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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO
COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH
VERSÃO 4 – 05 de abril de 2020
CORONAVÍRUS / COVID-19
PASSO A PASSO PARAMENTAÇÃO E DESPARAMENTAÇÃO DE EPI
(PRECAUÇÃO AEROSSOL – QUARTO DE ISOLAMENTO e COORTE)
ANTES DE ENTRAR NA ANTESSALA
1. Realizar a higienização das mãos antes de iniciar a paramentação. Utilizar
preparação alcoólica a 70% ou água e sabão neutro se as mãos estiverem
visivelmente sujas;
Técnica de higienização com água e sabão
Técnica de Higienização das mãos com álcool a 70%
Observação: A técnica da higienização das mãos com álcool a 70% segue as mesmas etapas quando
utilizamos água e sabão, assim, devemos contemplar os punhos como o último passo do processo.
2. Colocar o gorro (realizar coque baixo para pessoas com cabelos longos); Colocar o gorro na cabeça começando pela testa, em direção à base da nuca
Adaptar na cabeça de modo confortável, cobrindo todo o cabelo e as orelhas;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO
COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH
VERSÃO 4 – 05 de abril de 2020
3. Colocar a máscara N-95/PFF2; Procedimentos que gerem aerossóis (intubação orotraqueal, aspiração de vias aéreas, ventilação não-invasiva, reanimação cardiopulmonar, ventilação manual antes de intubação, indução de escarro,
coleta de amostras nasotraqueais, nebulização e broncoscopias)
Após a colocação da máscara N-95/PFF2 testar sua vedação com inspiração e expiração
forçadas (Verificação de vedação pelo teste de pressão positiva).
OBSERVAÇÕES:
O uso de barba pode atrapalhar a vedação do respirador facial;
Inspecione visualmente o respirador facial para determinar se sua integridade está
comprometida (máscaras úmidas, sujas, rasgadas, amassadas ou com vincos não podem ser
utilizadas).
Verifique se componentes como tiras, ponte nasal e material de espuma nasal (quando houver)
não se degradaram, o que pode afetar a qualidade do ajuste e a vedação e, portanto, a eficácia da máscara;
Se a integridade de qualquer parte da máscara estiver comprometida ou se verificação de
vedação não for bem-sucedida o profissional deverá considerar a possibilidade do descarte do
EPI.
4. Realizar a higienização das mãos;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO
COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH
VERSÃO 4 – 05 de abril de 2020
NA ANTESSALA
1. Realizar a higienização das mãos;
2. Colocar o capote descartável, e calçar as luvas até que cubram os punhos do capote;
Não deixe de amarrar na altura do pescoço e na cintura
3. Realizar a desinfecção, com prático 100® ou álcool a 70%, do protetor facial ou dos
óculos de proteção e da mesa auxiliar destinada para guarda; Se o visor facial ou óculos de proteção for de uso exclusivo do profissional, não há necessidade
da realização desta etapa.
4. Trocar as luvas;
5. Colocar o protetor facial ou óculos de proteção, de forma que sua fixação esteja
sobre o gorro, ajustando bem junto a sua face;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO
COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH
VERSÃO 4 – 05 de abril de 2020
APÓS PRESTAR ASSISTÊNCIA AO PACIENTE:
NA ANTESSALA
1. Retirar as luvas; Técnica 1:
Lembre-se que a parte externa das luvas está contaminada
Segure a parte externa da luva com a mão oposta enluvada e retire-a;
Segure a primeira luva que você retirou na mão enluvada e deslize os dedos da mão
sem luvas por debaixo da luva na altura do punho;
Retire-a de forma que envolva a primeira luva;
Descarte-as no lixo.
Técnica 2:
2. Realizar a higienização das mãos;
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COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH
VERSÃO 4 – 05 de abril de 2020
3. Retirar o capote com movimento de dentro para fora; Lembre-se que a frente e as mangas do capote estão contaminadas;
Desamarre os cordões. Segurando o avesso do capote, retire-o, passando pelo pescoço e
ombros. Dobre-o ou enrole-o para desprezá-lo
Observação: Variações na técnica de retirada de capote podem ser utilizadas desde que realizadas de forma
correta e que não ocorra a contaminação do profissional.
4. Realizar a higienização das mãos;
5. Calçar luvas;
6. Retirar o protetor facial ou óculos de proteção e realizar a desinfecção, com prático
100® ou álcool a 70%, da mesinha auxiliar e do protetor facial; Lembre-se que a parte externa do visor facial está contaminada!
Retire-o a partir do dispositivo de fixação que está sobre a cabeça na parte posterior.
Realize a desinfecção após retirá-los.
Manter o visor facial na mesa auxiliar;
7. Retirar luvas;
8. Realizar a higienização das mãos;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO
COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH
VERSÃO 4 – 05 de abril de 2020
APÓS SAÍDA DA ANTESSALA
1. Realizar a higienização das mãos;
2. Retirar a máscara a partir dos elásticos na parte posterior da cabeça; Máscaras N-95/ PFF2 devem ser de uso individual
Para remover a máscara, retire-a pelos elásticos, tomando bastante cuidado para não
tocar na superfície interna
3. Colocar a máscara N-95 / PFF2 em saco plástico limpo ou, preferencialmente, em um
envelope de papel, que deverá estar identificado com o nome e a data do primeiro uso.
No HUCFF estamos adotando o uso prolongado* da máscara N-95/PFF-2 conforme nota técnica da ANVISA N04/2020 de 31 de março de 2020;
4. Guardar em local apropriado;
5. Retirar o gorro com cuidado;
6. Realizar a higienização das mãos.
*MÉTODO DE USO PROLONGADO
Quando reutilizar N-95/PFF-2, deixe a máscara “descansar” de 3 a 4 dias para secar completamente.
Pegue 2 máscaras N-95/PFF-2, marque com números 1 e 2
No dia 1, use a máscara número 1, em seguida deixe-a secando por 3-4 dias
No dia 2, use a máscara número 2, em seguida deixe-a secando por 3-4 dias
Essa estratégia contempla as cargas horárias de 24 horas semanais e/ou 12x60.
Os profissionais com carga horária de diarista, deverão aumentar o número de máscaras para 3 a 4,
obedecendo o mesmo princípio descrito para 2 máscaras.
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COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH
VERSÃO 4 – 05 de abril de 2020
CORONAVÍRUS / COVID-19
PASSO A PASSO PARAMENTAÇÃO E DESPARAMENTAÇÃO DE EPI
PRECAUÇÃO GOTÍCULA
ANTES DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE
1. Realizar a higienização das mãos antes de iniciar a paramentação. Utilizar preparação
alcoólica a 70% ou água e sabão neutro se as mãos estiverem visivelmente sujas.
Técnica de higienização das mãos com água e sabão:
Técnica de Higienização das mãos com álcool a 70%
Observação: A técnica da higienização das mãos com álcool a 70% segue as mesmas etapas quando
utilizamos água e sabão, assim, devemos contemplar os punhos como o último passo do processo.
2. Colocar o gorro e em seguida a máscara cirúrgica;
Coloque a máscara cuidadosamente para cobrir a boca e o nariz e ajuste com
segurança para minimizar os espaços entre a face e a máscara;
Enquanto estiver em uso, evite tocar na parte da frente da máscara;
3. Realizar a higienização das mãos;
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COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH
VERSÃO 4 – 05 de abril de 2020
4. Colocar o capote descartável, e calçar as luvas até que cubram os punhos do avental;
Não deixe de amarrar na altura do pescoço e na cintura
5. Realizar a desinfecção do protetor facial e da mesa auxiliar, destinada para guarda,
utilizando prático 100® ou álcool a 70%,
6. Realizar a troca das luvas;
7. Colocar os óculos ou o protetor facial, de forma que fiquem sobre o gorro, ajustando bem
junto a sua face.
APÓS ASSISTÊNCIA AO PACIENTE:
1. Retirar as luvas;
Lembre-se que a parte externa das luvas está contaminada
Segure a parte externa da luva com a mão oposta enluvada e retire-a;
Segure a primeira luva que você retirou na mão enluvada;
Deslize os dedos da mão sem luvas por debaixo da luva na altura do punho;
Retire-a de forma que envolva a primeira luva;
Descarte-as no lixo.
2. Realizar a higienização das mãos;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO
COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH
VERSÃO 4 – 05 de abril de 2020
3. Retirar o capote com movimento de dentro para fora;
Lembre-se que a frente e as mangas do capote estão contaminadas;
Desamarre os cordões;
Segurando o avesso do capote, retire-o, passando pelo pescoço e ombros;
Dobre-o ou enrole-o para desprezá-lo
Observação: Variações na técnica de retirada de capote podem ser utilizadas desde que realizadas de forma
correta e que não ocorra a contaminação do profissional.
9. Realizar a higienização das mãos;
10. Calçar luvas;
11. Retirar os óculos ou o protetor facial e proceder a desinfecção com prático 100 ou álcool a
70%;
Lembre-se que a parte externa dos óculos está contaminada!
Retire-o a partir das hastes laterais.
Realize a desinfecção após retirá-los.
12. Retirar a máscara e o gorro e proceder o descarte;
Remova a máscara usando a técnica apropriada (ou seja, não toque na frente da
máscara, que pode estar contaminada, mas remova sempre pelas tiras laterais);
Após a remoção ou sempre que tocar inadvertidamente em uma máscara usada, deve-se
realizar a higiene das mãos;
Substitua as máscaras por uma nova máscara limpa e seca assim que a antiga tornar- se
suja ou úmida;
Não reutilize máscaras descartáveis
13. Retirar luvas;
14. Realizar a higienização das mãos;
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COORDENAÇÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CCIH
VERSÃO 4 – 05 de abril de 2020
ATENÇÃO:
1. Limitar a circulação de pacientes dentro da unidade de saúde para reduzir a possibilidade
de transmissão dentro do hospital;
2. Se o paciente precisar ser transportado, planeje a mudança;
3. Em situações de Coorte será definido local específico para a realização da paramentação e
desparamentação;
4. Realize a limpeza e desinfecção do ambiente sempre que necessário, sinalizando para a
equipe de limpeza que o paciente é caso suspeito ou confirmado de COVID-19;
5. O descarte do material deverá ser feito em lixeiras com tampa, com acionamento através
de pedal e com saco de resíduo infectante localizadas na antessala ou em local específico
determinado previamente nas situações de coorte;
6. Evitar excesso de material e equipamentos no quarto;
7. Realizar a desinfecção do estetoscópio antes da sua utilização, principalmente das olivas,
estes deverão estar acondicionados fora do quarto de isolamento;
8. Destinar ramper exclusivo para atender o quarto de isolamento, sempre que possível;
9. Aparelho de HGT deverá ser de uso exclusivo, quando não for possível realizar a
desinfecção com álcool a 70% ou prático 100;
10. O profissional que irá realizar a limpeza e desinfecção dos materiais após saída ou
transferência do paciente, deverá estar paramentado conforme protocolo de precaução por
gotícula de covid-19.
11. Se for utilizar óculos de proteção, a máscara N-95/PFF2, poderá estar protegida com
máscara cirúrgica (avaliar quantidade do insumo disponível), na tentativa de reduzir a
sujidade e minimizar a contaminação externa da máscara N-95/PFF-2. Durante a
desparamentação a cirúrgica deverá ser desprezada.
12. Dependendo do momento epidemiológico, coorte de paciente em precaução por aerossóis
poderá ser instituído, devendo o profissional desenvolver suas atividades devidamente
paramentado.
ATENÇÃO:
Todas essas medidas são baseadas no conhecimento atual sobre os casos de
infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e podem ser alteradas
conforme novas informações sobre o vírus forem disponibilizadas.