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Ano10 • Nº53 • Edição Maio/Junho

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OpiniãoExpediente

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Centro Universitário Salesiano de São PauloChanceler | P. Marco BiaggiReitor | P. Edson Donizetti CastilhoPró-Reitora Acadêmica e de Pesquisa e Pós-Graduação | Profa. Dra. Romane Fortes Santos BernardoPró-Reitor Administrativo | Ms. Nilson LeisPró-Reitora de Extensão e Ação Comunitária | Regina Vazquez Del Rio JantkeCoordenadora de Comunicação e Marketing | Luciana de Almeida Palhete Xavier

Unidades do UNISAL

Americana• Dom Bosco | Rua Dom Bosco, 100,

Santa Catarina. Fone (19) 3471-9700• Maria Auxiliadora | Av. de Cillo, 3.500,

Pq. Novo Mundo. Fone (19) 3471-9700Campinas• Liceu Salesiano | Rua Baronesa Geraldo

de Rezende, 330. Fone (19) 3744-6800• São José | Av. Almeida Garret, 267.

Fone (19) 3744-3000Lorena• São Joaquim | Rua Dom Bosco, 284.

Fone (12) 3159-2033São Paulo• Pio XI | Rua Pio XI, 1.100, Alto da Lapa.

Fone (11) 3649-0200• Santa Teresinha | Rua AugustoTolle, 575,

Santana. Fone (11) 2971-6900

A Revista UNISAL é produzida pela Assessoria de Comunicação do Centro Universitário Salesiano de São Paulo.RedatoresClaudia Massarani, Caroline Petermann, Cássia Fossaluza, Elisangela Limoni e Bete Rabello.

Jornalista responsável e editoraBete Rabello (MTB 15.735)E-mail: [email protected]: (12) 3159-2033, ramal 327RevisãoDenílson Luís dos Santos MoreiraProjeto GráficoRenata Maria MonteiroCapaNatássia Kuraiem de OliveiraProdução GráficaSanna - Gráfica DigitalE-mail: [email protected]: (12) 3105-7482ImpressãoEditora SalesianaE-mail: [email protected]: (11) 3274-4900Tiragem6.500www.unisal.br - 0800 77 12345 Siga o UNISAL: www.twitter.com/unisal

O UNISAL integra as IUS

Participe da Revista UNISAL enviando opiniões e sugestões de temas e de entrevistas para as próximas edições. Procure a equi-pe de Comunicação e Marketing de seu campus ou escreva para [email protected].

rezadas(os) leitoras(es)

Os avanços socioculturais das últimas décadas indicaram a necessidade de novas ênfases nos processos pedagógicos atuados pelas agências e instituições educacionais. Isso se faz ainda mais necessário quando, em nossos dias, muitos adolescentes e jovens revelam posturas de intolerância, violência, preconceito e total desrespeito aos ideais humano-cristãos de igualdade e fraternidade.

A diversidade de pensamento, crença, raça, cultura não pode ser razão suficiente para que as pessoas decretem a impossibilidade da convivência e do diálogo. O espírito salesiano segue acreditando na real capacidade humana de construir a “unidade na diversidade”.

O UNISAL, atento às demandas advindas dos contextos em que está inserido e consciente de sua missão acadêmico-universitária, acredita que há, entre tantos ou-tros, um urgente itinerário educativo a ser percorrido em vista do fortalecimento:

– de uma nova consciência ecoambiental que estabeleça robustas e saudá-veis formas de relação com a criação, dom de Deus, e favoreça a construção de ambien-tes que estimulem válidos processos de valoração, reconhecendo os valores do diálogo, da fraternidade, do respeito, e consolidando atitudes de tolerância e abertura para a diversidade.

O tema da Campanha da Fraternidade 2011 estabelece justamente este forte apelo: “A criação geme em dores de parto!” (Rm 8,22). O tema geral: “Fraternidade e a Vida no Planeta”. É preciso uma corajosa decisão pessoal e comunitária que nos distancie de atitudes e posturas que sejam de agressão à Terra. Mais urgente é o aprendizado que nos leve a escutar, compreender e responder ao grito da Terra! Escutar auricularmen-te, cordialmente e, sobretudo, corajosamente!

– de uma nova consciência comunitária que, reconhecendo o contexto de pluralismo cultural, acredite na instigante e necessária postura pedagógica que orienta para o reconhecimento das identidades. Um autêntico pluralismo reclama, natural-mente, percursos que explicitem, livre e profundamente, os valores identitários das pessoas e/ou instituições envolvidas. Educar para a convivialidade, embora seja cri-tério pedagógico consagrado em quase todas as escolas e experiências pedagógicas ao longo dos séculos, apresenta-se, em nossos tempos, como desafio dos mais urgentes.

– de uma nova consciência espiritual que, acolhendo os autênticos valores humanos, nos recorde a potente dimensão de abertura à transcendência que nos en-volve como seres espirituais, criados à imagem e semelhança do criador. É dado de fé, dom precioso de um Deus infinitamente amoroso que não violenta os corações huma-nos, que nos abre à possibilidade de acreditarmos no valor do perdão, da misericórdia, da restauração das relações..., leva-nos, inclusive, à libertadora experiência de nos re-conciliar com o nosso passado!

Que as comunidades educativas “unisalianas”, nas várias Unidades e campi, esti-mulem a criação de ricos ambientes pedagógicos, em que respeito e tolerância, respon-sabilidade e diálogo, reconhecimento das identidades diversas, sejam posturas cotidia-nas, reflexo da presença de pessoas maduras e dispostas a reconhecer no rosto do “ou-tro” a mesma dignidade humana capaz de nos fazer acreditar no sonho-possibilidade de uma fraternidade universal.

Bom fim de semestre! Que todos possam colher abundantes e duradouros frutos acadêmicos, frutos de esforços realizados e de empenhos responsavelmente atuados.

Prof. Dr. P. Edson Donizetti CastilhoReitor

EDUCAR PARA A CONVIVIALIDADE

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14 e 15 PESQUISA

Tráfico de pessoas em debate

16 e 17 ESTUDEI NO UNISAL “Teologia me deu as bases para exercer minha missão”

18 EXTENSÃO E AçÃO COmUNITáRIA Educação para os Direitos Humanos

8 a 10 FATOS DOS CAmPI

Uniexpo recebe mais de 3 mil alunos

13 NOSSOS CURSOS

Psicologia: novas oportunidades

sumário

Institucional

UNISAL ObTém CONCEITO 4 NO RECREDENCIAmENTO DO mEC

Pró-reitora Acadêmica destaca importância da avaliação

É com alegria e, ao mesmo tempo, um espírito de dever cum-prido que informo, em nome da Reitoria, que o UNISAL – Cen-tro Universitário Salesiano de São Paulo recebeu a visita da Co-missão Avaliativa do Ministério da Educação – MEC, no último mês de maio, e obteve Conceito 4 (muito bom), em uma escala de 1 a 5.

Esse processo avaliativo signi-ficou uma ampla e consistente análise, por parte do MEC, de todos os procedimentos internos do UNISAL e incluiu não somente questões relacionadas à organi-zação didático-pedagógica como também relativas à organização administrativa e financeira de nossa Instituição, englobando as dez dimensões que constituem o Instrumento de Avaliação das Ins-tituições de Ensino Superior, den-tre as quais se destacaram o PPI – Projeto Pedagógico Institucio-nal; as Políticas Organizacionais; a Sustentabilidade Financeira da Instituição; a Responsabilidade

Social; dentre outras. (O Instru-mento Avaliativo de Avaliação Ex-terna encontra-se disponível para consulta pública no Portal da Edu-cação do MEC: www.mec.gov.br).

Para nós, membros da Reitoria, cumpre comunicar amplamente para a comunidade universitária do UNISAL o excelente resultado alcançado, sem deixar de res-saltar nossos mais sinceros agradecimentos a todos que, de forma direta ou indireta, cooperaram para que esse re-sultado tenha sido possível.

Nossa gratidão se estende ao corpo gestor; técnico-administra-tivo; docentes; discentes, que, em conjunto, com comprometimento, dedicação e espíritos permanen-temente voluntariosos tornaram possível este resultado positivo, o que, além de recredenciar nossa Instituição como Centro Universi-tário, nos incentiva e alegra para que continuemos a trilhar o caminho do “educar com res-ponsabilidade”, além de ra-tificar a importância de um

trabalho com foco em resul-tados qualitativos, enfim, o educar como Missão.

Gostaria de finalizar ressaltan-do o compromisso da Reitoria com a qualidade, a inclusão social, o “educar” com serieda-de e o fiel cumprimento das me-tas institucionais qualitativas e quantitativas constantes no nosso PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional, mas, sempre, com o espírito vivo de Dom Bosco a nos inspirar e de Nossa Senhora Auxi-liadora a nos proteger e delinear caminhos sábios e promissores.

Sabemos que o caminho mui-tas vezes é árduo, mas que trilhar este caminho nos desafia a fazer-mos sempre o melhor em prol do maior número possível de jovens e que assim seja! Esta é a grande dádiva de se trabalhar com educa-ção... Avante!

Com estima e gratidãoProfa. Dra. Romane

Fortes BernardoPró-Reitora Acadêmica

4 GRADUAçÃO Movimentos sociais e cidadania

5 SOU UNISAL Aluna da Idade Ativa tem novos desafios

6 e 7 ENTREVISTA

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Graduação

TEOLOGIA LANçA GUIA PARA TRAbALhOS ACADêmICOS

IV FóRUm INTERDISCIPLINAR DEbATE SObRE mOVImENTOS SOCIAIS

“Movimentos Sociais: influências sociais, políticas e econômicas” foi o tema do IV Fórum Interdisciplinar promovido pelo UNISAL Santa Te-resinha, SP, dia 27/4. A palestrante

convidada foi a Profa. Maria da Glória Gohn, da Unicamp, Uninove e autora de 16 livros sobre o tema.

Maria da Glória destacou questões ligadas à área da Educação não for-

mal, movimentos sociais, redes soli-dárias do Terceiro Setor, cidadania e políticas sociais. Esses movimentos, afirmou, continuam ativos e têm-se apresentado sob novas formas, que consideram as profundas mudanças culturais e sociais das últimas déca-das.

Ela lembrou que, na concepção do sociólogo Alain Tourraine, “os mo-vimentos sociais são o pulsar da so-ciedade”. Portanto, se queremos co-nhecer profundamente nosso país, é necessário observar como as pessoas se organizam em movimentos que rei-vindicam cidadania plena e cuja força é capaz de modificar a sociedade.

Estiveram presentes no evento a Pró-Reitora de Extensão e Ação Co-munitária Regina Jantke e o Diretor de Operações Silvio Guarde.

O tema, da forma como foi apre-sentado, possibilita ao aluno compre-ender a dinâmica da sociedade a par-tir de outros paradigmas, em especial daqueles que brotam das forças não institucionalizadas da sociedade, des-tacou o Diretor Silvio Guarde.

ENGENhARIA E PSICOLOGIA RECEbEm NOTA 4 DO mEC

A Unidade Pio XI do UNISAL, SP, lançou o “Guia para a Elaboração de Trabalhos Acadêmicos do Curso de Teologia”, que substitui o antigo “Ma-nual de Normas”. O guia atende às ne-cessidades e às sugestões apresenta-das pelos docentes e discentes do Pio XI, e apresenta múltiplos exemplos de como aplicar a normativa da ABNT na realidade específica do Curso de Teo-logia.

Com a publicação do Guia, foi criada uma equipe de monitores vo-luntários das quatro séries do Curso para esclarecer dúvidas pontuais na

elaboração dos trabalhos. Os monito-res são:

– Gillianno José Mazzetto de Cas-tro, Marcelo de Oliveira Pereira (1o ano);

– Anderson Desangiacomo de Souza, Hélio Espinula Soares Pinto (2o ano);

– Jonatas Rodrigues da Silva, Lu-cas Rodrigo da Silva, Roney Soares de Souza (3o ano);

– Gustavo Barbiero Mello (moni-tor e responsável pela Equipe), Rafael Zanata Albertini (4o ano).A diretora de Operações

Profa. Elza Helena de Abreu e os monitores

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O Curso de Engenharia Elétrica – Telecomunicação – da Unidade São José, Campinas, e o curso de Psico- logia de Americana receberam con-ceito 4 (o maior conceito é 5) do Ministério da Educação no processo de reconhecimento.

O resultado da avaliação foi co-

memorado nas duas Unidades. Os avaliadores do MEC observaram o conteúdo curricular, atuação da coordenação, experiências acadê-micas e atuação do corpo docente no mercado, acervo das bibliotecas, infraestrutura, entre outros aspectos.

O corpo docente dos dois cursos

obteve a nota máxima, 5, o que reflete um rigoroso cumprimento das metas qualitativas do UNISAL.

Os cursos do UNISAL têm-se destacado e sido considerados como referência para empresas e profis- sionais de sua região de inserção.

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Profa. Maria da Glória disse que os movimentos sociais podem modificar a sociedade

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Sou UNISAL

DE VOLTA AOS ESTUDOS. AbERTA AOS DESAFIOS.

COORDENADOR é ELEITO CONTAbILISTA DO ANO

EX-ALUNOS APROVADOS Em CONCURSO PARA PROmOTOR

Angela Lucena decide encarar novos desafios no curso de Pedagogia

Dois ex-alunos do curso de Di-reito de Lorena, um deles professor da Unidade, foram aprovados no concurso número 87 do Ministério Público do Estado de São Paulo. São eles o professor Gianfranco Sil-va Caruso, formado em 2004, e Va-nessa Therezinha Sousa de Almei-

da, da turma de 2006. Gianfranco foi aprovado em 11o lugar e Vanessa em 36o.

Eles foram empossados no car-go de Promotor de Justiça em so-lenidade realizada no dia 31/3, na Faculdade de Direito da USP, e já assumiram suas funções.

Depois de anos fora da escola, a dona de casa Angela Maria Estodultto de Lucena decidiu retomar os estu-dos e encher sua vida de novos com-promissos, amigos e desafios. Voltou para a sala de aula no Programa Idade Ativa do UNISAL Santa Teresinha, São Paulo, e hoje é aluna do curso de Pedagogia da mesma Unidade.

Aos 59 anos, casada, mãe de dois filhos, essa sul-matogrossense de Co-rumbá, que adotou São Paulo há cerca de 37 anos, encara a decisão de fazer um curso superior como um grande desafio, “pois estava há muito tempo sem estudar e agora surgiu essa opor-tunidade. Estou me esforçando muito para adquirir o ritmo necessário que me permita acompanhar as aulas e ob-ter um bom aproveitamento”, afirmou.

Angela conta que o desejo de ser pedagoga surgiu durante o Programa Idade Ativa: “O Programa Idade Ati-va foi muito importante porque foi o meu retorno a uma sala de aula, vi-venciando aquele ambiente de estudo do qual eu estava afastada há muito tempo. Foi importante também pela convivência com as colegas e os pro-fessores, retomando o contato com a educação, que despertou em mim o desejo de fazer um curso regular. Já que estava aqui, me perguntei por que não aproveitar e fazer um curso supe-rior, que vai me dar a oportunidade de aprender e trabalhar na área?”

Já decidida e incentivada pelos professores e colegas, Angela mergu-lhou nos estudos e pretende trabalhar na área de Pedagogia, “o que também vai ser um grande desafio para mim”.

“Como estudei em Colégio Salesiano, achei que

estava no lugar certo e na hora certa para

retomar meus estudos na área de educação em

uma Instituição Salesiana. Conheço a seriedade

e honestidade com que a Instituição encara o tema educação.”

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A futura pedagoga gosta de se manter atualizada por meio das lei-turas de jornais e revistas, e não des-cuida da saúde, dedicando-se a ativi-

dades físicas diárias. Como diz, as ca-minhadas e os exercícios na academia são para manter a forma e dar “pique para enfrentar o ritmo da faculdade”.

O coordenador do curso de Ciên-cias Contábeis do UNISAL Ameri-cana, André Roberto Cillo, foi eleito Contabilista Emérito do Ano de 2011 em Piracicaba. A eleição é feita pelos associados do Sindicato dos Contabi-listas de Piracicaba e Região.

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Entrevista

De uns anos para cá, ouve-se muito falar em bullying, talvez um modismo pela nova palavra no vocabulário po-pular, mas um ato muito antigo e que causa danos morais, algumas vezes irrecuperáveis. Bullying é a ação de moles-tar constantemente, por atos, palavras, agressões físicas ou psicológicas uma mesma pessoa ou um mesmo grupo de pessoas. Este ato acontece sempre em pares (da mesma hierarquia).

Uma das grandes preocupações é que muitos relatos apresentam que o bully (quem comete) copia modelos pró-ximos, ou seja, há pais ou pessoas próximas que são precon-ceituosos e/ou agressivos e acabam trazendo essa visão de mundo para seu contexto na sociedade. A aluna Nara Barcellos, do curso de Pedagogia da Unida-

de de Americana, desenvolve um trabalho sobre o tema em uma das disciplinas do curso e relata que uma das coisas que mais lhe chamou a atenção foi que as crenças culturais da sociedade influenciam no bullying.“Um exemplo é nossa sociedade patriarcal, que incentiva

os meninos a serem durões. Já nossa sociedade consumista incentiva as meninas a valorizar mais o ter do que o ser”, comentou.

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O bullying se manifesta mais comumente por meio de ameaça ou violência física e/ou verbal, apelidos pejorati-vos, extorsão, divulgar rumo-res maliciosos, exclusão so-cial e, hoje, muito comum por meio das redes sociais.

Para a estudante de Pe-dagogia e estagiária em uma creche municipal, Tatiana Brauna, a criança que prati-ca o bullying na escola vê sua agressividade como qualidade e geralmente é bem aceito pe-los colegas.

Para responder a essas questões e auxiliar os educa-dores diante desse problema, a Revista UNISAL conver-sou com a professora Maria Luisa Bissoto (Malu), do UNI-SAL Americana. Ela é douto-ra em filosofia da educação, coordenadora do Apprendere – Núcleo de Estudos e Pes-quisa em Educação, Cognição e Aprendizagem.

Revista UNISAL: Como se identifica que uma pessoa está sofrendo bullying?

Professora Maria Lui-sa: Haverá alterações no comportamento. No caso do bullying escolar, a pessoa pode mostrar rejeição à esco-la, queixar-se de isolamento social, apresentar queda no rendimento escolar, mostrar-se estressada, irritada, an-siosa, agressiva com crianças menores ou fisicamente mais fracas, autoestima baixa, pode desenvolver sintomas físicos, como dores de cabeça ou estômago, mudar hábitos alimentares ou de sono, apre-sentar sinais inexplicáveis de violência física, recusar con-

RU: Qual o estereótipo de quem sofre com isso?

Profa. Malu: A pessoa que sofre bullying pode car-regar as consequências da violência vivida pelo resto da vida, com sentimentos de in-ferioridade, medo, inseguran-ça ou de “revide”. Pode tam-bém vir a tornar-se um bully. Muitas vítimas de bullying desenvolvem pensamentos suicidas. O bully, por sua vez, mostra possibilidades au-mentadas de envolvimento com o uso de drogas, roubos e outras situações de conflito com a lei. As testemunhas do bullying podem mostrar-se igualmente afetadas.

RU: Como o educador pode contribuir para ini-bir esses acontecimen-tos?

Profa. Malu: 1. Redu-zir as tensões no ambiente escolar ou profissional. Es-colas com maiores níveis de bullying são também aquelas com mais rodízio de professo-res, maior volume de profes-sores afastados por doença e que se mostram mais insatis-feitos com a profissão.

2. Adotar medidas efeti-vas, firmes e claras contra o bullying. É preciso deixar evidenciado que atitudes de coerção não serão toleradas nem ao menos no plano da “brincadeira”.

3. Criar canais de comu-nicação entre os alunos, pro-fessores e a direção, de forma que casos de bullying possam ser denunciados.

4. Criar um clima acolhe-dor, no qual todos se sintam pertencentes: alunos, profes-sores e famílias.

versas sobre o cotidiano esco-lar, dentre outros.

RU: E como identificar uma pessoa que esteja praticando bullying?

Profa. Malu: A sepa-ração entre quem comete e quem sofre nem sempre é fá-cil de ser feita, pois, em vários casos, a vitimização é uma forma de cometer bullying. O bully (quem comete o bullying) geralmente é uma pessoa fisicamente mais forte, que “arregimenta” colabora-dores pelo medo, mostra di-ficuldade em seguir as regras do ambiente escolar e procura formas de aumentar o seu po-der sobre os demais. Muitas vezes o bully não se mostra consciente de que suas ações estão sendo abusivas ou pre-judiciais ao outro.

RU: Você acredita que quem comete bullying traz essa atitude de den-tro de casa, ou seja, copia modelo?

Profa. Malu: É uma pos-sibilidade, a pessoa pode ter aprendido, através de modelos familiares, a impor-se somente por meio da coerção. Pais ou responsáveis extremamente autoritários ou, inversamente, muito permissivos, se mostram muitas vezes associados àque-les que cometem o bullying. Contudo, igualmente determi-nantes para o bullying são os papéis que os gestores escola-res e os professores assumem nesse contexto. O bullying emerge e se estabelece em con-textos de discriminação social, muitas vezes mantidos ou, de alguma forma, permitidos pe-los adultos responsáveis pela instituição escolar.

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Fatos dos campi

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LICEU PROmOVE ATENDImENTO JURíDICO

DIREITO ESTUDA TRAGéDIA Em ESCOLA DO RJ

ALUNOS DE PUbLICIDADE E PROPAGANDA APRESENTAm TRAbALhOS NO INTERCOm SUDESTE

Três alunos do curso de Publicida-de e Propaganda da Unidade de Ame-ricana apresentaram trabalhos no XVI Congresso de Ciências da Comunica-ção da Região Sudeste, realizado de 12 a 14/5 em São Paulo. O congresso foi promovido pela Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplina-res da Comunicação e Fundação Esco-la de Comércio Álvares Penteado.

Leonardo Ferrari apresentou a campanha de divulgação da Sema-na de Publicidade e Propaganda do UNISAL em 2010; Hugo Leonardo Bernardinelli Corrêa expôs o traba-lho Close Up White Now e Henrique Marques Furlan apresentou o traba-lho Sorvetes Skimoni.

“Ficamos honrados pelos nossos alunos. Foram duas campanhas com-

O projeto “Direito na Comunida-de”, do curso de Direito da Unidade Liceu Salesiano, Campinas, atendeu várias famílias da comunidade no dia 30/4 e fará novos atendimentos em agosto. O projeto é destinado ao aten-dimento jurídico de famílias ligadas à Obra Social São João Bosco e outras da comunidade Vida Nova.

As especialidades procuradas para atendimento e esclarecimentos estão ligadas ao Direito da Família, tais como: pensão alimentícia; divórcio e separação; modificação da guarda; regulamentação de visitas e adoção, entre outras.

No Liceu, o serviço atende ao pú-blico de 4a a 6a-feira, das 13h às 17h.

O SAJU (Serviço de Apoio Jurídico UNISAL) tem como objetivo a pres-tação de serviços jurídicos gratuitos à comunidade carente (com renda familiar inferior a três salários míni-mos) de Campinas. Dois advogados e oito estagiários, alunos do curso de Direito da Unidade, fazem o atendi-mento da população.

O curso de Direito de Lorena reu-niu, no dia 19/4, alunos, ex-alunos e professores para uma “Análise In-

terdisciplinar do Caso da Escola de Realengo, no Rio de Janeiro”. A tra-gédia na escola, em que 12 estudantes foram assassinados, foi analisada em seus aspectos jurídico e filosófico pe-los professores Paulo César da Silva, de Filosofia, e Luis Fernando Chacon, Eduardo Cabette, Luzia Ragazini e Thalita Dias, do curso de Direito.

O prof. Paulo César questionou os valores que estão sendo transmitidos pela mídia, a banalização da violência, o desrespeito ao próximo, que acabam levando a reações extremas como a que ocorreu no Rio de Janeiro.

Os professores alertaram para a gravidade do bullying e observaram

que diretores, professores, juízes e pais não estão preparados para en-frentar esse problema. Um dos alunos presentes, Luiz Celso Colombo, do 3o ano A de Direito, elogiou a “aula es-pecial”, que permitiu uma revisão e fixação dos conceitos de direito civil e penal.

Outro debate sobre o tema, intitu-lado “Deveres da Escola, Direitos da Juventude: o caso de Realengo”, foi realizado no dia 17/5, pelo Centro de Extensão e Observatório de Violências nas Escolas, com o objetivo de debater com os alunos os aspectos psicológi-cos, pedagógicos e jurídicos do caso.

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pletas e uma fotografia, e essa classi-ficação é muito importante, pois figu-ramos entre os melhores trabalhos acadêmicos da região sudeste”, en-fatizou o coordenador do curso, pro-fessor Paulo Sérgio Tomaziello, que acompanhou os alunos nas apresen-tações junto com a professora Daniela Regina da Silva.

O bRASIL DA INDEPENDêNCIA E mERCADO DE TRAbALhO Em DEbATE

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loA Unidade de Lorena realizou em abril e junho mais dois encontros do Programa Debates sobre Temas Con-temporâneos. No dia 27/4, o jornalis-ta e escritor Laurentino Gomes, autor dos livros “1808” e “1822”, deu uma aula sobre a Independência do Brasil, seus personagens, motivações, expec-tativas e reflexos no Brasil de hoje.

No dia 1/6, a jornalista Juliana De Mari, Diretora de Redação da Re-vista Você S/A, falou sobre o tema

“Você e o Mercado de Trabalho”. Ela estava acompanhada do estudante de jornalismo Lucas Rossi, estagiário da revista e responsável pelas mídias sociais e pelo blog Estagiário Y. Julia-na apresentou uma visão otimista do mercado, que nunca esteve tão aque-cido, com inúmeras oportunidades de trabalho, e Lucas deu várias dicas aos estudantes sobre a preparação para o mercado de trabalho.

No teatro São Joaquim, Unidade de Lorena, o jornalista Laurentino Gomes apresenta detalhes da sua pesquisa sobre a Independência do Brasil

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PROFESSORES RELATAm EXPERIêNCIAS NO PROJETO “hISTóRIAS QUE DÃO CERTO”

PIO XI REALIzA COLóQUIO SObRE A VIDA CONSAGRADA

SUPLICy DEFENDE O PROGRAmA RENDA míNImA Em AmERICANA

LICENCIATURAS REFLETEm SObRE A VALORIzAçÃO DO PROFESSOR

A Semana das Licenciaturas do UNISAL Lorena, realizada de 11 a 13/5, envolveu os alunos de Filosofia, História, Matemática, Pedagogia e Psicologia na reflexão e discussão sobre a valorização do professor.

O tema da Semana foi “Vale muito ser professor” e a palestra de abertura foi proferida pelo pro-fessor Nilbo Nogueira, doutor em educação pela PUC-SP.

Ele apresentou várias dicas para uma boa aula e contou que o segredo para o professor que quer ser bem lembrado por seus alunos é trabalhar com afetividade. Res-peitar os sentimentos dos alunos e estimular que manifestem seus sentimentos fazem muita diferen-ça no relacionamento e no apren-dizado, para Nilbo Nogueira.

Além de palestras, a Semana das Licenciaturas contou com di-versas oficinas, minicursos e mesa-redonda.

O Curso de História da Unidade de Lorena recebeu, no dia 16/5, profes-sores de escolas públicas da região no Projeto “Histórias que dão certo”. Os professores de História e de Geografia Marco Antonio Duarte, Cláudio Costa e Rogério Ribeiro (ex-alunos do UNI-SAL) e ainda Antonio Felipe Silva e Clarinda apresentaram aos alunos os projetos que criaram para dar aulas criativas e de qualidade.

A coordenadora dos cursos de His-tória e de Geografia, Elisa Regina Tor-

quato Salles, explica que o objetivo do Projeto “Histórias que dão certo” foi demonstrar aos alunos práticas do-centes inovadoras e compatíveis com as diretrizes curriculares atuais e, ao mesmo tempo, promover e valorizar a profissão de professor.

Os alunos do 3o ano do curso de Pedagogia também participaram da apresentação do projeto, que poderá ser estendido aos demais cursos de li-cenciatura. Profa. Elisa na apresentação

do “Histórias que dão certo”

Estudantes, professores, religiosos, entre outros interessados, participa-ram, nas manhãs dos dias 2 e 3/5, do Colloquium “A Vida Consagrada hoje: do desencantamento à verdade”, evento promovido pelo campus Pio XI do UNI-SAL São Paulo.

A discussão foi coordenada pela Irmã Margaret Eletta Guider, doutora em Teologia pela Harvard University, professora de Teologia no Boston Col-lege e vice-geral da Congregação das Ir-mãs Franciscanas de Maria Imaculada.

Segundo Renato Tarcísio Rocha, aluno do 2o ano de Teologia, “a pedra de toque na discussão foi o questiona-mento sobre o sentido da Vida Religiosa no hoje e no amanhã. Os trabalhos não se basearam em fatos específicos ou

em levantamentos numéricos, mas na consideração ou relevância da validade permanente dessa forma de vida para a atualidade e para o futuro. A Vida Re-ligiosa deve ser pensada a partir da re-construção cotidiana da confiança na própria Vida Religiosa ou Consagrada”.

Prof. Nilbo Nogueira: “Como quero ser lembrado pelos meus alunos?”

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O senador Eduardo Matarazzo Su-plicy, do PT, esteve no UNISAL Ameri-cana, no dia 18/4, para proferir palestra sobre Renda Mínima de Cidadania. O

evento, promovido pelo curso de Servi-ço Social, contou com a participação de alunos de Pedagogia, Psicologia e Direi-to, e foi aberto à comunidade.

Os integrantes da mesa oficial foram o diretor de operações Anderson Barbo-sa, o deputado estadual Antonio Men-tor, o prefeito de Santa Bárbara d´Oeste Mario Heins, os vereadores de America-na Celzo Zoppi e Adelino Leal e a profa. do curso de Serviço Social Terezinha Rondelli. A Pró-Reitora de Extensão e Ação Comunitária do UNISAL Regina Vazquez Del Rio Jantke também esteve presente.

O senador falou por mais de duas horas para um público interessado em sua trajetória de vida política e no seu principal projeto, o Programa Renda Básica de Cidadania, que foi sancionado como Lei.

O senador Suplicy durante a palestra na Unidade de Americana

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P. Ronaldo, supervisor da Pós-Graduação do Pio XI, e Irmã Margaret

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Fatos dos campi

NPP PROmOVE “SEmINáRIOS INTEGRADORES”

ALUNOS CONhECEm PETROQUímICA

UNIEXPO REúNE ESTUDANTES NA UNIDADE SÃO JOSé

ADmINISTRAçÃO FAz VISITA TéCNICA

à CERVEJARIA

O curso de Administração da Unidade Santa Teresinha promo-veu, dia 7/5, uma visita técnica dos alunos à fábrica da Cervejaria Ba-den Baden, em Campos do Jordão.

O objetivo desse tipo de visita, de acordo com o coordenador Er-nando Melo, é fazer com que o alu-no observe de perto como funciona a empresa desde os processos in-ternos de fabricação até as técnicas de oferta do produto no ponto de venda.

Ao longo de toda a visita, uma monitora mostrou aos alunos as características básicas dos diver-sos tipos de cerveja produzidos e a finalidade da linha de produtos (a quem se destinam).

Alunos da Unidade São José e da ETEC visitaram, dia 3/5, a In-ternacional SABIC Innovative Plas-tics, companhia de manufatura va-riada, atuante na produção/trans-formação de químicos, polímeros industriais, fertilizantes e metais.

A Profa. Dra. Marisa Franzoni considerou a visita um sucesso, do ponto de vista do aproveitamento e aprendizagem dos alunos. Além de palestras, o grupo realizou um tour pela empresa, acompanhado dos profissionais responsáveis de cada setor, conheceu o processo de pro-dução do material plástico de forma detalhada e a operacionalidade das máquinas, campo de grande inte-resse dos alunos dos vários cursos oferecidos na Instituição.

A SABIC (Saudi Basic Industries

Corp), maior companhia pública da Arábia Saudita, é fabricante de plásticos e termoplásticos utiliza-dos pela indústria de automóvel, eletrônicos, saúde e construção civil. No Brasil desde 1987, e em Campinas desde agosto de 2007, é uma das dez maiores indústrias petroquímicas do mundo.

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foto: Arquivo UNISAL

O grupo conheceu todo o processo de produção da cerveja

Alunos do Curso de Pedagogia participaram do Projeto “Seminá-rios Integradores”, realizado pelo NPP (Núcleo de Práticas Pedagógi-cas) da Unidade Santa Teresinha. O principal objetivo do projeto é ampliar a compreensão sobre a atu-ação profissional do pedagogo, sua identidade e o diálogo com diferen-

tes áreas de conhecimento, atuação e pesquisa.

Já foram abordados os temas “Os desafios do profissional de educação infantil na atualidade”, com a Profa. Matilde Scandola, e “O despertar da escuta: uma reflexão sobre a música nas escolas”, apresentado pela Mu-sicista Liliana Maria Bertolini.

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A UNIEXPO, feira de profissões, foi realizada dia 14/5 na Unidade São José, em Campinas, com a presença

profissional de sistemas automotivos e Marketing, entre outros temas.

Além dos estandes de várias uni-versidades, houve atividades práticas no pátio do São José. O Curso de Sis-temas Automotivos do UNISAL expôs um carro elétrico, em parceria com a CPFL, e o Curso de Moda realizou um desfile dos seus alunos.

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lestras sobre Gestão de Projetos, O papel do profissional de automação e controle nas indústrias, Overview do

das instituições de Ensino Supe-rior da região e a participação de mais de três mil alunos do Ensino Médio.

No estande do UNISAL, os alunos esclare-ceram dúvidas com coordenado-res e professores das Unidades de Americana e de Campinas, con-versaram com estudantes de di-reito, engenharia e moda, e parti-ciparam das pa-

Alunas do curso de moda promovem desfile no espaço de atividades práticas

Estudantes visitaram todos os setores da empresa

Os seminários reuniram os alunos de Pedagogia

11revista unisal

Com público estimado em mais de 15 mil leitores, a Revista UNISAL oferece uma oportunidade imperdível de você divulgar sua empresa, seus produtos ou serviços.

Entre em contato conosco e fale com:

André: [email protected], fone (12) 3159 2033 ouGiuliano: [email protected], fone (19) 3471-9719.

Agenda dos cursos

AGENDA

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JULhO30 de junho a 2 de julho – XXV Simpósio de História do Vale do Paraíba – A importância

dos arquivos para pesquisa e o ensino na perspectiva do Século XXI. Realização IEV (Instituto

de Estudos Valeparaibanos) e UNISAL Lorena. Inscrições www.valedoparaiba.com/simposio.

1o – Início das férias dos alunos e professores.

9 – Feriado – Revolução Constitucionalista de 1932, no Estado de São Paulo.

30 – Término das férias.

AGOSTO1o – Início das aulas do 2o semestre letivo.

1o – Aula Inaugural da Filosofia / Lorena.

6 – Congresso Novo Código Processual Civil realizado pelo curso de Direito do Liceu Salesiano, Campinas.

15 – Feriado em Lorena – Dia de Nossa Senhora da Piedade.

16 – Aniversário de Dom Bosco, fundador da Congregação Salesiana.

16 a 19 – Semana Jurídica do Curso de Direito de Lorena. Palestras às 8 horas e às 19 horas.

24 a 26 – I Jornada de Psicologia e Psicologia na Praça – 2011.

Tema: Psicologia em ação – Novos Rumos, Novos Desafios.

25 – V Fórum Interdisciplinar na Unidade Santa Teresinha, São Paulo.

27 – Dia do Psicólogo – Americana.

30 – Debates sobre Temas Contemporâneos na Unidade de Lorena.

31 – “Decida-se”, Unidades Americana e Lorena.

SETEmbRO1o e 2 – I Maratona Integrada de Programação de Computadores das IES

do Vale do Paraíba, na Unidade de Lorena.

7 – Feriado – Independência do Brasil.

9 – Dia do Administrador – Unidades de Americana e de Lorena.

13 – Workshop do curso de Pedagogia de Lorena.

15 – Projeto Itinerários da Filosofia, em Lorena.

19 a 23 – Semana da Administração realizada pelo curso de Administração da Unidade de Lorena.

O Torneio Gerencial será uma das atividades da semana.

20 a 24 – XI Encontro de Educação na Unidade Santa Teresinha, São Paulo.

21 – Dia da Árvore – Engenharia Ambiental – Americana.

22 e 24 – Seminário da Prática – Serviço Social – Americana.

23 – Maratona de Programação do Curso de Ciência da Computação, Lorena.

28 a 30 – Semana da Computação, Lorena.

29 e 30 – I Olimpíada interna da Matemática na Unidade de Lorena.

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Artigofoto: Arquivo pessoal

Fábio José Garcia dos Reis

Diretor de Operações do UNISAL – Unidade de Lorena, doutor em história social pela USP, supervisor do curso de Gestão Universitária do UNISAL, Visiting Scholar no Centro Internacional de Educação Superior do Boston College e responsável pelo blog www.fabiogarciareis.com

FORmAçÃO DOS ESTUDANTES: “NOVOS” DESAFIOS PARA

AUmENTAR A EmPREGAbILIDADEuando somos adolescentes, a escola e a família querem saber qual será a nossa opção profissional. Fazer a opção correta não significa sucesso profissional. Gostar do curso que frequentamos não garante empregabili-dade. Estudar em uma faculdade reconhecida pela sociedade e pelos em-

pregadores não significa emprego garantido. Nos últimos anos, tenho conversado com diversos executivos de sucesso com o

objetivo de entender o perfil de profissional que desejam contratar. A surpresa: bus-ca-se uma pessoa com valores éticos e com atitude cidadã, capaz de conviver com as diferenças culturais e com adversidades. Busca-se uma pessoa que tenha uma postura social e que tenha compromisso com a sustentabilidade do meio ambiente.

Já faz um bom tempo que as competências pessoais são valorizadas em proces-sos de seleção. O problema é que os estudantes e os recém-formados, de modo geral, não percebem que as exigências dos empregadores em relação ao perfil profissional modificaram-se nos últimos anos. Atitudes individualistas e que demonstram falta de respeito e de ética para com o colega de trabalho são consideradas inaceitáveis.

Os empregadores também buscam pessoas capazes com capacidade de comu-nicação. Já ouvi de um diretor de empresa que ele devolveu um relatório porque o engenheiro não conseguia expressar, via escrita, o que pensava. Já ouvi juízes e promotores criticarem pareceres de advogados, já ouvi diretores de escolas preocu-pados com a falta de capacidade de comunicação dos professores.

Sobre a comunicação, ela deve ser lembrada em língua es-trangeira. As empresas globais querem profissionais que se ex-pressem em português e que saibam, no mínimo, o inglês. Como seremos profissionais globais sem conseguir se comunicar?

Em minhas conversas com empregadores das mais diversas áreas, é unânime a expectativa de contratarem pessoas empre-endedoras. Eles querem pessoas que fazem a diferença, com pro-postas, atitudes, ideias e ações colaborativas.

Recentemente conversei com um diretor de uma multinacio-nal da área de química. Ele relatou duas situações interessantes. A primeira, é que estava observando os estagiários e percebeu que alguns possuem atitudes que se destacam. São estagiários que apresentam propostas, que fazem pergunta e que se colocam à disposição para compor equipes de trabalho. A segunda, é que a empresa fez uma seleção de engenheiros para compor uma equi-pe que vai liderar um investimento em torno de 500 milhões de euros. Como o investimento requer mobilidade internacional, o requisito básico é o conhecimento do inglês. Ele disse que enge-nheiros bem preparados tecnicamente, mas que não tinham a ati-tude empreendedora e que não sabiam o inglês perderam a opor-tunidade de serem promovidos e convidados para o novo projeto.

É necessário que todo estudante do Ensino Superior tenha um plano de carreira e desenhe o perfil de profissional que busca ser, e mesmo, em que lugar quer trabalhar.

Estudante, você quer ser empregado de uma organização local e com poucas perspectivas de crescimento profissional ou quer escolher as melhores opções de emprego? Pense: eu quero ser um empreendedor que fará a diferença na organiza-ção ou não? Eu quero ter meu próprio negócio?

Cabe a cada estudante fazer a opção correta em sua vida para, ao terminar a faculdade, ter alta empregabilidade. Não basta passar alguns anos na sala de aula e conseguir o diploma. As empresas não querem contratar apenas uma pessoa com diploma.

A formação técnica uma boa faculdade pode oferecer. Uma formação pessoal, ética, cidadã e empreendedora, aliada à sólida formação técnica, acontecerá em uma faculdade com identidade e valores humanos e cristãos.

O UNISAL oferece isso. De toda forma, o resultado final depende de você, caro estudante. É você que pode fazer a diferença. Afinal, qual vai ser a sua obra, no final do curso de graduação?

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Nossos cursos

A Psicologia é uma área que atrai muitos interessados em conhecer com profundida-de o ser humano. O UNISAL

oferece esse curso em suas Unidades de Americana e de Lorena. Nesta últi-ma, o curso já tem 40 anos, tendo sido o segundo do Estado de São Paulo e o primeiro do Vale do Paraíba. O curso de Americana é mais recente, foi instalado em 2006.

Ao definir o que é Psicologia, o Professor João Carlos Caselli Messias, coordenador do curso de Americana, explica que “é uma ciência que busca compreender o fenômeno humano em sua amplitude, propondo intervenções em diferenciadas áreas de atuação pro-fissional com o propósito de promover o desenvolvimento e a saúde”.

No UNISAL, o curso de Psicologia tem duração de 10 semestres e é ofere-cido no período noturno. Nos primeiros semestres há disciplinas teóricas e prá-ticas nos diferentes laboratórios, e os estágios são realizados a partir do quin-to semestre.

Como diferenciais do curso, a coor-denadora em Lorena, Professora Rosa-na Pena, destaca os convênios com mais de 160 instituições e empresas para estágios; o SPA (Serviço de Psicologia Aplicada) espaço para atendimento da população; a Brinquedoteca Psicopeda-gógica, que faz atendimento, pesquisa e extensão; e as estrelas recebidas pelo Guia Abril Melhores Universidades.

Os dois coordenadores observam ainda a alta qualidade do corpo docen-te, formado por mestres e doutores, e sempre muito bem avaliado pelo Minis-tério da Educação.

O Professor João Carlos revela que a missão do curso de Psicologia é “formar profissionais diferenciados não apenas nos aspectos técnicos, mas também na sensibilidade e interesse genuíno pelas reais necessidades psicológicas da so-ciedade na qual vivemos”.

PSICOLOGIA: PROFISSIONAL ENCONTRA

DIFERENTES áREAS DE ATUAçÃO Em Um mERCADO CRESCENTE

mERCADO DE TRAbALhO

De uns anos para cá, amplia-ram-se muito as áreas de atuação do psicólogo, que pode trabalhar em consultórios, hospitais, cen-tros de saúde, escolas, empresas, consultorias, ONGs, entidades sociais, poder público, esporte e trânsito, entre vários outros setores que demandam relações entre as pessoas. Assim, o mer-cado de trabalho vem crescendo. Entretanto, lembra o prof. João Carlos, cada oportunidade de carreira em Psicologia tem um ritmo diferente e diferentes mé-dias de remuneração.

Ao comentar sobre as novas oportunidades para o profissio-nal, a profa. Rosana afirma que “no nosso mundo globalizado, onde cada dia há maior exigên-cia para que se atue e produza, as pessoas têm sentido mais neces-sidade de compreender as for-mas funcionais de relação consi-go mesmas e com os outros”.

PSICOLOGIA NO UNISALO curso é oferecido nas Unidades

de Americana e de Lorena. Os inte-ressados podem entrar em contato com os coordenadores:

- Em Americana, Prof. João Car-los Caselli Messias, [email protected]

- Em Lorena, Professora Rosana Pena, [email protected]

Por que estudar psicologia?

Rosana Pena: “Para aproximar o indivíduo dele mesmo, compreendendo

mais o comportamento humano, promovendo qualidade

de vida e saúde mental”.

João Carlos: “A opção por Psicologia abre

um leque grande de oportunidades, além de ser uma ciência

fascinante”.

Alunos fazem estágio na Brinquedoteca

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Pesquisa

TRáFICO DE PESSOAS Em DEbATE

O Dr. Jessé Coelho de Almeida, Delegado da Polícia Federal, durante a palestra no Liceu de Campinas

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A Unidade Liceu Salesiano, em Campinas, promoveu no dia 28/4 a discussão de um tema pouco comen-tado, mas que tem feito inúmeras ví-timas em todo o mundo: o tráfico de pessoas.

Os convidados para falar do as-sunto foram o Dr. Jessé Coelho de Almeida, Delegado da Polícia Fede-ral em Campinas, responsável pela

Defesa da Cidadania, por meio do Nú-cleo de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP), criou os Comitês Interinstitucionais de Pre-venção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas Regionais (CIPETP), ligados ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

O objetivo é mobilizar a sociedade civil organizada e órgãos públicos, in-

rede (aliciador, coiote, transportador, estuprador, cafetão, explorador de trabalho infantil ou escravo) parece ser “uma pessoa normal”. Ninguém desconfia de nada, e ganhar a confian-ça das vítimas é o primeiro passo.

O tráfico de pessoas, segundo os dois palestrantes, é facilitado pela globalização e atrai por ser visto como crime de baixo risco e alta lucrativida-

Investigação de Crimes relacio-nados aos Direi-tos Humanos, e Maria Ivone Pa-res Aranha Ro-que, Presidente do Comitê Inte-rinstitucional de Prevenção e En-frentamento ao Tráfico de Pes-soas – CIPETP – Regional.

Eles apre-sentaram infor-mações valiosas sobre a preven-ção e o enfrenta-mento ao tráfico de pessoas, um crime organiza-do no mundo inteiro e que está ligado à exploração sexual, ao comércio de órgãos, à adoção ilegal, à pornogra-fia infantil, além de tráfico de drogas, contrabando e escravidão.

Mulheres e crianças são as prin-cipais vítimas das redes criminosas, seguidas pelos trabalhadores rurais. Em 2010, a Secretaria da Justiça e da

cluindo lideranças comunitárias, ges-tores públicos municipais, universitá-rios, para discutir e implantar ações preventivas.

O Dr. Jessé ressaltou aspectos so-cioculturais e legais curiosos sobre a rede criminosa ramificada. Dos as-pectos sociais, o mais interessante é que o criminoso de qualquer ponta da

de para o traficante.

ALERTASA população

deve estar alerta para a questão do tráfico de pessoas no Brasil e no ex-terior. É com esse objetivo que o Mi-nistério da Justiça está apoiando a campanha “A deci-são de viajar é sua: as consequências também! Seus di-reitos viajam com você aonde quer que você vá!”, re-alizada pelo Inter-national Centre for

Migration Policy Development (ICM-PD).

Em São Paulo, o Escritório de Trá-fico de Seres Humanos (ETSH) está localizado na Secretaria da Justiça para orientar e atender as vítimas e seus familiares. O ETSH atende pelo telefone (11) 3291-2736.

Campanha Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

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Campanha Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

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ALUNOS CONSTROEm FOGUETES Em PROJETO INTERDISCIPLINAR DA ENGENhARIA DA PRODUçÃO

PARCERIA APROXImA CURSO DE SISTEmAS DE INFORmAçÃO A mULTINACIONAL

A área de TI (Tec-nologia da Informação) é promissora, mas, se-gundo estudo da Bras-scom (Associação Bra-sileira de Empresas de Tecnologia da Informa-ção e Comunicação), só em 2011, 92 mil vagas não serão preenchidas por falta de mão de obra qualificada.

Atento à demanda do setor, o coordenador do curso de Sistemas de Informação do UNISAL Americana, Prof. Cris-tiano de Jesus, fez uma parceria com a empresa multinacional IBM.

A importância da aproximação do curso com uma grande empresa está na possibilidade de planejar ações para aumentar o nível de empregabi-lidade dos alunos ou mesmo para via-bilizar estudos de caso que permitam que os alunos aliem o conteúdo teóri-co às atividades práticas do dia a dia de uma organização.

No caso da IBM, há ainda um aspec-to adicional, pois a empresa é desenvol-vedora de vários softwares básicos da área de Sistemas de Informação. Como o curso deve sempre tratar da tecnolo-gia de forma genérica, parcerias com grandes fornecedores de ferramentas tecnológicas, como é o caso da IBM, permitem que o curso proporcione a

oportunidade aos alunos de ter contato muito pró-ximo com instrumentos que irão utilizar no exer-cício profissional.

O UNISAL já pos-sui uma parceria com a IBM que prevê o uso gratuito dos softwares da empresa em todos os laboratórios. Mas desde o ano passado tem ex-pandido a parceria. A empresa forneceu um curso de inglês a distân-cia para os alunos e ofe-receu aos professores treinamentos e material de apoio para as disci-plinas do curso.

Outras ações foram a presença do profissional da IBM José Maria Cesá-rio Júnior, dia 11/5, no UNISAL, para apresentar um sistema gerenciador de banco desenvolvido e distribuído pela IBM e o processo seletivo reali-zado pelo setor de Recursos Humanos com alunos do curso de Sistemas de Informação.

O curso de Engenharia de Produ-ção da Unidade de Lorena adotou a prática de projetos interdisciplinares semestrais. A cada período os alunos elaboram um projeto integrador das disciplinas do semestre.

No primeiro, por exemplo, a disci-plina integradora é Física I. Todas as demais disciplinas buscam integrar-se ao projeto na forma de proverem os recursos teóricos: os cálculos neces-sários (Cálculo I e Matemática), ma-teriais utilizados (Química) e custos, tempos e a gestão do projeto (Eco-nomia e Introdução à Engenharia de Produção), como explica o coordena-dor José Lourenço Júnior.

O projeto eleito para o semestre foi o lançamento de “foguetes” cons-truídos com garrafas PET e impul-sionados a ar comprimido dentro do conteúdo de Física denominado “lan-çamentos oblíquos”.

Os alunos construíram seus fogue-

Alunos preparam o lançamento dos foguetes no campo de futebol da Unidade de Lorena

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tes, lançaram a um alvo situado a 60 metros e elaboraram um relatório téc-nico. As notas, atribuídas por todos os

professores do semestre, valem um percentual da avaliação de cada disci-plina separadamente.

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Estudei no UNISAL

“ESTUDAR NO UNISAL FOI FUNDAmENTAL PARA A mINhA mISSÃO COmO SACERDOTE”

P. Alexandre descobriu,

durante o curso

de Teologia, o amor

pela pesquisa

e pelo ensino

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O padre Alexandre An-drade Martins foi aluno do UNISAL no curso de Teologia, que concluiu

em 2009. Tem ótimas lembranças do período de estudante e faz ques-tão de ressaltar a importância que esse período teve e tem em sua vida como sacerdote Camiliano, Con-gregação que tem como carisma o serviço aos doentes.

Lembra que na faculdade de teologia descobriu “uma ‘vocação dentro da vocação’, digamos assim, que foi o amor pela pesquisa teo-lógica e pelo ensino”. Atualmente, trabalha na Pastoral da Saúde, é editor do Boletim São Camilo Pas-toral da Saúde e também professor.

Padre Alexandre é mineiro, morador de São Paulo, capital, e concedeu esta entrevista à Revis-ta UNISAL por e-mail, de Roma, onde está estudando.

Revista UNISAL: Padre Ale-xandre, de que forma o UNISAL contribuiu para a sua formação?

Padre Alexandre: Estudar no UNISAL foi fundamental para a mi-nha missão como sacerdote da Igre-ja Católica, pois nele eu fiz o curso de Teologia que me deu todas as ba-ses para exercer com competência, qualidade, humanidade e humilda-de a minha missão. Digo missão, porque ser padre e trabalhar nas co-munidades da Igreja é muito mais do que uma profissão, e o UNISAL me ensinou isso com maestria. Com o ensino do UNISAL e todo o meu aproveitamento, pude dar continui-dade aos estudos, sem problemas, e hoje agradeço imensamente o ensi-no que recebi.

RU: Quais suas lembranças des-se período como estudante?

P. Alexandre: Trago muitas lem-

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branças maravilhosas do tempo da faculdade. Primeiramente dos pro-fessores e dos colegas, com os quais estabeleci grandes laços de amiza-de, companheirismo e de compro-metimento com a construção de um saber sério e de qualidade.

RU: Algo foi marcante naqueles anos?

P. Alexandre: Muitas coisas marcaram minha vida no tempo da faculdade, mas uma delas que guardo e que ainda é luz para mi-nha vida até hoje foi a experiên-cia de participar de um grupo de estudos. Eu e um colega e amigo da comunidade salesiana fizemos uma proposta para o coordenador do curso na época, P. Ronaldo, que gostaríamos de criar um grupo de estudos e se a Faculdade de Teo-logia nos apoiava. Padre Ronaldo não só apoiou como deu todos os recursos necessários para a criação e o funcionamento do grupo. Insti-tuído o grupo, vários alunos ingres-saram e um professor doutor foi indicado para orientar. Por mais de três anos realizamos estudos e pes-quisas nesse grupo, que se chama-va GESME (Grupo de Estudos em Mística e Espiritualidade).

RU: Como foi a escolha da pro-fissão para você? No seu caso, seria a descoberta da vocação, não é?

P. Alexandre: Sem dúvida, no meu caso, foi a descoberta da voca-ção, que aconteceu ainda quando eu era muito jovem, pois comecei meus

estudos no seminário dos camilia-nos com 16 anos. Mas na faculdade de teologia descobri uma “vocação dentro da vocação”, digamos assim, que foi o amor pela pesquisa teoló-gica e pelo ensino.

RU: Como é o trabalho que você realiza hoje?

P. Alexandre: Hoje eu traba-lho na Pastoral da Saúde em duas funções, primeira como coordena-dor das atividades do ICAPS - Insti-tuto Camiliano de Pastoral da Saúde e Bioética, pelo meio dele trabalho na formação de agentes de pastoral da saúde, pesquisas e publicações sobre pastoral da saúde e bioética, e sou o editor do Boletim São Ca-milo Pastoral da Saúde com ampla difusão pelo Brasil; a segunda é a capelania no Hospital das Clínicas. No Centro Universitário São Cami-lo, sou professor de Bioética no cur-so de filosofia e de antropologia na pós-graduação em Bioética e Pasto-ral da Saúde.

RU: Como você chegou a essas funções? Conte um pouco sobre sua trajetória.

P. Alexandre: Minha trajetória é simples, nada de extraordinário. Um belo dia da minha pacata vida, decidi entrar no seminário dos Ca-milianos porque queria ser padre. Depois de um acompanhamento, fui aceito e entrei em 1999. De lá para cá dediquei minha vida aos es-tudos e ao trabalho pastoral no ser-viço aos enfermos, que é o carisma

dos Camilianos. Estudei faculdade de filosofia, técnico de enfermagem, teologia, especialização em Bioética e Pastoral da Saúde e mestrado em Ciências da Religião. Em dezembro de 2009, concluí os estudos de te-ologia e fui ordenado padre no ano seguinte. Depois de padre fui nome-ado Diretor do ICAPS e capelão do Hospital das Clínicas.

RU: Você fez outros cursos de-pois da faculdade? Quais?

P. Alexandre: Paralelamente à faculdade de Teologia eu fiz uma especialização em Bioética, porque já tinha a graduação em filosofia. Depois fiz mestrado em Ciências da Religião, que conclui agora no mês de junho.

RU: Quais os maiores desafios que encontrou após o curso e depois de ser ordenado?

P. Alexandre: O maior desafio que encontrei foi conseguir conci-liar o trabalho pastoral e as respon-sabilidades como diretor do ICAPS com a minha vida de estudos e pes-quisas. Quando estava na faculdade, tinha mais tempo para estudar, ago-ra tenho que administrar estudos e trabalho, porque não podemos pa-rar de estudar nunca, e o ambiente pelo qual transito, que é o mundo da saúde, é muito exigente, necessita de atualização constante.

RU: Quais as lições que você vi-venciou até agora e que considera as mais valiosas?

P. Alexandre: É amar o que faz e fazer com simplicidade, com-petência e buscando sempre se atualizar. Na minha vida, descobri que nunca podemos desistir do que acreditamos e amamos, mesmo que pareça impossível realizar. A espiri-tualidade é o suporte, pois, nos mo-mentos que penso em desistir, vem a experiência do amor de Deus que me acolhe e fortalece com sua ter-nura e vigor, motivando-me a conti-nuar nessa missão.

RU: Você se sente realizado em sua escolha?

P. Alexandre: Sinto-me um homem realizado pela minha esco-lha e satisfeito por ter estudado no UNISAL, pois recebi todas as bases para ser o que sou hoje no que diz respeito à formação teológica.

P. Alexandre trabalha na formação de agentes da Pastoral da Saúde, entre outras atividades

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Participantes do Simpósio realizado em Pindamonhangaba

Extensão e Ação Comunitária

múSICA LíRICA mARCA REINAUGURAçÃO DE PROJETO CULTURAL

SImPóSIO DEFENDE EDUCAçÃO PARA OS DIREITOS hUmANOS

CONGRESSO SObRE VIOLêNCIAS

REúNE ESPECIALISTAS NA ARGENTINA

Pesquisadores do Brasil e de mais 25 países participaram, de 7 a 9/4, da V Conferência Mundial sobre Violências e IV Congresso Iberoamericano – Violências na Escola, realizado em Mendoza, na Argentina. O tema geral foi “In-vestigações, intervenções e evolu-ções das políticas públicas”.

O UNISAL esteve representa-do pela Profa. Dra. Sonia Koehler, coordenadora do Observatório de Violências das Escolas. Também participaram outros dois pesqui-sadores do Observatório: Claudia Eliane da Matta (UNIFEI) e Paulo Celso Magalhães (UNIFOA).

O Simpósio Sistema Preventivo/Direitos Humanos, realizado nos dias 13 e 14/5, no Instituto Profissional Salesiano de Pindamonhangaba, reu-niu cerca de 90 participantes, em sua maioria educadores sociais de várias instituições.

O evento, promovido pelo UNI-SAL e Faculdade Salesiana Dom Bos-co de Piracicaba, foi aberto dia 13, à noite, pelo Reitor do UNISAL, P. Ed-son Donizetti Castilho. Em seguida, o P. Agnaldo Soares Lima, coordena-dor do PROSINASE da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, proferiu a palestra “Direi-tos Humanos e Educação Salesiana: passado, presente e futuro”.

No dia 14, as atividades foram re-tomadas com a palestra “Educação em Direitos Humanos no Brasil: um pro-cesso em construção”, proferida pela Profa. Dra. Lúcia Camini, coordenado-ra geral de Educação em Direitos Hu-manos da Secretaria de Direitos Huma-nos da Presidência da República. Logo após, houve mesa-redonda com o tema

“Juventude e Direitos Humanos”, com a participação das professoras Daisy Rafaela da Silva, do curso de Direito do UNISAL Lorena, e Lucineia Rosa dos Santos, do mesmo curso do campus Santa Teresinha/SP, e mediada pela Profa. Dra. Sonia Maria Ferreira Ko-ehler, coordenadora do Observatório de Violências nas Escolas do UNISAL, que também apresentou os objetivos e as atividades do Observatório.

No período da tarde, os partici-pantes reuniram-se em grupos para refletir e discutir sobre questões como direitos humanos, violência, cotidia-no escolar, preconceito e racismo. Os resultados da discussão apontaram para a urgência da educação para os Direitos Humanos e a importância da escola e da mobilização dos envolvi-dos na implantação de políticas pú-blicas.

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ni junto com a Unidade Liceu em Campi-nas e apresentado ao público na manhã de 21/5, em parceria com a companhia artístico-musical Via das Artes.

O objetivo é criar, nos amantes de música e literatura, a familiaridade e o gosto pelas obras clássicas, em linha com a proposta de D. Bosco de utilizar a arte para educar e encantar os jovens.

O evento foi apresentado em árias e trechos da obra Carmen, de Bizet, e teve a presença do idealizador, Prof. Francis-co Evangelista, do Diretor de Operações da Unidade Liceu, Marcelo Scudeler, e da Pró-Reitora de Extensão e Ação

IDADE ATIVA VAI AO TEATROCerca de 50 alunos do Programa de

Extensão Idade Ativa da Unidade Santa Teresinha assistiram à peça teatral “A

ra leve e divertida, as relações e confli-tos entre alunos e professores e o siste-ma escolar repressor e antidemocrático.

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Comunitária, Regina Vazquez Del Rio Jantke.

A apresentação foi organizada pela Maestrina Fátima Viegas e contou com renomados cantores líricos vinculados à ABAL – Associação Brasileira de Artis-tas Líricos de Campinas, como Alcides Acosta.

O Projeto Cultural, inicialmente proposto pela Extensão da Unidade São José, em 2008, foi retomado em con-

Aurora da Minha Vida”, no dia 3/5, a convite do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola).

O espetáculo faz parte do Projeto “Teatro nas Universi-dades”, idealizado pelos atores Nicette Bruno e Paulo Goulart, e tem como objetivo levar gra-tuitamente a arte do teatro aos alunos de instituições de ensino superior, além de incentivar o público a um exercício de refle-xão sobre o tema abordado.

O enredo gira em torno de uma sala de aula em uma escola dos anos 70 e mostra, de manei- Alunas com a atriz Nicette Bruno

Projeto estimula gosto pelas obras clássicas

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O UNISAL, Unidade de Lorena, realiza, já há cinco anos, o UNICINE, um cine-clube que tem como lema: “cinema com inteligên-cia”. Como todo cineclube, apresenta filmes de temas polêmicos e instigantes e, em seguida, realiza deba-tes que exploram as ideias gerais e percorrem os deta-lhes que fazem dos filmes obras de valor.

Nos meses de abril a ju-nho, o UNICINE vem tra-balhando com a temática geral “Teoria da Conspira-ção”, procurando provocar o senso crítico com relação aos possíveis interesses

existentes nos conflitos sociais, velados ou explícitos – daí o mo-tivo da teoria conspiratória. A quem as turbulências sociais inte-ressam? Quem se aproveita desses conflitos, enquanto soluções são elaboradas?

O último filme que trabalhamos foi Terra de Ninguém, de Danis Tanovic, 2001, Bósnia-Herzegovina / Eslovénia / Itália / França / Reino Unido / Bélgica. Algumas críticas o avaliam como um filme regular (embora tenha sido vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2002, Globo de Ouro e Melhor Argumento no Festival de Cannes de 2001), que trata, com algum atraso, da Guerra nos Bálcãs.

Dois soldados, um bósnio e um sérvio, acabam “ilhados” numa trincheira, entre as forças de seus países que se veem numa situação complicada – não sabem se podem bombardear o local ou não. Ao mesmo tempo, há um terceiro soldado, um bósnio, ferido, sob o qual foi colocada uma mina de fragmentação – caso seu corpo seja movimentado, a mina explode, matando num raio de até trinta metros.

A partir dessa situação, vem à tona toda a crítica à insanidade das guerras e nela o autor desfila um elenco de sentimentos: paz e ódio, orgulho e teimosia, defesa de interesses pessoais em detri-mento do sofrimento alheio.

Nesse cenário, são movimentadas diversas peças que se en-volvem nos conflitos internacionais e que demoram para apre-sentar uma solução eficaz, entre países e instituições, além de pe-quenos desejos pessoais: ONU, OTAN, Bósnia, Sérvia, Inglaterra, França.

Enquanto a mídia internacional (representada por uma jor-nalista de uma rede de televisão de nome Global News) se apre-senta ávida por algum fato bombástico que possa garantir uma boa audiência, os homens (soldados em uma guerra “provocada pelo outro”) vivem suas angústias.

Entre humores velados (há certos lances que levam a um riso vago, paradoxal – rir da condição humana parece ser a única sa-ída) e tensões explosivas, o filme deixa aberta uma ferida: a pró-pria condição humana.

Antonio Tadeu de Miranda AlvesProf. Ms. do Curso de História – Unidade de Lorena

Agenda cultural

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DIREITO INDIVIDUAL DO TRAbALhO PARA CONCURSO

DE JUIz DO TRAbALhOO livro, de au-

toria da Profa. Dra. Grasiele Augusta Ferreira Nascimen-to, Coordenadora do Mestrado em Direito do UNISAL, faz parte da coleção Resumos para Concursos, da Editora Edipro, e apresenta o tema de forma didática e prá-tica com o objetivo de

reavivar os conhecimentos dos operadores do Direito que participam de concursos públicos para ingresso na carreira de Juiz do Trabalho.

SAGRADA ESCRITURA E TEOLOGIAA obra, que inau-

gura a coleção Teolo-gia, Interdisciplina-ridade e Sociedade, aborda a relação en-tre Teologia, Sagrada Escritura, Formação e Sociedade. Os or-ganizadores são a Profa. Elza Helena de Abreu e o P. Ronaldo Zacharias, do UNI-SAL, Unidade Pio XI.

O livro foi lançado pelas Paulinas com apoio do UNISAL, no valor de R$ 20,00, e pode ser soli-citado pelo e-mail [email protected]

bANDEIRAS, COmIDAS & FOLIAS:A FESTA DO DIVINO ESPíRITO SANTO

E A FESTA DO PINhÃO Em CUNhAO livro é resulta-

do de quatro anos de pesquisa de doutora-do do Professor Hen-rique Alckmin Pru-dente, da Unidade de Lorena, na Escola de Comunicações e Ar-tes da USP. Destaca a secular devoção ao Divino Espírito San-to como tradicional festa religiosa e a

Festa do Pinhão como celebração contemporâ-nea relacionada à natureza. A editora é a Casa da Cultura.

TERRA DE NINGUém