revista fecomércio pr - nº 77
DESCRIPTION
Revista Fecomércio PR - nº 77TRANSCRIPT
REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PARANÁ www.fecomerciopr.com.brwww.sescpr.com.brwww.pr.senac.br
FECOMÉRCIO Rua Visconde do Rio Branco, 931, 6º andarCEP 80410-001 Curitiba Paraná41 3883-4500 | 41 3883-4530 [email protected]
Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac ParanáDarci Piana
Diretor Regional do Sesc ParanáPaulo Cruz
Diretor Regional do Senac ParanáVitor Monastier
Coordenação Geral – NCMNúcleo de Comunicação e Marketing Walter Xavier
Editor e Jornalista Responsável João Alceu Julio RibeiroReg. 0293/DRT-PR
Reportagens João Alceu J. Ribeiro, Karen Bortolini, Silvia Bocchese de Lima, Karla Santin e Karina Mikowski
Fotos Ivo José de LimaCapa Kandyany ProduçõesRevisão Silvia Bocchese de Lima, Karen Bortolini, Karla Santin e Karina Mikowski
Arte e Diagramação Vera Andrion
Impressão – CTP Graciosa Gráfica – CuritibaTiragem 10 mil exemplares
ANo X Nº 77 MAIo | JuNho 2010
PAlAVRA DO PRESIDENTE
Satisfeito, mas não realizado!“O senhor se sente realizado?” Ouvi
essa pergunta, há algum tempo, quan-
do recebia um título de Cidadão Ho-
norário. Na hora, respondi que me sentia sa-
tisfeito, mas nunca realizado. Fiquei, depois,
pensando na pergunta e na resposta.
Na verdade, o ser humano nunca, na minha
opinião, deveria se sentir realizado. Porque pre-
cisamos de desafios, precisamos de realizações,
de nos completarmos enquanto cidadão ou em-
preendedor.
E é assim que me sinto. Satisfeito.
Tenho desenvolvido minhas atividades
como empreendedor e como dirigente das enti-
dades pelas quais passei – desde o Sindicato de Autopeças até o Sebrae/
PR e agora o Sistema Fecomércio Sesc Senac – atuando neste sentido.
O de buscar uma realização que eu sei não vou conseguir atingir, porque
assim como eu mesmo procuro fazer com que as pessoas que me cercam
se sintam satisfeitas, mas nunca realizadas.
Há, ainda, muito trabalho a ser feito. Defendia isso enquanto presi-
dente do Conselho do Sebrae, quando levamos para o interior do Estado
o programa VarejoMais, que dá ferramentas ao empreendedor do comér-
cio de bens, serviços e turismo para enfrentar a competição do mundo
globalizado.
Tenho consciência de que a sociedade merece todo e qualquer esfor-
ço que possamos fazer em seu benefício. Por isso tenho procurado fazer
com que as unidades do Sesc, do Senac e a própria Fecomércio ampliem
seus atendimentos, levando ao trabalhador e ao empreendedor do Pa-
raná, as ações de transformação social e qualificação para o trabalho de
forma transparente, com qualidade.
Os títulos que recebi – foram vários até agora, todos devidamente
guardados em minha casa e no meu coração – servem para que me sinta
ainda mais empenhado na busca desta realização. Repito a resposta que
pronunciei naquele momento: estou satisfeito, porque vejo os resultados
do trabalho que realizamos em todos os recantos do Estado. Mas não
estou realizado.
Para isso falta muito.
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 3 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Presidente do sistema Fecomércio sesc senac Paraná, darci Piana
4 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
03 Satisfeito, mais não realizado! Palavradopresidente
05 Troféu Guerreiro do Comércio
09 Você se mexeu, e o Estado mexeu junto! DiadoDesafio2010
12 Sinfarma, cuidado especial com o associado
14 Histórias de recuperação ProgramadereabilitaçãodoINSSprepara trabalhadoresacidentadosparaareinserção nomercadodetrabalho
16 De repente, Femucic!
23 Capacitação para hotelariaeturismo Senacpromoveciclodecapacitação noHotelShow2010,emFozdoIguaçu
28 Impresso e On line sãotemasdoAutores&Ideias
30 Apucarana presta homenagem a Darci Piana
33 Gripe H1N1 Oscuidadosdevemcontinuar!
34 Investimento em pessoas ProgramadeDesenvolvimentode GestoresdoSistemaFecomércio SescSenaccompletaseuciclo
36 Incentivo fiscal CuritibareduzalíquotadoISS pararepresentantescomerciais
38 Projeto Crescer Iniciativaestámudandoavida decentenasdecriançasemArapongas
40 A folha de salários e redução da carga tributária
42 Comércio globalizado
44 Aprender para trabalhar BeneficiáriosdoprogramaBolsaFamíliaobtêm fontesderendaadicionaisapartirdecursos dequalificaçãoprofissionaldoSenac
44 Arraial do Comércio Festasjuninasmovimentamovarejoparanaense
48 Reflexos da Olimpíada do Conhecimento
50 Senac na Copa, Paraná no Mundo!
52 Trabalho infantil Semináriodiscuteaerradicaçãodotrabalhoinfantil eosimpactosqueosafezeresprecocesincidem sobreasaúdedecriançaseadolescentes
54 Abrindo caminhos! NegociadoresdoMercosulcortamarestase antecipametapasparaumacordodelivre comérciocomaUniãoEuropeia
56 Senac Londrina dá exemplo e modifica a vida de jovens Cursodeaprendizagemmostraqueaarticulação entreeducação,formaçãoetrabalhoéo caminhoparaatransformaçãosocial
58 Uma nova casa FederaçãodasEmpresasdeTransportede CargasdoEstadodoParanáinaugurasede
62 Amor à profissão TécnicosdeEnfermagemcontam históriascomoventesdededicação
64 Rádio como antigamente MaringáFMtrazdevoltaoauditórioparaouvintes, tãopopularnasdécadasde1940a1950
66 Empresas aprendem a adequar gerência de resíduos GrandesgeradoresderesíduosimplantamPlanode Gerenciamentoedescobremnovasopçõesderenda
69 Evolução do Sistema Fecomércio Sesc Senac
74 Paulo Cruz se despede, após 32 anos de Sesc Paraná
Senac Londrina realiza curso de maquiagem com ex-BBB Dicesar
REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
ano X nº 77 maio | junho 2010
índice
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 5 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana:
José Augusto Pinto
Sindicato do Comércio Varejista de Campo Largo:
José RiPkA RibeiRo (in memorian)
Sindicato Empresarial do Comércio de Campo Mourão e Região:
MARco AuRélio WeileR
Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças
e Acessórios para Veículos de Cascavel:
Ailton RodRigues
Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de
Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens, Tintas e de
Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Cascavel:
Antônio edson gRubeR
Sindicato do Comércio Varejista de Produtos
Farmacêuticos do Oeste do Paraná:
cARlos Aloise beclA
Sindicato do Comércio Varejista de Castro:
VieMAR AndRusck RodRigues
Sindicato do Comércio Varejista de Cornélio Procópio:
João FRAncisco VilelA de cARVAlho
Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação, Administração, Incorpo-
ração e Loteamento de Imóveis e dos Edifícios em Condomínios Residenciais e
Comerciais do Paraná:
MARcos de Assis MAchAdo
Sindicato das Empresas de Processamento
de Dados do Estado do Paraná:
JAMel nAsceR Abdul FARRAá
Sindicato das Empresas de Turismo no Estado do Paraná:
eliAnA MARiA coRRêA tRAMuJAs
Como forma de reconhecimento
e para valorizar o trabalho árduo de
empresários que superam diariamen-
te as dificuldades e contribuem para o
desenvolvimento econômico de suas
cidades, do Estado e do Brasil, a Fede-
ração do Comércio do Paraná promove
a quinta edição do Troféu Guerreiro do
Comércio.
Neste ano, 54 empresários dos sin-
dicatos filiados à Fecomércio, que se
destacaram em suas atividades comer-
ciais e de serviços, receberão a home-
nagem, no dia 16 de julho, no Estação
Convention Center, em Curitiba.
Darci Piana, presidente do Sistema
Fecomércio Sesc Senac, acredita que
estes empreendedores do comércio
de bens, serviços e turismo são ba-
talhadores, verdadeiros guerreiros, daí
o motivo do nome da homenagem.
“Estes empresários são homens e mu-
lheres que todos os dias batalham na
manutenção e crescimento de seus
negócios, ao mesmo tempo em que
proporcionam bem-estar aos seus co-
laboradores e clientes”, enfatiza.
Confira a relação de todos os em-
presários que serão homenageados na
quinta edição do prêmio e, na próxi-
ma publicação da Revista Fecomércio,
acompanhe as imagens da entrega da
premiação.
6 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Homenageados do guerreiro do ComérCio 2010
Sindicato das Empresas de Locadoras de Veículos Automo-
tores, Equipamentos, e Bens Móveis do Estado do Paraná:
Valmor Weiss
Sindicato do Comércio Atacadista de
Gêneros Alimentícios do Estado do Paraná:
Douglas Horn BorcatH
Sindicato dos Representantes Comerciais do Paraná:
Zacarias aBDallaH ZaHDi
Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista
de Materiais de Construção no Estado do Paraná:
ariaDne Pansolin BrioscHi
Sindicato do Comércio Varejista de Adornos e Acessórios
de Objetos de Arte, de Louças Finas e de Material Ótico,
Fotográfico e Cinematográfico de Curitiba e Região
Metropolitana:
murilo reffo
Sindicato do Comércio Varejista de Calçados
de Curitiba e Região Metropolitana:
orlanDo miguel esPolaDor
Sindicato do Comércio Varejista de Carnes
Frescas no Estado do Paraná:
ruDinei noVareZZi
Sindicato do Comércio Varejista de Flores e
Plantas de Curitiba e Região Metropolitana:
erick JoHannes steltenPool
Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios,
Minimercados, Supermercados e Hipermercados de Curiti-
ba, Região Metropolitana de Curitiba e Litoral do Paraná:
alceu José tissi
Sindicato do Comércio Varejista de Maquinismos,
Ferragens, Tintas e de Material Elétrico de Curitiba:
aVram fiseloVic
Sindicato do Comércio Varejista de Produtos
Farmacêuticos do Estado do Paraná:
geralDo Vieira Balam
Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças
e Acessórios para Veículos no Estado do Paraná:
eDmunDo kösters
Sindicato dos Armazéns Gerais no Estado do Paraná:
italo lonni Junior
Sindicato dos Despachantes do Estado do Paraná:
roBerto ramos Do PraDo
Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços
Funerários do Estado do Paraná:
cassiano DalleDone Zancan
Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio
Varejista de Maquinismos, Ferragens, Tintas, Material
Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Curitiba
e Região Metropolitana:
osValDo nascimento Júnior
Sindicato dos Permissionários em Centrais de
Abastecimento de Alimentos do Estado do Paraná:
Jeri marcio raBelo Da silVa
Sindicato das Empresas Locadoras de Bilhar
no Estado do Paraná:
Jussara tulio lucca
Sindicato dos Institutos de Beleza e Salões de Cabeleirei-
ros, Centros de Estética e Similares de Curitiba e Região:
iValDo De lima
Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Foz do Iguaçu:
clauDino roDigHero
Sindicato do Comércio Varejista de Francisco Beltrão:
celi Dos santos Benetti
Sindicato do Comércio Varejista de Guarapuava:
Jamel HosHi
Sindicato do Comércio Varejista de Irati:
eDna aPareciDa lukaVy
Sindicato do Comércio Varejista de Ivaiporã:
mauro merigue
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 7 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
8 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0 8 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejis-
ta de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens,
Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos
de Jacarezinho:
MARCELO OLIVEIRA DA SILVA
Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região:
ADEMAR VEDOAtO
Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Foto-
gráfico e Cinematográfico no Estado do Paraná:
WMIRSSOn CLAytOn ALVES DE GOuVEIA
Sindicato do Comércio Varejista de Produtos
Farmacêuticos de Londrina:
JOSÉ ROBERtO FORtInI
Sindicato dos Salões de Cabeleireiros, Institutos
de Beleza e Similares do Estado do Paraná:
ROSE MARIA MARChEttO GOuVEIA
Sindicato do Comércio Varejista de
Marechal Cândido Rondon:
JOãO ADOLFO LOREnzI
Sindicato do Comércio Varejista de Ferragens, Tintas, Ma-
deiras, Materiais Elétricos, Hidráulicos e Materiais
de Construção de Maringá e Região:
REnAtO tAVARES
Sindicato do Comércio Varejista de Produtos
Farmacêuticos de Maringá:
LAIS SOuzA
Sindicato dos Lojistas do Comércio e do
Comércio Varejista de Maringá e Região:
KEnJI uEtA
Sindicato do Comércio Varejista de Medianeira:
JOSÉ MARtInS CuStóDIO
Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio
Varejista de Gêneros Alimentícios de Paranaguá:
MOhAMAD AKL zAhRA
Sindicato do Comércio Varejista de Paranavaí:
ILGA nIEhuES FERnAnDES
Sindicato do Comércio Varejista de Pato Branco:
nELVO ODy
Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Grossa:
CARLOS GLApInSKI
Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio
Varejista de Gêneros Alimentícios de Prudentópolis:
LuIz ALBERtO OpuChKEVItCh
Sindicato do Comércio Varejista de Santo
Antônio da Platina:
CESAR MARtInS
Sindicato do Comércio Varejista de Toledo:
MARCOS CEzAR SAnChES
Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejis-
ta de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens,
Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos
de Umuarama:
AntônIO CARLOS BItEnCOuRt
Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejis-
ta de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens,
Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos
de União da Vitória:
ELIEzER DA COStA tEIxEIRA
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 9 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Você se mexeu, e o
Estado mexeu junto!
10 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Ao compararmos com a te-
oria do Efeito Borboleta,
embasada na ideia de que
uma atitude pode provocar mudanças
no curso natural das coisas, e refletir
no outro hemisfério, o Dia do Desafio
mostrou que essa reação em cadeia
pode ser possível. O resultado disso
foi o próprio slogan do projeto: Você
se mexe e o mundo mexe junto! A in-
tenção da iniciativa, que é incentivar
a qualidade de vida através da prática
de atividades físicas, mobilizou mais
de 20 países e intensamente o Estado
do Paraná, no dia 26 de maio. No Bra-
sil, o Dia do Desafio é coordenado pe-
los Departamentos Regionais do Sesc,
que se responsabilizam pela equipe de
trabalho, programação, registros de
participação, estrutura e divulgação
do projeto.
O Dia do Desafio no Paraná mobi-
lizou a participação de 5.265.390 pes-
soas, que praticaram 15 minutos de
variados exercícios físicos e registraram
a atividade através do 0800 643 6690
e pelo site www.sescpr.com.br. O de-
sempenho no Estado pode ser conferido
pelos 87,7% de vitória das cidades par-
ticipantes, o que significa uma represen-
tatividade de 52,19% em todo o Paraná.
A disputa do Dia do Desafio acon-
tece entre cidades de porte semelhan-
te, levando-se em conta o número de
habitantes dos municípios, registrado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). A cidade que mobi-
lizar o maior número de pessoas e fizer
o registro, vence o desafio. Segundo o
gerente da Divisão de Esportes e La-
zer do Sesc Paraná, Otton Bernardelli,
o maior prêmio não é somente para a
cidade vencedora, pois todas são be-
neficiadas ao participar. “No Paraná,
foram 347 municípios participantes e
toda essa população ganha ao buscar
a melhoria na qualidade de vida”, diz.
A ideia é que esta seja uma por-
ta para o início da prática regular de
uma atividade física, e que desperte
em cada cidadão a vontade da busca
de um estilo de vida mais saudável,
fugindo do sedentarismo. “Este é um
evento de mobilização social, que bus-
ca a transformação no estilo de vida
ao estimular a prática de um esporte
sistemático”, define o diretor do Sesc
Paraná, Paulo Cruz, que além de ges-
tor de projetos esportivos, participou
do Dia do Desafio e pratica atividades
físicas frequentemente. Ele afirma
ainda, que os resultados potencializa-
dos se devem também à mobilização
da equipe de colabores do Sesc e às
grandes parcerias que foram firmadas,
como a realizada entre a entidade e a
Prefeitura de Curitiba.
A capital paranaense acompanhou
os resultados positivos do Estado. Ao
competir com Caracas (Venezuela),
Curitiba atingiu 790.914 participações,
contra os 18.582 registros da venezue-
lana. No ano passado, Curitiba concor-
reu com Houston (E.U.A.), e venceu
com 62,25%, contra 18,99%. O secre-
tário de Esportes e Lazer de Curitiba,
Rudimar Fedrigo, que participou das
atividades realizadas na Boca Maldita,
concordou que a parceria entre as en-
tidades contribui para o sucesso des-
ses dados, e acrescentou que quem
ganha com essa junção é a população.
O Sesc se mexe e você mexe junto!
“Todos os colaboradores das uni-
dades de serviço do Sesc Paraná fi-
Os cOlabOradOres dO sistema FecOmérciO sesc senac praticaram 15 minutOs de atividade Física na bOca maldita, em curitiba
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 11 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
caram envolvidos de forma direta ou
indireta no Dia do Desafio”, afirmou o
diretor da Divisão de Esportes e Lazer,
Marcus Vinicius Mello. Ele conta que a
equipe foi composta por cerca de duas
mil pessoas e que vários setores foram
mobilizados desde o processo de sen-
sibilização - momento em que ocorreu
a divulgação do projeto, bem como ex-
plicações da sua importância em em-
presas, colégios e na comunidade em
geral -; até o dia 26 de maio.
Além desse pessoal, foram capa-
citados cerca de 800 acadêmicos de
Educação Física para desenvolver as
atividades, que aconteceram em áreas
a céu aberto, unidades de serviço do
Sesc, escolas e empresas da indústria
e comércio. “Contamos também com
o apoio dos sindicatos do comércio de
bens serviços e turismo, filiados à Fe-
comércio PR e com a participação de
colaboradores desta Federação e do
Senac Paraná”, frisou Mello.
Para ele, os resultados apontados
pelo Sesc refletiram que a sensibiliza-
ção à população foi eficiente. “O mais
importante deste projeto é a reflexão
da comunidade sobre a importância
do exercício físico, e constatamos que
mais de cinco milhões de pessoas no
Estado perceberam isso ao participar.
E ser consciente que se estes 15 mi-
nutos de atividades físicas forem fre-
quentes, o indivíduo apresentará um
melhor condicionamento, melhor cir-
culação sanguínea, enfim, um organis-
mo mais saudável”, frisa Mello.
As Ações do diA do desAfio tAmbém se estenderAm às empresAs
Estados participantes no Brasil, em 2010: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Países participantes, em 2010: Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Ilhas Falkland, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
A representatividade de um
setor muitas vezes vai além
da defesa de seus interes-
ses. Preocupado também com o bem
estar e a saúde de seus associados,
recentemente, o Sindicato do
Comércio Varejista de Produtos
Farmacêuticos do Oeste do Pa-
raná (Sinfarma) aderiu ao Plano
Poupa Saúde, um dos benefícios
de livre adesão oferecido pela
entidade. A iniciativa partiu do
Sindicato dos Lojistas e do Co-
mércio Varejista de Cascavel
e Região (Sindilojas), que vem
oferecendo os serviços aos seus
filiados e colaboradores. Graças
ao formato do programa, quali-
dade e eficiência logo foi adota-
do também pelo Sinfarma.
O Poupa Saúde é um pouco
diferente dos demais planos con-
vencionais, por ser de livre ade-
são e autogestão, ou seja, quem
controla o uso é o próprio cliente, con-
forme os serviços e atendimentos que
necessita. Funciona de forma semelhan-
te a uma poupança: o cliente investe
em saúde mensalmente a quantia que
lhe convir, de acordo com as opções
oferecidas. O presidente do Sinfarma,
Nelcir Ferro, explica que o uso aconte-
ce conforme o serviço que utilizar e a
verba excedente permanece guardada.
Justamente contrário de um plano con-
vencional onde há pagamento mensal
independente do consumo.
O usuário pode optar pela cate-
goria Bronze, que inclui atendimento
ambulatorial, consultas e exames, e a
Prata e Ouro, que além desses servi-
ços oferece internamento e cobertura
de cirurgias.
Atuação do SinfarmaCom base territorial de 49 municí-
pios do Oeste do Paraná, são repre-
sentadas pelo Sinfarma as empresas
do comércio de produtos farmacêuti-
Sinfarma, cuidado especial com o associado
presidente do sinfarma, nelcir ferro
12 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
cos, farmácias, drogarias, floras me-
dicinais, ervanários, perfumarias e
comércio de cosméticos e produtos de
higiene pessoal. Fundado em 13 de
março de 1990, este sindicato atende
cerca de 600 farmácias da região.
O presidente do Sinfarma, empos-
sado ainda em 2003, conta que ao se
associar, o empresário passa a ter be-
nefícios como o suporte em negocia-
ções referentes à Convenção Coletiva
entre farmacêuticos e empregados.
Recebe também consultoria trabalhista
e comercial da assessoria do sindicato.
Recentemente, o Sinfarma conquis-
tou a redução da taxa de anuidade do
Conselho Regional das Farmácias.
Favorável à Lei Municipal nº. 5463,
em vigor desde 7 de abril de 2010, que
permite venda de produtos de conveni-
ência, o presidente Nelcir Ferro, conside-
ra que a determinação, partida do Poder
Legislativo de Cascavel, contribui para
o comércio do setor na região. “Esses
produtos atraem mais clientes para os
estabelecimentos, pois ampliam as op-
ções de oferta”, afirma. Apesar da nova
lei, todas as farmácias permanecem
adequadas às resoluções estaduais da
Vigilância Sanitária Municipal.
Em parceria com o Sistema
Parceiro do Sistema Fecomércio
Sesc Senac, o Sinfarma conta com
o apoio das três casas integrantes.
Ferro conta que este é
o quinto ano que uma
empresa associada ao
sindicato recebe a pre-
miação do Guerreiro do
Comércio. Ele considera o
agraciamento um impor-
tante reconhecimento ao
trabalho desempenhado
pelos empresários representados pelo
Sinfarma.
“Contamos com o Senac para ca-
pacitação e qualificação profissional.
Um exemplo é o Treinamento de Caixa
e o curso de Gestão Empresarial, que
será oferecido nos dias 12, 13, 14, e
15 de julho, que acontecerá na sede
do sindicato”, relata Ferro. O curso é
voltado para o micro e pequenos em-
presários, gestores ou administradores
de farmácias, com carga de 14 horas.
Do Sesc, os associados e seus colabo-
radores contam com as atividades cul-
turais, educacionais, esportivas e de
lazer desenvolvidas constantemente
na região.
“Como pessoa experiente no seg-
mento, sempre tive a intenção de am-
pliar e promover o desenvolvimento
no setor. Após a filiação à Federação
do Comércio, tivemos a possibilidade
de participar mais ativamente, prin-
cipalmente com o surgimento da Câ-
mara Setorial do Comércio Varejista
de Produtos Farmacêuticos do Estado
do Paraná, da qual sou membro”, diz o
presidente do Sinfarma. A instituição,
fundada há cerca de três anos, promo-
ve encontros e discussões acerca de
problemas do setor, apoiados pelo pre-
sidente do Sistema Fecomércio Sesc
Senac, Darci Piana.
Diretoria Do Sinfarma: Gestão até 2014PresidenteNelcir Antonio Ferro
Vice-PresidenteRubin Wendland
Secretário GeralFausto Gonçalves Batista
1º SecretárioWashington Luis Langanke Gaspar
TesoureiroAntonio Braz de Pádua Beiral
1º TesoureiroNeide Coutinho Damasceno Campestrini
Diretor ComercialFlávio Junior Borges
Diretor SocialGianne Sulbacher Dacome
CoNSeLho FiSCAL: efetivos:ildo Antonio da SilvaCarlos Aloise BeclaJunior Carlos da Campo
Suplentes:eberson Antonio Chmielodair Couto da SilvaCarlos Maran
DeLeGADoS RePReSeNTANTeS: efetivos:Nelcir Antonio FerroRubin Wendland
Suplentes: Guinter hoffmannCelso Bevilacqua
Empresários indicados pelo Sinfarma que receberamprêmio Guerreiro do Comércio2006 – Rubin Wendland – Farmaútil 2007 – Almir Gaspar – Farmácia Iguaçu 2008 – Flávio Borges – Farmácia Estrela 2009 – Fausto Gonçalves Batista – Farmácia do Fausto 2010 – Carlos Aloise Becla – Farmácia Globo
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 13 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
14 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Alessandra de Fátima Ótica,
de 32 anos, era professo-
ra de Educação Infantil,
em 2007, quando perdeu um de seus
principais instrumentos de trabalho: a
voz. Um problema nas cordas vocais a
afastou das salas de aula por mais de
dois anos. Exames médicos constata-
ram a impossiblidade de seu retorno
para a mesma função. Em abril do ano
passado ela foi encaminhada ao Pro-
grama de Reabilitação Profissional, na
Gerência Executiva do INSS em Curi-
tiba. Hoje, ela está empregada como
Monitora de Alunos no Colégio Marista
Santa Maria e garante: "Estou muito
feliz! Eu me achei ali!".
A história de Alessandra se con-
funde com a de várias outras pessoas
que vêm suas vidas modificadas de um
momento para outro, em razão de um
acidente de trabalho.
É o caso também do mecânico
Ananias Teixeira Guimarães Sobrinho,
que aos 19 anos sofreu um acidente
de trabalho que resultou na amputa-
ção de uma das pernas. Graças à recu-
peração promovida pelo Programa de
Reabilitação Profissional, hoje, aos 53
anos, ele trabalha como ascensorista
do Shopping Müeller, cargo obtido por
meio da ação da Equipe de Reabilita-
ção Profissional do INSS, em Curitiba.
Alessandra e Ananias são o exemplo
de centenas, milhares de outras pessoas
que são atendidas
pelo INSS neste pro-
grama, um dos 17
benefícios e serviços
oferecidos pela Pre-
vidência Social aos
seus contribuintes.
O Programa de Rea-
bilitação Profissional
é um dos menos co-
nhecidos pelos usu-
ários do INSS e pela
população em geral.
O objetivo desse
serviço é oferecer
ao segurado incapa-
citado para o traba-
lho – por motivo de
doença ou acidente
– meios de reeduca-
ção ou readaptação
para que possa re-
tornar ao mercado
de trabalho, promo-
vendo sua reinser-
ção social.
Uma parte do
trabalho dos ser-
vidores que atuam
nas equipes de
Reabilitação Profis-
sional é manter contato com as em-
presas de origem do segurado empre-
gado – para verificar a possibilidade
de retorno do segurado na mesma
função ou em uma nova – e também
com outras organizações – para esta-
belecer parcerias para treinamentos e
disponibilização de vagas. O acompa-
nhamento do reabilitando, quando de
Histórias de recuperaçãoPrograma de reabilitação do INSS prepara trabalhadores acidentados para a reinserção no mercado de trabalhoMaria Cristina Pires Mendes de Oliveira, especial para a Revista Fecomércio
AnAniAs: retorno Ao trAbAlho grAçAs à reAbilitAção
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 15 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
seu retorno ao trabalho, para verificar
a adequação do posto à sua capacida-
de residual, é outro pólo de atuação
destes servidores.
Um dos apoios para que este tra-
balho resulte em sucesso, e o usuário
volte ao trabalho, está no Artigo 93, da
Lei nº 8213, de 1991. Este artigo es-
tabelece que toda empresa que tenha
em seu quadro mais de 100 funcioná-
rios está obrigada a preencher de 2%
a 5% dos seus cargos com beneficiá-
rios reabilitados ou pessoas portadoras
de deficiência, habilitadas à função. É
justamente a inclusão dos reabilitados
no texto da Lei que muitos empresá-
rios desconhecem.
O que é um “beneficiário reabilitado”?
É segurado da Previdência Social
que passou pelo Programa de Reabili-
tação Profissional do INSS, que incluiu
ou não o recebimento e a adaptação
de próteses ou órteses, e participaram
de cursos de capacitação ou treina-
mentos para que possam vir a desen-
volver novas funções compatíveis ao
seu potencial laborativo, dentro da
empresa em que já atuava anterior-
mente ou em uma nova organização.
Ao final de todo esse processo, o be-
nefício é cessado e o participante re-
cebe um certificado que o habilitará a
concorrer a uma das vagas para bene-
ficiários reabilitados.
Todo segurado da Previdência Social
tem direito a esse serviço, independente
de carência. Se, após avaliação médico-
pericial, o usuário for encaminhado ao
Programa de Reabilitação Profissional,
ele estará obrigado a submeter-se ao
que for prescrito pela equipe que o aten-
de, sob pena de suspensão do benefício
que esteja recebendo.
TreinamentoOutra opção, de responsabilidade
social, que os empresários da iniciativa
privada muitas vezes desconhecem é a
possibilidade de firmar acordo com o INSS
abrindo vagas para os reabilitandos re-
alizarem um treinamento em serviço.
Dependendo da função que irá
exercer, o segurado não precisa de
uma capacitação formal, em sala de
aula, mas sim de um espaço na em-
presa onde possa aprender, de for-
ma prática, as rotinas do cargo, sem
a criação de vínculo empregatício ou
funcional (neste período).
NúmerosNas cinco Gerências Executivas do
INSS no Paraná (Cascavel, Curitiba,
Londrina, Maringá e Ponta Grossa), 43
servidores compõem as Equipes Técni-
cas de Reabilitação Profissional, entre
médicos, terapeutas ocupacionais, psi-
cólogos, assistentes sociais, sociólo-
gos, técnicos e enfermeiros.
Em todo o Estado, mais de dois mil
segurados encontram-se, atualmente,
cumprindo o Programa de Reabilitação
e outros dois mil aguardam para iniciá-
lo, ainda em 2010. A previsão é que
ao longo deste ano, 155 órteses e/ou
próteses sejam entregues a reabilitan-
dos ou reablilitados, que por doença
ou acidente de trabalho sofreram lesão
em um dos sentidos – a perda da au-
dição é a mais comum – ou perderam
um dos membros.
Os índices de sucesso na recolo-
cação profissional desses segurados
variam bastante de uma gerência
para outra. Em Curitiba, 60% dos que
cumpriram o programa, em 2009, por
meio de treinamentos na empresa de
origem ou na comunidade, retornaram
ao mercado de trabalho.
Nas gerências do interior, este índice
pode cair. Um dos diferenciais que pro-
vocam essa queda refere-se ao número
de grandes empresas instaladas nas res-
pectivas regiões, mas também devido à
baixa escolaridade dos reabilitandos –
em sua maioria, trabalhadores rurais,
o que prolonga a duração do programa
– e à dificuldade de aceitação, nas em-
presas privadas, em receber beneficiá-
rios reabilitados.
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência,habilitadas, na seguinte proporção:
I – até 200 empregados ........... 2% II – de 201 a 500 ..................... 3% III – de 501 a 1.000 ................. 4% IV – de 1.001 em diante ........... 5%
leinº 8.2313/91
de repente, Femucic!
KA
ND
YAN
Y P
RO
DU
ÇÕ
ES
16 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Há quem diga que o ser
humano vive em constan-
te transformação, que ele
muda a cada dia conforme o que ab-
sorve no meio em que vive, com o que
aprende... Quem foi ao teatro Calil Ha-
ddad, em Maringá, na 32ª Edição do
Femucic voltou para casa com uma ba-
gagem cultural diferente e uma visão
ampliada sobre as raízes do País tradu-
zidas nos gêneros, ritmos musicais e
manifestações literárias. Este panora-
ma foi conferido entre os dias 19 e 22
de maio, nas 56 músicas apresentadas
e elementos provenientes da Literatura
de Cordel, como contos de “causos”,
xilogravuras e declamação de cordéis.
O Femucic, Mostra de Música da
Cidade Canção, ganha a cada ano um
aprimoramento, notável ao público e
carrega em sua essência a ideia de
disseminar a música brasileira como
um todo. Para isso, busca atingir à
comunidade não somente durante
os espetáculos, mas nos projetos em
paralelo que vem sendo estruturados
para alcançar a comunidade. O resul-
tado do Femucic 365 Dias foi conferido
no tema de abertura apresentado em
todas as noites. A iniciativa consiste
em oficinas de formação e reciclagem
para músicos, realizadas desde mar-
ço, na unidade de Maringá e voltada
para pessoas que já tiveram iniciação
musical. Outra ação concomitante é o
Femucic nas Escolas, que traz a alunos
da rede pública e privada um contato
com a música, através de palestras e
apresentações feitas por composito-
res e intérpretes participantes. “Nossa
principal intenção é difundir a cultura,
e consolidá-la na mente das pessoas.
Este é um processo de mudança, de
transformação em relação à cultura
musical como um todo. Percebo que
o Femucic vem sendo cada vez mais
assimilado pela comunidade, com o
suporte desses novos projetos”, disse
o gerente executivo do Sesc Maringá,
Antônio Vieira.
Os espectadores, muitos deles
formadores de opinião, ficaram sur-
presos com a estrutura, a produção,
e com as qualidades musical e técni-
ca. “Além de ser mais numeroso, o
público deste ano foi mais exigente.
Isso foi percebido pela reação da
plateia, que estava educada para
esse tipo de proposta. A recepti-
vidade e interesse dos presentes
também foram notáveis”, afirma
Vieira.
Representaçãonacional
A 32ª Edição contou com 895
inscrições, oriundas de 24 estados
e do Distrito Federal. Dessas, foram
selecionadas 56, representando 18
estados brasileiros, mesmo número
de Departamentos Regionais do Sesc
envolvidos com o Femucic. “Este pro-
jeto atende às expectativas nacionais
da instituição. Ele é um resultado da
produção de cada Estado, que propõe
uma reflexão acerca da música brasi-
leira”, pondera o gerente executivo.
Para Vieira, o Femucic é um sonho
que se transforma em realidade, pois
em único local há a possibilidade de
unir a musicalidade e todo o Brasil, gra-
ças à compreensão de sua importância
por parte do Departamento Nacional
do Sesc, dos departamentos regionais
e suas unidades de serviço. Este é um
dos principais motivos de seu crescimen-
to contínuo. “O Sesc oferece a condição
ideal para a realização da mostra, como
toda a estrutura técnica, pessoal, local,
o que resulta nesta qualidade plástica
Trecho do cordel declamado por BeTo BriTo, nas
noiTes de aBerTura
São trinta e duas ediçõesNessa terra de meu DeusMaringá é arte puraVi aqui os sonhos meusSe tornar realidadeQue beleza de cidadeFeliz são os filhos teus
Só não gosto do adeusQuando tenho que partirPenso logo na saudadeDo povo bom a sorrirÉ tão grande o coraçãoQue a cidade-cançãoAbraça quem quiser vir
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 17 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Fran
cisc
o S
ales
Dan
tas
que percebemos”, avalia.
Ressaltando que o evento conta com a
parceria da Rede Paranaense de Comu-
nicação e com a Prefeitura de Maringá.
A mostra, que é de caráter não com-
petitivo, passou a ser um espaço para
mostrar a produção nacional e criações
profissionais. Os maiores vencedores do
Femucic são a cultura popular e a baga-
gem que cada músico, colaborador ou
espectador leva junto de si. “O Femucic
tem a intenção de mostrar uma paisa-
gem musical do que acontece nesse as-
pecto, buscando sempre uma imagem
musical brasileira. Além do enfoque cul-
tural, traz um viés pedagógico muito for-
te. As oficinas, por exemplo trabalham
a teoria, o estudo dos instrumentos, as
formas musicais e sua interpretação”, diz
o diretor geral do evento, Dirceu Saggin.
A 32º Edição do Femucic foi dedi-
cada à ex-assessora jurídica do Sesc
Paraná e uma das idealizadoras deste
projeto, Luiza Elizabeth Basaglia.
Cordel “Esta é uma forma de difundirmos
uma arte não muito compreendida”,
disse o diretor geral do Femucic, Dir-
ceu Saggin, ao justificar o motivo da
presença de elementos da Literatura
de Cordel nesta edição. Ele destacou
a importância em se ter um contato
com manifestações culturais de raiz.
A inserção dos cordéis no Femucic
agregou valor à mostra e trabalhou
em paralelo com esse resgate e va-
lorização da pluralidade de cren-
ças, valores e costumes do país.
Making ofPara que o músico e sua
produção se apresentem de
melhor forma ao público, é
necessário o empenho de uma equipe
composta por profissionais de várias
áreas. O trabalho começa muito antes
da semana da mostra, quando compo-
sitor e intérpretes enviam sua canção
para ser avaliada. Posteriormente, há
um processo de seleção do repertório
das apresentações, definido o número
das canções e verificada a necessidade
específica de cada intérprete para sua
produção musical.
Este é o momento em que começa
o envolvimento com a banda de apoio,
composta por profissionais que acom-
panham os músicos. É hora de estu-
dar cifras, melodias para que cheguem
em Maringá prontos para o ensaio e
repasse de som com os intérpretes.
Os selecionados que levam as bandas
passam por um tratamento especial
durante no palco e no momento de
gravação das músicas para o CD do
festival, que acontece na Cidade Can-
ção, no próprio teatro, às tardes da
semana do evento.
Durante esses dias, trabalham em
conjunto: direção geral, responsável
pela coordenação de toda a equipe;
direções de palco e cena; produção,
encarregada pelos transportes dos
músicos; equipes de sonorização, ilu-
minação e vídeo; gerência de Cultura
do Sesc Paraná e comissão organiza-
dora do evento; assessoria de comuni-
cação e técnicos do teatro.
Chegada a primeira noite da mos-
tra, todos os envolvidos apresentam
o resultado desse trabalho intenso
durante a apresentação dos músicos.
O trabalho não acaba com o encer-
ramento do evento, pois nos dias se-
guintes são selecionadas as músicas
que compõem o repertório do CD e do
DVD. Nesta etapa elas passam por um
processo de mixagem e masterização,
uma a uma. A previsão é que o 15º CD
e o segundo DVD fiquem prontos no
mês de agosto e serão distribuídos pe-
los departamentos regionais do Sesc
em todo o Brasil.
18 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
“O Femucic tem a intenção de mostrar uma paisagem musical do que acontece nesse
aspecto, buscando sempre uma imagem musical brasileira.“
– Dirceu Saggin – Diretor geral do evento
Fran
cisc
o S
ales
Dan
tas
Repertório do 15º cd Femucicágua e Vida – João Pessoa / PBCompositora: Vó MeraIntérpretes: Vó Mera e Seus Netinhos Anágua de iaraiemanjá – Joinville / SCCompositores: Chico Saraiva e Makely KaIntérprete: Ana Paula da Silva
cantiga de lua – Guarulhos / SPCompositor e Intérprete: Amauri Falabella choro clássico – Curitiba / PRCompositor: Waltel BrancoIntérprete: Fabrício Mattos
choro Pro Joaquim – Maringá / PRCompositor: Geraldinho do CavacoIntérpretes: Geraldinho do Cavaco e Grupo
coco de Roda em Paraíba em 1966 – João Pessoa / PBCompositora: Vó MeraIntérpretes: Vó Mera e Seus Netinhos conseiêro de deus – Araguari / MGCompositor e Intérprete: Luiz Salgado
elétrico – Pato Branco / PRCompositor: Diego GuerroIntérpretes: Diego Guerro e Grupo Jangadeiro de Aparecida – Teodoro Sampaio / SPCompositor: Pedro CarreiroIntérprete: Pedro Carreiro e Fabiano
Justificação – Cuiabá / MTCompositores: Paulo Monarco e Zeca BarretoIntérprete: Paulo Monarco lição de Vida – Salvador / BACompositor: Reginaldo R. De SouzaIntérprete: Juliana Ribeiro e Grupo
Meu Jamaxim – Boa Vista / RRCompositores: Bebeco Pujucan e George FariasIntérprete: Keyla Castro
o lado sul do Real – Sorocaba / SPCompositor e Intérprete: João Leopoldo
Parulices – São Bernardo do Campo / SPCompositor e Intérprete: Fernando Deghi
Quem Foi que disse – Maringá / PRCompositora e Intérprete: Marie Tenório
Rainha dos Menestréis – Vitória da Conquista / BACompositor e Intérprete: Roberto Bach
samba Para ná – Curitiba / PRCompositor e Intérprete: André Prodóssimo
são João – Brasília / DFCompositores e Intérprete: Túlio Borges e Anthony Brito
Valsa de inverno – Curitiba / PRCompositor: Daniel MigliavaccaIntérpretes: Daniel Migliavacca, Vinicius Chamorro e Vina Lacerda
Repertório do 2º dVd FemucicAnágua de iaraiemanjá – Joinville / SCCompositores: Chico Saraiva e Makely KaIntérprete: Ana Paula da Silva choro clássico - Curitiba / PRCompositor: Walte BrancoIntérprete: Fabricio Mattos
choro Pro Joaquim – Maringá / PRCompositor: Geraldinho do CavacoIntérpretes: Geraldinho do Cavaco e Grupo
coco de Roda em Paraíba em 1966 – João Pessoa / PBCompositora: Vó MeraIntérpretes: Vó Mera e Seus Netinhos
conseiêro de deus – Araguari / MGCompositor e Intérprete: Luiz Salgado
elétrico – Pato Branco / PRCompositor: Diego GuerroIntérpretes:Diego Guerro e Grupo
Feliz – Curitiba / PRCompositor: Daniel MigliavaccaIntérpretes: Daniel Migliavacca, Vinicius Chamorro e Vina Lacerda Jangadeiro de Aparecida – Teodoro Sampaio / SPCompositor: Pedro CarreiroIntérprete: Pedro Carreiro e Fabiano Justificação – Cuiabá / MTCompositores: Paulo Monarco e Zeca BarretoIntérprete: Paulo Monarco
Meu Jamaxim – Boa Vista / RRCompositores: Bebeco Pujucan e George FariasIntérprete: Keyla Castro
Moleque tinhoso – Ananindeua / PACompositores: Ivan Cardoso e Mário MouzinhoIntérprete: Ivan Cardoso
navegares – São Bernardo do Campo / SPCompositor e Intérprete: Fernando Deghi
o choro do laço – Vera Cruz / RSCompositor: Marcelo Paz CarvalhoIntérprete: Tiago Souza e Grupo
o lado sul do Real – Sorocaba / SPCompositor e Intérprete: João Leopoldo
Parulices - São Bernardo do Campo / SPCompositor e Intérprete: Fernando Deghi
Pedra da gaivota – Curitiba / PRCompositor e Intérprete: André Prodóssimo
Quem Foi que disse – Maringá / PRCompositora e Intérprete: Marie Tenório
Rainha dos Menestréis – Vitória da Conquista / BACompositor e Intérprete: Roberto Bach
samba Para ná – Curitiba / PRCompositor e Intérprete: André Prodóssimo sonhos Vãos – Belém / PACompositores: Carla Sueli Cabral da Silva e Marcelo Wagner Ramos Rodrigues Intérprete: Patrícia Bastos
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 19 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
20 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Femucic no comércioO Femucic não foge à essência de
muitos projetos desenvolvidos pelo
Sesc, que apresentam um forte envol-
vimento com o comerciário e comer-
ciante. Nos dias do evento foi regis-
trado um intenso movimento na rede
hoteleira, restaurantes, lojas e demais
empresas do comércio, movimentando
20% a mais do que o costume.
Todos os músicos participantes,
equipes de trabalho e visitantes, que
foram à cidade para conferir a mostra,
usufruíram dessa estrutura da cidade,
como confirma o presidente do Sindi-
cato do Comércio Varejista de Maringá
(Sivamar), Amauri Donadon. “Os res-
taurantes e hotéis se preparam para
atender esse público. Além dos produ-
tos de necessidade diária, estes visitan-
tes fizeram compras em shoppings, por
exemplo. É difícil sem sair de Maringá
sem fazer alguma compra”, relatou o
presidente ao comentar que é comum
também a aquisição de roupas, pois na
cidade há muitas peças de inverno.
Já nos restaurantes, os trabalhado-
res como gerentes, garçons e demais
atendentes ficam preparadas para vol-
tar mais tarde para casa. Muitos mú-
sicos e espectadores do festival saem
após assistirem às apresentações para
confraternizações ou jantares. O re-
sultado é uma movimentação maior
no caixa e estabelecimentos fechados
mais tarde. “O comércio ganha muito
com o Femucic, temos uma maior ar-
recadação de impostos, os empregos
são mantidos, os comissionados re-
cebem mais, e isso reflete no desen-
volvimento econômico da cidade”, fri-
sa Donadon. Segundo ele, os setores
beneficiados foram: alimentício, calça-
dista, farmacêutico, de conveniência,
hoteleiro e de material de construção.
O gerente do Hotel Cidade Verde,
Cláudio Crepaldi, onde ficou hospeda-
da a maioria dos envolvidos no Femu-
cic, revela que durante três dias, 100%
dos leitos foram ocupados, no entanto
o movimento foi intenso no período de
15 a 24 de maio. Nos demais dias do
ano, 60% das vagas são preenchidas.
Em Maringá, os sindicatos que
atendem o comércio do município e
de outras 18 cidades das redondezas
são o Sivamar, o Sindicato do Comércio
Varejista de Ferragens, Tintas, Madei-
ras, Materiais Elétricos, Hidráulicos e
Materiais de Construção (Simatec), e
o Sindicato do Comércio Varejista de
Produtos Farmacêuticos (Sincofarma).
Arq
uivo
Siv
amar
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 21 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Com uma rabeca e uma caixa re-
cheada da cultura nordestina, o artista
e músico Beto Brito, visitou e encantou
alunos das escolas públicas de Marin-
gá. Brinquedos, vestimentas, instru-
mentos musicais e livros foram reti-
rados um a um de uma grande caixa,
apresentando aos estudantes objetos
típicos do nordeste brasileiro e da li-
teratura de cordel, além de músicas
próprias do repertório das festas de
São João.
Esta atividade fez parte do projeto
Femucic nas Escolas, uma ação parale-
la ao Femucic e realizada uma semana
antes da mostra. Ao todo, foram nove
escolas visitadas, o que proporcionou
a 2.252 alunos do Ensino Fundamental
de Maringá a interação com músicos
de diferentes regiões do Brasil.
Vó Mera e Seus Netinhos também
participaram do projeto e na avalia-
ção da direção da Escola Municipal
Pioneira Mariana Viana Dias, foi uma
experiência enriquecedora. “As apre-
sentações emocionaram as crianças,
principalmente quando Vó Mera acon-
selhou aos alunos com relação ao res-
peito que os mesmo devem ter com
os pais e com os mais velhos e, tam-
bém, quando permitiu que as crianças
tocassem os instrumentos musicais do
grupo”, testemunha a direção.
O grupo Nós em Voz, formado por
oito cantores de Curitiba, realizou um
concerto didático em quatro escolas
maringaenses, onde puderam explicar
a divisão de vozes em um coro e apre-
sentaram trava línguas para os alu-
nos. “Ficamos surpresos com o grupo
de coral, que nos mostrou na prática
a distribuição segundo a tessitura de
suas vozes. Além disso, relacionaram-
se muito bem com os alunos, que ti-
veram a oportunidade de cantar um
pouco a diversidade da música popu-
lar brasileira”, salientou Claudinéia Mi-
guelino de Lima, do Centro Integrado
de Apoio à Criança e ao Adolescente
Borba Gato. Além desses artistas, as
escolas também receberam os músi-
cos Fabrício Mattos, Geraldo Júnior,
Felipe Müller, Daniel Migliavacca e Ro-
berto Bach.
Para o técnico do Sesc, Emersonn
Amaral, um dos integrantes da Comis-
são Organizadora do Femucic, o pro-
jeto estabelece o primeiro contato dos
alunos com a música, e leva valores
musicais através de concertos, pales-
tras e interação com as crianças.
Femucic vai às escolas
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 21 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Silv
ia B
occh
ese
de L
ima
Silv
ia B
occh
ese
de L
ima
22 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Não é apenas em maio, mês de realiza-
ção do Festival de Música da Cidade Canção,
pelo Sesc Paraná, que as estradas levam
cultura e música a Maringá. Prova disso é
o projeto “Femucic 365 Dias”, uma oficina
de percussão, voltada para os ritmos e à
música nacional, que explorou instrumen-
tos típicos da percussão brasileira.
Vinte e cinco músicos começaram no
projeto em março deste ano, entre eles,
profissionais e iniciantes, mas 12 alunos
que reuniam, na avaliação do oficineiro,
Vina Lacerda, facilidade para o estudo,
disponibilidade e vontade, foram os esco-
lhidos para participar do tema de abertura
do Femucic 2010, apresentado em todas
as noites do festival. “Queríamos trazer a
linguagem musical para estas pessoas e
promover o contato com a teoria e desen-
volver a simbologia e a anotação musical
e gráfica, com o intuito de escrever as me-
lodias percussivas e entender como fun-
ciona a música e sua matemática”, revela
Lacerda.
O projeto veio com a ideia de seme-
ar informações culturais e musicais em
Maringá, não apenas na semana do fes-
tival e restrito ao espaço do teatro, aliado
à diretriz do Sesc que é permitir, através
de ações culturais, a expressão e a ma-
nifestação de diferentes formas de arte,
estimulando a criatividade, capacidade e
habilidades artísticas. “Este é o objetivo
do 'Femucic 365 Dias', estar nas escolas,
e nos mais diversos locais, trazendo um
estudo formatado da música”, informa o
professor.
Aliado à proposta inserir a Literatura
de Cordel no Femucic deste ano, o proje-
to trouxe instrumentos musicais próprios
do nordeste, como o alfaia, um tambor
que é ícone do ritmo brasileiro maracatu.
E foi com o alfaia que estes 12 músicos,
acompanhados por baquetas, e apresen-
tando-se em pé, brincaram com a lingua-
gem musical, com seus tambores com
volumes fortes. “Trouxemos a linguagem
da percussão formal, aliada a diversos
ritmos brasileiros, mostrando a escrita da
percussão. Com isso, fizemos uma ligação
com o tema de abertura. Todos os alunos
tiveram acesso às partituras, tendo um
mapeamento gráfico da música”, enfatiza.
E para dar continuidade ao projeto, a
instituição adquiriu instrumentos de per-
cussão e, em breve, inaugurará um novo
espaço cultural em Maringá.
365 dias de muita música
Femucic 22 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 23 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br Femucic S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 23 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Capacitação para hotelaria e turismoSenac promove ciclo de oficinas pedagógicas no Hotel Show 2010, em Foz do Iguaçu
Pau
lo W
ilson
Ver
a
24 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Os participantes do Hotel
Show, evento que se con-
solida tornando-se tradicio-
nal em Foz do Iguaçu, puderam estar
lado a lado e aprender com profissionais
qualificados do Senac Paraná.
O diferencial do evento foram as
oficinas e palestras de qualificação e
atualização, totalmente gratuitas, nas
áreas de hotelaria e hospitalidade.
As palestras e as oficinas pedagó-
gicas aprofundaram conhecimentos
nas áreas de recepção, serviços de ca-
mareira e de restaurante, tudo sob o
acompanhamento atento e detalhista
do diretor regional do Senac Paraná,
Vitor Monastier. A coordenadora de
educação do Senac, Lucymara Car-
pim, acentuou o tom educacional ao
proferir a palestra master sob o tema
“Qualificação Profissional: Oportuni-
dade de Sucesso”. Para ilustrar ainda
mais a explanação, o grupo de teatro
Sou Arte, de Campo Mourão apresen-
tou esquetes bem humoradas visando
sensibilizar os participantes a respeito
de demandas da hotelaria e como o
Senac pode contribuir para a forma-
ção de profissionais qualificados para
o setor.
A importância do Hotel Show para
o segmento hoteleiro e turístico foi
ressaltada pelo vice-presidente do Sin-
dicato dos Hotéis, Restaurantes, Ba-
res e Similares de Londrina e Região
(Sindihotéis), Alzir Bocchi. Segundo
ele, o evento “configura-se como um
dos mais importantes para a rede
hoteleira do Paraná, pois reúne as
novidades em equipamentos e novos
materiais de consumo, com facilidades
de compra”. E, para estudantes e pro-
fissionais, oferece a oportunidade úni-
ca de participar de cursos e palestras
de instituições reconhecidas como o
Senac. “O Senac hoje é uma grife na-
cional que leva a atualização para boa
formação de mão de obra de nossos
estabelecimentos. Essas palestras são
verdadeiras aulas, que levam à profis-
sionalização dos trabalhadores da ho-
telaria e gastronomia”, afirma Bocchi.
Ciclo de OficinasPedagógicas
Durante o Ciclo de Oficinas Peda-
gógicas, certificadas pelo Senac, em-
presários, trabalhadores e estudantes
puderam se atualizar e até mesmo
repensar seus conceitos sobre três
setores fundamentais da hotelaria:
recepção, serviços de camareira e de
restaurante.
O primeiro ponto foi discutido na
oficina “Excelência no Atendimento – Da
recepção ao retorno do hóspede”, com o
supervisor do Restaurante-escola do Se-
nac Curitiba, Lúcio Marcelo Chrestenzen,
que destacou o conceito do bem rece-
ber, a simpatia no cumprimento ao hós-
pede, o conceito histórico e como a ho-
telaria mudou nos últimos anos. “Como
hoje tudo é tão rápido, o profissional de
hotelaria precisa estar atento aos dife-
rentes estilos de clientes e saber se por-
supervisor do restaurante-escola do senac curitiba, lúcio Marcelo chrestenzen
Pau
lo W
ilson
Ver
a
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 25 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
tar adequadamente em cada situação”,
explica Chrestenzen. E, para finalizar o
tópico, serão levantados questionamen-
tos acerca da Copa do Mundo de 2014
e os preparativos necessários. “A Copa
já começou e precisamos estar prontos
para ela. Por mais que seja um even-
to pontual, o verdadeiro legado será o
grande número de turistas que virá de-
pois. Mas claro que isso irá depender de
como iremos atendê-los durante este
evento”, afirma o supervisor.
Com a sala de aula lotada, prin-
cipalmente por camareiras, a palestra
“Camareira, o brilho na hotelaria”,
ministrada por Luciani Guimaro Dias,
gerente de hospedagem do Grande
Hotel São Pedro e docente nos cursos
de graduação e pós-graduação em ho-
telaria do Senac São Paulo, esclareceu
dúvidas e teve a participação ativa dos
presentes. “É uma profissão que vem
sendo valorizada. E palestras como
essa servem para conscientizar sobre
sua real importância, que vai além de
limpar o quarto ou arrumar uma cama.
As camareiras repassam informações
estratégicas ao setor de governança
e também aos demais setores de um
hotel”, explica Luciani. A camareira,
por adentrar na intimidade do hóspe-
de, é capaz de constatar, por exemplo,
que ele gosta de uvas, ao observar
as cascas da fruta em sua lixeira. De
posse de tal informação, a equipe de
alimentos e bebidas pode inserir uvas
na fruteira do quarto. É um detalhe
simples, mas demonstra ao cliente
uma atenção especial. A personaliza-
ção, segundo Luciani, tem sido o cami-
nho adotado pelo setor hoteleiro para
conquistar e fidelizar sua clientela. “O
que diferencia um hotel de outro não é
mais a estrutura, que é bastante pare-
cida entre os estabelecimentos. O que
distingue mesmo é o serviço oferecido
e a camareira está inserida nesse pro-
cesso”, pondera a palestrante.
Para completar o Ciclo de Oficinas
Pedagógicas foi realizado o workshop
“Serviço de Restaurante – Como en-
cantar o cliente!”, que teve como ins-
trutores os participantes da Olimpíada
do Conhecimento 2010, Gilberto Perei-
ra Dias e André Carlos Crestani. Além
de relatar a experiência no maior even-
to de educação profissional da América
Latina, eles apresentaram técnicas do
serviço de garçom e do slow food, um
movimento que vem ganhando força e
resgata o prazer de saborear as refei-
ções. E esse pode ser um diferencial
para os restaurantes e, especialmente,
os hotéis, que complementariam seus
serviços ao oferecer opções diversifi-
cadas de alimentação.
A escolha dos temas abordados
nas oficinas partiu de uma pesquisa
elaborada pelo Senac em parceria
com a Federação Nacional de Ho-
téis, Restaurantes, Bares e Similares
(FNHRBS). No estudo, feito com 716
proprietários de hotéis e restauran-
tes, em sete capitais brasileiras, 40%
apontou dificuldades na contratação
de recepcionistas. A maioria dos en-
trevistados, 71%, também afirmou
que encaminharia funcionários para
cursos de camareira e arrumadeira
e 32% relatou dificuldades na con-
tratação de garçons. De acordo com
Alzir Bocchi, estas são as áreas mais
importantes de um hotel porque en-
volvem praticamente toda a estadia
do cliente, o que, por consequência,
influencia diretamente em seu possí-
vel retorno. “Afinal, este é o grande
objetivo de qualquer hotel. Se não
encontrar boa cama e boa comida,
o hóspede não volta, pois ele deseja
um excelente atendimento. E o Se-
nac proporciona tudo isso aos esta-
belecimentos hoteleiros paranaen-
ses, através de seus cursos, muitos
deles gratuitos”, reitera.
Até a Copa de 2014A realização de grandes eventos
no Brasil como a Copa do Mundo em
2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016
reforça a necessidade de capacitação
Luciani Guimaro Dias, Gerente De hospeDaGem Do GranDe hoteL são peDro e Docente nos cursos De GraDuação e pós-GraDuação em hoteLaria Do senac são pauLo
Pau
lo W
ilson
Ver
a
26 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
de profissionais na área de hotelaria. Em
muitas cidades-sede, existe uma oferta
hoteleira já estabelecida, com número
satisfatório de leitos para acomodar os
visitantes, conforme avalia Alzir Boc-
chi. A construção de novos hotéis em
quantidade pode representar, inclusi-
ve, uma superoferta futura. A alter-
nativa, neste caso, é a renovação
e reforma dos estabelecimentos
existentes.
Convicto, o vice-presidente do
Sindihotéis, afirma que o Paraná
está bastante preparado para
a Copa, mas faltam cursos de
aperfeiçoamento do atendi-
mento, como os de idiomas
para taxistas e recepcionis-
tas, tradutores e normas de
etiqueta. “Em termos de estrutura física,
estamos bem. Nosso ponto fraco está na
recepção. Temos a obrigação de fazer
uma boa acolhida aos hóspedes interna-
cionais. Não se trata de conhecer todas
as culturas, mas um pouco de cada uma,
ou pelo menos, aprender a lidar com a
diversidade cultural e de costumes. Por
isso a qualificação e o aperfeiçoamento
dos profissionais envolvidos na cadeia
produtiva do turismo é primordial”, re-
força.
Quatro anos pode parecer um pra-
zo extenso. Cabe lembrar, porém, que
conhecimento se constrói, e isso não
acontece de uma hora para outra. “Se
começarmos agora tenho certeza de que
em 2014 teremos sucesso absoluto, com
uma mãozinha do Senac, é claro”, finali-
za Alzir Bocchi.
Demonstração Dos serviçõs De garçom realizaDa pelo instrutor anDré Crestani, que foi partiCipante Da olimpíaDa Do ConheCimento 2010
Pau
lo W
ilson
Ver
a
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 27 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
28 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
impresso e on line são temas do Autores & Ideias Novo projeto cultural do Sesc promove discussões sobre temáticas atuais
Os veículos impressos, assim
como jornais, revistas e
periódicos estão perdendo
espaço para os meios eletrônicos? Exis-
te uma fórmula de atratividade para a
leitura impressa? Quais são as causas
da queda da procura por impressos? Por
que a Internet tem conquistado tanto
espaço? O relatório E-Books: The Next
Killer Application, do pesquisador e dire-
tor de papéis gráficos da Europa, Sampo
Timonen, revela que a mídia impressa
teve uma queda de leitura em 57%, en-
tre 1999 e 2009.
Timonem ainda alerta que a de-
manda de notícias em papel tende a
cair a 98%, até 2015. Esta preocupa-
ção, de nível nacional, envolve de for-
ma pontual os meios de comunicação
brasileiros. O veterano jornalista e es-
critor Ricardo Noblat, que sempre es-
teve atento a esse assunto fez diversas
publicações on line e impressas discu-
tindo esse tema. Segundo ele, a indús-
tria da comunicação está assustada e
disputa hoje com os meios digitais. A
saída de Noblat é uma reinvenção ur-
gente dos moldes da imprensa.
Para levantar e debater essas
questões, o Sesc Paraná promoveu
a temática Literatura On line, no seu
novo projeto de cultura, o Autores &
Ideias. A iniciativa traz palestras so-
bre ciberespaço e literatura durante a
programação de 2010, e como com-
plemento oferece oficinas na progra-
mação. “A programação sempre trará
temas atuais e de interesse público,
que envolvam a literatura, e convida-
rá autores de obras sobre o assunto”,
explica o coordenador do Autores &
Ideias, Márcio Norberto.
Este é o primeiro projeto sistemáti-
co na área da literatura, e contempla as
unidades do Sesc em Curitiba (Esquina),
Londrina, Maringá, Cascavel e Pato Bran-
co. A programação iniciou em maio e se
estende mensalmente, até novembro,
nestes municípios. Nesta primeira etapa
foi realizado o Ciclo de Autores com os
convidados Daniel Galera e Daniel Pelli-
zari. Ambos relataram suas experiências
nos universos eletrônico e impresso, e
abordaram o tipo de literatura que sur-
giu na Internet. As obras deles estão dis-
poníveis tanto na grande rede como em
livrarias. Em paralelo, foram oferecidas
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 29 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
oficinas para criação de blogs. Norberto
explica que o propósito é aliar a cultura à
educação. “Esta reflexão é fundamental
para os jovens, que estão despertando
hoje o interesse pela literatura e a pro-
ximidade com os meios de comunicação
e o ciberespaço”, diz. A participação em
todas as atividades é gratuita.
“A revolução digital é um tema que
está modificando a própria forma como
nos relacionamos com os livros e a li-
teratura. Todos sentimos na pele essa
transformação, mas para entender o
que acontece é necessário discutir sobre
isso”, avalia Galera. Para ele, o Autores
& Ideias contribui ao levantar a literatu-
ra on line e estendê-la a outras cidades,
pois este fenômeno é universal.
Segunda etapaA etapa do Autores & Ideias, que
acontece em junho, aprofunda ainda
mais o estudo da relação entre a web e
seu “leitornauta”, bem como os novos
veículos adaptados para esse meio. A
programação traz uma mesa-redonda
com os autores André Czarnobai, po-
pularmente conhecido como Cardoso,
e Julio Dario Borges que discutirão
como a crítica literária se beneficia
deste cenário e se a publicação eletrô-
nica é um meio eficiente para viabilizar
produtos culturais sem custos de im-
pressão e distribuição.
Na opinião de Cardoso, os e-books
certamente são uma alternativa de me-
nor custo que os impressos, no entan-
to não acredita que haja um aumento
imediato na busca desse formato. “É
inegável que as pessoas leem mais por
causa do computador, dos celulares e
da Internet, mas isso não significa que
elas estejam lendo mais ficção”, acre-
dita o autor. Ele ainda avalia que o livro
vem ganhando muita força como obje-
to de luxo e símbolo de resistência aos
excessos da tecnologia.
Para o escritor a literatura se bene-
ficia com esse cenário através de seus
bons leitores ou interessados, e que o
meio muitas vezes não garante a qua-
lidade do conteúdo da mensagem. “É
necessária uma relação entre diversos
elementos para que a literatura seja
beneficiada ou prejudicada. Basta mu-
dar apenas uma dessas variáveis e o
resultado obtido já não é mais o mes-
mo. A tecnologia sem ser contextuali-
zada não ajuda nem atrapalha”.
Por isso, a discussão sobre esse
assunto pode ajudar a ampliar a visão
dos envolvidos, como leitores, escri-
tores e editores. “Sair da nossa zona
de segurança e enxergar velhas estru-
turas e situações por ângulos novos
sempre é positivo, e ajuda na constru-
ção de novas formas de pensar e agir”,
conclui Cardoso.
A ementa do Autores & Ideias para
junho ainda prevê opções de progra-
mação paralela que acontecem nas
unidades do Sesc, como workshop de
Edição de Conteúdos para a Internet,
Oficina de Webdesign, edição de foto-
grafia na web, publicação em Fotolog
e Flickr, e sala de leitura de revistas,
coletivos e periódicos na Internet. Para
conhecer a programação completa
consulte uma das unidades do Sesc
envolvidas no Autores & Ideias.
Shi
gueo
Mur
akam
i
30 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
A primeira vez que o presi-
dente do Sistema Fecomér-
cio Sesc Senac foi a Apuca-
rana, no interior do Paraná, foi no ano
de 1968. “Fui representante comercial
nesta cidade e grande parte do que eu
tenho hoje ganhei aqui”, lembrou Darci
Piana durante a homenagem que re-
cebeu no dia 30 de abril. O título de
Cidadão Honorário foi um projeto da
vereadora Telma Reis que foi aprovado
na Câmara Municipal por unanimidade.
“Nossas atitudes são marcas e está
em nosso poder fazer e mudar a histó-
ria. Foi o que Darci Piana fez em nossa
cidade, não apenas preocupado com
obras físicas, mudou nossa história.
Seus atos sempre foram espelhos de
sua consciência”, diz Telma. A verea-
dora afirma que a maior honraria que
o município pode oferecer foi um re-
conhecimento à conduta do presidente
do Sistema Fecomércio.
Luiz Fernando Mamede Mendes,
Apucarana presta homenagem a Darci PianaPresidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná recebe também Moção de Aplauso em Foz do Iguaçu
Reunião de diRetoRia Realizada em apucaRana. na mesa HumbeRto maRineu basso, antônio WaldemaR GaRcia, aRi FaRia bittencouRt, João caRlos de oliveiRa (pReFeito municipal), daRci piana, seGismundo mazuRek, luis FeRnando mamede mendes, valteR peGoReR e aída santos assunção (da esqueRda paRa a diReita).
Jair
Ferr
eira
/ Bel
a Fa
cce
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 31 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
presidente do Sindicato do Comércio
Varejista de Apucarana, compartilha
da opinião de Telma. “Diversas difi-
culdades ambientais tornaram o novo
Senac em Apucarana uma obra quase
impossível, mas o presidente Piana
disse que havia assumido um compro-
misso, e que ele não seria abandona-
do, uma verdadeira atitude de quem
tem raízes na cidade”, coloca Mendes.
O novo Senac em Apucarana é
uma solicitação antiga dos moradores
da cidade e um compromisso assumi-
do pelo Sistema Fecomércio. “Muitos
jovens que ainda não têm emprego
vão passar por ali, se preparar e con-
quistar sua cidadania. O Senac é um
grande investimento por conta do co-
nhecimento que irá disseminar e uma
grande conquista de todos nós, Siste-
ma e município”, aponta Piana.
A previsão de término da obra é
no mês de agosto e o novo Centro de
Educação Profissional do Senac deve
ser inaugurado ainda este ano. “O Sis-
tema Fecomércio trabalhou e trabalha
pelo bem da classe comerciária e da
população em geral. Transforma rea-
lidades nas cidades e está deixando
sementes que vão dar muitos frutos e
nossa juventude aguarda ansiosamen-
te o novo Senac”. As palavras são do
prefeito de Apucarana, João Carlos de
Oliveira.
As homenagens incluíram ainda
um vídeo gravado com amigos do pre-
sidente em Apucarana relembrando os
tempos em que trabalhavam juntos e
uma placa, oferecida por toda a po-
pulação apucaranense parabenizando
Darci Piana pelo título. Para o presi-
dente da Câmara Municipal, Mauro
Bertoli, “as ações do Sistema Feco-
mércio contribuem para o desenvol-
vimento social, cultural e econômico
de nossa cidade e Apucarana sente-se
honrada de ter sido escolhida para re-
ceber essas ações”.
Reunião da Federação em Apucarana
Além de receber o título de Cida-
dão Honorário, o presidente do Siste-
ma Fecomércio também levou à cidade
as reuniões de conselho e diretoria da
Federação do Comércio do Paraná. Fo-
ram realizadas no Cine-Teatro Fênix a
Assembléia Geral Ordinária do Conse-
lho de Representantes da Fecomércio
PR e a 112ª Reunião de Diretoria.
Elas contaram com a presença do
prefeito João Carlos de Oliveira; do
vice-prefeito Antônio Waldemar Gar-
cia, do ex-prefeito Valter Pegorer, do
presidente do Silvana, Luiz Fernando
Mamede Mendes e da presidente da
Câmara da Mulher Empreendedora e
Gestora de Negócios em Apucarana,
Aída Assunção dos Santos, entre ou-
tras autoridades e diretores do Siste-
ma Fecomércio, incluindo o coronel
da 5ª Divisão Militar, Tsuyoshi Harada,
que fez uma pequena palestra sobre
mobilização nacional e pediu o apoio
dos empresários presentes.
O prefeito falou sobre a importân-
cia da parceria do Sistema Fecomér-
cio Sesc Senac Paraná com a cidade
e como sua presença contribui para a
geração de empregos. Foram apresen-
tados pelos diretores regionais do Se-
nac, Vitor Monastier, e do Sesc, Paulo
Cruz, os resultados do primeiro semes-
tre de ambas as instituições. O Senac
PR, entre os meses de janeiro e março
já realizou mais de 20 mil matrículas,
em 96 municípios. O Sesc, no mesmo
período, realizou quase 600 eventos e
atendeu uma média de 340 mil pesso-
as por mês.
Valter Pegorer, um dos grandes
apoiadores do Sistema Fecomércio em
Apucarana, falou aos presentes sobre
essa parceria. “A gente passa e os re-
sultados ficam. O Senac é fruto do so-
O títulO recebidO pOr darci piana. À sua direita, O prefeitO jOãO carlOs Oliveira e O presidente da câmara municipal, maurO bertOli. À esquerda, a vereadOra telma reis, autOra da prOpOsta. aO fundO, Os vereadOres jOsé airtOn de araújO e sebastiãO ferreira martins
Jair
Ferr
eira
/ Bel
a Fa
cce
32 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
nho de muita gente, explicitados pelos
futuros alunos que querem aprender a
andar com suas próprias pernas”, disse
o ex-prefeito.
Foz do IguaçuA Câmara de Vereadores de Foz do
Iguaçu também prestou homenagem a
Darci Piana, por todas as realizações
do Sistema Fecomércio Sesc Senac no
município, com uma Moção de Aplau-
so, proposta pela vereadora Nanci Ra-
fagnin Andreola. “O Sistema Fecomér-
cio realiza inúmeros projetos em prol
do progresso tanto do nosso município
quanto do Paraná e eu acho que te-
mos que valorizar as pessoas em vida.
Darci Piana é um homem digno, um
exemplo de coragem”, diz a vereadora.
Nanci ainda ressalta a aceitação de
sua proposta. “A moção foi assinada
unanimemente e recebida com muita
alegria não só pela Câmara de Verea-
dores como pelos empresários de Foz
e representantes da sociedade”, con-
ta. Darci Piana recebeu a homenagem
em sessão da Câmara realizada no dia
15 de junho. “Fico sensibilizado com a
homenagem dos vereadores e da so-
ciedade de Foz do Iguaçu. O Sistema
Fecomércio Sesc Senac Paraná muito
já realizou na cidade e muito ainda vai
realizar”, disse o empresário.
Em 2007, foi inaugurado o Sesc
e, desde então, oferece à população
do município os serviços de seu bra-
ço social. O Senac, que já funcionava
em Foz do Iguaçu, recebeu em 2009
um novo Centro de Educação Profis-
sional, especializado em turismo, ho-
telaria e gastronomia, atividades de
extrema importância para o segundo
polo turístico do País. O Senac Cata-
ratas é resultado da restauração do
antigo Hotel Cassino.
Além disso, o Sistema Fecomér-
cio realiza grandes eventos na cidade
como a Maratona Internacional de Foz
do Iguaçu que está em sua quarta edi-
ção e recebe mais de 550 atletas, além
de público de mais de 6 mil pessoas.
Outro evento de grande porte é o en-
contro da Câmara da Mulher Empre-
endedora e Gestora de Negócios que
reuniu, em 2010, cerca de 1400 em-
presárias de todo o Estado.
A vereAdorA NANci rAfAgNiN ANdreolA, o presideNte do sistemA fecomércio sesc seNAc pArANá, dArci piANA, e o presideNte dA câmArA muNicipAl de vereAdores de foz do iguAçu, cArlos JuliANo Budel
Divulgação
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 33 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
O alerta precisa ser mantido! Bons hábitos de higiene e a etiqueta da Gripe H1N1
são essenciais para que os números de infectados e óbitos em virtude do vírus não sofram acréscimo. E a rotina higiênica que acompanhou a população em 2009 trouxe, também, a redução da incidência de casos de meningite, diarreia e conjuntivi-te. Quem confirma estes dados é o Secretário de Estado da Saúde, Carlos Moreira Júnior, que em entrevista à Revista Fecomércio apresentou um panorama da cobertura vacinal no Paraná contra a Gripe H1N1.
Moreira Júnior revela que o Paraná foi o Estado Brasileiro que mais vacinou o público preconizado pelo Ministério da Saúde: crianças de seis meses a cinco anos incompletos, gestantes, portadores de doenças crô-nicas, trabalhadores de saúde e adul-tos jovens entre 20 e 39 anos. Com a campanha de vacinação, iniciada em março deste ano e realizada até junho, o Estado vacinou 5,1 milhões de pessoas, chegando a 85% de apli-cação das vacinas recebidas. A meta agora, é vacinar profissionais ligados
à educação. “Embora tenhamos conseguido estes índices e tenha-mos tomado a vacina, precisamos manter os cuidados básicos, como por exemplo, lavar as mãos, cobrir a boca e nariz com lenço descartável ao tossir e espirrar. Os hábitos de higiene devem fazer parte do nosso coti-diano”, revela Moreira Júnior.
Parceiro das ações de cuida-dos com a saúde do comerciário, seus dependentes e da comunida-de em geral e com base no Proto-colo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza, do Ministério da Saúde, o Sesc de-senvolveu o Protocolo de Orien-tações contra a Gripe A H1N1. O documento traz dados e definição sobre a doença, fatores de risco, medidas preventivas e orientações para os diversos serviços e setores da instituição.
Este protocolo, criado em abril deste ano, contém fundamentos que nortearão as ações de preven-ção, através de exercício de práticas democráticas, direcio-
nadas aos colaboradores e
frequentadores das Unidades de Serviços. Independente da área de ação o importante é exercitar a
“etiqueta da gripe”.
Gripe H1N1Os cuidados devem continuar!
Etiqueta da Gripe
● Lave as mãos frequentemente com água e
sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar;
● Após a lavagem e secagem das mãos, aplique o
álcool gel (com 70% de álcool etílico) nas palmas
das mãos em quantidade suficiente para cobrir
toda a superfície. Friccione bem as palmas, dor-
sos e dedos até a secagem espontânea do álcool;
● Evite tocar os olhos, boca e nariz após contato
com superfícies;
● Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca
com um lenço preferencialmente descartável ou
use o antebraço ao invés das mãos;
● Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e
objetos de uso pessoal;
● Mantenha o ambiente ventilado no trabalho,
residência e transporte coletivo;
● Evite ambientes fechados e com aglomeração
de pessoas;
● Não use medicamentos sem orientação médica.
A automedicação pode ser prejudicial à saúde e
● Ao sentir os sintomas da gripe (febre acima de
38ºC, tosse, dificuldade respiratória, dor de cabe-
ça, muscular e nas articulações), procure auxílio
médico para diagnóstico e tratamento.
33 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
34 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
“Atualização profissional e a
troca de experiências devem
ser sempre prioridade dentro
das empresas”, afirma Joil Baptistel,
gerente de Planejamento e Estatística
do Sesc Paraná. Ele está se referindo
ao Programa de Desenvolvimento de
Gestores que, entre os meses de outu-
bro de 2009 e maio de 2010, ofereceu
sete módulos de reciclagem, atualiza-
ção e transmissão de conhecimentos e
habilidades, voltados às atividades do
gestor para gestores do Sistema Feco-
mércio Sesc Senac Paraná.
Desenvolvido em parceria com a
FAE, o programa abordou temas como
planejamento estratégico, gestão de
projetos, logística e relacionamento
Investimento em pessoasPrograma de Desenvolvimento de Gestores do Sistema Fecomércio Sesc Senac completa seu ciclo
Gestores do sesc e do senac foram reunidos no treinamento
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 35 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
interpessoal. Antonio Carlos Langner,
Coordenador de Recursos Humanos do
Senac, acredita que todos os módulos
são aplicáveis à realidade dos gesto-
res. “Eles foram escolhidos com uma
visão das principais necessidades que
enfrentamos, já que a nossa realidade
abrange várias especialidades”, diz.
Os colegas concordam. Para José
Dimas Fonseca, gerente executivo do
Sesc em Foz do Iguaçu, “na maioria
dos módulos, nós os participantes, pu-
demos ampliar conhecimentos de áre-
as que conhecíamos e descobrir novos
focos de ação para aplicação diária”.
Vanise Melgar Talavera, da assessoria
jurídica do Senac, diz: “essa oportu-
nidade dentro da nossa própria casa
permite que nos desenvolvamos de
uma maneira voltada especificamente
para as necessidades da instituição”.
O treinamento trouxe ainda a pos-
sibilidade de contato com as realidades
de outras áreas da empresa. “Ele foi
muito oportuno, sobretudo como inte-
gração de todos os gestores, notada-
mente entre o Sesc e Senac que são
duas casas separadas e finalmente pu-
deram se conhecer melhor e compar-
tilhar ideias e comportamentos”, co-
menta Francisco Costa e Silva, gerente
executivo do Sesc Odontologia. Tadeu
Moreira, diretor do Senac em Parana-
vaí completa, “pudemos adquirir uma
visão abrangente do nosso negócio”.
Como reuniu todos os gestores do
Paraná, a ação também cumpre um
importante papel de integração dentro
do Sistema Fecomércio. “Eu tive a gra-
ta satisfação de conhecer pessoas do
Senac que muito me enobreceram do
ponto de vista de saber que nosso uni-
verso é muito maior por conta dessas
relações, ainda que o Sesc e o Senac
sejam duas instituições distintas, pro-
piciou este estreitamento, um
melhor entendimento do que
efetivamente é o Sistema. Para
mim isso foi muito valioso”, diz
o gerente executivo do Sesc em
Londrina, Cilas Fonseca Vianna.
A diretora do Centro de Edu-
cação Profissional do Senac em
Guarapuava, Marta Gavanski
Harmatiuka, ressalta que os
ensinamentos e experiências
adquiridos serão naturalmente
transmitidos aos colaborado-
res que estão em contato com
os participantes do programa.
“Enquanto parte da equipe você
contribui e compartilha conheci-
mentos o tempo todo, e quando você
compartilha você aprende cada vez
mais”, diz Marta.
Conhecimento, aprimoramento e
novas habilidades são só parte do re-
sultado de cerca de 200 horas de trei-
namento divididas em 100 horas pre-
senciais e 100 horas de conteúdo EaD.
“Além de entrosamento com os inte-
grantes do Sistema, é uma oportunida-
de valiosa para fazer uma autoanálise
de sua gestão, trocar ideias, assimilar
novos conhecimentos e atualizar-se”,
afirma Arsenio Vicente Ross, diretor do
Senac em Toledo.
Andreia Patricia Rinaldo, geren-
te executivo do Sesc em Apucarana,
acredita que existe um ganho direto
para os participantes do treinamento,
mas que a empresa também tem um
grande retorno. “Muito mais que os
gestores, quem ganha realmente é a
instituição, pois podemos dar à empre-
sa o que ela espera, força capaz de aju-
dá-la na tarefa de maximizar resultados,
minimizar custos e otimizar os recursos
humanos disponíveis”, explica.
“A proposta é o início de uma mu-
dança de comportamento e também
uma oportunidade para aqueles gesto-
res que ainda não perceberam as mu-
danças pelas quais já passamos e as
que ainda vamos enfrentar. As organi-
zações a cada dia terão que se adaptar
ao mercado, não podemos achar que
as nossas necessidades virão ao nosso
encontro e sim temos que ir em bus-
ca do novo, para atendermos todos os
nossos objetivos e compromissos com
a sociedade”, coloca Marcio Renaldin,
gerente executivo do Sesc Portão.
O saldo do Programa de Desenvol-
vimento de Gestores é muito positivo
e deixa as portas abertas para que se
repita e se expanda. “Deve ser am-
pliada para toda a equipe, e para to-
das as áreas de atuação, pois todos
assumem importantes funções como
produtores de conhecimento e prota-
gonistas dos processos de mudanças
e ações da instituição”, diz João Gor-
la, gerente executivo do Sesc Londri-
na Aeroporto. “Esta iniciativa deve ser
estendida, abrangendo os diversos
setores da Instituição, com oportu-
nidades para outros colaboradores”,
concorda Tadeu Moreira.
1º módulo | ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA MODERNA
2º módulo | PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E FERRAMENTAS
3º módulo | GESTÃO DE PROJETOS
4º módulo | LOGÍSTICA E SUPRIMENTOS
5º módulo | FERRAMENTAS DE GESTÃO DE PESSOAS E ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL
6º módulo | ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
7º módulo | RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E POSTURA CORPORATIVA
36 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
A Prefeitura de Curitiba san-
cionou uma lei que in-
centiva os representan-
tes comerciais manter ou abrir suas
empresas na capital paranaense. A
Lei Complementar nº 76, publicada
no Diário Oficial Municipal, em 25 de
maio, reduziu pela metade a alíquota
do Imposto Sobre Serviços (ISS) inci-
dente sobre os serviços de represen-
tação comercial, composição gráfica,
corretagem de seguros e recauchu-
tagem de pneus. Dessa forma, esses
segmentos que até então pagavam
5% de ISS passarão a pagar 2,5%. A
redução do imposto começou a vigorar
em 1º de junho.
Após dois anos de reivindicações
junto à Secretaria de Finanças da Pre-
feitura de Curitiba, o presidente do
Sindicato e do Conselho Regional dos
Representantes Comerciais do Paraná
(CoreSin/PR e Core/PR, respectivamen-
te), Paulo César Nauiack, comemora.
“Esta é uma forma de atrair mais em-
presas e solidificar as que já estão aqui
instaladas. A redução de 2,5% pode
parecer pequena, mas para muitos
representantes comerciais é de suma
importância e pode significar a sobre-
vivência de muitos deles”, diz.
Apesar de um dos quatro Ps do
conhecido Composto de Marketing (Produto, Preço, Promoção e Ponto de
Venda) indicar que o ponto de venda
influencia o consumo, alguns tipos de
Incentivo fiscalCuritiba reduz alíquota do ISS para representantes comerciais
MoMento da assinatura da lei coMpleMentar que reduz iMpostos para representantes coMerciais, eM solenidade presidida pelo prefeito luciano ducci, e a presença do presidente do sindicato e do conselho regional dos representantes coMerciais do paraná, paulo césar nauiack.
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 37 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
serviços desfrutam de certa mobilida-
de geográfica. Essas empresas podem,
inclusive, manter sua localização fora
do mercado principal sem que isso
interfira na dinâmica e no volume da
sua atividade. Por causa dos custos
decorrentes da antiga alíquota de 5%,
muitos escritórios de representação
comercial se instalaram ou transferi-
ram suas sedes para outros municípios
da Região Metropolitana onde o ISS
é menor, como Almirante Tamandaré
ou Araucária. Essa situação provoca
um recuo no crescimento da repre-
sentação comercial na economia local,
e menor arrecadação do tributo pela
Prefeitura de Curitiba.
“Essa lei possibilita aos represen-
tantes comerciais, que estejam atu-
ando em nossa cidade, estabelecerem
sua empresa aqui e que realizem a
arrecadação de impostos em Curitiba.
A assinatura desse projeto é muito im-
portante para a cidade, para os cor-
retores e representa mais empregos”,
afirma o prefeito Luciano Ducci.
A proposta, encaminhada pelo ex-
prefeito Beto Richa, foi defendida nas
comissões da Câmara Municipal pelos
vereadores João Claudio Derosso, João
do Suco e Sabino Picolo, que contribu-
íram para sua aprovação no legislativo
municipal por maioria absoluta.
“Conheço esses segmentos e via
a dificuldade deles. O projeto para a
redução do imposto foi bem elabora-
do, bem pensado tecnicamente. Hou-
ve um grande estudo, tanto por parte
dos segmentos beneficiados, quanto
da prefeitura”, justifica João do Suco.
Derosso fala que a briga fiscal tem
feito muitos municípios da Região Me-
tropolitana de Curitiba baixar o ISS,
levando da Capital a sede das empre-
sas. “O grande chamariz, no entanto,
é Curitiba. O retorno das empresas é
muito importante, ainda mais em uma
cidade que tem na prestação de servi-
ços o foco de seus negócios”, analisa
o vereador.
A Lei Complementar nº 40, com al-
terações introduzidas em 2005, já con-
cedia a alíquota reduzida do ISS para
o segmento de limpeza, conservação
e vigilância. O vereador Sabino Picolo
lembra que na época, com a isenção
de 50% do imposto, as empresas re-
tornaram para Curitiba e recolheram
mais que o dobro no ano seguinte. “É
preciso modernizar a tributação, bai-
xando a alíquota, mas não perdendo
a arrecadação. Este é, na verdade, o
anseio de 65% da população, segundo
uma pesquisa divulgada recentemen-
te, que deseja a revisão dos impostos
com baixa da carga tributária”, diz.
Equilíbrio das contasA redução do imposto pela metade
não deverá trazer prejuízos aos cofres
públicos. A expectativa é que o retorno
e a abertura de novas empresas res-
gate o equilíbrio das finanças munici-
pais. Para se ter uma ideia, somente
em 2009, a atividade de representação
comercial recolheu aproximadamente
R$ 4,6 milhões em ISS. De acordo com
o secretário de Finanças de Curitiba,
Luiz Eduardo Sebastiani, nos primeiros
meses haverá, de fato, uma queda na
arrecadação, que será recuperada em
seguida, a exemplo de medidas seme-
lhantes adotadas para outros setores
econômicos. “No primeiro momento
pode haver um desequilíbrio nas finan-
ças, porém, uma redução de alíquota
traz a impulsão da base tributária, ou
seja, novos investimentos são propi-
ciados por esse abatimento. E no caso
dos representantes comerciais essa
recuperação será muito rápida porque
haverá o retorno dos profissionais que
se instalaram na Região de Metropoli-
tana”, explica o secretário.
Estudos da Prefeitura de Curitiba
preveem que a receita do ISS dos se-
tores de corretagem de seguros, com-
posição gráfica, recauchutagem de
pneus e de representação comercial
dobre em 2011, chegando a R$ 9 mi-
lhões. E para 2012, a estimativa é de
que a soma a ser atingida ultrapasse
R$ 12 milhões.
Saindo da informalidadeO Paraná conta com aproximada-
mente 45 mil representantes comer-
ciais. Só na Região Metropolitana de
Curitiba são perto de 15 mil, boa parte
sem registro. “E o que nós estamos
buscando com essa redução tributária
é trazer para a formalidade parte des-
ses que estão na informalidade”, expli-
ca Paulo Nauiack.
Segundo o presidente do Core/PR
e do CoreSin/PR, a questão tributária
é um inibidor, pois são poucos os que
têm condições de montar uma estru-
tura fora do município. Apesar de 70%
dos representantes comerciais serem
pessoas jurídicas, em geral os escritó-
rios são pequenos, com dois ou três
funcionários.
“O grande representante comer-
cial, este sim, tem como levar sua sede
para outro município. A grande massa
do segmento é formada por peque-
nos representantes, aqueles que tra-
balham com as grandes indústrias ou
mesmo com os atacadistas, com uma
retirada mensal de R$ 2 a R$ 3 mil.
É esse quem precisa será beneficiado
pela lei”, justifica. Nauiack prevê, inclu-
sive, um aumento no número de asso-
ciados ao Sindicato e ao Conselho dos
Representantes Comerciais, em virtu-
de da legalização de novas empresas,
motivada pela redução do ISS.
38 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Uma fila de meninos se orga-niza no refeitório de onde já se sente um cheirinho
bom de comida caseira. “As crianças que ficam aqui no período da manhã vão para a escola depois de almoçar, e as do período da tarde almoçam assim que chegam. Além disso, todas fazem um lanche”, conta Cleide Pennacchi, esposa de Paulo Hermínio Pennacchi, idealizador e presidente de um projeto que busca auxiliar no desenvolvimen-to de muitos jovens de baixa renda de Arapongas, interior do Paraná.
“Eu faço parte do Lions Clube há 38 anos e a primeira entidade cons-truída e mantida pelo clube foi a Apae. "Depois foi construído um orfanato que funcionou por 27 anos, a Casa do Bom Menino. Um dia, conheci um pro-jeto social em Caxias do Sul-RS e me inspirei nele para oferecer uma opor-tunidade semelhante a centenas de crianças, foi assim que nasceu o Proje-to Crescer”, conta Pennacchi.
O esquema é de contraturno esco-lar, ou seja, aulas complementares e de reforço que podem significar, para muitos desses meninos e meninas, a chance de uma vida melhor. O maior objetivo é oferecer ferramentas para que essas crianças possam descobrir seus potenciais, aumentando sua au-toestima e permitindo que enxerguem o futuro por outra perspectiva.
Nas salas e corredores de instala-ções simples, mas com tudo que é ne-cessário para alcançar esse objetivo: biblioteca, sala de informática, com boas máquinas conectadas à Internet, campo de futebol, vestiários com ar-mários – as crianças recebem cami-
setas do projeto para usar enquanto estão em aulas – e um currículo que inclui além de reforços, como portu-
guês e matemática, aulas que desen-volvem outras aptidões, como música, esportes e jogos intelectuais.
Projeto CrescerIniciativa está mudando a vida de centenas de crianças em Arapongas
EsportE, paulo pEnnacchi junto a grupo dE mEninos
Festa, meninas recebem ovos de chocolate na páscoa
AulA de informáticA nA cAsA do Bom menino
Kar
ina
Mik
owsk
i
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 39 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Enquanto casa-lar, a Casa do Bom Menino era basicamente um local tem-porário para crianças que poderiam ser adotadas. “Mas o número de atendidos variava demais, às vezes 60, às vezes apenas quatro ou cinco. Aí nós conhe-cemos um projeto que nos inspirou a criar o Crescer”, lembra Cleide. Em 2004, o espaço foi transformado em escola e hoje atende 263 meninos com idades entre 10 e 15 anos.
“O modelo começou lá em Caxias do Sul, no projeto Florescer, e numa outra iniciativa que conhecemos em Astorga-PR, o projeto Piá em Astorga, mantido pela prefeitura, entre outras ações. Isso virou um sonho nosso, oferecer oportunidades semelhantes às crianças de Arapongas”, relembra Pennacchi. No início, as vagas eram para os melhores alunos de colégios públicos. “Depois percebemos que a chance poderia ser ainda mais impor-tante para os outros. Então o candi-dato pode até ser repetente, mas não pode repetir o ano enquanto estiver no projeto”, completa o empresário.
Os candidatos devem, preferencial-mente, vir de famílias que têm até três salários mínimos de renda, e esse limi-te não costuma ser ultrapassado, ape-nas em algumas exceções, quando a família tem mais membros e mais pes-soas trabalham. “Mas nós analisamos caso a caso e levamos muito a sério a questão da renda, para que possamos sempre atingir quem realmente preci-sa”, explica Marisa Padovezi Ferreira Bazana, diretora do Projeto Crescer.
Além disso, são feitas reuniões peri-ódicas com os pais e com coordenado-res ou diretores das escolas regulares que as crianças frequentam. Isso para que as informações possam ser sempre cruzadas, permitindo que as instituições se ajudem, aos pais e, principalmente, auxiliem no desenvolvimento do aluno. “Nós levamos tudo em conta, a assidui-
dade, as notas. Quem reprovar na esco-la sai do projeto. Isso incentiva a criança a se esforçar e se dedicar”, completa Marisa.
MeninasNo crescer, meninos e meninas es-
tudam em espaços separados. Como estão em idade de pré-adolescência e adolescência, isso evita alguns trans-tornos e faz com que os resultados sejam mais eficazes. Elas, que somam hoje 87 jovens, estudam em salas ce-didas pela Universidade Norte do Para-ná (Unopar), seguindo o mesmo horá-rio dos meninos na Casa, das 7h30 às 11h15 e das 13h às 16h45. O número reduzido se explica pelo fato de que as mães preferem que suas meninas fiquem em casa, cuidando dos irmãos mais novos ou ajudando nos deveres.
O projeto é mantido unicamente por doações de colaboradores, sejam elas financeiras, em produtos de con-sumo de todos os tipos ou em traba-lho voluntário. O que essas doações não alcançam do orçamento anual é complementa-do com um baile, realizado em par-ceria com a Apae. Cleide comenta que “o evento lota todos os anos, até porque, temos o apoio do Lions que é mantenedor da Casa do Bom Me-nino e também da Apae. Essas são as duas instituições que o clube trabalha com bastante afinco aqui na cidade”.
Os esforços de administradores, educadores e voluntários trazem re-sultados diariamente e já que têm contato direto com a instituição fre-
quentemente, pais de alunos trazem histórias de como seus filhos estão mudando desde que ingressaram no projeto. “Eles mudam e acabam afe-tando pais e irmãos também. Aqui eles aprendem que podem repetir a comida quantas vezes quiserem, mas que não podem deixar no prato para jogar fora, por exemplo. Aprendem a não fazer bagunça na área de refeição, porque outro grupo vem em seguida. A disci-plina é muito importante aqui”, cometa Cleide.
A ideia é contribuir não só para o ensino, mas também para o trato com a vida, ética, cidadania e civilidade. As crianças não ficam nas ruas quando estão fora da escola, e encontram um ambiente de incentivo para seu desen-volvimento. “O Crescer é a menina dos nossos olhos. Os nossos jovens sempre nos mostram e confirmam que, ofere-cendo uma oportunidade, ela não será desperdiçada. Nosso objetivo agora é
multiplicar essa inicia-tiva por todo o país”, coloca Pennacchi.
E ele completa. “O projeto cresce ano a ano. Com as parcerias em universidades essa é uma grande possibi-lidade, porque essas instituições têm muito espaço ocioso durante o dia, e muita estru-tura que pode ser uti-lizada para as nossas aulas. Em Arapongas, a Unopar tem capaci-dade para 2,5 mil alu-
nos e somente duas turmas em aula durante o dia. E isso acontece em todo o país aumentando para inúmeras as
possibilidades de multiplicação desse
tipo de inciativa”.
Paulo Pennacchi, Presidente e idealizador do Projeto crescer
40 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
De tempos em tempos,
ressurge, nos meios de comu-
nicação, a simplória e surrada
proposta de desoneração da
folha de pagamento de salá-
rios, mediante a transferên-
cia, para o faturamento, da
base de cálculo de incidência
das contribuições previdenci-
árias devidas pelas empresas.
Por não considerar to-
dos os ângulos da questão,
tal proposta é tecnicamente
inadequada e segue direção
oposta a do aperfeiçoamento do nosso sistema previdenciário. Sob
o ângulo da tributação das empresas, a proposta não soluciona o
problema. Apenas “muda o sofá de lugar”, pois, evidentemente,
não se poderia admitir, neste momento, a redução da receita pre-
videnciária.
A modificação da base de cálculo da contribuição previdenciá-
ria do empregador beneficiaria uma parte das empresas, ou seja,
as que tenham muitos empregados, mas prejudicaria as que te-
nham poucos assalariados, como as de alta tecnologia. As micro e
pequenas empresas e as empresas de serviços profissionais tam-
bém seriam muito prejudicadas. Além disso, a proposta não pode-
ria ser estendida ao empregador-pessoa física, uma vez que este
não possui faturamento, o que obrigaria a criação de duas bases
de cálculo da contribuição.
Logicamente, tem de haver uma relação direta entre a inci-
dência da contribuição e sua base de cálculo, pelo simples fato de
que a aposentadoria tem de ser proporcional aos salários recebi-
dos pelo beneficiário do seguro social. Logo, é o salário a base de
cálculo adequada para o cálculo das contribuições previdenciárias.
Já o faturamento da empresa pode ser base de cálculo para os
tributos sobre a renda, a produção e as vendas (IR, CSLL, IPI,
ICMS e ISS), mas, nada tem a ver com o cálculo das contribuições
previdenciárias.
O mais grave, no entanto, é que a citada proposta segue ca-
minho inverso ao do aperfeiçoamento da Previdência Social, por
impossibilitar a substituição do atual sistema de repartição ou so-
lidariedade imposta - em que os empregados em atividade e seus
empregadores financiam os aposentados e pensionistas -, pelo sis-
tema de capitalização, no qual cada empregado possa ter, a exem-
plo do exitoso FGTS, uma conta vinculada para acolher, mês a mês,
as contribuições próprias e as do empregador e receber correção
monetária e juros capitalizáveis.
Os técnicos oficiais sempre criticaram essa solução, sob a ale-
gação de que não haveria recursos, na conta de cada empregado,
para financiar a aposentadoria e a pensão, mas isso porque não
consideram dois fatores: a) a elevação da idade para a aposenta-
doria, que se revela indispensável, mesmo na sistemática atual; b)
a exclusão dos trabalhadores rurais e outros que nunca contribu-
íram para a Previdência e cujas aposentadorias e pensões devem
constituir encargos de assistência social custeados pela Cofins.
Afora isso, a implantação do regime de capitalização depende
da implementação do Fundo de que trata o art. 250 da Constituição
e art. 68 da Lei de Responsabilidade Fiscal e que acolheria a receita
das contribuições, aplicando os recursos no mercado financeiro, a
exemplo do que ocorre com a Previ e outros fundos privados de
previdência, hoje com expressivos ativos.
Em síntese, a proposta de alteração da base de cálculo da
contribuição previdenciária deve ser incluída no rol dos projetos
inadmissíveis, pois cria imenso tumulto nas atividades empresa-
riais, sem contribuir com um centavo sequer para a solução da
questão previdenciária, além de dificultar, ainda mais, a adoção de
uma solução definitiva.
A desoneração da folha de salários das empresas é um obje-
tivo a ser atingido, mas pela efetiva redução da carga tributária e
não pelo artifício da mudança da base de cálculo das contribuições
previdenciárias. Com tal objetivo, o Governo poderia, desde logo,
promover a extinção da Contribuição Social ao Salário-Educação,
uma vez que a despesa pública da União, com a manutenção e o
desenvolvimento do ensino, é atendida pela vinculação constitu-
cional de 18% da receita proveniente dos impostos federais (Cons-
tituição, art. 212), e extinguir, ainda, a Contribuição ao PIS, que,
desde a Carta de 1988 (art. 239), deixou de formar patrimônio dos
trabalhadores, para financiar, em parte, o seguro-desemprego, que
pode ser custeado pela receita da Cofins.
A folha de salários eredução da carga tributária
Antonio Oliveira SantosPresidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
Cris
itna
Boc
ayuv
a
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 41 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
42 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
A balança comercial externa
brasileira amargou que-
das expressivas em 2009.
A corrente de comércio registrada foi
de U$ 281 bilhões, com redução de
24,3% sobre 2008, quando atingiu U$
371 bilhões. E no Paraná, a situação
foi semelhante. Os embarques pa-
ranaenses somaram U$ 11,2 bilhões
em 2009, valor 26,3% menor que o
registrado no mesmo período do ano
anterior, segundo dados divulgados
pelo Ministério do Desenvolvimen-
to, Indústria e Comércio Exterior. As
aquisições tiveram uma redução ainda
maior, de 34%, e fecharam o ano com
U$ 9,6 bilhões. Esta retração confirma
os efeitos diretos da crise financeira
mundial, que levou a uma depreciação
dos preços internacionais de commo-
dities agrícolas e minerais e queda da
demanda por bens.
Foi diante deste cenário, pouco fa-
vorável, que a Câmara do Comércio Ex-
terior da Federação do Comércio do Pa-
raná deu início aos seus trabalhos para
promover e fortalecer o comércio inter-
nacional. O órgão executivo intermedia
as relações entre empresas do comércio
de bens, serviços e turismo do Estado
com os demais países do mundo.
A aproximação da Câmara da Fe-
comércio com as demais câmaras de
comércio exterior sediadas em Curitiba
foi o primeiro movimento. Atualmen-
te, o órgão mantém contato frequen-
te com cerca de 20 câmaras. “Pro-
porcionamos reuniões entre elas pra
que ideias sejam trocadas e formada
uma rede de relações. Os encontros
permitem que demandas e assuntos
dos países representados possam ser
levantados e que seus interesses co-
muns ganhem força para sua defesa.
Desta forma estamos estimulando o
comércio internacional”, salienta o di-
retor da Câmara do Comércio Exterior
da Fecomércio, Rui Lemes.
Periodicamente, a Fecomércio re-
cebe comitivas de empresários de ou-
tros países para rodadas de negócios,
que têm gerado excelentes oportuni-
dades para empreendedores brasilei-
ros e visitantes, sobretudo na impor-
tação de produtos vindos do exterior.
Países como a Polônia, cujas vendas
para o Brasil caíram quase à meta-
de, passando de U$ 530 milhões em
2008 para U$ 272 milhões em 2009,
vislumbram, a patir destas reuniões,
grandes chances de recuperar o flu-
xo do comércio. "Em função da crise
houve uma queda brutal na importa-
ção de nossos produtos pelo Brasil,
mas através dos consulados e enti-
dades como a Fecomércio, buscamos
Comércio globalizadoCâmara do Comércio Exterior da Fecomércio coloca empresários de diversos países para negociar
Rui Lemes, diRetoR da câmaRa de coméRcio exteRioR, em encontRo ReaLizado na fecoméRcio.
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 43 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
incrementar os negócios entre os dois
países, elevando os números da ba-
lança comercial", afirmou a diretora do
Departamento de Economia da região
de Wielkopolska (Polônia) Beata Lo-
zinska, durante o encontro promovido
pela Fecomércio, em maio deste ano.
Apesar do grande número de imi-
grantes poloneses no Paraná, a cônsul
da Polônia em Curitiba, Dorota Joanna
Barys, considera que o Estado possui
ainda relativamente poucos contatos
com seu país. "Através dessas missões
empresarias, dentro de alguns anos
teremos tantos investimentos polone-
ses aqui quanto de brasileiros lá fora,
que trarão benefícios para todos. Para
o Brasil, a Polônia poderá servir como
uma porta de entrada para a União Eu-
ropeia", avalia. Dorota lembra que as
relações entre os dois países não são
apenas comerciais e se estendem para
a área cultural. Em 2009, o Sistema
Fecomércio Sesc Senac, a Representa-
ção Central da Comunidade Brasileiro-
Polonesa do Brasil (Braspol) e o Sin-
dicato do Comércio Varejista de Irati
realizaram, em Irati, um jantar em ho-
menagem aos 140 anos da imigração
polonesa no Brasil. E, em parceria com
o Consulado da Polônia promoveu um
espetáculo de pianistas em homena-
gem aos 200 anos de nascimento do
compositor polonês Frederic Chopin.
Bons negócios no MercosulA rodada internacional de negó-
cios entre Brasil e Argentina, ocorrida
em abril deste ano, sob a coordena-
ção da Câmara de Comércio Exterior
da Fecomércio, comprova que quando
se colocam empreendedores frente a
frente, o que sai é negócio. De acor-
do com Rui Lemes, o evento fechou
com balanço positivo para 90% dos
participantes. “Vários empresários
fecharam negócios ou então deixa-
ram tudo muito bem encaminhado
para negociações futuras”, considera.
Corroboram essa avaliação os sócios-
gerentes da Cielos Pampeanos, uma
fábrica familiar de alfajores, Silvia
Chus e Ricardo Vittore. Há um ano, os
empresários exportam o tradicional
doce argentino para o Brasil, mas o
mercado consumidor está concentra-
do em São Paulo. “Viemos para essa
rodada de negócios para posicionar
nosso produto aqui em Curitiba e Sul
do Brasil. Estamos muito contentes
porque tivemos grande aceitação de
nossa mercadoria e obtivemos exce-
lente retorno, até mais do que espe-
rávamos”, afirma Ricardo Vittore.
Aproximadamente 190 empresários
de ambos os países participaram do
evento multissetorial, a maioria ges-
tores de médias empresas. E a missão
inversa, de brasileiros rumo a Buenos
Aires, já está sendo programada pelo
Consulado Argentino para este segundo
semestre. “Nosso parceiro número um,
em Curitiba, é a Fecomércio. Estas ini-
ciativas de reuniões bilaterais entre as
câmaras nos permitem saber o que os
países querem comercializar. Uma inter-
câmara, como a da Fecomércio, pode
gerar resultados excelentes”, expõe o
cônsul da Argentina no Paraná, Héctor
Gustavo Vivacqua. Ele cita que 40% de
tudo o que é exportado pela Argentina
ao Brasil é dirigido ao Estado paranaen-
se. “O Paraná é o 18º parceiro comercial
da Argentina, mais do que países como
a França. Por isso a aliança estratégica
com a Fecomércio. Este Estado possui
uma estrutura muito similar a Argentina.
A indústria dos dois países se comple-
menta. Aqui nos sentimos mais cômo-
dos para fazer negócios”, explica.
Vizinhos, os membros do Merco-
sul encontram na Câmara de Comércio
Exterior da Fecomércio uma forte con-
tribuição para o aprofundamento do co-
mércio. “As relações com a Federação do
Comércio são ótimas. Nós encontramos
muita boa vontade, muita colaboração
e estamos agradecidos por essa genti-
leza com que fomos recebidos desde o
princípio”, expressa a cônsul geral do Pa-
raguai no Paraná, Lourdes Bogado Ins-
fran. As atividades entre as instituições
deverão ser intensificadas com reuniões
agendadas para o próximo semestre.
“O comércio bilateral é bastante
próspero e movimentado. Nós estamos
trabalhando para reforçar a impotação e
exportação e, sobretudo, para estabele-
cer contato com as cadeias produtivas
dos dois países. Queremos nos aproxi-
mar do empresariado para divulgar as
possibilidades de investimento em nos-
so país e também promover os produtos
paraguaios”, almeja Lourdes. O Paraguai
possui uma grande produção industrial
nos setores alimentício, agroindustrial e
têxtil. A cônsul cita, ainda, o sistema da
Maquila, uma legislação que facilita os
investimentos de empresas estrangeiras
no país, desde que 25% da composição
dos produtos seja paraguaia, principal-
mente no caso da mão de obra. Assim,
uma indústria pode estabelecer sua sub-
sidiária e desfrutar da isenção quase to-
tal de impostos, ou melhor, de simbólico
1%. Mas esses produtos precisam retor-
nar ao país sede da empresa. Para se-
rem comercializados no Paraguai, uma
tarifação adicional é aplicada.
Aproximar, comercialmente, países
separados pela geografia através da
diplomacia e de sua representativida-
de, este tem sido o objetivo da Câma-
ra de Comércio Exterior da Fecomér-
cio. Sua missão é abrir estradas para
que o comércio passe, minimizando as
barreiras para que os exportadores e
importadores possam atuar.
44 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Criado em 2003, o Bolsa Fa-mília é um programa de transferência de renda com
condicionalidades do Governo Federal, para combater e reduzir a pobreza. Repassa a famílias pobres e extrema-mente pobres (com renda mensal per capita de até R$ 140,00) benefícios que variam conforme o número de crianças e adolescentes atendidos e do grau de pobreza de cada família. Em todo o Bra-sil, mais de 11 milhões de famílias são atendidas pelo Bolsa Família.
O programa recebe o apoio do Ban-co Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. E ainda tem sido recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para adoção em outros países em desenvolvimento. Tem inspirado cidades como Nova Ior-que, que implantou recentemente um programa que dá dinheiro para as fa-mílias pobres que mantêm seus filhos na escola ou fazem exames de saúde.
No entanto, o Bolsa Família está longe de ser integralmente aceito pela sociedade brasileira. Entre as críticas, está a de que geraria dependência e acomodação de seus beneficiários na busca de um emprego formal.
“Não há nenhuma evidência, entre os mais diversos estudos encomenda-dos sistematicamente a organismos internacionais, de que as famílias se acomodam ou deixam de procurar
emprego, pelo contrário. Se isso acon-tece, as razões são outras e dizem
respeito ao campo da subjetividade, da situação conjuntural e às vezes do
Aprender para trabalharBeneficiários do programa Bolsa Família obtêm fontes de renda adicionais a partir de cursos de qualificação profissional do Senac
SENAC OFERECE UMA VARIEDADE GRANDE DE CURSOS PARA APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL.
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 45 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
próprio emocional das famílias”, expli-ca a ministra do Desenvolvimento So-cial e Combate à Fome, Márcia Lopes, em entrevista exclusiva à Revista Fe-comércio.
Comodismo, porém, não é o que têm demonstrado os beneficiários do Paraná, onde 467.303 famílias rece-bem a ajuda mensal do Governo, que em maio superou os R$ 37,5 milhões. O Senac PR, por meio de seus Centros de Educação Profissional em todo o Es-tado, tem realizado parcerias com as Secretarias de Ação Social e Centros de Referência de Assistência Social (Cras), de diversos municípios, para qualifica-ção profissional de pessoas beneficia-das pelo Bolsa Família. São realizados cursos gratuitos como Aperfeiçoamento em Serviços Domésticos, Confecção de Sabonetes, Preparo de Pães e Bolachas, Criação e Montagem de Bijuterias e di-versos outros. Todos eles com o obje-tivo de capacitar os participantes para uma profissão ou, ainda, lhes permitir o desempenho de uma atividade gera-dora de renda. Como resultado, muitos participantes já estão empregados ou encontraram uma forma de ganhar um dinheiro extra.
O secretário de Ação Social do mu-nicípio paranaense de Bandeirantes, Valbeti Palugan, relata que algumas participantes dos cursos da área da beleza abriram até salão e que agora têm sua renda com o que aprenderam nas aulas. Divulgação, na opinião do secretário, é o ponto chave. É preciso conscientizar os beneficiários sobre as vantagens de ter um certificado, uma profissão. Somada à visitação de resi-
dências, feita por agentes sociais, os cursos são anunciados nas rádios lo-cais. Em apenas quatro ou cinco dias as vagas são completadas e há fila de espera por novos cursos. “O Senac de Cornélio Procópio é excepcional. Te-mos bom contato, os professores são excelentes, capacitados e sensíveis à situação dos alunos, que são bastante retraídos”, avalia Valbeti.
MERCADO DE TRABALHOAlém de definir quais treinamentos
serão realizados, a Secretaria de Ação Social auxilia a inserção dos participantes no mercado de trabalho. Empresários de grandes empresas do município são con-sultados sobre possíveis vagas em seu quadro funcional. Foi assim que José Gabriel do Valle, proprietário da rede Super Mix contratou, há oito meses, um dos alunos do curso de Cortes e Emba-lagem de Carnes para Supermercados. “O curso serviu para ver quem estava interessado em trabalhar em açougue, que é algo bem complexo. O profissional precisa, ao mesmo tempo, saber ma-nusear o corte da carne e atender bem ao cliente. Por isso é preciso se capa-citar”, afirma o empresário. Para ele, o açougue é uma verdadeira indústria, em que o produto in natura é separado e embalado, gerando peças distintas co-mercialmente. E como praticamente não existe mão de obra qualificada, o curso do Senac forneceu a base da ocupação aos participantes.
Quem também contratou uma das participantes dos cursos do Senac, em parceria com o Cras, foi Aliciane Maria de Oliveira Correia, de São Jerônimo
da Serra. Sua atual empregada do-méstica frequentou as aulas do curso Aperfeiçoamento em Serviços Do-mésticos. “Estou muito satisfeita com a parte da limpeza e cuidado com as roupas. Estava difícil de achar alguém assim e agora encontrei”, diz Aliciane, que percebe o diferencial entre o tra-balho de sua contratada em relação às outras empregadas domésticas que já teve, sobretudo nos quesitos respon-sabilidade e economia nos insumos de limpeza.
Com turmas realizadas desde 2009 e tantas outras programadas, a coor-denadora do Cras de São Jerônimo da Serra, Teresa Cristina Santos Derusso, sabe que os cursos estão fazendo a diferença na vida das famílias atendi-das pelo programa de transferência de renda. “O Senac é bem conceituado e isso motiva os beneficiários do Bolsa Família a realizarem os cursos, pois são voltados para qualificação”, conta.
Na opinião da ministra Márcia Lo-pes, as parcerias com instituições de ensino favorecem a especialização dos beneficiários para o mercado de tra-balho, uma vez que seria muito difícil para os Cras desenvolverem cursos es-pecíficos para cada ocupação. “O Mi-nistério sempre buscou e compreende que é fundamental a participação de todo o Sistema “S”. Eles são nossos parceiros em programas como o Mesa Brasil, desenvolvido pelo Sesc, e en-tendemos que essas parcerias podem ser ampliadas porque o sistema “S” é um conjunto forte, bem estruturado, que está em grande parte dos municí-pios brasileiros”, complementa.
Matrículas.... 8.506 Turmas....349. Cidades....56
Cursos do Senac destinados aos beneficiários do programa Bolsa Família
janeiro de 2009 a maio de 2010
46 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Bandeirolas, chapéus de pa-
lha, comidas típicas. Tudo
isso ao som do animado
forró e músicas de quadrilha. Mesmo
com toda a modernidade, as festas ju-
ninas em homenagem aos três santos
católicos – Santo Antônio, São João
e São Pedro – são um dos mais for-
tes traços do folclore brasileiro. E o
comércio aposta nas festividades po-
pulares para aumentar o faturamento
nos meses de junho e julho.
Os produtos juninos mais vendi-
dos, tais como pipoca, canjica, amen-
doim, cachaça, vinhos, gengibre, ca-
nela, cravo, milho-verde e batata-doce
registram aumento médio de cerca de
20% nas vendas, neste período do
ano, segundo estimativa do presiden-
te do Sindicato do Comércio Varejista
de Gêneros Alimentícios, Minimerca-
dos, Supermercados e Hipermercados
de Curitiba, Região Metropolitana de
Curitiba e Litoral do Paraná (Sindimer-
cados), Pedro Zoanir Zonta.
Para o presidente do Sindicato do
Comércio Atacadista de Gêneros Ali-
mentícios do Estado do Paraná (Sin-
caPR), Paulo Pennacchi, a sinergia
entre as festas juninas e a Copa do
Mundo impulsionou ainda mais o co-
mércio. “Acreditamos que a união des-
sas duas comemorações, que fazem
fortemente parte da cultura brasileira,
projete uma expectativa de crescimen-
to nas vendas de doces em geral, no
Paraná, de 30% a 40%”, detalha. Por
ser o produto mais procurado para as
duas festas, a pipoca vai, literalmente,
estourar nesses meses.
Doces juninosAs festas juninas são, de fato,
um período açucarado, tanto para
quem consome quanto para quem
comercializa. Pennacchi observa que
a elevação do consumo de doces tra-
dicionais, principalmente de deriva-
dos de milho e amendoim, pode até
dobrar. “Além dos produtos do ‘trade
doceiro’, vários outros tomam caro-
Arraial do comércioFestas juninas movimentam o varejo paranaense
46 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 47 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
na nessas festividades, como balões,
produtos descartáveis e produtos de
decoração de festas”.
“Além do consumo habitual em
cantinas e bares, nos meses de junho
e julho as famílias passam a consumir
mais doces, pois os arraiais nas esco-
las, entre amigos e familiares fazem
parte da tradição cultural, mesmo no
Sul do Brasil”, avalia o empresário Val-
deci Hatsumura, da empresa atacadis-
ta Campestre Distribuidora. O empre-
sário explica que a procura por doces
é grande o ano inteiro, mas as festas
juninas resgatam as guloseimas “cai-
piras”, desbancando produtos como os
chicletes e outros que não fazem parte
da cultura brasileira.
O fortalecimento do poder aquisi-
tivo das classes C e D também deve
possibilitar um maior consumo de uma
maneira geral. No entanto, Pennacchi
lembra da exigência, por parte desses
consumidores, de maior variedade de
produtos e principalmente de melhor
qualidade.
Os doces tradicionalmente brasilei-
ros têm ultrapassado fronteiras. O presi-
dente do SincaPR destaca que a paçoca
e o pé de moleque, doces típicos das
festas juninas, são bastante consumidos
fora do Brasil, principalmente nos países
da América Latina e no Japão, conforme
dados da Associação Brasileira da Indús-
tria de Chocolate, Cacau, Amendoim,
Bala e Derivados (Abicab).
Tudo enfeitadoPara entrar no clima das festas ju-
ninas, o comércio varejista “se veste”
com artigos típicos da época, como
chapéus, bandeirolas e barracas de
palha. Vale até vendedora com vesti-
do colorido e camisas xadrez, lenços
e bigodes postiços para os homens.
A instrutora do curso de Decoração
de Interiores do Senac, Lia Dutra dos
Santos, acentua que é comum que as
lojas mais populares, de calçados, mó-
veis e confecção façam uso da temáti-
ca junina para atrair os clientes. “Esses
recursos motivam as vendas. Por se
tratar de um tema festivo comum no
Brasil todo, é um recurso válido para
chamar a atenção para os produtos
comercializados”, analisa. E até mes-
mo as lojas mais refinadas introduzem
elementos das festas juninas em suas
vitrines, mas fazem uma releitura,
adotando uma decoração junina mais
sofisticada.
Emprego e solidariedade O presidente do Sindimercados, Pe-
dro Zoanir Zonta, acredita que toda essa
movimentação gera diversos postos de
trabalho, sobretudo as vagas indiretas,
uma vez que as indústrias investem em
degustações, abordagens e reforçam o
quadro de promotores de vendas.
E além de promover, ainda que
indiretamente, novos empregos, as
festas juninas vêm se mos-
trando como uma excelente
oportunidade de captação
de recursos para instituições
de caridade, igrejas e ONG’s,
que realizam a venda de pro-
dutos caseiros típicos, como
bolos, quentão e pipoca em
seus arraiais beneficentes.
“As festas juninas consti-
tuem uma oportunidade de
negócios para todo o vare-
jo, pois ampliam o universo
de clientes corporativos, que
anteriormente eram somente
as escolas e empresas, movi-
mentando ainda mais a eco-
nomia nessa época sazonal”,
completa Zonta.
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 47 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
48 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Quase três meses após a
grande final da Olimpí-
ada do Conhecimento e
do Worldskills América, ocorrida em
maio, no Rio de Janeiro, muita coisa
mudou na vida dos jovens competido-
res do Senac. Dos cinco alunos, três
conseguiram um emprego por terem
em seus currículos todo o preparo e a
participação no evento. Os demais, só
não estão no mercado de trabalho por-
que optaram por concluir seus estudos
neste momento. Já a dupla do Centro
de Educação Profissional (CEP) de Pon-
ta Grossa, Adriele Biauki e Alexandre
Ladwig, trouxe na bagagem, além da
experiência, um desejado e merecido
adereço: a medalha de bronze na ocu-
pação de Técnico em Enfermagem.
“A Olimpíada do Conhecimento
agregou muita vivência. Amadureci
bastante e conheci várias pessoas”,
avalia Fabiane Aquino Costa, aluna
do Centro de Educação Profissional
de Maringá, que competiu na ocupa-
ção de Cabeleireiro. Por conta de sua
dedicação no período preparatório e
envolvimento com a equipe do Senac,
ela foi convidada para ser instrutora da
área de beleza da instituição. Fez os
testes e no dia anterior a esta entrevis-
ta, havia ministrado sua primeira aula
sozinha. “Deu super certo, pensei que
ia tremer um pouco, mas as aulas de
oratória fizeram a diferença”.
Fabiane diz que usou os exercícios
de respiração que aprendeu para se
acalmar durante o voo para o Rio de
Janeiro, sua primeira viagem de avião.
No salão da família, onde trabalha aos
sábados, sua mãe espalhou, orgulho-
sa, a novidade entre os clientes, que
passaram a procurar mais seus ser-
viços como cabeleireira. “Vou investir
em propaganda do salão, mencionar
que participei da Olimpíada, colocar o
certificado que recebi na parede, mon-
tar um book com as fotos e um mural
com as notícias que saíram na época”,
planeja. E faz questão de afirmar que
pretende continuar por muito tempo
no Senac, pois considera extremamen-
te gratificante ensinar outras pessoas.
O competidor na categoria de Ser-
viços de Restaurante, André Carlos
Crestani, está trabalhando no Café do
Paço (Paço da Liberdade, unidade do
Sesc, em Curitiba), no espaço admi-
nistrado pelo Senac. Ele é instrutor da
disciplina de prática profissional super-
visionada do curso de Garçom e Prepa-
ro de Bebidas à base de Café. Na sole-
nidade de entrega dos certificados aos
participantes da Olimpíada do Conheci-
mento, pelo CEP de Curitiba, realizada
no dia 18 de maio, André agradeceu
pela oportunidade e aos professores
pelo apoio, especialmente o instrutor
Gilberto Pereira Dias, conside-
rado por ele como um “pai-
zão”. “Tudo o que sei hoje
devo aos instrutores e ao
Senac”, diz.
SaúdeUma funcionária ca-
rinhosa com os pacien-
tes e bastante disposta.
Essa é a avaliação da
bioquímica Rafaela Mo-
reira Krubniki, do La-
boratório Oscar Perei-
ra, em Ponta Grossa,
sobre Adriele, contra-
tada há dois meses.
“O fato de ter parti-
cipado nas Olimpí-
adas, pesou a seu
favor. Sem dúvida
ficamos interessa-
dos em saber do
preparo que ela
teve e tam-
bém de seu
d e s e m p e -
nho”, relata
Rafaela.
Ve s t i n d o
a camiseta da
competição, a téc-
nica de enfermagem contou sobre a
premiação recebida e como foi parti-
Reflexos da Olimpíada do ConhecimentoParticipantes da maior competição de educação profissional das Américas contam o que mudou em suas vidas
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 49 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
cipar do maior evento das
Américas em qualificação
profissional. “A Olimpíada
do Conhecimento repre-
sentou muita coisa. A
medalha é o reconhe-
cimento de tudo o que
aprendi, de tudo o
que passei e de onde
eu vim para chegar
até aqui. Estou orgu-
lhosa”, expõe Adrie-
le. A jovem de 19
anos morava na
zona rural de São
João do Truinfo.
Ajudava a famí-
lia na lavoura de
fumo, até quan-
do teve uma
forte reação
alérgica que
lhe trouxe problemas
nas mãos. Resolveu ir
para Ponta Grossa es-
tudar e buscar uma
vida melhor.
Vencedora do
3º lugar na ocu-
pação de técni-
co em enferma-
gem, ela conta
que não foi fácil.
Os treinamentos
eram árduos. Nas pro-
vas, o clima era tenso. A aluna
percebeu que mesmo como todo
o apoio e a grande plateia ob-
servando, a execução das tare-
fas dependia exclusivamente
de seus conhecimentos e dos
de seu colega Alexandre. A dupla
precisava demonstrar as técnicas
correspondentes à profissão enquan-
to descreviam, usando um microfone
de lapela, cada passo dado. Para falar
bem em público, os representantes do
Senac receberam aulas de oratória e
exercícios de relaxamento. “As aulas
de oratória modificaram o jeito de me
expressar. Minha mãe fala que mudei
tanto na aparência, quanto no modo
de agir. Hoje tenho outra visão em re-
lação a mim mesma, à minha vida. Por
causa das dificuldades que passei
eu era uma pessoa desani-
mada e depois disso me
tornei mais otimista”,
revela.
Além de atuar
na coleta de sangue
e atendimento aos
pacientes, Adriele
participa das ações
voluntárias do labora-
tório e realiza palestras de
orientação e profilaxia em cre-
ches, asilos e instituições de caridade.
Ela venceu a timidez e algumas bar-
reiras familiares. Ganhou a confiança
do pai, que na época não queria que
a filha saísse do sítio. O resultado da
Olimpíada mostrou a ele que o esforço
valeu a pena, deixando-o certamente
muito orgulhoso. “Esta é, sem dúvi-
da, uma das melhores fases da minha
vida. Eu não esperava por tudo isso”,
confessa contente.
Pódio Técnico em enfermagem
50 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Ninguém começa a cons-
trução de uma casa pelo
telhado. Antes mesmo de
iniciar a edificação é preciso arrumar o
terreno, ter em mãos os projetos, libe-
rações e alvarás, e dispor de acessos
pavimentados e com a infraestrutura
adequada. Além disso, é necessária
a captação de recursos, escolha de
materiais ideais e contratação de mão
de obra qualificada. Para cada uma
dessas ações são essenciais planeja-
mentos antecipados. O mesmo deve
acontecer com o Brasil e o Paraná nos
preparativos para receber a Copa do
Mundo Fifa em 2014. Afinal, serão 12
as cidades brasileiras que serão sedes
dos jogos do mundial, e uma delas, é
Curitiba, que será beneficiada com o
evento e, principalmente, com a hos-
pedagem, alimentação e serviços às
delegações e turistas vindo do próprio
Brasil e dos mais diversos países.
Este é o momento para começar
a planejar e colocar a mão na massa.
Para isso, o Senac dá o pontapé inicial
nas ações que nortearão os próximos
anos da instituição, através do Progra-
ma Nacional de Educação Profissional
Senac na Copa 2014. “Todo o Brasil
já vem sendo impactado pelo advento
da Copa, em especial a cadeia produ-
tiva do turismo, para a qual historica-
mente, nós do Senac, desenvolvemos
diversas ações de ponta e com a qual
estabelecemos parcerias importantes
para a economia nacional”, salienta o
diretor-geral do Senac Nacional, Sid-
ney Cunha. Ele acrescenta, ainda que
o Senac enxerga este evento como
uma excelente oportunidade para
ratificar o seu papel junto à socie-
dade brasileira, confirmando sua
vocação como a principal insti-
tuição profissional para o setor
do comércio de bens, serviços e
turismo.
Tendo como alvo estas opor-
tunidades, o Senac Minas foi o
preconizador deste programa,
idealizado pelo diretor regional
Sebastião Antônio dos Reis e Silva,
que foi adotado pelo Departamento
Nacional do Senac. Os outros regio-
nais, até mesmo os que não sediarão
jogos do campeonato, foram incen-
tivados a formar uma grande equipe
e seguir o modelo mineiro, inclusive
utilizando o slogan e a logomarca. No
Paraná, o programa virá incrementar
o projeto de cursos e ações para a
Copa do Mundo que a direção regional
já vinha elaborando.
Em visita à capital paranaense,
onde apresentou o programa aos di-
retores, gestores e colaboradores do
Sistema Fecomércio Sesc Senac, e
aos representantes do Sebrae e do
Sescoop, Reis e Silva ressaltou que
este é um momento único para todo
o Sistema “S” se fortalecer. “O Siste-
ma está preparado para receber esta
Copa. Acredito na efetivação dos nos-
sos programas que vem acontecendo
ao longo de anos. Hoje, temos know-how para poder atender a estas de-
mandas sem nenhuma dificuldade.
Estamos preparados para responder
às necessidades dos empresários nos
seus diversos segmentos econômi-
cos”, enfatiza Reis e Silva.
Para cumprir as diretrizes de sus-
tentabilidade ambiental, econômica e
cultural; educação flexível e inclusi-
va, fortalecer a marca da instituição
e estreitar as relações com o merca-
do, o Programa Nacional de Educação
Profissional Senac na Copa 2014 é
dividido em quatro linhas: Estrutura
e Gestão; Educação Profissional; Co-
municação e Divulgação e Ação de
Relação com o Mercado. (veja o box)
Senac na Copa, Paraná no MundoPara golear em 2014, o trabalho precisa começar agora!
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 51 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Linhas de Projetos
Estrutura e GestãoPara alcançar os resultados
desejados com o programa,
o Senac aposta no trabalho
em equipe, contando com
a participação e o entrosa-
mento de todo o Sistema.
A instituição pretende (re)
qualificar seus docentes, por
meio de programas presen-
ciais e à distância. Também
será necessário qualificar os
profissionais de atendimento.
Educação ProfissionalAtravés da Educação Profis-
sional, o Senac continuará atendendo com
excelência e criatividade às demandas por
cursos e já iniciou o processo de mapea-
mento interno para saber se as programa-
ções vão corresponder às necessidades do
mercado, principalmente as do turismo.
Haverá, também, incremento na oferta de
programações online de curta duração,
produção compartilhada de material didá-
tico e capacitação de voluntários.
Comunicação e DivulgaçãoO Senac acredita que a comunicação é
o caminho para dar a devida visibilidade
nacional às suas ações de educação pro-
fissional e que uma boa estratégia de co-
municação e divulgação será fundamen-
tal. Já foi desenvolvida uma identidade
visual para o programa e será elaborado o
Plano de Comunicação Nacional.
Ação de Relação com o MercadoO Senac ouvirá os diversos segmentos
do setor do comércio de bens, serviços
e turismo para promover articulações e
parcerias.
Senac ParanáO Senac Paraná com um portfo-
lio de 566 cursos, está preparado
para atender, com excelência, as
novas demandas em educação pro-
fissional, especialmente em capaci-
tação, requalificação e voluntaria-
do. Para isso, a instituição realizará
uma série de pesquisas para fazer
um cruzamento entre as compe-
tências demandadas pelo mercado
e a gama de cursos ofertados pela
instituição. De acordo com o dire-
tor regional do Senac Paraná, Vitor
Monastier, as possíveis demandas
encontradas poderão ser trabalha-
das de forma presencial, à distância
ou através de cursos corporativos. E
este projeto abordará, entre outras
coisas, desenvolvimento, convivên-
cia com outros povos, etiqueta in-
ternacional e capacitação de massa.
“Estamos aliados neste projeto e eu
tenho certeza que se todos trabalha-
rem, Curitiba e o Paraná serão gran-
des receptivos da Copa do mundo.
Com este evento, tende-se a ter um
crescimento econômico no País e,
também, pessoal, pelo contato que
teremos com as diferentes etnias.
Haverá integração internacional
sem sair de casa. Porém o grande
desafio que teremos é investimento
e profissionalismo”, diz Monastier.
De posse deste programa e de
bons “pedreiros”, o Paraná será uma
bela e hospitaleira casa.
A Copa da vezEmbora aconteça no continente
Africano, a Copa do Mundo 2010
movimenta, e muito, o comércio
aqui no Brasil. De acordo com a As-
sessoria Econômica da Federação
do Comércio do Paraná (Fecomér-
cio/PR), o campeonato mundial de
futebol, aliado à comemoração do
Dia dos Namorados, Festas Juninas
e a chegada do frio agiram como
elementos de incen-
tivo às vendas sobre
os diversos ramos
do comércio.
No caso espe-
cífico da Copa do
Mundo, houve aque-
cimento das vendas
de televisores, fil-
madoras, bebidas
em geral, além é
claro, dos produtos
verdes e amarelos,
que vão de camise-
tas, chapéus, ban-
deiras, bonés, brinquedos às famo-
sas vuvuzelas africanas (ou cornetas
brasileiras).
E o otimismo do empresário do
comércio de bens, serviços e turis-
mo do Paraná, segundo pesquisa
realizada pela Fecomércio/PR é pa-
lavra de ordem dos empreendedo-
res, uma vez que 83% considera o
primeiro semestre deste ano como
favorável às vendas.
SebaStião antônio doS ReiS e Silva
52 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Está longe de ser uma brinca-
deira de criança os números
apresentados pelo Instituto
Paranaense de Desenvolvimento Eco-
nômico e Social (Ipardes) referentes
ao trabalho infanto-juvenil no Paraná.
Somente em 2007, 36.458 crianças
paranaenses, entre 10 e 13 anos, de-
senvolveram algum tipo de trabalho
infantil e destas, aproximadamente
5.400 deixaram de frequentar as salas
de aula por trabalharem. E trabalho in-
fantil só é aceito quando for em uma
brincadeira inocente de criança. Ali ela
pode ser professora, dona de casa,
mecânico, pedreiro, exercer a profis-
são que desejar e brincando, contri-
buir para o seu desenvolvimento físico,
psíquico, moral e social.
O trabalho precoce
penaliza crianças
e adolescentes, incidindo sobre eles
riscos à saúde e, principalmente, su-
primindo sua infância. Porém, o cená-
rio fica ainda pior quando se verifica
que o mercado de trabalho paranaen-
se absorve como mão de obra 216.798
adolescentes entre 14 e 17 anos.
Implantado há uma década, o
Estatuto da Criança e do Adolescen-
te (ECA), assegura a menores de 18
anos, o direito de proteção à vida e à
saúde, através de políticas sociais pú-
blicas que permitam o nascimento e o
desenvolvimento sadio, em condições
dignas de existência.
Para discutir a necessidade de ex-
tirpar o trabalho infantil, o Sesc Para-
ná e o Ministério do Trabalho, com o
apoio do Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural do
Estado do Paraná (Se-
nar), Câmara da Mu-
lher Empreendedora
e Gestora de
Negócios (CMEG), Fórum de Erradi-
cação do Trabalho Infantil no Paraná
(FETI-PR), Federação dos Trabalhado-
res na Agricultura do Estado do Paraná
(Fetaep) e comunidade, promovem,
em três municípios do Estado (Guara-
puava, Pato Branco e Foz do Iguaçu),
o I Seminário de Erradicação do Tra-
balho Infantil, nos meses de junho e
julho.
De acordo com a Analista de Apoio
Operacional, Patrícia Manica, o objeti-
vo do Sesc, como empresa comprome-
tida com a sociedade, é trazer à pauta
este tema que interfere no desenvol-
vimento social, em especial na vida
das crianças e adolescentes. “O Sesc
entende que toda a sociedade tem o
compromisso de lutar pelos direitos
dos mais vulneráveis, e está mobilizan-
do gestores municipais, empresários,
professores e multiplicadores no com-
bate a toda forma de trabalho infantil,
tendo como pressuposto que a infor-
mação e a conscientização
são o melhor caminho para
anular esta prática”, salienta
Patrícia.
Trabalho InfantilSeminário discute a erradicação do trabalho infantil e os impactos que os afazeres precoces incidem sobre a saúde de crianças e adolescentes
52 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 53 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Fernanda Matzenbacher, auditora
fiscal do Trabalho da Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego no Pa-
raná, e uma das palestrantes do semi-
nário, salienta que o Estado está entre
as dez unidades federativas com o maior
índice de crianças trabalhando na área
rural e de adolescentes exercendo traba-
lhos em atividades perigosas, insalubres
e penosas, como oficinas e olarias. Ela
revela que existe uma relação entre o
exercício de trabalho precoce, baixo ren-
dimento e evasão escolar. “É necessário
dar a crianças e adolescentes o direito
de optar por uma profissão que virá a
desenvolver na idade adulta, possibili-
tando a ela passar pelo processo educa-
cional. Todo e qualquer trabalho infan-
til realizado por menores de 16 anos é
proibido pela legislação”, enfatiza.
CenárioO Ipardes revela, ainda, que a
proporção média de ambas as faixas
etárias (10 a 13 anos e 14 a 17 anos),
no Paraná, é de 16,9% superior ao
volume nacional de 14%. Ou seja, o
Paraná situa-se entre os cinco esta-
dos com a proporção mais elevada do
trabalho infanto-juvenil em relação à
faixa etária.
De acordo com Patrícia, é possível
destacar, como características princi-
pais do trabalho infanto-juvenil, a in-
cidência sobre o setor rural; trabalho
realizado em locais perigosos
e com jornadas extensas e
exploração sexual infantil.
No Paraná, o trabalho
infantil e juvenil está
presente em todas as
atividades do setor
agrossilvopastoril, com
destaque para as cultu-
ras de milho, café, fumo,
olericultura, mandioca e
criação de bovinos.
A auditora fiscal do trabalho
também enfatiza que os setores do co-
mércio, indústria, serviços domésticos
e construção civil também absorvem
uma parcela dos trabalhadores infantis
e que é nessas duas últimas funções
em que ocorre uma expressiva evasão
escolar, possivelmente em razão das
horas trabalhadas e da exigência física
e mental das crianças.
Embora o cenário ainda não seja
o desejável, o relatório divulgado pela
Organização Internacional do Trabalho
(OTI) em 2006, aponta o Brasil como
destaque pelas ações de combate ao
trabalho infantil e o Sesc é um dos agen-
tes nesta transformação social.
Agende-se: I Seminário de Erradicação do Trabalho Infantil
Guarapuava:30/06 PatoBranco:09/07 FozdoIguaçu:30/07
Vagaslimitadas.Inscriçõeseprogramaçãonositewww.sescpr.com.br
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 53 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
54 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Quando o presidente do Bra-
sil Luiz Inácio Lula da Silva
sentou-se à mesa de ne-
gociações com dirigentes europeus, em
Madrid, na Espanha, em maio passado,
para aprofundar as tratativas quanto
a um acordo de livre comércio entre a
União Europeia e o Mercosul, um grupo
de negociadores representando empre-
endedores e trabalhadores dos dois con-
tinentes já haviam preparado o terreno.
Depois de encontros realizados em Bue-
nos Aires (Argentina), esses negociado-
res, entre eles o presidente do Sistema
Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci
Piana (coordenador brasileiro do Fórum
Econômico e Social do Mercosul), os
pontos controversos haviam sido elimi-
nados e os de interesse dos dois blocos
econômicos devidamente “costurados”.
Não foi fácil, porém. Há muitas di-
vergências entre os países europeus
e os sul-americanos. As principais in-
cluem questões que envolvem o meio-
ambiente e os indígenas. Ao contrá-
rio dos países da Europa, os países
da América do Sul possuem grandes
extensões e diversidade econômi-
ca que dificultam chegar a consenso
sobre suas diferenças. “Os encontros
realizados em Buenos Aires foram de
fundamental importância para que pu-
déssemos chegar a Madrid com alguns
pontos devidamente definidos e de
consenso entre os países do Mercosul”,
relata Darci Piana.
O presidente do Sistema Fecomér-
cio Sesc Senac Paraná, Darci Piana, é
o negociador da Confederação Nacio-
nal do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC). Assumiu como Coorde-
nador Empresarial da Seção Brasileira
do Fórum Consultivo Econômico-Social
do Mercosul e passou a se preocupar
com os resultados da negociação que
ocorreriam no denominado “Sexto En-
contro da Sociedade Civil Organizada
União Europeia – América Latina”, que
se realizaria em maio de 2010.
Passo a passoAo retornar da capital espanhola
com documentos de consenso devi-
damente assinados, Darci Piana con-
siderou que o encontro havia sido
produtivo e que “dentro em breve, um
acordo de livre comércio deve ser con-
Abrindo caminhos!Negociadores do Mercosul cortam arestas e antecipam etapas para um acordo de livre comércio com a União Europeia
O presidente dO sistema FecOmérciO sesc senac paraná, darci piana, na mesa de negOciações cOm empresáriOs brasileirOs e eurOpeus em madrid (espanha)
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 55 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
cretizado”. Ele sabe, porém, que não
será fácil. Ainda há muito chão para
ser percorrido até um documento final.
Foi justamente isso que explanou,
depois, o subsecretário de Integra-
ção Econômica Americana e Mercosul
da Argentina, embaixador Eduardo
Sigal, para quem “o acordo não será
alcançado em duas ou três reuniões
ou com voluntarismo, porque há sen-
sibilidades particulares de ambos os
lados”. Essas “sensibilidades” são as
diferenças que existem entre a União
Europeia e os países do Mercosul,
algumas tão particulares que serão
negociadas país por país.
Por conhecer essas “sensibilidades”
é que Darci Piana concorda com o mi-
nistro Pablo Grinspun, diretor-geral de
Mercosul do Ministério de Relações Ex-
teriores da Argentina, país que detém a
presidência pro-tempore do bloco regio-
nal, que afirmou: “a única maneira de
avançar em um acordo de livre comércio
é se aproximando ao que estipula a Or-
ganização Mundial do Comércio (OMC)
sobre o substancial de comércio”.
É justamente esse “substancial de
comércio” citado pelo diretor argentino
que se enquadra na fala do assessor
especial da Presidência da República
brasileiro, o ministro Marco Aurélio
Garcia. Em material distribuído pela
Agência Brasil, ele disse que a UE “pre-
cisa entender que não fechará com o
Mercosul acordos de livre comércio
semelhantes aos já assinados com o
Chile, Peru e Colômbia, países com es-
trutura industrial menos desenvolvida
do que a brasileira”. Segundo ele, os
europeus precisam “moderar um pou-
co seu apetite no terreno industrial”.
Darci Piana vê outros entraves na
concretização rápida de um acordo de
livre comércio, que poderia andar de
maneira diferente se as negociações
tivessem começado antes. A crise
econômica que afeta alguns países da
Europa chegou para atrapalhar as ne-
gociações, porque praticamente “em-
purra” os governos do bloco europeu
a tomarem medidas protecionistas. O
governo brasileiro entende, porém,
que é preciso “enfrentar a tentação” e
rejeita a criação de barreiras à impor-
tação, que podem agravar ainda mais
os problemas da região.
A comitiva do Mercosul que partici-
pou das negociações em Madrid este-
ve formada por Carlos Reistaino - Dire-
tor da Câmara Argentina de Comércio;
Lúcia Maduro – Representante da CNI
do Brasil; Darci Piana – Coordenador
Empresarial da Seção Brasileira do Fó-
rum Consultivo Econômico-Social do
Mercosul; Jorge Zorrigueta – Direto-
ria da UIA (União Industrial Argenti-
na); Jayme Quintas Perez – Assessor
Econômico da CNC; Valdir Vicente de
Barros – Coordenador dos Trabalhado-
res da Seção Brasileira do Fórum Con-
sultivo Econômico-Social do Mercosul
e diretor da UGT do Brasil; Adeilson
Ribeiro Teles – Secretário da CUT; Ale-
xandre Rocha Santos Padilha – Minis-
tro de Estado chefe da Secretaria de
Relações Institucionais da Presidência
da República.
Grupo de neGociadores brasileiros (da esquerda para a direita): adeilson ribeiro teles – secretário da cut; lúcia Maduro – re-presentante da cni do brasil; alexandre rocha santos padilha - Ministro de estado chefe da secretaria de relações institucio-nais da presidência da república; JayMe quintas perez – assessor econôMico da cnc e darci piana – coordenador eMpresarial da seção brasileira do fóruM consultivo econôMico-social do Mercosul
56 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Os cursos de aprendizagem
assumem importância es-
tratégica no quadro das
políticas de educação, formação pro-
fissional e emprego. Favorecem a in-
serção de jovens, entre 14 e 24 anos,
no mercado de trabalho, integrando
competências curriculares e o poten-
cial formativo das empresas.
O Senac Londrina dá o exemplo
de que essa articulação entre edu-
cação, formação e trabalho promove
uma verdadeira transformação social
e contribui com as políticas públicas
educacionais. Desde o ano passado,
está em andamento a primeira turma
de Aprendizagem em Serviços Admi-
nistrativos em Instituições de Saúde
do Senac Paraná. Com término das
aulas previsto para julho de 2011, os
27 jovens matriculados estão inseridos
no mercado de trabalho em empresas
da área de saúde, parceiras da institui-
ção no desenvolvimento do programa.
“Esta oportunidade está trazen-
do um crescimento e um aprendiza-
do significativo na minha vida. Estou
aprendendo a me relacionar melhor
com as pessoas, percebi a importância
do trabalho”, afirma a aluna Adriana
Dansinger. Quando entrou no progra-
ma, estava desempregada e o mesmo
lhe deu condições para ajudar no orça-
mento familiar. Ela relata estar muito
satisfeita com o conteúdo do curso,
bem como com a conduta do Senac
enquanto instituição de ensino profis-
sionalizante. Acredita que esta expe-
riência promoverá ótimas oportunida-
des profissionais.
E, se para algumas empresas, a
contratação de jovens pode trazer cer-
tos receios, a Histocom Atividades Mé-
dicas Ltda., onde a Adriana trabalha,
se mostra bastante satisfeita em sua
primeira experiência nesse sentido.
“Até então nunca tivemos um apren-
diz e tem sido muito bom participar do
programa. A jovem se identifica com
as atividades, tem se esforçado para
aprender e a empresa, por sua vez,
procura acompanhá-la e orientá-la nas
atividades propostas. Estamos satis-
feitos com o programa desenvolvido
pelo Senac”, avalia o coordenador da
Senac Londrina dá exemplo e modifica a vida de jovensCurso de aprendizagem mostra que a articulação entre educação, formação e trabalho é o caminho para a transformação social
Aprendiz AdriAnA dAnsinger, contrA-tAdA pelA empresA Histocom AtividAdes médicAs ltdA.
Jéssica amanda Lemes de PauLa reaLiza a Prática ProfissionaL na associação evangéLica Beneficente (HosPitaL evangéLico)
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 57 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
aprendiz na Histocom, Frank Suono.
Conforme explica a técnica de
educação profissional do Senac, Ma-
riza Pinheiro, o programa foi desen-
volvido para atender uma demanda
específica na área de saúde. As em-
presas precisavam se adequar a Lei
Federal nº 10.097/00, que determina
a contração de aprendizes, mas, aci-
ma de tudo, ansiavam em exercer sua
função coletiva. “Percebemos grande
adesão das empresas que cumprem
o seu papel enquanto formadoras de
profissionais. O Senac, mais uma vez
atendendo sua meta para qualificação
profissional, aliada à inserção no mer-
cado de trabalho, mobilizou-se para
atender à demanda dos empresários
em busca de profissionais capacita-
dos”, justifica.
Os cursos de aprendizagem agem,
determinantemente, para o aumento
das qualificações profissionais e esco-
lares dos jovens, permitindo o pros-
seguimento de seus estudos. Dessa
forma, programas como o do Senac,
amenizariam a lamentável situação
Aprendiz dAniel estevAn souzA, em seu trAbAlho, no hospitAl do CorAção
diretor do Centro de eduCação Profissional de londrina, sidnei loPes de oliveira
descrita em uma publicação lançada,
em junho, pelo Movimento Todos Pela
Educação e o Instituto Unibanco. O
estudo diz que entre 2000 e 2008 o
País não conseguiu atrair para os ban-
cos escolares uma taxa média de 18%
de jovens entre 15 e 17 anos. Com
dificuldades para colocar seus adoles-
centes no Ensino médio, o Brasil vive
o risco de um verdadeiro “apagão” de
mão de obra nos próximos anos, já
que a evolução da escolaridade repre-
senta a possibilidade de acesso a me-
lhores ofertas de emprego. Hoje, são
necessários 12 anos para completar
toda a Educação Básica – Ensino Fun-
damental mais o Médio. No entanto,
a escolaridade média dos jovens bra-
sileiros é 9,1 anos de estudo.
“Este curso está sendo bom para
todas as partes. É bom para o Senac,
que cumpre sua missão, e bom para a
empresa que contrata o aprendiz. Pois
além de cumprir as exigências legais,
ela também assume seu pa-
pel social e qualifica seus fu-
turos colaboradores”, opina
o diretor do Centro de Edu-
cação Profissional de Londri-
na, Sidnei Lopes de Oliveira.
E continua, que acima de
tudo, os maiores beneficia-
dos são os jovens. Junto à
teoria do ensino profissio-
nalizante, eles vivenciam a
prática nas instituições de
saúde, possibilitando-lhes
uma ótima oportunidade de
iniciar uma carreira profissio-
nal. Sidnei destaca também
que 100% dos aprendizes
que frequentam o curso es-
tão trabalhando e recebem
uma bolsa de estudos da
empresa contratante.
58 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Instituições de saúde apoiadoras do Programa de Aprendizagem do Senac Londrina:Associação Evangélica Beneficente, Clínica Ortopédica de Londrina, Hoftalon Cento de Estudos,
IHEL – Instituto de Hematologia, Instituto do Câncer, Irmandade Santa Casa, Nefroclínica,
Salva Vidas SOS, Uniodonto de Londrina, Urolit Serviços Médicos,
LabMed – Laboratório Médico de Londrina Ltda,
Hospital Araucária, Hospital do Coração de Londrina, Histocom Nefrologia,
Oralmed – Dental Méd. Assis. Odontológica, Clinilab Centro de Patologias
Apoio dos Conselheiros do Senac Paraná em Londrina
O Programa de Aprendizagem
conta com a participação ativa dos
conselheiros do Senac Paraná em Lon-
drina, que realizam desde a sugestão
de ações para a área de saúde, até
a intermediação de contatos com as
instituições do setor. “Este curso é de
grande importância para a cidade. Su-
geri que o Senac local ofertasse cur-
sos nesta área porque Londrina é um
centro médico de referência no País
e necessita de capacitação”, relata o
conselheiro Sergio Gilberto Bonocielli.
Outro conselheiro, Márcio Américo
Strini, reforça a importância da quali-
ficação para atender a área médica do
município. “O Senac precisa ampliar
a oferta de ações como esta na área
da saúde, pois têm papel relevante na
qualificação e desenvolvimento das
pessoas. Além do mais, Londrina se
configura como referência nacional no
segmento, que é um dos que mais em-
pregam na cidade”.
“O Senac, por ser uma ‘grife’, refe-
rência em educação profissional, pode
ser um grande parceiro das institui-
ções de saúde, atuando na capacita-
ção destes profissionais. É por isso que
apoio as negociações que visam pro-
mover ações educacionais para este
setor também”, complementa o conse-
lheiro Alzir Bocchi, referindo-se ao fato
de fazer parte da presidência do Sindi-
cato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e
Similares de Londrina e Região.
Sergio gilberto bonocielli
Márcio AMérico Strini
Alzir Bocchi
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 59 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
uma nova casaFederação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná inaugura sede
60 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
“Todos devem ter a dignidade
de um endereço porque quem não
tem, pouco pode fazer pelos outros”.
Essas foram as palavras do Coronel
Sérgio Malucelli, Diretor Executi-
vo da Federação das Empresas de
Transporte de Cargas do Estado do
Paraná (Fetranspar), por ocasião da
inauguração da nova sede da entida-
de. O prédio da Rua 24 de maio tem
cerca de 450 m2 de área construída
e é resultado de um investimento de
aproximadamente R$ 700 mil.
O presidente da Fetranspar, Luiz
Anselmo Trombini, diz que é o come-
ço de uma nova fase para a Federa-
ção, “passamos a fase de luta pela
sede e agora temos novos desafios”,
aponta. Ele ainda ressalta que o novo
espaço é muito importante para a con-
solidação das entidades envolvidas e
fortalecimento da união entre elas. “A
união permitiu essa conquista e ago-
ra abrimos a casa para dar o suporte
necessário ao setor de transportes. É
o começo de um novo tempo e de am-
pliação dos serviços que oferecemos
aos nossos associados”, diz Trombini.
A idéia, a partir de agora, é concre-
tizar a federação mais jovem do Para-
ná, que tem apenas 17 anos de vida.
“Precisamos mostrar para o pessoal
do interior que os sindicatos devem se
unir, para brigar por seus interesses”,
coloca Trombini. A Fetranspar é com-
posta de nove sindicatos localizados
em Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapu-
ava, Maringá, Curitiba, Dois Vizinhos,
Toledo e Francisco Beltrão e o setor de
transporte de carga movimenta mais
de 70% da economia paranaense em
seus caminhões. “Precisamos de uma
representatividade forte para brigar
pelos nossos interesses”, explica o pre-
sidente da Fetranspar.
Para o presidente do Sistema Fe-
comércio Sesc Senac, Darci Piana,
essa organização das entidades é
fundamental. “A Fecomércio já tem
vários sindicatos que se organizaram,
compraram e estruturaram suas se-
des, outras reformaram. A Fetranspar
está seguindo o mesmo caminho. Com
esses exemplos podemos dizer que a
evolução dos setores no estado tem
dado condições de receita para essas
reestruturações, e isso é muito bom, o
Paraná aumenta sua força e prestígio
em relação aos demais estados brasi-
leiros”, diz o empresário.
Pedro J. O. Lopes, presidente da
Federação das Empresas de Trans-
porte de Carga e Logística do Estado
de Santa Catarina (Fetrancesc), con-
corda com essa posição. Ele conheceu
o novo espaço da Fetranspar por oca-
sião de sua inauguração e diz que “es-
tamos num momento de dificuldade,
num momento em que temos que ser
referência perante a sociedade e, prin-
cipalmente, os organismos políticos.
Ter uma base forte para expor nossos
problemas e exigir as melhorias neces-
sárias à infraestrutura brasileira. Mas
precisamos também dar o exemplo e
cuidar da nossa própria estrutura, e é
isso que a Fetranspar está fazendo”.
Envolvido com a entidade desde
1997, o Coronel Malucelli conta que
“os sindicatos eram todos muito novos
e precisavam ser fortalecidos para ad-
quirir autonomia e autodeterminação.
Mas essa sede era um sonho antigo
que vai dignificar a Fetranspar”. Além
do crescimento e fortalecimento de
seus associados, a entidade irá investir
em qualificação da mão de obra para o
setor que, segundo o Coronel, é bas-
tante deficiente. “Os caminhões estão
cada vez mais tecnológicos, à manei-
ra dos carros de luxo, e os motoristas
não estão preparados para lidar com
esses veículos”, explica.
aNSELMO tROMBINI, PRESIDENtE Da FEtRaNSPaR, COM O PRESIDENtE DO SIStEMa FECOMÉR-CIO SESC SENaC PaRaNÁ, DaRCI PIaNa
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 61 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
ParceriaA parceria com a Fecomércio PR
é das mais fortes. O presidente Darci
Piana diz que “a Fetranspar, como inte-
grante do G8 é uma grande aliada nos-
sa, e é muito importante termos mais
um parceiro com uma sede própria, o
que demonstra o crescimento das en-
tidades e sua constante organização
para enfrentar os problemas”. O G8 é
a união das principais Federações do
Paraná que se reúnem periodicamente
para auxiliar na solução de problemas
de seus integrantes. “Temos trabalha-
do em benefício de todo o empresaria-
do do Paraná e atuado nacionalmente
também, e a Fetranspar é um baluarte
desse trabalho”, ressalta Piana.
SeminárioFoi realizado ainda, no Estação
Convention Center, o seminário O Pa-
raná no Caminho Certo para discutir
os desafios a serem enfrentados pelo
setor. A programação incluiu painel
com o Secretário de Transportes do
Estado do Paraná, Mario Stamm e com
o Ministro do Planejamento Paulo Ber-
nardo. “O evento teve como principal
objetivo colocar, a todos os interessa-
dos, a situação atual da infraestrutura
do Paraná. Queremos que as pessoas
envolvidas nos governos nos dêem
respostas sobre como agiremos futu-
ramente, sobre o que está acontecen-
do no nosso estado e em todo o país”,
conclui o presidente da Fetranspar.
RECEPÇÃO DA ENTIDADE: LOCAL AGRADÁVEL E APRAZIVEL PARA TODOS OS ASSOCIADOS
62 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
“No segundo ano do ensino
médio fui a uma feira de pro-
fissões e parei no estande de
enfermagem. Descobri que cuidar das
pessoas era o que me faria feliz”. O
depoimento é de Patrícia da Paz Maia,
aluna do curso Técnico em Enferma-
gem do Senac PR. “Quando cheguei
em casa contei à minha mãe e ela fi-
cou super feliz, pois era um sonho dela
atuar nessa profissão, mas ela nunca
teve condições de fazer o curso”, com-
pleta Patrícia.
As histórias de quem opta por uma
ocupação essencialmente de cuidado
ao próximo revelam a devoção dessas
pessoas à atividade. E emocionam.
Aparecida Fátima de Carvalho tinha o
curso na área de enfermagem como
um sonho antigo, mas queria ver o
filho na faculdade então esperou que
esse desejo se concretizasse. “Somos
apenas eu e meu filho e eu precisava
sustentar ambos. Agora que ele está
Amor à profissãoTécnicos em Enfermagem contam histórias comoventes de dedicação
ALuNAS DO CuRSO TéCNICO EM ENFERMAGEM DO SENAC CENTRO, EM CuRITIBA
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 63 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
cursando Direito, e eu consegui uma
bolsa de estudos para fazer o curso do
Senac, estou realizando meu sonho”,
conta Aparecida.
“Acho primordial a questão da
humanização nos atendimentos, pois
existem pessoas carentes de uma pa-
lavra, um abraço, um aperto de mão,
em momentos difíceis. Penso que o
doente tem o direito de ser tratado
com dignidade e respeito até o fim”,
diz Aparecida. Outra aluna, Fabiane
Loth Corrêa completa, “eu sinto mui-
ta satisfação em realizar as técnicas
aprendidas e ver o bom resultado.
Guardo comigo o sorriso dos pacientes
em sinal de gratidão por terem sido
tratados com dignidade e simpatia”.
Essa vocação para o cuidado é es-
sencial na escolha da atividade e não
falta a quem está estudando. “Sempre
quis atuar com enfermagem, mas al-
guns percalços não permitiram. No
ano passado voltei a estudar e estou
adorando. Estou aprendendo a cuidar,
proporcionar saúde e medidas de con-
forto aos pacientes”, diz Regiane P.dos
Santos. Já Fernanda P. da Silva, filha e
irmã de enfermeiras, diz que quando
a mãe voltava do hospital tinha mui-
tas histórias para contar, “aquilo sem-
pre me chamou a atenção, eu via que
ela fazia o bem para quem precisava”,
lembra Fernanda.
Colega de turma de Fernanda,
Cristiane Sudol Rocha é recepcionista
em um hospital e conta que iniciou o
curso sem saber se iria gostar da ati-
vidade. “Agora não vejo a hora de co-
meçar a trabalhar com os pacientes. E
como quero realizar um bom trabalho,
escolhi o Senac, pois é o melhor curso
de enfermagem de Curitiba”, explica.
Outros alunos, como Rosângela Fer-
nandes de Souza, irão levar o cuidado
a lugares distantes e carentes desse
tipo de atendimento.
“Saí de uma cidade pequena no
norte do Paraná, onde meus pais ainda
moram. Lá não existe hospital, apenas
uma pequena unidade de saúde sem
médico ou enfermeira fixos e muita
gente na comunidade precisa de aju-
da. Pretendo voltar e auxiliar a popu-
lação no que eu puder”, diz Rosângela.
Essas são apenas algumas das histó-
rias de pessoas que têm como maior
desejo cuidar de outras e fazer o me-
lhor trabalho que puderem.
OportunidadeAlém de fazer o que gostam, os
profissionais de enfermagem têm
grandes oportunidades no mercado.
Ela é uma das ocupações que mais
emprega no Paraná, figurando nas lis-
tas do Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged), do Minis-
tério do Trabalho, entre os três primei-
ros lugares nos últimos anos. No mes-
mo ramo de atuação, as admissões
de auxiliares de enfermagem reinam
absolutas no primeiro lugar.
Ambas estão em constante cres-
cimento. Juntas empregaram 1.408
pessoas em 2008, 1.754 em 2009 e
1.877 em 2010, somente no primeiro
trimestre de cada ano. Esses números
chegam a mais de 6 mil ao final de 12
meses e a evolução positiva revela que
2010 será ainda melhor. Isso porque,
apesar do Paraná ter sido o estado que
mais cresceu durante a crise, somente
agora a economia realmente se estabi-
liza em todo o país.
No Paraná, o Senac oferece cur-
sos na área de enfermagem em vá-
rios municípios e diversos horários.
As próximas turmas terão início em
Cascavel, Curitiba, Guarapuava, Jaca-
rezinho, Maringá, Paranavaí,
Ponta Grossa e Umuara-
ma. Mais informações
sobre os cursos es-
tão disponíveis no site
www.pr.senac.br ou
através do telefone
0800 643 6 346.
64 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Em 1936 a Rádio Nacional foi
inaugurada no Rio de Ja-
neiro e se tornaria uma das
grandes difusoras dos programas de
auditório. Sua estrela mais contumaz,
Emilinha Borba, levava a platéia do pro-
grama de Cesar de Alencar à loucura.
Era a Era de Ouro do rádio brasileiro.
“O locutor era então o que é hoje o
Faustão, e os programas eram verda-
deiros shows”, conta Edson Valério, di-
retor artístico da Maringá FM.
Mais de 70 anos depois, as rádios
estão cada vez menores e mais en-
xutas, os arquivos digitais permitem
que uma só pessoa controle tudo que
vai ao ar, as mesas de som são prati-
camente portáteis e tudo é feito por
computador. Os estúdios só precisam
de espaço para uma mesa e a cadeira
do locutor.
“O contato com o ouvinte se per-
deu, e nós quisemos trazer isso de
volta”, diz Valério. A Maringá FM, há
três anos, transferiu seu estúdio de
um andar alto no Edifício Três Marias,
centro de Maringá, para o térreo. E
lá instalou um auditório para apre-
sentações ao vivo, além de um café
anexo ao espaço que é envidraçado e
alguns metros acima do nível do piso,
permitindo que o locutor veja todo o
movimento à sua volta.
“Aqui, como o objetivo era a total
Rádio como antigamenteMaringá FM traz de volta o auditório para ouvintes, tão popular nas décadas de 1940 e 1950
Plateia lotada Para a aPresentação de Guilherme e santiaGo
Guilherme e SantiaGo no eStúdio Show
Kar
ina
Mik
owsk
i
64 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Div
ulga
ção
Mar
ingá
FM
Div
ulga
ção
Mar
ingá
FM
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 65 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
O diretOr artísticO edsOn ValériO
interatividade com o ouvinte, nós fize-
mos esse estúdio aberto e colocamos
15 cadeiras. Cabem confortavelmente
20 pessoas ali, e a área da banda com-
porta grupos grandes, de até dez inte-
grantes”, explica Valério. Artistas reno-
mados, como Vitor e Léo, Chitãozinho
e Xororó e Zezé de Camargo e Luciano
já passaram por lá, e outros que estão
apenas começando a carreira, “todos
os artistas que vêm a Maringá fazer
shows aparecem por aqui”, diz Valério.
Hoje a Maringá FM é referência, o
artista toca ao vivo na rádio e houve
uma grande aceitação por parte do pú-
blico. Por isso, ela lança novos talentos
e já se tornou comum o artista que
quer fazer sucesso ir tocar em Marin-
gá, já que a cidade é um termômetro,
se houver aceitação lá vai estourar no
Brasil. Para Valério, “tudo isso come-
çou quando descemos o estúdio para o
térreo, tornando-o aberto e trouxemos
o ouvinte, já que o artista sente a re-
ceptividade do público para com ele”.
CharmeQuem visita o espaço se encanta.
Como parte de um grupo de três rá-
dios (Maringá FM, CBN Maringá e Mix
Maringá), uma emissora de TV (Multi-
TV) e uma rede de cinemas (Cinesys-
tem), a rádio ganhou um presente
muito especial. As poltronas do estúdio
vieram de uma antiga sala de proje-
ções e foram restauradas. Têm mais
de 60 anos. A cabine do locutor fica
bem no lobby do edifício, e as quatro
horas que ele trabalha por dia passam
voando. Isso porque ele vê o público
o tempo todo, seja cir-
culando pelo espaço da
recepção, seja frequen-
tando o Rádio Café.
Edson Valério diz que
tudo isso foi possível por
conta de um espaço físico
diferenciado e o tamanho
da cidade em si, que per-
mite que o ouvinte tenha
fácil acesso ao local. “No
eixo Rio-São Paulo não dá para fazer
isso. Nossos colegas de lá, quando nos
visitam, adoram o espaço. E já temos
rádios parceiras seguindo o exemplo”,
explica.
As apresentações acontecem cerca
de uma vez por semana, quase sem-
pre aos sábados, para facilitar a ida do
ouvinte à rádio. O artista toca entre 30
e 60 minutos, para não se tornar um
programa muito longo ou cansativo
para ele ou para a plateia.
Depois da instalação do novo estúdio
o público da rádio, que sempre foi líder
em sua região, só aumentou. “Trouxe-
mos de volta algo do pas-
sado, reproduzimos uma
fórmula que deu certo,
mas que estava esqueci-
da, e tivemos um grande
sucesso, não tem um ou-
vinte nosso que não queira
entrar, vir aqui e ter esse
contato com seu artista
preferido”, finaliza Valério.
O lOcutOr NathaN JuNiOr em pleNa atividade
Kar
ina
Mik
owsk
i
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 65 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Kar
ina
Mik
owsk
i
66 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0 66 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 67 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Apenas 15% do que é joga-
do fora é lixo propriamente
dito. Grande parte é forma-
da por materiais potencialmente re-
cicláveis. E para usar a denominação
adequada, serão chamados a partir de
agora de resíduos. “Lixo é que não ser-
ve mais para nada. O que produzimos
em nossas residências, na indústria e
atividade comercial são resíduos, que
podem voltar para a cadeia produtiva
através do processo de logística rever-
sa”, alerta o coordenador de resíduos
da Secretaria Estadual de Meio Am-
biente (Sema), Laerte Dudas.
Segundo a Sema, o Paraná produz
diariamente 20 mil toneladas de resídu-
os. Por ser um Estado agrícola, 50% do
que é jogado nas lixeiras é matéria orgâ-
nica, que pode ser reciclável pela técnica
da compostagem, para fazer um recon-
dicionamento do solo. Os outros 35%
são vidro, plástico, metal e papel. Fa-
zendo as contas, os fétidos lixões a céu
aberto e aterros sanitários poderiam ter
um volume quase sete vezes menor se
esses resíduos fossem reaproveitados. E
isso porque somente os produtos domi-
ciliares são coletados pelas prefeituras e
vão para tais locais. Esse trabalho é pú-
blico e cobrado anualmente por meio do
carnê do Imposto sobre a Propriedade
Predial e Territorial urbana (IPTu).
Os grandes geradores de resídu-
os precisam contratar empresas par-
ticulares que fazem o tratamento e a
destinação correta dos restos. No caso
de Curitiba e Londrina, todos os esta-
belecimentos que geram mais de 600
litros de resíduos por semana devem
fazer o Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos (PGRS), de acordo
com as normas da Política Nacional
do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), Lei Estadual
nº 12.493/99 e mais especificamente as leis mu-
nicipais. Supermercados, shoppings, indústrias,
hotéis, escritórios, bares e restaurantes são poten-
ciais geradores. Talvez nem seriam, se cada um
separasse o próprio resíduo, deixando de misturar
reciclável com orgânico e rejeitos.
O plano inclui medidas gerenciais, educativas
e de responsabilidade sobre a produção, armaze-
namento e destinação final dos resíduos, explica
o instrutor do curso de PGRS do Senac, Everaldo
dos Santos. “O documento fica vinculado à licença
ambiental ou alvará de funcionamento da empre-
sa, o que faz com que seja revisto constantemen-
te. É bem descritivo e deve conter todo o proces-
so gerencial e de manejo dos resíduos”, explica.
O PGRS deve ser elaborado e acompanhado por
profissional ou equipe técnica habilitada, com ca-
dastro nas Secretarias Municipais de Meio Ambien-
te e registrado no conselho de classe pertinente.
Geralmente são consultores externos que fazem o
planejamento e podem ou não acompanhar sua
implantação.
Para que o plano seja efetivado, Everaldo aler-
ta para a necessidade de ter, dentro da própria
empresa, um funcionário responsável por sua ges-
tão. A intensificação da exigência do PGRS nos
dois últimos anos e a tardia preocupação do setor
empresarial com o meio ambiente fez aumentar a
procura pelo curso do Senac. “Uma coisa é elabo-
rar o planejamento, mas não mudar a rotina da
empresa. Ela acaba somente cumprindo o proto-
colo, pois tem dificuldade de exercer o que está ali
descrito”, analisa.
Everaldo conta que os participantes iniciam as
aulas focados no problema, afinal, todas as gran-
des empresas sofrem com rejeitos que produzem.
O treinamento, no entanto, apresenta conceitos
mais amplos, contemplando a política norteadora
do PGRS, que é a dos três Rs: reutilizar, reciclar
e reduzir. “A ideia é que um resíduo passe a ser
usado como matéria-prima novamente. O curso dá
essa noção”, explica o instrutor.
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 67 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
68 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
ReduzirA criação do PGRS, aliado a pro-
gramas de educação ambiental, ga-
rante a redução do volume de lixo que
vai para os aterros, prolongando sua
vida útil. Evita ainda dores de cabe-
ça no futuro decorrentes do passivo
ambiental. Enquanto existir o resíduo,
existe a responsabilidade sobre ele.
Assim, uma empresa que destina
resíduos para um aterro industrial,
em caso de acidente com danos ao
meio ambiente, irá responder pelo
ocorrido por tempo indeterminado.
Na Europa há organizações que hoje
tem que remediar áreas contamina-
das por resíduos de 100 anos atrás.
“Têm empresas preocupadas em
economizar na destinação dos rejei-
tos unicamente a curto prazo, sendo
que daqui alguns anos poderão ter
despesas altas por conta da corres-
ponsabilidade”, alerta a Everaldo.
Diante da preocupação sobre a
destinação final inadequada dos re-
jeitos, o Paraná desenvolveu o Pro-
grama Desperdício Zero, que visa,
principalmente, eliminação de 100%
dos lixões no Estado – existentes
em 181 municípios – e a redução
de 30% dos resíduos gerados. Estas
metas poderão ser alcançadas atra-
vés da convocação de toda socieda-
de, objetivando a mudança de atitu-
de, hábitos de consumo, combate ao
desperdício, incentivo a reutilização,
reaproveitamento dos materiais po-
tencialmente recicláveis através da
reciclagem. “Para reduzir a quanti-
dade de lixo produzida pela humani-
dade é preciso investir em educação.
Só através de medidas sócioeduca-
tivas as pessoas vão aprender a re-
duzir, reciclar e reutilizar”, idealiza
Dudas.
ReciclarO instrutor do Senac re-
lata casos de empresas que
conseguiram um aprovei-
tamento muito próximo da
totalidade dos resíduos ge-
rados, principalmente as da
área comercial. Matéria or-
gânica e rejeitos como papel
e papelão são encaminhados
para a reciclagem, por meio
do sistema de gerenciamento
integrado de resíduos.
Na fabricação do cimen-
to, por exemplo, verificou-se
que é possível substituir o
carvão ou o óleo diesel que
alimentavam os fornos por
borracha vulcanizada. Dessa
forma, para as cimenteiras,
o pneu velho se tornou um
negócio bastante econômico.
A demanda deste material re-
ciclável no Paraná é de três
mil toneladas por mês. No en-
tanto, o Estado produz insufi-
cientes duas mil toneladas. E
por causa de uma resolução
estadual que proíbe a entra-
da de pneus usados vindos
de outras localidades, o que
antes ficava acumulado nos
fundos das borrachas passou
a ter valor comercial.
A construção civil também
utiliza materiais feitos a partir
do entulho de obras. O con-
creto triturado vira brita, o
ferro se torna sucata ferrosa
e a madeira ganha novas for-
mas. A melhor parte disso é o
custo, que chega a ficar um
terço inferior. Este mercado,
inclusive, é um nicho de mer-
cado bem promissor.
ReutilizarO curso do Senac trata não apenas sobre o
destino do que não tem mais serventia, visan-
do minimizar impactos ambientais, mas também
mostra como fazer o aproveitamento dos resídu-
os recicláveis na geração de renda e empregos.
“Todos precisam ter o PGRS. Para as empresas,
representa a sobrevivência. Considerando que já
sofrem com a alta carga tributária, é preciso apro-
veitar ao máximo os recursos disponíveis. Assim,
a organização terá uma fonte adicional de renda
com o que sobrou do seu processo produtivo. O
que antes era um verdadeiro abacaxi, agora traz
lucratividade”, afirma Dudas.
Todos os entes da cadeia têm sua responsabi-
lidade e deveriam cumprir com a logística rever-
sa, sejam indústria, empresas, poder público ou a
população em geral. Na compra de determinado
produto, a pessoa física ou jurídica, atenta ao pós-
consumo, preocupa-se com o que acontece com a
embalagem que protegia aquele bem ou qual será
seu destino depois de utilizado. E aí, na opinião do
técnico da Secretaria Estadual do Meio Ambiente,
está o grande trunfo: o consumidor usa seu poder
de compra para selecionar fornecedores compro-
metidos com os descartes oriundos de seus ne-
gócios. Tal atitude serve até mesmo como um di-
ferencial de mercado
para o produto
comer-
cializa-
do.
68 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 69 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Excelência! Este foi o princí-
pio que norteou as diretri-
zes estratégicas da diretoria
da Federação do Comércio do Paraná
quando da posse, em 2004. De lá para
cá, passaram-se seis anos, e a exce-
lência foi aplicada na representativida-
de do setor comercial, no atendimento
aos sindicatos e à responsabilidade
social, na prestação de serviços e em
modelo de gestão.
Em 2007, os valores para as em-
presas e para sociedade primavam
pela forte presença na interface com
o cliente, no desenvolvimento econô-
mico, social e sindical empresarial vi-
sando ao atendimento dos interesses
e demandas do setor. Para o cumpri-
mento destes anseios, a Federação do
Comércio do Paraná interiorizou suas
ações, elaborou programa de lideran-
ças sindicais e de contribuição sindical,
além das câmaras temáticas, certifica-
ções de origem e digital.
Nestes seis anos à frente do Siste-
ma Fecomércio Sesc Senac, o presidente
Darci Piana, relata a evolução na quanti-
dade de atendimentos do braço social do
Sistema, o Sesc, saltando de 20 milhões,
em 2004, para 38 milhões, em 2009. Na
aprendizagem comercial, Piana também
comemora os números verificados em
horas-aulas ofertadas pelo Senac, pas-
sando, de 351,2 mil h/aulas para 425
mil h/aulas. Outro indicador que revela o
crescimento do Sistema em todo o Esta-
do são as sedes do Sesc, que passaram
de 27 para 35 unidades de serviço e o
Senac, que hoje conta com 27 unidades,
enquanto em 2004 eram apenas 18.
Mas o crescimento em infraestrutu-
ra não pára por aí. Piana informa que
estão previstos investimentos para a
construção, reforma e entrega de uni-
dades nas cidades de Apucarana, Caio-
bá, Cascavel, Cornélio Procópio, Fran-
cisco Beltrão, Ivaiporã, Jacarezinho,
Londrina, Marechal Cândido Rondon,
Medianeira, Paranaguá, Pato Branco,
Ponta Grossa, Toledo, Umuarama,
União da Vitória e a nova sede da Fe-
deração do Comércio, em Curitiba.
Beneficiando diretamente o empre-
sariado, Piana relembra a defensa por
uma menor carga tributária estadual,
que resultou na redução do Impos-
to sobre Circulação de Mercadorias e
Prestação de Serviços (ICMS) de 18%
Evolução do Sistema Fecomércio Sesc SenacNova diretoria da Fecomércio Paraná toma posse para o mandato do período 2010-2014
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 69 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Projetos PrevistosApucarana: SenacCaiobá: SescCascavel: Sesc e SenacCornélio Procópio: SenacCuritiba: Federação do ComércioFrancisco Beltrão: Sesc e SenacIvaiporã: Sesc e SenacJacarezinho: Sesc e SenacLondrina (Cadeião): Sesc e SenacMarechal Cândido Rondon: SenacMedianeira: Sesc e SenacParanaguá: SenacPato Branco: SenacPonta Grossa: SescToledo: SenacUmuarama: SenacUnião da Vitória: Sesc e Senac
Um evento recreativo com cunho competitivo entre oito cidades do Estado do Paraná (Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranavaí, Cascavel, Foz do Iguaçu), nos meses de janeiro e fevereiro, que alia diversas atividades recreativas, sociais, culturais e esportivas, onde os participantes experimentam os benefícios dos efeitos fisiológicos, psicológicos e sociais promovidos pelo Lazer.
Realizado em parceria com Rede Paranaense de Comunicação, tem por objetivo propiciar a organização coletiva dos participantes; integrar pessoas de diferentes faixas etárias; difundir conhecimentos; estimular
a autonomia; incentivar a criatividade e, diante da necessidade, a capacidade de improvisar; construir atitu-des éticas na participação e o respeito coletivo; ampliar noções de planejamento para a resolução de problemas e
enfrentar os desafios com sabedoria e equilíbrio.
para 12% em mais de 95 mil produtos.
Além dos números, Piana enfatiza
que há de ser comemorado alguns dos
novos programas que foram implanta-
dos. Entre eles: Colégio Sesc São José,
Maratona Internacional de Foz do Igua-
çu, Verão Vivo e Programa de Trainees
e novos produtos, como o Programa
Senac de Gratuidade (PSG), Educação a
Distância e Senac na Empresa, que po-
dem ser conferidos no texto abaixo.
Foi em 2007 que o Sesc realizou a pri-meira edição da Maratona Internacional de Foz do Iguaçu Sesc Paraná, anterior-
mente denominada Maratona Inter-nacional das Águas. O percurso de 42
quilômetros é um diferencial em relação às demais maratonas, pois contempla dois pontos turísticos de reconhecimento mundial: as Cataratas do Iguaçu e a Hi-
droelétrica Itaipu Binacional.Paralelamente, acontecem outros três eventos: a corrida de 10 km no Parque Na-cional do Iguaçu; a corrida de 2 km para crianças e jovens; e 4 km de caminhada.
O Programa VarejoMais é uma iniciativa da Fecomércio PR e do Sebrae, que tem o objetivo de melhorar o desempenho das
empresas participantes, de forma a torná-las mais competitivas através da análise e estudo de estratégias de êxito aplicadas em outras instituições.O VarejoMais trabalha formas de aumentar e melhorar a gestão da carreira de clien-tes, como definir novos produtos, serviços
e processos, aprimorar a administração de lojas, e estruturar e motivar equipes de vendas. Realiza missões técnicas nacionais e internacionais. Os empresários partici-pantes percebem que as atividades realiza-das trazem de uma forma rápida e precisa informações voltadas ao setor de varejo.
Em 2009, o Sesc formalizou parceria com a Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus - Colégio São José, dando inicio à oferta de uma educação focada no desen-
volvimento integral do ser humano e que agrega a teoria à empregabilidade para os jovens e trabalhadores do comércio. É um projeto de educação social com bol-
sas de ensino integral, voltado ao comerci-ário e seus dependentes e estudantes de escola pública, ambos de baixa renda.
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 71
O Programa de Geração de Lideranças foi concebido em função da necessidade de formação de novas lideranças para o Sis-tema Fecomércio Sesc Senac. Líderes com visão sistêmica integrada, que conheçam e façam uso de ferramentas de gestão atua-lizadas e adequadas às necessidades insti-
tucionais, além de referenciais teóricos que dêem embasamento às suas ações. O programa foi desenvolvido por meio de sistema modular de ensino, com assesso-ria interna e externa, estágios na adminis-tração, em todas as áreas e em Unidades de Serviço.
O Programa Senac de Gratuidade
(PSG) é resutlado de um acordo
estabelecido entre a instituição e o
Governo Federal. É um incentivo à
qualificação profissional para pes-
soas de baixa renda, ampliando as
possibilidades de inserção, re-inser-
ção ou permanência no mercado de
trabalho.
A Educação a Distância é uma modalidade de ensino que tem crescido continuamente no Brasil, dando a oportunidade que o alu-no invista em seu aprimoramento profissio-nal, tornando-se autônomo e gerenciador do seu próprio estudo.
Na EaD, o tempo é otimizado e as ativida-des realizadas são distribuídas conforme a disponibilidade do aluno. Além disso, o conhecimento ultrapassa as fronteiras do espaço geográfico, chegando a grupos da população que, por razões diversas, têm dificuldades de acesso à educação.
O Senac Paraná apresenta uma opção personalizada para a corporação que quer investir na educação de seus fun-cionários. O programa Senac na Em-presa oferece uma grande variedade de cursos, que podem ser ministrados em qualquer ponto do estado, além de consultoria e assessoria. Carga horária, conteúdo, datas, horários e locais para
as aulas são flexíveis e programados para se adequar às necessidades da empresa.O Senac na Empresa oferece ainda a competência de uma equipe de técnicos especializados em identificar necessi-dades e apresentar soluções eficientes para o desenvolvimento de pessoas e organizações.
Programa de geração de Lideranças
72 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
Nova DiretoriaDurante a 114ª reunião da Feco-
mércio Paraná, realizada em junho,
por efeito estatutário, houve a posse
oficial da nova diretoria da Federação
do Comércio do Paraná. Os membros
da diretoria que já vinham dirigindo os
destinos da entidade foram recondu-
zidos aos seus cargos e reassumiram
o compromisso de respeito às leis vi-
gentes e a busca constante pelo cres-
cimento da instituição, dos sindicatos
e entidades representadas.
Os integrantes da nova diretoria
terão uma gestão de 2010 a 2014 e
com o objetivo principal, defendem a
representação legal das empresas do
comércio de bens, serviços e turismo
perante os poderes instituídos, em
seus três níveis, Legislativo, Executivo
e Judiciário, bem como perante a so-
ciedade como um todo.
72 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
O presidente do Sistema Fecomér-
cio Sesc Senac, Darci Piana, ressaltou
durante a prestação de contas de todo
o seu mandato iniciado em 2004, as
ações que foram desenvolvidas atra-
vés de um trabalho de equipe. “Ve-
rificamos uma dedicação incansável
deste grupo, em benefício de 440 mil
empresas, 1.680.000 trabalhadores e
do bem-estar da sociedade paranaen-
se”, disse Piana.
A diretoria da Fecomércio Paraná é
integrada por 73 membros efetivos e
33 suplentes. Entre as ações que ca-
bem à diretoria, estão coordenar as
câmaras setoriais de autopeças, far-
mácias e de material de construção;
as empresarias de turismo e da mulher
empreendedora e gestora de negócios
e do comércio exterior.
o presidente darci piana apresenta os projetos realizados e a realizar na assembleia da fecomercio
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 73 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Presidente: darci Piana1º Vice-Presidente: Ari Faria Bittencourt2º Vice-Presidente: Gumercindo Ferreira dos Santos Júnior3º Vice-Presidente: João Inácio Kreuz4º Vice-Presidente: Luiz Carlos Borges da Silva5º Vice-Presidente: Edenir Zandoná Júnior6º Vice-Presidente: José Alex Gonçalves Figueira7º Vice-Presidente: César Luiz Gonçalves 8º Vice-Presidente: Neuri Nilo Garbin9º Vice-Presidente: Carlos Rodrigues do Nascimento10º Vice-Presidente e Conselho do Comércio Atacadista: Luiz Sérgio Wozniaki11º Vice-Presidente e Conselho do Comércio Varejista: Pedro Joanir Zonta12º Vice-Presidente e Conselho de Agentes Autônomos: Paulo César Nauiack13 º Vice-Presidente e Conselho de Assuntos do Mercosul: Plínio Destro 14º Vice-Presidente e Conselho de Turismo: Luiz Fernando Mamede Mendes15º Vice-Presidente e Conselho de Mediação e Arbitragem: Maria Deli Medeiros de MedeirosDiretor 1º Secretário: Segismundo MazurekDiretor 2º Secretário: Valdeci Aparecido da SilvaDiretora 3ª Secretária: Nájila NabhanDiretor 1º Tesoureiro: Umberto Marineu Basso Diretor 2º Tesoureiro: Nelson José BizotoDiretor 3º Tesoureiro: Roberto Hernando Barco Diretor para Assuntos Sindicais: Aroldo Eitel SchultzDiretor para Assuntos Sindicais: Nicolau Bulgacov JúniorDiretor para Assuntos Sindicais: Zildo CostaDiretor para Assuntos Sindicais: Oscar Dirceu Bühler Diretor para Assuntos Sindicais: Ciro Conte ChioquettaDiretor para Assuntos Sindicais: José Canisso Diretor para Assuntos de Relações do Trabalho: Francisco LeiteDiretora para Assuntos de Relações do Trabalho: Cristiane Boiko Rossetim Diretor para Assuntos de Relações do Trabalho: Luiz Gonzaga Fayzano NetoDiretor para Assuntos de Relações de Trabalho: Abrão José MelhemDiretor para Assuntos de Relações de Trabalho: Francisco Paulo José MinoliDiretor para Assuntos de Relações de Trabalho: Cláudio Roth Diretor para Assuntos Tributários: Everton CalamucciDiretor para Assuntos Tributários: Amaro Fernando José PakowskiDiretor para Assuntos Tributários: Gélcio Miguel SchibelbeinDiretor para Assuntos Tributários: Sidney CatenaciDiretor para Assuntos Tributários: Armando Hamud HamudDiretor para Assuntos Tributários: Carlos Cesar Rigolino JuniorDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Adilson Emir dos SantosDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Valter da Silva BarrosDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Paulo Celso BarbosaDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Uzier de CarvalhoDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Nelcir Antônio FerroDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Claudinei HerreiroDiretor para Assuntos de Crédito: Takeshi MaedaDiretor para Assuntos de Crédito: Nivaldo WengrynovskiDiretor para Assuntos de Crédito: Jefferson Proença TestaDiretor para Assuntos de Crédito: Said Jacob JúniorDiretor para Assuntos de Crédito: Enéas dos Santos BrumDiretor para Assuntos de Crédito: João Odorico de SouzaDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Marino PoltronieriDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Mário Luiz SzpakDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Luís Carlos FavarinDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Antonio Edson GruberDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Antônio Carlos ParietiDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Hélcio KronbergDiretor para Assuntos de Comércio Exterior: Saul Chuny ZugmannDiretor para Assuntos de Comércio Exterior: Eduardo Rubens de AndradeDiretor para Assuntos de Comércio Exterior: Alceu Ribeiro
Diretor para Assuntos de Comércio Exterior: Osnei José Simões Santos Diretor para Assuntos de Comércio Exterior: Carlos Antônio Amaral MonteiroDiretor para Assuntos de Comércio Exterior: Danilo TombiniDiretora para Assuntos de Habitação e Imobiliário: Liliana Ribas TavarnaroDiretor para Assuntos de Habitação e Imobiliário: Márcio Américo StriniDiretor para Assuntos de Habitação e Imobiliário: Luiz Valdir NardelliDiretor para Assuntos de Habitação e Imobiliário: José Paulo Celles COnseLHO FisCALMembro Efetivo do Conselho Fiscal: Wanderley Antônio Nogueira Membro Efetivo do Conselho Fiscal: Agostinho Francisco SabadinMembro Efetivo do Conselho Fiscal: Francisco Macedo MachadoMembro Suplente do Conselho Fiscal: Horst Adelberto WaldraffMembro Suplente do Conselho Fiscal: Omar Rachid Fatuch
diretOriA sUPLenteSuplente de Diretoria: Sandro Augusto Sabadin Suplente de Diretoria: Itacir GrandoSuplente de Diretoria: Paulo Cezar Pereira Gruber Suplente de Diretoria: Hélcio CerqueiraSuplente de Diretoria: Diógenes Kuczynski Szpak Suplente de Diretoria: Nasser HamoudSuplente de Diretoria: Renê Rodrigues Pereira Suplente de Diretoria: Lauro ColomboSuplente de Diretoria: David Guntowski Suplente de Diretoria: Edmar de Souza ArrudaSuplente de Diretoria: Zulfiro Antonio Bósio Suplente de Diretoria: Voldisnei Krisanowski BarbosaSuplente de Diretoria: Milton Silvério Pennacchi Suplente de Diretoria: Myron SalingSuplente de Diretoria: Aldo Burin Suplente de Diretoria: Heitor Bolela JuniorSuplente de Diretoria: Yuri do Carmo Barbosa Lima Suplente de Diretoria: Ari dos SantosSuplente de Diretoria: Elcio Henrique Coninck Ribeiro Suplente de Diretoria: Elie Saba MouchbahaniSuplente de Diretoria: João Antonio dos Anjos Suplente de Diretoria: José Maximino GorskiSuplente de Diretoria: Luís Felipe Zafaneli Cubas Suplente de Diretoria: Osvaldo Nascimento JúniorSuplente de Diretoria: Jacir Furtado de Souza Guerra Suplente de Diretoria: Alexandre Tavares de AndradeSuplente de Diretoria: Mário Takinami Suplente de Diretoria: João Francisco Zafaneli CubasSuplente de Diretoria: Edison Luiz Barbosa CubasSuplente de Diretoria: Antônio Augusto EstevesSuplente de Diretoria: Vilmar de Souza Dias Suplente de Diretoria: Antônio BareaSuplente de Diretoria: Elione Rodrigues de Freitas deLeGAdOs rePresentAntes JUntO AO COnseLHOdA COnFederAÇÃO nACiOnAL dO COMÉrCiO – CnC Efetivos: Darci Piana Ari Faria BittencourtSuplentes: Paulo César Nauiack Wanderley Antônio Nogueira
DIRETORIA EFETIVAGestão 2010-2014
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 73 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
74 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0
O Senac Londrina e o Sindi-
cato dos Salões de Cabeleireiros,
Institutos de Estado do Paraná
(Sincap) trouxeram a Londrina,
o ex-BBB Dicesar. O participan-
te da 10ª edição do Big Brother
Brasil ministrou o curso de Atua-
lização em Maquiagem, nos dias
5 e 6 de julho.
Este foi o primeiro curso que
Dicesar, maquiador profissional
há 20 anos, realizou no Paraná.
O convite partiu de uma visi-
ta que o ex-BBB fez ao Senac,
acompanhado de sua mãe, que
já foi aluna da instituição.
De acordo com o presidente
do Sincap, Antônio Carlos Pa-
rieti, a vinda do “ex-brother” a
Londrina foi bastante positiva,
porque Dicesar possui grande
conhecimento em maquiagem
e, por ser uma personalidade,
estimula os profissionais de be-
leza a se aperfeiçoarem.
Durante o curso, com car-
ga horária de 15 horas,
Dicesar demonstrou todo
seu talento com pincéis e
cosméticos, além de fa-
lar das novas técnicas
de maquiagem e lan-
çamentos de produtos.
Senac Londrina realiza curso de maquiagem com ex-BBB Dicesar
Paulo Cruz se despede, após 32 anos de Sesc Paraná
Em seu penúltimo dia na insti-
tuição, o ex-diretor regional do Sesc
Paraná, Paulo Cruz recebeu homena-
gem dos colaboradores do Sistema
Fecomércio Sesc Senac. Depois de 32
anos, ele deixou o cargo na entidade
no dia 30 de junho para atuar na ini-
ciativa privada.
Emocionado, o ex-diretor já sen-
te falta da equipe de colaboradores
da instituição. “Construí minha vida
nesta entidade, meus filhos cresce-
ram enquanto eu estava aqui. Hoje,
carrego o sobrenome Sesc”, afirmou.
Ele, ao se desligar da entidade, des-
tacou e reconheceu o trabalho de to-
dos em equipe ao dizer que ninguém
faz nada sozinho.
Cruz ressaltou os importantes
amigos que fez na casa e salientou
que foi gratificante crescer profissio-
nalmente ao longo desses anos. “Fui
feliz a cada dia no Sesc. Saio com tris-
teza de deixar uma entidade a qual
acredito, mas tranquilo porque ficará
em boas mãos, nas mãos de todos
vocês”, ponderou. O ex-diretor acei-
tou a proposta de gerir uma entidade
renomada de ensino. “Não tive como
dizer não. Tenho 60 anos e esse é um
passo importante na minha carreira”.
O diretor da Divisão Administrati-
va e Financeira do Sesc Paraná, Odair
Pereira, prestou homenagem às vés-
peras da saída do diretor. Pereira res-
gatou momentos marcantes de Cruz
na instituição ao longo dos 32 anos.
Contou aos colaboradores como veio
para o Sesc, seu início na carreira e
destacou ações importantes dele para
o crescimento da instituição. “Consi-
deramos o Cruz um incentivador, uma
pessoa humilde, com facilidade para
reconhecer erros, um verdadeiro par-
ceiro”, afirmou o colega.
S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 75 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br