revista plural - edição 18

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SALVADOR, CIDADE CENÁRIO SOLUÇÕES A revitalização do centro a partir do Cais José Estelita ESPECIAL Suape faz 30 anos de frente para o futuro ENTREVISTA Silvio Costa Filho e o turismo em Pernambuco Capital baiana é destaque nas artes cênicas

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Revista Plural - Edição 18

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Salvador,cidadecenário

SOLUÇÕESA revitalização do centro a partir do Cais José Estelita

ESPECIALSuape faz 30 anos de frente

para o futuro

ENTREVISTASilvio Costa Filho e o

turismo em Pernambuco

Capital baiana é destaquenas artes cênicas

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editorial

os exemplos de Buffett

Marcos Roberto Dubeux

O ano de 2008 não será esquecido facilmente devido às condições

mundiais de mercado. Nesse contexto, uma leitura adequada ao momento é o livro “Bola de Neve” (Snowball), a primeira biografia autorizada de Warren Buffett, um dos investidores mais bem-sucedidos de todos os tempos. O foco da idéia de Buffett é a importância do valor econômico de longo prazo como segredo para explorar a insensatez do curto prazo diante de situações circunstanciais. Há citações dele que exemplificam bem algumas matérias do número 18 da nossa revista.“Por maior que seja o talento ou esforço algumas coisas exigem tempo. Não dá para produzir um bebê em um mês engravidando nove mulheres.” Se possuíssem visão de longo prazo como essa, diversos homens públicos de Pernambuco não teriam transformado Suape no maior pólo de investimento do Brasil após seus 30 anos recém-completados. Você poderá conferir aqui depoimentos de executivos de empresas instaladas em Suape demonstrando confiança e dando o testemunho de como o investimento da persistência é essencial para a economia, fazendo da região excelente horizonte de investimento. Na matéria de capa, a riqueza cultural de Salvador é examinada a partir da pujança das artes cênicas, que vêm alcançando reconhecimento nacional nos últimos anos após um período de formação e amadurecimento.Outro destaque é o terreno adquirido no Cais José Estelita, cuja utilização há muito se aguarda para a revitalização urbana do Centro do Recife. Previsto como área inicial do Projeto Recife Olinda – cujo desenho de uma “metrópole à beira-mar” foi discutido na edição 13 da nossa revista –, o terreno abrigará empreendimentos de múltipla natureza, que vão consolidar a requalificação da zona portuária da capital pernambucana. Vale lembrar que esse foi um processo cuja pedra fundamental, no que diz respeito a

imóveis residenciais, foi depositada pelas torres do Píer.O mercado imobiliário no Brasil, a propósito, apresenta mais motivos de confiança do que de insegurança diante do quadro mundial. O país dispõe da maior garantia que um segmento econômico precisa – mercado comprador, a demanda. Em entrevista para o canal de notícias Bloomberg, o diretor da Brazilian Finance & Real Estate, Fábio Nogueira, apontou outro traço marcante do mercado nacional: o objetivo da aquisição do imóvel é predominantemente para moradia, e não especulativo (diferentemente dos EUA, onde o mercado explodiu pela especulação). Além disso, 80% do mercado é de capital investido, e não financiado, o que proporciona estabilidade. “Se as pessoas não conseguirem vender, elas esperam. Não procuram vender a qualquer preço.”Aliás, a demanda habitacional brasileira é ao mesmo tempo garantia e desafio, uma vez que as famílias devem crescer cerca de 2% ao ano até 2030, chegando a 95 milhões de famílias ou 233 milhões de pessoas, de acordo com estudo da Ernest & Young em parceria com a FGV que avalia comparativamente o mercado imobiliário em diversos países. O estudo indica a ligação estreita que se observa entre o crescimento habitacional e o bom desempenho da economia dos países pesquisados. Na verdade, confirma-se o que outras avaliações menos sistemáticas já disseram: há um ciclo positivo na economia que se beneficia dos investimentos bem-sucedidos em habitação. E enquanto o ciclo de investimentos habitacionais no mundo desenvolvido bate no seu topo, em países como o

Brasil há ainda um longo caminho a percorrer e condições privilegiadas para a caminhada, como um sistema de financiamento rígido e controlado. Até 2030, 37 milhões de moradias deverão surgir no país, o que significa uma média de 1,6 milhão por ano, atingindo um investimento anual da ordem de 7% do PIB. A estimativa é que a média anual de investimento imobiliário no Nordeste, até 2030, aproxime-se dos R$ 48 bilhões.Nesta edição da Plural, apresentamos também temas interessantes, viajando por Dubai, Croácia e por Pernambuco. Além das seções tradicionais, temos um novo formato na revista de acompanhamento das obras, com fotos que reforçam o convite aos nossos clientes para conhecer e usar o MDnet, sistema completo de acompanhamento pela internet, que está fazendo sete anos.“A vida é como uma bola de neve. O importante é encontrar neve úmida e uma colina bem longa”, diz Warren Buffett. Sempre acreditamos no investimento sensato e duradouro – e nem por isso menos desafiador. Reafirmamos a nossa convicção de que o futuro tem bases sólidas no presente. E disso temos nestas páginas alguns eloqüentes casos, dos pioneiros do teatro baiano aos planejadores e homens públicos pernambucanos que tiveram a visão de Suape. Exemplos que mostram, como a leitura de Warren Buffett, que é a renovação do desafio e da confiança que faz uma visão vencedora.

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sumário

08 salvador, cidade cenário O teatro e o cinema produzidos na capital baiana ganham dimensão nacional 14 suape 30 anos O depoimento de executivos de empresas instaladas no Complexo Industrial e Portuário 20 soluções: o Cais José estelitaTerreno que pertenceu à RFFSA terá empreendimentos que vão consolidar a revitalização do Centro do Recife 26 Cidade moderna: recifeEd. Alameda Imperial, na Av. 17 de Agosto, terá grande área verde como atrativo 28 Viagem: Croácia A “pérola do Adriático” traduzida nas imagens e no relato de Verônica Machado 32 entrevista: silvio Costa filho Secretário de Turismo de Pernambuco fala sobre o crescimento do setor 34 turismo: porto de Galinhas Os encantos da melhor praia do Brasil e a estrutura do Beach Class Resort Muro Alto 38 Gastronomia Pratos sofisticados unem

Ano 6 - Edição 18 - Dezembro de 2008

A revista Plural é uma publicação semestral da Moura Dubeux Engenharia.

MOURA DUBEUX ENGENHARIAAv. Domingos Ferreira, 467Piso P2, 12º e 13º andares, Boa Viagem, Recife-PE. Fone: (81) 3087.8000 - www.mouradubeux.com.br

Diretoria EditorialAluísio J. Moura DubeuxGustavo J. Moura DubeuxMarcos J. Moura DubeuxMarcos Roberto Moura Dubeux

Editor GeralMarcos Roberto Moura [email protected]

Editor ExecutivoFábio Lucas (DRT/PE 2428)[email protected]

Coordenação e Atendimento ComercialBruno [email protected]

Coolaborador EditorialMarcos Alencar

TextosCarlyle Paes BarretoCecília Dalla NoraFábio LucasJúlia Nogueira de AlmeidaMariana QueirogaMariana Costa MendesMariana MirandaRoberta Jungmann

Colaboradores desta ediçãoFrancisco CunhaVerônica Machado

Projeto Gráfico: Felipe Duquee G Design Comunicação

DiagramaçãoFelipe [email protected]

FotografiaAdalberto Lima, Agência Renata Victor, Diego Teixeira, Fotografics, Kleber Gonçalves, Lara Lins, Mauro Salatiel, Rafael Medeiros, Sergio Benutti, Tânia Collier, Verônica Machado, Zezinho Santos. Capa: Nilton Souza

Revisão: Laércio Lutibergue e Solange Lutibergue

Impressão: Gráfica Flamar

Tiragem: 8 mil exemplares

*Os artigos divulgados não refletem necessáriamente a opinião desta revista.**Os projetos imobiliários apresentados podem sofrer alterações após sua divulgação.

A Plural foi feita pensando em você. Participe das próximas edições enviando suas críticas, sugestões e assuntos de seu interesse para o e-mail da nossa redação, o [email protected]. Contamos com a sua colaboração.

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tradição e inovação no Recife, em Salvador e em Fortaleza

42 estilo de vida: sérgio moura Família e trabalho se completam na trajetória do vice-presidente das Baterias Moura 46 pay-per-use no condomínio Sistema que alia praticidade e economia chega ao Recife 48 decoraçãoAmbientes decorados no showroom do Evolution Shopping Park 52 mercadoMoura Dubeux é eleita pela segunda vez uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil 54 dubai em 360ºProjeto do Dynamic Tower tem andares que giram de forma independente e promete ser novo marco da arquitetura 58 ArtigoMarcos Alencar e a evolução da economia: do selo de qualidade à responsabilidade social 60 Gestão Hoje especial O papel de Suape no desenho logístico regional 62 Andamento das obras

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A CidAde CenárioPólo de artes cênicas e berço de grandes atores, Salvador revela o caldeirão expressivo do povo baiano

Mariana Queiroga, Mariana Mendes e Fábio LucasFotos: Mauro Salatiel, Lara Lins, Adalberto Lima, Diego Teixeira e Sergio Benutti

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cultura

Elevador Lacerda, Mercado Modelo, Pelourinho e Igreja do Bonfim. Alguns pontos

obrigatórios no roteiro dos turistas que vão conhecer uma cidade histórica marcada por fortes traços culturais e que encanta pelos seus logradouros antigos e modernos. Salvador é um grande cenário ao ar livre para o espetáculo permanente da cultura baiana, que este ano ganhou o seu I Festival Internacional de Artes Cênicas, realizado no final de outubro.Fundada em 1549 por Tomé de Souza, a capital se destaca não só pelo carnaval, mas também por diversas manifestações populares, como o afoxé, a capoeira, as folias de Reis, o maculelê e o samba-de-roda, que não raro ganham as ruas e se misturam à

paisagem urbana. O teatro, a dança e o cinema baianos contribuem com esse panorama de riqueza cultural com excelentes produções, que deslumbram platéias de vários lugares e exportam profissionais para todo o Brasil, como o global Lázaro Ramos, oriundo do Bando de Teatro Olodum. É um fenômeno que tem se repetido a tal ponto que, nos últimos anos, tem se falado em um boom cultural responsável pela formação de grandes atores. “Talvez a Bahia esteja se destacando agora nas artes cênicas graças à Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, que é uma grande escola há mais de 50 anos”, afirma o diretor teatral Luiz Marfuz, que também é professor da pioneira escola universitária, que

tem um mestrado em artes cênicas nacionalmente respeitado, e abriu caminho para cursos de teatro em faculdades particulares. Um dos atores formados pela UFBA é Wagner Moura, o capitão Nascimento do filme Tropa de Elite. “A grande quantidade de atores formados na Bahia propiciou a qualidade”, atesta o diretor teatral João Lima. A oferta de cursos e a história de formação certamente levaram a uma maior profissionalização na área. “Há também a organização de grupos. Por exemplo, a Companhia Baiana de Patifaria é quem convida os diretores a dirigi-los e não o contrário, enquanto A Outra Companhia de Teatro está formando um grupo que tende às misturas, num formato de cooperativa”, exemplifica Marfuz. Para o designer, cenógrafo e iluminador Eduardo Tudella, a explicação pode estar no caldeirão cultural que forja a expressividade do povo baiano. “Há uma inquietude estética aqui: os meios, as mídias, tudo se mistura. Não falo só da estética baiana, mas também da poética, somadas ao traço de cada artista. Mas não acredito no condicionamento geográfico das referências”, ressalva. Sobre o talento

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que vem do teatro, Tudella tem uma opinião. “Todos comentam: ‘O que vocês comem na Bahia para ter tanto ator bom?’ Talvez seja a falta de pudor para se expressar”, arrisca o cenógrafo. A falta de pudor que rebate na capacidade expressiva também está na justificativa de Auristela Fá, atriz e produtora do Bando de Teatro Olodum: “O baiano é um povo alegre, expansivo, e o teatro reflete isso”.O produtor do Cineteatro Boa Vista, Chico Assis, acredita, por sua vez, na existência de uma “Bahia artística” gerada pela interação das linguagens. “Na Bahia, a arte pulsa. Antes acreditávamos que a Bahia fosse musical. O carnaval contribuiu para isso, desde os tempos de Dodô e Osmar. Há pouco tempo, passamos a acreditar que a Bahia também era das artes cênicas, haja vista o número de atores que temos exportado. Hoje vemos uma Bahia artística, onde as linguagens interagem e interferem entre si e com elementos de outras naturezas.”

Platéias atentas e ávidas - No início, os baianos assistiam às peças em auditórios adaptados em clubes e praças da cidade. Só em 1957 surgiu o primeiro teatro, chamado de Santo

Antônio e que até hoje faz parte das instalações da Escola de Teatro da UFBA. Sete anos depois, a cidade ganhou o Teatro Vila Velha.As peças encenadas na cidade representam bem o cotidiano dos baianos, e os temas descortinam o mundo cosmopolita para platéias atentas e ávidas pelo que de melhor a arte pode proporcionar – ou simplesmente para sair da rotina e rir um pouco, no caso do chamado teatro de patifaria. “O público vai sempre exigir o evento de fácil digestão. Cabe ao artista ceder ou não”, diz Eduardo Tudella, para quem o teatro besteirol não surpreende, acomoda. “Não acho que o estilo depende de uma exigência do público, cabem aos grupos os seus estilos.” Segundo o ator Luiz Antônio Júnior, que integra A Outra Companhia de Teatro, há uma multiplicidade de temas sendo explorados pelo teatro baiano. “Há espaço para a vanguarda política, para os roteiros de reflexão, para o teatro realista, épico, circense, e para o de humor.”A multiplicação de produções e de profissionais, cada qual com seu estilo, contribuiu para aumentar o número de casas de espetáculo teatral

Auristela fá, atriz e produtora do Bando de teatro olodum

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em Salvador. Nos últimos quatro anos, foram cerca de 60 produções por ano, espalhadas em 25 salas com uma boa estrutura, o que proporcionou até a ida de artistas e técnicos para o eixo Rio-São Paulo. Um dos marcos da fase atual, segundo o diretor João Lima, foi a passagem de João Falcão pela cidade, em 2002, para conhecer as produções e os atores locais. Muitos terminaram sendo convidados para fazer carreira no Rio de Janeiro, como os já citados Wagner Moura e Lázaro Ramos, além de Vladimir Brichta. “João Falcão levou esses talentos para a TV e isso chamou a atenção das pessoas para as artes cênicas em Salvador”, sugere Lima. Mas há quem veja os números de outra maneira. O diretor Arildo Deda é um deles. “Sabe por que os atores baianos estão fazendo sucesso no Sudeste? Porque na Bahia eles não têm onde ficar. Não existe espaço”, critica.

Teatro e dança - Além das peças, os musicais compõem esse universo teatral, fazendo com que um novo colorido em expressão e movimentos ritmados possa ser apreciado. Os exemplos mais conhecidos são o Bando de Teatro Olodum e a Companhia de Dança do Teatro Castro Alves. “A música e a dança influenciam muito o teatro baiano. Há muitos grupos de dança e isso foi incorporado pelas outras artes. Há

pouco tempo dirigi a peça ‘Policarpo Quaresma’ e foi constante a presença da dança no espetáculo”, conta Luiz Marfuz. Para o diretor, em teatro, há dois fios condutores importantes: a música e o movimento. “Hoje procuramos atores mais completos. Na seleção para ‘Policarpo’, essas aptidões contaram no processo de escolha. Estava selecionando atores, não dançarinos. Mas a flexibilidade enriquece o trabalho”, reconhece. “A interseção entre as linguagens de teatro e dança é como a mistura de tudo o que anda acontecendo, não só nas artes: temos o teatro de rua, a videodança e tantas outras vertentes híbridas que são conseqüência da soma dos trabalhos, tecnologias, experiências”, complementa a coreógrafa Cristina Castro, coordenadora do Núcleo de Dança do Teatro Vila Velha. Segundo Cristina, a herança africana é a principal referência, a verdadeira raiz da cultura baiana e aquilo que a diferencia, mesmo num centro cosmopolita como Salvador. “Acho que a Bahia tem as suas especificidades. O movimento aqui é diferente dos do resto do país porque temos uma influência muito grande da África. Ela está na música, na dança, no teatro, em tudo e, apesar de vivermos numa metrópole, nossas principais influências são de lá.”A realização do I Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia, este ano, foi uma prova disso. “Oferecer ao público espetáculos de experimentação amplia os campos de troca, as possibilidades da arte”, corrobora a diretora de teatro e coordenadora do festival, Nehle Franke. É o universo de possibilidades que traduz, para o ator Luiz Antônio Júnior, a própria realidade, a realidade do nosso tempo. “Teatro contemporâneo é isto: a quebra de parâmetros.

de cima para baixo: cenas das peças A hora da razão, xix Hysteria e Batata, e a diretora nehle franke.

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o Cine teatro Boa Vista e o seu anexo, solar Boa Vista

A aproximação com o público, a inexistência do palco, a presença da tecnologia, a potencialização da arte. É uma riqueza de formas de comunicação. O teatro não deve competir com o cinema, com a internet ou com a música, mas deve abraçá-los. Devemos entender o espetáculo como um reflexo do mundo contemporâneo.”

O cinema que conquistou o mundo

Diante de um público apaixonado pelo audiovisual, fruto de fortes

influências de cineastas das décadas de 50 e 60, como Glauber Rocha e Roberto Pires, o cinema da Bahia atualmente é tido como referência nesse cenário. O chamado cinema novo surgiu em 1952 por meio de um grupo de jovens frustrados com a falência das grandes companhias cinematográficas paulistas, que decidiram lutar por um cinema com mais realidade, mais conteúdo e principalmente menor custo. Segundo a jornalista e diretora de cinema Sofia Federico, o movimento abriu caminho para as novas gerações, especialmente para os baianos. “O que estamos vivenciando hoje é resultado de um trabalho coletivo de realizadores que ansiavam ver o país nas telas, na forma nua e crua, sem maquiagem nem rodeios.”Para impulsionar esse movimento, os cineastas criaram o Ciclo de Cinema Baiano, com três filmes, cujo tom era de manifesto: Redenção (1959), que primeiro longa-metragem produzido inteiramente em Salvador; A Grande Feira (1961) e Tocaia no Asfalto (1962). Em 1964, Glauber Rocha, que era líder do grupo, lançou três filmes com o objetivo de mostrar um tipo de filmagem bastante diferente do estilo importado dos Estados

Unidos. Deus e o Diabo na Terra do Sol, que foi indicado para o Festival de Cannes, Terra em Transe e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro. Com toda essa vontade de mostrar um cinema novo, os baianos passaram a produzir cada vez mais filmes, o que chamou a atenção de outros países, de forma que em 1962 o jornal francês Les Lettres Françaises estampou a manchete: “Salvador, Meca do Cinema Brasileiro”.

Retomada - O ano de 1993 é considerado a época da retomada do cinema baiano. Com a interrupção da atividade cinematográfica devido ao fechamento da Embrafilme, famosos cineastas se uniram e fizeram o roteiro do longa Via Pelô. Todos queriam levar para a tela grande um pouco das características do Pelourinho, o que não foi possível por causa da falta de recursos. Porém a união de nomes como Pola Ribeiro, Edgard

Navarro e Conceição Senna ajudaram na realização de 26 títulos em 35mm nos últimos anos, fazendo com que a Bahia experimentasse um novo ciclo cinematográfico.Em 2001, depois de 20 anos sem produzir um longa-metragem, foi lançado 3 Histórias da Bahia, um filme de episódios dirigido por José Araripe Júnior, Edyala Yglesias e Sérgio Machado, que tem o Carnaval como tema. Em 2005, houve um trabalho surpreendente com o lançamento de quatro curtas e quatro longas feitos no cenário soteropolitano. Os que mais se destacaram foram Cidade Baixa, de Sérgio Machado, que ganhou o prêmio da juventude no Festival de Cannes e de melhor filme no Festival do Rio e Brasília, e Eu me Lembro, de Edgard Navarro, que levou nove premiações. No ano passado, o cineasta Cézar Fernando de Oliveira lançou o curta-metragem 10 Centavos e recebeu vários convites para

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participar de festivais fora do país. De acordo com Sofia Federico, todo esse sucesso serviu para confirmar que os baianos têm mesmo vocação para o cinema. “A capacidade produtiva da Bahia vem aumentando desde 2003, graças à política de fomento ao audiovisual implantada pelo MinC e pela mobilização e articulação do setor local.”Além disso, em paralelo acontecem os festivais, como o II Festival Internacional de Cinema Afro, que será realizado no final deste ano com o objetivo de promover discussões em torno de produções que tenham o povo afro-descendente como tema, e o Festival Nacional de Vedeoimagem em 5 Minutos, que visa estimular a produção nesse formato e promover a difusão de Salvador e de seus municípios. Em 2007 foi criada a Bahia Film Commission, que segundo a diretora de arte baiana Alice Barreto, é uma agência que atua como agente facilitador para atividades audiovisuais nacionais e internacionais no Estado. “É uma parceria que nós fizemos com produtores e diretores. Oferecemos o espaço, que fica no Forte do Barbalho, para que eles não tenham custo e ao mesmo tempo abrimos a possibilidade de usarem a mão-de-obra local. Neste momento, Paloma Amado, filha de Jorge Amado, está na cidade filmando Capitães da Areia.”

AlGumAs montAGens Que mArCArAm A produÇÃo teAtrAl nA BAHiA

1941 - o Homem da Cabeça de ouro - produção: Companhia de

Comédias Gilberto Guimarães

1942 - As pílulas do doutor - produção: teatro de estudantes da Bahia

1943 - poeira de estrelas - produção: Companhia Baiana de Comédias

1952 - Gás light - produção: sociedade teatral de Amadores da Bahia

1953 - marinheiro de primeira Viagem - produção: teatro Bahiano de

shows e revistas

1954 - o Coração não envelhece - produção: teatro do Círculo operário

1955 - Bicho do mato - produção: teatro de Bancários da Bahia

1956 - Cavalaria rusticana - produção: teatro experimental de Ópera

da Bahia

1958 - As três irmãs - produção: ufBA

1959 - o Auto da Compadecida - produção: ufBA

1960 - A Ópera dos três tostões - produção: ufBA

1963 - A prostituta respeitosa - produção: Companhia Baiana de Comédias

1964 - A falecida - produção: ufBA

1971 - A Bicicleta do Condenado - produção: teatro de máscaras

1972 - A exceção e a regra - produção: iCBA

1973 - A Casa de Bernarda Alba - produção: ufBA

1977 - os fuzis da senhora Karrar - produção: teatro livre da Bahia

1981 - A Cara do povo do Jeito que ela É - produção: manco Kapac

produções Artísticas

1982 - À direita do presidente - produção: Companhia Baiana de

Comédias teatro Gamboa

1988 - A Bofetada - produção: Companhia Baiana de patifaria

1992 - As noviças rebeldes - produção: Companhia Baiana de patifaria

1993 - medeamaterial - Bando de teatro olodum

1994 - oficina Condensada - direção: Aninha franco

fonte: faculdade de Comunicação da ufBA.

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especial - suape

suApe CeleBrA o futuro

Executivos de empresas instaladas no complexo confirmam as boas expectativas de investimentos para os próximos anos

Carlyle Paes Barreto e Cecília Dalla NoraFotos: Divulgação

O Complexo Industrial Portuário de Suape está completando 30 anos em grande estilo.

Apontado como o melhor porto público do Brasil pelo Centro de Estudos Logísticos da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o segundo em gestão ambiental, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Suape desponta hoje como o carro-chefe de um novo ciclo de desenvolvimento estadual, que tem muito a ver com as três décadas de investimentos e atração de negócios

no complexo.Para marcar o aniversário, a revista Plural entrevistou executivos de empresas instaladas em Suape, que dão o seu testemunho em depoimentos sobre uma história de sucesso que tem tudo para estar apenas no começo. Para o ex-presidente de Suape Sérgio Kano, atualmente presidente do Tecon Suape, o complexo representa “um exemplo de investimento público com altíssimo retorno privado e benefícios para toda a população”. Além de Sérgio Kano, estão

presentes nas próximas páginas Ângelo Bellelis, do Estaleiro Atlântico Sul; Luis Delfim, da Coca-Cola Guararapes; Dárcio da Silva, da M&G; Jorge Lemos, da Decal Brasil; e Maryellen Mansur, da Suata.Os depoimentos expõem, de dentro de Suape, as razões do otimismo que toma conta dos agentes públicos e dos investidores privados em relação ao futuro do Complexo Industrial Portuário, que deverá ter um papel ainda mais importante nos próximos 30 anos para a economia de Pernambuco e do Nordeste.

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transformando mentalidades

Sérgio Kano Tecon Suape

“Suape tem uma história de mais de 30 anos. O governo de Pernambuco contratou um plano diretor para planejar e desenvolver o Complexo Porto – Indústria e esse plano foi fielmente seguido e cumprido pelos vários governos do Estado desde então.Apenas a partir de 1996, o governo federal começou a aportar recursos em Suape, coisa que antes era de incumbência exclusiva do Estado, o que dificultava sobremaneira o desenvolvimento e a implementação da infra-estrutura de Suape com maior rapidez devido às dificuldades do Estado em prover recursos contínuos para os grandes investimentos que o porto demandava. Só a partir de 1996 as grandes obras portuárias fizeram com que Suape desse um grande salto de qualidade em sua infra-estrutura, com o projeto e as grandes obras de abertura da passagem nos arrecifes, dragagem e a construção do porto interno, finalizadas em 1999 com a construção dos primeiros três berços deste porto.Assim, a partir do ano 2000, Suape realmente começou a aparecer para o grande mercado de navegação mundial, como um porto de grande destaque por sua localização estratégica, profundidade de operação, infra-estrutura de cais, vias de acesso rodoviárias, ferrovias internas, grande espaço para se desenvolver e um grande diferencial que era o de ser um porto situado fora de área urbana, mas muito próximo do Recife. Enfim, Suape mostrava sua força, e a licitação internacional para o Terminal

de Contêineres de Suape, (Tecon Suape), entre os anos 2000 e 2001, provou isso, com a participação de 10 players nacionais e internacionais, que já naquele tempo demonstravam grande interesse em desenvolver um porto com aquelas características.O Tecon Suape era o primeiro grande projeto estruturador de Suape e iniciou suas operações em 2002, enfrentando grandes dificuldades para transformar mentalidades rumo à modernização portuária, mudando conceitos de corporativismos sindicais com mentalidades anacrônicas de corporativismo, baixas produtividades no atendimento de navios e operações extremamente artesanais para um porto moderno, com equipamentos de última geração e alta tecnologia e sistemas de informação extremamente sofisticados.Em pouco mais de seis anos o Tecon Suape realmente alcançou esses objetivos. Prova disso é que hoje o porto opera em um mês com um volume maior do que operava em um ano antes da existência do terminal, aproximadamente 30 mil contêineres/mês (dados de agosto/2008). Através dessa performance, o Tecon Suape despertou o interesse de grandes indústrias em se estabelecer no complexo, além de ter mudado radicalmente a face logística do Estado de Pernambuco, em cujos recantos, cidades e estradas podem ser vistos contêineres sendo transportados num movimento de idas e vindas contínuas ao Porto de Suape.

Suape ainda tem muito a se desenvolver e o mesmo acontece com o Tecon Suape, que atualmente se prepara para novos e grandes saltos em sua movimentação. Para 2008 já se espera um novo recorde com números que se aproximam dos 300 mil contêineres movimentados e nos próximos dois anos atingirão 500 mil contêineres/ano, com perspectivas para, em cinco anos, Suape atingir o nível dos grandes portos internacionais com uma movimentação superior a 1 milhão de contêineres por ano.Esses resultados se devem ao projeto do Plano Diretor do Complexo de Suape extremamente bem elaborado há mais de 30 anos e seguido fielmente por todos os governadores de Pernambuco, que, ao longo do tempo, uns mais, outros menos, sempre procuraram priorizar os investimentos no complexo e nunca deixaram que pensamentos políticos divergentes alterassem o plano diretor ou até fatiassem as áreas disponibilizadas para o Complexo de Suape em busca de outros objetivos.Assim Suape hoje pode ser apontado como um exemplo de investimento público com altíssimo índice de retorno em investimentos privados e provando que, sempre que os gestores públicos investirem em infra-estrutura e projetos sérios e bem estudados, como é o caso de Suape, toda a população se beneficiará a longo prazo, trazendo progresso e bem-estar social permanente a todos.”

sérgio Kano

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escolha estratégica

Ângelo Alberto BellelisEstaleiro Atlântico Sul

“A escolha do Complexo Industrial Portuário de Suape para instalação do Estaleiro Atlântico Sul foi uma decisão estratégica de seus acionistas. Após um estudo realizado ao longo de dois anos e que abrangeu mais de 200 sites em todo o litoral brasileiro, optou-se pela melhor localização, considerando tanto os aspectos geográficos quanto de infra-estrutura. O Complexo de Suape é privilegiado pela proximidade da América do Norte, Europa e África e por estar conectado às principais rotas marítimas mundiais e a 160 portos em todos os continentes. Além disso, o complexo está posicionado de forma excelente no chamado Golden Triangle, o “Triângulo de Ouro” das grandes reservas de petróleo e gás, tendo como vértices o golfo do México, a costa ocidental africana e a recém-descoberta camada de pré-sal da costa brasileira. Esses fatores nos garantem um forte diferencial competitivo para o atendimento a

demandas por construção e reparo de embarcações e plataformas offshore. Soma-se à localização a excelente infra-estrutura e gestão de Suape, eleito este ano o melhor porto público do país.Essas vantagens em relação a outras localizações justificam a decisão de aportar em Suape R$ 1,4 bilhão na implantação do maior estaleiro de todo o hemisfério sul, com capacidade de processamento de 160 mil toneladas de aço por ano e inserido na quarta geração tecnológica da indústria naval, a mesma dos mais modernos estaleiros do mundo. Trata-se de um empreendimento que já está em operação e gerando 1,4 mil empregos diretos, devendo atingir 5 mil postos de trabalho diretos até o final de 2010.”

investimento estrangeiro

Luís DelfimCoca-Cola Guararapes

“A Coca-Cola Guararapes está há dez anos no Complexo Industrial de Suape. E não pára de crescer. Já para 2009, estamos investindo mais R$ 80 milhões na ampliação da capacidade de produção e armazenamento. Apesar deste crescimento e dos vários empreendimentos que vêm sendo anunciados e implantados em Suape, ainda dá para crescer muito. Há muitas oportunidades de investimento estrangeiro. Outro fator é uma nova conexão com os Estados Unidos, Miami–Atlanta, que abre um canal de acesso com investidores norte-americanos. Vejo muitas oportunidades por estar em Pernambuco.

Suape são dois pólos. Um industrial, com os maiores investimentos, como o estaleiro, a refinaria. E o alimentício, que também está em expansão. E, no setor imobiliário, pode-se elevar esse crescimento com empresas européias. O potencial é enorme.”

suape é a bolada vez

Dárcio da SilvaM&G

“Depois de 39 anos em Pernambuco, no município do Cabo, optamos pela construção de uma nova operação em Suape, inaugurada em 2007, que já está em expansão e deve aumentar em 40% o nosso volume de produção.Suape atrai por sua localização geográfica, pelos incentivos fiscais e

Angelo Aberto Bellelis

luis delfim

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pela infra-estrutura de um porto novo, moderno, o que oferece vantagens em relação a outros portos do Brasil.A nossa operação saiu de uma visão de Mercosul para uma visão mundial. Assim como nós, outras empresas descobriram a região e, se nada mudar na política e na economia, Suape é a bola da vez.Já temos grandes empresas que demandam serviços no local. Por exemplo, após pouco mais de um ano aqui, já temos um cliente que também se instalou e quatro outros que já anunciaram a sua vinda. É uma cadeia. O movimento não se resume aos investimentos que são feitos agora, mas aos que serão feitos no futuro, transformando Suape rapidamente em uma cidade à parte. Creio que em dez anos isso será realidade.”

o futuro já chegou

Jorge LemosDecal Brasil

“É com prazer que tenho a oportunidade de escrever sobre a crescente atividade pela qual passa o Porto de Suape, no Estado de Pernambuco. Da mesma forma, posso dizer que é gratificante estar colhendo, nos dias atuais, os frutos de uma decisão ousada e altamente empreendedora, quando nossa empresa decidiu, oito anos, se estabelecer no país, numa área onde poucos haviam se aventurado até então, que é a área de infra-estrutura portuária.O foco era a criação de um centro de distribuição de combustíveis que atendesse um nicho de mercado que, apesar de representar aproximadamente 15% do consumo nacional, não dispunha de infra-estrutura que permitisse um ganho de escala pela flexibilização, melhoria da qualidade dos serviços e conseqüente aumento de suas operações, que, por sua vez, acaba retroalimentando todo o processo.Hoje, passados três anos desde nossa primeira operação, o futuro então projetado já chegou à nossa porta, e nos vemos em discussões sobre a necessidade de aumentar o que antes era imaginado como auto-suficiente para satisfazer as necessidades de nossos clientes por um período mais longo de tempo.Continuar este processo de melhoria contínua, num cenário onde a cada dia os consumidores são cada vez mais exigentes e conscientes da cadeia na qual estão inseridos, é o nosso grande desafio, e que ditará a longevidade de nossa empresa.”

um canteiro de obras grandiosas

Maryellen MansurSuata

“A gente já acreditava em Suape desde 1978, quando meu avô e fundador da Suata, Antônio Mansur, se juntou a outros empresários para angariar recursos e melhorar a infra-estrutura do porto. Dois dos maiores benefícios de Suape são a localização geográfica e o calado natural de 16,5 metros de profundidade, que comporta a atracação de navios de grande porte, sem necessidade de dragagens.Iniciamos nossas atividades em 2003 e estamos assistindo ao crescimento da região. Suape é hoje um canteiro de obras grandiosas, o que nos permite ter diversos parceiros. Equipamentos de diversas empresas que estão se instalando no Estado passam por nosso terminal e, impulsionados por isso, estamos inaugurando, no primeiro semestre de 2009, a Suatalog, com terreno de 80 mil metros quadrados e armazém de 40 mil metros quadrados. Seremos uma grande central de distribuição.”

A nova operação da m&G em suape e, abaixo, Jorge lemos da decal

maryellen mansur

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soluções

A CidAde (re)ComeÇA no CAis

Aquisição de área no Cais José Estelita dá continuidade à renovação do bairro de São José

Fábio Lucas e Carlyle Paes BarretoFotos: Divulgação

Um dos objetivos principais do Projeto Urbanístico Recife-Olinda é recuperar espaços

ociosos ou subaproveitados na área que liga as duas cidades, restabelecendo a ocupação do território pela população, especificamente na Vila Naval, no Porto do Recife, no Cais de Santa Rita e no Cais José Estelita. O terreno que pertenceu à Rede Ferroviária Federal, no Cais José Estelita, recém-adquirido pela parceria Moura Dubeux-GL Empreendimentos, é parte da área objeto de estudos do Recife-Olinda, cuja concepção prevê a execução

conjunta entre o setor público e a iniciativa privada – conforme está descrito em pormenores na edição 13 da Recife Antigo Recife Moderno (atual Plural).O terreno, adquirido em leilão pela Moura Dubeux-GL Empreendimentos, é composto por grandes áreas de origem fabril - indústrias de tecelagem, de torrefação de café, metalmecânicas, e ainda armazenamento e comércio atacadista. Atividades que foram aos poucos relocadas para a periferia do Recife e municípios vizinhos, o que fez com que essas áreas perdessem as funções originais, restando um

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grande vazio urbano subutilizado, à

espera de intervenções.

São mais de 100 mil m² que

receberão investimentos de

fundamental importância para

a renovação urbana da capital

pernambucana, servindo como

elemento indutor do processo

de renovação de toda a região.

Renovação que caracteriza um

território em mutação, ocupando os

vazios e revitalizando uma porção

estratégica do Centro da cidade, a

exemplo de outras zonas portuárias

no mundo, como Porto Madero,

em Buenos Aires, e o Parque das

Nações, em Lisboa.

A intenção do consórcio, neste

sentido, e em sintonia com os

pressupostos do Projeto Recife-

Olinda, é dotar o entorno do Cais

José Estelita, no Bairro de São

José, da melhor infra-estrutura

possível, tornando-o, em até dez

anos, uma das áreas mais nobres do

Grande Recife. E transformar a sua

importância histórica em relevância

urbanística, inserindo-o no processo

de desenvolvimento da cidade.

Tendência mundial - A expansão

do mercado pernambucano, assim

como vai se dando fora de bairros

tradicionais, também encontra um

novo nicho no âmbito do Projeto

Recife-Olinda, acompanhando a

tendência mundial de remodelação

das áreas centrais portuárias. O

projeto, lançado em 2006, prevê

uma nova configuração para 470

hectares entre o Coqueiral de Olinda

e Brasília Teimosa, no Recife, com

1,3 milhão de m² de área construída

e cerca de 8 mil novas unidades

habitacionais. Ações como o

reaproveitamento de galpões do

Porto do Recife, a transformação

do terminal açucareiro em terminal

de passageiros e a construção

de uma ponte na Vila Naval foram

concebidas por planejadores

pernambucanos e pela equipe da

empresa estatal portuguesa Parque

Expo, responsável pela implantação

do Parque das Nações, em Lisboa.

“À medida que a população mundial

cresce, o território tem que ser

melhor utilizado. As áreas ociosas

dentro das cidades são territórios

de oportunidade”, definiu Carlos

Barbosa, da Parque Expo, no

evento de lançamento do Projeto

Recife-Olinda, em março de

2006, sintetizando a tendência do

crescimento urbano, que, nas últimas

décadas, tem privilegiado a expansão

pela reestruturação qualitativa de

regiões centrais, como em Toronto,

no Canadá, em Nova Iorque, Boston,

Chicago e Baltimore, nos EUA; em

Amsterdã, na Holanda; em Barcelona,

na Espanha; em Bolonha, na Itália;

em Londres e Liverpool, na Inglaterra;

e na própria Lisboa, em Portugal.

Assim como tem ocorrido noutras

cidades do planeta desde a

década de 1970, a preservação da

história está garantida, aqui, pela

manutenção da linha férrea e dos

galpões junto ao forte. Preocupação

semelhante norteou a reutilização de

área do porto do recife

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locais como o Parque das Nações, em Portugal, e o Porto Madero, na Argentina. Hoje considerado o 101º bairro de Buenos Aires, Porto Madero foi revitalizado há quase 20 anos, em 1989, e teve conservada a paisagem de galpões e depósitos antigos, reaproveitados para lazer e entretenimento. Mais de 40 restaurantes, além de salas de cinema, lanchonetes, cafés, hotéis, um museu, uma universidade e o Iate Clube, fazem do novo Porto Madero um centro de convivência que se tornou o endereço de várias empresas e condomínios residenciais às margens do Rio da Prata. Na época da revitalização, boa parte da infra-estrutura de drenagem, esgoto, pavimentação e áreas verdes foi financiada pelos recursos arrecadados nos leilões de terrenos edificáveis.

A intenção é dotar o entorno do

Cais José estelita da melhor infra-

estrutura possível

No Parque das Nações, construído para a Exposição Mundial de 1998, a oferta de unidades habitacionais cercadas por uma rede de serviços de qualidade, com transporte, lazer, comércio e turismo, foi o segredo do êxito alcançado, de acordo com o engenheiro Fernando Hinrichsen, diretor da Bento Pedroso, braço da Odebrecht em Portugal, em entrevista à RARM número 13. Com as duas torres do Cais de Santa Rita em fase de conclusão e a aquisição da área no José Estelita, a revitalização esperada da zona portuária promete mudar

a direção de crescimento da capital pernambucana, conferindo a espaços degradados uma inédita valorização. A perspectiva de uma “metrópole à beira-mar” – como vislumbrado na edição da RARM que tratou do

lançamento do Projeto Recife-Olinda – vai se tornando mais concreta. Daqui para lá, em cada passo rumo ao futuro, a revista Plural estará presente, contribuindo para o debate necessário sobre a cidade que se renova.

o projeto para o porto do recife, porto madero em Buenos Aires e o

parque das nações em lisboa

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o deseJo de morAr no Centro

Entrevista: Eduardo Moura

Diretor de prospecção e

legalização da Moura Dubeux

Engenharia, Eduardo Moura ressalta

que as sugestões elaboradas pelos

vários urbanistas que chegaram

a desenvolver planos para o local

serão analisadas e aproveitadas

no Cais José Estelita. Além de

prédios residenciais e comerciais,

o projeto terá flats, hotel, academia

de ginástica, cinema, teatro e

restaurante. “Estamos planejando

tudo com o Governo do Estado

e a Prefeitura do Recife para dar

uma vida própria à área”, diz

Eduardo Moura. Na entrevista a

seguir, ele dá mais detalhes sobre o

empreendimento.

Desde quando a MD começou

a pensar no bairro de São José

como opção residencial?

Com a limitação de construção

decorrente da aprovação da Área

de Reestruturação Urbana (ARU),

denominada Lei dos 12 Bairros, que

envolvem os bairros do Espinheiro,

Derby, Graças, Aflitos, Jaqueira,

Parnamirim, Santana, Casa Forte,

Poço da Panela, Monteiro, Apipucos

e Tamarineira, a MD ampliou a área

de atuação, encontrando bons

locais para desenvolvimento de seus

produtos, a exemplo do Torreão,

Caxangá, Rosarinho, com destaque

especial para o bairro de São José.

O bairro é dotado de excelente infra-

estrutura urbana, como saneamento

e sistema viário, além da ótima

localização, em pleno coração do

Recife. Faltava apenas investir nele

como opção de moradia.

O mercado já deu sinais de que

essa visão é coerente com o

crescimento da cidade?

Sim. O item principal para a

aquisição de um imóvel é sua

localização. Sendo o bairro de

São José dotado de infra-estrutura

urbana bem definida, e tendo

como plus a paisagem com a

frente d’água, elemento natural

de encantamento, não foi difícil

entender o enorme sucesso dos

Edifícios Píer Duarte Coelho

e Píer Maurício de Nassau,

empreendimentos símbolos da

atuação da MD na cidade. As torres

anteciparam de certa maneira o

Projeto Recife-Olinda, confirmando

o desejo do recifense de habitar o

Recife Antigo. São José era uma

fronteira natural de urbanização,

tanto pela estrutura disponível,

quanto por sua história, e sua

dinamização é um sonho antigo dos

recifenses.

Como estão sendo feitos o

planejamento e a aprovação do

projeto para área do cais?

Foi formada uma equipe composta

de excelentes arquitetos, como

Jerônimo da Cunha Lima, Alexandre

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Maçães e Marco Antônio Borsoi,

todos com forte identidade com

a área do cais. Nosso objetivo é

que essa equipe, em consonância

com urbanistas do governo do

Estado e da prefeitura, desenvolva o

planejamento mais próximo possível

das recomendações do projeto

Recife-Olinda pensado para aquela

área. A diferença é que, no projeto

original, a área objeto de estudo

abrange todo o Cais José Estelita,

e a área de que dispomos é a parte

não operacional da extinta Rede

Ferroviária Federal S.A., com pouco

mais de 101 mil metros quadrados.

Como será dividido o uso da área?

Devemos seguir o que está

definido nas Diretrizes de Ações

do Complexo Turístico Cultural

Recife-Olinda, ou seja, haverá

edifícios residenciais, comércio,

equipamentos comunitários,

equipamentos turísticos de lazer e

negócios e centros empresariais.

Haverá alguma mudança viária?

Nosso objetivo é causar o mínimo

de interferência possível com

relação à via existente, com a

criação de um grande “boulevard”

para facilitar o fluxo de acesso aos

empreendimentos e acolher as

funções de passeio e lazer, sempre

seguindo as recomendações dos

órgãos competentes, como a

Diretoria de Urbanismo (Dirurb), a

Gerência de Operações de Projetos

Viários (GOPV), e a Companhia

de Trânsito e Transporte Urbano

(CTTU).

Em quanto tempo os primeiros

projetos devem ser entregues?

Para esta empreitada formamos

parceria com a GL Empreendimentos

e posteriormente, em comum

acordo, convidamos a empresa

Queiroz Galvão, de forte atuação

no mercado local e que contribuirá

com sinergia no desenvolvimento

dos empreendimentos. Ao lado

de parceiros que trazem sinergia,

objetivando agilizar ao máximo

o desenvolvimento e a execução

dos empreendimentos, esperamos

que os primeiros projetos sejam

concluídos ao final de 2011, início

de 2012, e que praticamente todo o

complexo esteja pronto até meados

de 2014, quando o Recife estará

respirando o ambiente da Copa do

Mundo, com todos os benefícios

socioeconômicos que esse evento

proporciona.

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cidade moderna - recife

impÉrio Verde

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Carlyle Paes BarretoIlustrações: MV3D

O bairro de Casa Forte ganha mais um clássico da Moura Dubeux: é o Alameda Imperial, em plena 17 de Agosto

31 pavimentos

162 m² de área privativa

4 quartos

4 suítes

3 vagas de garagem

4.686 m² de área

2.159 m² de área verde

minicampo de futebol com

grama natural

piscinas infantil e adulto com

deck e raia semi-olímpica

terraço descoberto

espaço gourmet

Clubinho infantil

playground completo

Rico em área verde, o Alameda Imperial marca a volta do produto Moura Dubeux a Casa

Forte, um dos bairros mais nobres e valorizados do Grande Recife. O último lançamento da construtora havia sido em 2007.O retorno é em grande estilo. O novo empreendimento tem as características clássicas da Moura Dubeux. “O terreno é grande, são quase 5 mil m², metade dele de área verde”, ressalta o gerente comercial da construtora, Tony Vasconcelos.A localização é privilegiada, na Avenida 17 de Agosto, próximo à Praça do Monteiro. “Além da tranqüilidade do local, tem vista para o Rio Capibaribe”, destaca Tony. “O bairro é um dos mais procurados justamente por ser tranqüilo, pelo verde, pelo acesso fácil, perto dos eixos das BRs 232 e 101”, acrescenta.O empreendimento é mais um de alto padrão da Moura Dubeux. São 31 pavimentos, apartamentos com quatro quartos, quatro suítes, três vagas de garagem e unidades com 162 m² de área privativa. A área de lazer é outro diferencial. Possui um minicampo de futebol com grama natural, piscinas infantil e adulta com deck e raia semi-olímpica,

terraço descoberto, playground completo, 2.159 metros de área verde, espaço gourmet e clubinho infantil.“Além da proximidade a shoppings, parques, cinemas e mercados, o empreendimento tem todo o charme, o apelo de ser um produto clássico da Moura Dubeux”, finaliza Tony Vasconcelos.

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CroáCiA, A pÉrolA do AdriátiCoO charme do verdadeiro Mediterrâneo e os encantos de um país que virou point do verão europeu

Verônica Machado - Relato a Júlia Nogueira de AlmeidaFotos: Acervo pessoal

viagem

Depois da Índia, me lancei em mais uma aventura pelo mundo. Desta vez, rumo à Croácia,

destino de turismo náutico do Leste Europeu, muito apreciado durante o verão no hemisfério norte e que agora começa a ser descoberto pelos brasileiros. Nossa viagem, novamente em família, foi resultado de seis meses de planejamento e pesquisa.

Por onde começar, norte ou sul, o que ver, como chegar? Foram 13 dias, passando por 10 cidades, cada uma mais charmosa que a outra...Mas por que conhecer a Croácia? – muita gente me perguntou isso. Lembro-me, inclusive, de uma conversa que tive com minha avó antes de viajar, na qual ela me perguntou: “Tanto lugar no mundo

e vocês vão ver o que na Croácia?”. E eu respondi: “Vó, são lugares diferentes, um país pequeno, com uma costa superfamosa, um mar deslumbrante”. E foi justamente a resposta a essa pergunta que me encantou e acendeu minha curiosidade de viajante. A Croácia é simpática e surpreendente. A economia se sustenta principalmente da indústria do turismo e da agricultura, com a cultura de lavanda, azeitonas, azeites maravilhosos; uma pequena parcela da produção de vinhos e da caça, no outono, das famosas e caríssimas trufas, ou cogumelos, como chamamos, negras e brancas. As vias públicas são sempre muito limpas e seguras. A população, de

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imponentes prédios e edificações históricas foram construídos na Croácia com o mármore trazido da Itália. Uma curiosidade é ver o Leão Veneziano, marca do império, esculpido em pórticos, portões e pedras por todo lugar. Belíssima herança desse estreito contato da Croácia com a Itália, edifícios em tom claro, monumentos bem preservados até hoje.Em um cruzeiro, passamos por dez cidades, quase todas litorâneas e em estilo medieval, mas cada uma com seus próprios encantos, que eu fiz questão de registrar em mais de 500 fotos durante toda a viagem. Não tivemos muito tempo para ir ao interior – pelo menos não desta vez.

Rovinj (pronuncia-se Rovin) - Essa cidade, uma micropenínsula na região da Ístria, foi nossa porta de entrada à Croácia. Um excelente cartão de visitas. Limpíssima, Rovinj é uma cidade murada - a fortificação era uma estratégia para enfrentar as antigas

invasões, que cresceu morro acima. A cidade tem como marco a torre da sua catedral e conserva traços da Idade Média por toda parte. Uma surpresa é bisbilhotar o mercado público de hortifrúti e, no meio da cidade, sem cheiro de feira, avistar várias cordinhas estilo “franja” prendendo pimentas e pimentões de todas as cores, tomates e alho, entre morangos, figos verdes, pêssegos. Sensacional!Na descida da visita à catedral, caminhando pelas charmosas e estreitas ruazinhas em pedra claras característica da Ístria e nos vimos em meio a uma galeria a céu aberto: uma exposição anual de artistas croatas, patrocinada pela prefeitura.

Pula - Onde está o segundo anfiteatro romano mais bem preservado do mundo, dizem que só perde para o Coliseu. Lugar extremamente cosmopolita, com um pouco de tudo: italianos, ingleses, russos, americanos, australianos.

pele clara e cabelos escuros, torna-se dourada no verão. Um desfile de gente bonita pelas charmosas ruas e becos, onde também se ouvem francês, italiano e espanhol. Português, sim, nós e outros poucos brasileiros que encontramos por lá.Conhecido como a “Pérola do Adriático”, numa alusão ao conjunto de ilhas que o formam, originalmente o país é uma das repúblicas da antiga Iugoslávia. Conquistou sua independência há menos de 20 anos, em 1990. Apesar de pequena, a Croácia chama a atenção pelo número de ilhas, prainhas e portos que a formam: são 1.185, onde se pode atracar para desfrutar de suas belas praias, de águas encantadoramente azuis e muito, muito transparentes. Um paraíso para os amantes do turismo náutico. Ah, a temperatura da água está mais para o mar de Angra dos Reis, gelada para nordestinos!O interior do país também reserva aos visitantes parques naturais com cachoeiras e animais selvagens, além de rios, montes e ruínas. Por falar em ruínas, para quem aprecia o turismo histórico, a Croácia oferece muitas opções: ruínas romanas, cidades e vilas com riquíssimos registros arquitetônicos de uma terra que pertenceu aos impérios otomano, veneziano - este entre 1283 e 1797 - e austro-húngaro. Foi esse mix de heranças dos diferentes povos que passaram no local que garantiu aos croatas a absorção de muitas culturas e costumes. Diferentemente da divisão de uma república por Estados, à qual estamos acostumados, a Croácia é dividida por regiões. Zagreb (a capital), Dalmácia, Croácia Central, regiões Nórdicas, Eslavônia e Baranja, além de Kvarner e Ístria. Esta última é a parte mais próxima da Itália, distante cerca de uma hora de barco. Durante o império veneziano, foram levadas para Veneza as pedras claras, produto da Ístria, que são vistas em ruas e muitos palácios. Por sua vez,

A imponente Catedral de rovinj e, em pula, a arena romana muito

bem conservada

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Motovun - Cidade interiorana, localizada no alto de uma montanha, rodeada por muralhas, de onde vemos os famosos bosques onde se caçam as trufas. Programa imperdível: comprar azeite e pastas trufadas, além de trufas desidratadas, para brincar de “chef de cuisine”.

Split - Em Split, Diocleciano - imperador romano escalado para reordenação do império fora dos limites de Roma - fundou seu palácio para aproveitar esta ilha de clima ameno e de belezas naturais. Isso lá pelos idos de 295 a 305 d.C. Imagine hoje, com jet-ski, barcos, iates... A cidade antiga é toda murada. O mar chegava aos pés do palácio, que era o centro da cidade antiga no século III. A parte subterrânea, poucos metros abaixo, está muito bem preservada.

Trogir - Considerada uma das “jóias da Dalmácia”, Trogir pertence desde 1997 à lista da Unesco como Patrimônio da Humanidade. Fundada há mais de 2.300 anos, conserva tradições urbanas influenciadas pelos gregos, romanos e depois pelo império veneziano. Lá existem esculturas do Leão Veneziano segurando a Bíblia, que se estiver aberta significa tempos de paz e se estiver fechada, tempos de guerra.

Hvar - Pronuncia-se Ravar, assim, o “H” com som de “R”, bem gutural. Chegamos ao ‘point’ do Mediterrâneo! É considerada um dos dez mais bonitos destinos de praia do mundo, entre as badaladas Ibiza, Mykonos, Santorini, Bora Bora, Bali e outros. Maravilhosas praias, baías, campos de lavanda. É uma das ilhas mais visitadas da Croácia. O píer principal é um corredor de bares fashion belíssimos, lounges, lojas, música alta, gente dourada pra lá e pra cá com o charme peculiar deste lado do Adriático. E o pôr-do-sol! É de tirar o fôlego!

Dubrovnik - localizada na região da Dalmácia, Dubrovnik foi passagem de conquistadores europeus em direção à Ásia. É a segunda cidade mais importante da Croácia, charmosíssima, com hotéis debruçados sobre o Adriático, cafés e restaurantes de cozinha internacional lotados após a praia e lojas bacanas.As fortes muralhas que a protegem têm 2 km de extensão, uma escalada difícil, degraus íngremes, num calor escaldante de mais de 30 graus centígrados. Logo na entrada, uma

fonte de água puríssima. Reza a lenda que, se tomarmos dela, retornaremos sempre. Uma das curiosidades foi o registro da primeira pichação (1597) de que se tem notícia na cidade, um padre ordenando que as crianças da área parassem de jogar bola ali próximo. Na verdade, é uma marcação em um bloco de pedra em um dos antigos prédios. Façam suas reservas para o próximo verão. Sugiro que levem os obrigatórios biquínis, vestidinhos leves, sandália rasteirinhas. Vale a pena!

o leão veneziano em trogir, a belíssima vista do píer de Hvar, e

dubrovnik e suas muralhas

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entrevista

mAis eVentos pArA o turismo de neGÓCiosSecretário pernambucano defende o planejamento estratégico e comemora investimentos privados no setor

Entrevista com Sílvio Costa Filho a Cecília Dalla NoraFoto: Rafael Medeiros

Fazer o Estado ficar entre os três pólos de turismo de negócios do país em quatro anos é o

plano do secretário de Turismo de Pernambuco, Sílvio Costa Filho.

como vereador no Recife, em 2004, conta à Plural quais as estratégias do governo para impulsionar a atividade e fala da importância do turismo para a economia.

Em março deste ano foi lançado o Guia do Investidor no Estado. Qual o objetivo dele? Lançamos o guia com o propósito de colocar Pernambuco entre as rotas nacionais e internacionais do turismo de negócios, aproveitando o novo momento econômico de nosso Estado com a instalação de empreendimentos como a refinaria, o estaleiro, as fábricas da Sadia e Perdigão, os moinhos da Bunge, entre outros.

Que resultados já podem ser observados após o lançamento do guia?Os resultados se expressam no investimento que empresas nacionais e multinacionais têm anunciado para o turismo em Pernambuco. Apenas a iniciativa privada deve investir cerca de R$ 3 bilhões até o final deste ano. Outro ponto importante a ser destacado é o aumento de 37% no número de vôos internacionais e 15% nos vôos nacionais nos seis primeiros meses de 2008. Apenas para os Estados Unidos teremos 11 vôos semanais.

Que impactos esses investimentos geram na economia do Estado?O turismo já representa cerca de 3% do PIB de Pernambuco. É uma indústria que gera 200 mil empregos diretos e indiretos. Enquanto um turista comum gasta uma média de US$ 73,53 diários, o turismo de negócios atinge a média de US$ 165,14. Esses são dados nacionais. Se considerarmos Pernambuco, essa

O setor, que já corresponde a 3% do PIB do Estado, deve ter um crescimento esperado de 7% em 2008. Nesta entrevista, o jovem secretário, que iniciou a vida política

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média sobe para US$ 238.

A que se deve essa diferença?O turista de negócios tem a capacidade de gastar mais, pois geralmente já vem com o pacote pago pelas empresas em que trabalham.

Como tem sido feita a interlocução com os investidores?Criamos um comitê do qual participam as secretarias estaduais de Turismo e de Desenvolvimento Econômico, CPRH, Procuradoria-Geral do Estado e AD/Diper. Todos os investimentos são acompanhados por esse comitê, com o intuito de desburocratizar a implantação dos empreendimentos. Uma das facilidades é a assessoria em legislação ambiental.

Que lugar Pernambuco ocupa hoje no ranking nacional de turismo de negócios?Estamos em 5° lugar e a nossa meta é estar entre os três principais destinos nos próximos quatro anos. A nossa expectativa é crescer 7% em 2008. Já temos agendados seis eventos internacionais para 2009, o dobro do que teremos este ano.

Até este ano, o último hotel inaugurado na cidade era o Beach Class, empreendimento da Moura Dubeux na praia de Boa Viagem, em 2003. Como explicar essa situação?Pernambuco perdeu muito por não ter tido um planejamento estratégico para o turismo. Enquanto Salvador possui um desde a década de 80 e Fortaleza, desde a década de 90, nosso Estado não se movimentou. Em janeiro deste ano lançamos o nosso, que desenha os investimentos

de 2008 a 2020 e que foi uma construção conjunta de todo o setor produtivo.

É possível adiantar alguns investimentos?Começamos pela requalificação do Centro de Convenções de Pernambuco, onde investiremos cerca de R$ 15 milhões na melhoria do pavilhão, na construção de banheiros e na reforma dos auditórios. Investiremos também R$ 6 milhões na sinalização turística. Os nossos 187 km de costa litorânea receberão placas. Vamos ainda dobrar a divulgação de nosso Estado como destino de negócios, concentrando esforços em atrair mais eventos. Pernambuco é privilegiado pelo turismo de sol e mar, mas temos também uma agenda cultural movimentada, o que permite que os visitantes, além de fazer negócios, possam esticar dois dias de viagem para passear.

E qual a previsão de orçamento?Através do Prodetur II, investiremos R$ 160 milhões em turismo. Além disso, usaremos US$ 125 milhões do Prodetur Nacional para investimentos em infra-estrutura e capacitação de profissionais de turismo em todo o Estado.

Qual o papel da iniciativa privada para a atração dos turistas de negócios?É preciso que a sociedade compreenda o papel do turismo em nossa economia. Iniciativas como a da Moura Dubeux de lançar dois

Beach Class executive, lançado na Av. Boa Viagem este ano

empreendimentos voltados para o turismo de negócios, como os dois novos Beach Class, no Pina, são exemplos do tipo de contribuição que a iniciativa privada pode dar. Essa articulação entre governo e setor produtivo é de extrema importância.

E por falar em setor produtivo, que cadeias atraem mais turistas de negócios em Pernambuco?Sem dúvida a construção civil, Suape, o pólo médico, o pólo de tecnologia da Informação e o pólo gastronômico, que já é o primeiro do Nordeste e o terceiro do Brasil.

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imBAtíVel porto de GAlinHAs

Mariana MirandaFotos: Fotografics e divulgação

Eleita pela oitava vez consecutiva a melhor praia do Brasil, Porto é o centro do maior pólo turístico de Pernambuco

Nada de passagens internacionais, passaportes e dicionários bilíngües: há

um paraíso de águas cristalinas, piscinas naturais e a badalação típica das noites tropicais bem pertinho. Segundo a Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav), Porto de Galinhas está entre os

turismo

destinos mais visitados do país por turistas nacionais e estrangeiros. A beleza ajuda: Porto é deslumbrante. A extensa formação de arrecifes e a faixa de areia generosa são convites à contemplação e ao descanso. A infra-estrutura vem crescendo ano após ano, com o aumento do fluxo turístico. Muitos restaurantes e hotéis

de primeira linha dão apoio aos milhares de visitantes que desfrutam da região, que oferece mais de 18 km de praias de areia branca afastadas do burburinho urbano, apesar de sua curta distância - apenas a 60 km (40 minutos de carro) do Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife. As mas famosas são Muro Alto, Cupe, Porto de Galinhas e Maracaípe.Não por acaso, Porto de Galinhas vem sendo selecionada, há oito anos consecutivos, como a melhor praia do Brasil pela enquete da revista Viagem e Turismo. Desde que o ranking foi instituído, Porto é imbatível, insuperável na categoria praias. Afinal, o que ela tem que as outras não têm? É preciso ver para saber. O fenômeno é de tal dimensão que a região tomou da capital, Recife, o posto de maior pólo turístico do Estado. As repetidas indicações em

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publicações especializadas valorizam ainda mais a praia, contribuindo para elevar a qualidade dos serviços prestados. Visitantes com alto grau de exigência têm trocado onerosas viagens ao exterior pelo prazer de estar em Porto de Galinhas. Famílias em férias, casais em lua-de-mel, amigos atraídos pela boemia da cidade e também ecoturistas – pois, além de tudo, Porto é um exemplo de turismo com preservação ambiental.

Mergulho e agito - Para quem gosta de mergulho, o convite é irrecusável. As praias de Pernambuco confirmam: o nome de sua capital não poderia ser melhor escolhido - todo o litoral do Estado é mesmo repleto de recifes. Os melhores pontos são as piscinas com profundidade média de 33 metros e os arredores da Ilha de Santo Aleixo, com embarcações naufragadas. Os iniciantes fazem o batismo em piscinas mais rasas. Para Daniela Castro, jornalista, a experiência foi inesquecível: “Com a maré baixa, dá para ir de caiaque até o meio do mar e ver uns peixinhos coloridos nas lagoas pequenas que se formam nas pedras. É maravilhoso!” O tour pode ser praticado de diferentes maneiras, como o mergulho livre ou scuba. O passeio dura em média 40 minutos, com preços de R$ 35,00 a R$ 85,00.A agitada noite de Porto de Galinhas atrai um grande público jovem. São boates, bares e pólos gastronômicos que costumam realizar festas e oferecer música ao vivo, em ritmos de forró, MPB, jazz, techno, entre outros. Para o estudante Rafael Queiroga, “as belezas naturais do local foram o chamariz inicial, além da ampla gama de pousadas e da variedade de atividades,

como canoagem e mergulho. Mas o fator mais importante foi a vida noturna, repleta de bons bares e restaurantes”. Rafael acrescenta que “a qualidade dos serviços prestados é sempre muito boa, com pessoal educado e treinado. Também é excelente o nível do público que freqüenta as praias. Particularmente do público feminino!”, brinca o estudante.

Visitantes têm trocado onerosas

viagens ao exterior pelo prazer de

estar em porto de Galinhas.

Muitos recém-casados também escolhem Porto de Galinhas como destino de viagem. Isso porque, além de ser considerado um destino turístico barato quando comparado a outras localidades nacionais e internacionais, o balneário possui hospedagens aconchegantes, seja em chalés rústicos ou hotéis luxuosos. Emanoel Calheiros, economista, escolheu Porto para uma viagem a dois e garante: “A infra-estrutura é boa. Mas bacana mesmo são os passeios, os peixes, aqueles bares no meio do mar”.Somado ao grande movimento anual, neste verão Porto de Galinhas deverá receber uma demanda atípica. Devido aos efeitos da crise financeira mundial, a expectativa é que a alta do dólar e do euro transforme 2009 em uma grande temporada do turismo interno. Viajar ao exterior ficou mais caro e as alternativas mais cotadas são os destinos nacionais. Uma tendência que já foi percebida tanto pelas agências quanto pelos empresários locais.

programe-sese você pretende visitar porto de Galinhas, reserve r$ 700,00 para uma semana na alta temporada, ou r$ 500,00 para períodos de baixa estação. Alguns preços (em média):

passeio de buggy (muro Alto até pontal de maracaípe) - r$ 80,00;

passeio de buggy (Calhetas) - r$ 120,00;

passeio de buggy (Carneiros/tamandaré) - r$ 130,00;

passeio de jangada - noturno - r$ 10,00 (por pessoa);

passeio de jangada - piscinas naturais - r$ 8,00 (por pessoa);

passeio de jangada porto de Galinhas/pontal - r$ 15,00 (por pessoa);

passeio de caiaque no mangue - r$ 30,00;

cavalgada - r$ 30,00;

trilhas - r$ 20,00.

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o Conforto de muro Alto

Beach Class Resort oferece a melhor estrutura para quem quer desfrutar a beleza da praia vizinha de Porto de Galinhas

A piscina gigantesca, de 3.330m², o café da manhã regional com

um leque variado de mais de 70 itens, programações diárias para as crianças, os adolescentes e os idosos, além, é claro, dos bangalôs, que dispõem de completa infra-estrutura para hospedar toda a família – são atrativos que fazem do Beach Class Resort Muro Alto a

melhor opção para quem pretende aproveitar os encantos do litoral sul de Pernambuco, especialmente a Praia de Porto de Galinhas, que se encontra a apenas 6 km de distância da Praia de Muro Alto. Em 2007, o Beach Class foi eleito pelo Guia Quatro Rodas o melhor resort de Porto de Galinhas.Assim como em Porto, Muro Alto também tem como atrativo as piscinas naturais à beira-mar, formadas pelos arrecifes. De frente para esse cenário, o Beach Class Resort dispõe de 34 bangalôs de luxo, 128 suítes, 3 restaurantes, boate, heliponto, business center, centro de convenções, loja de conveniências, 2 quadras de tênis, campo de futebol, salão de jogos, salão de beleza, sala de massagem e serviço 24 horas de padrão internacional. A administração é da Atlantica Hotels International, rede que gere 65 hotéis no Brasil, a maior administradora independente da

América do Sul.A programação especial para todas as idades nas férias de janeiro inclui atividades lúdicas para a criançada, discotecas para a “galera” jovem e a prática de esportes, fitness center e atrações regionais para os adultos. Os integrantes da “melhor idade” têm a sua programação própria, que privilegia a interação e a atividade física.As reservas para o carnaval também estão abertas. Confira os pacotes de sete dias para o período:

Carnaval 2009 – de 21/2 a 1º/3Suíte Júnior: R$ 5.538,40 (duplo) e R$ 6.182,40 (triplo)Suíte Sênior: R$ 5.957,00 (duplo) e R$ 6.601,00 (triplo)Bangalô Luxo Duplo: R$ 7.084,00Bangalô Luxo Triplo: R$ 7.728,00Bangalô Luxo Quádruplo:R$ 8.533,00

Outras informações: (81) 3081-9300

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gastronomia

noRdeste sofisticAdoTradição, inovação e variedade marcam a alta gastronomia da região em três restaurantes que são sinônimos de excelência

Júlia Nogueira de Almeida e Mariana MendesFotos: Divulgação e Kleber Gonçalves

1.

1. Novo Bargaço (Recife) – Moqueca de CamarãoReinaugurado em julho, com vista privilegiada para a bela Bacia do Pina, o Novo Bargaço veio para ficar, após 17 anos ocupando uma casa na beira-mar de Boa Viagem. O novo endereço proporciona refeições agradáveis, bem ao estilo de quem aprecia os frutos do mar. Um dos carros-chefe da casa é a tradicional

moqueca de camarão, preparada com 330 gramas do crustáceo, tomate, cebola e um molho com coentro, azeite de dendê e leite de coco bem batidos. O prato serve bem duas pessoas e tem pirão, farofa e arroz como acompanhamentos. Fica pronto em 20 minutos. A casa acomoda 80 pessoas e teve seu movimento intensificado após a mudança de endereço. Outra

novidade é a participação do premiado chef Duca Lapenda, que presta consultoria na elaboração do cardápio.

2. Conventual (Salvador) - Bacalhau à Moda do Lagar dos CabraisPelo segundo ano consecutivo o Conventual é eleito pelas revistas Gula e Veja o melhor restaurante

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2.

português de Salvador. As sugestões do cardápio são uma mistura harmoniosa da culinária lusitana com ingredientes regionais. Dos sabores nordestinos, aipim, receitas levemente apimentadas, banana-da-terra, queijo coalho e muitos outros. Pratos sempre temperados com criatividade e requinte. Um lugar charmoso instalado num antigo convento carmelita do século XVI, onde em qualquer estação se pode saborear deliciosas receitas, entre elas o bacalhau à moda do Lagar dos Cabrais, preparado com batatas portuguesas assadas em alecrim e lombos de bacalhau dourados em alho, azeite, tomate-cereja e manjericão. A dica é deixar também um lugarzinho para as sobremesas, sempre bem preparadas, como os tradicionais pastéis de nata.

3. Le Dîner (Fortaleza) – Pato Crocante

O premiado Le Dîner é ícone de sofisticação em Fortaleza desde 1992. Especializado em cozinha contemporânea variada, um dos destaques das panelas da habilidosa mineira Thaís Duarte é o pato crocante, um típico prato chinês que só ela faz, em todo o Ceará, e um dos campeões de pedidos da casa. À base de filé de peito de pato sem osso e pele. A carne é previamente cozida em ervas orientais por um período de 8 a 10 horas antes de chegar à mesa do cliente, já frita. Servido como prato individual com molho à base de shoyu e gengibre desfiado, o pato é acompanhado de arroz colorido. “Trata-se de um prato muito fino, porque não tem gordura. A satisfação em fazê-lo é proporcional ao seu tempo de preparo”, explica Thaís. Por ser muito elaborado, o Le Dîner só aceita pedidos do pato crocante sob encomenda. Além dos pratos orientais, o Le Dîner

aposta em preparações italianas, da cozinha francesa de Provence e nas comidinhas tradicionais da terra. O restaurante está localizado no tradicional bairro da Aldeota e faz parte de um complexo cultural-gastronômico. A casa dispõe de 110 lugares e oferece almoço e jantar em dias e horários específicos.

Serviço:

Novo Bargaço | Av. Antônio de Góes, 62 - Pina - Recife-PE - (81) 3466.5026www.restaurantebargaco.com.br

Conventual |Pestana Convento do Carmo - Rua do Carmo, s/nº - Pelourinho - Salvador-BA (71) 3327-8400

Le Dîner | Estação Dominique – Av. Santos Dummont, 3636 - AldeotaFortaleza-CE - (85) 3224.2627www.lediner.com.br

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3.

“trata-se de um prato muito fino,

porque não tem gordura.

A satisfação em fazê-lo é

proporcional ao seu tempo de

preparo”, explica thaís duarte.

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estilo de vida

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eneRgiA PeRnAmbUcAnAVice-presidente da empresa fundadapelo pai há 51 anos, Sérgio Moura conciliaa paixão pela família com a obstinaçãopelo trabalho

Roberta JungmannFotos: Divulgação

O empresário Sérgio Moura,

vice-presidente das

Baterias Moura, empresa

genuinamente pernambucana que

tem mais de 1,7 mil funcionários,

declara-se realizado com o que faz.

Engenheiro mecânico graduado

pela Universidade Federal de

Pernambuco, começou a trabalhar

aos 17 anos na empresa fundada

pelo pai, Edson Mororó Moura, que

ele considera um exemplo no ramo

industrial.

Esse contato desde cedo fez com

que passasse por praticamente

todos os setores da empresa.

Atualmente dedica-se às áreas

industrial e de recursos humanos.

Toda semana, inclusive, vai a

Belo Jardim, cidade no Agreste

pernambucano, onde fica a sede

das baterias. Visita com freqüência

também a fábrica em Itapetininga, no

interior de São Paulo. Esta unidade

paulista gera 200 empregos diretos.

As Baterias Moura, com 51 anos,

são referência em todo o Brasil e

até no exterior. A marca está ligada

intimamente ao nome do piloto

Emerson Fittipaldi, que há mais

de 20 anos é garoto-propaganda

da empresa e hoje, além de “ser a

cara” das baterias, é também um

grande amigo da família Moura.

Tanto que na festa de 50 anos da

empresa no Recife, em setembro de

2007, Emerson não só compareceu

à comemoração, como também fez

questão de cumprimentar e posar

para fotos com todos aqueles que

fazem a Moura.

Sérgio Moura, que atua na área de

recursos humanos com maestria,

orgulha-se, particularmente, do

respeitável trabalho social que

a empresa desenvolve em Belo

Jardim. O primeiro deles é o

grupo Tareco e Mariola, fundado

por sua mãe, Conceição Moura,

que realiza louvável atuação nos

segmentos de coleta seletiva de

lixo, artesanato, música e atividades

extras, não só para os servidores,

como também para pessoas

carentes da comunidade. Mas o

grande destaque social da Moura

é o apoio que a empresa dá a 17

escolas públicas (entre estaduais e

municipais) na área de gestão de

qualidade. Graças a esse incentivo

das Baterias Moura, a educação

em Belo Jardim já ganhou diversos

prêmios nacionais de qualidade no

ensino.

Mas Sérgio também é um ser

humano voltado para o lar, tanto

que considera a família seu maior

bem. Pai de seis filhos – Manuela,

Taciana, Marcela, Eduarda,

Marina e Felipe – confessa-se um

apaixonado pela mulher, Carol, que

ele considera o melhor presente da

sua vida. Sem grandes ostentações,

de hábitos simples, não abre mão

de curtir os fins de semana em

Toquinho. Considera uma cervejinha

estupidamente gelada um supérfluo

indispensável.

No bate-bola vamos conhecer um

pouco mais desse empresário de

sucesso, que sabe curtir os bons

momentos da vida sem deixar de se

autodenominar “um obstinado pelo

trabalho”.

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Eu sou: “Normal”.

Ser um industrial em Pernambuco

é: “Gratificante”.

O melhor da minha atividade é:

“Sentir a evolução das pessoas”.

Meu maior bem: “Minha família”.

Sempre me dou ao luxo de: “Curtir

o final de semana”.

Não dá para viver sem: “Uma boa

caminhada”.

Um supérfluo indispensável: “Uma

cerveja”.

Férias ideais: “Rio de Janeiro”.

Um presente inesquecível: “Minha

esposa, Carol”.

Sinto saudades: “Da minha

infância”.

Um lugar para se morar: “Recife”.

Minha casa é: “Tranqüila”.

Meu canto favorito em casa: “Meu

quarto”.

Comida preferida: “Uma boa

massa”.

Quem é destaque no setor

empresarial nacional: “Jorge

Gerdau”.

O mundo dos negócios é:

“Estimulante”.

O segredo para um bom negócio:

“Pensar no futuro”.

Administrar uma grande empresa

no Brasil é: “Trabalhoso”.

Ser um empresário nordestino é:

“Desafiador”.

Responsabilidade social: “Em alto

plano, sempre”.

O que dizer para a bateria do

pequeno e microempresário nunca

descarregar: “Ser bom no que faz”.

A solidez de uma marca se faz:

“Tratando bem o cliente”.

A propaganda ideal: “Aquela que

vende”.

O melhor cliente: “Aquele que exige

um bom produto ou serviço”.

Mercado interno ou externo:

“Interno”.

Como driblar a crise econômica

mundial: “Com perseverança”.

Sobre religião: “Sou católico”.

Sobre política: “Procuro não me

envolver”.

Um ritmo musical: “Samba”.

O time do coração: “Sport Club do

Recife”.

Um lugar em Pernambuco: “A Praia

de Toquinho”.

Quem é destaque em Pernambuco:

“Meu pai, Edson Mororó Moura”.

Morar num Moura Dubeux significa:

“Conforto”.

Ao lado de edson Viana mourae Paulo sales

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condomínio sob medidASistema do pay-per-use chega aos edifícios residenciais e é um dos atrativos do Evolution Shopping Park

Cecília Dalla NoraIlustrações: MV3D

serviços

Morar, trabalhar e ter acesso

a lazer e esportes em um

só lugar já é uma tendência

global, especialmente em grandes

cidades, onde a necessidade de uma

vida prática transformou-se em sonho

de consumo. Nesse contexto, novos

serviços são oferecidos diariamente

para atrair a atenção daqueles para

quem tempo não é apenas dinheiro,

mas qualidade de vida. Um desses

serviços é o condomínio pay-per-use.

“Nesse sistema, cada usuário paga

por aquilo que consome. Com isso,

alguns serviços disponibilizados

não são embutidos no condomínio

e não se transformam em cota

condominial, sendo demandados

por cada morador de acordo com as

suas necessidades”, explica Marcus

Vinícius Gaspar, gerente-geral de

estratégia da APSA, empresa que

inaugura a atividade no Recife.

No Rio de Janeiro e São Paulo,

onde o conceito de praticidade se

fez necessário há tempos devido ao

crescimento das cidades, o pay-per-

use já é oferecido há alguns anos.

No Recife, a APSA fechou contrato

com a Moura Dubeux para futura

administração do empreendimento

Evolution Shopping Park, onde

também deve operar o serviço

inovador. “Sabemos que as grandes

construtoras estão focadas na venda

de um conceito de moradia, de

forma a agregar valor a sua marca;

não só numa venda despreocupada

de um imóvel. Com esse produto,

conseguimos dar perpetuidade a

esse conceito”, avalia Gaspar.

Dos flats para os condomínios -

O termo pay-per-use nasceu dos

sistemas de flats e residences, onde

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alguns serviços, como limpeza

e arrumação, são ofertados aos

clientes. O modelo evoluiu e foi

adaptado a condomínios residenciais

comuns. “É um conforto a mais que

podemos oferecer aos condôminos,

além dos serviços que um

condomínio comum oferta”, justifica

Gaspar, e “que pode ser implantado

em prédios já projetados para ter

os serviços ou em prédios antigos,

desde que haja estrutura adequada”,

esclarece.

A APSA divide os serviços de pay-

per-use em categorias que vão

desde facilidades como camareira

e arrumadeira, limpeza de veículos,

lavanderia e conserto de roupas, até

personal trainer, aulas de natação,

luta, ginástica, hidroginástica, ioga,

pilates e dança.

“O empreendimento da Moura

Dubeux foi uma grande conquista

da empresa para crescer no

mercado local”, avalia Marcus

Vinícius, adiantando que a APSA

espera ter no Nordeste 30% de seus

negócios em cinco anos. O Evolution

Shopping Park, cuja área é de 17

mil metros quadrados, é o primeiro

empreendimento de alto padrão da

região a agregar moradia a uma rede

de serviços.

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A eVoLUção PeLo LAdo de dentRoShowroom do Evolution Shopping Park mostra ambientes decorados com praticidade e alto padrão

Mariana QueirogaFotos: Fotografics e Zezinho Santos

decoração

Para facilitar a vida das pessoas que desperdiçam horas no trânsito, o mercado imobiliário

está investindo em empreendimentos residenciais junto de shoppings centers, supermercados e restaurantes. Na linha de frente da tendência no Nordeste, a Moura Dubeux lançou, em Pernambuco, o Evolution Shopping Park, cujo projeto é do escritório de Jerônimo Cunha

Lima. Segundo a arquiteta Cecília Dubeux, foi feito um estudo onde foi comprovado esse crescimento. “Hoje todo mundo está em busca de praticidade, segurança e conforto. Estamos oferecendo um espaço bem centralizado com tudo isso para o cliente.”O showroom do Evolution Shopping Park está localizado próximo à entrada principal do Shopping Center Recife. De acordo com a arquiteta Nicole Muller, tudo que existe de melhor no mundo da decoração

foi usado. “Todo o mobiliário fixo é da Desiderato. Durante a execução do projeto, a sua participação juntamente com os arquitetos foi de grande importância, conferindo rapidez e praticidade à obra. A nossa idéia era encantar e agradar o público desde o estande até o empreendimento. Dentro, todos os objetos escolhidos funcionam. Nada é falso.” Com o objetivo de mostrar ao futuro cliente que um apartamento decorado pode ser visto como um imóvel real, a Moura Dubeux optou

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por empregar modernidade, alto padrão de tecnologia e qualidade, tanto nos profissionais escolhidos quanto nos objetos utilizados na ambientação. Para que o showroom do Evolution Shopping Park ficasse com a cara e o jeito que o cliente sonha, a Moura Dubeux fez um detalhado estudo de ambientação, atrelado a uma boa campanha de marketing. De acordo com a arquiteta Cecília Dubeux, o modelo do empreendimento e sua localização já pediam um estande diferenciado. “O conceito de home resort, com cinco torres independentes e uma área de lazer comum necessitava de um espaço grande para encantar o público e, ao mesmo tempo, fazer com que ele se sentisse bem. Fizemos o estande apto para nove atendimentos e com um departamento jurídico onde o cliente pode sair com o contrato assinado.” O projeto de ambientação da área social do estande foi feito pelas arquitetas Bruna Lobo, Danielle Paes Barreto e Soraya Carneiro Leão. Segundo Danielle, a idéia foi mostrar ao morador um futuro bem próximo, sem perder a funcionalidade e o conforto. “Procuramos valorizar a elegância, a estética e a beleza que o empreendimento oferece. Desde a recepção até o hall da torre usamos materiais leves, dando uma perspectiva clean e aconchegante.” Veja a seguir como foram decorados os espaços que reproduzem os apartamentos das três primeiras torres do maior empreendimento imobiliário residencial e de serviços de Pernambuco.

Sky Park: Objetos dão amplitude

Para decorar o apartamento de 90m² da torre Sky Park, a Moura Dubeux convidou a arquiteta Márcia Nejaim.

Segundo ela, o espaço foi idealizado para um casal jovem com apenas um filho. “Quis passar a possibilidade de se morar bem, com espaços bastante aproveitados, com uma dose de sofisticação e modernidade.”Como atualmente praticidade é fundamental em uma casa, os materiais usados foram em tons claros, que além de terem um baixo custo apresentam uma definição visual de muito impacto. Para o piso, Márcia escolheu o carpete de madeira, por ser leve e fácil de aplicar. No quarto do casal a cor da parede é clara e no quarto da criança, por ter melhor durabilidade e oferecer mais vida ao espaço, ela escolheu o papel de parede branco com listras azuis, combinando com a colcha. Uma tendência moderna e prática. Os espelhos foram utilizados nos ambientes para oferecer mais amplitude, o que é fundamental em espaços pequenos. A cozinha recebeu o porcelanato na cor branca, contrastando com as bancadas pretas e integrando com sofisticação à área social. Já nos banheiros os tons brancos presentes no piso e nos armários emadeirados

da Desiderato humanizaram e aconchegaram os espaços. A sala com dois ambientes ganhou mais um espaço. “Fiz uma área gourmet com um barzinho para que o casal pudesse receber visitas e oferecer um jantar. É bem prático porque a dona de casa não precisa ir para a cozinha. Ali mesmo ela prepara e serve, e o bom é que existe toda uma interação,” diz Márcia.

Grand Park: Leveza e harmonia para um lugar aconchegante

A arquiteta Ana Paula Cascão decorou o apartamento de 170m², com quatro suítes, da torre Grand Park. Para fazer a ambientação, ela idealizou o perfil dos moradores. “Pensei em uma família já estabelecida financeiramente, com filhos adolescentes em faculdades e que curtem abrir a sua casa para receber visitas.”Os materiais utilizados deram leveza, amplitude, sofisticação, aconchego e harmonia aos ambientes. A decoração foi feita para agradar a

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todo tipo de família, desde a clássica até a moderna. Os vidros, espelhos, a madeira usada nos móveis e os objetos utilizados deram um toque especial ao espaço, proporcionando puro prazer aos olhos e ao ego dos clientes. O piso escolhido foi o porcelanato em dimensões grandes para as áreas sociais, e nos quartos o carpete de madeira na cor clara.Seguindo a tendência do mercado da decoração, Ana Paula Cascão decidiu usar o papel de parede nos ambientes, dando ao mesmo tempo modernidade e personalidade. “Optei por usar esse tipo de material porque difere

de uma simples pintura e oferece versatilidade. No quarto do menino usei um papel listrado com azul e no da menina escolhi um tom mais claro, combinando com a colcha que foi feita de lona.” Já na cozinha, ela trabalhou a sofisticação, com cores escuras e muito revestimento com a aparência do inox. As bancadas são de granito preto, por ter um grau menor de absorção e por isso evitar manchas. Como a decoração foi pensada para moradores que curtem “abrir a casa” para visita de familiares e amigos, a arquiteta decidiu transformar a quarta suíte em um home theater,

incorporando-o aos ambientes da sala. “Fiz uma área de jantar e outra de estar, separadas por uma cortina de fios de seda na cor preta, dividindo os espaços, mas sem perder a visibilidade do outro. Na sala ainda escolhi um moderno painel de madeira, que oferece um aconchego aos visitantes do anfitrião.”

Green Park: Sofisticação personalizada

O apartamento da torre Green Park, de 132m², com quatro quartos, duas suítes, sendo uma máster, foi

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decorado pelos arquitetos Zezinho Santos e Turíbio Santos com a idéia de passar para os clientes a sensação de espaço, apresentando-lhes uma forma atual de se morar. O projeto foi idealizado para um casal jovem e com filhos pequenos, dois garotos e uma menina. De acordo com eles, o objetivo era que cada um tivesse seu espaço, mas ao mesmo tempo com um ambiente para reunir todos. “Fizemos duas modificações na planta original: mudamos a porta da suíte máster para aumentar a área do closet e incorporamos a varanda na sala. Assim foi possível fazer dois

ambientes grandes e confortáveis, compostos de sala de estar com TV e jantar.”Para manter a unidade do apartamento foram adotados dois tipos de piso: o carpete de madeira nas áreas sociais e íntimas e o porcelanato preto, utilizado nos banheiros, cozinha e área de serviço. Com relação à pintura, os arquitetos exploraram a identidade de cada membro da família. O teto na cor pink foi usado no quarto da filha, já a cor azul para os meninos e no quarto do casal foi escolhido um papel de parede instalado atrás da cama,

passando a idéia de requinte aliado à tranqüilidade. Nos ambientes de uso compartilhado, a sala e o escritório, a pintura foi em um tom fendi. Segundo Zezinho e Turíbio, as cores foram determinadas de acordo com a seleção dos tecidos que compõem colchas e almofadas de cada quarto. “Usamos a seda perolam na suíte máster, as listras na suíte da filha e o jeans no quarto dos filhos.” Além dessas combinações, todos os objetos selecionados pelos arquitetos possuem uma clara referência pop e foram condizentes com seus ocupantes.

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mercado

APRoVAdA PeLos coLAboRAdoResMoura Dubeux pela segunda vez está na lista das 100 Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil

Carlyle Paes BarretoFotos: Divulgação

Pela segunda vez em três anos, a pernambucana Moura Dubeux figura na lista das 100 Melhores

Empresas para se Trabalhar no Brasil. É uma das duas construtoras selecionadas no país. Em 2006, já havia sido indicada. E, no ano passado, ficou na 108ª posição no ranking. O Great Place to Work é uma consultoria de gestão com sede nos Estados Unidos e com escritórios espalhados em todo o mundo. O

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instituto ouve funcionários e avalia os empregadores para entender o que torna um ambiente de trabalho muito bom. A lista começou a ser publicada em 1980.Nesta edição, além da Moura Dubeux, o curso de línguas ABA faz parte da lista. São as únicas empresas do Estado e duas das seis eleitas na Região Nordeste.A análise é feita levando-se em consideração o tipo de empresa, oportunidades para mulheres, para os jovens, o relacionamento entre chefia e subordinados, benefícios para os funcionários, responsabilidade social e qualidade de vida para os associados.

Capital humano - Para o gerente de recursos humanos da Moura Dubeux, Marcus Pereira, o diferencial da construtora é o investimento na formação educacional e profissional dos funcionários. “O resultado demonstra a nossa atenção com os funcionários. Geralmente são pessoas oriundas da Zona da Mata e do Agreste, que entram na construção civil pela falta de formação. Mas em cada canteiro de obra temos duas salas de aula, que vai da alfabetização até o término do ensino fundamental”, destaca. Marcus Pereira cita, com orgulho, dois

funcionários que passaram por essas salas de aula e que, atualmente, estão cursando a universidade. “Temos uma parceria com o Sesi. Depois de concluir o ensino fundamental aqui, eles fazem o supletivo e podem tentar o vestibular. Hoje um estuda administração e outro faz engenharia”, ressalta. “Para acompanhar a alta tecnologia da construção, é preciso essa formação”, completa. Ele lembra que os colaboradores crescem na empresa. “Temos um plano de cargos e carreira dentro da empresa. Pegamos um estagiário, depois ele vira assistente de engenharia e logo passa a ser engenheiro. Além disso, ajudamos na formação, pagando 50% do valor da mensalidade da faculdade, e investimos em cursos de extensão.”Alan Melo Aquino, 29 anos, é um grande exemplo. Começou na Moura Dubeux como serralheiro. Foi incentivado a estudar, cresceu na empresa e hoje é analista de compras. “A Moura Dubeux deu um impulso grande. E sempre dá oportunidades”, diz o estudante de ciências contábeis da Esuda, uma universidade particular do Recife. “A empresa ainda ajuda pagando parte da mensalidade da faculdade”, acrescenta.

De portas abertas - E não é só a atenção na formação educacional e profissional que coloca a MD entre as melhores empresas para se trabalhar. Marcus Pereira lembra que o tratamento entre empregador e funcionário também é um ponto positivo. “Não há barreiras de comunicação. As portas estão sempre abertas para eles conversarem com os gestores”, garante.Um exemplo disso foi a extinção das “bóias frias”. Não existe mais a marmita com refeições nas obras. “Em cada construção, há um pequeno self-service.” Pereira diz ainda que a segurança do emprego é elogiada pelos funcionários. “Não há tanta rotatividade. Acaba uma obra e já tem outra. O tempo médio de permanência no emprego aqui é alto, entre seis e oito anos”, acrescenta o gerente de RH. “Hoje todo funcionário da Moura Dubeux tem um mercado aberto para ele. Por causa da formação, é sempre requisitado.” Pesou também a favor da construtora o fato de a empresa ser uma das que mais crescem no país. Já são cerca de mil funcionários contratados apenas este ano. “Sem falar que o salário médio é bem superior ao que o mercado paga”, aponta Marcus Pereira.

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arquitetura

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Como se não bastassem as

ilhas artificiais, o hotel de

luxo em forma de veleiro,

o edifício mais alto e a maior

concentração de guindastes de

construção do mundo (quase um

terço do total), a cidade do futuro

vai ganhar um novo símbolo: será

erguida em Dubai, nos Emirados

Árabes, a Dynamic Tower, uma torre

giratória que promete revolucionar a

arquitetura e fazer a construção civil

entrar de vez no século 21.

Criação do arquiteto italiano

David Fisher, que levou 30

anos estudando o conceito, a

arquitetura dinâmica fará com

que seja possível fazer rotacionar

cada andar de maneira isolada,

proporcionando aos ocupantes a

mudança instantânea de paisagem.

O apartamento se desloca, por

exemplo, para acompanhar a

progressão do sol, fazendo com

que as pessoas possam usufruir da

iluminação direta para se bronzear

durante o dia inteiro. De acordo

com Fisher, na arquitetura dinâmica

o design tridimensional ganha uma

quarta dimensão – o tempo.

Como resultado da independência

dos seus andares, a forma da torre

também é mutante. Será possível

enxergar, ao longe, no horizonte

futurista de Dubai, uma curva

sinuosa de agradável aspecto,

ou a superposição aleatória dos

andares, como peças de um jogo

de montar. Em entrevista para

promover o projeto, Fisher declarou

que a diferença para os prédios

tradicionais é que não se trata de

A toRRe qUe giRA em bUscA do soLProjeto de edifício dinâmico promete deslumbrar ainda mais os visitantes na futurista Dubai

Fábio LucasIlustrações: Divulgação

Page 56: Revista Plural - Edição 18

56 PLURAL

algo imóvel para sempre, uma vez

que a sua silhueta pode ser alterada

a cada minuto.

A distribuição dos apartamentos

demonstra o uso múltiplo que

caracteriza as grandes construções

em Dubai. Dos 80 andares

projetados em seus 420 metros de

altura, os primeiros 20 abrigarão

escritórios. Nos 15 andares

seguintes haverá um hotel seis

estrelas. Acima dele, 35 andares de

apartamentos de luxo. E finalmente,

nos 10 últimos, um apartamento

por andar com 1.200 m², vaga de

garagem no andar, elevadores

privativos, piscina e jardim.

Com a construção em peças pré-

fabricadas, o tempo de finalização

será reduzido em um terço e o

custo, estima-se, em cerca de

10%. A Dynamic Tower também se

apresenta como edifício ecológico,

com uso de energia solar e eólica.

No caso desta última, o projeto

transforma um problema típico dos

arranha-céus – a força dos ventos

– em solução. As turbinas eólicas

estarão horizontalmente dispostas,

no intervalo entre um andar e outro,

podendo haver 79 turbinas num

prédio de 80 andares.

Além de Dubai, que deve ter a torre

concluída em 2010, as cidades de

Moscou e de Nova Iorque devem

ganhar edifícios semelhantes nos

próximos anos.

Page 57: Revista Plural - Edição 18

PLURAL 57

ANÚNCIO FLAMAR

Page 58: Revista Plural - Edição 18

58 PLURAL

artigo

do seLo de qUALidAde à ResPonsAbiLidAde sociAL Marcos AlencarFotos: Divulgação e Tânia Collier

Page 59: Revista Plural - Edição 18

PLURAL 59

marcos Alencar é advogado

trabalhista.

Novos tempos estão por vir, o

que poderíamos denominar

como uma reação “anti-

China”. O mundo desenvolvido,

amparado no “selo de qualidade

trabalhista” e na responsabilidade

social, criaria mecanismos

justificáveis de defesa dos produtos

chineses, os quais são fabricados a

custos inacreditáveis e com de uso

desumano da mão-de-obra.

O capitalismo selvagem sempre

pregou o aproveitamento das

oportunidades. Soa incoerente

condenar os chineses pelo baixo

preço dos seus produtos, que

nos fazem tolerar a também baixa

qualidade deles. Fábricas de

tecido fecham na Europa diante

da concorrência desleal da seda

chinesa. Não há como competir

com os “ases” das lojas “só R$ 2”.

O que fazer?

O mundo desenvolvido surge na

defensiva dos seus empregos

e passa a exigir o “selo de

qualidade”, que nada mais é do

que a comprovação de que aqueles

bens de consumo são fabricados

atendendo às garantias e direitos

universais dos trabalhadores,

ao pagamento de impostos e de

patentes, com respeito ao meio

ambiente, em suma, que observam

a “responsabilidade social” e não

apenas o lucro.

A partir daí, não basta ter apenas

o menor preço para competir,

mas também a prova de que os

produtos são “verdes”, ou seja, são

fabricados de forma politicamente

correta, dentro da Lei, da ética,

observando o respeito ao meio

ambiente e aos cidadãos, que

geram riqueza para sociedade e

não apenas para os proprietários

das fábricas. No futuro próximo,

profetizamos que fundos de

investimentos e países aliados à

Organização das Nações Unidas

e à Organização Internacional

do Trabalho vão criar barreiras

para quem não atender a essas

diretrizes. Vai valer o melhor preço.

No Brasil já existe em tramitação

o Projeto de Lei 3.796/08, da

deputada Rebecca Garcia, que

institui o selo de qualidade na

indústria e no cultivo da cana-de-

açúcar, exigindo mais qualidade de

vida aos trabalhadores, que é uma

forma de antecipar esse fenômeno.

Mas será que a China se adequará

rapidamente a essas novas regras

do mundo globalizado? Mantendo

os mesmos preços? Bem, depois

do que vimos nas Olimpíadas, tudo

é possível. É esperar para ver.

Enquanto isso é importante aos

empresários brasileiros estarem

antenados nessa mudança, para

que desde já repensem seus custos

considerando esses investimentos

na área do bem-estar da classe

trabalhadora e da responsabilidade

social, salientando que o que vai

prevalecer é o melhor preço, o que

agrega realmente riqueza para o

cidadão.

Page 60: Revista Plural - Edição 18

60 PLURAL

sUAPe e o “desenho” Logístico do noRdeste oRientAL

Francisco CunhaFoto: Tânia Collier

artigo

Já há entre os formadores de opinião de Pernambuco e do Nordeste o entendimento de

que o Porto de Suape é uma espécie de poupança feita por Pernambuco durante 30 anos no lugar certo e de que isso é bom não só para o Estado, como também para toda a Região Nordeste. Desde Eraldo Gueiros Leite, todos os governadores de Pernambuco investiram naquele que é considerado, na atualidade, o melhor porto público do país.Hoje Suape é um equipamento logístico de classe mundial que se transformou num importante ativo impulsionador do desenvolvimento não só de Pernambuco, como também de todo o Nordeste Oriental (Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte). Seus principais diferenciais são: (1) ser um projeto estruturador maduro com investimentos já realizados de mais de US$ 2 bilhões em infra-estrutura; (2) ser um porto de águas profundas (18m), junto à linha da costa com proteção natural de arrecifes; (3) ser

também um complexo industrial com cerca de 90 indústrias instaladas e em processo de implantação, inclusive estaleiro para grandes navios, refinaria de petróleo pesado e pólo petroquímico-têxtil projetado, constituindo-se no maior canteiro de obras civis do Brasil na atualidade; (4) ter uma localização estratégica privilegiada em relação às principais rotas marítimas de navegação no Atlântico Sul.Como se todas essas qualidades intrínsecas não bastassem, o complexo industrial portuário de Suape é também uma espécie de “nó” de uma rede infra-estrutural do Nordeste e, por extensão, do país, que se foi formando ao longo das últimas décadas e se encontra atualmente com o seu “desenho” esboçado. Esse “desenho” tem Suape na sua extremidade leste e na extremidade oeste a cidade de Eliseu Martins no sul do Piauí. A ligação entre os dois pontos é feita pela Ferrovia Transnordestina com quase 1.200 quilômetros de extensão. Essa ligação permitirá o fluxo em duas mãos de matérias-primas importantes, como a produção de grãos do cerrado piauiense (a nova fronteira agrícola da produção de

grãos no país), na direção leste, e o óleo diesel produzido pela Refinaria Abreu e Lima, na direção oeste. Sem falar da produção de gesso da região do Araripe (mais de 90% da produção nacional) e de frutas da região de Petrolina-Juazeiro (com ramal específico), que poderá usar a Transnordestina para chegar ao litoral. Esse eixo ferroviário Eliseu Martins-Suape bifurca-se em Salgueiro (que, nessa condição, se transformará num grande entroncamento ferroviário) em direção ao porto cearense de Pecém (numa extensão de mais de 600 quilômetros, formando um “Y” logístico de grande importância para o desenvolvimento da Região Nordeste).Além disso, esse eixo ferroviário leste-oeste Eliseu Martins-Suape é cortado, no sentido norte-sul, por três eixos hidráulicos relacionados à transposição do Rio São Francisco: o Eixo Leste, o Eixo Norte e o Eixo Oeste, mais conhecido por Canal do Sertão. São obras importantes para o tratamento da questão estrutural mais séria de toda a região central do Nordeste: a insuficiência hídrica para a atividade agropecuária e mesmo para consumo humano.

Esboçado ao longo de décadas de planos e projetos complementares, trata-se de uma condição de desenvolvimento para a região

Page 61: Revista Plural - Edição 18

PLURAL 61

francisco cunha é consultor de empresas e diretor da tgi

consultoria em gestão.

Destaque especial neste contexto merece o Canal do Sertão, uma obra que, ao contrário dos outros dois eixos da transposição, apesar de não contemplada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tem um potencial econômico e de desenvolvimento do extremo oeste pernambucano, simplesmente excepcional. Trata-se de uma região que vai do perímetro irrigado do São Francisco até o sopé da Chapada do Araripe, no alto Sertão pernambucano, numa extensão de cerca de 400 quilômetros e com um potencial de irrigação de 150 mil hectares de terra bastante propícia para a produção mas atualmente inaproveitada por causa da falta d’água. Uma vez implantado, com tomada d’água no lago de Sobradinho na divisa Pernambuco-Bahia, o Canal do Sertão permitirá o plantio e a colheita de 15 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, produção semelhante à atual da Zona da Mata pernambucana e totalmente destinada ao etanol para exportação.Além desse eixo ferroviário leste-oeste, cortado pelos três eixos hídricos, merecem destaque também dois eixos rodoviários: um paralelo ao eixo ferroviário (a BR-232, já duplicada no trecho Recife-Caruaru) e o outro cortando o eixo ferroviário próximo ao litoral, que é a BR-101, cujo projeto de duplicação de Maceió a Natal já está em execução. Outro eixo de transporte importante e que

merece destaque é o de cabotagem que corre paralelo à costa e permite a conexão de Suape com todos os portos do litoral brasileiro e, por extensão, da Bacia Amazônica e Caribe, ao norte, e da Bacia do Prata ao sul. Mais um eixo de transporte importante no “desenho” que tem Suape como importante “nó” é a hidrovia do médio São Francisco (de Minas Gerais a Petrolina).Toda essa malha infra-estrutural reforça a importância de Suape como porto concentrador regional de cargas (hub port) e tanto importador quanto exportador de matérias-primas (inclusive de grãos) e produtos acabados. Num mundo integrado pela logística, esse “desenho”, esboçado ao longo de décadas de planos e projetos complementares, é uma condição de desenvolvimento muito importante para uma região (Pernambuco e o Nordeste Oriental) bastante carente desse tipo de lógica.Diante da visão desse “desenho”, duas atitudes parecem indispensáveis. A primeira diz respeito à preservação, ao desenvolvimento e à implantação desse esboço, já que, com o abandono do planejamento regional

após a extinção da Sudene (que podia até não fazer bem, mas era a única instância preocupada com esse importante tema), não há ninguém na atualidade preocupado institucionalmente com isso (a Adene, que substituiu a Sudene, não disse a que veio e a nova Sudene, agora recriada, ainda está engatinhando). Afinal, muita coisa ainda precisa ser feita para que o esboço se transforme em realidade. A segunda atitude indispensável é começar a pensar nos próximos 50 anos, uma vez que o que está hoje posto foi conseqüência do que se pensou e planejou de meados do século passado para cá.Afinal, é preciso começar a pensar e planejar o objetivo que Pernambuco e a Região devem almejar até meados deste novo século que se inicia.Afinal, como bem destacou o filósofo Sêneca há muitos séculos: “Não há vento favorável para quem não sabe para onde vai”.

Page 62: Revista Plural - Edição 18

Recife - Av. Boa Viagem

233 m2, 4 Qts / 4 Sts,3 vagasPrev. de entrega: Mai/10

A. Trajano

Acabamento

AndAmento dAs obRAs

Acesse www.mouradubeux.com.br.Lá você, cliente Moura Dubeux, pode obter:• Relatórios do engenheiro sobre a sua obra• Fotos atualizadas

• Plantas em AutoCad para download• Atas das reuniões (para obras em condomínio)• Fale com a equipe da obra

Recife - São José

247 m2, 4 Qts / 4 Sts,3 vagasPrev. de entrega: Set/09

Píer Maurício de Nassau

Acabamento

Recife - Pina

118 m2, 3 Qts / 1 St,2 vagasPrev. de entrega: Fev/10

Maria Júlia

Alvenaria

Recife - São José

247 m2, 4 Qts / 4 Sts,3 vagasPrev. de entrega: Set/09

Píer Duarte Coelho

Acabamento

Recife - Av. Boa Viagem

412 m2, 4 Qts / 4 Sts,5 vagasPrev. de entrega: Set/09

Brennand Plaza

Acabamento

Recife - Boa Viagem

173 m2, 4 Qts / 2 Sts,2 e 3 vagasPrev. de entrega: Dez/09

Alameda dos Pinheiros

Acabamento

Recife - Boa Viagem

157 e 167 m2, 4 Qts / 4 Sts,2 e 3 vagasPrev. de entrega: Ago/09

Joanna Dhália

Acabamento

Recife - Rosarinho

132 m2, 4 Qts / 2 Sts,2 vagasPrev. de entrega: Nov/09

Alice Queiroz

Acabamento

Recife - Madalena

200 m2, 4 Qts / 4 Sts,3 vagas

Engenho Madalena

entregue

Recife - Rosarinho

150 m2, 4 Qts / 2 Sts,2 vagasPrev. de entrega: Jan/09

Antônio Espíndola

Acabamento

Recife - Av. Boa Viagem

241 m2, 4 Qts / 4 Sts,3 vagas

Reginaldo Araújo

entregue

Recife - Boa Viagem

94 a 103 m2, 3 Qts / 2 Sts,2 vagasPrev. de entrega: Jun/09

Morada dos Navegantes

Acabamento

62 PLURAL

Page 63: Revista Plural - Edição 18

Recife - Setúbal

164 m2, 4 Qts / 2 Sts,3 vagasPrev. de entrega: Nov/10

Hilson de Azevedo Mota

fundação

Recife - Av. Boa Viagem

110 a 277 m2, 3 e 4 Sts,2 a 4 vagasPrev. de entrega: Mai/11

Adelmar da Costa Carvalho

fundação

Recife - Av. Boa Viagem

47 a 54 m2, 1 e 2 Qts / 1 St,1 vagaPrev. de entrega: Jul/11

Beach Class Residence

estrutura

Recife - Boa Viagem

154 m2, 4 Qts / 2 Sts,3 vagasPrev. de entrega: Jan/11

Antônio Pereira

fundação

Natal - Petrópolis

55 e 82 m2, 2 e 3 Qts / 1 St,1 e 2 vagasPrev. de entrega: Dez/10

Hanna Safieh

estrutura

Natal - Tirol

85 e 108 m2, 3 Qts /1 e 3 Sts, 2 vagasPrev. de entrega: Dez/10

Life

estrutura

Recife - Av. Boa Viagem

119 e 124 m2, 3 Qts / 1 St,2 vagasPrev. de entrega: Fev/10

Parque Avenida

fundação

Recife - Casa Forte

105 m2, 3 Qts / 1 St,2 vagasPrev. de entrega: Out/10

Engenho Casa Forte

estrutura

Recife - Av. Boa Viagem

38 a 103 m2, 1 Qt / 1 St

Prev. de entrega: Nov/10

Beach Class International

estrutura

Recife - Graças

185 m2, 4 Qts / 2 Sts,3 vagasPrev. de entrega: Jun/11

Jardins do Capibaribe

estrutura

Recife - Av. Boa Viagem

237 m2, 4 Qts / 4 Sts,3 e 4 vagasPrev. de entrega: Ago/10

Mar Azul

estrutura

Recife - Pina

281 e 289 m2

8 vagasPrev. de entrega: Jan/11

Empresarial Jopin

estrutura

Recife - Rosarinho

177 m2, 4 Qts / 4 Sts,3 vagasPrev. de entrega: Set/10

Casa Rosada

Alvenaria

Recife - Pina

160 m2, 4 Qts / 2 Sts,2 e 3 vagasPrev. de entrega: Jun/11

Enseada do Mar

Alvenaria

Recife - Boa Viagem

81 m2, 3 Qts / 1 St,2 vagasPrev. de entrega: Set/10

Zezé Cardoso

estrutura

Recife - Boa Viagem

101 m2, 3 Qts / 1 St,2 vagasPrev. de entrega: Jun/10

Clarice Roma

Alvenaria

PLURAL 63

Page 64: Revista Plural - Edição 18

Recife - Monteiro

172 m2, 4 Qts / 4 Sts3 vagas

Alameda Imperial

Lançamento

Natal - Tirol

112 m2, 3 Qts / 2 Sts2 vagas

Carlos Gondim

Lançamento

Natal - Tirol

150 m2, 4 Qts / 2 Sts3 vagas

Antônio Montenegro

Lançamento

Salvador - Horto

180 m2, 4 Qts / 4 Sts4 vagas

Reserva do Horto

Lançamento

Recife - Boa Viagem

87 a 170 m2, 3 e 4 Qts /1 a 4 Sts, 2 e 3 vagasPrev. de entrega: Jul/11

Evolution Shopping Park

início de obras

Recife - Jardim São Paulo

57 m2, 3 Qts / 1 St,1 vagaPrev. de entrega: Fev/11

Torres da Liberdade - Vivex

início de obras

Recife - Av. Boa Viagem

20 a 68 m2, 1 e 2 Qts,1 vagaPrev. de entrega: -

Beach Class Executive

início de obras

Recife - Setúbal

69 m2, 2 Qts / 1 St,1 vaga

Vanda Mota

Lançamento

Recife - Casa Forte

156 m2, 4 Qts / 2 Sts,2 vagasPrev. de entrega: Fev/12

Engenho Guimarães

fundação

Natal - Petrópolis

214 m2, 4 Qts / 4 Sts,3 vagasPrev. de entrega: Jun/11

Soneto Potengi

início de obras

Natal - Capim Macio

56 a 86 m2, 2 Qts / 1 St,1 vagaPrev. de entrega: Out/10

Alameda Capim Macio

fundação

Fortaleza - Meireles

56 a 118 m2, 1 e 3 Qts /1 e 2 Sts, 1 e 2 vagasPrev. de entrega: Jun/11

Beach Class Colonial

início de obras

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64 PLURAL

Page 65: Revista Plural - Edição 18

ResUmo

01 Engenho Madalena | Recife - Madalena 200 4 Qts / 4 Sts 03 Entregue

02 Reginaldo Araújo | Recife - Av. Boa Viagem 241 4 Qts / 4 Sts 03 Entregue

03 Antônio Espíndola | Recife - Rosarinho 150 4 Qts / 2 Sts 02 Jan/09

04 Morada dos Navegantes | Recife - Boa Viagem 94/95/103 3 Qts / 2 Sts 02 Jun/09

05 Joanna Dhália | Recife - Boa Viagem 157 / 167 4 Qts / 4 Sts 02 e 03 Ago/09

06 Brennand Plaza | Recife - Av. Boa Viagem 412 4 Qts / 4 Sts 05 Set/09

07 Píer Maurício de Nassau | Recife - São José 247 4 Qts / 4 Sts 03 Set/09

08 Píer Duarte Coelho | Recife - São José 247 4 Qts / 4 Sts 03 Set/09

09 Alice Queiroz | Recife - Rosarinho 132 4 Qts / 2 Sts 02 Nov/09

10 Alameda dos Pinheiros | Recife - Boa Viagem 173 4 Qts / 2 Sts 02 e 03 Dez/09

11 Maria Júlia | Recife - Pina 118 3 Qts / 1 St 02 Fev/10

12 Parque Avenida | Recife - Av. Boa Viagem 119/124 3 Qts / 1 St 02 Fev/10

13 A. Trajano | Recife - Av. Boa Viagem 233 4 Qts / 4 Sts 03 Mai/10

14 Clarice Roma | Recife - Boa Viagem 101 3 Qts / 1 St 02 Jun/10

15 Mar Azul | Recife - Av. Boa Viagem 237 4 Qts / 4 St 03 e 04 Ago/10

16 Zezé Cardoso | Recife - Boa Viagem 81 3 Qts / 1 St 02 Set/10

17 Casa Rosada | Recife - Rosarinho 177 4 Qts / 4 Sts 03 Set/10

18 Alameda Capim Macio | Natal - Capim Macio 56 / 86 2 Qts / 1 St 01 Out/10

19 Engenho Casa Forte | Recife - Casa Forte 105 3 Qts / 1 St 02 Out/10

20 Hilson de Azevedo Mota | Recife - Setúbal 164 4 Qts / 2 St 03 Nov/10

21 Beach Class International | Recife - Boa Viagem 38/51/53/103 1Qt / 1 St - Nov/10

22 Hanna Safieh | Natal - Petrópolis 55 / 82 2 ou 3 Qts / 1 St 01 e 02 Dez/10

23 Life | Natal - Tirol 85 / 108 3 Qts/1 St e 3 Sts 02 Dez/10

24 Empresarial Jopin | Recife - Pina 281/289 - 08 Jan/11

25 Antônio Pereira | Recife - Boa Viagem 154 4 Qts / 2 St 03 Jan/11

26 Torres da Liberdade - Vivex| Recife - Jardim São Paulo 57 3 Qts / 1 St 01 Fev/11

27 Adelmar da Costa Carvalho | Recife - Av. Boa Viagem 110 a 277 3 e 4 St 02/03/04 Mai/11

28 Jardins do Capibaribe | Recife - Graças 185 4 Qts / 2 Sts 03 Jun/11

29 Enseada do Mar | Recife - Pina 160 4 Qts / 2 Sts 02 e 03 Jun/11

30 Beach Class Colonial | Fortaleza - Meireles 56 a 118 1/3 Qts / 1/2 Sts 01 e 02 Jun/11

31 Soneto Potengi | Natal - Petrópolis 214 4 Qts / 4 Sts 03 Jun/11

32 Evolution Shopping Park | Recife - Boa Viagem 87 a 170 3 e 4 Qts / 1 a 4 Sts 02 e 03 Jul/11

33 Beach Class Residence | Recife - Av. Boa Viagem 47 a 54 1 e 2 Qts / 1 St 01 Jul/11

34 Beach Class Executive | Recife - Av. Boa Viagem 20 a 68 1 e 2 Qts 01 Jul/11

35 Engenho Guimarães | Recife - Casa Forte 156 4 Qts / 2 St 02 Fev/12

item nome Área (m2)quartos/suítes

Vagasgaragem

Previsãode entrega in

ício

da

s o

bra

s

fun

da

ção

estr

utu

ra

Alv

en

aria

Aca

ba

me

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tre

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co

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«La

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me

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36 Vanda Mota | Recife - Setúbal 69 2 Qts / 1 St 01 -

37 Alameda Imperial | Recife - Monteiro 172 4 Qts / 4 Sts 03 -

38 Antônio Montenegro | Natal - Tirol 150 4 Qts / 2 Sts 03 -

39 Carlos Gondim | Natal - Tirol 112 3 Qts / 2 Sts 02 -

40 Reserva do Horto | Salvador - Horto 180 4 Qts / 4 Sts 04 -

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