 12 16 18 20 26 28

ndiceCarroNissan Livina a melhor minivan compacta nos quesitos reparabilidade e ndice de Danos de Enchente.

Segurana viriaEntidades sugerem alteraes no Cdigo de Trnsito Brasileiro.

Espao abertoLencio de Arruda, presidente do Sincor-SP, defende informaes tcnicas para o aprimoramento da atividade do corretor.

Matria de capaBrasil est atrasado no que diz respeito cultura da reciclagem de veculos.

Nmeros do mercadoResultados positivos na venda de veculos apesar da crise.

EntrevistaDeputada federal Rita Camata comenta o Projeto de Lei 2.872, que altera dispositivos do CTB.

Sistemas de seguranaCaractersticas e funcionalidades das novas tecnologias de rastreamento de veculos.

InternacionalDesempenho em capotamento e caractersticas de visibilidade so focos de rankings de centros de pesquisa no exterior.

AconteceEventos do CERTA (Centro de Referncia Tcnica Automotiva) apresentam informaes de caminhes para seguradoras e discutem a obrigatoriedade de antifurtos nos veculos.

A Revista CESVI uma publicao do CESVI BRASIL S/A - Centro de Experimentao e Segurana Viria - voltada para profissionais do setor de reparao de veculos e dos mercados segurador e automotivo em geral. No est autorizada nenhuma reproduo dos artigos e referncias publicados nesta Revista sem prvia autorizao deste Conselho Editorial. Os espaos publicitrios desta publicao so pagos. Portanto, o CESVI BRASIL no se responsabiliza pelos anncios aqui publicados, j que contedo, informaes tcnicas (natureza, caractersticas, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preo) e quaisquer outros dados sobre os produtos e servios anunciados so fornecidos com exclusividade pelos nossos anunciantes.

Conselho Editorial Jos Aurelio Ramalho, Sergio Ricardo Fabiano, Eduardo Augusto dos Santos, Eduardo Magrini e Alexandre Carvalho dos Santos. Editor: Alexandre Carvalho dos Santos (Mtb. 44.252) Redatora: Viviane Vilar da Costa (Mtb. 53.952) Colaboradores desta edio: Andr Lus Horta Silva, Claudemir Rodriguez, Emerson Feliciano, Jos Antonio Oka e Paulo Roberto Weingrtner Jr. Fotos: Alexandre Martins Xavier (Mtb. 30.982)

Direo de arte: Silvana Meei Yi Tai Yes!Brasil Comunicao Publicidade: Fone: (11) 3948-4841 E-mail: [email protected] Assinatura e nmeros atrasados: Carolina Circelli e Camila Pinheiro Impresso: Ipsis Grfica e Editora Ltda. Tiragem: 4.500 exemplares Redao e Publicidade: Av. Amador Aguiar, 700 - City Empresarial Jaragu CEP 02998-020 - So Paulo, SP Fone: (11) 3948-4800 - Fax (11) 3948-4848 E-mail: [email protected] www.cesvibrasil.com.br

4

Expediente

6

Carro

Por

Claudemir rodriguez Pesquisa & desenvolvimento

Minivan compacta conquista a melhor classificao no CAR Group e no ndice de Danos de Enchente em sua categoria

Nissan Livina N

ovidade a palavra certa para se referir ao Livina. Alm de ser o primeiro veculo de entrada da Nissan no segmento de monovolumes, tambm se trata do primeiro veculo de passeio flex-fuel produzido no Brasil pela montadora. O modelo conquistou a melhor classificao de sua categoria em duas anlises do CESVI: no CAR Group e no ndice de Danos de Enchente. So quatro verses disponveis, com motores 1.6 16V, 1.8 16V, 1.6 16V SL e 1.8 16V SL. Os modelos com os motores 1.6 tm cmbio manual, e os mais potentes, 1.8, tm cmbio automtico. O novo modelo ser fabricado no complexo industrial da aliana Renault-Nissan, em So Jos dos Pinhais, no Paran. Por ser produzido no Brasil, o ndice de nacionalizao de peas de 70%. Peas importadas viro, principalmente, das fbricas da Nissan nos Estados Unidos, China e Mxico.

A verso avaliada do Nissan Livina, 1.8 SL 16V, atingiu o primeiro lugar de sua categoria no ndice de danos de enchente. As caractersticas do duto de admisso, com uma altura de captao de ar de 74 centmetros, sendo o seu ponto mais alto de 85 centmetros, levaram o modelo a esta primeira colocao. O fato da verso apresentar cmbio automtico faz com que seja zero o risco de danos na sonda lambda e no sensor de rotao.MiNivaN CoMpaCta Livina 1.8 SL Flex (2009 a 2009) Meriva 1.8 SS (2005 a 2009) Idea 1.8 HLX (2003 a 2009) New Fit LXL (2008 a 2009)

O modelo possui freios ABS de srie nas verses 1.6 SL e 1.8 SL e air-bag de srie nas quatro verses. A ponderao entre componentes de sistemas de segurana ativa, passiva e patrimonial rendeu ao Livina a seguinte classificao:MiNivaN CoMpaCta New Fit 1.5 16v I-VTEC EX Flex 4P (2008 a 2009) New Fit 1.5 16v I-VTEC EXL Flex 4P (2008 a 2009) New Fit 1.4 16v I-VTEC LXL Flex 4p (2008 a 2009) New Fit 1.4 16v I-VTEC LX Flex 4p (2008 a 2009) Livina 1.8 SL Flex (2009 a 2009) Idea ELX 1.4 Flex 4P (2003 a 2009) Idea HLX 1.8 Flex 4P (2003 a 2009) Idea Adventure Locker 4P (2003 a 2009) Livina 1.6 SL Flex (2009 a 2009) Meriva Premium 1.8 Easytronic 4P (2005 a 2009) Meriva Joy 1.4 Econo Flex 4P (2005 a 2009) Meriva Maxx 1.4 Econo Flex 4P (2005 a 2009) Meriva Expression 1.8 Easytronic 4P (2005 a 2009) Meriva Ss 1.8 Easytronic 4P (2005 a 2009) Livina 1.6 Flex (2009 a 2009) Livina 1.8 Flex (2009 a 2009) * A classificao dos rankings do ndice de Segurana vai de 0,5 a 5 estrelas: 0,5 a 1 estrela - ruim; 1,5 a 2 - insuficiente; 2,5 a 3 - mdia; 3,5 a 4 - boa; 4,5 a 5 - tima. Veja todos os rankings em www.cesvibrasil.com.br

O Nissan Livina apresentou boa visibilidade traseira e lateral, entretanto, seu desempenho com relao visibilidade frontal (posicionamento das colunas A) apresentou uma rea cega mdia de 8,44m, sendo a rea mais prejudicada, o que interferiu negativamente na classificao.MiNivaN CoMpaCta New Fit LXL (2008 a 2009) Meriva 1.8 SS (2005 a 2009) Idea 1.8 HLX (2003 a 2009) Livina 1.8 Flex (2009 a 2009)

Revista CESVI ReparabilidadeImpacto traseiro Entre os concorrentes diretos, o Nissan Livina foi o que se comportou de forma menos satisfatria, tanto pela quantidade de peas substitudas quanto pelo tempo de reparo de peas na traseira. Um dos fatores que contriburam para este resultado no satisfatrio o fato do veculo no possuir componentes absorvedores de impacto na traseira, como uma travessa, um crash-box ou absorvedores de impacto nas extremidades. Com a ausncia destes componentes, o painel, o assoalho e, principalmente, a lateral traseira direita acabaram absorvendo a energia do impacto, aumentando o custo total da reparao. Devido intensidade dos danos na tampa traseira, houve a necessidade de substituio desta pea, alm do tempo gasto para a troca do vidro traseiro da tampa danificada para a nova tampa traseira. Diferentemente do que ocorreu com a anlise da dianteira, os custos de peas substitudas na traseira do Livina foram, em mdia, 30% maiores do que os de seus concorrentes.

7

Os aspectos de reparabilidade do Nissan Livina 2009 foram estudados pelo CESVI BRASIL aps passar pela pista de impactos. Segue abaixo uma sntese dos resultados obtidos: Impacto dianteiro Um dos destaques na anlise da reparabilidade dianteira do Nissan Livina foi o comportamento positivo da absoro da energia de impacto pelo crash-box no lado esquerdo. Esta absoro contribuiu para que a longarina dianteira do lado esquerdo no fosse atingida, reduzindo o tempo e, por consequncia, o custo total da reparao dianteira. Pelo fato da longarina no ter sido atingida, concluiu-se que as dimenses estruturais permaneceram inalteradas, ou seja, no foi necessrio colocar o veculo em uma bancada de estiramento, o que aumentaria o custo da reparao. Apesar da grande quantidade de peas que tiveram de ser substitudas, outro fator observado para a primeira colocao do Livina em sua categoria foi o preo competitivo das peas. Entre funilaria e mecnica, foi verificado que o custo das peas substitudas na dianteira do Livina foi, em mdia, 25% menor do que o de seus concorrentes.

O CAR Group compara veculos de uma mesma categoria quanto facilidade e o custo de seu reparo. A classificao funciona da seguinte forma: quanto MENOR o nmero do grupo, MELHORES so as suas caractersticas de reparabilidade. Os grupos seguem uma escala de 10 a 60, sendo 10 o melhor grupo. Seguem abaixo os valores de CAR Group da categoria minivan compacta, qual o veculo Nissan Livina 2009 pertence.

Livina

Meriva

Idea

Para fazer o comparativo dos ndices CESVI de diversos modelos, acesse o site: www.cesvibrasil.com.br

Divulgao

8

Segurana viria

Por

andr lus Horta silva segurana viria

Propostas para uma nova legislaoEntidades sugerem alteraes no Cdigo de trnsito Brasileiro em prol da segurana viriam novembro de 2008, a ANTP (Associao Nacional de Transportes Pblicos) realizou um seminrio para debater o Projeto de Lei 2872/08, de autoria do deputado Carlos Zarattini, que sugere algumas alteraes ao Cdigo de Trnsito Brasileiro (veja Entrevista que trata deste tema na pgina 18). Aproveitando a oportunidade, houve uma unio de foras entre o CESVI BRASIL, a Abramet (Associao Brasileira de Medicina de Trfego) e a ANTP para a elaborao de propostas que possam contribuir com a preservao da vida e a preveno de acidentes. Legislao adequada, fiscalizao e aplicao de penalidades aos infratores so aes fundamentais para a construo de uma cultura de respeito s regras e de atitudes mais seguras no trnsito. Com o intuito de aperfeioar as leis de trnsito, essas trs entidades elaboraram consideraes e sugestes de alterao do CTB.

E

Solicitao do cidado

Est previsto, nos artigos 72 e 73 do CTB, o direito de todo cidado ou entidade civil solicitar, por escrito, aos rgos ou entidades do Sistema Nacional de Trnsito, providncias referentes ao trnsito virio, tendo esses rgos e entidades o dever de analisar as solicitaes e responder, por escrito, sobre a possibilidade ou no de atendimento, justificando a anlise tcnica feita. A sugesto criar a obrigatoriedade aos rgos de trnsito de publicarem e divulgarem, em seus sites, as solicitaes feitas, os locais onde se aplicam e a previso do atendimento ou os motivos do no atendimento, para conhecimento pblico.

Revista CESVI lcool e direo

9

As entidades entendem que ocorreu avano da legislao, com a vigncia da lei 11.705/2008, principalmente para aplicao das penalidades administrativas. Contudo, acredita-se que possvel aperfeioar o tema. No mbito administrativo, a sugesto a criao de norma legal que permita o recolhimento da Carteira Nacional de Habilitao (CNH) no ato da fiscalizao, quando constatada a embriaguez do condutor. Este ato contribuiria para a aplicao imediata da sano administrativa ao condutor, gerando a imediata percepo da gravidade da conduta praticada.

Controle de velocidade

O projeto de lei, citado no incio, prev o agravamento das penalidades aplicadas s infraes por excesso de velocidade e estabelece graduaes em intervalos fixos medidos em km/h, e no em porcentagens, como atualmente feito no artigo 218. Essa modificao proposta deve facilitar a compreenso da regra pelos condutores. Entretanto, pode no ser suficiente para desestimular comportamentos perigosos em vias com limites de velocidade de 40 ou 60 km/h, pois considerar a infrao at 20 km/h acima do limite regulamentado desproporcional ao risco que o condutor expe s demais pessoas que por ela transitam. Para ilustrar esse perigo, apresentamos uma pesquisa britnica com os seguintes ndices de fatalidades de pedestres, segundo pequenas variaes de velocidade:

Esses nmeros levam a sugerir e insistir na necessidade da realizao de mais campanhas sobre o uso do cinto, pois ainda se constata que muitas pessoas no sabem da obrigatoriedade e da importncia do uso do cinto de segurana pelos passageiros do banco traseiro. Naturalmente, h a necessidade de que os rgos de trnsito competentes para a fiscalizao a exeram com frequncia. Tambm acreditamos que a penalidade pela falta do uso do cinto seja majorada para gravssima, como atualmente aplicada falta de uso do capacete. Essa sugesto feita por considerarmos anloga a importncia da utilizao do cinto de segurana pelos ocupantes de veculos de quatro ou mais rodas ao uso do capacete pelos motociclistas. Tambm importante destacar a urgente necessidade de melhorar a adeso ao uso do cinto de segurana em nibus rodovirios. Sabemos que a fiscalizao desse cumprimento difcil, sem descartar que as penalidades previstas recaem sobre o condutor e no sobre o passageiro desobediente.

transporte de crianas

Os acidentes de trnsito so a maior causa de fatalidades em crianas de at 14 anos no Pas, segundo o Ministrio da Sade, o que inclui os atropelamentos e o transporte de crianas em motos e veculos de mais de duas rodas. O atropelamento, independentemente da faixa etria da vtima, pode ter efeitos menos graves se houver a aplicao de penalidades adequadas de controle de velocidade, conforme sugestes apresentadas anteriormente. Sugere-se que sejam realizadas alteraes (destacadas em negrito) nos seguintes artigos: Art. 168 - Transportar crianas em veculo automotor sem observncia das normas de segurana especiais estabelecidas neste Cdigo: Infrao - gravssima; Penalidade multa (triplicar o valor da multa) Medida administrativa - reteno do veculo at que a irregularidade seja sanada.

Fonte: U.K. Departamento of Transport, 1993, in Lucia Maria Brando, pg. 33, Manual terico-prtico Perkons, 2006.

A sugesto criar graduaes de penalidades por intervalos de velocidade acima da mxima permitida, em funo da velocidade mxima estabelecida para a via. Apenas para ilustrar, j que seria necessria anlise tcnica mais apurada, possvel estabelecer regras diferentes para vias com velocidade mxima de at 60 km/h, entre 60 a 90 km/h e acima de 90 km/h.

Uso do cinto de segurana

Sabe-se que o aumento da adeso ao uso do cinto pode provocar uma significativa melhora na diminuio de fatalidades entre os ocupantes dos veculos. Em uma estimativa do CESVI, considerando como aplicvel a estimativa de efetividade do uso do cinto feita pelo NHTSA (EUA), a cada aumento de 10% de adeso, 1.600 vidas poderiam ser salvas, por ano, no Brasil.

Art. 244 - Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor: V - transportando criana menor de 7 anos (criana menor de 10 anos ou outra idade considerada como adequada) ou que no tenha, nas circunstncias, condies de cuidar de sua prpria segurana: Infrao - gravssima; Penalidade - multa (triplicar o valor da multa) e suspenso do direito de dirigir; Medida administrativa - Recolhimento do documento de habilitao.

10

Segurana viria

AgendA PositivA PArA o trnsitoPreocupados com o cenrio atual de acidentes e vtimas de trnsito, o CESVI BRASIL, a Abramet e a ANTP propem uma Agenda Positiva para o Trnsito. Essa Agenda inclui a defesa da elaborao de um Plano Nacional de Segurana Viria - PNSV, contendo a definio de metas e prazos de reduo de vtimas, alm da sugesto de uma srie de aes sobre diferentes formas de incentivo concreto ao comportamento seguro, como uma linha de ao complementar, em relao educao e fiscalizao, na construo de uma cultura de preveno de acidentes na sociedade. Defendem tambm que essa elaborao seja feita com a participao da sociedade, j que a mudana dessa situao exige o compromisso e participao de todos. Esse Plano Nacional de Segurana Viria poderia ser formado pela Poltica Nacional de Trnsito e pelo Programa Nacional de Trnsito, previstos no CTB, desde que feitas algumas alteraes s regras atualmente vigentes. Na forma como est atualmente, o CTB prev a elaborao de uma Poltica Nacional de Trnsito, seguida da elaborao de um Programa Nacional de Trnsito. A poltica deve conter as diretrizes visando segurana, fluidez, ao conforto, defesa ambiental e educao para o trnsito e estabelecida pela Resoluo Contran 166/04, conforme previsto no artigo 12, inciso I do CTB, aps a realizao de uma srie de fruns pblicos, em todo territrio nacional, com a participao tanto de rgos do Sistema Nacional de Trnsito SNT, como de representantes da sociedade, por meio de pessoas, entidades, rgos e comunidades. O programa, por sua vez, at hoje no foi elaborado, ou seja, ainda no foram definidas aes coordenadas, nem metas e prazos de reduo de vtimas e acidentes. A responsabilidade de propor um programa e seu contedo estava expressa no inciso III, artigo 12 do CTB. Entretanto, o inciso foi vetado, criando uma lacuna legal que necessita ser preenchida. Essa lacuna foi parcialmente preenchida com a edio da Resoluo Contran n. 166/04, que definiu o Denatran como responsvel pela formulao do programa, ouvindo os demais rgos e entidades do Sistema Nacional de Trnsito. Foi parcialmente resolvida porque no houve a determinao da abrangncia e das metas e prazos do programa a ser

Agenda Positiva Agenda Positivaformulado pelo Denatran, ou seja, atualmente, nossa base legal no define o contedo e nem o processo de elaborao da pea de planejamento mais importante da rea, o Programa Nacional de Trnsito. Por fim, sugere-se uma nova redao aos artigos abaixo citados, incluindo informaes no artigo 19 e alterando o artigo 78: Art.19 - Compete ao rgo mximo executivo de trnsito da Unio: (...) IA - (novo) - elaborar, com a participao dos rgos do SNT e da sociedade em geral, um Programa Nacional de Trnsito, compatvel com a Poltica Nacional de Trnsito e a Poltica Nacional de Transportes, especificando as metas alcanveis para perodos mnimos de 10 anos e as aes planejadas correspondentes, a serem cumpridos pelos rgos que compem o Sistema Nacional de Trnsito; 4 (novo) - O Programa Nacional de Trnsito de que trata o inciso IA deve: I. prever mecanismos de participao da sociedade em geral na consecuo das metas estabelecidas; II. ter garantida a ampla divulgao das aes, das metas e dos prazos definidos, em balanos anuais, permitindo consultas pblicas, tanto dos rgos do SNT como da sociedade em geral, por meio da pgina eletrnica do DENATRAN, consolidando a transparncia das aes e o controle dos resultados alcanados. Art. 78 - Os Ministrios da Sade, da Educao e do Desporto, do Trabalho, das Cidades, dos Transportes e da Justia desenvolvero e implementaro programas destinados preveno de acidentes, compatveis com a Poltica e o Programa Nacional de Trnsito.

11

Espao aberto

Por

leonCio de arruda

Informaes tcnicas na atividade do corretoruando resolveu lanar a revista Quatro Rodas, Victor Civita, pai, da Editora Abril, convidou o jornalista Mino Carta. A resposta de Mino: Como eu posso dirigir uma revista de automveis se no sei a diferena entre um pisto e uma bronzina?. Civita insistiu e a revista foi um sucesso. Moral da histria: sempre possvel agregar conhecimento atividade fim. O mesmo acontece com os corretores de seguros. Sua fonte de conhecimento o casulo das aplices, mas nada impede de acrescentar informaes do ramo de automveis, por exemplo, ao seu dia a dia. Considerada como ativo importantssimo para a realizao de negcios, a informao extra deve ser buscada e gerenciada. Isso, no entanto, no quer dizer que o conhecimento tecnolgico tem a ltima palavra. Se assim fosse, um seguro aeronutico seria mais bem fechado por um piloto do que por um corretor. Mas a realidade no bem assim. Nos ltimos anos, as tecnologias tm evoludo de forma rpida, fazendo com que os corretores tenham maior eficincia e rapidez nas tomadas de deciso. Neste contexto, a importncia de se utilizar mecanismos de armazenamento das informaes vital para a sobrevivncia e competitividade de um corretor. No passado, a questo da informao era muito mais simples, pois os arquivos contendo inmeros papis podiam ser trancados fisicamente. Porm, com a chegada das tecnologias da informao e comunicao, a questo ficou bem mais complexa. Isso significa que informaes tcnicas, no s relacionadas ao automvel, contribuem decisivamente para a atividade do corretor de seguros.

Q

O profissional tem que ter conscincia dessa nova realidade e se adequar a ela. Muitas vezes, as oportunidades esto muito prximas de ns, e no as enxergamos; s vezes esto do nosso lado. Mas para aumentarmos nossa rede fundamental nos relacionarmos bem com as pessoas um bom dia, uma boa tarde, um obrigado, um elogio sincero s dignificam as pessoas e abrem vrias portas. Saber mais a respeito dos aspectos tcnicos de um automvel ajuda, mas no tudo. As empresas e a sociedade desejam bons profissionais que tambm sejam boas pessoas. Diplomas so importantes, mas no substituem qualidades humanas. Formao acadmica e habilidades tcnicas so fundamentais, mas carter e personalidade falam mais alto. Se fosse preciso apontar a principal caracterstica dos nossos dias, eu no teria dvidas em dizer: a responsabilidade de cada indivduo por si mesmo. Scrates, o clebre filsofo da Grcia Antiga, ensinava uma nica verdade: Conhece-te a ti mesmo. Este princpio vale at os dias atuais, com uma mnima alterao: conhece-te e desenvolve-te a ti mesmo. Saber e no fazer ainda no saber. No basta saber, preciso fazer. Corra na frente. Boa sorte.

Leoncio de arruda presidente do Sincor-SP, Sindicato dos Corretores de Seguros, Resseguros, de Sade, de Vida, de Capitalizao, de Previdncia Privada no Estado de So Paulo.Divulgao

12

Matria de capa

Reciclagem de veculos

Divulgao

Brasil ainda est atrasado no que diz respeito cultura de reciclagem de automveis, que j realidade nos pases desenvolvidos

N

estes tempos em que a sustentabilidade ambiental se tornou predicado dos mais valorizados entre as aes das empresas, a reciclagem ganha fora ainda maior como alicerce de um presente ecologicamente responsvel. No entanto, se o Pas tem timas marcas no que diz respeito ao reaproveitamento do alumnio e outros materiais, o mesmo no pode ser dito em relao aos automveis. Segundo estimativa do Sindinesfa (Sindicato do Comrcio Atacadista de Sucata Ferrosa e NoFerrosa), apenas 1,5% da frota brasileira que sai de circulao vai para a reciclagem. Para se ter uma ideia do atraso do Brasil nesta questo, a reciclagem chega a 95% dos carros fabricados na Europa e nos Estados Unidos. Outro exemplo que demonstra este atraso que, segundo o Sindinesfa, os veculos que vo para a reciclagem aqui j tm, em mdia, mais de 20 anos de uso.

No chega a ser surpresa num pas em que a idade mdia da frota de nove anos (segundo dados da Gipa, rgo internacional que realiza pesquisa de ps-venda). E, segundo o Sindirepa-SP (Sindicato da Indstria de Reparao de Veculos e Acessrios), 57% dos veculos em circulao j passaram dos 100 mil quilmetros rodados. O resultado dessa combinao de fatores negativos que temos uma frota envelhecida rodando nas ruas, sem a manuteno adequada, com maior tendncia a provocar acidentes de trnsito e engarrafamentos. E, quando os veculos so descartados, acabam indo para o lixo, piorando sensivelmente a poluio ambiental. Mas precisa ser assim?

Revista CESVI

13

Legislaes especficas no exteriorPara no ficar apenas nos exemplos de Estados Unidos e Europa, podemos apontar que, no Japo, mais de 70% do material empregado na produo de veculos da Nissan reutilizado. Entre os acessrios reciclados, destacam-se os air-bags, que chegam a taxas de reciclagem de mais de 90%. Agindo desta forma, a montadora est simplesmente cumprindo com as determinaes da Lei de Reciclagem de Automveis do Japo, que estipula meta de reciclagem em 70% at o ano de 2015. Em outros pases desenvolvidos, os bons ndices de reciclagem de automveis esto ligados a legislaes exigentes quanto s questes ambientais. o caso da ELV (End of Life Vehicles lei de reciclagem de veculos), vigente na Unio Europeia. At 2015, a ELV exige uma reciclagem de 95% do veculo. Como, na Europa, as prprias montadoras tm a responsabilidade de reciclar os automveis que produzem, as fbricas so estimuladas, cada vez mais, a utilizar materiais que facilitem o processo de reaproveitamento. Principais poluentes ligados ao automvel Poluente Fonte efeito na sade CO Escapamento Diminui a oxigenao do sangue. (monxido dos veculos Causa tontura e vertigens. de carbono) Causa alteraes no sistema nervoso central. Pode levar morte em doses altas, em ambientes fechados (como uma garagem). SO2 Veculos a diesel. Provoca coriza, catarro e danos irreversveis (dixido aos pulmes. de enxofre) Afeta plantas e espcies mais sensveis, acidifica o solo e a gua. O3 (oznio) Quebra da queima Provoca envelhecimento precoce nas pessoas. de combustveis Diminui a resistncia s infeces. pelos veculos. Provoca irritao nos olhos, nariz e garganta, alm de desconforto respiratrio. Materiais Veculos a diesel; Agrava quadros alrgicos de asma e bronquite. particulados desgastes dos Cancergeno. pneus e freios dos Irritao no nariz e garganta, e propagao veculos em geral. de infeces gripais. Agrava casos de doenas respiratrias e cardacas. HC Queima incompleta Causa aumento da incidncia de cncer no pulmo. (hidrocarbonetos) e evaporao Irritao nos olhos, nariz, pele e aparelho respiratrio. dos combustveis (lcool, gasolina e diesel). Aldedos Veculos Irritao dos olhos, nariz e garganta. Pode provocar cncer. NO2 Processo de Desconforto respiratrio, diminuio da resistncia combusto a infeces e alteraes celulares. dos veculos.

Centros especializados em reciclagemE no Brasil? Aqui, a reciclagem de veculos ainda engatinha, principalmente porque no h legislao especfica exigindo o processo. Como no h obrigatoriedade, os veculos acabam sendo descartados em desmanches e depsitos, ficando expostos s intempries e perdendo a possibilidade de terem suas peas reutilizadas. Outro obstculo para a consolidao de uma cultura de reciclagem de veculos no Pas a ausncia de empresas especializadas nesta atividade. Um problema que j deixou de existir na nossa vizinha Argentina, onde um centro de reciclagem um exemplo bem-sucedido de tratamento de veculos fora de uso, produzindo peas a partir do desmanche legalizado de 250 automveis por ms. Com isto, a recicladora j comercializou mais de 25 mil peas reaproveitadas desde 2005; autopeas que, de outra forma, acabariam formando montanhas de lixo poluente. Alm do meio ambiente, o consumidor beneficiado, porque a pea reciclada ou reaproveitada acaba custando, em mdia, 30% a menos que a pea comercializada na concessionria. Exemplo semelhante vem da Espanha, uma iniciativa que surgiu em 1998 como consequncia do empenho em melhorar o aproveitamento dos sinistros de indenizao integral e, tambm, contribuir para a preservao do meio ambiente.Divulgao

A atividade segue uma lei de 2002, que exige que os veculos fora de uso sejam enviados para centros autorizados de tratamento.

Centro de reciclagem na Argentina

14

Matria de capa

Etapas do tratamento de peas Nesses centros de reciclagem, as peas passam pelas seguintes etapas: Descontaminao Retirada de todos os fluidos, gases e elementos com potencial de contaminao. Anlise da reutilizao Escolha de quais peas podero ser aproveitadas no reparo de outro veculo. Reciclagem Peas que no podem ser reutilizadas vo para a reciclagem, para passar por processo de retfica ou para que suas matrias-primas sejam aproveitadas na fabricao de novos produtos. Estoque As peas so identificadas, embaladas e estocadas num armazm informatizado. Pas tem condies de tratar peas Assim como acontece na Argentina e na Espanha, o Brasil tem todas as condies de desenvolver centros de tratamento de veculos, que seriam exemplos de desmanches legais, atuando na reciclagem e no reaproveitamento de peas de veculos fora de uso. O CESVI BRASIL tem know-how para exercer esta atividade, mas precisaria de investimento para levantar as instalaes, padronizar os processos e treinar os profissionais envolvidos.CoMpaRaNdo CoM oUtRaS RECiCLagENS No paS

Reciclando vidros

Um esforo vivel de reciclagem, pelo menos parcial, de veculos vem de uma empresa parceira do CESVI BRASIL, a Carglass, que realiza reciclagem de determinados materiais, com nfase nos vidros automotivos. Com seu projeto Ecoglass, a empresa executa um trabalho que comea com a separao de materiais que podem ser reciclados ou no. A separao prvia dos resduos reciclveis feita com coletores especficos, sendo que cada um possui uma cor. So separados nas lixeiras materiais como papel, metal, plstico e vidro. O segundo passo a divulgao e distribuio das lixeiras em lojas e afiliados. Toda a verba arrecadada com o projeto Ecoglass destinada para aes ou projetos ecologicamente corretos, engajados na sociedade.

aumenta a importncia da manuteno

* Abralatas (Assoc. Bras. das Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade) ** Abipet (Assoc. Bras. da Indstria do PET) *** Sindinesfa (Sind. de Com. Atacadista de Sucata)

Uma cultura consistente de reciclagem de veculos deveria estar associada a uma prtica consolidada de renovao da frota, para que sassem de circulao as verdadeiras carroas que provocam acidentes e atrapalham o trnsito. S na cidade de So Paulo, onde circulam cerca de 6 milhes de veculos diariamente, h mais de 400 remoes de veculos das ruas todos os dias, porque tm qualquer problema de manuteno que os impede de continuar rodando. Segundo dados da CET (Companhia de Engenharia e Trfego), em um ms, so retirados das ruas paulistanas mais de 9.100 veculos por causa de falhas mecnicas, outros 1.800 por panes eltricas, e mais de 100 em funo de panes secas. So quebras que pioram ainda

mais as condies de trfego em horrios de pico, que registram velocidade mdia de 25 km/h. E so todos problemas mais recorrentes em veculos com mais de cinco anos de uso. Como a renovao de frota uma questo que depende de muitas circunstncias econmicas e no parece uma realidade prxima, torna-se imprescindvel investir no conceito da manuteno preventiva (uma questo que ganha nfase ainda maior com a implantao da inspeo tcnica veicular), como o faz a campanha Carro 100%, uma realizao do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), com coordenao do GMA (Grupo de Manuteno Automotiva) e outras entidades ligadas a autopeas e reparao. A campanha procura conscientizar o proprietrio de veculo sobre a importncia da manuteno preventiva e seus benefcios, tanto para a segurana e para o meio ambiente quanto para o bolso do consumidor ( at um clich, lembrar que a manuteno preventiva muito mais barata que a corretiva). O CESVI BRASIL manifesta total apoio a essa campanha (cujos detalhes podem ser conferidos no site www.carro100. com.br) e mantm sua expectativa quanto ao dia em que a reciclagem de veculos ser uma realidade no Pas assim como acontece em outras partes do mundo. Para se tornar um pas desenvolvido, no basta querer ser parecido; preciso agir como um. O meio ambiente, do qual fazemos parte e onde respiramos e vivemos nossas vidas, certamente agradeceria.

efeitos dir e tos e indir e tos dA r ecicl Ag emUma reciclagem de veculos sistmica e consistente teria um impacto significativo no mercado automotivo. A possibilidade de contar com peas recicladas, a um custo menor que o das peas novas, permitiria uma situao mais atraente para a manuteno de veculos mais antigos, ou ainda no desenvolvimento de um seguro de automveis diferenciado; ou seja um seguro popular / verde / ecolgico, pelo qual peas recicladas poderiam ser aplicadas no reparo, viabilizando o custo para modelos mais antigos, ampliando a frota segurada. Segurana pblica Outro efeito significativo que a criao de centros de tratamento de veculos fora de uso, que comercializassem peas de veculos com procedncia e rastreabilidade, a um custo competitivo, tiraria o apelo forte contra os desmanches ilegais, que so os principais destinos dos veculos roubados e furtados no Pas. Para se ter uma ideia, o ndice de roubo e furto de veculos na cidade de Buenos Aires caiu 70% com a consolidao do centro argentino de tratamento de peas.

16

Nmeros do mercado

Por

alexandre CarvalHo dos santos editor

Crise?apesar da crise mundial, primeiro trimestre da indstria de veculos mescla nmeros positivos com negativosem s de ms notcias vive a economia nesses tempos de crise econmica mundial. A indstria de veculos, certamente um dos setores mais afetados, ainda assim teve aumento nas vendas de veculos durante o primeiro trimestre de 2009 em relao ao mesmo perodo de 2008. Foram 668.262 veculos novos licenciados entre janeiro e maro contra 647.950 do ano passado.

N

Houve queda nas vendas de veculos nacionais (- 0,6%), mas o crescimento nas vendas de importados (29,4%) compensou. O ponto negativo ficou por conta das exportaes: forte queda de mais de 52% nas exportaes de veculos montados e desmontados. Confira, a seguir, estes e outros nmeros relacionados ao primeiro trimestre da indstria brasileira de veculos.

Revista CESVI

17

Evoluo nos ltimos anos300 250 200 150 100 50 0

Vendas no 1 trimestre nacionais e importados800 700 600

647.950

668.262

2007 2008

2008

2009

500 400 300 200 100 0

JaneiroEm milhares de unidades.

Fevereiro

Maro

2009

Em milhares de unidades. Fonte: Anfavea

Exportaes no 1 trimestre Participao dos importados nas vendas200

150

180.410 86.056

Nacionais

87%Importados

100

13%

50

0Em porcentagem.

2008Em milhares de unidades.

2009

Emprego: queda emnegativa em 2009 evoluo 2009126 125 124 123 122 121 120 60 30 0

Nvel de emprego na indstria150 120 90

124.155

122.240

JaneiroEm milhares de pessoas.

Fevereiro

Maro

2008 2009Em milhares de unidades.

18

Entrevista

Por

alexandre CarvalHo dos santos editor Jos antonio oKa segurana viria

Mudanas no Cdigo de Trnsito BrasileiroRita Camatadeputada federalDivulgao

a frota de veculos aumentou muito desde a sano do CtB e isso, sem dvida, requer novas medidas. o planejamento essencial

Comit Nacional de Mobilizao pela Sade, Segurana e Paz no Trnsito, criado em setembro de 2007, rene-se desde fevereiro do ano passado com a tarefa de discutir um anteprojeto de lei que altera dispositivos do Cdigo de Trnsito Brasileiro CTB e acrescenta outros. Esse anteprojeto foi submetido consulta pblica no perodo de 1 de janeiro a 3 de maro de 2008, mediante a publicao no site do Ministrio da Justia. Com pequenas modificaes, o texto foi apreciado na forma do Projeto de Lei n 2.872, apresentado pelo deputado Carlos Zarattini, e que contou com a deputada Rita Camata como relatora. Uma das vozes que mais tm se erguido em favor das questes do trnsito seguro em Braslia, a deputada recebeu sugestes da rea de Segurana Viria do CESVI, tambm visando ao aperfeioamento do cdigo, e atendeu Revista Cesvi para comentar sobre as relaes entre a legislao e a segurana no trnsito na entrevista a seguir.Nesse perodo de vigncia do Cdigo de Trnsito Brasileiro, muitos projetos de lei tm sido apresentados para alter-lo, mas nem sempre com um contedo que contribusse para o seu aperfeioamento. Como, na sua opinio, o PL 2872/08 se diferencia, propondo um aperfeioamento real? O texto bastante abrangente e fruto de um amplo debate promovido com vrios setores da sociedade civil, do Governo e dos diversos rgos de trnsito. Acredito que as alteraes vm ao encontro de nossa expectativa de propiciar a segurana no trnsito sem focar unicamente na questo das penalidades, mas tambm na fiscalizao e educao para o trnsito.

O

Revista CESVIQuais pontos do projeto merecem destaque? Vrios so os pontos trazidos pelo projeto e, outros, incorporei ao substitutivo. Destaco alguns como a exigncia da placa dianteira para veculos de duas e trs rodas, aps dois anos da publicao da lei. Estendemos a aplicao de multa ao proprietrio de veculo, pessoa fsica no habilitada, que deixa de apontar o condutor infrator e no pode ser apenado com a pontuao pertinente. Ampliamos o perodo probatrio da permisso para dirigir de um para dois anos, como medida de cunho educativo. Concordamos com a sugesto de se proibir o transporte de criana menor de dez anos em motocicleta, motoneta e ciclomotor, que sem dvida assegura maior segurana criana. A idade mnima atual de sete anos. As faixas de velocidade para auferir seu excesso deixam de ser determinadas em porcentagem, passando para quilmetros por hora. Vrias infraes sofreram alteraes para agravar as penalidades e eliminamos todos os valores ainda expressos em UFIR no CTB, convertendo-os para reais. Como avalia que ser a discusso do projeto na Comisso de Viao e Transportes e no plenrio do Congresso? O projeto traz vrias alteraes polmicas, mas tenho a convico de que o texto avana. Espero que os demais membros da Comisso de Viao e Transportes tenham esta mesma compreenso e possamos aprovar o texto o mais breve possvel. Estou certa de que se a aprovao for por unanimidade na CVT e fruto de um amplo consenso, a matria ser bem recebida pelo Plenrio da Cmara dos Deputados. Aps mais de dez anos de vigncia do Cdigo de Trnsito Brasileiro, quais os maiores avanos conquistados para a segurana de nossas vias? Acredito que as alteraes que mantiveram o equilbrio entre a segurana, a educao e a penalizao foram bem vindas. Fui Secretria Estadual de Transportes no Esprito Santo e sei que no se resolve o problema com o foco nico na ampliao das multas. fundamental olhar o todo do problema e tambm investir em medidas preventivas. A Lei Seca um bom exemplo. A multa elevada. Houve um processo de conscientizao sobre os prejuzos da soma lcool e direo. Mas sem a devida fiscalizao, como atingir o objetivo da Lei? A deputada j recebeu propostas do CESVI de alteraes para o CTB? Como avalia a necessidade de que o Pas planeje suas aes de segurana no trnsito estabelecendo metas, prazos e responsabilidades, como sugere o CESVI? Como relatora do PL 2.872/2008, recebi diversas sugestes, inclusive durante a reunio de audincia pblica que debateu a matria na CVT. A frota de veculos aumentou muito desde a sano do CTB e isso, sem dvida, requer novas medidas. O planejamento essencial e defendo que haja prioridade nos investimentos para a rea do trnsito. As estradas precisam oferecer condies de segurana para circulao dos veculos, a fiscalizao precisa ser rigorosa, e os condutores devem ser orientados. Para tanto, devemos, sim, ter um planejamento estratgico com diviso de responsabilidades, e metas e prazos claros. Gostaria de fazer mais algum comentrio sobre esta questo dos acidentes de trnsito no Brasil e as discusses em andamento no Congresso? O que vemos que todos os esforos e as atualizaes promovidas ainda so insuficientes, pois o custo econmico e social do alto nmero de acidentes, dos mortos e sequelados, demasiadamente alto em nosso pas. Volto a insistir na necessidade de analisarmos o problema do trnsito como um todo. Temos a oportunidade de, decorridos dez anos da vigncia do CTB, promover mudanas importantes que, com certeza, faro diferena para a segurana, sade e paz no trnsito. No exagero dizer que assistimos a uma carnificina em nossas rodovias. O aumento do nmero de acidentes neste ltimo feriado uma realidade a ser enfrentada. O Congresso dar um passo importante aprovando o PL 2.872/08. Sei que h resistncias, mas a legislao precisa responder a uma justa demanda que de toda a sociedade. De uma forma geral, a preveno aos acidentes de trnsito um tema que conquista a ateno do Poder Legislativo? H um grupo de parlamentares que se debrua sobre o tema e o considera

19

prioritrio, mas no vejo o apelo que outras reas despertam. Temos uma Frente Parlamentar em Defesa do Trnsito Seguro, que trabalha de maneira suprapartidria e que teve atuao destacada quando da tramitao do projeto que culminou com a sano da Lei Seca. Creio que este comprometimento essencial, e temos dado exemplos de que possvel avanar nesta rea quando conseguimos debater as alteraes necessrias e mobilizar todos os setores envolvidos. Lembro, no entanto, que nem sempre a falha da Lei. Cito como exemplo a destinao do percentual de cinco por cento do valor das multas de trnsito, que deveria ser destinado segurana e educao de trnsito. imperiosa a realizao de campanhas educativas permanentes dirigidas a pblicos especficos. Os recursos para tanto esto legalmente previstos. No h vcuo na legislao neste sentido, mas falta estabelecer o tema como uma prioridade de governo. Qual sua opinio sobre a Lei Seca (11.705/08), que estabelece alcoolemia zero para quem vai dirigir? Defendi o projeto e apresentei emendas para aperfeio-lo. Ressalto que de suma importncia, a divulgao e esclarecimentos sobre a lei, bem como o treinamento dos policiais e agentes de trnsito, a aquisio de bafmetros, alm de uma campanha permanente de educao. Acompanhei os resultados positivos da medida, o que comprova que houve uma mudana de comportamento, uma conscientizao sobre os riscos de dirigir sob o efeito de qualquer concentrao de lcool. Mais do que aumentar o nmero de multas, devemos educar os motoristas para a segurana no trnsito.

Houve um processo de conscientizao sobre os prejuzos da soma lcool e direo. Mas sem a devida fiscalizao, como atingir o objetivo da Lei?

20

Sistemas de segurana

Por

Paulo roberto Weingrtner Jr. Certificao

Rastreadores SinistralidadeCaractersticas e funcionalidades das novas tecnologias

X

A

s vulnerabilidades dos equipamentos rastreadores esto cada vez mais mostra para os criminosos, que j se atualizaram quanto s tecnologias existentes, inibindo a ao de gerenciadores de transporte. O que fazer num cenrio como este? Parece clara, a necessidade de atualizao dos sistemas de rastreamento e das aes a serem tomadas. as novidades Trata-se no somente de acrescentar sensores Temos j disponveis vrias tecnologias ou atuadores nos equipamentos embarcados, que auxiliam na proteo de casco e carga mas tambm de uma mudana em todo o de veculos monitorados. Por exemplo, para conceito que est embutido nos provedores a proteo do veculo de transporte, existem os de tecnologia, com procedimentos que sensores de rotao de motor, hoje pouco usados, auxiliam na identificao de aes no mas que tm como finalidade indicar ao rastreador autorizadas feitas pelos veculos que o veculo est em movimento. monitorados. Um sensor simples pode indicar anormalidades na Vale, ento, conhecer uma inteligncia embarcada, como um movimento dos srie de fatores que podem eixos do veculo sem mudana de localizao do GPS (ou acrescentar segurana GPS congelado em determinado ponto, ou com posies aos equipamentos anormais), indcio de que est havendo ao sobre o GPS do embarcados, fornecendo rastreador, ou um indicativo de violao do sistema GPS. subsdios para o bom Para equipamentos que se comunicam via satlite, pode ser um indcio monitoramento. de que houve acobertamento do comunicador de satlites, sobre a carroceria do veculo, o que impossibilita a transmisso de posies do veculo e de alertas de ao. Logicamente que se faz necessrio um estudo para a adoo deste componente e de procedimentos que o rastreador tomar frente a violaes deste tipo, pois h obstculos de trajeto que podem provocar o mesmo efeito, como a passagem do veculo por tneis.

Dispositivos antiviolao so sensores instalados em painis, componentes e coberturas que estejam em regio prxima ao rastreador, para informar ao equipamento sobre aes de desmontagem de painis, visando a atingir a regio em que o equipamento est instalado. Desta forma, o equipamento pode ter programado aes que devero ser realizadas, como o bloqueio do veculo, caso haja esta violao. Imediatamente ao evento constatado pelo equipamento, ele deve enviar central de monitoramento ou rastreamento uma comunicao que evidencia a ao. Outro componente que possibilita um controle de segurana do veculo o sensor de desconexo do chicote do rastreador. Muitos equipamentos atualmente dispem de antena de comunicao celular interna ao mdulo, o que possibilita a pronta comunicao com a central quanto ao de desconexo de aes como esta, possibilitando ao gerenciador de transporte assumir posturas quanto ao.

Contra a violao

Revista CESVI

21

Redundncia na localizao

Algo que tem se multiplicado no transporte a insero de mais um mdulo no veculo ou no implemento rodovirio que o veculo transporta, visando redundncia de localizao do auto monitorado. Este equipamento redundante pode ou no deter bloqueio do veculo, porm tem-se optado cada vez mais por no ter o bloqueio, o que facilita a ocultao do equipamento, que somente ir requerer alimentao da parte eltrica do veculo. O bloqueio redundante tambm se faz vlido, uma vez que aumenta a complexidade do sistema, sendo que o criminoso vai demorar mais para desarmar o equipamento. Quanto ao bloqueio, no recomendado que a ignio seja a primeira opo, pois pode causar o desligamento total de componentes bsicos do veculo, como direo assistida e sistema de freios, podendo causar acidentes. Quanto ligao do cavalo mecnico ao implemento rodovirio tracionado, a novidade fica por conta do desengate de carreta por resistncia, que passa a ser incorporado como componente inteligente, diante do fato de que os sensores atuais de desengate utilizam conceitos de continuidade de energia eltrica simples

nas prprias tomadas de engate. Caso seja arrancada a tomada da estrutura do implemento rodovirio, para engat-lo em outro cavalo mecnico, no haver a perda de sinal do sensor de desengate, desta forma no caracterizando a violao do sensor. Com o sensor de desengate por resistncia, o sistema embarcado passa a ler a resistncia oferecida pelas lmpadas da carreta, descartando a necessidade de instalao de outro chicote de engate tipo mo-de-amigo, sendo utilizado o chicote de conexo original do veculo para o implemento. Obrigatoriamente, para a troca de cavalo mecnico, o chicote de conexo das lanternas deve ser desconectado, e o equipamento passa a verificar a carreta, o que aciona a violao do sistema. Vale ressaltar que necessria a adoo do sistema com precauo, haja vista que se lida com as conexes originais do veculo e interfere-se onde est havendo trafego de corrente eltrica.

22

Sistemas de segurana trava de quinta-roda procedimentos

A trava de quinta-roda um atuador que causou muita controvrsia no incio de sua adoo no mercado, e tambm algo que no to novo; contudo, sua adoo com critrios auxilia na reduo da sinistralidade. Esta trava atua diretamente no engate da quinta-roda com o pino-rei da carreta, ponto onde ocorre a articulao entre estes dois veculos rodovirios, travando o acionamento do componente Gavio por parte de pessoa no autorizada. Se no houver o acionamento do atuador, torna-se muito difcil realizar o desacoplamento do veculo trator da carreta com este sistema, haja vista que o componente atuador fica em ponto inacessvel se no houver desmontagem completa da quintaroda do chassi do caminho, que consome muito tempo. Isto tambm um ponto negativo para eventual defeito que ocorrer neste sistema, uma vez que necessrio parar a carreta e o cavalo mecnico para a remoo deste sistema. Contudo, para segurana de casco, torna-se algo muito interessante, em funo da dificuldade de desacoplamento. No caso da adoo deste sistema, sua adaptao na quintaroda dever ser realizada por pessoal treinado e autorizado pelos fabricantes, j que a implantao deste bloqueio sem critrios pode prejudicar ou avariar a quinta-roda, que um item caro do veculo.

No meio da carga

Um ponto muito importante, porm frequentemente ignorado, o constante acompanhamento da frota com equipamento embarcado. Observa-se no mercado que muitos provedores no verificam periodicamente se o equipamento embarcado est realizando seus reportes normalmente, se estes esto com o funcionamento adequado de todas as funes, ou at mesmo se est habilitado. Na falta destes procedimentos, quando da necessidade de interveno do veculo, o equipamento no responde, pois est com seu funcionamento inadequado, ou no transmite posies precisas. Assim, fica muito prejudicada a ao contra marginais, sendo que a lio de casa no foi realizada. Para as seguradoras, que confiam as cargas e cascos aos rastreadores, cabe realizar auditorias constantes de seus provedores de tecnologia e de gerenciadores de transporte, pois estes so os responsveis por atuar sobre o equipamento e garantir seu pleno funcionamento. Tambm necessrio utilizar critrios na adoo de sistemas, no somente comerciais, mas tambm funcionais. Cabe investir para ter bom retorno.

Para a carga, muitos gerenciadores de transporte tm utilizado equipamentos redundantes de alta sensibilidade, inseridos em meio prpria carga. Estes equipamentos detm bateria interna, que possibilita sua localizao por um longo perodo. Por deter alta sensibilidade, o GPS do equipamento passa a constatar sinais dos satlites GPS sem mesmo ter plena visibilidade deles. A mesma tecnologia tem sido utilizada por alguns provedores, oferecendo GPS sensvel para os equipamentos embarcados na cabine do veculo, o que possibilita melhor ocultao, em lugares no convencionais.

O CESVI BRASIL realiza auditorias de procorridA contrA A criminAlidAde vedores de tecnologia Note que os itens tratados nesta matria visam a dificultar aes marginais, porm no para as seguradoras por barram o aprimoramento por parte dos marginais, que por vezes ocorre em velocidameio de sua Auditoria de de extraordinria. Funcionamento de RasEstamos em tempo de transio. O rastreador uma boa ferramenta para segutreadores para Seguradorana, mas no tem sido utilizado da melhor forma. Se no houver mudanas ras. Caso tenha interesse em nas filosofias de monitoramento e rastreamento de mercado, para provedores conhecer mais sobre o prode tecnologia, para gerenciadores de transporte e seguradoras, com incremenduto, entre em contato com to de tecnologia junto aos equipamentos disponveis no mercado e adoo Glauber Franco, pelo telefone de procedimentos de acompanhamento, corre-se o risco do descrdito dos (11) 3948-4809 ou pelo e-mail equipamentos rastreadores aplicados para segurana, arriscando at mesmo [email protected] a sustentao deste mercado.

AuditoriA

Revista CESVI

23

A Editora Oficina de Textos lanou o livro Rastreamento de Veculos, de autoria de Marcos Rodrigues, Carlos Eduardo Cugnasca e Alfredo Pereira de Queiroz Filho. A publicao serve como material de referncia para os profissionais astReamento envolvidos na rea de ITS (Inteligent Transportation Systems) e, em particular, com o rastreamento de veculos e suas variadas na tock aR aplicaes. Procuramos abordar com clareza aspectos essenEmpresa que atua na recuperao ciais do rastreamento de veculos, explorando as tecnologias de veculos, a Tracker do Brasil o de posicionamento e comunicao. Aspectos associados inrastreador oficial da Stock Car 2009. fraestrutura de informtica so discutidos de forma madura, Com isso, a empresa transmite para a explica Marcos Rodrigues, um dos autores. categoria toda sua tecnologia em moMais informaes: www.ofitexto.com.br nitoramento de veculos, afirma Fredy Zuleta, presidente da Tracker. Alm de realizar o rastreamento, a empresa desenvolver, ao longo do ano, juntamente com a Vicar, organizadora do campeonato, novos estudos sobre o comportamento e o desgaste dos carros e de seus componentes. Confira o agradecimento espontneo do A Tracker ainda patrocina o carro pilotagerente de projetos da Renavemts, Tallys do por Felipe Maluhy, da equipe AvalloAntonio Rodrigues Ribeiro, relacionado ao ne Stock Car, que ilustra esta treinamento de Instalao de bloqueadores e notcia. rastreadores ministrado pelo CESVI BRASIL: O treinamento sem dvida enriquecer os conhecimentos de nossos instaladores, operadores de central de monitoramento, vistoriadores, responsveis pelo estoque e logstica, assim como o pessoal do nosso setor de desenvolvimento. Parabenizo o instrutor Bartolomeu pela didtica e conhecimentos transmitidos nossa equipe, pois todos gostaram do treinamento e elogiaram muito a forma com que ele foi conduzido. Para todos, foi uma satisfao conhec-lo.

Livro aborda rastreamento de veculos

R

s

c

treinamento reconhecido

desempenho de rastreadores ganha avaliaoEm um estudo desenvolvido pelo CESVI, pelo qual foi avaliada a efetividade dos sistemas de rastreamento em veculos e caminhes de alto valor de mercado e com alta incidncia de roubo e furto, constatou-se que 87% dos equipamentos estavam ativos nos veculos avaliados. Do percentual total ativo, correspondente a aproximadamente 178 veculos e caminhes, 43% dos equipamentos instalados no tinham condies de informar o posicionamento destes. E o percentual restante, em sua maioria, tinha a informao do ltimo posicionamento com mais de 20 dias. No sentido de atuar para a reduo de falhas, o CESVI est lanando um novo servio: avaliao de performance de rastreadores e bloqueadores. O objetivo realizar uma anlise profunda das causas de situaes, como as citadas acima, evidenciando os motivos pelos quais ocorrem e agindo para que a cadeia de eventos indesejveis seja quebrada, por meio da atuao conjunta das seguradoras e seus fornecedores. Os veculos e caminhes analisados possuem um valor mdio de mercado de R$ 150 mil cada. Se fosse considerada somente a indenizao integral por roubo ou furto dos veculos que no tm condies de serem localizados, a seguradora detentora dessa carteira poderia ter um prejuzo de nada menos que 26 milhes e 700 mil reais. E mesmo que fosse considerado apenas 10% desse valor, ainda seriam 2 milhes e 670 mil reais em prejuzo no recupervel, sem contar o percentual em que o posicionamento do veculo fornecido com um atraso de 20 dias, o que levaria a valores ainda mais onerosos. importante lembrar que equipamentos sem posicionamento ou com tempo excessivo sem comunicao podem apresentar desde simples falhas, como reas sem cobertura da tecnologia, at falhas com deficincias de hardware, alm de procedimentos inadequados de instalao.

Divulgao

24

Sistemas de segurana

Sistemas aprovadosRaStREadoRES EMPRESA3S Rastreadores 3T Systems Alarcom Alfa Satcom Almeida & Bertolucci Bergmann BFK Bysat CarSystem Celtec Cerruns Corpvs Commandersat Controlsat CSN EBR Engerisc Global Service Global Tech GM Golsat GuardOne HPS Ipanema Ituran J Vaz Lock System Locsat Logikos MF OnixSat OnixSat Planto Porto Seguro Psitron Psitron Psitron Prodetech Rav Tech Sascar Sascar Sat Company Satnet Sbtec Segsat Servnac Sidartec SIM Skytrack SpySat Staytrack STV Suhai Telecom Track Teletrim Top Safe GSR Totalsat Tracker-Lojack Tracker-Lojack Unitrac VGN Security W Solution Wise Track

EQuIPAMENTo3S Smart 3TMV10 MTC 500 STD Alfa Track Autocargo GPRS E-Finder (GSM) FOX SAT Kit Bysat CarSystem Autogarco GPRS Scorpion Corpvs-500 Mdulo AVL CMD 400 CONTROLCELL 4000 Autocargo GPRS Renatrack Autocargo GPRS GS-Tracking GT 500 GPRS MAX Chevistar Golsat CAR/FROTA Rastreador GuardOne Modem GPS/GPRS Autocargo GPRS Kit Ituran S-GPRS MTC-400 Rastreador Lock System LOCSAT/ AVL/ GPS V LR 800 Renatrack JaburSat Car Onixsmart GPRS Autocargo GPRS DAF V Rastreador Fittipaldi Rastreador GSM RT 120 Pro Auto MTC-500 Sascar GSM Sascar Loc GP Sat Rastreador GSM Satnet WT 5000 GSM Plus Autocargo GPRS MPA 35i Simtrack Skytrack-Net 1.0 SpySat GSM Staytrack I Chipsat MTC-400 Telecom Track Teletrim Rastreador GSM Autocargo GPRS TS Blocker 4000 Tracker Monitor Plus Lojack VLU III Unitrac GSM MINI MTC 500 Lite FMS - W

TIPo DE LoCALIzAoGPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS Radiofrequncia GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS + RF Radiofrequncia GPS GPS GPS GPS

CoMuNICAoGSM/GPRS GPS/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS Radiofrequncia GSM/GPRS GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS Nextel GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS Celular GSM Radiofrequncia GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GRPS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS Radiofrequncia GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS

TELEfoNE(11) 4186-9696 (11) 2125-8383 (19) 3671-5896 (21) 2771-9152 (19) 3682-9057 (21) 2543-1100 (11) 3884-6421 (31) 3421-4401 (11) 5645-5000 0800-600-3800 (11) 5061-7133 (85) 3477-2121 (67) 3421-3421 0800-707-1287 (85) 3253-5577 (41) 3078-6626 (11) 3284-7699 (19) 3641-3954 (11) 5053-7100 0800-11-7172 (43) 3315-9500 0800-707-4411 (62) 3701-9080 (61) 3035-1500 (11) 5185-9000 (11) 2090-9200 (11) 3683-4513 (61) 3202-6041 (21) 3328-2989 (71) 2108-2688 (43) 3371-3700 (43) 3371-3700 (31) 3319-7800 (11) 3366-8605 0800-770-3778 0800-770-3778 0800-770-3778 (11) 5083-1666 (31) 2526-5445 0300-789-6004 0300-789-6004 (11) 2271-0000 (11) 5645-4040 0800-604-0200 (81) 2125-2626 (85) 4009-1915 (21) 3296-5262 (11) 2199-0701 (11) 4062-5333 (11) 2199-4455 (79) 3046-8850 (51) 3358-1400 (11) 3058-3350 (31) 2103-1700 0800-888-7500 (51) 3553-3500 (41) 2109-7709 0800-11-7172 0800-11-7172 (21) 2189-8080 (51) 3325-5070 (21) 2128-0900 (11) 3895-8012

Revista CESVI

25

BLoqUEadoRES EMPRESACar System Sat Net Teletrim

EQuIPAMENToBloqueador Car System NS Bloqueador Sat Net NS Teletrim Bloqueador

TIPo DE SINALPager Pager Pager

TELEfoNE(11) 5645-5000 (11) 5645-4040 0800-888-7500

LoCaLiZadoRES EMPRESAIturan X3

EQuIPAMENToKit Ituran RF X3

TIPo DE LoCALIzAoRadiofrequncia Triangulao de antenas

CoMuNICAo

TELEfoNE

Radiofrequncia (11) 5185-9000 Triangulao de antenas (11) 2177-1477

SiStEMaS paRa CaMiNHES EMPRESA EQuIPAMENTo3S Rastreadores Autosat Autosat BFK Brasiltrack Bysat Celtec Cielo Commandersat Controlsat Corpvs HPS Ituran Ituran Ituran Lince Lince MF Omnilink Omnilink Omnilink Omnilink Omnilink Omnilink Omnilink Onixsat Onixsat Onixsat Onixsat Onixsat Onixsat Onixsat Psitron Prodetech Sascar Sascar Segminas Segsat Sitrack Sitrack Teletrim Tracker-Lojack Veltrac Webtrack 3S Smart Autosat Plataforma Hbrida Autosat Plataforma Hbrida Fox Sat BTC - 4000 Kit Bysat Hbrido Autocargo GPRS DPlus Cielocel GPS GS8 Mdulo AVL CMD 400 Controlcell Flex Corpvs-500 HPS Dual (Hbrido) Kit Ituran 5044 Kit Ituran S-GPRS Kit Ituran RF Lincel Linsat Renatrack Carga 4454 Speed 50 Light Flex 60 454 4464 4484 Onixsmart Hbrido JaburSat City Light JaburSat City JaburSat III JaburSat II JaburSat Sky Onixsmart GPRS RT 120 Pro Carga Sascarga Sat Sascarga Segcar GSM Plus ITD 700 ITD 800 Teletrim Rastreador Cargo Tracker Monitor Plus MFO/CITY WTB

TIPo DE LoCALIzAoGPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS Triangulao GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS GPS

CoMuNICAoGSM/GPRS GSM/GPRS GSM/ORBCOMM GPRS GPRS GPRS/Inmarsat D+ GPRS/Inmarsat D+ GSM/GPRS GSM/GPRS Inmarsat C GSM/GPRS GSM/Inmarsat D+ Radiofrequncia GSM/GPRS Radiofrequncia GSM/GPRS GSM/Inmarsat D+ GPRS/Inmarsat D+ GSM/GPRS GPRS/Inmarsat D+ GSM/GPRS GPRS/Inmarsat D+ GSM/GPRS GPRS/Inmarsat D+ GPRS/Iridium GPRS/Inmarsat D+ GSM/GPRS GSM/GPRS GPRS/Inmarsat D+ Inmarsat D+ Inmarsat D+ GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GPRS/Inmarsat D+ GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GPRS/Inmarsat D+ GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS

TELEfoNE(11) 4186-9696 0800-775-1155 0800-775-1155 (11) 3884-6421 (31) 3224-5544 (31) 3421-4401 0800-600-3800 (54) 3312-3399 (67) 3421-3421 0800-707-1287 (85) 3477-2121 (62) 3701-9080 (11) 5185-9000 (11) 5185-9000 (11) 5185-9000 (48) 3045-4500 (48) 3045-4500 (71) 2108-2688 (11) 4196-1100 (11) 4196-1100 (11) 4196-1100 (11) 4196-1100 (11) 4196-1100 (11) 4196-1100 (11) 4196-1100 (43) 3371-3700 (43) 3371-3700 (43) 3371-3700 (43) 3371-3700 (43) 3371-3700 (43) 3371-3700 (43) 3371-3700 0800-770-3778 (11) 5083-1666 0300-789-6004 0300-789-6004 (31) 2128-0808 (81) 2125-2626 (31) 3272-1851 (31) 3272-1851 0800-888-7500 0800-11-7172 (43) 2105-5000 (21) 2973-1010

SiStEMaS paRa MotoCiCLEtaS EMPRESA EQuIPAMENToCar System Global Tech Sat Net Teletrim Teletrim Tracker-Lojack Bloqueador Car System Moto GT 500 GPRS MAX Bloqueador SAT NET Moto Teletrim Bloqueador Teletrim Rastreador Moto VLU

TIPo DE LoCALIzAoGPS GPS Radiofrequncia

CoMuNICAoPager GSM/GPRS Pager Pager GSM/GPRS Radiofrequncia

TELEfoNE(11) 5645-5000 (11) 5053-7100 (11) 5645-4040 0800-888-7500 0800-888-7500 0800-11-7172

26

Internacional

Desempenho em capotamento tema de rankingO IIHS (Insurance Institute for Highway Safety) lanou um ranking relacionado segurana do veculo: desta vez, classificando a fora do teto do veculo. Segundo o centro de pesquisa, a inteno do novo ranking ajudar os consumidores a escolher modelos que os protegero melhor no caso de um capotamento. Acreditamos que nossos testes de fora do teto conduziro a uma melhora significativa na proteo contra capotamentos, da mesma forma que nossos programas de impactos frontais e laterais fizeram, afirma Adrian Lund, presidente do instituto. Ele lembra que as pessoas morrem em capotamentos quando os veculos rolam, seus tetos colidem com o cho, deformam-se e as pessoas so esmagadas. Tetos mais fortes se deformam menos, reduzindo o risco dos ocupantes se machucarem. Alm disso, tetos fortalecidos ajudam a evitar que os ocupantes sejam arremessados para fora do veculo, porque a deformao de tetos mais fracos permite que as janelas, parabrisas e portas se abram com mais facilidade durante o impacto. Qualquer veculo pode capotar em um acidente, mas o risco maior em alguns tipos de automveis. Segundo o IIHS, cerca de 25% das mortes em acidentes de trnsito so decorrentes de capotamentos, mas, para utilitrios esportivos, esta porcentagem passa para 59%. Sistemas de controle eletrnico de estabilidade contribuem para evitar o capotamento. Se o capotamento ocorre, air-bags laterais so capazes de minimizar ferimentos e, de qualquer forma, o uso do cinto de segurana fundamental. Na avaliao realizada pelo IIHS, o modelo Tiguan, da Volkswagen, obteve a melhor classificao de um total de 12 veculos analisados. Nesta primeira fase de testes, o instituto avaliou apenas SUVs (utilitrios esportivos) pequenos. Dos 12, apenas quatro obtiveram boas classificaes. O modelo Sportage, da Kia, ficou com a pior classificao. Uma boa posio no ranking de fora de teto passou a ser critrio para a premiao de veculos seguros realizada pelo IIHS, o Top Safety Pick, j valendo para 2010. Esta a segunda vez que os critrios se tornaram mais rgidos desde que os primeiros veculos foram premiados, em 2005. No ano retrasado, a disponibilidade de controle de sistema eletrnico se tornou exigncia bsica.

Visibilidade testada ona austRlia de pesAssim como feito pelo CESVI BRASIL, NRMA Insurance, centroquisa australiano ligado seguradora IAG, criou um ranking que classifica veculos de acordo com a visibilidade proporcionada ao motorista. Seu Car Blind Spot Ratings tem a inteno de demonstrar como o design de alguns carros rene reas cegas que reduzem a visibilidade do motorista, especialmente em cruzamentos e rotatrias. Segundo Robert McDonald, presidente do NRMA, as montadoras tm tido dificuldades em combinar segurana com visibilidade. Tanto que mais de 80% dos carros testados conseguiram apenas uma ou duas estrelas na classificao, de um total de quatro. O design moderno tem aprimorado a segurana dos veculos de forma significativa nos ltimos anos, aponta McDonald, mas os fabricantes precisam ajudar os fabricantes nas estradas, criando um equilbrio melhor entre segurana na coliso e visibilidade proporcionada. Pelo lado bom, o Citron C4 Picasso e o Volkswagen Golf conseguiram classificao mxima na avaliao da NRMA ao mesmo tempo em que tiveram bons desempenhos nas anlises de testes frontais da ANCAP (Australian New Car Assessment C4 Picasso bem classificado em teste Program).

Divulgao

28

Acontece

Por

viviane vilar da Costa redatora

Seminrio apreSenta caminheS para SeguradoraSO seminrio Cenrios do Mercado de Caminhes para Seguradoras, realizado no dia 17 de maro, no auditrio do CESVI BRASIL, reuniu mais de cem executivos de companhias de seguros, interessados na exposio de temas relacionados ao universo dos caminhes. O evento foi promovido pelo CERTA (Centro de Referncia Tcnica Automotiva), rgo de estmulo ao debate e disseminao de conhecimento tcnico, ligado ao CESVI. O intuito foi levar informaes que contribuam para o aprimoramento das atividades das companhias nas diversas atividades ligadas ao seguro de caminhes. Os temas discutidos foram: Eletrnica embarcada em veculos pesados, com palestra de Diego Lus Soldatti, da Scania. Reparao de chassi e cabine, com palestra do consultor Fernando Haas. Carretas, bas-frigorficos e outros rebocados: Conceito, legislao e variaes de modelos, com palestra de Mario Rinaldi, Silvio Melo e Rafael Marinho, da Anfir (Associao Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodovirios). Rastreamento de caminhes: Critrios para definio de sistemas de segurana, com palestra de Glauber Franco, coordenador da rea de certificao do CESVI BRASIL. Seguro de caminhes: Viso dos corretores de seguros, com palestra de Irineu de Almeida, diretor geral da corretora Tarraf. Repercusso O impacto das palestras e do debate entre os participantes sobre o pblico presente foi o melhor possvel, como confirmam as seguintes declaraes: Fbio Leiva Messa, coordenador de sinistros de automvel da Tokio Marine Seguradora: Eu j havia participado do primeiro evento do CERTA, sobre o mercado de blindados, e minha impresso foi to boa que desta vez trouxe 17 pessoas da companhia, entre profissionais de sinistros especiais, de regulao e anlise. Levei as informaes que recebi naquele primeiro evento para dentro da seguradora, e elas acabaram influenciando a avaliao do blindado que feita l atualmente. J quanto ao evento

CESVI no Fantstico

de hoje, pareceu-me uma tima oportunidade para discutirmos com as empresas de caminhes a complexidade das negociaes entre os diversos setores envolvidos. At sugiro que o CERTA estenda este contedo s reguladoras, que trabalham na ponta da atividade das companhias, tanto no que diz respeito aos caminhes quanto ao que se refere blindagem. Mario Rinaldi, superintendente da ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) e diretor da Anfir (Associao Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodovirios): Este trabalho de transmitir informaes para um grupo de seguradoras de fundamental importncia. Se clarear a mente de quatro executivos, j me dou por muito satisfeito, j ter valido a pena. Este encontro ainda vai render outras discusses, e mesmo grupos de trabalho, sempre de modo a ajudar as companhias em suas atividades nos aspectos da segurana e da reparao. Luiz Carlos Taoni Neto, diretor superintendente da Assobrasc (Associao Brasileira dos Concessionrios Scania): Nossa entidade tem um compromisso tcnico com a rede de concessionrias Scania, e esse compromisso consiste no desenvolvimento contnuo da qualidade dos servios prestados aos nossos clientes. O evento do CERTA a oportunidade de ampliarmos nossos conhecimentos, o que vai ao encontro desse objetivo. Artur Giansante, scio-diretor da Vistoria Fcil: Fao parte de uma empresa nova, que s tem um ano de vida e j foi a primeira a receber uma certificao do CESVI na rea de vistoria prvia. Por isso, to vlida nossa participao neste evento em que h tanta troca de conhecimento entre os envolvidos. Nossa participao estratgica, pois estamos nos comunicando com a nata do mercado segurador, podendo trocar ideias e experincias. Irineu Almeida Jr., diretor da Tarraf Corretora de Seguros: Estou muito feliz em participar deste evento, j que dirijo uma empresa especializada neste negcio, o seguro de caminhes, e temas como reparao e sinistro so muito importantes em nosso dia a dia. Todos aqui esto discutindo assuntos queGlauber Franco, coodenador da rea de certificao do CESVI BRASIL, realiza palestra sobre rastreamento de caminhes

Auditrio do CESVI lotado

podem levar ao dimensionamento de preos e, certamente, contribuir para formar uma relao melhor entre as empresas. Andra Arajo, do marketing da Starqumica: A Starqumica est envolvida diretamente na questo da reparabilidade e tem uma preocupao idntica do CESVI BRASIL: levar qualificao aos produtivos que atuam no mercado de reparao, alm de tornar esse diferencial positivo mais facilmente reconhecvel por parte das seguradoras. Com esta aproximao, concretizada por meio do evento do CERTA, estamos unindo fabricante e companhias de seguros por meio de um centro de formao que parmetro para nossos segmentos. Assim, fica mais fcil destacar esta qualidade diante de importantes formadores de opinio. Rodrigo de Antoni, do marketing da Carglass: A Carglass tem mantido uma parceria forte com o CESVI BRASIL no sentido de qualificar sua rede de lojas por meio de um trabalho de certificao. muito importante estarmos neste evento j que todos os envolvidos participam do princpio da qualidade total e da segurana. Fazemos questo de oferecer o melhor a esse pblico seleto.

TREINAMENTo PARA PERIToS DA TokIo MARINE

Revista CESVI

29

obrigatoriedade de antifurtoS em debateNa ltima tera-feira, dia 5 de maio, a terceira edio de eventos do CERTA trouxe um tema mais que polmico ao seu seleto pblico: a Resoluo 245, sobre a obrigatoriedade da instalao de antifurtos em veculos sados de fbrica, que passa a valer a partir do dia 1 de agosto. Uma plateia de mais de cem executivos e diretores de 16 companhias de seguros, cinco montadoras e empresas do setor de rastreamento e bloqueio de veculos assistiu a uma elucidativa palestra de Antnio Calmon, coordenador geral do Denatran (Departamento Nacional de Trnsito), seguida por um acalorado debate entre os convidados para formar a mesa de discusses sobre o tema. Tendo como mediador o superintendente de negcios do CESVI BRASIL, Sergio Ricardo Fabiano, o evento contou com abertura de Jos Maria Chapina Alcazar, presidente do Sescon (Sindicato das Empresas de Servios Contbeis e das Empresas de Assessoramento, Percias, Informaes e Pesquisas do Estado de So Paulo), cujo auditrio gentilmente abrigou o debate. A Resoluo 245 vai trazer uma evoluo de tecnologia muito grande, mas temos que avaliar se a tecnologia disponvel hoje atende s necessidades do mercado. Eu mesmo j tive um carro roubado que contava com rastreador, alertou. Em seguida, o presidente do SindSeg-SP, Mauro Batista, comentou a importncia do encontro. Estamos debatendo a essncia daquilo que contribui para a cidadania, valorizando o ser humano e o meio ambiente. Esse evento do CERTA se encaixa na vocao do CESVI para, a partir de seus estudos, promover este debate reunindo um pblico heterogneo, mas ligado indstria automotiva. Privacidade em questo Em sua palestra sobre a Resoluo 245 e o Sistema Simrav, que detalhou todo o funcionamento do processo e os porqus da obrigatoriedade, Antnio Calmon enfatizou que no h nenhuma inteno de violar a privacidade do proprietrio do veculo. A palavra rastreamento, que est sendo relacionada ao sistema obrigatrio, agressiva e passa a falsa ideia de que saberemos cada passo do cidado. Hoje esto chamando at bloqueador por pager de rastreador, mas a referncia correta aqui localizao. O Denatran nem tem estrutura para monitorar ningum. No estamos trabalhando para o marido rastrear a esposa ou vice-versa. Estamos falando de uma tecnologia sria, que precisa contribuir para a mudana de uma realidade que a de 400 mil veculos furtados ou roubados todo ano no Brasil, afirmou. Entre as vantagens da obrigatoriedade, Antnio Calmon destacou que a implementao vai ampliar o acesso dos proprietrios de veculos ao mercado de seguros, em funo de uma possvel queda dos preos dos prmios relacionada diminuio do risco de furto. Furto ou roubo? Uma das questes debatidas no encontro: a obrigatoriedade dos antifurtos no aumentaria ocorrncias de violncia contra o proprietrio do veculo, como sequestros? Paulo Lauand, coordenador da Cmara de Gerenciamento de Riscos do Sescon-SP, um dos convidados para a mesa de debatedores, foi um dos que se mostraram preocupados com a possibilidade: Receio que, com a Resoluo 245, ns tenhamos uma evoluo das estratgias de sequestro. Antnio Calmon respondeu que isso j seria uma hiptese mesmo com os imobilizadores j existentes. Vamos ser prticos: isso diminui a possibilidade de furto e aumenta a de roubo. Eu diria o seguinte: infelizmente, preciso rezar para que o criminoso no tenha uma forte inteno de roubar seu carro, porque, se ele quiser, e se empenhar cercando-se dos recursos necessrios, ele leva o seu carro. Encerramento Alexandre Xavier, gerente de negcios e marketing do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), aprovou a iniciativa do Denatran de exigir a certificao das empresas prestadoras de servios. fundamental e comprova a idoneidade do rgo, que tambm fez tudo de forma a no beneficiar qualquer parte. O diretor de operaes do CESVI BRASIL, Jos Aurelio Ramalho, encerrou o evento. Todos os setores envolvidos tm de se despir dos seus interesses em prol da sociedade. Nosso papel unir foras contra o crime organizado, precisamos estar sempre um passo frente dos criminosos. Tambm espero que debates como este aconteam no s vsperas da implantao de uma lei, mas durante sua elaborao, para que as contribuies sejam mais efetivas. Participantes aprovaram debate Se essas questes no forem resolvidas at o prazo, seria correto adiar a Resoluo para que ela seja plenamente implantada e traga a eficcia que prope. claro que a Resoluo no vai resolver todos os problemas, o risco de roubo continuar, mas muita coisa pode melhorar com ela. No entanto, se as pendncias no forem resolvidas antes da implantao, possvel que a obrigatoriedade caia em descrdito. De toda forma, o debate do CERTA foi muito importante para o esclarecimento de dvidas de todos os lados, afirmou Fernando Simes, do SindSeg, que tambm estava mesa. Jorge Martinez, da Liberty Seguros, tambm aprovou o evento. O esclarecimento das dvidas foi importante para as nossas estratgias de atuao. Como seguradora, acredito que tudo o que puder reduzir riscos importante, mas a grande questo ser a eficincia do sistema implantado e o combate s tecnologias que sero criadas pelos criminosos.

Tema gerou posicionamentos divergentes quanto obrigatoriedade

Participantes do debate no auditrio do Sescon-SP

30

Acontece

e-CRASH News o novo boletim do CESVIFortalecendo seu papel de fonte de informaes para os setores de seguros, reparao automotiva, entidades governamentais e imprensa, o CESVI lanou o e-CRASH news, um boletim mensal com notcias sobre o universo do veculo, com uma abordagem tcnica sobre segurana no trnsito, reparao, monitoramento, entre outros assuntos. Alm de ampliar o alcance de sua comunicao, o boletim aprimora a periodicidade e a forma com que o CESVI divulga seus estudos e pesquisas, tornando sua comunicao mais gil e constante. O boletim eletrnico ser enviado para profissionais de diversos pblicos relacionados ao centro de pesquisa, aproximando-os dos contedos disponveis no site do CESVI BRASIL: www.cesvibrasil.com.br

NOVO SITE DO CESVI BRASILComo parte das comemoraes de seus 15 anos de fundao, o CESVI BRASIL lanou sua nova casa na Internet: um site mais interativo e desenvolvido para servir como fonte de informaes para consumidores, companhias de seguros, montadoras, oficinas, entidades pblicas e jornalistas. O contedo e a forma de navegao esto diferentes, mas o endereo o mesmo: www.cesvibrasil.com.br Navegando entre as sees, agora divididas pelas atividades realizadas pelo CESVI, possvel fazer diversos comparativos entre veculos, conhecer estudos e pesquisas relacionados ao universo do automvel e ainda se informar sobre o conjunto de trabalhos do Centro de Experimentao e Segurana Viria. Principais novidades: No link Comparativo de veculos, o internauta pode, de uma s vez, comparar diversos modelos de veculos quanto a fatores diferentes, como: facilidade e custo de reparo (CAR Group), conjunto de recursos de segurana ativa, passiva e patrimonial (ndice de Segurana), visibilidade proporcionada ao motorista (ndice de Visibilidade) e at quanto vulnerabilidade diante de reas alagadas (ndice de Danos de Enchente). Todos os principais estudos do CESVI esto reunidos e descritos resumidamente na seo Estudos e Pesquisas. Agora possvel ler as trs edies mais recentes da Revista Cesvi na ntegra.

OfERECE mAIS INfORmAES E fCIL NAVEgAO

Para conferir todas as novidades do site, acesse www.cesvibrasil.com.br

A seo Avaliao Tcnica permite que o internauta identifique empresas e produtos certificados e aprovados pelo CESVI em diversas categorias: oficinas de funilaria e pintura, blindadoras, sistemas de rastreamento e bloqueio, segurana privada, gerenciadoras de risco, vistoria prvia e tambm produtos especficos para oficinas. Em Institucional/ CESVI BRASIL / CESVI na mdia, o internauta pode ler as mais recentes matrias da grande imprensa que contaram com o centro de pesquisa como fonte de informaes ou como foco principal do contedo abordado.

Revista CESVI

31

Palestra sobre blindagem automotiva em evento de seguranaNos dias 17 e 18 de maro, aconteceram a Intersecurity - 3 Feira Internacional de Segurana Urbana e a ISC BRASIL 2009 - 4 Feira e Conferncia Internacional de Segurana Eletrnica. Ambas foram realizadas no Expo Center Norte em So Paulo. A Intersecurity um local ideal para a empresa prospectar e realizar novos negcios. O evento mostrou os ltimos avanos tecnolgicos para um pblico altamente qualificado, formado por autoridades governamentais nos mbitos Federal, Estadual e Municipal e pelos tomadores de deciso do setor privado. A ISC BRASIL o principal centro gerador de negcios, de informao e da difuso da cultura preventiva para o setor. O evento mostrou solues, equipamentos e servios para todas as necessidades de segurana, de grande, mdio e pequeno porte, com especial destaque para as solues verticais. No dia 18 de maro o CESVI e a Abrablin realizaram uma palestra sobre blindagem automotiva carros de passeios / cuidados e regulamentao. Os palestrantes foram o supervisor tcnico do CESVI BRASIL, Emerson Feliciano, e o Coronel R/1 do Exrcito, Carlos Alberto da Silva. O CESVI e a Abrablin (Associao Brasileira de Blindagem) criaram, em 2006, um selo de capacitao tcnica para as empresas de blindagem. Esse trabalho de avaliao das blindadoras, indito no Brasil, proporciona uma referncia de escolha para as seguradoras e os consumidores, que sabero quais as empresas mais bem preparadas para prestar servios neste setor. A lista das blindadoras aprovadas est disponvel no site do CESVI (www.cesvibrasil.com.br).

32

Acontece

Montadoras recebeM trofu de Melhor car GroupO CESVI BRASIL concluiu a atualizao anual do ranking CAR Group, ndice que identifica quais os modelos de veculos que permitem um reparo mais rpido e com custo menor. As montadoras que tiveram seus modelos classificados como primeiros colocados de cada categoria sero premiadas com trofus. As montadoras Citron, Renault e Volkswagen j os receberam. A entrega para Chevrolet, Fiat, Nissan e Peugeot ser realizada em breve. A atualizao do ranking realizada devido s alteraes dos valores de cesta bsica, mudanas na estrutura dos modelos e entrada de novos veculos. Os veculos so classificados por categoria e recebem uma nota de 10 a 60. Quanto MENOR o nmero do CAR Group, MELHOR a classificao. Pelo segundo ano consecutivo, a Renault a montadora que possui o maior nmero de veculos na liderana. De acordo com o vice-presidente comercial da Renault do Brasil, Christian Pouillaude, entre os motivos que levaram a montadora a ter quatro modelos da marca no topo do ranking esto a adoo de modernas tecnologias e materiais no desenvolvimento de novos modelos e o amplo trabalho de nacionalizao de componentes, o que possibilitou empregar uma poltica bastante competitiva de preos sugeridos de peas. Confira abaixo os atuais campees da reparabilidade.Renault recebe os trofus dos veculos Sandero Stepway, Scnic FII, Mgane e Mgane Grand Tour

Categoria Hatch compacto Hatch compacto off-road Hatch mdio Minivan Minivan compacta Multivan Picape compacta Picape mdia Sedan compacto Sedan mdio

Modelo Fox (2003 a 2009) Sandero Stepway (2008 a 2009) C4 VTR (2006 a 2009) Scnic FII (2001 a 2009) Livina (2009 a 2009) Dobl (2002 a 2009) Montana (2003 a 2009) S10 (2001 a 2009) Polo Sedan (2007 a 2009) C4 Pallas (2007 a 2009) Mgane (2006 a 2009) Novo 307 Sedan (2006 a 2009) Mgane Grand Tour (2006 a 2009) SpaceFox (2006 a 2009)

Marca Volkswagen Renault Citron Renault Nissan Fiat Chevrolet Chevrolet Volkswagen Citron Renault Peugeot Renault Volkswagen

CaR group 10 13 16 27 17 15 14 20 11 17 17 17 17 10Volkswagen campe de trs categorias com os veculos Fox, Polo Sedan e Space Fox Citron premiada pela primeira colocao dos veculos C4 VTR e C4 Pallas

SW SW compacto

Para fazer comparativos de CAR Group com outros modelos, acesse a seo de ndices no site www.cesvibrasil.com.br

Revista CESVI

33

Obrigatoriedade de equipamentos de seguranaEm abril, o Contran editou as resolues 311 e 312, que criaram a obrigatoriedade de air-bags frontais e de freios ABS, respectivamente, em todos os veculos novos sados de fbrica, nacionais e importados. As montadoras de automveis precisaro obedecer a um cronograma para a instalao desses sistemas de segurana. At 1 de janeiro de 2014, 100% dos modelos de veculos especificados nas resolues devero sair das fbricas com esses equipamentos. O CESVI desenvolve pesquisas sobre a importncia dos equipamentos de segurana passiva e ativa embarcados nos veculos brasileiros. Como j citamos na edio anterior dessa revista, o CESVI realizou um estudo que identifica o potencial de efetividade do air-bag, apontando a real contribuio desse sistema em atenuar fatalidades e leses em colises. Com relao ao ABS, o CESVI possui trs pesquisas: sobre a disponibilidade do equipamento em veculos da frota nacional, sobre a relao do consumidor com o sistema e sobre como as concessionrias oferecem esse recurso de segurana na hora da venda do veculo. Conscientizao o melhor caminho Como centro de pesquisa especializado em segurana viria, o CESVI BRASIL totalmente a favor do uso de sistemas como ABS e air-bag, recursos to importantes para evitar acidentes ou, pelo menos, minimizar seus efeitos. No entanto, a questo da obrigatoriedade no nos parece o melhor caminho, pelas consequncias econmicas com as quais montadoras e consumidores teriam de arcar. A opo ideal ainda a conscientizao. Uma questo preocupante em relao obrigatoriedade que no bastam os veculos serem equipados com itens de segurana de ltima gerao, os condutores precisam saber como usar esses sistemas corretamente. Na hora da venda do veculo, precisa ser realizada uma entrega tcnica, explicando ao comprador o que e como funciona o sistema. No caso do ABS, em frenagens de emergncia, preciso pressionar o pedal do freio e manter a presso sobre ele com mxima fora. A unidade eletrnica do ABS atuar para que as rodas no travem, mantendo a dirigibilidade durante a frenagem, o que facilita o desvio de obstculos quando necessrio. Nessas frenagens fortes, um tremor no pedal caracterstico do ABS, pois a ao do sistema provoca uma rpida variao da presso nos freios para que as rodas no travem. Muitos motoristas aliviam a presso no pedal ao sentirem o tremor, mas esto errados. O correto manter a presso at que se atinja a velocidade adequada para o desvio do obstculo, com segurana, ou a parada total do veculo. Disponibilidade de ABS e ESP nos veculos Em maio, o CESVI realizou a terceira edio anual do guia Segurana na frenagem que aponta a disponibilidade de recursos avanados de frenagem em veculos da frota nacional. Como novidade desta verso, aponta tambm quais modelos, alm do ABS, possuem o recurso ESP, e ainda faz um comparativo entre a disponibilidade dos sistemas na frota nacional e a mesma presena nos modelos do mercado argentino, permitindo, assim, uma anlise da frota brasileira com relao a um mercado prximo e semelhante. Sabendo quais modelos contam com o sistema ABS, seja de srie ou como opo, o consumidor tem mais uma importante referncia para a escolha do carro novo. Permite comparar valores, benefcios de cada modelo e identificar as vantagens de contar com um sistema de segurana capaz de salvar sua vida em uma situao de emergncia.

TRW

Guia com disponibilidade do ABS nos veculos brasileiros ( direita). Pode ser conferido em www.cesvibrasil.com.br

34

Acontece

Notas O CESVI est realizando um projeto indito, chamado Diagnstico de Segurana Viria no Brasil, que envolve pesquisas de leis, resolues, rodovias privatizadas, atendimento aos acidentados, nmero de vtimas, frota, entre outras informaes importantes. Essa pesquisa foi encomendada pela AEC (Asociacin Espaola de La Carretera), por solicitao do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O objetivo oferecer subsdios para a elaborao de um relatrio a respeito da atual situao do trnsito virio no Brasil nos vrios aspectos que envolvem o tema. Esse relatrio abordar tambm a situao do trnsito nos demais pases da Amrica Latina e Caribe. A ANTP (Associao Nacional de Transportes Pblicos) e o CESVI assinaram um convnio que tem como objetivo o desenvolvimento de atividades que garantam a implementao de estudos, pesquisas e projetos relacionados segurana viria e trnsito, respeitando as peculiaridades de cada entidade. Nos dias 29 a 30 de abril, a ANTP realizou o seminrio nacional O CESVI foi convidado pela Mercedes-Benz para participar de reunies com os concessionrios da rede, que foram realizadas em diversas cidades. O centro realizou palestras apresentando alguns dos seus produtos, servios, pesquisas e treinamentos, mostrando os benefcios de cada um para a rede. O sistema rion Gesto Integrada de Sinistros foi um dos principais produtos apresentados durante as palestras. O CESVI realizou a anlise do sistema de freio ABS que equipa um veculo hatch compacto de frota. O objetivo do trabalho era analisar um veculo com freio ABS, considerando seu desempenho em pista e seus componentes do sistema de freio. Os testes prticos foram realizados no Autdromo de Interlagos, com a participao do Centro de Pilotagem Roberto Manzini, e os exames da parte mecnica foram realizados na oficina do CESVI. O CESVI apresentou projetos ao Comando da Polcia Militar Rodoviria do Estado de So Paulo para o desenvolvimento conjunto de trabalhos, reforando a parceria existente entre as instituies. Os projetos apresentados foram: o SIGA (Sistema de Gerenciamento de Acidentes software que proporciona estatsticas sobre os acidentes de trnsito), o PMG (metodologia de classificao de danos em veculos envolvidos em colises), o guia de identificao de motores, os vdeos de treinamento para a polcia, o estudo sobre medidores de velocidade e algumas propostas de alteraes do Cdigo de Trnsito Brasileiro (confira na matria da seo segurana viria). Diretor-executivo da Volkswagen para a Amrica Latina e ex-diretor de vendas e marketing da marca, Paulo Srgio Kakinoff foi apresentado oficialmente como novo presidente da Audi Brasil. Esta a primeira vez que um executivo brasileiro assume o cargo.

Desafios para o Trnsito no Brasil. Durante o evento,foram realizadas sesses de debates sobre diversos temas. O supervisor de segurana viria do CESVI, Jos Antonio Oka, participou da sesso Qualidade na gesto do trnsito, abordando o tema desafio da coleta de dados de acidentes de trnsito. Funcionrio de carreira do grupo Bradesco de Seguros e Previdncia, Ricardo Saad Afonso assumiu, em maro, o cargo de diretor-presidente da Bradesco Auto/RE, empresa especializada na operao de seguros de automvel e ramos elementares, presente no mercado desde