revista frati gaudenti 3
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2014 Revista da Sacra Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa
Maria. Setembro, outubro, novembro e dezembro de 2014, 3ª Edição
Grão-Magistério da Sacra Milícia
FRATI GAUDENTI NEWS Na 3ª Edição da Revista Frati Gaudenti News traremos uma especial reportagem sobre a missão da
Nobreza no século XXI, os desafios de manter uma identidade política e cultural desta classe,
espalhada por todo o mundo, mas que deve manter uma identidade comum.
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Sacra Ordem Dinástica,
Militar e Hospitalar da Milícia
de Jesus Cristo e de Santa
Maria.
Grão-Mestre:
Sua Alteza Sereníssima o
Príncipe Andre III Trivulzio-
Galli
Grão-Mestre Emérito:
Sua Alteza Sereníssima o
Príncipe Angelo II Trivulzio-
Galli
Arquiprior:
Sua Excelência Reverendíssima
o Senhor Dom Antônio Carlos
Rossi Keller.
Grão-Prior:
Rev. Pe. Marcio Bogaz Trevizan,
Cônego Regular Militense.
Grã-Consultora Histórica
Sua Alteza Ilustríssima a
Condessa Dra. Simone Galli,
Dama da Honra e Devoção.
Grã-Consultora Jurídica
Dra. Waldirene Gabirnatto
Soares, Dama de Graça
Magistral.
Grão-Condestável:
Sr. Ivair Antônio Cantelli de
Oliveira, I Barão da Guarda.
Rei-de-Armas:
Miguel Ângelo Bôto
Avisos da Arquichancelaria Página do Grão-Magistério da Ordem em Língua
Portuguesa: Anunciamos a todos que a Página da
Sacra Milícia em língua portuguesa:
http://sacramilicia.es.tl/
MÍSSA DO PRIORADO DE SÃO PAULO:
A Chancelaria Geral das Ordens de Cavalaria da Casa
Principesca de Trivulzio-Galli anuncia a todos que
será Celebrada a Santa Missa de Investidura dos
Cavaleiros e Damas da Ordem no dia 18 de janeiro de
2015.
A Santa Missa será Presidida por S.E.R. o Arquiprior
da Ordem Mons. Dom Antonio Carlos Rossi Keller,
Bispo Diocesano de Frederico Westphalen. A Santa
Missa Será realizada na Igreja de Nossa Senhora do
Brasil, em São Paulo, Capital.
Sede do Grão-Magistério da Ordem: Rua Romário
Rosa Lopes, nº 184, Centro, Tenente Portela-RS.
Escreva para o Grão-Mestre da seguinte forma:
Para a CASA PRINCIPESCA DE TRIVULZIO-
GALLI, Caixa Postal nº 52, CEP 98500-000,
TENENTE PORTELA, RIO GRANDE DO SUL,
BRASIL.
Para escrever para o Grão-Magistério, o e-mail é
3
Oração dos Membros da Ordem
ORAÇÃO DOS CAVALEIROS DA SACRA MILÍCIA.
Senhor Jesus que me chamastes a participar da Sacra Ordem Dinástica, Militar e
Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria, te suplico humildemente, pela
intercessão da Beata Virgem Maria, Rainha dos Céus, do valoroso São Valério Mártir,
Teu glorioso Cavaleiro e de todos os Santos, para que me ajude a ser fiel às tradições da
nossa Ordem, praticando e defendendo a Santa Religião Católica Apostólica Romana
contra todos os Seus inimigos. Que o Vosso Evangelho seja para mim uma Armadura
de Fé e um Escudo de Boa Vontade, Segura Defesa contra as forças do mal. Senhor
Jesus, te peço, afim de que possa ter a Graça de exercitar a caridade ao meu próximo,
especialmente os órfãos e pobres. Daime enfim a coragem de, segundo o espírito dos
Evangelhos, com o ânimo desinteressado profundamente Cristão, a força de lutar pela
maior Glória de Deus, pela Glorificação da Santa Igreja e pela Propagação da Fé, pela
Paz no Mundo e pelo bem da Santa Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de
Jesus Cristo e de Santa Maria. Amém.
Breves Notícias da Ordem Pedidos de condecorações:
Os pedidos de Condecorações poderão ser realizados diretamente para o Grão-
Magistério da Ordem, através do e-mail [email protected]
As novas condecorações da Ordem, seguindo o modelo tradicional, serão
confeccionadas pelo Sr. Julio Cesar Servilha, Joalheiro de Câmara da Casa Principesca
de Trivulzio-Galli, sendo que, como convém a tradição, serão utilizados matérias nobres
e banhos de ouro de 18 k.
“Católico apostólico romano, o autor deste texto se submete com filial ardor ao
ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto, por lapso, algo nele ocorra que
não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.
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Sumário Avisos da Arquichancelaria ........................................................................................... 2
Oração dos Membros da Ordem .................................................................................... 3
Breves Notícias da Ordem ............................................................................................. 3
Mensagem de Natal da Casa Principesca de Mesolcina ................................................. 5
Real Associação dos Cavaleiros e Damas das Ordens Dinásticas do Principado de
Mesolcina ..................................................................................................................... 7
Grandes Arquipriores: Cardeal Nicola Alberti, Cônego Regular Militense e Bispo de
Spoleto. ......................................................................................................................... 1
Mensagem do Príncipe Grão-Mestre: A Missão da Nobreza .......................................... 1
Intenciones de oración del papa Francisco para el mes de enero .................................... 2
Padre Lombardi: não existe nenhuma carta do papa sobre o celibato ......................... 3
A Roma si studiano "nuovi modelli di scuola"............................................................... 4
'Asia es una de las grandes fronteras de la Iglesia para Francisco' .................................. 5
Especial da Capa: A Nobreza, sua função em uma sociedade cada vez mais republicana
e igualitária, e a necessidade de ser preservada como classe social ................................ 0
Palavra do Arquiprior.................................................................................................... 4
A bela mensagem trazida pela Espada ........................................................................... 6
Criação da Lugar-Tenência de Córdoba no Grão-Bailiado da Argentina ...................... 11
Novas atividades dos Grão-Bailiados nas Américas .................................................... 12
Grão-Bailiado da Bolívia ......................................................................................... 12
Grão-Bailiado do México ........................................................................................ 12
Novo Lugar-Tenente de Nápoles ................................................................................. 13
Missa de Investidura na Província de São Paulo Apóstolo (Brasil) .............................. 14
Hospital do Vaticano faz descoberta pioneira com células-tronco ................................ 15
Por que discriminar é correto e natural .......................................................................... 0
Cuba acelera o processo de devolução de propriedades da Igreja ................................... 3
Visita de papas .......................................................................................................... 2
Uma relação tumultuada ............................................................................................ 2
Após perder batalhas, Estado Islâmico mata seus combatentes ...................................... 3
EI perde sua dinâmica ............................................................................................... 1
Jihadistas ainda são desafio ....................................................................................... 2
Especial: Imagem .......................................................................................................... 1
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Mensagem de Natal da Casa Principesca de Mesolcina
Aos Mesoanos, que habitem em Mesolcina, ou em outras nações
Aos Cavaleiros e Damas de Nossas Ordens Dinásticas,
A todas as pessoas de Boa Vontade,
ET Verbum caro factum est! Hoje relembramos o maior milagre da história da
Humanidade, o dia em que o Verbo de Deus Se fez carne, e realmente habitou entre nós.
Relembramos hoje, o dia em que o Verdadeiro Deus Sol designou-se a ser a Luz Eterna
para iluminar a nossa existência humana.
Mais um ano se passou e novamente comemoramos o Aniversário do Menino Deus, que
há mais de dois mil anos veio trazer a Salvação a humanidade; e hoje, o comemoramos
com grandes ceias em nossos lares; erguemo-lo grandes árvores em nossas salas;
devemos, porém, ter também este senso de grandeza ao agradecê-Lo por tudo o que por
nós fez.
A grandeza desta época Natalina nos convida a intensificarmos a nossas ações
caritativas, em prol dos mais necessitados, em especial àqueles que não podem
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comemorar o Natal, quer por falta de recursos, quer por estarem em solo estrangeiro,
onde os Cristãos não são bem recebidos.
Desejamos a todos que este período que o Natal do Senhor inicia, seja farto de bênçãos
para todas as nações, especialmente ao povo Mesoano, trepievino, alvitense, e dos
demais locais onde a Casa de Trivulzio-Galli tenha exercido sua soberania ao longo dos
séculos.
Que o eterno canto de Gloria in excelsis Deo, entoado pelos Anjos naquele Primeiro
Natal, seja outra vez entoado em todos os lares do planeta, para glorificar o grande
prodígio, do Deus Encarnado, que hoje celebramos.
Andre, Príncipe Titular de Mesolcina, Duque de Alvito, Chefe da Casa Principesca de
Mesolcina e de Trivulzio-Galli
Angelo, Príncipe de Mesolcina e Duque de Bojano,
Rosa, Princesa de Mesolcina e Duquesa de Bojano,
Tiago, Príncipe de Mesolcina e Conde de Castel San Pietro,
Serenita, Princesa de Mesolcina,
Rosângela, Princesa de Mesolcina,
Camilla, Princesa de Trivulzio-Galli.
7
Real Associação dos Cavaleiros e Damas das Ordens Dinásticas do
Principado de Mesolcina
Brasão de Armas da Real Associação
Por iniciativa dos Cavaleiros e
Damas pertencentes às diversas Ordens
Dinásticas da Casa Principesca de
Trivulzio-Galli, foi formada a Real
Associação dos Cavaleiros e Damas do
Principado de Mesolcina, a RACOM.
A RACOM, que terá como sua
primeira Presidente a Condessa Simone
Trivulzio-Galli, Dama da Grã-Cruz da
Ordem das Damas Nobres de Nossa
Senhora Auxiliadora será formada pelos
Cavaleiros e Damas das Ordens de
Cavalaria Dinásticas da Casa
Principesca de Mesolcina, também
chamada de Casa Principesca de
Trivulzio-Galli, que associarem-se com
o pagamento de uma cota associativa,
atualmente R$ 100,00. Os Cavaleiros e
Damas que associarem-se à RACOM
deverão pagar uma mensalidade de R$
50,00 (cinquenta reais), que será
utilizada para a manutenção da Real
Associação, e, na medida do possível,
para o custeio das atividades caritativas
da Real Associação.
Será objetivo da RACOM a
reunião de forças dos Cavaleiros das
diversas Ordens Dinásticas da Casa
Principesca de Trivulzio-Galli para a
realização das atividades caritativas
próprias da Cavalaria. Lembramos a
todos que o pagamento das taxas
cobradas pela RACOM não quitam
eventuais obrigações pecuniárias que os
Cavaleiros e Damas tenham com suas
Ordens de Cavalaria.
Para manter contato com a
Secretaria da Real Associação, escreva
para o e-mail
Grandes Arquipriores: Cardeal Nicola Alberti, Cônego Regular
Militense e Bispo de Spoleto. Nesta secção, traremos a memória dos Grandes Arquipriores que passaram pela Sacra
Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria.
Nicola, Cardeal
Alberti, foi este o 3º
Arquiprior da Ordem.
Nomeado pelo Papa Bento XI
em 1303, sua Nomeação vai
representar um duro golpe no
poder dos primeiros Grão-
Mestres da Ordem, uma vez
que estes queriam ver-se
livres da influência
direta da Santa Sé na Ordem, o que
quase conseguiram, uma vez que a
obtiveram que a Ordem permanecesse
sem Arquipriores entre os anos de 1251
a 1303.
Nicola Alberti foi Escudeiro e
Noviço da Ordem, sendo Armado
Cavaleiro da Mãe de Deus em 1298.
Sentindo vocação para o Sacerdócio,
migrou para o Tercio Religioso da
Ordem, e tornou-se um Cônego Regular
Militense, chegando a Superior do
Priorado de Bolonha.
Viu como oportuno a sua
aproximação com os Dominicanos, o
que era plenamente possível pelo direito
canônico então vigente, também
passando a ser Irmão daquela Ordem
religiosa.
Elevado ao Cardinalado em 18 de
dezembro de 1303, pelo Papa
Bento XI, foi Eleito Bispo
de Spoleto.
Como já era formalmente
Cavaleiro e Cônego da Ordem,
foi usado pelo Papa como um
instrumento para a Santa Sé
retomar o controle formal
sobre a Ordem, nomeando-o Arquiprior
da mesma.
A notícia de sua nomeação foi
recebida com grande protesto pelos
Cavaleiros, mas mostrou-se
profundamente exitosa com o tempo.
Manteve-se Arquiprior da Ordem até
falecer, em 1231.
Cardeal Nicola Alberti
Mensagem do Príncipe Grão-Mestre: A Missão da Nobreza
Nesta nossa 3º Edição da Revista Frati Gaudenti, é com grande alegria e satisfação que
trazemos um tema que nos é tão caro e agradável, A NOBREZA. Quando este tema me
foi sugerido pelo Reverendíssimo Padre Marcio Bogaz Trevizan, Cônego Regular
Militense e Grão-Prior Geral da Ordem, confesso que minha primeira reação foi ao
mesmo tempo de alegria e de espanto. A alegria não precisa ser nem ao menos
motivada, pois o tema, por si só, é de grande interesse. O espanto, contudo, é devido
pelo fato de que grandes Cavaleiros desta Ordem já falaram sobre o tema de forma
muito mais magistral do que aqui falaremos.
Um destes Cavaleiros, o Dr. Sir Plínio Corrêa de Oliveira (que com certeza foi o mais
destacado Cavaleiro desta Ordem no século XX), passou boa parte da sua vida falando e
(magistralmente) escrevendo sobre esta temática.
Como, porém, não conseguiremos escrever tão bem como o nosso Confrade Dr. Plínio,
julgamos que a melhor alternativa seria a de criarmos uma coluna editorial para este
nosso querido Irmão de Hábito, falecido em 1995. Nossa alegria é que este nosso amado
Cavaleiro nos deixou centenas de obras escritas, que, com toda certeza, abrilhantarão de
hoje em diante esta nossa Revista.
DEO FAVANTE!
Andre III Trivulzio-Galli
Príncipe titular de Mesolcina, Duque de Alvito.
Notí cias da Santa Se :
Intenciones de oración del papa Francisco para el mes de enero Pide que se rece por la paz y por el celo por el servicio a los pobres de los religiosos
Ciudad del Vaticano, 31 de diciembre de 2014 (Zenit.org) Redacción | 43 hits
El papa Francisco ha propuesto sus intenciones de oración para el mes de enero de
2015, una general y la otra misionera, informó la Oficina de Prensa de la Santa Sede.
La intención general que el Pontífice argentino ha presentado para este primer mes del
año es: ''Para que quienes pertenecen a tradiciones religiosas diversas y todos los
hombres de buena voluntad colaboren en la promoción de la paz''.
Y la intención misionera es la siguiente: ''Para que en este año dedicado a la vida
consagrada, los religiosos y las religiosas redescubran la alegría de seguir a Cristo y se
dediquen con celo al servicio de los pobres''.
Desde 1890, el Santo Padre confía en el Apostolado de la Oración para dar a conocer en
todo el mundo sus preocupaciones, que encomienda a las plegarias de los fieles
cristianos.
Padre Lombardi: não existe nenhuma carta do papa sobre o celibato
Roma, 31 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Redacao | 1 visita
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, foi perguntado
pelo blog italiano ―Il Sismografo‖ sobre uma suposta carta que o papa Francisco teria
enviado ao cardeal brasileiro Cláudio Hummes a respeito do celibato eclesiástico.
Lombardi declarou: "Posso afirmar que não existe nenhuma carta do papa ao cardeal
Hummes sobre esta matéria. É verdade, porém, que o papa convidou em mais de uma
ocasião os bispos brasileiros a buscarem e proporem com valentia as soluções pastorais
que eles julgarem adequadas para enfrentar os grandes problemas pastorais do país".
Não é a primeira vez que acontece um episódio parecido. Na audiência geral de 10 de
dezembro, o próprio pontífice disse que, ao divulgarem notícias sobre o sínodo de
outubro, "os meios de comunicação demonstravam um pouco do estilo das crônicas
esportivas ou políticas: falava-se com frequência de dois lados, pró e contra,
conservadores e progressistas". O Santo Padre explicou que "um sínodo não é um
parlamento em que diversos partidos ou grupos de poder debatem, mas sim um contexto
de comunhão, privilegiado e protegido, no qual o Espírito Santo age".
O papa recordou também que "o documento de trabalho, fruto da consulta feita a toda a
Igreja, foi a base do primeiro relatório, prévio ao diálogo fraterno realizado na sala
sinodal, sem jamais serem postas em dúvida as verdades fundamentais do sacramento
do matrimônio: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a abertura à vida. Em
seguida, os grupos linguísticos trabalharam a partir de um segundo relatório, que
recolhia as diversas opiniões manifestadas na sala. E, com estas contribuições, foi
elaborado um relatório final, que será enviado às conferências episcopais de todo o
mundo para que elas preparem a próxima assembleia ordinária, em 2015".
Francisco encerrou a sua fala dizendo que "os documentos oficiais do sínodo são três: a
mensagem final, o relatório final e o discurso final do papa. Não há outros".
A Roma si studiano "nuovi modelli di scuola" L'associazione Arca dell'Alleanza promuove tre workshop presso l'Istituto Sant'Orsola
aperti alla partecipazione e al contributo attivo dei genitori
Roma, 31 Dicembre 2014 (Zenit.org) Redazione | 31 hits
Tre incontri per mettere a confronto genitori, insegnanti e imprese per delineare ―nuovi
modelli di scuola‖ e dar vita ad una sorta di riforma educativa ―dal basso‖.
L‘iniziativa è promossa dall‘associazione Arca dell‘Alleanza, fondata dagli imprenditori
Giorgia Petrini e Marco Di Antonio, con l‘obiettivo di intercettare delle opportunità per
progettare la scuola del futuro, ―avendo in mente e nel cuore quello che la scuola
dovrebbe sempre essere e significare in ogni tempo: un diritto garantito di alta qualità
accessibile a tutti, anche economicamente‖, spiega la Petrini sul suo blog.
Il progetto vede la luce al termine di un percorso durato un anno di approfondimento e
di analisi del contesto e delle necessità reali nell‘ambito della scuola di oggi, durante il
quale l‘associazione Arca dell‘Alleanza ha monitorato le più disparate realtà educative.
L‘obiettivo è quello di ripensare la scuola e l‘educazione affinché i giovani ―non
crescano depressi e ignoranti (oltre che ignorati) in un sistema educativo che ―comincia‖
a fare acqua da tutte le parti‖.
Gli incontri saranno ospitati dall‘Istituto Sant‘Orsola, in via Livorno 50/a a Roma e
sono in programma nelle seguenti date: venerdì 30 gennaio 2015, ore 21; venerdì 27
febbraio 2015, ore 21, venerdì 20 marzo, ore 21.
Scopo dell‘iniziativa sarà quello di condividere con i genitori e con chiunque sia
interessato, i prossimi passi già in atto per l‘apertura di una scuola di nuova generazione
a Roma, condividendo in quella sede esperienze ed obiettivi.
Tutti gli incontri avverranno in modalità workshop, sono aperti e gratuiti, ―oltre che
vivamente suggeriti a tutti quei genitori intenti a cercare per i propri figli una speranza
nuova, non solo di sola scuola, così come la conosciamo oggi‖, sottolinea Giorgia
Petrini. Potranno essere fatte domande e saranno approfonditi diversi argomenti.
'Asia es una de las grandes fronteras de la Iglesia para Francisco' El director de la Oficina de Prensa de la Santa Sede hace balance de la actividad del
Papa en 2014. Destaca la apuesta del Santo Padre por la cultura del encuentro
Ciudad del Vaticano, 30 de diciembre de 2014 (Zenit.org) Redacción | 387 hits
El padre Federico Lombardi, director de la Oficina de Prensa de la Santa Sede, ha hecho
balance de la actividad del papa Francisco en 2014. En declaraciones a Radio Vaticano,
el padre Lombardi ha valorado los cinco viajes internacionales del Pontífice argentino a
Tierra Santa, Corea, Albania, Estrasburgo y Turquía.
En primer lugar, el portavoz del Vaticano ha recordado una de las claves de la visita del
Santo Padre a Tierra Santa: ―Siempre es un poco volver a las raíces de nuestra fe, las
raíces del cristianismo, a los lugares de la Historia de la Salvación, y esto tiene un poder
simbólico y espiritual formidable. Recuerdo los momentos en los que el Papa,
conmovido, en las orillas del Jordán, en los lugares del bautismo, naturalmente en el
Santo Sepulcro, y así sucesivamente. Por lo tanto, son cosas fundamentales para nuestra
fe y es justo que el Papa pueda también, en nombre de todos nosotros, regresar a
aquellos lugares para recordarnos de dónde venimos, el misterio del encuentro de Cristo
con la humanidad‖.
También ha destacado la importancia del aspecto ecuménico de alguno de estos viajes:
―Tanto la reunión en Jerusalén, como el encuentro luego en Constantinopla con el
Patriarca Bartolomé habla de cuán intensa es esta amistad, la relación personal que
Francisco ha establecido con el primero de los Patriarcas de la ortodoxia, y cómo esto es
un signo de esperanza para nuestro futuro camino ecuménico‖.
Haciendo referencia a las visitas del Pontífice en Asia (a Corea y en las próximas
semanas a Sri Lanka y Filipinas), el padre Lombardi ha subrayado cómo este continente
constituya una de las grandes fronteras de la Iglesia de nuestro tiempo: ―Estos grandes
viajes de Francisco hablan de una atención renovada de la Iglesia hacia esta parte
importante de la humanidad de hoy y mañana, desde un punto de vista también
demográfico, de presencia humana impresionante desde el punto de vista de sus
dimensiones y de su dinámica y, para la Iglesia, una tierra sin fronteras de
evangelización, de anuncio del Evangelio en situaciones culturales, sociales, políticas,
muy diferentes, a menudo muy difíciles. Por lo tanto, es una de las grandes fronteras de
la Iglesia de nuestro tiempo, y el Papa Francisco nos la indica con estos entusiastas
viajes suyos‖.
Además, el director de la Oficina de Prensa de la Santa Sede ha señalado que, en
Europa, ―hubo un viaje muy breve a Albania, pero significativo por el hecho de que el
Papa quiere partir tal vez más de las periferias para llegar al corazón de un continente‖.
El viaje en Estrasburgo --ha proseguido-- sigue siendo ―un punto de referencia para
muchas otras intervenciones‖ que podrá hacer el Papa en muchas situaciones que tienen
que ver con el continente. ―Viaje corto pero importante, porque dio --quisiera decir
finalmente, tal vez-- la ocasión al Papa de hacer un discurso para Europa, para los países
europeos y para el continente, un discurso amplio, articulado, completo de tantas
perspectivas, que de alguna manera --para el Papa que viene de fuera de Europa-- era
muy esperado. Y ahora sigue siendo un punto de referencia para muchas otras
intervenciones que el podrá hacer para determinados pueblos o en muchas situaciones
que tienen que ver con nuestro continente‖.
En Turquía, y en otras ocasiones, el diálogo interreligioso ha tenido un gran peso: ―El
Papa es muy consciente también de la situación del Islam en el mundo moderno y trata
de encontrar los caminos para una relación constructiva, también en el diálogo, en
cuanto sea posible por supuesto, naturalmente evitando los excesos y condenando todos
los excesos, como el uso violento de la religión‖.
Un pequeño detalle que quisiera recordar de estos viajes es la dimensión del martirio, ha
concluido el padre Lombardi: ―Tanto en Corea, donde la historia de la Iglesia se
caracteriza por el martirio, en Albania, donde el martirio en tiempos recientes, bajo el
comunismo ha sido muy fuerte, como en Oriente Medio, donde el martirio es también la
realidad actual para los muchos problemas que ocurren allí, el Papa encuentra esta
realidad y nos recuerda la importancia de esta dimensión en la vida de la Iglesia de
todos los tiempos y también en el nuestro‖.
Especial da Capa: A Nobreza, sua função em uma sociedade cada
vez mais republicana e igualitária, e a necessidade de ser
preservada como classe social
Muitos questionam-se, ―qual a função da Nobreza, como classe social e como
estamento, em uma sociedade ‗evoluída‘ como a nossa?‖. É justamente por sermos uma
sociedade evoluída que a Nobreza tem um papel social preponderante, e que deve ser
mantido. É o papel de servir como MODELO para a sociedade.
Hoje vivemos um conturbado período social, onde a sociedade escolher seguir modelos
estranhos, cujos modos e costumes nada dizem de bom um de útil para as pessoas que o
seguem. Tornou-se comum muitos jovens espelharem-se em atores de Hollywood,
simplesmente porque querem parecer tal ator, isso quando não fazem ainda pior, e
passam a imitar um personagem vivido por aquele ator, como se fosse possível imitar
um personagem de filme 24 horas por dia na vida real.
Na Sociedade Medieval a sociedade também vivia em constante estado de observar os
usos, modos e costumes, e depois tentar adaptá-lo a sua própria vida. Os modelos a
serem observados, porém, eram outros. Era na Nobreza que as demais classes da
sociedade buscavam a inspiração para a vida. Todos, sem exceção, até mesmo o Clero,
via na Nobreza a fonte inspiradora.
E a Nobreza sabia que naquele período deveria servir de modelo inspirador para as
demais classes da sociedade. A Nobreza buscava então manter um padrão de vida e de
moral que parecesse o mais ideal possível, para que os membros dos demais estamentos
sociais tivessem em quem se espelhar.
E não apenas o modo de vida da Nobreza era copiado, a coragem da Nobreza
servia de modelo para os demais. Muitas vezes, no campo de batalha, eram os
Nobres que seguiam à frente, e avançavam com a força necessária para que seu
exemplo fosse seguido pelos demais combatentes. É humanamente impossível
pensar que aqueles príncipes ou barões não sentissem medo diante da morte
iminente, porém sabiam que seus atos seriam copiados pelos demais Cavaleiros,
assim, deveriam seguir em frente, incarnando o personagem que naquele instante
era o de combatente valente e forte.
O Bem-Aventurado Carlos I, Magno, Rei da França, da Itália e da Alemanha, sendo
Coroado Imperador de Roma pelo Papa
Nenhuma outra estrutura social foi mais inspiradora do que o Sacrossanto Império
Romano-Germânico. Fora criado aquele Santo Império, de modo que o Imperador, após
Eleito pelos Príncipes, e Coroado pelos Papas, fossem a fonte de todo poder e
dignidade, uma vez que seu mandato era ao mesmo tempo dado por Deus, e confirmado
pelos Príncipes.
Todavia, estes Imperadores, não poderia constitucionalmente exercer todo poder
sozinhos. Diz-se constitucionalmente, pois no Sacro Império, apesar de nunca haver
sido escrita nenhuma ―constituição‖ como hoje conhecemos, havia uma Constituição
verdadeira, que passou a ser escrita com a Coroação do Bem-Aventurado Carlos I
Magno, Rei da França, da Itália, da Alemanha, e Imperador de Roma.
Esta Constituição pode ser chamada de verdadeira, pois não dependia de uma folha de
papel para existir. Ela brotava do coração das pessoas. Não era necessário saber ler para
que as pessoas soubessem o que ela dizia.
Na Constituição do Sacro Império dizia que este era composto de milhares de pequenos
Principados, agrupados entre si por laços de parentesco, amizade e cultura semelhante
de seus Príncipes. Também dizia que a Monarquia Imperial seria por Eleição. Assim,
morto o Imperador, os Príncipes com Direito de Voto, chamados de Príncipes Eleitores,
se reuniriam e Elegeriam o sucessor, que recebia o título de Rei dos Romanos, e
somente seria Imperador após ser Coroado pelo Papa em Roma.
Todas estas coisas, e muitas outras, dizia a Constituição do Sacrossanto Império. Porém,
muitos dirão ―mas se esta Constituição não era escrita, como as pessoas poderiam saber
que o Imperador e os Príncipes não a modificariam?‖ Esta pergunta é muito fácil de ser
respondida. Este modelo de Constituição, que brota da alma das pessoas, é considerada
a Constituição Verdadeira, pois tudo o que nela dizia constituía a sociedade. Não está se
dizendo que este modelo constitucional gerava o direito utilizado na sociedade. É bem
mais do que isto. Está-se dizendo que esta Constituição era a própria lei que gerava a
sociedade, pois tudo o que constituía a sociedade, era a própria Constituição do
Sacrossanto Império.
Assim, todos, desde os mais simples vassalos, até o mais altos príncipes sabiam que
para ser Imperador era necessário ser Eleito pelos Príncipes, geralmente em número de
dez que tinham o Direito Eleitoral. Assim, caso um príncipe, por mais rico e poderoso
que fosse, tentasse assumir o poder imperial após a morte de um Imperador, este não
seria acatado, apesar de seu poder e riqueza, uma vez que todos sabiam que somente era
Imperador o que fosse Eleito. Isto era a verdadeira Constituição de um povo.
E o Imperador, logo que Eleito, apressava-se em fazer grandes atos, que logo pudessem
ser espelhados pelos demais Príncipes do Império. Porém, pela própria estrutura
imperial, o Imperador somente poderia governar as terras que cabiam a sua linhagem.
Não podia o Imperador se intrometer nos assuntos internos dos Príncipes.
Temos assim muitos e bons exemplos de Imperadores que buscaram fortemente
servirem de símbolos para seus Príncipes. É de se destacar o exemplo de Carlos Magno.
Tão logo Coroado Imperador pelo Papa buscou construir numerosas escolas,
universidades e igrejas, e seu exemplo foi, de fato, seguido por seus sucessores.
Outros bons exemplos de homens que compreenderam a importância simbólica de seu
papel foram os Eleitores da Baviera. Estes Príncipes, provenientes da Casa de
Wittelsbach, buscaram servir de exemplo para seus súditos e vassalos, construindo
numerosos Castelos, Palácios, escolas e hospitais por todo o seu reino.
Antonio III, O santo, Príncipe de Mesolcina e do Sacrossanto Império Romano-
Germânico, em trajes de Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro, e com as regalias
majestáticas.
Retrato de 1754.
Nesta mesma linha, temos o exemplo do Príncipe Antonio III de Mesolcina, proveniente
da Casa de Trivulzio-Galli. Este valente príncipe, cognominado de O Príncipe Santo,
construiu uma rede hospitalar tão grande e avençada, que foi considerada a maior da
Europa em 1760. Chamou sua obra de Pio Albergo Trivulzio (que até hoje está em
pleno funcionamento)
Também hoje a Nobreza é chamada a servir como modelo para a sociedade, porém
deve ser um modelo ainda mais forte e contundente. Podemos usar o belo exemplo
do Kaiser Guilherme II da Alemanha. O Kaiser era um homem, cuja aparência,
por si só, inspirava o típico militarismo alemão, embora Guilherme II não fosse um
grande general. Ele porém, vestido com suas muitas fardas, era como um ator, que
revestia-se de um personagem para cumprir bem o seu papel.
É, com certeza, este papel que a Nobreza deve estar disposta a cumprir hoje em dia.
Deve a Nobreza hoje servir de inspiração de coragem e modelo de honestidade para
toda a sociedade em sua volta.
Palavra do Arquiprior
A FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARE
O Senhor aceita as boas intenções, os bons
procedimentos, a sinceridade e a ajuda contra
os inimigos, como ações justas e meritórias.
Abraão auxilia os prejudicados por roubos,
assassinatos, liberta-os vencendo os maldosos,
repondo a legalidade, resgatando os prisioneiros
e castigando os traidores da usura e saque.
Respeita a aliança com seus amigos, reparte e
só pretende aquilo a que tem direito. Isso
agradou ao Senhor que lhe promete um
desejado descendente, firma com ele uma
aliança inquebrável.
Deus atende as queixas do primeiro patriarca do
povo que convida a formar.
A atitude de Abraão, ensina-nos a:
Ouvir a voz de Deus e a ir em socorro de quem
precisa,
A corrigir os que erram e a libertar os cativos
das maldades,
A acreditar sempre na palavra de Deus que não engana, não erra e cumpre sempre, pois,
no tempo devido e prometido, nasce Isaac.
Deus preparou a vinda de Seu Filho, o Messias, durante séculos e envia-o no tempo que
julgou mais oportuno.
Foi herdeiro, aquele que resgata, vencedor dos inimigos do bem, operando a maior
batalha contra os que desrespeitam Deus; ganhou pelos sofrimentos, paixão e morte.
Na atual revolução social, a célula familiar está particularmente em perigo. Seu direito
tradicional, sua moral, sua economia, sua função são postos em discussão.
– Do ponto de vista moral, o divórcio, o espinhoso problema da limitação da natalidade,
o aumento do número dos matrimônios fracassados obrigam os cristãos a retomar
consciência de caráter sagrado da família cristã.
– São Paulo apresenta o amor dos esposos entre si para que a harmonia conjugal,
querida por Deus, não seja desequilibrada. Para isto sugere uma terapia salutar:
misericórdia e bondade, humildade, mansidão e paciência, e o cultivo da compreensão e
caridade.
Cristo deu origem a esta instituição – o matrimonio – Sacramento – como fonte de
graça, segundo o modelo do Seu amor pela Igreja. O amor conjugal é, portanto, um
meio de santificação para o cumprimento dos deveres do estado conjugal (Gaudium et
Spes, 48).
Estes deveres concretizam no estado conjugal dos deveres gerais, derivados da família
do povo de Deus, como nos ensina a 2.ª Leitura da Missa de hoje (Colossenses 3,12-21).
A Família de Nazaré é o modelo de convivência e da mútua compreensão.
Este Evangelho de hoje (Lucas 2,22-40) apresenta, em sua primeira parte e na
conclusão, a sagrada família cumprindo a lei, isto é, plenamente inserida na ordem
social.
Tem um desenvolvimento teológico-pascal e a mãe aparece estreitamente unida, na dor,
ao destino do filho. Jesus é aqui descrito como o Messias do Senhor, isto é, como o
ungido por excelência, destinado a uma obra de salvação que cumprirá realizando em Si
a figura do Servo sofredor.
Na Sagrada Família, como tidas as outras, há alegrias e tristezas, desde o nascimento até
a infância e a idade adulta; ela amadurece através dos acontecimentos alegres e tristes
para cada um de seus membros.
Dom Antônio Carlos Rossi Keller,
Arquiprior da Sacra Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e
de Santa Maria,
Custódio da Sacra Coroa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Voz de Sir Plí nio
Coluna dedicada ao Cavaleiro Professo desta Ordem Dr. Plínio Corrêa de Oliveira1 2
Dr. Plínio, Cavaleiro Professo da Grã-
Cruz
Brasão de Armas do Dr. Plínio Corrêa de
Oliveira
A bela mensagem trazida pela Espada
A Belíssima Espada Real da Baviera, considerada a mais bela do mundo
Hoje em dia a espada está completamente superada como arma de guerra, e nem
pode entrar em cogitação a ideia de afiar uma espada para entrar em combate.
1 Dr. Plínio Corrêa de Oliveira (nascido em São Paulo, 13 de dezembro de 1908, e falecido nesta mesma
cidade em 3 de outubro de 1995), foi Cavaleiro Professo de Grã-Cruz da Sacra Milícia, recebendo a
Investidura em 1971. 2 A Sacra Milícia se nega a participar de quaisquer eventuais disputas ideológicas que envolvam a
memória de seus Cavaleiros já falecidos.
Atualmente ela não é arma de guerra nem para a agressão nem para a defesa. Pode-se
dizer que está praticamente cancelada da lista dos armamentos modernos.
Entretanto, apesar desse fato, em todos os exércitos dos países civilizados os oficiais a
trazem consigo nas ocasiões de grande solenidade.
Numa época em que o desaparecimento da espada como arma chega ao seu auge, como
símbolo ela ainda é tal, que não se compreende um oficial sem a sua espada.
Por outro lado, em vários países existem
Academias de Letras nas quais se usam
fardões, e os acadêmicos, nas ocasiões de
pompa, portam a espada.
No momento em que o literato chega ao
auge de sua glória e é proclamado
―imortal‖ ‒ da mais mortal das
imortalidades ‒ não lhe dão uma grande
pena para usá-la como simbólico adorno,
pois ficaria uma tralha ridícula.
Ele sente-se inibido se não tiver uma
espada. De maneira que o literato
envergando o fardão, usa a espada. Até
algum tempo atrás, ao fardão dos
diplomatas era também incorporada à
espada. Atualmente não sei se ainda a conservam.
Por que razão isso é assim?
Porque a espada ficou ligada a uma série de aspectos poéticos e heróicos, símbolos da
cavalaria e da dignidade humana, que não se dissociam dela.
Por isso nela costumam estar presentes não só a beleza da forma, mas também a
excelente qualidade do material utilizado em sua confecção, muitas vezes ornamentado
com incrustações de metais nobres e pedras preciosas.
E quando seu detentor é possuidor de fé ardente e espírito sacral, não hesita em colocar
uma relíquia do Santo de sua maior devoção no punho da mesma.
Na Antiguidade clássica, ainda não se construíra em torno da espada toda a legenda que,
sobre ela, formou-se durante a Idade Média.
Esta fase histórica soube ver com profundidade a espada, sublimá-la e transformá-la no
mais alto símbolo da dignidade humana. Um rei para ser coroado usa sempre a espada.
Para tudo de elevado, de pompa que o igualitarismo moderno ainda deixou de elevado,
usa-se a espada.
O que é mais bonito dizer: ―Eu herdei de meu pai uma espada‖ ou ―eu herdei de meu pai
uma geladeira, um Cadillac ou uma indústria‖?
Pode ser mais lucrativo herdar do pai uma indústria, porém há mais beleza em
dizer: “Eu herdei de meu pai uma espada que, nos campos de batalha, defendeu a
civilização cristã. Ele foi um herói e morreu na guerra. A espada que usava como
militar, como combatente, ele me legou!”
Uma espada assim deveria ser guardada numa capela. Pois ela transformou-se numa
relíquia.
Vox Traditio
Coluna do Reverendíssimo Padre Marcio Bogaz Trevizan, Cônego Regular
Militense, Grão-Prior da Ordem.
O Significado do termo “Liturgia”
A palavra Liturgia é de origem grega, provém da raiz leit (leós- laós= povo), que
significava ‗público- pertencente ao povo‘, acrescido do vocábulo érgon (ergázomai=
agir, operar), que refere-se a uma ação- obra’. O termo assim composto, significava
diretamente uma obra-ação para o povo; em sentido secundário, referia-se também ao
valor público da ação. Portanto a palavra leitourgiai, podia ser traduzida também como
ação-obra-empresa pública‖ NEUNHEUSER (1987, p. 39).
Nas cidades gregas antigas, o vocábulo liturgia estava ligado as obrigações que
os cidadãos dotados de certo patrimônio, deveriam realizar em favor dos demais
habitantes. Estes eram obrigados a custear serviços públicos (aberturas de estradas,
construção de pontes, iluminação da cidade...) ou jogos públicos do atletismo e das
olimpíadas, dentre outros. Referia-se também, àquelas ações espontâneas praticadas por
pessoas, que assumiam as despesas de eventos públicos (leitourgiai), geralmente
motivadas por patriotismo ou por vaidade. Contudo, aos poucos o termo Leitourgía foi
perdendo seu significado de ‗serviço público‘ para designar qualquer serviço, como o
do escravo ao patrão, do amigo ao amigo e etc.
Neste processo de mutação do significado do vocábulo liturgia, a referida
palavra passou a assumir, a partir do século III a. C., um sentido religioso, que ligava-se
ao culto prestado aos deuses, oficiado por pessoas para isto designadas. De acordo com
NEUNHEUSER (1987), foi esta acepção que lentamente foi sendo introduzida no
cristianismo, contudo, não no sentido de culto pagão, mas no sentido de culto ao Cristo
Ressuscitado. De acordo com NEUNHEUSER (1987), os escritos da Didaqué (ano 90-
100 d. C), já utilizava de forma embrionária a palavra Leitourgía para expressar o culto
a Cristo e designava especificamente a celebração da Eucaristia. Porém, havia grande
resistência das comunidades cristãs em aderir ao referido vocábulo, para designar o
culto cristão e este passou a ser utilizado na igreja, com outros significados.
NEUNHEUSER (1987), aponta que no Ocidente, onde prevaleceu o Latim, o
vocábulo Leitourgía ficou sendo desconhecido e para expressar o culto cristão, eram
utilizados os termos officium, misterium, múnus. Segundo o referido liturgista, o único
autor latino que conheceu o vocábulo liturgia em sentido cultual, contudo expressando
adoração a Deus, (latreia) foi Santo Agostinho.
Em sentido, não litúrgico, NEUNHEUSER (1987) indica que por volta do ano
300 d.C, a palavra ‗liturgia‘ no Ocidente, referia-se a um encargo, uma função, exercida
na Igreja. Esta acepção aparece nos escritos de Eusébio de Cesareia (+- 339 d.C),
quando ele se refere aos trabalhos que o Papa Lino exercia em favor da Igreja. Segundo
Eusébio, Lino exerceu uma Leitourgía (uma função de governo) durante anos, e foi
sucedido por Anacleto que continuou a Leitourgía. Ainda no mundo ocidental, no
século IV, o referido vocábulo designava a função dos bispos, presbíteros e dos
diáconos.
No ocidente a partir do século XVI, com o advento do renascimento é que se
começou a utilizar, de forma informal, o termo Liturgia para designar os ritos ou
formulários de Missa (NEUNHEUSER ,1987, p. 53). NEUNHEUSER (1987), aponta
que ―na linguagem eclesiástica oficial latina, o termo liturgia começou a aparecer
somente na primeira metade do século XIX com Gregório XVI (Inter gravissimas,
1832; Studium pio, 1842) e Pio IX (Non mediocri, 1864; Omnem sollicitudini, 1874).
Contudo, foi a partir de São Pio X (Tra le sollecitudini, 1903 etc) que o termo liturgia
passou a ser usual, referindo-se ao culto. Entretanto, como expressão de uma atitude
espiritual, o vocábulo liturgia passou a ser utilizado pouco antes do Concílio Vaticano
II.
No próximo artigo, aprofundaremos o significado da palavra Liturgia compreendida
antes do Concílio Vaticano II e o significado que o referido termo adquiriu com a
promulgação da Constituição Apostólica Sacrosanctum Concilium.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
NEUNHEUSER, B. et al. A liturgia: momento histórico da salvação. São Paulo:
Paulinas, 1987. (Anamnesis, 1).
TREVIZAN, M. B. Curso de Liturgia. Dourados- MS: Diocese de Dourados, 2007.
Notí cias da Ordem
Criação da Lugar-Tenência de Córdoba no Grão-Bailiado da
Argentina
Brasão de Armas da Lugar-Tenência de Córdoba da Sacra Ordem Dinástica, Militar e
Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa
Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Titular de Mesolcina, buscando melhor atender as
necessidades dos Cavaleiros da Sacra Milícia, Criou a Lugar-Tenência de Córdoba,
junto ao Grão-Bailiado da Argentina.
Como primeiro Lugar-Tenente Sua Alteza Sereníssima nomeou o Conde Gustavo
Alejandro Taricco y Calvo, II Conde de Tarichi-Galli e Cavaleiro da Grã-Cruz de Honra
e Devoção. Como Vice-Lugar-Tenente Sua Alteza Sereníssima nomeou o Conde Carlos
Andres Taricco y Galli, I Conde de Tarichi-Galli, e Cavaleiro do Grão-Colar da Ordem.
Sua Alteza Sereníssima também nomeou como Secretária Geral da Lugar-Tenência a
Condessa Monica Andrea Taricco y Calvo; como Hospitalar a Condessa Consorte de
Tarichi-Galli, Dª Gabriela Rosana Cartulano; e como Inspetora Geral a Dama de Grã-
Cruz de Graça Magistral Sra. Gaetanina Felice.
A nova Lugar-Tenência argentina iniciou as suas atividades caritativas com grandes
projetos, destacando-se um projeto junto a Centro de Saúde de Villa Amancay, onde se
colaborará com questões ligadas a medicamentos de venda livre; o projeto de doações
de roupas e demais utensílios necessários ao ―Hogar de Ancianos Italiano de Colonia
Caroya‖.
Novas atividades dos Grão-Bailiados nas Américas
Grão-Bailiado da Bolívia
Brasão de Armas do Grão-Bailiado da
Bolívia, onde pode ser vista a flor de
Kantuta, símbolo daquele país.
O Grão-Bailiado da Bolívia promete um
ano de grandes atividades para 2015.
Chefiada pelo Cavaleiro da Grã-Cruz de
Graça Magistral Sir Freddy Gonzales
Flores, a Ordem Militar de Santa Maria
desenvolverá uma série de eventos neste
próximo ano.
Grão-Bailiado do México
Armas do Grão-Bailiado do México
Outro Grão-Bailiado que promete uma agenda cheia de atividades é o Grão-Bailiado do
México. Chefiado pelo Cavaleiro da Grã-Cruz de Graça Magistral Sir Dr. Arturo
Santoyo y Medina, Vice-Reitor Internacional da Universidad del Sur.
A pedido do Grão-Bailio, Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Titular de Mesolcina, 44º
Grão-Mestre da Ordem nomeou a nova Diretoria do Grão-Bailiado, que será composta
por:
- DECANO: Sir Francisco Javier Reynoso Nuno, Cavaleiro Grande Oficial de Graça
Magistral;
- GRÃO-CHANCELER: Sir Francisco Zepeda Villasenor, Cavaleiro Grande Oficial de
Graça Magistral;
- JUIZ DE ARMAS: Sir Jesus Avila Pajarito, Cavaleiro Grande Oficial de Graça
Magistral;
- SECRETÁRIO GERAL: Dr. Sir Efrain Rodriguez y Gutierrez, Cavaleiro Grande
Oficial de Graça Magistral;
Novo Lugar-Tenente de Nápoles
Brasão da Lugar-Tenência de Nápoles
O Príncipe de Pietraroja, Don Pasquale Iacomino, Cavaleiro da Grã-Cruz de Hora e
Devoção, fora nomeado novo Lugar-Tenente da Sacra Milícia em Nápoles.
A Lugar-Tenência de Nápoles é uma das mais importantes Lugares-Tenências da
Ordem no mundo, e o Príncipe de Pietraroja com toda a certeza foi o mais indicado para
o cargo.
Com larga experiência militar, Don Pasquale Iacomino, que serviu por 40 anos como
Oficial dos Carabinieri italianos, irá trazer a esta Lugar-Tenência da Casa Principesca
de Mesolcina o seu brilho costumeiro.
Missa de Investidura na Província de São Paulo Apóstolo (Brasil)
Brasão de Armas da Província Militense de São Paulo Apóstolo.
A Província Militense de São Paulo Apostolo irá realizar a Santa Missa de Investidura
da Lugar-Tenência Meridional do Grão-Bailiado do Brasil.
A Santa Missa será realizada na Igreja Paróquia Nossa Senhora do Brasil, no dia 18 de
janeiro de 2015. A Santa Missa será Presidida por Sua Excelência Reverendíssima o
Monsenhor Dom Antonio Carlos Rossi Keller, IV Bispo Diocesano de Frederico
Westphalen-RS, e 39º Arquiprior da Sacra Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da
Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa.
Na ocasião Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Andre III Trivulzio-Galli, Príncipe
Titular de Mesolcina e do Sacrossanto Império Romano-Germânico, 44º Grão-Mestre
Hereditário da Ordem irá Investir novos Cavaleiros e Cônegos Militenses.
Brasão de Armas do Príncipe de Pietraroja, novo Lugar-Tenente da Ordem em Nápoles.
Textos, Notí cias & Opinio es
Hospital do Vaticano faz descoberta pioneira com células-tronco
O ―Bambino Gesù‖ descobre técnica de manipulação que permite o transplante de
medula para crianças com leucemia sem necessidade de doador compatível
A descoberta científica do hospital do
Vaticano promete salvar a vida de
milhões de crianças no mundo inteiro.
A notícia foi divulgada pelo hospital
pediátrico da Santa Sé, ―Bambino
Gesù‖ (―Menino Jesus‖), com sede em
Roma. Segundo a direção do hospital,
os resultados foram apresentados à
revista científica internacional ―Blood‖,
e poderiam ser ―um marco na cura de
muitas doenças no sangue‖.
O hospital anunciou, em uma coletiva
de imprensa, que a manipulação de
células-tronco, em ausência de um
doador compatível, permite o
transplante de um pai ou mãe ao seu
filho. A descoberta é importante para
curar crianças com problemas de
imunodeficiência, doenças genéticas,
leucemia e tumores no sangue.
―Estamos orgulhosos de apresentar este
sucesso dos pesquisadores do Hospital
‗Bambino Gesù‘, conscientes de que o
protocolo dos nossos laboratórios é um
marco na terapia de muitas doenças no
sangue‖, confirmou o professor Bruno
Dallapiccola, diretor científico do
hospital da Santa Sé.
Para a aplicação no campo da leucemia,
a técnica aplicada pela equipe do
professor Franco Locatelli, responsável
pela Onco-hematologia e Medicina
Transfusional do hospital, foi
apresentada no último mês de dezembro
em New Orleans, durante o congresso
da Sociedade Americana de
Hematologia (ASH).
O transplante de células-tronco adultas
é uma cura que salva a vida de milhões
de crianças que sofrem tumores do
sangue, bem como de crianças que
nascem sem as adequadas defesas do
sistema imunológico. Por muitos anos,
o único doador que se podia ter era um
irmão ou irmã do paciente. O problema
é que dois irmãos são idênticos somente
em 25% dos casos.
Diante da impossibilidade de ter
doadores na família, existem bancos de
dados internacionais com 20 milhões de
doadores voluntários de medula óssea.
Mesmo assim os bancos de sangue para
estes casos dão disponibilidade de
apenas 600 mil unidades no mundo.
O problema se agrava quando 30 ou
40% dos pacientes não encontram um
doador compatível, além do mais,
considerando o tempo de seleção de um
doador e a conclusão de todos os
exames para identificar outro doador
fora da família.
A técnica do hospital da Santa Sé foi
aplicada em 23 pequenos pacientes. Os
resultados, segundo afirmou a
instituição, demonstram que a
probabilidade de cura definitiva para
estas crianças doentes é de 90%, ou
seja, igual à técnica que emprega a
medula de um irmão do paciente
completamente compatível
geneticamente.
A descoberta da manipulação das
células-tronco é uma esperança para
milhões de crianças que podem ser
salvas com um transplantede medula. É
possível salvar crianças na Ásia, África
ou América do Sul, que não têm
―representantes‖ nos registros de
doadores de medula óssea e que, por
meio desta técnica, poderão finalmente
ter acesso a um transplante de maneira
rápida e ―virtualmente aplicável a todos
os casos‖.
Fonte: ARY WALDIR RAMOS DÍAZ
para Atleia:
http://www.aleteia.org/pt/saude/artigo/h
ospital-do-vaticano-faz-descoberta-
pioneira-com-celulas-tronco-
5877803891294208
Por que discriminar é correto e natural
Por Walter Block, do site Instituto
Ludwing von Mises Brasil3
Nos dias de outrora, dizer que um
homem estava discriminando
significava estar-lhe prestando um
grande elogio. Significava dizer que ele
tinha gosto: ele sabia distinguir entre o
ruim, o medíocre, o bom e o excelente.
Sua capacidade de fazer distinções
requintadas permitia-o viver uma vida
melhor do que em outros contextos.
Hoje em dia, em nossos tempos
politicamente corretos, discriminação
implica ódio racial ou sexual. Quem
discrimina está, segundo o senso
comum, evocando o linchamento de
inocentes, o enforcamento de negros
que não cometeram crime nenhum, e,
no extremo, um retorno à escravidão.
Pelo menos foi isso que aconteceu com
o senador recém-eleito pelo estado do
Kentucky Rand Paul, que, durante sua
campanha, afirmou que havia algumas
partes da chamada Lei dos "Direitos
Civis" de 1964 que eram repreensíveis.
Em decorrência disso, a esquerda
acionou sua poderosa máquina
difamatória.
Porém, tudo que o senador Paul estava
dizendo é que, embora seja ilícito ao
3 Disponível em:
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=885#.
VJNhdTwdB6U.facebook
governo discriminar com base em raça,
sexo ou qualquer outro critério, é um
direito básico de indivíduos terem a
liberdade para demonstrar exatamente
quais são suas preferências. Trata-se de
um elemento básico dos direitos de
propriedade. Se os indivíduos não
tiverem esse direito, então um
importante elemento da liberdade está
irremediavelmente perdido.
Os gritos de fúria e revolta que
recepcionaram tal exposição de ideias
foram tão intensos, que o senador se
sentiu compelido a recuar em sua
declaração. Entretanto, estamos aqui
para discutir ideias e não política. Aqui,
a verdade e a justiça são nossas únicas
guias, e não os sentimentos feridos de
jornalistas trabalhando para a mídia
convencional e para outros veículos
lacrimosos. Sendo assim, faz-se
necessário ser claro e direto: é mais do
que óbvio que qualquer ato de
discriminação da parte de indivíduos —
porém, é claro, não da parte do estado
— é um direito nato, pois trata-se do
direito à liberdade.
Quem discorda disso, por consequência
lógica, teria de, por exemplo, impor a
bissexualidade para todos. A
bissexualidade coerciva é a implicação
lógica de qualquer movimento
antidiscriminação. Por quê? Ora,
homens heterossexuais
desprezivelmente discriminam nada
menos que metade da raça humana
como indigna de ser sua parceira de
cama/sexo/casamento: ou seja, todos os
outros homens. Tampouco podem as
mulheres heterossexuais alegar
inocência frente a essa terrível
acusação; elas, também, repudiam
metade dos seres humanos nesse
aspecto.
E quanto aos homossexuais masculinos?
Podem eles rechaçar essa acusação
mortal? Não, eles também se recusam a
ter qualquer coisa com todas as fêmeas
nesse contexto. Similarmente, as
fêmeas homossexuais, lésbicas,
criaturas rançosas que são, também
evitam manter relações amorosas com
qualquer tipo de homem — de novo,
metade da raça humana.
Portanto, os bissexuais, e somente os
bissexuais, estão livres de tal acusação.
Somente eles são totalmente inocentes
de incorrer em qualquer discriminação
desse tipo. Eles são as únicas pessoas
decentes em todo o espectro sexual;
apenas eles se abstêm de incorrer em
prática tão abjeta. (Vamos aqui
desconsiderar o fato de que bissexuais
também fazem comparações individuais
baseadas em beleza, idade, senso de
humor etc.)
Logo, se nós realmente nos opomos à
discriminação de questões referentes ao
coração, então todos nós temos de
abraçar a bissexualidade. Pois, se não o
fizermos voluntariamente, a implicação
lógica é que devemos ser forçados a
fazê-lo. Afinal, recusar-se a aceitar essa
conclusão significa aprovar não apenas
tacitamente, mas também ativamente,
práticas discriminatórias — certamente
uma das piores coisas dentro do arsenal
do politicamente correto.
É perfeitamente possível opor-se a esse
argumento dizendo que leis contra a
discriminação feita por agentes privados
devem ser válidas apenas para empresas
e negócios, e não para interações entre
pessoas. Porém, por que somente para
o comércio e não também para relações
humanas? Certamente, se há algo como
"o direito de não ser discriminado",
então ele deve ser aplicado em todas as
áreas da existência humana, e não
apenas no mercado. Se nós temos o
direito de não sermos assassinados, ou
roubados — e nós o temos —, então
esse direito permeia todos os domínios
da existência humana. Ser assassinado
ou roubado dentro de sua casa é tão
igualmente incorreto quanto o ser
dentro de uma loja.
Ademais, o fato é que as atuais leis
antidiscriminação nem mesmo se
aplicam uniformemente no âmbito
comercial. Antes, sua aplicação
depende do "poder" envolvido nas
relações, um conceito bastante sem
sentido, pelo menos da maneiro como é
utilizado pelos nossos amigos da
esquerda.
Por exemplo, se eu odeio chineses e,
por conseguinte, não quero frequentar
seus restaurantes, não estou violando
nenhuma lei. Entretanto, se o dono do
restaurante chinês, por exemplo, odeia
judeus como eu, ele legalmente não
pode me proibir de entrar em suas
dependências. Por quê? Porque os
vendedores, nesse caso, são
considerados mais "poderosos" do que
os compradores.
Porém, a coisa nem sempre funciona
assim. Se um grande comprador — por
exemplo, uma rede varejista poderosa
— se recusar a comprar estoques de
uma empresa fornecedora presidida por
uma mulher, porque tal rede varejista
discrimina mulheres, ela jamais ficaria
impune mantendo tal política.
Por que então deveria esse sentido
ilegítimo de "poder" determinar a
legalidade de uma decisão econômica?
Certamente, um homem "sem poder",
no sentido de ser pobre, não teria
permissão para estuprar uma mulher
"poderosa", no sentido de que ela é rica.
Ou teria? Bem, essa defesa nunca foi
tentada antes, então, quem sabe?
Outra objeção: pode ser aceitável que
um indivíduo discrimine uma minoria
oprimida, mas se muitos — ou, pior, se
todos os membros da maioria —
resolverem incorrer nessa prática, suas
vítimas irão sofrer indevidamente e
excessivamente. Por exemplo, suponha
que brancos se recusem a alugar quartos
de hotéis para negros, ou até mesmo a
empregá-los. Consequentemente, os
negros passarão por sofrimentos e
angústias atrozes.
Porém, tal objeção é economicamente
ignorante. Se os brancos boicotarem os
negros dessa maneira, o livre mercado
irá se levantar em defesa destes últimos.
Como? Se nenhum proprietário estiver
concedendo alugueis para um negro,
então haverá aí uma grande
oportunidade de lucro. Mais ainda: os
lucros subirão enormemente em
decorrência do simples surgimento
desse arranjo. Consequentemente,
passará a ser extremamente vantajoso
para qualquer empreendedor, no sentido
financeiro, passar a suprir essa demanda
de mercado.
O mesmo ocorre no mercado de
trabalho. Se os brancos se recusarem a
contratar negros, seus salários cairão
para níveis abaixo daquele que de outra
forma prevaleceria no mercado. Isso irá
criar grandes oportunidades de lucro
para alguém — seja ele branco ou negro
— que decida contratar essas pessoas, o
que o tornará capaz de superar
concorrencialmente aqueles que
optaram pela discriminação.
Porém, esse fenômeno não funcionou
para aliviar a má situação dos negros
que eram obrigados a sentar no banco
de trás dos ônibus durante a vigência
das leis de segregação racial nos EUA
até a década de 1960. Por quê? Porque
a entrada no mercado de fornecimento
de serviços de ônibus era estritamente
regulada pelas forças políticas, as quais,
antes de tudo, foram as responsáveis
pela criação dessas leis raciais
repreensíveis. Se a determinação de
que negros se sentassem no fundo do
ônibus fosse apenas resultado de
discriminação privada, tal arranjo seria
completamente impotente e inócuo, pois
outras empresas concorrentes
certamente passariam a ofertar
lucrativamente serviços de ônibus para
essas pessoas discriminadas.
É com essas e outras questões que lido
em meu mais novo livro, The Case for
Discrimination (algo como Em Defesa
da Discriminação). A minha esperança
é que esse volume possa lançar alguma
luz sobre essas questões, além de se
mostrar uma leitura interessante.
Walter Block é membro sênior do Mises
Institute e professor de economia na
Loyola University, Nova Orleans.
Cuba acelera o processo de devolução de propriedades da Igreja
Um vigia caminha dentro da capela da antiga Universidade de Santo Tomás de
Villanueva, em Havana: deteriorado, espaço agora volta a pertencer à Igreja Católica -
Ramon Espinosa / AP
HAVANA — Enquanto outra reabertura ganhava os holofotes na semana passada,
quando os governos de Cuba e dos Estados Unidos anunciavam ao mundo o fim das
hostilidades, pelo menos diplomáticas, outra mudança, silenciosamente, ia tomando
forma. De maneira discreta, as autoridades cubanas vêm acelerando a restituição de
antigas propriedades da Igreja Católica, que por muitos anos manteve uma relação
conturbada com os Castro. O processo de devolução começou em 2009 e, até agora,
pelo menos 12 imóveis voltaram para a Santa Sé.
— É um gesto muito positivo e, principalmente no âmbito local, cria um ambiente de
confiança — afirma o padre José Félix Pérez, secretário-adjunto da Conferência dos
Bispos Católicos de Cuba. — Mas está acontecendo, é preciso destacar, gradualmente.
Uma das propriedades devolvidas para a Igreja é a capela da antiga Universidade de
Santo Tomás, em Miramar, bairro da capital, Havana. As grossas paredes cobertas de
azulejos bizantinos com desenhos de santos ainda estão de pé. Mas a metade do teto de
madeira e parte dos vitrais coloridos foram destruídos.
O processo inclui ainda algumas propriedades valiosas ao longo do país, como o antigo
Colégio dos Padres Jesuítas, um edifício na cidade de Cienfuegos, a 250 quilômetros da
capital. Ao longo dos anos, o governo usou os espaços como lojas, padarias,
lanchonetes e escolas, o que explica, em parte, a degradação. Entre as propriedades em
pior estado de conservação estão templos em Santiago de Cuba, San Jose Obrero e San
Benito, uma casa paroquial e alguns edifícios que eram ocupados por lojas na região.
— Existem dois fatores. Um é o econômico, já que o governo cubano não tem recursos
para melhorar a infraestrutura em processo de deterioração. O outro, é de caráter
religioso e político, para ressaltar a imagem de que a relação com a Igreja Católica vem
melhorando, que é parte deste momento histórico novo que trata de tentar reconstruir o
país — explica Enrique López Oliva, professor de história das religiões da Universidade
de Havana.
A emblemática mediação do Papa Francisco no acordo com os EUA é a prova máxima
dessa aproximação. Mas o Vaticano e as conferências episcopais dos Estados Unidos e
de Cuba têm incentivado a normalização das relações entre os dois governos há muito
tempo, segundo Stephen Colecchi, diretor do Escritório de Justiça e Paz Internacional,
da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA:
— Isso era necessário há muito tempo.
Quando o anúncio foi finalmente feito, Dom Thomas Wenski, arcebispo de Miami —
cidade com grande população de cubano-americanos — emitiu um comunicado
ressaltando que Barack Obama e Raúl Castro agradeceram pelo papel desempenhado
pelo Papa em tornar possível ―o que parece ser uma verdadeira guinada no
relacionamento historicamente tenso entre Cuba e os EUA‖.
―O Papa Francisco fez o que se espera dos papas: construir pontes e promover a paz‖,
ressaltou o arcebispo, em nota.
Visita de papas
Em 1998, quando João Paulo II visitou Cuba, muitos esperavam que ele denunciasse o
comunismo. Mas o pontífice se mostrou aberto a conversar com Fidel Castro — e o
resultado foi a restauração do feriado nacional de Natal. Da mesma forma, quando
Bento XVI esteve no país, em 2012, manteve-se aberto ao diálogo com Castro.
— A Igreja em Cuba já não enfrentava as mesmas dificuldades que teve no começo,
porque, desde a vinda do Papa João Paulo II, houve uma mudança muito marcante nas
relações entre a Igreja e o Estado — disse, na semana passada, o cardeal cubano Jaime
Ortega, importante mediador que ajudou na libertação de presos políticos no país.
Poucos meses antes do anúncio, em outubro, em um sinal de distensão da relação entre
o regime e o Vaticano, a Igreja Católica em Cuba anunciou que, pela primeira vez desde
a revolução, iria construir um novo templo na ilha no município de Sandino, na
província de Pinar del Río. Criada no começo dos anos 60, a cidade não tinha nenhuma
igreja.
O santuário terá capacidade para 200 pessoas e ocupará uma área de 800 metros
quadrados. O titular da paróquia será Cirilo Castro — sem parentesco com os irmãos
que governam a ilha desde a revolução armada e decretaram o país um Estado ateu.
Uma relação tumultuada Apesar de Cuba ser um país de tradição católica, a religião já não é a maioria entre a
população. Predominam as crenças afro-cubanas, trazidas pelos escravos. O número de
cubanos batizados corresponde a cerca 60% da população, segundo dados do Vaticano,
mas especialistas estimam em 30% os praticantes. Destes, 5% frequentam missas
regularmente.
Após o triunfo da revolução, a Igreja Católica não conseguiu manter uma boa relação
com o Estado. Fidel Castro nacionalizou muitas das propriedades, e alguns dos locais
passaram a ser usados para guardar armas de grupos anticastristas. A Igreja também
ajudou a promover a operação ―Peter Pan‖ organizada pela Inteligência americana, que
tirou muitas crianças cubanas do país, com o consentimento dos pais. O argumento era
que os revolucionários comunistas iriam tirar suas custódias.
O governo cubano, por outro lado, perseguiu muitos fiéis. O diálogo com membros das
Igreja começou a ser retomado apenas nos anos 90 — uma iniciativa do então
presidente Fidel Castro, que autorizou pela primeira vez a visita dos papas São João
Paulo II e Bento XVI à ilha.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/de-volta-para-igreja-
cuba-restitui-templos-cristaos-14919646#ixzz3N7FLrYx2
Mundo isla mico
Nossa luta é contra isto!
Após perder batalhas, Estado Islâmico mata seus combatentes
Eles lutaram. Mas, do ponto de vista
de seus líderes, não o suficiente.
Quando os combatentes do
movimento jihadista "Estado
Islâmico" (EI) retornaram no último
final de semana da batalha pela
cidade de Sindchar, no norte do
Iraque, seus líderes não mostraram
paciência alguma. Meios de
comunicação informaram que várias
dezenas de homens do EI foram
executados pelo próprio grupo jihadista.
Na opinião dos comandantes do grupo,
isso foi uma punição justa pela derrota
do grupo na luta contra a milícia curda
pershmerga. Os pershmergas obtiveram
sucesso ao reconquistar partes da cidade
antes controladas pelos jihadistas.
Da mesma forma brutal procederam os
comandantes do EI também na Síria. De
acordo com relatos da mídia, cerca de
100 combatentes predominantemente
europeus foram executados. Depois de
lutar, eles queriam voltar para seus
países de origem. De acordo com a
mídia, centenas de outros combatentes
ainda são vigiados, já que eles queriam
abandonar as zonas de combate.
"As execuções têm o objetivo de servir
como dissuasão e como um alerta para
todos que não querem mais lutar pelo
EI", afirma a cientista política Gülistan
Gürbey, da Universidade Livre de
Berlim. A punição atinge
principalmente os combatentes que não
teriam se engajado pelo EI por
convicções ideológicas, mas por outros
motivos – como a esperança de receber
vantagens materiais.
"Já aqueles que se juntaram ao
movimento por convicção ideológica
não se opõem a essas ações. Eles até
mesmo a saúdam", diz Gürbey.
EI perde sua dinâmica
O ritmo no qual o EI tinha tomara parte
considerável da Síria e do Iraque parece
ter perdido impulso em muitos lugares.
Em parte, a marcha se estagnou de
forma completa – como na cidade de
Kobane, no norte da Síria. Lá, há meses
os terroristas do EI promovem grandes
batalhas contra o exército curdo.
A ajuda da aliança internacional, por
meio de seus ataques aéreos, foi
decisiva para deter a marcha do EI.
Porém, tudo tem seu preço: até agora,
centenas de curdos morreram nos
combates. Ainda maior é o número de
vítimas do lado do EI. De acordo com
informações do Observatório Sírio dos
Direitos Humanos, mais de mil
jihadistas morreram em Kobane.
Na cidade iraquiana de Sindchar, o EI
teve até mesmo que recuar. Os
jihadistas fracassaram perante os
curdos, que equipados também com
armas alemãs, conseguiram resistir
fortemente no norte do Iraque. No resto
do país, árabes xiitas e sunitas
moderados ainda não se juntaram numa
aliança conjunta. Porém, conversações
já ocorrem e avançam.
Entretanto, o jornal iraquiano Al Mada
considera possível uma solução política
para o conflito. "Pela primeira vez,
conseguimos dar uma resposta à
catástrofe e ter uma solução em vista",
afirma o periódico em sua edição de 22
de dezembro.
"O EI poderia se responsabilizar pelo
seu mais recente fracasso", afirma
Stefan Rosiny, especialista em Oriente
Médio do Instituto Alemão de Estudos
Globais e Regionais (Giga), em
Hamburgo. Ele lembra que até o
momento, os jihadistas se concentraram
em "regiões mais indefesas" – áreas
onde, principalmente, vivem minorias,
como os yazidis ou curdos.
Jihadistas ainda são desafio
E, agora, a organização teria assumido o
erro. E isso terá consequências, alertou
Rosiny, em uma entrevista para o jornal
alemão Sächsische Zeitung. "O EI vai
perder atratividade, caso sua promessa
de um califado universal se tranforme
numa bolha de sabão."
Contudo, o desafio contra os jihadistas
continua existindo. Talvez ele até
mesmo cresça. Atualmente, existem
movimentos radicais islamistas em
quase todos os países ou regiões
muçulmanas. De Abu Sayyaf, nas
Filipinas, até o Al Qaeda recentemente
fundado na Índia; passando ainda pelo
Talibã no Paquistão e Afeganistão, até
os jihadistas no Oriente Médio e no
norte da África: por toda a parte, grupos
jihadistas estão presentes.
"O Islã político se radicalizou
fortemente nas últimas duas décadas",
afirma Gülistan Gürbey. Por isso, esses
grupos continuam a ser uma ameaça
regional e global. "Mesmo se o EI for
militarmente restringido, ele
permanecerá, politicamente, um grande
desafio. Superá-lo deve durar anos."
Especial: Imagem
Especial Imagem: o Brasão de Armas de Sua Excelência Reverendíssima o Monsenhor
Dom Antonio Carlos Rossi Keller, 4º Bispo Diocesano de Frederico Westphalen-RS,
39º Arquiprior da Sacra Ordem Dinástica, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus
Cristo e de Santa Maria Gloriosa, Cônego Regular Militense condecorado com o Grão-
Colar da Ordem.