revista passear versão gratuita nº37

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passear Nº. 37 . Ano IV . 2014 . PVP: 2 € (IVA incluído) 27 KM De Palácio a Palácio Projeto MontejuntoTrilhos sente a natureza EQUIPAMENTO Novo binóculo da Steiner CAMINHADA Fonte Benémola GR28 - Por montes e vales de Arouca DESTINO Castelo de Vide

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Revista Digital Passear Versão Gratuita Nº37

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Page 1: Revista Passear Versão Gratuita Nº37

passearNº. 37 . Ano IV . 2014 . PVP: 2 € (IVA incluído)

27 KMDe Palácio a Palácio

ProjetoMontejuntoTrilhos

sente a natureza

EQUIPAMENTONovo binóculo

da Steiner

CAMINHADAFonte BenémolaGR28 - Por montes e vales de Arouca

DESTINOCastelo de Vide

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Registada na Entidade Reguladorapara a Comunicação Socialsob o nº. 125 987

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Capa Fotografia

De Palácio a Palácio(pág. 62)

Correspondência - P. O. Box 242656-909 Ericeira - PortugalTel. +351 261 867 063www.lobodomar.net

Director Vasco Melo GonçalvesEditor Lobo do MarResponsável editorial Vasco Melo GonçalvesColaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves....

Grafismo

Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Publicidade Lobo do MarContactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041e-mail [email protected]

Contacto +351 965 510 041emal: [email protected]/lobodomardesign/comunicar

www.passear.com

O regresso de fériasUma boa notícia que surgiu durante o período de férias foi a eliminação da cobrança de taxas, por parte do ICNF, sobre atividades lúdicas ou desportivas em áreas protegidas. Foram quatro anos de protestos que levaram a esta nova realidade mas, dever-nos-emos manter em estado de alerta porque os nossos governos são muito “gulosos” por dinheiro fácil…Ainda no que diz respeito a Parques Naturais e áreas protegidas foi lançado um novo portal / marca, o Natural.pt (http://www.natural.pt/portal).Nesta edição damos as boas vindas aos novos colaboradores Grupo Caminhantes e publicamos a crónica do 1º dia da caminhada que efetuaram na GR28.Por último um destaque para a Bienal de Turismo de Natureza (http://btn.pt/) que se vai realizar em Aljezur de 26 a 28 de Setembro.

Bons passeios.

[email protected]

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Sumário

04 ASSINATURA Passear

06 Atualidades

20 Projeto MontejuntoTrilhos

24 Caminhada: Fonte Benémola

34 Crónica: Bicicletas, a moda que

pegou por estaca?

40 Destino: GR28

50 Rota dos Gigantes

62 De Palácio a Palácio

78 O Castelo de Castelo de Vide

86 Equipamentos

24Edição Nº.37

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Nº. 25

passearsente a natureza

byNº.17 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)

Rota dos Moinhos

CrónicaRuta de los Túneles

EquipamentoMochila Deuter Futura 28

Washington SummitBobble, a garrafa

edição digital

DestinosParque das NecessidadesMata Bom Jesus do Monte

Nº. 5 Nº. 6 Nº. 17 Nº. 18 Nº. 19

Nº. 20 Nº. 21 Nº. 22 Nº. 23

passearsente a natureza

byNº. 24 . Ano III . 2013 . PVP: 2 € (IVA incluído)

CaminhadaPiódão - Foz d´Égua - Piódão

De Óbidos a Torres Vedras

EQUIPAMENTOS• BINÓCULOSSTEINER• NOVOSMODELOSGARMIN

• MOBIKYYOURI16

Caminho Português Interior de Santiago

(1ª Parte)PR6 VLR Rota das Conheiras

outlet

Nº. 24

Nº. 26 Nº. 27 Nº. 28 Nº. 29

Nº. 30 Nº. 31 Nº. 32 Nº. 33 Nº. 34

Nº. 35 Nº. 36

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Os dados recolhidos são objecto de tratamento informatizado e destinam-se à gestão do seu pedido. Poderá igualmente receber outras informações relacionadas com as

publicações da Lobo do Mar - Sociedade Editorial, Lda www.lobodomar.net. Para qualquer esclarecimento escreva-nos para [email protected]

1€por

revista

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Inauguração da GRANDE ROTA DO VALE DO CÔAUm projeto requalificado em prol da regiãoNos dias 3, 4 e 5 de Outubro será apre-sentado ao público o projeto final da requalificação e extensão da Grande Rota do Vale do Côa. Para o efeito, a Territórios do Côa, entidade promotora, pretende proporcionar um conjunto de atividades de fruição deste novo equipa-mento ao dispor de turistas e visitantes. Para os três dias de programa estão previstos passeios de BTT e caminhadas por trilhos previamente preparados ao longo da GR e acompanhando o senti-do do rio Côa, de Sul para Norte. Serão dias de autêntico deleite da Natureza, que culminam junto ao Museu do Côa, que para além de uma imponente obra arquitetónica representa o património mundial classificado pela UNESCO – a Arte Rupestre do Vale do Côa.A Grande Rota do Vale do Côa assume assim relevância no posicionamen-to da oferta turística da região, pelo caráter inovador, lúdico e desportivo

que desempenha. Com uma sinalé-tica identitária e artesanal, contem-pla informação relevante acerca dos percursos, bem como painéis inter-pretativos de pontos de interesse da região do Vale do Côa. Abrange cinco concelhos – Sabugal, Almeida, Pinhel, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa, num total de 215 km de extensão. A Territórios do Côa acredita que o êxito deste projeto de-penderá fortemente da consolidação da rede de parceiros e, mais ainda, da capacidade de alargar essa rede a outras entidades – públicas ou pri-vadas. Por ora, a associação salienta o envolvimento dos cinco municípios em causa, pelo apoio técnico e ins-titucional que têm vindo a dispensar a este projeto.Para além dos municípios, a organi-zação das atividades prevista para os dias 3, 4 e 5 de Outubro conta com o

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apoio do grupo de BTT de Almeida, da associação FCR Bike Adventure e da Associação Transumância e Natureza. No entanto, a Territórios do Côa lança desde já o desafio a todos os que pre-tendam apoiar esta iniciativa e a ela se venham a associar.No dia 3 de Outubro será também assinado o protocolo de parceria para a manutenção e dinamização futu-ra da Grande Rota do Vale do Côa, com os cinco municípios abrangidos – Sabugal, Almeida, Pinhel, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa. Os passeios de BTT e pe-destre têm arranque previsto pelas 8:30h do dia 3, com a garantia dos reabastecimentos e o apoio logístico da organização. No dia 5, o encerra-mento do programa tem hora prevista pelas 17:30h. A organização está as-sim empenhada em proporcionar um agradável passeio, mas modalidades BTT e pedestre.As inscrições deverão ser formalizadas através do preenchimento do formu-lário disponível em www.valedocoa.pt, onde poderão também consultar os percursos diários e a informação de-talhada sobre esta iniciativa.O programa enquadra-se no cum-primento dos objetivos previstos no âmbito da valorização turística da região de influência do Vale do Côa e bem assim da afirmação do seu potencial, ao abrigo da Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE Turismo e Património no Vale do Coa do Pro-grama Mais Centro.

FIM-DE-SEMANA EUROPEU DE OBSERVAÇÃO DE AVESNo dia 4 de Outubro e no âmbito do Fim-de-semana Europeu de Observação de Aves, tem lugar um evento com que se pretende dar a conhecer a riqueza da avifauna e a beleza paisagística da Pateira de Frossos (Albergaria-a-Velha), enquadrada no sítio classificado do Baixo Vouga Lagunar, importante espaço natu-ral a conhecer e valorizar. O EuroBird-watch14 é uma organização da BirdLife International, que em Portugal tem a coordenação da SPEA Sociedade Portu-guesa para o Estudo das Aves). Com este evento que tem lugar na Europa e na Ásia Central procura-se aumentar a conscien-cialização sobre as questões relativas à migração das aves e promover esforços para salvaguardar espécies ameaçadas e os seus habitats. As inscrições são obri-gatórias, gratuitas e devem ser efetuadas até 1 de Outubro. A participação está limitada a um número máximo de par-ticipantes. Para mais informações e inscrições con-tactar o Serviço de Turismo da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha através do telefone 234529300 ou do correio eletrónico: [email protected]

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es MUNICÍPIO APRESENTA GUIA TURÍSTICO DE ESPOSENDE NO DIA MUNDIAL DO TURISMO

A apresentação do Guia Turístico de Es-posende e da Plataforma de Birdwatch-ing de Esposende vai marcar o Dia Mundial do Turismo, que se comemora a 27 de setembro. À semelhança de anos anteriores, o Município de Esposende vai assinalar a efeméride, através da realização de um conjunto diversificando de atividades, dirigidas à população em geral, turistas e visitantes. Assim, o programa inclui o Torneio de Golfe “Esposende, um Privilégio da Natureza”, que decorrerá na Quinta da Barca, em Gemeses, no período da manhã, a partir das 9h00 e, de tarde, pelas 14h00. Um Passeio de Comboio Turístico pela cidade de Esposende é outra das propostas para o Dia Mundial do Tu-rismo, sendo que a concentração dos participantes está marcada para as 9h30, no Largo Rodrigues Sampaio, em Esposende. Sugere-se também uma experiên-cia de Paddle Surf, a decorrer a partir das 10h15, no Rio Cávado, mais con-cretamente na Zona Ribeirinha de Es-posende, ou ainda um passeio citadino de bicicleta, devendo os interessados comparecer às 11h30, no Centro de In-formação Turística de Esposende. Igualmente no Centro de Informação Turística terá lugar, às 14h30, a apre-sentação do novo Guia Turístico de Es-posende e da Plataforma de Birdwatch-ing, criada por iniciativa do Município para fomentar e divulgar a observação

de aves no território concelhio, par-ticularmente no Parque Natural Litoral Norte, constituindo uma clara aposta neste produto turístico de grande im-portância e potencial para o concelho. O programa comemorativo do Dia Mun-dial do Turismo inclui ainda um Passeio de barco no Rio Cávado, pelas 16h00, com concentração junto ao Instituto de Socorros a Náufragos de Esposende, e, a encerrar, uma Desfolhada e Malhada, que acontecerá em frente à Igreja de Fonte Boa (Rua do Freixieiro), a partir das 21h30, como forma de valorizar os usos, costumes e tradições locais. Como sugestão para o almoço e para o jantar propõe-se “Polvo da Pedra”, a servir nos restaurantes aderentes à comemoração do Dia Mundial do Tu-rismo. Para mais informações ou para efetuar a inscrição nas atividades deverá ser consultado o Portal do Turismo do Mu-nicípio, em www.visitesposende.comO Município de Esposende pretende as-sim, nas comemorações do Dia Mundial do Turismo, promover e valorizar aque-les que são os seus produtos estratégi-cos de desenvolvimento turístico, no-meadamente a Gastronomia e Vinhos, o Turismo de Natureza, a Náutica, o Golfe, o Birdwatching e o Touring Cul-tural e Paisagístico, afirmando-se como um território diferenciador em termos de atratividade.

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VIA FERRATA AVANÇA A BOM RITMOUm dos pontos de atração mais em-blemáticos do único Trilho Português dos Apalaches, situado no concelho de Oleiros - a Grande Rota Muradal Pangeia, está a ser implementado a bom ritmo. Trata-se de uma via fer-rata e será uma das duas até agora existentes em Portugal. O seu nome resulta do italiano, caminho-de-ferro, sendo um itinerário preparado, nor-malmente nas paredes rochosas das montanhas, com escadas, pontes, ca-vilhas, agrafos, …, de forma a facilitar a progressão e proporcionar alguma segurança a quem os percorre. Esta infraestrutura, à qual se juntam as 15 vias de escalada da escarpa do Zebro - devidamente equipadas e com diferentes graus de dificuldade - que integram esta Grande Rota, irá repre-

sentar um atrativo turístico importante devido ao crescente número de pessoas que anseiam por uma aproximação ao mundo vertical, mas não querem ou desejam aprender as técnicas relativa-mente complexas da escalada e aceitar o grau de compromisso que esta impli-ca, sobretudo em alta montanha. O potencial atrativo deste projeto que envolve o município de Oleiros, a Naturtejo, as Juntas de Freguesia de Estreito-Vilar Barroco, Orvalho e Sarnadas de S. Simão e a associação Trilhos do Estreito sai assim reforçado. Recorde-se que este é um projeto pio-neiro em Portugal, o qual visa a inter-nacionalização do património natural e arqueológico do concelho, através da sua integração no maior trilho contínuo de pegadas do mundo. O projeto en-quadra-se no conceito Rota das Mon-tanhas, uma estratégia turística munici-pal diferenciadora e o nome “Grande Rota Muradal-Pangeia” deve-se, por um lado, à emblemática montanha quartzítica na qual o percurso se de-senvolve (muito valiosa em geo e bio-diversidade) e por outro, ao continente que existiu até há 200 milhões de anos e que reunia todos os continentes que existem atualmente.

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11Caminhada “Entre Campos, Praias e Masseiras”

No próximo dia 28 de Setembro, a Póvoa de Varzim será a meta da cami-nhada “Entre Campos, Praias e Massei-ras”, que terá partida de Apúlia, pelas 9h00. A distância entre os moinhos de Apúlia e o Estádio do Varzim é de cerca de 14 Km, sendo a caminhada avaliada como um percurso fácil para os participantes.A caminhada é aberta ao público em geral, podendo participar quer esposen-denses quer poveiros, uma vez que a organização fornece transporte para os pontos de partida e após a chegada. A inscrição custa 2€ e inclui o guia do percurso, abastecimento e seguro.A organização é da Esposende 2000, dos municípios da Póvoa de Varzim e de Esposende e do Programa Nacional de Marcha e Corrida.Os poveiros devem fazer a sua inscrição

previamente, para que a organização possa disponibilizar o transporte para o local de partida, em Apúlia. As ins-crições já podem ser realizadas pelos contactos: 969 857 842 / 253 964 182. Para mais informações pode consultar www.esposende2000.ptA concentração realiza-se às 8h00 junto aos moinhos de Apúlia, onde os esposendenses poderão realizar as for-malidades da inscrição. Os munícipes da Póvoa de Varzim serão transporta-dos a partir desta hora desde o Estádio do Varzim até ao local da partida, me-diante inscrição prévia.Às 13h00, os participantes de Es-posende têm direito ao transporte de retorno a partir do Estádio varzinista até ao local de partida da caminhada, em Apúlia.

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VALENÇA APOSTA NA CAPTAÇÃO DE NOVOS VISITANTES

A Câmara Municipal de Valença vai apresentar, no início do outono, novos produtos de promoção turística da ci-dade. Uma APP para telemóvel, sobre a Fortaleza, painéis Interativos e novos mapas turísticos destacam-se do novo pacote promocional.A APP sobre a Fortaleza de Valença é uma nova aplicação para telemóveis que permite visitas guiadas detalhadas e orientadas pelos pontos mais mar-cantes do centro histórico da cidade. Um conjunto de painéis interativos vai permitir uma leitura detalhada e ori-entada da Fortaleza e da sua evolução

histórica desde os primeiros povoados castrejos até à atualidade, com recri-ação 3D dos momentos mais marcantes da fortificação.Novos mapas turísticos, em formato pa-pel, proporcionam um conhecimento e viagem pelos pontos mais emblemáticos e interessantes da Fortaleza de Valença.Estes novos produtos turísticos serão apresentados publicamente no congres-so das Muralhas Digitais do Noroeste Peninsular a realizar em Valença em fi-nais do mês de setembro.Os novos equipamentos e materiais são o resultado do projeto Muralhas Digitais que a par de Valença incluem, ainda Monção, Melgaço, Lugo e Santiago de Compostela e contam com financia-mento dos fundos comunitários através do programa POCTEP.

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ROTAS E PERCURSOS DA SERRA DA ESTRELA

Rotas e Percursos da Serra da Estrela constitui um guia prático para a des-coberta da área que abrange os plan-altos mais elevados da serra da Estrela e dos vales que deles irradiam. Nesta obra, propõe-se um itinerário automóvel de âmbito geral, que per-mite um acesso fácil e rápido aos prin-cipais locais de interesse turístico da serra, e que articula com um conjunto de percursos pedestres de pequena rota, possibilitando uma exploração mais pormenorizada da montanha. Da obra faz parte ainda uma carta turística destacável representada à es-cala de 1:30 000. Fonte: www.cise.pt

CONGRESSO INTERNACIONAL DE TURISMO RURAL

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo / Ribatejo está a organizar o Congresso Internacional de Turismo Rural, que terá lugar nos dias 30 e 31 de outubro de 2014, no Pavilhão Mul-tiusos de Reguengos de Monsaraz.É uma iniciativa que se pretende consti-tuir num importante fórum de reflexão

e discussão sobre as grandes questões e desafios que se colocam na atuali-dade à realidade regional, nacional e internacional desta importante área de produção turística.Para saber mais sobre o Congresso visi-te o site oficial em: www.turismorural2014.com

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es Exposição “RUINOSOS MOMENTOS DE GLORIOSOS MONUMENTOS” e apresentação do livro “PORTUGAL EM RUÍNAS”No dia 17 de Setembro, às 18h30, será inaugurada no Museu Nacional de Ar-queologia a exposição Ruinosos Mo-mentos de Gloriosos Monumentos.A Arqueologia é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais. No entanto, vestígi-os há que, por estarem tão à vista, por vezes tão integrados na paisagem urba-na que nos habituamos a ver, acabamos por não ver realmente, mesmo que degradado e em ruínas.O Projecto Ruin’arte, da autoria de Gastão de Brito e Silva, deu origem a um blogue em 2009 com o intuito de denunciar e catalogar exemplos de vestígios arquitectónicos em ruínas,

bem como alertar a sociedade para o mesmo. Em sintonia com este movi-mento, a estação televisiva SIC emitiu o programa “Abandonados”, onde o autor do projecto apresentou diversos casos.As fotos do projeto, todas da autoria de Gastão de Brito e Silva, são agora ex-postas no MNA, dando início às Jorna-das Europeias do Património, este ano com o tema Património sempre uma descoberta.Durante a sessão será apresentado o livro do autor, Portugal em Ruínas, edi-tado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. A apresentação será reali-zada por Vitor Serrão, António Araújo e Luís Raposo. Fonte: DGPC

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Encontro “(A)riscar o Património” Heritage Sketching

A Direção-Geral do Património Cultural, em colaboração com os Urban Sketche-rs Portugal, organiza um encontro de Sketching sobre Património, a decorrer em várias cidades em simultâneo, no dia 27 de Setembro de 2014. Associar a representação do Património ao desenho dá o mote para este Encontro, que pretende reunir sketchers, ilustradores, artistas ou simples amantes do de-senho, em vários sítios mas num mesmo dia. Não é preciso inscrição, basta aparecer na hora e local indicados, e desenhar o(s) seu(s) monumento(s) favorito(s)! Viana do Castelo: Praça da República – Igreja e Hospital da Misericórdia (Monu-mento Nacional) Porto: Igreja de S. Francisco (Monumento Nacional) Coimbra: Praça Velha/Praça do Comércio – Igreja de Santiago (Monumento Na-cional) Tomar: Convento de Cristo (Monumento Nacional e Património da Humanidade) Torres Vedras: Convento de N.ª Senhora da Graça (Imóvel de Interesse Público) Lisboa: Convento do Carmo (Monumento Nacional) Castelo Branco: Paço Episcopal (Monumento Nacional) Évora – Sé (Monumento Nacional) Ponta Delgada: Igreja Matriz (Imóvel de Interesse Público)

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JÁ NA BANCA!

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CONCURSO DE FOTOGRAFIAA edição de 2014 do Festival de Ob-servação de Aves de Sagres contará com um concurso de fotografia. Através de uma parceria com a empresa Magic Moments e do jornal Público, a organi-zação vai eleger as melhores fotografias das seguintes categorias: Aves, Fauna (exceto aves), Flora, Paisagens e Ativi-dades.Haverá 2 tipos de votações:- Uma votação feita através do Face-book do Festival, em que a melhor fo-tografia a concurso será eleita através do maior número de “Gostos” obtidos, indepen-dentemente da categoria;- Uma votação feita por um painel de júri, que elegerá as 3 melhores fotogra-

fias de cada categoria.O prémio da fotografia vencedora através do Facebook será um work-shop para uma pessoa, oferecido pela empresa Magic Moments “Workshop Luzes de Natal em Lisboa | Fotografia Nocturna | 8 Dezembro 2014 | 14h30 às 20h30, em Lisboa (pela Baixa, Ros-sio e Chiado)”O prémio para as fotografias vencedo-ras de cada categoria será a sua pub-licação no jornal Público (no site e/ou em papel).Regulamento: http://birdwatchingsagres.com/wp-content/uploads/2014/07/PT/regulamento_concurso_festivalbird-watchingsagres14_PT.pdf

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JÁ NA BANCA!Para sua comodidade encomende já o seu exemplar e receba-o em sua casa exactamente pelo mesmo valor de banca.

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Edição nº29

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Almada dinamiza SEMANA EUROPEIA DA MOBILIDADE 2014

Almada vai participar na Semana Euro-peia da Mobilidade (SEM), de 16 a 22 de Setembro, e no Dia Europeu Sem Car-ros (DESC), a 22 de setembro, iniciati-vas que acontecem em cidades de todo o mundo. “As nossas ruas, a nossa escolha” é a o tema principal da 14ª SEM e são muitas as atividades e iniciativas propostas para esta semana pela Câmara Municipal de Almada.Da programação destacam-se as “Via-gens a troco de lixo” e o III Passeio de Bicicleta “2 Margens, 2 Rodas”, no dia 21 de setembro, promovido pelas Câ-maras Municipais de Almada e Lisboa, em conjunto com núcleos locais de ciclis-mo e cicloturismo, e que este ano terá início em Almada e terminará na capital.De 16 a 22 de setembro, haverá ainda a oportunidade de participar em work-shops, numa maratona fotográfica, em oficinas de check-up de bicicletas, passeios e ateliês sobre a história e o património cultural de Almada, entre muitas outras iniciativas.Durante a SEM 2014 poderá também

viajar gratuitamente no Elevador Pano-râmico da Boca do Vento e no mini-autocarro elétrico Flexibus (Almada e Cacilhas).Dia Europeu Sem CarrosA 22 de Setembro, Dia Europeu Sem Carros celebra-se na Rua de Olivença, no centro de Almada, e que será uma zona sem trânsito automóvel.Ao longo do dia, realiza-se o Mercado da Rua Viva, com artesanato, produtos regionais e de produção biológica, e onde vai poder degustar diversos sa-bores regionais, étnicos e vegetarianos.Destaque ainda para diversas ativi-dades de rua e para a Noite de Comér-cio de Portas Abertas.O programa da Semana Europeia da Mobilidade 2014 está disponível em www.m-almada.pt/ambiente

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PROJETO

MONTEJUNTOTRILHOSTexto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

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DAR A CONHECER A SERRA DE MONTEJUNTO É FUNDAMENTAL PARA CARLOS CHAMBELL. DE UMA FORMA ALTRUÍSTA LANÇOU O PROJETO MONTEJUNTO TRILHOS E NÓS FOMOS CONHECER UM POUCO DESTA REALIDADE.

Carlos Chambell lançou-se num projeto que visa dar a conhecer a serra de Mon-tejunto através de passeios a pé pelos seus trilhos. É um projeto simples mas bem conseguido e que o autor apresenta da seguinte forma:

“ A informação aqui apresentada é o culminar de várias pesquisas, quer pela inter-net, quer por publicações diversas sobre este território.

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PROJETO

MONTEJUNTOTRILHOSTexto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

21O objetivo principal é promover e di-vulgar este espaço natural, classificado como Área de Paisagem Protegida, im-plantado no coração da Região Oeste.Outro dos objetivo, é disponibilizar al-guma informação mínima e necessária, para quem gosta de andar a pé e ao mesmo tempo conhecer e descobrir, o que a Serra de Montejunto tem para oferecer, como espaço natural privile-giado assim como um rico património histórico e religioso. Toda a informação disponibilizada neste site, tem como objetivo, informar e dar a conhecer este espaço natural, numa perspetiva, de que, para preser-var e proteger, primeiro temos de dar a conhecer.Finalmente, um convite à descoberta

do que a Serra tem para oferecer, desde paisagens deslumbrantes, fauna e flora únicas, de características mediterrâneas, um património natural e histórico, sons e aromas da natureza, assim como as gen-tes e locais serranos”.Para o meu primeiro contacto com a serra, Carlos Chambell escolheu uma Pequena Rota sinalizada e circular de-nominada Trilho Quinta da Serra. O au-tor do projeto escolheu este trilho por ser representativo da região, “…Neste per-curso irá tomar contacto com uma mata de castanheiros a outros exemplares da floresta mediterrânea, passando por man-chas de pinheiros e cedros até pequenos tufos de alecrim. Tome ainda atenção aos pequenos terrenos de cultivo (denomina-dos por covões Pode ainda observar a

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vertente Este da serra com a sua vegetação e a perigo-sidade própria das serras calcárias. Aprecie também os pequenos núcleos de pinheiros. Na Penha do Meio-Dia pode observar os penhascos (local de nidificação de aves), as povoações e a planura que se estende até ao mar. Como ponto de interesse patrimonial poderá visitar a Real Fábrica de Gelo.) ”.Carlos Chambell tem cerca de 5 percursos sinalizados e semi-sinalizados referenciados mas, segundo ele, exis-tem muitos mais que tem sido testados por ele e por outros caminheiros.Deixo-vos algumas imagens deste meu contacto com a serra de Montejunto e prometo voltar, em breve para aprofundar esta região. Entretanto conheçam, mais em pormenor, o projeto em: https://sites.google.com/site/montejuntotrilhospt/home

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Carlos Chambell

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FONTE BENÉMOLANO ALGARVE COM O PROJECTO QUERENÇA

O PROJECTO QUERENÇA, EM LOULÉ, CONTINUA ATIVO E FOI COM ALGUNS

DOS SEUS DINAMIZADORES QUE FOMOS CONHECER O PERCURSO PEDESTRE

FONTE BENÉMOLA.

Texto e Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

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João Ministro, Susana Calado Mar-tins (Turismo Cultural) e Bruno Rodri-gues (Geologo) foram os nossos guias nesta Pequena Rota Fonte Benémola que é considerada Paisagem Protegida Local e foi criada pelo Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de Julho.Esta área protegida ocupa uma área de 390 ha, estendendo-se pelas Freguesias de Querença e Tôr, no Barrocal Algar-vio.Na Paisagem Protegida Local encontra--se demarcado um circuito pedestre com uma extensão aproximada de 4,5 km. A presença de água ao longo de todo o ano torna este local muito prazível para caminhadas e passeios de observação da Natureza, mesmo em pleno Verão.

A Via Algarviana passa junto ao limite da Paisagem Protegida Local da Fonte Benémola.A presença destes elementos do Projec-to Querença enriquecei esta nossa ex-periência pela mais-valia que trouxeram à caminhada. Os seus conhecimentos profissionais e a sua vivência diária na região permite-lhes acrescentar valor e enriqueceu a informação sobre esta Pequena Rota.Mas se os nossos guias são bons, o per-curso é excelente fruto de uma diversi-dade de flora significativa, da presença constante da água, de vestígios de for-nos de cal e da presença de um escul-tor. A sombra que se faz sentir ao longo de praticamente todo o percurso, per-

João Ministro fala sobre os sistemas de captação de água existentes na região

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26mite que ele seja percorrido em pleno Verão sem qualquer dificuldade.Antes de “caminhar” veja o que João Ministro tem a dizer sobre o percurso Fonte Benémola: http://youtu.be/UvvtD8WOwVQ

CARACTERIZAÇÃOOs sites do ICNF (de onde retirámos parte desta informação) e da Câmara Municipal de Loulé possuem abun-dante informação sobre esta área bem como documentação em forma-to PDF que pode ser descarregada. A maior riqueza desta área protegida é a água. Com efeito, a PPL da Fonte Benémola é atravessada pela ribeira da Fonte Menalva que, juntamente

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com a ribeira das Mercês origina a ribeira de Algibre. A ribeira da Fonte Menalva é abastecida por algumas nascentes que permitem a manutenção do caudal em cerca de 60% do curso da ribeira, mes-mo durante a época estival, nomeada-mente a “nascente”, o “Olho” e a própria Fonte Benémola. Para reter a água em alguns pontos, foram reconstruídos ve-lhos açudes e construídos alguns novos, dando origem à formação de espelhos de água ao longo da ribeira. A água era outrora transportada por levadas até noras e velhas azenhas, sendo utilizada para a irrigação de terrenos hortícolas. Ainda se encontram, a espaços, vestígios relativamente bem conservados desse ex-traordinário sistema hidráulico.

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FLORAA ribeira da Fonte Menalva corre num vale em cujas margens existe uma densa galeria ripícola, constituída por espécies arbóreas e arbustivas, pouco comuns noutras zonas do Algarve, como salgueiros Salix alba, freixos Fraxinus spp., choupos Populus spp. e folhado Viburnum tinus, que se entre-cruzam por entre loendros Nerium ole-ander, tamargueiras Tamarix africana, silvados Rubus ulmifolius e canaviais, da exótica de origem asiática Arundo donax.As encostas do vale estão cobertas por vegetação mediterrânica característica do Barrocal Algarvio, como o alecrim

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Rosmarinus officinalis, o rosmaninho La-vandula stoechas, o medronheiro Arbu-tus unedo, o carrasco Quercus coccifera, bem como espécies de porte arbóreo como a alfarrobeira Ceratonia siliqua, o zambujeiro Olea europea var. sylvestris e, apenas em área de solo xistoso, o so-breiro Quercus suber e a esteva Cistus ladanifer.Podem ainda encontrar-se várias espé-cies de orquídeas em determinadas zo-nas da Fonte Benémola, plantas que se destacam pela sua grande beleza.

FAUNAA vegetação junto à Ribeira forma uma densa galeria que propicia condições de

Antigo Forno de Cal

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habitat para muitas espécies de avifau-na, de onde se destaca a presença da garça-real Ardea cinerea, garça-bran-ca-pequena Egretta garzetta, galinha-de-água Gallinula chloropus, guarda-rios Alcedo atthis, abelharuco Merops apiaster, poupa Upupa epops, rouxinol Luscinia megarhynchos, papa-figos Ori-olus oriolus, chapim-real Parus major, gaio Garrulus glandarius, pega-azul ou charneco Cyanopica cyanus e verdilhão Carduelis chloris, entre outras.Ao longo da ribeira, nas zonas que mantêm água todo o ano, podem-se observar algumas espécies aquáti-cas e anfíbias, como rãs Rana spp., o cágado-de-carapaça-estriada Emys

O escultor Henrique trabalha, essencialmente, com a pedra da região

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Infraestrutura ligada ao aproveitamento da água

Susana Calado Martins fala sobre o que resta dum Forno de Cal

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orbicularis e o cágado-mediterrânico Mauremys leprosa, várias espécies de peixes, para além de alguns anfíbios, tais como salamandras, tritões e sapos, nomeadamente o sapo-comum Bufo bufo.Periodicamente, têm sido observados neste local, vestígios da presença de lontra Lutra lutra, apesar de não se avis-tarem as mesmas com regularidade.Na Paisagem Protegida existem ainda dois tipos de morcegos, o morcego-de-peluche Miniopterus schreibersii e o morcego-rato-pequeno Myotis bly-thii, ambas espécies muito vulneráveis e ameaçadas.

PATRIMÓNIO CULTURAL E CONSTRUÍDO

A Paisagem Protegida é rica em in-fraestruturas rurais ligadas ao aprovei-tamento da água, como açudes e le-vadas, que, outrora, transportavam a água da ribeira às terras de regadio. Existem ainda várias noras, algumas ainda com os seus alcatruzes, e um moinho de água que moía o cereal das populações vizinhas. Existem ainda alguns fornos de cal, atu-almente quase todos em ruínas, que produziam cal através de um processo de cozedura que incluía lenha e pedra calcária.

Pode descarregar alguma informação, em formato PDF, no site do ICNF:http://www.icnf.pt/portal/naturaclas/ap/amb-reg-loc/pais-proteg-local-font-benemola

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BICICLETAS, A MODA QUE PEGOU DE ESTACA?Texto e fotografia: António José Soares

LONGE VÃO OS TEMPOS DOS INÍCIOS DOS ANOS NOVENTA, EM QUE RE-SOLVI COMPRAR UMA BICICLETA DE MONTANHA DA ÓRBITA, PELA QUANTIA DE 42.000$00, O QUE CORRESPONDE A CERCA DE 200 EUROS, PARA DAR UMAS “VOLTINHAS” DE FIM-DE-SEMANA POR COIMBRA E REGIÃO LIMÍTROFE. ENTÃO, ERA RARÍSSIMO ENCONTRAR PASSAR DEMAIS CICLISTAS, A QUEM DIZER “BOM DIA”. FORMADO UM GRUPO HETEROGÉNEO, AS “VOLTINHAS DOMINGUEIRAS” PASSARAM A SER QUASE UMA OBRIGATORIEDADE À ÉPOCA.

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Dissolvido o grupo ao longo do tempo, por razões díspares, continuei a pedalar, muitas vezes só, mas vicissitudes várias forçaram uma cada vez mais escassa utilização da bicicleta.Finalmente em 2007 voltei utilização a mesma, de forma mais regular e com novo fôlego, em parte motivado pela conclusão do Caminho Francês de San-tiago, percorrendo 840 km, ao longo de onze jornadas.Assim passei a engrossar o grupo dos “cicloactivistas”, de certa forma com

alguma ponta de orgulho, lamento a-penas a fraca utilização da bicicleta nos anos de 2010 e 2011, tendo-me ressentido mais tarde e arrependido de não ter conseguido vencer a preguiça em muitas ocasiões.Por Julho de 2012, então de férias na praia do Carvalhal, na Comporta, co-mecei a intensificar uma prática que não precisa de argumentos para justificar a sua adoção. Não me recordo de ter vis-to algum ciclista por aquelas paragens. No entanto, regressando ao mesmo lo-

Antiga ponte ferroviária da linha do Dão, agora transformada em 50 km de via total-mente ciclável, sem dúvida um projeto de sucesso, com recurso a fundos comunitários.

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“O Pequenito”

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cal, dois anos mais tarde, desta vez em Agosto, foi com agrado que verifiquei o aumento exponencial de utilizadores de bicicleta a circular localmente no acesso às praias outros de passagem, com alforges nas bicicletas, pedalando ora para norte ora para sul, indiciando voltas mais longas.Felizmente constata-se cada vez mais a existência de movimentos espontâneos sobretudo de ciclistas ou “cicloturistas” que procuram cativar, nomeadamente através da demonstração de experiên-cias positivas, no âmbito da mobilidade suave, demonstrando experiências ca-tivantes, sobretudo dando a conhecer

lugares fantásticos do cantinho lusitano, através de pequenos vídeos ou com re-curso à fotografia.Pontualmente vão surgindo algumas in-fraestruturas, com vias ou pistas apelati-vas à circulação de bicicleta, geralmente por iniciativa de uma ou outra autarquia.Infelizmente, os casos são esporádicos e embora existindo um documento orien-tador estratégico, para a implementação de projetos de meios de transporte suave, amigos do ambiente, a efetivação dos mesmos tem sido escassa.Apenas com determinação, grande desí-gnio estratégico e séria vontade de fazer obra concertada envolvendo os gover-

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ica A edificação de estruturas que facilitem a circulação

pedonal e de bicicletas é sempre de enaltecer.

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nos nacional e regionais e autarquias, independentemente da cor política, as-sim como as empresas de transporte de passageiros, com dimensão nacional e regional, será possível atingir metas que todos desejaríamos.A CP poderia e devia ter uma ação mais proactiva, bem como a Carris e os STCP, os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, os Transportes Municipais de Braga, assim como demais serviços de outras cidades, facilitando e incrementando a circulação de bicicletas no material cir-culante, no caso das empresas de trans-portes e as autarquias com políticas

efetivas e eficazes de incentivo à salutar utilização das duas rodas não motori-zadas. Está também ao nosso alcance participar, apelando e dando sugestões. Está das organizações empresariais e territoriais corresponder à vontade, cada vez mais expressiva e generaliza-da de uma grande franja da população portuguesa.Termino com um apelo a quem façamos de Setembro o mês europeu sem carros suplantando o dia ou a semana euro-peia sem carros. Finalmente parece que a “bicicleta pegou de estaca”, parafra-seando o saudoso e excelente jornalista Vítor Santos.

Nem sempre o recurso a tapetes betuminosos para construir ciclo-vias é a solução mais adequada, os “estradões” como ilustra a ima-gem é uma boa solução para percursos mais ecológicos.

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ica A prioridade às obras faraónicas de custos elevadíssimos e benefícios reduzidos para populações,

tem sido o caminho seguido, as verbas despendidas em alguns dos viadutos da autoestrada 13, dariam para financiar folgadamente a conclusão do projeto Metro Mondego, obra começada e inacabada. Deixo aqui a sugestão para que se aproveita a obra feita em pistas cicláveis, como forma de minimizar prejuízos às populações de Miranda do Corvo, Lousã e Coimbra.

Ponte Pedro e Inês, ligando o Parque Verde, implan-tado nas duas margens do Mondego, em Coimbra, epicentro de uma vasta zona ciclával.

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MOBILIDADE EM DESTAQUEEm Torres Vedras o município dis-ponibiliza um sistema de aluguer de bicicletas públicas - “Agostinhas”. O cognome consiste numa homenagem ao ilustre ciclista Joaquim Agostinho. As “Agostinhas” estão distribuídas por 11 Estações de Bicicletas Públicas, pela Cidade de Torres Vedras, junto às escolas, áreas comerciais e serviços públicos. São disponibilizadas bicicle-

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tas standard a pedal e elétricas. Também são disponibilizadas bicicletas com cadei-ras para crianças e cestos de transporte de pequenos objetos.San Sebastian, mercê de excelente aproveitamento de verbas comunitárias, ao abrigo do Programa Civitas, tem uma rede de ciclovias urbanas invejável, exem-plo a seguir.

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GR28 - POR MONTES E VALES DE AROUCA

A GR28 “POR MONTES E VALES DE AROUCA” É UM PERCURSO PEDESTRE DE

GRANDE ROTA QUE ENVOLVE O VALE DE AROUCA, A SERRA DA FREITA E DA

ARADA E OS VALES DO PAIVÔ E DO PAIVA.

O SEU ITINERÁRIO PERCORRE UM TERRITÓRIO DE RARA BELEZA, LIGANDO UM

GRANDE NÚMERO DE GEOSSÍTIOS DO GEOPARK DE AROUCA, ALDEIAS DE

MONTANHA, VALES E CUMEADAS DE ONDE SE DESFRUTAM EXTRAORDINÁRIAS

PAISAGENS.

Texto e Fotografia: Caminhantes

Iniciamos o percurso em Candal, nas imediações da Igreja matriz.

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FICHA TÉCNICA:

DATAS DE REALIZAÇÃO: 15,16 E 17 DE AGOSTO 2014

DESNÍVEL: 4210 M POSITIVOS; 4210 M NEGATIVOS

TIPO DE PERCURSO: CIRCULAR

DISTANCIA: 83,2 KM

ETAPAS: 3 DIAS

DURAÇÃO: 21H 30 M (MARCHA EFETIVA)

Candal

Candal

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1ºDIA – DE CANDAL A ALVARENGAIniciamos o percurso em Candal, nas imediações da Igreja matriz, apesar de ser proposto o inicio em Arouca, opta-mos por esta aldeia do vizinho municí-pio do S. Pedro do Sul por razões de alojamento e alimentação. Planeamos as dormidas e jantares em Alvarenga (Hospedaria Silva, fica no percurso) e Santa Maria do Monte (Quinta da Guerra, fica em Nogueiró, a sensiv-elmente a 3 Kms da Capela de Santa Maria do Monte, possibilidade de trans-porte capela-quinta-capela a combinar com a quinta - Sr. Brandão).Da Igreja matriz de Candal tomamos o caminho que desce para Covêlo de Paivô. Nesta aldeia, a GR 28 liga com o PR13 - “Na Senda do Paivô” e este com o PR14 - “A Aldeia Mágica”. Subi-mos para as antigas mina do Muro, de onde rumamos para Silveiras após

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atravessar a estrada de asfalto.Em Silveiras, junto à Capela, iniciamos a descida para Cortegaça e dali para Meitriz por caminhos comuns com o PR5 “Rota das Tormentas”. Até Cortegaça o caminho é um trilho de montanha ancestral; depois de Cor-tegaça, no alto da cumeada, é caminho de asfalto e depois um estradão que de-sce para o rio Paiva.A meio da descida o PR5.1 (ramal do PR5) toma, à esquerda, um caminho para Janarde e para o geossítio da Mourinha (icnofósseis e a livraria do Paiva).Continuando a descida rapidamente chegamos a Meitriz, atravessando-se o Paiva na ponte para Além-do-Barco, até à área de lazer. Aproveitamos o Parque de Lazer de Meitriz, na margem do Rio Paiva, para degustar o farnel levado de casa seguido de uma pequena cesta.

Candal

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Candal Candal

Ponte sobre o Rio Paivô. Covelo de Paivô.

Fonte em Covelo de Paivô.

Um grande espigueiro.

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Os caminhantes da GR28: Joaquim Moreira, Fernando Peixoto, Marcia Madeira e Helena de Carvalho.

Silveiras

Rota das tormentas Cortegaça.

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Capela de Silveiras

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Cortegaça.

Espigueiro em Meitriz.

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A GR28 continua agora sozinha deixando o Paiva para trás, passa no Sobral (meia dúzia de casas) encaminhando-se, em seguida, para o lugar da Fonte Tinta e de-pois para Vilar de Servos. Antes de aqui chegar temos espectaculares panorâmicas sobre os meandros do Paiva, o esporão de Louredo e sobre Janarde.Em Vilar de Servos tomamos o caminho, já asfaltado, que percorremos durante 3,5 Kms, após o qual tomamos um caminho antigo, entre floresta, que se dirige para o lugar de Casais e Quintela por onde se entra em Alvarenga – fim da nossa etapa. Logo na entrada temos a Hospedaria Silva, local da nossa pernoita e do famoso bife de Alvarenga.

FICHA TÉCNICA DO 1ºDIA:

DIA 15 DE AGOSTO DE 2014.

ETAPA 1: CANDAL-COVELO DE PAIVÔ-SILVEIRAS-CORTEGAÇA-MEITRIZ-

VILAR DE SERVOS-CASAIS-QUINTELA-ALVARENGA

DISTANCIA: 31,8 KM

MARCHA EFETIVA: 8 HORAS

ALOJAMENTO: HOSPEDARIA SILVA (FICA NO PERCURSO)

TEL. 256 955 443 TELM. 964 016 987

JANTAR: RESTAURANTE SILVA (EDIFÍCIO DA HOSPEDARIA) –

FAMOSO BIFE DE ALVARENGA

Rio Paiva

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Vilar de Servos

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Cruzeiro

Hospedaria Silva, local escolhido para a pernoita

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ROTA DOS GIGANTESUMA PRIMEIRA

ABORDAGEM MAS, VOLTO PARA O ANO

QUE VEM! Texto e Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

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52NA ÚLTIMA EDIÇÃO DA BTL – BOL-SA DE TURISMO DE LISBOA TOMEI CONTACTO COM O PROJETO ROTA DOS GIGANTES E, NESSE MESMO MOMENTO, DECIDI QUE O IRIA EXPLORAR UTILIZANDO UMA BICI-CLETA.

A ADRIL- Associação de Desenvolvi-mento Rural Integrado do Lima e a CENTER lançaram, no início de 2014, a Rota dos Gigantes do Vale do Lima. Rota que percorre os quatro municípios deste, cada um com o seu Gigante – Ponte da Barca, com o Navegador; Ponte de Lima, com o Santo; Viana do Castelo, com o Descobridor; e Arcos de Valdevez, com o Inventor. Rota que inclui os locais de procedência destas

quatro ilustres Figuras da História univer-sal, que projetaram Portugal nos quatro Continentes.Achei este projeto muito interessante e decidi que o iria “descobrir” usando uma bicicleta. Concebi um percurso com uma quilometragem total na ordem dos 102 km, com os trajetos sempre o mais junto possível ao rio Lima e para ser executa-do em dois dias. A minha base foi a vila de Ponte de Lima e, neste levantamento contei com a colaboração da Câmara de Ponte de Lima e da CENTER.No primeiro dia, o objetivo era ligar Pon-te de Lima a Arcos de Valdevez passando por Ponte da Barca e regressar a Ponte de Lima. No traçado que planeei utilizei a Ecovia do Lima de Ponte de Lima a Ponte da Barca. Um trajeto muito bonito

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53em que o elemento água e a beleza natural marcam, em definitivo o trajeto. A ligação Ponte da Barca a Arcos de Valdevez faz-se por estrada. No início tinha a ideia de regressar a Ponte de Lima pela margem direita do rio mas, decidi regressar novamente pela Eco-via. Foi uma decisão acertada pois a luz (fiz o regresso da parte da tarde) e os ângulos são totalmente diferentes e parece que estamos a pedalar numa ecovia diferente!No segundo dia, o destino foi Viana do Castelo. A minha ideia inicial era de ir pela margem direita e regressar pela margem esquerda. Não consegui cum-prir com o programado… na margem direita fui até Bertiandos pela ecovia e não consegui encontrar passagem para

pedalar o mais perto do rio. A opção foi fazer o restante trajeto pela estrada nacional (não é muito interessante e o tráfego é elevado). Viana do Castelo é muito interessante e, na altura, estava a decorrer uma Feira Medieval que a tor-nou ainda mais engalanada. O regresso a Ponte de Lima foi feito de transporte público pois, demorei tempo de mais em Viana e como estava com uma bicicleta dobrável (roda 20) não tinha tempo para verificar o trajeto pela margem esquerda. Esta segunda “perna” tem de ser apro-fundada pois, na programação que fiz existia passagem junto ao rio mas, a ve-getação abundante dificultou a pas-sagem com a bicicleta. Em 2015 vou voltar à região e tentar concluir o per-curso!

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Antes de passar às figuras dos Gigantes e, a jeito de conclusão, estou conven-cido que esta rota é muito interessante e pode ser explorada de diferentes for-mas. Quando a estava a efetuar de bicicleta vi que no rio existiam empre-sas a explorar programas de descida do rio em canoa e kayak. Pode ser en-graçado fazer, por exemplo, Ponte de Lima a Arcos de Valdevez de bicicleta e regressar de Ponte da Barca até Ponte de Lima em canoa/kayak. Existe, pelo menos, em Ponte de Lima uma empresa de aluga bicicletas de btt. Ao nível do alojamento a rede da CENTER é muito completa e está presente nas principais vilas e cidades contudo, existem tam-bém, parques de campismo e peque-nas unidades hoteleiras ao longo do

54percurso.No que diz respeito à informação turís-tica sobre a Rota dos Gigantes veri-fiquei que os postos de turismo tinham conhecimento da rota e fornecem infor-mação útil e correta.

PONTE DE LIMAO Santo – Beato Francisco Pacheco (1566 - 1626)Nascido em família fidalga na fregue-sia da Correlhã, concelho de Ponte de Lima, professou na Companhia de Je-sus (Jesuítas) e foi enviado como Mis-sionário para a Índia, de onde passou a Macau e depois ao Japão. Desen-volveu profunda ação evangelizadora neste longínquo país, onde viveu muitos anos em austera clandestinidade, como

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Administrador Apostólico da Diocese do Japão. Sofreu o martírio em Nagasáqui, queimado a fogo lento por fidelidade à sua Fé. Beatificado por Pio IX em 1867, aguardasse a conclusão do seu proces-so de canonização.Francisco Pacheco é uma das grandes Figuras da História Universal de Por-tugal, um fortíssimo elo das primeiras relações culturais do Japão com a Eu-ropa, que estoicamente deu a vida pelas suas convicções. http://www.valedolima.com/PT/pontedelima.html

PONTE DA BARCAO Navegador – Fernão de Magalhães (c. 1480 - 1521)Navegador famoso, integrou as arma-das que estabeleceram o Império Por-tuguês no Oriente, designadamente as que conquistaram Goa (União Indiana), Malaca (Malásia) e as Molucas (Indoné-sia). Ainda esteve na tomada de Azamor (Marrocos), mas por desinteligência com a Coroa Portuguesa, ou cumprindo ao seu serviço uma missão secreta, como indícios recentes claramente evidenciam, ofereceu os seus préstimos à Coroa de Espanha prometendo descobrir uma rota para o Extremo Oriente navegando para ocidente. Iniciou, assim, a primeira viagem de circum-navegação do globo, que comprovou definitivamente a esferi-cidade da Terra, mas faleceu no seu de-curso, nas Filipinas, quando esta teoria estava já demonstrada.Originário de uma família nobre do Alto Minho, com assento na freguesia de Paço Vedro de Magalhães, no concelho

de Ponte da Barca e no vizinho Castelo da Nóbrega, de que era donatária, há fortes indícios de que tenha mesmo nas-cido nesta região.A viagem de Fernão de Magalhães é uma referência da História Universal que baliza o início da Idade Moderna. http://www.valedolima.com/PT/pon-tedabarca.html

ARCOS DE VALDEVEZO Inventor – Padre Himalaia (1868 – 1933)De seu nome Manuel António Gomes, teve origem humilde na freguesia de Cendufe, do concelho de Arcos de Val-devez. O sobrenome Himalaia adveio-

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lhe da alcunha pessoal com que foi distinguido pela sua desmesurada estatura. Sacerdote católico e profes-sor liceal, dedicou-se com afinco à in-vestigação científica em diversas áreas importantes para a economia rural e a agricultura biodinâmica. E ainda que não tivesse concluído formalmente a graduação universitária e que tenha sido escassa a frequência das institui-ções académicas, adquiriu os con-hecimentos que necessitava no es-treito relacionamento com alguns dos maiores cientistas do seu tempo. For-jou as suas ideias no cadinho da ex-perimentação e obteve resultados sur-preendentes que muito prestigiaram a sua reputação como cientista. Os

estudos e os trabalhos realizados sobre a pro-blemática da síntese do amoníaco e da fi-xação do azoto atmosférico, con-duziram-no à descoberta de uma nova substância explosiva, a que chamou “himalaíte” e, sobretudo, à construção do “pireliófero”, um engenho complexo que permitia obter elevadíssimas temperatu-ras apenas por reconversão da energia produzida pela incidência dos raios so-lares. Este aparelho, que pode consider-ar-se o precursor dos painéis solares hoje comumente utilizados para uso domés-tico e industrial e que foi apresentado em 1904 na Louisiana Purchase Exposition-USA, consagrou o Padre Himalaia como um vulto notável da Ciência. http://www.valedolima.com/PT/arcosdevaldevez.html

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VIANA DO CASTELOO Descobridor – João Álvares Fagundes (séc. XV – c. 1522)Oriundo de uma prestigiada família de Viana do Castelo, com fortes ligações à atividade marítima, explorou as águas do Atlântico Norte, realizando à sua cus-ta várias expedições à costa do Canadá, onde cartografou a Terra Nova. É muito provável que estas expedições se te-nham realizado de forma programada na sequência das viagens de João Vaz Corte Real que, tudo o leva a crer, al-cançou o continente americano cerca de vinte anos antes de Cristóvão Colombo e de quem este terá recebido a notícia da sua existência.A atividade de João Álvares Fagun-

des, que deu origem às grandes fainas pesqueiras do bacalhau, foi tão deter-minante que ainda hoje se conservam nesta região da América topónimos de origem vianense que remontam à sua época. http://www.valedolima.com/PT/vianadocastelo.html

INFORMAÇÕES ÚTEISTURISMO DE PONTE DE LIMALoja de Turismo de Ponte de LimaTorre da Cadeia Velha / Passeio 25 de Abril / 4990-058 Ponte de LimaTel: (+351) 258 942 335De Segunda a Sábado, das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30.

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TURISMO DE PONTE DA BARCARua D. Manuel ITel.: 258 452 899 /Email.: [email protected]ça e Sábado - 09:00 às 12:30 e 14:00 às 17:30 (Inverno) e 09:30 às 12:30 e 14:00 às 18:00 (Encerrado aos Domingos, Segundas e Feriados)

TURISMO DE ARCOS DE VALDEVEZCentro Municipal de Informação e Tu-rismoRua Prof. Mário Júlio B.A. Costa | 4970-606 Arcos de Valdevez | telf.: 258 520 530 E-mail: [email protected]ário de Inverno: de segunda-fei-ra a sábado das 9h00/12h30 e das

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s 14h00/17h30 Horário de Verão: de segunda-feira a sábado das 9h30/12h30 e das 14h00/18h00 | Domingo: 10h00/13h00 e das 14h00/17h00

TURISMO DE VIANA DO CASTELOPraça da Liberdade sem número (rotun-da)4900-040 Viana do CasteloTel. 258 098 415 ou 913 348 813 / E-mail: [email protected] 1 de Julho e 31 e de Agosto - ab-ertos diariamente das 10h às 19h, asse-gurando o serviço de aluguer de velocí-pedes e quadriciclos das 19h às 23h.Nos meses de Março a Junho e de Se-tembro a Outubro - abertos de terça-feira a Domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h às 18h. Dia de encerramento - segunda-feira.De Novembro a Fevereiro - abertos de terça-feira a domingo das 10h às 13h e das 14h às 17h.

ALOJAMENTO:QUINTA CARTEMILCENTER – Central Nacional do Turismo no Espaço RuralTel: 258 931750 ou [email protected]

ALUGUER DE BICICLETASNáutica e Lazer do Lima (no Clube Náu-tico de Ponte de Lima)http://nauticalazer.pontedelima.com/

SITE sobre Os Gigantes do Vale do Limahttp://www.valedolima.com/PT/gi-gantes.html

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