revista vitória - novembro 2012

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Ano VII Nº 10 Novembro de 2012 Revista da aRquidiocese de vitóRia - es ISSN 2176401 Edição Mensal 9 772176 401035 6 0 7 0 0 REPORTAGEM DIÁLOGOS CULTURA TEOLÓGICA Hansenianos, livres mas ainda reféns A palavra do Arcebispo e Bispos Auxiliares Redes sociais, novos espaços de vivência da fé Humanos NO MUNDO FÍSICO E DIGITAL vitória vitória

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Revista Vitória - novembro 2012

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Page 1: Revista Vitória - novembro 2012

Ano VII • Nº 10 • Novembro de 2012

Revista da aRquidiocese de vitóRia - esISSN 2176401 Edição Mensal

9 772176 401035 60700

reportagem Diálogos cultura teológicaHansenianos, livres masainda reféns

A palavra do Arcebispo e Bispos Auxiliares

Redes sociais, novos espaços de vivência da fé

Humanosno mundo físico e digitAl

vitóriavitória

Page 2: Revista Vitória - novembro 2012

Arcebispo MetropolitanoDom Luiz Mancilha Vilela

Bispos AuxiliaresDom Rubens Sevilha

Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias

Ano VII – Edição 10 – Novembro/2012Publicação da Arquidiocese de Vitória

EditoraMaria da Luz Fernandes / 0003098-ES

Repórter Lisandra Melo / 0003041-ES

ColaboradoresThales Delaia

Alessandro GomesDauri BatistiRaquel Tonini

Giovanna Valfré

Revisão de textoYolanda Therezinha Bruzamolin

Publicidade e [email protected]

Telefone: (27) 3198-0850

Fale com a revista vitória:[email protected]

Projeto Gráfico e EditoraçãoComunicação Impressa

(27) 3319-9062

Ilustrador¶ Kiko, · Arquivo

DesignersAlbino Portella

Jane GorzaRicardo Coufler

ImpressãoGráfica 4 irmãos(27) 3326-1555

ww

w.a

ves.o

rg.b

r

paróquias 16Santa Maria Goretti em Cariacica

proJetos 24Alternativas educativas que dão certo

arquivo e memória 18Padre Mathias Hahn

atualiDaDe 6Pessoas conectadas, novas formas de estar no mundo

ciDaDania 10Energia limpa, doação e desigualdade

arte sacra 14A beleza como expressão de espiritualidade e fé

saúDe 15Varizes, causa e possibilidade de tratamento

Festa 30Rede América: duas décadas de história

Page 3: Revista Vitória - novembro 2012

Depende das convicções

Deixando aos jornais diários as avaliações das perdas e ga-nhos eleitorais, continuamos

o caminho com os cidadãos e cidadãs que sonham, acreditam e aumentam sua esperança e empenho em construir uma sociedade mais justa e uma vida melhor. “Os sonhos não envelhecem”, já dizia Márcio Borges. A transformação acontece de di-versas formas, mas é o testemunho a partir de convicções pessoais e empe-nhos coletivos que marca e faz, real-mente, a diferença. É, também a falta de convicções pessoais e iniciativas coletivas que impedem avançar para transformar e muitas vezes permitem o retrocesso. Convictos, acreditando em quem faz, em experiências de vida, no em-penho e na força da coletividade que se une em busca de novas perspectivas com fé, esperança e caridade, a Revista Vitória propõe conhecer as pessoas. Por trás de cada experiência um ensinamen-to e uma lição. Em cada testemunho uma história e um aprendizado. Em cada texto um desejo de comunicar e estabelecer relações porque a era é da conexão, do compartilhamento, da solidariedade e da participação.

Maria da Luz FernandesAssessora de Imprensa

eDitorial

sumário

reportagem 20Livres mas ainda reféns

Diálogos 4A palavra do Arcebispo e Bispos Auxiliares

entrevista 12Iriny Lopes fala sobre a vida além da política

iDeias e sugestões 23Realidades diversas, jeitos diferentes de viver

cultura teológica 26Redes sociais, novos espaços de vivência da fé

Page 4: Revista Vitória - novembro 2012

Diálogos

eu cReio, senHoR!

Não cremos em um ídolo! Deus não é um ídolo. O ídolo é criação da pessoa,

uma invenção para buscar respostas imediatas. O ídolo é uma ilusão da mente humana que o cria para dominá-lo a seu bel prazer. Daqui nasce a palavra idolatria! A fé em Deus vem do tes-temunho dos Apóstolos de Jesus Cristo. Na convivência com Jesus os Apóstolos foram aprendendo quem é Deus. Aprendizagem que se deu na convivência e não com provas ou teorias elaboradas pelo intelecto humano! Na convivência os apóstolos conheceram Jesus aos poucos, aprenderam a considerá-Lo o Mestre. Quando os contemporâneos de Jesus e dos apóstolos procuravam a grandeza e valorizavam o mais forte sobre o mais fraco, Jesus ensinava que todos deviam ser servos uns dos outros. Enquan-to marginalizavam a mulher e as crianças, apedrejavam os leprosos, Jesus acolhia-os e dava-lhes sen-

“As nossas crianças e jovens estão crescendo respirando esse ar cultural que exclui Deus do convívio social.

Dom Rubens SevilhaBispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória

Na homilia da missa de abertura do Ano

da Fé, o Papa Bento XVI, afirmou que estamos

vivendo uma “desertificação espiritual”. De fato,

a nossa cultura atual é cada vez mais agnóstica e

ateia. As nossas crianças e jovens estão crescendo

respirando esse ar cultural que exclui Deus do

convívio social. A ideologia dominante quer nos

convencer de que Deus é uma “invenção” do

homem infantil e, com desprezo pela religião,

tolera-a somente como algo individual.

Sem Deus o mundo vai se “desertificando”.

A qualidade de vida humano-espiritual vai len-

tamente murchando. A aridez, o vazio e o tédio,

vão tomando conta dos corações. Quando a

realidade nua e crua bate à porta, o homem

encontra-se sem motivos para viver. Está no

deserto seco: sem flores, sem beleza, sem água,

sem alimento para a alma.

Por que morrer de sede se a fonte de água

viva está aos nossos pés, ou melhor, está dentro

de nós? Jesus prometeu vida e caminho para

quem quiser caminhar com Ele. “Vinde a mim

todos que estais cansados e eu vos aliviarei...”

Jesus, o Bom Pastor, oferece-nos o alimento

verdadeiro, Ele é o Pão da Vida e nos oferece a

água viva e, quem beber dessa água, jamais terá

sede e do seu ser brotarão rios...

Desertificação Espiritual

Professar a fé. Acreditar e testemunhar. Mas, em que ou em quem acreditamos? O que professamos? Convido-o, meu amigo leitor, a refletir comigo sobre esta expressão fundamental em nossa vida: Eu creio em Deus! Nós cremos em Deus!

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Page 5: Revista Vitória - novembro 2012

Transmitir a fé não é tanto uma questão de estratégia ou de pedagogia, mas de vivência, de testemunho...”

Dom Joaquim Wladimir Lopes DiasBispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória

A família é um dom de Deus, é a primeira

comunidade eclesial, que deve possibilitar um

encontro pessoal com Jesus Cristo. É ela que pro-

porciona a educação da fé, que não se constitui

mero ensinamento, mas transmissão de uma

mensagem de vida, vivenciada no ambiente

familiar.

Transmitir a fé não é tanto uma questão de

estratégia ou de pedagogia, mas de vivência,

de testemunho, é facilitar para que cada um

descubra o desígnio de Deus para que, a partir

disso, possam fazer suas escolhas definitivas.

Outro fator importante é a amizade, pela

sua grande força de persuasão. Todos nós co-

nhecemos jovens educados na fé, que se viram

arrastados por um ambiente sem Deus e, não

souberam cultivar seus valores familiares. Por

isso, é preciso conhecer quais ambientes os filhos

frequentam e dialogar para que convivam em

ambientes propícios e adequados, que facilitem

o crescimento da fé e das virtudes humanas e

teologais.

Vivemos num mundo em plena mudança de

época, torna-se necessário educar os filhos para

descobrirem a si mesmos, desenvolverem o seu

próprio potencial, criarem um senso crítico cristão,

a partir dos exemplos e da fala dos pais.

A EDucAção DA fé

Dom Luiz Mancilha Vilela, ss.cc.

Arcebispo Metropolitano de Vitória

tido e vida. Jesus era diferente! Humano ao extremo! Bondade extrema! Misericórdia extrema! Isso incomodou tanto que resolve-ram matá-lo, mas só conseguiram quando Jesus deixou que isto acon-tecesse. Quando Ele quis revelar à humanidade o Caminho a Verdade e a Vida. Os apóstolos viveram tudo isso, mas só acreditaram quan-do Jesus ressuscitado lhes apa-receu e conversou com eles, abrindo-lhes a inteligência e o coração para que acreditassem. São Tomé, após tocar as feridas,

constrangido, pronunciou cheio de fé: Meu Senhor e meu Deus!

Os apóstolos aprenderam, então, que esse Jesus era a mesma Palavra de Deus que criou o céu e a terra, o Filho que depois enviou o Espírito Santo aos apóstolos, como havia prometido. Eles aprenderam quem é Deus. Jesus revelou-lhes o Pai Misericordioso, com a vida, com a Paixão, a Morte e a Ressurreição. Os apóstolos aprenderam de Jesus que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.

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Page 6: Revista Vitória - novembro 2012

atualiDaDe

A velocidade com que as mídias evoluem, se transformam e agre-

gam novas configurações e co-nexões, modificam ambientes e, principalmente, pessoas. A ideia de mídia simplesmen-te como instrumento para se

assim somos nósEntendimentos sobre cultura midiática, pessoa digital, novo sujeito nos espaços digitais onde continuamos a ser pessoas solidárias que buscam conversar, compartilhar, e com as mesmas perguntas: “Quem sou eu? Donde venho e para onde vou? Por que existe o mal? O que existirá depois desta vida”? A pessoa e a mídia, a partir dos autores Joana Puntel, Antonio Spadaro, Henry Jenkis, Rovilson Brito e Néstor Canclini*

comunicar está cada vez mais perdendo sentido com a evolu-ção do mundo digital. Alguns autores já falam de “novo su-jeito” e “pessoa digital”. Essa relação mídia versus pessoa (mídia X pessoa) desenha atualmente uma nova cultura,

midiáticos, digitAis, HíBRidos e conveRgentes,

chamada cultura midiática, que rompe o tradicional conceito de associar cultura a grupos com proximidade geográfica e história a preservar. A cultura midiática está em construção e derruba os conceitos de tempo, espaço e lugar tal como eram

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Page 7: Revista Vitória - novembro 2012

entendidos e interpretados.Mas, o que é mídia e o que é cultura?

Mídia: instrumentos de co-municação cuja finalidade pri-mária é o serviço à pessoa e à sociedade. A mídia, contudo atinge hoje uma nova etapa ou um novo degrau. Hoje proble-mas, discussões, reivindicações são considerados, apenas se estiverem na mídia. Por isso, além de meios para favorecer a comunicação, a mídia carrega a responsabilidade por estabe-lecer prioridades, definir o que importa e o que não importa. Ao mesmo tempo, a mídia dita comportamentos e moda. “Atrás de cada meio, existem autores, produtores, interesses

econômicos, políticos e ideo-lógicos e,[.....]reflete o grau de civilidade e desenvolvimento de um povo”. Doc. 101 CNBB.

Cultura: conjunto de costu-mes, tradições, crenças, com-portamentos, modos de agir, instruções, arte etc. Tratando-se do ambiente das comunicações sociais, hoje, a definição, também está em mudança: cultura midiática para cultura digital ou ciber-cultura.

Até à década de 80, a cul-tura era consolidada com a afir-mação de práticas duradouras e mantidas de geração em gera-ção, por afetarem a vida social de um grupo. Com a evolução

tecnológica e da informática a vida das pessoas sofre transfor-mações mais rápidas criando o que Joana Puntel aponta como “novo habitat” ou “nova am-biência”. Cultura midiática e Igreja. Neste novo contexto ou nova cultura, onde a transfor-mação acontece de forma con-tínua, é importante lembrar que esta acontece simultaneamente em ambientes distintos. São mudanças estruturais e conjun-turais, objetivas e subjetivas. Objetividade e subjetividade na cultura pós-moderna, intitulada por Canclini de Cultura híbrida, rompe com a ideia processual histórica de organização social e introduz a descontinuidade, fazendo com que as decisões

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A mAioR Rede sociAl do mundono menoR estAdo do sudeste BRAsileiRo

Número de Habitantes

Usuário deFacebook Acessos

3.512.672

325.453

633.338 18,03%

58,65%

RegionAl

190.900

1.685.384 447.980 26,58% 54.396 3.800 6,98%

MEtROPOlitANA ExtREMO NORtE

291.364 36.200 12,42% 191.684 28.340 14,78%

POlO liNHARES POlO COlAtiNA

133.626 14.620 10,54% 97.876 7.640 7,80%

MEt. ExP. SUl NOROEStE 1

132.059 11.720 8,87% 123.441 10.060 8,63%

SUDOEStE SERRANO NOROEStE 2

104.550 8.508 8,13% 343.507 26.560 7,33%

CENtRAl SERRANA CACHOEiRO

186.051 21.780 11,70% 168.734 15.580 9,23%

litORAl NORtE CAPARAó

atualiDaDe

vitóRiA É A CiDADE COM MAiOR NÚMERO DE USUÁRiOS

AcESSoStecnológicas sejam tomadas na dimensão objetiva e a subjetivi-dade seja recolhida ao âmbito privado.

Características: Algumas atenções precisam ser dadas no novo contexto em que vi-vemos, pois o cenário de con-sumo massivo de informação e entretenimento que a mídia

oferece traz, também, um senso de angústia e de desconforto. Por um lado parece favorecer a relação entre os interlocuto-res, por outro parece tornar as mesmas relações supérfluas e frágeis. A nova cultura ou novas culturas oferecem respostas concretas ao desejo de comuni-cação, de partilha, de participa-ção e solidariedade, próprias do ser humano. Ao mesmo tempo, em que favorecem o individual, aumentam as possibilidades de interlocução e orientam para o outro. A cultura midiática introduz a pessoa numa nova esfera de conversação e rela-cionamento.

Para navegar nas novas avenidas do mundo midiático e digital é necessário apren-der uma nova gramática. Novas palavras, novas regras, novas linguagens. Em alguns casos, principalmente para o mundo religioso, é necessário entender o novo sentido das palavras. Salvar, converter, justificar, com-partilhar, interativo, participa-ção, hub, on-line e off-line. Aprender a nova gramática é passaporte para transitar e viver nos novos ambientes da mídia social que trouxe às pes-soas a possibilidade de “cons-truir e produzir o conteúdo à sua maneira”.

uma nova gramática

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300.245

333.143

47,70%

52,60%

ATÉ17

ATÉ17

18-24

18-24

38%

41%

16%

19%

25-34

25-34

34%

24%

35-44

35-44

14%

8%

45-54

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2%

6%

+55

+55

3%

2%

NeNém meNsageNsMensagens para todas as

ocasiões, ao vivo ou por telefone.

Os

prod

utos

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a sã

o ilu

stra

tivos

Cestas de café da manhã e flores.

3343-3451.”*PUNTEL, Joana. Cultura midiática e Igreja

SPADARO, Antonio. Ciberteologia, pensar o cristianismo nos tempos da rede

JENKINS, Henry. Cultura da convergência BRITTO, Rovilson. Cibercultura

CANCLINI, Néstor. Culturas híbridas

GênEro • iDADE

conectados Estar conectado é a palavra de ordem para as novas gerações, mas enganam-se aqueles que pensam serem os adultos mais alheios a esse processo. A rede digital não é mais um instrumen-to, é um lugar onde se está, se é e se vive. Neste ambiente nos movemos e existimos. A rede é um lugar de experiência e “estar na rede” é “estar ligado ao mundo físico”. São as pessoas que estão na rede, portanto, a web é um lugar de encontros e de relações. “A mensagem digital é paciente, é benigna, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, não se irrita, não pensa mal. Mas, também não pondera. Responde antes de pensar, sentencia antes de analisar”.

À venda na Livraria Paulinas, no Centro de Vitória, na Catedral e na Mitra Arquidiocesana na Cidade Alta.

(27) 3025-6290

Vitrais, um hino a Deus criador é um roteiro espiritual a partir dos vitrais da Catedral de Vitória. Beleza nas fotos e nos textos que convidam ao encontro com Deus.

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ciDaDania

Energia limpa

Ainda desigual

Grande parte da energia consumida no Espírito Santo é “suja” – termo utilizado para fontes de energia não renováveis -. A alta participação da fonte térmica na matriz energética no Estado vai de

contraponto ao potencial de geração de energia limpa. O litoral dos municípios de Linha-res, Presidente Kennedy e Marataízes, devido a suas características geográ-ficas, é apontado como possível área para a implantação de empreendi-mentos eólio-elétricos no Estado. O aproveitamento da energia dos ventos vai muito além da mudan-ça da matriz energética. Podendo, a longo-prazo, alavancar o crescimento econômico e a autossustentabilidade energética do Estado.

Apesar dos avanços, o Brasil ainda continua a ser marcado pela desi-gualdade. Dados divulgados recentemente colocam o país na quarta posição do ranking da desigualdade na América Latina, ficando atrás, somente, da Gua-temala, Honduras e Colômbia.De acordo com as Nações Unidas o principal desafio do Brasil, e de outras regiões latino americana, é o desenvolvimento de estraté-gias eficazes no combate a de-sigualdade, tendo em vista que as cidades têm riqueza suficiente para reduzir essa situação.

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DoE... Pela união dos povosNo início do mês de ou-tubro começam a ser premiadas ações que, em diversos ramos, con-tribuíram para a melhoria e avanço da sociedade. Em 2012, mesmo mergulhada em uma crise econômica, foi a vez da UE - União Européia ser agraciada ganhan-do, do Comitê norueguês, o Nobel da Paz. A justificativa para a premiação foi a contribuição do bloco, durante as últimas seis décadas na promoção da paz, reconciliação entre os povos, consolidação da democracia e dos direitos humanos. Composta por 27 Estados-mem-bros, e agregando uma população de 500 milhões de pessoas, a UE, criada em 1957 por seis países que assinaram o Tratado de Roma, ganha com o prê-mio muito mais que reconhecimento. Ganha, também, a chance de afastar o extremismo e nacionalismo que permeia o continente europeu.

Menor desempenhoSegundo aval iação feita pelo Ministério da Educação (MEC), o Espírito Santo está entre os nove estados em que a nota do ensino médio caiu no último ano. Os resultados da pesquisa não são nada animadores. Neste primeiro semestre de 2012, a meta mínima nacional era de 4,1 pontos. No

entanto,em uma escala de 0 a 10, o Es-tado atingiu a nota de 3,6 pontos. A falta de um padrão de qualidade no ensino, a precária infraestrutura das escolas capi-xabas e a ausência do comprometimento dos alunos são os principais motivos pelo baixo desempenho avaliado pelo MEC, que colocou o Espírito Santo no ranking das piores médias nacionais.

Sangue “Doar sangue é doar vida; alguém em algum hospital está aguardando o seu sangue para viver com mais saúde.” esse é o lema do HEMOES - Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo. Centro que hoje é referência no processamento e distribuição de sangue no Estado. Por dia, são cerca de 60 aten-dimentos, metade do necessário, segundo dados divulgados pelo

órgãos “A doação de órgãos é uma decisão livre de oferecer, sem recom-pensa, uma parte do próprio corpo em benefício da saúde e do bem--estar de outra pessoa”, disse, por ocasião do 18º Congresso Internacional sobre Transplantes de Órgãos, o Papa João Paulo II. A cada dia, cresce no Espírito Santo o número de doadores . Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), foram realizados no primeiro semestre de 2012 no Estado: 49 transplantes de rins, 14 de fígado, 3 de coração, dentre outros. Com destaque para a doação de córneas. Foram, ao todo, 151 cirurgias, que deixa o Espírito Santo à frente de estados como Rio de Janeiro e Mato Grosso.

HEMOES. Para contribuir com o trabalho do centro, o voluntário deve seguir algumas recomenda-ções: pesar mais de 50 kg, ter entre 16 e 67 anos e não estar em jejum.

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Page 12: Revista Vitória - novembro 2012

“Ninguém amadurece quando quer, tem que ter tempo”

Descansando em sua casa, no ambiente familiar, a ex-candidata à Prefeitura de Vitória e deputada federal, Iriny Lopes, recebeu a Revista Vitória, para falar da Iriny. Nossa conversa não foi sobre mandato ou candidatura, foi sobre a pessoa, que está por trás da candidata

que se expõe a confrontos e avaliações. Quem é e como ficou a pessoa, a Iriny, esse é o assunto desta entrevista.

“Alguns pensam que político só pensa em si mesmo, mas eu realmente amo as pessoas...

Vitória - Você consegue separar a Iriny Lopes, mulher política e a Iriny Lopes, pessoa?Iriny - Consigo. Não é fácil, mas ama-dureci. No começo era sábado, domingo, se tinha reunião participava. Ninguém amadurece quando quer, tem que ter tempo. Percebi que não estava acompa-nhando meus filhos e agora meus netos. Acho que faltar uma reunião, eu posso. Não preciso estar sempre, pelo menos uma vez na semana fico com a família, descanso, reúno os amigos. A gente deixa uma música tocando, conversa, faz uma comidinha...

Vitória - Quantos filhos?Iriny - três filhos, Carolina, Nicolas e Flávia. Dois netos, Ares e Cristal. Vitória - A família cobra sua presença?Iriny - Sim, principalmente os filhos, a mais nova ainda mais. Quando precisei de proteção eles se preocuparam muito.

Vitória - Porque eles não aparecem em suas campanhas?Iriny - Nenhum deles é envolvido com política e não forço. Não gosto que me cobrem e, também, não cobro. Por isso

a gente se respeita. Somos muito unidos, ligados, uma família sem brigas, sem con-fusões. A Iriny Lopes, ministra, deputada não é a mãe deles, a mãe deles é a Iriny.

Vitória - Como você se define?Iriny - ... Sou responsável, comprometida, tenho objetivos... Meu pai era Grego, gostava de música e de carnaval, mas mi-

de sentir... não falo tanto, mas gosto de abraçar.

Vitória - E as coisas que você ouviu na campanha. Que é briguenta, durona, antipática. Atingem a Iriny, a pessoa Iriny? Iriny - Ah, sim. Atinge. É muito duro, algumas coisas até nem ligo, mas quan-do vem de pessoas, que é injustiça, dói, dói muito. Eu não sou durona, tenho sentimento, amor pelas pessoas, estou na política por amor às pessoas, mas temos que ter opinião, expor e ouvir também, pois existem os coletivos para isso, mas é importante defender o que se acredita e os projetos que vão melhorar a vida das pessoas.

Vitória - Você se sentiu derrotada? Você insistiu em ser candidata. Por quê? Iriny - Não. Eu não me sinto derrotada. Me candidatei para o PT disputar e se o meu Partido não disputa ele está morto. Então, me candidatei para apresentar pro-jetos, pois é nas candidaturas majoritárias que os partidos apresentam projetos, o que muita das vezes não acontece nas proporcionais. Quero ver meu Partido

entrevista

nha mãe era muito exigente e eu sempre cobro muito de mim. Sempre acho que eu devo acertar para não ser cobrada. O tempo todo eu quero fazer a coisa certa. Gosto de ajudar as pessoas, de abraçar,

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Page 13: Revista Vitória - novembro 2012

disputando, apresentando e realizando projetos.

Vitória - Durante a Campanha você dizia que queria cuidar das pessoas, de cada pessoa. Isso era verdadeiro?Iriny - Sim. Alguns pensam que político só pensa em si mesmo, mas eu realmente amo as pessoas e quero cuidar delas tenho amor e preocupação. É carinho mesmo, é querer mudar a realidade, melhorar a vida.

Vitória - O que mudou na Iriny após a Campanha Política?Iriny - Eu amadureci, para haver amadu-recimento é preciso caminhar. Tem coisas hoje que não abro mão, outras deixo prá lá. Estou mais tolerante, mas continuo tendo objetivos, tendo opinião. As pessoas precisam ter opinião e objetivos.

Vitória - Como você se sentiu durante a eleição?Iriny - Abandonada.

Vitória - E com relação à sua família?Iriny - Solidariedade, muita solidariedade.

Vitória - E com as pessoas?Iriny - Carinho.

Vitória - E aquele índice de rejeição altíssimo que a imprensa divulgou?Iriny - Eu não senti. Nas ruas senti carinho.

Vitória - O que você gostaria de respon-der e nunca ninguém perguntou?Iriny - ...Acho que é isso mesmo do amor, do sentimento pelas pessoas, de verdade, eu tenho sentimento...

Vitória - E o futuro?Iriny - Continuo na política, no PT, pro-pondo projetos com ou sem mandato. O meu partido também amadureceu e vou continuar disputando os rumos do PT e do país.

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arte sacra

Contemplar o belo faz parte da natureza do homem e da mulher! Somos imagem e se-

melhança da Beleza-Bondade que se revela a nós na pessoa de Jesus Cristo. Santo Agostinho já nos ensinava que Aquele que fez belas todas as coisas mutáveis, presentes na criação, não

paróquia nossa senhora do perpétuo socorro, vila velha

olHAR com o coRAção

pode ser outro que não o próprio Deus, “Beleza imutável”1. A Igreja encerrou o Concílio Vaticano II com uma de suas gran-des mensagens dirigida aos artistas. Nela, o expresso convite à produção de uma autêntica arte que responda às necessidades do homem contem-

porâneo diante da “desertificação” espiritual que avança ao longo dos últimos decênios: “O mundo em que vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero. A beleza, como a verdade, é a que traz alegria ao coração dos homens [...], que une as gerações e as faz comungar na admiração”2. O caminho da beleza, expresso pelo emprego da arte sacra cristã tra-dicional, rica também no simbolismo universal, tem ajudado a Igreja, ao longo da história, a traduzir a sua mensagem divina na linguagem das formas e cores, tornando perceptível o mundo invisível. Com o objetivo de representar o Cristo, Verbo encarna-do, que inaugura a possibilidade da representação de Deus no meio do seu povo, é capaz de alcançar o coração do homem de todos os tempos e culturas. “[...] só o estupor, o encantamen-to, o maravilhar-se [...] coloca-nos diante de uma presença”3. A arte sacra contemplada e tornada vida, torna-se então, um caminho para encontrar Deus. Essa experiência-encontro com o Mistério Raquel Tonini, membro da Comissão de Arte Sacra da Arquidiocese de Vitória e Grupo de Reflexão do setor espaço celebrativo da Comissão Litúrgica da CNBB

1Santo Agostinho, Sermão 241, 2. 2Mensagem do Papa Paulo VI aos artistas, 1965.3São Gregório de Nissa, século IV

É denominada arte sacra a arte religiosa que tem um destino de liturgia, isto é, aquela que se ordena a fomentar a vida litúrgica nos

fiéis e que por isso não só deve conduzir a uma atitude religiosa genérica, mas há de ser apta a desencadear a atitude religiosa exigida

pela Liturgia, quer dizer para o culto divino.

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saúDe

Em 2003, uma mulher de 50 anos me procu-rou para tratar dores

no quadril, também apresen-tava risco de trombose nas safenas D e E, mas antes queria aliviar as dores para depois fazer cirurgia e retirar as safenas. Após 5 meses de tratamento, como o quadro de dor havia melhorado, fez um novo exame para saber como estavam as safenas e, para quando marcaria as cirurgias. Para sua surpresa e também minha, as veias estavam com seu diâmetro mais próximo do normal e sem o risco das tromboses. No momento que se tem dor, fraqueza, tensões, desequilíbrio no controle dos movimentos, os mús-culos se endurecem e, aper-tam os vasos sanguíneos

vARizes pRovocAm tRomBose?

e linfáticos na região do quadril, com isso represam os líquidos e provocam di-latação das veias e sistema linfático abaixo, causando, varizes e inchaço nos mem-bros inferiores. Outro fator que causa varizes é a compressão ou degeneração dos nervos, os quais são necessários para que o cérebro possa controlar o corpo, e isso pode causar rigidez e flaci-dez de músculos e sistema circulatório. Foi uma grande sa-tisfação saber que nosso tratamento havia auxiliado aquela mulher a recuperar seu sistema circulatório naturalmente. Após esse caso, comecei a comentar e a receber relatos de outras pessoas que também pas-

saram a se observar mais. Desde então, muitos pa-cientes já tiveram melhoras na redução de varizes e, na prevenção de tromboses. Como nossos hábitos de movimento também geram os desequilíbrios e disfunções no organismo, nada melhor que desen-volver novos movimentos para conquistar qualidade de vida. Dr. Audinei Carlos das Neves

Relato de um tratamento

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paróquias

SoBRe A pARóquIAw Criada em 16 de julho de 1958 por Dom José Joaquim Gonçalves – V bispo

do Espírito Santo.w Desde esta data a paróquia está sob a responsabilidade dos Padres

Passionistas.w No período de 1953 a 1957, a mesma Congregação deu atendimento

religioso a quase todas as comunidades católicas do município de Cariacica.

sAntA mARiA

goRettiMaria Goretti nasceu no ano

de 1890, em Corinaldo, Itália, filha de Luigi Go-

retti e Assunta Carlini. A sua família vivia em grande pobreza e trabalhava no cultivo de uvas. Migram para Nettuno, no ano de 1899 e no ano seguinte seu pai morre vítima de malária. Possuía um desejo tremendo de receber a Primeira Comunhão, mas as dificuldades financeiras e de aprendizagem foram impecilho. No ano seguinte, o zelo de um religioso passionista atuando particularmente na sua catequese, fez com que a pequena Marietta recebesse esse grande presente. Um jovem chamado Alessandro Serenelli tinha um imen-so desejo de possuí-la. Como tinha grande horror ao pecado, Marietta relutou até o fim. No dia 05 de julho de 1902, ele feriu-a mortalmente. Na

tarde do dia 06 de julho, após ter perdoado o seu assassino, ela partiu para o Pai. No dia 24 de junho de 1950, o Papa Pio XII canonizou Ma-ria Goretti. Na celebração estavam presentes a sua mãe Dona Assunta e o seu agressor Alessandro Sere-nelli, que após profunda experiência de conversão, tornou-se um irmão franciscano. Santa Maria Goretti, tem tam-bém, o título carinhoso de menina de Deus

projeto da Nova Igreja

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Revista vitóRia, a vitRine paRa o seu pRoduto, negócio ou seRviço.

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arquivo e memória

Em 1951 chegou a região de Itanhen-ga – Nova Rosa da

Penha em Cariacica, para trabalhar na colônia dos portadores de hanseníase. O padre morou no então denominado leprosário em uma casa simples e pobre perto dos doentes, sendo o único morador sadio do local. A casa que o abrigou ainda está no mesmo lugar e é moradia da Irmã Lúcia Maya, Missionária Reden-torista, que trabalha com os Hansenianos. Padre Matias adminis-trava os sacramentos, cui-dava dos filhos dos doentes que, naquele tempo, pela força da lei, eram retira-dos do convívio dos pais e internados no Educandário Alzira Bley, atendia os do-entes e era muito rígido nas

o “pAi” dos HAnseniAnos

questões morais. Contam--nos, os que o conheceram, que o sacerdote não permi-tia bagunças, bebedeiras, prostituição e brigas entre os internos . Além da parte religiosa e espiritual, o pa-dre cuidava da alimentação dos moradores da colônia. Partilhava entre eles, leite, queijo e carne, que compra-

va com dinheiro enviado da Europa por seus familiares, pois considerava precária a alimentação fornecida pelo Estado. Irmã Lúcia Maya após ouvir muitas histórias sobre Matias Hahn, que nem che-gou a conhecer, o descreve como um verdadeiro mis-sionário, o pai dos hanse-nianos. Padre Matias Hahn faleceu em 28 de abril de 1979 aos 76 anos, sendo sepultado no cemitério da colônia.

Giovanna Valfrécoordenação do cedoc

Padre Matias Hahn, sacerdote alemão veio para o Brasil com amissão de servir numa comunidade de hansenianos.

Além da parte religiosa

e espiritual, o padre

cuidava da alimentação

dos moradores da

colônia.

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O Hospital Dr. Pedro Fontes, também conhecido como Colônia itanhenga, foi criado em 1937, no município de Cariacica para abrigar mais de 400 pessoas, na época portadoras de hanseníase.

reportagem

Reféns do

e do ABAndono sociAl preconceito

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Embora conhecido como hospi-tal, ele não tem a configuração de hospital com a qual esta-

mos acostumados. Na verdade, é um hospital-colônia, uma micro-cidade composta por clínicas ambulatoriais, armazém, igreja, escola, farmácia e diversas casas, onde eram abrigados os portadores da doença que, naquele tempo, eram impedidos da convivên-cia social, porque a hanseníase era infecto-contagiosa e não tinha cura. Apesar de passados quase 80 anos, a colônia ainda existe e, para sur-presa de quem visita o local, encontra, ainda hoje, 24 moradores remanescen-tes do isolamento compulsório, que lutam pela eliminação do preconceito. “As pessoas tinham medo de se apro-ximar de um hanseniano. Acreditavam que o contato físico pudesse atrair azar ou alguma maldição para suas vidas”, explica irmã Lúcia Maya, que trabalha há 26 anos no hospital-colônia. O hospital esconde um passa-do sombrio. O local era controlado, permanentemente, e os que tentavam fugir eram “caçados” pelos policiais que faziam o patrulhamento no local e tratados como marginais. “Alguns doentes ficaram com transtornos psi-cológicos, por conta da prisão que viviam, e acabavam se suicidando”, disse a irmã. Capturados pela polícia sanitária estadual, os moradores do hospital foram forçados a deixar para trás

seus laços familiares, sua identidade e origem, formando no interior dessa instituição uma nova sociedade. Os filhos de hansenianos que nasciam na Colônia Itanhenga eram retirados compulsoriamente dos seus pais, e encaminhados para o Educan-dário Alzira Bley, localizado em um terreno próximo ao hospital-colônia. “Logo após o parto arrancaram o meu filho dos meus braços. Chorei 40 noi-tes sem parar”, recorda Sofia Andreão, que viveu reclusa por quase 25 anos no local. Emocionada, ela relata que teve mais dois filhos, ambos privados da convivência familiar. “Acabei me acostumando com a dor. Não tinha nada que eu e meu marido (também in-terno) pudéssemos fazer”. O trabalho voluntário como costureira, ofício que

aprendeu aos 23 anos quando chegou à colônia, foi uma forma que encontrou para ajudar os outros doentes e a si mesma. “Manter a mente ocupada, amenizava o meu sofrimento”, conta. Sofia ainda lembra que só podia ver os filhos no natal e no dia das mães. “Era uma dor terrível. Não podia tocá-los, uma grade nos separava”. Hoje, curada da hanseníase, ela mora em uma comunidade próxima ao hos-pital e convive diariamente com seus filhos. “Conversamos pouco sobre o que vivemos. É um passado que toda minha família tenta esquecer”.

Liberdade Os avanços na medicina, a par-tir da década de 70, que encontrou medicação adequada para impedir contágio, desde que a pessoa portadora

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reportagem

da doença assuma o tratamento, abriu caminho para a conquista da liberdade dos moradores da colônia. “O suces-so clínico consiste no diagnóstico precoce e no empenho do paciente em cumprir as orientações médicas”, esclarece a dermatologista Renata Modolo. “Com a introdução do tratamento terapêutico no Brasil, a poliquimiote-rapia, que reduz o tempo de tratamento da doença, garantindo a cura para todos os casos, o isolamento com-pulsório foi sendo abolido no Espírito Santo”, explica a dermatologista. Aos poucos, os internos do Hos-pital Dr. Pedro Fontes foram se mu-dando para áreas próximas, que foram transformadas em pequenos bairros denominados Pica-Pau e Cajueiro. “A

cerca de madeira, que dividia o espaço entre o hospital-colônia e a sociedade, foi rompida. Os internos passaram a ter não só o direito à vida respeitado, mas, também o da liberdade”, afirma Solange Herzog, funcionária do hos-pital há 28 anos. A reintegração social dos pacien-tes não foi exercida com total êxito. Marcelino Moreira de Oliveira, ainda traz no corpo e na alma os sinais do isolamento forçado que viveu por quase 30 anos. Hoje, deficiente vi-sual e aos 80 anos, ele ainda mora na Colônia Itanhenga. “Vivi momentos alegres aqui. Conheci muitas pessoas. Mas, prefe-ria ter ficado com minha família em Minas Gerais. Sei que agora as coisas mudaram, os tempos são outros. E mudou para melhor. Mas, vou sair daqui e me mudar para onde? Mi-nha família são as pessoas que ainda moram na colônia. Aqui, eu me sinto igual a todo mundo”. Reféns do preconceito, os 18 homens e seis mulheres que ainda moram no Hospital Dr. Pedro Fon-tes são a herança dos anos de exclu-são e abandono social que viveram. No local ainda funcionam três casas geriátricas que acolhem os internos remanescentes. Futuramente, no lu-gar da antiga biblioteca do hospital--colônia, será construído um museu pela Secretaria Estadual de Cultura, que vai resgatar a história do local e a dignidade das centenas de pessoas que passaram por lá.

“Vivi momentos alegres aqui.

Conheci muitas pessoas. Mas,

preferia ter ficado com minha

família em Minas Gerais.

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mundo, complexidAdes, novos jeitos de viveR

Bem, sigamos. O mundo pode nos adoecer, pode nos envolver em aconchegantes mantos de

passividade, e como diria Richard Sen-net - renomado sociólogo americano - o capitalismo vai impondo a todos uma corrosão do caráter. Destarte, a despeito dessa corrosão que em nós também atua, haveremos cotidiana-mente de nos posicionar contra ela. E, se o mal-estar se generaliza, se as insatisfações se avolumam, se as indelicadezas se disseminam, se os modos agressivos de convivência se

iDeias e sugestões

Para escrever este texto deixo de lado, por enquanto, o livro de Dino

Buzzati, O deserto dos tártaros. Este romance de 1940, obra prima do autor, já levado ao cinema com o mesmo título, ainda continua um

excelente convite para quem deseja uma boa leitura, tanto pela fluidez

e beleza do texto quanto pelas indagações sobre a vida que ele

suscita. Somos forçados no seguir das páginas a nos perguntar sobre

as atividades a que nos entregamos em passividade, sobre as mudanças que não implementamos em nosso jeito de viver, sobre os desejos que

não ousamos realizar.

tros, e porque são “os outros”, “G8” e etc, são os causadores dos problemas que me afligem. Não. Decerto não. A realidade tem muito mais do que dois lados. E se a realidade é multifacetada na sua complexidade, se são multia-xiais os problemas que enfrentamos - seja no mundo, na Igreja - também os modos de lidar com isso não se-rão padronizados, monocromáticos, pensados por uns para muitos. Have-remos de somar experiências, antes de nos apoiar em especialistas, em planos e estratégias. Estes não serão dispensados, mas aquelas serão mais valorizadas. E, no que diz respeito a estratégias, há que se tomar cuidado, pior ainda será se forem “estratégias de convencimento”. Estratégias de convencimento - se se quiser usar esta não muito saudável expressão - pre-cisam ser, de fato, estratégias em que se vence desafios a partir das forças de muitos, con-vencer, e não a partir da capitulação de outros modos de pensar em favor de um determinado ponto de vista. Talvez o caminho que poderemos alargar na direção de um outro jeito de viver incluirá em primeiro lugar - entre nós com maior empenho – o sonho de que, de fato, pode haver um outro jeito de viver, e de conviver, melhor. Em segundo lugar, viver com o propósito de não colocar nada acima da beleza e da importância das diferenças, da de-licadeza da bondade, da consideração pelos que nos são próximos – mesmo que não sejam “amigos”.dauri Batisti

expandem, inclusive entre aqueles que labutam a mesma luta, nós outros, retornando às fontes das beatitudes, da poesia e do abraço, reafirmaremos o propósito de não abdicarmos de outros e bonitos e possíveis jeitos de viver. Também reafirmaremos a confiança nos modos plurais, criativos e coleti-vos de darmos respostas às questões que nos interpelam. Ah, que explicações podem ser dadas, penso que sim, para esse mal--estar. Mas mais do que isso, mais do que constatar e explicar a perda dos vínculos entre as pessoas, a perda das delicadezas e suavidades no trato de umas com as outras, cabe retomar o que nutre a confiança mútua, a ne-cessária bondade no convívio com os outros, a inadiável tolerância aos modos diferentes de ver e viver a vida, o respeito reverente aos pensamentos e às convicções das pessoas, entre outras atitudes. Então, não será binária a avalia-ção que faremos da vida, da Igreja, do mundo, de nós mesmos. As realidades são muito mais complexas do que possa alcançar o saber que se arvora em dividir as pessoas em dois blocos, os que pensam como eu penso, e os outros. Sim, quanto mais desprezamos o saber do outro, sua experiência, a possibilidade de outros saberes, mais caímos na idolatria do nosso próprio ponto de vista. Não será binária, destarte, a clas-sificação que farei das pessoas, pondo ao meu lado os que me são iguais, os laureados com todos os meus elogios, pondo do outro lado os que são ou-

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proJeto

semente, um tRABAlHo de

AtividAdes educAtivAs

Fruto de mobilização social, de pessoas ligadas à Paró-quia de São Pedro, em Ja-

caraípe, o Projeto Semente nasceu com a proposta de ser um espaço de oportunidades para crianças e adolescentes, em situação de risco pessoal e social, que vivem no Bairro Residencial de Jacaraípe e adjacências (Lagoa de Jacaraípe, Costa Dourada, Jardim das La-ranjeiras, Bairro das Laranjeiras e Jardim Atlântico).

AtUAlMENtE, A iNStitUiçãO AtENDE 200 CRiANçAS E ADOlESCENtES, COM FAixA EtÁRiA DE 07 A 17 ANOS, QUE POR MEiO DE AtiviDADES SóCiO-EDUCAtivAS DE PREvENçãO E FORMAçãO, POSSiBilitAM UMA NOvA REAliDADE DE viDA, COM MAiS DiGNiDADE E NOvAS OPORtUNiDADES.

200

Horta e Jardinagem Escolinha de futebol

EnTrEAsdivErsAsATividAdEsEducATivAs

dEsEnvolvidAsnoProjETosEmEnTE,dEsTAcAm-sE:

As crianças aprendem a preparar a terra para plantar as sementes. A ação serve para conscientizar os menores sobre a importância de cuidar da natureza que beneficia a todos, trazendo alimentos.

Promove a socialização das crianças e dos adolescentes por meio da prática esportiva, incentivando a promoção da saúde e melhor auto-estima. Na Escolinha de Futebol as crianças conhecem os benefícios do esporte para melhores hábitos de vida.

CRiANçAS

inclusão social

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Aproximação da comunidade

oficinas de Teatro formação humana Novo Projeto

Sustento e sobrevivência do projetoO Projeto é mantido através de convênio com a Prefeitura de Serra desde 2005 e administra-do pela Cáritas Arquidiocesana que coordena a metodologia do mesmo com pedagogos, edu-cadores sociais, psicólogos, as-sistentes sociais e técnicos agrí-

PARA QUE O PROJEtO Dê CERtO É FUNDAMENtAl O RElACiONAMENtO COM A COMUNiDADE lOCAl. PARA iSSO ACONtECER DEStACAM-SE DUAS iNiCiAtivAS QUE vêM DANDO CERtO:

sevocêdesejaserumvoluntário,agendesuavisitaaoProjetosementepelotelefone

(27)3245-4994.

PArTiciPE:escolhaaidadedoseuapadrinhado(de07a17anos)[email protected],queosorganizadoresdacampanhaenviarãoume-mailderespostadandomaisinformações.Paraesteanoopadrinhooumadrinhadeveráassumirocompromissodepresentearseu“afilhado”comumchineloHavaianaseumacaixadebombom.

Será inaugurado, na Sede do Projeto Semente, no dia 14 de novembro às 14h, uma ação de incentivo à leitura em parceria com a Livraria Paullus. A comunidade está convidada a parti-cipar do evento. O novo Projeto de Leitura será mais um incentivo às crianças e adolescentes que passam a ter mais uma atividade: a leitura.

Campanha de NatalA “Campanha de Natal Solidário” visa tornar o natal das 200 crianças e adolescentes assistidos pelo Projeto Semente, mais feliz. Mas, também, aproximar a comunidade de forma concreta das crianças e adolescentes.

O projeto de teatro visa à sensibilização e desinibição das crianças e dos adolescentes, por meio de improvisos, dramatizações, exercícios corporais e vocais, criações de cena e personagens que estimulam o desenvolvimento infantil.

São aulas e atividades educativas que buscam encorajar os participantes do Projeto a agirem corretamente. São ensinamentos sobre comportamentos, impulsos, emoções e qualidades que valorizam a dignidade humana e o respeito ao próximo.

colas. O projeto tem parceria também com o CEPEMA, Centro de Execuções de Penas e me-didas alternativas, tornando-se espaço de motivação à prática do bem. Conta, ainda, com 5% do dízimo mensal da paróquia São Pedro em Jacaraípe.

2VoluntariadoUma equipe de oito voluntários, motivados a construir uma sociedade mais justa e me-nos violenta, colaboram espontaneamente com a limpeza, a mobilização de recursos, o atendimento às crianças e aos adolescentes, e principalmente, com a presença que faz do Projeto um ambiente familiar.

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cultura teológica

No contexto do tema do Ano da Fé, o Papa Bento XVI,

ao definir o tema para o 47° Dia Mundial das Comuni-cações Sociais, convida a refletir sobre as redes so-ciais, utilizando as metáfo-ras de “porta” e de “espaço” relacionando com a verda-de, a fé e a evangelização. Por que? Qual o pro-fundo significado desta mensagem? A pergunta parece ser: as “redes sociais” na inter-net são formas de comuni-car e condividir que contri-buem para o crescimento humano dos indivíduos, ou um perigo insidioso que pode aumentar a sensação

de solidão e desorientação? Ao escolher o tema é como se o Papa dissesse: A rede social é um ambiente de relações, de encontros e, esse ambiente oferece grandes oportunidades: é porta e espaço. Acrescento eu: o cri-tério de bondade não faz parte da Rede Social, por-que é a ética da pessoa, a sua capacidade de integrar a presença neste ambiente virtual com os relaciona-mentos na própria vida. Portanto, o Papa interessa-se pelo fato que, num tempo em que a tec-nologia tende a tornar-se o tecido que conecta mui-tas experiências humanas

poRtAs dA veRdAde e dA féredes sociaisO Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais divulgou o tema para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013. Redes Sociais: portas da verdade e da fé; novos espaços de evangelização.

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como os relacionamentos e os encontros, é necessá-rio perguntar-se: Pode isso ajudar as pessoas a encon-trarem Cristo pela fé? Não é mais suficiente a adequação superficial da linguagem ou do pensamento da Rede como meio de evangeli-zação. É indispensável, porém, poder apresentar o Evangelho como resposta às perguntas de sentido e de fé, que também surgem da rede e, na rede tornam-se estrada. O que torna as re-des sociais peculiares é a emergência das relações e

a acentuação de um estilo dialógico e interativo na co-municação e nas relações. O certo é que a vida das pessoas de hoje exprime-se, também, no ambiente digi-tal. O Papa parece quebrar o dualismo do dualismo digital. Enquanto disse-rem que precisa sair das relações em rede para viver relações reais confirma-se a esquizofrenia de uma ge-ração que vive o ambiente digital como um ambiente puramente lúdico, no qual joga-se um segundo ‘eu’, uma dupla identidade que vive de banalidades efême-

ras, como uma bolha pri-vada de realismo físico, de contato real com o mundo e com os outros. O desafio não é somente a ética, mas profundidade espiritual. Se o Pontífice indica que as Redes Sociais po-dem ser “portas de verda-de e de fé; novos espaços de evangelização” então, um dos maiores desafios hoje consiste em não ver a Rede como uma realidade paralela, mas um espaço antropológico interconec-tado pela raiz com outros lados de nossa vida. O de-safio, portanto, não deve ser aquele de como usar a rede, como muitas vezes pensamos, mas de como a pessoa possa encontrar Cristo na fé, vivendo sua vida também no contexto das Redes Sociais.

padre António Spadaro é sacerdote Jesuíta, Mestre em comunicação, doutor em Teologia e diretor da Revista Civiltá Católica

“Uma pessoa que vive de

relacionamentos sadios,

pode encontrar nelas

uma grande oportunidade

para continuar as

relações que, de outra

forma, seriam muito

fragmentadas.

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Page 28: Revista Vitória - novembro 2012

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ABBA PAIARTIGOS RELIGIOSOS CATÓLICOS

Entre os dias 15 e 18 de novembro, o Ministério Jovem da Renovação Carismática Católica (RCC), realiza no Parque de Exposição de Carapina, na Serra, o Encontro Estadual de Jovens – EEJ. Com o tema “Jovem tu me amas: apascenta as minhas ovelhas”, o evento deste ano pretende reunir, aproximadamente, 15 mil jovens capixabas. Na programação do encontro, shows católicos, workshops, Missas e pregações. A animação ficará por conta do Ministério Santuário, Ministério Bem Aventurada e Banda Rezza. A inscrição custa R$25,00 e pode ser feita no dia do encontro.

EEJ 2012

Estão abertas as inscrições para participar do Encontro Na-cional de Assessores da Pastoral Juvenil, que acontece entre os dias 29 de novembro e 2 de de-zembro, em Brasília. Promovido pela Conferên-cia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o evento é destinado aos responsáveis adultos de (arqui)dioceses, movimentos, congre-gações, comunidades, pastorais e organismos que trabalham di-retamente com a juventude. O encontro reflete a temática “A Juventude no Ano da Fé”. A proposta é auxiliar os assessores na missão de acompanhar os jo-vens na educação da fé, como orienta o Papa Bento XVI. A taxa de inscrição é de R$220. O valor inclui hospeda-gem e alimentação para os qua-tro dias de evento. As inscrições podem ser realizadas até o dia 10 de novembro pelo site www.jovensconectados.org.br.

Encontro de assessores

acontece

Em comemoração aos 25 anos do Instituto de Pastoral Catequética da Arquidiocese (IPAC) acontece no dia 24 de novembro, uma festa na quadra do Colégio Agostiniano, em Vitória. O evento começa a partir das 14h. São convidados a participar

Jubileu de pratado momento celebrativo os atuais Ipaquianos e ex-ipaquianos. Para garantir sua participação no evento, os interessados devem confirmar sua presença até o dia 12 de novembro pelo telefone (27) 3025.6265 ou pelo e-mail [email protected].

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Em reunião com o Conselho Presbiteral da Arqui-diocese de Vitória, o Arcebispo Metropolitano, Dom Luiz Mancilha Vilela realizou o remanejamento de diversos padres.

Confira as mudançasw Pe.Roberto Moreira de Sousa Neto assumiu a Paróquia

Sagrado Coração de Jesus, em Brejetuba.

w Pe. Carlos de Assis Viana saiu da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Brejetuba, e assumiu a Paróquia São Francisco de Assis, Porto Santana, Cariacica.

w Pe. José Pedro Luchi assumiu a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na Serra, antes conhecida como Santuário de Fátima.

w Pe. Walmir dos Santos tomou posse como Adminis-trador Paroquial, na Paróquia Jesus Libertador, Castelo Branco, em Cariacica.

w Pe. Jesimar Soares saiu da Paróquia Santa Rita de Cássia, em Vila Velha, e assumiu a Paróquia Sagrados Corações, em Barcelona, na Serra.

w Pe. Diego Carvalho dos Santos deixou a Paróquia Jesus Libertador, de Castelo Branco, Cariacica, e assume no dia 10 de novembro, a função de Administrador Paroquial, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Alfredo Chaves.

w Pe. Elson Moura do Nascimento assume no dia 9 de novembro, a Paróquia Santa Maria Goretti, Jardim América, Cariacica.

No dia 24 de novembro, das 8h às 17h, no Centro de Treinamento Dom João Batista, em Ponta Formosa, Vitória, a Pastoral Litúrgica da Arquidiocese de Vitória realiza um encontro destinado aos agentes envolvidos com a Liturgia. A temática do evento é “Bíblia: exegese e hermenêutica”. O encontro será assessorado pelo padre Andherson Franklin Lustosa de Souza. As inscrições devem ser feitas até o dia 14 de novembro pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (27) 3025-6296. O investimento é de R$ 30. A orientação é que participem do encontro até cinco pessoas por Paróquia.

Avaliação

Padres x Paróquias Encontro de Liturgia

Com a proposta de fortalecer e unificar o trabalho pastoral, a Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Vitória promove, no dia 11 de novembro, sua Assembleia Anual. A reunião vai avaliar as ações realizadas neste ano pela Pastoral na Arquidiocese, refletir sobre a Campanha do Dízimo 2012, e definir diretrizes e propostas de ação para a Pastoral do Dízimo em 2013. O encontro começa às 8h, com a celebração da Santa Missa, no Centro de Formação Dom João Batista, em Ponta Formosa, Vitória. O final do evento será com o almoço de confraternização às 12h30. As inscrições devem ser feitas até o dia 5 de novem-bro pelo e-mail [email protected]. Mais informações pelo telefone (27) 3025 6288.

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Festa

A rádio América AM, veiculo de comunicação da

Arquidiocese de Vitória, completa 20 anos no ar. São duas décadas de história, levando a seus ouvintes entretenimento, serviço e música em uma programa-ção de qualidade voltada às famílias, com a missão de evangelizar, educar, enfa-tizando a justiça social, o bem comum, a solidarieda-de e a formação cidadã, em sintonia com os princípios cristãos, onde a Palavra de Deus sempre esteve em pri-meiro lugar. São muitos ouvintes conquistados nas diversas localidades que a rádio al-

20 Anos no AR: Rádio AméRicA Am 690

net, através do site www.redeamericaes.com.br. E para esta data, uma série de eventos fo-ram planejados a fim de celebrar com os amigos conquistados na sintonia e as paróquias. No último mês o Teatro Carlos Go-mes foi palco do 1º evento dos festejos (foto), onde os ouvintes compareceram em massa. Foi o 1º Espetáculo de bandas católicas.

cança através do seu sinal. Hoje a emissora chega a todo o Estado do Espírito Santo, ao leste de Minas Gerais, sul da Bahia e norte do Rio de Janeiro, inovando como a primeira emissora AM do Espírito Santo a transmitir com sinal digital e com 18 horas de progra-mação local ao vivo, das 06 às 24 horas. A rádio pode ser sintonizada em qualquer lugar do mundo, pela inter-

a missão de evangelizar,

educar, enfatizando a

justiça social, o bem

comum, a solidariedade

e a formação cidadã...” A próxima atividade será uma missa em ação de graças, no dia 25 de novembro, às

18 horas, na Catedral Metropolitana. E muito mais ainda está por vir, será um ano inteiro de

celebrações. Sintonize a 690 AM e participe desta festa. É a rádio América, há vinte anos

presente na vida da Igreja de Vitória!

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Campanhada Evangelização

Coleta: 16 de dezembro de 2012

Bote fé na coleta da evangelização e bote fé na juventude. Colabore!

Bote fé

Semana missionária