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RISONHOS

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CONVOCAÇÃO DE PRÉ-PALHAÇOS DE PLANTÃO

2011.2

MATERIAL DE LEITURA

AGOSTO DE 2011

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DIA2 - Cidadania e Legislação

Responsáveis: Joesle, Daniele e Gerlane.

O ESTATUTO DO IDOSO

O Estatuto do Idoso estabelece por lei os direitos dos idosos, fazendo-os plenamente reconhecidos na sociedade contemporânea. Trata-se da lei N° 10741 de 1° de Outubro de 2003. É possível acessar o Estatuto através do link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm

Após sancionar a lei, o Presidente da República definiu o estatuto com o seguinte comentário:

"Seus 118 artigos formam um guarda-chuva de garantias legais que a sociedade devia aos seus idosos. A partir de agora, eles terão uma ampla proteção jurídica para usufruir direitos da civilização sem depender de favores, sem amargurar humilhações e sem pedir para existir. Simplesmente viver como deve ser a vida em uma sociedade civilizada: com muita dignidade. Mas para que tudo isso se materialize, é preciso que esse instrumento de cidadania tenha a adesão de toda a sociedade, porque só assim as inovações que ele traz - e as leis que ele regulamenta - irão se transformar, de fato, em direitos na vida dos nossos idosos".

O estatuto considera idosa a pessoa que tem idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. A família, a comunidade e o Poder Público têm o dever de garantir ao idoso, com absoluta prioridade, os direitos assegurados à pessoa humana.

No estatuto são abordados os pontos em que os direitos dos idosos devem ser garantidos, tal qual prioridade no atendimento de saúde, transporte coletivo grátis e garantias contra violência e abandono, com penalidade de prisão para quem pratica tais atos.

Entre os principais pontos destacam-se:

1. O atendimento PREFERENCIAL IMEDIATO E INDIVIDUALIZADO junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população (bancos, correios e quaisquer órgãos públicos);

2. A garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais (atendimento eficiente em hospitais);

3. O direito à pensão alimentícia, fornecida pelo Poder Público em caso de

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dificuldade financeira da família;

4. A concessão de estímulos à contratação de idosos pelas empresas privadas (redução de tributos);

5. Transporte coletivo gratuito aos maiores de sessenta e cinco anos (superando o tratativa do tema através de leis locais, geralmente municipais);

6. Prioridade de tramitação judicial e administrativa de processos (os processos judiciais e administrativos dos idosos tramitarão mais rápido – comentaremos mais a frente);

7. Impossibilidade dos planos de saúde cobrarem valores mais elevados dos idosos (alvo de grande polêmica).

8. redução de 67 para 65 anos da idade que dá direito às pessoas carentes de ganhar um salário mínimo, previsto na Lei Orgânica de Assistência Social (art. 34);

9. Atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde;

10. Nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação, violência e crueldade. Todo cidadão passa a ter o dever de comunicar essas violações às autoridades;

11. O idoso terá prioridade para a aquisição da moradia própria nos programas habitacionais, mediante reserva de 3% das anuidades;

12. Adequação de concursos e processos de seleção para que empresas prestadoras de serviços públicos tenham em seus quadros pelo menos 20% de trabalhadores com mais de 45 anos de idade.

O Estatuto garante ainda benefícios importantes, como o pagamento de meia-entrada em cinemas, shows e diversos eventos esportivos e de lazer; desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, em ônibus interestaduais; no caso do transporte coletivo intermunicipal e interestadual, ficam reservadas duas vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos, além do fornecimento gratuito de medicamentos, especialmente os de uso continuado.

Questões relevantes:

a) Discriminação.

O Estatuto, de forma salutar, proíbe discriminação e fixação de limite máximo de idade (art. 27), para contratações, inclusive em concurso público, ressalvado

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os casos em que a natureza do cargo exigir.

b) Acesso à justiça e atuação do Ministério Público.

As questões do acesso à justiça e da atuação do Ministério Público ganham dimensão especial com o estatuto, a partir das seguintes instituições:

- possibilidade de criação de varas especializadas na proteção do direito dos idosos (art. 70);

- prioridade na tramitação de processos e diligências judiciais em que o idoso figure como parte ou interveniente (art. 71).

c) Aspectos penais

Dentre as normas penais introduzidas pelo Estatuto, algumas têm importância sobranceira, destacando-se:

- no Código Penal, o projeto altera o agravamento de pena para homicídio culposo, incluindo um terço a mais de pena quando a vítima for idosa acima de 60 anos. Antes, o agravamento é para os casos envolvendo menores até 14 anos;

- a exibição, em qualquer meio de comunicação, de informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso pode dar detenção de um a três anos; abandoná-lo em hospitais ou casas de saúde acarretará detenção de seis meses a três anos;

- deixar de prestar assistência a idoso sem justa causa implicará detenção de seis meses a um ano;

- abandoná-lo em hospitais ou casas de saúde acarretará detenção de seis meses a três anos;

- a pena será de reclusão, de dois a cinco anos, para quem coagir o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração;

- retenção de cartão magnético de conta bancária de idoso com o objetivo de assegurar recebimento de dívida resultará em detenção de seis meses a dois anos;

- a exibição, em qualquer meio de comunicação, de informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso pode dar detenção de um a três anos;

D) Das Entidades De Atendimento Ao Idoso

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Art. 50 - Algumas das obrigações das entidades de atendimento são:

• Fornecer vestuário adequado se for pública, e alimentação suficiente; • Oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade. Art. 49. Uns dos princípios que as entidades que desenvolvam programas de institucionalização de longa permanência deverão adotar é a preservação dos vínculos familiares.

Art.52 A fiscalização dessas instituições fica a cargo do Conselho Municipal do Idoso de cada cidade, da Vigilância Sanitária e do Ministério Público.

Art. 66 O dirigente de instituição de atendimento ao idoso responde civil e criminalmente pelos atos praticados contra o idoso.

Fontes: http://jus.uol.com.br/revista/texto/4619/apontamentos-sobre-o-estatuto-do-idoso http://duo.nanoverso.com/2010/04/estatuto-do-idoso.html http://missaoenfermagem.blogspot.com/2008/02/resumo-do-estatuto-do-idoso.html http://www.proec.ufg.br/revista_ufg/idoso/estat_legal.html

ESTUDOS SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm

Introdução "A criança é a nossa mais rica matéria-prima. Abandoná-la à sua própria sorte ou desassistí-la em suas necessidades de proteção e amparo é crime de lesa-pátria." Tancredo Neves.

O Estatuto da Criança e do Adolescente resultou da fusão de duas emendas populares, que levaram ao Congresso cerca de 200 mil assinaturas de crianças e adolescentes. Em sua elaboração trabalharam juristas e pessoas de diversas instituições espalhadas por todo o país.

O ECA foi instituído pela Lei 8.069 no dia 13 de julho de 1990. Ela regulamenta os direitos das crianças e dos adolescentes inspirado pelas diretrizes fornecidas pela Constituição Federal de 1988, internalizando uma série de normativas internacionais:

• Declaração dos Direitos da Criança [1]; • Regras mínimas das Nações Unidas para administração da Justiça da Infância

e da Juventude - Regras de Beijing [2]; • Diretrizes das Nações Unidas para prevenção da Delinqüência Juvenil [3].

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A sociedade também possui uma parcela de responsabilidade na tutela à criança e ao adolescente. Sendo que tal responsabilidade tornou-se obrigação com a promulgação de nossa Carta Magna, pois o 'caput' do art. 227, preceitua que: : "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão." Sabemos que o Estado destina verbas insuficientes para a assistência ao menor, mas a comunidade precisa se conscientizar urgentemente de sua importância nos Conselhos Comunitários.

Esta lei complementar se aplica a todos os menores de 18 anos em qualquer situação; ou seja, até se completar essa idade, todos são menores para efeitos penais. Desta forma, todo menor está sob tutela, sem qualquer discriminação.

Definições:

Criança é a pessoa com até 12 anos incompletos.

É considerado adolescente a pessoa com idade entre 12 e 18 anos. A maioridade absoluta é obtida a partir dos 18 anos.

O art. 6º do ECA é claro ao preceituar que a criança e o adolescente são pessoas em desenvolvimento e deve-se sobrelevar a proteção aos interesses do menor sobre qualquer outro bem ou interesse juridicamente tutelado, devendo ele ser ouvido sempre sobre sua situação ou seu próprio destino, quando estiver em condições de ser ouvido, não se compreendendo qualquer decisão que seja tomada contrariamente aos seus interesses.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

O ECA é regido por uma série de princípios que representam a nova política estatutária do direito da criança e do adolescente. Tais conceitos servirão de orientação ao intérprete, sendo os principais os seguintes:

1) Princípio da prevenção geral: É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente as necessidades básicas para seu pleno desenvolvimento (art. 54, I a VIII) e prevenir a ocorrência de ameaça ou violação desses direitos (art. 70).

2) Princípio da prevenção especial: o Poder Público regulará, através de órgãos competentes, as diversões e espetáculos públicos (art. 74).

3) Princípio de Atendimento Integral: o menor tem direito à atendimento total e irrestrito (vida, saúde, educação, esporte, lazer, profissionalização, etc) necessários ao seu desenvolvimento (arts. 3º, 4º e 7º, do ECA).

4) Princípio da Garantia Prioritária: Tem primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias, assim como formulação e execução das políticas, sociais, públicas e destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a

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proteção à infância e à juventude (art. 4º, a,b,c,d).

5) Princípio da proteção estatal: visa a sua formação biopsíquica, social, familiar e comunitária, através de programas de desenvolvimento (art. 101).

6) Princípio da prevalência dos interesses do menor , pois na interpretação do estatuto levar-se-ão em conta os fins sociais a que ele se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento (art. 6º).

7) Princípio da indisponibilidade dos direitos do meno r: pois o reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercido contra os pais, ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de justiça (art. 27).

8) Princípio da sigilosidade : sendo vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional.

9) Princípio da gratuidade: pois é garantido o acesso de todo menor à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos, sendo a assistência judiciária gratuita prestada a todos que a necessitem (art. 141, §§ 1º e 2º ).

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Do direito à vida e à saúde

"'A vida é realmente o único bem que a pessoa tem', já que os demais virão por acréscimo." A vida e a saúde também são consideradas direitos fundamentais da criança e do adolescente, já que estão em fase de desenvolvimento, devendo existir programas assistenciais que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência, assegurando à gestante, à parturiente e à nutriz (mulher que amamenta) todas as condições necessárias.

O Capítulo referente à vida e à saúde prevê atendimento pré, peri e pós-natal, preferencialmente pelo mesmo médico, através do Sistema Único de Saúde (SUDS), convém salientar que este sistema é precário, insuficiente e falho. Sendo que tal prerrogativa legal é utópica, pois de nada adianta fazer exigências legais se não houver real implantação de uma política de saúde eficaz, séria e satisfatória.

Quando ocorrer suspeita de maus tratos (art. 13), deve-se comunicar imediatamente o Conselho Tutelar (art. 131), órgão constituído por cidadãos eleitos em cada município que deverá ter um importante papel na proteção ao menor, pois esse Conselho que irá tomar as providências cabíveis em cada caso.

Liberdade, Respeito e Dignidade Os menores devem respeitar os outros indivíduos, principalmente os idosos, da mesma forma que a criança e o adolescente merecem o respeito de todos. Ao exigir deveres para os menores, o ECA estabeleceu o equilíbrio indispensável à sociedade

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sadia.

Pela regra geral acredita-se que a família, de direito ou de fato, é o lugar ideal para a criação e educação do menor. E isto porque os pais são os maiores responsáveis pela formação dos filhos, possuindo o pátrio poder sobre eles e o pátrio dever de lhes garantir os direitos fundamentais.

A legislação penal prevê crimes contra a assistência familiar (arts. 244, 246, 247 e 245) visando tutelar o menor de 18 anos. Em casos excepcionais o menor deverá ser colocado em família substituta. A perda ou suspensão do pátrio poder só deve ocorrer nos casos em que a família natural se desinteresse ou abandone o filho. Essa perda ou suspensão somente poderá ser decretada judicialmente.

PREVENÇÃO

Visto que é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação de direitos, ninguém pode eximir-se desta obrigação. Qualquer atentado aos direitos fundamentais, por ação ou omissão, merece exemplar punição (art. 5º). Maus tratos contra 'X' ou 'Y' (é suficiente a simples suspeita) devem ser obrigatoriamente levados ao conhecimento do Conselho Tutelar da cidade (art. 13) e ao juiz da infância e juventude, para as providências legais cabíveis.

PROTEÇÃO

As medidas de proteção devem ser aplicadas pelo Conselho Tutelar ou pela autoridade judiciária, e devem sempre buscar os fins sociais a que se destinam, conforme o art. 6º do ECA, levando em consideração o universo bio-psicossocial que vivem. As medidas específicas de proteção aplicam-se:

1) às crianças e adolescentes carentes (art. 98, I e II, c/c artigo 136, I, ambos do ECA);

2) às crianças e adolescentes infratores (art. 98, III, c/c 6s art5g6s 105; 112, VII e 136, VI, todos do ECA).

O Conselho Tutelar, órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, terá atribuição para aplicar as medidas específicas de proteção às crianças e aos adolescentes carentes e às crianças infratoras (arts. 136, I, c/c artigo 98 e seus incisos e art. 105, todos do Estatuto). "A sociedade conquistou instrumentos para a construção da cidadania de milhões de crianças e adolescentes excluídos dos benefícios do desenvolvimento, que, se tomados com seriedade, firmeza, vontade e determinação política na sua consecução do Projeto Cidadão-Criança, poderemos alcançar o Estado Democrático de Direito." BENEDITO RODRIGUES DOS SANTOS - Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Fontes:

http://ziggi.uol.com.br/downloads/apostila-direito-civil-eca

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estatuto_da_Crian%C3%A7a_e_do_Adolescente