revista mensal do club athletico ... - paulistano.org.br · valeu a primeira collocação na clas...
TRANSCRIPT
c. A. P.
O PAULISTANO VENCEU A COMPETIÇÃO DE ESTREANTES DA FEDERAÇÃO DE ATHLETISMO
A Federação Paulista de Athletis- mo iniciou, no dia 25 de março, a sua tem porada de athletismo. Fez realizar uma interessante competição para estreantes, que reuniu grande numero de inscriptos dos clubes Tieté, Esperia, Germania e Paulistano.
O Club apresentou uma turm a de athletas bem preparados, o que lhe valeu a prim eira collocação na classificação geral.
Dos athletas do Club, é justo re- saltar Ovande Silveira, Luiz Bicudo Junior, Raul Brioschi, José de Souza Campos, Miguel Pontes Junior, Fuad Aidar, Urbano de Moraes, João Pirotelli, Oswaldo Cajado, Hermes Monteiro Brisolla.
Os resultados assignalados por vários athletas do Paulistano faz pre- vêr que, dentro de muito pouco tempo, sejam elles elementos fortíssimos com que possa o Club contar contra athletas experimentados.
Assim, Ovande Silveira, que conseguiu saltar 3,40 com vara, o que é um resultados digno de uma competição de athletas mais experim entados. Assim, tambem, os resultados alcançados por Urbano de Moraes, nos 300 metros rasos; Miguel Pontes Junior, Luiz Bicudo Junior e Raul Brioschi, nos 75 metros razos; Luiz Bicudo Junior, Raul Brioschi, Ovan
de Silveira, José de Souza Campos, no revezamento de 4 x 75 metros e o de Urbano Moraes Alves, Ovande Silveira, Luiz Bicudo Junior, Hermes Brisola, no revezamento de 4 x 300 metros.
A classificação geral foi a seguinte :
1.*" — Paulistano, com 61 pontos.2.” — Tieté, com 34 pontos.3.“ — Esperia, com 16 pontos
(empate).3." — Germania, com 16 pontos
(empate).
A honra de representar as cores do Paulistano só é conferida aos esportistas que têm um treinamento capax de represental-as com efficiencia^
i l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l »
E R. Libero Badaró, 22 - S. Paulo E S Artigos para: ES Tennis - Athletismo =^ Gymnastica - Futebol ^TiiiiiBiiiiiiigiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiP
E S C O L A R E M I N G T O NCursos prá ticos o ráp idos
DACTYLOÍiRAPHIA — T ach ygrap hia j C orrespondência — C ontab ilidad e I C alculo — C alligraph ia — Portuguez j I iiglez — Francez.
A ulas d iu rn as e n octu rn as para am b os os sexos.
RUA JOSE’ RONIFACIO, 18-R
^ i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i ^
í F c r n c t - B r a n c a iE A p e r i t i v o — D i g e s t i v o 5
= T o n i c o d e f a m a m u n d i a l E
Ei l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l i l l l l l l lBII I I I I I I I l I f l I l l I l I f l I lEIGI I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I Ib^
c. A. P.
0 hoinciii cxQuísítoNinguém sabia quem era, nem de
que terras tinha vindo. Pediu uma cerveja e bebeu. Nisto apparece um rapaz com um casaco cheio de botões. Elle chegou-se ao rapaz e pro- poz o seguinte:
— Vamos fazer uma aposta?— Que aposta?— Em cinco minutos eu arranca
rei todos os botões da sua roupa e das suas botinas e collocal-os-ei em seguida no mesmo logar.
— Tudo isso em cinco minutos?— Em cinco minutos!— Acceito!— Tres cervejas?— Quem perder paga
vejas.Tirou do bolso uma tesoura e co
meçou a cortar todos os botões da roupa do rpaz. Chegou ao extremo de tira r tambem os do sapato. Gastou nisso quatro minutos.
— Agora uma agulha e um fio de linha, para collocar de novo os botões nos seus respectivos logares.
Quando o dono do botequim trouxe os objectos, tinham já decorrido os cinco minutos.
— Pague as cervejas. O sr. p erdeu a aposta!
— Perdi mesmo. Chefe, as tres cervejas para os moços, na minha conta.
Pagou e sahiu. O rapaz ficou numa situação complicada.
— Então não prega os botões?— A aposta previa serviço com
pleto em cinco minutos, perdi e paguei. O resto não é com m igo...
J .
(LtORICO
ODEONE Discos Odeon-Veroton= são gravados pelo systemaE electrico m oderno.
tres cer- E Discos Odeon-Veroton= são isentos de qualquerE chiado.
E Discos Odeon-Veroton= são de absoluta sonoridade.
= Discos Odeon-VerotonE oifferecemos o repertorioE m ais m oderno e mais com-= pleto tanto nacional, comoE extrangeiro.
E Discos Odeon-VerotonE são portanto os mais prefe-
ridos em toda America do E Sul.
E Discos Odeon-Veroton= são encontrados em todasE as boas casas do ramo e na
liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiriiih =
zz R. Libero Badaró, 22 - S. Paulo =
E T o d o s o s E s p o r t e s =
E A r t i g o s p a r a ^
niiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiir
E Distribuidora geral =
I CASA ODEON |i RUA S. BENTO, 62 |
filiiiiiiM iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiilir
UIIIII I IIIIIIIIIIIIIMIIIIIIIIIIMIIIIIIIIIIIIIIIIIIMIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII ' ^
I O i a v d S — 81 3 TT SoN VHDHViaXVd (Kl V5VHd II V a V H 3 V J V S V D iI s v N i á s v i H v w a j H a d |iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiin
O J S O J o B J T A ‘ J B g -BA IIIOD ‘sio d a c i ‘oôBdso sú?ui ‘o sst luoo ‘9S-BqiiB{) q o q 0 jnj 9p SBpeoiiBq -|q9.iB sBp oiusi;9 iq ;B 9p ociuiBO o BjBd9S 9nb o jn iii o ‘od iu 9 i o o n od 9p 0J1U9P ‘JBqnjJ9p JBpilBUI 9p Bpg09 9S B f *9d 9p BllUplIOD Op9fOJd Q
•oq9Jip I U 9 1 9 n b b 9 p B p T p 0 l l l l l I 0 9 B Bpo; U I 9 p n j J S T p OOIS - S B p 9 p o d S 9 O p S 9 J O p B p 9 j d B S O 0 l l b B J B d ‘ B p B D U B q i q o j B B u i n 9 S - J i n j p - 1 1 0 9 9 B ^ V ' O p B J O q p l U J 9 S 9 B A O I U - s i p t q i B 9 p o d u i B O o 9 n b jb^ugo 9 p 9 p B p T l i n i J O d d O 9 A 9 J * V p f
owsiiaiHiv aa odwva on soiNawvaoHTaw so\ivj OU v}o§ dip dub
o lÀO/uoj d vuíjajv viiiS9ui v oSnuv nas V Àdoauxol pxapod ^nb apvpapos vmn d ouvptjnVfj Q oiivpijnvj op opos mn oSiiuv nas ap '.oposiioj
óenwisod Wíiffi -6093 aMOUdiiaTonnv.d Q.VS8 Z 'v i i a i i ] a v n d
I - 0 2 ■6 8 8 1 M3 Ã ^ Ã «jN V M H 03 v a v a H R i jü ü © 30 V S M
spjpp puin a opiL as oSiiup nas p apin^ -xaj 'ouppipiPçj op sopos xas uipl -asap anb ojnpj ma spossad sppniu PJ-J sopos ()()()■ í UiOD XPpiOO Olippil -WZ7J o pxadsa ‘8 61 oxqmalap a;y
s v i o l » v r o i j a i r s t i y
ü'I!lVcl o y s - 90ÍS-E - VXiaHKI 'H çg
nONDIA f -la s o m o SiiES s o VHYd m i v a r n i a õ
~KYU1 Y 9X(Jiu9S Djvd Z9(i mun 9p pjinô -9SUOD 9 oonod pjDõod 9piio *n0X D lA YSYD npDjan J9S nand n-vdnjx
^Z9^-9DUIJ 0 SO|n0O
DãDd n}Í909d Ul9f 'j{
d V D
c. A. P.
Suzanna Lenglen, a maior {eminista(Para “ C. A. P .” ) GUSTAVO VERGEIS
Ha quasi tres lustros que Siizana Lenglen dá que pensar a muita gente. Quiz provar definitivamente que a mullier não póde ser esse mimo de estufa em que o homem pretendeu transform al-a. E Suzana, com sua raqueta, gritou alto que a mulher tem que ter direitos eguaes ao homem, porque é justo que os tenha.
Durante annos, meio mundo assistiu pasmado ás suas proezas. Depois urgiram outras a auxilial-a nessa luta enorme. Vieram Helen Wills, Mallory, Mary Brown, Betty Nuthall, Mac Kane, Vlasco, Sion, W ainwri- ght, Ederle e muitas outras.
Mas nenhuma conseguiu alcançar Suzana. E ella veiu vindo, veiu a tra vessando annos a symbolizar um protesto enorme de mulher.
Depois, Suzana tornou-se profissional. Um empresário ardiloso conseguiu convencel-a.
A noticia ecoou como alguma coisa muita grave. Não houve chronis- ta que não prognosticasse, lamurio- samente, a sua morte esportiva.
Nada adiantou. A grande tennista havia assentado que abandonaria o amadorismo. Sorriu dos terriveis prognosticos. E assignou, deante de uma porção de gente embasbacada, um contracto para realizar uma excursão pelos Estados Unidos.
Suzana queria agora ganhar para si. Era natural, pensou, que a sua arte, que enriquecera tantas instituições de beneficencia e empresários, lhe aproveitasse um pouco tam bem.
Felizmente, porém, todos os chro- nistas esportivos se enganaram : — voltou maior, muito maior de sua
prim eira excursão profi-ssional. Todos ?Ps vaticinios falharam completamente.
E ’ que, aos olhos do mundo, Suzana começou a parecer mais in- telligente. . .
Suzana Lenglen é bem a maior realização do feminismo. Nem a sra. Curie nem ninguém a alcança. Mulher alguma conseguiu dizer tanto e tão bem do feminismo como a grande tennista.
Entra no Club com um sorriso. Athleta: Cuida da tua saude mais
que de teus treinos.
I BAR DO I I PAULISTANO I
Acceita serviço para festas, baptizados,
casam entos,
convescotes, etc..
E TRATAR NO BAR :I DO CLUB :
Atelier de GravuraF E R D I N A N D O P A N E L L I & F I L H O S
E sp ec ia lid ad e em m ed a lh as. .— F ornecedores das p r in c ip a es F ed erações, C lubes e S ociedades.
RUA 1)0 SEMINÁRIO N.« 7 — SÃO PAULO — PHONE CIDADE 5262
c. A. P.
I H I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I i l l l l l l l l i l l l l l l l l l l i l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l i n i ;
a
G E L A D E I R A ^ ^ E L E C T R I C A A U T O M A T I C A
A Geladeira E léctrica que garante a Conservação perfeita dos seus alimentos durante longo tempo.
Sendo inteiram ente Automatica nãonecessita de Attenção qualquer.
E* um Producto da GENERAL MOTORS e existem em uso mais FRIGIDAIRE do que o conjuncto das demais
Geladeiras Eléctricas.
O COMPLEMENTO INDISPENSÁVEL AO LAR MODERNO.O presente perm anente que serve fielmente á todos em casa.
= D istribuidoresI PIRIE VILLARES & CIA.E Praça da Republica, 5E Caixa Postal, 3589i SÃO
Agentes Autorizados Tobias de Barros & Cia.
Praça da Republica, 28 Teleph. Cidade 1250
PAULO
riiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiBiiiRiiiiiiiniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiniLT
ANNO . . II
NUMERO 3MARÇO
DE 1928
R E V IS ÍÍ M ENSAL 0 0 CLUB AÍH LEIIC O PAULISIAN OD ireclor , LUIZ E. BIANCHIR ed a cto r c h e fe , ARNE ENGEG eren te, CARLOS DE CAM POS SOBRINHO
R e d a c ç ã o e a d m in is tr a ç ã o , RUA LIBERO B A D A R Ó , 1 1 4 . B - 1.0 andor - 8ala 10
TELEPHONE 2 - 5627 - S . PAULO
|ANUEL ALONSO, o tennista campeão que veiu
visitar o Paulistano ou
tro dia, vae na capa,
Vae em caricatura, porque não
pôde ir em retrato, Mas vae com
a mesma significação:
um reconhecimento gran
de pela visita rapida que
não se esqueceu de fazer
ao nosso Club.
Veiu dos Estados Unidos. Parou
no Rio, Viu o Fluminense, que
é bonito. Viu o Vasco, a bahia
da Guanabara, o Pão de As
sacar, o Corcovado, Viu tudo que
tinha de mais bonito, Mas não se
esqueceu de vir a São Paulo, Fez
questão de entrar dentro do Pau
listano. De nadar na sua piscina.
De admirar as suas installações de
esporte. De jogar nas suas
quadras. De dansar no seu
salão, E, depois, foi con
tar pelos jornaes que tinha
gostado,
O Paulistano inteiro tambem
gostou delle. São Paulo o ad
mirou, E é isso que a capa
de ‘‘C. A. P .’’ vae contando.
c. A. P-
T A L I S C A S . . .— Mas, filhas. . . soprou o pacato commen-
dador Cordeiro, censurando, com voz doce,
o vestido exagerradamente curto e decotado
da sua irascivel metade, d. Hydra Dilerna,
que fascinava, ás micagens, diante do grande
espelho de crystal do quarto de toilette.
E elta, com quatro pedras, pilherica {de
pilha), num repente de colera, tem pestuou:
— Já vem, já vem o C atão .. . E' sempre a
mesma historia. . .
Depois, mais bonançosa, dando razões e f in
cando o olhar na caréca do marido, que re-
verherava, ás chispas, á luz da lampadazinha
do toucador, e como se quizesse convencel-o
da própria monstruosidade:
— Sempr.é tenho ouvido dizer, e encontrei
já não sei^ quantas vezes em Marco Aurélio,
que as mulheres honestas. . .
Fez pausa. Gosoii o effeilo das palavras e
afundou ainda mais a vista no marido que,
perturbado com a citação do grande philo-
sopho, tremia — recapituloii, e concluiu, cor
tante ;
— . . . que as mulheres honestas não têm
nada que occuttar. . .
u N D ’ H U
c. A. P.
II rilEIIIIEIICIII >0 CLUBDurante o mez de Março os so-
cios do C. A. Paulistano realizaram 4.178 exercicios, sendo:
Homens, 2.686; meninos, 815; se- nlioras, 677. Total 4.178.
Os relatorios parciaes das diffe- rentes secções aecusam os seguintes dados:
Natação — Homens, 1.216; senhoras, 528; meninos, 478. Total 2.222.
Athletismo — 628.Gymnastica — Meninos, 199; se
nhoras, 181; homens, 152. Total 522.Tennis — Homens, 352; senhoras,
102. Total, 454.Futebol — 153.Esgrima — Homens, 100; senho
ras, 4. Total 104.Pelota — 67.Bola ao Cesto — 18.O relatorio do mez de fevereiro
accusou um total de 3.583 exerci-
Z e i t t e r I
WINKELMANNZ[IT[R i WINK[:LMIINN
PRAÇA DA REPUBLICA, 41 S Ã O P A U L O
O Paulistano é o unico Club no mundo que offerece reaes vantagens a seus associados. Meio são, oito esportes, festas excellentes, logar ameno, regalias enormes.
ppmoroRESOOCJLDAOC A.WVHAtr«6LtI>
NA PISCINA DO PAULISTANO
Se V. Exa. ambiciona que o seu traje de banho logre invejável suc- cesso, sirva-se apreciar os lindos Costumes e Maillots que ora recebemos, cujos modelos vêm emprestando raro encanto ás praias am ericanas de Atlantic-City.
MAPPIN STORES
10 c. A. P.
51 üicforla de ^ernamí)uco sobre "Soussus
Muitas pessoas me perguntam se verdadeiram ente a recente victoria
Pernambuco sobre Boussus é meritória. Posso garantir que esse jogador tem actualmente um jogo que póde dar-lhe algumas victorias sobre jogadores bem conhecidos de nós todos.
Prim eiram ente, é preciso vêr os resultados obtidos por Boussus neste anno. Não se deve esquecer que este jovem jogador venceu um “ set” contra o famoso Tilden, no campeonato de Wimbledon, torneio este que é considerado campeonato do mundo.
II. Cochet, um dos melhores jogadores do mundo, foi tambem obrigado a jogar cinco “ sets” para ba- tel-o.
Os últimos resultados que Boussus obteve na Argentina e Chile nos mostram já, claram ente, sua grande classe e seu futuro proximo. Tambem acredito que mesmo este jovem jogador, jogando num mau dia, é preciso mesmo saber jogar tennis para batel-o. A contagem evidente
de 6/3, 6/0 deixa o publico sceptico, mas a mim isto não admira absolutamente, porque naquelle dia Pernambuco estava em um de seus melhores dias e, considerando que o calor tem influencia sobre Boussus, a contagem de 6/3, 6/0 é acceitavel.
Boussus deve ter sentido tambem uma grande mudança nas quadras rapidas do Fluminense e não podia reagir em menos de tres “ sets” .
Esperemos, pois, ainda alguns me- zes e teremos o prazer de apreciar e de julgar o jogo de Pernambuco, defendendo as côres brasileiras contra os argentinos, chilenos, etc., e elle terá, então occasião de ganhar o Campeonato Sul-Americano, cousa de que eu o creio muito capaz.
Ha muitos jovens no quadro social do Paulistano que têm especial facilidade pelo athletismo^ Vamos, é preciso iniciar!
Antes de fazer as suas compras de pelles
visitem a
PELLERIA WULFFRua BaiãG ile Itapetininoa. 53TELEPHONE, 4-3899
aii i i i i i i i i iM iii i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i ihi I R M Ã O S B O N A P A R T E E
I A L F A I A T E S |E RUA DIREITA, 35 — 2.» andar T Ei.. CENTRAL 18«4 =
~ Mo d e l o i s A m e r i c a n o s SMl l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l i l l l l l l l l l l l l l l l l l l i l I f l I l i l l l l l l MI I I I I I I I I I I I I BI I I I I I i l l l l l l l l l l l l l l l l l l l P
c. A. P. 11
LMl I l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l B l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l ^ i
Eis aqui um calculo sim ples e m ais que racional:
Ao cabo de um anno o oleo não lhe cusla m ais de 3 o|o do total que V. gasta para fazer funccionar o seu autom ovel ou cam inhão. Sem em bargo, o uso syste- m atico do typo adequado de oleo reduz-lhe á m etade as contas da officina, por concertos e sohresalentes.
Perguntam os-lhe: Póde V. contentar-se com um a protecção in ferio r á do Mohiloil?
MobíloilGuie-se peto nosso Tohello de R.ecommendaçòes
J i i i i i i i i i i i i i i i i i M i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i n
12 C. A. P.
Uma p h a s e da p r o v a de 120 m e lr o s , d i s p u ta d a no u l t im o f e s t i v a l aqiiatico. Vê-se em p r im e i r o p lano , R au l C a m p o s Sal les , vencedor .
Os technicos americmios, tidos hoje em dia como os mais completos conhecedores de assumptos esportivos, aconselham a pratica da hola ao cesto para todos os esportistas que necessitam de folego e resistência.
A in d a o u l t im o f e s t i v a l aquatico . Um aspec to parc ia l d i a s s is tênc ia , duran te um a das p r o v a s .
c. A. P. 13
J l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l i i i l l l l l l l h £ i i i l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l | i £
S R. Ribero Badaró, 22 - S. Paulo EE Maillots de lindos padrões E E e íinas qualidades, EE para homens e senhoras E M i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i r
Pergunte a seus ã77iigos esgrimistas se elles gosta^n de esgrima. H, depois, freqüente as aulas do mstructor Ra- malho, ás terças, quintas e sahbados.das 15 ás 17 horas.
MACACOROSA FILHO E PINHEIRO
ANTIGA CASA FUNDADAem IÔÔ6 Rü‘ 5ANTA EPH1QEN1A,155
Telephone C idade,4716
Radio[í
= Completamente fechado E
0 M A I S P R A T I C 0
0 M A I S S I M P L E S
0 M E L H 0 R
C arantim os sem pre o seu perfeito funccio- nam ento.
E VENDAS A’ PRAZO =
I CASA SOTERO |= RUA DIREITA, 47 =
I DIFRANCO Ii RUA S. BENTO, 50 =
à i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i M i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i r
14 C. A. P.
O TORNEIO DE ESTREANTES DO CLUB
Para preparar os estreantes do Club em condições de participar do Torneio de Estreantes que a Federação de Esgrima promoveu, realizou-se, no dia 18 de março, um torneio in terno para os esgrimistas da categoria. Tomaram parte no to rneio os principiantes do Club que possuiam uma aprendizagem de muis de seis mezes e menos de dois annos. Os assaltos foram de sabre e florete, disputados em cinco estocadas.
O torneio teve o seguinte resultado :
Florete:1.") — Aldo Mortari.2.*") — M argarida C. Nogueira.3.'’) — Marcello Borba.
4.**) — José Martins Costa.5.") — Luiz Chiappori.6.0
Sabre:1.0 -
Luiz José Mattos.
de C. e Mello
Frederico de Assis Pacheco Borba.
2.0 — Luiz José de C. e Mello Mattos.
— Oswaldo Bolinsoii.— José Martins Costa.
3.04.0Ao vencedor, foi conferida uma
medalha de prata com orla de OTiro. Ao segundo e terceiro collocados, respectivamente, uma de prata simples e uma de bronze.
No corrente anno, realiiar-se-ão mais duas competições de athletismo com o Club de Regatas do Flamengo, em disputa da taça “Eduardo Ramos'\
P a r c i u e l i n aLIOUIDA
CNCONrRA-SE EM TOQAS AS bAaS CASAS
c. A. P. 15
V E N C E R— Porque o crês ven
cido?— Porque tudo, em
toda a sua vida, é uma expressão de derrota. Morre pobre, incompre- hendido, abandonado. Junto a seu leito de agonia, vela tua piedade apenas.
— Confundes admiração com piedade.
— Tu, que resolveste, aos vinte annos, os problemas de tua existência, não pódes adm irar um homem que aos cin- coenta não ganha bastante para comer!
— O homem, de quem falas com esse desdem, realizou o seu destino. Morrendo pobre de ouro, incomprehendido e sósinho, agoniza em triumpho, porque defendeu, instante a instante, contra as tentações da terra, a verdade intima de seu ser. Para cada ente existe uma excepcional modalidade de victoria, offertada pelo mysterio ao segredo de seu coração. Tarde ou cedo, um combate tra- va-se entre a personalidade individual de um ser e a personalidade collectiva, que o egois- mo social lhe plasma, na sua convivência com os outros seres. Esse combate póde ser consciente ou inconsciente. Em mim, por exemplo, foi consciente. Acovardei-me, falhei.
— Falhar, tu? Mas,
si conquistaste renome, conforto, carinho, si todos te festejam e exaltam?
— Todos me festejam pelo que sacrifiquei de meu ideal ao seu ideal; não é a mim que exaltam: — exaltam a própria victoria na derro
ta que minha apparen- cia de victoria encobre. E ninguém sabe o que me custa essa appa- ren c ia ! Ninguém sabe quanto os louvores em torno á minha arte me torturam o espirito, sequioso de serenidade, e quanto a asafama em que vivo me atorm enta a alma, sequiosa de solidão. Nem, como artista, sou eu mesmo. In- stinctivam ente penso no publico, si canto, e im agino o leitor, si escrevo. Não é que deseje ap- plauso: — é para não dar de meu espirito aos outros sinão o inevitável de se dar, cantando ou escrevendo. O homem, que dizes vencido, nada sacrificou da verdade de seu ser. Viveu deslumbradamente, amargamente, dentro da vida maravilhosa. Nem de leve adivinhas a felicidade que lhe embala a agonia miserável. Sabe que não falhou, sabe que se realizou,trocando a ventura egoisti- ca de ser comprehendi- do pela dorida ventura de comprehender. E, ante a morte, sorri á vida, vivida sem s o r r i r . . . Esse é o victorioso. Foi, na dôr e na alegria, fiel a si mesmo.
— Que recompensa adveiu de tudo isso?
— A mais alta, a mais rara, a mais linda: — a recompensa de se sentir desnecessitado de recompensas. ..
R O S A L I N A C O E L H O L I S B O A
16 C. A. P.
0 PAULISTANO NA COMPETIÇÃO DE ESTREANTES
A tu r m a do Club, ven cedora do r cve sa m e i i to de áxlíi m e tr o s na com pe t ição de es trean tes que a Federação P a u l i s ta de A th le t i s m o effectuoii a 25 de Março ult im o .
Da esq u er d a p ara a d ir e i ta , L u iz B icudo Jor., Raul B riosch i , O vande S i l v e ira e José de Sou za C a m p o s .
MANUEL ALONSO EM S. PAULO
Um a sp er to do Joqo de d u p la s , e f fec t i iado no d ia 24 de Março no Club. O p r i m e ir o é MaiHin P laa. D epo is , Nelson C ru z' Manoel A lo iiso e R ic ardo Pern am bu c o .
c. A. P. 17
r/7í aspecto da a ss is tên c ia d u r a n te os jo;jos de Manoel A lonso , no Club
Os jog a d o res da p a r t id a de d u p la s , nos torneios in ternac ionaes que o P a u l i s ta n o p r o m o ve u a 24 e 25 de Março u l t im o . Da e squ erda p a r a a d i r e i ta : R ic a rd o P e r n a m buco, Manoel A lonso , J. B. da C unha Bueno, ju i z , M art in P laa e N e lson Cruz.
18 c: A. p.
cMarfin ^laa
S la êuropa
Martin Plaa
ARTIM PLAA foi para a Europa. Foi outro dia mesmo, sem que quasi ninguém es
perasse. Quasi fugiu. Não se esqueceu, porém, de vir despedir-se da “ ('. A. P .” . Veiu despedir-se e veiu contar que nós podiamos annunciar, desde já, o seu regresso physico. Porque elle já sabe que não póde
ficar muito tempo longe da sua alma. E a sua alma elle já a deu, faz tempo, ao Paulistano.
Volta logo. Deve estar aqui outra vez em agosto. Depois, talvez fique sempre por aqui. Desta vez, contrahiu um compromisso em Buenos Aires, com os felizes tennistas a rgentinos que vão disputar a Taça “ Davis” , e não pôde deixar de ir. Quando teve que arrum ar as malas, sentiu que doia largar o Paulistano durante uns mezes Mas não tinha mais remedio. E elle foi com uma vontade enorme de que o tempo passe depressa.
Plaa não quer que se esqueçam delle. Quer conversar sempre com os seus amigos do Paulistano. E, para isso, de lá de longe, elle vae mandar, para “ C. A. P .” divulgar, umas conversas muito interessantes.Vae falar tios jogos que foi assistir. E deve contar muita coisa bóa.
Em maio, miciar-se-ão as obras de remodelação e ampliação da séde social. Nessa época, a secção social do Club irã passar por uma reforma modelar.
" C . A. P . " é c o m p o s t o e io
Estalieleciiiienlfl Grapliico PlUIXRUA DO CARMO, T2 : S. PAULO
Um arremes.so do dr . Max de B arros E rh a rd t
c . A. P. 19
Uma thesc interessantePlinio Botelho do Amaral esco
lheu, para sua these de formatura em engenharia, assumpto quasi novo: um estádio. Projectoii-o com carinho, applicando todos os conhecimentos que a pratica esportiva lhe proporcionou.
EA interessante, porisso, o seu trabalho. Delle extrahimos alguns clichês e a sua interessante intro- diicção.
“ Ninguém mais será capaz, em boa mente, de negar as vantagens physicas da pratica dos esportes. E ’ axioma que a funcção faz o or- gão. Está assente que o corpo tra- ballia no esporte.
Muito pouca gente, entretanto, se inteirou das bemfeitorias moraes que o esporte traz aos seus p ra ticantes. Quasi desconhecidos, sen- tem-nas perfeitamente, todavia, os que tê ma felicidade suprema de procurar no desporto a distracção pura e o revificador das cellulas organicas.
Dessa acção moral benefica, disse bem, em um dos últimos números da revista parisiense “ Nos Loi- s irs” , a grã duqueza Maria, filha do grão duque Paulo, contando como, depois de ter pertencido á côrte da Russia, conseguiu fortaleza moral bastante para trabalhar arduamente a ponto de enriquecer. E ’ hoje a proprietária de um grande estabelecimento de modas e ella attribue a sua riqueza, o seu tra balho todo, á acção benefica da pratica esportiva.
“ Eu gosto do trabalho porque sempre pratiquei o esporte com alegria. Adquiri o espirito esportivo. E ’ elle que me faz vencer todas as, difficuldades que se me apresentam. Que me dá prazer em vencer obstáculos” .
E ’ o mesmo que nos ensina a historia grega. Emquanto foram assi-
duos os hellenicos na pratica esportiva, tambem lhes assistiu uma invejável força moral. Emquanto
se disputaram com regularidade os Jogos Olympicos, foi grande e forte a Grecia Antiga.
Estes jogos instituidos, segundo a lenda, por Hercules, foram depois de longa interrupção restabelecidos segundo os conselhos de Ly- curgo, pelo rei Iphitos; mas foi somente com a prim eira olympiada (770A .C.) que os jogos olympicos se tornaram realidade histórica. Desde esta época até o fim do século IV da nossa era, durante perto de doze séculos foram celebrados muito regularmente.
Muito tempo antes, os athletas, que deviam tomar parte nos jogos, dirigiam-se ao gymnasio de Elis onde se exercitavam e mantinham num regimen especial sob a vigilância de magistrados particulares, os hellenicos, designados para p residir aos jogos. Os concorrentes deviam ser da raça hellenica e de condição livre; prestavam ju ra mento na Bulenterion de Olympia, sobre o altar de Zeus Herkeios. Os concursos eram submettidos a um regulamento severo. Os hellanodi- ces proclamavam os vencedores e no caso de ser preciso applicavam multas.
A festa olympica durava cinco dias. No prim eiro dia tinham logar os sacrifícios, procissões e cerimonias diversas.
Os jogos propriam ente ditos enchiam o segundo, o terceiro e o quarto dia.
O programma dos concursos variou segundo as épocas no seculo IV e V A.C. e pouco mais ou menos na ordem porque se effectuavam, a lista dos principaes exercicios era o seguinte:
No Estádio:1.‘0 corrida a pé (dromos), cor
rida simples, dupla, sex-dupla;
c. A. P. 21
2.°) corrida armada, em unifor- disco, o dardo, e as tres especiesme de guerra (hoplitodrom os);
3.®) lucta á mão aberta (palé);4.'0 pugilato (pugm é);ã."*) o pancracio (pancra tion);
o pentathlo (pentathlon), comt)inação de cinco exercicios, o
de luta.Quando os concorrentes eram nu
merosos combatiam dois a dois, depois de se tirarem a sorte, combatiam os vencedores, até que um deites ficasse só.
22 C. A. P.
1 "
'0
N o H i p p o d r o m o :1.') corrida de quadrigas ou car
ro de quatro cavallos;2 /) corridas de carro de dois ca
vallos;3/0 corridas de cavallos mon
tados.
Para os exercicios dos Estados distinguiam-se os concursos dos homens e os concursos de moças, aos quaes se accrescentaram em certos tempos os concursos dos mancebos.
(Continua na pagina 24)
c. A. P. 23
conío de nata•ESUS teve uma infancia gloriosamente decantada.
Teria sido feliz?Eu não tive infancia. Tambem não
sei si o sou.★ * *
A’s vezes, quando se me antolha um livro com a nota explicativa: “para a infancia” , esqueço-me de mim e começo a pensar que a humanidade está na in fa n c ia ... E ’ que a minha infancia principiou aos 15 annos, com as prim eiras leituras. Tudo pois, para mim, é imaginação. ..
Eu nunca ouvira falar em Landry, em Aladim, em São Nicolau, em- fim em nenhum desses entes bondosamente imaginários que povoam de um infinito de sonhos o cerehro das creanças.
Conheci-os aos 15 annos, Je mim para mim. Por isso, a despeito de me chamarem vaidoso, é que me ju lgo um Landry, um Aladim, um São Nicolau remoçado, um principe feliz qualquer artificializado.
Tambem não sei si as creanças da cidade morta em que nasci foram surprehendidas por São Nicolau. Não sei. Mas deviam ter sido, com certeza, porque de nenhuma sei que sonhe como eu. Esperdiçaram todas
as suas esperanças, todas as suas emoções á espera do velho de cahellos flo- :ados de neve.
Em creança, na edade feliz
^ o e h a ^evveiva da inconsciência, em que tudo se nos depara através de um véo de doçura e de um raio
forte de esperança de crescer, de subir, de ficar moço, — em creança eu não tinha sapatos para pôr em cima do fogão, na vespera de Natal. São Nicolau só visita as creanças que têm sapatos. . .
A’ noite passada, cheio da inno- cente convicção das creanças, deixei os meus sapatos sobre o fogão e fui-me deitar.
Pelos olhos deslum hrantem ente abertos do meu cerehro passou toda uma geração de dois mil annos.
O velho de cahellos flocados de neve do Norte, vergado ao peso de m ilhares de brinquedos, me acenou com sorrisos bons e dadivosos.
Sonhei. Sonhei sonhos lindos como as noites estrelladas. E as noites eram mesmo cheias de arvores de Natal carregadas de estrellas á minha espera. Quando eu quizesse,^ ellas cahiriam sobre a minha cabeça, como um punhado luminoso de presentes do céo.
Sonhei. Nenhuma creança grande como eu attentava os olhos esgazea- dos na arvore de Natal. Eram todas pequenas, garrulas, palrantes, mas como que scientes da sensação que as devera surprehender.
Só eu, eu só estava perplexo, maravilhado ante o que via.
★ ★ ★
Os principes das lendas, as ra inhas das bailadas, as figuras ara-
hescadas das legendas: fadas, bruxas, princezas, reis anões, gigantes, numa lumi- nura phantasm agoricam ente polychromica, começaram a acenar-me de um paiz mui^ to longe que o meu sonho
24 C. A. P.
de acordado trazia m im . . .
para junto de
Concilei o somno, a custo, alta madrugada, feliz como um deus pagão coberto de myrthos e de rosas . . .
Ao outro dia, quando despertei na
minha curiosidade de creança, fui em busca dos sapatos.
p]ncontrei-os como os havia deixado : rotos, vazios das própriasm eias. .. Ao calçal-os, senti nos hombros lassos o peso de vinte e cinco annos que, certo, muito mais me pesariam si São Nicolau se lembrasse de mim em c re a n ç a ...
Um hom salto de Germano Naschold
U m a t h e s e i n t e r e s s a n t eHaviam tambem concursos de arautos e trombetas. No tempo do império romano instituiram -se concursos musicaes e litterarios. Na época hellenica, os jogos olympicos davam ensejos a concertos, a leituras, declamações ou conferências. Hero- dato leu aqui os fragmentos de sua Historia.
No quinto dia da festa tinha logar a proclamação dos vencedores que recebiam cada um a palma e a corôa de oliveira.
Esta proclamação era seguida de uma procissão solemne dos olympio- nicos e de um banquete no Pry- taneu.
Depois de todas as ovações do Olympia, os vencedores entravam em trium pho na sua patria. Offere- ciam-se-lhes os banquetes (kamos),
{Continuação da pagina 22)
onde se executavam cantatas compostas em sua honra, muitas vezes por poetas celebres, um Simonides, um Pindara. (^.oncediam-lhes honras de todas as especies. A grande festa Olympica, considerada por todos os gregos como a sua grande festa nacional ou internacional, tinha os seus olhos tanta importância que desde o seculo 111 A. C. já se contavam os annos apenas por olym- piadas. Numa multidão de cidades instituiram -se festas e jogos chamados olympieia, imitação das festas de Olympia. Estas olympieias multiplicaram-se ainda no tempo do império romano.
Os jogos olympicos foram sempre considerados como uma das principaes manifestações da vida hellenica.
c. A. P. 25
mim
’-1ÍfSKÍ:«íllli
aiiiBiiiiniiiiniiiiiiEiiiiíiiiiiiiiiiiiiiiiiiiih
= B. Libero Badaró, 22 - S. Paulo =T i i i i i i i i i b i i i i i m b i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i p
Um estan taneo de Manoel A lonso , cam peão h espan h o l qu an do dos seus jogos no CAiib
Teem-se restaurado nos nossos dias jogos olympicos internacionaes. Ein grande parte devido aos esforços do Barão Pedro de Coiiberten, foi organizada a Junta Internacio- nald e Athletismo, e em 1896 celebraram-se os jogos no estádio pa- nathenaico (de Athenaico) de Athe- nas. Outra festa im portante desse genero realizou-se em Paris em 1900. Em 1906 realizaram-se novos jogos em Athenas e em 1912 em Sto- ckholmo; em 1920 em Antuérpia; 1924 em Paris e no anno corrente deve realizar-se em Amsterdam.”
O departamento medico do Club vae ser uma repartição que permittirá aos socios um perfeito controle da sua saude.
A l i l I f l I l l l l l l l l l l B I BI I I I I I I I I I I BI I I I I I l l l l l l l l l l L= SELLINS E ARREIOS = E de todos os EE typos para montaria e carro E
= Em se tra tando de arti- =
= gos para todos os es- =
E portes, prociire sem pre a EE nossa casa. Especialista e E
= imica no genero. =
= Os nossos artigos são =
E bons e os nossos preços EE não têm concorrência. E
” “
“ Ao Esporte |I Nacional'E 99, AV< s . JOAO, 99 E
I COSTA FARO & CIA |
E Teleph, Cidade 3660 SM l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l f j
26 C. A. P.
••Ví 0 V v ./
( P A R A "C. A. P.")
G A B R I E L D E B A R R O S
Oh! quantas vezes iiella, antigamente, Afrechando na praia os jacarés,O indio remára, lepido e contente. Em busca de indias para as poracés!
Mas eil-a agora solta na corrente, Roçando aqui e ali nos aguapés,E rolando de leve, docemente,Como a cestinha em que rolou Moysés.
Eu vou na vida assim, como a canòa, Que rodando, morosa, sobre as agiias, Vae sem temer oscillações da sorte. . .
Tambem assim eu vou vagando á toa. Escondendo no peito as minhas magnas E descendo, de manso, para a morte. . .
^ui i i i i i i i i i i i i i i i iMii i iMii i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i t ini i i i i i i i i i i i i i i i i i i i iniPj :E OSf-e »PBP!3 auoqdaiax — « in c j ccg — f>9 « N[ sajXy SBiqjBMí Biig =
I Via osnavD zim |E uia SBUIJOJ0J a ‘so^aaDuoa EE 9p ob5d0s UI0 3 *BiaB50dB^ 0 buij:)ia ‘s0o5buijb ‘s i0aoi\[ ^
I o s n > i v 3 v m v N O H V H |
^ i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i M i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i n
•OpBOOnOOO J 1 0 D J 0 1 9 o p u n g a s ‘ o j i a u i i j d ob a ; - u 9 u i B A T p 9 d s 9 j ‘ a z u o j q a p a s a | d u i i s B ^ B j d a p ‘ o j n o a p is\ão u i o a B ^ B J d a p s B q i B p a i i i S B p m q i J i S T p O B j a ^
• a s s B p j a n b i B n b a p s o ; u a u i a p s o i i a a o B o p u a s ‘ B p s o o p a B i u n u i a s o p B j r i d s i p O B j a s s o ^ p s s B sq • B u i T j g s a a p B p q n B j O B Ô B j a p a ^ b o p B T i T j q n p u i n u o ; d T j a s u i B ^ s i i u i j g - s a j a n b p n b B J B d ‘ a j A q jb ob B p B d - s a a p o p u j o ; u i n n a A o i u o j d oubjsti - i i B j o ‘ i j j q y a p « * 1 ^ Í P o
aaAn av ov vavdsa aa oiajsiaox o
• • • • • • • •
•OpBOlJTSSBpsaQ— OUBPB3 *S 9 P OUBip^I o jn a jT 3 — T jo g a j o j n p v — o‘8
•BTJOpiA 0 — OUBpqnBcJ *V *□ — B1S03 suipBpv[‘asQf —
•SBIJOpiA ^ ‘OUBpq-OBJ V D — tÍb p g k opiv — 0*9
•SBTJOPTA 2 ‘aPíX SBJ- B g a a 0 — liippv.p õ i i i n x — „ ç• s B u o p i A 2 ‘ o u B p q n B j ' y '•j— B q j o g * ( j - y a p o n a a j B i \ [ — f
•SBlJOpiA2 ‘ , , B p p B n Ç ) u i „ B i i i T j g s a a p o [ n a j T [ ) — j a g u B ^ P ^ J d — « ‘ C
•SBTJOpiA f ‘SBjpUI{BJ• y * y — BUBiBouBig pngij\[ —
•SBTJOpiA 9 ‘ a p i J L SBJ - B g a y ^ a p * 3 — u B q B ^ S T S s y —
: a p j o | j a p buijb bu ‘ o p B p n s a j a j - u m g a s o a s - o p u B a i j T j a A ‘ o j i x a o u a j d u i o a o ó j B i u a p qs ^íP ou a p á a s - n o z q - B a p - B u i T j g s a o p B p q n B j O B Ó B j a p - a ^ B ^ a d o p T A o u i o j d s a ^ u B a j J s a a p o p u j o j o p n o d p p j B d o u B p p u B p q
vmHosa aa 0¥5vaaaaa va axNvaaxsa aa
oiaNaox o
•loqapjo jBopBjd uiBJianb anb sopBpossB so sopo) as-jTgiJip luaAap apa y -obô -aas Bp jopajp )-qns o a anb ‘B jpp -ÍB3 op|Bopop) ap OBòaajTp b qos ‘ajdiuas ouioa ‘OBjsg -uiBJBpiui as Bf qnp) op |oqa)nj ap souiaj) sq
loaaxíia aa soNiaax so
LZ d V a
28 C. A. P.
R o d r i g u e s d e A b r e u , o poeta triste que o Brasil perdeu ha pouco tempo, tinha muitos amigos em São Paulo. Todos os que o liam uma vei o eram sinceramente. Mas havia alguns, eleitos, que tinham a ventura de ter a amizade retribuída pelo poeta. E, a esses, elle escrevia com frequencia umas cartas preciosas. Uma dellas, é a que reproduzimos abaixo. Pertence a apreciado poeta, que consentiu ã “C. A. P. que escolhesse, no seu archi- vo, a carta mais valiosa, Hil-a:
“Acabo de receber a sua caria. Está cheia de sol. Gostei. Eu gosto de sol, de enthusiasmo, de simplicidade, E gosto de você tambem, oleré! Você têm tudo isso.
Faço votos p / que você sempre me conte as suas alegrias. Seus momentos de ternura. Não é porque eu seja doente que eu deixe de gostar da vida. Acho a vida linda, boa mesmo. Ha em mim a tristeza de não poder saltar agil na vida. Não me entristecem as farras moças dos meus amigos. A lembrança de que não posso ser companheiro nellas, isso sim. . .
No meu livro que váe apparecer (este fim de niez quero ver se o levo a S. Paulo), “ O Homem que se tran sform ou” , eu até digo que entre os amigos, amo extraordinariam ente um bohemio sem responsabilidade. . . “ que m e co n v id a para ir ao bar beber
cerveja .E ’ esse o am igo que eu am o extraordi-^
n a r ia m e n te :não m e fa la em doen ças, não m e en sin a
rem ed ios.Mas, fa la -m e na v id a , lev a -m e pela v id a . E dá-m e a sen sação abençoada e e x q u is ifa de que em m eu s la b io s está f lo r in d o a
rosa fresca da saude, que ire i d esp eta lar d o id am en te na v id a ! ”
Por abi você vê qual a disposição do meu espirito. Mande-me contar o que se passa por abi com você.
Sempre os moços da cidade, quando se vêem no interior, ficam deslumbrados. Aproveite os momentos em que o seu espirito sóbe até aos astros. Os bons momentos que Deus concede aos poetas de raça como você.
Mandarei o que saia no “D iario” . Elles pediram-me que fizesse a critica. Eu vou fazer. Tenha-me sempre ao par do seu endereço para lhe m andar o meu livro, ao apparecer.
Obrigado por me dedicar a poesia que váe fazer. E você deve crêr na minha amizade. E ’ uma grande amizade que senti por você ao vê-lo no “ D iario” . Parecia que eu já o tinha visto não sei onde, e que já tinha sido seu amigo. Você não professa o espiritism o? Eu acho o espiritism o o conjuncto de philoso- phias, que melhor explica e “ obriga” a gente a suppoi Lar a vida. Eii creio ter visto e privado com você num tempo longe. A revelação do seu espirito em “Tintas verdes de melancolia” confirmou a minha af- feição espontanea” . — Seu de coração — Rodrigues de Abreu.
P. S. — Mande-me dizer se você conhece Lionello Fiumi, um ardoroso “ novo” da Italia. A sua técnica tem explendidos pontos de contacto com a delle. Vocês se parecem, sendo todavia distinctissimos. Mas, na técnica somente. — O mesmo.
Baurii — Araújo Leite — 76, 18 XI 926.”l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l h
= ARTIGOS PARA VIAGEM E i MALAS E OUTROS =
E R. Librro Radaró, 22 - S. Paulo E M l l l i l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l P
c. A. P. 29
PARA TIRAR TAES PHOTOGRAPHIAS
( •
E’ NECESSÁRIO TER UMA CAMEHA
^ a i s s ^ Â o r iA’ VENDA EM TODAS AS BOAS
CASAS DO RAMO
R e p re s . G eral THEODQR WILLE % Cm . - S . P au lo - C a ix a , 94' ^i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i inii i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i ’-
M a i A REAL I H G L E Z A \NOVOS E LUXUOSOS \PAQUETES A MOTOR |
I 22,500 ton. “ALCANTARA” 32,000 ton. |i registro “ASTURIAS” deslocamento =I VIAGENS RAPIDAS PARA EUROPA EM 1928: |E Para I^isboa em 11 dias — Paris 13 dias == 8 de Maio de 1928 EE 3 de Abril de 1928 — 29 de Maio de 1928 Ei FREQÜENTES SAHIDAS DOS OUTROS VAPORES Ei DA SERIE “A” II THE ROYAL MAIL STEAM PACKET COMPANY | Ê Praça do Patriarcha 8 Telephone 2-0589 E
I S Ã O P A U L O IT l l l l l H l l l l l l l l l l l l l l l í l l l l l l l i l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l i l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l i l l l l l l i l
30 C. A. P.
Como 0 porque Weissmuller é 0 melhor nadador do m undo
(Para C. A. P.)
Carlis ilc Caimus SoliriÉi(Professor do Club)
A natação moderna tem tres grandes ‘‘astros” de prim eira grandeza na classe dos liomehs: JotinnyW eissmuller, americano, Arne Borg, sueco e A. Charlton, australiano. Cada qual é especialista, campeão e recordista de determ inadas d istancias, e, á prim eira vista, parece im- possivel dizer qual delles é melhor em sua especialidade. Se os recordes
de Charlton, actualmente em descanço, são admiraveis, não o são menos os de Arne Borg — “ a maravilha aquatica” — e os de Weissmuller — “ o hydroplano hum ano” .
Um delles, no entanto, deve ser destacado dos demais. E ’ Weissmuller. Elle, além de, como os outros dois, m anter em sua posse constante um punhado de recordes do mundo.
.J. .
Ao a l to : — A taque do braço es qu erd o a c o m p a n h a d o do p on ta -pé do pé do m e s m o la do . Note -se a po s içã o do braço d ire i to .
E m b a ix o : — W e is s m u l l e r em acção. E s p le n d i d a dem o n s tra ç ã o da m a n e ira de a s p ira r . Note-se a po s içã o do braço esqu erdo .
de quando em vez, para dar alguns pontos ao seu clube num campeonato, abalança-se a disputar uma prova da qual não é especialista, e, deante da admiração de todo o mundo, bate tambem o recorde da distancia. E ’ verdade que sempre que isso se dá, o antigo recordista p repara-se e pouco depois consegue rehaver o seu recorde, mas, em compensação, ninguém até hoje conseguiu fazer o mesmo nas distancias em que o “hi- droplano” é especialista. Weiss-
c. A. P. 31
'-V \ '
Em c im a : — W e is s m u l l e r dá u m a b a t id a com o pé esq u erd o q u a n d o o braço d ir e i to está em angulo rec to com o corpo.
E m b a ix o : — M o vim en to in v e rs o do s u p e r io r . “ K i c k ” do pé d ir e i to q u a n d o a m ão e sq u er d a a t t inge o m a x im o da p r o fu n d i d a d e .
E m a m b a s as p h o to g r a p h ia s vê-se com o é a m p la a ex- tensáo dos braços .
muller, pois, recordista mundial de todas as distancias até 400 metros, é melhor nadador que Arne Borg, rei das provas de meio fundo e que Charlton, que desde os 1.000 metros, mais ou menos, onde term ina o reinado de Borg, domina até os 2.000 metros.
Tudo isso, entretanto, não seria necessário para que Wissmuller fosse, como é, o nadador mais conhecido e admirado do mundo. Se elle fosse Arne Borg ou Charlton, tam bem o seria.
E isto porque, antes de mais nada, os norte-am ericanos são os campeões mundiaes da p ro p ag an d a ...
Na piscina do Paulistano, entre os que aprendem a nadar, a maior preoccupação é saber como Weiss
muller nada. Aliás, isso é bom, pois, se todos procurarem assim ilar as bases geraes do methodo de nadar do campeão mundial, adquirindo depois o seu estylo proprio, acabaria- mos tendo bons nadadores. A força de vontade e a paciência, entretanto, são indispensáveis. E ’ por isso que eu, as vezes, tenho vontade de ir aos Estados Unidos agarrar Weissmuller e trazel-o para a piscina do P au lis tan o ...
Isso não é possivel, mas, felizmente, eu posso satisfazer ao grande desejo dos paulistanos nadadores. Vou dar aqui a palavra ao “hi- droplano hum ano” para que elle diga como nada e “ C. A. P .” acompanhará essas palavras com algumas
32 C. A. P.
\ e s t a e x t r a o r d in a r ia ph o - iograph id vê-se p e r f e i t a m e n te com o d eve ser execu tado o m o v im e n to de ro tação dos pés . E lles d e v e m descer v o l tados p a r a den tro e s u b i r em p os ição ver t ica l .
photographias de posses especiaes do campeão mundial.
Fala W eissmuller:“ Quasi todas as pessoas têm um
estylo differente de qualquer outra e ninguém deveria ten tar mudar o seu estylo se elle vem naturalm ente.
Simplesmente deve-se aperfeiçoar o methodo natural.
A prim eira cousa a aprender é não adeantar demais o braço direito ao começar a braçada. Conservar o hombro direito acima da agua, é essencial, e então, o nadador deve estender o braço direito em frente a elle e um pouco para a esquerda do centro da cabeça, conservando- o levemente curvo no cotovello. A respiração é então tomada, e, como o braço direito é puxado debaixo do corpo, a cabeça vae completamente debaixo da agua. O braço direito viaja para traz alongando-se até estar completamente extendido ao form ar angulo recto com o corpo e o ataque é feito tão fundo quanto o comprimento do braço o perm ittir.
A braçada é feita em direcção ao joelho esquerdo. Eu sempre gosto de dizer que um nadador deve “ aperta r” a agua.
Exactamente o mesmo methodo é usado para o movimento do b raço esquerdo. A respiração é exalada debaixo da agua, no fim do ataque do braço esquerdo, e, aspirada novamente assim que começar o ataque do braço direito e a cabeça estiver fóra da agua outra vez.
O movimento do corpo deve ser aíiaptado ao dos braços. Eu tomo tres “ kicks” (ponta-pés) alternados com o pé direito e esquerdo, quando o ataque do braço direito é executado e mais ires com o ataque do b raço esquerdo.
Nesta p h o to g r a p h ia vê-se a b a t id a do pê d ir e i to p r es te s a a c o m p a n h a r o a taque do braço do m e s m o lado . Note -se que o braço já está
na aqiia qu a n d o é d a d a a b a t id a e ob s e r v e - se a m a n e ir a de resp irar .
c. A. P. 33
Nunca será permittido aos pés estarem a mais do que oito pollega- das de distancia um do outro e elles devem ser suspensos numa especie de angulo (andar de pombo). Isso lhes dá mais força. Será melhor acompanhar o ponta-pé assim: b raço direito começa em baixo, pontapé do pé direito; braço direito no maximo da extensão, ponta-pé do pé esquerdo; braço direito joelho, ponta-pé do pé direito. Braço esquerdo começa, ponta-pé do pé esquerdo; braço esquerdo no maximo da profundidade, ponta-pé do pé direito; braço esquerdo ao joelho, ponta-pé do pé esquerdo. E, assim por diante, numa especie de rithmo.
DEPOIS DO TREINO
d l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l h
= Brinquedos uteis e instructivos E
Tome um aperitivo no
B A R C A P I T O L I O
= MACHADO, MESQUITA & CIA. E E R. Libero Badaró, 22 - S. Paulo =Tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiipisto pode ser muito bem praticado em terra.
“ Sempi*e experimente nadar com a cabeça levantada. Isto ajudará a desenvolver o arco nas costas e cortar a agua com o corpo. Cabeça e pés acima, conservam o arco nas costas emquanto nadando.
Isto é tudo o que se deve fazer para nadar depressa ou muito — isto e pratica.”
Abi está, srs. paulistanos-aquati- cos, como nada Johnny Weissmuller, o maior nadador do mundo. Agora, cabe a vós emital-o no que for possivel, conservando o estylo natural, segundo elle mesmo aconselha, e, abaixo os recordes do m undo. . .
i i l l l l l l l l l l l l l l l l l l l i l l l l l l M l l i l l l l l l l l l l l l l l l l l i
= Para sua nova residencia = = adquira =E um grupo de moveis de junco, nau
& =E B. Libero Badaró, 22 - S. Paulo — iTiliiiiiiiisliiliiiiiiiiiiifliliiiiiiiiniiiiriiiiP
Mande seus filhos ás aulas de gyni- 7iastica do Club. Assim elles serão sempre sadios e fortes.
ROSTO DE MULHERO co lor id o de um quadro é com o um rosto de m u lher. O ros to e n g o r d u ra d o
e sem tra to é a d em o n s tra çã o nina do d e s l e i x o . . . ora toda a m u lh e r f in a e de t ra tam en to , cu ida do tra to de sua ci it is , p r e f e r in d o para is so ar t igos p i i ro s e sem drogas nocinas que a taqu em a e p id e rm e . A f im de en i ta r que as nossas d i s t in c ta s c l ientes usem p r o d u c to s que p o s s a m ex tragar - lh e a cu t is , r e c o m m e n d a m o s o uso do nosso já celel>re
PO ' DE ARROZ DR. SMITHde p u r e za sem igual , de p e r f u m e or ig ina l , de adherei ic ia inegualanel e de u m ato n a l id a d e be lla que e m p re s ta n e rdade iro encanto ao rosto .
A venda nas nharmaclas - Drogarias e Períumarias. Laboratorlo Dr. Sralth - Rua Sergipe, 48 - 8. PAULO
34 C. A. P.
. d l l l l l l l l l l l l l l l M l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l— A rtigos Para P ra ia , E sp ortes, —^ V iagem , M ontaria e B rin q u ed os. H
Z R. L ibero B adaró, 22 - S. PAULO ^
« T l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l 8 I I I I I I I I I I M I I I f l | | p
A disciplina, a vontade e a perse- vera7iça são funcções do esporte. Sem essas qualidades jamais te poder ás e7i- vaidecer de um resultado ou de uma victoria.
i 6 Í L _- I Z e i t t e r I
WINKELMANNZ[ITER l WINKELMANN
PRAÇA DA REPUBLICA, 41 S Ã O P A U L O
OS TREINOS DE ATHLETISMO
Os treinos de athletismo estão-se realizando com grande frequencia. São em grande numero os novos praticantes do athletismo e todos elles acham-se animados de optima boa vontade. Freqüentam com assiduidade os treinos e o resultado desse merito já se está fazendo notar pelos resultados que se vão verificando.
Um rapaz a rgu to . . .O joven funccionario daquelle
banco nacional da rua 15 tinha o habito de fazer apostas. Tudo para elle era motivo para apostas. Quem seria, por exemplo, a prim eira pessoa a ser atropelada na rua S. Bento, na semana vindoura? Um preto? Uma senhora de idade?
Tanto abusou desse expediente que o chefe do escriptorio resolveu removel-o para o interior, com re- commendação expressa ao gerente local.
O gerente recebeu-o com um sermão, pedindo-lhe que mudasse de hábitos. Era um homem sério, com um passado brilhante, e queria respeito na sua filial.
— Que o senhor é um homem sério, sr. gerente, eu sabia. Tenho até informações lindissimas sobre a sua actuação na revolta de 93. Sei que o sr. lutou como um heróe ao lado de Floriano, recebendo até um ferim ento no hombro esquerdo.
O gerente achou graça na historia, porque nunca brigara uma vez sequer, na sua vida.
— O sr. não tem o ferim ento? Aposto 20$000!
— Vae perder o d inheiro . . .— Não! Se affirmo é porque te
nho certeza.— Feito!O gerente tirou o paletó, o colle-
te, a camisa, e mostrou as costas. De facto não havia ferimento algum.
— Acceito, porque negocio é negocio. Mas fique sabendo que nesta casa nunca mais se fará a menor aposta!
No dia seguinte o gerente recebia do chefe do escriptorio da matriz do banco ordem para pagar, por sua conta, 200$000 ao joven funccionario, por ter este apostado em como obrigaria, no dia da sua chegada ao seu novo posto, o gerente a tira r a camisa na sua f r e n te ... — E.
Co7u a criação do almoxarifado, poderão os srs. associados adquirir qualquer material esportivo, dentro do proprio Club, por preço menor que na cidade.
c. A. P. 35
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiin
E H. Libero Badaró, 22 - S. Paulo E= Fabrica e im porta EE artigos para esportes EE das mais afamadas marcas. Em iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiir
MANUEL ALONSO GOSTOU DO PAULISTANOO campeão Manuel Alonso, que os
nossos prezados consocios tiveram opportunidade de adm irar ainda ha pouco tempo, gostou deveras do Paulistano. Já o tinha dito, quando visitava o Club. Mostrou-se adm irado de suas installações. Mas as suas palavras foram, naturalm ente, levadas em conta de seu requintado ca- valherismo. Porque Alonso, antes de tennista, é um perfeito cavalheiro.
Já agora, entretanto, não se póde mais duvidar de que o grande tennista era sincero, quando dizia, portas a dentro da nossa séde, muito bem do Club. Porque foi repetir tu do lá fóra, em condições que não
lhe impunham a delicadeza de ser cavalheiro.
Eis o que elle disse do Paulistano a um jornal:
— “ O Paulistano é um dos maiores clubes do mundo. Nos Estados Unidos tenho visitado innum eros clubes, mas ainda não encontrei um egual ao Paulistano. São sempre clubs especializados num determ inado esporte. O Paulistano, não. Possue de tudo e disposto de maneira que perm itte uma expansão sem limite. No Rio, eu conheci o Flum inense. Mas o Paulistano tem mais espaço e póde ampliar-se mais do que o clube carioca. As suas installações são explendidas.”
l i i í i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i ü i i i M i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i h
C £ L $ £ à R £ k d i oGrande baixa de preços
\>
ValvuIas Radiotron U x 201 A . . . . 14$000 =U X 112 A . . . . 38$000 I
Ratterias Eveready 22 1]2 volts 22$500 E45 ” ____ 45$000 I
Layerbilt 45 ” . . . . 58$000 |viiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiTiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinT
36 C. A. P.
0 FUTEBOL DE HONTEM E 0 DE HOJE(Para “C. A. P.")
Quem, nos dias de hoje, se metter a falar de futebol, em rodas aristocráticas, é um deselegante. Está assentado: o futebol é assumpto in- terdicto ás palestras perfumadas de finura e distincção.
Foi-se o tempo em que o nosso futebol preoccupava sinceramente tcdas as camadas sociaes, que se misturavam semanalmente no Velo- dromo e no Antarctica.
O futebol já foi um caso sério na vida elegante paulistana. E isso não faz muito tempo.
Ninguém se continha, entáo, que não fosse assistir, nos domingos, se não á partida de seu club predile- cto, ao jogo mais importante.
As praças de esporte abarrotaram nesses dias. Em cada palmo quadrado se imprensava um par de botinas dom ingueiras.. .
As arvores próximas do campo, os muros que o cercavam, tudo em que um mortal pudesse estribar um pedaço de pé ficava occupado .. .
E aquella massa de gente, empolgada ou frenetica, não perdia um lance da partida. Olbos presos á bola, espicbavam-se pescoços, contorciam-se corpos, numa ansia doida de não a perder de vista, por segundo que fosse. . .
Mas o paulistano, rico ou pobre, não ia aos jogos de futeljol só para sentir as emoções de uma partida. A ttraiam -n’o tambem a variedade de rostos bonitos, em cuja contemplação platônica empregavam os inter- vallos da batalha.
A paulistana sabia bem disso e não se aborrecia. Muito pelo contrario , até gostava. Vaidosa, em pertigava-se toda e punba-se a d istribuir sorrisos grandemente toxicos ás mancheias. . .
Assolou S. Paulo, então, a praga
A. G. FILHO
fu tebo listica .. . Todos queriam jogar futebol. E não houve objecto espberico ou ovoide que não vivesse aos trambolbões de pé para p é . ..
O futebolista elevou-se a coisa parecida, com senador ou deputado.... Ninguém, na cidade inteira, lhes ignorava os nomes e as virtudes esportivas. De bocca em bocca corriam as suas façan h as...
Mas tudo aborrece. Os futebolistas tambem se aborreceram de dar ponta-pés na b o la ... Tentaram varia r os processos de jogar. Tudo cançou. . .
Desgraçadamente, então, alguém aventou que seria divertido dar. ponta-pés no adversario tambem... Poz- se em pratica a id é a . .. Transfor- maram-se as partidas de futebol em scenas de pugilato. Eram canellas quebradas, pés destroncados, cabeças partidas, jogadores desmaiados...
Os jogadores foram quasi unanimes em adoptar, por desfastio, o novo processo. A assistência toda, entretanto, não esteve de accordo em applaudil-os... Boa parte, o escól, borrizada, abandonou por completo as arcbibaiicadas dos e stád io s .. .
A outra gostou da innovação e applaudiu. ostou tanto que terminou por torcer pelos mesmos processos... E, desde então, “ to rcer” tem um sentido, um sabor de b o rd o ad a ... E os clubs que persistiram em jogar o futebol como antes precisaram fugir dos o u tro s .. .d l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l M I l I S l i l í l l l l l l i í
“ R. L ib er o Radaró , 22 - X. PA U LO ^
^ E sp e c ia l i s ta em ^E ARTKiOS PARA VIAGEM —
e ou tros a r te fac to s de couro «
M i i i r i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i B i i i i i i i i i i i i i i i r
CIA. CITY i
S E U S F I L H O S S E M
P O D E M B R I N C A R P E R I G O
NO
Jard im Am ericaNaturalmente V. S. sabe que a melhor vida para as crianças e a mais indicada para que cresçam fortes e sadias, é a vida ao ar livre. Muitos paes, porém, embora reconhecendo o prejuizo para a saúde de seus filhos receiosos do perigo que a rua offerece não lhes perm itte b rincar fora de casa. Isto não acontece com os moradores do Jardim America, onde as crianças têm á sua disposição, para divertir-se a vontade, os lindos parques internos que além de emhellezar o hairrf» tem esta grande utilidade, proporcionando assim completo socego aos paes.
Sobre este nosso b a ir ro de ve recah ir siia escolha, p o is a lém da vanta íjem ac im a , p o ssu e todos os ou tros m e lh o r a m e n to s urbanos , taes com o: agua corrente , gaz, e le c tr ic id a d e , exgotto , d ren agem ,
bonde , te lephone, a r is to c rá t ic o c lube a th le t ico , etc.
Para plantas e informações
CIIT or s. PIOIO IMPnOVEMElITS l EREEUOED ERIID CO. EIO.lE l . 2 -1 8 1 0
SECÇÃO DE VENDAS
RUA LIBERO BRORRÚ, 144 CAIXA, 1110