revista desktop 113
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REVISTA DESKTOP 113 - A sua revista de artes gráficasTRANSCRIPT
O anO que cOlOcará O Brasil em evidência
nO cenáriO mundial
2010
Gerenciamento de coresMarcelo Copetti estreia uma série de artigos sobre normatização ISO
designO design brasileiro faz bonito e fecha 2009 em destaque
digitalGrandes jornais brasileiros na rota do CtP
Ano
XIX
- Edi
ção
113
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E NÃO PODERIA ENCONTRAR PARCEIRA MELHOR QUE A MAN FERROSTAAL.
A MARCA DA ALTA TECNOLOGIA EM IMPRESSÃO ROTATIVA PARA JORNAIS DE GRANDE PORTE FINALMENTE CHEGA AO BRASIL.
MAN Ferrostaal
MAN FerrostaalEquipamentos e Soluções Ltda.
• São Paulo: (11) 5522-5999• Rio de Janeiro: (21) 2537-8603• Amazonas: (92) 3622-4026• Bahia/Sergipe: (71) 3357-0671• Ceará: (85) 3308-9898• Espírito Santo: (27) 3254-1377
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4 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Editorial
Paulo StucchiEditorRevista Desktop
Distante do ideal; além dos pessimistas
2009 foi um ano perdido para a economia mundial? A julgar pelo balanço de várias
empresas, tendo-se em consideração o último semestre de 2008 e o primeiro de 2009,
pode-se até dar margem para análises mais pessimistas.
Mas, pessimismo à parte, parece que não foram poucos os empresários e empresas que
souberam aproveitar a crise para crescer. No mercado gráfico não foi diferente.
Em recente conversa com Sergio Horikawa, Presidente da Oki Brasil, foi comentado
sobre o crescimento do escritório brasileiro que, hoje, segundo ele, é a estrela da Oki
mundial. E não se trata somente da Oki. Como vocês poderão ver nesta edição de final
de ano, são várias as visões otimistas de empresários e executivos do ramo gráfico.
O futuro não tarda para quem se mexe. Então, vemos novas parcerias sendo fechadas,
como a da MAN Ferrostaal com a japonesa TKS (aliás, os japoneses parecem estar
mesmo apostando no Brasil), a ExpoPrint Latin America praticamente com área total
vendida, e o crescimento dos números de alguns setores de nossa indústria.
Agora, vocês me perguntam: É o ideal? Digo que não. O Brasil possui uma série de pro-
blemas estruturais que precisam ser sanados antes que o verdadeiro desenvolvimento
nos abrace. Mas também comungo da opinião de vários analistas, muitos dos quais
expuseram seus pontos de vista nesta edição: nunca se imprimiu tanto como agora;
vários projetos inovadores e pioneiros estão sendo fechados em áreas como impressão
digital; os empresários parecem ter mudado sua visão sobre qualificação de mão de
obra. Enfim, concordem ou não, se 2009 foi um ano que iniciou com dificuldades,
também é um ano que fecha suas cortinas injetando novos ares para 2010.
E nós da Revista Desktop esperamos, com esta edição de final de ano, transmitir um
pouco de nossa visão otimista. E, sem dúvida, nos reencontraremos num 2010 muito
melhor. A todos um excelente Natal, e um Ano Novo repleto de realizações.
Boa leitura!
Paulo Stucchi
Editor - Revista Desktop
5REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Índice
Desktop Publishing Editorial Ltda.�Rua Madre Maria Basília, 237 - 13300-003 - Itu - SP� Tel.: 11 4013-7979 - Fax: 11 4013-7977E-mail [email protected] - www.dtp.com.br
DIRETORIsmael Guarnelli - [email protected]
EDITOR CHEFEP�aulo Stucchi - MTB 029182 - [email protected]
CONSELHO EDITORIALAnderson Goes, Bruno Schrappe, Carlos P�inheiro Júnior, Carlos Samila, Claudio Gaeta, Eduardo P�ereira, Fernando Maia, Ismar Miranda, Jorge Gasula Mir, Luiz Seman, Márcio Ribeiro, Nazareth Darakdjian, Osvaldo Cristo, P�aulo Amaral, Salvador Sindona, Rafael Sanchez, Wilson Vieira.
PROJETO GRÁFICOZeh.Design
DIAGRAMAÇÃO e ARTEP�atrícia Guarnelli - [email protected]
TRATAMENTO de IMAGEMFelipe Zacharias - [email protected]
ILUSTRADORGetulino P�acheco - [email protected]
WEbGuilherme Keese - [email protected]
COLAbORADORESAndré Lopes, Bruno Cialone, Bruno Mortara, Clovis Castanho, Demósthenes Galvão, Fabiana Go, Fernando Mayer, Fabio Mortara, Flávio de Andrade Costa, Irineu Jr., José Donizete de Melo, Luíz Seman, Marcelo Copetti, Marcelo Lopes, Marcos Araújo, Mario Navarro, P�edro Bueno, Ricardo Minoru, Ricardo P�olito, Tonie R. V. P�ereira, Rolf Hinrichs, Vitor Vicentini, Wilson Caldana.
INTERNACIONAISJack Davis - USAHelder Generoso - Austrália
DIRETOR COMERCIALIsmael Guarnelli - [email protected] 4022-8534/8535
DIRETORA FINANCEIRAVivian Stipp - [email protected]
COORDENAÇÃO de EVENTOSSandra Keese - [email protected]
CURSOS e EVENTOSCláudia Menezes - [email protected]
ASSINATURASMariana Camargo 11 [email protected]
TIRAGEM21.000 exemplares
IMPRESSÃO IGIL 11 4024-0900
PERIODICIDADE bIMESTRALEdição nº 113, dezembro/janeiroAno XIX - ISSN 1806-6240
IMAGENSAs imagens utilizadas em tutoriais são de total responsabilidade de seus autores
Fique de Olho 8As notícias do dia a dia do segmento gráfico do Brasil
Gerenciamento de Cores 18• Parte I da série de artigos de Marcelo Copetti sobre normatização ISO
• Gerenciamento de cores ganha destaque no Fernando Pini
Photoshop ProA primeira revista sobre
P�hotoshop do Brasil, à disposição dos leitores da Desktop
Criativo 28• Processo Criativo • Photobooks no InDesign
• Design brasileiro premiado • Novidades e parcerias da Esko
No Papel 50• Brasil: terra de oportunidades
Mercado 10As novidades do mercado gráfico e de tecnologias
Dicas & Truques• Estreia de Fabiana Go
56
Opinião• Fabio Mortara: não ao fim do papel • Bruno Mortara: Norma ISO 12647-2
• Hamilton Terni Costa: lucratividade na impressão digital• Richard Möller: o que é parceria? • Dieter Brandt: crescimento da indústria gráfica
60
Edição OnlineO conteúdo da Desktop, também online!
2010 abre suas portas com otimismo
Digital 48• Jornais digitais
6 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
ColaboradoresPaulo Stucchi
Mestre em Comunicação Empresarial e Jornalismo Institucional, é o editor da Revista Desktop e Photoshop Pro.
Consultor gráfico há mais de 35 anos e diretor da AN – Agência de Negócios, possui vasta experi-ência acumulada na direção de empresas gráficas. É criador, coordenador técnico e professor de Gestão Estratégica do curso de Pós-Graduação Gestão Inovadora da Empresa Gráfica na Escola Senai Theobaldo De Nigris.
Hamilton Terni Costa
Presidente da Abigraf Regional São Paulo e da PaperExpress, uma das empresas pioneiras em Impressão Digital no Brasil.
Fabio Mortara
Experiente especialista em fluxos de pré-impressão e aplicativos gráficos. Também ministra consultorias sobre ferramentas de prepress e, desde 2007, uniu-se ao time de colaboradores da Revista Desktop.
André Lopes
Reconhecidamente um dos maiores técnicos e conhecedores de processos gráficos do Brasil, Bruno Mortara se une à equipe de colaboradores fixos da revista Desktop. Também é diretor da empresa Prata da Casa.
Bruno Mortara
Presidente da Heidelberg América do Sul e da Afeigraf (Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica).
Dieter Brandt
Consultora da Adobe, certificada em diversos aplicativos de criação da companhia. Ministra cursos e consultorias em todo o Brasil.
Fabiana Go
Getulino Pacheco
Ilustrador que iniciou seu trabalho usando técnicas de pintura tradicionais, Getulino especializou-se em arte vetorial e, hoje, ministra cursos de Illustrator e Photoshop. Também é ilustrador da Revista Desktop.
7REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Colaboradores
Vitor Vicentini
Consultor e especialista em softwares de pré-impressão. Vitor é autor de livros na área e consultor da Adobe em InDesign. Escreve periodicamente para a Revista Desktop com dicas passo a passo sobre InDesign.
Marcel Arduim
Publicitário, escreve para a Coluna Processo Criativo, na qual narra experiências do processo de criação reais, vividos no cotidiano de sua agência.
Marcelo Copetti
Diretor da Easycolor e colaborador da Desktop. Especializou-se em fluxos de controle de cores e calibração de dispositivos em ambiente gráfico.
Marcelo Lopes
Designer premiado nacional e internacionalmente, é diretor da empresa Merchan-design e atual diretor de projetos da ADP- Associação dos Designers de Produto. Assina a coluna de Design da revista Desktop.
Vinicius Rodrigues do Amaral
Formado pelo Senai em Artes Gráficas e especialista em Pré-impressão e Sistemas Web.
Ricardo Minoru
Conhecido especialista em aplicativos gráficos, Minoru realiza consultorias em gráficas e editoras. É autor de diversos livros sobre softwares gráficos.
Richard Möller
Responsável pelas soluções para a área de jornais da MAN Ferrostaal do Brasil, possui profundo conhecimento técnico e tecnológico em diversos setores da pré-impressão e impressão.
Irineu De Carli Junior
Consultor, especialista em sistemas Apple e diretor da Crescer Consultoria.
Fique de Olho
Oki lança 2 modelos de multifuncionais no brasilA Oki anunciou a chegada de dois modelos multifuncionais no mercado brasileiro, sendo um deles monocromático e, outro, colorido. Ambos reúnem
funções de digitalização de imagens e impressão de alta qualidade. O primeiro lançamento é a MB 480, um multifuncional monocromático com recurso
de digitalização e impressão de alta velocidade que, segundo Sergio Horikawa, Presidente da Oki Brasil, será o carro-chefe da empresa no segmento
Office. Tem velocidade para 30 páginas/minuto, resolução de 1200x1200 dpi reais, e, ainda segundo Horikawa, apresenta um dos melhores custo/
benefício do mercado. Seu volume total de produção permite atingir a soma de 70 mil páginas/mês. O segundo modelo é a MC 860, um multifuncional
formato A3 colorido cuja principal vantagem está em sua arquitetura modular, com HD interno para armazenamento de templates e jobs, scanner com
visor touch screen, e velocidade para 26 páginas/minuto (cor) ou 33 páginas/minuto (P&B). Os dois modelos contam com a tecnologia de pentes de
LED da Oki, que permite que se tenham várias fontes de luz próximas do papel que, como resultado, possibilita não somente que possam desenvolver
modelos com design mais compacto, como também a aplicação mais precisa dos pontos, que podem ter seus formatos reduzidos e variáveis, ideal para
que se obtenha maior definição nas imagens e, dessa maneira, impressos de melhor qualidade.
“A Oki Brasil hoje é uma das estrelas da Oki mundial. Crescemos em meio à crise e projetamos 2010 como um ano de novo crescimento”, disse
Horikawa.
Inf.: www.okiprintingsolutions.com
International Paper lança Chambril AvenaA International Paper anunciou o lançamento de seu novo papel off-white, o Chambril Avena.
A principal característica desse novo modelo Chambril, segundo a IP, é o maior conforto visual para
a leitura. Ele será inicialmente produzido na gramatura 80 g/m2 e é indicado para a impressão de
livros, relatórios e outros materiais que necessitem de um meio mais agradável para leitura.
Destaque, ainda, para a resistência superficial que evita o desprendimento de partículas, suavidade
ao toque e tonalidade que garante mais conforto visual, diminuindo a reflexão de luz e o contraste
com o texto impresso. Além disso, conta com a Certificação Florestal Brasileira Cerflor - desenvol-
vida e gerenciada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Indus-
trial), que assegura o manejo florestal responsável e verifica toda a cadeia de custódia, desde o
plantio das árvores até o produto final.
Inf.: www.internationalpaper.com.br
Xaar apresenta cabeçotes Proton e Electron na Fespa India 2009A Xaar mostrou duas de suas novas tecnologias de cabeçote de impressão inkjet durante a Fespa India, que acon-
teceu em dezembro, em Nova Déli. Tratam-se da Proton e Electron, dois modelos focados na produtividade, sendo
que o primeiro, Proton, é voltado ao segmento de grandes formatos que busca por qualidade e produtividade e, o
segundo, Electron, é um modelo classificado pela empresa como entry-level.
Inf.: www.xaar.com
8 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Fique de Olho
Arjowiggins Security inova a linha Color Plus com duas novas cores A Arjowiggins anunciou dois novos modelos para sua família Color Plus: Tóquio e Marrocos, nas
cores vermelho vivo e marrom.
As novas cores atendem a uma necessidade do mercado detectada pela empresa por meio de
intensa pesquisa e diversas reuniões com o Conselho do Papel que direcionaram a equipe de
desenvolvimento de produtos da empresa.
Com produção na fábrica da Arjowiggins Security, em Salto, interior de São Paulo, Tóquio e
Marrocos estão disponíveis no formato 66x96 cm nas gramaturas 80, 120, 180 e 240g/m2.
“Inicialmente, a produção atenderá o mercado nacional que, nesse período do ano, utiliza
muito essas cores para produzir material promocional como cartão de Natal, envelopes, brindes e catálogos. Além disso, as novas cores ampliam a
variedade de composição de cores na produção de diversos materiais. Mas já estamos planejando abastecer nossos parceiros de outros países”, conta
Cynthia Cadrobbi, coordenadora de marketing de papéis finos para América Latina.
Os nomes das novas cores seguem a identidade da linha Color Plus, que faz uma homenagem a cidades e países do mundo ao batizar as cores com
as quais tem sintonia.
A linha Color Plus é pioneira no mercado ao oferecer um papel totalmente colorido que proporciona a produção de materiais impressos com perfeito
acabamento. Além disso, a grande variedade de cores, excelente lisura e ótima aceitação das várias técnicas de impressão e acabamento fizeram com
que a marca se tornasse símbolo de produto.
Agora, são 27 cores que proporcionam a produção das mais variadas criações e estão disponíveis nos melhores distribuidores de papéis do país desde
meados de novembro.
Inf.: www.arjowiggins.com.br
ID Works Enterprise novo software de identificação A Akad apresenta o novo software de identificação da Datacard, o ID Works Enterprise, um
sofisticado software que possibilita criar o design do cartão a ser utilizado em sistemas de
identificação de forma fácil e rápida.
Através do ID Works Enterprise é possível criar cartões com diversas características defi-
nidas pelo usuário tais como: inclusão de imagens, tamanho do cartão, cores de fontes,
textos variáveis, textos fixos, foto com borda ou opção de fundo transparente, vinte e um
tipos de código de barras, tarja magnética, gráficos, delimitação de área não impressa,
formulário completo com dados complementares, entre outros.
Possibilita capturar imagens de modo fácil (para compor a solução os dispositivos de captura e impressão poderão ser adquiridos à parte), enviar os
cartões para impressão e emitir relatórios independente do módulo de design do cartão, importar, exportar e salvar dados de banco de dados, enviar os
dados para codificação de tarja magnética e/ou gravação de chip do cartão inteligente (smart card). Permite ainda gravar e gerenciar a personalização
desses smart cards.
O ID Works Enterprise pode ser utilizado com as impressoras desktop de cartões PVC da Datacard, incluindo a linha SP Plus, como também suporta as
soluções da empresa para captura de imagens Tru Photo, captura de assinatura Tru Signature e captura de imagens de impressão digital Tru Fingerprint.
Esses equipamentos são comercializados em separado ao software.
Inf.: www.akad.com.br
9REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Mercado
Chapa Azura: Roadshow rende frutos à AgfaA Agfa realizou nos últimos meses de 2009 um roadshow especial para divulgar e promover a tecno-
logia de sua chapa chemistry free Azura.
E os resultados estiveram acima do esperando, segundo divulgou Eduardo Sousa, gerente de marke-
ting da Agfa para a América Latina. Ao todo, estão na rota do roadshow Azura 14 cidades, das quais
Caxias do Sul (RS), Passo Fundo (RS), Florianópolis (SC), Blumenau (SC), Maringá (PR), Londrina
(PR), Campo Grande (MS) e Goiânia (GO). Ao todo, mais de 500 pessoas já prestigiaram o tour.
Na maioria dessas cidades, as apresentações incluíram uma demonstração da lavagem da chapa
Azura e palestras sobre a tecnologia da chapa que dispensa uso de químicos. Em cada cidade, a Agfa
contou com o apoio de um parceiro local e de entidades como Abigrafs regionais, Sindigrafs e Senais.
Atualmente, existem 67 instalações de chapas Azura no Brasil, estando o consumo mundial de cha-
pas livres de químicos na casa dos 15 milhões de m2.
“Nossa meta, com a ExpoPrint o ano que vem, é atingir mais de 100 instalações no Brasil e, no final de 2010, estar na casa das 200”, disse Eduardo.
Entre os benefícios que têm chamado a atenção do público participante está economia de cerca de 95% de água durante o processo, economia maior
de energia, segurança de que não haverá contaminação da chapa se esta não for utilizada logo após da gravação (com lavagem, esse prazo se estende
por até sete dias), presença do “grafismo”, no qual a imagem fica “latente” na chapa em virtude do processo de lavagem, e maior economia do laser,
já que trata-se de uma chapa negativa e, portanto, permite a gravação apenas as áreas de não-imagem (superfície menor da chapa).
Inf.: www.agfa.com.br
Executivos da KbA visitam o brasilAconteceu no Hotel Maksoud, em São Paulo, uma conferência de imprensa, seguida de uma
palestra, que contou com a presença de dois executivos da KBA Alemanha, que vieram ao
Brasil para oficializar a nova fase que a empresa estará vivendo no país depois do acordo de
representação com a Deltagraf.
Mike Engelhardt, diretor de vendas, e Ralf Sammeck, vice-presidente executivo de vendas,
ao lado de Cesar Dutra, diretor da Deltagraf, conversaram com a imprensa e, depois, com
clientes e gráficos sobre a nova fase da KBA no Brasil.
Segundo Sammeck, o Brasil é um importante e promissor mercado a nível mundial e, por
isso, a decisão de se investir aqui com uma nova parceria, mesmo em um momento de crise
que se instalou no mundo no final de 2008 e primeiro semestre de 2009.
“Vale destacar ainda o trabalho do senhor Dutra e da Deltagraf junto ao mercado, visitando
clientes e procurando uma maior proximidade”, disse.
Os executivos ainda destacaram o fato de a KBA possuir o segundo lugar em market share na área de impressoras planas sheet fed, marca esta que
também deve ser alcançada no país.
“Temos tecnologia e qualidade. Nosso trabalho no Brasil, assim como nos demais países em que temos presença, está baseado nessas duas pontas: a
proximidade com os clientes e assistência, e a tecnologia que podemos oferecer, que é estável, consagrada”, explicou.
Também reforçaram a visão otimista de que a parceria com a Deltagraf inaugura uma nova fase para a história da KBA no País.
“Confiamos no conhecimento de mercado da Deltagraf e sabemos que, através dela, estaremos mais próximos dos clientes KBA no Brasil”, comple-
mentou Sammeck.
Inf.: www.deltagraf.com.br
10 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Mercado
Elza Mizue Hata junta-se à equipe da bytes&TypesElza Mizue Hata acaba de se juntar à equipe de consultores da Bytes & Types.
Elza tem grande experiência em Tecnologia da Informação aplicada às áreas editorial e gráfica. Nos últimos
treze anos (1996-2009) trabalhou como consultora de Projetos e Processos nas Editoras Ática e Scipione (Abril
Educação). Na Bytes & Types, Elza Mizue será responsável pela coordenação dos projetos de consultoria em três
áreas: análise e implantação de sistemas integrados multiplataforma de gestão de fluxo de trabalho colaborativo
em editoras e agências; distribuição de conteúdo editorial por meio de soluções “crossmedia”; e integração entre
sistemas informatizados de fluxo de trabalho e ferramentas de gestão empresarial
Inf.: www.bytestypes.com.br
Diário de Pernambuco recebe prêmio de excelência no NEO Diário de Pernambuco de Recife (PE) foi um dos vencedores do Prêmio de Excelência Gráfica do Nordeste.
A qualidade de impressão do jornal foi reconhecida pelos jurados e, segundo Airton Ciulada, diretor industrial, é o resultado do trabalho eficiente de
todos envolvidos na produção.
“Esse prêmio significa o reconhecimento de um trabalho altamente bem elaborado, onde toda a empresa está envolvida. Desde a redação, onde o foto-
jornalismo se preocupa também com a qualidade visual do material fotografado, até o impressor que passa a ter a cumplicidade do produto”, afirmou.
Sobre a importância do prêmio, Ciulada destaca que a qualidade da indústria gráfica pernambucana foi reconhecida. “É a repercussão digna da força
e da importância das Indústrias Gráficas Pernambucanas, que hoje se comparam em tecnologia e qualidade com as indústrias de todo o país”, disse.
“Pode-se dizer que, industrialmente, as gráficas do Nordeste acompanham toda a evolução das principais tecnologias lançadas no mercado exterior.
A necessidade desse acompanhamento visa maior competitividade no mercado, no qual os leitores e consumidores estão mais exigentes em relação à
qualidade e informação. A fidelidade dos impressos é de suma importância.”
“É com imensa satisfação que parabenizo todos os profissionais do Diário de Pernambuco por esse prêmio. Tive o prazer de ministrar consultorias no
Diário e sei da preocupação com a qualidade que todos têm. E isso é fundamental quando se quer ter, ao final, um impresso de alta qualidade”, disse
Alexandre Keese, editor técnico da Revista Desktop e consultor para a área gráfica e de imagens.
Inf.: www.diariodepernambuco.com.br
Digigraf é nomeada distribuidora HP ScitexA Digigraf está ampliando seu hall de representadas com o anúncio da distribuição dos equipamentos para impressão em grandes formatos industrial
HP Scitex. A oficialização do acordo, com o início da distribuição, acontece a partir de 2010.
Oferecendo a produtividade, qualidade e flexibilidade da tecnologia digital, a linha HP Scitex é voltada para produção industrial, atendendo os mercados
de comunicação visual, sinalização indoor e outdoor, displays e muito mais. É uma linha de produtos bastante ampla com diversas tecnologias, como:
Solvente, UV, Cama Plana e a revolucionária Látex.
Segundo Wilson Matheus, diretor de marketing da Digigraf, a empresa planeja que o negócio HP Scitex vai representar, em três anos, um crescimento
superior a 30% no seu faturamento anual. “Para alcançar objetivos tão ambiciosos vamos criar uma verdadeira revolução na forma de atuar nos mer-
cados de sinalização e comunicação visual”, disse.
Inf.: www.digigraf.com.br
11REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Mercado
Manuel Faria assume gerência de vendas para Inkjet da EFI brasilManuel Faria foi anunciado pela EFI Brasil como o novo gerente de vendas para produtos inkjet.
O executivo assume suas atividades no momento em que a EFI consolida sua posição no mercado com o investimento na atuação de canais de distri-
buição, o lançamento de novas tecnologias com as impressoras GS, e duas aquisições para ampliar o market share da companhia com as novas linhas
EFI Rastek, para grandes formatos, e EFI Jetrion, para impressão de rótulos e etiquetas, um mercado promissor que apresentou um crescimento anual
de 12% nos últimos anos. Recentemente, a EFI anunciou a chegada das novas impressoras EFI Vutek GS3200 e GS5000r que possuem capacidades
de liderança sem precedentes na indústria no que se refere à velocidade, qualidade de impressão e valor agregado. Para grandes formatos, conta
também com a nova linha Rastek - impressoras híbridas para impressão em alta qualidade e, para o mercado de rótulos e etiquetas, conta com o novo
do sistema de impressão jato de tinta UV Jetrion - vencedora do prêmio Label Industry Award for New Innovation.
Inf.: www.efi.com
Wacom abre escritório no brasilO sonho de muitos usuários das artísticas tablets está se concretizando.
A Wacom anunciou a abertura de um escritório no Brasil, que coordenará as ações de distribuidoras e revendas que atuam no território nacional.
O gerente para o Brasil é Wilson Barbosa, que, entre outras empresas, trabalhou na Corel Brasil.
Segundo Wilson, um dos principais objetivos da Wacom Brasil é desmistificar o fato de que as mesas digitais são um produto elitizado.
“Hoje, a Wacom possui desde mesas digitais altamente profissionais, até produtos extremamente acessíveis, como a linha Bamboo, que, apesar de mais
baratas, oferecem a mesma tecnologias dos produtos top de linha”, explica.
Inf.: www.wacom.com.br
Canon e Océ, juntasA Canon anunciou oficialmente a aquisição da Océ. As duas empresas já sustentavam um acordo tecnológico há alguns anos e, agora, unem oficial-
mente seus negócios de impressão.
Rokus van Iperen, CEO da Océ, comentou o acordo. “Existe uma grande compatibilidade entre nossas empresas, que compartilham valores e um sólido
compromisso com a tecnologia e a inovação. Estou orgulhoso em saber que a Canon pretende unir-se à Océ, com base na proeminência de nossos
clientes e de nossa tecnologia e, claro, de nosso pessoal que há gerações desenvolvem nossa empresa. Esta é a melhor união possível na indústria glo-
bal de impressão, a partir da qual ofereceremos escala em pesquisa e desenvolvimento, manufatura e distribuição. A organização unificada possibilitará
o acesso a uma enorme rede de vendas na Ásia, bem como oportunidades mútuas de venda cruzada na Europa e nos Estados Unidos. Nossos clientes
serão beneficiados com uma excelente oferta de produto e serviços e nossos funcionários terão oportunidades atraentes de desenvolvimento”, analisou.
Segundo dados divulgados, a Océ permanecerá operando como uma divisão separada da Canon, e sua sede permanecerá na Holanda, onde manterá
também sua unidade de pesquisa, desenvolvimento e manufatura. As divisões encarregadas pelos grandes formatos e impressão comercial irão operar
de forma independente. Contudo, a divisão “Office” será integrada ao portifólio Canon.
Inf.: www.oce.com.br ou www.canon.com.br
12 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Mercado
2009: ano de celebração para a International PaperA International Paper despede-se de 2009 com algumas conquistas importantes.
A primeira e, talvez, a maior delas neste ano foi a inauguração de sua fábrica em Três Lagoas (MS), cujo início das atividades
estava previsto para 2010 mas que, ao final, começou em meados deste ano.
Em evento dirigido à imprensa, Maximo Pacheco, Presidente da International Paper para a América Latina, destacou o papel
do Brasil na economia mundial. “Vocês não sabem o país que tem”, disse aos jornalistas presentes. Pacheco é chileno e
despede-se este ano a International Paper Brasil para coordenar os negócios da empresa em Bruxelas (Bélgica).
Temas como a crise financeira mundial não ficaram esquecidos, porém, a gradual recuperação do Brasil - antes mesmo de
outras grandes economias do mundo desenvolvido - é, para Pacheco, sinal do poder do país como uma forte economia futura.
“O mundo já olha o Brasil de uma outra forma”, frisou.
Outra importante conquista enumerada pela International Paper, desta vez, em escala global, foi a venda do Chamex, fabricado no Brasil, no mercado
chinês (sob o nome de Chamei).
Inf.: www.internationalpaper.com.br
MAN Ferrostaal do brasil anuncia parceria com a TKSA MAN Ferrostaal do Brasil anunciou oficialmente sua nova representada no Brasil. Trata-se da TKS, em-
presa japonesa com mais de 103 anos de mercado e sólida presença na Ásia e filial nos EUA, na cidade de
Dallas. Entre seus produtos mais consagrados está a Color Top Century, conceituada como uma das rotativas
mais velozes do mundo, capaz de produzir mais de 100 mil jornais/hora. Também fazem parte da linha de
equipamentos TKS a ColorTop Ecoprius (formato berlinder), ColorTop Ecowide (dupla largura, circunferência
simples), ColorTop 7000CDH, entre outros.
Através dessa nova parceria, a TKS terá seus produtos representados em toda a América Latina.
O anúncio contou com a presença de Kohei Shiba, chairman e CEO da TKS Japão, além de Masahiro Ki-
bune, gerente-geral de vendas, e Katsushi Okamoto, também do departamento de vendas. Pela MAN Ferrostaal estiveram presentes Mario Barcelos,
Presidente da companhia, Richard Möller, responsável pelos sistemas de jornais, e Renata Rangel, assistente de marketing.
“Tivemos uma excelente experiência com fabricantes japoneses nesses últimos cinco anos, como a Ryobi e a Horizon. Isso, sem dúvidas, influenciou
bastante no fechamento dessa nova parceria com a TKS”, destacou Barcelos.
“A TKS vê o Brasil como um país muito importante e promissor. Acreditamos no Japão que, em 15 anos, o Brasil estará entre as três maiores economias
do mundo”, disse Shiba.
Inf.: 11 5522-5999
ANConsulting de casa novaAntes mesmo de 2009 terminar, a grande virada já aconteceu para a ANConsulting. A empresa de consultoria, especializada na área de negócios gráfi-
cos, marketing one to one e impressão digital, está de casa nova e, também, anuncia para 2010 novos serviços e um novo site, totalmente reformulado.
A nova “casa” a ANConsulting fica na Rua Michigan, 951, Brooklin, São Paulo.
Inf.: 11 5093-0734
13REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Pini 2009
14 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Festa da indústria gráfica
Maior acontecimento
da indústria gráfica
nacional premiou
empresas tradicionais
e novos players que
despontam com
qualidade em todo o
Brasil
Tradicionalmente, o Prêmio Fernando Pini de Excelência
Gráfica marca o final de mais um ano para a indústria de pré-
impressão, impressão e acabamento. E, sendo assim, 2009 se
encerra com novos nomes despontando entre destaques no
ramo gráfico nacional.
15REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Como acontece há quase duas décadas, novembro fechou seus
dias com o acontecimento da mais marcante festa do setor grá-
fico: a entrega do Prêmio Fernando Pini que, neste ano, teve sua
19ª edição celebrada em São Paulo.
Entre os nomes anunciados como finalistas e vencedores estive-
ram várias empresas conhecidas e consagradas nacionalmente,
mas, também, outras que mostraram seu talento e que represen-
tavam várias regiões do Brasil.
Também entre os fornecedores os anunciados foram nomes e
marcas conhecidas. Destaque para a Agfa do Brasil, que faturou
dois troféus - como fornecedor de chapas (destaque para a Azura)
e equipamentos para pré-impressão. Já a Heidelberg venceu mais
uma vez na categoria fornecedor de impressoras offset planas.
Os outros doze vencedores dessa categoria foram Colacril (for-
necedor de adesivos), Day Brasil (blanquetas), Goss International
(rotativas), HP (impressão digital), Guarani (acabamento gráfico),
VCP - Fibria (papel para impressão não-revestido), Suzano (duas
categorias: papel revestido e com e sem revestimento), Epson
(sistemas de provas), Sun Chemical (tintas) e Overlake (vernizes).
Na categoria Grand Prix, mais três vencedores: Fac Form (melhor
impressão), Ipsis (melhor acabamento) e Brasil Gráfica (melhor
acabamento editorial).
Os donos da noiteNuma noite que foi aberta ao som de samba, com direito à apre-
sentação de bateria, mestre-sala e porta-bandeira, o Fernando
Pini deste ano abriu espaço para que as empresas que fazem o
dia a dia do mercado gráfico nacional brilhassem. E isso aconte-
ceu a cada anúncio dos vencedores feito pelo mestre-de-cerimô-
nias Tadeu Schmidt, da Rede Globo e do canal SportTv.
Ao final, os verdadeiros “donos da noite” e do ano gráfico de 2009
foram: RR Donneley Moore (categoria Livros de Texto); Ipsis Grá-
fica (Livros Culturais, Livros Ilustrados/Livros Técnicos e de Arte,
Kits Promocionais e Livros Infanto-juvenis); Imprensa Oficial de
São Paulo (Livros Institucionais); Corprint (Livros Didáticos); Gráfi-
ca Santa Marta (Guias e Manuais); Ibep Gráfica (Revistas Periódi-
cas com e sem recursos gráficos especiais, e Jornais Não-diários,
Revistas em Geral em Heat Set); Log Print (Revistas Infantis ou
de Desenhos; Impressão Digital e Impressão Offset em Confor-
midade com a Norma NBR NM - ISO 12.647-2); Rona Editora
(Revistas Institucionais); O Estado de S. Paulo (Jornais Diários
em Cold Set); Gráfica Rami (Rótulos Convencionais sem efeitos
especiais); Brasil Gráfica (Rótulos Convencionais com efeitos es-
peciais, Embalagens semi-rígidas com efeitos); Degrafica (Rótulos
em auto-adesivo sem efeitos especiais e Rótulos em auto-adesivo
com efeitos especiais); Sky Artes Gráficas (Etiquetas e Adesivos);
Rosset (Embalagens semi-rígidas sem efeitos); Escala 7 (Embala-
gens semi-rígidas com efeitos especiais, e Displays e materiais de
ponto de venda de chão); Antilhas (Embalagens Sazonais, e Inova-
ção tecnológica ou complexidade técnica do processo); Real Steel
(Embalagens impressas em suportes metálicos); Papéis Amália
(Embalagens flexíveis impressas em Flexografia); Inapel (Emba-
lagens flexíveis impressas em Rotogravura); Fac Form (Sacolas,
Sacolas Próprias, Calendários de Mesa e de Parede, Agendas e
Cadernos); Stilgraf (Catálogos promocionais e de arte sem efeitos
especiais); RWA (Catálogos promocionais e de arte com efeitos
especiais); Litocomp (Folhetos publicitários); Laborprint (Malas-
diretas); Gegraf (Displays, móbiles e materiais de ponto de ven-
da de mesa); Ogra (Cartões de mensagem); Mais Artes Gráficas
(Convites); Grafiset (Cartões de Visita); Gráfica Águia (Papelarias);
Reunida, a indústria gráfica brasileira celebrou os melhores de 2009
Entre os vencedores
do Pini 2009 estiveram várias
empresas consagradas de
várias regiões do Brasil.
16 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Gráfica Santa Marta (Dossiê de Candidatura Rio 2016); Automa-
ção Com e Ind. (Formulários contínuos, jato e mailer); Casa da
Moeda (Impressos de Segurança); IntelCav (Cartões Laminados
em suportes plásticos); Plural (Revistas Semanais em Heat Set,
Tablóides e Folhetos Promocionais, Catálogos Promocionais e Jor-
nais); Compulaser (Kits promocionais); Atrativa (Calendários Heat
Set); Efeito Visual (Catálogos e folhetos em geral); Posigraf (Re-
vistas Próprias); Tarfc (Impressão Híbrida); AdDirect (Impressão
Digital com Conteúdo Variável); Imagem Brasil (Impressão em Se-
rigrafia); e Colorpixel (Provas Digitais: Conformidade com a Norma
NBR ISO 12.647-7).
Evento de grandes marcasAlém da tradicional exposição dos trabalhos finalistas do prêmio, o
Fernando Pini também deu destaque para empresas e entidades
patrocinadoras como a International Paper, que patrocinou a ida
de uma bateria de escola de samba ao evento, e a Afeigraf (Asso-
ciação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos
para a Indústria Gráfica), que levou a dupla mestre-sala/porta-
bandeira. Ambas destacaram sua linha de papéis para impressão
gráfica e a feira ExpoPrint Latin America 2010, respectivamente,
em suas ações promocionais.
Outras patrocinadoras do prêmio foram Sebrae Nacional, Fiepag,
Kodak, Suzano, Xerox, Agfa, Antalis, Canon, Cromos, Ibema, Fi-
bria, Heidelberg, Helkel, HP, Müller Martini, Real Graphics, Senai
e Sun Chemical.
“O Prêmio Fernando Pini é um acontecimento de vulto na indús-
tria gráfica nacional e, como tal, não poderíamos deixar de desta-
car nossa marca e nosso principal evento, que é a ExpoPrint, na
premiação. Foi uma festa para todo o setor, bem como o ponta-
pé inicial para a presença da marca ExpoPrint, que será o maior
Dieter Brandt, Presidente da Afeigraf, (ao centro), Reinaldo Espinosa, Presidente da ABTG, e Mario Cesar Camargo (ao
fundo), atual Presidente interino da Abigraf Nacional
evento gráfico nacional e latino-americano em 2010”, disse Karl
Klökler, diretor da ExpoPrint Latin America 2010.
Dieter Brandt, Presidente da Afeigraf e que realizou a entrega de
um dos prêmios na categoria Fornecedores, também ressaltou a
presença da Afeigraf e da ExpoPrint, enquanto entidade e feira,
respectivamente.
“A Afeigraf, hoje, reúne as maiores representantes de tecnologias
gráficas do Brasil e do mundo. E, dessa maneira, é com orgu-
lho que pudemos levar nosso nome e o nome da ExpoPrint Latin
America 2010 a todos os presentes na premiação. Certamente,
2010 será o ano que ficará marcado como o ano da ExpoPrint”,
salientou.
Brandt aproveitou para agradecer o apoio da Abigraf, maior enti-
dade gráfica nacional. “Entidades têm que trabalhar juntas para
o desenvolvimento de nossa indústria. Nossos interesses são co-
muns, e olhamos para o mesmo lado”, disse.
Inf.: www.premiopini.org.br
Dieter Brandt, Sandra Keese, Karl Klökler e Alexandre Keese, da AP&S, organizadora da ExpoPrint, ao lado do mestre-sala e porta-bandeira
Karl Klökler (à direita) sorteia viagem como
oferecimento da TAM, parceira da ExpoPrint 2010
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Gerenciamento de cores
Por Marcelo Copetti ISO 12.647 O que é? É imediato?
Parte 1
A ISO 12.647 veio preencher uma lacuna na indústria gráfica.
Durante muitos anos não tínhamos um rumo definido, e
tínhamos uma infinidade de caminhos a trilhar. Cada um
queria seguir o seu próprio caminho, criando uma teia de
possibilidades que nos fazia perder a direção.
Apesar da ISO normatizar uma série de itens importantes, nós
ainda não temos a cultura de utilizá-la.
Um pequeno número de empresas no setor possui ISO 9000,
ISO 14000 e desconhecem a ISO 12.647.
www.�marcelocopetti.�blogspot.�com
18 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Muito tem-se falado sobre ISO no mercado gráfico, mas vejo que
há mais dúvidas do que certezas.
Quando falo de ISO com os usuários - sejam eles funcionários das
gráficas, bureaus, agências etc, sejam donos das empresas -, noto
que existe uma confusão sobre a ISO.
Com o intuito de levar um pouco de luz a esse tema que é tão
importante para o futuro das empresas deste setor, resolvi escrever
esta série de três artigos.
O primeiro falará sobre conceitos, requisitos, tempo de implantação
e começará a mostrar os primeiros equipamentos necessários. O
segundo artigo irá tratar das etapas que precisam ser controladas
e dos padrões que devemos usar em cada uma delas, além de
outra série de equipamentos necessários. O terceiro artigo trará in-
formações sobre como é possível certificar se o resultado da ISO
foi atingido nas três áreas: atendimento ao cliente, pré-impressão
e impressão. Então, vamos ver alguns pontos essenciais da ISO e
suas implicações.
OportunidadeA ISO 12.647 está definindo um cenário muito claro para o mer-
cado. É inevitável a sua utilização dentro de um espaço curto de
tempo. Acredito que em cinco anos, 60% das gráficas estejam
oferecendo a ISO como garantia de resultados aos seus clientes.
A oportunidade está justamente em ser pioneiro e alavancar a ima-
gem e os lucros da empresa com o uso dessa ferramenta. Esse
investimento terá que ser feito pela sua empresa hoje ou daqui
há cinco anos. E, então, você pergunta: “Qual a diferença?”. A
diferença é o pioneirismo percebido pelo cliente, principalmente
os clientes com maior exigência, que aceitam pagar mais e, por-
tanto, você terá uma margem maior de lucro. Grandes empresas
do mercado exigem que se tenha a ISO para que uma gráfica ou
flexografia os atenda. A diferença continua. Nesse momento, é
possível retornar esse investimento com redução de custos, au-
mento de produtividade, diminuição dos desperdícios para a em-
presa e fazê-la crescer perante os concorrentes. E daqui há cinco
anos? Será uma exigência de todos os clientes, e a sua empresa
não terá como vender esse produto com valor agregado, pois terá
se tornado um mero requisito para você continuar a atendê-lo.
Portanto, comece agora a criar o ambiente dentro da empresa
para criar a ISO, e siga-nos nesta série para implantá-la.
Conceito de ISOO que é ISO para você? Pare e pense um pouco. Ao comprar um
produto qualquer, seja uma televisão, celular, cadeira, mochila,
leite, qualquer coisa. Você encontra um selo de ISO 9000 em um
produto e no outro, não. Qual é a diferença entre os produtos para
você? Eu aposto que você conclui que esse selo traduz uma coisa:
qualidade.
Como nasceu a ISO?A ISO foi criada por 25 países em 1947 para definir padrões
industriais nas mais diversas áreas.
A partir disso, a entidade, sediada em Genebra, Suíça, começou
a produzir normas (conjuntos de padrões e procedimentos) que
refletissem a necessidade do mercado.
Para isso, foi definido que o método de trabalho seriam reuniões
entre especialistas de diversos países para que todos tivessem
participação nas normas produzidas e, assim, estas fossem acei-
tas com maior facilidade.
Qual o objetivo de cada tipo de ISOQuando se fala de ISO, logo nos vem à cabeça a ISO 9000. Digo
isso pois, nos últimos tempos, ao falar sobre o assunto e pedir que
me identificassem se o produto estava em conformidade com a
ISO 12.647, sempre me mostraram o logo da ISO 9000. Então,
vamos ver um pouco de história.
Não faz muito tempo (ano de 1987) existiam três diferenciações
básicas da ISO 9000.
ISO 9001 - para empresas que desenvolviam produtos novos, de-
senvolviam, produziam e/ou montavam e prestavam serviços.
Quando falo de ISO com os usuários,
empresas, noto que existe uma
confusão sobre o que significa esse termo.
19REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
ISO 9002 - Essencialmente a mesma que a anterior, mas sem o
desenvolvimento de novos produtos.
ISO 9003 - Para empresas que controlavam apenas a inspeção
final do produto, deixando o processo de produção fora da ISO.
ISO 9000:2000 - foi lançada no ano 2000, e abrangia as três ante-
riores, trazendo simplificações, pois cada empresa poderia aplicá-
la em cada etapa que atuasse e, talvez, a mais significativa: o foco
mudou do produto para o cliente.
Nessa versão, foi a primeira vez que a norma colocou o cliente
como parte do processo produtivo, identificando suas necessida-
des e seus desejos. Para a norma, o cliente podia ser o interno e o
externo, transformando a relação com ele num ponto fundamental
a ser atingido. Outro ponto importante foi a definição de uma pes-
soa responsável pelo processo de qualidade dentro da empresa. A
ISO 14.000 trata sobre os impactos do processo de produção no
meio ambiente, criando padrões específicos que atendessem este
objetivo. A ISO 12.647 traz um conjunto mínimo de padrões que
permitem assegurar características visuais de reprodução de ma-
teriais digitais até a sua impressão através da separação de cores.
Cada uma das subdivisões da ISO 12.647 trata de características
específicas para cada um dos processos de impressão.
As subdivisões foram mostradas na matéria anterior “Qualidade,
o que é?”
Qual a diferença entre ISO para processo de produção e para produto? Para entender como a ISO 12.647 será implantada e certificada
dentro da empresa, temos que fazer uma diferenciação.
Como vimos anteriormente, as normas tratam dos processos de
produção em menor ou maior profundidade. Isso é o que faz a ISO
9000. Assim, para poder atingi-la e usar o selo da ISO, é neces-
sário contratar uma empresa certificadora independente que fará
a certificação, ou seja, irá percorrer todos os processos da em-
presa e verificar se estão sendo seguidos os procedimentos e os
padrões. Essa auditoria é realizada anualmente, e se os padrões e
procedimentos não estiverem sendo seguidos, a empresa poderá
perder o direito de usar o selo ISO 9000.
A ISO 12.647 tem uma característica diferente. Sua aplicação ga-
rante os resultados dentro da empresa e a satisfação do cliente,
pois ele receberá um material com características visuais previstas
no momento em que contratou o serviço e, mais, o cliente terá
resultados muito semelhantes mesmo que use diferentes forne-
cedores. A sua certificação é feita através da análise do produto
final, com medições e comparações com o padrão e relatórios de
estabilidade durante a produção.
Trataremos em detalhes essa certificação no último artigo desta
série. A ISO 12.647 se refere ao produto final.
A pirâmide da ISOPara entender como a ISO está organizada, é preciso lembrar de
um dos objetivos iniciais da entidade. Normatizar e otimizar pro-
cessos. Não seria coerente que a ISO reescrevesse a cada norma o
que já tinha sido definido anteriormente por outra. Isso criaria um
problema gigantesco de atualizações das informações.
Cada norma ISO tem no seu conteúdo referências a outras nor-
mas, criando uma base sólida, permitindo dar credibilidade ao
conteúdo.
A ISO 12.647, por exemplo, faz uso de normas como 2846 (tin-
tas gráficas), 3664 (condições de iluminação e visualização),
13.655 etc.
A figura 1 mostra como cada uma das normas se utiliza de outras
para ser construída. Nesse exemplo, são mostradas apenas três
normas da ISO 12.647 e três da ISO 2.846. Na verdade, mos-
tramos algumas para exemplificar que a estrutura sempre cresce
nesse sentido. A ISO 2.846 define características que as tintas
gráficas devem seguir; e a ISO 3664 define a maneira de visualizar
os impressos para evitar erros relativos à iluminação para atender
a norma ISO 12.647, e assim para todas as outras relacionadas.
Quais os benefícios do uso da ISO?A implantação da ISO pela empresa traz inúmeros benefícios. Não
teríamos espaço aqui nesta coluna para relacionar todos eles.
IMAGEM DA EMPRESA NA VISãO DOS CLIENTES
O maior benefício da ISO, e o mais almejado pelas empresas, é
a imagem perante os clientes. Lembra do exemplo que eu dei
sobre a escolha de um produto com ISO 9000 e outro sem? É
essa imagem que a empresa terá junto aos seus clientes: de con-
fiança. Para os clientes, uma empresa que utiliza a ISO é vista
como uma empresa empenhada em atender o cliente da melhor
Figura 1
20 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
forma, entregar o melhor produto dentro do prazo e nas condições
combinadas.
PREVISIBILIDADE
O maior dos objetivos da ISO 12.647 está descrito na norma em
sua introdução: “O propósito desta parte da ISO 12.647 é listar e
explicar um conjunto mínimo de parâmetros exigidos no processo
primário para definir de maneira única as características visuais e
técnicas de uma prova de impressão ou de uma produção direta
a partir de dados digitais ou conjunto de separações de cores.”
Traduzindo: previsibilidade.
Um objetivo do Gerenciamento de Cores que temos incansavel-
mente falado. E é o sonho de toda empresa gráfica produzir com
tranquilidade o que foi prometido.
HOMOLOGAçãO
A relação com os fornecedores é sempre difícil quando não se
tem regras claras para definir o produto que será entregue. Se
o fornecedor entrega um papel diferente (mais amarelo ou mais
azulado) ou uma tinta fora de escala (o cyan com a cor alterada)
a discussão fica subjetiva, ou seja, não será resolvida de forma
satisfatória para nenhuma das partes.
Com o uso da ISO para regular duas das matérias-primas mais
importantes na impressão (papel e tinta) as oscilações de entrega
de material do mesmo fornecedor, ou mesmo de outros fornece-
dores, serão muito menores e não afetarão a produção de maneira
drástica como antes.
O que é necessário para implantar a ISO 12.�647?
Decisão da empresa. Depois, vem o resto.
Se não houver essa disposição da direção da empresa de realizar o
projeto de implantação, será tempo e esforço perdido.
Estabelecer um método de cobrança inicial de que os procedi-
mentos estão sendo realizados e seguidos de acordo com a norma
pode ser o primeiro passo.
Quanto às questões técnicas, bem, são questões técnicas. Muito
mais fáceis de resolver do que relações dentro da empresa.
Veremos nos dois artigos seguintes, em detalhes, o que será ne-
cessário controlar em cada etapa para podermos implantá-la den-
tro das empresas. Neste artigo, leia o quadro “Quais equipamentos
são necessários para implantação e manutenção da ISO 12.647?”.
O que pode dar errado?Como dissemos no tópico anterior, as questões técnicas podem
e serão resolvidas com maior ou menor dificuldade, mas a falta
de decisão ou empenho da empresa na implantação dos procedi-
mentos e dos padrões a serem seguidos é fatal.
Quanto tempo leva para implementar a ISO 12.�647?
A implantação da ISO 12.647 pode ser feita de forma rápida, caso
as condições necessárias estejam atendidas; e não são muitas.
Estamos falando de comprar o papel de impressão certo, a tinta
dentro da norma, sistema de prova contratual, monitor profissional
e equipamentos de controle na pré-impressão e impressão.
Na maioria das empresas, 50% a 60% dessa lista já existem, basta
completá-la. Com essa lista atendida, poderemos em uma semana
ter todo o processo dentro da norma.
Mas a implantação não é apenas a definição de parâmetros e co-
locar controles. É uma mudança de cultura dentro da empresa. É
a quebra do paradigma de indústria gráfica versus artes gráficas.
É trabalhar o material humano para que eles entendam que é ne-
cessário, e não há escolha. Ela deverá ser seguida. E esse é o tem-
po que não se pode prever, o da mudança da cultura da empresa.
Dúvidas ou comentários sobre gerenciamento de cores? Visite o
blog de Marcelo Copetti: www.marcelocopetti.blogspot.com
Para entender a ISO é preciso lembrar os objetivos iniciais: normatizar e otimizar processos.
21REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Vamos especificar cada um dos equipamentos e softwares ne-
cessários para implantação e manutenção da ISO 12.647. Os
equipamentos serão abordados ao longo dos três artigos. Neste,
começaremos com: colorímetros, espectrofotômetros e monitores
profissionais. Analisaremos as opções existentes no mercado para
uso manual (baixa produção) e automatizados (alta e altíssima
produção).
Monitores profissionaisOs monitores profissionais têm
características que são impor-
tantes de serem conhecidas.
ConexãoA conexão do monitor com a
placa de vídeo deve ser DVI-D,
assegurando maior qualidade
da informação enviada ao mo-
nitor, usando apenas o formato digital e não o analógico (DVI-I).
Veja a figura A.
Gamut de corOs monitores devem ser capazes de mostrar uma quantidade de
cores muito maior que os monitores comuns. Na figura B estão
comparações entre o ICC Adobe RGB e o ICC de um monitor LCD
normal.
Os monitores devem ser capazes de reproduzir o espaço de cores
Adobe RGB quase que por completo, trazendo a garantia de me-
lhor simulação possível das cores.
Uniformidade de corCaracterísticas construtivas do LCD levam a variações de cor ao
longo da tela. É possível identificar essas variações ao visualizar
o seu monitor com três faixas de magenta 50% (uma em cima,
outra embaixo e uma no meio) com fundo branco. Essas variações
acontecem no LCDs mais baratos e são geradas por uma série de
fatores, desde lâmpadas internas, variação de espessura da célula
de cristal líquido, etc. A melhor tecnologia de LCD disponível no
mercado atualmente é a IPS, que permite um ângulo de visão
realmente grande e uniforme, ou seja, se você olhar a imagem de
lado, de cima ou de baixo, não terá mudanças de cores.
Delta EA precisão desses monitores é sempre muito alta. A variação de
cores medida por ferramentas de validação do monitor, na média,
deve ser abaixo de 1 Delta E.
Profundidade de corA profundidade de cores é a qualidade do monitor fazer as passa-
gens suaves entre duas cores diferentes. Com uma profundidade
de cores baixa (principalmente ao ampliar a imagem) você verá as
passagens de cores bem definidas, como no exemplo da figura C
de 8bits. Com 12 bits, as passagens de cores são muito mais su-
aves. Com isso, é fácil imaginar que quanto maior a profundidade
de cores de um monitor, melhor.
Colorímetro ou EspectrofotômetroO colorímetro (A) é o equipamen-
to tradicionalmente usado para
calibrar os monitores, pois sua
leitura e seus dados são muito
semelhantes ao RGB. Ele é reco-
mendado para monitores profis-
sionais pelos próprios fabricantes
de monitores.
O espectrofotômetro (B) é um equipamento mais preciso e mais
versátil, pois pode calibrar o monitor e também ser usado com a
prova contratual e a impressão final. Verifique as opções na hora
de decidir para não comprar dois equipamentos, quando você
precisará apenas de um.
Figura B - Comparações de gamut de cor: 1 - Adobe RGB (maior)
x LCD normal, 2 - Adobe RGB x LCD Profissional LaCie (maior),
3 - LCD Profissional LaCie (maior) x ISO Coated v2
Figura A - Padrões de conexão. Em ordem de qualidade do sinal
da esquerda para a direita e de cima para baixo
Quais equipamentos são necessários para implantação e manutenção da ISO 12.�647?
Figura C - Comparação de duas profundidades de cores diferentes.
Monitor Profissional LaCie
22 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
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Gerenciamento de cores
Gerenciamento de cores ganha o topo
Inclusos como categoria
do Fernando P�ini 2009,
os sistemas de provas
ganham o merecido
destaque e evidenciam a
preocupação do mercado
com a qualidade final
de cores dos produtos
impressos. Ao subirem no palco de premiação do Fernando Pini
2009, representantes das empresas vencedoras por
trabalhos referentes a provas e gerenciamento de cores
levaram consigo, além da alegria pela vitória, uma
importante marca do setor gráfico brasileiro. A de que
mais e mais empresas gráficas - e não somente as de
grande porte - estão preocupadas em implantar fluxos
eficientes de gerenciamento de cores para impressos
mais consistentes e visualmente belos no final da
cadeia. Em conversa com Lorenzo Ridolfi, diretor da
Colorpixel, uma das vencedoras da noite na categoria
Provas Digitais, a Revista Desktop desvendou um pouco
mais desse universo, literalmente, formado por cores.
24 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
A Colorpixel, do Rio de Janeiro, iniciou suas atividades a partir da paixão de seu diretor,
Lorenzo, pela fotografia e informática. Hoje, está focada em soluções para gerenciamento
de cores em áreas como Design e Produção Gráfica.
“A junção do gerenciamento de cores com a impressão inkjet da fotografia digital me levou
ao mundo das provas de cor digitais, que foi a porta de entrada para a Colorpixel de hoje,
focada em gerenciamento de cores para a indústria gráfica”, explica Lorenzo. “O geren-
ciamento de cores na indústria gráfica não é só uma questão de tecnologia. O controle
de processos é fundamental para o sucesso da implantação de qualquer tecnologia de
gerenciamento de cores na indústria gráfica ou em clientes de gráficas. A gestão de cores
também pode mudar bastante o modo como uma gráfica ou usuária de gráfica atuam,
então, o treinamento e as questões culturais também devem ser endereçadas com igual
importância.”
Atualmente, a Colorpixel oferece serviços de consultoria em gerenciamento de cores e
terceirização de atividades ligadas ao gerenciamento de cores, tais como calibração de
instrumentos, manutenção de sistemas de provas de cor, até mesmo impressão de provas
de cor para clientes. Também revende soluções GMG e monitores profissionais Eizo.
“Foi justamente o serviço de impressão de provas de cor que nos motivou a concorrer ao
prêmio Fernando Pini na categoria de provas de cor digitais”, explica Lorenzo, seu diretor.
A categoria Prova de Cores Digitais, conforme a norma 12647-7, tinha o objetivo de premiar
a prova de cor com menor desvio nas cores de 46 amostras de cor de controle definidos
pela norma. “O grande desafio, ou melhor, o grande aprendizado desse processo é como
conseguir uma boa precisão numérica nas medidas de cor e, ao mesmo tempo, ter uma
prova de qualidade, que possua boas transições e bons gradientes sem posterizações ou
descontinuidades”, falou. “O desafio começa com a escolha dos insumos para a prova. No
meu caso, visando obter a melhor qualidade possível para o prêmio, optei por um papel
de excelente qualidade feito pela GMG Color. Esse papel, que é certificado pela Fogra, é
um papel especializado para impressão de provas de qualidade e atende rigorosamente às
especificações da norma. A impressora foi uma Epson Stylus Pro 4880, com tintas originais
da fabricante”, disse.
Lorenzo Ridolfi, diretor da Colorpixel
que a prova vencedora do Pini conseguiu reunir uma excelente
precisão numérica de cores sem sacrificar as transições. Embora
a qualidade das transições não fosse um dos itens sendo avaliados
para a premiação do Fernando Pini, certamente são fundamentais
para as provas de cor usadas no dia a dia.”
Segundo Lorenzo, dois fatores são fundamentais para se obter um
fluxo de provas de cores eficaz: consistência e qualidade. A con-
sistência depende de impressoras, insumos e calibração regular.
Se o RIP dispuser de mecanismos de calibração eficazes, que é
bem mais do que uma simples linearização, assemelhando-se
com a criação de um perfil de cor simples, as impressoras pro-
fissionais, como Epson e HP, oferecem um comportamento bem
consistente. É importante lembrar que a calibração deve ser feita
regularmente. Por fim, papéis e tintas de qualidade terminam por
garantir a consistência da impressão de provas. Para as empresas
que desejam um processo de impressão de provas de cor mais
rigoroso e controlado, recomenda-se a implantação de um meca-
nismo de validação da qualidade das provas de cor. A validação é
feita por meio de uma faixa de controle de cor impressa junto com
a prova de cor, muito semelhante à usada para avaliar as provas
no Prêmio Fernando Pini. Essa faixa é medida com um espectrofo-
tômetro a cada prova impressa. Com base nas medidas realizadas,
é possível verificar se a prova foi gerada adequadamente, segundo
normas internacionais ou padrões internos da própria empresa.
A qualidade das provas está relacionada com a qualidade da im-
pressão, da precisão dos perfis de cores e do mecanismos de con-
versão de cores do RIP. Mais uma vez, as impressoras inkjet mais
atuais fazem a sua parte e possuem mecanismos de impressão
com excelente resolução e gama de cores. A maior precisão dos
perfis de cores e do mecanismo de conversão estão presentes nos
RIPs de prova de cor mais sofisticados e completam esse quadro.
“A instalação e configuração de um RIP de prova de cor são ati-
vidades cruciais para a qualidade e consistência na produção de
provas de cor. Alguns fornecedores exigem que todas as insta-
lações sejam feitas por profissionais certificados”, disse Lorenzo.
Inf.: www.colorpixel.com.br
RIPA segunda etapa foi a calibração do RIP. Todos os RIPs que im-
primem prova de cor possuem algum tipo de mecanismo de ca-
libração, responsável por compensar as flutuações normais nas
cores de uma impressora inkjet. Esse mecanismo sempre reduz
um pouco a intensidade das cores da impressora, para ter alguma
margem de manobra para compensar qualquer flutuação na im-
pressora que diminua a saturação.
O problema é que, se essa calibração for mal feita, pode resul-
tar em uma perda substancial de saturação nas cores primárias
ou secundárias. É comum o magenta e o vermelho apresentarem
alguma dificuldade de saturação, uma vez que a norma impõe
tons bem saturados para essas cores. No caso da prova do Pini,
segundo Lorenzo, foi usado usando papel do mesmo fabricante
do sistema de provas, o que facilitou bastante o trabalho, já que o
software já vem preconfigurado com calibrações específicas para
os papéis da GMG.
PerfilA terceira etapa é a parte de geração do perfil de cores.
Os RIPs mais avançados, como o GMG Colorproof usado no traba-
lho, possuem mecanismos avançados para a criação desse perfil.
Em primeiro lugar, esses RIPs usam perfis de cor “device-link”
que fazem a conversão CMYK-CMYK diretamente, sem a neces-
sidade de efetuar duas conversões - uma CMYK-Lab e outra Lab-
CMYK -, o que garante uma maior precisão nas conversões de
cores e gradientes mais uniformes.
Tais RIPs também possuem processos de criação de perfis por
refinamento sucessivos, nos quais vários ciclos de medidas e al-
terações no perfil são realizados em sequência até que a precisão
desejada seja alcançada. “Como era para o Fernando Pini, eu fiz
inúmeras interações até o erro médio se estabilizar em um valor
muito baixo, em torno de 0.3 Delta-E na média dos 46 controles de
cor definidos pela norma. É importante verificar a cada interação
de medidas e ajustes no perfil, se as transições continuam sua-
ves”, explica Lorenzo. “O GMG Colorproof, em particular, possui
gráficos que permitem verificar a suavidade das cores, como na
figura abaixo, que mostra um dos gráficos do perfil final usado na
prova vencedora do Pini. Com base nos gráficos de suavidade e
nas medidas de erro das cores, alguns ajustes finos podem ser
necessários para suavizar as transições ou aumentar a precisão,
ainda mais quando se deseja a excelência máxima para tentar
conquistar o prêmio. Pelo gráfico em anexo, é possível verificar
FOGRA39 - Papéis tipo 1-2 Couché brilho ou matteversão 2.0 - 2009
26 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
14 DE ABRIL DE 2010 EM SÃO PAULOabcdesignconference.com.br
P EN T AG R AM
PAULA SCHER
Paula Scher é, sem dúvida, a designer grá�ca mais in�uente da atualidade. Inovadora em seus conceitos grá�cos, Scher é uma pro�ssional que acumula tanto prêmios como princípios fortes, uma combinação que tornaram suas imagens verdadeiras referências mundiais.
DJ STOUT
O designer grá�co DJ Stout, da sede de Austin, Texas, já foi eleito pela revista International Design como um dos 50 principais designers americanos. Stout cria marcas, embalagens e cartazes, mas é seu trabalho editorial que lhe rendeu diversos prêmios.
Lorenzo Apicella é arquiteto. O italiano é um dos responsáveis em dar vida tridimensional às ideias do Pentagram criando incríveis prédios, interiores, estruturas móveis, espaços de exibição, lojas e mostras, muitas já premiadas.
LORENZO APICELLA
apoio institucional
realização parceiros
Criativo
O Poder de uma marca
Por Marcel Arduin [email protected]
Até algumas décadas atrás, falar sobre a importância de uma
marca soava como algo supérfluo, puramente estético. É
compreensível, se pensarmos que naquele tempo, em nosso
País, a oferta de produtos era menor e que quase não existia
concorrência. Em muitas situações, no máximo, era possível
escolher entre a marca X e a Y.
Já mais recentemente, com a abertura de mercado e o
crescimento de nossa economia, a marca tornou-se um dos
atributos mais importantes de uma empresa, superior até
mesmo aos seus bens tangíveis. No cenário atual, tomado
pela globalização, somos bombardeados pela exposição das
marcas que brigam com seus concorrentes por um segundo
da nossa atenção. Os produtos e empresas atingiram um grau
de excelência e qualidade tal que, para se diferenciarem no
mercado, investem pesadamente no poder da marca e na
sua relação com o consumidor.
28 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Nessa situação, saem na frente as empresas que exploram um lo-
gotipo com nomes curtos, de fácil associação, com boa legibilida-
de, cores características e design diferenciado. Criar uma marca
que tenha personalidade, carisma e com a qual um determinado
público se identifique é algo extremamente importante para man-
ter a empresa ativa no mercado. Não podemos esquecer de que
ter uma marca bem construída não é o suficiente: ela precisa ser
reconhecida, divulgada nos pontos de contato com seu público e
se fazer presente em todo e qualquer tipo de mídia, principalmen-
te, nas novas redes sociais.
Com a crescente falta de fidelização a marcas, estreitar uma rela-
ção com o consumidor é um ponto decisivo.
O produto tornou-se, mais do que nunca, uma soma dos atributos
físicos e psicológicos, e deve estar bem posicionado na mente do
consumidor, ajudando a compor uma percepção que favoreça a
decisão no ato da compra.
Saindo um pouco do universo das grandes corporações, vemos
que a cultura de marca começa a se disseminar e a ter importância
no mundo dos negócios, independentemente da sua natureza ou
da sua dimensão, seja ele um minimercado, uma padaria, uma loja
de roupas ou, no estudo do caso que veremos a seguir, uma banda.
Sobre a bandaWonkas é o que se chama de “banda de baile”, dessas que fazem
festas de formatura, bailes de debutantes, casamentos e shows
universitários, mas com um “algo a mais”. Às músicas e ritmos
que não podem faltar nesses eventos soma-se o caráter performá-
tico das apresentações.
É um verdadeiro teatro, um palco que impressiona pela ilumina-
ção, pelo movimento e pelo dinamismo. Os músicos são reconhe-
cidos no meio musical, e o repertório, totalmente diferente dos
demais, é muito mais dinâmico e divertido, sempre em formato de
medley (pedaços curtos de sucessos emendados uns nos outros
em ritmo contínuo).
Essas características refletem os anseios dos empresários, que
configuraram uma banda de festas diferente, moderna e distante
dos velhos clichês que, às vezes, tornam as apresentações um
tanto comuns.
Willy WonkaO nome da banda, Wonkas, faz referência ao personagem Willy
Wonka, do famoso sucesso do cinema “A Fantástica Fábrica de
Chocolates”.
A banda identifica-se não com o filme em si, nem com sua te-
mática, mas com o universo fantástico criado pelo personagem,
cheio de cor e movimento, que deslumbra e encanta quem o vê.
Justamente a proposta que os idealizadores do projeto pretendiam
passar: uma imersão no fantástico universo musical dos Wonkas.
29REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Dessa referência nasceu o tagline que assinaria a comunicação da
banda: “A fantástica fábrica de shows”.
A forte referência deveria ser aproveitada na comunicação, mas
não poderia ter peso maior do que a identidade da banda.
Definimos que a marca deveria trazer atributos como diversão, ale-
gria, descontração e familiaridade com o nome.
Construção do logotipoA partir daí, começamos a fazer rabiscos em busca de um con-
junto tipográfico que pudesse ser representado pelo próprio signo.
As referências foram a Wonka
Bar, subproduto do filme, e a co-
municação usada nos cartazes
da produção. Nesse estudo, a
letra “W” foi o símbolo de maior
peso encontrado.
Assim, nós a redesenhamos à nossa maneira, com mais fluidez e
modernidade. Para associar esse símbolo à euforia, à disposição e
à explosão enérgica, sempre visíveis nas apresentações do grupo,
a cor escolhida foi o laranja.
O preenchimento da marca e sua versão principal de aplicação
deram ao “W” vida e volume, como se ele fosse um integrante
da banda. O conjunto como um todo é divertido e parece trazer
consigo uma parte da diversão que a apresentação proporciona.
Abaixo, logotipo finalizado e aplicações básicas.
Kit CriativoMarca construída e aprovada, seguimos no desenvolvimento de
um kit de lançamento. Algo realmente criativo, que mostrasse o
quão inovador era o espírito da nova banda.
30 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Lembrando a referência principal do filme, Charlie, um menino
pobre do subúrbio de Londres, encontra uma moeda na rua e,
com ela, consegue comprar uma barra de chocolate da famosa
marca Wonka, que, por sorte, contém um tíquete premiado. Com
isso, o menino pode conhecer a famosa fábrica de chocolate de
Willy Wonka.
Daí veio nosso gran-
de insight criativo:
E se fizéssemos um
box de CD em forma
de barra de chocolate
e dentro dele viesse
o tíquete premiado
para conhecer a “A
Fantástica Fábrica de Shows”?
Com a ideia definida, elaboramos alguns esboços e partimos para
a busca de referências a fim de descobrir como era a barra de
chocolate e como era o tal tíquete premiado. Seguindo essa linha,
adicionamos o toque irreverente da banda às criações e o resul-
tado final pode ser visto abaixo, num kit de lançamento extrema-
mente criativo, bonito e elogiado pelo público e pelo cliente.
Hora de trazer a comunicação para dentro da web e mídias so-
ciais. Nesse caso, queríamos deixar de lado a referência visual do
filme e trazer as significantes do produto final da banda: a música!
Significante é uma imagem acústica ou gráfica do conceito. No
nosso caso, era traduzir a música e a alegria da banda em imagens.
Como a banda faz medleys, pedaços curtos de sucessos emen-
dados, traduzimos isso de forma abstrata e divertida, misturando
elementos do cotidiano e
da cultura pop, associa-
dos quase aleatoriamente
numa grande explosão de
cor, movimentos, referên-
cias e pura diversão.
Era exatamente esse o es-
pírito que o conjunto de-
sejava passar. A banda,
facilmente reconhecida
por sua comunicação e
por sua marca forte, pre-
sente cada vez mais no
universo jovem, é reco-
nhecida hoje como uma
das melhores bandas do
país para animar festas
e eventos. Para vivenciar
um pouco desse univer-
so, acesse:
Site: www.wonkas.com.br
Blog: www.wonkas.com.
br/blog
Twitter: http://twitter.com/
bandawonkas
Ficha Técnica
*Gestor: Marcel Arduin *Direção de criação: André de Alencar
*Direção de arte: Bráulio Bittencourt, Fernando Lopes e Henri-
que Coronati *Programação web: Rafael Silva *Atendimento: Gio-
vana Gomes *Social Media: Maria Sannini
Agradecimentos
Ao Luciano Chuquer, ao André Massita, ao Ricardo Arantes e a
todos os integrantes da Banda Wonkas por autorizarem a divulga-
ção deste case; ao André de Alencar, à Giovana Gomes e à Maria
Sannini pela colaboração com os textos deste artigo; ao Bráulio
Bittencourt, responsável pela direção de arte das peças, à equipe
da B2 Creative por todo o empenho; à nossa assessoria de im-
prensa, a d&a, e ao Paulo Stucchi e ao Ismael Guarnelli, que nos
concederam o espaço para a divulgação desta matéria na revista.
Marcel Arduin, 30 anos, é gestor da B2 Creative e responsável
por todas as operações do braço criativo do Grupo B2, agên-
cia de comunicação e entretenimento que possui uma carteira
de clientes composta por empresas como Banco Real, Belta,
Chevrolet, Danone, Eurofarma, HBO, iG, Natura, Nivea, Pirelli,
Shell, Smirnoff, Suzano e Telefônica, entre outras.
31REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Eco News
Ecologia: Não é só sobre salvar o planeta, mas sobre a lucratividade de sua empresa.
Como você vê a questão da preservação do ambiente nas gráficas brasileiras? Os empresários brasileiros vêm notando que uma produção amigável ao meio ambiente é cada vez mais necessária. Ao contrário do que se pensa, os investi-mentos feitos para esta área se pagam e trazem uma redução de custos considerável. Por isso, a tendência é que mais ações sejam feitas nos próximos anos. Além disso, muitos clientes já exigem uma produção ecolo-gicamente correta, principalmente se forem trabalhos de empresas multinacionais.
Que medidas têm sido tomadas nesse sentido?Muitas gráficas, especialmente na área de embalagens, já têm ou estão em processo de tirar o selo FSC, que garante a boa procedência do papel. Vemos muito a preocupação com a reciclagem de papel e disposição de produtos usados no dia-a-dia, que são enviados para empresas especializadas.
Como as gráficas podem começar um trabalho que torne a sua produção ecologicamente correta? Questões como a diminuição do desperdício de papel e outros insumos, economia de energia, o uso cons-tante de consumíveis sem químicos e o menor ou ne-nhum uso de álcool na impressão são alguns fatores importantes, que podem ser facilmente melhorados, com medidas às vezes muito simples.
Como o gráfico pode fazer isso? O maior desperdício de papel acontece no acerto. Por isso, é necessário ter equipamentos mais auto-matizados e alguns programas, como os softwares do Heidelberg Prinect, que agilizam a pré-impressão e consequentemente o tempo de acerto da impressora.
Quanto aos insumos, há hoje no mercado uma ampla gama de produtos que são mais amigáveis ao meio ambiente, como tintas feitas com óleos vegetais e cha-pas que dispensam os processos químicos como por exemplo os consumíveis Saphira da Heidelberg.Alguns periféricos desenvolvidos por nós, ajudam ainda na diminuição das emissões de VOC e sujeira. Acessórios como o CombiStar, CleanStar, HydroStar e PowderStar, podem ajudar, e muito, a tornar a produ-ção ainda mais “verde”.
E em relação ao consumo de energia?Depois do desperdício de papel, o problema mais im-portante para os gráficos é a energia. Se você olhar os números de consumo de energia de uma impressora, perceberá que quanto mais rápida a impressora, mais energia ela usa. Mas o que é relevante porém é o con-sumo de energia por folha. Uma impressora que roda 40 milhões de folhas por ano, em 6 mil horas, é mais eficiente em termos de energia do que uma impresso-ra similar rodando 20 milhões de folhas.
Como os gráficos podem diminuir estes custos?Os impressores têm de acordar para o fato de que as impressoras usam energia também quando não estão imprimindo: acertos, tempo esperando por material, informações ou aprovações. Isso é um inimigo do meio ambiente e ruim comercialmente. É importante adotar uma produção mais otimizada para aumentar a eficiência. Com os dados e as informações exatas, produzidas pelos softwares de integração do Prinect, por exemplo, é muito mais fácil medir o desperdício de tempo e recursos e trabalhar para melhorar sem-pre. Fluxos de trabalho, gerenciamento de cor e recur-sos para um acerto automatizado ajudam a reduzir o tempo ocioso e de uso não produtivo de energia.
Philipp Fries, gerente de produto soluções planas formato 70x100 e VLF.
Para mais informações sobre os acessórios Star,
entre em contato conosco pelo telefone 11 5525-4500.
Em entrevista, Philipp Fries, gerente de produto da Heidelberg do Brasil, conta como os gráficos brasileiros podem produzir de forma ecologicamente correta. CombiStar Pro
CleanStar
PowderStar AP 500
AF HEI 09_065 PUB Editorial ECO III.indd 1-2 11/27/09 12:23:30 PM
Eco News
Ecologia: Não é só sobre salvar o planeta, mas sobre a lucratividade de sua empresa.
Como você vê a questão da preservação do ambiente nas gráficas brasileiras? Os empresários brasileiros vêm notando que uma produção amigável ao meio ambiente é cada vez mais necessária. Ao contrário do que se pensa, os investi-mentos feitos para esta área se pagam e trazem uma redução de custos considerável. Por isso, a tendência é que mais ações sejam feitas nos próximos anos. Além disso, muitos clientes já exigem uma produção ecolo-gicamente correta, principalmente se forem trabalhos de empresas multinacionais.
Que medidas têm sido tomadas nesse sentido?Muitas gráficas, especialmente na área de embalagens, já têm ou estão em processo de tirar o selo FSC, que garante a boa procedência do papel. Vemos muito a preocupação com a reciclagem de papel e disposição de produtos usados no dia-a-dia, que são enviados para empresas especializadas.
Como as gráficas podem começar um trabalho que torne a sua produção ecologicamente correta? Questões como a diminuição do desperdício de papel e outros insumos, economia de energia, o uso cons-tante de consumíveis sem químicos e o menor ou ne-nhum uso de álcool na impressão são alguns fatores importantes, que podem ser facilmente melhorados, com medidas às vezes muito simples.
Como o gráfico pode fazer isso? O maior desperdício de papel acontece no acerto. Por isso, é necessário ter equipamentos mais auto-matizados e alguns programas, como os softwares do Heidelberg Prinect, que agilizam a pré-impressão e consequentemente o tempo de acerto da impressora.
Quanto aos insumos, há hoje no mercado uma ampla gama de produtos que são mais amigáveis ao meio ambiente, como tintas feitas com óleos vegetais e cha-pas que dispensam os processos químicos como por exemplo os consumíveis Saphira da Heidelberg.Alguns periféricos desenvolvidos por nós, ajudam ainda na diminuição das emissões de VOC e sujeira. Acessórios como o CombiStar, CleanStar, HydroStar e PowderStar, podem ajudar, e muito, a tornar a produ-ção ainda mais “verde”.
E em relação ao consumo de energia?Depois do desperdício de papel, o problema mais im-portante para os gráficos é a energia. Se você olhar os números de consumo de energia de uma impressora, perceberá que quanto mais rápida a impressora, mais energia ela usa. Mas o que é relevante porém é o con-sumo de energia por folha. Uma impressora que roda 40 milhões de folhas por ano, em 6 mil horas, é mais eficiente em termos de energia do que uma impresso-ra similar rodando 20 milhões de folhas.
Como os gráficos podem diminuir estes custos?Os impressores têm de acordar para o fato de que as impressoras usam energia também quando não estão imprimindo: acertos, tempo esperando por material, informações ou aprovações. Isso é um inimigo do meio ambiente e ruim comercialmente. É importante adotar uma produção mais otimizada para aumentar a eficiência. Com os dados e as informações exatas, produzidas pelos softwares de integração do Prinect, por exemplo, é muito mais fácil medir o desperdício de tempo e recursos e trabalhar para melhorar sem-pre. Fluxos de trabalho, gerenciamento de cor e recur-sos para um acerto automatizado ajudam a reduzir o tempo ocioso e de uso não produtivo de energia.
Philipp Fries, gerente de produto soluções planas formato 70x100 e VLF.
Para mais informações sobre os acessórios Star,
entre em contato conosco pelo telefone 11 5525-4500.
Em entrevista, Philipp Fries, gerente de produto da Heidelberg do Brasil, conta como os gráficos brasileiros podem produzir de forma ecologicamente correta. CombiStar Pro
CleanStar
PowderStar AP 500
AF HEI 09_065 PUB Editorial ECO III.indd 1-2 11/27/09 12:23:30 PM
Criativo
Graças às parcerias que a EskoArtwork tem com vários fabricantes
e desenvolvedores de tecnologia, a Esko fez recentemente vários
lançamentos.
No caso da Compose, desenvolvedora de soluções para o seg-
mento de pré-impressão, os produtos da Esko, como o Odystar e
Neo, estarão agora integrados com os RIPs, sistemas de workflow
e gerenciamento de cores da empresa. Já a Presstek iniciou a
comercialização do sistema de workflow EskoArtwork Odystar em
regime OEM com o nome de Presstek Latitude para os modelos de
impressoras offset DI Presstek 52DI e 34DI.
Um pouco dessas parcerias pode ser visto na Print’09 também.
Nos stands da Xerox e da Pitman, por exemplo, os visitantes tive-
ram a oportunidade de avaliar os produtos da Esko voltados para
o segmento de embalagens, como o ArtiosCAD, DeskPack e Plato
na artefinalização dos arquivos digitais para serem impressos na
Xerox iGen3 e nas mesas de corte Esko Kongsberg dieless. No
stand da Screen, vários materiais impressos de ponto de venda
produzidos na impressora Truepress Jet2500UV de tecnologia
inkjet UV foram finalizados nas mesas de corte Esko Kongsberg
dieless. Em conjunto com a HP, a Esko participou com a tecnolo-
gia de dados variáveis na produção de etiquetas nas impressoras
HP Indigo.
Numa parceria de desenvolvimento com a Sun Chemical, a Esko
apresentou recentemente um novo produto chamado SmartColour
database que contem mais de 100 mil perfis de cores de tintas
para produzir provas em dispositivos de tecnologia inkjet com si-
mulação de cores especiais. A empresa também lançou um novo
produto voltado para o desenvolvimento de sleeves termoencolhí-
veis para embalagens chamado Studio Toolkit, que só deve estar
disponível comercialmente em 2010.
“Nossos clientes têm preparado artes de sleeves termoencolhíveis
para embalagens usando produtos como o ArtPro e PackEdge”,
disse Kris Van Bael, gerente de produtos 3D e Visualização. “Essas
ferramentas foram desenvolvidas para criar formas simétricas e
permitem aos designers e convertedores lidarem com os sleeves
predistorcidos. A demanda pela criação de formas assimétricas
está aumentando e nós investimos no desenvolvimento de uma
solução que faz todo o trabalho pesado. O resultado foi um produ-
to de alta qualidade e confiabilidade”, completou.
A criação dos arquivos para sleeves termoencolhíveis apresenta
uma série de desafios, a começar pelo fato de os designers terem
de idealizar um objeto curvado a partir de um monitor plano. O re-
sultado pode ser um arquivo ambíguo, que com frequência deixa
os funcionários da pré-impressão com dúvidas sobre as intenções
do designer e que, por sua vez, pode gerar resultados indesejados.
A proposta do Studio Toolkit é fornecer recursos mais eficientes
para a criação e arte-final dos arquivos assim como para análise por
parte dos profissionais de pré-impressão sem a necessidade das
custosas provas de avaliação. O produto não apenas acomoda for-
mas assimétricas, como trabalha em 3D desde o início dos projetos.
A solução é composta por alguns módulos. O processo se inicia
no Studio Toolkit for Shrink Sleeves, que cria, digitaliza e importa
a forma da embalagem para o aplicativo, e aplica as característi-
cas do substrato que será utilizado na embalagem termoencolhí-
vel para, então, revestir o sleeve na embalagem virtual. O arquivo
pode ser visualizado nos módulos Studio ou Visualizer. Também
podem ser gerados PDFs 3D, box shots ou animações QuickTime.
Com o plug-in para o Adobe Illustrator, o designer pode avaliar
como cada elemento da arte irá ser distorcido pelo processo tér-
mico e, se necessário, fazer ajustes de compensação usando as
ferramentas disponíveis.
“Trata-se de uma solução única que vai revolucionar o Design de
sleeves termoencolhíveis. Ele se encaixa perfeitamente nos fluxos
atuais de criação e pré-impressão e pode economizar muito tempo
e dinheiro no desenvolvimento”, completa Van Bael.
Inf.: www.esko.com / 11 5583-1311
EskoArtwork
Empresa belga aproveita parcerias tecnológicas e inova em sua linha de produtos
Por Ricardo Minoru
34 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Design
Por Marcelo Lopes SÃO PAULO RESPIRA DESIGN
Em sua segunda edição, a Brazil Design Week e o Prêmio
do Museu da Casa Brasileira mostraram o Design não
só ao vivo e a cores, mas também com números.
Números? Sim. Durante a Brazil Design Week foi
apresentada também a Pesquisa realizada pela ADP
(Associação dos Designers de Produto), em parceria
com o MDIC, que mostrou o Impacto do Design na
Indústria. Neste artigo, vocês poderão ver um pouco
deste cenário iluminado.
Novembro foi um mês
marcado pelo Design na
cidade de São P�aulo.
36 REVISTA DESKTOP OuTubROnOVEmbRO2009
PRÊMIO + PRÊMIONo calendário anual do Design brasileiro uma visitação imperdí-
vel é o Museu da Casa Brasileira, entre 25 de novembro a 17 de
janeiro.
Em sua 23º edição, o Premio Design da Casa Brasileira apresenta
mais de 50 peças premiadas, além de 13 trabalhos escritos.
Um prêmio que começa no gráfico e termina no produto!
CONCURSO DO CARTAZ DO 23º PRÊMIO MUSEU DA CASA BRASILEIRA
Para a comunicação gráfica do Prêmio Design, o Museu organiza
um concurso de cartazes.
Apesar de ser um importante meio de expressão cultural, o cartaz
ainda é pouco usado em nosso País. Desde 1995 eles são esco-
lhidos através de um concurso em que vence aquele que melhor
representar a ideia de Design. Alguns anos atrás, tive a oportuni-
dade também de fazer parte do júri a convite de Cláudio Ferlauto
e é muito gratificante observar, a cada ano, a evolução do Design
do nosso Brasil. Desde 2004 a comunicação gráfica escolhida vai
além do cartaz e compreende todas as peças gráficas de cada
edição do Prêmio, incluindo o convite da exposição, camisetas,
banners, entre outros.
Este ano, o concurso bateu recorde em inscrições, superando
a casa de 700 inscritos provenientes de 19 estados do Brasil e,
também, Argentina e Espanha. A comissão julgadora, que esteve
sob a coordenação de Vicente Gil, selecionou sete cartazes para
participar da exposição do 23º Prêmio Design. O vencedor foi o
designer gráfico carioca Ronaldo Alves dos Santos Filho.
23º PRÊMIO MUSEU DA CASA BRASILEIRA
Miriam Lerner, diretora geral do MCB, afirma que o prêmio revelou
“a intensa experimentação dos designers de produto em busca de
novos usos para antigos materiais”.
Oito categorias contemplaram o prêmio: Mobiliário, Utensílios,
Equipamentos Eletroeletrônicos, Iluminação, Têxteis, Equipamen-
tos de Construção, Equipamentos de Transporte e trabalhos escri-
tos. Vale a pena realmente visitar o Museu e ver de perto o melhor
do Design brasileiro.
Relembrando minha abertura para esta coluna, onde falo do De-
sign iluminado, aproveito e mostro a vocês também a luminária
Lift, do designer Fernando Prado, que ganhou o primeiro lugar na
categoria Iluminação. Com um sistema de fixação pouco usual e
visualmente leve, a luminária Lift apresenta cúpula feita em ma-
deira e pode ser deslizada através de sua haste inclinada.
Na categoria Utensílios, o primeiro lugar foi para o cesto de com-
pras Smarkt.
Cartaz 23º Prêmio Design MCB do designer Ronaldo Alves
37REVISTA DESKTOPOuTubROnOVEmbRO2009
Na categoria Têx-
teis, os Colares Tu-
bulares da designer
Miriam Andraus
Pappalardo ganha-
ram o primeiro lu-
gar. Inspirados nos
entrelaçamento de fios utilizados em algumas regiões da África,
são uma releitura de uma técnica na qual inúmeras pequenas pe-
ças são agregadas, formando um outro “corpo/objeto”.
Na categoria Equipamen-
tos Eletroeletrônicos a la-
vadora semi-automática
Latina Rubi, desenvolvida
pelos designers de produto
Ronis Paixão, Paulo Aleixo
Coli e Marcos Rocha, con-
quistou o primeiro lugar.
Os designers Ana Lúcia
de Lima Pontes Orlovitz e
Luiz Moquiuti Morales ga-
nharam o primeiro lugar na
categoria Equipamentos de
Construção com a torneira da linha Twin.
BRAZILDESIGNWEEK2009
A BrazilDesignWeek, realizada de 03 a 06 de novembro de 2009,
na Fecomércio, em São Paulo, teve como tema “Inovação e
Negócios”.
Foram apresentados diversos cases de sucesso nacionais e inter-
nacionais, divididos por segmentos, além de debates sobre sus-
tentabilidade e as melhores práticas no mercado do Design. Com
realização da Abedesign, e promoção da ApexBrasil, o evento foi
um sucesso e um marco no Design Nacional, contado com quatro
seminários, quatro fóruns e 20 workshops.
Os seminários foram Casa e Construção, Máquinas e Equipamen-
tos, Indústria da Moda, Alimentos e Bebidas e Fóruns de Políticas
Governamentais, Sustentabilidade, Indústria e Ensino. Renoma-
dos designers apresentaram seus workshops durante os quatro
dias de evento. Além disso, para sua primeira edição em São
Paulo, o evento contou com palestrantes nacionais e internacio-
nais, entre eles, Fernanda Messias, do MDIC; Alessandro Mendes,
da Natura; Adélia Borges, Isabela Capeto, Paulo Borges e Mauro
Correia, da Mabe; Dália Galico, Presidente da ADI- Associação de
Design Industrial de Milão; Lita Talarico, da School Visual of Arts
de Nova York; entre outros.
O design mostra sua força e seus números!!!!
No fórum de indústria foi apresentado uma pesquisa inédita sobre
a contribuição e agregação de valor do Design na indústria brasi-
leira realizada pela ADP (Associação dos Designers de Produto)
em parceria com o MDIC. A pesquisa foi realizada em dez setores
da indústria, entre eles, casa e construção, moda, automotivo, mo-
biliário e outros.
Os resultados da pesquisa mostraram o Design como ferramenta
no desenvolvimento de marcas para a geração de inovação nas
empresas.
Das empresas pesquisadas, 84% delas afirmam o aumento na
competitividade, 82% o aumento do marketshare, 76,5% o au-
mento no faturamento. Para saber mais sobre a pesquisa acesse o
site www.rededesignbrasil.org.br.
E ainda.�.�.�Fez parte da programação da BrazilDesignWeek o lançamento do
Prêmio Brazil Design Awards, a exposição Observeur du Design,
um dos principais prêmios de Design do Mundo e, também, a
exposição dos premiados de Cannes 2009 na categoria Design.
38 REVISTA DESKTOP OuTubROnOVEmbRO2009
“Design é a materialização do desejo humano”.— Bruno Bertani
“Design é a emoção essencial da marca”.— Heloisa Andrade
“Design é tangibilizar, traduzir, expressar, tornar visível uma ideia, uma intenção, um conceito subjetivo, transformando-o em objetivo, tangível e
principalmente ÚNICO. Dar corpo à alma”.
— Gisela Schulzinger
“Design é o meio pelo qual humanizamos a técnica e transformar um produto em objeto de desejo”.— Carlos Eduardo Scheliga
“Design é estratégia e estética”.— Hugo Kovadloff
“Design é uma disciplina transversal, que reúne o conceito e a criatividade no ato de projetar”.— Bebe Castanheira
“Design é a intenção transformada em ação”.— Ellen Kiss
“Design é amor à primeira vista”.— Karen César
“Design é o óbvio elegante”.— Dóris Camacho
“Design é, simplesmente, tudo”.— Luciano Deos
39REVISTA DESKTOPOuTubROnOVEmbRO2009
Criativo
40 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Um passeio pelo novo Snow Leopard
Por Irineu De Carli
www.crescerconsultoria.pro.br
Existem cinco
palavras de ordem
que descrevem
o novo OS
(Sistema Operacional)
da Apple, e são:
refinamento,
velocidade, tecnologia,
acessibilidade e
integração.
41REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Durante o lançamento do Snow Leopard (Mac OS X 10.6) em ju-
nho passado, a própria Apple declarou que o novo Sistema Opera-
cional se tratava de um upgrade, ou aperfeiçoamento refinado, do
atual e vigente OS, o Leopard (Mac OS X 10.5).
No entanto, esse aperfeiçoamento é muito mais profundo do que
podemos perceber ao utilizá-lo, pois esconde novas tecnologias
que vieram para ficar e tirar o máximo proveito do seu Apple.
Quando usamos o Snow Leopard, o primeiro impacto é sua exce-
lente velocidade. Faz o Mac inicializar em média em 10 segundos,
e desligar em cinco segundos. Para conseguir isso, a Apple rees-
creveu o Finder, e cortou da instalação todos os Macintoshes com
chip PowerPC (PC). O Snow Leopard pode ser instalado apenas
em um Macintosh com um chip Intel Inside, e 01 GB de RAM.
Mas essa velocidade se deve às seguintes tecnologias: 64-bit;
Grand Central Dispatch; OpenCL; e QuickTime X.
Todos os Macintoshes Intel com no mínimo dois núcleos são 64-
bits, os denominados Intel Core 2 Duo. A tecnologia 64-bits pura
tem ligação com cálculos matemáticos, que são a base da opera-
cionalidade de qualquer computador. Todo Macintosh agora pode
tirar proveito total dessa tecnologia que acelera todos os processos
do sistema. O acesso à memória física por parte dos aplicativos,
que antes estava limitada a 4 GB de RAM, agora fica sem limite
prático, chegando a 16 exabytes (16 bilhões de GB de RAM). Isso
é 64-bits. A segunda tecnologia é a Grand Central Dispatch. Com
a retirada do suporte à tecnologia PPC abandonada, a Apple con-
seguiu otimizar o uso dos dois núcleos dos seus chips Intel Core 2
Duo, permitindo que diferentes tarefas sejam realizadas por cada
núcleo. Por exemplo, pegue uma atualização grande de qualquer
programa e mande realizá-la, depois, execute outra tarefa na fren-
te, tipo navegar pela Internet. Você vai notar que a atualização será
realizada em um quarto do tempo. Por que isso? Porque o Sistema
utiliza o segundo núcleo sozinho e em força total para essa tarefa.
Nota: Essa tecnologia de múltiplos núcleos (cores) é necessária hoje
devido ao excessivo calor gerado por múltiplos processadores o que
ainda não foi devidamente solucionado pelas empresas fabricantes
de chips como Intel e AMD. Isso é Grand Central Dispatch.
A terceira tecnologia por baixo do Snow Leopard é a OpenCL (não
confundir com OpenGL que é um padrão de tecnologia 3D). Esse
novo padrão desenvolvido pela Apple faz algo brilhante: pega todo
poder excedente de processamento gráfico das novas e maravi-
lhosas placas de vídeo ATI e NVIDIA, que chegam a trilhões de
operações por segundo, e o utiliza para tarefas dos diversos apli-
cativos preparados para tirar proveito dessa nova tecnologia, que
antes era exclusiva dos aplicativos de 3D. Um exemplo disso se-
riam tarefas de banco de dados de imagens, ou mesmo de dados
financeiros. Isso é OpenCL.
Por último, na minha opinião, a princesa das novas tecnologias:
o QuickTime X (é 10 mesmo!). Esse QuickTime foi totalmente
reformulado e permite que você grave vídeos, áudios e tutoriais
de tela. Ou seja, você pode pedir que ele grave tudo o que está
fazendo na tela para utilizar num pequeno filme e, assim, utilizá-
lo num treinamento por exemplo. Além disso, o QuickTime X tira
total proveito das tecnologias internas do Mac OS X: Core Áudio,
Core Vídeo e Core Animation, que permitem uma reprodução
melhorada e eficiente de tudo que for relacionado a som, vídeo
e imagem. Tudo isso, aliado a novos e
mais eficientes codecs de interpretação
de vídeo, que permitem um verdadeiro
show de imagem e som - mais brilhantes
e sem molduras. É como se a imagem
perfeita estivesse literalmente flutuando
na tela de seu computador.
Os vídeos e áudios também podem ser disponibilizados para iPod,
iPhone, Apple TV, ou mesmo para a Web (Mobile Me e YouTube),
e editados se necessário. O antigo QuickTime Player ainda está
presente para codecs antigos. Isso é QuickTime X.
AcessibilidadeAlém da velocidade e das novas tecnologias envolvidas no novo
Snow Leopard, outra palavra que o define é acessibilidade, pala-
vra da moda atualmente. O Snow Leopard foi desenvolvido tendo
em mente as pessoas com necessidades especiais. O painel de
controle Universal Access abre as portas do Sistema nas áreas de
visão, lendo a tela inteira para o deficiente visual e facilitando sua
navegação com o Voice Over. E inclui o suporte a monitores Braille
direto da fábrica. Na área de Audição, temos o iChat, que possi-
bilita a comunicação por sinais, legendas Closed Captioning nos
conteúdos baixados pelo iTunes, e automatização geral de tarefas.
Por último, mas não menos importante, temos o suporte integra-
do ao Microsoft Exchange Server direto no Sistema Operacional,
visando atrair o mundo corporativo. Dessa forma, a Apple integra
os recursos de e-mail com o Mail, de calendário com o iCal, e de
42 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
contatos com o Address Book. O Exchange foi aproveitado pela
Apple por já possuir uma plataforma mundial estabelecida e por
ser, hoje, o maior e melhor banco gerenciador de e-mails e ativida-
des do mundo corporativo.
InstalaçãoA instalação do Snow Leopard é totalmente inteligente. Basta você
instalá-lo sobre seu antigo Sistema Operacional Leopard, com al-
guns cuidados prévios, que o Instalador do Sistema Snow Leopard
atualiza o Sistema anterior e deixa tudo rodando certinho. Caso
falte energia elétrica durante a instalação, não haverá problema;
basta recomeçar a instalação que ela continua de onde parou.
Por causa disso, a Clean Install (Instalação Limpa) foi suprimida.
O próprio instalador analisa sua necessidade e decide o que é
melhor para a instalação.
VisualO aspecto estético também é um destaque. A beleza dos novos e
inúmeros papéis de parede com motivos do felino snow leopard,
de pinturas, espaciais etc.; dos menus transparentes em fundo
preto; das pequenas pastas em modo lista que se abrem quando
o usuário guarda algum documento; e a possibilidade de o usuário
navegar no modo Grid, que mostra os aplicativos ou pastas quan-
do clicamos no Dock.
Nas janelas podemos aumentar a visualização de fotos e filmes
com um pequeno slider e tudo é animado como na visualização
do modo Cover Flow e Quick Look.
Todos os aplicativos do Sistema “enxugaram” pelo menos 50%
devido ao fato de a Apple ter retirado os diferentes idiomas e trans-
ferido-os internamente para o Sistema.
O novo Safári 4, o navegador da Apple, reescrito, apresenta mini-
telas de seus sites preferidos e é considerado o navegador mais rá-
pido do momento. O programa Mail, além de sua integração com
o Microsoft Exchange, oferece templates para facilitar o envio de
mensagens de datas específicas, e está muito melhor estruturado
e rápido para lidar com seu banco de dados de e-mail.
SegurançaUma questão extremamente importante para o mundo dos usuá-
rios de Macintosh é a questão segurança. Como sabemos, até o
momento, o Macintosh com o Mac OS X instalado não tem vírus
real conhecido, mas o Mac OS X não é imune a Trojan Horses (Ca-
valos de Tróia) ou Malwares, que são pequenos programas para
Macintoshes disfarçados de fotos, vídeos etc.
Por isso que, quando você executa algum programa pela primeira
vez, o Sistema Operacional abre uma janela de diálogo informando
quando, de onde e a que horas você baixou esse aplicativo.
Se você baixar uma foto da Internet e, ao dar um duplo-clique para
abri-la, receber o alerta, trata-se de um Trojan Horse ou Malware,
e você não deve continuar.
A questão é que a Apple incluiu um alerta exclusivo para esse tipo
de infecção dentro do Snow Leopard que, agora, está muito mais
sensível e eficiente em nos alertar sobre isso.
Por tudo isso, sem sombra de dúvidas, o Snow Leopard é o melhor
Sistema Operacional do mundo. Baseado em UNIX categoria 3,
oferece um ambiente ágil, eficiente, elegante e seguro para quais-
quer usuários de computadores.
E, se necessário, é perfeitamente possível instalar em seu Macin-
tosh Intel qualquer sabor do Windows (XP, Vista, ou 7), seja atra-
vés do Boot Camp utilitário incluído no Sistema, ou através dos
diversos virtualizadores como o VMWare e o Parallels. Aproveite!
O professor Irineu De Carli Junior é consultor profissional de supor-
te técnico e analista de sistemas operacionais especializado em
Sistema Operacional Mac OS X. Trabalha com Macs há 20 anos e
é dono da Crescer Consultoria, empresa de suporte técnico espe-
cializada em computadores Apple Macintosh, que atua no mercado
nacional há 13 anos.
Inf.: www.crescerconsultoria.pro.br
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Criativo
Por Vinícius Amaral
[email protected] Photobooks com dados variáveis no InDesign
44 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Conforme os anos vão passando, mais integradas ao mundo digital
as pessoas vão ficando. Mostrar um cromo, um negativo ou até um
rolo de filme para um adolescente de 15 anos pode revelar a ele
um ar de estranheza, parecendo ver algo pré-histórico.
As máquinas digitais invadiram o mercado! Ganharam o gosto das
pessoas a partir do momento que as mais simples ficaram com
preços acessíveis e, as profissionais, com qualidade jamais imagi-
nada para uma máquina digital.
Aparelhos de celular têm câmeras de alta resolução com lentes
de boa qualidade. As máquinas mais simples têm resoluções mui-
to superiores do que o seu nicho de mercado realmente precisa.
Sendo assim, o mundo virou digital.
Faça uma excursão, vá a um ponto turístico e tente encontrar ape-
nas uma pessoa rebobinando um filme. Há dez anos atrás, isso
seria super comum, mas, hoje, parece uma missão impossível.
Muito além do que postar as fotos em sites de relacionamento, ou
gravar em mídias para assistir em aparelhos que reproduzem ima-
gens digitais, fotografias gravadas em cartões de memória podem
ser reveladas, ou até impressas por impressão digital.
Acompanhando a evolução, o InDesign sabe da facilidade de se
obter dados, e sabe da necessidade que esses dados têm em se
transformar em algo tangível. Através do recurso de dados variáveis
do paginador é fácil criar um álbum fotográfico em poucos minutos.
Para isso, basta seguir o tutorial e usar a criatividade.
1º Passo – Separando as Imagens
Separe as imagens que entrarão no seu photobook copiando-as
mesmas para uma pasta de sua preferência.
As extensões dos arquivos devem ser compatíveis a lista de impor-
tação do InDesign. Caso as imagens se encaixem neste perfil, não
haverá problema se existirem extensões diferentes. No mesmo ar-
quivo podem ser importadas imagens do tipo JPG, PSD, EPS etc.
O importante é que todas estejam na mesma pasta.
2º Passo – Inserindo as imagens no ExcelPara isso, os usuários de Mac devem ir até a pasta, selecio-
nar tudo copiar e colar em um documento em branco Excel.
Automaticamente, cada nome de imagem vai se posicionar em
uma célula do software do modo exato que o InDesign solicitar.
Para os usuários de PC, o conselho é ter um gerenciador de arqui-
vos que seja semelhante ao Windows Explorer, porém, que faça
relatório do conteúdo de cada pasta. O conselho é o download
gratuito do software AC Browser Plus encontrado facilmente no
site de busca de sua preferência. Em um de seus menus é fácil
localizar um comando para gerar o relatório da pasta em formato
de texto (TXT).
Por ele utilizar o método de separação por tabulação, selecione o
texto nele contido, copie e cole no Excel. Lembre-se de que essa
é apenas uma sugestão. Outros softwares semelhantes podem ser
utilizados com facilidade. Antes de copiar e colar ou gerar relató-
rios, organize suas imagens de acordo com a ordem que deseja.
Pode ser por tipo de arquivo, data, ordem alfabética etc.
3º Passo – Gerando a matriz no InDesignAgora é hora de deixar o lado artístico fluir e gerar uma página-
mestra com espaços para a entrada das fotografias do photobook.
Veja o exemplo abaixo.
Todo o layout foi construído na página-mestra. As caixas pretas
representam as imagens. Sendo assim, cada página carregará
quatro fotos de formatos diferentes. Para facilitar a importação,
escolha formatos que sejam proporcionais às suas imagens.
45REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Fazendo isso, não será necessário perder tempo redimensionando
as imagens no Photoshop. O próprio InDesign fará a ampliação
ou redução para que elas tenham as dimensões da caixa que irá
recebê-las.
4º Passo – Finalizando o arquivo de ExcelCada box preto encontrado na página-mestra representa uma co-
luna no Excel. Dessa forma, a planilha deve ter oito colunas preen-
chidas com o nome das imagens. Para isso, distribua as imagens
em números iguais pelas colunas. No exemplo dado, cada coluna
tem oito imagens.
Com as todas as colunas de imagens formadas, ainda falta inserir
o cabeçalho para que o paginador entenda os dados que ele está
recebendo. O InDesign, para receber imagens por meio de dados
variáveis, exige que cada coluna tenha o símbolo de “@” em frente
a cada texto.
Para isso, clique com o botão do mouse no número “1” da primei-
ra linha e clique em Insert (Inserir).
Com a primeira linha em branco, inicie o preenchimento das célu-
las de cabeçalho, não esquecendo o sinal de “@” na frente.
Caso o Excel não permita a inserção desse sinal, selecione a pri-
meira linha, clique no botão direito, ou com o Control pressionado,
e entre em Format Cells... (Formatar Células...). Escolha a opção
de texto.
Pronto, agora o arquivo pode receber o símbolo de “@” antes de
cada item do cabeçalho.
O nome de cada coluna será o identificador do InDesign para im-
portar no local desejado.
Salve seu arquivo como texto separado por tabulação se estiver no
PC, ou como Texto UTF-16 se estiver no Mac.
Importante: Para que o álbum seja gerado corretamente, salve o
seu arquivo de texto na mesma pasta das imagens. Se salvar esse
documento em qualquer outro lugar, o tutorial não funcionará.
5º Passo – Finalizando o photobook no InDesign
Com o arquivo de texto salvo, chegou a hora inserir os dados vari-
áveis no InDesign. Para isso entre no menu Window > Automation
> Data Merge.
Dentro da janela agora aberta, clique em seu botão de opções e
selecione o Select Data Source.
Selecione o arquivo TXT no local salvo e clique em Open.
46 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Esse comando fará com que o paginador gere o seu álbum em um
novo documento. Exclusivo da versão CS4, o operador poderá ex-
portar o arquivo diretamente para PDF clicando em Export To PDF.
Após a seleção da opção desejada, vá diretamente para o item
Options.
Em Fitting, escolha a opção Fit Images Proportionally para que as
imagens sejam ampliadas e reduzidas, adequando-se ao Box para
o qual ela será importada.
A opção Centre in Frame é desnecessária quando se trabalha
com as caixas de tamanho proporcional às imagens que serão
importadas.
A opção de Link Images é importante para ter as imagens vincu-
ladas ao documento. Lembre de que o arquivo gerado é 100%
editável, e o vínculo com as imagens é necessário para a boa qua-
lidade do trabalho final.
Clique em OK e o trabalho estará pronto.
Se, por um acaso, tiver escolhido a opção de gerar PDF, a caixa de
Export aparecerá para que seja configurada. Configure então com
as opções adequadas à sua necessidade.
E por aqui finaliza-se o tutorial. Com apenas cinco passos um pho-
tobook é gerado no InDesign. Todo o processo requer mais aten-
ção do que trabalho manual. Seguindo corretamente, e com certa
prática, em minutos artes como essa podem ser criadas.
Deixo um grande abraço a todos desejando um ótimo Natal e um
2010 repleto de realizações!
Repare que a janela de Data Merge tem oito itens que represen-
tam as colunas geradas no Excel.
Mantenha essa janela aberta e volte na página-mestra. Clique no
Box preto de cada imagem e associe-os aos itens do Data Merge
clicando neles, um a um.
Ao finalizar esse processo, as imagens da página mestra devem ter
a informação de cada imagem entre sinais de maior e menor <<
foto... >>. Veja o exemplo.
Após certificar de que as caixas estão com seus itens relaciona-
dos, volte à janela de Data Merge, clique em seu botão de opções
e selecione o menu de Create Merged Document....
47REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Digital
Jornais digitais
O título pode assustar.
Mas, não. Não está
se falando, aqui, da
“virtualização” dos
tradicionais jornais
impressos em papel. Ao
contrário. Em países como
o Brasil, o que se vê é o
aumento expressivo de
títulos, apesar da queda
geral das tiragens dos
grandes veículos.
Os jornais digitais a que se refere o título diz respeito
à digitalização do processo produtivo como um todo,
sobretudo da pré-impressão. Processo este que iniciou
de forma acelerada com a estabilização das tecnologias
de Computer-to-Plate e a consequente eliminação do
filme (fotolito) da cadeia de produção.
No Brasil, quando se pensa na adoção das tecnologias
de CtP para jornais, tem-se um quadro um tanto sui
generis. Segundo Fernando Campião, responsável pelos
sistemas para jornais na Agfa, esse mercado passou
por várias turbulências a partir de 2000, atingindo a
calmaria apenas nos anos recentes, quando novos
investimentos foram colocados na ponta do lápis e
levados a cabo, acompanhando a importante mudança
no perfil dos leitores.
48 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Sobre isso, Campião destacou que o processo de digitalização da
pré-impressão nos jornais teve início a partir dos pequenos e mé-
dios jornais, que já possuíam uma estrutura enxuta e, por isso,
demandaram menos adaptações durante o processo de mudança
de plataforma tecnológica.
Hoje, a Agfa é uma das principais presenças na pré-impressão
de gráficas de jornais em todo o Brasil, seja com sistemas CtP,
seja com as chapas digitais. E está comemorando, neste estágio,
a recente abertura de alguns dos maiores jornais brasileiros à tec-
nologia CtP e às chapas digitais.
“Atualmente, dos quatro maiores títulos do Brasil (Folha de S.
Paulo, O Estado de São Paulo, O Dia e O Globo), apenas o Estadão
ainda não encampou a digitalização de sua pré-impressão”, disse
Campião. “Há alguns anos atrás, os grandes jornais estavam fe-
chados a esse tipo de investimento. E, ao contrário, os pequenos
e médios jornais foram os primeiros a adotar o CtP como meio
de encurtar o ciclo de produção e ganhar qualidade. Mas, en-
tre 2007 e 2008, os grandes jornais retomaram a digitalização de
suas produções.”
Campião assinala, ainda, o consequente aumento no consumo de
chapas nessas empresas. Além disso, entre os jornais citados, es-
tão em operação dois CtP Polaris (Folha, sendo que mais dois se-
rão instalados em março de 2010); dois CtP Advantage (O Dia); e
cinco equipamentos Polaris (O Globo), sendo esta a maior instala-
ção da América Latina. “Dessa forma, existe uma tendência enor-
me de os filmes e chapas convencionais desaparecerem. Os gran-
des fabricantes já estão saindo desse nicho”, explica Campião.
Até quando?Apesar do sucesso da Agfa no segmento de jornais, Campião não
descarta a análise das angústias pelas quais passam a indústria
editorial. “A última dessas angústias é a pergunta: ‘Até quando?’.
Ou seja, até quando os jornais vão existir na forma como os co-
nhecemos. Mas esse questionamento também teve seu lado bom,
porque levou a uma série de revisões sobre a questão do investi-
mento e mostrou que, de uma forma ou de outra, o investimento
em tecnologia será sempre constante”, disse.
NovidadesPara a área de jornais, a Agfa guarda ainda algumas novidades,
segundo Fernando Campião. Duas delas foram anunciadas em
2008 e mostradas em eventos de 2009: o sistema Arkitex, con-
cebido para viabilizar a criação de um workflow digital eficiente e
modular em jornais; e novidades para a linha de CtP Advantage,
que passa a contar com modelo de quatro cassetes para possibili-
tar a variação de formatos.
Outra novidade importante é o upgrade de uma das mais tradicio-
nais linhas de chapas digitais violeta da Agfa, a N91V, que, com a
atualização, passa a estar disponível como N92V, com aprimora-
mentos como menor consumo de químicos e obtenção de resolu-
ções maiores. E, para 2010, está reservada a maior novidade de
todas para a linha de chapas Agfa: o lançamento de uma versão
violeta da tradicional chapa térmica Azura, que será comercializa-
da sob o nome de N92V CF (Chemistry Free).
Se a tecnologia de processamento sem químicos se tornará ten-
dência no segmento de jornais, Campião afirma que, normalmen-
te, quando uma tecnologia que supera as demais é lançada, a
tendência é que esta se torne o padrão utilizado. “Em dois anos,
não haverá mais uso de químicos quando o assunto for chapas
para jornais”, disse.
Mito?Dona de produtos com ambas as tecnologias de chapas (térmica e
violeta), a Agfa possui clientes para esses dois tipos de produção.
Porém, Campião questiona um dos principais mitos associados
tanta à chapa térmica, quanto violeta: a qualidade.
“Do ponto de vista óptico e técnico, existe uma diferença, sim,
na qualidade entre esses dois processos quando envolverem
uma chapa térmica e, outra, polímera. Existem alguns nichos de
mercado onde as chapas térmicas oferecem uma qualidade ver-
dadeiramente maior, mas esta só é notada por uns poucos que
entendem de processo gráfico e, mais, estão restritas a impressos
de arte ou finos”, disse Campião. “Além disso, a nova geração de
chapas violeta oferece um incremento considerável de qualidade.
O grande segredo quando o assunto é qualidade é, na verdade, a
forma como é feito o controle de processo.”
Inf.: www.agfa.com.br
Fernando Campião: os
grandes jornais acordaram
para o digital
49REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
No Papel
50 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Terra de oportunidades
O que aprender e o que
ensinar após o término
de 2009 e a superação da
crise econômica
51REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
De meados até o final dos século XX, os Estados Unidos da Amé-
rica ficaram conhecidos como a “Terra das oportunidades”. Foi
assim que a “América” abriu seus braços a milhares de imigran-
tes (europeus, asiáticos e latino-americanos, principalmente) que
chegaram à terra do Tio Sam para realizar o sonho de fazer a vida.
De lá para cá, a definição “Terra de oportunidades” vem acompa-
nhando os EUA. Até hoje, o país recebe, anualmente, milhares de
cidadãos do mundo, que anseiam por uma vida nova na capital
mundial do capitalismo.
Voltando à Indústria Gráfica, também tornou-se conhecida a pu-
jança do setor nos EUA, um dos pólos gráficos do mundo e país
em que qualquer fabricante de equipamentos necessita instalar
uma filial. Além disso, tradicionalmente, os EUA não somente pro-
duzem tecnologias gráficas e imprimem tiragens astronômicas,
como também são grandes compradores de produtos impressos.
São quase 40 mil empresas, que empregam cerca de 2 milhões
de pessoas. Essa realidade de desenvolvimento - onírica para o
contexto de muitos países, inclusive da América Latina - já havia
sido amplamente constatada no maior evento gráfico das Amé-
ricas, a Print. Quem esteve em Chicago, centro gráfico dos EUA
nas épocas de Print, certamente já pode conferir as tecnologias
que preenchiam stands e pavilhões do evento, palco de negócios
fechados em vários idiomas.
O tempo passou e o fato é que, quem esteve visitando a Print neste
ano, em setembro, deparou-se com um quadro bastante distinto.
Claro que, um ano após a Drupa, pouco podia-se esperar em ter-
mos de grandes novidades, principalmente para quem visitou Düs-
seldorf como parte da mídia especializada. Porém, a Print serviu
como um termômetro para mostrar não somente o impacto que a
convencionalmente chamada “crise mundial” teve nos países de-
senvolvidos do hemisfério norte, como também apontou para uma
outra realidade - esta, há muito divulgada mas que, ano a ano, vai
ganhando formas mais concretas: o deslocamento do poderio eco-
nômico mundial para uma realidade regionalizada, despolarizada e
da qual passam a fazer parte alguns dos chamados “países emer-
gentes”. O caso mais ilustrativo talvez seja o do chamado BRIC,
que reúne, na ordem, Brasil, Rússia, Índia e China.
Novas oportunidades, nova realidade mundial
Os EUA (e também o Canadá, país vizinho) sofrem com alguns
problemas que caminham para se tornarem crônicos.
Um deles é a queda dramática nas tiragens, cujo exemplo mais
ilustrativo são os jornais.
Segundo estudo divulgado pela Primir em 2008 (Print Industries
Market Information and Research Organization), esse segmento
nos EUA sofre uma expressiva diminuição em suas tiragens e,
mais, é vítima da concorrência direta dos meios eletrônicos (so-
bretudo a Internet).
Esse estudo aponta que, em três anos (ou seja, em 2011), 50%
das edições de jornais norte-americanos será digital. Até 2020,
prevê-se ainda uma queda de 26% na circulação de jornais diá-
rios, e de cerca de 40% para os jornais dominicais. Obviamente,
em cadeia, esse quadro tende a impactar sobre gráficas e, tam-
bém, fabricantes de equipamentos e chapas (www.primir.org).
Em seu estudo “The Future of Printing in the world and its growth
until 2011”, de 2006, Ralph Nappi, atual Presidente da NPES,
uma das principais entidades gráficas dos EUA, destaca a impor-
tância do papel de alguns países emergentes que se tornarão os
novos “celeiros” para as atividades de impressão.
Entre eles, mais uma vez o Brasil e os demais países do BRIC
aparecem em evidência.
Para ele, no período 2006-2011, a indústria gráfica brasileira cres-
cerá 52.9%, número muito superior, por exemplo, a países como
EUA (8.1%), Japão (4%) e Alemanha (11.7%). O crescimento
brasileiro ficará atrás apenas de China (60%) e Índia (73%). No
geral, o Brasil será o nono mercado gráfico mundial até o período
em questão (2011). O país também é, segundo Nappi, o 10º em
velocidade de crescimento. Detalhe que, acima do Brasil, todos
fazem parte da lista dos chamados emergentes (Índia, Rússia, Ve-
nezuela, Ucrânia, China, Malásia, Indonésia, Romênia e Turquia,
nessa ordem, segundo nos números de Nappi). Obviamente, es-
ses dados desconsideram a crise que eclodiu no final de 2008.
Além disso, o estudo da NPES coloca o Brasil entre os países-
chave de um futuro próximo para a indústria gráfica, ao lado dos
outros membros do BRIC, México, Indonésia, Polônia, Turquia e
Ucrânia que, juntos, irão totalizar um mercado de 3.42 bilhões de
pessoas em 2011.
“Em linhas gerais, o mercado gráfico norte-americano apresenta
crescimento, mas lento e baixo. Ao passo que países como o Bra-
sil, China, Índia e outros terão um crescimento mais acelerado”,
disse em sua análise, durante a visita à Trends of Print Latin Ame-
rica, em 2008.
Evan Cambray, Presidente da Pesda (Printing Equipment and Su-
pply Dealers Association), principal associação gráfica canadense,
destacou no dia Latino Americano da Print´09 um decréscimo na
mão de obra no país para o setor gráfico. Também passou parte
considerável de sua apresentação destacando os impactos da cri-
se sobre a indústria de seu país. “Tem sido um ano difícil e nossa
perspectiva é de recuperação”, frisou, na ocasião, Cambray.
E o Brasil com isso tudo? Logicamente, os números da indústria
gráfica brasileira são menores, de longe, do que os da indústria
norte-americana, com seus 19 mil estabelecimentos e seu contin-
gente de 209 mil profissionais.
52 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Contudo, retornando ao início do texto, é nítido que o país des-
ponta como a principal liderança regional na América do Sul e,
inclusive, em toda a América Latina, suplantando o México. Es-
tima-se que o faturamento brasileiro atinja a casa dos 2.077,78
bilhões de dólares neste ano, mostrando um crescimento de qua-
se 30% em cinco anos (dados retirados de www.docstoc.com /
Latin-American-Graphic-Arts-Industry-Forecast).
Porém, não se pode fechar os olhos para o impacto que a crise
teve sobre a indústria gráfica brasileira.
De acordo com dados da Abigraf (Associação Brasileira da In-
dústria Gráfica), o impacto da crise em 2008 fez com que o setor
crescesse apenas 1.75% em relação a 2007. Trata-se também de
um segmento que responde por cerca de 1.5% do PIB nacional,
um dado que não pode ser ignorado. Além disso, retornando para
o segmento de jornais, houve um crescimento de 5.49%, eviden-
ciando que o crescimento das tiragens mundiais de periódicos é
alavancada sobremaneira pelos emergentes com seus respecti-
vos programas de melhoria da Educação e crescimento econô-
mico liderado por uma China que, até 2008, cresceu na casa de
dois dígitos. Outros segmentos que também gozaram de cresci-
mento foram o de embalagens impressas, embalagens de papel
ou papelão e embalagens plásticas (Dados Decon/Abigraf - www.
abigraf.org.br). Outros dados interessantes vêm da Abro (Associa-
ção Brasileira de Empresas com Rotativas Offset). Em seu con-
gresso (3ª edição), a entidade anunciou números razoavelmente
bons para um ano turbulento como 2008. O faturamento do setor
de rotativas brasileiro gira em torno da casa dos 2.11 bilhões de
dólares, representando um crescimento anual de mais de 6%.
Esse segmento, que abriga 9.3% da mão de obra do parque grá-
fico nacional, é composto em linhas gerais por dois ramos impor-
tantes: jornais e editorial. Particularmente no segmento editorial,
houve um crescimento de 4.9% no faturamento (descontada a
inflação), e um crescimento anual nas vendas de 1.24%.
Já no que se refere à impressão de revistas, constatou-se um fa-
turamento de cerca de 1.2 bilhão de dólares, aproximadamente
8.5% do total do meio publicitário, no qual também verificou-se
um crescimento de 12.8%, equivalente a cerca de 12 bilhões de
dólares. Quanto à exportação de livros, houve um crescimento da
participação desse segmento do ramo editorial de 25% (67% da
participação das exportações contra 42% de 2007).
Recentemente, em artigo publicado no jornal O Estado de São
Paulo, assinado por Leandro Modé, o analista James Quiley desta-
cou a “blindagem” econômica do Brasil diante da crise mundial,
que abalou consideravelmente economias grandes, como a dos
EUA, Japão e de países da Europa Ocidental, como Inglaterra,
Alemanha e França. Ao lado dos demais países do BRIC, o Brasil
saiu-se bem, na opinião de Quigley, que classificou o país como o
“mais irresistível dos BRIC”.
“O fato é que o Brasil não é apenas o principal responsável pelo
nosso crescimento na América Latina e nossa maior oportunidade
* Fonte: The Future of Printing in the world and its growth until 2011. Ralph Nappi, 2006
53REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
na região. Eu diria que o Brasil é hoje o mais irresistível entre todos
os mercados emergentes do mundo, considerando os outros BRIC
(Índia, Rússia e China) e países como Turquia e África do Sul.
As razões são várias. O Brasil tem uma grande população jovem
e diversificada, sistema bancário que funciona bem, instituições
críveis (que gerenciaram a crise de forma hábil) e é um exportador
diversificado - não é visto só como vendedor de commodities. Há
vários eventos que trouxeram excitação sobre o País. Em qualquer
lugar que vou, uma conversa sobre a América Latina se volta para
o Brasil. O país está se transformando em destino preferencial do
capital”, disse, em trecho da entrevista publicada.
No final de setembro, a Moody´s elevou o rating brasileiro, classi-
ficado-o no “grau de investimento”, sinal de que o país deixou a
crise para trás antes de muitas economias maiores - incluindo a
dos EUA. Hoje, o Brasil possui o melhor evolução no grau de in-
vestimento entre os membros do G20 (vinte maiores economias do
mundo). Segundo Henrique Meirelles, Presidente do Banco Cen-
tral, em depoimento dado ao O Estado de São Paulo (23/09), essa
nova classificação “vai proporcionar uma melhora na qualidade
dos investimentos de longo prazo no País, destinados a produção,
máquinas, equipamentos e serviços.”
Nova terra de oportunidades?Números apontam que sim. Mas que, também, há muito a ser
feito em vários setores. O fato é que crescimento econômico tem
relação direta com crescimento no setor gráfico. Especificamente
no setor gráfico, nem tudo é rosas no caso brasileiro. Boa parte
dos problemas do setor tem ligação direta com alguns problemas
estruturais crônicos, como a Educação.
Apesar na melhora dos índices, o país ainda está aquém do pata-
mar de outras nações menos desenvolvidas - inclusive da região
latino-americana. Isso, direta e indiretamente, reflete-se num setor
em que a qualificação técnica é essencial.
Segundo Manoel Manteigas, diretor do Senai Theobaldo De Nigris,
de São Paulo, a instituição tem desempenhado um papel funda-
mental para, pelo menos dentro do ramo gráfico, colaborar para
a melhoria desse quadro. “O Senai foi fundado em 1942 e, já em
1945, começou a oferecer formação profissional para o segmento
gráfico. Ao longo desse tempo a instituição preocupou-se sempre
em atualizar os programas existentes, criar novos níveis de forma-
ção, modernizar as escolas e ampliar o número de vagas”, disse
Manteigas. “O primeiro curso superior oferecido pelo Senai-SP foi
o de Tecnologia Gráfica. Dessa forma o Senai tem dado uma im-
portante contribuição ao segmento gráfico no Brasil.”
Hoje, o Senai-SP ocupa padrão de excelência na América Latina,
e abriga showrooms de grandes fabricantes como Xerox, Canon
e a Print Media Academy, da Heidelberg. No total, o número de
alunos matriculados em 2009 deve ultrapassar 9 mil.
Mas ainda há outros problemas no que se refere a perspectivas
mais imediatas. A rentabilidade de grande parte dos setores da
indústria de rotativas, por exemplo, deve sofrer queda, segundo o
estudo da Abro. Exceções feitas aos jornais e revistas, livros e anuá-
rios. A produção do segmento editorial (apesar da boa performance
geral) também sofreu queda de 3.17% de 2007 para 2008.
Há, ainda, o crescente déficit na balança comercial da indústria
gráfica, algo constantemente anunciado e combatido pela Abigraf,
principal entidade representativa do setor. Em 2008, a balança
brasileira fechou com o saldo negativo de 114.20 milhões de dó-
lares, contra 40.62 milhões de 2007. Entre os US$ 309 milhões
de importações de produtos gráficos, acumulados de janeiro a
outubro de 2008, está a impressão no exterior de revistas e livros
brasileiros, que representaram 37% (US$ 114 milhões) das im-
portações gráficas totais.
Outros segmentos também contribuíram para o incremento das
importações de serviços gráficos no período: US$ 68 milhões em
cartões impressos (22% do total), com aumento de 20% no pe-
ríodo e de 32% nos últimos 12 meses; e de embalagens, cujas
importações corresponderam ao valor de US$ 58 milhões (19%
do total) no acumulado do período, representando crescimento de
66% no ano e de 71% nos últimos 12 meses. Sobre o crescimento
do déficit na balança comercial gráfica do Brasil, Fabio Mortara,
Presidente da Abigraf Regional São Paulo, pondera sobre a situ-
ação destacando aspectos positivos e negativos do setor. Sobre a
reversão desse déficit, afirma: “Se fosse fácil, faríamos isso num
piscar de olhos”, disse. “De um lado, o Brasil tem hoje papel
e celulose em abundância, equipamentos ultramodernos e mão
de obra relativamente destra nas artes gráficas. Tem produtos
competitivos e tem um bom apoio às exportações por parte do
governo, via APEX com relação ao Graphia, que vai muito bem.
Por outro, enfrenta concorrência feroz em termos de preço com
produtos de países com mão de obra mais barata, como a China,
por exemplo, e enfrenta o já famoso ‘custo Brasil’ na formação de
preços de venda, agravado por uma moeda excessivamente valo-
rizada. Nesse cenário, apenas uma reversão forte na valorização
do Real poderia mudar o déficit em nosso setor”, analisou Fabio.
Dieter Brandt, Presidente da Afeigraf (Associação dos Agentes de
Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Grá-
fica), que reúne alguns dos principais fabricantes de máquinas e
soluções gráficas do Brasil, e Presidente da Heidelberg América
do Sul, destaca os investimentos realizados pelos gráficos brasi-
leiros, mesmo em época de crise. “Impossível não destacar essa
atitude dos gráficos brasileiros. Não só a Heidelberg, como qua-
se todas as outras fabricantes de máquinas estão vendendo. E
os gráficos não compram máquinas para deixá-las paradas. Se
54 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
compram, é porque estão produzindo”, disse Brandt. “O Brasil
que encontrei quando cheguei há dez anos atrás é outro hoje.
Estamos falando de um país que será uma das quatro potências
mundiais em 2050”, completou.
O setor de impressão, de uma forma geral, deve liderar novamente
neste ano os investimentos na indústria gráfica (79% do total).
O país conta em seu parque gráfico com 71 mil equipamentos
instalados, segundo dados da Abigraf e do Sebrae (2008), com
uma média de quatro impressoras por unidade de produção. Por
sua vez, no setor de acabamento, área de expressivo crescimento
mundial nos últimos anos, há um total de 163 mil equipamentos
instalados (já que esse setor é formado, normalmente, por mais de
um equipamento para funções específicas).
Os dados afirmam ainda que, nos últimos três anos, foram ad-
quiridas 21 mil novas máquinas de impressão (cerca de 30%
do parque instalado). Desse total, 36% das máquinas possuem
menos de cinco anos de uso, o que denota a atenção e cuidado
dos gráficos nacionais no que se refere às novas tecnologias e ao
incremento de seu parque produtivo, mesmo quando se olha para
o setor de acabamento, que possui 36.5% das máquinas com me-
nos de cinco anos de uso.
Vale destacar, ainda, que esse setor lidera as novas aquisições,
com 23.754 novos investimentos entre 2006 e 2008, contra 3.442
novas offsets planas e 2.2265 impressoras digitais. Entre as off-
sets planas, em 2008 o Brasil fechou com um parque instalado de
34.701 impressoras; entre as impressoras digitais, esse número é
de 8.119 equipamentos.
No setor de rotativas, com parque instalado de 3.141 equipamen-
tos, o crescimento nos investimentos ficou na casa de oito novas
máquinas adquiridas no primeiro semestre deste ano, quando o
futuro pós-crise era incerto. Nos últimos três anos, 933 novos equi-
pamentos desse tipo foram instalados.
Exportação - Como foi amplamente divulgado na grande mídia nos
últimos dias de setembro, o Governo prepara uma série de medidas
para diminuir os custos da indústria exportadora brasileira. Basica-
mente, essas medidas vêm combater os contratempos causados
pela valorização do Real perante o Dólar.
De acordo com reportagem publicada no dia 22 de setembro no
Correio Braziliense (DF), o objetivo do plano é prover igualdade nas
relações de custo com empresários de outros países em desenvol-
vimento, que têm custos menores com encargos trabalhistas e mo-
eda estável frente ao dólar - isso, mesmo diante do alto custo dos
projetos de combate pré-crise lançados pelo Governo.
O ministro também ressaltou que a valorização do câmbio no Brasil,
“que prejudica um pouco o exportador”, ainda é menor do que a
verificada no pré-crise, e que o governo tem espaço fiscal para pro-
por novas medidas de incentivos, apesar da queda na arrecadação.
A reportagem também cita o economista Cristiano Souza, do Banco
Santander, que minimiza o problema da valorização cambial - pelo
menos, nos níveis em que se encontra hoje. Segundo ele, essa va-
lorização vem desde 2004 e, nesse mesmo período, até o 2008
pré-crise, o Brasil bateu seguidos recordes de exportação em vários
setores.
Áreas que abrigaram os principais investimentos da indústria gráfica do Brasil de 2006 a 2008 (Abigraf, 2008)
O material impresso não ficou exatamente igual à prova?Diferença na comparação de cores e processos?
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Alan Wigmir Alves
Gerente da Área Técnica e Desenvolvimento de Novos Produtos LogPrint
Log&Print implanta Gerenciamento de Cores com solução GMG e é premiada nomaior evento da indústria gráfica brasileira, o prêmio Fernando Pini.
RESULTADOS DE SUCESSO STARLASER
DTP1 14/12/09 17:41 Page 1
Dicas & Truques
Creative Suite:
muito se fala sobre
integração de
softwares. Eu falarei
sobre integração de
pessoas!
Por Fabiana GO Integração entre softwares e usuáriosMinha história com a Creative Suite se mistura com minha história
trabalhando para a Adobe e, ao contrário da maioria das pessoas
que presta consultoria de sofwares gráficos e possui formação em
Propaganda e Publicidade, Desenho Industrial e áreas afins, minha
formação é Sistemas de Informação. Mas, o que uma analista de
sistemas faz no mundo da consultoria em softwares gráficos? Eu me
defino analista de sistemas por formação e consultora de softwares
gráficos por paixão! Mas não é uma paixão leve, um passeio no
parque; é uma paixão exigente, que me faz dedicar todo o meu tempo
em entender os princípios para um relacionamento a longo prazo
com softwares que, a cada versão, se tornam mais auto-suficientes
e, ao mesmo tempo, me colocam no meu lugar como usuária: como
alguém que precisa criar, pensar, estudar e correr atrás.
56 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Essa paixão não me permite sentar e pensar o quanto eu “manjo”,
mas consome horas e horas de estudo para compreender melhor
a evolução de cada software e como cada nova ferramenta está
diretamente relacionada à realidade do mercado: boas práticas
de diagramação, edição de imagens e ilustração (não somente o
fim, mas o processo), utilização da tecnologia que está por trás de
tantas paletas, e softwares como ferramentas que não fazem ab-
solutamente nada se eu não pensar antes de clicar em File > New.
E essas reflexões - que norteiam meu trabalho nestes oito anos,
desde que comecei a trabalhar no Suporte Técnico da Adobe Bra-
sil, até hoje, prestando consultoria para clientes Adobe em vários
estados, participo de eventos ou simplesmente toco minhas salas
de aulas nos centros de treinamento por aí - guiarão os artigos
que escreverei para a Revista Desktop: falar sobre Creative Suite,
sobre novidades (quem não quer dominar a CS4?) mas, também,
acrescentando várias “boas e velhas práticas” para utilização pro-
dutiva dos softwares Adobe que utilizo há várias versões.
InDesign - Por muito tempo, me dediquei ao InDesign. Certifiquei-
me como Expert e Instructor através do programa da Adobe e sou
conhecida pela minha expertise no aplicativo. Mas, há alguns
anos, falar de InDesign era ser “excêntrico” no mundo da diagra-
mação. Eu vivi momentos inglórios quando, há cinco anos, me foi
atribuída a função de “Evangelista de InDesign” em um projeto
em que deveria converter os usuários de Pagemaker ao InDesign.
O aplicativo, ainda na versão 2.0, mesmo já possuindo muitas fer-
ramentas a mais do que os concorrentes, não era visto como um
software promissor no mundo da criação, por mais que eu me
esforçasse em demonstrá-lo.
Mas o que fez tudo mudar? Quando eu comecei a ministrar treina-
mentos de InDesign, por vários meses era difícil formar uma turma
de quatro alunos em centros de treinamento e, quando formavam-
se, eram mais “pessoas excêntricas” que desejavam se aventurar
por essa novidade do que pessoas efetivamente dispostas a migrar
- hoje, ministro treinamentos em salas lotadas, em conferências
estaduais e temos até uma conferência brasileira de InDesign.
O que fez o InDesign virar o jogo foi muito mais do que suas fun-
ções: foi a integração entre os softwares que produziam o conte-
údo a ser diagramado, ou seja, sua integração com o Photoshop
e o Illustrator. O que o tornou um dos softwares para layout mais
utilizado no Brasil - e, diria, no mundo - foi justamente a possibi-
lidade de se perder menos tempo usando o InDesign e dedicar o
tempo à criação e produção do conteúdo. Ele venceu por tomar
seu lugar como software: seu lugar como ferramenta e não como
um ambiente complexo que precisava ser decifrado antes que
possa fazer alguma coisa para o usuário.
No Brasil, eu me sentia sozinha para discutir sobre melhores prá-
ticas no software, por trocar ideias sobre como utilizar as suas
ferramentas de maneira avançada, as particularidades para pro-
dução dos mais diversos tipos de impressos. A maioria dos usu-
ários estava em processo de migração, começando a criar suas
práticas e, sobretudo, eu era responsável por criar as práticas para
que os usuários atingissem seus objetivos! Ou seja, a mesa de
discussão não me era possível naquele momento.
Atualmente, visitando os clientes Adobe pelo Brasil, principal-
mente no eixo Rio de Janeiro-São Paulo-Curitiba e nos principais
eventos de que participo - InDesign Conference e Photoshop Con-
ference - tenho a percepção clara do amadurecimento do usuário
de InDesign brasileiro: ele já possui as suas práticas, questionam
sobre como utilizar melhor as ferramentas já entendendo para que
servem e, acima de tudo, questionam sobre sua aplicabilidade, e
descartam as práticas que não agregam valor aos seus trabalhos.
Esse nível de discussão é mais do que importante: é prioritário
para que possamos evoluir na produção de conteúdo e atingir o
status que, por exemplo, o Pagemaker e o Corel Draw atingiram
com quantidade de informações, livros, fóruns de discussão, arti-
gos, blogs e comunidades que esses softwares possuem no Brasil
e que contribuem para acelerar a aprendizagem, promovem dis-
cussão etc. Todos ganham nesse processo: quem contribui com
sua experiência e quem recebe contribuições coerentes, precisas
e, principalmente, relevantes.
A Era da Informação acabou, e temo que a era do conhecimento
também está se esvaindo. Agora, o negócio é interação.
Photoshop - Ainda inicio conversas mais informais sobre softwa-
res gráficos dizendo que existem dois tipos de pessoas: as que
editam imagens no Photoshop e as que não editam imagens. Tro-
cadilhos à parte, eu não consigo imaginar software que consiga
atingir o status que essa ferramenta atingiu em seu mercado. E,
felizmente, temos muitas informações, comunidades, tutoriais e
quinquilharias sobre o Photoshop. Mas minha maior dificuldade é
achar informação relevante diante dessa avalanche de conteúdo,
ou encontrar mesa de discussão mais profissional e menos passio-
nal sobre o software. Encontrar o foco em uma discussão sobre o
Photoshop é bem mais difícil que utilizar o Unsharp Mask!
Illustrator - É o software menos explorado entre os que presto
consultoria.
As coisas estão engrenando à medida que passa o tempo, que a
Adobe toma iniciativas como fornecer a versão em português (a
partir da CS4 está disponível em português, depois de um jejum
de 3 versões, desde a 10), mas ainda sinto falta de comunidade
de Illustrator. Sinto falta de ter com quem conversar, de ouvir
sobre como se utiliza o software, quais técnicas de ilustração
mais exploradas em vários tipos de ilustração, como infografia,
ilustração publicitária, embalagem, quadrinhos, em fim, saber
57REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
como os usuários utilizam as ferramentas do software, aprender,
ensinar e opinar.
As discussões a que assisto em comunidades - confesso que boa
parte delas como voyeur, pois não me anima opinar - é sempre:
“Illustrator versus Corel Draw”. Nesse ponto, ainda que represente
a Adobe, eu sou democrática: a opção pelo software com o qual
vai trabalhar é de cada um.
Eu posso apresentar as ferramentas, oferecer argumentos
baseados na minha experiência, mas quem escolhe o software
com o qual vai conviver no seu dia a dia é o usuário e, assim como
eu não quero ser convertida para QuarkXPress - por mais que
respeite o software -, não acho que esse tipo de discussão leve a
algum lugar.
Então, se eu puder aqui colocar minha visão em relação a um
futuro próximo para a evolução da utilização de softwares da
Creative Suite no Brasil, minha aposta é: Illustrator.
Enquanto não chegamos ao ápice de discussão entre usuários,
compartilharei algumas comunidades que visito, outras que co-
nheci recentemente e que podem acrescentar informação ao seu
COMUNIDADE SITE DESCRIçãO
All4PG www.all4pg.com
O Fórum ALL4PG é o melhor fórum sobre Produção Gráfica que conheço e
participo. O seu moderador, Alex Leitte, produtor gráfico especializado em
embalagens de bebidas torna o ambiente tão organizado e democrático que
você consegue passar horas acompanhando as discussões, opinando sem
se perder.
Illustrator Brasil www.illustratorbrasil.com
Este grupo, recém-lançado, utiliza o sistema Adobe User Group que dispõe
de área para blog, links, podcasts e a possibilidade de participar de reuni-
ões e palestras online. Moderado por mim, pela Fabiana Go, consultora de
softwares Adobe, e convidados.
Photopro www.photopro.com.brEste é o ambiente online da revista PhotoPro, destaque para os podcasts de
excelente qualidade do Alexandre Keese.
Indesign User Group
São Paulowww.indesignusergroup.com.br
Mais um grupo de usuários que utiliza o sistema User Group da Adobe, mo-
derado pela Patrícia Guarnelli e pelo Vitor Vicentini, com reuniões mensais
gratuitas para os membros.
Blog Indesign Brasil http://indesignbrasil.blogspot.comO Vitor sempre tem uma dica bacana em seu blog sobre o InDesign. Vale a
pena dar uma passada por lá e conferir as informações.
Adobe Marketplace &
Exchangehttp://www.adobe.com/exchange/
Este site visito quase diariamente para baixar um template de Illustrator com
uma camiseta, uma biblioteca de símbolos com logos de cartão de crédito,
ou simplesmente para me inspirar através de templates e quinquilharias. É
a maior fonte de templates, bibliotecas de Illustrator, Photoshop e InDesign
(incluindo symbols, brushes de Illustrator e Photoshop etc). Vários Scripts,
plug-ins e actions também podem ser baixados através deste site.
Incunabulo http://www.incunabulo.com/
Blog em português, onde Eduardo Sérgio Rodrigues Antunes posta sobre
tipografia e InDesign. Destaque para os utilíssimos atalhos para GREP no
InDesign!
dia a dia. A maioria das indicações de comunidades tem a ver
com pessoas! Eu converso, troco ideias e discuto com pessoas! As
boas comunidades têm, em sua maioria, seu peso medido pela
qualidade de seus moderadores.
ComunidadesAbaixo citarei algumas comunidades onde é possível interagir so-
bre os mais diversos assuntos (e de diversas formas) desde soft-
wares gráficos, produção gráfica, etc.
E minha expectativa para esta coluna, parafraseando Oscar Wilde
é: “Ah! Não me digam que concordam 100% comigo! Quando to-
das as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de
que estou errada!”. Interajam, opinem e contem com minha con-
tribuição, oferecendo meu conhecimento técnico sobre integração
entre softwares da Creative Suite e minha experiência como ser
humano para promover a integração entre nós!!!
No próximo artigo, falarei sobre as certificações de Softwares
Adobe.
58 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
7 DIAS DE NOVIDADES
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TUDO ISSO NO MAIOR EVENTO GRÁFICO DA AMÉRICA LATINA!
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VENHA NOS VISITAR
Realização Organização e PromoçãoTransportadora e Operadora Credenciada
Opinião
Uma das dificuldades
de se chegar aos valores
da norma NBR NM ISO
12647-2 é descobrir
exatamente o Aumento de
Valor Tonal (antigamente
conhecido como ganho
de ponto e, hoje, como
TVI) e fazer as correções
adequadas no RIP antes
da confecção das chapas
de impressão.
Norma NBR NM ISO 12647-2
Em 2008, a comissão técnica do Prêmio de Excelência
Gráfica Fernando Pini, um dos principais prêmios
da indústria gráfica mundial, decidiu introduzir uma
categoria baseada na Norma Internacional ISO 12647-
2 com a finalidade de ajudar a disseminar no mercado
nacional a principal norma da indústria gráfica. A
12647-2 estabelece parâmetros e tolerâncias para
a impressão em offset plana ou rotativa com heatset
(forno de secagem).
Por Bruno Mortara
60 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Os concorrentes dessa categoria devem tentar atingir os valores
colorimétricos especificados na norma e explicitados num conjun-
to de dados chamado FOGRA39, presente no site do Internatio-
nal Color Consortium, ICC. Para conseguir uma boa colocação no
prêmio, os concorrentes têm que estabilizar seus processos com
curvas de Aumento de Valores Tonais, TVI (Tonal Value Increase)
similares às da norma que dá nome para a categoria. A aferição
dos parâmetros e das tolerâncias é feita pelos jurados com instru-
mentos certificados e calibrados. Para se fazer a leitura dos valo-
res requeridos, é solicitado aos concorrentes que não refilem seus
trabalhos e que os mesmos sejam acompanhados de uma tarja de
controle, a consagrada Ugra/FOGRA Media Wedge V2.
A primeira dificuldade por que passam os gráficos que concorrem
nesta categoria é o acerto de seus insumos. Devem buscar no
mercado tinta conforme a ISO 2846-1 e papel de acordo com as
especificações da ISO 12647-2.
Calibração dos sistemasUma vez obtidos os insumos adequados, o próximo passo é des-
cobrir qual é a densidade de tinta úmida, de cada cor primária
(CMYK) chapada que, quando seca, tenha valores colorimétricos
dentro das especificações da ISO 12647-2. Essa pesquisa é feita
através de um testform que também revela para aquela densidade
ideal qual é a curva de aumento de valor tonal TVI daquela cor
primária. Para o primeiro testform devemos utilizar chapas lineari-
zadas, mas sem curvas de TVI aplicadas. É importante frisar que a
utilização de uma curva correta de TVI é parâmetro de extrema im-
portância para a normalização, uma vez que garante uma corres-
pondência visual do produto impresso com uma prova de contrato.
O primeiro testform tem a aparência acima, e é especialmente
concebido para detectar as densidades adequadas e também o
TVI – aumento de valores tonais -
nas áreas como da Figura 2. Para
cada região de ajuste de tinteiro
temos o controle de TVI (ganho de
ponto) de 5%, 25%, 50%, 75% e
95% para cada uma das quatro co-
res primárias. É através da leitura
desses patches – no local onde se
obteve a colorimetria do chapado
correspondente conforme a norma –
que se constrói uma curva de com-
pensação de TVI.
Curvas ConformesEm geral os RIPs modernos, que servem a sistemas de CtP, ofe-
recem a possibilidade de realização de dois tipos diferentes de
correção do valor tonal. O primeiro, como dissemos acima, é a
linearização com o qual se obtém uma saída de valores 1:1; o
50% fica com 50% na chapa e assim por diante. Essa calibração
é necessária para a saída das chapas do primeiro testform.
O segundo tipo de correção dos valores tonais acontece após a
leitura do TVI (ganho de ponto) de 5%, 25%, 50%, 75% e 95%
de cada uma das quatro cores primárias do primeiro testform. As
curvas assim obtidas devem ser levadas ao sistema de RIP (Raster
Image Process) e o sistema deve calcular o TVI final para que sua
curva fique com a forma igual à da curva selecionada na Norma
ISO 12647-2. Abaixo, estão as curvas esperadas segundo o tipo
de papel utilizado na impressão, previstas na norma. Os papéis
são classificados em cinco tipos: 1 e 2 são revestidos, o 3 é o LWC,
o 4 é offset sem revestimento e o 5 é offset, sem revestimento e
amarelado.
As letras em maiúsculo representam o nome das curvas no gráfico
da Figura 3, cujas curvas devem ter os formatos indicados, APÓS
a introdução dos valores de TVI obtidos no primeiro testform. Após
a leitura dos pontos de amostragem, o software do RIP cria uma
Fig1. Testform para ajuste de densidade/colorimetria dos chapa-
dos e descoberta do TVI
Fig2. Área para avaliação
do TVI alinhado a um tinteiro
Fig3. Curvas padrão de TVI, conforme papel utilizado
61REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
tabela de correção para a calibração do processo, curvas estas
que devem ter a forma de acordo com a Figura 4.
Na sala de impressão Muitos fatores influenciam no aumento do valor tonal, entre eles as
propriedades dos materiais utilizados e os parâmetros de impres-
são. Isso significa que o trabalho de se encontrar as densidades
que resultem nos chapados adequados e coletar as curvas de cor-
reção de RIP pode requerer uma série de tentativas, acarretan-
do uma certa frustração. Para se obter resultados consistentes,
a sala de impressão deve estar em temperatura operacional, isto
é, abaixo de 25˚C, e a máquina impressora em condições ideais
(blanquetas, pressão, molha – condutividade e Ph etc).
Além disso, os chapados das cores primárias, CMYK, devem res-
peitar as especificações da norma. Esses valores são monitorados
pela sua densidade de tinta úmida, uma vez que os valores colori-
métricos das cores (exceto em sistema com secagem UV) podem
mudar bastante nas primeiras 24h após a impressão. Isso impede
que se faça um monitoramento por colorimetria, através de um
espectrofotômetro, durante a impressão. A variação dessas den-
sidades influencia diretamente nos TVIs das cores e suas curvas,
portanto deveriam permanecer o mais estável possível.
Outro requisito da norma é que o ponto máximo de uma curva de
TVI não ultrapasse 5% de distância de nenhum outro máximo,
nem para mais, nem para menos.
Durante o processo de calibração, as ações executadas devem
seguir o fluxo de trabalho da Figura 5.
A fim de assegurar que as correções de valor tonal realizadas não
resultem em perdas indesejadas de passos na escala de cinza das
tonalidades corrigidas, é necessário que, no testform, estejam pre-
sentes elementos de avaliação do balanço de grises e elementos
de degradês. Esses elementos do testform de impressão devem
ser avaliados visualmente.
Conclusões - A recomendação de conformidade com a norma ISO
12647-2 vem ao encontro da necessidade de se evitar um grande
número de tabelas de correção diferentes, residentes nos RIPs
das empresas, cada tabela representando um processo de calibra-
ção para certa combinação impressora/papel/tinta.
Aconselha-se agrupar as máquinas por sua característica (impres-
soras antigas e novas, por exemplo) em torno de uma determinada
curva de TVI.
Dessa forma, se mantém um certo grau de flexibilidade em relação
às máquinas de saída, facilitando a vida do PCP. Todas as curvas,
dentro das tolerâncias da norma ISO 12647-2, produzem resulta-
dos similares, visualmente e numericamente.
O principal benefício no fluxo gráfico é que os arquivos dos clien-
tes da gráfica, produzidos desde a sua criação para as condições
normatizadas (ISO 12647-2), podem ter os resultados previstos
já nos sistemas de pré-impressão nos monitores calibrados ou
nos sistemas de provas. E não há surpresas quando o trabalho
é impresso.
Todo esse trabalho visa a obtenção de um ambiente de produção
previsível, consistente e com qualidade máxima. Isso é o que efe-
tivamente reduzirá tempo de acerto, materiais descartados, horas
máquina e horas-homem e proporcionará, portanto, resultados
financeiros palpáveis e a satisfação dos clientes.
Fig.4: Curvas características para as cores primárias [CMYK]
em vários tipos de papel de acordo com a ISO 12647-2
Fig.5- Fluxograma de trabalho
para a calibração segundo a ISO 12647-2
Muitos fatores podem influenciar no aumento do valor tonal
62 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Opinião
O filme “2012”, uma superprodução de 200 milhões de dólares,
sob a batuta especializada em catástrofes do diretor Roland Em-
merich, e alguns livros sobre a Profecia Maia para o fim do mundo
têm movimentado com vigor a indústria do entretenimento. O tema
também é sucesso global nos jornais, revistas, rádio, TV e internet.
Com seriedade, ironia, chacota, viés científico, enfoque metafísico,
apelo supersticioso ou mera diversão, o assunto vem ocupando
toda a ampla e diversificada mídia desta era da informação.
O Planeta já sobreviveu a numerosos vaticínios sobre a sua ex-
tinção, passando incólume por várias datas fatídicas, apontadas
por Nostradamus, cientistas, místicos, pergaminhos misteriosos,
achados arqueológicos e textos religiosos. A calamidade da vez é a
Profecia Maia, baseada no calendário dessa fantástica civilização
precolombiana, que prevê a tragédia final no dia correspondente a
21 de dezembro de 2012. Como, à época, a Terra estará alinhada
ao Sol e ao centro da Via Láctea, especula-se sobre uma alteração
do campo magnético, que provocaria imensos tsunamis, erupções
vulcânicas e violentos terremotos. Os presságios sobre o fim dos
tempos têm instigante analogia com outra previsão intermitente na
trajetória da humanidade: a extinção de determinadas mídias, ante
o surgimento de outras. Até hoje, porém, nenhuma dessas profe-
cias concretizou-se. Da mesma forma que a linguagem escrita,
surgida há cerca de cinco mil anos na Mesopotâmia, não acabou
com a fala, única forma de comunicação dos homens desde a pré-
história, a imprensa de Gutenberg, há cerca de quatro séculos e
meio, não extinguiu as cartas manuscritas; jornais, livros e revistas
não acabaram devido ao surgimento do rádio; todas essas mídias
e mais o cinema não sucumbiram ao advento da televisão, contra-
riando os rumores catastróficos difundidos durante tanto tempo.
A predição da vez quanto às mídias é relativa à comunicação grá-
fica, mais especificamente no tocante ao livro. Na recente Feira
de Frankfurt, a maior do mundo no gênero, já se estabeleceu até
mesmo o ano no qual ele acabará: 2018! A partir de então, haveria
somente o e-book, já comercializado em todo o mundo, inclusive
no mercado brasileiro. Não há dúvida de que o livro digitalizado
é irreversível, como se pôde notar na edição deste ano daquele
O fim do mundo e dos livros
Por Fabio Arruda Mortara
evento, na qual 361 expositores, ou 5% de um total de 7.373, o
incluíram em seu mostruário. Porém, isso não significa o fim do
impresso. Sempre haverá público para todas as modalidades entre
os quase sete bilhões de terráqueos.
Seria redundante, e até ingênuo por parte das editoras, indús-
trias gráficas e amantes da palavra impressa, negar ou resistir ao
avanço do e-book. Tampouco é desnecessário discorrer sobre as
vantagens do livro de papel, sua magia, preço, peculiaridades ine-
rentes às artes gráficas e outros diferenciais. O importante é ter
consciência de que o mercado da comunicação e do entreteni-
mento tem espaço para todas as mídias. Cabe a cada uma delas
desenvolver-se, agregar novas tecnologias, ampliar sempre a sua
qualidade e se adequar às demandas de uma civilização cada vez
mais inquieta e dependente da informação. Felizmente, todos têm
sido eficazes no enfrentamento desses desafios. No cinema, só a
pipoca e o insubstituível encanto da telona são os mesmos. Ima-
gem e som digitais, três dimensões e poltronas confortabilíssimas
ajudam a seduzir os espectadores. O rádio, incansável prestador
de serviços, atingiu níveis excepcionais de qualidade, como, aliás,
puderam perceber alguns milhões de brasileiros, no apagão de
novembro, quando essa mídia foi decisiva para informar, orientar
e tranquilizar a população.
Os livros estão cada vez mais bonitos, bem impressos, com dia-
gramação atrativa e capas instigantes e irresistíveis. Suas tiragens,
graças à tecnologia da impressão digital, que também não extin-
guiu o offset, adaptam-se às mais distintas demandas, títulos e
mercados. O mesmo aplica-se a jornais e revistas.
Ouso, assim, fazer mais um vaticínio, em meio aos tantos que, vira
e mexe, permeiam o inconsciente coletivo: se a Terra sobreviver
à Profecia Maia em 2012, claro, o livro impresso não acabará em
2018! Afinal, sua extinção seria o fim do mundo da maneira como
o conhecemos, à medida que sucumbiria o universo lúdico da
tinta sobre o papel, no qual a humanidade convive há séculos, de
maneira muito íntima, com sua história, cultura, literatura, ciência
e todo o conhecimento que a permitiu sair das cavernas e con-
quistar o cosmo!
64 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
Opinião
Em nossas apresentações relativas à impressão digital sempre en-
fatizamos que a definição do negócio e um plano mercadológico
adequado devem preceder a definição tecnológica. Isso, em geral,
se choca com o senso comum de muitas gráficas de que a má-
quina impressora é o centro das definições que levam a um novo
negócio.
Tradicionalmente, é verdade, é assim que se faz. O plano merca-
dológico, e mesmo sua estrutura de custos, é quase que automa-
ticamente estabelecido pela gráfica quando ela decide comprar
um determinado equipamento. No caso da impressão digital, pela
especificidade dos equipamentos e, mais ainda, pelo fato de que a
impressora é só uma parte do fluxo de produção onde o front end
e o workflow têm importâncias e valores muito próprios, a defini-
ção do que se vai fazer, e para quem, é vital antes da definição de
todo o conjunto tecnológico. Faço esse preâmbulo para citar um
case recente que tivemos na consultoria para o desenvolvimento
de um plano de negócios para uma empresa editorial de pequeno
porte na área de revistas e publicações científicas.
Para preservação da empresa e por ainda estarem no desenvolvi-
mento estratégico do plano, vou, por enquanto, chamá-los de em-
presa D. Quando começamos a conversar, a necessidade que eles
nos apresentavam era a da definição de um equipamento digital
para que passassem a imprimir os periódicos de seus clientes,
pois o trabalho de edição estava muito concorrido e já não traziam
os retornos que obtinham antes. Decidiram, então, começar a im-
primir para oferecer um serviço adicional a seus clientes.
Nosso questionamento começou pela verificação de quais eram
de fato os benefícios que estavam entregando aos seus clientes, e
quais benefícios adicionais queriam começar a entregar.
A questão colocada se refere ao conceito de que os produtos e
serviços que entregamos aos nossos clientes, na verdade, se tra-
duzem em algum tipo de benefício a que eles estão dispostos a
pagar mais ou menos, dependendo de quanto valor eles perce-
bem nessa troca.
Pois bem, a simples constatação de que agregar impressão não
traria benefícios percebidos claramente pelo cliente fez com que
eles realizassem uma pequena pesquisa identificando nos cliente
suas reais necessidades em termos de edição e gerenciamento de
seus conteúdos digitais ou impressos.
Com um levantamento adicional sobre a oferta da concorrência,
pudemos ter na mão os atributos necessários para que desenvol-
vêssemos o que chamamos de “curva de valor da empresa D”,
ou, para simplificar, um conjunto de atributos que permitissem
criar uma oferta diferenciada da concorrência e benefícios que os
clientes ansiavam por ter.
Para exemplificar melhor, esse tipo de publicação ao qual a em-
presa D se dedica é feito por pesquisadores ou acadêmicos que
só têm tempo e visão para o seu trabalho científico, e não para
o processo de adaptação, preparação editorial e disponibilização
por meio digital e impresso ao seu público leitor e à comunidade
científica.
De posse desses dados, a empresa D desenvolveu uma aplica-
ção via internet de captação e editoração dos conteúdos e, aí sim,
pôde definir e oferecer a parte de impressão com um fluxo de tra-
balho e uma impressora com os acabamentos adequados a essa
oferta e ao tipo de trabalho desejado por seus clientes. Além disso,
adicionou a logística de distribuição e ofereceu um serviço; o com-
pleto de ponta a ponta.
Nessa oferta não se discute o valor unitário da impressão, pois ela
é parte de um pacote de oferta mais amplo. O que se oferece é
eliminar o máximo possível de trabalho dos clientes, deixando-os
quase que exclusivamente com o que realmente os preocupa, ou
seja, o desenvolvimento do seu trabalho ou artigo acadêmico. Se a
definição do equipamento viesse em primeiro lugar, a empresa D
não teria desenvolvido uma oferta mais completa aos seus clientes
e, sem dúvida, passaria a oferecer os impressos dentro do modelo
tradicional de cotação, preço, desconto e baixo retorno.
Prometo, em pouco tempo, revelar a empresa, mas acho que o
que vale é a demonstração do conceito para aqueles que vão co-
meçar ou ampliar seus negócios com impressão digital. A defini-
ção do modelo de negócios e o plano mercadológico vêm antes da
definição tecnológica dos equipamentos e fluxos digitais.
A definição do modelo de negócios
Por Hamilton Costa
65REVISTA DESKTOPDEzEmbROjAnEIRO2010
Dados da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) de-
monstram que a produção do setor, constituído por cerca de 20
mil empresas e empregador de 200 mil trabalhadores, cresceu
11% no terceiro trimestre deste ano, em relação aos três meses
imediatamente anteriores. Os indicadores ratificam as evidências
de que o Brasil foi um dos primeiros países a emergir da crise
mundial, considerando ser a atividade um termômetro da eco-
nomia, à medida que o movimento da produção de embalagens,
impressos comerciais, notas fiscais, talões de cheques e outros
impressos reflete a dinâmica do nível de atividade.
Os números específicos do segmento de embalagens em papel
cartão indicam expansão de 9,8% em relação ao segundo trimes-
tre. O dado é coerente com as estatísticas da Confederação Nacio-
nal da Indústria (CNI), que observou retomada no crescimento da
manufatura. Segundo a Sondagem Industrial da entidade, recém-
divulgada, o indicador de evolução da produção ultrapassou a
marca dos 50 pontos, após três trimestres seguidos abaixo desse
patamar. No terceiro trimestre, o índice chegou a 56,6 pontos. No
segundo trimestre, estava em 48,1 pontos e nos primeiros três
meses do ano ficou em 36,1 pontos.
O Brasil supera paulatinamente os riscos de recessão e deverá
fechar 2009 até mesmo com crescimento, em torno de 1,5%. As
projeções para a evolução de seu PIB em 2010, em torno de 5%,
corroboram as análises relativas ao sucesso do País no enfrenta-
mento da crise internacional. Contribuíram para isso as medidas
adotadas pelo Governo, como a redução do IPI para automóveis e
linha branca, redução do compulsório dos bancos, diminuição da
taxa de juros e linhas de financiamento para a habitação. Também
foram muito importantes a confiança e a determinação do parque
empresarial, que não se deixou abater pela onda de incertezas da
economia global.
Além dos indicadores conjunturais positivos, é estimulante a con-
clusão do estudo “Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano
Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados”. Esse trabalho
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ratifica a redu-
ção do número de pessoas pobres no País entre 2003 e 2009 e re-
vela que a crise econômica não provocou um retrocesso nos núme-
ros da inclusão social. No período analisado, segundo o relatório,
quatro milhões de brasileiros ascenderam da exclusão ao mercado
de consumo, significando redução de 26,8% na taxa de pobreza.
Os dados atestam os avanços do Brasil nas últimas duas décadas,
em especial a partir da estabilidade econômica alcançada nos 15
anos desde o advento do Plano Real. Também são inegáveis os
resultados de algumas políticas sociais na presente década, in-
cluindo a melhoria de renda nas faixas salariais menores, inclusive
para quem ganha o mínimo. O bom momento vivido pelo País
reflete-se em estatísticas relativas à melhoria da qualidade da vida
e às áreas da educação e cultura.
Nesse contexto, outros dados relativos à cadeia produtiva da co-
municação gráfica revelam um cenário positivo. O País produz
340,2 milhões de livros anualmente, segundo a pesquisa “Produ-
ção e Vendas do Mercado Editorial Brasileiro 2008”, realizada pela
Fipe/USP, para a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato
Nacional dos Editores de Livros SNEL). A média de 1,8 livro lido
por habitante, em 2001, subiu para 3,7, em 2008. O mercado
livreiro faturou R$ 2,43 bilhões, relativos à comercialização de
211,54 milhões de exemplares em 2008.
No período de 2006 e 2008, foram lançados aproximadamente 57
mil novos títulos e impressos mais de um bilhão de exemplares.
O estudo também aponta significativa queda de preços, em torno
de 25%, e evidencia o crescimento da venda porta a porta. Neste
aspecto, o Brasil protagoniza uma experiência inusitada e bem-
sucedida: a Avon, tradicional marca de cosméticos, foi responsá-
vel pela venda de 50% dos 28,8 milhões de livros vendidos nesse
sistema em 2008. Em 2010, com a realização da ExpoPrint Latin
America 2010, a maior feira do setor gráfico na América Latina,
Bienal Internacional do Livro de São Paulo, maior feira do gênero
no País, e eventos como a Copa do Mundo e as eleições para de-
putado federal e estadual, senador, governadores e presidente da
República, a comunicação gráfica deverá ter impulso ainda mais
significativo. Os indicadores econômicos, os “termômetros” da in-
dústria gráfica e dos livros, o processo de inclusão social e o poten-
cial como produtor de energia limpa e renovável, principalmente
a hidrelétrica e os biocombustíveis, fazem com o Brasil deixe de
ser o país do futuro, transformando-o numa das mais dinâmicas
economias do presente.
*Dieter Brandt é presidente da Heidelberg para a América do Sul e
Presidente da Afeigraf (Associação dos Agentes de Fornecedores de
Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica).
O Brasil supera paulatinamente
os riscos de recessão e deverá fechar 2009 com crescimento, em
torno de 1,5%
Opinião
Qual o real significado da palavra parceria, amplamente utilizada
nos dias de hoje, em uma relação entre fornecedor e cliente? Uma
questão interessante, pois essa é uma relação na qual se pres-
supõe que uma parte paga por um produto ou serviço, enquanto
a outra fica no dever de fornecer esse produto ou serviço com a
melhor qualidade possível. Também fica implícito que cada lado
buscará obter a condição comercial mais favorável na negociação
desse contrato de compra e venda. Essa é a essência de qualquer
relação básica entre vendedor e comprador, e é assim também
que funciona no nosso dia a dia de consumo quando vamos à
feira, ao supermercado, à loja de eletrodomésticos etc.
Quando o sucesso de um investimento depende da sequência
do relacionamento entre fornecedor e cliente, porém, a boa ne-
gociação no ato da compra passa a ser apenas um dos detalhes
do processo. Importante detalhe, claro, mas vender e instalar são
apenas duas das muitas funções que o fornecedor passa a ter
em segmentos diretamente relacionados à alta tecnologia e à inte-
gração entre equipamentos e sistemas. E é esse o caso de nossa
indústria gráfica.
ParceriaPor Richard Möller
Ao investir em um novo
equipamento gráfico –
seja para impressão,
pré-impressão ou aca-
bamento – a empresa
coloca cada vez mais
tecnologia em seu sis-
tema de produção vi-
sando objetivos como
aumento de qualidade
e produtividade, além
de redução de desper-
dícios. Atingir esses ob-
jetivos dependerá não
somente da escolha da
tecnologia adequada,
mas também da utilização plena de todos os recursos. Dependerá,
em grande parte, de uma cooperação contínua entre as equipes
do usuário e do fornecedor na implantação da tecnologia e tam-
bém nos momentos em que os problemas técnicos aparecerem.
Será que o bom funcionamento dessa cooperação poderia ser
chamado de parceria? Não deveria... Essa cooperação é apenas
o serviço fundamental necessário na implantação de um equipa-
mento de alta tecnologia, e nada mais é do que obrigação do for-
necedor em relação a seu cliente. Parceria implica em algo mais.
Uma via de duas mãos onde ambas as partes oferecem mais do
que aquilo que é obrigação. E na qual os dois lados beneficiam-se
de uma relação que extrapola essas obrigações. Parceria não se
compra e não pode ser exigida de um cliente ou de um fornece-
dor. Parceria se constrói naturalmente quando há confiança na
relação. Quando isso ocorre, cliente e fornecedor se transformam
em parceiros e estabelecem uma relação onde só há vencedores.
*Richard Möller é gerente comercial para os segmentos de rotativas
da MAN Ferrostaal
Quando se pensa no sucesso de um investimento, a negociação é apenas uma parte do processo. Na outra, está a parceria.
68 REVISTA DESKTOP DEzEmbROjAnEIRO2010
20ª FEIRAINTERNACIONAL
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A revista oficial do site photopro.com.br | Edição 28
Natal!!Então é
Photoshop ExpertAlexandre Keese mostra como o HDR permite obter o melhor de cada uma de suas imagens
Fotografia DigitalCrie imagens muito grandes usando câmera comum e muito Photoshop
Studio ProO Photoshop a favor da criatividade de AC Espilotro
Editorial
2010 é um ano que traz grandes expectativas - e por diferentes motivos.
Um deles é a decolagem do novo site do Grupo PhotoPro, mais dinâmico e com um conteúdo to-
talmente inédito, incluindo podcasts sobre os mais variados temas ligados ao incrível mundo do
Photoshop, e um noticiário online dinâmico sobre as novidades do Grupo PhotoPro e lançamentos
do mercado de imagens.
O segundo motivo é, como não poderia deixar de ser, o Photoshop Conference 2010, que está
simplesmente repleto de novidades. Com o tema “Mito ou Verdade?”, o evento terá mais empre-
sas expositoras, mais tutoriais e uma programação totalmente reformulada. Além disso, já foram
anunciados novos congressistas que se unem a nomes tradicionais do evento. Em 2010, estreiam no
Photoshop Conference Fabio Sasso, Ricardo Macedo, Fujocka, Fabiana Go e Ari Versiani. E outros
novos nomes ainda estão para ser confirmados! Isso, sem falar na nova edição do Adrenalina Pura
e no novo Lightroom Day, um dia totalmente dedicado ao Photoshop Lightroom.
Por fim, um terceiro motivo são as novidades que o Grupo PhotoPro e a Revista Desktop guardam
para fevereiro. Sem dúvidas, será o pontapé inicial para uma novíssima fase dessa dupla de sucesso.
Agora, falando na última edição do ano, preparei uma matéria especial sobre HDR, e como ele
poder dar um toque a mais de qualidade e beleza na sua foto; AC Espilotro e Marcio Negherbon
também capricharam para esta edição, mostrando como o Photoshop pode ser um excelente aliado
da criatividade, e os profissionais do Estúdio Luz nos oferecem um tutorial de dar água na boca.
Vire a página e confira!
Alexandre Keese
Editor da Revista Photoshop Pro e diretor do Grupo PhotoPro
2010. ano dE PhotoshoP ConfErEnCE
Fotógrato paulistano que
possui conta de grandes
empresas do mercado, pre-
miado nacional e interna-
cionalmente. É colaborador da Revista
Photoshop Pro e instrutor do
Photoshop Conference.
CaCalo
Fotógrafo consagrado
no Brasil, com prêmios
nacionais e internacionais.
Está à frente do Estúdio
Luz, um dos maiores do interior de
São Paulo.
Formado em Publicidade,
Kauê é especialista em
tratamento de imagens
e pós-prdoução com o
Photoshop. Dirige o Estúdio Luz e,
também, sua empresa, a Estúdio de
Imagem.
lEonardo luzKauê luz
Formado
em Comunicação Visual
pelo Mackenzie, Espilotro
especializou-se no uso
criativo do Photoshop. Atualmente,
trabalha na área de Design e Criação e
é um dos diretores da A2 Publicidade.
aC EsPilotro
Vencedor do Adrenalina
Pura em 2007, Marcio
trabalha no birô de
imagens Meca, da gráfica
Impresul de Porto Alegre (RS). Sua
habilidade com fusão e construção
de imagens pode ser vista, agora, na
Photoshop Pro.
MarCio nEghErbon
ColaboradorEs
Editor Assistente da
Photoshop Pro. Felipe
Especializou-se em trata-
mento e manipulação de
imagens com o Photoshop.
Atualmente, também é responsável
pelos tutoriais de Conceito da Revista
Photoshop Pro.
fEliPE zaCharias
Especialista em Photoshop
e consultor da Adobe
EUA. Possui diversas
publicações sobre dicas e
técnicas de Photoshop, parte da fa-
mosa série de livros Photoshop WOW.
JaCK davis
Sua revista de Photoshop 3
Um dos temas mais atuais no universo do Photoshop e da fotografia
é o High-Dynamic Range, ou HDR, que é bastante difundido para quem
trabalha com 3D e, hoje, indispensável na fotografia.
Neste artigo, vamos entrar no universo técnico e criativo, usando o poder e flexibilidade do HDR na
produção de imagens de alto impacto visual, chegando, em alguns casos, a
remeter a um ar de ilustração.
hdr 2010: uma visão fotográfica e criativa
Download disponívelAcesse PhotoPro.com.br/pspro28,
e faça o download da sua imagem
Dicas & TruquesPhotoshop Expert Por dentro da foto Fotografia Digital Studio Pro Photoshop em Ação Conceito
4 Photoshop Pro
Cuidados durantE a Produção das iMagEnsAntes de começar, você deve se preocupar com alguns itens para ga-
rantir o sucesso do processo.
1. A imagem deve ser capturada com o auxílio de um tripé, garan-
tindo o registro perfeito.
Obs.: Já fiz imagens sem o tripé e usei o Auto Align do Pho-toshop; o resultado foi muito bom, mas lembre-se: quanto melhor a captura, melhores os resultados.
2. Você pode fazer uma sequência de até sete imagens para garantir
uma melhor transição.
3. O número mínimo sugerido é de três imagens.
4. Altere a velocidade, e não a abertura. Caso contrário, a profundi-
dade de campo será diferente e o resultado pode ser comprometi-
do, pois teremos elementos com condições diferentes de nitidez.
5. Evite ruídos não usando valores altos de ISO. Apesar da evolução
das câmeras nesse sentido, dê preferência aos valores menores.
6. A exposição entre as imagens deve ser de 1 a 2 EV (exposure value).
7. Evite alteração na fonte de luz ou mesmo o uso de Flash.
trabalhando CoM hdrVamos começar analisando as imagens a seguir. Temos três imagens
com exposições diferentes; cada uma delas valoriza as informações
Isso significa que o HDR possui focos diferentes, tendo uma faceta
mais técnica quando visto pelo lado da fotografia, e uma mais criativa,
quando visto pelo lado do Photoshop.
Por isso, vou começar pelo lado técnico. Assim, você vai conhecer
o processo, sua origem e metodologia de trabalho. Pois, para que o
resultado final tenha qualidade, temos que começar capturando a ima-
gem corretamente, e isso significa capturar mais uma de uma imagem
com exposições diferentes.
Por dEntro do hdr - high dynaMiC rangEMuito mais do que um efeito, a fotografia HDR permite que tenha-
mos uma imagem capturada bem próxima daquela de nossa referência
visual. Dessa forma, temos uma imagem rica em detalhes nas áreas
claras e nas mais escuras, o que, durante o processo fotográfico de
um único clique, é praticamente impossível, sendo necessárias várias
exposições para conseguir tal resultado.
Assim, podemos concluir que o diferencial da fotografia HDR é essen-
cialmente a luminosidade, pois permite o alcance de ricos detalhes nas
altas e baixas luzes da imagem.
Tudo começa durante a captura de duas ou mais imagens, porém, o
mais comum é o trabalho com três até sete imagens.
Cada uma delas deve possuir uma variação na exposição. Dessa for-
ma, teremos imagens claras ou superexpostas com riqueza de detalhes
nas áreas claras e pouca ou quase nenhuma informação nas áreas
escuras; e imagens escuras ou subexpostas, com riqueza de detalhes
nas áreas claras e quase nenhuma informação nas áreas escuras, exa-
tamente o oposto do primeiro caso.
Obs.: Cuidado com intervalos de tempo muito longos entre as
capturas, pois a luz natural pode ser alterada e comprometer o
resultado final.
Dicas & TruquesPhotoshop Expert Por dentro da foto Fotografia Digital Studio Pro Photoshop em Ação Conceito
6 Photoshop Pro
presentes em uma determinada área, e a função do comando Merge to
HDR é reunir a melhor informação de cada uma em um único arquivo.
Todo o processo é feito pelo cálculo da luminosidade presente nos ca-
nais usando uma profundidade de 32 bits por canal, mas, lembre-se,
somente alguns comandos podem ser usados após a fusão, sendo ne-
cessária a conversão para 8 ou 16 bits ao final do processo.
1 Mãos à obra
Vamos começar a fusão das imagens. Isso pode ser feito pelo Pho-
toshop ou pelo Bridge.
No Photoshop, escolha File > Automate > Merge To HDR. Vá para a
parte 02, ou, no Bridge, selecione as imagens e escolha Tools > Pho-
toshop > Merge To HDR. Na etapa seguinte, vá para o passo 03, caso
você opte por essa sequência.
Parte 2Na caixa de diálogo aberta, clique na opção Browse, e escolha suas
imagens pela janela aberta. Também é possível utilizar as imagens
abertas no aplicativo neste passo, clicando em Add Open Files.
Uma nova caixa de diálogo é aberta e nela você pode ver o resulta-
dos da sobreposição das múltiplas imagens visualizadas pela lateral
esquerda com seus respectivos valores EV. Com um clique, pode-se
desativar ou combinar a sequência de imagens atualizando o resultado
final ao centro. Além disso, permite o controle sobre a profundidade
de bits - 8 / 16 / 32 bits - e o ajuste da transição mais adequado para
o ponto branco. Essa transição é importante para definir os detalhes
presentes e, até mesmo, a luminosidade na imagem final.
Obs.: É necessário que a opção 32 bits por canal esteja ativa para
garantir que todos os detalhes da transição sejam preservados
pela fusão do HDR.
Ao final, clique em OK para que o Photoshop possa finalizar o processo
e gerar sua imagem.
Shortcut Updates Portifólio Por Alexandre Keese | [email protected]
Sua revista de Photoshop 7
2
3
4
5
ConvErtEndo suas iMagEns
CroP
vibranCE
ContrastE
A conversão de 32 bits para 8
ou 16 bits por canal pode ser
feita no Photoshop de forma
que a transição de luminosi-
dade preserve ao máximo os
detalhes de sua imagem. Para
tanto, você deve entrar no
menu Image > Mode > 16 Bits/
Channel ou 8 Bits/Channel.
Uma caixa de diálogo é aber-
ta e, nela, você pode escolher
uma entre quatro opções para
a conversão.
1. Exposure And Gamma: permite o ajuste manual do brilho e con-
traste da imagem.
2. Highlight Compression: não permite ajustes manuais e tem como
princípio a compressão dos valores de luminosidade para 8 ou 16 bits.
3. Equalize Histogram: preserva o contraste durante a conversão au-
tomática.
4. Local Adaptation: permite o ajuste
manual do brilho e contraste. Clican-
do sobre a seta na parte inferior da
tela, a janela é estendida permitindo
que os ajustes sejam feitos pelas cur-
vas. Um histograma também aparece
ao fundo ajudando a análise durante
a conversão.
Obs.: A curva tonal permite apenas alguns ajustes e pode ser uti-
lizada com a opção “Corner”, criando pontos de transição duros.
É a opção que uso em quase todas as minhas conversões, mas você
vai notar que os resultados ainda precisam de um ajuste final, como
apresento a seguir.
Comecei pelo enquadramento usando a ferramenta de Crop; na ca-
rona, a rotação também foi ajustada e, assim, eu tenho a cena final.
Existem duas formas para aumentar a saturação de uma imagem:
o tradicional comando Saturation, que aumenta a saturação geral
da imagem, e pode causar algumas transições duras; e o comando
Vibrance, que permite um trabalho mais fino. Optando pelo segundo
comando, vou aumentar seu valor para 70.
Ao final, inseri uma curva “S” para compensar o pouco contraste e
valorizar mais a imagem.
Dicas & TruquesPhotoshop Expert Por dentro da foto Fotografia Digital Studio Pro Photoshop em Ação Conceito
8 Photoshop Pro
Photoshop Expert Por dentro da foto Fotografia Digital Studio Pro Photoshop em Ação ConceitoDicas & Truques
Swatches Sam-
pler) podem ser
carregadas a
partir do menu
lateral da pale-
ta de Swat-ches
lado esquerdo
superior.
Colorização manual
Transforme suas imagens P&B em arquivos coloridos através de adição individual e realista de cor em suas diferentes áreas.
1
Caso sua imagem esteja no modo Grayscale, certifique-se de selecio-
nar Image > Mode > RGB Color antes de começar a trabalhar. Para se
preparar para pintar, selecione e armazene as cores a serem usadas.
Clique na cor em foreground, defina uma cor para a pele. Após isso,
escolha Window > Swatches e clique em uma área vazia na paleta de
Swatches para salvar a sua cor. Realize essa operação mais quatro
vezes para definir amostras para os lábios, cabelos, roupas e parede -
Pressione Option (PC: Alt). As amostras de cores do exercício (HTW-
adiCionE CorEs à PalEta dE swatChEs
10 Photoshop Pro
Shortcut Por Jack Davis | [email protected] Updates Portifólio
Utilizaremos cinco layers,
um para cada amostra de
cor. Pressione Option (PC:
Alt) e clique no ícone New
Layer. Defina o seu nome,
regule o menu pop-up Mode
para Color, e configure o
comando Opacity em 50%.
Crie um layer para cada
área que estará colorizan-
do (cabelos, roupas, parede
etc.). Por iniciarmos com a
opacidade em 50%, seremos
capazes de, facilmente, in-
tensificar as cores caso ne-
cessário, depois de terminarmos a pintura.
2 3
4
5
CriE layErs Para arMazEnarEM as CorEs
PintE CoM oPaCidadE baixa
sElECionE outros layErs E PintE novaMEntE
aJustE a oPaCidadE do layEr
Selecione um brush grande,
de extremidades suaves, e
defina o comando Opacity do
brush para 50%. Em segui-
da, clique no layer da pele,
selecione a cor da amostra
na paleta de Swatches e pinte
sobre a face, sendo atencio-
so para não pintar sobre os
olhos.
Caso espalhe demais as co-
res, digite X para mudar para
branco ou preto, e pinte para
remover a cor desejada.
O aspecto de cartão postal. Aqui está uma tradicional fotografia
infravermelha que foi colorizada para ter o aspecto de um cartão
postal antigo. O total de cores usado foi: três tons de verde e um
de azul. O tempo total gasto foi menos de 60 segundos. Nenhu-
ma cor respeita as margens; a chave para produzir o visual de
uma imagem criada há décadas é fazer um trabalho não muito
preciso.
Ao terminar de utilizar uma cor, escolha uma outra amostra da paleta
de Swatches, clique no layer apropriado e comece a pintar.
Continue esse processo até ter colorizado toda a imagem. Note que
utilizamos a cor dos lábios para dar um leve toque de blush sobre as
bochechas.
Nesse estágio, clique nos layers que foram pintados e regule o recurso
Opacity para controlar a quantidade de cor utilizada em cada área.
Em nosso caso, modificamos o layer dos lábios para 25% e o da pa-
rede para 60%.
Sua revista de Photoshop 11
falso back digital
Photoshop Expert Dicas & Truques Studio Pro Photoshop em Ação ConceitoPor dentro da foto Fotografia Digital
12 Photoshop Pro
Fotografias que se destinam a grandes ampliações precisam ser feitas
com um formato maior para que tenham uma quantidade superior de
informaçõe e mais definições nas linhas e nas cores.
E, para isso, basta termos um back digital com sensores maiores
(CCD) que custa em torno de alguns milhares de dólares, e repassar
esse custo para o nosso cliente.
Obviamente, corremos o risco de, no mínimo, matarmos de rir a nossa
fonte de renda (o cliente). Principalmente se for um cliente que espo-
radicamente precise de uma imagem grande como essa, seja para uma
feira ou para um eventual congresso.
Nesta foto foi exatamente o que aconteceu. O diretor de arte pediu
uma imagem grande, que teria uma grande ampliação, sem que hou-
vesse a verba necessária para fotografarmos com uma Hasselblad ou
qualquer outra máquina de maior formato. O melhor, então, foi simu-
lar esse back digital através da manipulação. Como se tratava de uma
imagem de alimento, especificamente de massa, tivemos a dificuldade
de sincronizar o tempo da produtora com o tempo da captura das
imagens. Pois não podemos esquecer que, nas fotos de alimentos, o
tempo entre o ato do preparo e o tempo do clique pode ser decisivo na
qualidade, já que a maioria dos alimentos muda de forma, brilho ou
aparência devido à mudança na temperatura ou o tempo de espera.
falso back digitalComo trabalhar com imagens que precisam ser ampliadas sem perder a qualidade, e, mais, utilizando os recursos do Photoshop para suprir o famoso back digital?
Neste tutorial do Grupo Luz, aprenda como capturar uma imagem incrível, preparada para pós-edição no Photoshop otimizando detalhes, brilho, iluminação e cores. Ao final, buon apetit!
Posicionamos a máquina menor para fazer o enquadramento, que se-
ria na horizontal. Assim, com o auxílio da produtora, começamos a
discutir qual seria a composição adequada a nossa imagem - Colocar
um enfeite, deixar um outro elemento aparecer ou cortar.
Tivemos que tomar cuidado para usar nessa máquina, que tinha um
crop de 1,6, a mesma distância focal equivalente ao que usaríamos na
máquina full frame.
Depois de feito o enquadramento, fizemos a iluminação da cena. Por
se tratar de um prato, usamos a velha regra de utilizar uma luz ”lam-
bida”, ou seja, iluminei com um Octosoft 45’graus alto e, atrás, com
uma luz de recorte bem na altura do prato, dando leves brilhos na
lateral da massa e das verduras.
Para enchimento, colocamos alguns rebatedores à frente e alguns es-
pelhos para dar brilho e vida ao prato.
A diferença nessa captura está em colocar a máquina na vertical e
prepará-la tal como se fôssemos fazer uma panorâmica, e dividir o
enquadramento que fizemos com a primeira máquina em seis partes,
Shortcut Updates Portfólio Kauê Luz e Leonardo Luz | [email protected]
Sua revista de Photoshop 13
cada uma no tamanho de 12
megapixels.
Para isso, colocamos uma Ca-
non 5D no tripé com um “L”
(trilho para posicionar a má-
quina e poder girá-la no mes-
mo eixo e, assim, conseguir
um registro melhor). Uma len-
te macro 100 ajudou a obter
maior qualidade ao aproximar
do prato.
Fiz o colorchecker, a fotome-
tria e fotografei as seis ima-
gens correspondentes a cada
parte da cena, e enviei ao la-
boratório.
Já no laboratório, abrimos as imagens que estão disponíveis para do-
wnload no link www.grupoluz.com.br/desktop/macarrao.html através
do Bridge.
1
2
no PhotoshoP
Edição
Selecione todas as imagens e dê File > Open.
Por se tratar de arquivos brutos DNG, os documentos serão abertos
no ACR. Essa é a melhor alternativa para interpolarmos os arquivos.
Selecione, no canto inferior, a opção desejada.
Na opção size, selecione o maior tamanho. Dica: para tamanhos com
sinais positivos, use interpolação de expansão; sinais negativos, use
interpolação de redução.
Opte por imagens em 16 bits, assim, terá mais informações por canais,
aumentando a gama de tratamento.
Faça todos os ajustes e corre-
ções direto no ACR; os pixels
serão editados, mas não alte-
rados. Abra as imagens.
Photoshop Expert Dicas & Truques Studio Pro Photoshop em Ação ConceitoPor dentro da foto Fotografia Digital
14 Photoshop Pro
3 PhotoMErgE
Agora, vá em File
> Automate > Pho-
tomerge. Dessa
maneira, iremos
montar automati-
camente todas as
imagens.
Selecione as opções Open Files, Blend Images (já faz as misturas) e
Geometric Distortion Correction (corrige distorções ópticas).
As imagens serão auto-alinhadas e posicionadas em um novo arquivo
PSD. Depois, feche as outras janelas que originaram essa montagem.
Agora, vá no menu View >
Screen Mode > Full Screen
Mode with Menu Bar.
4
5
CroP
hidE
Com a ferramenta Crop seleciona-
da, enquadre a imagem.
Selecione a opção de Hide para evi-
tar a exclusão da imagem em excesso. E, se precisar, altere a cor de
visualização do crop. Pressione Enter. Teremos a imagem montada,
cortada e em layers separados.
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Sua revista de Photoshop 15
6 7
8
MEsClagEM o Prato
CurvE
Para mesclar as camadas, vá em
menu Layer > Merge Visible. Para
corrigir o pedaço que faltou da ima-
gem, com a ferramenta de seleção
retangular, selecione o canto infe-
rior direito. Após selecionar pres-
sione Cmd+T (PC: Ctrl+T) e com o
botão direito ative a opção Warp.
Dica: Movimente somente os quadrantes inferiores, assim, não
perderá o registro superior. Repita o procedimento no lado infe-
rior esquerdo.
Visto que essa imagem é de alimento, vamos agora ajustar tonalidades
para deixá-la “apetitosa”. Vá em menu Window > Adjustments.
Selecione o Hue/Saturation e
clique no botão Click e Drag.
Selecione áreas na imagem,
clique, arraste e solte para au-
mentar ou diminuir a satura-
ção, gerando assim áreas mais
quentes e mais frias.
Dica: com o Cmd (PC: Ctrl) pressionado, clicar e arrastar passará a modificar o HUE.
Agora, vamos valorizar mais o prato. Faça uma seleção elíptica ao
redor dele.
Com a imagem selecionada, inverta a seleção através do menu Select
> Inverse.
Adicione o Layer de Adjustments
Curve; não vamos inserir valores
ainda. Vá no menu Window > Mask
e ative o painel.
No painel Mask, altere o valor de
feather, dando assim uma transi-
ção mais suave para a máscara.
Agora, vamos ativar Curve. Ative
o click and drag, e selecione o as
áreas que serão escurecidas.
Obs: Evite escurecer áreas claras.Vamos aproveitar e esquentar mais
a imagem alterando em curvas o
canal do blue. Aproveite o
botão de click e drag.
Mude o Blend mode desse
layer de Adjustments para
Multiply e ajuste a opaci-
dade.
Utilize o pincel na máscara
com a cor preta para otimi-
zar as áreas claras.
Photoshop Expert Dicas & Truques Studio Pro Photoshop em Ação ConceitoPor dentro da foto Fotografia Digital
16 Photoshop Pro
9 MaCarrão
Vamos destacar o macarrão. Crie mais um layer de ajuste com o Blend
mode em Screen.
Inverta a máscara, selecione-a e vá em menu Image > Adjustments
> Invert. Com o pincel na cor branca, vamos preencher a máscara na
área que contém a massa, dando maior destaque. Não se esqueça de
usar uma baixa opacidade para o pincel.
Nessa etapa, vamos valorizar
o ponto focal.
Selecione o layer da imagem
e, com o botão direito em
cima do layer, clique em Con-
vert to Smart Object.
Faça uma seleção ao redor do ponto focal com a ferramenta de sele-
ção elíptica.
10 nitidEz
Va no menu Filter > Sharpen > Smart Sharpen e aumente a nitidez.
Para finalizar, vá no painel Mask e aumente o feather.
Pronto! Agora temos uma imagem capturada de aproximadamente 60
megapixels. Veja a resolução
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Sua revista de Photoshop 17
Photoshop Expert Dicas & Truques Por dentro da foto Fotografia Digital Photoshop em Ação ConceitoStudio Pro
Download disponívelAcesse PhotoPro.com.br/pspro28,
e faça o download da sua imagem
18 Photoshop Pro
Shortcut Updates Portifólio Por Antonio Carlos Espilotro | [email protected]
Caixa de beijinhos
Fui convidado por uma autora para ilustrar um livro de histórias de Natal para crianças. Um dos contos era “Uma caixa de beijinhos”. Para ilustrar, costumo trabalhar somente com fotos e, para esta ilustração, eu utilizei
cinco fotos. Acompanhe neste tutorial a criação de uma ilustração tendo como tema um conto de Natal.
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3
4doCuMEnto novo
iMPortar as iMagEns JÁ no taManho do doCuMEnto
fundo dEgradê
CÉu dE fundo
Comece criando um novo documento com 20x40 cm a 300 dpi. Isso
corresponde a uma página dupla do livro.
Primeiro, abri cada imagem (céu e garota) e fiz o ajuste conforme o
tamanho do novo documento. Atenção: é preciso estar com os dois
documentos abertos - o da imagem e o do novo documento.
Com a caixa aberta de Imagem > Image Size fui em Window > A caixa
de beijinhos, e cliquei no nome do arquivo que queria como tamanho.
Isso mudou o tamanho do arquivo na caixa Pixels. Confira, em Image
Size, os valores dos pixels. Dê OK, copie e cole no novo documento.
É muito simples. Es-
colha a ferramenta
Degradê. Selecione as
cores azul escuro para
o foreground e azul cla-
ro para o background.
Capture esses tons com
o contagotas na foto
Céu e aplique em um
novo layer.
DICA: Use imagens de bancos de imagens para produzir ilustra-
ções ricas em detalhes. Um bom site é www.istockphoto.com
Importe a imagem Céu. Repita o passo 2.
5 a garota
Importe a imagem da garota. Não se esqueça de ajustar o tamanho.
Novamente usei o esquema padrão do Passo 2.
Sua revista de Photoshop 19
Photoshop Expert Dicas & Truques Por dentro da foto Fotografia Digital Photoshop em Ação ConceitoStudio Pro
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fazEndo uM aChataMEnto
aParECEndo o CÉu
o baÚ dos bEiJinhos
Dica: Atenue o filtro. Imediatamente depois de rodar qualquer
filtro, o menu Edit tem um comando Fade que permite alterar a
opacidade e o modo de mesclagem. Você pode adotar esse filtro
como uma maneira de desfazer parcialmente o efeito.
Faça um achatamento de todos os layers, mas sem descartá-los. Para
isso, use o atalho Shift+option+command+E. Coloque o nome Glow
no novo layer. Dessa forma, você terá o achatamento e terá conser-
vado todos os Layers. É exatamente como se um Flatten Image se
transformasse em um novo layer.
ATENÇÃO: Deixei apenas visível os layers com a garota, pois que-
ria achatar somente essas camadas.
Na sequência, crie uma máscara clicando no ícone abaixo na paleta
Layers. Aplique um degradê do transparente para o preto. Com isso, o
céu que estava no layer de baixo apareceu suavemente.
Importei a imagem do Baú. Essa imagem não precisa ser redimensio-
nada, já que não está no tamanho do documento. Apenas posicione no
canto inferior esquerdo e elimine o garoto e crie uma máscara.
No caso, utilizei um pincel macio para não ficar dura a passagem do
baú para o fundo.
6 brilho dE hollywood
Primeiro, faça uma cópia do layer da garota. Escolha o Filter > Blur
> Gaussian Blur. Na caixa de diálogo, ajuste os Slider Radius para
10 pixels. Costumo desfocar até os contornos ficarem arredondados,
dando mais profundidade à imagem.
Em seguida, mude o Blend mode para Overlay. Talvez você precise
dessaturar levemente o layer. Para isso, aplique um layer de ajuste
que afete apenas o layer desfocado. Dê Cmd (PC: Option) e clique
no ícone Create Clipping Mask. Depois, reduza o valor da coordenada
Saturation em Hue/Saturation.
Agora, aplique Filter > Distort > Difuse Grow. Assim, conseguimos um
brilho mais intenso.
20 Photoshop Pro
Shortcut Updates Portifólio Por Antonio Carlos Espilotro | [email protected]
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Mais luz no baÚ
Mais saturação
o bEiJinho
vÁrios bEiJinhos
PinCEl do bEiJinho
Ainda na imagem do baú, aplique um Glow. Vá em Filter > Distort >
Difuse Grow; com esse efeito, consegui um pouco mais de brilho.
Como estamos trabalhando no CS4, utilize uma ferramenta que é ma-
ravilhosa: o Vibrance (isto já existia no Camera Raw). Pelo Adjust-
ments Painel, clique no ícone Vibrance e depois aumente para 100
Vibrance, e +10, Saturation. Com isso, você ganhará uma densidade
muito interessante nas cores.
Abra as duas imagens - Lábios e Borboleta -, e faça uma fusão. Eli-
mine os fundos e deixe as bordas dos lábios bem suaves. Achate esses
dois layers ou aplique o atalho Shift+option+command+E com somen-
te esses dois layers visíveis.
Agora, com paciência, vá duplicando a montagem do beijinho e posi-
cionando sobre as imagens. Por várias vezes será necessário alterar o
tamanho e o ângulo.
Faça vários beijinhos para dar uma noção de movimento. Veja como é
fácil: transforme a imagem em um pincel. Selecione a montagem dos
lábios e borboleta e faça uma cópia.
Depois, abra um novo documento e cole a montagem. Selecione Edit
> Define Brush Preset... e, quando voltar para o trabalho, na paleta
de pincéis estará a imagem como pincel. Aí, é só definir tamanho, cor,
dureza do pincel e começar a pintar. Em seguida, repita o passo 7.
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sMart obJECts
trabalhando as luzEs
Transforme esse layer em um Smart Objects. Entre no menu Filter
> Convert Objects > Convert to Smart Objects. Você vai notar que o
ícone indicando a função aparecerá em seu Thumbnail.
Vá em Filter > Render > Lighting Effects e aplique esse filtro. Como
trabalhei com Smart Objects, esse efeito ficou editável.
Sua revista de Photoshop 21
Photoshop Expert Dicas & Truques Por dentro da foto Fotografia Digital Photoshop em Ação ConceitoStudio Pro
Se quiserem saber mais sobre meus trabalhos, entrem em contato pelo
e-mail [email protected] ou visitem www.flickr.com/photos/es-
pilotro ou ainda www.a2.com.br.
Estou colocando algumas dicas no meu blog http://acespilotro.blog.
uol.com.br
É isso aí pessoal, espero que tenham curtido. Até a próxima edição.
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EsCurECEndo as bordas
tExturizando
CaPitular
fiM
Aplique Filter > Distort > Lens Correction e, na caixa Vignette, co-
loque as seguintes coordenadas: Amount 100 e Midpoint 5. Dê OK.
Para completar, aplique um filtro com textura. Isso faz com que todo
o trabalho ganhe mais uniformidade.
Finalmente, aplique a capitular. Veja as configurações que usei nas
imagens abaixo.
Pronto. Importe tudo no InDesign e aplique o texto. Se você for im-
primir sua imagem em uma gráfica, mude o modo RGB para CMYK.
22 Photoshop Pro
Photoshop Expert Dicas & Truques Por dentro da foto Studio Pro Photoshop em AçãoFotografia Digital Conceito
Então é Natal!!N
Nesta época do ano, o que mais vejo são imagens com guirlandas, árvores e bolas de Natal, sem contar o velho e bom Papai Noel.As imagens já são batidas, mas o desafio é sempre criar algo diferente com os mesmos elementos.Para este trabalho, o diferencial foi criar um texto como se fosse escrito com luz.
Download disponívelAcesse PhotoPro.com.br/pspro28,
e faça o download da sua imagem
24 Photoshop Pro
Updates PortifólioShortcut Por Marcio Negherbon | [email protected]
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Passo bolas
Passo guirlanda
Passo fundo
Passo tExto lindo
Tinha somente uma bola com aspecto fosco. O primeiro passo foi lim-
par e desenhar melhor as luzes e sombras. Depois, para diferenciar
as bolas, criei uma mais brilhante usando a mesma técnica da última
matéria “BRINDE”.
Como a guirlanda iria entrar em outro fundo, e a ideia era de que ela
estivesse pendurada, tinha que tê-la recortada. Esse processo foi um
Para criar o fundo, apliquei uma cor chapada vermelho escura no pri-
meiro layer, depois, criei outro layer e deixei com Blend mode em Mul-
tiply. Esse layer preenchi com tons escuros aleatórios, depois, apliquei
mais alguns ajustes de curvas localizados para dar mais profundidade
ao fundo e pronto!
A ideia do diretor de arte era criar o texto como se fosse escrito com
luz. Essa técnica é bem antiga e simples, mas o resultado ainda sur-
preende.
Para realizar este trabalho, recebi sete imagens digitais e três vetores
do texto LINDO. Então, vamos lá.
pouco demorado, pois tive que usar a ferramenta path - o ideal, ou
mais rápido, seria criar uma máscara, só que a sombra em volta da
guirlanda estava muito forte, o que impossibilitou a criação de uma
boa máscara. Seguindo o prisma do diretor de arte, ainda apliquei
uma fita e algumas bolinhas na guirlanda.
Sua revista de Photoshop 25
Photoshop Expert Dicas & Truques Por dentro da foto Studio Pro Photoshop em AçãoFotografia Digital Conceito
No último layer selecionado (4), outro Motion blur com angle 0 distan-
ce 128. Para a ação desse filtro não ficar tão evidente, comecei a criar
seleções à mão livre usando Lasso, aplicando curvas editáveis e clare-
ando. Depois, desfoquei bem usando com o filtro Gaussian e, usando
uma tablet Wacom, criei linhas irregulares. Para finalizar, como as
linhas que formam as letras estavam muito lineares, selecionei partes
delas e desfoquei usando Gaussian.
Com todos os elementos manipulados separadamente, comecei a fu-
são. Muitas curvas, brilhos e Gaussian. Eis a imagem pronta.
Primeiro, tive que sobrepor os vetores, montando assim o texto lindo,
que ficou separado em quatro partes: layers 1, 2, 3 e 4.
Selecionei o layer (1) e apliquei um Motion blur na barra de menu
Filter > Blur > Motion blur, com angle 0 e distance 75. Vale lembrar
que esses valores são relativos ao tamanho da imagem.
Depois, selecionei o layer (2) novamente, apliquei um Motion blur com
angle 0 e distante 161.
No próximo layer selecionado (3), apliquei outro Motion blur, com
angle 0 e distance 96.
CrÉditos:Agência: DCS
Cliente: Shopping Iguatemi Porto Alegre
Diretor de arte: João Pedro Vargas
26 Photoshop Pro
Brushes
Download disponívelAcesse PhotoPro.com.br/pspro28,
e faça o download da sua imagem
Existem na web vários brushes com texturas de pintura dos quais você pode fazer download gratuito e enriquecer seu trabalho. Neste tutorial, disponibilizarei os links dos arquivos utilizados e também dos brushes.
personalizados
1 2
Escolhi uma textura de papel velho (http://www.sxc.hu/pho-
to/1088065) e, em seguida, uma foto colorida, pois achei que o resul-
tado iria ficar mais interessante (http://www.sxc.hu/photo/1225131).
tExtura layEr
Com a imagem do papel aberta, duplique o layer original com Cmd+J,
(PC:Ctrl+J), dessature essa camada pelo menu Image > Adjustments
> Desaturate. Mude o Blend mode de Normal para Soft Light.
Photoshop Expert Dicas & Truques Fotografia Digital Studio Pro Photoshop em Ação ConceitoPor dentro da foto
28 Photoshop Pro
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lidando CoM as CorEs
filtro
EsColhEndo o brush
MÁsCara
Crie um novo layer e, com um brush comum, pinte algumas cores, em
seguida, aplique um desfoque forte. Use o filtro Gaussian blur; o valor
que utilizei foi de 250.
Mude o Blend mode de Normal para Overlay, e diminua um pouco a
opacidade se achar que as cores estão muito fortes.
Com o papel já trabalhado, importe a outra foto pelo menu File > Pla-
ce. Com o layer da foto selecionado, aplique o filtro Filter > Artistic
> Dry Brush. Os valores que utilizei foram 9 para Brush Size, 1 para
Brush Detail e 1 para Texturize. Clique em OK.
Utilizei alguns brushes que simulam pintura. Você encontra vários de-
les pelo site Brusheezy (http://www.brusheezy.com/). Depois de feito
download, basta dar dois cliques no arquivo e este é instalado auto-
maticamente no Photoshop. Para essa arte, utilizei o grupo de brush
chamado Watercolor Photoshop Brush.
Com o layer da praia selecionado, crie uma máscara para começar-
mos a trabalhar. Para criar essa máscara, vá em Layer > Layer Mask
> Hide all. Selecione os brushes de pintura e brinque diretamente na
máscara. Minha imagem ficou dessa maneira.
Shortcut Updates Por Felipe Zacharias | [email protected]ólio
Sua revista de Photoshop 29
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aCabaMEnto
3d
distorção
Para fazer um acabamento mais interessante, aplique uma vinheta em
sua arte! Achate sua imagem (Layer > Flatten Image) e utilize o filtro
Lens Correction (Filter > Distort > Lens Correction) no qual você
encontra uma área chamada Vignette.
Agora, vamos dar o efeito “3D” na foto, fazendo os cantos amassa-
dos. Você vai notar que é um processo simples e muito fácil. Com a
imagem achatada, comece clicando duas vezes no background layer
para destravá-lo, em seguida, aumente o canvas do arquivo pelo menu
Image > Canvas Size e rotacione o arquivo.
Use o Liquify para fazer a distorção, crie um novo layer, preencha com
50% de cinza, troque o Blend mode de Normal para Overlay.
Com as ferramentas Dodge Tool e Burn, vamos começar a pintar o
volume do papel amassado no layer cinza. Fica interessante também
adicionar uma sombra no layer da imagem!
Como ficou o layer de overlay para simular o papel amassado
Imagem Final
7 Pintura
Para dar a ideia de um efeito de pintura, faça algumas manchas com
cores aleatórias em um novo layer - este, entre o layer do papel e da
foto.
Photoshop Expert Dicas & Truques Fotografia Digital Studio Pro Photoshop em Ação ConceitoPor dentro da foto
30 Photoshop Pro
Porém, rapidamente se apaixonou
e mudou para a fotografia e, desde
os anos 90, vem se dedicando a ela,
trabalhando como fotojornlaista
para o Grupo Folha da Manhã e,
desde 1993, dirigindo seu labora-
tório de Fine Art Print. Foi a partir
dessa ocasião que começou a se
dedicar ao trabalho fotográfico au-
toral, organizando e participando
de projetos artísticos como o “Arte
Cidade”. Ganhou diversas bolsas
de estudos entre elas a “Bolsa Vi-
tae”, uma das mais concorridas do país. Também foi convidado pelo
“Instituto de Artes de Banff” no Canadá para desenvolver um projeto
de arte pública no ano de 1995.
Após passar por uma experiência como diretor de arte em uma agên-
cia de design durante um período de dois anos, começou, a partir de
1997, a trabalhar com tratamento de imagens no mercado publici-
tário. Em 2002, abriu sua própria empresa, a Fujocka Photodesign,
especializada em tratamento de imagem, atende os mercados de pu-
blicidade, moda e editorial. Entre seus clientes, estão empresas como
F/Nazca, Leo Burnet, Mccann, NBS, Competence, Vivara, Mofficer,
Colcci, entre outros.
PhotoshoP
O Adobe Photoshop, hoje, concretizou-se como uma importante fer-
ramenta para o mercado artístico, criativo e publicitário. E, como
dica para melhor explorá-la, Fujocka aconselha com a experiência de
quem possui imagens realmente incríveis em seu portifólio para mos-
trar. “Uma dica que dou é sempre estar ligado a tudo que acontece
no mundo das artes visuais: grafite, pintura, cinema, performances
etc. Muitas vezes, o cliente faz citações do clima que determinado
artista aplica em sua obra, e temos que conseguir captar isso. Faz
toda diferença”, diz.
Para ele, o artista digital deve saber seu limite, ou seja, as ferramen-
tas e possibilidades desse universo são deslumbrantes, mas nem tudo
deve ser usado indiscriminadamente. Por isso, na equação edição x
distorção de imagens, onde o real pode não parecer tão real assim,
Fujocka opina: “Neste ponto, gostaria de citar dois segmentos; um
seria a criação de uma imagem de fantasia, onde a realidade pouco
importa, mas, sim, o conceito. Nesse caso, temos total liberdade para
transformar uma paisagem e seus personagens em objetos irreais,
desde que seja bem elaborado e bem solucionado tecnicamente. Um
fujockaMineiro, filho da cidade de Uberlândia, José Fujocka Neto, ou, simplesmente, Fujocka, como é amplamente conhecido, mudou-se para São Paulo em 88 para cursar Pintura na Faculdade de Belas Artes.
outro segmento é o da beleza estética, que de tanto exagerar nos reto-
ques acabou ficando banalizada. Esses exageros acabaram deixando
o consumidor desconfiado. Um creme de beleza que coloca em sua
campanha uma mulher de 50 anos sem nenhuma marca de expressão
no rosto, para mim, é um exemplo de distorção, e não de embeleza-
mento”, diz.
Os participantes do Photoshop Conference 2010 (12 a 14 de abril)
poderão ver de perto o talento de Fujocka, que estreia como pales-
trante no evento.
“Hoje, o Photoshop Conference é um evento muito respeitado e prati-
camente único nesse segmento. Para mim, estar junto com profissio-
nais e interessados em tratamento de imagem é uma oportunidade de
transferência de conhecimentos muito enriquecedora. Acredito que as
experiências têm que ser compartilhadas, por isso este tipo de con-
ferência é fundamental para a troca de informações e fazer crescer
ainda mais a qualidade dos profissionais no Brasil”, analisou.
Mais sobre o talento de Fujocka? Então visite: www.fujocka.com.br
Photoshop Expert Dicas & Truques Por dentro da foto Fotografia Digital Studio Pro Photoshop em Ação Conceito
32 Photoshop Pro
ca e recursos utilizados, sejam estes reais ou virtuais. O espaço virtual
é uma dimensão ainda a ser explorada pela arte e pela comunicação.
Acredito que o resultado de uma imagem criada por meios digitais, ou
não, é irrelevante, já que a busca é pela reação da emoção humana.”
o rEal E o digital
Macedo tratará, durante o Photoshop Conference 2010, as técnicas
para se obter uma panorâmica perfeita. “Para mim, o Photoshop
Conference sempre se preocupou em ir além de um evento que explica
a função de uma determinada ferramenta e, sim, o que é possível se fa-
zer com ela. O Alexandre Keese não é uma pessoa que se contenta com
os limites, quer ir além, abrir novos limites para ele e para todos nós
usuários do Photoshop. O encontro de 2010 deve ampliar os horizon-
tes de muitos que utilizam essa ferramenta, mostrar novas possibilida-
des como oportunidades de trabalho é a grande chave para trabalhar
com a criatividade”, falou, sobre sua expectativa quanto ao evento.
E, sobre seu trabalho, o expert afirma que o real e a edição digital po-
dem interagir, já que tudo parte de uma captura (real) para posterior
edição no Photoshop.
ricardo Macedo
Ricardo Macedo, professor de Design,
Fotografia Digital e Artes Gráficas de
Curitiba (PR) é mais um nome confir-
mado entre os palestrantes do Pho-
toshop Conference 2010.
Formado técnico em desenho indus-
trial, designer de produto e comuni-
cação visual, pós-graduou-se em Web
pela PUC-PR no final dos anos 90,
tornando-se mestre na área de Mídia
e Conhecimento pela Federal de Santa
Catarina. Hoje, suas fotos em 360º da
Universidade Positivo, onde atua como coordenador adjunto do curso
de Publicidade e Propaganda, fazem parte da exposição que ele leva
à Universidade de Bauhaus, em Weimar (Alemanha), uma das mais
tradicionais escolas de arquitetura, design e artes do mundo.
Sobre sua experiência no curso de Fotografia Digital, Marcedo lembra
que, na época, muitos acreditavam que a fotografia digital não alcan-
çaria, em qualidade, a fotografia tradicional, com filme. “Hoje, a foto-
grafia digital é respeitada e a mecânica foi para o estado da arte”, diz.
A integração entre o digital e os softwares de edição de imagens foi
outro passo importante no processo. “Já em 2000, eu e meus alunos
lutávamos para fazer as panorâmicas no Photoshop na unha”, lem-
bra. Esta é a era da pós-fotografia, onde podemos interferir nas ima-
gens sem restrições para criarmos imagens, principalmente na área da
Publicidade”, afirma. “Fotos tratadas no Photoshop é uma realidade
para qualquer pessoa, principalmente para os fotógrafos. Dou aula de
tratamento de imagens desde a versão 3 do Photoshop e, na minha
visão, pensar em fotografia digital sem o Photoshop é imaginar hoje a
internet sem o Google.”
Especificamente sobre seu trabalho com fotografias panorâmicas e,
posteriormente, no uso do Photoshop nesse tipo de imagem, Macedo
destaca que o aplicativo “colaborou de uma forma fantástica, princi-
palmente a partir da versão CS3, quando a ferramenta Photomarge
foi aperfeiçoada. O corte a seco unindo as fotos é perfeito, ainda mais
com a possibilidade de deixar em camadas com máscaras.”
E complementa: “Hoje temos a possibilidade de fazer panorâmicas
em várias câmeras fotográficas, já no próprio equipamento ou até em
celulares. Com o advento da fotografia digital, nunca se utilizou tanto
da fotografia como forma de expressão, é da prática e da quantidade
que se tira a qualidade. O digital já teve, como qualquer arte, seu mo-
mento de rejeição, mas quem faz a arte não tem preconceitos”, diz.
Ainda sobre arte e Photoshop, acrescenta: “Hoje, um artista digital
tem seu espaço como qualquer outro, talvez até em um futuro mais es-
paço, considerando o ciberespaço ou a internet. Para mim, o conceito
de arte é de quem faz primeiro algo original e isto independe da técni-
Especialista em panorâmicas confirma participação no Photoshop Conference 2010.
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