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Revista O Produtor - Edição Especial

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Associação dos Produtores deHortifrutigranjeiros das Ceasas doEstado de Minas Gerais – APHCEMG

DIRETORIA GESTÃO 2010/2012Diretor PresidenteANTÔNIO LOPES RODRIGUESDiretor vice-presidenteNERIO NEVES DE ALVERNAZDiretor SecretárioGUILLERMO RODOLFO H. JÚNIORVice-Diretor SecretárioJULIO TAKAYOSHI ESAKIDir. TesoureiroDÁRIO DE JESUS LOPESVice-Diretor TesoureiroJOSÉ DE SÁ TURQUETTEDiretor SocialFRANCISCO JOSÉ DE S. MAIAVice-Diretor SocialVANDER LELIS SARAIVADiretor ComercialJOSÉ LAERCIO DA SILVEIRAVice-Diretor ComercialHUMBERTO BITARAES DE CARVALHOConselho DeliberativoGALILEU DÉCIO CAMPOSConselho DeliberativoJOÃO GERÔNIMO MARTINSConselho DeliberativoJOSÉ SOARES PINTO(ZEZITO)SuplenteMARCOS ALEANDRE RODRIGUESSuplenteLADISLAU JERONIMO DE MELOSuplenteVICENTE FERREIRA SOBRINHOConselho FiscalMARCO AURELIO DE FREITASConselho FiscalCÁSSIO TADEU GONÇALVESConselho FiscalJOSE LAGES DA CRUZ NETOSuplenteJOSÉ OSMAR RODRIGUES PEREIRASuplenteJOSÉ GERALDO ALVESSuplenteANTÔNIO LAS CASAS CAMPOS

EQUIPE DE TRABALHOCoordenadora Geral Flávia Campos PinhoConsultor de Comunicação e MarketingAurelio SallesAssessoria Jurídica Klimerson MartinsAssessoria Técnica em AgronomiaDr. Félix QuezadaJornalista Renata MarinhoMédica Dra. Roberta SantosSecretária Adriana Campos Rodrigues

CORPO TÉCNICOEditorAurelio SallesMG 02588- JPJornalistaRenata MarinhoDRT – 15710DesignerClebiane Alves de LimaFotosArquivo da APHCEMG, Aurelio Salles eRenata Marinho

Telefone: (31) 3346 [email protected]

Grandes realizações foramconcretizadas e outras estão por vir

EDITORIAL

Todo Ano Novo é momento derenascer e ao mesmo tempo, ini-ciar novos projetos. Mais um anose passou e é tempo de repen-sarmos nossos valores, de pon-derarmos sobre a vida e tudo quea cerca. Desejo que o novo presi-dente juntamente com a nova di-retoria, que inicia seu mandato,continue a luta diária pelos direitose interesses dos produtores.

Esse período também é idealpara fazer e refazer planos, reconsiderar os equívocos eretomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz. Em2013 teremos outras 365 novas oportunidades de dizer àvida, que de fato queremos ser plenamente realizados.Duas palavras que se encaixam perfeitamente na virada deum ano para o outro são otimismo e renovação, afinalacreditar é preciso, para que dias melhores se tornem rea-lidade em nossas vidas.

Apesar do momento ser de despedida, estamos muitofelizes por deixarmos a APHCEMG como sempre sonha-mos: estruturada e respeitada nacionalmente. Até aqui fo-ram muitas batalhas e importantes vitórias, que nos fazemsentir muito orgulho por termos presidido durante 15 anosconsecutivos a nossa querida associação.

Com muito carinho deixamos um grande abraço atodos que participaram conosco dessa grande jornada,direta ou indiretamente. Agradecemos a compreensãoe o voto de confiança que sempre nos foi dado pornossos amigos produtores, dos quais sempre nos orgu-lhamos de ser o representante.

ANTÔNIO LOPESANTÔNIO LOPESANTÔNIO LOPESANTÔNIO LOPESANTÔNIO LOPESPresidente 2010/2012

03 ................................. História da APHCEMG

04 e 05 ..............................................Balancete

06 a 09 .............................................. Entrevista

10 e 11 ........................................... 1º Mandato

12 ................................................... 2º Mandato

13 ................................................... 3º Mandato

14 ................................................... 4º Mandato

15 e 16 ........................................... 5º Mandato

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Revista O Produtor 3

APHCEMG nasceu para sera casa do produtor rural

A Associação dos Produtores de Hortifrutigran-jeiros das Ceasas do Estado de Minas Gerais -APHCEMG foi fundada no dia 23 de outubro de1997. A associação já nasceu com o objetivo dese tornar uma instituição forte e representativa.Resultado da fusão da Associação dos ProdutoresHortifrutigranjeiros do Estado de Minas Gerais -APHEMG, fundada 30 de novembro de 1983, e daAssociação dos Produtores Hortifrutigranjeiros daCeasaMinas, APHOCEMG, fundada em 18 de se-tembro de 1995.

Com objetivo de atender ao segmento de pro-dutores rurais de hortifrutigranjeiros do Estado deMinas Gerais, a instituição representa também osprodutores associados dos demais entrepostos dointerior do Estado. A principal missão da APHCE-MG é promover, através da união, o fortalecimen-to dos produtores rurais. Dentre as diversas açõesrealizadas pela APHCEMG pode-se destacar a pre-servação do MLP - Mercado Livre do Produtor, parao próprio mineiro. Prova disso foram os diversosencontros e reuniões, que foram realizados den-tro do MLP e na sede da associação, tais como avisita dos técnicos das Ceasas do Brasil, bem comoo 1o Encontro Franco-Brasileiro, onde estiverampresentes representantes da central de abasteci-mento francesa e membros do Governo Francês.

Segundo Antônio Lopes, a associação sempreatuou em defesa da classe e quando necessário,posicionava-se frente a ações de interesse do pro-dutor. Em suas palavras deixa claro que o início daassociação foi bem complicado, pois não existiamrecursos em caixa, além de não ser reconhecida e

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EM VISITA ao entreposto de Contagem, em dezembro de 1999, técnicos dasCeasas do Brasil conheceram o trabalho desenvolvido pela APHCEMG

sequer respeita como é hoje. "Orgulho-me muitode fazer parte dessa história de grandes lutas einúmeras conquistas. Há 18 anos, três a frente daAPHOCEMG e 15 da APHCEMG tenho muita históriapara contar e como representante dos produtorespresenciei momentos ímpares e que ficaram mar-cados na minha vida, na vida dos produtores e nahistória da CeasaMinas. Ao longo desses anos con-quistamos nosso espaço e a representatividade tãosonhada e alcançamos nosso objetivo, porque hojeposso afirmar que a APHCEMG se tornou verdadei-ramente a casa do Produtor", lembra o presidenteda APHCEMG, Antônio Lopes, que continua: "ou-tra vitória durante todos esses anos foi que conse-guirmos estruturar a associação, que atualmentepossui dois veículos de comunicação, sendo umjornal e um site, bem como uma equipe estrutura-da com profissionais qualificados. São serviços eações, através de investimentos nas áreas de as-sessoria jurídica, com o advogado Dr. Klimerson;de assessoria de comunicação e marketing, como Jornalista e Especialista em Gestão de Marketing,Aurelio Salles e a jornalista Renata Marinho; asses-soria técnica em agronomia, com o agrônomo Dr.Félix Quezada; na área de saúde com a mais novacontratação da médica Generalista, Dra. RobertaSantos. Toda a equipe sobre a supervisão da co-ordenadora geral Flávia Campos. Não poderíamosdeixar de agradecer também a nossa secretáriaAdriana Campos Rodrigues, bem como as nossascolaboradoras Dona Oneci e Vilma Oliveira", enfa-tiza o presidente.

De acordo os dados dis-ponibilizados pela CeasaMinas,atualmente 11.334 produto-res são cadastrados no entre-posto de Contagem, dos quaisaproximadamente 2.500 sãoativos. "Hoje 100% dos pro-dutores atuantes, no MLP,são associados da APHCEMGo que para nós é motivo demuita alegria e demostra oreconhecimento do produ-tor em relação ao trabalhodesenvolvido por toda aequipe da associação", con-clui Antônio Lopes.

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História Financeira da APHCEMGcomprova trajetória vitoriosa

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Quando a APHCEMG foi criada em 1997, a as-sociação não tinha dinheiro em caixa, nem créditonas instituições financeiras, além de muitas contaspara pagar. Sem recursos para manter as funçõesbásicas da instituição, por diversas vezes o presi-dente Antônio Lopes precisou pagar os funcionári-os com dinheiro do próprio bolso, até conseguirequilibrar as despesas.

Os primeiros anos se passaram, mas em meio agrandes dificuldades financeiras, a instituição se fir-mava, a cada dia, como representante legítima dosprodutores, sempre em defesa dos objetivos da clas-se. O crescimento e a solidez foram legitimados e pas-saram a chamar a atenção das demais instituiçõesligadas diretamente aos produtores, inclusive da Ce-asaMinas e da Secretaria de Estado de Agricultura,Pecuária e Abastecimento – Seapa.

Em 2000 foi concretizada uma parceria entre aAPHCEMG e a CeasaMinas, que passou a garantirum repasse financeiro à associação. No princípio ovalor repassado ainda era pequeno, e dava apenaspara arcar com o pagamento dos funcionários e amanutenção da sede.

No ano de 2002 a CeasaMinas implantou o siste-ma de pedágio dentro do entreposto de Contageme a APHCEMG, em defesa do produtor, posicionou-se totalmente contra a atitude daquela administra-ção. A Ceasa, em represália à atitude da APHCEMGsuspendeu o repasse que a entidade recebia. Dessaforma a associação ficou, mais uma vez, sem dinhei-ro em caixa, nem mesmo para quitar as despesasbásicas. Nesse mesmo período, mesmo com o cortedos recursos, foram organizadas diversas reuniõesnas quais a APHCEMG sempre esteve à frente paralutar pelo direito dos produtores.

A suspensão durou praticamente um ano e a si-tuação ficou crítica e para não fechar as portas dainstituição o presidente Antônio Lopes chegou, maisuma vez, a pagar contas com recursos próprios equando ele não conseguia mais manter essa situaçãorecorreu a alguns comerciantes dentro do entrepos-to como, por exemplo, Virgilio Villefort e Perácio doPerfa que se empenharam em ajudá-lo nessa causa.Esses lojistas fizeram o compromisso de todo mês daruma ajuda de custo para manter a associação de por-tas abertas, durante um ano, por acreditarem na seri-edade da associação e de seu administrador.

Em 2003 a administração da CeasaMinas foi tro-cada e o Deputado Federal Edson Resende, assu-miu a presidência. Quando foi procurado pelo presi-dente da APHCEMG, Antônio Lopes, que lhe apre-sentou a situação, Edson Resende prontamente sedispôs em ajudar com o retorno do pagamento dorepasse. De imediato o presidente Antônio Lopessolicitou, via oficio, a volta do repasse financeiro oque foi atendido pelo novo presidente da Ceasa,

assim no final de 2003 a APHCEMG voltou a recebera ajuda financeira.

Em 2005 assumiu a administração da Ceasa-Minas o presidente Amarildo de Oliveira, que man-teve o repasse para a associação, além de ajudare contribuir com a APHCEMG, durante seu períodocomo presidente.

Durante esse período a associação passou porum processo de organização interna e estrutura-ção, que sempre priorizou o uso adequado dos re-cursos e investimentos conscientes. O atual presi-dente da CeasaMinas, João Alberto, quando assu-miu em 2007 também passou a acompanhar a lutada APHCEMG e as dificuldades enfrentadas pela ins-tituição e em agosto de 2010 participou juntamen-te com a associação de uma revisão que culminouna melhoria da receita interna da APHCEMG.

Veja como se encontra as finanças daAPHCEMG nos dias atuais:

ReceitasContribuição .......................................................... 98.336,29Receita Jornal ............................................................. 900,00TOTAL ............................................................... 99.236,29DespesasManutenção ............................................................. 2.280,57Operacional ............................................................. 5.399,46Departamento Pessoal ............................................. 3.601,32Imposto, Taxas e Tarifas Bancárias ........................... 2.510,85Serviços Gráficos ................................................... 10.830,00Despesas com Veículo ............................................... 2.433,69Serviços prestados por terceiros ............................. 24.286,56Extras ........................................................................ 158.19Total Geral ....................................................... 51.500,64

Saldo positivo .................................................. 47.735,65

Movimentação FinanceiraSaldo C/C em 30/12/2011 ....................................... 45.671,10Saldo positivo entre receita .................................... 47.735,65e despesas no trimestreSaldo final C/C 31/03/2012 ..................................... 93.406,75

SALDO APLICAÇÕESSaldo da Aplicação em 30/12/2011 ........................ 243.393,23Rendimento do mês de janeiro de 2012 ..................... 1.785,32Rendimento do mês de fevereiro de 2012 ................. 1.502,82Saldo da Aplicação em 29/02/2012 ........................ 246.681,37Rendimento do mês de Março de 2012 ...................... 1.718,64Saldo da Aplicação em 31/03/2012 ........................ 248.400,01

Receita final entre saldo conta corrente eaplicação financeiraSaldo final C/C em 31/03/2012 ............................... 93.406,75Total de aplicação 31/03/2012 .............................. 248.400,01TOTAL EM 30/03/2012.................................. 341.806,76

Demonstrativo do Resultado do1º Trimestre do Ano de 2012Balancete Trimestral(Janeiro, Fevereiro e Março de 2012)

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ReceitasContribuição ........................................................ 102.384,12Receita Jornal ............................................................. 309,00TOTAL ............................................................. 102.693,12

DespesasManutenção ............................................................. 5.345,27Operacional ............................................................. 2.867,25Departamento Pessoal ............................................. 3.621,17Imposto, Taxas e Tarifas Bancárias ........................... 1.385,77Serviços Gráficos ..................................................... 4.900,00Veículo e Deslocamento ............................................ 2.300,76Serviços prestados por terceiros ............................. 23.866,95Extras ..................................................................... 3.785,88Total Geral ....................................................... 48.073,05

Saldo positivo .................................................. 54.620,07

Movimentação FinanceiraSaldo C/C em 31/03/2012 ....................................... 93.406,75Saldo positivo entre receita ....................................... 54.620,07e despesas no trimestreTransferência C/C para .......................................... 70.000,00aplicação 10/05/2012 .............................................................Saldo final C/C em 30/06/2012 .................... 78.026,82

SALDO APLICAÇÕESSaldo da Aplicação em 30/03/2012 ........................ 248.400,01Rendimento do mês de Abril de 2012 ........................ 1.437,67Saldo da Aplicação em 30/04/2012 ........................ 249.837,68Cobrança do IR em 31/05/2012 ................................ 1.946,12Rendimento do mês de Maio de 2012 ........................... 489,74Saldo da Aplicação em 31/05/2012 ........................ 249.347,94Rendimento do mês de Junho de 2012 ...................... 1.216,08Saldo da Aplicação em 30/06/2012 ............ 250.564,02

SALDO APLICAÇÃO EM CDBAplicação em CDB em 10/05/2012 ........................... 70.000,00Rendimento do mês de maio de 2012 ........................... 315,00Cobrança de IR ............................................................. 49,00Saldo da CDB em 31/05/2012 ................................. 70.266,00Rendimento do mês de junho de 2012 .......................... 718,20Cobrança de IR ........................................................... 161,00Saldo Total da CDB em 29/06/2012 .............. 70.557,20

Receita final entre saldo conta correntee aplicação financeiraSaldo final C/C em 30/06/2012 ............................... 78.026,82Total de aplicação 30/06/2012 .............................. 250.564,02Total de aplicação em CDB 29/06/2012 .................... 70.557,20TOTAL EM 30/06/2012.................................. 399.148,04

ReceitasContribuição ........................................................ 104.517,79Receita Jornal ............................................................. 300,00TOTAL ............................................................. 104.817,79

DespesasManutenção ............................................................. 3.341,56Operacional ............................................................. 2.372,12Departamento Pessoal ............................................. 4.554,28Imposto, Taxas e Tarifas Bancárias ........................... 3.336,64Serviços Gráficos ................................................... 12.760,00Veículo e Deslocamento ............................................ 2.592,97Serviços prestados por terceiros ............................. 22.408,02Projeto Prevenção é Saúde ..................................... 3.803,38Extras ........................................................................ 100,00Total Geral ....................................................... 55.268,97

Saldo positivo .................................................. 49.548,82

Movimentação FinanceiraSaldo C/C em 27/06/2012 ....................................... 78.026,82Saldo positivo entre receita .................................... 49.548,82e despesas no trimestreTransferência C/C .................................................. 49.540,32para aplicação 04/07/2012Transferência C/C para .......................................... 30.000,00aplicação 24/08/2012Saldo final C/C em 30/09/2012 .............................. 48.035,32

SALDO APLICAÇÃO EM CDB SALDO CDBTransferência da Aplicação ..................................... 70.000,00para CDB em 29/06/2012Aplicação Valor Capital .......................................... 300.000,00Rendimento do mês de Julho de 2012 ....................... 2.811,40Cobrança do IR em 31/07/2012 ................................... 593,60Saldo da Aplicação em 31/07/2012 ........................ 372.217,80Rendimento do mês de Agosto de 2012 .................... 1.881,80Transferência da C/C para Aplicação CDB ............... 30.000,00Saldo da Aplicação em 31/08/2012 ........................ 404.099,60Rendimento do mês de Setembro de 2012 ................. 1.585,80Saldo da Aplicação em 28/09/2012 ............ 405.685,40

Receita final entre saldo conta corrente eaplicação financeira em CDBSaldo final C/C em 30/09/2012 .............................. 48.035,32Saldo da Aplicação CDB em 28/09/2012 ................ 405.685,40TOTAL EM 30/09/2012.................................. 453.720,72

Demonstrativo do Resultado do2º Trimestre do Ano de 2012Balancete Trimestral(Abril, Maio e Junho de 2012)

Demonstrativo do Resultado do3º Trimestre do Ano de 2012Balancete Trimestral(Julho, Agosto e Setembro de 2012)

Demonstrativo do Resultado do 4º Trimestre do Ano de 2012Balancete Trimestral (Outubro, Novembro e Dezembro de 2012)

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ReceitasContribuição ........................................................ 101.242,06Receita Jornal ............................................................. 600,00TOTAL ............................................................. 101.842,06

DespesasManutenção ............................................................. 3.760,00Operacional ............................................................. 9.975,84Departamento Pessoal ............................................. 9.370,50Imposto, Taxas e Tarifas Bancárias ........................... 4.468,85Serviços Gráficos ................................................... 15.017,00Veículo e Deslocamento ............................................ 1.746,09Serviços prestados por terceiros ............................. 24.219,05Serviço Médico da APHCEMG .................................... 8.887,94Extras ..................................................................... 3.909,36Total Geral ...................................................... 81.354,63

Saldo positivo ........................................................ 20.487,43

Movimentação FinanceiraSaldo C/C em 30/09/2012 ....................................... 48.035,32Saldo positivo entre receita e despesas no trimestre 20.487,43

Transferência C/C para aplicação 06/12/2012 ......... 60.000,00Resgate da Aplicação para c/c ................................ 18.067,20Saldo final C/C em 31/12/2012 ................... 26.589,95

SALDO APLICAÇÃO EM CDB ....................... SALDO CDBSaldo da Aplicação em 28/09/2012 ........................ 405.685,40Rendimento do mês de Outubro de 2012 .................. 1.814,80Valor Liquido Projetado em 31/10/2012 ................. 407.500,20Rendimento do mês de Novembro de 2012 ................ 1.705,40Valor Liquido Projetado em 30/112012 ................... 409.205,60Transferência da C/C para Aplicação CDB................ 60.000,00Resgate da Aplicação para C/C ............................... 18.067,20Rendimento do mês de Dezembro de 2012 ................ 1.760,35Valor Liquido Projetado em 31/12/2012 ................. 452.898,75

Receita final entre saldo conta correntee aplicação financeira em CDBSaldo final C/C em 31/12/2012 ............................... 26.589,95Saldo da Aplicação CDB em 28/12/2012 ................ 452.898,75TOTAL DA C/C JUNTAMENTE ......................... 479.488,70COM APLICAÇÃO EM 31/12/2012

Page 6: Revista O Produtor

Uma históriade muita lutae dedicaçãoao meio rural

No dia 23 de novembro de 1951 nasciaem Canaã- MG, um menino que desde cedoentendeu os valores do trabalho, do compro-misso com o próximo e da honestidade, poisteve o privilégio de nascer no seio de umafamília simples, porém temente a Deus. Logocedo aprendeu com o pai a lidar com a terrae com os afazeres da roça. Apesar do apegocom a família, ele tinha sonhos e aos 17 anosse mudou para a capital mineira, com o obje-tivo de alçar vôo e construir sua vida futura,afinal já havia recebido dos pais afeto, edu-cação e carinho e chegara à hora de retribuiros ensinamentos.

O menino cresceu e de adolescente a adultofoi um pulo, afinal quem começa a labutar mui-to cedo, às vezes precisa pular fases da vida.Assim foi com Antônio Lopes: fez suas esco-lhas, trabalhou como empregado por poucotempo e foi atrás dos seus objetivos, um de-les, que é o alicerce de toda a sua vida, foi cons-tituir família, ao casar-se com Maria da Apare-cida Campos Rodrigues, quem chama carinho-samente de Cida, com quem teve três filhas:Flávia, Juliane e Adriana, ato que agradece aDEUS até os dias de hoje, e olhe que lá se vão32 anos de convivência com a esposa, poispara ele a maior riqueza que conseguiu na vidafoi a família.

A vida de lida com a terra, mesmo quandoresolveu mudar-se para a cidade, continuousendo o norte de sua profissão, e também olevaria para uma nova seara da vida, pois iriao transformar em uma das maiores lideran-ças e representante convicto dos produtoresrurais do Estado de Minas Gerais, classe da qualse orgulha em fazer parte. O menino era umsonhador, o jovem um aventureiro e o ho-mem se tornou uma inspiração para muitos ecomo presidente da APHCEMG uma referên-cia nacional dentro do meio rural. Nessa en-trevista a Revista O Produtor Antônio Lopesconta sua trajetória de luta e sucesso, fala daimportância de sua família, das conquistas al-cançadas pelo homem simples do campo atéaqui e de sua eterna paixão, a APHCEMG efinaliza com um agradecimento aos amigos deuma vida: muitos já partiram, alguns aposen-taram e outros, tal qual ele ainda labutam naterra, para conseguir o sustento da família eao mesmo tempo ajudarem a levar o alimen-to à mesa dos cidadãos brasileiros.

RP – Como foi sua infância e sua relação com a família?Antônio Lopes - Eu perdi minha mãe Aparecida

muito cedo aos sete anos de idade, mas ganhei uma ma-drasta Mariinha que sempre cuidou de mim e dos meusirmãos com muito cuidado e carinho. Meu pai, João LopesRodrigues, sempre foi um amigo, um companheiro, umexemplo pra mim e para os meus oito irmãos. Desde oitoanos eu comecei a ajudar meu pai na roça, eu fazia rapa-dura, moía o milho para fazer fubá, tanto para alimentaros animais, quanto para a fabricação do fubá fino. Sem-pre gostei de estar no meio do povo, de atender, de aju-dar os meeiros e como eu era o irmão mais velho euorientava meus irmãos também. Meu pai tinha desejoque eu estudasse, mas ele percebeu que eu gostava real-mente do trabalho na roça, por isso me deixou tomarfrente das responsabilidades muito novo.

RP – Por que o senhor decidiu se mudar para a capital?Antônio Lopes - Até meus 17 anos eu nunca tinha

conhecido nada, apenas as cidades próximas à roça que eumorava em Canaã. Aí em 1968 resolvi me mudar e começaruma nova vida. Quando saí de casa houve muito choro, masnunca fizemos nada sem tomar obediência ao nosso pai, elenunca bateu em ninguém e tivemos uma educação exem-plar. Então eu fui morar e trabalhar com o Davi, marido daminha tia Júlia que tinha na época um comércio no MercadoNovo, eles me acolheram como um filho e foi o que meajudou naquele momento difícil de adaptação e fez com queeu me sentisse melhor. Eu comecei a acompanhá-lo de ma-drugada para trabalhar no Mercado Novo, onde vendíamosmoranga comum, inhame chinês, entre outros produtos emuitas vezes ele ia embora e eu ficava, passava a noite noMercado Novo. Sempre fui muito dedicado e responsávelcom tudo que eu me propunha a fazer. Sentia muita sauda-de da minha família, mais o primeiro natal longe dela memarcou muito, pois a saudade bateu forte.

RP - O senhor não pensou em voltar para casa?Antônio Lopes - Não voltei por orgulho. Naquela

época eu tinha medo de alguém dizer que fui pra cidade enão aguentei o trabalho e que na roça era mais fácil portrabalhar com a minha família. Trabalhei um ano com oDavi, depois fui pra São Paulo em 1969 com meu primoAbel, ele voltou um mês depois e eu fiquei um ano. Fuicobrador de ônibus e levantava quatro da manhã paratrabalhar. Saía com a garoa e voltava com ela. Aí no final

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ANTÔNIO Lopes visita plantação de uva do ProjetoJaíba, na cidade de Jaíba – MG

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de 1969 voltei pra visitar minha família e resolvi voltar praBeagá e trabalhar novamente com o Davi no MercadoNovo, mas só que dessa vez como sócio.

RP - Seu retorno a Beagá trouxe muitas mudanças?Antônio Lopes - Muitas. Em 1970 participei com

um grupo de comerciantes do Mercado Novo de uma reu-nião onde o assunto era o nascimento de uma central deabastecimento, ninguém sabia o que era uma Ceasa. Apartir daí a Ceasa foi avançando na sua construção, maso grupo não acompanhou o processo. Nesse intervalocriou-se um mercado no Bairro São Paulo e nos levaramnaquela época a força pra lá, mas ficamos nos dois mer-cados (SP e Novo) até a inauguração da Ceasa.

RP - Podemos dizer que a vida do senhor sempreesteve ligada a Ceasa de alguma forma desde o nasci-mento da instituição?

Antônio Lopes - Completamente. Em fevereiro 1974os comerciantes do Mercado Novo começaram a ir pra Cea-sa. Naquela época já existia todos os pavilhões com platafor-ma de descarga, porém a redondeza ainda era um deserto.A Ceasa começou a buscar os produtores e comerciantespara fortalecer a nova central de abastecimento, no entantofomos praticamente obrigados a ir para o local, que elesdenominaram a segunda casa do produtor rural. Todavia, agente levava nossa mercadoria, mas não tinha pra quemvender no início, tínhamos apenas um dia de comércio. En-frentamos muitas dificuldades no começo.

RP - Como o senhor se tornou produtor rural registrado?Antônio Lopes - Eu viajava para algumas cidades,

principalmente para SP, fretava um caminhão de MG pratrazer os produtos, era comum fazer isso para abaste-cer tanto as lojas quanto a pedra. Até 1978 funcionavaassim, mas quando começou a apertar a cobrança e oMLP ficou exclusivo para receber a produção e ao produ-tor mineiro, a EMATER, a Ceasa e o Governo de Minasdefiniram quem seriam os produtores e eu participei des-sa reunião. Eu já tinha interesse de ser produtor, aí ficouacertado que não precisava ser dono de terra pra serprodutor, o proprietário, o parceiro na produção, o ar-rendatário e o meeiro, também seriam reconhecidos eatestados pela EMATER. Então eu formalizei minha situ-ação, mas nasci produtor. Eu sai da roça, mas a roçanunca saiu de mim. Essa frase parece simplória, mas éa mais pura verdade! Foi uma oportunidade de voltar àsorigens, busquei muitos parceiros, plantei em toda re-gião pimentão, tomate, moranga japonesa fui inclusive,um dos maiores produtores de moranga no início domercado. De uns tempos pra cá estou diversificando aprodução, com o plantio de frutas.

RP - Quando o senhor resolveu se associar a umaentidade de classe, que protegesse o produtor?

Antônio Lopes - Como produtor sempre participei eacompanhei todos os movimentos voltados aos produtores.Quando nasceu a associação em 1983 eu já participava dasprimeiras reuniões, sempre interessado em apoiar as pes-soas que defendiam os interesses do produtor. Sempre fuiassociado e contribuinte desde o nascimento. Em 94 os pro-dutores da época colocaram meu nome para concorrer aopleito 95/97. Eu não recebi apoio nem da Ceasa nem daassociação da época, então mostrei para o então Secretáriode Estado de Agricultura, Alysson Paulinelli, que eu tinha oapoio dos produtores. Logo ele sabiamente me sugeriu criara APHOCEMG para ver a força das duas associações e eleconseguiu com a Ceasa um espaço para a sede da APHOCE-MG. Aí no dia das eleições a APHEMG teve 11 votos, nem aprópria diretoria votou. E a APHOCEMG teve 97% dos votos.Como ficou comprovada nossa força, Alysson nos deu outroconselho que era unir as duas instituições para que houves-se uma única mais forte e representativa. Então depois demuita luta e conversa seguimos o conselho e montamosuma única chapa com membros das duas associações. Em97 houve uma eleição de chapa única, dia 5 de novembro de97 e aí surgiu a APHCEMG, fruto da unificação das duasinstituições. É bom lembrar que durante quase três anosfuncionaram as duas antigas associações.

RP - Durante três anos o senhor esteve à frente daAPHOCEMG, quais foram as principais conquistas?

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1° SEMINÁRIO Franco- Brasileiro sobre qualidade na agricultura eorganização dos produtores

Antônio Lopes - No intervalo de 95 a97 foram muitas as dificuldades, em todosos sentidos. Mas o que marcou foi o proces-so de privatização da Ceasa que teve inícioem 1995 e então começamos a lutar pelosnossos direitos que era a preservação do MLPpara os produtores, afinal o MLP é do produ-tor e não poderia ser vendido. Aí começa-mos a ir atrás de deputados, vereadores, eue alguns membros da diretoria tomamos fren-te nessa luta. Acontecia uma reunião noplenário da ALMG, quando encontramos oDeputado Estadual Paulo Schettino que le-

ANTÔNIO Lopes em sua plantação de abóborajaponesa em Jataí, município de Pirapora – MG

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vantou a bandeira do nosso mercado e recorremos muitasvezes a ele que sempre nos atendeu. Agradeço a ele e aosoutros que ajudaram na época. Aí fomos ganhando força.Outros grandes amigos e apoiadores foram os DeputadosPaulo Piau, Gilmar Machado e Edson Resende. Passamostrês meses realizando reuniões quase todos os dias na As-sembleia. Diante do apoio dos deputados e do nosso esfor-ço, conseguimos tirar o MLP do processo de privatizaçãoatravés de uma proposição de lei que, diante da força dosdeputados, acabou virando a Lei nº 12.422 do dia 27 dedezembro de 1996.

RP - Como foi seu primeiro mandato frente à recém-criada APHCEMG?

Antônio Lopes – Foi no período de 98 a 2000 e naépoca a associação estava to-talmente sem dinheiro e no dia2 de janeiro de 1998, realiza-mos uma reunião da qual oRisadinha, associado Nº 1 su-geriu a criação de uma peque-na taxa para ser paga no car-nê de tarifas de uso das áre-as. Essa taxa foi o alicerce paraajudar a pagar as despesasbásicas para manter as por-tas da associação aberta. Co-nhecedor da importância daassociação, Risadinha sempreacompanhou as dificuldades epressões que os produtoressofreram e acreditou na forçada união dos produtores.Quando ele se afastou do MLPfez muita falta.

A nova diretoria formadapela unificação surpreendeu amim e a todos, pois conseguimos realizar, juntos, um excelen-te trabalho. Conseguimos com isso cadastrar mais de 70%dos produtores atuantes. Criamos diversos eventos como onatal das crianças que aconteceu durante três anos consecu-tivos e contamos com grandes parceiros e lojistas da Ceasa.

RP – Fale um pouco sobre seu segundo mandato –2001/2003?

Antônio Lopes - O que foi mais marcante nesseperíodo foi à troca de parte da diretoria, muitos pro-

dutores queriam participar da equi-pe e continuar me apoiando comopresidente, o que pra mim foi mui-to gratificante. Nossa luta continu-ava na busca por apoios. Em 2002,em uma reunião no barracão dosprodutores de Nova União fiz umapelo, em público, na ocasião aoSecretário de Agricultura da épocaPaulinho Cícero, e pedi socorro por-que ainda estávamos perdidos semsaber a quem recorrer. Em seu dis-curso ele me disse que atenderia eque na próxima semana teríamosum representante do Estado paraatender aos produtores. Tomei a li-berdade de sugerir o nome do Mar-celo Lana e ele atendeu.

“Peguei uma associaçãosucateada e que não tinha um

centavo sequer em caixa,além de dívidas e tenho

orgulho de deixá-la com saldopositivo, além de uma grandequantia aplicada no Banco doBrasil. E tudo isso sem nunca

ter recebido nenhumaajuda financeira denenhum governo”.

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RP - A chapa do senhor foi eleita com quase 80%dos votos para o terceiro mandato consecutivo, comofoi esse período?

Antônio Lopes – Foi de 2004 a 2006. O nossomaior desafio naquele momento era a discussão entreGoverno e União em relação às dívidas do MLP. Nãosabíamos como ela foi gerada e não concordávamosporque não aceitávamos que o MLP desse prejuízo, porisso nossa luta para quitá-la. Na época a dívida era dequase R$ 4 milhões e queríamos zerar esse débito semgerar aumento nas tarifas de uso das áreas do MLPpagas pelos produtores.

Em 2004 quando o Silas Brasileiro assumiu a Se-cretaria de Estado de Agricultura, nos convidou parauma reunião de aproximação na Seapa para discutir

um realinhamento de preçoda tarifa de uso do MLP,para quitar essa dívida. Foiquando expus a ele nossaindignação. E naquele mo-mento percebemos que como novo Secretário as portasse abririam para os produ-tores, porque além do gran-de conhecimento adminis-trativo, Silas conhecia tam-bém a realidade do produ-tor rural. Foi então criadauma comissão com a parti-cipação da Ceasa, Seapa eAPHCEMG para discutir esseassunto. O Secretário criouuma equipe para atuar naCeasa, a fim de administrara parte que competia ao Es-tado. A Auditoria da Uniãoapresentou as contas, mas

mesmo assim continuei defendendo que a dívida nãoexistia. Diante dos nossos questionamentos a dívida caiude R$ 4 milhões para R$ 1,5 milhão, aí o governo qui-tou. Foi durante esse período também que a APHCEMGsugeriu a criação do Conselho Gestor, afim de facilitar odiálogo e aproximação entre produtores e o Governode Minas. Gostaria de aproveitar a oportunidade paradeixar um grande abraço ao amigo Silas Brasileiro queem vários momentos decisivos não hesitou em defen-der e apoiar nossa classe.

REUNIÃO realizada em junho de 1999 no município de Cordisburgo - MGcom a presença do técnico da EMATER, José Maria

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RP – Fale um pouco sobre seu quarto mandato2007/2009?

Antônio Lopes - Nessa gestão tivemos conquistasimportantes. Entrou o novo e atual presidente da Ceasa-Minas, João Alberto, e desde então procuramos realizaruma maior aproximação entre as duas instituições. To-davia, uma conquista que marcou foi neutralizar a pres-são em cima dos produtores de queijo e derivados queaconteceu, mediante uma medida abusiva que expulsa-va esses produtores do MLP. Para defendê-los a APHCE-MG foi parar no Ministério Público. Nunca vi isso, ummercado que nasceu para o produtor e eles não pode-rem usar. Entendemos na época que as medidas estipu-ladas pela Seapa e Ceasa prejudicavam os pequenosprodutores. Tivemos sucesso e assinamos um Termo deAjustamento de Conduta - TAC para vender queijo naCeasa. Não fosse, mais uma vez, o apoio do Silas Brasi-leiro e da Promotoria de Justiça, que entendeu o clamordos mais de 60 produtores que participaram do pro-cesso, muitos produtores seriam prejudicados. Outroassunto que mereceu destaque foi a nossa luta em re-lação ao sistema de débitoe crédito. Eu entendo quequem apoia um sistemacomo esse não tem conhe-cimento do mercado comoele realmente é.

RP - O senhor está nofinal do seu quinto manda-to consecutivo (2010/2012). Até aqui foram inú-meras conquistas, comoavalia esse período?

Antônio Lopes - Eunão ia mais disputar à pre-sidência da APHCEMG devi-do às dificuldades encontradas para administrar meuspróprios negócios e me programava também para estarmais próximo da minha família. Na época (final do quar-to mandato) meu vice, que a princípio sairia como meucandidato à presidência pra esse mandato, formou umachapa para concorrer e naquele momento deixou claroque não precisaria do meu apoio. Então eu atendi aopedido dos produtores e na última hora decidi concorrer.Vencemos mais uma eleição de forma justa e honesta oque demostrou o respeito e reconhecimento dos produ-tores, pelo nosso trabalho.

Durante esse mandato tivemos muitas conquistasque me deixaram muito feliz. Sempre lutei e nunca mediesforços pra defender os direitos da classe produtora.Através de uma parceria com a Ceasa concretizamossonhos antigos como a reforma da pousada do produtor,que já está em processo de licitação e conseguimos nofinal do mandato realizar um sonho antigo dos produto-res, que era ter um atendimento médico de qualidadedentro do MLP. Assim contratamos uma médica genera-lista (clínico geral) que está prestando atendimento aosprodutores, no antigo Posto de Saúde do entreposto. Apedido também, da APHCEMG, as platibandas lateraisdo MLP também estão sendo trocadas.

RP - O que a APHCEMG representa para o senhor?Antônio Lopes - Tudo. Faz parte da minha vida e

se transformou em uma nova família. Sempre lutei prafazer da APHCEMG a casa do produtor rural. Mas deixo a

presidência da associação com uma equipe totalmenteestruturada e que garante ao produtor atendimento eorientação. Confesso que fiz além do que eu esperava etive o privilégio de defender aqui direitos que muitos le-trados não enxergariam. Desde quando entrei sempretive um alto índice de aprovação junto aos produtores, oque me fez reafirmar meu compromisso a cada dia elutar por eles. Recebemos grandes representantes e meorgulho do trabalho que realizamos ao longo dos anos, asensação é de dever cumprido. Foi a coragem de lutarsomada a união dos companheiros, que fez com que umhomem simples do campo conseguisse defender o MLPda privatização, que mudaria o rumo da CeasaMinas.Tudo valeu a pena, pois peguei uma associação sucate-ada e que não tinha um centavo sequer em caixa,alémde dívidas e tenho orgulho de deixá-la com saldo positi-vo, além de uma grande quantia aplicada no Banco doBrasil. E tudo isso sem nunca ter recebido nenhuma aju-da financeira de nenhum governo.

RP - Qual mensagem gostaria de deixar paraseus amigos e produtoresrurais, após 18 anos comolíder da classe?

Antônio Lopes - Sãomuitos os agradecimentos.Em especial gostaria de agra-decer a todos os produtoresque sempre acreditaram emmim e no nosso trabalho.Agradeço também os mem-bros de todas as diretoriasque me acompanharam du-rante todos esses anos, bemcomo os companheiros detrabalho dentro da associa-ção. Dizer também que acre-

dito ter cumprido nossa missão e alcançado nosso obje-tivo. Confesso que tenho um carinho muito grande emrelação à APHCEMG, afinal foram cinco mandatos de mui-ta luta e dedicação para que a associação chegasse ondeestá hoje. Espero que o novo presidente realize um bomtrabalho, que dê continuidade e quem sabe que ele pos-sa fazer mais até mesmo do que eu fiz. Afinal Lauzinhoé um amigo particular e grande produtor e pode conti-nuar contando com nosso apoio.

RP - Algum outro agradecimento em especial?Antônio Lopes - Não poderia deixar de agradecer

a AMIS que sempre foi uma grande parceira, através doseu presidente José Nogueira. Agradeço também as de-mais instituições como a Seapa, Ascar, Acceasa, Coo-phemg, Arbece, A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros eEmater. Em especial a administração da CeasaMinas eseus funcionários e orientadores que apesar de algu-mas divergências, sempre buscou entender e auxiliar aAPHCEMG no que fosse preciso. Aos amigos carregado-res dizer que temos um carinho muito grande e quevocês são grandes parceiros dos produtores.

Aos deputados Federal Toninho Pinheiro e EstadualJoão Leite, que em momentos importantes lutaram emfavor da nossa classe. Aos empresários Virgílio Villefort,Perácio, Emílio Brande, Geraldo Maia da Bonfim, Zezinhodo restaurante Boca Livre e Edson do restaurante KomeKeto, que sempre foram parceiros da APHCEMG, bemcomo os demais lojistas e comerciantes.

“Foi a coragem de lutarsomada a união dos

companheiros, que fez comque um homem simples do

campo conseguisse defendero MLP da privatização”.

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Inicia-se umahistória de lutaem defesa doprodutor rural

Após ser escolhido pelos produtores rurais,Antônio Lopes assumiu a presidência da recém-criada APHCEMG em 1998, para cumprir o pri-meiro de muitos mandatos frente à instituição.No início tudo era muito difícil, pois não existiamrecursos para manter a associação, além de jáassumir com uma grande missão para ser re-solvida: dar continuidade à luta contra a privati-zação da Ceasa e a preservação do MLP parao produtor, iniciada em 1995, ainda quando erapresidente da antiga APHOCEMG.

Um começo difícil e gratificante

Quando se iniciou a APHCEMG enfrentou di-versas dificuldades burocráticas e financeiras.Naquele momento os produtores ainda sonha-vam com uma entidade forte e representativa

e que fosse capaz de se manter e oferecerserviços aos produtores associados. Nessemomento de dificuldade o presidente eleito An-tônio Lopes precisou, inclusive, de utilizar recur-sos próprios, para que a associação não fe-chasse as portas. Todavia, a recompensa detodo o sacrifício chegava gradativamente, coma aproximação dos produtores, que começa-vam a se cadastrar e a transformar a históriada APHCEMG.

Produtores se mobilizam pelapreservação do MLP

Em 1995 a CeasaMinas iniciou seu processode privatização o que levantou inúmeros ques-tionamentos e a revolta dos produtores ruraisna época. Após meses de negociação e perse-verança, representantes da então APHOCEMGliderados pelo presidente Antônio Lopes toma-ram frente às negociações e conseguiram mu-dar o rumo da história. No dia 27 de dezembrode 1996 foi aprovada a lei 12.422 que garantiaa participação dos produtores na gestão do MLP,o que acabou por definir que o controle da polí-tica de abastecimento ficaria por conta do Esta-do. A lei garantiu ainda a preservação do MLPpara o produtor e suas áreas de abrangências,as portarias do entreposto, Pavilhão 4 e 75%do prédio da administração. Após essa conquis-ta, as negociações mudaram de rumo e a Cea-saMinas foi federalizada. Durante todo esse pro-cesso, que teve início ainda com a APHOCEMG,a APHCEMG ganhou força e visibilidade por con-seguir manifestar e fazer valer a opinião, bemcomo o direito dos produtores rurais. Em entre-vistas a diversos jornais da época, o presidenteAntônio Lopes sempre deixou claro o posiciona-mento dos produtores que eram terminante-mente contra a privatização e que não hesitari-am em lutar para defender o coração da Cea-sa, que é o MLP.

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PRESIDENTE da APHCEMG, Antônio Lopes e demaisprodutores, juntamente com o então Secretário de Estado deObras, Paulo Teles, foram recebidos pelo GovernadorEduardo Azeredo com o objetivo de pedir a liberação do vetoque excluía o produtor na participação da Gestão do MLP

REUNIÃO realizada no MLP, no dia 7 de março de 1999, para discutir a não privatização da CeasaMinas

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Garantia de prestação de serviços Festa de Natal para os produtores

Em parceria com empresários da época du-rante os três anos do primeiro mandato aAPHCEMG promoveu a Festa de Natal, voltadapara o produtor rural e seus familiares. Nos trêsanos consecutivos o Papai Noel chegava dehelicóptero e seguia em carreata em um cami-nhão do Corpo de Bombeiros, que era acom-panhado por um grande número de crianças.Em clima de muita alegria e festa, eram distri-buídos diversos presentes.

Iluminação da BR 040 contribui com asegurança

A APHCEMG participou do processo de im-plantação da iluminação da BR040, trevo daCeasaMinas e parte da Via Expressa leste-oes-te. Inaugurada no dia 25 de agosto de 1999, ailuminação garante, até hoje, mais segurançaaos produtores que transitam de madrugadanesse trecho que dá acesso ao entreposto daCeasaMinas.

Desde o início de suas atividades, em 1997,a APHCEMG já passou a oferecer o serviço deconsulta de cheque que funciona até hoje, ondeos produtores associados podem consultar oscheques recebidos de seus clientes, o que evi-ta possíveis prejuízos no processo de comerci-alização. Outro serviço que a associação ofe-rece até a atualidade e foi implantado na pri-meira gestão é a distribuição gratuita de guar-da-pós, que além de identificar o produtor nomercado, evita o desgaste de sua roupa. Parareceber o guarda-pó ou consultar cheques,basta se dirigir a sede da APHCEMG e apre-sentar sua credencial.

Mais saúde para o produtor

Sempre preocupada com a saúde e bemestar dos produtores a APHCEMG buscou for-mas de facilitar o acesso à saúde e desde oprimeiro mandato firmou parcerias para ofere-cer atendimento odontológico e médico paraos produtores. Ainda em 1997 foi realizada umacampanha de vacinação no MLP contra a fe-bre amarela. A APHCEMG conseguiu a doaçãode 4.200 doses da vacina e 200 doses de an-titetânica, que foram aplicadas por uma equi-pe qualificada.

EM REUNIÃO da diretoria APHCEMG apresentanovo modelo de guarda-pó, que será distribuídoaos produtores associados

DURANTE três anos consecutivos a APHCEMG realizoua festa de natal para os produtores e seus familiares

PAULO Teles, então Secretário de Estado de Obrasde Minas Gerais se reúne com a diretoria daAPHCEMG Gestão 1998/2000 para tratar deassuntos do interesse dos produtores

VICE-GOVERNADOR Newton Cardoso discursa nainauguração da rede elétrica da BR040

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Protesto contra acobrança dopedágio marca osegundo mandato

Em 2001 a APHCEMG começava aconcretizar seu processo de estrutu-ração. Antônio Lopes foi reeleito e con-tou com a formação de uma nova di-retoria que continuou a trabalhar pelodesenvolvimento da associação e for-talecimento da classe. Um fato mar-cante também foi o protesto contra opagamento de pedágio que entroupara a história da CeasaMinas.

Dia em que a Ceasa parou poruma causa justa

O dia 18 de novembro de 2002entrou para a história da CeasaMinas,Produtores, comerciantes, carregado-res, compradores e demais usuáriosdo entreposto de Contagem se mo-bilizaram em função da cobrança abu-siva do pedágio implantado pela ad-ministração. Aproximadamente 20 milusuários que participaram da mani-festação se revezaram em funçãodos serviços essenciais durante asquatro horas que durou o protesto econseguiram alcançar seu objetivo.Comerciantes fecharam as lojas, pro-dutores pararam o comércio na pe-dra, carregadores e carreteiros tam-bém apoiaram.

Além de arbitrária, a cobrança dopedágio comprometeria também otráfego da Ceasa, o que poderia cau-sar engarrafamentos desnecessários.No mês de novembro os manifestan-tes deram entrada na justiça comuma ação civil coletiva que pedia aanulação definitiva da cobrança. Apósa ação e a manifestação, a CeasaMi-nas suspendeu a cobrança. A admi-nistração, em represália à atitude daAPHCEMG, que ficou contra o pro-cesso, suspendeu o repasse que aentidade recebia.

MILHARES de pessoas se reúnem na porta daCeasaMinas para realizar um protesto contra aimplantação do pedágio

ANTÔNIO Lopes concede entrevista à imprensa mineira ereafirma o posicionamento dos produtores contra aimplantação do pedágio

LOJISTAS e comerciantes fecham as portas para protestaremcontra a cobrança do pedágio

REPRESENTANTES DE CLASSES e políticos se reúnem com aadministração da CeasaMinas para resolverem o términodo pedágio

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APHCEMGajuda a resolverdívida do MLP

Com quase 80% dos votos, Antônio Lopes deuinício ao seu terceiro mandato consecutivo preocu-pado com o MLP. Após a descoberta de uma dívidamilionária, os produtores começaram a ter receio emrelação à autonomia do mercado que só foi garantidaapós muita luta. Silas Brasileiro assume em 2004 aSecretaria de Estado de Agricultura e se torna umgrande aliado dos produtores. A APHCEMG participapela primeira vez da Superminas e foi criado tambémnesse mandato o Conselho Gestor do MLP.

APHCEMG consegue redução da dívida egarante MLP para os produtores

A relação entre a CeasaMinas e a APHCEMG nesseperíodo deixava a desejar. Administrada pela União aCeasa não disponibilizava as informações necessárias,o que consequentemente deixava a associação semsaber o que fazer e o que realmente acontecia. Umadívida de aproximadamente R$ 4 milhões surgiu semmuitas justificativas ou explicações. Diante da situa-ção a APHCEMG que não concordava que o MLPpudesse dar prejuízo, lutou para entender e comba-ter essa dívida, que ameaçava tudo que a associaçãohavia conquistado até o momento. Era preciso quitaressa dívida sem prejudicar os produtores, esse era oobjetivo da APHCEMG.

Um amigo de todas as horas

No meio desse processo surge Silas Brasileiro, novoSecretário de Estado de Agricultura e defensor da clas-se produtora. Foi criada então uma comissão onde par-ticipavam a Ceasa, Seapa e APHCEMG para discutir di-versos assuntos, inclusive e a dívida do MLP. A auditoriafinalmente apresentou as contas, mas mesmo assim a

APHCEMG questionou a veracidade e o montanteda dívida. Diante dos questionamentos e investi-gações a dívida caiu para R$1,5 milhão e o Gover-no Estadual a quitou. Mesmo quando saiu da Se-cretaria, Silas nunca deixou de atender e apoiar aAPHCEMG e os produtores.

Conselho Gestor foi uma reinvindicação daAPHCEMG

O secretário Silas Brasileiro criou também o Con-selho Gestor dos MLP´s, por sugestão da APHCE-MG que enxergou a necessidade da participação dosprodutores na gestão do mercado. Ficou acordadoque a APHCEMG, a Faemg, a Seapa, a Ceasa e aEmater, teriam dois representantes cada, que agiri-am em defesa e apoio ao produtor. O órgão é coor-denado pela Seapa, e com a reestruturação realiza-da em 2012, entraram novas instituições represen-tativas. Os seus membros possuem mandatos comduração de um ano, com direito a recondução. Cadainstituição participante indica quatro membros, doistitulares e dois suplentes, para participar da reuniãoque acontece uma vez por mês e extraordinaria-mente quando necessário. As instituições que atu-almente compõem o Conselho são: Seapa, Ceasa-Minas, APHCEMG, Emater-MG, Coophemg e repre-sentantes das associações de produtores das uni-dades das Ceasas do interior (Governador Valada-res, Uberlândia, Caratinga e Juiz de Fora).

Passarela em frente à portaria da Ceasa garantemais segurança pedestre

A parceria entre a Prefeitura de Contagem e a Cea-saMinas possibilitou a construção da passarela sobre aBR040. Há mais de 30 anos lideres comunitários luta-vam para que o acesso ao entreposto tivesse mais se-gurança. A APHCEMG participou ativamente de todo oprocesso de reivindicação, juntamente com a CeasaMi-nas, Arbece e Ascar, que entregaram ao então prefeitode Contagem Ademir Lucas, um abaixo assinado demoradores da região, produtores e funcionários da Ce-asa. A passarela foi finalmente construída, no governoda prefeita Marília Campos, em julho de 2006.

PRESIDENTE Antônio Lopes e o então Secretário deEstado de Agricultura, Silas Brasileiro

REPRESENTANTES das instituições entregam abaixoassinado ao então prefeito de Contagem, Ademir Lucas,que apresenta o projeto de construção da passarela

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14 Revista O Produtor

APHCEMG sai em defesa deprodutores de queijo e luta contrasistema de débito e crédito

Em seu quarto mandato como presidente AntônioLopes mais uma vez apostou na representatividade doprodutor e mostrou que a união dos produtores, de fato,faz a diferença. A comercialização de produtos animal noMLP sofreu modificações e os produtores muita pressão,mas a APHCEMG acompanhou de perto o processo atéo MP, que terminou com a assinatura de um TAC. Opresidente Antônio Lopes participou da audiência públicasobre o uso de agrotóxicos nos alimentos em defesados produtores, na ALMG. E por toda sua dedicação aclasse que representa, Antônio Lopes recebeu uma ho-menagem da CeasaMinas. Ainda nessa gestão ocorreu aluta dos produtores contra a implantação do sistema dedébito e crédito, que culminou no seu cancelamento.

TAC assegura comércio de derivados de leiteno MLP

Para não ficar de fora do mercado, produtoresassinaram no dia 29 de junho de 2009 o Termo de

Ajustamento de Conduta - TAC, junto ao Ministé-rio Público de Minas Gerais. O objetivo do termofoi regularizar as normas de comercialização dequeijos e outros produtos de origem animal nosMLPs dos entrepostos da CeasaMinas. O objetivoda APHCEMG foi neutralizar a pressão em cima dosprodutores de queijo e derivados que aconteceu,mediante uma medida abusiva que expulsava es-ses produtores do MLP. Para defendê-los a APHCE-MG foi parar no Ministério Público. Não fosse, maisuma vez, o apoio do Silas Brasileiro e da Promoto-ria de Justiça, que entendeu o clamor dos mais de60 produtores que participaram do processo, ondemuitos seriam prejudicados.

Presidente da APHCEMG participou deaudiência na ALMG

No dia 9 de julho de 2008 Antônio Lopes parti-cipou da audiência pública nas Comissões de Defe-sa do Consumidor e do Contribuinte, Saúde e Polí-tica Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Le-gislativa, onde foi debatido o uso de agrotóxicosnos alimentos. Na ocasião o presidente avaliou aaudiência como positiva, mas cobrou mais clarezasobre o possível abuso no uso de defensivos agrí-colas na produção dos alimentos. Antônio Lopesdestacou ainda em defesa dos produtores que to-dos os defensivos utilizados por eles são aprovadospelo Ministério da Agricultura e órgãos competen-tes e seguem um receituário agronômico.

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APHCEMG é presença garantida na Superminas

Desde 2004 quando foi implantado o FLV – Frutas,Legumes e Verduras, na Superminas a APHCEMG partici-pa anualmente da maior feira voltada para os segmen-tos de supermercado. A exposição é realizada pela AMIS-Associação Mineira de Supermercados e a partir de 2012,

ANTÔNIO Lopes é recebido por Perácio e Fabinho noestande do Perfa na Superminas 2012

PRODUTORES participam da audiência do TAC emjunho de 2009, no Ministério Público

também pela Amipão – Associação Mineira da Indústriada Panificação. A cada ano cresce o número de produ-tores que participam da feira, realizam bons negócios eexpandem seus contatos com os supermercadistas quesão seus clientes diretos. Para o presidente da associaçãoa parceria com a AMIS foi fundamental para garantir oespaço ao produtor em todas as feiras.

PRODUTORES marcam presença na Superminas

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Revista O Produtor 15

APHCEMG chega ao quinto mandatoestruturada e com recursos em caixa

A APHCEMG sempre colocou o produtor em pri-meiro lugar. Prova disso são as suas ações e projetos,que têm como objetivo atender as principais deman-das dos produtores. Desde sua criação a associaçãoinvestiu e investe em setores como a promoção dasaúde, oferece assessoria jurídica e agrônoma e sem-pre está à frente das mais importantes reuniões paradefender os interesses dos produtores, como, por exem-plo, a participação da associação na audiência pública,em Brasília, que debateu o Projeto de Lei para criaçãodo Planhort e o polêmico processo de mudança de em-balagens. O presidente Antônio Lopes, juntamente comsua diretoria conseguiu também, no final do mandato,realizar um sonho antigo dos produtores: a implanta-ção de um novo ponto de atendimento médico den-tro do entreposto de Contagem.

Restruturação interna da APHCEMG

Durante os 15 anos que esteve à frente da associa-ção, o presidente Antônio Lopes, buscou incansavelmen-te estruturar a APHCEMG de forma a atender as legíti-mas necessidades dos produtores. Para tanto investiunuma reestruturação, com isso os produtores passa-ram a ter os seguintes serviços: dois veículos de comuni-cação, sendo um jornal e um site, bem como uma equi-pe com profissionais qualificados. São serviços e ações,através de investimentos nas áreas de assessoria jurídi-ca, com o advogado Dr. Klimerson; de assessoria de co-municação e marketing, com o Jornalista e Especialistaem Gestão de Marketing, Aurelio Salles e a jornalista Re-nata Marinho; assessoria técnica em agronomia, com oagrônomo Dr. Félix Quezada; na área de saúde com a

mais nova contratação da médica Generalista, Dra. Ro-berta Santos. Toda a equipe sobre a supervisão geral dacoordenadora Flávia Campos. O quadro se completa comos serviços de secretariado realizados por Adriana Cam-pos Rodrigues, bem como as colaboradoras Dona One-ci e Vilma Oliveira, que cuidam da distribuição do informa-tivo e serviços gerais na sede respectivamente.

Importância de um sorriso

A APHCEMG firmou em março de 2011 um contra-to com a Clínica Odontológica Minas Bolsa, com o objeti-vo de oferecer atendimento diferenciado na área odon-tológica para os produtores associados. O convênio veiode encontro à necessidade dos produtores receberemtratamento dentário, dentro do entreposto, onde tra-balham e com preço acessível.

Prevenção é Saúde

Preocupada com a saúde dos produtores, desde oprimeiro mandato, que muitas vezes não têm tempopara procurarem um médico para a realização de exa-mes de rotina e acompanhamento, a APHCEMG lançouem 2010 o projeto mutirão da saúde, que aconteceanualmente e oferece atendimentos voltados para a áreade prevenção. Em 2012 o projeto foi reestruturado, paramelhor atender ao produtor e passou a ser chamado dePrevenção é Saúde. Nesse ano foram vacinados 844usuários do MLP, contra a gripe H1N1. O número deprodutores, que alcançou a casa dos 1.467 atendimen-tos diversificados, prova que o projeto cresce ano a anoe o mesmo já faz parte do calendário da associação,bem como da CeasaMinas, que é parceira da ação.

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Produtores protestam contra sistema dedébito e crédito

No início de dezembro de 2008 aproximadamen-te 150 produtores se reuniram em frente ao plantãono MLP, para manifestarem contra a implantação dosistema de débito e crédito no entreposto. Segundoos produtores existia a falta de conhecimento por partede quem estava à frente da implantação. Foi entregueao presidente da APHCEMG um abaixo assinado reali-zado pelos produtores com 600 assinaturas contra oprojeto. Segundo a CeasaMinas a ferramenta pro-porcionaria um acompanhamento individual das quan-tidades ofertadas no mercado. Todavia, a associaçãodefendeu que não havia necessidade, pois quem atestaa produção é a Emater-MG, que possui credibilidadeno meio dos produtores.

No dia 12 de janeiro de 2010 a APHCEMG realizouem frente ao plantão do MLP uma assembleia geralpara discutir o novo sistema de comercialização coma participação de representantes da CeasaMinas, Sea-pa e Emater-MG e mais uma vez os produtores deixa-ram claro que não aceitariam o sistema que, segundoeles apenas prejudicava os produtores. Em maio de2010 a associação contratou uma empresa de pes-

PRODUTORES participam de reunião para manifestara insatisfação em relação à implantação do sistemade débito e crédito

quisa a fim de traduzir em números a indignação realda classe e o resultado foi que mais de 80% dos en-trevistados disseram não a implantação do débito ecrédito. Após todos os embates e árduas negociações,a APHCEMG conseguiu mais essa importante vitória, ocancelamento do sistema de débito e crédito na Cea-saMinas em junho de 2010.

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16 Revista O Produtor

Planhort defende a revitalização das centraisde abastecimento e a garantia de espaço parao produtor rural

No dia 22 de novembro de 2011 o presidente daAPHCEMG, Antônio Lopes participou na Câmara dos De-putados em Brasília da audiência pública que debateu oprojeto de Lei 174/11, que institui o Planhort – Plano Na-cional de Abastecimento de Hortifrutigranjeiros. O Planotem como objetivo buscar soluções para o atual sucate-amento que se encontram as Ceasas do Brasil, assegurarum espaço para os produtores rurais e resolver os pro-blemas que dizem respeito à segurança alimentar. Na au-diência Antônio Lopes ressaltou a importância do Plano edisse que ele estava ali para defender, em todo o país,aquele que faz parte do início do processo da cadeia ali-mentar que é o produtor rural. O PL 174 cria novas re-gras para modernizar o sistema que vai desde a produ-ção até o consumo de frutas, verduras e hortaliças.

Implantação das novas embalagens gerouinsegurança entre os produtores

A implantação do processo das novas embalagensplásticas foi oficializada no dia 12 de fevereiro de 2012,no entanto muitos problemas ocorreram antes, duran-te e depois dessa data. Os produtores estavam insatis-feitos com o rumo que a Ceasa deu ao processo, provadisso foi o manifesto realizado em frente ao Plantão doMLP que deixou claro o descontentamento da classe.Após a oficialização do processo, a CeasaMinas come-çou a notificar e multar os produtores que ainda nãohaviam se adequado a nova realidade. A APHCEMG, ór-gão legitimo de defesa do produtor, se colocou à frentedas negociações com a CeasaMinas e foi realizado umacordo no qual a Ceasa se comprometia em realizar umtrabalho educativo e de adequação junto aos compra-dores, a fim de buscar mais visibilidade sobre o processodas novas embalagens. A associação garantiu ainda quetodas as multas e notificações aplicadas a partir da im-plantação oficial do processo seriam retiradas.

No dia 15 de abril do mesmo ano produtores forambarrados na portaria da CeasaMinas por fiscais da insti-tuição que buscavam caixas usadas em todos os cami-nhões. Na ocasião aconteceu uma manifestação dosprodutores que indignados com a arbitrariedade da fis-calização imposta pela Ceasa se reuniram com repre-sentantes da instituição para resolver o problema e evi-tar que toneladas de mercadorias estragassem e fos-sem parar no lixo. Caminhões foram se acumulando naBR040 sentido Sete Lagoas que ficou completamenteparalisada. Nos dias 19, 20 e 25 de abril foi realizada umapesquisa a pedido da APHCEMG que confirmou a insatis-fação por parte dos produtores quanto ao processo deimplantação das novas caixas plásticas. E ficou compro-vado que mais de 80% dos produtores não concorda-vam com a mudança de embalagem.

Em meio a toda confusão e intolerância, o presiden-te da APHCEMG, Antônio Lopes recorreu aos deputa-dos Estadual João Leite e Federal Toninho Pinheiro paratentar buscar um consenso entre os envolvidos no pro-cesso de implantação das novas embalagens. E no dia27 de abril ambos estiveram no MLP para escutar osprodutores e mais tarde aconteceu uma reunião com opresidente da Ceasa, João Alberto. Após muita conver-sa a Ceasa explicou que não queria prejudicar ninguéme sugeriu buscar uma solução que atendesse o interes-se de todos os envolvidos sem qualquer ato de trucu-lência. Após muita luta a APHCEMG conseguiu alcançaro resultado esperado e a caixa plástica passou a ser umaalternativa a mais e não uma imposição aos produtores.

Pousada do Produtor será reformada

A Pousada do Produtor passará por uma reformacompleta, por solicitação da APHCEMG e vai oferecer oconforto necessário para os produtores que a utilizam,por terem que pernoitar no MLP, a fim de realizaremduas vendas. O processo licitatório já está encaminha-do e assim que seja concluído será contratada umaempresa para realizar o serviço. A reforma prevê a trocade camas e colchões, ampliação do número de leitos,além de pintura e troca de móveis.

APHCEMG garante atendimento médico dequalidade aos associados

A APHCEMG encerra o quinto mandato do presiden-te Antônio Lopes com uma grande conquista, que é aimplantação do novo Ponto de Atendimento Médico inau-gurado no mês de novembro de 2012. Durante toda atrajetória da instituição a saúde do produtor rural semprefoi uma prioridade e a concretização desse projeto reafir-ma o compromisso que a APHCEMG tem com os produ-tores. Segundo a instituição, graças à parceria com a Ceasahoje os produtores associados têm a disposição umamédica generalista (clínica geral) dentro do entreposto deContagem, para atendê-los no local de trabalho.

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PROJETO Prevenção é Saúde reafirmacompromisso da APHCEMG com os produtores eoferece diversos serviços médicos

APHCEMG marca presença em audiência pública,em Brasília, para discutir o Planhort

INAUGURAÇÃO do Ponto de Atendimento Médico émais uma vitória importante para os produtores