rio movimento - a dança brasileira

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MEMÓRIA DA DANÇA BRASILEIRA Publicação Oficial do SPDRJ • Sindicato dos Profissionais da Dança do Estado do Rio de Janeiro • Julho/Agosto Ano IX Nº 30 w w w .s p d rj.c o m .b r - sin dicato @ s p d rj.c o m . b r O X DA QUESTÃO POR ANTONIO COSTA O REGASTE DA HISTORIA DA DANÇA NO BRASIL A PARTIR DOS DEPOIMENTOS DE SEUS CONSTRUTORES. ENTÃO, VOCÊ ACHA QUE PODE DANÇAR? POR ALAN REZENDE A VISITA DE ALICIA ALONSO Eduardo Macedo

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Page 1: Rio movimento - a dança brasileira

MeMória dadança Brasileira

Publicação Oficial do SPDRJ • Sindicato dos Profissionais da Dança do Estado do Rio de Janeiro • Julho/Agosto Ano IX Nº 30

www.spdrj.com.br - [email protected]

O x DA QUESTÃOpor Antonio CostA

O regaste da histOria da dança nO Brasil a partir dOs depOiMentOs de seus cOnstrutOres.

Então, você acha quE podE dançar? por alan rEzEndE

A VisitA de AliciA Alonso Eduardo Macedo

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RIO movimento | www.spdrj.com.br2 Julho / Agosto 2009

No dia 8 de agosto aconteceu aqui no Rio, no Memorial Getulio Var-gas, mais um encontro do Fórum de Secretarias e Gestores de Cultu-ra, instituição presidida pela nossa Secretária de Cultura, Sra. Jandira

Feghali. Compareceram Secretários de vários estados e alguns acompanha-dos de seus respectivos Secretários Municipais e gestores da área de cultura de diferentes setores.

Interessantíssimo encontro, uma feliz iniciativa em prol do desenvolvi-mento de uma política pública mais dinâmica e democrática.

Na fala do Sr. Carlos Augusto Kalil, Secretario de Cultura da cidade de São Paulo, tivemos uma excelente esplanação sobre sua política de ocupação dos espaços públicos e a implantação do programa de bibliotecas, dentre outras iniciativas. Como hoje não se pode pensar em cultura de forma es-tanque, mas sim de maneira integrada, é bastante enriquecedor o gestor de dança se inteirar das ações realizadas por outras áreas culturais.

Nas falas seguintes, representando as diferentes regiões e realidades brasi-leiras, foram ouvidas experiências variadas e ricas, e a troca que deste encon-tro ocorreu proporcionou um enorme ganho de dados e informações.

Cada vez mais se entende que não há como planejar sem informação,e sem uma rede estabelecida e espalhada esta informação é nula ou quase nula.

Pensando desta forma o SPDRJ tem enfocado seus esforços, cada vez mais, no processo de interiorização pelo Estado, na implantação das Delega-cias Regionais. Este mês, mais uma começou a ser implantada, na cidade de Campos dos Goytacazes, com inauguração prevista para Novembro.

Ressaltamos que a Delegacia atende não só a cidade em que se encontra mas também as localidades próximas, espalhando assim seu raio de ação.

O atendimento ao profissional da Dança não se restringe a parte buro-crática de documentação, via Ministério do Trabalho, mas principalmente fortalecer as ações de capacitação e profissionalização, diluindo e atenuando o cenário de poucas possibilidades encontrado no interior, possibilitando maior intercambio entre os Municípios, e estabelecendo uma rede que flua por todo o Estado.Denise Acquarone- Diretora Secretária do SPDRJ

* * 1 B E d i t o r i A L b ! 8 8

Federação dos Trabalhadores em Empresas de Difusão Cultural e Artística do Rio de Janeiro

edit gráfica/diagramaçãoDavid Amiel

www.davidamiel.com

Comissão Artística

ModAlidAdes ProfissionAis CoM seus CoMissários:Presidente da Comissão: Denise AcquaroneBallet Clássico: Eliana Caminada e Teresa Petsolddanças folclóricas: Natacha Sussekind e Samra Sanchesdanças de salão: Stelinha Cardoso e Conceição da Bahiaflamenco e dança espanhola: Ricardo Samel e Antônio Costadança de rua: Michell Baes e Du NevesJazz: Cristina Lima, Sônia Machado e Caio Nunessapateado Americano: Adriana Salomão e Marcela Castilho

Convênios • Atendimento Gratuito aos Associados do SPDRJ

OdOntOlOgia • 2ª, 3ª , 4ª e 5ª - 13 às 16hCliniCa geral • 2ª, 3ª , 4ª e 5ª das 9 às 11hCardiOlOgista • 3ª das 15 às 17h / 5ª das 9h às 12h

atendimentO JurídiCO trabalhistadr. carlos. 2ª à 5ª feira de 9h às 11.30hdr. Terezinha Mara 3ª feira de 15h às 17h 5ª feira de 9h às 12h

Novos TElEFoNEs: (21) 3553-6162/3553-6163- o Atendimento é grAtuito e extensiVo à dependentes,. é obrigAtório ApresentAr A requisição fornecidA pelo spdrJ que só estArá disponíVel pArA os AssociAdos em diA com A AnuidAde.

expediente Comercial

www.spdrj.com.brADMINISTRAÇÃO / CRIAÇÃO

Newton Quintanilha

Colaboradores:Drª Denise A. Salgado de Almeida | Paulo Melgaço | Alan Rezende Eduardo Macedo Antonio | Costa e Ricardo Sanel

SPDRJ • Sindicato dos Profissionais da Dança do Estado do RJEndereço: Avenida Presidente Vargas, 583 salas 2206 e 2207 CentroRio de Janeiro-RJ Tel.: (21) 2531-7541 / FAX. (21) 2224-5913Site: www.spdrj.com.br / e-mail: [email protected] BRAGA • PresidenteDENISE ACQUARONE • Diretora SecretáriaJEAnETE GuEnkA: Diretora Tesoureira EliAnA CAMinADA: Diretora Comunicação Social

Publicações Oficiais do SPDRJSindicato dos Profissionais da Dança do Estado do Rio de Janeiro

CnPJ nº.: 27.287.614/0001-52

RIO mov imento

NOVA IGUAÇU• Delegada: Joyce Berçot- Local: Escola Municipal Montero Lobato - Rua Luiz de Lima s/nº - Sala da coordenação - Pavilhão C (Ponto de Referência ao lado da Vila Olímpica Tel: (21) 8638-9533 - Plantão: Terças-feiras das 13:00 às17:00.

PeTroPÓlis• Delegada: Neiva Voigt - Local: Rua Buenos Aires 69- Centro - Petrópolis - Tel: (24) 2242-8646 e (024) 9263-6255 NOVA FRIbURGO • Delegada: Iane Rocha - Local: Praça Getúlio Vargas nº89 – centroPlantão: Terças Feiras – 9.30h às 11h (022) 9831-8178

delegacias regionais

interdanças nO FOrtesempre nos segundos sábados de cada mês, a re-sumo Projetos culturais, apresenta um espetáculo diferente de dança no forte copacabana.

o projeto inicio-se em 2008 e agora no segundo ano já tem um público cativo que comparece ao evento.

cada mês uma modalidade de dança apresenta seu trabalho, dança flamenca, do ventre, hip-hop, grupos contempôraneos,neo-clássico, de salão e outros já estiveram no forte, a entrada é franca, e o espetácu-lo pode acontecer no auditório santa Bárbara ou ao ar livre , no espaço da fortificação.

os grupos interessados em participar podem entrar em contato com o sPdrJ.

Rapidinhas

Dança do Ventre no Forte de Copacabana

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RIO movimento | www.spdrj.com.br 3Julho / Agosto 2009

Conhecer a história é conhecer histórias... histórias de quem construiu e lutou pela realização desta história. Uma história é composta de diferentes

nuances, diferentes aspectos e pontos de vista. São as historias de vida e histórias particulares que compõem os caminhos e descaminhos da história. Cada fato, cada acontecimento pode ser visto e narrado de diversas for-mas pelas pessoas que o vivenciaram. Resgatar biografias é resgatar a memória artística e cultural de um povo. É reconstruir a história a partir de relatos orais de quem a vivenciou.

Assim acontece com a história da dança brasileira, que embora recente é muito rica em fatos e nuances construí-dos por muitas pessoas: a Escola Estadual de Dança Ma-ria Olenewa possui 82 anos, o corpo de baile do Theatro Municipal foi criado ha 73 anos. Existe uma série de fatos que estão guardados nas memórias e arquivos particulares de diversos bailarinos brasileiros que vivenciaram anos de glória de nossa arte e cultura. Essas memórias precisam ser resgatadas e tornadas publicas para que as novas gerações possam ter acesso e conhecimento de nossas histórias.

No Brasil o trabalho de regaste da memória da dança tem acontecido. Diversos nomes brasileiros tiveram suas memórias perpetuadas em livros e depoimentos em vídeo. No entanto, enquanto diversos nomes se repetem em vários livros, outros simplesmente não são citados e outros nem lembrados são. Porém, o resgate da história não pode ser restrito a bailarinos principais. A história deve ser contada e recontada por todos que vivenciaram.

O Sindicato dos Profissionais da Dança do Estado do Rio de Janeiro,há muito vem pensando uma forma de documentar fatos acontecidos no decor-rer da construção da dança em nosso país, e assim, contando com a valiosa colaboração do professor Paulo Melgaço, pesquisador e professor de História da Dança, apresentou o projeto “ Memória da Dança Brasileira” ao Museu da Imagem e do Som ,que após várias reuniões aceitou, através de sua presi-dente , Srª Rosa Maria Araújo, concretizar esta parceria.

Foram armadas duas mesas temáticas. A primeira abordará os seguintes eixos – Os Precursores da Dança no Brasil: Maria Olenewa, Yuco Lindberg, Maryla Gremo e Vaslav Veltchek – As décadas de 1930, 1940 e 1950. As temporadas dirigidas por Leonid Massine – O desenvolvimento individual da carreira de cada depoente. Nesta mesa contaremos com os depoimentos de Lydia Costallat, Helga Loreida, Lorna kay , Arlete Saraiva . A 2ª mesa abordará o surgimento e desenvolvimento das diversas linguagens da dança no Rio de Janeiro e contará com as presenças de Gilberto de Assis, Vilma Vernon, Helenita Sá Earp e Juan Carlo Berardi.

Os depoimentos da 1ª mesa ocorrerão no dia 16 de setembro (4ª feira) as 14hs, no Auditório do Museu da Imagem e do Som, que fica ao lado do Mu-seu Histórico Nacional, na Praça XV – Centro do Rio, e a entrada é gratuita. E a 2ª mesa acontecerá no dia 17 de setembro 'as 14 hs. no mesmo local. A coordenação das mesas ficará a cargo de Célia Costa, diretora técnica do FMIS e a pesquisa e pauta foram efetuadas por Aline Soares..

Temos certeza que trata-se de um momento histórico para a dança brasileira e contamos com a presença de um número significativo de profis-sionais e estudantes.Por Paulo Melgaço e Lourdes Braga.

O regaste da histOria da dança nO Brasil a partir dOs depOimentOs de seus cOnstrutOres.

Da direita para a esquerda:Helga Loreida,Lydia Costallat e Lorna Kay, ex-bailarinas do Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro em reunião para depoimento do "Memória da Dança Brasileira".

com o propósito de interiorizar e criar delegacias de trabalho vinculadas ao sindicato dos Profissionais de dança do estado do rio de Janeiro (sPdrJ ), a presidente da entidade, lurdes Braga, acompanhada de sua secretária, denise acquarone, e de clélia serrano, estiveram reunidas com o secretário Mu-nicipal de cultura e presidente da fundação Teatro Municipal Trianon, orávio de campos soares, e a diretora do corpo de Baile do Trianon, Márcia cristina lisboa.na oportunidade a presidente da entidade solicitou o apoio do secretário para a instalação de uma delegacia do sindicato na cidade, e orávio mostrou-se honrado em poder colaborar com o sindicato.- Vou tomar uma decisão nas próximas horas, já que terei de disponibilizar uma sala para a implantação dessa delegacia, que é um braço do sindicato, e fico feliz que a indicação do sindicato tenha sido dada a clélia serrano.

sECRETáRio RECEbE ComiTivA siNDiCAl Dos pRoFissioNAis DE DANçA

por Paulo Ourives

MeMória da dança Brasileira

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RIO movimento | www.spdrj.com.br4 Julho / Agosto 2009

A simples injeção de mAis dinheiro nA áreA dA dAnçA, resolveriA A AssimetriA nA distribuição dos recursos públicos pArA o mercAdo dA dAnçA ?

Mais um ano se pas-sa e vejo instaladas as novas gestões da

área da Cultura, tanto na esfera municipal, quanto na estadual. Pelos resultados que observo, o quadro estrutural continua o mesmo e é esta constatação que me leva a escrever este artigo, na esperança de prestar uma contribuição à discussão sobre o aperfeiçoamento do modelo de gestão cultural, tanto na área municipal, quanto na estadual

Reconheço no esforço dos atuais gestores, ações que me parecem honestas e bem inten-cionadas mas seja pela falta de recursos, seja pela precarieda-de dos equipamentos culturais ,estas ações acabam ,ainda que contra a vontade, favorecendo determinados setores ou lingua-gens.Este é um fenômeno que acontece há décadas, variando apenas, os setores ou lingua-gens que são mais bem aqui-nhoados. Diga-se de passagem, que estes setores ou linguagens, ainda que momentaneamente dotados de melhores recursos

que os demais, acabam por re-ceber recursos que se mostram ainda exíguos diante das neces-sidades reais.

A pergunta que faço é: Consi-derando que fosse um simples problema de gestão ou de re-cursos financeiros, esta assime-tria desapareceria ? A simples injeção de mais dinheiro na área da Dança, resolveria a assimetria na distribuição dos recursos públicos para o mer-cado da Dança ? Parece-me que não, porque no meu en-tender há uma questão central que necessita ser encarada de frente se houver a intenção de se criar um modelo de gestão cultural pública da Dança que

seja inteligente ,conseqüente e mais justo. Por esta questão ser estrutural, ao mesmo tempo em que é devastadora sobre o pon-to de vista da desorganização do setor, é também potencialmen-te salvadora na medida em que por ser vital, tem a capacidade de reunir num só objetivo todos os gêneros de Dança.

Esta questão, para mim se ali-cerça em alguns paradoxos que vivemos no nosso dia a dia de ar-tistas da Dança. Particularmen-te, a partir dos anos 80, o mer-cado formal de cultura ( leia-se esfera pública ) tem exigido dos artistas que eles se capacitem cada vez mais como empresá-rios. Uma grande parte dos que querem dar alguma perspecti-va para o seu trabalho tiveram que passar a entender de leis de incentivo, projetos digitais, gestão orçamentária, ,entre tan-tas outras coisas. A justificativa apresentada para isto é a profis-sionalização do setor. Não acho que estas medidas em si, ruins ou injustas; creio até que são necessárias. O que acho que é

incoerente, é que quando olha-mos para os setores responsáveis por distribuir os recursos públi-cos, não encontramos a mesma profissionalização que nos é exigida. Observamos a falta de critério, a falta de organização e objetivos sempre pontuais e não estruturais. Ou seja, não há um pensamento estratégico no fomento, no estímulo e na divulgação da Dança. Somos sempre, tanto gestores como geridos, os bombeiros correndo atrás do incêndio. Não há uma política pública de Dança. Há sim, uma politização da Dan-ça, para servir à propósitos que infelizmente nem sempre são os da Dança. Pergunto. Quem perde com isso? Acredito que todos, até os mais aquinhoados.

Pois bem, se eu tivesse um in-terlocutor, acredito que neste momento, ele me perguntaria o que eu entenderia por uma po-lítica de Dança ? Modestamen-te eu diria..Ações Públicas que dêm perspectiva profissional e social aos artistas da Dança. Senão é assim, vejamos. Qual é

Antonio Costa e Raquel Coimbra.

O x DA QUESTÃO

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RIO movimento | www.spdrj.com.br 5Julho / Agosto 2009

a perspectiva que um bailarino, coreógrafo ou professor de Dan-ça que inicie a sua carreira. tem de projetar o seu trabalho base-ado em mecanismos públicos? Acredito que nenhuma. Não estou falando de paternalismo, mas de recursos e instâncias pú-blicas que de forma inteligente, possam fazer com que o profis-sional competente e dedicado e a sociedade, possam usufruir de todo o seu potencial.

A nossa velha política de editais é um bom exemplo disso. São editais confusos, burocráticos, em repartições desorganizadas em que por vezes, projetos são perdidos ou nem lidos e que quando os resultados são distri-buídos, os não contemplados não tem nem a oportunidade de dialogar com a banca ou algu-ma comissão sobre os aspectos positivos ou negativos do seu trabalho. Simplesmente con-templado ou não contemplado. Ou seja, o edital tem um valor simbólico de quase loteria. O edital, da forma como é feito, não estabelece um processo de uma experiência crítica, em que determinado trabalho possa ser aperfeiçoado. Os editais colo-cam de forma indistinta pesso-as, trabalhos, realidades sócio-econômicas completamente diferentes em um mesmo jul-gamento. O trabalho é julgado única e exclusivamente pelo que ele é, não pelo potencial que ele apresenta.. Não existe uma estrutura para desenvolver o que surge a partir da apresen-tação dos projetos.

Entendo uma Política Públi-ca de Dança firmada em três princípios. Financiamento, Di-versidade e Clientela. Gostaria que houvesse uma preocupação concomitante a de se obter mais recursos, de estruturar-se um sistema que entendesse que um bailarino coreógrafo ou Cia de Dança em início de carreira é diferente de um bailarino, co-reógrafo ou Cia de Dança já consolidado. Que este sistema tivesse a preocupação de esta-belecer graus e formas de aces-so, provendo em cada patamar recursos mínimos adequados ao desenvolvimento destes profis-sionais, até que estivessem con-solidados. Quando digo recur-

sos não é apenas dinheiro, mas informação, crítica e técnica. Acredito também que a política pública de Dança deve confi-gurar a atividade de dança pela sua especificidade e, portanto deve dialogar com setores finan-ceiros públicos no sentido do financiamento diferenciado do setor. Ou seja, juros diferencia-dos. Diria que esse sistema de-veria contemplar a Diversidade e entendo por diversidade tan-to os vários gêneros de Dança, quanto às diversas propostas em cada gênero. Por exemplo, se há apoio para uma Cia que traba-lha com Dança Afro tradicional, deve haver também apoio para uma Cia que trabalha dança Afro enquanto pesquisa e ex-perimentação. Uma política Pública de Dança deve pensar estrategicamente em desenvol-ver todos os gêneros de dança, até porque contemporaneamen-te o diálogo entre elas é muito intenso. Então, aquelas que têm menos visibilidade ou tradição devem ter o devido apoio para se localizarem no espaço cul-tural. Finalmente, acho que esse sistema deveria pensar na sua clientela, o usuário final, a platéia ou o aluno. Dar acesso da cultura às pessoas, não é ape-nas levar espetáculos e aulas á elas. È necessário permanência e para ilustrar isso, conto uma breve passagem de uma expe-riência minha como professor. Iniciei uma turma de Flamenco em uma instituição localizada na Zona Norte do Rio e durante três meses, não me chegou ne-nhum aluno. Eu cumpria meu horário, aproveitava o tempo para coreografar, mas me intri-gava o fato de que nas pequenas apresentações que eu fiz para divulgar o curso, a platéia era lo-tada e os aplausos eram muitos e várias pessoas vinham falar co-migo e me cumprimentar e eu me perguntava. Por que, diabos, ninguém vem fazer a minha aula se gostam tanto assim ? A resposta é que eles adoravam a Dança Flamenca, mas não se viam dançando-a. E só depois que algumas senhoras começa-ram o curso é que, aquela comu-nidade viu no seu imaginário a possibilidade de eles também dançarem Flamenco e a partir daí, o curso teve várias adesões

e foi um sucesso....Portanto é necessário uma presença e um diálogo com a platéia, além de subsídio financeiro para o seu comparecimento. Quase que ao mesmo tempo, englobando o princípio da Diversidade e da Clientela, eu colocaria um subitem chamado a crítica es-pecializada em Dança. Acredito que deveria haver um esforço de convencimento junto à Mídia jornalística em reinserir a fun-ção do crítico de Dança ,am-pliar o número deles nos jornais e estimulá-los para que tivessem uma atuação mais eclética, con-

templando com sua presença e suas análise, os mais variados gêneros de dança..

Finalizando. Toda mudança que o ser humano experimen-tou, que gerou uma substancial transformação do seu compor-tamento, para o bem ou para o mal, foi causada por uma mu-dança estrutural ,o quel envolve uma mudança de paradigmas. Foi assim na Revolução Indus-trial, foi assim recentemente no final do século XX, com a revolução tecnológica da In-formática. Podemos continuar com esta maneira de operar no mercado de dança, que acre-

dito não nos levará a grandes avanços ,isto se não nos levar a retrocessos. Amanhã, entra, outro gestor, com o costumeiro cobertor curto do orçamento e em função das convicções pessoais, prioriza determinado segmento ou diretriz de ação e aquilo que vinha sendo fei-to fica extinto ou paralisado até que outro gestor público simpático às demandas agora reprimidas, as dote de novos recursos. Um modelo de des-continuidade. Podemos conti-nuar assim ou honestamente reunirmos esforços em torno

de um modelo de produção de Dan-ça, auto-sustentável, inteligente e um pouco mais justo.

De uma coisa, eu te-nho certeza, o órgão público ou institui-ção da área cultural que tiver a coragem de pensar e imple-mentar, ainda que modesto, um novo modelo de produ-ção de dança, basea-do na contemplação do financiamento da atividade, na abrangência da sua diversidade e na for-mação do seu públi-co, estará saindo na frente, estará criando uma estrutura que não será personalista e que aperfeiçoada e ampliada com o tem-po, gerará um novo paradigma no cená-rio cultural brasilei-

ro. Acredito que se algo não for feito neste sentido, só nos resta-rá o trabalho que desde sempre fazemos e continuaremos a fa-zer com prazer e dedicação,.... ou a loteria.

Antonio Costa, atualmente é Diretor Suplente do SPDRJ, membro da comissão artística do SPDRJ, Diretor, bailarino e coreógrafo da Tordesillas Cia de Dança Flamenca, membro associado do CID-UNESCO e conselheiro cultural da Funda-ção José Ricardo - FUNJOR

há sim, umA politizAção dA dAnçA, pArA servir à propósitos que infelizmente nem sempre são os dA dAnçA.

Eva Yerbabuena, grande dançarina de flamenco,cresceu influenciada pela cultura cigana de granada, na espanha.

Page 6: Rio movimento - a dança brasileira

RIO movimento | www.spdrj.com.br6 Julho / Agosto 2009

Há sete anos que moro com Nilson Penna, des-de os seus 86 anos. Sou

seu administrador e responsável pelo seu bem estar, como um filho que ele não teve.

Esta convivência já me deu vários momentos inusitados, de estar perto artistas importantes nas artes cênicas brasileiras.

No dia doze de maio deste ano, esta lis-ta de pessoas importantes que conheci por estar junto ao Nilson, teve um bri-lho especial. Recebemos em casa uma das maiores estrelas da dança mundial, a lendária Alicia Alonso.

O curioso é que quando conheci Nilson Penna, ele me perguntou logo quais eram as bailarinas que eu admira-va. Respondi que muitas, mas as duas maiores bailarinas na minha opinião eram Alicia Alonso e Maya Plisetskaya. Ele então apertou minha mão e disse que eu tinha bom gosto, e desde então nos tornamos grandes amigos.

Alicia sempre esteve presente nas nos-sas conversas. Nilson conta que sua Gi-selle era impressionante. Ele tem várias fotos autografadas por ela, livros sobre

sua carreira e principalmente recorda-ções de momentos vividos com a diva, seja no Brasil, seja em Cuba.

Mas, e a visita? Bom, não pudemos comparecer no Citibank Hall naquele único dia em que o Ballet de Cuba se apresentou. Uma pena, pois da última vez que eles estiveram aqui, no cane-cão, Nilson foi convidado e sentamos na mesma mesa de Pedro Simón, es-poso de Alicia, juntamente com Eloísa Viggiani.

A apresentação foi no domingo, e na segunda recebi um telefonema de uma bailarina dizendo que Alicia mandou um recado que queria ver o Nilson. Liguei pro hotel e falei com Belkis, sua secre-tária, que passou o telefone para Alicia. Ela disse então que queria visitar o Nil-son. Expliquei a ela que ele não mo-rava mais naquele grande apartamento na Glória que ela conheceu anos atrás,

que ele estava morando em Vila Isabel, zona Norte do Rio. Poderíamos então marcar um local para eles se encon-trarem. Ela disse que não, que fazia questão de visitar o Nilson onde ele estivesse. - Seu pedido é uma ordem, pensei. No outro dia fui buscá-la, jun-to com seu esposo, sua secretária e seu maquiador, o Tito.

Alicia chegou aqui em casa em alto estilo. Compramos flores e prepara-mos máquina fotográfica e filmadora, obviamente.

Foi uma emoção muito grande. Não sabia se filmava, fotografava ou sim-plesmente admirava aquela figura lendária, sentada no sofá da sala, ir-radiando uma energia que eu nunca tinha sentido antes numa pessoa. É algo inexplicável. Alicia tem algo de especial que exala de seus poros. Tudo nela se move, tudo nela tem dan-ça, acho que é isso.

Ela ficava atenta ao que estava acon-tecendo, queria sempre saber se íamos tirar foto, para virar a cabeça pro lado certo, pois para quem ainda não sabe, ela está cega. Perguntou quando vai poder levar sua companhia pra dançar Theatro Municipal do Rio. Disse umas três vezes que dia 27 de agosto o pla-neta Marte vai estar grande, do tama-nho da lua. Perguntei como ela sabia disso, e ela respondeu que gosta de astrologia e tem muitos amigos enten-didos no assunto.

Pedro Simón deu dois livros de presen-te pro Nilson e pediu seu currículo para adicionar ao Museu de La Danza, que ele administra, e que possui um belo quadro de Nilson Penna, representando muito bem a arte brasileira.

E assim foi a visita de uma lenda viva no nosso apartamento. Fiquei extasiado depois que ela saiu. Alicia deixou um rastro de arte, e Nilson mais uma vez proporcionou um momento especial na minha vida. Salve Nilson. Salve Alicia.

Eduardo Macedo – Bailarino e coreógrafo

A VisitA de AliciA Alonso

A visita de uma lenda viva no

nosso apartamento

A Diva da Dança Mundial, Alicia Alonso; Nilson Penna e Eduardo Macedo.

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RIO movimento | www.spdrj.com.br 7Julho / Agosto 2009

Muito se tem questionado á respeito de “por onde anda o Jazz”. ora o Jazz se renovou, mudou de cara, ganhou mais “espaço”, mais liberdade e indepen-dência. É um caminho natural, assim como acontece com todas as modalidades da dança. até mesmo o balé (clássico) sofreu certa modificação, seja na forma de ensinar seja no seu praticar. falar do Jazz, propriamente dito, é uma tarefa das mais difíceis hoje em dia, especialmente porque ele esbarra num questio-namento que também provém das diferenças de gerações e seus pensamentos (assunto mais que datado). Um professor de Jazz contemporâneo (de hoje em dia) segue um caminho movido pelo período atual com todas as suas influências e chuva de informações “Youtibianas”, diferente daquele que já vem de outras gerações (tradicional). sem comparações e obviamente pieguismo e nostalgia, é mais fácil um professor que tenha estruturado suas aulas nas técnicas e es-tilos do jazz tradicional (década de 70, 80), estilos de luigi, forella, lenny, bus-car uma “contemporaneidade” (não que essas técnicas também não o sejam) do que um professor que estrutura-se no “ hoje em dia” vir a “prender-se” naqueles estilos, e é ai que está fundada a discussão. “analisando” a tão co-mentada “noite do Jazz” do festival de Joinvile de 2009, pôde-se perceber uma tendência muito aguda para com o nosso “procurado” Jazz: os praticantes (co-reógrafos e bailarinos) não têm referências a cerca do estilo e se perdem com-pletamente num turbilhão de informações mal difundidas, tais como, trilha mal aproveitada, coreografias sem pesquisa e pouco criativas, interpretações em geral, equivocadas. É como assistir um filme brasileiro dublado em “hebraico”. o estilo jazz, mesmo que influenciado ou categorizado por diferentes sujeitos, está “perdido”, e mesmo esse “estado” (que poderia atingir um bom resultado) não resulta numa criação legível e realmente fundada. ora quando alguém se perde passa-se por três estágios aonde primeiro vem o momento da constata-ção desta situação, depois a sensação de “se estar perdido” e logo em seguida a procura pelo “se encontrar”. o que aconteceu naquela noite foi uma exibição de trabalhos “confusos”, que por não saberem disso, não poderiam chegar ao segundo e tampouco ao terceiro estágios de sua real situação. fazendo-se um parâmetro geral da noite, pode-se dizer que se dançou de tudo, menos Jazz (independente de ser mais “atual” ou mais tradicional). Todos sabem (assim es-pera-se) que para se desestruturar “algo”, primeiro precisamos identificar sua estrutura, falha essa, onde se instalou a “problemática” vigente. È claro que houve momentos bonitos (graças a deus) e que o resultado (ver no site) foi cor-retíssimo e sensato, do tipo “salve-se quem puder”. o juízo do gosto imperou

sim, no entanto era a única saída

para um julgamento possível em uma noite tão

híbrida e confusa. o único ponto real-mente favorável e menos diluído foi a presença das coreografias de estilo musical, forte vigência “mercadológica” do momento que aparece cheia de per-sonalidade e transparência. Por que não se cria então uma categoria para esse estilo assim como existem nos outros

países para os estilos de “lyrical Jazz” em suas competições? Pelo visto os “musicais” vem chegando de “salto alto” nos festivais, mas com humildade, trazendo consigo o clima proposto, coerência e criatividade, além do bom aca-bamento e cuidado na indumentária, ”proteger-se-iam” dessa forma, os que se propõem ao estudo do mesmo.agora, como que se “apertando” o botão direito do mouse utilizando a função “copiar/ colar”, transpomos essa situação para o estado do rio de Janeiro, cidade turística, com forte estudo técnico em dança e escolas tradicionais, além de uma dança profissional pulsante, ainda que sem um mercado e política de-centes (isso é um outro assunto). o que acontece com os grupos e professores da cidade? ninguém mais faz aulas de Jazz? ou ninguém sabe mais o que é? se essas forem as opções então não mandem suas inscrições para os festivais, ou então optem pelo estilo “livre”.Quando uma criança quer fazer dança ela escolhe ou balé (se ela é mais “cal-minha”) ou jazz (se é mais “agitada”), ou seja, ainda é uma modalidade que sustenta as escolas, por que então essa verdadeira “pane” no cuidado com essa modalidade? È preciso voltar o olhar com seriedade para o assunto, haja visto que o resultado é assustador. o processo de profissionalização também é preocupante e a falta de estudo vem conjugada com o mesmo. o jazz está ai, sobrevivendo de poucas iniciativas interessantes, está como um “náufrago segurando em uma tábua em alto mar”, mas está vivo, vivíssimo. alguns nomes estão ai (quer dizer, em nYc) para comprovar isto: Max stones, oliver stee-le, Mia Michaels, são alguns dos que exaltam o Jazz numa nova “roupagem”, sem esquecer-se de sua raiz tradicional e peculiar. Programas de TV como “so you think you can dance” ( nome bem sugestivo ao tema e título desse artigo) dos eUa, são acessíveis e apresentam uma dança vigorosa, sedutora, criativa e plausível: adivinha como se chama essa modalidade? É preciso um cuidado maior com o estudo das crianças e adolescentes, e a profissionalização deve ser também mais estruturada e pesquisada. Vamos parar de brincar de “dançar jazz” e encarar o problema com seriedade: sem preconceitos, medo, entusias-mo ou arrogância. É hora de entrar em cena de verdade, mas com meia-ponta bem alta e muito swing! Viva a dança!dance a vida!

alan rezende é bailarino, coreógrafo e professor. atua nas áreas do ci-

nema, teatro e televisão. atua nas áreas de cinema, teatro e televisão.

ministra cursos e participa de eventos e festivais pelo brasil e exterior.

Então, você acha quE podE dançar? Uma

resenha

para o

JAZZ

Alguns momentos de Alan Rezende

Page 8: Rio movimento - a dança brasileira

RIO movimento | www.spdrj.com.br8 Julho / Agosto 2009

1. É fraudulenta a terceirização que tem como alvo atividade-fim da empresa.

2. somente terá direito ao seguro-desemprego, o trabalhador que for dispensado sem justa causa, que comprovar ter trabalhado para o empregador, nos últimos 6 (seis) meses imediatamente anteriores a data de dispensa e que possuir um intervalo entre um benefício e outro de, no mínimo, 16 (dezesseis meses).

3. a homologação da rescisão do contrato de trabalho é obrigatória, quando o empregado tiver mais de um ano de serviço na empresa.

4. É proibida a cobrança de qualquer taxa pela assistência na rescisão contratual, tanto ao empregado quanto ao empregador, devendo a assistência ser gratuita.

5. contra os menores de 18 anos não corre nenhum prazo prescricional quanto aos créditos trabalhistas resultantes da relação de trabalho.

dra. denise A. salgado Almeida Advogada Trabalhista do sPdrJLembretes Jurídicos

6. não excedendo de seis horas a jornada de trabalho, será obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas .

7. o intervalo intejornadas é de 11(onze) horas consecutivas.8. o pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado

pelo empregado e em se tratando de analfabeto, mediante sua im-pressão digital , ou não sendo este possível, a seu rogo.

9. É proibido qualquer trabalho a menores de 16 (dezesseis) anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 (quatorze) anos.

10. Quando forem exigidos serviços superiores às suas forças, proibi-dos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato, o empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear inde-nização.

nos dias 10,11 e 12 de agosto, foram realizadas as eleições para a direção do sindicato dos Profissionais da dança do estado do rio de Janeiro para o triênio 2009/2012. o pleito transcorreu sem nenhuma anormalidade e, além da urna em nossa sede, tivemos como novidade as urnas itinerantes, fato que é previsto em nosso estatuto.nossos associados puderam votar nas urnas situadas na de-legacia regional de nova iguaçu, na empresa lurescan Bar e restaurante ltda. (casa de show Plataforma), na casa de espetáculos cabaret Brasil e no conservatório Brasileiro de dança.o sindicato continuará lutando por um melhor reconhecimen-to e maior visibilidade de nossa categoria, fatos já vêm sido observados no decorrer dos últimos anos.enfatizaremos o mergulho no processo de formação e capacitação profissio-nal, principalmente no interior de nosso estado, que é uma política orientadora do Ministério da cultura para todos os gestores de dança.os dirigentes sindicais são compostos por membros efetivos e suplentes, mas nossa política é de que todos atuem de for-ma efetiva no processo de desenvolvimento de nossa entida-de, independente dos cargos conquistados.a partir desta edição apresentaremos os membros da dire-toria que estarão 'a frente do sPdrJ nos próximos três anos.Presidente: lourdes Braga--- formada pela escola de danças do Teatro Municipal do rio de Janeiro. ingressou no corpo de Baile deste teatro, onde trabalhou sob a direção de Tatiana leskova, helba nogueira e dalal aschar. Paralelamente dan-çou e coreografou para o Ballet officina do rio de Janeiro, sob a direção de edmundo carijó. Por vários anos ministrou aulas na escola estadual de danças Maria olenewa. atual-mente ocupa o cargo de assistente artístico no corpo de Baile do Theatro Municipal do rio de Janeiro.diretora- secretária: denise acquarone--- foi bailarina da cia. de Ballet leda iuqui e do Ballet officina do rio de Janei-ro, respectivamente sob adireção de leda Yuqui e edmundo carijó. iniciou a carreira de professora na academia Johnny franklin, tornando-se coordenadora. após seu falecimento assumiu a direção da academia, que passou a ser denomina-da de centro de dança Johnny franklin, surgindo a partir daí o Grupo rio ballet.diretora-Tesoureira: Marieldis simas--- Pós-graduada em didática da dança infanto-Juvenil. iniciou seus estudos de ballet e dança moderna no centro de dança rio e no sttu-

dio lourdes Bastos. estudou com edmundo carijó, lourdes Braga, ceme Jambay e Mariana Muniz. foi bailarina do Ballet officina do rio de Janeiro e da cia. lúmini de dança. como professora, trabalhou no centro de artes calouste Gulbenkian, liceu de artes e ofícios, Grajaú country club e escola de dança spinelli.diretora de comunicação e Benefícios: Jeanette Guenka--- Paulista, formada pela escola Municipal de Bailados de sP. Teve como uma de suas mestras Toshie Kobayashi. em 1981 ingressou na cia. de dança Palácio das artes (Bh). em 1986 ingressou no Ballet da cidade de são Paulo. Trabalhou na Vic-tor navarro cia. de dança; cia. artha de dança e sylvio du-frayer cia. de dança. atualmente é bailarina da cia.de Ballet da cidade de niterói.suplência da Presidência: eliana caminada--- estudou parti-cularmente com Tatiana leskova e eric Valdo. formada pela escola de danças do Theatro Municipal do rj. no Theatro Mu-nicipal, sua maior referência profissional, dançou de conjunto 'a primeiros papéis. escreveu "história da dança - evolução cultural". Três biografias para a série " Memória dos artis-tas do Theatro Municipal. folder sobre Tatiana leskova para sP.cia. de dança, entre inúmeras outras publicações.suplência da secretária: antônio costa--- diretor, bailarino e coreógrafo. Membro associado do cid-Unesco e conselheiro cultural da fundação José ricardo (fUnJor).cursos de fla-menco com arnaldo Triana,alberto Turina e Vera alejandro. curso de Técnica flamenca em sevilha(espanha), com lour-des recio (2008). idealizador e realizador da "Mostra lydia costallat".suplência de Tesouraria: Manoel dionísio--- formação em dança afro- Brasileira com Mercedes Baptista. Presidente, coordenador e professor da escola de Mestre -sala, Porta-Bandeira e Porta-estandarte do rj. Participou do 1º curso de formação de Jurados para o carnaval, com certificado expedido pelo centro de ciências socias da UerJ.shows na 7ª feira internacional na frança (2006), tendo o Brasil como convidado de honra.suplência de comunicação e Benefícios: christina lima--- sindicalizada desde 1985. iniciada na dança pelas mãos do grande e eterno mestre nino Giovanetti, com atuação no Jazz dance, por vários anos ministrou aulas para crianças e adultos. desde 1986 é assistente de coreografia de ala e de comissão de frente nas escola de samba do rj. assinadas pela coreógrafa regina sauer

SPDRJ- TRiênio 2009/ 2012 FESTiVAL inTERnACionAL DE FLAMEnCo EM SÃo JoSÉ DoS CAMPoS

na cidade de são José dos cam-pos, interior de sP, acontece anualmente o fesTiVal inTer-nacional de flaMenco que reúne profissionais e amantes do flamenco de todo o Brasil e artistas renomados da espanha. no período de 27 a 30 de agos-to estive marcando presença lá apreciando e fazendo cursos. o evento tem parceria da Prefeitura local, do instituto cervantes e da fundação cultural cassiano ri-cardo onde se realiza o encontro. este ano o festival em sua 8ª edição, contou com a presença nada mais nada menos do que a premiadíssima bailaora madri-leña concha Jareño, do cantaor cordobez Pedro obregón e do gui-tarrista paulista flávio rodrigues que há 9 anos vive na espanha trabalhando com os mais reno-mados artista do flamenco atual.Junto ao festival acontece o Mer-cadof flamenco com stands de lojistas nacionais totalmente vol-tado para a moda e acessórios de flamenco além de mostra cinema-tográfica e debate com os astros convidados no tema:”o baile, o cante e o toque: as três almas do flamenco” moderado por Karla dunder.ao final do evento sempre apre-sentam o espetáculo “simple-mente flamenco” com os con-vidados estrangeiros e elenco nacional.a direção e Produção do evento é por conta da escola e Produções em danças ana Guerrero & Talita sánchez.Ricardo Samel - http://blig.ig.com.br/samelflamenco