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REVITALIZAÇÃO DA ECONOMIA DO OCEANO ÍN DICO OCIDENTAL Acções para um Futuro Sustentável em associação com SUMÁRIO INT

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Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário │ página 1

REVITALIZAÇÃO DA ECONOMIADO OCEANO ÍN DICO OCIDENTALAcções para um Futuro Sustentável

em associação com

SUMÁRIOINT

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página 2 │ Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário

Capa Pescadora tradicional na apanha de polvo num recife vasto e plano durante a maré vazia. A pesca do polvo é uma fonte de sustento e alimentação para muitas comunidades que vivem ao longo da região Ocidental do Oceano Índico.© Garth Cripps

O Boston Consulting Group (BCG) é uma empresa global de consultoria em gestão e líder mundial em matéria de assessoria a estratégias de negócios. Estabelecemos parcerias com muitos clientes do sector privado, público, e de sectores sem fins lucrativos em todas as regiões, na identificação das suas oportunidades de mais elevado valor, na solução dos seus mais intrincados desafios e na transformação dos seus empreendimentos. A nossa abordagem de ajustamento às características do cliente combina uma compreensão profunda das dinâmicas das empresas e dos mercados que mantêm uma estreita colaboração a todos os níveis com a organização do nosso cliente. Asseguramos deste modo que os nossos clientes obtenham uma vantagem competitiva sustentável, construam organizações mais capazes e garantam resultados duradouros. Fundado em 1963, o BCG é uma empresa privada com 85 delegações em 48 países. Para informação adicional queira por favor consultar bcg.com

O WWF é uma das maiores e mais experientes organizações independentes de conservação no mundo, com mais de 5 milhões de apoiantes e uma rede global activa em mais de 100 países.

A missão do WWF é travar a degradação do ambiente natural do planeta e construir um futuro em que os humanos vivam em harmonia com a natureza, através da conservação da diversidade biológica mundial, garantindo que a utilização de combustíveis renováveis é sustentável e promovendo a redução da poluição e dos desperdícios do consumo.

Uma produção do WWF Internacional

A designação de entidades geográficas neste relatório e a apresentação do material, não significam a expressão de qualquer opinião por parte do WWF no que diz respeito ao estatuto legal de qualquer país, território, ou área, ou das suas autoridades, seja no que concerne à delimitação das suas fronteiras ou limites territoriais.

Publicado em Janeiro de 2017 pelo WWF – World Wide Fund For Nature ou "Fundo Mundial para a Natureza" (antes designado por World Wildlife Fund), em Gland, na Suíça. Qualquer reprodução, parcial ou completa deve mencionar o título, o autor principal e creditar o editor acima mencionado como proprietário dos direitos de autor.

© Texto 2017 WWF. Todos os direitos reservados ISBN 978-2-940529-44-5

Citação deste relatório: Obura, D. et al. 2017. Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável - Sumário. WWF Internacional, Gland, Suiça. 20 pp.

Autor principal: Dr. David Obura, CORDIO para África Oriental Caixa Postal 10135 Mombaça 80101, Quénia

Boston Consulting Group: Marty Smits, Taz Chaudhry, Jen McPhillips, Douglas Beal, Camille Astier

Chefe de redacção: John Tanzer

Director editorial: Paul Gamblin

Editores contribuintes: Valerie Burgener, Sian Owen, Aimee Gonzales

Gostaríamos de agradecer às seguintes pessoas, em particular: Jessica Battle, Luke Brander, Garth Cripps, Ali Dehlavi, Wetjens Dimmlich, Hugh Doulton, John Duncan, João Carlos Fernando, Elaine Geyer-Allely, Domingos Gove, May Guerraoui, David Hirsch, Jurgenne Honculada-Primavera, Barney Jeffries, Evan Jeffries, Frederick Kumah, Dresy Lovasoa, James Mbugua, Solani Mhango, Helena Motta, Rab Nawaz, Amani Ngusaru, Denise Nicolau, Maria Catalina Reyes Nivia, Linwood Pendleton, Harifidy Ralison, Tiana Ramahaleo, Nanie Ratsifandrihamanana, Laura Robson, Anabela Rodrigues, Maria João Rodrigues, Toby Roxburgh, Melita Samoilys, Peter Scheren, Alfred Schumm, Mkhululi Silandela, Laurent Somé, Rashid Sumaila, Christine Tam, Taye Teferi, Rose Thuo e Dixon Waruinge.

Concepção /layout: Stefane Mauris & Miller Design

Infográficos: Catalyze Communications (Marc-Antoine Dunais e Maria Thezar)

Sobre o autor principal: David Obura, PhD, é o Director Fundador da CORDIO da África Oriental, uma organização de conhecimento que apoia a gestão sustentável e a conservação de recifes de coral e sistemas marinhos na África Oriental/ Oceano Índico Ocidental (OIO). A CORDIO trabalha com as partes interessadas, gestores e decisores, para que o trabalho de pesquisa se traduza em benefícios práticos. A principal área de pesquisa do Dr. Obura incide sobre a resiliência dos recifes de coral, os impactos das mudanças climáticas e a biogeografia dos corais do Oceano Índico. O melhor conhecimento sobre aspectos relacionados com a sobrevivência dos recifes de coral oferece-nos um melhor entendimento sobre as mudanças eminentes que pesam sobre outros ecossistemas, e sobre as pessoas que dependem desses serviços naturais. Dr. Obura contribui com esta perspectiva para os múltiplos processos regionais e globais, como seja na construção de um futuro sustentável na região Norte do Canal de Moçambique, na liderança do Grupo de Especialistas de Corais da IUCN e nas redes sobre a biodiversidade e os oceanos sob a tutela da UNESCO e de outras instituições.

Para efeitos de todas as referências e detalhes por favor consulte o relatório completo em ocean.panda.org.

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Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário │ página 3

Legend

Melanesia

India

n Oce

an

ComorosComoros

SeychellesSeychelles

Port ElizabethPort ElizabethEast LondonEast London

DurbanDurban

MaputoMaputo

KimberleyKimberley

BeiraBeira

MtwaraMtwara

AntananarivoAntananarivoToamasinaToamasina

MombasaMombasa

Saint DenisSaint Denis Port LouisPort Louis

MoroniMoroni

RodriguesRodrigues

NairobiNairobi

DodomaDodoma

MogadishuMogadishu

Joanesburgo

Vitória

Dar-es-Salaam

Pretória

Cidade do Cabo

Nacala

80°0'0"70°0'0"60°0'0"50°0'0"40°0'0"30°0'0"20°0'0"10°0'0"

10°0

'0"

0°0'

0"-1

0°0'

0"-2

0°0'

0"-3

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0"-4

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0"

Somália

Quénia

Tanzânia

MoçambiqueMadagáscar

África do Sul

Maurícias

Ilhas Reunião (França)Toliára

Mapa produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Divisão de Alerta Rápido e Avaliação (Fev 2008)

0 220 440 660 880110

Quilómetros

CidadesCidade capitalOutra CidadeMassa de água

Legenda

O Oceano Índico Ocidental é uma região coerente do ponto de vista biogeográfico, climático e sociopolítico que integra dez países – Comores, Ilhas Reunião (França), Quénia, Madagáscar, Maurícias, Moçambique, Seychelles, Somália, África do Sul e Tanzânia – numa fusão de países insulares e continentais. A sua população total é de cerca de 220 milhões, dos quais mais de um quarto vive dentro da faixa de 50 km da costa.

Abrangendo 30 milhões de km2, a área do Oceano Índico Ocidental equivale a 8,1 por cento da superfície global dos oceanos, com uma linha costeira total de mais de 15.000 km. Dentro da diversidade da sub-região inclui-se a parte Norte do Canal de Moçambique – uma região essencial de elevada biodiversidade marinha tropical. Recifes de coral, mangais, terras húmidas, leitos de ervas marinhas, e ambos habitats, o pelágico e o de profundidade, acolhem uma biodiversidade elevada que sustenta a economia e a subsistência das comunidades.

SUMÁRIOA avaliação da importância do Oceano Indico Ocidental para o tecido socioeconómico da região dificilmente pode ser subestimado. Cerca de 60 milhões de pessoas viven dentro do espaço de 100 km de faixa costeira.

Mapa do Oceano Índico Ocidental

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página 4 │ Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário

1 Os resultados aqui apresentados são estimativas conservadoras. A análise não mediu valores intangíveis importantes como seja o papel do oceano na regulação climática e na estabilização da temperatura, na produção de oxigénio, sobre o enriquecimento espiritual e cultural que o oceano oferece, ou o valor intrínseco da sua biodiversidade. É igualmente difícil colocar um valor monetário na contribuição feita por actividades como a pesca de subsistência onde não exista um único ponto de venda. E os resultados que não dependem das funções ecológicas do oceano (e.g., extracção mineira fora da costa ou transporte marítimo) foram excluídos, bem assim como outros recursos ou património sobre os quais não há dados disponíveis.

As comunidades costeiras estão enraizadas em culturas que remontam a centenas de anos de atrás, baseadas na pesca, no comércio marítimo e na utilização dos recursos marinhos.

Mas o rápido crescimento populacional, as mudanças geopolíticas e culturais, a globalização do comércio na última metade do século alteraram muitas das relações tradicionais entre as comunidades e o seu oceano. Por isso, é absolutamente necessário neste século 21, uma nova abordagem sobre deste assunto.

Hoje, oceanos e ecossistemas saudáveis alicerçam a riqueza da região e representam um potencial enorme para o seu desenvolvimento sustentável. Este relatório faz alusão à melhor informação disponível para ilustrar a importância do património marinho e costeiro para as economias da região e para a subsistência e bem-estar das suas comunidades. Como a análise que fundamentou este relatório demonstra, o “produto marinho bruto” anual da região do Oceano Índico Ocidental – equivalente ao produto interno bruto (PIB) de um país – é de pelo menos 20,8 mil milhões de USD. A base total de activos do oceano da região (ou "fundo de riqueza partilhada") está, conservadoramente, estimada em pelo menos 333,8 mil milhões de USD. Esses valores derivam do produto directo do oceano (e.g., actividades de pesca) serviços baseados no oceano (e.g., turismo marítimo) e benefícios adjacentes associados às faixas costeiras (e.g., sequestro de carbono)1. Por isso a economia do Oceano Índico Ocidental é comparável às maiores economias nacionais da região.

Em termos absolutos, o produto marinho bruto anual, pode, à primeira vista, parecer pequeno se comparado com a economia global do oceano estimada em 2,5 milhões de milhões de USD. Contudo tendo em conta que muitos dos países do Oceano Índico Ocidental estão entre os mais pobres do mundo, a contribuição do oceano, para o alívio da pobreza, é significativa. De importância crítica por exemplo, são os benefícios alimentares e de subsistência que o oceano providencia mas que não constam das análises económicas convencionais.

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Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário │ página 5

Piroga tradicional à vela no Oceano Índico Ocidental. A possibilidade dos pescadores tradicionais encontrarem áreas produtivas de pesca está cada vez mais circunscrita às partes mais remotas da costa.

© G

arth Cripps

Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário │ página 5

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página 6 │ Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário

FIGURA 1 QUAL É O VALOR ECONÓMICO DO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL ?

20,8%19,0%

0,8%0,5%

SERVIÇOS DIRECTOSVIABILIZADOS

PELO OCEANO

Turismo marítimo

Pesquisa & desenvolvimento

Segurança & controlo

RESULTADO DIRECTODO OCEANO

7,8%1,2%0,1%

9,1%

Aquacultura / maricultura

Pescarias de subsistência

Pesca industrial

Africa do Sul

Moçambique

Ilha Reunião

Tanzânia Quénia

Maurícias

Somália

ComoresSeychelles

Madagáscar

4. PIB OIOUSD 20,8 mil milhões

2. QUÉNIA60,9 mil milhões de USD

1. ÁFRICA DO SUL349,8 mil milhões de USD

5. MOÇAMBIQUE16,4 mil milhões de USD

7. MADAGÁSCAR10,6 mil milhões de USD

6. MAURÍCIA12,6 mil milhões de USD

3. TÂNZANIA49,2 mil milhões de USD

Análise para esta secção fornecida por: © The Boston Consulting Group, Inc. Todos os direitos reservados. Para mais informação sobre a metodologia

usada pela BCG, visite a página: ocean.panda.org

8. SEYCHELLES1,4 mil milhões de USD

9. COMORES0,6 mil milhões de USD

FIGURA 1 QUAL É O VALOR ECONÓMICO DO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL ?

70,2%Turismo costeiro

Sequestro de carbono

50,0%14,0%

(dados de 2015) (Banco Mundial 2014)

USD 135,1Pesca marítima

USD 42,7Mangais

USD 18,1Recifes de coral

USD 20,8Ervas marinhas

PRINCIPAIS ACTIVOS MIL MILHÕES

USD 93,2Costa produtiva

USD 24,0 Absorção de carbono

ACTIVOS ADJACENTES

PRODUTO MARINHO BRUTO DO OIO

VALOR PATRIMONIAL NO OCEANO INDICO OCIDENTAL (OIO) - FUNDO DE RIQUEZA PARTILHADO

333,8 mil milhões USD

* Dados indisponíveis para a Somália e França (PIB regional). Projecções para 2015 baseadas em dados de 2014 do BM.

6,0% Protecção costeira

Biotecnologia marinha0,2%

0,2% Pesquisa oceânica

0,1% Sector dos cruzeiros

0,1% Educação & formação

Produto Marinho Bruto (PMB) é o valor económico anual do oceano.

Activos marítimos no OIO proporcionam um valor considerável e podem proporcionar ainda mais se forem bem geridos.

RIQUEZA TOTAL PARTILHADABASE DE ACTIVOS DO FUNDO

BENEFÍCIOS ADJACENTES DO OCEANO

MANGAIS, RECIFES DE CORAL, MARISCOS, PESCADORES, OPERADORES DE TURISMO — ESTÃO TODOS INTERLIGADOS.

Em todo o OIO, os meios de subsistência e de renda das pessoas estão muitas vezes indissociavelmente ligados a ecossistemas saudáveis funcionais. Quando estes são danificados, todas as pessoas são afectadas.

A economia do Oceano Índico Ocidental é a quarta maior da região.

20,8 mil milhõesde USD

COMO É QUE O PRODUTO MARINHO BRUTO DO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL SE COMPARA AOS PIBs REGIONAIS?

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Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário │ página 7

20,8%19,0%

0,8%0,5%

SERVIÇOS DIRECTOSVIABILIZADOS

PELO OCEANO

Turismo marítimo

Pesquisa & desenvolvimento

Segurança & controlo

RESULTADO DIRECTODO OCEANO

7,8%1,2%0,1%

9,1%

Aquacultura / maricultura

Pescarias de subsistência

Pesca industrial

Africa do Sul

Moçambique

Ilha Reunião

Tanzânia Quénia

Maurícias

Somália

ComoresSeychelles

Madagáscar

4. PIB OIOUSD 20,8 mil milhões

2. QUÉNIA60,9 mil milhões de USD

1. ÁFRICA DO SUL349,8 mil milhões de USD

5. MOÇAMBIQUE16,4 mil milhões de USD

7. MADAGÁSCAR10,6 mil milhões de USD

6. MAURÍCIA12,6 mil milhões de USD

3. TÂNZANIA49,2 mil milhões de USD

Análise para esta secção fornecida por: © The Boston Consulting Group, Inc. Todos os direitos reservados. Para mais informação sobre a metodologia

usada pela BCG, visite a página: ocean.panda.org

8. SEYCHELLES1,4 mil milhões de USD

9. COMORES0,6 mil milhões de USD

FIGURA 1 QUAL É O VALOR ECONÓMICO DO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL ?

70,2%Turismo costeiro

Sequestro de carbono

50,0%14,0%

(dados de 2015) (Banco Mundial 2014)

USD 135,1Pesca marítima

USD 42,7Mangais

USD 18,1Recifes de coral

USD 20,8Ervas marinhas

PRINCIPAIS ACTIVOS MIL MILHÕES

USD 93,2Costa produtiva

USD 24,0 Absorção de carbono

ACTIVOS ADJACENTES

PRODUTO MARINHO BRUTO DO OIO

VALOR PATRIMONIAL NO OCEANO INDICO OCIDENTAL (OIO) - FUNDO DE RIQUEZA PARTILHADO

333,8 mil milhões USD

* Dados indisponíveis para a Somália e França (PIB regional). Projecções para 2015 baseadas em dados de 2014 do BM.

6,0% Protecção costeira

Biotecnologia marinha0,2%

0,2% Pesquisa oceânica

0,1% Sector dos cruzeiros

0,1% Educação & formação

Produto Marinho Bruto (PMB) é o valor económico anual do oceano.

Activos marítimos no OIO proporcionam um valor considerável e podem proporcionar ainda mais se forem bem geridos.

RIQUEZA TOTAL PARTILHADABASE DE ACTIVOS DO FUNDO

BENEFÍCIOS ADJACENTES DO OCEANO

MANGAIS, RECIFES DE CORAL, MARISCOS, PESCADORES, OPERADORES DE TURISMO — ESTÃO TODOS INTERLIGADOS.

Em todo o OIO, os meios de subsistência e de renda das pessoas estão muitas vezes indissociavelmente ligados a ecossistemas saudáveis funcionais. Quando estes são danificados, todas as pessoas são afectadas.

A economia do Oceano Índico Ocidental é a quarta maior da região.

20,8 mil milhõesde USD

COMO É QUE O PRODUTO MARINHO BRUTO DO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL SE COMPARA AOS PIBs REGIONAIS?

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página 8 │ Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário

Duas tendências importantes estão a unir-se: África está à beira de uma mudança transformadora e a utilização do oceano está a expandir-se mais rapidamente do que em qualquer momento da história. Isto coloca os líderes da região ocidental do Oceano Índico Ocidental num momento de decisão crítico. A prossecução das vias dispendiosas dos séculos 19 e 20, impulsionada pelos países industrializados, irá acelerar a trajectória actual no sentido da degradação ambiental e “déficit de biocapacidade”, colocando em risco as perspectivas a longo prazo e a segurança social e económica. Uma opção alternativa seria a de os responsáveis pelas decisões desenvolverem, preferivelmente opções inovadoras e mais eficientes de utilização dos recursos que se orientem para o desenvolvimento sustentável. O oceano e os seus activos podem desempenhar um papel importante na prossecução deste objectivo. A sustentação de ecossistemas oceânicos pode tirar as pessoas da pobreza e proporcionar uma base sólida para economias nacionais fortes.

Como o nosso sistema económico actual ignora ou externaliza a maioria dos custos ambientais, os benefícios do oceano são muitas vezes vistos como proporcionados gratuitamente e por isso frequentemente tomados como garantidos. A menos que o seu valor seja reconhecido e que sejam tomadas medidas firmes para preservar os activos naturais que os sustentam, estes vão diminuir rapidamente ao longo das próximas décadas.

Apesar dos ecossistemas, costeiro e marinho, relativamente intactos do Oceano Índico Ocidental, há cada vez mais sinais de desgaste em muitos pontos da região. Muitas comunidades costeiras confrontam-se com dificuldades económicas crescentes que resultam da degradação da sua base de recursos naturais, devido em grande parte às crescentes pressões de desenvolvimento de infra-estrutura, indústrias extractivas, crescimento populacional e mudanças climáticas. Os recifes de coral e os mangais estão em declínio gerado pela combinação dos impactos da utilização local e de ameaças ambientais globais. Importantes efectivos populacionais de peixe estão sob a ameaça da sobrepesca e gestão inadequada. O desenvolvimento costeiro e urbanístico está em florescimento com limitados padrões e orientações de planeamento. O capital natural da região ocidental do Oceano Índico está a ser desgastado, enfraquecendo o valor do oceano para as gerações actuais e vindouras.

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Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário │ página 9

A pegada humana sobre as áreas costeiras do Oceano Índico Ocidental está a crescer rapidamente. A implementação efectiva de políticas fortes é crucial para conduzir a região rumo a um futuro sustentável e inclusivo.

© G

arth Cripps

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4

FIGURA 2 ESTADO DO ACTIVOS MARÍTIMOS NO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL

1975

HOJE

2030

2100

proj

ecçã

o

818

306

220

58

(milhões de pessoas)6

FONTE: 1. Obura et al. (em revisão); 2. CIESIN (2015); 3. FAO (2013); 4. IOTC (2016); 5. UNEP-Convenção de Nairobi e WIOMSA (2015); 6. UNESA (2015); 7. WDPA (2016); 8. WRI (2011).

3

50%.

5

0,2˚

0,4˚

0,6˚

0,8˚

1,2˚

1983 1998 2010 2016

40% ?%33%70% -80% DIMINUIÇÃO DE MANGAIS 5

FALTA DE PROTECÇÃO

MOÇAMBIQUE (1990-2002)27%

TANZÂNIA (1980-2005)QUÉNIA (1985-2010)18%

APENAS 2,4% 7

APROXIMADAMENTE

60 milhõesDE PESSOAS VIVEM NUM RAIO DE 100 KM DA COSTA EM TODO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL, INSTAURANDO STRESS SOBRE OS RECURSOS NATURAIS.

DA ÁREA MARÍTIMA ESTÁ SOB ALGUMA FORMA DE PROTEÇÃO NO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL.

O rápido aumento dos níveis populacionais e de consumo – juntamente com a alta dependência por recursos costeiros e marinhos para o sustento e a subsistência – são os principais factores da sobreexploração e degradação dos ecossistemas costeiros do Oceano Índico Ocidental.

71-100%

ATUM AMARELO EM DECLÍNIO

1

TUBARÕES SOB AMEAÇA

POPULAÇÃO EM RÁPIDA EXPANSÃO REDUÇÃO DA POPULAÇÃO DE PEIXESRECIFES DE CORAIS EM RISCO

(Extensão do branqueamento de corais)

EXCEPTO NAS SEYCHELLES.

(Aumento da temperatura do oceano)

ESTUDO DE CASO: BRANQUEAMENTO DE CORAIS NA ILHA MAYOTTE

DOS RECIFES ENCONTRAM-SE EM RISCO EM TODOS PAÍSES NO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL OCEANO ÍNDICO OCIDENTALO branqueamento e corais em massa tem ocorrido mais frequentemente na região, causando a mortalidade em larga escala dos corais.

Os recifes em Mayotte sofreram quatro eventos graves de branqueamento em intervalos curtos. A gravidade do aumento da temperatura em 2016 significa que desta vez, os recifes podem não ser capazes de recuperar.

35%

28%

DA POPULAÇÃO AVALIADA NO OIO ENCONTRAM-SE COMPLETAMENTE EXPLORADAS.

ENCONTRAM-SESOBREEXPLORADA.

Risco de danificar o habitat devido a um grande derrame

MAIS DE METADE DAS 50 ESPÉCIES DE TUBARÕES AVALIADAS NO OCEANO ÍNDICO OCIDENTALSÃO CONSIDERADAS AMEAÇADAS.

SE NÃO FOR TOMADA NENHUMA MEDIDA, A POPULAÇÃO DO ATUM-AMARELO NO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL CORRE PERIGO DE EXTINÇÃO DENTRO DE POUCOS ANOS.

SOBREPESCADO

2

8

FIGURA 2 ESTADO DOS ACTIVOS MARÍTIMOS NO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL

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FIGURA 2 ESTADO DO ACTIVOS MARÍTIMOS NO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL

1975

HOJE

2030

2100

proj

ecçã

o

818

306

220

58

(milhões de pessoas)6

FONTE: 1. Obura et al. (em revisão); 2. CIESIN (2015); 3. FAO (2013); 4. IOTC (2016); 5. UNEP-Convenção de Nairobi e WIOMSA (2015); 6. UNESA (2015); 7. WDPA (2016); 8. WRI (2011).

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50%.

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0,4˚

0,6˚

0,8˚

1,2˚

1983 1998 2010 2016

40% ?%33%70% -80% DIMINUIÇÃO DE MANGAIS 5

FALTA DE PROTECÇÃO

MOÇAMBIQUE (1990-2002)27%

TANZÂNIA (1980-2005)QUÉNIA (1985-2010)18%

APENAS 2,4% 7

APROXIMADAMENTE

60 milhõesDE PESSOAS VIVEM NUM RAIO DE 100 KM DA COSTA EM TODO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL, INSTAURANDO STRESS SOBRE OS RECURSOS NATURAIS.

DA ÁREA MARÍTIMA ESTÁ SOB ALGUMA FORMA DE PROTEÇÃO NO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL.

O rápido aumento dos níveis populacionais e de consumo – juntamente com a alta dependência por recursos costeiros e marinhos para o sustento e a subsistência – são os principais factores da sobreexploração e degradação dos ecossistemas costeiros do Oceano Índico Ocidental.

71-100%

ATUM AMARELO EM DECLÍNIO

1

TUBARÕES SOB AMEAÇA

POPULAÇÃO EM RÁPIDA EXPANSÃO REDUÇÃO DA POPULAÇÃO DE PEIXESRECIFES DE CORAIS EM RISCO

(Extensão do branqueamento de corais)

EXCEPTO NAS SEYCHELLES.

(Aumento da temperatura do oceano)

ESTUDO DE CASO: BRANQUEAMENTO DE CORAIS NA ILHA MAYOTTE

DOS RECIFES ENCONTRAM-SE EM RISCO EM TODOS PAÍSES NO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL OCEANO ÍNDICO OCIDENTALO branqueamento e corais em massa tem ocorrido mais frequentemente na região, causando a mortalidade em larga escala dos corais.

Os recifes em Mayotte sofreram quatro eventos graves de branqueamento em intervalos curtos. A gravidade do aumento da temperatura em 2016 significa que desta vez, os recifes podem não ser capazes de recuperar.

35%

28%

DA POPULAÇÃO AVALIADA NO OIO ENCONTRAM-SE COMPLETAMENTE EXPLORADAS.

ENCONTRAM-SESOBREEXPLORADA.

Risco de danificar o habitat devido a um grande derrame

MAIS DE METADE DAS 50 ESPÉCIES DE TUBARÕES AVALIADAS NO OCEANO ÍNDICO OCIDENTALSÃO CONSIDERADAS AMEAÇADAS.

SE NÃO FOR TOMADA NENHUMA MEDIDA, A POPULAÇÃO DO ATUM-AMARELO NO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL CORRE PERIGO DE EXTINÇÃO DENTRO DE POUCOS ANOS.

SOBREPESCADO

2

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página 12 │ Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário

ESTE É UM MOMENTO EM QUE TEMOS A OPORTUNIDADE DE REDEFINIR A AGENDA, ANTES QUE O “FUNDO DE RIQUEZA PARTILHADO” DO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL SEJA ESGOTADO. O presente relatório oferece um plano de acção de 15 anos que contém soluções desenhadas para reverter as tendências negativas e criar uma economia azul inclusiva que priorize o desenvolvimento sustentável através de investimentos nos recursos naturais e de uma gestão económica prudente. O enquadramento proposto tem como base, a Agenda 2030 das Nações Unidas (Objectivos de Desenvolvimento Sustentável) acordada pela comunidade internacional. Esta propõe sete acções essenciais que têm como objectivo reforçarem-se mutuamente impondo a necessidade de uma abordagem que explore as sinergias entre as mesmas, ou seja:

ACÇÃO 1 IMPLEMENTAR UMA GESTÃO EFECTIVA DOS RECURSOS OCEÂNICOS

Implementar medidas para alcançar o Objectivo 11 da Aichi e ODS14 através de novas redes ecologica e socialmente coerentes de áreas marinhas protegidas e áreas marinhas localmente geridas em habitats críticos perto da costa e no mar, e garantir a sua gestão efectiva.

ACÇÃO 2 GARANTIR A SUSTENTABILIDADE DE PESCAS DE PEQUENA ESCALA E INDUSTRIAL E AQUACULTURA

Implementar a legislação por forma a aplicar as directivas da FAO, e fortalecer as abordagens baseadas em direitos e a partilha de benefícios nas pescas e aquacultura, por forma a cobrir 50 por cento de todo peixe consumido até 2030.

ACÇÃO 3 TRANSFORMAR-SE EM ECONOMIAS DO SÉCULO 21 RESILIENTES AO CLIMA E NEUTRAS EM CARBONO.

Incentivar a resiliência climática baseada nos ecossistemas com finanças sustentáveis e implementar as estratégias nacionais para um desenvolvimento neutro em carbono até 2030.

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Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário │ página 13

ACÇÃO 4 ADOPTAR UMA ABORDAGEM INCLUSIVA E SUSTENTÁVEL DE ECONOMIA AZUL

Aplicar políticas e legislação que internalizem os valores ambientais em práticas de negócios, prover emprego mais inclusivo e satisfazer as necessidades de produção e consumo de mais 50 por cento da população até 2030.

ACÇÃO 5 IMPLEMENTAR UM PLANO E GESTÃO INTEGRADOS DO OCEANO

Desenvolver e implementar planos para a gestão integrada do oceano através de processos de planeamento espacial em escalas relevantes (nacional, sub-regional, sub-nacional). Estes planos devem estar alinhados uns com os outros e, até 2030, cobrir toda a região Ocidental do Oceano Índico do Oceano Índico.

ACÇÃO 6 INVESTIR NO CAPITAL SOCIAL COMO PILAR PARA UM FUTURO PRÓSPERO

Integrar as estratégias social, económica e ambiental através da concretização de todos os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável com enfoque nas comunidades das zonas costeiras de todos os países do Oceano Índico Ocidental.

ACÇÃO 7 CRIAR PARCERIAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Criar políticas habilitadoras que promovam as melhores práticas e apoiar parcerias parcerias envolvendo várias partes interessadas, por forma a garantir de forma equitativa o acesso a benefícios sociais, ambientais e económicos. Esta acção permitirá expandir o número de parcerias e a proporção de recursos naturais que estas governam.

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FIGURA 3 DOIS FUTUROS CENÁRIOS PARA O OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL

CENÁRIO DE ECONOMIA AZUL SUSTENTÁVEL

ACÇÃO 1

ACÇÃO 5

ACÇÃO 6

ACÇÃO 7

ACÇÃO 2

ACÇÃO 3

ACÇÃO 4

FALTA DE UM PLANEAMENTO INTEGRADO

SOBRE-EXPLORAÇÃO

HABITATS SAUDÁVEIS

FAMÍLIAS EDUCADAS E SAUDÁVEIS

GESTÃO INTEGRADA

CENÁRIO HABITUAL (BUSINESS AS USUAL)

A PESCA RESPONSÁVEL

ÁREAS PROTEGIDAS BEM GERIDAS

MUDANÇAS CLIMÁTICASO aquecimento, a subida do nível do mar, a acidificação e tempestades danificam severamente os recursos tais como os recifes de coral e mangais, desgastando os serviços do ecossistema tais como fornecimento de alimento e protecção costeira

por forma a criar uma cooperação entre sectores para maximizar a longo prazo, o uso sustentável do mar.

e a aquacultura fornecem benefícios económicos a longo prazo e proteína para uma população em crescimento.

tais como os mangais e os recifes de coral fornecem uma protecção vital pois que os litorais sofrem o aumento do nível do mar e tempestades mais intensas devido às mudanças climáticas.

Os sectores tais como da indústria extractiva, transporte marítimo, pesca e turismo, entram em conflito uns com os outros e estão a esgotar os recursos oceânicos.

De recursos marinhosenfraquece a pesca comercial e de pequena escala, prejudicando a segurança alimentar, emprego e subsistência.

Implementar uma Gestão Efectiva dos Recursos Oceânicos

Transformar-se em Economias do século 21 que são Resilientes e Neutras em Carbono

Adoptar uma Abordagem de Economia Azul Sustentável e Inclusiva

Melhorar a saúde de ecossistemas e ajudar a manter a segurança alimentar, rendimento e trabalhos.

Contribuem para uma economia azul inclusiva e um futuro sustentável.

ÁREA MARINHA GERIDA LOCALMENTE (LMMA)

/ ÁREA MARINHA PROTEGIDA (MPA)

Implementar uma Gestão e Planeamento do Oceano Integrada

Investir no Capital Social como Pilar para a Prosperidade Futura

Criar Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável

Garantir a Sustentabilidade da Pesca de Pequena Escala e Industrial e da Aquacultura

VIDA DEBAIXO DA ÁGUA

VIDA DEBAIXO DA ÁGUA

IGUALDADE DE GÊNERO

PARCERIAS PELAS METAS

ERRADICAÇÃO DA FOME

COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

EMPREGOS DIGNOS E CRESCIMENTO ECONÓMICO

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CENÁRIO DE ECONOMIA AZUL SUSTENTÁVEL

ACÇÃO 1

ACÇÃO 5

ACÇÃO 6

ACÇÃO 7

ACÇÃO 2

ACÇÃO 3

ACÇÃO 4

FALTA DE UM PLANEAMENTO INTEGRADO

SOBRE-EXPLORAÇÃO

HABITATS SAUDÁVEIS

FAMÍLIAS EDUCADAS E SAUDÁVEIS

GESTÃO INTEGRADA

CENÁRIO HABITUAL (BUSINESS AS USUAL)

A PESCA RESPONSÁVEL

ÁREAS PROTEGIDAS BEM GERIDAS

MUDANÇAS CLIMÁTICASO aquecimento, a subida do nível do mar, a acidificação e tempestades danificam severamente os recursos tais como os recifes de coral e mangais, desgastando os serviços do ecossistema tais como fornecimento de alimento e protecção costeira

por forma a criar uma cooperação entre sectores para maximizar a longo prazo, o uso sustentável do mar.

e a aquacultura fornecem benefícios económicos a longo prazo e proteína para uma população em crescimento.

tais como os mangais e os recifes de coral fornecem uma protecção vital pois que os litorais sofrem o aumento do nível do mar e tempestades mais intensas devido às mudanças climáticas.

Os sectores tais como da indústria extractiva, transporte marítimo, pesca e turismo, entram em conflito uns com os outros e estão a esgotar os recursos oceânicos.

De recursos marinhosenfraquece a pesca comercial e de pequena escala, prejudicando a segurança alimentar, emprego e subsistência.

Implementar uma Gestão Efectiva dos Recursos Oceânicos

Transformar-se em Economias do século 21 que são Resilientes e Neutras em Carbono

Adoptar uma Abordagem de Economia Azul Sustentável e Inclusiva

Melhorar a saúde de ecossistemas e ajudar a manter a segurança alimentar, rendimento e trabalhos.

Contribuem para uma economia azul inclusiva e um futuro sustentável.

ÁREA MARINHA GERIDA LOCALMENTE (LMMA)

/ ÁREA MARINHA PROTEGIDA (MPA)

Implementar uma Gestão e Planeamento do Oceano Integrada

Investir no Capital Social como Pilar para a Prosperidade Futura

Criar Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável

Garantir a Sustentabilidade da Pesca de Pequena Escala e Industrial e da Aquacultura

VIDA DEBAIXO DA ÁGUA

VIDA DEBAIXO DA ÁGUA

IGUALDADE DE GÊNERO

PARCERIAS PELAS METAS

ERRADICAÇÃO DA FOME

COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

EMPREGOS DIGNOS E CRESCIMENTO ECONÓMICO

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É elevada a possibilidade de os países da região atingirem a sua visão inserida no Programa de Acção Estratégica para a Protecção do Oceano Índico Ocidental (WIO-SAP) e de prosperarem com um Oceano Índico Ocidental saudável. As acções acima mencionadas providenciam um guião para alcançar este fim. No processo, tais acções irão contribuir também para a implementação dos ODSs, bem assim como para o Acordo de Paris de 2015. Numa escala continental, a Agenda 2063 e a Estratégia Marinha Integrada da União Africana facultam uma visão abrangente para uma economia azul sustentável e inclusiva, que enquadra a focalização de África no que concerne ao oceano por forma a apoiar um crescimento sustentável a longo-prazo.

Não pode haver um futuro económico saudável para os países do Oceano Índico Ocidental sem a protecção e restauração dos ecossistemas que sustentam indústrias como a da pesca e a do turismo. Este é o momento para a transformação das práticas económicas de modo a que incluam todas as partes interessadas relevantes, e que valorizem e cuidem dos seus recursos naturais.

Seguir este caminho irá requerer uma liderança comprometida e visionária capaz de tomar uma variada gama de decisões de suporte e de concretizar acções ousadas. Os Líderes na região Ocidental do Oceano Índico defrontam o desafio de demonstrar ao mundo como navegar em direcção a uma economia azul inclusiva e sustentável.

No contexto de um amplo tecido de práticas e políticas de sustentabilidade, as acções aqui identificadas podem auxiliar os países da região Ocidental do Oceano Índico, a garantir e maximizar o potencial a longo-prazo dos seus recursos oceânicos por forma a providenciar abrigo, alimento, rendimento e trabalho, tão essenciais ao futuro da região. O presente relatório constitui um apelo aos líderes dentro e fora da região para agirem conjuntamente – com um forte sentido de urgência – e para tomarem os passos necessários e tangíveis em direcção a uma economia azul sustentável e inclusiva, em prol dos interesses da população da região e do ambiente que a sustém.

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Aprendendo com gosto, apesar dos desafios. Garantindo a integração das estratégias social, económica e ambiental, a Agenda de 2030 das Nações Unidas (Objectivos do Desenvolvimento Sustentável) tem por objectivo criar um melhor futuro para todos.

© G

arth Cripps

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Revitalização da Economia do Oceano Índico Ocidental: Acções para um Futuro Sustentável – Sumário │ página 19

NÃO PODE EXISTIR UM FUTURO ECONÓMICO SAUDÁVEL PARA OS PAÍSES DO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL SEM A PROTECÇÃO E RESTAURAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS QUE SUPORTAM AS INDÚSTRIAS COMO A DA PESCA E DO TURISMO.

© G

arth Cripps

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INT• REVITALIZANDO A ECONOMIA DO OCEANO ÍNDICO OCIDENTAL

OCEAN.PANDA.ORG

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60 MILHÕES333,8 MIL MILHÕES DE USD

4a2,4%

Cerca de 60 milhões de pessoas vivem dentro da faixa de 100km de costa ao longo do Oceano Índico Ocidental

O resultado económico do Oceano Índico Ocidental faz com que este seja a quarta maior economia na região Apenas 2,4 por cento

das áreas marítimas está sob alguma forma de protecção no Oceano Índico Ocidental

O valor global do património de recursos oceânicos no Oceano Índico Ocidental é de mais de $333,8 mil milhões

Os números do Oceano Índico Ocidental

Porque estamos aqui

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