robert h. pierson - para você que quer ser líder (2)
TRANSCRIPT
A
PRÓLOGO
Em cada época Deus tem confiado a homens e mulheres de talento e
devoção, graves responsabilidades em conexão com Sua Igreja na Terra. Liderados
por Cristo, a cabeça invisível da Igreja, homens e mulheres consagrados têm
dado vida e direção à causa de Deus. Têm servido a esta causa com incansável
energia e fé.
A ordem divina realizada pelos líderes espirituais através dos
conselhos das Escrituras e do Espírito de Profecia, tem sido desde o começo
uma parte integrante da Igreja Adventista. O modelo de organização idealizado e
as qualidades exigidas de liderança, têm resistido à prova do tempo. Agora que
as nossas atividades têm-se estendido até os confins da Terra, com a ameaça de
divisão e fragmentação de esforços marchando ousadamente ao lado da igreja, há
a necessidade de fortalecer, e não debilitar, a estrutura da igreja. Há
necessidade de promover, não desencorajar, qualidades de verdadeira liderança.
Há necessidade de preparar obreiros de Deus na arte e na ciência da verdadeira
liderança evangélica.
O autor de ENTÃO VOCÊ QUER SER UM LÍDER, escreve respaldado por uma
grande experiência como obreiro na vinha de Deus.
Depois de entrar no ministério evangélico em 1933 como pastor e
evangelistas na Associação de GEORGIA - CUMBERLAND, Robert H. Pierson
imediatamente compartilhou com outros o seu zelo pela salvação de almas,
participando na liderança das atividades de obreiros voluntários. Pouco depois,
em 1935, a Divisão Sul Asiática, o chamou para servir como pastor e diretor das
atividades leigas na União Ocidental Indiana, onde permaneceu até 1939.
Contudo, sua habilidade para selecionar pessoas, treiná-las e inspirá-las a
alcançar novas realizações para Cristo se tornou mais evidente, quando
posteriormente ( até 1942), serviu como presidente da União Sul Indiana.
Depois de servir durante a guerra como pastor em Washington, D. C., e
rádio-evangelismo na cidade de Nova York, no meado da década de 40, foi
promovido a um posto administrativo de maior responsabilidade nas Uniões das
Índias ocidentais e do Caribe, que estavam em rápida expansão, onde serviu até
1950. Daí a assembléia da Associação Geral o chamou para ser presidente da
Divisão Sul Asiática.
B
A seguir veio um intervalo de quatro anos de trabalho em sua terra natal
como presidente da Associação, primeiro de KENTUCKY-TENNESSEE e depois TEXAS.
Em 1958 voltou ao campo missionário como presidente da Divisão Transafricana.
Através dos anos o pastor Pierson tem praticado os princípios aqui
estabelecidos. Seus conceitos emanam da fonte de sua própria liderança capaz e
consagrada. Aqui, neste livro, ele partilha o talento da liderança que cresceu
de uma estreita comunhão com o Mestre dos homens,
WALTER R. BEACH.
NOTA DO AUTOR
PARA VOCÊ QUE QUER SER UM LÍDER, não é um livro que se refere aos
aspectos mecânicos e estatísticos da administração denominacional. Porém, é um
enfoque espiritual, humano e promocional das qualidades dos líderes e
administradores em todos os níveis da igreja local em Prakasapuramà Associação
Geral, em Washington.
Apenas uma palavra: Por favor, não procure identificar os ministros ou
dirigentes mencionados em minhas ilustrações. Qualquer tentativa de
identificação, provavelmente será um equívoco. Exceto nos casos em que se
utiliza os nomes dos líderes bem conhecidos, a maioria dos personagens são
camuflados com nomes coloridos como Brown, Blue, White, Black, e outros nomes
fictícios. O material deste livro foi reunido num processo de colecionamento
por mais de um quarto de século e foi extraído de muitos diferentes países.
Se o leitor encontras, nas páginas deste livro, alguns pensamentos que o
ajudem a aprofundar a sua devoção pela causa do advento e inspirar-lhe maior
zelo pela terminação da obra de Deus em todo o mundo, os anos gastos na
preparação deste material não terão sido em vão.
R. H. P.
C
CAPÍTULO I
POR QUE A IGREJA NECESSITA DE LÍDERES?
"Procura-se... homens capazes,
tementes a Deus... põe-nos so-
bre eles por chefes de mil, che-
fes de cem, chefes de cinqüenta,
e chefes de dez" (Ex. 18:21).
O Congo recebeu a sua liberdade com um ato de vingança! Dentro de poucas
horas depois que a Bélgica outorgou a soberania a sua populosa colônia da
África Central, estourou a anarquia. Tropas amotinadas, providas de armas
modernas, se lançaram cegamente à luta. A cerveja e o sangue fluíram
abundantemente. Pessoas de todas as raças sofreram.
Missionários, sitiados e ameaçados, foram apanhados num turbilhão de
terror. Centenas destas vítimas finalmente se salvaram destas áreas turbulentas
pela força aérea norte-americana. Muitos deles chegaram a Salisbury, Rodéi do
Sul, unicamente com a roupa do corpo. Seus lares foram saqueados. Dinheiro,
mobílias, roupas, bens pessoais - e praticamente tudo que possuiam - foram
destruídos ou roubados.
Alguns desses missionários refugiados, voluntários de Deus, não tinham
uma organização missionária para sustentá-los no campo, e nenhum membro de
igreja para ajudá-los. Não tinham nenhuma idéia de onde ir em busca de abrigo e
cuidado. O futuro era escuro e incerto. Posteriormente, muitos regressaram aos
seus países de origem, deixando obra de suas respectivas missões numa condição
precária.
Os missionários adventistas enfrentaram as condições com perspectivas
mais esperançosas. Sabiam que seus amigos estariam esperando-os no aeroporto.
Tinham confiança em Deus e na organização de sua igreja. Sabiam que "os irmãos"
lhes proporcionariam o necessário de imediato e ajudariam a planejar o futuro.
O trabalho das missões, que abandonaram, estava nas mãos de africanos capazes,
de acordo com um plano preestabelecidos.
"Graças a Deus pela organização de nossa Igreja", repetiam muitas vezes
os nossos obreiros." Quão agradecidos estamos por uma igreja que conta com um
sistema estabelecido funcionamento".
D
Esta organização, nascida pelo Espírito Santo, estava capacitada a
socorrer os seus obreiros desvalidos numa situação de desastre. Dirigentes
responsáveis tinham estabelecido planos para uma possível emergência. Durante
os dias de incerteza e tensão que precederam à conflagração, foram feitos
contatos com os diferentes níveis de administração. Os planos de emergência
foram executados com toda a eficácia permitida pelos meios primitivos da
comunicação. Os obreiros sabiam aonde deveriam ir, Foram orientados consoante
ao melhor meio e rota a seguir para alcançar o seu destino. Arranjos foram
feitos para quando chegassem. Uma organização abençoada por Deus fez planos,
tinha o pessoal e fundos disponíveis para enfrentar a crise.
Isto ocorre repetidamente, à medida que se apresentam situações críticas
em distintas partes do mundo. Cada membro e obreiro que milita no movimento
adventista poderá dizer: " Graças a Deus pela organização de nossa igreja".
Contudo a função primordial da administração adventista consiste em
proporcionar planos e regulamentos que asseguram o bem-estar e o crescimento da
igreja sob condições normais. Em tempo de paz também podemos dizer, " Graças a
Deus pela organização de nossa igreja".
Um ministro de uma outra denominação visitou a dois dirigentes de nossa
associação na África do sul, para tratar da aquisição de um templo localizado
no centro de Johannesburg. Tínhamos interesse em vendê-lo a fim de mudarmos
para uma zona menos congestionada.
O Sr. Blank se agradou de nossa propriedade. Estava muito bem localizada
para o propósito que queria. Tinha as dimensões adequadas. Era justamente o que
desejava. Mesmo o preço era conveniente. Porém, tinha um problema: a obtenção
de fundos.
"Vocês compreendam", explicou o Sr. Blank, " não tenho nenhuma junta
missionária nos Estados Unidos para que me envie os fundos".
"Como vocês reunem os recursos necessários para levar avante os seus
projetos?" Pergunto-lhe o Pastor Coetzee.
"Escrevo cartas aos meus amigos de minha Terra", replicou o ministro. "
Também escrevo artigos para vários periódicos norte-americanos, explicando as
necessidades das minhas congregações. Espero e oro que os membros de minha
terra natal leiam os meus artigos, e que me enviem o dinheiro, possibilitando
levar avante o meu trabalho".
E
Não quero diminuir a importância deste método de "escrever e esperar".
Seria bom que os adventistas aprendessem lições de confiança em Deus, mantendo
uma missão de fé, baseadas em amigos. Contudo, pessoalmente, agradeço a Deus
por uma organização eficaz, através da qual Ele trabalha, suprindo os obreiros
e fundos, planos e regulamentos, que permitem levar avante a Sua obra às terras
distantes.
Esta organização é adaptável às necessidades do trabalho em todas as
partes do mundo. Funciona suavemente nas grandes conferências e instituições
complexas da América. Serve adequadamente à causa nos pujantes campos
missionários, onde abundam intermináveis problemas.
Uma Organização Estabelecida Por Deus
Nas margens do Rio Quebar o profeta Ezequiel recebeu uma visão dos céus
abertos. Contemplou um cena de deslumbrante esplendor - "visões de Deus" (Ez.
1:1). Viu majestosas criaturas viventes no meio de brasas candentes, relâmpagos
e rodas dentro de rodas ( Ez. 1:5-16).
Quando a mensageira do Senhor descreve a " organização de Deus", refere-
se à visão de Ezequiel. "Para o profeta, uma roda dentro da outra, a aparência
de criaturas vivas com elas relacionadas, parecia tudo intrincado e
inexplicável. Mas a mão da sabedoria infinita é vista entre as rodas e o
resultado de sua operação é a perfeita ordem. Cada roda trabalha em perfeita
harmonia com todas as outras" (T.M., p. 213).
"Estou certa de que o Senhor operou a organização que tem sido
aperfeiçoada", (Fundamentos da Educação Cristã, p. 254). "O Senhor deu
testemunho após testemunho a tal respeito" (T.M., p. 26). Este "sistema de
organização... foi edificado por um labor sábio e cuidadoso" (Testimonies, vol.
9, p. 258).
"Ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização. A
ereção desta estrutura custou-nos muito estudo e orações em que rogávamos
sabedoria, e às quais sabemos que Deus ouviu. Foi a mesma edificada por Sua
direção, por meio de muito sacrifício e contrariedades" (T.M., p.p. 27 e 28).
A organização na Igreja Adventista do Sétimo Dia foi idealizada de
acordo com a ordem dada por Deus a Seu povo nos dias do Êxodo. " O governo de
Israel caracterizou-se pela organização mais completa, maravilhosa tanto pelo
seu acabamento como pela sua simplicidade. A ordem, tão admiravelmente
F
ostentada na perfeição e arranjo de todas as obras criadas de Deus, era
manifesta na economia hebréia"(P.P. p. 589).
A organização de Israel nasceu por necessidade nos dias de Moisés. Este
líder de Deus estava sobrecarregado com os problemas no movimento do Êxodo
"desde de manhã até o pôr do sol" (Êx. 18:13).
Que é isto que fazes ao povo? Por que te assentas só e todo o povo está
em pé diante de ti...? "Perguntou Jetro, o sogro de Moisés".
"É porque o povo me vem a mim para consultar a Deus; quando têm alguma
questão vem a mim, para que eu julgue entre um e outro, e lhes declare os
estatutos de Deus e as suas leis" (Êx. 18:14-16).
"Não é bom o que fazes", advertiu-lhe Jetro. "Tu, como este povo que
está contigo, desfalecerás; pois isto é pesado demais para ti; tu só não o
podes fazer" (Êx. 18:17, 18).
Logo, Jetro esboçou um sistema de delegar autoridade, que tem sido útil
ao povo de Deus até o presente momento. "Procura, dentre o povo, homens
capazes, tementes a Deus homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos
sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta, e chefes de
dez, para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave trarão a ti,
mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e
eles levarão a carga contigo" (Êx. 18: 21, 22).
"Moisés desempenhava o papel de seu chefe visível, em virtude de
indicação divina, a fim de administrar as leis em Seu nome. Dos anciãos das
tribos foi mais tarde escolhido um concílio de setenta, para auxiliar a Moisés
nos negócios gerais da nação. Vinham em seguida os sacerdotes, que consultavam
o Senhor no Santuário. Chefes ou príncipes governavam as tribos. Abaixo destes,
estavam os capitães de milhares, capitães de cem, capitães de cinqüenta, e
capitães de dez;, e por último, oficiais que poderiam ser empregados no
desempenho de deveres especiais (P.P., p.389).
Paulo nos diz que no tempo do Novo Testamento a igreja primitiva adotou
semelhantemente um sábio sistema de organização. O próprio Cristo, o Cabeça da
igreja, " colocou cada um deles no corpo, como lhe aprouve" (I. Cor. 12:18).
Com o fim de promover os diferentes aspectos do programa da igreja, Cristo
dotou os homens com dons e talentos, constituindo uma organização, encarregada
de proclamar Seu evangelho" a cada nação, e tribo, e língua e povo" (Apoc.
14:6).
G
"Ora os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há
diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo" (I. Cor. 12:4, 5). " Ora, vós
sois corpo de Cristo, e, individualmente, membros desse corpo. A uns
estabeleceu Deus na Igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas,
em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas" (I. Cor. 12:27, 28).
De maneira que as rodas dentro das outras rodas, as quais Deus tem
designado para servir como um veículo de ordem na Sua Igreja, devem girar
suavemente, devendo a função de uma complementar a função de outra.
Organização da Última Igreja de Deus
Nos primeiros dias do movimento Adventista, nossos pais espirituais não
se convenceram facilmente acerca das bençãos de ter uma organização.
"À medida que aumentava nosso número", escreveu Ellen G. White, "
evidenciava-se que sem uma forma de organização, se produziria uma grande
confusão, e a obra não seria levada com êxito... Porém, existia um sentimento
contrário muito forte entre nosso povo. Os adventistas do Primeiro Dia se
opuseram à organização, e a maioria dos Adventistas do Sétimo Dia tinham as
mesmas idéias. Buscamos o Senhor com fervorosa oração, a fim de que
pudéssemos compreender a Suam vontade, e a luz foi dada pelo Seu Espírito, de
que deverá haver ordem e completa disciplina na igreja, e que a organização era
essencial" (General Conference Bulletin, Jan. 29,30, 1893).
Na igreja remanescente de Deus, há seus dez, seus cinqüenta, seus cem e
seus mil. A primeira unidade de organização no sistema Adventista é a Igreja
local. Quando um grupo de interessados da verdade aceita a mensagem adventista
e é batizado, arranjos são feitos com a associação, para organizá-los numa
igreja local.
A segunda unidade na organização da igreja é a associação local ou
missão. Em alguns países, a expressão missão não tem boa reputação, porque é
associada ao comunismo. Em tais países se utilizam as expressões "campo" ou
"seção" ou algum outro termo apropriado.
Uma associação ou missão local é um agrupamento de igrejas num estado,
província, ou território local". (Church Manual - 1963 ed. - p. 44).
Atualmente, há cerca de aproximadamente quatrocentas associações e missões
locais ao redor do mundo. Cada uma é administrada por líderes e uma comissão.
Associados com eles e com funções importantes, há departamentais, pastores,
H
evangelistas, professores, colportores, funcionários de escritórios e
instituições.
A terceira unidade de organização da igreja é a união-associação ou
união-missão. A "união" é "um agrupamento de associações ou missões dentro de
um território maior" (Idem). É administrada por dirigentes e departamentais e
outros, em forma muito semelhante à requerida por uma associação e missão
local. Nalgumas uniões, há missões e associações dentro do seu território. Por
exemplo, a União Sul-Africana tem quatro associações locais e sete missões.
A quarta unidade da administração Adventista é a divisão. Na realidade,
uma divisão é uma secção da Associação Geral, abrangendo associações e missões
locais e uniões-associações ou uniões-missões numa grande área do campo
mundial" (Idem).
Treze destas divisões administrativas constituem a igreja em todo o
campo mundial. Pouco se sabe a respeito do trabalho em duas destas divisões,
por causa das condições políticas reinantes. Porém, ouve-se de vez em quando
indicações de que o Senhor tem cuidado de Seus filhos, e que os dirigentes
nacionais estão fazendo seu melhor, não somente para sustentar a obra, mas,
também, para pregar a mensagem do advento.
A quinta unidade da administração de nossa igreja é, naturalmente, a
Associação Geral, " que é o corpo geral que abarca todas as partes do mundo"
(Idem). O manual da igreja apresenta o seguinte, consoante à posição da
Administração Geral no programa mundial da igreja:
"A Associação Geral... está autorizada por sua constituição a criar
organizações subordinadas para promover interesses específicos em várias
regiões do mundo; compreende-se, pois, que todas as organizações e instituições
subordinadas em todo o mundo, reconheçam a Associação Geral em assembléia, e a
Comissão Executiva no intervalo das assembléias, como a mais alta autoridade,
abaixo de Deus, entre os homens"(Idem, p. 45).
A mensageira do Senhor diz-nos também que a Associação Geral é a mais
alta autoridade da Igreja em todo o mundo: " Foi-me mostrado que nenhum homem
deve render-se ao juízo de qualquer outro homem. Mas quando é exercido o juízo
da Associação Geral, que é a mais alta autoridade que Deus tem sobre a Terra, a
independência e juízo individuais não devem ser mantido, mas renunciados"
(Testimonies, Vol. 3, p. 492).
Necessidade de Líderes
I
Talvez você já tenha ouvido a história de Samuel e os vespões. Samuel e
seu amigo dirigiam despreocupadamente seus cavalos por uma estada de campina.
De vez em quando, o jovem cavaleiro chicoteava os arbustos, jogando folhas
pelo chão. Ao longo do caminho passaram perigosamente perto de um ninho de
vespões que se dependurava numa das árvores.
"Porque você não bateu naqueles vespões, Samuel?" - Gracejou o amigo.
"Não Senhor!" Replicou Samuel. "Eu não! Estes vespões são organizados!"
Samuel conhecia muito bem a eficácia da organização. O mesmo ocorre com
a igreja remanescente de Deus. Organização cuidadosa mais líderes consagrados
contribuirão para ganhar e conservar almas.
"Uma massa de homens sem organização é uma plebe". Este mesmo grupo de
homens devidamente organizados e com uma liderança capaz pode ser convertido
numa força eficaz para a luta ou para uma indústria próspera. No caso do
movimento Adventista, poderia muito bem apressar ou retardar o cumprimento da
tarefa dada por Deus, e o retorno de nosso Senhor.
Os cinco diferentes níveis de administração da Igreja Adventista, como
detalhado acima, requerem liderança. Aqui é onde você pode compartilhar.
Milhares de igrejas Adventistas do Sétimo Dia, espalhadas através do
mundo, necessitam de líderes. Estas unidades funcionarão eficazmente para Deus
quando tiverem um "staff" de anciãos, diáconos, diaconisas, secretários,
tesoureiros, diretores missionários, diretores de Escola Sabatina e Sociedade
dos Jovens, e outros consagrados dirigentes. Pense no desafio que representa a
direção de todas essas igrejas. Somente na primeira unidade Administrativa, a
igreja mundial possivelmente precisa de mais de 150.000 líderes. Precisamos
saber o que Deus espera dos líderes da Sua Igreja remanescente. Precisamos
saber com exercer uma direção eficaz para estas horas finais da história.
Com cerca de 500 uniões, associações e missões locais, através do mundo,
que requerem administradores e diretores, departamentais e milhares de
pastores, mestres e outros líderes, pense qual deveria ser a demanda de sua
liderança denominacional!
E isto não é tudo. A Associação Geral e mais de 700 instituições
médicas, educacionais, publicações em diferentes terras, também necessitam de
líderes e obreiros dedicados.
Que desafio! Reune você as condições necessárias de um líder?
Provavelmente saberá melhor após ler o próximo capítulo deste livro.
J
CAPITULO II
VOCÊ TEM AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS?
"O que... vistes em mim, is-
so praticai". (Fp. 4:9).
Ele é um dínamo humano. Cada dia que passo ele a minha vida se
enriquece. Meus horizontes se ampliam. Estimula meu pensamento. Faz-me querer
ser um homem maior e melhor - e desejar terminar rapidamente a obra de Deus.
Meu amigo é um verdadeiro líder, porque o verdadeiro líder sempre afeta
desta maneira os seus associados. Inspiram e estimulam as pessoas. A mensageira
do Senhor explicou isto corretamente quando escreveu: " O povo refletirá em
alto grau o espírito manifestado pelo dirigente" (S.C., p. 177). O espírito do
verdadeiro líder é contagioso. Prontamente todos os que o rodeiam compartilham
de seu pesar e do seu entusiasmo. O grupo está desejoso de segui-lo, de fazer
dos seus sonhos o seu próprio sonho, de afastar as barreiras que bloqueiam sua
passagem para as estrelas.
Os homens são mais importantes do que os métodos, mais essenciais do que
os planos e praxes. O êxito de qualquer organização ou projeto depende mais do
fator humano do que orçamento ou qualquer outro fator. Se uma associação, um
campo, ou uma instituição conta com tal líder, crescerá e se desenvolverá a
despeito de obstáculos ou problemas.
Então você quer ser um líder? Ótimo, que bom, mas você tem as condições
necessárias? Vamos contemplar-nos a nós mesmos!
Um Verdadeiro Líder Cristão é um homem Espiritual
Nunca encontrei uma pessoa semelhante ao Dr. Green. É um bom homem, um
dos melhores cristãos que já conheci. De fato, é tão bom que o povo tem se
aproveitado dele.
O Dr. Green aceitava literalmente as palavras de nosso Senhor: "Quem
tiver duas túnicas, reparta com quem não tem" (Lc. 3:11). Tenho-o visto
compartilhar desta maneira sem hesitar com pessoas menos afortunadas que ele.
Às vezes tenho pensado que o doutor pertencia mais a outro mundo do que
ao nosso. Na realidade ele era um homem espiritual, um homem de Deus.
K
O Senhor uso a homens como o meu amigo médico, eu creio, para relembrar-
nos de que não devemos esquecer o lado espiritual de nossa liderança. Pode ser
que nem todos somos tirados da mesma peça de tecido que ele, todavia, cada
verdadeiro líder cristão deve ser espiritual.
Que quero dizer com espiritual?
Noé era um líder espiritual. Não era um visionário. Não era acomodado.
Ele era um administrador de primeira classe. Foi responsável pelo maior
contrato de construção do mundo antigo. Era um líder de homens e animais. Era
um homem de profunda percepção espiritual." Noé andava com Deus" (Gên. 6:9).
Isto foi cerca de 4.000 anos atrás. Que podemos dizer dos homens na era
espacial?
O pastor Blank passou o fim de semana na escola da missão. Ao se
despedir, ele e sua esposa, ele apertou calorosamente a mão do diretor.
"Podemos ter uma palavra de oração antes de nos retirarmos?" Ele
perguntou.
Quando se levantaram dos seus joelhos havia lágrimas nos olhos do
diretor. "Pastor", ele disse, possivelmente ficará surpreso que já faz
aproximadamente trinta anos que estou em campo missionário, e esta é a segunda
vez que um de nossos irmãos visitantes ora conosco. certamente isto significa
muito para nós".
Orar com um obreiro uma vez não faz dele um líder espiritual, porém, um
líder espiritual formará o hábito de orar com os seus obreiros ou membros por
onde ele for.
Um líder espiritual faz de Jesus o seu modelo. Aprende do Salvador o
poder da bondade e a magia da compreensão. Nunca encontra no Mestre nenhum
traço de aspereza ou descortesia, e com a Sua ajuda o líder espiritual já
livrou sua própria vida dos aspectos anticristãos. Como seu mestre, o líder
espiritual enfoca os seus problemas com um espírito de amor e na semelhança de
Cristo. Não é de se admirar que os outros o amem, o busquem para conselho e
oração.
A pessoa não se torna um líder espiritual por nascimento, nem por classe
social, nem por educação. A espiritualidade não é derramada sobre uma pessoa
pela mesa da associação ou comissão de igreja. Uma liderança espiritual vem
pelo poder do Espírito Santo. Vem através da oração, lágrimas e confissão de
pecado. Requer uma grande dose de investigação própria e sacrifício. Mas
L
somente quando nos tornamos obreiros espirituais pode a nossa liderança
produzir impacto espiritual tão importante ao êxito.
Um Líder Cristão Verdadeiro é Um Homem de Visão
Certa vez ouvi W.R. Beach dizer: " A visão separa os homens que fazem
daqueles que não fazem". Que ótima definição de visão!
Frente a obstáculos e oposições, o orgulho e preconceito, vinho e
mundanismo, a mensagem de Cristo aos Seus seguidores foi: " Erguei os vossos
olhos!" Obtenha nova visão! "Os campos branquejam para a ceifa" (Jo. 4:35). Sua
mensagem desafiou-lhes a fé e provocou-lhes a coragem ao enfrentarem uma tarefa
difícil.
Que mensagem para os obreiros na causa de Deus hoje! "Levantem os olhos!
Elevem as vistas! Estendam os horizontes! Mil e novecentos anos depois, a
mensagem de Deus para a igreja remanescente ecoou as palavras do seu Senhor:
"Oh! como me parece ouvir a voz dia e noite: 'Avançai; acrescentai novo
território,... e dai ao mundo a derradeira mensagem de advertência. não há
tempo para perder' " ( Evangelismo, p. 67).
"Onde não há visão, o povo perece" (Prov. 29: 18 KJV), escreveu Salomão.
Admite-se que o homem sábio estava falando de uma visão profética, contudo é
igualmente certo que a igreja de Deus hoje necessita de líderes inspirados -
homens que hajam captado uma visão da obra terminada na sua geração. Quando
esta visão não os estimula, o povo há de perecer antes de alcançar o reino. A
igreja remanescente precisa de líderes com visão elevada.
"Visão" de acordo com Webster, é " discernimento ou previsão inusitada".
Um líder com visão vê almas em cidades e países que agora parecem
tenebrosos. Vê edifícios de igreja onde agora existem somente terrenos baldios.
Para o obreiro de visão não há Alpes, Rockies ou Everestes! Sua fé valente,
irrestrita, supera todos os obstáculos. Campanhas evangelísticas, escolas,
hospitais, clínicas e edifícios e edifícios de igreja surgem sob o toque mágico
do Mestre quando o homem de fé e visão aceita as promessas e desafia o
onipotente Deus.
Naturalmente há problemas! Naturalmente há obstáculos! Mas isto não
amedronta de seu propósito os homens de visão santificada. Com a força de Deus
avançam para realizar seus planos a despeito dos impedimentos que desanimariam
uma pessoa de menos intrepidez.
M
Visão é divino descontentamento. É algo santificado que Deus implanta
profundamente no coração do homem de forma que ele não se conforma com
realizações do passado. Ele é impelido a avançar continuamente, tentando e
realizando com a ajuda dos céus grandes coisas para Deus. A visão nunca
permitirá a um homem parar antes de alcançar o alvo proposto. De algum modo,
indo por baixo ou por cima, ao redor dos obstáculos, lutará para obter a
vitória.
Há uma verdade desafiadora que deveria arder na mente de cada obreiro na
causa de Deus: uma organização raramente alcança mais do que os seus líderes
crêem que pode realizar. Poucas vezes uma igreja local ultrapassa a visão do
seu pastor. Uma associação ou missão raramente excedem a medida de fé
manifestada pelos seus líderes. Com um líder a obra avança. Com outro o
trabalho fica estagnado e no mesmo campo. O fator determinante poderá ser a
medida da visão consagrada do líder.
Oh Deus, dá-nos visão! Abre-nos os olhos, amplia nossa visão! Tanto
depende disto! Dá-nos obreiros cujos olhos estejam voltados para os Céus, acima
dos outeiros estéreis de nossas experiências e realizações ordinárias. Que
hora! Que tarefa a nos desafiar! Que assombroso dia de oportunidade!
Oportuna é a estimulante declaração do Dr. Frank Lauback: " O céu treme
por nosso insuficiência e tardança, pelos nossos fracos hábitos quando Deus
impulsiona-nos a grandes coisas... Fico atônito por alguns... que não têm fogo
e nem visão..., que começam a considerar que isto é difícil, sem precedente,
prematuro se não for propriamente examinado, demasiado informal, ou muito
grande. O tipo de quem somente freia, ou vamos devagar... pode arruinar o
programa de Deus. Oh, vocês de pouca fé, tirem o pé do freio... Quem ouviu
dizer que Deus está nos detendo? Ele chora por nós como fez por Jerusalém. Não
temos nada a temer; não cairemos quando Deus nos empurra. Eu vos digo a que
devemos temer: temamos a nossa condição atual, porque não somos suficientemente
bons, suficientemente arrojados, suficientemente visionários para esta
esplêndida hora".
O Verdadeiro Líder Cristão é Um Homem da Palavra
Os primeiros líderes do movimento adventista eram homens da palavra.
Esquadrinhavam as Escrituras para compreender a vontade de Deus para eles.
Gastavam noites inteiras em oração investigando a verdade.
N
Que exemplo para nós, que temos o grande privilégio de edificar sobre os
seus bem estabelecidos fundamentos. Descrevendo os líderes da igreja de Deus, a
serva do Senhor disse: "Devem ser... inteligentes estudantes da palavra, aptos
para ensinar a outros também, tirando do tesouro coisas novas e velhas" (O.E.,
p.413).
Um administrador pode facilmente se tornar tão absorvido em resolver os
problemas e dirigir a obra que não estuda a Bíblia. Quando um líder está
demasiado ocupado para dedicar cada dia tempo a Deus e Sua Palavra, está mais
ocupado do que o céu deseja. Como podemos manter uma estreita relação com o
nosso Grande Líder se nossos olhos e ouvidos não estão constantemente alerta
para captar Suas ordens de marcha?
Quando estamos demasiado ocupados para estudar, este fato é rapidamente
refletido em nossa pregação. Apresentamos sermões "administrativos" em vez da
confortante mensagem evangélica que estimula o coração dos homens e proporciona
alimento a suas almas.
"Alguns administradores têm tendência de se interessarem menos na
pregação do que a faziam quando eram pastores ou quando estavam em alguma outra
atividade da obra do Senhor", disse certa vez W.E. Murray.
É conveniente que como líderes nos controlemos com freqüência a fim de
assegurarmo-nos de que não relegamos o estudo da Bíblia e a pregação de sermões
a um lugar de segunda importância em nosso ocupado programa.
O Verdadeiro Líder Cristão é Um Homem Humilde
Nunca esquecerei esse espetáculo. Ali estava de joelhos um obreiro que
ocupava uma posição elevada na igreja de Deus, lavando os pés de um coobreiro
que poucos dias antes dissera coisas falsas e inverídicas contra ele.
"Ainda há cristianismo em ação", pensei enquanto testemunhava tal cena.
"Há um verdadeiro líder em Israel".
Um verdadeiro líder cristão, como seu grande Exemplo, é um homem
humilde. Pensa unicamente nos outros, está disposto a ser de pouca reputação
por amor dos outros.
"O maior dentre vós será vosso servo", disse Cristo um dia à multidão.
"Quem a si mesmo se exaltar, será humilhado, e quem a si mesmo se humilhar será
exaltado" (Mt. 23: 11,12).
O
"Quem não aceita a aparência do homem" (Gal. 2:6), relembra-nos Paulo.
"Porque se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se
engana"(Gal. 6:3).
Diótrefes deveria ter sido um homem orgulhoso e ambicioso, porque João o
descreve como alguém " que gosta de exercer a primazia" (III João 9). A obra de
Deus de então e agora pode continuar sem Diótrefes e seus comparsas. Somos
todos homens pequenos ocupados num grande trabalho, e unicamente a mensagem que
representamos nos engrandece em qualquer sentido desta palavra. Os verdadeiros
líderes de Deus, com o seu grande Modelo, são humildes.
O Verdadeiro Líder Cristão Deve Ser Paciente
"Não nos preocupamos muito quando as faces do pastor White ficam
enrubescidas", disse certa vez um obreiro. "Mesmo quando seu pescoço começa a
ficar rosado, as coisas ainda não vão tão mal porém quando as suas orelhas
ficam vermelhas - então cuidado! Sua paciência acabou, e ai devemos nos
preparar para o que vier!"
Liderança envolve uma pessoa em muitas situações exasperantes. As
pessoas não se movem tão rapidamente. Não podem ver com suficiente penetração e
rapidez os problemas e planos. Não fazem o que se lhe diz. Não fazem nada a
menos que se lhes ordene. As pessoas não colaboram, são irrazoáveis, e às vezes
estúpidas. Se não crê nisto, pondere por um momento as experiências que tem
tido com pessoas. Se isto não é uma prova suficiente, recorde como você mesmo
tem agido em certas ocasiões. Estou julgando unicamente por experiência e minha
própria conduta em certos momentos.
"É necessário grande paciência para lidar com pessoas", disse-me certa
feita um amigo inglês. E assim é. Se um líder perde sua paciência muito
depressa e com freqüência, está falado a ter problemas.
Aconselha Tiago: "Todo homem, pois, seja pronto ouvir, tardio para
falar, tardio para se irar" (Tiago 1:19). Perder a calma e dizer o que alguém
se sentiria tentado a dizer debaixo de pressão é um luxo que nenhum cristão
pode permitir-se. A perda da calma tem levado líderes em potencial a perder a
chance de desenvolver sua completa habilidade. Ninguém se sente à vontade
quando as orelhas de um líder se tornam vermelhas!
O Verdadeiro Líder Cristão é Bondoso e Compassivo
P
Certa vez visitei um posto missionário com o presidente de um campo.
Quando nosso carro parou em frente da casa da missão várias crianças correram
velozmente para ver quem chegava primeiro ao encontro de nosso amigo. Uma
menina de aspecto sério permaneceu segurando a sua mão a maior parte do tempo
que estivemos no posto da missão. Era evidente que ela pensava muito bem do seu
"tio"/ Todos os meus esforços para captar algo de sua atenção resultaram em
fracassos.
Esta pessoa era conhecida através do seu campo, tanto pelos jovens como
pelos mais velhos, como um dirigente bondoso e compassivo. Era assim mesmo. Eu
sei, trabalhei com ele, e enriqueci-me muito ao viajar e estar associado com
ele.
"Sede uns para com os outros benignos, compassivos"(Ef. 4:32), escreveu
Paulo. "Seja vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o
Senhor"(Fil. 4:5).
Somente Cristo no coração pode fazer um líder bondoso e compreensivo.
"Se Cristo habitar em nós, seremos pacientes, bondosos e indulgentes, alegres
nomeio das contrariedades e irritações" (A Ciência do Bom Viver, p. 487).
Paulo disse: "No ensino, mostra integridade, reverência" (Tito 2:7).
Este é um bom conselho para os líderes quando obreiros ou membros os procuram
com problemas que parecem triviais, principalmente no fim de um
cansativo dia de trabalho. A manifestação da compreensão e bondade em tais
circunstância, bem poderia provar que se trata de líderes verdadeiramente
cristãos.
"Se cristo habitar em nós", escreve a Sra. White, "seremos pacientes,
bondosos e indulgentes" ( A Ciência do Bom Viver, p.487). "Aquele que é um
cristão terá palavras bondosas para os... associados. Será bondoso, cortês,
amável, simpático... Falará com gentileza... Entre os filhos de Deus não mora
espírito de aspereza" (My Life Today, p. 196).
Quando tentados a usar a autoridade para "fazer pagar" alguém que nos
prejudicou, seria mais conveniente que seguíssemos o exemplo do poeta italiano
Tasso. Quando alcançou o auge de sua carreira estava em condições de vingar-se
de um homem que o havia prejudicado enormemente anos atrás.
"Não desejo despojá-lo", disse o poeta, " contudo, há uma coisa que
gostaria de tirar dele".
"Sua honra, sua riqueza, sua vida?" Perguntou a Tasso.
Q
"Não", contestou benevolentemente. "O que gostaria de tomar-lhe eu
procurarei obter através do exercício da bondade, da paciência e da clemência".
A bondade é uma luz consoladora que penetra nos corações
entristecidos,
E os ilumina com uma flama de nova esperança, novo gozo e
logo se esvaece.
A bondade é uma preocupação desinteressada, com obras
generosas e amigáveis,
Inspirada no desejo de ajudar a um irmão que está em
necessidade.
A bondade é o esquecimento de nossas próprias aspirações
mundanas,
Esquecimento de tudo, menos dos pedidos de nosso próximo
necessitado.
A bondade é um guia amante que nos mostra como devemos viver,
Um tesouro que quanto mais gastamos, tanto mais temos para
dar".
- Nick Kenny
Demétrio é um personagem bíblico de quem sabemos muito pouco. Contudo,
deveria ter sido bondoso e compreensivo, porque o apóstolo João deixou o
seguinte registro acerca dele: "Todos lhe dão testemunho... e nós também damos
testemunho" (III João 12).
Senhor, dá-nos mais Demétrios entre nossos líderes em todos os níveis.
O Verdadeiro Líder Cristão Tem Responsabilidade
e Determinação
Foi um episódio trivial, porém, ilustra o meu ponto de vista. O irmão
Kivuku acabava de ser eleito secretário-tesoureiro de uma missão. O presidente
do campo, que já trabalhava por algum tempo, passava-lhe o cargo.
"Aqui estão as chaves do cofre", disse-lhe com um sorriso, "você
provavelmente vai necessitar delas no seu trabalho!"
"Não me obrigue a aceitá-las", ele se lamentou. "Alguém poderia matar-
me!"
R
Eu não sei o que era justamente que o tesoureiro esperava que o seu
trabalho fosse, ou quem pensava deveria encarregar-se do dinheiro, mas a sua
primeira reação foi sucumbir-se diante da responsabilidade.
Muitas pessoas que estão procurando administração não estão dispostas a
assumir as responsabilidades que isto exige. São administradores malabaristas.
Um amigo certa vez me disse: "Seus exercícios favoritos são esquivar-se dos
problemas, saltar para as conclusões, e passar a responsabilidade para outros".
A irmã White estava aconselhando o irmão A , consoante ao seu fracasso em levar
responsabilidades: "Você não tem estado disposto a levar responsabilidades",
ela escreveu. "Você tem a inclinação natural de evitá-las... deve levar cargas
em conexão com a obra de Deus. O excesso de comodidade e o evitar
responsabilidades têm tornado débeis e pigmeus aqueles que deveriam ter sido
homens de responsabilidades, de poder moral e de poderosa fibra espiritual"
(Testimonies, V. 3, p. 495).
Um líder não pode ser nem débil nem pigmeu.
"Aquele que trabalha segundo a habilidade que lhe é confiada, tornar-se-
á sábio construtor para o Mestre; pois está sob o aprendizado de Cristo,
aprendendo a fazer as obras de Deus. Não fugirá a encargos de responsabilidade,
pois reconhecerá que cada qual deve, na causa de Deus, ajudar até nos limites
de sua capacidade, e coloca-se sob a pressão do trabalho; mas Jesus não
abandona Seu servo voluntário e obediente, deixando que seja esmagado. Não é o
homem que tem pesadas responsabilidades na causa de Deus que precisa de vossa
piedade, pois ele é fiel e verdadeiro na cooperação com Deus; e mediante a
união do esforço divino com o humano, a obra se completa. É aquele que foge das
responsabilidades, reconhecendo o privilégio para o qual é chamado, que merece
piedade". ( Mensagens Escolhidas, Vol. I p. 276).
Você quer ser um líder? Então ouça o conselho inspirado: "Portanto, vê-
de prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como sábios" (Ef.
5:15).
"Os teus olhos olhem direito e as tuas pálpebras, diretamente diante de
ti" (Prov. 4:25) disse o homem sábio. "Não declines nem para a direita nem para
a esquerda" (Prov. 4:27).
"Vede que seja seguro o vosso fundamento; construí então firmemente, e
com persistente esforço, mas com brandura, mansidão e amor" (Conselhos aos
Professores, p. 57).
S
Aceite sua responsabilidade, cinja os lombos, e avance com unidade de
propósito. Esta é a marca distintiva de um verdadeiro líder.
Antes de passar para um outro ponto, deixe-me acrescentar um pequeno
pensamento:
"O que disse uma vez com muita sabedoria:
Assegura-se que está bem certo, então avance,
Bem poderia ter acrescentado:
Quando sabe que está errado, apressa-se a retirar-se!"
-Autor desconhecido
O Verdadeiro Líder Cristão é Um Homem de Coragem
Um grupo rebelde avançava sobre o nosso posto missionário de Bigodo, ao
sul do Congo, deixando atrás de si uma esteira de carnificina e belicosa
destruição. A fumaça das cabanas, incendiadas cada vez mais se aproximava de
nossa missão. O pastor Simeon Mahune, diretor do posto, enfrentava uma
angustiosa decisão. Deveria juntamente com os outros coobreiros e suas famílias
fugir para floresta, deixando a propriedade da missão sob os caprichos de um
exército dopado? Decidiu não recuar.
Quando os rebeldes chegaram, foram recebidos na porta da missão pelos
pastores Mahune e Kasam, um obreiro jubilado. Era necessário muita coragem para
enfrentar a turba que pulava e gritava e rogar aos líderes deles que poupassem
a propriedade do Senhor. Mas a coragem deles salvou o posto! Em cinqüenta
quilômetros ao redor, todas as cabanas e edifícios foram destruídos. Algumas
outras missões foram arrasadas. Somente Bigodo permaneceu intocada, como um
monumento ao poder protetor de Deus e à intrepidez dos dois líderes
missionários que se recusaram a escapar freqüente ao perigo de possível morte.
Nossos líderes devem ser corajosos em consonância com o tempo em que
vivemos e dignos do povo que Deus chamou a conduzir. quando o líder perde a
coragem a causa está perdida.
"Precisam homens de fibra", diz o Espírito de Profecia, "homens que não
estejam à espera de ver seu caminho aplanado e removidos todos os obstáculos;
homens que alentem com um zelo novo os desfalecidos esforços dos trabalhadores,
e cujo coração esteja inflamado de amor cristão e cujas mãos sejam fortes para
obra do Senhor" (A ciência do Bom Viver, p. 497).
T
Reveses? Algumas vezes! Frustrações? Possivelmente! Problemas?
Certamente! - até que o Senhor venha. Dificuldades? Muitas! Mas
desencorajamento ou derrota? Nunca! Não quando o Deus que servimos vai à nossa
frente.
"Não devemos permitir que o futuro, com seus difíceis problemas, suas
não satisfatórias perspectivas, façam nosso coração desfalecer,... Seja qual
for nossa situação, se somos cumpridores de sua Palavra, temos um Guia a nos
dirigir o caminho; seja qual for nossa perplexidade, temos um seguro
Conselheiro" ( A Ciência do Bom Viver, pp. 248, 249).
"Mede-se melhor uma árvore quando está caída", disse uma vez Abraão
Lincoln. Qual é a sua estatura quando está indo mal?
O Verdadeiro Líder Cristão é Íntegro
Vinte e duas almas estavam se preparando para o batismo. Nunca antes na
história de nossa obra neste lugar difícil tinha havido perspectivas tão
animadoras. Brevemente se organizaria uma igreja nesta capital.
Porém, veio o golpe.
Circulou a notícia de que o pregador era infiel a sua esposa. Uma jovem
na comunidade ficara grávida. Numa noite escura o pregador desapareceu,
deixando desconsolados e sem recursos a sua esposa e seus filhos. "Pela sua
muita loucura, perdido cambaleia" (Prov. 5:23). Ele deu, na verdade, como disse
o sábio rei, a sua "honra aos outros" (prov. 5:9).
Isto foi lamentável.
Pouco depois chegou um novo pastor para substituir o irmão caído.
Imediatamente começou a trabalhar ativamente com o propósito de reunir os
restos de um trabalho que tinha sido promissor. Somente quatro ou cinco pessoas
estavam dispostas a abrir suas portas ao novo dirigente. O resto declarou: "Não
queremos saber nada com uma religião que produz tais enganos".
A oração e perseverança salvaram cerca de metade do interesse original.
Perspectivas promissoras haviam sido desbaratadas por causa da debilidade de um
líder. Até hoje um ar de difamatória suspeita, recai sobre o nosso trabalho
naquela cidade. Quem pode medir a perda de fé, a desilusão, a diminuição de
confiança, os corações familiares partidos, o desperdício dos meios de Deus,
por causa da queda de um líder?
U
Não é de admirar o que o apóstolo Paulo escreveu: "Para aprovardes as
coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o dia de Cristo, cheios
de fruto da justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para glória e Louvor de
Deus" (Fil. 1: 10,11).
"Purificai-vos, os que levais os utensílios do Senhor" (Is. 52:11),
apela o evangelho profético. O apóstolo Paulo roga: "Abstende-vos de toda forma
de mal" (I Tess. 5:22).
Como líderes, nossa única segurança está em permanecermos fora do
terreno encantado de Satanás, e nos abstermos sempre da "aparência do mal" (I
TESS 2:22). Se uma pessoa brinca com fogo, é muito provável que se queime.
"Tomará alguém fogo no seio, sem que as suas vestes se incendeiem? Ou andará
alguém sobre brasas, sem que se queimem os pés?" (Provérbios 6:27-28).
Os líderes de Deus devem ser limpos, homens e mulheres de impecável
integridade.
O Verdadeiro Líder Cristão é Leal a Seu Deus,
a Sua Igreja e a Seus Irmão
Os jovens que servem no exército prestam um juramento de lealdade. Houve
um tempo em que os recrutas do exército britânico juravam sua lealdade ao
monarca segurando uma moeda com a esfinge do rei. No gesto de "tomar a moeda do
rei" estavam prometendo ser leais até a morte.
Como líderes e obreiros na causa de Deus, temos "tomado a moeda do rei"?
Assim fazendo temos nos entregado a Ele para sempre. "Permanecei firmes", disse
Paulo, "e guardai as tradições que vos foram ensinadas" (II Tess. 2:15). "Sê
fiel até a morte", fala-nos o Senhor ressuscitado através do revelador, "e dar-
te-ei a coroa da vida" (Apoc. 2:10). Nunca deveria existir nenhuma sombra de
variação. Nossa vocação como cristãos e obreiros é para toda a vida. Não deve
haver escolha de outro mestre ou profissão. Deus exige nossa lealdade e a
recompensa será abundante.
Devemos ser leais para com os nossos líderes companheiros e irmãos que
estão "por cima" ou "por baixo" de nós. "A fidelidade para com Deus compreende
a fidelidade para com o homem" (Educação, p. 77). A experiência da Davi na
caverna ilustra muito bem a nossa fidelidade para com o ungido do Senhor. Davi
tinha a possibilidade de tirar a vida do rei, todavia, recusou fazê-lo. "O
V
Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor" disse Davi, que eu
estenda a mão contra ele, pois é ungido do Senhor" (I Sam. 24:6).
Em nossos dias Deus requer semelhante lealdade para com os líderes da
igreja. Qualquer pessoa que é desleal para com os seu líderes e companheiros
na obra, é indigna da posição de confiança que ocupa.
"Deus pede homens de decidida fidelidade. Não há utilidade, para Ele, em
uma emergência, para homens de duplicidade. Quer homens que ponham as mãos numa
ação errada e digam: 'Isto não está segundo a vontade de Deus'" (Mensagens
Escolhidas, Vol. II, p. 153).
"Permanecer em defesa da verdade e da justiça quando a maioria nos
abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões, -essa será
nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de
sua covardia e lealdade de sua traição" (Testemunhos Seletos, Vol. II, p. 31).
"Ele espera lealdade de cada um" (Profetas e Reis, p. 175).
Que Deus nos faça líderes leais - leais ao nosso Deus e leais aos nossos
irmãos.
Como nos classificamos?
Ao contemplarmos as exigências do trabalho sobre nós, se estamos começando uma
liderança ascendente ou já temos levado responsabilidades por muitos anos, sem
dúvida somos levados a exclamar como o apóstolo, "Quem , porém, é suficiente
para estas coisas?" (II Cor. 2:16). Somente quando aceitamos a segurança da
resposta que Paulo deu à sua própria pergunta, podemos avançar como líderes:
"Tudo posso Naquele que me fortalece" (Fil. 4:13). Ele é a nossa única
esperança.
"Devemos conservar-nos bem perto de nosso grande Líder" (Testemunho para
Ministros, p. 432).
W
CAPÍTULO III
VOCÊ SABE PARA ONDE VAI E POR QUE?
"Sei donde vim e para onde
vou" (João 8:14).
Ser uma tartaruga com duas cabeças é uma experiência enlouquecedora! Há
poucos anos, nos pântanos de Lousiana, um pesquisador encontrou exatamente essa
preciosidade da natureza. Um biólogo, numa faculdade de Mississipe, que mais
tarde examinou a tartaruga, informou que cada cabeça era capaz de dirigir a
ação da metade do corpo inteiramente independente da outra.
Pobre Harold - nome que deram a essa tartaruga de duas cabeças -
freqüentemente se achava em situações as mais frustrantes. Enquanto uma cabeça
e uma metade do seu corpo desejava nada menos do que deitar-se preguiçosamente
por causa do cálido sol do sol, a outra cabeça e a outra parte sentia fome
dormindo e outra metade arrastando-se, o pobre e velho Harold passava a maior
parte de seu tempo andando em círculos.
1. Um dos Primeiros Objetivos da Administração da Igreja consiste em
Operar uma Organização Eficaz.
Se é uma tartaruga ou sociedade de Missionários voluntários, uma igreja
ou uma associação, um par de cabeças que não cooperam significa desastre. O
normal é que exista uma só cabeça. Numa igreja ou associação deve haver alguém
que coordene e aconselhe os que fazem operar a instituição. A menos que uma
organização tenha uma cabeça, gastará muito tempo andando em círculos como o
pobre Harold.
Numa sociedade de Missionários Voluntários, a cabeça está representada
pelo seu diretor: na igreja, pelo seu pastor, e numa associação, pelo seu
presidente.
Agora, se você é presidente de qualquer organização da igreja, permita-
me contar-lhe uma pequena história para que a importância de sua posição não
assuma proporções indevidas aos seus próprios olhos.
X
Quase sem fôlego, um menino chegou para sua mãe. "Mamãe! Mamãe! Acabo de
ser eleito presidente de nosso clube de meninos!"
"Muito bem, que maravilhoso", disse carinhosamente a sua mãe. "Diga-me,
querido, como é que o escolheram para tão grande honra".
"Veja só, mamãe", continuava Billy com mais compostura, "eles me queriam
para secretário, mas não sei escrever. Então queriam que fosse tesoureiro, mas
não sei contar. Assim elegeram-me como presidente!"
Agora que todos nós, presidentes, pastores, e líderes, fomos trazidos a
uma perspectiva adequada, podemos proceder à consideração de nossos objetivos
como administradores e líderes cristãos. Queremos manter em funcionamento uma
organização eficaz. Para cumprir esse objetivo, o trabalho de vários
departamentos, instituições e escritórios deve estar sincronizado. Vários
livros de autores bem conhecidos têm sido escritos acerca dos aspectos técnicos
da liderança e administração denominacional. Limitar-nos-emos aqui a tratar de
alguns aspectos menos complicados, mais óbvios em promover uma organização
eficaz.
Homens Certos nos Lugares Certos
O pastor Steedywell era um pastor de primeira classe, de bom
relacionamento e um visitador infatigável. Seus sermões revelavam profunda
espiritualidade e discernimento das necessidades do rebanho. Os negócios da
igreja eram bem cuidados. Seu povo o amava.
Nunca pude compreender porque os membros da mesa da associação sentiram
que o irmão Steedywell poderia ser um diretor do Departamento dos Missionários
Voluntários. Seja como for, ele foi apontado. Fez o melhor que sabia, todavia
os irmãos logo descobriram que eles tinham "uma estaca quadrada dentro de um
orifício redondo". ele não tinha entusiasmo, imaginação nem a assistência
física requerida para ser um líder de jovens de tempo integral.
Pôr homens certos (ou mulheres) em posições chaves é de suma importância
em operar uma organização eficaz, seja uma igreja ou uma associação. Os
antecedentes de um líder, educação, experiência, relacionamento, habilidade no
falar e adaptabilidade são fatores determinantes. Devem ser estudados
cuidadosamente por aqueles que são responsáveis em tomar decisões.
Uma pessoa pode ter todas as qualificações para ser um ancião eficaz e,
contudo, ser uma completa negação como diretor dos Missionários Voluntários.
Y
Outro pode ser excelente diretor do Departamento de Educação, mas falhar
lamentavelmente no Departamento de Atividades Missionárias. Conheço
evangelistas dinâmicos e de êxito cujo período de trabalho foi encurtado ao
serem designados como pastores de igrejas.
Homens certos em posições certas!
Cada Um Deveria Saber o Que se Espera Dele
A seguir estes "homens certos" devem saber o que se espera deles. Seja
qual for o programa levado a efeito na igreja, numa instituição ou associação,
os obreiros ou membros devem saber claramente a parte que lhes corresponde.
Alguns líderes deixam esses detalhes ao acaso, e os resultados são um completo
fracasso ou somente em êxito parcial.
Se o pastor Busyfellow deve entrar em contato com os funcionários para
obter permissão para a obra de beneficência, o compromisso deve ser claramente
estabelecido. Se a irmã Shouderall for responsável pela coleta de roupas e
outros artigos numa determinada área, o dirigente deverá informar-lhe o seu
território, quem irá ajudá-la, quando e onde os materiais coletados deverão ser
depositados, e qualquer outro detalhe relacionado com o trabalho.
Muitos bons planos e programas falham simplesmente porque o líder não
fez claro os seus colaboradores o que se espera deles.
Então (preciso acrescentar), depois de explicar aos seus obreiros o que
você espera deles, espera-se que cada obreiro ou membro faça o que foi
designado - não menos. Isto nem sempre é fácil, mas é um desafio de liderança e
espero que este livro forneça sugestões e ajudas que facilitem a consecução
deste objetivo.
Arranjos Para Que Pessoas Compatíveis
Trabalhem Juntas
Certo líder disse-me que duas pessoas que não se afinam no trabalho no
mesmo escritório ou instituição deveriam ficar juntas para acertares suas
diferenças. Francamente, não creio nesta filosofia. Indubitavelmente há
ocasiões em que não é possível fazer um ajustamento imediato do pessoal e assim
aliviar as tensões e aumentar a eficácia de uma organização, todavia faça isto
toda vez que for possível. A vida é tão curta e as úlceras são demasiado
perniciosas para se fazer diferente. Não force Paulo e Barnabé a trabalharem
Z
juntos no mesmo posto missionário ou no mesmo departamento de uma associação
por mais tempo que o necessário.
Quer seja o trabalho da Igreja ou associação, em terra nativa ou campos
distantes, se logrará mais, com menos problemas e com melhor espírito, se
permitir que os obreiros que se dão bem trabalhem juntos.
Trabalhar em Estreita Relação Com a Comissão ou Mesa
Para ter êxito, o líder deve trabalhar estreitamente relacionado com a
sua comissão da igreja, a mesa da associação ou instituição. Antes de levar a
efeito os planos na igreja, na instituição ou associação, deveriam ser eles
cabalmente analisados, aprovados, ou alterados pela respectiva comissão ou
mesa. Isto sela com autoridade o programa e assegura apoio necessário quando as
coisas não andam bem ou há necessidade de mais ímpeto.
Antes de levar os planos para a igreja ou para o campo, apresente-o à
comissão ou mesa!
Não se Organize Exageradamente
Não faz muito ouvi uma história interessante. Dois jovens construíram um
barco que deveria ter propulsão a vapor. Para o barco ser mais "autêntico"
instalaram um apito de um grande vapor presenteado por um amigo vendedor de
ferro velho.
O dia do lançamento do barco à água chegou. A pequena cadeira estava bem
provisionada, e o vapor tinha boa pressão. Enquanto estavam se preparando para
zarpar para sua primeira viagem numa pequena lagoa, os jovens puxaram a corda
do grande apito. Foi realmente um grande sonido. Mas houve somente uma
dificuldade. Houve tanta necessidade de vapor para fazer soar o apito que não
sobrou o suficiente para mover o barco!
Às vezes organizamos excessivamente. Instalamos tantas rodas que a
máquina quebra. A organização da igreja ou do campo pode se tornar tão
complicada que os membros e os obreiros ficam confundidos. Há necessidade de
tanto vapor para assoprar o apito que não resta o suficiente para impulsionar o
programa.
"A organização não deve ser excessiva, para evitar que os obreiros se
tornem como Davi dentro da armadura de Saul; para que seu potencial de trabalho
não se desgaste em rotinas; para que não se assemelhe a uma poderosa máquina
AA
que não tem suficiente poder para funcionar. Que a maquinaria seja simples, e o
poder divino do Espírito Santo seja abundante. Para isto deve haver muita
oração e paciente confiança em Deus" (S. L. Brengle, The Soul Winner's Secret,
p. 75).
2 - Para Manter Um Programa Bem Equilibrado
O pastor Oneside era um bom homem. Era um organizador eficaz. Tudo em
que tocava as mãos prosperava. Sabia como resolver os problemas financeiros do
campo. A maior parte dos seus obreiros respeitavam-no profundamente. Iniciou
seu trabalho no magistério.
O programa de trabalho do pastor Oneside prosperava no seu campo. Suas
escolas recebiam subvenções para construções e equipamentos. Ele cria na obra
educacional. Por falar nisso, todos os líderes deveriam crer nela. Falhar em
colocar ampla ênfase na educação cristã em todos os níveis certamente traria um
grande desastre a qualquer tempo.
O que nos interessa destacar é o seguinte: Além de boas e bem equipadas
escolas, a associação do pastor Oneside também necessita de outras coisas -um
vigoroso programa de publicações, mais escolas sabatinas filiais, alguns
programas radiofônicos, novos edifícios de igrejas e dezenas de esforços
evangelísticos. Nas palavras do nosso Senhor: "Fazer estas coisas sem omitir
aquelas" (Mat. 23:23). O segundo maior objetivo de uma eficiente administração
de igreja é, então, planejar e manter um programa bem equilibrado em todos os
níveis.
Dar Atenção a Cada departamento da Igreja
O programa de uma igreja ou associações que está dominado pelo trabalho
de assistência social em detrimento da educação cristã, não está bem
equilibrado. Uma associação possivelmente pode ter grandes reservas no banco,
seu capital operativo pode ultrapassar os 100% autorizado, mas se o evangelismo
ou os jovens estão sendo negligenciados, é então um triste quadro unilateral.
Um programa bem equilibrado, seja na igreja local, instituição ou
associação, incluirá cada departamento, cada obreiro e cada membro. Deus tem
graciosa e sabiamente nos dado uma variedade de talentos. alguns cantam
maravilhosamente. Outros são oradores. Alguns são professores. Alguns são
extrovertidos. Outros são introvertidos. Alguns brilham em público. Outros
trabalham mais eficazmente nos bastidores. Alguns são excelentes no trabalho da
BB
escola sabatina. Outros são líderes natos dos jovens. alguns nasceram com o dom
de recoltar. Outros sobressaem como ministros de publicações. Alguns são
ajudantes. Outros são poderosos na oração.
Que programa você poderá ter em sua igreja, em sua associação, no seu
trabalho missionário, se tomar tempo e cuidado para aproveitar todas as
variedades de talentos que Deus tem colocado à sua disposição. Terá pregadores
voluntários, líderes de escolas sabatinas filiais, colportores-evangelistas,
oradores de temperança, professores, secretários de imprensa, recoltistas,
assistentes sociais, intercessores - de tudo, se tão somente desejar usá-los.
Assim teria um programa bem equilibrado.
Qual é a sua qualificação neste sentido? Você tem uma visão unilateral?
Se você quer ser um poderoso líder para Deus, tome genuíno interesse em todos
os departamentos da obra.
3- Par Promover Um Programa Bem Planificado
Assisti a uma mesa da União. Assentado ao redor de uma mesa estava uma
grupo de líderes dedicados e excelentes. Amavam o Senhor. Trabalhadores
aplicados. Porém, quando examinamos os resultados do programa de trabalho do
ano anterior, descobrimos números que deixavam muito a desejar.
Por alguns motivos as coisas não funcionaram muito bem. O número de
esforços evangelísticos era impressionante. Mas os resultados não estavam em
consonância com o trabalho e fundos invertidos. A campanha da recolta foi
promovida satisfatóriamente, porém, foi um fracasso. Os congressos campais não
proporcionaram o máximo de bençãos espirituais para o campo.
Ao estudar juntos a situação, imediatamente descobrimos a causa. Os
líderes não gastaram suficiente tempo planificando. A campanha da recolta
entrou no período dos congressos locais. Desafortunadamente os obreiros
urgentemente necessitados em ambos os programas não eram gêmeos.
O esforços evangelísticos foram encurtados para permitir que certos
obreiros chaves pudessem colaborar com os acampamentos dos jovens. Resultou no
enfraquecimento em acompanhar os interessados e num desastroso resultado na
colheita de almas. Os acampamentos também sofreram, porque não se permitiu o
tempo suficientemente apropriado para preparações. Demasiada atividade para tão
poucos meses. Ao contrário, outras partes do ano tinham poucas atividades. Uma
cuidadosa planificação teria eliminado os conflitos e melhorado os resultados.
CC
Cada líder da igreja deveria conhecer muito bem este terceiro objetivo muito
importante da administração eclesiástica; promover um programa bem planificado.
Planejar Para Todo Ano
Bem antes de começar um novo ano um líder sábio analisará cuidadosamente
o programa da igreja para os doze meses seguintes. Os programas ocasionais ou
cruzadas evangelísticas, escolas bíblicas de férias, recolta, cursinhos, e
acampamentos de jovens, deverão ser adequadamente distribuídos durante o ano.
Deveriam escalar convenientemente para evitar conflitos do pessoal e outras
dificuldades.
Na Divisão Transamericana, do hemisfério sul, as campanhas
evangelísticas de verão duram desde novembro até março. enquanto os
evangelistas estão conduzindo suas campanhas, os administradores realizam suas
mesas de fim de ano. Os feriados da Páscoa, proporcionam oportunidades para
concílios de obreiros. Maio e Junho são meses de recolta. Durante julho e
agosto dezenas de reuniões exigem a direção dos líderes. Na última parte de
agosto e setembro, e durante alguns dias de férias, os líderes dos jovens se
ocupam com os seus congressos. Assim eles planejam para o ano todo.
Nas Índias Ocidentais costumávamos dispor numa só noite o começo de
todos os esforços do evangelismo leigo - e o chamávamos de dia "E". O mesmo
espírito de equipe que levava a uma ação conjunta que tornava a recolta uma
satisfação, manifestava-se no evangelismo leigo. Em janeiro na União da Índias
Britânicas Ocidentais iniciamos mais de 100 esforços leigos em um só domingo à
noite.
Num outro mesmo dia, domingo, dedicamos dezessete novas igrejas
adventistas na Ilha de Jamaica. A décima cerimônia foi cancelada por causa da
enchente de um rio. Durante semanas e meses havíamos planejado para que esse
grande dia fosse uma realidade. Com a ajuda de Associação Geral, Divisão, União
e Associação, nove equipes de dois obreiros fizeram uma dedicação pela manhã e
outra à tarde em diferentes partes da ilha, previamente designados. O plano
resultou em êxito. Estimulou o interesse e o desejo de realizações.
Congregações trabalharam em demanda de um alvo definido. Conseguiram os seus
objetivos através de planificação cuidadosa e árduo trabalho.
Ciro disse: "Fazer duas coisas ao mesmo tempo é não fazer nenhuma". O
líder sábio planejará para o seu trabalho anual deixando certas atividades para
DD
determinados meses, conservando o seu programa funcionando num todo suavemente.
Evitando os maiores conflitos.
4- Para Estimular Um Espírito de Unidade e Companheirismo Cristão
Segundo os historiadores, Carlos V, na última parte do seu reinado,
encontrou tantos problemas para que os homens trabalhassem juntos que
finalmente renunciou desencorajado. Passou os seus últimos dias num mosteiro.
Ali, o monarca reuniu seis relógios de pêndulo. Com outros cinco ajudantes,
passou muito de seu tempo tentando que os seis pêndulos se movessem em
uníssono. Todos começaram juntos, mas logo alguns faziam "tic" enquanto os
outros faziam "tac". Carlos V morreu com uma mente desequilibrada procurando
que os homens e relógios trabalhasses juntos.
Atualmente um dos maiores problemas dos líderes eclesiásticos é fazer
com que os seus seguidores batam um "tic-tac" juntos. Isto requer um espírito
de unidade e companheirismo cristão entre os obreiros e membros, o nosso quarto
objetivo. Sem isto, qualquer aparente progresso é superficial. No Capítulo IV
falaremos mais sobre as relações humanas, mas por agora façamos uma
consideração rápida sobre outros aspectos deste objetivo.
Desenvolver um Espírito de Equipe
Quando era jovem eu estudava na escola pública, passei uma boa parte de
meu tempo nos campos de futebol, basquetebol, beisebol. Atletismo era minha
vida, sem dúvida gastei muito tempo mas aprendi uma importante lição: o valor
do espírito de equipe.
Os astros atléticos podem ter seu êxito em esporte competitivo mas é o
time que ganha. Quando terminam os jogos, os campeões pertencerão ao grupo de
jogadores que constituíram numa equipe que funciona suavemente e em que cada um
se dedicou para o êxito do todo.
Na obra do Senhor ocorre o mesmo. Alguns campos, associações,
instituições, têm desenvolvido um "esprit de corps" que é recomendável e
invencível. Os obreiros estão unidos pelo amor e lealdade a sua causa. Sentem
que pertencem ao grupo. É seu time. O programa do campo ou da instituição é
seu, e eles são responsáveis pelo seu êxito.
O presidente da União na qual trabalhei nunca nos deixava esquecer que a
"nossa" União era a melhor do mundo. Nossa união, ele nos fazia lembrar nas
reuniões de obreiros, deveria ser a cabeça e não a cauda, porque tinhamos uma
EE
missão a cumprir - um destino, se desejar. Éramos obreiros privilegiados por
pertencer a este time. Sua liderança entusiasta nos unia em um companheirismo
cristão. Desenvolveu entre nós um conceito de trabalho que esperamos nunca
esquecer. Isso infundia harmonia e progresso naquela União. Um verdadeiro
espírito de time cristão infundirá harmonia em qualquer igreja, associão ou
União.
Um Líder Deve Dar o Exemplo
Um espírito de equipe, o espírito de unidade e companheirismo - não se
produz por casualidade. Sob a direção de Deus um líder deve se esforçar para
que isto aconteça. Seja numa igreja, numa associação ou instituição, o " esprit
de corps" dos membros ou pessoal administrativo grandemente refletirá o
espírito do líder. ( Não se surpreenda ao ler esta filosofia em várias partes
deste livro, porque não somente creio nela como creio ser altamente
importante). Como um homem de Deus, o líder cristão deve trabalhar e orar em
favor da unidade. Seu exemplo pode muito bem determinar a medida da comunhão
cristã que prevaleça muna instituição ou campo.
Como pode um líder construir a confiança e a coesão entre seus obreiros?
Já temos discutido alguns requisitos básicos no capítulo II. Você encontrará
mais nos capítulos 4 e 5, mas aqui chamamos a atenção para um enfoque levemente
distintivo: os métodos bem como o homem. ( Confesso francamente que este
último tem muito mais importância quando se analisa este tema. O serviço da
vida é sempre mais importante do que um serviço de lábios).
Comentar em Reuniões Especiais
Um novo líder foi chamado para um campo onde abundavam problemas
pessoais, onde havia discussões e frustrações com demasiada freqüência. Sobre o
que ele falou nas suas comissões, mesas, nas reuniões de obreiros e cultos
divinos? O desafio da tarefa não terminada? Da necessidade do progresso da obra
de Deus? Sim, falou destes temas importantes, porém, mais do que tudo, falou da
primeira epístola aos Coríntios, capítulo treze. Demorou muito acerca de como o
espírito de Jesus deveria refletir-se no sacerdote e no povo. Apelava por uma
unidade nascida da comunhão com Deus. A resposta, ele me disse posteriormente,
foi muito encorajadora.
FF
Com freqüência um líder é convidado a falar nas comissões da igreja,
mesas de associações, ou outras reuniões de obreiros ou membros da igreja. Tais
ocasiões proporcionam oportunidades maravilhosas para pregar bem com praticar a
unidade e o companheirismo cristão - para ajudar a moldar o pensamento, para
desenvolver o caráter dos membros e obreiros.
Um Lugar nas Cartas e Boletins
O capítulo 11 trata da importante arte de escrever cartas em relação com
o trabalho de um líder cristão. Quando chegar a ele, leia-o com cuidado. Nossas
cartas têm mais que ver com o êxito dos obreiros do que alguns pensam. As
cartas que saem do seu escritório edificam ou destroem o espírito de unidade e
companheirismo cristão em seu campo. Una os obreiros mediante as cartas que
você escreve e os boletins que são publicados.
Estude cuidadosamente as epístolas de Paulo. O velho apóstolo sabia como
escrever cartas calculadas para criar unidade entre as igrejas primitivas. Se
um líder quer ser bem sucedido, deve ter os seus obreiros e membros para apoiá-
lo e também os seus programas.
Pós - escrito
Antes de concluir este importante assunto da unidade, deixe-me
recomendar-lhe uma cuidadosa consideração de algumas palavras de sabedoria de
Paulo: "Diante de vocês falo com muita franqueza, nas costas falo de vocês com
profundo orgulho" (II Cor. 7:4, Phillips).
Seria conveniente ler estas palavras várias vezes - duas ou três vezes e
então praticar o que ensina.
5. Para Operar Sobre uma Base Financeira Segura
Mais de um líder dinâmico, bem sucedido em outros pontos, tem se acabado
nas rochas do fracasso financeiro. O opitáfio mais comum escrito para estas
carreiras é: "Se tão somente tivesse podido manter-me dentro do meu orçamento,
teria podido..."
Muitos lideres, especialmente administradores, serão responsáveis em
diferentes graus pelo dinheiro do Senhor. Pastores, presidentes, tesoureiros,
gerentes, todos têm ocasionalmente um compromisso com os auditores. A estes
Paulo disse: " Que o homem que governa com autoridade pense em sua
GG
responsabilidade" (Rom. 12:8, Phillips). No contexto deste estudo a
responsabilidade financeira é o nosso quinto objetivo.
O Apoio de Sua Própria Unidade
Os Adventistas do Sétimo Dia, " desde a igreja local até Washington",
opera num sistema de orçamento. É um sistema seguro quando é manejado por mãos
seguras. Ouvi um líder aspirante dizer a um colega obreiro: "Se eu fosse
presidente desta associação não passaríamos necessidade até que o último
centavo fosse gasto". Conhecendo-o como conheço, estou seguro de que estava
dizendo a verdade. Um orçamento nunca o preocupou. Nas suas finanças pessoais
verifiquei que não havia nenhuma necessidade até que o último centavo fosse
gasto. Após isto era um lamentável apelo para obter adiantamento até o dia do
pagamento. Este obreiro nunca alcançou o pináculo da liderança que tanto
aspirava.
As praxes da Associação Geral dizem: "Líderes que demonstram
incapacidade para dirigir a obra em harmonia com as praxes financeiras
estabelecidas não deverão continuar com liderança executiva" (General
Conference Working Policy, 1964, p. 234).
O pastor Spendwell dirigia uma boa escola. Os arredores estavam bem
limpos, os edifícios bem cuidados. Os estudantes eram bem instruídos. De fato,
quase todas as coisas marchavam bem, exceto o informe financeiro. O efeito que
este importante documento tinha sobre o tesoureiro cada mês, era uma outra
história, mais relacionada com a saúde do que com a administração.
Por um interessante reviravolta casual o irmão Spendwell mais tarde
chegou a ser presidente de um campo. Como é que os irmãos esperavam que ele
atuasse convenientemente em finanças, é uma pergunta. A mesma linha de conduta
continuava. Cada mês o extrato financeiro mostrava um alarmante débito. Depois
de manter seus irmãos em apuros financeiros por quase um ano, pastor Spendwell
recebeu um chamado para um trabalho departamental. Agora, sem preocupações
financeiras para impedir sua paixão par o progresso, nosso irmão desempenhou um
destacado trabalho. Encontrou o seu lugar, e o Senhor abençoou a sua liderança.
Assim é que os orçamentos têm ajudado os homens a encontrar o tipo de
trabalho para o qual estão particularmente capacitados.
Atualmente, é muito simples operar dentro de um orçamento. Tão somente
gastar menos dinheiro do que se recebe. É só isto - pergunte a qualquer
HH
tesoureiro. Se deseja mais dinheiro para gastar, tudo que precisa fazer (pelo
menos teoricamente), é só aumentar as suas entradas.
Ao planejar um orçamento, não faça o que tenho visto alguns obreiros
fazerem: anotar em primeiro lugar as despesas. Isto é colocar o carro na frente
dos bois. Inicie com as entradas. No caso da igreja, elas incluem os fundos par
as suas despesas gerais, Escola Sabatina e a escola paroquial e outras ofertas
e pactos que entram periodicamente. Na associação, as entradas são constituídas
normalmente de dízimos das igrejas, juros de investimentos, algumas vezes por
subvenções das organizações superiores, e outras ofertas autorizadas pela mesa.
As instituições educacionais e médicas, e o departamento de publicações
dependem de quotas, vendas e subvenções.
O administrador de uma igreja, uma associação ou uma instituição deve em
primeiro lugar determinar as suas entradas para o ano seguinte antes de
estabelecer o orçamento de suas despesas. Ao fazer o orçamento para o próximo
ano, convem seguir o plano mais seguro de fazer uma estimativa das entradas um
pouco mais baixo do que as do ano anterior. Se nos doze meses passados houve um
aumento inesperado de dízimos ou outra entrada exagerada, o orçamento para o
novo ano deve basear-se na suposição de que essas entradas extras não poderão
ocorrer.
Depois de estabelecer as entradas em base realista, as despesas
prováveis devem ser alistadas. Numa igreja pode-se incluir o aluguel, zelador,
materiais de limpeza, salários para a escola (se existe), e materiais para a
Escola Sabatina e outros departamentos. Pode ser uma lista grande e às vezes há
necessidade de podá-la para se ajustar, mas sempre é um procedimento
desagradável.
As associações devem pagar os salários dos seus obreiros e despesas e
subsídios de aluguéis e outras regalias. Também têm os seus gastos de
escritório, campanhas evangelísticas, programação dos departamentos, construção
de igrejas, e muitas atividades - exigências que fazem os tesoureiros (e
presidente) envelhecerem prematuramente. Dez por cento dos dízimos da
associação vão para a União e, de acordo com uma planificação regularmente
estabelecida, o dízimo dessa entrada vai para a Associação Geral.
Um colégio, a Voz da Profecia, Fé para Hoje e talvez outras organizações
valiosas que servem a todas as associações, recebem certa porcentagem do dízimo
do orçamento da associação. Uma porcentagem variável do dízimo vai para o fundo
II
de jubilação da Associação Geral para ajudar a manter os dedicados obreiros que
se aposentaram. em algumas partes do mundo é comum enviar 50% dos dízimos da
associação para as organizações superiores, para diferentes projetos e
propósitos.
Depois do orçamento ter sido estabelecido e aprovado por uma mesa
competente, é muito fácil a continuação - não é? Tudo que os dirigentes têm que
fazer é assegurar que cada um se mantenha dentro de seu orçamento, construir o
capital operativo autorizado, e então viver sempre feliz. simples? Procure
executar isto se você pensa que é! Mas se você aspira a ser um líder
administrativo isto é imperioso.
O administrador sábio aprende maneiras e meios de inspirar
espiritualmente os seus obreiros e membros a ajudá-los a aumentar os fundos
necessários para a obra do Senhor. O aumento dos dízimos e das ofertas, o
excesso da recolta, ofertas campais, entradas para construção de igrejas,
testamentos, anuidades e créditos são alguns meios que podem ser usados.
Apoio à Obra Missionária Mundial
O programa escolar da igreja em certa ilha se desenvolvia com
dificuldades. Nosso departamental de educação, o pastor Fixit, estava para
visitar essa ilha, de modo que pedi que procurasse resolver o problema.
Tratava-se da mesma antiga história - a taxa paga era insuficiente para
satisfazer às despesas.
Duas semanas depois meu amigo voltou de sua visita e entrou em meu
escritório com um amplo sorriso em sua face.
"Bem, Pastor", começou a dizer, "resolvemos o problema financeiro da
Ilha Lonely.
"Que ótimo", retruquei. "Sente-se e conte-me como foi".
"Na realidade foi muito simples", afirmou-me. "Não compreendo porque
eles não tiveram essa idéia antes".
"Sim..." eu o encorajei, ansioso para conhecer uma nova forma para
equilibrar os orçamentos das escolas.
"Bem, apenas disse-lhes que diminuíssem as ofertas da Escola Sabatina e
dessem mais para a escola da igreja. Expliquei-lhe que todas as ofertas da
Escola Sabatina saíam do nosso campo de qualquer maneira, e não haviam
necessidade de..."
JJ
Evidentemente o pastor Fixit verificou a mudança de minha fisionomia, de
prazer para constrangimento.
"O que passa, pastor?" Perguntou. "O problema da escola paroquial está
resolvido. Agora estão em condições de satisfazer a todas as despesas e..."
Afortunadamente o irmão Fixit era um homem de Deus, e enquanto
discutíamos sobre o assunto, o desafio de satisfazer às necessidades dos países
de além mar e de nosso próprio campo, ele ficou convencido. Pelo correio e numa
segunda visita àquela ilha, ele convenceu os membros sobre uma diferente e
melhor maneira de resolver os problemas financeiros locais.
Diminuir nossos donativos destinados aos campos necessitados além de
nossas fronteiras, não é maneira de promover a prosperidade local. tenho estado
de ambos os lados da mesa, como presidente da associação nos Estados Unidos e
como missionário além-mar.
Eu sei. Quando começamos a pensar que podemos ajudar-nos cortando as
nossas ofertas missionárias, para a Voz da Profecia, Fé Para Hoje, Loma Linda,
Oakwood College, ou colégio de uma União ou qualquer outro projeto valioso,
"fora de nosso 'campus', alguma coisa tem ocorrido com a nossa visão e
compreensão do sistema financeiro de Deus.
Ouça estas palavras: "A obra missionária local avançará muito mais em
todo sentido quando se manifesta um espírito mais liberal, desprendido e
abnegado em favor da prosperidade das missões estrangeiras; porque a
prosperidade da obra local depende normalmente, abaixo de Deus, da influência
reflexa da obra evangélica feita em países distantes" (Testimonies, Vol. 6, p.
27).
A força do movimento adventista é "o evangelho a todo o mundo". O
trabalho deve ser terminada em todas as terras antes que termine "em nossa
terra!" O líder adventista que vê unicamente sua própria igreja, sua própria
instituição, sua própria associação, sua própria união, está perdendo e grande
palpitação de pertencer a um movimento mundial que marcha para uma vitória
gloriosa num futuro bem próximo. Provavelmente você vai ler mais alguma coisa
nesse sentido antes de terminar este livro. Se temos de conduzir o nosso povo
triunfalmente através das portas de pérola e pelas ruas de ouro, devemos guiá-
lo agora para que ajude a financiar o programa a todo o mundo, porque isto é um
dos objetivos da administração adventista. Queira Deus abençoá-lo ao você
KK
cumprir sua parte como líder que se esforça para alcançar esse propósito de
liderança.
CAPÍTULO IV
QUAL É O SEU RELACIONAMENTO COM O POVO?
"Porque nenhum de nós vive
para si mesmo"(Rom.14:7).
Durante os últimos trinta anos tem sido privilégio trabalhar "debaixo"
de alguns dos melhores líderes denominacionais. Meus presidentes de divisão
união e associação têm sido homens compreensivos e capazes - homens de visão.
Os secretários e tesoureiros que têm gestado "sobre" mim, têm sido homens
eficientes, que não somente sabiam cuidar do dinheiro de Deus mas também sabiam
como tratar os obreiros de Deus. Estou profundamente endividado para com ele.
Não eram somente líderes dedicados, mas sabiam como orar, planejar e
promover: eram homens que sabiam como se relacionar com os seus "subordinados".
Sabiam como desafiar o melhor de cada obreiro.
(Perdoe-me em colocar apenas entre aspas "debaixo", "sobre", e
"subordinados". Não creio que temos "subordinados" na obra de Deus. Tão pouco
de uma pessoa trabalhar "debaixo" ou "sobre" outra. todos estamos juntos na
obra de Deus. Trabalhamos um "com" o outro. Algumas pessoas têm distritos
maiores do que outros).
As relações sociais entre obreiros são essenciais para suavizar o
funcionamento dos diversos departamentos da igreja. Manter um espírito de
solidariedade que infunda coragem e confiança entre os obreiros é uma
necessidade. A plenitude da benção de Deus não pode repousar sobre a Sua obra
quando os integrantes de qualquer administração trabalham com descontentamento
ou se sentem infelizes; quando há frieza ou atrito entre os obreiros ou
membros.
Qual é o segredo para se relacionar bem com os outros? Creio que isto se
encontra na primeira epístola de Pedro: "Porquanto para isto mesmo fostes
chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo
para seguirdes os seus passos" (I Pedro 2:21).
LL
Jesus é o nosso exemplo em conduta humana. "E não precisava de que
alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que
era a natureza humana" (Jo. 2:25). Muito antes dos psicólogos modernos
inundarem os mercados do mundo com livros sobre a influência da conduta humana,
Jesus Cristo, por preceito e exemplo, deixou aos Seus seguidores um precioso
legado no campo das relaçÕes pessoais. As verdadeiras relações humanas cristãs
não requerem que alguém pratique um sistema engenhoso de psicologia carente de
sinceridade. Não deve haver servilismo nem adulação. Uma personalidade atrativa
não é mais do que o resultado da experiência interior com Cristo Jesus.
"Não podemos obter e possuir a influência que Ele teve; mas por que não
podemos educar-nos a fim de aproximar-nos tanto quanto possível do Modelo, para
poder ter uma maior influência possível sobre o povo?" (Testimonies, Vol. 2, p.
618).
Três importantes princípios de relações pessoais emergem desta
declaração inspirada. Primeiro, Jesus é nosso Exemplo. Segundo, ainda que nunca
possamos esperar exercer a influência que Ele possuia, deveremos procurar
parecermos com Ele o máximo possível. Terceiro, não devemos ser remissos em
esforçar-nos para exercer "uma maior influência possível sobre o povo".
Reduzindo a um denominador comum, estes princípios de relações humanas
simplesmente significam colocar em prática ao máximo possível nossa profissão
cristã, elemento essencial ao serviço eficaz.
Consideremos alguns princípios de relacionamento com os outros deixados
por preceitos e exemplos do Salvador durante Seu ministério terrestre.
Jesus se identificou intimamente com os interesses e necessidades dos
outros.
Séculos antes dos modernos psicólogos "descobrirem" este conceito básico
de influir na conduta de outros, Jesus ensinou aos homens a maneira de como
entrar na experiência daqueles a quem esperavam ganhar para o reino. Ouça-O
falar aos Seus discípulos acerca das necessidades das multidões e da Sua
preocupação pelo seu bem-estar; "Tenho compaixão desta gente, porque há três
dias que permanecem comigo e não têm o que comer; e não quero despedí-la em
jejum, para que não desfaleçam pelo caminho" (Mat.15:32).
Jesus sentiu pelo povo a sua necessidade física. Expressou os Seus
sentimentos de simpatia. Satisfez às suas necessidades. A serva do Senhor
MM
escreve: "Em todos os tempos e lugares demonstrava amorável interesse pelos
homens" (D.T.N., p. 60). Isto explica por que as massas O amavam.
"Os aflitos que iam ter com Ele, sentiam que ligava com os próprios, o
interesse deles, como um terno e fiel amigo, e desejavam conhecer mais das
verdades que ensinava. O céu era trazido perto. Anelavam permanecer diante
Dele, para terem sempre consigo o conforto de Sua presença" (D.T.N., p. 184).
Jesus atraiu os homens a Si porque se interessava pessoalmente neles.
Associava com as esperanças, alegrias e problemas de suas vidas cotidianas.
Anelavam estar em Sua companhia, porque Ele deixava evidente que tinha prazer
em estar com eles.
Similarmente, o apóstolo Paulo ensinou este conceito de relações
humanas. "Tome um interesse real para com o povo simples" (Rom. 12:16,
Phillips), aconselhou à igreja que estava em Roma: Nosso interesse para com os
outros não se deve confinar àqueles que servem "sobre" nós. Devemos preocupar-
nos igualmente com os assuntos das "pessoas simples". Ajudar unicamente aqueles
que estão em condição de retribuir o nosso favor é fazer política. Nem Jesus e
nem Paulo aderem a tal filosofia.
Paulo apreciou o interesse dos crente em Filipos por seu bem-estar.
"Alegrei-me sobremaneira" ele escreveu, porque renovastes a meu favor o vosso
cuidado" (Fp. 4:10). Não estimamos também, nós outros, aos que manifestam
interesse em nosso bem-estar?
O conselho inspirado insta com os obreiros de hoje a seguir o exemplo de
Jesus e Paulo. "O exemplo de Cristo de ligar-Se aos interesses da humanidade
deve ser seguido por todos quantos pregam sua Palavra, e todos quantos
receberam o Evangelho de Sua graça" (D.T.N., p. 108). Isto não é pseudo
psicologia. É cristianismo em ação.
É conveniente relembrar que não temos que manifestar um interesse nas
necessidade, nas esperanças, nas enfermidades, nas tristezas e nos problemas de
nossos companheiros na obra e membros. Se fazemos ou não isto é optativo.
Todavia, se desejamos cultivar relações cordiais com outros, se verdadeiramente
seguimos o exemplo de Jesus, interessar-nos-emos pelas necessidades dos que nos
rodeiam, tal atitude pagará ricos dividendos em almas ganhas e as relações
humanas se tornarão mais satisfatórias.
Jesus Evitou Ofender
NN
Recentemente estava falando com um amigo grandemente amado pelos seus
obreiros. estava interessado em saber o segredo de sua benevolente influência.
Sabia, naturalmente, que o fator mais importante era a sua íntima relação com o
Senhor. a sua resposta não me surpreendeu.
"Uma das coisas", replicou pensativamente, "é que não aprecio muito essa
preferência de algumas pessoas por 'falar ombro a ombro'. Muitas pessoas são
ofendidas e esmagadas pelo que alguns chamam de franqueza. Pessoalmente, creio
que devemos, tanto quanto possível, procurar evitar ofender aos outros".
Há dois mil anos, Jesus, nosso Exemplo, demonstrou este princípio.
discutindo com Pedro o pagamento do imposto do templo, Jesus explicou: "Não
queremos ofender a este povo; vá ao mar e lance o anzol" (Mat. 17:27,
Phillips). Você está bem familiarizado com a história. Jesus procurou, quando
era possível, evitar ofensa.
Às vezes alguns de nós nos colocamos em situações delicadas. Falamos
"com toda franqueza". Não há rodeios para nós. Como destemidos cruzados de
franqueza, ignoramos os sentimento. Pressionamos o nosso ponto de vista com
deleite, e nos aferrarmos tenazmente a nossa posição quando outros não
concordam conosco. Sabemos o que estamos falando. estamos certos. As coisas
devem andar à nossa maneira. Qual será o resultado? Promoção do ressentimento.
Os temperamentos são testados. Naturezas sensíveis são feridas. Frieza ou
alienação podem frustrar as relações dos obreiros.
Esta não era a maneira de Jesus. "Não queremos ofender", disse Jesus. De
nosso Salvador, Isaías escreveu: "Não contenderá" (Mat. 12:19). Muito menos nós
como Seus obreiros, devemos "contender" ou ofender desnecessariamente. "Por
todos os meios brandos e submissos, procurava Jesus agradar àqueles com quem
estava em contato" (D.T.N., p. 59). Se todos seguissem Seu gracioso exemplo,
que maravilha seria nosso mundo!
"Quando puderes, removei toda a causa de mal-entendido", escreveu a
serva do Senhor. "Fazei o que estiver em vosso poder, sem comprometer os
princípios, para conciliar o próximo" (A Ciência do Bom Viver, pp. 485, 486).
Faria bem para todos nós lermos freqüentemente este conselho inspirado.
Nossas relações humanas seriam bem mais amáveis se removêssemos toda causa de
mal-entendido. Haveria menos angústia entre nós se "sem comprometer os
princípios" fizéssemos todo o possível para conciliar o próximo.
OO
Jesus Atraía o Povo Mostrando-Se Amigo
Há muitos anos trabalhei com um homem que conhecia muito sobre relações
humanas. Ele não era um grande pregador no campo, mas era um amigo dos
obreiros. Isto era o mais importante. Quando ele apertava a mão de uma pessoa,
sabia-se que ele a apreciava. seu sorriso contagioso reconfortava o coração.
Sua aproximação transpirava calor humano e amizade. Sua cordialidade era um
"abre-te sésamo" para os corações dos seus associados. Ele havia aprendido de
Jesus em princípio importante de relações humanas.
"O amor expresso no olhar e na voz, atraíam para Ele todos quantos não
estavam endurecidos na incredulidade" (D.T.N., p, 184), é o testemunho
inspirado da mensageira do Senhor. Vejamos como o Mestre encontrou o jovem rico
a quem anelava conduzir para o Seu reino. Jesus, fitando-o, o amou" (Mar. 10:
21). Estou certo de que o amor que Jesus sentiu refletiu-se em Seu rosto. Não
havia nada frio ou distante na atitude de Jesus. Atraía a si os homens pela Sua
disposição amigável.
Como recebemos aqueles que nos visitam em casa ou no escritório. Quando
a nossa escrivaninha está abarrotada de trabalhos urgentes e a conversação do
nosso visitante parece trivial, podemos recebê-lo cordialmente? Ou manifestamos
um pouquinho de irritação? Somos um pouco indiferentes na nossa recepção com
visitantes de posições sociais mais humildes, de menos influência nos caminhos
da vida?
Recentemente tive a oportunidade de visitar o gabinete de um ministro de
um dos novos governos africanos. Muitas pessoas estavam esperando por ele. Ele
nunca havia me visto antes. Não sabia como iria me receber. Porém, não tive que
esperar muito para saber. Assim que a sua secretária introduziu-me no seu
espaçoso escritório, ele saiu de sua grande escrivaninha com a mão estendida e
um cordial sorriso na face. Ele se assentou comigo em frente da sua mesa de
maneira informal, colocando-me inteiramente à vontade pela sua graciosa
recepção.
Instintivamente me senti afeiçoado a este homem e confiante nele.
Porque? Por causa da sua maneira calorosa e amigável. Ainda que não fosse um
adventista do sétimo dia, era um cristão, e sua conduta assim a revelava. senti
que estava falando com um amigo, alguém que simpatizava com o meu problema.
O apóstolo menciona a maneira como os crentes da Galácia o haviam
recebido. "Antes me recebeste como um anjo" (Gál. 4;14). Evidentemente os
PP
gálatas tinham confortado a Paulo com sua hospitalidade. Nós também temos
manifestado apreço por pessoas que nos recebem como os gálatas receberem a
Paulo, não é mesmo?
"Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal" (Rom. 12:10),
exorta o apóstolo Paulo quando escreveu aos crentes em roma. Há alguma coisa
acerca da aproximação calorosa e amigável que quebra as barreiras e constrói a
confiança e respeito mútuo. Isto talvez não seja tão fácil quando os outros
mantêm uma certa distância ou são um pouco brusco conosco, mas se nós "falamos
agradavelmente" (Col. 4: 6, Phillips), como Paulo admoesta os colossenses, o
gelo eventualmente se derreterá, e nos sentiremos mutuamente atraídos.
Jesus Considerava os Sentimentos dos Outros
Cristo "sempre foi bondoso e solícito para com o outros" (My Life Today,
p. 193). Séculos antes de Ele vir pessoalmente ao nosso mundo, Isaías predisse
o seguinte a respeito Dele: "Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a
torcida que fumega" (Isa. 42:3).
Jesus nunca acrescentou a última gota que bastaria para quebrantar o
ânimo de uma pessoa vacilante ou oprimir seu coração dolorido. Estava
constantemente em contato com os tentados e desencorajados, mas Ele nunca lhes
impôs uma carga extra de crítica impensada ou censura. teve cuidado de não
quebrar a cana esmagada ou apagar a torcida que fumega.
Quando o povo ao redor Dele estava com fome, Jesus lhes dava alguma
coisa para comer. Quando estavam desanimados, dava-lhes descanso. Quando
estavam aflitos, Ele os encorajava; e quando estavam tristes falava-lhes
palavras de conforto. O mestre era solícito para cada necessidade da vida e
sentimentos de Seus associados.
A mensageira do Senhor escreve acerca do Mestre: "Não era nunca rude;
jamais pronunciava desnecessariamente uma palavra severa; nunca motivara dores
desnecessárias a uma alma sensível" (Caminho a Cristo, p. 12). Por isto o povo
O amava.
Poucos anos atrás estava assistindo a uma importante sessão na União
Africana. Durante uma das sessões dedicadas a negócios , surgiu uma questão
envolvendo relações humanas. Por poucos minutos o racismo floresceu. Então um
obreiro africano, sem treino como um psicólogo, se levantou e derramou óleo em
água agitadas.
"Muitos anos atrás, durante a depressão", começou a dizer, "as
subvenções que procediam do estrangeiro foram reduzidas drasticamente. Os
salários, que já eram baixos, foram mais reduzidos. Os obreiros se encontravam
em extrema dificuldade para viver com suas minguadas entradas. Muitos foram
obrigados a sair da obra para trabalhar em suas terras ou alguma outra coisa a
fim de sustentar as suas numerosas famílias. Muitas vezes, quando me esforçava
para viver com os meus escassos recursos, estive tentado a fazer o mesmo. Sabem
por que não o fiz?
O idoso homem de Deus fez uma pausa. Todos esperamos ansiosamente.
"Permaneci na obra durante esses dias difíceis", explicou, "por causa da
solicitude, compreensão e atitude cristã dos obreiros europeus. eles também
passavam por dificuldades financeiras, mas fizeram tudo que podiam para ajudar-
nos. Sua consideração ajudou-me a permanecer na obra do Senhor!"
Sim, a consideração rompe as barreiras. Isto é uma qualidade cristã. A
serva do Senhor nos aconselha: "Contemple a Jesus como o seu guia e modelo...
Estude como você pode ser semelhante a ele em solicitude para com os outros...
Assim pode crescer 'em tudo Naquele que é cabeça, Cristo, pode refletir Sua
imagem e se aceito por Ele, na Sua vinda"(The Vouth's Instructor, Dec. 5,
1883).
Quando se compreende a Jesus pela fé, e se O leva para o interior do
santuário da alma, o Espírito Santo modelará o caráter à semelhança de Cristo.
Diariamente se aprenderão lições na escola de Cristo. O cristão brilhará como
uma luz em meio às trevas morais do mundo . será terno de coração e solícito
com os sentimentos dos demais" (Ibid., Sept. 20, 1894).
"Um cristão... será... atencioso para com os outros" (My Life Today, p.
193). Um cristão atento aos sentimentos e problemas dos outros, contribuirá em
grande medida para manter as cordiais relações humanas com aqueles que o
rodeiam.
RR
CAPÍTULO V
VOCÊ REALMENTE PODE LIDERAR PESSOAS?
"Como quereis que os homens
vos façam, assim fazei-o
vós também a eles"(Lc.6:31)
Um líder deve saber como dirigir. Se deseja ter êxito, primeiramente
deve ganhar a confiança e o apoio de seus liderados. Deve ser capaz de inspirar
e estimular aqueles a quem serve.
Como poderemos obter uma completa cooperação dos membros da igreja e dos
obreiros? Um estudo com oração de alguns princípios cristãos responderá à nossa
pergunta.
Praticar a Regra Áurea
O pastor Black havia passado mais de um quarto de século em campo
missionário. Estava qualificado profissionalmente para a posição que ocupava.
Havia servido de maneira aceitável e fiel. Não foi fácil para a mesa da missão
achar alguém para substituí-lo.
Em sua carta para mim, em que pedia retorno permanente para a pátria,
ele escreveu: "Sinto deixar este campo missionário. Minha esposa e eu amamos o
nosso trabalho em diferentes partes desta união durante os vinte e cinco anos
passados. A maior parte destes anos, nossas relações tem sido cordiais e
alegres. Todavia, nossos líderes atuais não sabem como tratar seus
colaboradores. Portanto, pedimos que as nossas férias longas sejam trocadas por
um retorno permanente. Podemos servir ao Senhor em nossa pátria por mais dez ou
quinze anos".
Esses administradores perderam uma boa família missionária porque não
haviam aprendido os princípios rudimentares de liderança cristã. O próprio
Jesus se expressou nestas palavras: "Como quereis que os homens vos façam,
assim fazei-o vós também a eles" (Lc. 6:31). A serva do Senhor disse que isto
constitui "todo ciclo de nossas obrigações de uns para com os outros"
SS
(Educação, p. 136). Se a regra áurea fosse verdadeiramente praticada, não
haveria problemas pessoais a acertar e nem mal-entendidos na igreja a
solucionar. Todo administrador e pastor sabe quão difícil é tratar com
problemas pessoais. Obreiros e membros não podem andar juntos. Não podem
trabalhar juntos. Suas personalidades chocam-se. Conflitantes idéias e métodos
de trabalho causam fricção. Todas estas incompreensões e aflições
desapareceriam se nós como adventistas cristãos, tão somente praticássemos a
regra áurea.
Se outros se aproximam de nós com punhos cerrados é natural que faremos
o mesmo. Se os outros abrem os braços para nós, facilmente abrimos os nossos
braços para eles. Se os outros falam bondosamente conosco, usualmente falamos
com bondade com eles. Se nos tratam asperamente, respondemos à mesma altura. O
nosso quociente de relações humanas se mede pela forma como tratamos os outros.
Atraímos ou repelimos por meio de nossas atitudes e ações.
Um riquíssimo homem morreu e deixou a maior parte dos seus bens para um
grupo de amigos da população da cidade. Ao seu herdeiro legal deveriam dar
somente a porção que "eles quisessem".
O grupo beneficiado informou ao juiz que o herdeiro deveria receber
somente a décima parte dos bens. "E", eles disseram, "nós receberemos os nove
décimos para nós".
"Então", declarou o juiz, "vocês tomem a décima parte e deixem o
restante para o herdeiro. Segundo o testamento, ele deve receber a porção que
agrade a vocês".
Se queremos consolidar relações cordiais com aqueles a quem nos
dirigimos, devemos seguir o conselho de Jesus: "Como quereis que os homens vos
façam, assim fazei-o vós também a eles" (Lc. 6:31).
Aproveitem toda oportunidade para contribuir para a felicidade daqueles
que os rodeiam, compartilhando com eles sua afeição. Palavras de bondade,
olhares de simpatia, expressões de apreciação, serão para muitos que lutam
sozinhos um copo de água fria para uma alma sedenta. Uma palavra de estímulo,
uma ação de bondade, fará muito para aliviar as cargas que descansam
pesadamente sobre os ombros" (My life today, p. 165). Enquanto tratamos assim
os outros, seremos atraídos mais a eles, nossa amizade será fortalecida, e
nossa influência par ao bem como líderes será grandemente acrescentada.
TT
Aproveitar Toda Oportunidade Para Ajudar seus Obreiros
Participava de uma mesa da união. Um dos membros africanos procurava
obter do tesoureiro uma promessa de ajuda num certo projeto. Não foi bem
sucedido. Finalmente, para fazer com que seu ponto de vista fosse compreendido,
contou ao tesoureiro uma história que não me esquecerei facilmente.
Um dia, um coelho que saltava pela floresta caiu num buraco. Por mais
que se esforçasse, não conseguia sair. Gritando, pedia ajuda. Pouco depois
passou por ali um leão e olhou para dentro do buraco.
"Sr. Leão, por favor ajude-me a sair", exclamou o coelho desvalido.
"Sinto muito, replicou o leão, "mas não tenho nenhum meio para ajudar".
E continuou o seu caminho pela floresta.
Logo depois apareceu um leopardo. Ele também se mostrou muito
compassivo, mas não ofereceu nenhuma ajuda.
Então um hipopótamo ouvindo os apelos do coelho, acelerou os passos.
"Por favor, Sr. Hipopótamo, ajude-me a sair!" Exclamava o coelho.
"Sinto muito, replicou o hipopótamo, "mas não há nenhuma maneira de
ajudá-lo". Estava já saindo quando gritou ao coelho: "Se eu tivesse pelo menos
uma corda e um cesto poderia tirá-lo daí".
O pastor africano terminou a sua história acrescentando: "Agora, irmão
tesoureiro, na próxima vez que você vier ao meu posto missionário, por favor
traga uma corda e um cesto para ajudar-me a sair".
Líderes são homens que ajudam os seus obreiros quando eles estão em
necessidade, se estão em condições de fazê-lo.
Já trataram alguma vez com um líder que pensa ser um sinal de boa
administração contestar cada pedido com uma chuva de objeções? Afortunadamente
essa classe de gente é extremamente rara na obra de Deus, mas de quando em vez
um obreiro tem a desgraça de encontrar alguém desse jaez.
Um dia, ao voltar do meu escritório, encontrei-me com o pastor Goodman.
Não demorou um segundo para ver que ele estava grandemente agitado acerca de
alguma coisa.
"Nunca me voltarei a encontrar com esse homem outra vez!" jurava o
pastor Goodmam. "Trata a todos como se fossem crianças. Já estou cansado
disto".
UU
O pastor Goodman, um mesário administrativo, era um de nossos obreiros
mais simpáticos e talentosos. Normalmente suas relações públicas eram
excelentes, isto é, com todos, exceto com o seu tesoureiro.
"Qual é a dificuldade?" perguntei.
"Oh! Tive outra discussão com o tesoureiro", ele explicou, procurando se
conter. "Ele interroga severamente, inquire e objeta até eu não suportar mais.
Por mim, pode guardar cada centavo de seu dinheiro".
Posteriormente fiquei sabendo o que havia acontecido. O pastor Goodman
foi ao escritório do tesoureiro para apresentar um pedido razoável. Justamente
como havia suspeitado, ele apresentou uma série de perguntas e objeções.
Agora, relembro a você que o irmão Cautious é um bom tesoureiro. Vigia
cuidadosamente os bens denominacionais. Mas tem falhado em aprender uma lição
importante: Há duas maneiras para um administrador dizer não. Alguns
tesoureiros inteligentes podem dizer não com tanta graça e tato que o
solicitador fica com vergonha de ter pedido o favor. Mesmo que saindo sem o
dinheiro, ele sai com respeito e boa vontade para com o líder.
Outros guardadores do dinheiro, não tão sábios, dizem não antes de
considerar razoavelmente o pedido. Fazem isto com tanta falta de tato que
desperta um forte ressentimento. Em lugar de procurar ajudar os obreiros, tais
pessoas aparentemente se orgulham em dizer um não antes de discutir o problema.
Que lástima, para eles e para a obra!
Diz o homem sábio: "Não te furtes a fazer o bem a quem de direito,
estando na tua mão o poder de fazê-lo" (Prov. 3:27).
Há muitos anos tive a boa ventura de começar o meu trabalho sob a
liderança de dirigentes da associação que conheciam muito bem o significado
deste texto. quando surgiam problemas, buscavam toda oportunidade possível para
ajudar aos obreiros. Meu primeiro tesoureiro tem seguido este espírito de ajuda
através de seus muitos anos de serviço. que seus imitadores possam aumentar!
Os líderes têm numerosas oportunidades para negar-se "a fazer o bem".
Como presidente de uma comissão ou mesa, a palavra do líder pode pender a
balança a favor de um pedido razoável. quando está dentro de seu poder de
suavizar o caminho, descobrirá que o conselho do homem sábio será muito
proveitoso: "Não te furtes a fazer o bem a quem de direito". Paulo se expressa
deste maneira: "Enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos" (Gál.
6:10).
VV
Estes líderes merecerão e receberão pleno apoio e cooperação de seus
coobreiros e membros.
Seja Cuidadoso com as Promessas
Anos atrás estava escalado para pregar no sábado de manhã numa igreja na
Índias Ocidentais. Antes dos ministros entrarem para a plataforma, estávamos na
sala pastoral fazendo os devidos preparativos. Tudo pronto, o ancião local da
igreja virando-se para mim disse: "Pastor, por que não nos ajuda a comprar
alguns móveis para nossa sala pastoral? Veja como está vazia".
"Bem, por que não? Respondi sem pensar muito, com um sorriso. Isto foi
tudo o que foi dito.
Vários meses depois estava de volta àquela mesma igreja, naquela mesma
sala pastoral, com aquele mesmo ancião. Depois de estarmos prontos para entrar
para o púlpito, estávamos esperando a entrada do coral.
"Diga-me pastor", disse-me aquele líder da igreja, quando vai trazer os
móveis que prometeu na última vez que esteve aqui?"
Quê? Eu prometi móveis? Eu certamente não prometi, mas o líder da igreja
pensou que eu tinha e não foi fácil convencê-lo do contrário.
Fazer promessas que não podemos cumprir é uma armadilha que todo líder
deveria evitar. Uma promessa feita deve ser cumprida a todo custo. Aprendi isto
de maneira muito dura.
Como presidente de uma associação nos Estados Unidos, estava ansioso
para persuadir tantos médicos quanto possível a se mudarem para o nosso campo.
doutor e Srª Black e sua encantadora filhinha Shirley vieram para ver se havia
possibilidade.
Shirley imediatamente se enamorou com o nosso chihuahua "Tumby" que um
amigo nos tinha ofertado. Várias vezes ela manifestou o desejo de possuir um
cachorrinho "justamente como Tumby".
"Shirley, você persuada ao seu pai que venha para a nossa associação e
eu conseguirei um cãozinho como Tumby para você", foi a promessa leviana.
O médico e sua família se mudaram para nossa associação. Estávamos
felizes por tê-los conosco. Tudo ia muito bem, exceto que havia esquecido da
promessa leviana que fizera a shirley. Mas ela não se esquecera. Na próxima vez
que a via, ela me disse: "Pastor Pierson, quando é que vou ganhar o meu
cãozinho chihuahua?"
WW
Poucos dias depois descobri o preço de um cachorrinho chihuahua. Sendo
que era muito além do meu alcance, tive que dar a Shirley o nosso próprio
"Tumby". Aprendi de maneira dura que um líder sábio deve ser cuidadoso ao fazer
promessa. Neste caso foi válido ter cumprido a promessa. O médico, sua esposa e
Shirley deram uma contribuição positiva para a nossa associação.
Lutar com Sua Própria Armadura
O pastor Detail era o novo presidente da associação. Era muito bem
organizado. Cria que cada obreiro deveria ter um programa cuidadosamente
elaborado e estava disposto a ajudar a todos nos detalhes. "Esteja ali a tal
hora. Vá lá em tal data e faça assim e assim. Então regresse às cinco tome seu
jantar e cumpra este compromisso às sete e meia". Como pode imaginar, um tal
programa não foi recebido com grande entusiasmo pelos obreiros da associação.
Por alguma boa razão este bom presidente foi para um outro trabalho na próxima
eleição.
Um líder sábio deixará que os seus homens lutem com as próprias
armaduras, levando o seu trabalho da melhor maneira que lhe convem. Um Davi
usualmente encontra dificuldade ou impossibilidade de pelejar com a armadura de
Saul.
"Ninguém deve consentir em ser uma simples máquina, acionada pelo
espírito de outro homem", disse a serva do Senhor. "Deus concedeu-nos poder,
para pensar e agir, e é agindo com cuidado, pedindo-Lhe sabedoria, que podemos
tornar-nos aptos a desempenhar posições de responsabilidade" (Ciência do Bom
Viver, pp. 498, 499).
"Homens que através de seu egoísmo têm-se tornado estreito e faltos de
perspicácia pensam que é seu privilégio sobrecarregar as mesmas a quem Deus
está utilizando para difundir a luz que lhes tem sido dada. Através de planos
opressivos, os obreiros que deveriam estar livres em Deus estão amordaçados com
restrições por aqueles que são somente companheiros de trabalho. Tudo isto leva
o selo humano e não o divino. Isto é invenção de homem e conduz a injustiça e
opressão. A causa de Deus está livre de toda mancha de injustiça. Não busca
vantagem privando os membros de sua família, de sua individualidade ou seus
direitos. O Senhor aprova a autoridade arbitrária, nem tão pouco sanciona a
mínima amostra de egoísmo ou excesso. Para Ele tais práticas são repugnantes"
(Testimonies, Vol.7, p, 179).
XX
É surpreendente o quanto podem fazer alguns de nossos companheiros
quando não fazem exatamente como nós queríamos.
Aconselhe-se Com Seus Companheiros
Roboão acabava de ser coroado rei de Israel. Jeroboão e muitos outros
representantes do povo vieram ao novo regente suplicando contra algumas
iniquidades e injustiças de seu pai Salomão.
"Ide-vo, e após três dias, voltai a mim", replicou Roboão.
Durante estes três dias o novo soberano aconselhou-se com os anciãos
estadistas de seu pai. "Se hoje te tornares servo deste povo, e o servirdes e,
atendendo, falares boas palavras, eles se farão teus servos para sempre". As
seguintes poucas palavras dizem a triste história do primeiro erro de liderança
que Roboão cometeu. "Porém ele desprezou o conselho que os ancião lhe tinham
dado". Roboão buscou o conselho de inexperientes. Como resultado, "Israel se
mantem rebelado contra a casa de Davi até ao dia de hoje" (I Reis 12: 5-19).
Nos dias de Roboão os anciãos aconselharam sabiamente o seu líder. Nos
dias de Esdras o profeta se tornou para um jovem e encontrou ajuda. O povo de
Israel havia apostatado, e Esdras procurava levá-los de volta a Deus mediante
um reavivamento genuíno. "Neste caso Esdras consultou o neto de Eliasibe
(Joanã). A sagacidade para dar conselho nem sempre se encontra com a idade
avançada" (The Pulpit Commentary, on Esd. 10:6,7).
Um líder sábio procurará um amplitude de conselhos para os assuntos de
importância. Jovens e idosos semelhantemente estão aptos para contribuir com
sugestões úteis.
"Não havendo sábia direção cai o povo, mas na multidão de conselheiros
há segurança" (Prov. 11:14), disse o sábio rei. "Ouça o sábio e cresça em
prudência" (Prov. 1:5).
"Se o povo não 'está sobre', ele estará usualmente 'por baixo'", disse
alguém acertadamente.
"Em particular aos que pareciam de maior influência", escreveu certa vez
o apóstolo Paulo aos membros da Galácia, explicando porque havia levado Barnabé
e Tito com ele em uma viagem a Jerusalém. Queria "estar seguro que o que havia
feito e o que me proporia a fazer era aceitável para eles" (Gál. 2:2 -
Phillips). Paulo era um líder sábio. Cria no aconselhamento com os irmãos.
Assim manteria a sua confiança.
YY
Digamos de passagem que existe o perigo de receber demasiado conselho. A
história de um velho índio que estava construindo um barco ilustra o que
dissemos. Faz vários anos que lí isto.
O índio estava entalhando a sua canoa de um grande tronco. Um apareceu e
lhe disse: "Chefe, eu penso que ela está ficando muito larga para o se
comprimento". Então o índio procurou estreitá-la.
Mais tarde apareceu um outro homem e disse: "Chefe, me parece que a popa
está demasiado cheia". Assim ele diminuiu a popa.
Um terceiro veio, observou o índio entalhando o tronco, e olhando a
canoa mais decididamente disse: "A proa está demasiadamente inclinada, chefe".
Então o índio a endireitou.
Quando a canoa estava finalmente terminada, o índio a lançou num rio
próximo, mas ela emborcou. Ele a puxou para a praia, achou outro tronco e
começou uma outra. Uma vez mais apareceu um homem e ofereceu-lhe o seu
conselho, mas desta vez o índio respondeu, apontando para a monstruosidade que
estava na praia, "Aquela canoa que lá está, é a canoa de todo mundo. Esta aqui
é a canoa do índio". (Cheer, May, 1961).
Busque amplo conselho, busque sábio conselho, mas seja apto para separar
o trigo da palha e seguir adiante com o trabalho. "Vede que seja seguro o vosso
fundamento; construí então finalmente, e com persistente esforço, mas com
brandura, mansidão e amor. Assim permanecerá vossa casa inabalável" (Conselhos
aos Professores, p. 57).
Não Tema Admitir que Algumas
Vezes Você Erra
"Todos cometemos erros de todas as espécies" (Tia. 3:2 - Phillips),
escreveu Tiago. Somente um homem pequeno teme admitir que cometeu um erro.
O pastor Voorsitter era o presidente de mesa de uma instituição. Em
consulta com os seus companheiros de mesa ele aprovou uma adição numa casa do
corpo docente. Era um trabalho urgente e deveria ser completado antes das
chuvas. Havia fundo disponível. Ele autorizou ao diretor da construção iniciar
o trabalho. Tudo se desenrolava bem, exceto que não havia um acordo formal da
mesa autorizando a gastar essa soma relativamente grande de dinheiro. No devido
tempo o trabalho foi completado.
ZZ
O dia de acerto de contas chegou. Os membros da mesa, sabendo que o
presidente com freqüência dava ênfase à necessidade de aprovação para tal
despesa, fizeram perguntas muito pertinentes e embaraçosas - quando trataram do
assunto.
O pastor Voorsitter estava em dificuldade, estava numa fornalha, Só
havia uma saída honrosa: admitir o seu erro de maneiro polida e deixar-se a
mercê dos irmãos.
Assim o fez. Os irmãos foram compreensivos. O episódio terminou de
maneira feliz. Se houvesse tentado se desculpar ou justificar teria saído da
prova com castigo.
Se você está errado, como pode acontecer em alguma ocasião, admita-o com
honradez e naturalidade. É admirável quão caritativo são os irmãos com os
homens que admitem que podem cometer erros.
Deixe Que os Outros Recebam Créditos
Tem notado quão ansiosas são algumas pessoas para receber todo o
crédito? Bem, por que não deixar que tenham? Na análise final, não importa que
recebe o crédito, contanto que o trabalho seja feito.
Tomemos por exemplo os interessados da Voz da Profecia. Os obreiros às
vezes hesitam em atender os interessados deste programa simplesmente porque
pensam que não receberão crédito pelos batismos. Naturalmente, a maioria não
admitiria que esta é a razão, mas assim é. Seria vergonhoso que almas fossem
deixadas fora do reino porque alguns de nós estávamos mais interessados em
crédito do que em batismo! Afortunadamente há poucos obreiros deste jaez.
Um líder que concede aos seus obreiros um crédito por um trabalho feito,
mesmo que ele tenha participado com grande parte, será apreciado. Obreiros
satisfeitos, confiantes na liderança, constituem o maior ativo que um líder
pode aspirar.
"Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal", adverte
Paulo, "preferindo-vos em honra uns aos outros" (Rom. 12;10).
Conceda Uma Segunda Oportunidade
Durante o seu primeiro período no campo missionário, João Marcos não
demonstrou ser um obreiro de êxito. deveras, quando esteve em problemas com um
AAA
mágico chamado Bar-Jesus na Ilha de Chipre, João Marcos decidiu retornar
prematuramente a Jerusalém. Paulo considerou o jovem missionário como um
desertor.
Barnabé, contudo, era um líder capaz de dar uma segunda oportunidade.
Posteriormente Barnabé ajudou na reabilitação de João Marcos como missionário.
"Pois via nele qualidade que os habilitariam para ser um útil obreiro de
Cristo... Sob a benção de Deus e a sábia orientação de Barnabé, ele se
desenvolveu num valoroso obreiro" (Atos dos Apóstolos, p. 270).
Na causa de Deus há muito lugar para Barnabés, homens que darão a
obreiros e membros uma segunda oportunidade. "Podem os obreiros cometer
enganos", escreveu Ellen G. White, "mas vós devíeis dar uma oportunidade de
corrigir seus erros, dar-lhes a oportunidade de aprender a acautelar-me,
deixando a obra em suas mãos" (Testemunhos para Ministros, p. 300).
Jesus foi o grande Restaurador e Seu ministério foi uma obra de
restauração.
'O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque o Senhor me ungiu, para
pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de
coração, a proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os
algemados... a consolar todos os que choram, e a pôr sobre os que em Sião estão
de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alergia em vez de espírito
angustiado;... para a sua glória" (Isa. 61;1-3).
O maior Líder de todos os tempos veio para dar consolo aos quebrantados
de coração, a proclamar liberdade aos cativos, restaurar liberdade aos
encarcerados e a consolar os que choram.
O profeta evangélico predisse a obra da igreja remanescente nestas
palavras: "Serás chamado... restaurados de veredas para que o país se torne
habitável" (Isa. 58:12).
Devemos ser "restauradores". Quão extremamente estes ministros são
necessitados em nosso mundo! Mesmo entre o nosso povo há pessoas que estão com
o coração, lares partidos, vidas partidas e carreiras partidas. Deus pede que
Seus líderes sejam restauradores de fé, restauradores de esperança,
restauradores de alegria, de coragem, de confiança.
Quando um membro ou um obreiro fracassa, é igualmente um fracasso de seu
líder. Nosso repto é restaurar aquele que tropeçou. aos que são líderes, disse
Paulo: Corrigi-o, com o espírito de brandura" (Gál. 6:1).
BBB
A mensageira do senhor, comentando Isa. 58, disse que esta ;e a "obra
que Deus requer que Seu povo faça neste tempo. É uma obra recomendada por Ele"
(Testimonies, Vol. 6, p. 265).
Jesus ;e o nosso exemplo em liderança. Deus nos tem comissionado a
edificar os homens, não a quebrá-los ou triturá-los. Que monumento maior
poderíamos deixar num campo que um obreiro forte a que temos ajudado a
sobrepor-se ao erro e desânimo?
Quem sabe? Pode ser que nós mesmos algum dia necessitássemos que se nos
conceda uma segunda oportunidade. Tiago nos adverte que se somos duros e
inflexíveis em nosso trato com os outros, em troca, encontraremos pouca
simpatia entre os irmãos. "Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele
que não usou de misericórdia" (Tia. 2:13).
Sejamos líderes como Barnabé, concedamos aos homens tanto quanto
possível uma segunda oportunidade. Procedendo assim poderemos salvar a muitos
Joões Marcos para o trabalho de Deus.
Não Peça Para Outros Fazerem o Que Você
Pode Mas não deseja Fazer
O pastor Bergen é um presidente de união. Também é um evangelista.
Serviu muitos anos como um líder departamental. Ele ;e capaz de impor o ritmo
numa campanha de recolta.
O pastor Bergen não se conforma em meramente dirigir sua comissão,
supervisionar um programa evangelístico que ele já preparou para os outros.
Usualmente é o primeiro a levantar a tenda ou abrir o auditório. Gahar almas é
parte de sua vida.
Cada ano se batizam milhares de pessoas no campo do pastor Bergen. Por
que? Porque o irmão Bergen impõe o ritmo. Ele diz: "Vamos" em vez de "Vão
vocês". Os obreiros o seguem porque ele está na frente da batalha.
Certa vez estive ajudando o pastor Bergen a recoltar no seu campo. Um ou
dois líderes estavam sempre ausentes, porém, não o presidente da União. Ele
estava sempre pronto para ir ao seu território juntamente com o resto de nós
outros. Não é de se admirar que sua União ultrapassou o alvo para aquele ano.
Agora, nem todos somos como o pastor Bergen. Deus não concedeu a todos
os líderes o talento da pregação evangélica ou a habilidade para coletar
grandes somas na recolta. Mas o verdadeiro líder nunca pedirá a um obreiro para
fazer alguma coisa que ele seria capaz de fazer mas não quer fazê-lo. Devemos
CCC
exercitar no máximo os nossos dotes. Como líderes estaremos à frente das
atividades - não meramente enviando os outros a fazer o trabalho por nós.
Quando se trata de dar com sacrifícios, o verdadeiro líder puxa na
frente. ele marcará o passo. Compartilhará da responsabilidade - e fará mais
que sua parte.
Um verdadeiro líder dirige como Bergen: "Vamos" - nunca "Vão vocês".
Apóiem os seus homens.
Alguma vez tiram o tapete debaixo dos seus pés? Alguma vez você se
lançou a um determinado plano contando com todo o apoio do seu líder e ele o
deixou na mão? Esta é uma experiência amarga, é o mundo desmoronando ao redor
dos seus olhos.
Uma jovem professora da escola primária teve que ensinar durante um
ano., para o segundo grau. Assim fez o diretor, forçado pelas circunstâncias.
Você pode imaginar alguns dos problemas que a Srª. professora do primário teve
de enfrentar. quando uma professora trata um estudante do segundo grau como
aluno do Jardim da Infância, logicamente entra em dificuldades. Isto ocorre
freqüentemente. O diretor, naturalmente, foi logo envolvido. O que fez? Podia
deixá-la cair, porém, não o fez. Permaneceu ao lado da professora primária com
lealdade - e então, posteriormente, a enviou de volta para o seu próprio campo.
Tivesse o pastor diretor falhado em apoiar a sua professora em
dificuldade, teria perdido a sua confiança. Ela teria perdido a sua influência.
Poderia ter sido desanimada como professora e desistido do seu trabalho.
O verdadeiro líder cristão fica ao lado dos seus homens e suas
"professoras primárias", quando há problemas ou não. Por isso, seus homens - e
suas - "professoras - ficam ao seu lado através das vicissitudes de sua
liderança.
Termino este capítulo sobre o líder e seus colaboradores citando uma das
melhores declarações encontradas sobre este assunto, legado por um autor
desconhecido:
"Tende no coração que nunca se endurece, um temperamento que nunca se
altera, um tato que nunca machuca".
Nunca cometeremos erros se seguimos este fórmula útil em lidar com
aqueles que trabalham "debaixo" de nós.
Liderança Consagrada
DDD
"Meu coração se inclina para os comandantes de Israel, que
voluntariamente se ofereceram entre o povo; bendizei ao Senhor". (Juízes 5:9).
Um líder ama os seus homens e seu povo. O amor ensina como fazê-lo.
Um líder não é um mercenário. ele se oferece e se dá pelos homens, pela
obra - pelo sucesso.
Um líder não é desconfiado, mas manifesta confiança nos seus homens.
Um líder identifica-se com os seus homens e com o seu povo.
Um líder visita seus homens e permanece com eles.
Um verdadeiro líder levará os débeis no seu coração e sobre os seus
ombros.
Quando a adversidade sobrevem, o líder estará lá para receber o golpe.
Um líder antecipa as necessidades e serve.
Um egoísta não serve como líder.
Um líder crê na sua obra como uma vocação e não como um trabalho.
Um líder é despretensioso e sincero; nunca pomposo.
Dirige sem que as pessoas saibam o que ele faz.
Um líder é corajoso e se engrandece quando enfrenta oposição.
Torna-se água fria em vapor e segue em frente.
Insipra os homens e infunde entusiasmo.
Um líder é eficaz e conserva-se em dia. Sempre se mantem na vanguarda.
Um líder nunca passa a culpa para outro.
Nenhum homem que não aprende a seguir está qualificado a liderar.
A grandeza de um líder repousa unicamente na sua capacidade para servir.
Deve ser amigo, alegre e zeloso.
Devo orar e trabalhar".
EEE
CAPÍTULO VI
VOCÊ É CAPAZ DE SE COLOCAR NOS SAPATOS DE OUTRO?
"Assentei-me ali atônito no
meio deles". (Ezeq. 3:15).
O movimento Adventista é mundial. Deus está reunindo Suas jóias de toda
tribo, língua e povo. A obra não terminará na África antes de terminar no
Texas. Não terminará em Delhi antes que termine em Nova York e Hong Kong. Um
líder nunca deve perder esta visão da obra mundial.
Em países onde a pregação do Evangelho produz resultados magros, é fácil
que os administradores desenvolvam uma visão introspectiva da obra, que sintam
que as necessidades de seus campos são as maiores. Eu sei, porque tenho
trabalhado em tais países. Líderes que trabalham em áreas onde o povo responde
com maior facilidade, sentem-se do mesmo modo. Podem argumentar que o desafio
de se conservarem à altura das providências abertas por Deus exige que uma
preponderante parte de fundos seja enviada para seus países. Sei, porque tenho
trabalhado também nesses países.
Onde quer que seja o nosso campo de trabalho, somos inclinados a pensar
que as necessidades ali são maiores. Esquecemos do obreiro ou o líder diligente
que trabalha no país vizinhos ou do outro lado do mundo. Pode ser que lute com
problemas ainda maiores que os nossos ou seja desafiado por perspectivas mais
promissoras. Se pudéssemos ver as coisas do ponto de vista do outro, seríamos
mais generosos, mais tolerantes e mais compreensivos. A "grandeza" de um líder
se mude por sua capacidade de se colocar no lugar do outro.
O apóstolo Paulo fala sobre esta importante questão. "Não tenha cada um
em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros".
(Filip. 2:4). O Dr. Wand traduz as palavras de Paulo desta maneira: "Abstenha-
se de promover os seus próprios interesses, mas, ao invés, promova os
interesses dos outros" (J.W.C. Wand, "The New Testament Leters", Oxford
University Press).
O pastor Blitz, um bom amigo, dirigia o programa do seu departamento com
todo entusiasmo. Tudo em que punha a sua mão prosperava. Alcançava alvos
impressionantes. Era o orgulho e regozijo de seus líderes departamentais em
FFF
todos os níveis superiores. Porém, proporcionou infindáveis dores de cabeça
presidente e tesoureiro da sua Associação.
"Esses homens não têm visão" - disse-me o pastor Blitz mais de uma
ocasião. "Porque tudo eles pensam é despesas, despesas, despesas? Como
poderemos terminar a obra com líderes como estes, que estão sempre arrastando
os pés?"
"Bem, amigo", disse calmamente, "talvez algum dia você se sentirá onde
eles estão assentados, e então compreenderá melhor". Estamos agradecidos por
nossos obreiros empreendedores, e também pelos piedosos administradores que
dirigem a obra em geral e que mantêm a coisas em seu devido equilíbrio.
Alguns meses depois o pastor Blitz na verdade se encontrava na cadeira
de presidente de uma pequena associação que lutava para sobreviver. Fiquei
esperando com um sorriso secreto o que iria ocorrer. Tudo começou com muito
ímpeto. O rítmo do programa da associação era realmente acelerado. Aqui vamos
para o progresso! Não mais arrastar-se sobre os pés! Tudo foi admirável
enquanto durava a "lua de mel". Mas chegou o dia de acertar as contas. Devo
dizer, em benefício de meu amigo, que ele aprendeu muito rápido. As coisas
foram colocadas muito rapidamente debaixo. As coisas foram colocadas muito
rapidamente debaixo de controle.
Freqüentemente lembro-me do que me disse, confessando mais tarde: "Agora
estou assentado do outro lado na cadeira do presidente e compreendo do que você
me falava".
Então com um sorriso furtivo continuou continuou: "Penso que também
seria bom se cada administrador pudesse servir por algum tempo como líder
departamental. Então todos nos entenderíamos melhor".
Sente-se Onde Outro se Senta
Tenho pensado muitas vezes na declaração do pastor Blitz. Quão efetivo
seria o trabalho de nós administradores se invertêssemos os papéis e tivéssemos
que alcançar os alvos da recolta ou de inscrições na Escola Radiopostal? Sem
dúvida alguns de nós teríamos que nos esforçar ao máximo. E vice-versa, alguns
de nossos obreiros seriam mais compreensivos se assentassem por algum tempo na
cadeira dos administradores.
Ezequiel disse: "Assentei-me ali atônito no meio deles", (Ezeq. 3:15).
Quando você e eu nos assentamos onde outra pessoa se assenta, sem dúvida
GGG
ficamos "atônitos" com os seus problemas, suas preocupações, suas frustrações e
suas ambições. "Se a vossa alma Estivesse em lugar da minha" (Jó 16:4),
compreendereis melhor os meus problemas; se eu olhasse as causas através de
vossos olhos, também compreenderia melhor os vossos.
Empatia deve se tornar uma palavra notável no vocabulário de qualquer
líder cristão de êxito - e também uma experiência diária de sua liderança. Não
chegaremos a ser líderes eficazes enquanto não pudermos projetar-nos na
situação de outra pessoa. Devemos lembrar que somos líderes e não condutores.
As atitudes e reações dos líderes mundanos jamais devem insinuar-se na
liderança da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A tradução do Dr. Moffat das
palavras de Jó descreve habilmente quão cínicos podem ser alguns: "Os homens em
boa posição zombam do desafortunado; quando um homem vacila recebe golpes" (Jó
12:5). Com freqüência, os demais contam muito pouco na luta desenfreada para
alcançar o topo.
O apóstolo Paulo reflete uma atitude empática do verdadeiro líder
cristão: "Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça?" (II Cor. 11:29).
"Quem tropeça que eu não seja consumido com ansiedade?" (II Cor. 11:29 - Wand).
Um líder genuíno não é um assalariado. Genuinamente ama os seus liderado.
Identifica-se com suas esperanças, seus regozijos, seus desapontamentos e seus
problemas. Aproveita cada oportunidade para estar com eles no campo. fortalece
os fracos e inspira os fortes. Quando sobrevêm as dificuldades suaviza o golpe.
Não é um chefe, mas um irmão.
O Exemplo da Empatia Divina
Isaías registra uma bela profecia acerca do ministério de Cristo: "Em
toda a angústia deles foi Ele angustiado, e o anjo da Sua presença os salvou;
pelo Seu amor, e pela Sua compaixão Ele os remiu, os tomou e os conduziu todos
os dias da antiguidade". ( Is. 63: 9).
Nosso Salvador, muitos séculos antes de se tornar um bebê na manjedoura
de Belém, participou da experiência de Seu povo. Sofreu com eles. Regozijou-se
com eles. Que exemplo de empatia divina! Durante Seu ministério na terra o
Mestre projetou-se mais ainda nas necessidades e vicissitudes da raça humana. E
continua fazendo o mesmo hoje.
"Certamente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores
tomou sobre Si, e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas
HHH
Ele foi transpassado pelas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e pelas Suas pisaduras fomos
sarados" (Isa. 54:4-5).
O comentário inspirado que Ellen White faz acerca destas palavras
descreve graficamente como Jesus se coloca no lugar do homem: "Cristo foi
tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele
tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha
participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não
tinhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que
Ele pertencia. "Pelas Suas pisaduras fomos sarados" (Desejado de Todas as
Nações, p. 21).
Minhas foram as Suas dolorosas chagas,
Minha foi a cruz que Ele carregou.
Minhas foram as Suas tristezas e dores,
Minha foi a Sua implacável morte.
Ele carregou tudo isso - e ainda mais
Para abrir as portas do Céu
Para este filho perdido.
Sua foi a vida de bençãos,
Seu é o meu manto de justiça,
Seu foi o direito para reinar,
Seu é o meu ganho eterno.
Ele deu-me tudo - e ainda mais
Como posso ser agradecido
Por tudo que Ele tem feito?
No seu ministério empático Cristo deixou-nos um "exemplo" para que nós
"sigamos Seus passos" (I Pedro 2:21). "Sede todos de igual ânimo, compadecidos,
fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes" (I Pedro 3:8).
"Em nossa associação com outros", a mensageira do Senhor escreve,
"colocai-vos em seu lugar. Penetrai-lhes nos sentimentos, nas dificuldades, nas
dificuldades, nas decepções, nas alegrias e tristezas". (O Maior Discurso de
Cristo, p. 115).
Sente-se onde seu irmão se assenta, meu amigo;
Conheça bem suas preocupações, seus males e
III
seus temores;
Ande por onde ele caminha com passos vacilantes;
Suporte suas provas, suas dores e suas lágrimas.
Incline-se debaixo de suas cargas pesadas;
Suporte suas tentações cruéis e violentas;
Receba, também, o impacto do dardo satânico
Que perfura a armadura do seu irmão.
Então, meu amigo, você compreenderá
A medida dos seus dias dificultosos
Você entenderá o seu coração e estará
Menos inclinado a culpar e mais pronto a apre-
ciar.
Quanto você pode participar da experiência daqueles com quem trabalha,
então está no caminho para ser um verdadeiro líder cristão.
A Letra da Lei
Os Adventista do Sétimo Dia crêem em praxes. Temos normas para finanças
e relações humanas. Operamos nossos departamentos e instituições através de
praxes. Nos concílios de primavera e do outono aumentam constantemente os
livros de praxes. Isto levanta uma questão estreitamente relacionada com a
empatia: É possível justificar um líder que não aplica a letra da lei?
Analisemos este ponto.
Paulo, escrevendo aos crentes de Filipos, disse: "Seja a vossa moderação
conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor" (Fil. 4:5).
Esta palavra "moderação" tem interessantes conotações em diferentes
versões do Novo Testamento. Um estudo desta palavra lança luz sobre a nossa
interrogação. Ronald Knoy traduz: "Dai prova a todos de vossa cortesia". A New
Einglish Bible nos apresenta um pensamento bonito: "Deixai vossa magnitude ser
manifestada a todos".
William Barclay, professor de linguagem do Novo Testamento, da
Universidade de Glasgow, declara que esta palavra "moderação" é uma das mais
difíceis de traduzir em todo o grego. Continua explicando como os gregos mesmos
usam a palavra "EPIEÍKEIA". dizerem que EPIEÍKEIA deveria ser usada naqueles
casos quando a estrita justiça torna-se injustiça devido o seu caráter geral".
Normas e praxes são necessárias no nosso programa da igreja. A
possibilidade de recorres ao Manual da Igreja ou ao livro de praxe
JJJ
denominacional para conselho para uma decisão difícil, significa muito para os
administradores e os pastores. Mas Paulo em sua carta aos filipenses apela para
alguma excessão às regras e praxes gerais. "Deixai vossa magnanimidade ser
manifesta". "Deixai vossa graciosa gentileza ser conhecida a todos os homens",
segundo a tradução de Barclay.
De acordo com Barclay, "Um homem possui a qualidade de EPIEÍKEIA se ele
sabe quando não deve aplicar a letra escrita da lei, se sabe quando afrouxar a
justiça e introduzir a misericórdia" (Willian Barclay, The Letter to the
Phillippians, p. 54).
Num campo onde trabalhava, um de nosso jovens obreiros cometeu um sério
erro. A comissão estava pronta para despedí-lo. Mas o jovem viu o seu erro e se
arrependeu. Apelou para a digna comissão por uma outra oportunidade.
As praxes justificariam a despedida do jovem do seu trabalho. Porém a
comissão, levando em conta todas as considerações (seu erro não era uma falha
moral), decidiu exercer EPIEÍKEIA - tolerância, magnanimidade, brandura,
paciência, gentileza ou como deseja chamá-lo. Não estávamos pensando em todos
estes termos agradáveis naquele momento, mas estávamos pensando no futuro desse
jovem e seu arrependimento, e demos-lhe outra oportunidade.
Fiquei contente que os membros da comissão souberam quando não deveriam
aplicar a letra da lei: Alegrei-me que eles compreenderam, que em certas
ocasiões há algo acima e além da justiça! Agora vários anos já se passaram, e
este obreiro justificou a fé que a comissão tinha nele. Está levando com
crédito o trabalho que eles lhe confiaram. Cerca de dois anos depois da
comissão ter tratado desse assunto, encontrei-me com esse jovem numa reunião
campal, no seu novo campo de trabalho. Colocou sobre meus ombros os seus braços
e disse: "Obrigado, pastor, por ter-me concedido outra oportunidade. O Senhor
está me abençoando no trabalho, e estou decidido a fazer bem e justificar a fé
que a comissão teve para comigo. Naquela vez, estava com tanta vergonha e
desanimado que Satanás persistia em dizer-me para abandonar tudo e retirar-me.
Vocês irmãos me salvaram pela maneira compreensiva com trataram comigo"
EPIEÍKEIA pagou dividendos neste caso.
Durante Seu ministério terrestre, o Salvador freqüentemente foi além das
exigências da justiça. Quando os judeus trouxeram-lhe uma mulher em pecado, bem
podia condená-la, quebrantá-la, mesmo que fosse apedrejada de acordo com a lei
de Moisés.
KKK
Jesus conhecia o coração da mulher. Sabia as circunstâncias envolvidas
na sua queda. Sabia da bendita recuperação que poderia fazer. Ele sabia que
esse era o momento de exercer a "grandiosa gentileza" - epieíkeia. Foi além da
justiça.
Nem Paulo, nem Jesus ensinaram que o pecado deveria ser condenado ou
ignorado. Como líderes da igreja, não devemos cometer erros sobre este ponto. A
experiência de Acã ilustra graficamente as terríveis conseqüências de ter o
pecado no acampamento. A mensageira do Senhor requer que tratemos fielmente com
o pecado, mesmo quando afeta os homens mais destacados de nossa igreja.
Todavia, as circunstâncias variam. Há ocasião quando a justiça trará
mais ruína à igreja do que o exercício de EPIEÍKEIA -"Graciosa Gentileza".
Concernente à justiça, não há um só de nós que não mereça outra coisa
senão a condenação de Deus, contudo Deus vai além da justiça. Paulo estabelece
que o sinal de um cristão é sua relação pessoas com os seus semelhantes,
sabendo quando deve ou não insistir na justiça e que ele sempre deve lembrar
que existe alguma coisa que está além da justiça e que faz o homem semelhante a
Deus". (Ibid.).
Por que nós como líderes cristãos devemos manifestar esta atitude de
graciosa gentileza e magnanimidade? O mesmo Apóstolo responde a esta pergunta:
"Perto está o Senhor". Somos homens esperando a vinda de Jesus. Como tais,
deveríamos ser o mais semelhante possível a Ele. Devemos estar preparados para
encontrá-lO.
Outra razão - é muito real para aqueles que têm freqüentemente de
segurar a reputação e, provavelmente em certas ocasiões. o destino eterno dos
homens nas suas mãos - é que somos comissionados para salvar homens e não para
esmagá-los. Se seguimos o Mestre, elevaremos os homens e não os pisotearemos.
Devemos tratar firmemente com o pecado, e isto algumas vezes causa dores
e cria inimizade. Não podemos evitá-lo. é o único curso a seguir. Mas, porque
isto é verdade, não deveríamos então buscar toda oportunidade possível de saber
como fechar o livro de praxe e com Paulo e Jesus exercer EPIEÍKEIA -
verdadeira, graciosa gentileza?
Que Deus nos faça grandes homens - líderes que são capazes de ver as
coisas através dos olhos dos outros. Podemos ser amados por nossa graciosa
gentileza e ainda respeitados pelo nosso pujante dinamismo.
LLL
CAPÍTULO VII
QUE TIPO DE PRESIDENTE DE COMISSÃO VOCÊ É?
"Amai-vos cordialmente uns aos
outros com amor fraternal, pre-
ferindo-vos em honra uns aos
outros. No zelo não sejais re-
missos: sede fervorosos de es-
pírito, servindo ao Senhor"
(Rom.12:10, 11).
A administração do movimento Adventista é executada grandemente através
de comissões e mesas. Somo o povo da democracia. Cremos na multidão de
conselhos e na ação conjunta. Temos a comissão de níveis locais da associação e
da união. Nós estabelecemos comissões de igreja e juntas escolares. Apontamos
comissões e sub-comissões. Tal como no caso da publicação de livros, isto
parece não ter fim.
Se você é um membro ativo da Igreja Adventista do Sétimo Dia,
provavelmente está servindo com presidente ou um membro de alguma comissão. Se
assim é, você compreende a importância de saber dirigir as deliberações de um
grupo de membros da igreja ou de obreiros.
Sua junta ou comissão deveria funcionar suave, harmoniosa e eficazmente.
Para ser um presidente de êxito você deve saber como lidar com situações
delicadas sem atuar com excessivo rigor. Deveria saber resolver os trabalhos
sem causar a impressão de estar dirigindo ou apresentando individualmente a
comissão para tomar uma decisão prematura.
Muito do êxito de uma comissão depende do seu presidente. A conduta e a
atuação das comissões reflete o espírito de seus líderes, como a lei de um país
reflete o espírito de seus legisladores.
A atmosfera em que funciona a comissão é de máxima importância. Um grupo
de homens e mulheres que se reunem no nome do Senhor deve ser dirigido pelo
Espírito Santo. "Quando o Espírito de Deus repousa sobre vós, não há sentimento
de inveja ou ciume ao examinar a atitude alheia; não haverá espírito de
acusação e crítica" (Mensagens Escolhidas, Vol. I, pp.4122 e 412).
MMM
O apóstolo Paulo descreve corretamente o espírito que deveria prevalecer
entre os membros da igreja que participam de uma comissão: "Amai-vos
cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos
outros. No zelo não sejais remissos: Sede fervorosos de espírito, servindo ao
Senhor". (Rom. 12:10, 11).
Os membros de uma comissão, em grande medida, refletem o espírito do seu
líder. Se o homem que se assenta na cadeira de presidente tem uma afeição
bondosa, ama com amor fraternal os membros que o servem, é mais provável que
realizarão o seu trabalho no mesmo espírito. Se é generoso e respeitoso, seus
membros também manifestarão o espírito de "honra uns aos outros". Então, com
coragem e confiança conduzirão o trabalho de deus com "fervoroso espírito".
Um Presidente Deve Saber Onde Vai
Abraham Lincoln certa vez disse: "Antes que uma pessoa começa a sair
para algum lugar, deve primeiro saber onde se encontra". Um presidente de
comissão não somente deve saber onde está, mas, também, para onde está indo.
O próprio Jesus declarou: "sei donde vim e para onde vou" (João 8:14).
Um certo líder falava-me acerca de um de seus obreiros. "Esse homem
sabem para onde vai". Disse com voz cheia de calor e confiança. "Além disso,
sabe como chegar lá e o que fazer depois que chegar".
Todo presidente eficaz, semelhantemente deve "saber para onde vai, como
chegar lá e o que fazer depois que chegar". Deve planejar com seu secretário
para assegurar-se de que tudo esteja pronto para a reunião. Problemas e planos
devem estar bem em mente. Cartas, praxes, fatos, dados e qualquer outro
material importante para a agenda devem estar bem organizados.
O presidente, do seu ponto vantajoso como líder, está em posição de dar
valiosos conselhos e orientação. Ele não deveria resolver de antemão os
assuntos, mas porque está em posse dos fatos, deverá compreensivelmente, ter
soluções para oferecer e planos para apresentar. Antes de incluir itens na
agenda, deverá considerá-los cabalmente e orar por ajuda ao discutí-los.
Isto não significa que o presidente conhece todas as respostas, que
domina toda discussão e que sua vontade é suprema. Porém, todo presidente digno
do nome - presidente, pastor ou superintendente, deve ser um homem de previsão.
Deve estar preparado para apresentar suas idéias no momento propício.
NNN
Necessito acrescentar que os líderes deveriam resolver qualquer
diferença radical de opinião acerca de um item antes de ser levado à comissão?
É muito desafortunado quando o presidente e o secretário ou tesoureiro
indevidamente diante dos seus membros da comissão.
Tenha Um Conhecimento Básico
das Leis Parlamentares
Alguém definiu uma comissão como "um grupo de pessoas que cuidam dos
minutos e desperdiçam as horas". Algumas dessas horas não deveriam ser
desperdiçadas se o presidente possuísse conhecimento básico das leis
parlamentares para impedir que a comissão se torne confusa com sugestões e
discussões acumuladas que estão fora de pauta. Assim o secretário teria alguns
minutos para economizar.
Nos recentes anos, grupos de homens bem conhecidos uns dos outros,
especialmente "os irmãos", mão têm colocado tanta ênfase na letra das leis
parlamentares como faziam anteriormente. Apesar disto, há certos princípios que
todo presidente deveria conhecer.. Deveria saber que as propostas têm
prioridade. Se deseja sair de uma situação apertada, deveria saber como tratar
com as propostas adicionais ou como emendar as propostas controvertidas. Para
evitar o desperdício dessas horas, o líder deveria conhecer bem os métodos
corretos de dirigir o debate. Ocasionalmente surgem alterações da ordem e o
presidente deve saber o que fazer nesses casos. Além disso, deveria também
saber como apresentar uma proposta "à mesa" e como e quando "retirá-la" se
necessário.
Não é possível tratar neste livro das compilações das leis
parlamentares. Livros como Parliamentary Practic and Robert's Rule of Order
Revised pelo Gen. Henry M. Robert encontram-se à disposição.
Permitir Ampla Oportunidade Para
os Membros da Comissão Falarem
O líder de uma das associações de minha união estava com problemas com
os seus obreiros. Por algum tempo não pude entender qual era a causa. Então
sentei-me com eles em comissão.
Um membro da comissão começou a apresentar o seu assunto ou uma
proposta. Antes que tivesse terminado de falar, o presidente o interrompeu.
OOO
Isto aconteceu freqüentemente. Conquanto alguns membros ainda tinham
contribuições a fazer ou perguntas a formular, o meu amigo abruptamente
apresentava a ação que desejava e pedia apoio e votação. Assim muitos assuntos
eram "resolvidos" - mas nem sempre satisfatoriamente. Alguns membros estavam
frustrados e descontentes porque não lhes era permitido falar.
Em nenhuma associação deveriam proposições ser introduzidas
precipitadamente não dando tempo aos irmãos para examinarem cuidadosamente
todos os lados da questão... Muitos e muitos assuntos têm sido apresentados e
votada, quando envolveriam mais do que se antecipava, se os volantes tivessem
concebido mais tempo para considerar todos os lados da questão". (Testimonies,
Vol. 9, p. 278).
Conceda ampla oportunidade para os membros de sua comissão falarem. Não
os asfixie.
Saiba Quando Cristalizar o Pensamento
de Sua Comissão
Naturalmente há o outro extremo. Alguns presidentes permitem que seus
membros falem incansavelmente repetindo coisas mencionadas quase que ad
infinitum.
O presidente Deliberato era assim. Dava bons conselhos. Quando falava,
dizia alguma coisa. Pesava suas palavras e falava resolutamente. Para meu
conhecimento, o Pastor Deliberato nunca teve de se retratar de uma declaração.
"Mas, ele prolonga desnecessariamente as comissões", queixou-me um dos
membros de uma comissão. "Não podia o senhor fazer alguma coisa para ele passar
e terminar os assuntos da agenda?"
Um presidente capaz discerne quando o seu grupo tem analisado
completamente o problema e sabe quando colocar a proposta em votação.
Usualmente detecta quando os membros começam a repetir. Este é o momento de,
com tato, fazer a votação.
Se os membros exigem mais discussão depois do assunto ter sido
considerado sob todos os ângulos, o líder pode sugerir: "Bem, irmãos, este é um
tema interessante. Não há dúvidas de que poderíamos passar uma proveitosa manhã
discutindo-o. mas temos uma longa agenda e o tempo escoando rapidamente. Agora,
depois do irmão Blank falar, não poderíamos submeter este assunto à votação a
favor ou contra, como desejarem?" Geralmente a comissão aceitará tal indicação.
PPP
Assim o presidente pode ajudar aos seus membros a cristalizar seus pensamentos
e alcançar uma conclusão satisfatória.
Aprenda a Ceder Algumas Vezes Seus
Próprios Planos e Opiniões
Um dos presidentes da Associação Geral presidia uma sub-comissão da qual
eu era membro. Estávamos analisando diversos planos e quadro de pessoas
relevantes para um certo problema. Como todo bom líder deveria que pensava
solucionar a situação. Contudo, à medida que continuava a discussão, era
evidente que a maior parte dos membros favorecia uma solução diferente.
Depois que o presidente permitiu que todos falassem, sorriu e se
submeteu à vontade dos irmãos. "Eu sei quando estou com votação contrária", se
expressou. "Está claro que vocês preferem um plano diferente do meu. Vamos
seguir a linha que vocês estão analisando e irei com vocês".
Senti simpatia por esse presidente. Estou seguro de que os demais
membros da comissão também sentiram por ele a mais alta apreciação. Se o
presidente da Associação Geral acha útil ceder graciosamente sua opinião
algumas vezes, certamente você e eu poderemos fazer o mesmo.
Algumas pessoas acham difícil ceder em algum ponto. Separá-los de suas
idéias é tão impossível como separar uma tenaz quente de um metal frio. Alguns
presidentes procuram impor seus pontos de vista à comissão. com essa atitude
perdem o respeito dos seus membros e algumas vezes sua posição. Um presidente
sábio saberá quando e como submeter a sua vontade à da maioria em assuntos que
não envolvem princípios.
Enfrentando Oposição
Certa vez Abraão Lincoln apresentou ao seu gabinete um plano que ele
estava ansioso de ver realizado. Desafortunadamente, os membros de seu gabinete
não concordavam com ele. Quando a matéria foi submetida a votação. Lincoln
permaneceu só.
Quando anunciou o resultado, o presidente Lincoln disse: "Sete nãos e um
sim. Ganha o Sim".
Você e eu podemos fazer assim. Podemos ser presidentes, mas não
presidentes dos Estados Unidos. Trabalhamos com os membros de comissão, e às
QQQ
vezes eles não concordam conosco. Ocasionalmente eles podem se opor a nós, e
amiúde durante a sessão da comissão.
Um líder sábio não se sentirá afetado por causa disto. Ele não ignorará
ou descartará a oposição como algo indigno de consideração. Tampouco esmagará
como rolo compressor os seus oponentes.
"Graças a Deus pelos meus inimigos", disse um amigo, certa vez, a R. H.
Wentland. "Eles têm me preservado de cometer muitos enganos". Meus amigos
permitem-me continuar equivocado, mas meus inimigos me dizem diretamente quão
néscio sou. Por isso digo: "Graças a Deus pelos meus inimigos".
Há uma única maneira de enfrentar oposição - com o espírito do Mestre.
Certamente isto não descarta a defesa de nossos pontos de vista com lógica e
vigor. O Senhor deu-nos um cérebro. Ele espera que o utilizemos. Reúna os seus
fatos e dados. Mas, ao apresentá-los e defendê-los, lembre-se de que Paulo
disse que deveríamos amar-nos "cordialmente uns aos outros" e ao mesmo tempo
com "espírito fervoroso". Não continue insistindo depois de perder o debate.
Se a oposição foi desleal ou pouco cristã, lembre-se que o Senhor pode e
cuidará daqueles que nos tratam injustamente. Não temos que tomar as coisas em
nossas próprias mãos.
"Estudai a história de José e Daniel. O Senhor não impediu as
maquinações dos homens que procuravam fazer-lhes mal; mas conduziu todos os
planos para o bem de seus servos, que no meio de provas e lutas mantiveram sua
fé e lealdade" (A Ciência do Bom Viver, p. 487).
O Deus de José e Daniel ainda vive. Hoje, Ele cuidará de seus líderes
com fez há muitos séculos.
Um Presidente Deve Mediar e Negociar
Talvez você já tenha servido a uma comissão quando dois membros ou duas
facções têm aparentemente pontos de vista irreconciliáveis. Ainda que o debate
se desenrole num plano elevado, não chega a um acordo até que seja desfeito o
impasse.
Muitas vezes o presidente possui a solução para estas situações
delicadas. Com a benção de Deus, deve perceber o caminho através do problema,
formulando perguntas, fazendo sugestões, pedindo ajuda de outros membros até
conseguir uma reconciliação dos pontos divergentes.
RRR
Quando LUDWIG ERHARD era Ministro da Economia na Alemanha Ocidental, deu
esta definição de uma transação: "É a arte de dividir um bolo de tal modo que
todos creiam que receberam o maior pedaço". (English Reader's Digest, May,
1959).
Talvez, como administradores cristãos, não podemos definir transação
como fez o ministro alemão, contudo, estaremos de acordo em que a solução de
uma disputa deve deixar satisfeitos a todos, ainda que isto não signifique
saltar de alegria.
Provavelmente a medição de diferenças provas a habilidade e paciência do
presidente mais do que qualquer outra coisa. Ele não pode tomar partido. Se
manifesta irritação ou tenta impor pela força, estará fadado ao fracasso.
quando a situação está crítica e caminha para a aspereza, nada ajuda tanto como
enviar um "Céugrama" ao Grande Mediador pedindo-lhe um rápido cumprimento de
Tiago 1:5: "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que
a todos dá liberalmente". Que alívio se experimente quando esta promessa é
cumprida e homens bons se ajuntam e avançam unidos uma vez mais!
"Sede vós também pacientes", (Tiago 5:8) disse tiago. O Senhor vos
ajudará a resolver as situações mais difíceis, capacitando-vos a glorificar o
Seu nome e a promover Seus interesses. Com a ajuda de Deus aprenda a abrir
caminho através dos desacordos da comissão.
Mesmo Um Presidente Pode Estar Errado
Os obreiros de um posto missionário estavam se debatendo na conveniência
de instalar uma bomba hidráulica para puxar água de um rio próximo.
O ex-diretor do posto, agora um líder numa posição superior na
organização, estava certo de que a bomba não iria servir.
"Se pudesse instalar uma bomba hidráulica com êxito", disse o ex-diretor
com absoluta segurança: "Eu já teria instalado".
O ex-diretor voltou para o seu escritório. Os irmãos do posto foram à
frente e instalaram a bomba. Ela funcionou perfeitamente. Um forte jorro de
água clara e fresca satisfez às necessidades do posto. Muitos anos depois, eu
mesmo usei desta água.
"E o que disse o ex-diretor quando ouviu acerca disto?" Perguntei.
SSS
"Oh, ele é uma boa pessoa", replicou o meu amigo. "Recebeu a notícia com
bom humor e se alegrou conosco porque o nosso problema de água ficou
resolvido".
Nem sempre podemos estar certos. É melhor não estar absolutamente
seguros de nós mesmos sobre alguns temas e situações. Decidir-se diante de
quinze ou vinte outros líderes não é uma experiência tão agradável para um
presidente. Podemos evitar esta experiência desagradável quando lembramos que
mesmo o mais elevado presidente pode ocasionalmente cometer erros.
Cooperar com as Praxes da Denominação
De acordo com as praxes denominacionais, os planos de construção devem
ser aprovados por uma comissão apropriada antes de começar o trabalho de
construção.
O presidente Live Wire conhecia esta orientação. Imagine a minha
surpresa quando certo dia recebi as plantas que me enviou e menos de menos de
uma semana depois uma fotografia do edifício terminado. Mas que rapidez! Ou
isto foi um passe de mágica? Num uma coisa nem outra, naturalmente.
Creio que as coisas devem ser feitas. Burocracia não leva a nada.
todavia, os líderes denominacionais estabeleceram normas para orientar projetos
de construções, baseadas em anos de experiência.
Volvi o olhar à fotografia novamente. Não estava bem centralizada. Isto
era também estranho, pois eu sabia que o irmão Wire era um exímio fotógrafo.
Pouco depois visitei o meu presidente amigo, e ele me mostrou o novo
edifício. Os carpinteiros e os pedreiros fizeram um bom trabalho. O edifício
tinha um apartamento que não estava incluído nos planos originais. Não era de
se admirar que a fotografia não tivesse bem centralizada! Quão melhor teria
sido se o pastor Wire tivesse seguido as normas e enviado os planos para serem
aprovados antes de iniciar o trabalho de construção!
Como presidente de comissões formadas em diferentes níveis, deveríamos
nos sentir normalmente obrigados a atacar as praxes denominacionais.
Cumprir as Deliberações da Sua Comissão
Não procurar frustrar a vontade de sua comissão mesmo quando há condição
de fazê-lo. Conheço um presidente que aprendeu esta lição de maneira dolorosa,
Em diversas ocasiões a sua comissão em peso votou contra um plano apresentado.
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Posteriormente, quando a maior parte de seus membros retornaram para os seus
lares, ele convocou os membros que viviam perto do escritório e aprovou os seus
planos de qualquer maneira. Você pode imaginar o que ocorreu quando teve que
enfrentar a reeleição.
Um presidente consciencioso cumpre as deliberações de sua comissão e o
faz num bom espírito, identificando-se com as resoluções tomadas.
"sinto que a comissão não viu luz e, aprovar o seu pedido". O presidente
Brown falava a um de seus obreiros. "Pessoalmente, eu estava a favor da reforma
de sua casa, como você pediu. Queria ajudá-lo. Mas os irmãos acharam que a
Associação já efetuou uma extensa reforma há quatro anos e que não deveriam
fazer nada agora. sinto muito, mas você sabe que devemos respeitar as decisões
dos irmãos".
Estas palavras não nos parecem familiares? Quem era o presidente Brow?
Pode ser você, todavia espero que não. Um líder responsável identifica-se com
as decisões de sua comissão e as apóia. ele compartilha dos resultados de
qualquer resolução, quer ela traga desapontamento ou alegria para as pessoas
afetadas.
Leve a cabo as deliberações de sua comissão, fielmente e com alegria.
Deus Dirige as Comissões
"É maravilhoso como o Senhor guia as comissões", dizia-me o pastor
Spicer, quando eu era pastor da sua igreja em Takoma Park. Que verdade! Nem
sempre votavam o que desejávamos, mas o passar do tempo, geralmente, revelava
que era o melhor que fizeram. Quão admiravelmente Deus prospera os planos
votados pelas comissões!
Um companheiro e eu pensávamos que o pastor Black deveria ser eleito
para um cargo administrativo. Suas qualificações e muitos anos de experiência
recomendavam sua promoção. Estava desimpedido. Pensávamos que ele tinha tudo
que o campo requeria. com efeito ele ela capaz, mas, não tinha o apoio da
comissão de nomeações. Eles queriam o pastor White!
Meu amigo e eu lutamos pelo que pensamos ser o melhor, porém, quando
contaram os votos, o pastor White foi eleito. Creia ou não, ele fez um
excelente trabalho. Quando penso nisto, agora (usualmente o nosso olhar
retrospectivo é melhor do que a nossa prospectiva), pergunto-me por que não
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apoiei o início o pastor White. Sim, é maravilho como o Senhor dirige os irmãos
quando eles seguem um curso diferente da que advogamos.
"Na multidão de conselheiros há segurança" (Prov. 11:14). Graças a Deus
por nossas comissões. Se servimos como presidente de mesas ou comissões, temos
uma grande responsabilidade. Que o Senhor nos ajude a sermos capazes e
magnânimos!
A mensageira do Senhor dá-nos este excelente conselho: "Em todas as
nossas reuniões de negócios,... queremos ter Jesus ao nosso lado como guia e
conselheiro... se fizessem mais orações verdadeiras, se mais considerações
solene a assuntos de valor, mudar-se-ia o tom de nossas reuniões de negócios,
tornando-se mais elevado" (Obreiros Evangélicos, p. 446).
VVV
CAPÍTULO VIII
VOCÊ SABE COMO FAZER PERGUNTAS?
" Projetas alguma coisa,
ele te sairá bem, e a luz
brilhará em teus caminhos"
(Jó 22:28).
A vida é composta de decisões. Nos as fazemos durante todo o dia. Que
vestirei? Aceitarei este convite? Comprarei laranjas ou maçãs? Alugaremos ou
construiremos? Algumas decisões devemos fazer imediatamente, outras podemos
postergá-las até termos tempo para estudá-las.
A vida eterna pode ser ganha ou perdida por decisões. "Num só momento,
podem, ser tomadas decisões que determinam o destino eterno (A Ciência do Bom
Viver, p. 510). A decisão de cultivar uma amizade pode determinar uma companhia
para toda a vida. O exemplo ou a influência da vida deste companheiro pode
muito determinar ou "fixar o destino pessoa".
Na causa de Deus os líderes devem fazer decisões - muitas a cada dia. Se
você tem medo de tomar decisões, não aceite uma posição de responsabilidade.
Uma pessoa não pode permanecer como um verdadeiro líder se sempre está passando
a responsabilidade para outro - fugindo às decisões.
"A causa de Deus requer homens capazes de ver rapidamente e agir
instantâneamente no momento certo e com poder", escreve a serva do Senhor. "Se
você espera medir cada dificuldade e pesar cada perplexidade, fará muito pouco"
(Testimonies, Vol. III, p. 497).
A palavra "decisão" significa "o ato de formar uma opinião ou de
decidir sob um curso de ação" (Webster's Third New International Dictionary). a
obra de Deus requer líderes que possuem esta habilidade.
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É mais excusável fazer alguma decisão errada, algumas vezes, do que
manter-se continuamente em posição dúbia, hesitante, às vezes inclinando numa
ou noutra direção" (Testimonies, Vol. III, p. 497).
Naturalmente você cometerá alguns erros - todos fazem. Porém, com a
ajuda de Deus você pode avançar, levando a responsabilidade, seja para bem ou
mal, do curso da ação escolhido.
Sem dúvida você conhece alguns princípios que ajudam a tomar decisões.
Aqui desejamos rever alguns deles.
Formular Bem Claro o Problema na Mente
Antes de fazer uma importante decisão, analisar bem o problema. Estar
seguro de que o compreende. Não seja perturbado no seu pensamento. Isto soa tão
simples que freqüentemente passamos por alto.
Orar Fervorosamente Por Sabedoria
O administrador cristão não tem que atuar por sua conta própria. Ele tem
acesso a uma sabedoria transcendente. "Se... algum de vós necessita de
sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente" (Tiago 1:5).
"Quando o que leva um fardo opressivo deseja sabedoria mais que
riquezas, poder, ou fama, não ficará desapontado. Tal pessoa aprenderá do
grande Mestre não somente o que fazer, mas como fazê-lo de maneira a alcançar a
divina aprovação" (Profetas e Reis, p.31).
Em 1961, vinte e nove obreiros, nos encontrávamos presos entre dois
exércitos que lutavam em Elisabethville, Katanga. Mesmo depois de sermos
miraculosamente libertados do imediato perigo, ficamos ainda em situação
precária. tínhamos que fazer uma decisão de vida ou morte. em tal circunstância
deve-se estar seguro de que o Senhor está dirigindo.
Ajoelhamos, pastor C. L. Torrey, Dr. M. H. Shaffner e eu, e buscamos a
sabedoria de Deus. Os canhões ribombavam ao redor. No meio da nossa oração
recebemos a resposta. Alguém bateu na porta. L. C. Robinsom, um de nossos
companheiros missionários, ali estava com a resposta de Deus. Significava
atravessar a terra-neutra para o aeroporto com o risco de cair numa emboscada.
Pois a única alternativa era permanecer onde estávamos e talvez sofrer uma
sorte pior do que a morte. Tínhamos cinco minutos para decidir. O Senhor que
enviou a resposta também nos impressionou a sair. Enquanto conduzimos o veículo
XXX
através da zona infestada de perigo, um grupo de anjos nos levava para um lugar
seguro. Quão preciosas são as promessas dos Céus! Deus nos concede não somente
sabedoria para tomar decisões, mas nos dá poder para levá-la a bom termo.
Quantos líderes cristãos necessitam do esclarecimento divino,
particularmente em momentos de dificuldades! Em que outra forma poderia Deus
guiar o povo? Se são poucos crentes numa igreja local ou milhares em níveis
elevados da organização, todos necessitamos da direção divina. Devemos orar
antes de fazer decisões importantes.
Reunir Todos os Fatos no Caso
W. R Vail conta uma história humorística de um condutor de trem. andando
através do vagão picotando as passagens, chegou uma passageira que tinha ao seu
lado um garoto de nove anos. A senhora deu-lhe um bilhete.
"Você também tem que pagar a do menino", informou-lhe bruscamente.
"Não, não vou pagar", replicou ela.
Discutiram por algum tempo.
"Mas ele é demasiado crescido para viajar sem passagem", insistiu o
condutor.
"Não posso fazer nada, mas não vou pagar por ele", replicou a mulher.
"Mas você terá que pagar! Qual é a idade deles?" Perguntou o homem.
"Não sei", respondeu a mulher. "Você tem que perguntar a ele. Eu nunca
ví esta criança antes!"
O condutor cometeu o mesmo erro que fazer alguns líderes. Fez uma
decisão apressada sem ter fatos na mão.
Não julgueis segundo a aparência, "disse Jesus quando os judeus O
acusaram de quebrar o Sábado, "mas pela reta justiça" (João 7:24).
Estava visitando os escritórios de uma certa missão alguns anos atrás,
quando um dos oficiais veio com um problema.
"Sabe pastor", disse, "nós acabamos de descobrir algo embaraçoso".
"Sim", repliquei. "O que foi?"
"Bem, faz alguns anos os irmãos queriam um pedaço deste terreno para
construir um escritório. Com este propósito tiraram alguns moradores do local.
Eles pensaram que as pessoas estavam tomando conta da nossa propriedade.
Construíram o escritório e agora descobri que meus predecessores edificaram uma
parte dos nossos escritórios na terra que são dessa pessoa e não nossa".
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Foi uma situação embaraçosa. alguns anos atrás, alguém tomou a decisão
errada porque não tinha todos os fatos. Seu sucesso agora estava enfrentando um
problema delicado. Afortunadamente, um funcionário compreensivo ajudou a
solucioná-lo.
Antes de fazer decisões importantes. Obtenha os fatos. Se a decisão
envolve finanças, consiga dados ou alguma outra pessoa entendida em negócios,
familiar com problema. Se o assunto é atinente ao programa de departamento,
fale com o seu diretor. "Na multidão de conselheiros há segurança" (Prov.
11:14).
Rudyard Kipling disse certa vez:
"Tenho seis honrados servidores.
(Ensinaram-me tudo que sei):
Seus nomes são Que, Por que, Quando, Como, Onde e Quem".
É bom que os líderes memorizem e utilizem estas palavras. Poderão salvá-
los de muitas dificuldades ao fazerem suas decisões.
Se você deseja manter seu elevado "quociente" de êxito, faça decisões
unicamente depois de possuir todos os fatos. Faça um bom uso dos "seis honrados
servidores" de Rudyard Kipling.
Escreva os Fatos e Estude-os Cuidadosamente
Pode aparecer um pouco raro, mas quando tenho de fazer uma importante
decisão - que não é urgente, gosto de anotar rodos os prós e contras em colunas
paralelas. algumas destas vantagens e desvantagens, naturalmente, têm pesos
diferentes.
Você pode ter seis vantagens contra dez desvantagens; mas as seis podem
pesar mais do que as dez. Considere o problema e pese os fatos levando em conta
toda a situação. Isto o habilitará a descartar os fatores irrelevantes e a
chegar ao ponto crucial do assunto.
Naturalmente você segue este procedimento somente quando envolvido num
grave assunto e há suficiente tempo. Seguramente isto ajudará a realizar a
decisão correta.
Confie na sua Experiência
Um homem com muitos anos de experiência tem uma grande vantagem em tomar
decisões. ele pode e deve examinar o passado. "Sim, quando estive em Chicago
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incorri neste mesmo problemas. como o resolvi? Saíram as coisas bem, então?
Como difere o meu problema aqui da situação de Chicago? O que deveria fazer de
forma diferente?
Algumas destas preocupações devem ser levadas por nós mesmos.
Num certo campo trabalhei com um colega que havia passado vários anos na
China. Quando os problemas se apresentarão nas comissões, já sabíamos que o
irmão Brown iniciaria suas observações dizendo: "Quando eu estava na China
fazíamos assim e assim".
Alguns membros da comissão se cansaram de ouvir falar acerca de como as
coisas eram feitas na China vinte anos atrás. Não estavam certos se havia algum
paralelo entre a China e o campo no qual estava servindo.
Não obstante esta experiência da China, você pode encontrar um paralelo
entre seu passado e a situação presente. Evite as ciladas em que você caiu nos
anos passados. Capitalize o seu passado, isto pode ajudá-lo a resolver os
problemas que enfrenta hoje, por suposto, sempre que o passado não esteja tão
remoto.
Experimente Um Plano Piloto
Um estudo feito pela Divisão Transafricana revelou que precisavam de
1.300 novas capelas. Isto constituia um tremendo problema que requeria
abarcantes decisões. A comissão da divisão estudo métodos que demonstraram
êxito em outros campos, como na América e nas Índias Ocidentais. Um programa de
edificação que envolvia a Divisão, a União, o campo local e a congregação num
plano de ajuda mútua.
Serviria este plano para a África? Antes de nos lançarmos impetuosamente
num programa de levantamento de fundos em 17 nações, limitamo-nos a estabelecer
um plano piloto. esta decisão de experimentar primeiro o nosso plano numa certa
área por um ou dois anos permitiu-nos descobrir fraquezas e fazer adaptações
necessárias antes de iniciar um programa que abarcasse toda a Divisão. O
resultado foi um programa eficaz de construção de capelas por toda a Divisão
Transafricana.
As vezes é aconselhável experimentar novos programas com um plano piloto
antes de decidir investir grandes somas de dinheiro e muito tempo em
realizações demasiadamente ambiciosas.
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Dormir Sobre o Assunto
Liderança eficiente requer decisões sem demora. Porém, alguns problemas
necessitam de tempo. Você precisa dormir sobre eles. Assuntos complicados com
extensas complicações requerem considerações e conselhos amadurecidos. Um líder
não perderá a confiança de seus irmãos se ocasionalmente pede tempo antes de
tomar uma decisão. "Irmão, este é um problema difícil" - você pode dizer.
"Permita-me algumas horas para pensar o orar acerca disto".
É impressionante como a oração, conselho e umas poucas horas de sono,
com freqüência, trazem várias facetas do problema. Depois, debaixo da
orientação do Espírito Santo, a Solução torna-se clara e fácil.
Discutir o Assunto Com alguém de Confiança
Certa feita quando era um jovem obreiro, recebi uma chamada telefônica
de um ministro idoso que tinha um cargo de responsabilidade em nosso campo.
"Você pode vir à estação por alguns minutos?" Dizia a voz no outro
extremo da linha. "Gostaria de conversar com você por um pouco tempo".
Quinze minutos depois achava-se na estação de trem, andando de um lado
pra o outro ao longo da plataforma ouvindo um problema que meu amigo estava
enfrentando. Falava todo o tempo. Eu não disse nada, somente ouvia. Que
sabedoria tinha eu para oferecer, para que pudesse resolver tão pesado assunto?
Depois de uma hora ou mais, meu preocupado amigo diminuiu o passo,
tornou-se para mim com um sorriso, levantou a sua mão e disse: "Muito obrigado
por ter vindo a estação. Ajudou-me muito conversar este assunto com você".
Falar deste problema comigo? Por que, se eu dificilmente dizia uma
palavra? Mas eu era um ouvinte em quem meu amigo podia confiar. Desabafou o seu
coração, falou tudo sobre o assunto, e isto o ajudou a colocar as coisas na sua
perspectiva correta e a vislumbrar a solução.
Sim, algumas vezes, falar sobre os problemas com um amigo ajuda. Mas
tenha certeza de que a pessoa com quem você fala é de confiança; do contrário,
você se achará em situações pior do que antes.
Se Você Não Está Seguro
No início deste capítulo mencionei nossa experiência em Elisabethville.
durante aqueles dias horríveis, os escritórios da União onde estávamos
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refugiamos encontravam-se no corredor de ataque dos exércitos das Nações Unidas
e de Katanga. Nossos edifícios eram alvejados por descargas de grandes canhões
e balas de metralhadoras. Estávamos no lugar mais perigos da cidade.
A missão Metodista, no outro lado da cidade, nos ofereceu refúgio. Mas
hesitamos em aceitar por várias razões. em, primeiro lugar, mover vinte e nove
homens, mulheres e crianças através da terra-de-ninguém, onde medravamn
soldados dispostos a disparar, era um risco. Mesmo a Cruz Vermelha hesitava em
empreender semelhante tarefa. ademais, os edifícios da Missão Metodista numa
área em que seriam atacados mais tarde. Tínhamos, também, todos os nossos
suprimentos e equipamentos no lugar onde nos encontrávamos.
Hesitamos por quatro horas. Alguns nos urgiam a correr o risco. Outros
estavam certos de que tal ação seria uma imprudência. Pelo telefone, um cônsul
nos aconselhou a sair a qualquer custo. Outro disse que não.
"Fiquem onde estão", ele insistiu. "Não cometem a loucura de correr o
risco de tentar sair".
"Vocês estão no pior lugar da cidade", insistiu o outro, Saiam
imediatamente!"
Nós, que tínhamos que fazer a decisão, éramos bombardeados por
conselhos. Porém, desafortunadamente nossos conselheiros davam-nos indicações
conflitantes.
Alguns de n;os, através dos anos, aprendemos que quando não se está
razoavelmente certo quanto à conduta a seguir, o melhor é não fazer nada.
Nós esperamos. Um dia ou pouco mais tarde descobrimos que fizemos o que
era certo, ficar. Mesmo que tivéssemos sido bem sucedidos através do perigo até
ao nosso destino, estaríamos em pior situação do que antes.
Se você está razoavelmente seguro de que certa decisão é a correta,
espere um pouco. Com o tempo, pode ser que o curso que você deve seguir se
torne claro.
Você é Responsável a Outros
Ao fazer decisões, os líderes Adventistas do Sétimo Dia deveriam se
lembrar que eles têm companheiros, mesas ou comissões a quem são responsáveis.
Não somos ditadores. Não agimos por conta própria. O dia de prestação de contas
chega. Devemos conservar claramente em conta os sentimentos e possíveis reações
CCCC
dos nossos colegas. Não importa quão elevada seja a nossa posição, é
conveniente que compartilhemos com os irmãos os nossos planos.
Aceite a Responsabilidade de Suas Decisões
Depois de ter feito uma decisão, seja homem e aceite a responsabilidade
pelo que vier. Se alguma coisa sair errado, não tente passar a culpa para
outros! Vamos enfrentar - todos cometemos erros. Quando seguimos o curso de
ação errada, o melhor é admití-lo. Então, com a ajuda de Deus e nossos
companheiros, podemos procurar recuperar a situação. Tanto o Senhor como os
irmãos são maravilhosamente compreensivos com os líderes que agem franca e
humildemente quando as coisas saem erradas.
Um líder que aceita o seu mandato de responsabilidade, que é humilde nas
realizações quando suas decisões provam ser sábias, que ;e caridoso com os
outros , quando decisões deles são equivocadas, geralmente verifica que ele
mesmo se torna objeto de compreensão quando comete erros.
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CAPÍTULO XI
VOCÊ PODE PROMOVER?
"Dize aos filhos de Israel
que marchem" (Êx. 14:15).
Pode ser que nasci com uma gota de sangue de atividade missionária nas
minhas veias. Por outro lado, pode ter sido somente uma aversão congênita por
apanhar groselhas espinhosas. De qualquer maneira, na tenra idade descobri
inconscientemente um dos princípios básicos da promoção: Se você oferece
incentivo suficiente, outros começarão a trabalhar intensamente e ajudarão a
fazer o trabalho, mas você tem que fazer o povo querer participar do programa.
Por alguma razão estranha conhecida unicamente aos pequenos meninos,
nunca tive muita vontade de colher groselhas, capinar carrapichos, ou cortar
grama nos dias quentes de verão. Minha antipatia por estes trabalhos em
particular era especialmente aguda quando os meninos da vizinhança se
ajuntavam, para jogar "beisebol".
Contudo, a vantagem estava do meu lado. Eu possuia quase todo o
equipamento de beisebol. Não podiam jogar sem minha bola, o bastão e as luvas
de pegar. Aqui é onde o instinto de promoção se fez evidente. Descobri que os
meus jovens amigos estavam dispostos a ajudar-me a cortar grama, capinar
carrapichos - sim, mesmo apanhar groselhas, quando eram estimulados pelo
incentivo de um jogo depois. eles me ajudavam a trabalhar porque realmente
queriam fazê-lo - o incentivo era suficientemente grande.
Poucos anos depois tive que enfrentar outro grande trabalho - alcançar o
meu primeiro lugar na recolta. Isto foi durante anos da depressão de 1930.
Começar o trabalho não era fácil. O povo não tinha muito dinheiro. Mas o
presidente da Associação insistia que todos (incluindo Robert Pierson)
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alcançassem seu alvo na Recolta. A tesouraria desesperadamente necessitava de
fundos. Nunca esquecerei daquela primeira reunião de obreiros.
O que eu sabia a respeito de Recolta? Minha única experiência foi
durante uma saída fita pelo colégio. Esse episódio desmoralizador ainda estava
recente na minha mente, Os organizadores da campanha evidentemente me
consideravam pouco prometedor e enviaram-me para o escritório mais pobre. Eu
estava à altura de suas expectativas. Apesar de ter feito o meu melhor e
trabalhado todo o meu território, voltei ao colégio muito tarde com a soma de
dez "cents" e uma lata de purê de maçã.
Esta inglória experiência anterior não confortou minha alma perturbada
enquanto estava assentado nessa primeira reunião de obreiros da Associação.
Além disso, pensava em todo o trabalho que tinha de fazer: ensinar na escola da
igreja, preparar um programa de rádio diariamente, atender duas igrejas
distantes 160 quilômetros uma da outra, e fazer conferências evangelísticas nos
domingos a noite. E agora deram-me um alvo de recolta. Que perspectiva para um
jovem pastor num dia de depressão!
De alguma maneira os dez "cents" de Tennessee e o purê de Maçã, os
carrapichos e groselhas de Iowa, se mesclaram para produzir um quadro sombrio.
Eu sabia, por minha experiência anterior, que não poderia fazer o trabalho
sozinho. Aqui é onde entram no drama as groselhas e os carrapichos.
Que alegria e benção são para a causa de Deus, os fiéis membros da
Igreja Adventista do Sétimo Deis - e particularmente, para um jovem e
inexperiente pastor e professor de Geórgia durante os dias de depressão. Os
Smiths, os Woodells, os Haywards, os Davises, os Kleins, e todos os outros -
que deus os abençoe. Nunca esquecerei como eles salvaram este pobre pregador de
uma desgraça ou talvez do esquecimento.
Esses membros das igrejas de Columbus e Albany queriam faze sua parte na
cruzada da Recolta. Querias, em primeiro lugar, porque amam o Senhor e se
alegravam em ver Sua obra avançar. Também queriam porque desejavam que seu
distrito fosse um exemplo de serviço para o resto da Associação. Além disto,
presumo ao olhar agora para o passado, que eles queriam apoiar este "jovem
pregador" que a Associação tinha enviado para trabalhar entre eles.
O resultado? Todos trabalharam com dedicação e entusiasmo e cumprimos o
alvo da Recolta em tempo recorde. Todos fizemos isto com amor.
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O ex-presidente Harry Truman disse certa vez que o desafio do mais
elevado posto da nação consistia em grande medida em ser um bom funcionário de
relações públicas. O presidente deve falar bondosa e persuasivamente àqueles
que o rodeiam e rogar ao povo que faça o que deve fazer sem que lhe seja
implorado. Não é tudo isto que a promoção cristã busca: persuadir o povo a
fazer o que deve ser feito sem ser persuadido?
Os membros da igreja devem querer fazer a vontade de Deus. Devem querer
participar de Sua obra. Não podemos forçar os nossos membros a participarem.
Não podemos coagí-los a distribuírem literatura, dar estudos bíblico e ganhar
almas. Não podemos empurrar a ninguém para alcançar o seu alvo da recolta ou
participar do programa de Dorcas. Não podemos compelir o povo a dar os seus
meios. Não devemos importunar e nem falhar. Devemos fazer com que os nossos
membros queiram fazer todas estas coisas.
Que povo do mundo tem os incentivos que os Adventistas do Sétimo Dia
têm? O amos a Cristo estimula à ação. Nosso regozijo consiste em agradar àquele
que nos amou e morreu para nos salvar. O Salvador, nosso Companheiro de todos
os dias, vive hoje e nos ajuda nas horas de necessidade. Ele é o nosso grande
Médico e maravilhoso provedor. Responde às nossas orações. Intercede por nós
nas cortes celestiais, e - gloriosa antecipação - verá breve como Rei dos reis!
Não deveriam estes pensamentos comover a nossa alma e fazer-nos zelosos
obreiros para Ele? Não deveria a mensagem do advento, tão cheia de amor, tão
carregada de urgência, constrange o povo de Deus a querer terminar a /sua obra
e apressar a Sua vinda?
Nosso problema, então, como líderes é saber como cooperar com o Senhor
na inspiração de nossos obreiros e membros a querer fazer o Seu trabalho. Há
certos princípios de promoção cristã que nos ajudarão e ao mesmo tempo farão a
"colheita das groselhas bravas" de certos trabalhos mais agradáveis. Vamos
agora estudar alguns deles.
Devemos Ter Um enfoque Espiritual
Nossa mesa estava discutindo os programas dos departamentos para os
sábados do calendário da igreja.
"Creio que deveríamos proteger cuidadosamente o culto das onze horas,
disse um orador, homem de vasta experiência. "Deveríamos utilizá-lo unicamente
para a pregação da Palavra".
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"Eu concordo, disse um outro. "algumas das promoções de nossas
atividades departamentais não são adequadas para uma atmosfera do culto que
deveria caracterizar a adoração divina".
Outros expressaram sentimentos semelhantes. Alguns discordaram.
Conservei-me ouvindo. Como ex-pastor de igreja compreendia o que estavam
falando. Também apreciava a reverência e a dignidade do culto, no Sábado de
manhã.
Também tinha sido líder departamental por vários anos, e qualquer coisa
que lançasse reflexo sobre esta importante faceta da obra do Senhor causava-me
ressentimento na alma.
"Certamente", acrescentei finalmente, "promover os programas
departamentais da igreja no Sábado pode ser de acordo com o espírito do culto e
reverência. Na verdade, este deveria ser nosso alvo".
Creio que a promoção dos departamentais pode e deve ser espiritual.
Individualmente ;é verdade que alguns tipos de promoção prejudicam a dignidade
do culto no Sábado de manhã. Contudo, poderiam ser feitas noutro dia em algum
outro lugar.
Como podemos, como obreiros e líderes da igreja, fazer nossas promoções
espirituais? Em primeiro lugar, nós mesmos deveríamos ser espirituais. como
disse Ellen G. White: "Precisais ser bons para que possais fazer o bem" (O
Maior Discurso de Cristo, p. 11). Aqueles a quem procuramos liderar e inspirar
devem sentir que temos estado com Jesus. Devemos ter certeza de que somos o que
desejamos que eles se tornem. Nossa conduta fora do púlpito dará poder para a
nossa promoção do púlpito. Nada como consistência estabelecerá a confiança em
nossa espiritual BONA FIDES.
A promoção não deveria ser incompatível com a espiritualidade.
Em alguns setores da organização, a palavra "promoção" tem adquirido uma
conotação negativa. Isto é lamentável. "Promoção" é uma boa palavra. Procede de
duas palavras latinas que significam "mover à frente". A obra de Deus nestes
últimos dias certamente necessita mover-se para frente.
Segundo Noah Webster, "promover" significa "contribuir para o
crescimento, ampliação, ou prosperidade de" qualquer projeto ou organização
(Webster's Third New International Dictionary). Que maior serviço poderia
qualquer obreiro ou líder da igreja prestar à causa de Deus do que contribuir
para o seu crescimento espiritual, o aumento de seus membros, e sua
HHHH
prosperidade financeira? Isto é exatamente o que deveria fazer a promoção
cristã adventista!
Agora, o que constitui uma promoção espiritual;?
Num Sábado de manhã assisti aos cultos em uma de nossas grandes igrejas
na Texas. Era o dia em que estavam lançando a campanha da Recolta.
Meu coração se incandesceu ao ouvir um pastor cheio de Espírito e um
dedicado líder missionário da igreja a encorajar um esforço. Durante o trabalho
missionário o líder apresentou os planos em forma entusiástica mas digna.
Quando terminou, cada membro sabia o que se esperava dele e como deveria
participar do plano geral.
O pastor pregou com poder um sermão que estimularia qualquer congregação
no Sábado de manhã. Descreveu de maneira interessante um quadro da obra
terminada. Seu apelo não deixou lugar para dúvidas que cada membro deveria
desempenhar uma parte importante no apressuramento daquele dia feliz. Convidou
a uma reconsagração espiritual para a cruzada que estava para iniciar.
Esses dois homens eram promotores espirituais. Sua espiritualizada
estava quase em harmonia com os elevados ideias do verdadeiro culto sabático.
Utilizaram um quadro de alvos, distribuíram materiais, e solicitaram a
participação dos membros; mas tudo feito descentemente e com ordem. Nada foi
apresentado de maneira leviana ou frívola. O serviço do culto elevou e desafiou
a congregação. Isto é verdadeiramente uma promoção espiritual.
De todas as campanhas de Recolta que dirigi, as duas mais curtas, mais
agradáveis e de maior êxito estavam entre as mais espirituais. em Belize,
Honduras Britânicas, e Georgetow, Grand Cayman Island, decidimos alcançar os
nossos alvos numa semana. Decidimos realizar uma semana de reavivamento durante
a semana da Recolta.
Recoltamos durante o dia. Á noite nos reuníamos na igreja. Depois de
quinze minutos ativos de ouvirmos experiências missionárias, de ajustar o
quadro de alvos, e distribuir prêmios, nos uníamos num reavivamento espiritual.
Logo retornávamos aos nossos lares, cansados, mas refrigerados espiritualmente.
Em ambos os lugares os alvos foram bem ultrapassados em tempo recorde. Promoção
e espiritualidade não precisam ser incompatíveis!
O objetivo da promoção cristã deveria ser para terminar a obra. que dia
será quando cada obreiro, líder da igreja, e membro captar esta visão! Que
comovedor o livro de Atos dos últimos dias, então, será escrito.
IIII
Com uma cuidadosa preparação e com oração podemos colocar a Deus em
primeiro lugar em todas as nossas promoções. Esta faceta de nosso ministério
terá poder porque estará dignificada, iluminada com santa entusiasmo. Então a
obra de Deus avançará e o Seu povo se regozijará na tarefa bem feita!
Devemos Desfiar e Fazer
"Muitos há quem Deus capacitou para fazer trabalho excelente, pouco
conseguem, porque pouco empreendem. Milhares passam esta vida como se não
tivessem alvo definido pelo qual viver, nem norma para alcançar" (Parábolas de
Jesus, p. 331).
O promotor cristão de êxito deve ser um líder de visão! Ele deve sonhar
e levá-los à realidade. Uma congregação raramente realiza mais do que seus
líderes crêem que pode. suas realizações para Cristo estão limitadas unicamente
por sua falta de fé no poder de Deus ou pelo triste espetáculo de um líder sem
visão.
Graças a Deus pelos que sonham,
por homens que se atrevem a beber
de mananciais mais elevados que
a fonte da aldeia,
Que sobem os agrestes cumes
para fazer uma pausa e pensar,
e contemplar a ampla paisagem
da montanha".
Depois de haver sonhado, e ter captado a nossa visão, devemos avançar
sem vacilar. O senhor que nos deu a visão nos capacitará para transformá-la em
uma realidade. Se é para levantar fundos, construir uma nova igreja, um
ambicioso programa de literatura, ou algum outro esforço desafiado de ganhar
almas, ou mesmo um formidável alvo de Recolta, seja o que for, ganharemos se o
encararmos com confiança em nosso Deus.
Não Pensar em Fracassos
Quando o valoroso promotor cristão amarra o seu carro a uma estrada, não
deve olhar para baixo. Fracasso é uma palavra que deve ser riscada do seu
JJJJ
dicionário. "Obreiros de Cristo nunca devem pensar, muito menos falar em
fracasso em sua obra" (Obreiros Evangélicos, p. 19).
Com muita freqüência entoamos uma andecha de derrota quando deveríamos
cantar um hino de vitória. "Não importa o que você tenha pensado que seja capaz
de fazer", alguém disse: "Você está certo". O líder não se atreve a pensar em
fracasso, muito menos falar sobre isto. Se queremos ser promotores espirituais
de êxito - se queremos edificar espiritualmente, aumentar numéricamente, e
prosperar financeiramente, nossa visão deve traduzir-se em uma serena confiança
e uma firme determinação para ter êxito em nossas empresas para Deus.
Faça a sua resolução de que com a ajuda de Deus você terá êxito. Paulo
disse: "Cada um tenha opinião bem definida em sua mente" (Rom. 14:5). Isto se
aplica aos assuntos de liderança bem como aos problemas de doutrina. Se você
crê no seu próprio programa, como você espera que os outros se entusiasmem com
ele? Ninguém gosta de participar do fracasso.
Não é presunção nem impiedade o estabelecer objetivos em plano elevado e
determinar, com a ajuda de Deus, ter êxito. Não podemos dizer como Paulo: "Tudo
posso Naquele que me fortalece?" (Fil. 4:13). É presunção determinar que, com a
graça de Deus iremos ganhar almas? Não disse o nosso Senhor: "Eu vos farei
pescadores de homens?"
Somos culpados de possuir excesso de confiança ou entusiasmo ímpio se
decidimos alcançar os nossos alvos da Recolta e ofertas da Escola Sabatina?
Depois de tudo, não declarou Deus que "a riqueza das nações virão a ter
contigo" (Is. 60:5) e nos acusa de roubá-lo se não trazemos liberalmente as
ofertas a Sua tesouraria?" (Mal. 3:8,9).
Planejamento Cuidadoso e Organização Completa
Ele foi chamado às pressas para fazer um trabalho especial. Quando o
colega obreiro apresentou o pastor Ezegoing, ele pediu desculpas por
interromper o programa do pastor para desincumbir-se de sua tarefa.
"Não precisa pedir desculpas", disse o honesto pregador quando ele se
levantou para falar. "Nunca planejo um programa regular. Quando começo o dia,
faço apenas o que o Espírito Induz-me a realizar!
Agora, creio ser guiado pelo Espírito, mas também creio que os líderes
deveriam planejar o seu trabalho e realizá-lo. Para dizer a verdade, não creio
KKKK
que é possível para um líder de igreja promover um programa de êxito de não
traçar os seus planos cuidadosamente.
"Plano é uma palavra pequena com grandes possibilidades. Tem sua origem
na palavra latina planus, que significa "liso" ou "nivelado". Geralmente, uma
coisa plana ou nivelada, ainda que se estenda por quilômetros, pode ser vista
desde o princípio até o fim. Os panos para a obra de Deus deveriam ser
igualmente claros.
Muitos líderes promissores da igreja falharam porque não tinham planos.
Diz a mensageira do Senhor: "Muitos jamais alcançarão uma posição superior...
devido a sua incerteza de propósito e frouxidão de hábitos" (Testimonies, vol.
IV, p. 411). O homem e a mulher que dirige uma igreja em um cruzada para Deus,
dependendo unicamente da inspiração do momento, está destinado ao fracasso.
Um promotor de êxito pensará com bastante antecipação nos detalhes de
seu programa. Ele estará preparado para as contingências e terá planos
alternativos. Tenho visto homens caírem logo dos seus objetivos, simplesmente
porque sua planificação não reconhecia a possibilidade de falhas da parte de
alguém. Enfermidades, troca de última hora, circunstâncias inevitáveis - estas
e outras emergências podem surgir e desmontar o melhor esquema traçado. É
sempre a mesma velha história: "Por falta de um emprego a ferradura se perdeu;
por falta de uma ferradura perdeu-se o cavalo, por falta de cavalo se perdeu o
cavaleiro, por falta de cavaleiro se perde a batalha; por falta de uma batalha
se perdeu o reino.
Portanto, vossos planos devem incluir substitutos para possíveis
ausentes e dispositivos adicionais para imprevistos. Quando se trata de
alcançar um alvo financeiro, trace planos para sobrepujá-lo confortavelmente.
Isto assegurará êxito a despeito de algumas emergências que possam surgir.
Alguém disse acertadamente: "Atire para as estrelas e você alcançará as copas
das árvores".
As pessoas, lugares, os procedimentos, os materiais, e o tempo - tudo
isto ;e importante. Lembre-se, um planejamento eficaz os levará decididamente
por um caminho de êxito na liderança da igreja. Se você está ocupado demais
para planejar, você está demasiado ocupado para promover.
Organize!
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Deve haver um ligar para cada um e cada um deve estar no seu lugar.
Homens e mulheres chaves devem ser designados para posições importantes, e
devem saber o que se espera deles. então, organize classes e encha a igreja de
grupos para os esforços missinoários. Em muitos casos os frutos menores
realizam mais do que os maiores. Nestes grupos coloquem-se obreiros fortes ao
lado dos menos fortes. Equilibrem-se as forças dos respectivos grupos na medida
do possível. Coloque um líder forte em cada grupo e proporcione-lhe um
secretário em caso de necessidade.
O planejamento cuidadoso de um programa também provê um começo dinâmico.
Em alguns casos isto pode ser um sermão bem espiritual por um pastor ou um
líder leigo designado, geralmente precedido por um programa missionário bem
preparado. Outras igrejas podem planejar um programa eficaz com a participação
de vários líderes leigos. Não importa que procedimento você siga, esteja certo
de que os planos traçados com cuidado e oração lhe permitam iniciar a campanha
com um programa cheio do Espírito e com muito interesse.
Manter o Programa Funcionando ao Máximo
Em 1964, Peter Snell, o campeão mundial da milha, de Nova Zelândia,
correu uma milha em menos de quatro minutos em Dursam, Sul da África. alguns
atletas logo que competiram com Snell saíram com a velocidade de um relâmpago.
Por pouca distância, um ou dois deles corriam na frente do campeão mundial.
Mas, quando alcançaram a metade do caminho estes que começaram bem foram
ficando cansados. Não puderam manter o exaustivo passo. Pouco a pouco foram
ficando atrás. Você já sabe quem ganhou! Naturalmente - o homem que não só
planejou a sua carreira, mas, também, desempenhou o seu plano.
você pode ter todo o seu plano bem estabelecido; você pode iniciar sua
campanha com ímpeto. Todavia, isto é sempre o início. alguém tem que manter o
programa funcionando plenamente até alcançar o alvo. Aqui estão algumas
sugestões para o êxito de um empreendimento:
Fazer o Programa Parecer Fácil
Faça o programa fácil - o alvo não é difícil para alcançar. Você e eu,
naturalmente, não somos atraídos ao trabalho difícil. Se a estrada à frente
parece longa e áspera, pensamos duas vezes antes de iniciar a viagem. Se alguma
MMMM
coisa parece fácil, muito bem, estamos dispostos a tentar. Não titubeamos em
pegar uma estrada bem pavimentada e mais curta que leve ao sucesso.
Na promoção pública e pessoa, portanto, convem minimizar as dificuldades
e as preocupações. Suprima as "dores" da "campanha" fazendo o programa
agradável e o alvo fácil de alcançar. Trace uma cruzada e não uma campanha.
Ofereça aos seus membros uma benção em vez de uma carga. O Salvador disse: "O
meu jugo é suave e o Meu fardo é leve".
Uma Palavra de Sincera Apreciação
Naturalmente, você não precisa expressar apreciação por trabalhos bem
executados. Você pode alcançar o seu alvo sem um simples agradecimento. Tenho
trabalhado com, homens cuja filosofia aparentemente lhes proibia expressar
aprecia;cão ou gratidão. Tais homens não são do tipo de líderes que inspiram e
desafiam a outros a realizarem grandes coisas para Deus.
Se alguém prestou um notável serviço, manifeste sua apreciação. Isto
animará a pessoa e a inspirará a fazer mais. Não aceite o trabalho dos outros
como obrigação. Poucas palavras de apreciação sincera não custam nada, e rendem
ricos dividendos. Não estou falando de adulação vulgar mas de elogio bem
merecido. Ajude a manter os obreiros felizes e o programa seguirá avante
suavemente.
É a Conclusão que Vale!
A parte mais emocionante de qualquer corrida é seu término. Observe a
multidão na tribuna principal saltando nos pés e gritando roucamente quando os
competidores entram no trecho final e lutam para alcançar a meta. Tudo o mais é
esquecido. Semelhantemente isto ocorre na carreira espiritual e na obra de
Deus. Como o apóstolo Paulo enfatizou, somente os que chegam alcançam a coroa.
E numa cruzada da igreja, somente tem valor um final vitorioso.
Termine Rapidamente. Nada diminui mais o interesse ou entusiasmo de um
grupo de obreiros com um programa demasiado longo. Os promotores eficazes sabem
que uma igreja espiritual e bem organizada pode levar a cabo em duas semanas a
quantidade de trabalho para o qual uma igreja pobremente organizada gastaria
dois meses. Às vezes as igrejas prolongam a campanha da Recolta e nunca
alcançam os seus alvos. Outras finalizam rapidamente. Uma liderança inspirada
estabelece a diferença.
NNNN
Terminar Completamente. Com isto quero dizer, alcançar o alvo por
completo. Não se satisfazer com menos. Alcançar plenamente o objetivo, e sair
para a segunda milha. Naturalmente, você entrará obstáculos e problemas. Por
certo será difícil! Mas que importa! Com Deus ao nosso lado, nos especializamos
no impossível. Não parar até você ter completado a sua tarefa plenamente.
Somente os líderes fracos não alcançaram os seus alvos. "O homem pode moldar as
circunstâncias, mas não deve permitir que as circunstâncias o moldem a ele.
Devemos aproveitá-las como instrumentos de trabalho" (A Ciência do Bom Viver,
p. 500).
Terminar Definitivamente. Não insista num programa depois de alcançado o
seu objetivo e cada um ter feito a sua parte. apresente um bom programa para
celebrar a vitória. fale palavras de apreciação. Entregue as coroas de vitória.
então, empenhe-se no próximo programa - calendário da igreja.
Deixar os seus membros querendo mais em vez de enfadados. Um pastor
amigo conhecia o segredo desta fórmula mágica. Os meninos de sua igreja
perguntavam ansiosamente: "Pastor, quando virá novamente a Recolta? Nós
gostamos de sair e ajudar. É tão divertido". Este pastor concluia rapidamente.
Terminava completamente. Acabava definitivamente. deixava os membros querendo
mais em vez de enfadados.
Como temos estudo estes princípios de promoção cristã, muito se tem
exercido acerca de atitudes, ajudas e enfoque. todas estas coisas são
importantes, mas não são as mais importantes. Quero enfatizar mais uma vez o
que já expressei no início: a conduta fora do púlpito proporcionará poder à
promoção que se faz no púlpito.
Todos os princípios de promoção que o mundo desenvolve até ao ponto de
excelência não podem substituir o poder do Espírito Santo em nossa vida. Esta é
a nossa maior necessidade: o reavivamento da primitiva piedade. Volvamos ao
Senhor de todo o nosso coração; então, e unicamente então, seremos a espécie de
promotores consagrados que Ele deseja que sejamos nesta última e mais
desafiadora hora!
OOOO
CAPÍTULO X
COMO VOCÊ DISTRIBUI O SEU TEMPO?
"Remindo o tempo" (Ef. 5:16).
A diferença entre os homens sábios e os nécios, ricos e pobres, santos e
pecadores, salvos e condenados, geralmente não se deve tanto à diferença em
circunstância e começo que tiveram da vida, como à diferença no emprego do seu
tempo. Uns o aproveitaram para o propósito que tinham em vista; outros o
desperdiçaram. Uns foram avarentos dos minutos; outros foram esbanjadores dos
dias, meses e anos" S. L. BRENGLE, The Sould Winner's Secret, p. 29).
Quando lí pela primeira vez esta declaração do Sr. Brengle, um oficial
do Exército da Salvação, pareceu-me forçada, mas meditando nela posteriormente,
comparando-a com a Palavra de Deus e o Espírito de Profecia, fiquei convencido.
A serva de Deus (Testimonies, Vol. IX, p. 38). Acrescenta: "O valor do
tempo sobrepuja todo cômputo". "Cristo considera precioso todo momento, e assim
devemos considerá-lo" O tempo não nos pertence. "Pertence a Deus". É um talento
que ele nos concedeu. Um dia teremos de dar contas a Deus como temos usado as
nossas horas e minutos. "De nenhum talento que nos concedeu requererá Ele mais
estrita conta do que nosso tempo" (Parábolas de Jesus, p. 342).
O Tempo Não Deve Ser Desperdiçado
"Faça o melhor uso do seu tempo" (Ef. 5:16), recomenda Paulo. Por que?
"Porque os dias são maus" (Ef. 5:16). Os Adventistas do Sétimo Dia poderiam
muito bem acrescentar: "Porque os dias são curtos - porque o tempo está quase
terminando e Jesus em breve voltará".
PPPP
"Não temos tempo para dissipar" (Parábolas de Jesus, p. 342). Então, a
mensageira do Senhor desafia com o pensamento prático. "Somente uma hora
perdida a cada dia, e quanto tempo perdido no curso de um ano!" (Testimonies,
Vol IV, p. 412). Estimulado por estas palavras inspiradas, fia um pouco de
contas. uma pessoa que dissipa ainda que vinte minutos cada dia está perdendo
uma grande parte da vida. Aproveitado esse minuto, uma pessoa que viva 70 anos
poderia realizar uma quantidade de coisas: Educação, domínio de uma língua
estrangeira, aprender a tocar algum instrumento musical, ou escrever alguns
livros. Pense, também, na leitura que alguém poderia fazer durante ,mais de
oito mil horas dissipadas - do prazer e desenvolvimento pessoal que se poderia
obter.
Fazer Melhor Uso do Tempo
Quantas vezes dizemos: "Gostaria de ter tempo para muitas coisas que
queria fazer". Às vezes temos, secretamente cobiçado as realizações dos outros
que sempre parecem ter tempo para fazer tanto.
Na realidade todos têm a mesma quantidade de tempo - vinte e quatro
horas por dia. Ao distribuir os dons, Deus os deu imparcialmente a todos -
ricos e pobres, cultos e iletrados. Compete a nós o decidir como usar os dias,
as horas, e os minutos - se os investimos sabiamente ou os dissipamos.
Alguém disse: "Nossos dias são como maletas idênticas - todas do mesmo
tamanho; mas algumas pessoas podem colocar mais coisas dentro.
"O tempo é um milagre diário. Você desperta de manhã, e que maravilha!
Sua bolsa é mágicamente cheia com vinte e quatro horas de tecido sem
manufaturar do universo da vida. Isto é seu. É a mais preciosa possessão.
Ninguém pode tirar de você, ninguém recebe mais ou menos do que você recebe. No
âmbito do tempo, não existe aristocracia de riqueza, nem aristocracia do
intelecto. O gênio não é recompensado nem por uma hora extra por dia" (The
Voice of Prophecy News; August, 1963).
Se cada momento fosse devidamente avaliado e empregado, do modo devido,
teríamos tempo para tudo que necessitamos para nós mesmos ou para o mundo" (A
Ciência do Bom Viver, p.208).
Que declaração! Então, nossa necessidade n!ao é mais tempo, senão
sabedoria para usar judiciosamente o que Deus nos concedeu. devemos aprender
como conservar os minutos que de outro modo poderiam ser desperdiçados em
QQQQ
atividades inúteis. "Aproveitem os momentos" (Parábolas de Jesus, p. 343). Se
cuidamos bem dos nossos momentos, as horas se cuidarão de si mesmas!
Desperdiça o dia - e a história se repetirá
Amanhã - e depois vai ainda piorar.
A indecisão sua própria demora causará
E o lamento sobre a perda irá se prolongar.
Estás disposto? Agarra pois este minuto -
Começa e logo te acharás entusiasmado
Pois verás a obre pronta e o trabalho completado.
- Goethe (Cheer, November, 1960).
Planeje Seu Tempo
"Tanto quanto possível é bom considerar o que deve ser realizado durante
o dia. Fazei um memorando dos diferentes deveres que aguardam a vossa atenção e
ponde de parte certo tempo para a realização de cada um deles. Faça-se tudo com
inteireza, correção e desenvoltura" (Orientação da Criança, pp. 124 e 125).
Se queremos utilizar o melhor possível de nossos dias, devemos planejá-
los. Ocasionalmente vemos pessoas que parecem realizar muito sem manifestar
tensão ou extenuação. Anos atrás conheci um homem assim. Levava uma grande
responsabilidade na igreja. Fazia uma enorme quantidade de trabalho.
cosntantemente era solicitado como orador nas reuniões de obreiros, formaturas,
dedicações de igrejas, e outros serviços especiais. Ao eu entrar no seu
escritório, saudava-me cordialmente e parecia que tinha muito tempo para falar
comigo.
- Como você consegue isto? Perguntei-lhe um dia.
- Consegue o que? Replicou um pouco surpreso.
- Como você pode realizar tanto trabalho sem se desgastar e nunca ficar
debaixo de pressão? Qual é o seu segredo? Gostaria de saber.
Meu amigo se deteve em reflexão.
- "Não sei se há algum segredo em particular", ele murmurou. "Eu procuro
planejar o meu trabalho e utilizo até o último minuto".
Suficiente. Aprendi o seu "segredo".
"É dever de todo cristão adotar hábitos de ordem, perfeição e presteza"
(Parábolas de Jesus, p. 344).
RRRR
Nosso dever? sim, isto é o que ela disse - "Adotar hábitos de ordem,
perfeição e presteza".
Um líder sábio não se limita simplesmente durante todo o dia a estar
atento a qualquer problema que surge. Cuidadosamente planeja seu programa. Faz
uma lista de várias coisas que deseja realizar durante o dia. "Faz um
memorando", escreveu a irmã Ellen White (Filhos e Filhas de Deus, p. 114).
Marcar estes vários ítens um por um, à medida que são completados, proporciona
uma sensação de realização.
"Com tino e método alguns conseguirão em cinco horas o mesmo trabalho
que outros em dez" (Parábolas de Jesus, p. 344).
Usar Todos Minuto Possível
"Compre suas oportunidades", (Ef. 5:16 - Weymonth) escreveu o apóstolo
Paulo aos crentes de Éfeso. "Faça o melhor uso do seu tempo". J. B. Phillips
traduziu este mesmo verso. Por anos muitos de nós temos lido a King James
Version - Remindo o tempo". Qualquer versão que você preferir, o significado é
o mesmo. Deus espera que façamos o melhor uso possível de cada minuto se
queremos realizar o plano que o Céu tem para nós.
"Alguns minutos aqui e outros ali, que poderiam ser dissipados em
conversas inúteis; as horas matutinas tantas vezes desperdiçadas no leito; o
tempo gasto em viagem de bonde, ou espera pelas refeições, de espera pelos que
são impontuais. Se tivesse um livro à mão, e estes retalhos de tempo fossem
empregados estudando, lendo ou meditando, que não poderia ser conseguido!"
(Parábola de Jesus, p. 343 e 344).
Um líder na Associação Geral disse-me recentemente que a maior parte de
seus escritos (e são muitos) são feitos voando de um país para outro ou
esperando os aviões.
"Corrigi a maior parte do meu livro enquanto voava de Washington para a
cidade onde tinha um compromisso; no passado quando viajávamos de navio, era
possível escrever mais do que agora, quando se viaja de avião".
Seria menos fastidioso para este meus amigo seguir o normal, perdendo os
seus preciosos minutos ou horas lendo jornais, revistas, ou observando as
pessoas que vão e vêm pelo aeroporto. Mas faz muitos anos que este líder da
Associação Geral aprendeu a utilizar cada momento da melhor maneiro possível.
SSSS
Você e eu podemos imitá-lo com proveito. Podemos planejar nossos trabalhos,
preparar nossos sermões e melhorar nossa mente durante estas horas, que de
outro modo desperdiçadas.
Todo líder em potencial deveria aprender a "usar toda oportunidade que
se apresenta em toda a sua capacidade" (Col. 4:5).
Dedicar-se Diligentemente
Certa vez observava um grupo de presos trabalhando no aeroporto de
Salisbury, Rodésia. era evidente que realizavam um "trabalho forçado". No passo
que trabalhavam, demorariam meses para concluir o que faziam. Não punham no
trabalho nem o coração e nem os seus músculos.
Todavia, nenhum de nós somos presos, mas podemos cair no mesmo erro ao
fazer nosso trabalho indiferentemente. O bom Livro diz: "Tudo quanto te vier à
mão para fazer. faze-o conforme as tuas forças" (Ecl. 9:10).
O apóstolo Paulo destaca um aspecto importante numa liderança de êxito
quando nos lembra: "Sêde fervorosos no espírito" (Rom. 12:11). eu gosto da
tradução destas palavras que fazem a New English Bible e Dr. Weymouth: Devemos
trabalhar "com energia incansável e ardor de espírito". "Tende o vosso espírito
aceso". que forma admirável e oportuna de expressar a diligente aplicação ao
dever! Devemos dedicar-nos com "energia incansável" ou com "espírito aceso".
"Não h;a desculpas para a morosidade e imperfeição em trabalho de
qualquer natureza" (Parábolas de Jesus, p. 344). Em continuação a serva do
Senhor faz uma descrição de pessoas que fazem trabalho mal feito e prescreve o
remédio para este defeito: "Por causa de suas maneiras morosas e lerdas fazem
do pouco trabalho muito. Mas quantos quiserem podem vencer estes hábitos falhos
e lentos. Devem ter um escopo definido em sua ocupação" (Parábolas de Jesus, p.
344).
Agora notemos este conselho, especialmente práticos para os líderes:
"Decidam quanto tempo requer certo trabalho, e então se esforcem para executá-
lo no dado tempo. O exercício da força de vontade tornará as mãos mais
expeditas" (Idem, p. 344).
Esses Momentos áureos
Gostaria de que alguém pusesse um pedaço de ouro nas suas mãos cada vez
que você esperasse um avião, um trem ou um ônibus? Muitos se tornariam
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rapidamente ricos. Mas na realidade isto é o que está ocorrendo conosco. A
mensageira do Senhor disse: "Cada momento é ouro" (Testimonies, Vol. IX, p.
117). Esses momentos, esses minutos, essas horas que gastamos esperando -
esperando transportes, esperando a chegada de alguém, ou esperando por qualquer
outra razão - podem ser de ouro puro para nós, se tão somente os aproveitarmos.
Alguém já calculou que cada pessoa gasta pelo menos um ano de sua vida
esperando. Pense nisto - 8.760 horas, 525.600 minutos que nos pertencem para o
nosso aperfeiçoamento. Quantos livros poderíamos ler! Quantos sermões
poderíamos preparar! Quantos artigos poderíamos escrever - quanto mais
poderíamos fazer se tão somente utilizássemos proveitosamente esses momentos de
ouro!
Na próxima vez que você for ao aeroporto, à estação ferroviária, leve
com você um bom livro.
Utilize Essas Horas Produtivas
Nós podemos aproveitar muitas horas cada ano se fazemos as nossas
tarefas mais difíceis durante as horas mais produtivas. A maior parte das
pessoas se sente mais criadora, mais alerta bem cedo de manhã. Capitalize esta
vantagem.
"Se o ferro está embotado e não afia o corte", disse o pregador, "é
preciso redobrar a força" (Ecles. 10:10).
Perdemos tempoº tentando resolver problemas difíceis ou fazendo trabalho
criativo quando nosso cérebro está cansado. Se já não formamos o hábito de no
dedicarmos à tarefa mais difícil do dia nas primeiras horas da manhã, tentemos
fazê-lo. As tarefas de botina mais tarde.
Reserve Um Pouco de Tempo
Você necessita alguma coisa da cidade. Não sabe onde pode encontrá-la.
Assim, você pega o carro, corre para a cidade e vai procurando de loja em loja.
Porém, isto requer tempo - tempo que deveria ser poupado para outras coisas.
Por que não fazer algumas chamadas telefônicas antes de sair? Pelo menos assim
elimina certas lojas que não trabalham com estes itens ou não os têm em
estoque.
UUUU
Esta sugestão é só uma dentre as incontáveis maneiras em que um líder
ocupado pode economizar tempo. Qualquer obreiro pode descobrir recursos para
poupar tempo que sejam mais adequados em seu caso particular.
Conheço um obreiro que tem dois exemplares de certos livros que utiliza
com freqüência, um na sua biblioteca em casa e outro no seu escritório. Deste
modo, quando aparece a oportunidade de utilizá-lo, não perde tempo de buscá-lo
ou com o desejo de tê-lo em mãos. Outros obreiros, similarmente, poderiam ter
duplicidade de ferramentas, de instrumentos e equipamentos em lugares
convenientes, e deste modo economizariam muitas horas cada mês.
Um simples item de equipamento que tem me poupado mais horas do que
qualquer outra coisa é um bem organizado sistema de arquivo. Anos atrás, quando
era um jovem presidente na Índia do Sul, os obreiros vinham a mim com
freqüência em busca de materiais para sermões. Nestes casos, passava uma hora
ou mais pesquisando no meu arquivo mal organizado, textos, citações do Espírito
de Profecia, ilustrações e outros materiais relevantes. Estes materiais
colocava num envelope e entregava aos obreiros.
Este procedimento era um bom trabalho missionário, todavia, consumia
muito tempo. Decidi poupar estas horas arquivando o material permanentemente em
envelopes que estariam à disposição para passar à mão dos obreiros a qualquer
tempo. Assim, um sistema foi criado, e através dos anos se desenvolveu num
arquivo extensivo com envelopes e fichas e referências indicativas que não
somente têm poupado horas, senão meses durante o último quarto de século.
Enquanto trabalhava na rádio da cidade de Nova Yorque de 1943 a 1944,
tinha que preparar um sermão de 2.500 palavras todos os dias, exceto aos
sábados. Além disso, tinha que responder à correspondência e cuidar de outros
trabalhos relacionados com a radiofusão. Isto foi possível unicamente com a
ajuda de um bom e organizado sistema de arquivo com cerca de setecentos
assuntos facilmente à mão. Um bom sistema de arquivo para um líder é um dever.
Um líder também pode economizar fazendo duas coisas de uma vez. Parece
estranho? Você faz isto todos os dias. Você ouve as noticias enquanto toma o
desjejum ou o almoço. Resolve um problema ou compõe um poema enquanto você faz
a barba.
Todo obreiro necessita com freqüência de certos números de telefone,
endereços, datas e outros dados. Mantenha estas informações em lugar facilmente
acessível. Isto poupa horas e muitas frustrações.
VVVV
Provavelmente você nunca trancou seu carro com a chave dentro, mas eu já
o fiz. Já me ocorreu isto mais de uma ocasião, quando saí apressadamente do meu
carro para atender um compromisso. Ao voltar achei todas as portas trancadas,
as janelas fechadas e as chaves dentro do carro. Perdi minutos, talvez horas,
tentando abrir a porta do carro com arame ou chamar um mecânico. Ter uma chave
extra guardada secretamente no carro ou na carteira poupa muito tempo e
exasperação.
Ter chaves extras de casa ou escritório pode ajudar a economizar minutos
e horas para outros projetos mais úteis do que esperar, buscar e afligir.
Remir Tempo
Paulo apela aos crentes de Éfeso para "remir o tempo". Comentando estas
palavras, Ellen G. White escreve: "Somos advertidos a remir o tempo. O tempo
esbanjado nunca poderá ser recuperado, porém, não podemos fazer voltar atrás
nem sequer um momento. A única maneira de podermos remir nosso tempo consiste
em utilizar o melhor possível o que nos resta" (Parábolas de Jesus, p. 342).
O dia de ontem se foi para sempre. Graças a Deus, temos hoje a promessa
do amanhã. Vamos usar da melhor forma possível todos os minutos que o Céu nos
tem dado e que ainda são nossos.
"Aproveitai vosso tempo e vosso tempo vos aperfeiçoará", exorta um autor
desconhecido. "Deus proporciona oportunidade", a serva do Senhor disse: "o
êxito depende do uso que dele fazemos" (testimonies, Vol. V, p. 321). Como se
quisesse deixar-nos uma mostra condensada do seu conselho sobre este assunto
importante, ela escreveu: "No uso do tempo... volva cada cristão para Deus em
busca de guia" (A Ciência do Bom Viver, p. 208).
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CAPÍTULO XI
COMO MANTER CORRESPONDÊNCIA EFICAZ E CORDIAL?
"Repito aqui o que já outrora vos
dissemos" (Gál. 1:9).
Sua face estava corada. Sua voz trêmula. Estava completamente alterado.
Ele me confirmou. Tudo era por causa de uma carta que havia recebido de um dos
presidentes de associação. Dizia respeito a dinheiro. Ele se sentia tratado
injustamente. Por isto pedia justiça.
Várias semanas mais tarde encontrei-o novamente. Ele se desmanchava em
sorrisos. Neste ínterim havia recebido uma carta de um outro presidente da
mesma associação. Tratava-se do mesmo problema, mas explicava a situação com
maneira bondosa e cristã. Descobriu que afinal, não foi tratado injustamente.
Tudo estava acertado.
O que fez a diferença? Um líder de associação aprendeu a maneira de
manter uma correspondência eficaz e cordial, o outro não.
Escrever cartas é algo importante. Vinte e um dos vinte e sete livros
do Novo Testamento são epístolas, escritas a indivíduos ou a grupos de igrejas.
O Velho Testamento também menciona numerosas cartas. Algumas dessas cartas
trouxeram perplexidades e problemas ao povo de Deus, tais como as de Assuero
nos dias de Ester (Ester 1 a 3). Outras cartas deram ímpeto à obra de Deus,
como as que foram escritas pelo rei Artaxerxes e diversas autoridades nos dias
de Neemias (Neem 2).
Senaqueribe escreveu cartas desaforadas "para blasfemar do Senhor Deus
de Israel" (II Cron. 32:17). O apóstolo Paulo escreve cartas cheias de amor e
conselho, encorajando e desafiando aos coobreiros e as igrejas primitivas. Por
XXXX
bem ou por mal as cartas d Bíblia provocaram um tremendo impacto sobre a obra
de Deus naquele tempo.
As cartas também desempenham um papel importante no programa mundial da
igreja remanescente. A espiritualidade da igreja, o progresso da obra, a
solução dos problemas, o ânimo dos obreiros, tudo é vitalmente afetado pela
correspondência dos líderes da igreja. Nos países onde as distâncias são
grandes, orçamentos limitados, e contatos escassos, as cartas constituem um
fator especial no desenvolvimento do programa da igreja. É importante, então,
que nós como líderes cristãos saibamos como escrever cartas que as estimulem e
inspirem.
Cartas Aterradoras
O apóstolo Paulo fala de "cartas aterradas", de coisas escritas por
"alguém que os assusta pelas cartas que escreve" (II Cor. 10:9 - Phillips e
NEB). O pastor João recebia cartas com freqüência deste jaez. Calhou de receber
uma destas quando o presidente da União estava visitando o seu lar. Era somente
uma carta, e o pastor a jogou de lado sem abrí-la, com uma expressão de
desgosto.
"Eu sei o se conteúdo antes de abrí-la", explicou o jovem pregador.
O líder de mais idade o olhou surpreendido.
"É do presidente da minha Associação", continuou o irmão João. "Sempre
tremo antes de abrir suas cartas, porque sei antecipadamente que deve haver uma
reprovação por alguma coisa que não fiz correto!"
Alguns anos atrás participava da comissão de nomeações de uma
associação. Os líderes da Associação estavam para ser reeleito. A consideração
do nome do tesoureiro provocou reação imediata. Um destacado membro leigo foi o
primeiro a falar.
"Quando recebo cartas desse homem, me faz o sangue ferver", disse
procurando controlar suas emoções. "Sempre sinto vontade de ir ao escritório da
Associação e dizer-lhe algumas coisas".
Quão desagradável é que homens que esperam a breve volta de Jesus
escrevam cartas "aterradoras" - cartas que provocam temor ou despertam reações
violentas no coração dos obreiros. Afortunadamente são comparativamente poucos
que escrevem tais cartas da espécie que o pastor Ntizakwira gostaria de
receber.
YYYY
"Nós as Recebemos Coma as Mãos Abertas
O pastor Ntizakwira foi durante muitos anos departamental em Ruanda,
África Central. Uma vez li uma resposta que ele enviou a uma carta recebida do
diretor de publicações de sua União. Isto fez bem ao meu coração.
"Suas cartas acendem fogo em nosso coração", escreveu o pastor. "Nós as
recebemos com as mãos estendidas".
Um africano manifesta sua apreciação por uma dádiva que está para
receber estendendo não só uma das mãos, mas as duas. Tenho visto pais
castigarem uma criança por estender somente uma das mãos. Isto não é
considerado bons modos, não revela apreciação.
Uma carta recebida "com as duas mãos estendidas" é uma carta benvindo,
profundamente apreciada. Esse diretor de publicações sabia como escrever. Suas
cartas "acendiam o fogo" no coração dos afortunados destinatários. Inspiravam
as pessoas a serem melhores. Deus abençoe a estes escritores de cartas. São
provedores de boa vontade e unidade cristã.
Provavelmente você fez o mesmo com sua correspondência. Quando as cartas
estão sobre a minha escrivaninha, dou uma olhadela apressuradamente,
verificando de quem elas são. Algumas as leio primeiro, invariavelmente. Sei
que sua tonalidade espiritual me infundirá coragem e inspiração. Falam das
bençãos do Senhor, de problemas resolvidos através da orientação divina. Estas
cartas aquecem meu coração. Eu as recebo "com as duas mãos estendidas".
O pastor APaulo recebia cartas como estas de seu presidente. Suas
mensagens ajustadoras motivaram esta réplica: "Não desejamos que saiba que
apreciamos muito o seu interesse pessoas em nosso trabalho e em nossos
problemas. Sempre esperamos suas cartas. Elas encorajam o nosso coração e
fortalecem nossa fé".
Outro obreiro, que estava passando por uma experiência difícil. assim
escreveu ao seu líder: "Aquele pequeno parágrafo pessoal no fim de sua carta
escrita do próprio punho significou muito para mim. Durante este tempo de
angústia mental às vezes sentia que não podia continuar mais. Deus tem
abençoado suas cartas de encorajamento. Se pequeno pós-escrito foi
especialmente útil. Há luz à frente. Creio descortinar o meu caminho futuro!
Obrigado novamente por seu interesse, suas orações e suas cartas!"
ZZZZ
Noventa segundos empregados em escrever um pós-escrito com uma umedecida
no amor e compreensão - pode trazer esperança e coragem para quem o lê. E isto
não custa nada, senão um pouco de consideração.
Da palavra de Deus, da pena da mensageira do Senhor, e de outras fontes
dignas podemos aprender princípios úteis e práticos em escrever cartas cristãs.
Como Se Sentirá Seu Correspondente?
Uma coisa é assentar-se e falar com uma pessoa face a face. Outra muito
diferente é escrever. Durante um contato direto é possível aferir a intensidade
das observações por expressões faciais, tonalidades da voz, pelo cintilar dos
olhos, mesmo pela cor da face. Você pode saber o momento, tirar o bicarbonato e
começar a colocar mel, um pouco de sal, ou diluir pimenta. Reações emocionais
revelam quando aplicar o bálsamo curador. É mais fácil administrar um
medicamento amargo pessoalmente do que fazê-lo às escuras mediante uma carta.
Quando você escreve uma carta, pergunta a si mesmo: "Se eu tivesse de
receber essa carta que me proponho a escrever, como me sentiria? "Assentei-me
no meio deles" (Ezeq. 3:15), como diria o profeta Ezequiel. Procure imaginar
suas possíveis reações para com as suas próprias cartas. Tente entrar nos
sentimentos dos seus correspondentes. Ele pode ter começado o dia com uma forte
dor-de-cabeça ou distúrbio estomacal. Pode ter recebido uma notícia
perturbadora. Um problema difícil, pode ter ocorrido justamente antes da
chegada de sua carta.
Se você leva em consideração estes fatores e possibilidades, redigirá
sua carta "problema" de modo a encorajar em vez de ofender. Umas poucas
palavras bem escolhidas serão boa segurança contra a depressão ou provocação.
Em religião, isto é uma regra de ouro. Nunca se deveria dizer: "Se a
vossa alma estivesse em lugar da minha" (Jó 16:4), você não teria escrito como
o fez.
Encha as Suas Cartas de Coragem
O pastor Ezequiel e sua família viviam numa área turbulenta da África.
Durante meses ele tinha sido objeto de ameaças veladas e diretas. Seus jardins
foram danificados. Tribos hostis apedrejaram sua casa, destruíram as janelas.
Roubaram ou mataram suas cabras e o gado. As vezes o pastor sentia que não
poderia continuar no seu trabalho.
AAAAA
"Então, justamente quando me sentia profundamente desencorajado", disse-
me posteriormente, "um de meus irmãos escreveu-me uma carta animadora, cheia
das promessas de Deus". Meu ânimo foi reavivado, minha fé fortalecida. O Senhor
capacitou-me a continuar. Umas poucas palavras de encorajamento me ajudaram
tanto!"
A África não é o único lugar onde se necessita de cartas cheias de
encorajamento. Em todas as partes do mundo os obreiros enfrentam problemas e
frustrações. Em algum momento, o negro espectro do desânimo se abate sobre
todos. Necessitamos de ajuda e encorajamento. É um privilégio de um líder
escrever "palavras... que transmitem graça aos que ouvem" (Ef. 4:29). Escreva
assim.
O apóstolo Paulo diz como fazer isto. "Dou graças a Deus", escreve ao
jovem Timóteo, "Sem cessar me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia" (II
Tim. 1:3). Paulo freqüentemente dizia a seus membros e obreiros que estava
orando por eles. O idoso apóstolo sabia o que todo verdadeiro líder cristão
sabe: que traz coragem aos obreiros em dificuldades saber que seus líderes
estão orando por eles.
Os líderes, também, são fortalecidos pelas orações de seus obreiros e
membros. Durante uma comissão difícil, uma carta foi colocada sobre a minha
escrivaninha. Era de um professor de uma de nossas escolas missionárias.
"Estimado pastor Pierson", dizia: "Senti-me impressionado a escrever-lhe
algumas palavras de conforto e encorajamento. sabemos que durante as reuniões
das comissões da Divisão, os irmãos enfrentaram muitos problemas complexos.
Quero assegurar-lhe que em nossas orações estamos nos lembrando do senhor e dos
demais irmãos da divisão. Asseguramo-lhe o nosso apoio leal em tudo o que
fizer. Que Deus abençoe a todos". Esta carta trouxe conforto e ânimo ao meu
coração.
"Somos demasiado indiferentes para com os outros. Esquecemos muitas
vezes que nossos companheiros de trabalho têm necessidade de força e animação.
Tende o cuidado de lhes assegurar nosso interesse e simpatia. Ajudai-os pela
oração, e fazei-lhes saber que orais por eles" (A Ciência do Bom Viver, p.
492).
Devemos encher as nossas cartas de ânimo!
Escreva Cartas Corteses
BBBBB
"Digo o que penso. Creio em dizer as coisas diretamente!" Com essas
palavras certa pessoa expressou seu ponto de vista. "Quando escrevo não meço
minhas palavras. Sou franco. Não gosto desse negócio de ficar fazendo rodeios!"
Ele realmente era franco. Escrevia justamente esse tipo de cartas. Eu vi
algumas delas. Indivíduos feridos que recebiam sua epístola aterradoras não
tinham dúvidas quanto ao que queria o autor. As cartas eram diretas, cortantes
e cruéis. A franqueza de que se jactanciava não era outra coisa senão aspereza
doentia disfarçada. Tal sarcasmo e clareza inepta não têm na correspondência de
um líder cristão.
"O cristianismo torna as pessoas educadas", nos relembra a serva do
Senhor (A Ciência do Bom Viver, p. 489). A correspondência de um líder deveria
refletir seu relacionamento com o Senhor. Se não, uma obra de graça ainda
necessita ser operada na sua vida.
A cortesia proporciona uma resposta branda que aplaca a ira. A cortesia
esfria os ânimos e proporciona um bálsamo que cura. A cortesia assegura aos
nossos correspondentes que nada é tão difícil se unicamente estamos disposto a
serví-los. A cortesia inspira a comunhão dos santos e edifica relações
afetuosas e cordiais entre os obreiros.
A cortesia habilita alguém a dizer não sem causar ofensa, discordar sem
ser desagradável. A cortesia comum leva o líder a explicar por que ele tem de
dizer não, por que está em desacordo com o ponto de vista do seu
correspondente. Tal cortesia tira o mal-estar do desapontamento. Suprime as
dúvidas e as suspeitas. Promove o respeito.
"Cortesia, clareza e bondade - são os elementos básicos de suas relações
públicas, sejam suas comunicações escritas ou faladas" (?E. C. Tarr, in G. C.
Pulic Relatious Digest, Janeiro, 1963).
Estreita os Laços de Amizade Cristã
"Cartas como as que você envia ao meu escritório servem como um
verdadeiro tônico", escreveu um líder departamental ao seu administrador. "Não
seria admirável se todos tomássemos tempo de nossas diversas atividades para
escrever cartas de encorajamento, ocasionalmente, aos obreiros? Isto pode ser
uma novidade chocante para você, mas em dez anos não recebi uma carta de
apreciação dos meus irmãos departamentais da organização superior".
CCCCC
Escrevendo às primeiras igrejas cristãs, o apóstolo Paulo procurou unir
os membros ao Senhor. "Dou graças a meu Deus... no tocante a todos vós" (Rom.
1:18), escreveu aos crentes de Roma. "Desejo ver-vos" (Rom. 1:14), assegurou-
lhes. "Saudai igualmente a igreja que se reune na casa deles" (Rom. 16:5).
"Damos sempre graças a Deus por todos vós" (I Tess. 1:2), escreveu aos
tessalonicenses e aos demais. Seu grande coração de amor se estendia aos
crentes de todas as igrejas.
Expressões de cálida amizade unem os corações do século vinte. Por que
não surpreender e reconfortar alguma alma cansada e abatida com algumas
palavras "paulinas", na próxima vez que você escrever?
Cuidar das Atitudes que Destroem as Cartas
Cartas Sarcásticas
Um líder disse-me certa vez que a única instrução que deu a uma nova
secretária era que nunca deveria permitir um traço de sarcasmo deslizar sobre
suas cartas. "Se, em meu apertado programa, ditar alguma coisa numa tonalidade
sarcástica, esteja certa de reescrever meu pensamento", disse ele. "Não quero
nunca o melhor indício de sarcasmo em qualquer carta que leve minha
assinatura".
Não é uma idéia má! O sarcasmo corta, machuca. Não o use nunca. Há
sempre uma melhor maneira de comunicar o seu pensamento. Um líder cristão nunca
deveria permitir-se o luxo de corrigir seu companheiro através do uso de
sarcasmo.
Cartas Dogmáticas
O que você pensa de uma pessoa que é dogmática, do sujeito que sempre
está certo e que aproveita toda a oportunidade para impressioná-lo com estes
fatos? Agrada-lhe receber cartas repletas de afirmação de sua infalibilidade?
Naturalmente que não. Isto o irrita. Diminui ou destrói seu respeito por essa
pessoa.
Se o dogmatismo promove ressentimento em seu coração, é muito provável
que desperte uma reação similar nos corações daqueles com quem você faça dele
uso.
DDDDD
Não seja dogmático. É mais sábio e amável abrandar algumas de suas
afirmações com expressões como "pode ser que me engane, mas...", ou "parece-
me...", ou "minha opinião é que..."
Nunca é vantajoso estar seguro de si mesmo, isto pode ser embaraçoso,
especialmente se você faz uma afirmação com segurança por escrito e depois esta
se demonstra equivocada.
Cartas-Ofícios
Consideremos as cartas-ofícios. Usualmente estas cartas são escritas
pelo Sr. Importante, que acabou de assumir uma posição de liderança. Um pouco
de autoridade é uma coisa perigosa; e quando se mistura com um pouco de tinta,
pode resultar em algo ridículo e desagradável.
Em uma pequena Associação onde trabalhei, inesperadamente um jovem se
assentou atrás de uma mesa como tesoureiro-secretário. Foi uma inebriante
experiência. Durante umas poucas semanas as cartas saíram em rápida sucessão.
As coisas estavam em descalabro nas mãos inaptas de seu predecessor. Havia a
necessidade de algumas mudanças. Esta lassidão e ineficiência deveriam parar.
Um piedoso líder distrital foi bruscamente repreendido. Uma professora
paroquial, que podia ser sua mãe, foi sumariamente colocada em seu lugar. Um
ancião de igreja - mas por que continuar? Você conhece o triste fim sem ter que
lhe dizer. É surpreendente que qualquer obreiro que tem alcançado grau de
liderança seja tão insensato para com os companheiros de trabalho.
Afortunadamente, alguns que agem desta maneira aprendem a corrigir sua conduta
ou não permanecem no posto de responsabilidade por muito tempo.
Cartas de Repreensão
"Como já lhe disse, e agora coloco por escrito (Gal. 1:9 Phillips),
escreveu Paulo aos gálatas. É uma boa idéia que um líder escreva ao obreiro
depois de uma visita, repassando brevemente os temas discutidos e acordos
alcançados. Esta prática evidencia uma linha de administração clara e ajuda a
evitar mal-entendidos.
Uma vez recebi uma carta muito boa de um visitante da Associação Geral.
Ele tinha sido uma torre de fortaleza nas mesas de nossa Divisão. Visitou o
nosso campo e se familiarizou com alguns dos nossos mais complexos problemas.
EEEEE
Sua ampla experiência em outras partes do mundo o capacitou para dar-nos sábios
conselhos. Como líderes apreciamos a carta que ele escreveu ao retornar a
Washington dando-nos mais impressões e confirmando os conselhos já dados. Isto
acrescentou permanência à sua visita. Com Paulo ele podia dizer: "Como já lhes
disse, e agora coloco por escrito".
Alguns líderes nem sempre são prudentes no que escrevem. Veja o pastor
Backlash, por exemplo. Ele escreveu cartas quando retornou ao seu escritório,
é fato, mas foram de "repreensão". Enquanto visitava o campo de um obreiro,
aparentemente tudo estava bem. Se alguma coisa não o agradava, nada mencionava
ao obreiro. Porém, poucos dias depois, e isto parecia ser uma norma, o obreiro
recebia uma carta repreendendo suas faltas. Como Paulo ele podia dizer: " mas
agora, estando ausente, o digo", mas não podia acrescentar, como o apóstolo:
"Como já lhes disse, e agora coloco por escrito". Tais cartas não edificam a
confiança, nem inspiram grandes coisas para Deus.
Suas Cartas Sejam Bondosas mas Diretas
"Não sejam vagos" (Ef. 5:17, Phillips), alerta Paulo. Aos coríntios ele
escreveu: "Nossas cartas não têm significado duplo, querem dizer justamente o
que vocês compreendem quando lêem (II Cor. 1:13, Phillips).
Lembre-se que E.W. Tarr, secretário do Departamento de Relações
Públicas, certa vez disse a respeito disto: "Clareza é um elemento básico em
relações públicas. A eficácia em escrever cartas requer que seus pensamentos
sejam expressados de forma fácil e concisa, evitando o uso de palavras
desnecessárias que obscurecem o significado e fazem perder o tempo. O uso de
vulgaridade e frases estereotipadas é fatal para a expressão da personalidade".
Um líder disse-me que costumava ditar suas cartas no ditafone. Se queria
um pouco mais cuidadoso na redação de uma carta, ele ditava diretamente à
secretária. Mas, se ele tinha que escrever uma carta muito importante, em que
cada palavra devia ser pesada, ele mesmo a escrevia. Fazendo assim estava
seguro de que o produto final seria exatamente o que desejava.
Um líder cristão deveria estar em condições de dizer como Paulo: "minhas
cartas não têm significado duplo, querem dizer justamente o que vocês
compreendem quando lêem.
FFFFF
A Carta Problema
Ore acerca dela. Paulo também nos aconselha sobre este assunto. Ele nos
diz o que fazia. "...Vos escrevi, com muitas lágrimas" (II Cor. 2:4). Orações
fervorosas e lágrimas deveriam garantir uma recepção razoável de qualquer
carta. Se falamos com Deus antes de escrever a alguém, estamos em terreno
seguro. Seu Espírito guiará nossa caneta. Seu Espírito preparará o coração da
pessoa a quem escrevemos. Uma carta que trata de um problema requer muita
oração.
Espere alguns dias. Uma secretária que uma vez trabalhou comigo recebeu
uma carta frustrante de um líder de um campo. O seu autor lhe chamava a atenção
por erros que ela não havia comido. Era uma genuína senhora cristã, mas a
experiência a desgostou.
Induzida pelo ressentimento inicial, esta secretária fez o que muitos
gostaríamos de fazer, e na realidade fazemos freqüentemente - ela passou a
escrever uma resposta que tiraria tudo a limpo com o obreiro. Iria inteirá-lo
dos fatos sobre o assunto.
Mas a secretária decidiu esperar até que eu retornasse ao escritório
antes de enviar a carta. Pediu-me para lê-la e dizer-lhe o que pensava. Antes
de que eu tivesse a oportunidade de responder, ela já tinha feito a decisão por
sí mesma.
"Possivelmente o melhor será conservá-la por mais alguns dias", disse
ela.
Nunca a enviou. A secretária cristã queimou esta carta. Era uma dama
sábia. A carta que eventualmente enviou foi uma agradável. Resolveu o problema.
Preservou a amizade.
Não perdemos nada, e possivelmente ganhamos muito, se esperamos por
alguns dias antes de enviar uma carta com problema ou dificuldade. De fato,
muitas dessas cartas nós a rasgamos e nunca enviamos - e faremos com isto o
melhor.
Envie Informações Freqüentes
O pastor W. E. Murray, Vice-Presidente da Associação Geral, uma vez deu-
me este conselho sobre escrever cartas: "É uma boa prática encorajar os líderes
a escreverem cartas aos seus superiores sobre o progresso da obra no seu campo
GGGGG
ou instituição. Estas informações deveriam chegar com certa regularidade -
talvez todos os meses ou pelo menos trimestralmente".
É uma sugestão valiosa. Manter os nossos líderes amigos informados
acerca do progresso da obra na nossa porção da Vinha do Senhor é sempre
gratificante.
Escreva Algumas Cartas Que Você Não Tem Que Escrever
Pense como o coração de Gaio deve ter-se alegrado num dia quando recebeu
uma carta inesperada. João, o discípulo amado, escreveu-lhe: "Amado, procedes
fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes, mesmo quando
são estrangeiros" (III João 5).
João era um homem ocupado. Não tinha que escrever essa carta. Afinal de
contas, olhar por todos os irmãos não é o trabalho mais importante no mundo.
Se João nunca tivesse escrito, Gaio provavelmente nunca teria pensado nada a
respeito dele. Porém estou seguro que essa carta reconfortou muito o coração do
discípulo porque veio debaixo de tais circunstâncias.
"Perdoe-me por dizer-lhe assim", um secretário da Atividade Missionária
escreveu a seu presidente de União, "mas constantemente admiro-me por seu
interesse em assuntos que estão tão distantes de sua direta responsabilidade.
Suas palavras de apreciação em sua carta do dia 8 acerca do Informe da Recolta
é uma ilustração do que afirmo. Agradeço-lhe pelas bençãos que sua carta me
proporcionou".
Muitas pessoas, mesmo os presidentes algumas vezes, rapidamente colocam
os boletins no arquivo sem os ler. É uma lástima, porque nossos líderes
departamentais às vezes preparam excelente material. São poucos os que recebem
uma palavra de apreciação de ocupados executivos. Mas trinta segundos gastos
ditando uma carta que você não precisa escrever podem proporcionar muito
encorajamento e construir um vasto reservatório de boa vontade em qualquer
Associação. Tais cartas ajudam a unir um campo e transformar "uma equipe de
obreiros" em uma família de Deus.
Obreiros jubilados, obreiros que fielmente desempenham posições menos
importantes, membros que têm trabalhado duramente em uma campanha, talvez com
grandes dificuldades, apreciam algumas palavras de reconhecimento e apreciação.
HHHHH
naturalmente não precisamos escrever tais cartas, mas quando o fazemos
proporcionamos gozo e encorajamento.
Alguns líderes têm de escrever cartas curtas , notas apropriadas a seus
companheiros nos seus aniversários ou outras ocasiões especiais. Certamente o
líder não precisa participar da chegada de um novo bebê no lar de um obreiro.
Tampouco tem que escrever uma carta de conforto quando a morte quebra o círculo
familiar de um obreiro ou membro. mas essas cartas podem significar muito
quando vêm da pena de um sincero líder cristão. Se você ainda não fez assim,
porque não prova isto para sua própria satisfação?
Escrever cartas é importante. Por que não seguir o bom conselho de
Paulo: "Consolai-vos, pois, uns aos outros, e edificai-vos reciprocamente" (I
Tess. 5:11). Que maneira melhor de fazer isto do que através das cartas que
escrevemos?
IIIII
CAPÍTULO XII
COMO VOCÊ ATUA NUMA SITUAÇÃO DIFÍCIL?
"Mas o Senhor me assistiu e me
revestiu de forças" (II Tim. 4:17).
É muito fácil progredir
Se a vida só flores tem
Mas o líder competente
É aquele que segue em frente
Mesmo se nada vai bem
Sem dúvida você já ouviu estas pequenas rimas (Em inglês) antes, com uma
conotação e palavreado um pouco diferente. Agora volte a lê-las vagarosamente
meditando. Elas contêm mais verdade do que poesia, uma verdade profunda para
você, se realmente quer ser um líder.
"Você não pode fazer um omelete sem quebrar alguns ovos", disse um sábio
desconhecido. Isto é, ninguém realiza nada nesta vida sem encontrar oposição e
problemas. "O preço do progresso é dificuldade", declarou certa feita Charles
F. Kettering, da General Motors.
Uma pequena oposição o aborrece ou o deixa todo eriçado? Como você atua
quando os problemas pressionam? Como um líder você deve estar preparado para
fazer face aos problemas e enfrentar a oposição.
Poupar-nos-emos de alguns problemas mentais e fadigas espirituais se
conservarmos em mente este conselho da pena inspirada: " Ao sobrevir uma crise
na vida de qualquer alma, e tentardes dar conselho ou advertência, vossas
palavras só exercerão, no bom sentido, o peso e a influencia que vos houverem
JJJJJ
adquirido vosso exemplo e espírito. Precisais ser bons para que possais fazer o
bem. Não vos será possível influenciar os outros a se transformarem enquanto
vosso coração não se houver tornado humilde, refinado e brando por meio da
graça de Cristo" (O Maior Discurso de Cristo, p. 111).
O tempo de nos prepararmos para enfrentar os problemas e a oposição da
liderança, é em nossa caminhada diária com Deus. Se as nossas devoções
espirituais não têm sido descuidadas, o Senhor nos conduzirá seguros através
das freqüentes "provas" e do "exame final".
Poderia escrever vários capítulo úteis com orientações proveitosas para
os líderes que enfrentam oposição e lidam com problemas. Mas aqui nos
limitaremos a alguns princípios básicos.
1. Lembre-se de que você é um cristão
Um líder cristão não pode usar métodos freqüentemente sancionados pelo
mundo. Não somos políticos astutos; lógicos frios; nem comerciantes
endurecidos. Somos seguidores do Senhor Jesus Cristo, e nossa conduta deve
espelhar este fato quando debaixo de fogo e pressão.
Outros podem aproveitar-se de uma situação confusa. Mas não Jesus. Você
e eu não podemos. Outros podem até tirar alguma gota e pressionar para obter
vantagem; Jesus não. Você e eu não podemos - isto é, se somos genuinamente
cristãos. "Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega" (Mt.
12:20).
2. Cortesia, Compreensão e tato são deveres.
Estes atributos nunca são mais necessários do que quando uma pessoa está
deprimida. Um líder cristão nunca é rude, irrazoável ou áspero ao lidar com
aqueles que não concordam com ele. Os problemas não são resolvidos por ameaça
ou violência. Acordos são alcançados quando o espírito de Cristo suaviza os
nervos exaustos e acalma os ânimos precipitados.
Escreva estas 3 letras num pedaço de papel e as conserve diante de você
quando tratar de um problema delicado - C.C.T. Se o seu ânimo começa a subir,
olhe este papel e lembre-se que cortesia, compreensão e tato lhe servirão em
seu propósito, muito mais do que ralhar com a pessoa. Ela provavelmente não
estará interessada em ser repreendida num momento de íra. "Sede todos de bom
KKKKK
ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes" (I Pedro
3:8).
3. Enfrente a oposição e problemas com todos os fatos disponíveis.
"Cuida dos teus negócios lá fora, apronta a lavoura do campo, e depois
edifica a tua casa" (Prov. 24:27). Este conselho de um homem sábio se harmoniza
com o que Jesus disse: "Pois, qual de v;os, pretendendo construir uma torre,
não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios
para concluir?" (Lc. 14:28).
Quão embaraçoso e frustrante ;e saber que nossa posição ou solução é
lógica e realizável, contudo, sermos incapazes de produzir os fatos. Com isto
damos à oposição uma vantagem por falta de elemento em juízo. A maioria dos
problemas podem ser satisfatóriamente resolvidos se temos em mãos todos os
fatos e cifras e se as pessoas são razoáveis.
4. O caminho do homem sábio: Fala suavemente quando os ânimos sobem.
Algumas pessoas confundem calor com luz e volume da voz com a amplitude
de compreensão. Todavia, esta desafortunada combinação constitui uma receita
para as incompreensões.
"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira"
(Prov. 15:1). Se podemos manter nossa voz baixa, falando sem rancor quando as
discussões se tornam demasiado "veementes", estaremos fazendo progresso em
tratar com indivíduos ou comissões.
5. Evite o sarcasmo como a lepra.
"Não respondas ao insensato segundo a sua estultícia, para que não te
faças semelhante a ele" (Prov. 26:4). "Um gracejo irrefletido pode ocultar uma
dolorosa angústia para alguém. Sua observação ácida pode ser derramada sobre
uma ferida aberta. vigie a sua língua com zeloso cuidado" (100 Prayer Meeting
Talks, p. 328). O sarcasmo nunca ganhou uma discussão, nunca silenciou
oposição, nunca resolveu um problema. Ele fere e depois esfrega sal nas
feridas. Lembre-se, "um irmão ofendido resiste mais que uma fortaleza" (Prov.
18:19).
6. Ouça atentamente os pontos de vista de outra pessoa.
LLLLL
Um homem com um problema, ou em oposição pelo menos pensa que é sincero.
Crê que sua posição é justificável e lógica como a nossa. Um líder criterioso
será um bom ouvinte.
O arcebispo Femelon em suas Letters Spirituelless, oferece essas
palavras de conselhos àqueles que aconselharão outros: "Fale pouco, escute
muito, pense mais em compreender os corações e adaptar-se a si mesmo às suas
necessidades do que dizer-lhes coisas inteligentes. Mostre-lhes que você tem
mente aberta... Nunca diga mais do que é necessário".
O Senhor deu-nos uma língua e dois ouvidos. Talvez isso signifique que
devemos usar os ouvidos duas vezes mais que a língua. Uma boa filosofia. Se
todos a aceitassem, os problemas seriam resolvidos mais facilmente e a oposição
dissolvida mais amigavelmente.
"Ouça o sábio e cresça em prudência; e o entendido adquira habilidade"
(Prov. 1:5).
7. Não interrompa enquanto outra pessoa está falando.
Certa vez trabalhei com um homem que achava difícil conter-se o tempo
suficiente para permitir-me terminar o que estava dizendo. Ele era perspicaz.
Sabia todas as respostas. Por que deveria ouvir os irmãos? Podia ver o fim do
nosso raciocínio antes de terminarmos de falar. Para que perder tempo os outros
deveriam ouvir a voz da autoridade. Assim, usualmente ouvíamos - mas não com
alegria.
Solução mediante interrupção, acordo por meio de um corte, nem um nem
outro resolvem nada. Esta tática somente irrita.
Sempre deve se permitir que a outra pessoa expresse aos outros a mesma
medida de cortesia que deseja para si mesma.
8. Pese suas palavras cuidadosamente.
Algumas pessoas atiram de imediato. Como Secker disse, eles "fazem
primeiro, pensam depois, e se arrependem para sempre".
"Não te apresses a litigiar, pois, ao fim que farás, quando o teu
próximo te puser em apuros?" (Prov. 25:8).
Alguém disse que é melhor conservar-se calado e deixar os demais
pensarem que você é um néscio do que abrir a boca e remover toda dúvida.
MMMMM
9. Persuada e não discuta.
Existe uma vasta diferença entre uma persuasão cristã e uma argumentação
forense. A primeira mantem a discussão num nível elevado. a persuasão cristã
favorece o sentimentalismo em detrimento do pensamento claro e da apresentação
convincente. Oferece fatos claros e lógicos, porém, tempera tal explicação com
cortesia.
É duvidoso que a discussão, como usualmente a concebemos, haja resolvido
muitos problemas ou terminado com muitos desentendimentos. Isto está muita
achegado à disputa, de Jesus foi dito, "Não contenderá" (Mt. 12:19). Líderes
que desejam ser como Ele, também não o farão.
10. Não se aproveite da sua posição.
Por vezes um líder pode ser tentado a apoiar-se no prestígio da sua
posição para tratar sumariamente com aqueles que se lhe opõem a despeito do
problema envolvido. "Ninguém busque o seu próprio interesse" (I Cor. 10:24),
advertiu o apóstolo Paulo. O verdadeiro líder cristão não se aproveitará de sua
posição. Atuará honrada e justamente com a oposição.
11. Formule algumas perguntas pertinentes.
Muitas vezes o líder, ao tratar com os problemas , está ápto a
cristalizar as idéias de todos os interessados fazendo perguntas pertinentes.
Este método também ajuda o líder a averiguar as verdades sem fazer acusações.
Ele pode introduzir um assunto difícil com três simples palavras: "Você queria
dizer...?" Perguntas sabiamente formuladas - não um severo interrogatório -
expressar num espírito de bondade, tem solvido muitos problemas e silenciado
muita oposição.
12. Dar crédito a quem é devido.
O honrado e sincero reconhecimento das contribuições realizadas por
outras pessoas permitirá ao líder estabelecer sua própria bona fides. Também
contribuirá em muito para convencer os opositores de que o líder honestamente
deseja ver as coisas solucionadas de maneira satisfatória e justa.
13. Seja imparcial em seu julgamento.
NNNNN
"Não farás injustiça no juízo; nem favorecendo o pobre; nem comprazendo
ao grande: com justiça julgará o teu próximo" (Lev. 19:15).
14. Não julgue apressadamente.
A mesa de uma instituição se reuniu certa vez para julgar a conduta de
certos membros de seu pessoal. Ouviram o testemunho de uma ou duas pessoas, e
então o presidente chamou os que haviam sido acusados e começou a admoestá-los
severamente. Tudo isto antes de dar-lhes a oportunidade de falar. Alguns
membros da mesa objetaram a tal procedimento. Isto confundiu o presidente. A
injustiça de tudo isto amargurou os acusados. E quando uma investigação mais
acurada revelou que eles eram inocentes, ninguém se sentiu feliz.,
Enquanto não se tiver todos os fatos pertinente, é improvável que a
solução justa possa ser encontrada para qualquer problema.
15. Seja paciente debaixo da oposição ou abuso.
"O sereno de espírito é homem de inteligente" (Prov. 17:27). "O
longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a
loucura" (Prov. 14:29). "O homem prudente, este se cala" (Prov. 11:12). "A
paciência tem o seu trabalho perfeito, para que sejais perfeitos e íntegros, em
nada deficientes" (Tiago 1:4).
Se você é um líder, naturalmente encontrará oposição, principalmente se
você tem idéias próprias, se está traçando planos definidos para o progresso,
se você é digno do trabalho de líder.
Problemas inundarão você quase cada hora de um dias de trabalho. Esta é
a razão da necessidade de líderes na igreja. Alguém deve ser responsável em dar
soluções.
Quando surgem problema e oposição, enfrente-os no temor do Senhor e com
a segurança de que triunfará mediante Sua fortaleza divina. Seja o que for, não
desanime. A causa de Deus necessita atualmente de líderes fortes, corajosos e
dedicados em todos os níveis de administração.
"Quando as coisas vão mal coma às vezes acontece,
Quando a estrada que você está caminhando parece íngreme,
Quando os fundos estão baixos e os débitos são altos,
Quando você quer sorrir, todavia, tem que suspirar,
Quando os cuidados estão pressionando um pouco para baixo,
OOOOO
Descanse se precisar, mas não se entregue".
Autor desconhecido
CAPÍTULO XIII
VOCÊ PODE SUPORTAR CRÍTICA?
"Não julgueis, para que não
sejais julgados. Porque com
o juízo com que julgares
sereis julgados, e com a
medida com que tiverdes me-
dido vos hão de medir a
vós" (Mt.7:1 e 3).
Se você é um líder de valor, prepare-se para ser criticado. Você não
pode agradar a todos durante todo tempo. Algumas críticas serão diretas,
faladas em um espírito de bondade. Este tipo vos ajuda. Freqüentemente,
contudo, observações desagradáveis serão ditas pelas nossas costas e
possivelmente serão prejudiciais.
"Nada é mais fácil do que criticar destrutivamente" disse um autor
desconhecido. "Não se necessita talento, nem abnegação, nem inteligência, nem
caráter para se dedicar aos negócios dos murmuradores.
Jesus, que era um homem - Deus, também foi alvo de severo criticismo.
"Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e
beberrão, amigo de publicanos de pecadores" (Mt. 11:19).
O testemunho de Cristo sobre João Batista foi: "Entre os que de mulher
tem nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista" (Mt. 11:11). Todos
PPPPP
os que entraram em contato com João Batista falaram de sua vida virtuosa?
Certamente que não. "Tem demônio" (Mt. 11:18), escarneciam alguns críticos.
Agora, se o perfeito Jesus, e o quase perfeito João tiveram que suportar a
crítica, você e eu não podemos nunca escapar. Portanto, como líderes cristãos
devemos saber como enfrentar a crítica. Enfrentemo-la. Mas, como?
Lembremo-nos que, um pouco de crítica é bom para nós. Você conhece que
espécie. Por exemplo, quando nossa esposa diz que pregamos demais ou, em voz
demasiado alta, ou muito baixa, ou a mensagem não está adequada. Fazemos bem em
ouvir tais sugestões.
Não a Descarte Tão Apressadamente
Algumas vezes a crítica se origina de uma fonte amável. Pode originar-se
com indivíduos que não nos querem bem. Que fazer então? Ouvir mais! Não há
descarte. Pergunte-se a si mesmo com franqueza: "Há alguma verdade no que esta
pessoa está dizendo? Pode uma experiência desagradável ensinar-me uma lição?"
Anos atrás ouvi este condensado sermão de um pregador desconhecido:
"Você será sábio se fizer com que os seus críticos sejam guardadores de sua
alma".
Por vários anos tenho copiado esta declaração à vista no meu pequeno
diário do Pacific Press. Este conselho tem me ajudado por muitas vezes. Isto
equivale a dizer: "Não descarte a crítica tão apressadamente."
Aprenda com Ela
Certa vez um político viajou com um acérrimo oponente num mesmo
compartimento de um trem. A conversação que mantiveram não era nada cordial.
"Por que até a sua voz me aborrece?" Disse o indelicado companheiro.
"Quando você fala, é como alguém que passa as unhas sobre uma lixa!"
O Sr. Político ficou chocado. Mesmo depois que a pessoa saiu na próxima
estação, ele ficou meditando sobre a cruel observação. Pode isto ser verdade?
Nenhum de seus amigos lhe mencionou este fato. Decidiu investigar.
"Bill", confiou a um colega poucos dias depois - "quero que diga-me a
verdade: A minha voz fica um pouco fora do tom em alguma ocasião?"
Bill ficou frustrado. "Que? A que você se refere?"
QQQQQ
O Sr. Político contou-lhe sua experiência no trem ocorrida uma semana
antes." Eu quero saber, Bill", lhe exigiu.
"Bem, Henry" seu colega começou vagarosamente, "você pode melhorar com
um pouco de treino da voz. Sua voz não soa exatamente como a da prima-dona!"
Isto foi suficiente. Henri procurou a ajuda de um instrutor de voz.
Quais foram os resultados? Uma notável melhora em sua voz, uma apresentação
pública mais eficaz e aumento de seu prestigio pessoal.
Foi Theodor Leschetizky quem disse: "Podemos aprender muito com as
coisas desagradáveis que as pessoas falam".
Quando você é objeto de criticismo, ouça e aprende dos seus detratores.
Considere a Fonte
Randy Fisher era um crítico declarado da igreja e da Associação. Seu
favorito passatempo consistia, aparentemente, em criticar destrutivamente. O
pastor, os líderes da Associação e os oficiais da igreja todos eram alvos de
suas descomedidas observações.
O tempo chegou quando Fisher e outro membro da igreja, que ele tinha
influenciado, decidiram lançar uma campanha aberta contra a organização.
Estavam bem seguros de que a maioria da igreja local iria seguí-los.
Assim Fisher e companhia limitada alugaram um salão. Começaram suas
"reuniões de reavivamento" para a igreja. No início tiveram uma boa
assistência. Mas, um membro da igreja, que naquela manhã ia tarde para a Escola
Sabatina, passou junto a um campo de esporte.
"Não", disse a si mesmo ao ver a figura familiar perto da cabine do
juiz. "Não pode ser o irmão Fisher a conferir os prêmios esportivos num sábado
de manhã!"
Realmente era o irmão Fisher - e foi o colapso do seu reavivamento!
Quando ludibriados membros da igreja descobrem que o antigo reavivador e
crítico necessita ele mesmo de ajuda espiritual, abandonan-no sem vacilar.
Sempre é boi considerar a fonte da crítica que se lhe faz. Algumas vezes
as pessoas criticam porque elas mesmas tem alguma coisa a ocultar. "Os próprios
pensamentos malignos dos homens, algumas vezes se tornam em critérios pelos
quais julgam os outros" (Sabbath School Lesson Quartely, Nº 236, 1954, p. 14).
RRRRR
"Se eu fosse presidente desta Associação", escreveu-me, certa feita um
obreiro, "teríamos um programa em marcha. Teríamos mais campanhas
evangelísticas. Batizaríamos mais almas. Edificaríamos mais igrejas. Como
podemos esperar qualquer progresso com o pastor Status Quo assentado? Nem
sequer sabe o que ocorre no campo. Se eu fosse..."
Nem mesmo me preocupei em terminar a carta. Não estava particularmente
interessado nos planos jactanciosos deste irmão egoísta, porque sabia que ele
nunca chegaria a ser presidente. Seus irmãos que o conheciam tão bem como eu se
encarregariam de que isto não acontecesse. Ninguém queria um homem com uma pena
ácida como presidente atrás de um escrivaninha.
Sim, considere a fonte. Algumas vezes a manifestação de censura vem de
corações cheios de interesse próprio e ciúme. Essa crítica geralmente não é
construtiva, e é uma benção que poucos lhe prestam atenção.
Não se Deixe Perturbar
George Moor disse certa vez que o partos devia ter a "paciência de um
burro, a mansidão de um cordeiro, e a pele de um rinoceronte". Uma elevada
ordem! O salmista diz a mesma coisa numa linguagem mais bonita: "Grande paz tem
os que amam a Tua lei; para eles não há tropeço" (Sal. 119:165).
A crítica machuca. A crítica ofende. A crítica irrita. A crítica
contribui para o desenvolvimento de úlceras.
Mas o Filho de Deus - o líder cristão - tem acesso a uma Fonte de
Fortaleza que suaviza a dor, ameniza a ofensa, acalma a ira e impede as
úlceras. Essa Fonte é Cristo. Amor a Ele e à Sua lei pode manter-nos em
perfeita paz mesmo debaixo do mais acérrimo criticismo.
Jesus é o nosso exemplo. "Se Ele, que penetrava nos corações, suportava
quem bem sabia que O havia de trair, com que paciência não deveríamos nós
suportar os que estão em falta?" (A Ciência do Bom Viver, p. 493).
O homem mais forte é aquele que, embora sensível ao abuso, refreará a
paixão e perdoará seus inimigos. Tais homens são verdadeiros heróis"
(Testimonies, Vol. 4, p. 656).
Quando a crítica vem, como inevitavelmente acontece, não se deixe
perturbar. Seja um dos heróis de Deus.
Receba-a Com Bondade
SSSSS
Alguns anos atrás um famoso educador pronunciou palavras duras contra um
clérigo que era célebre como ele. Os jornalistas, pressentindo uma boa notícia,
correram para o escritório do pastor. Estavam certos de que sua língua
inteligente daria réplica à altura. Ficaram desapontados.
"Professor Blank é um eminente homem", declara o clérigo após ouvir o
que o contemporâneo erudito havia dito acerca dele. "Respeito o seu julgamento.
Talvez eu devesse examinar a minha mensagem e meus métodos e se encontrar algum
erro, farei o melhor para corrigi-lo".
Os reporteres ficaram assombrados. Vieram para presenciar uma batalha.
Em vez disso encontraram um homem sereno e de fala bondosa para com os seus
críticos.
Esta é a maneira como a Bíblia enfrenta o criticismo. Não advertiu o
apóstolo Paulo aos romanos a que agissem com bondade para com os acusadores -
"Fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça?" E não os aconselhou
mais ainda para "vencer o mal com o bem" (Rom. 12:19 e 20).
A bondade, mais que qualquer outra coisa, calará a língua do crítico.
Por que não tentar na próxima vez que tiver oportunidade?
Fale Bem do Seu Crítico
aconselhar um líder a falar bem do seu crítico à primeira vista parece
como absoluto contra-senso. Mas, pense sobre isso uma segunda vez. Isto foi o
que Jesus ensinou e fez. "Orai pelos que vos perseguem" (Mt. 5:44), disse o
Salvador no Sermão do Monte.
Que crítico não ficará surpreso com estas palavras de bondade?
"Cultivai o hábito de falar bem do próximo", aconselha a mensageira do
Senhor. "Detende-vos sobre as boas qualidades daqueles com quem estais
associados, e olhai o menos possível para seus erros e fraquezas. Quando sois
tentados a queixar-vos do que alguém disse ou fez, louvai alguma coisa na vida
ou caráter desse pessoa" (A Ciência do Bom Viver, p. 491).
"Não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados" (Tiago 5:9),
relembra-nos o apóstolo Tiago.
Por que não surpreender e silenciar os críticos falando bem deles?
Ore Por Aquele Que o Criticam
TTTTT
Jesus sabia qual era o método eficaz para tratar com Seus perseguidores.
Orava por eles (Lc. 23:34). Aconselha-nos a fazer o mesmo (Mt. 5:44). O poder
de Deus tem transformado mais de um crítico em sólido defensor. Na próxima vez
que for criticado pelas pessoas, lembre-se de orar por elas.
Não Deixe que o Detenha
O grande filósofo alemão Goethe, uma vez disse: Uma pessoa não se pode
proteger nem defender da crítica. Deve continuar agindo a despeito dela, e a
crítica desaparecerá gradualmente".
Bom conselho, não é? Deve agir a despeito dela!
Depois que um líder ouviu a crítica, depois que ele pesou
cuidadosamente, considerou a sua fonte, e está claro que a censura é sem base,
deve seguir em frente. Não deve retirar-se abatido. Deve seguir fazendo o seu
melhor possível apesar da crítica.
Escreveu um colunista de reputação nacional: "Aquele que deseja êxito
não deve temer a crítica. O medo à crítica é o beijo da morte no romance da
realização" ("Dear Abbey" Asheville (N.C.) Citzen, Sept. 11, 1964). Não deixe
a crítica o detenha. Os líderes têm que agir a despeito dos conselhos
espinhosos que vêm ao seu encontro.
Esqueça-a
Dirigíamos por uma estrada poeirenta por formosas montanhas na Ruanda.
Quando passávamos por uma rua de lojas africanas, veio latindo após nossa
veraneio um cão muito grande. Por alguns metros nos acompanhou atacando,
latindo ferozmente. O que fizemos? Paramos e ralhamos com ele? Nada disso!
Continuamos nossa viagem. Finalmente ele foi se cansando e foi deixado para
trás na poeira de nosso desdém.
Esta é a melhor maneira para um líder tratar para a maioria das críticas
- ignorá-las. Se parar para ficar discutindo com toda a crítica que late em
suas rodas do carro, não fará nenhuma coisa mais.
Foi Abraham Lincoln que disse uma vez: " Se tentara ler, quanto mais
contestar, todo o criticismo feito e todos os ataques dirigidos contra mim,
este gabinete estaria fechado para todos os demais negócios".
Este grande presidente americano continuou a descrever como enfrentar a
crítica. Vale a pena para qualquer líder ler com freqüência as suas palavras.
UUUUU
"Eu faço melhor que sei, o melhor que posso. Continuarei fazendo assim até o
fim. Se o fim mostrar-me que estava errado, mesmo que dez anjos jurassem que eu
estava certo nada vai fazer diferença. Se o fim mostrar-me que eu estava certo,
então, o que agora se diz contra mim não significará nada".
Quando nós, como líderes, fizemos o nosso melhor, o melhor que podemos,
então nada mais resta para fazer. Agora podemos esquecer as críticas e
prosseguir fazendo o nosso melhor.
Entregue-se nas Mãos de Deus
Depois de tudo "Deus julgará" (Rom. 2:16). Naturalmente, como u líder
cristão devo preocupar-me com as atitudes daqueles que me cercam; mas, enfim,
como disse Paulo: " Pois quem me julga é o Senhor" (I Cor. 4:4). A nossa mais
cobiçada recompensa deveria ser: "Muito bem, servo bom e fiel, entra no gozo do
teu Senhor" (Mat. 25:21). Quando honestamente e com oração temos feito nosso
melhor, podemos deixar o resto com Deus.
Falando de Deus como juiz, estou lembrando que Ele trata eficazmente com
os nossos críticos. Ouça estas palavras inspiradas: "Todo aquele que se tem
sentido na liberdade de condenar ou levar outros ao desânimo, será, em sua
própria vida levado a passar pela experiência por que fez outros passar;
sentirá aquilo que eles sofreram devido a sua falta de compassiva compreensão e
ternura" (O Maior Discurso de Cristo, p. 117).
Tenho visto, e vocês também, homens que não têm respeitado a seus
irmãos. Eles têm criticado duramente. Logo Deus intervém, e eles foram
colocados no mesmo caminho cruel em que fizeram outros andar. Aprenderam
demasiadamente tarde o que significa esfregar sal em feridas abertas.
Não se Deixe Cair em Armadilhas
"Olhei para meu irmão", escreve Bolton Hall, " com o microscópio da
crítica, e disse: 'Quão áspero é meu irmão'. Olhei-o com o telescópio do
desprezo, e disse: 'Quão pequeno é meu irmão! ' Então olhei no espelho da
verdade e disse: 'como parece comigo o meu irmão!'"
Enquanto procuramos enfrentar com êxito a crítica não vamos cair nós
mesmos na armadilha do diabo e criticarmos os que estão ao nosso redor.
"Não vos queixeis uns dos outros" (Tiago 5:9), disse o apóstolo Tiago.
"Irmãos, não faleis mal uns dos outros" (Tiago 4:11).
VVVVV
Escreve a mensageira do Senhor: "Os trabalhadores ativos não têm tempo
de se ocupar com as faltas do próximo. As cascas das faltas e fraquezas dos
outros não fornecem alimento para nossa vida" (A Ciência do Bom Viver, p. 492).
Líderes cristãos " não podem debilitar sua própria influência e posição
mais do que quando tentam enfraquecer um ao outro" (E. G. White, carta 16,
1886). Um líder é forte somente quando pode aceitar a crítica sabiamente e
quando, através da graça de Deus, exerce domínio de si mesmo e resiste a toda a
tentação para criticar.
CAPÍTULO XIV
VOCÊ TEM CONFIANÇA NOS SEUS IRMÃOS?
"Não abandoneis, portanto, a vossa
confiança" (Heb. 10:35).
"Que abençoada experiência é estar novamente com os obreiros de Deus
depois de todos aquele anos de solitário isolamento!"
Quem falava era uma pessoa idosa que está em frente de mim à mesa do
hotel. Estávamos assistindo à sessão de uma União-Associação. Depois de quase
trinta anos de afastamento de seus irmãos, este ex-líder de Israel finalmente
"volta ao lar". Repetidamente expressava o grande regozijo que sentia porque
outra vez podia estar em comunhão com os "irmãos".
Anteriormente havia levado pesadas responsabilidades na causa de Deus.
Tinha servido como presidente de uma grande União-Associação. Porém surgiram
incompreensões. Colegas atiraram difamações sobre sua liderança. A sua
confiança desapareceu, em pouco tempo o esmagado líder não suportava as cargas
por mais tempo. Colocou-se de lado. Ele mesmo não me revelou estes detalhes.
Estava deveras alegre em restaurar a comunhão com "os irmãos". Outros amigos
contaram posteriormente toda a história.
WWWWW
Quem pode conhecer as horas solitárias, o coração dorido, a luta contra
a amargura, que este quebrantado homem de Deus sofreu por trinta anos! tudo
porque a confiança foi destruída.
"Satanás... sabe que se puder pôr irmão a vigiar irmão, na igreja e no
ministério, muitos ficarão desanimados e desencorajados que deixarão seu posto
de dever" (Testemunhos para Ministros, p. 189). Quanta tristeza causa ver que
isto ocorre. Quanto precisamos de confiança entre os irmãos!
Faz algum tempo, conduzi uma série de reuniões de reavivamento em uma de
nossas igrejas. Vinte anos antes, dois irmãos dessa igreja perderam a confiança
um no outro. Durante esses longos anos escassamente falaram. Criticavam-se um
ao outro com os amigos. Era uma coisa terrível. Isto dividiu a igreja.
Indescritivelmente mau foi o resultado para a causa. Então, o Espírito de Deus
operou um milagre. Aqueles dois membros distanciados se reconciliaram. Que
bendita experiência foi trazida a toda a igreja quando a confiança foi
restabelecida!
A Confiança é Necessária
Em uma página interior de um diário de Salisbury, The Rhodesia Herald,
li as seguintes palavras em um pequeno cabeçalho: "Confiança é a nossa
necessidade". Sir Edgard Whitehead, que na época era primeiro ministro da
Rodésia do Sul, usou estas palavras num discurso no Rotary Club de Salisbury.
Esta frase chamou a minha atenção. Confiança é na verdade a nossa necessidade
como obreiros na causa de Deus. Enquanto lia a declaração de Sir Edgard,
lembrei-me das palavras do apóstolo Paulo que faiscaram na minha mente: "Não
abandoneis, portanto, a vossa confiança" (Hebreus 10: 35).
Vivemos em tempo de tensão e dificuldade. Devido à desconfiança
internacional, o mundo quebrou-se numa guerra fria. Parecia que não existia uma
base para confiança entre as nações. O que um quer, outros se opõem. Imputando
motivos sinistros um ao outro, continuam na animosidade.
Se tudo isto é terrível entre os estadistas, tanto pior entre os membros
e obreiros da causa de Deus. O Movimento Adventista é internacional. Reune
diversas raças e todos os tipos de personalidades de disposições. Quão
importante para nós é que sempre recordemos que, independentemente da bandeira
ou raça, somos acima de tudo, cristãos. Como seguidores do Senhor Jesus Cristo,
deverá haver confiança entre nós.
XXXXX
A mensagem de Deus para cada um de nós como obreiros, particularmente à
medida que nos aproximamos do fim, é: "Não abandoneis, portanto, a vossa
confiança" (Hebreus 10:35). Não devemos permitir que atitudes prevalecentes de
desconfiança e suspeita se insinuem entre nossas fileiras. Que não haja
impugnação de motivos, nem falta de fé entre aqueles que levam os vasos do
Senhor nestes tempos solenes.
Todo obreiro deseja ser bem sucedido. imploramos e oramos por poder em
nosso ministério. Diariamente rogamos a Deus que nos utilize na expansão e
terminação de Sua obra na parte da vinha onde trabalhamos. Deus responderá a
estas orações, mas sob condições. Verifique como a mensageira do Senhor
apresenta a confiança entre os irmãos como uma condição:
"O êxito de nossa obra depende de nosso amor a Deus, e nosso amor aos
nossos semelhantes. Quando houver ação harmoniosa entre os membros individuais
da igreja, quando houver manifesto amor e confiança de um irmão para com o
outro, haverá proporcional força e poder em nossa obra" (Testemunhos para
Ministros, p. 188).
O Que é Confiança
A palavra "Confiança" vem do infinitivo latino confidere, "confiar".
confiança é sinônimo de fé. Se confiamos em uma pessoa, temos fé em sua
sinceridade. Ainda que nem sempre podemos concordar com os seus ponto de vista,
e com a maneira em que faz as coisas, ainda podemos reter confiança nele.
Confiança não faz um pessoa aprovar qualquer coisa sem pensar, mas torna-a
leniente.
Não podemos exigir confiança como um direito. mesmo a nossa posição na
obra de Deus reclama isto somente em forma condicional. Devemos merecê-la.
confiança é uma daquelas qualidades mágicas, como o amor. Quanto mais você a
manifesta àqueles que o cercam, mais aumenta e vem de volta para você. Há um
colaborador que desconfia de você e de cuja confiança você aparentemente não
desfruta? Bem, talvez você não confie nele. Confiança é uma rua de duas mãos, e
requer dois para andarem por ela.
"Nutramos o espírito de confiança de... nossos irmãos" (Testemunhos para
Ministros, p.500).
Um Assento de Quatro Pernas
YYYYY
Confiança é como um assento de quatro pernas; se perde uma das pernas,
não pode ficar em pé. As quatro "pernas" as quais a genuína confiança cristã é
construída são: o temor de Deus, amor aos irmãos, fé e compreensão. Quando
todos eles estão presentes no coração, inevitavelmente há confiança, assim como
há noite e dia.
O Temor de Deus
Disse o sábio: " No temor do Senhor tem o homem forte confiança" (Prov.
14:26). O temor de Deus está estreitamente relacionado com a confiança.
Realmente, sem ele a confiança cristã deixará de existir.
A mensageira do Senhor amplia este pensamento:
"Quando os homens deixam de confiar em homens, quando tornam Deus sua
eficiência, então haverá mais demonstração de confiança u no outro. Nossa fé em
Deus é completamente fraca demais, e nossa confiança um no outro também é muito
pouca" (Testemunhos para Ministros, p. 214).
A confiança cristã é baseada no temor de Deus. Se amamos o Senhor nós
teremos confiança nos irmãos. Se o tememos, nossa confiança nos seus filhos e
filhas serão poderosos. Sinceramente não podemos temer a Deus e abrigar
desconfiança em nosso coração. Usualmente, quando nos separamos de Deus
tornamo-nos estranhos uns para com os outros.
Se os cristãos começam a perder fé em seus semelhantes, deveria,
examinar seus corações. Descobririam que sua fé em Deus está também diminuindo.
Isto pode acontecer quase que imperceptivelmente. Quanto precisamos para
conservar o fogo do nosso primeiro amor ardendo vivamente! A verdadeira
confiança é fundamentada solidamente sobre o temor do Senhor. Jesus no coração
faz mais do que qualquer outra coisa para gerar a fé e a confiança mútua.
Amor Pelos Irmãos
A segunda perna deste assento de confiança é amor pelos irmãos. Os
membros da igreja da antiga Corinto exibiam uma lamentável falta de confiança
mútua. Assim Paulo escreveu-lhes a mensagem. Sua primeira epístola aos
Coríntios inclui o capítulo treze, que gera confiança. Nela ele prescreve um
antídoto contra a suspeita e a desconfiança, a saber: "O que vocês, crentes,
necessitam é do amor de Cristo um pelo outro".
ZZZZZ
Agrada-me ler este capítulo abençoado em várias traduções do Novo
Testamento. Uma de minhas favoritas traduções é de J. B. Phillips. Notemos as
inspiradoras palavras de confiança que ela contém:
"Este amor do qual eu falo é lento em perder a paciência - busca a
maneira de ser construtivo. Não é possessivo: Não está ansioso por impressionar
nem acariciar idéias presunçosas de sua própria importância".
"O amor tem boas maneiras e não busca vantagem egoísta. Não é afetado.
Não guarda o registro do mal recebido, não se regozija com a maldade dos
outros. Pelo contrário, se alegra com todos os homens retos quando a verdade
prevalece".
O amor não conhece limite para suportar, não é limitado em sua
confiança, sua esperança nunca decai; pode suportar qualquer coisa. É de fato,
a única coisa que ainda permanece quando tudo o mais já caiu" (I Cor. 13:4-8).
A igreja de Corinto necessitava amor para mover a desconfiança e
restaurar a fé. A igreja remanescente também necessita. A confiança e o amor
saem pela porta de trás da igreja quando a suspeita e a desconfiança entram
pela porta da frente.
Paulo escreveu que o amor " Não guarda o registro do mal". Aqui ele toca
no coração do problema de desfalecimento da confiança. Outra tradução diz: "O
amor não mantém uma estatística do mal". Faça uma pausa e pense um pouco por
alguns momentos. "O amor não mantém estatística do mal". O declínio da
confiança geralmente começa aqui. O coração carnal, cheio de suposições
maléficas começa a contar todos os males reais e imaginários que tem recebido.
Como um câncer, esta influência carcome a confiança. O amor de Cristo, pelo
contrário, expulsa tais pensamentos. O amor e suspeita não podem existir no
mesmo coração.
Quando nos surpreendemos conservando estatística do mal - mantendo
registro dos erros dos companheiros de obre - necessitamos orar pedindo a doce
influência do amor de Deus para contrabalançar. A única maneira para preservar
a confiança sem deteriorá-la.
A Fé
A terceira perna para sustentar o assento da confiança é a fé. É
impossível criar a confiança quando falta a fé. Noah Webster define "fé" como
"a serena confiança na integridade, veracidade, justiça... de uma pessoa ou
AAAAAA
coisa" (Webster's New International Dictionary, second/Edition). Quando temos
confiança numa pessoa, nela temos fé; cremos na sua sinceridade; cremos na sua
integridade, na sua veracidade e justiça. Fé e suspeita não podem conviver no
mesmo coração.
Paulo tinha uma fé poderosa nos crentes de Tessalônica: "Nós também
temos confiança em vós no Senhor", (II Tess. 3:4), escreveu. Os crentes
tessalonicenses também criam em Paulo. Fé inspira fé. É bom expressarmos
confiança sincera de uns para com os outros. Isto tem um efeito salutar nas
relações humanas. A serva do Senhor escreve: "Se estiverdes em comunhão com
Cristo, valorizareis todo ser humano como Ele o fez. Sentireis pelos outros o
mesmo profundo amor que Cristo sentiu por vós. então estareis aptos para ganhar
e não impedir, atrair e não repulsar aqueles por quem Ele morreu" (Parábolas de
Jesus, p. 197).
Quão acertadamente esta declaração descreve a ação refletida que a
confiança exerce quando uma pessoa tem fé em outra! A expressão desta confiança
não n?ao é para confortar no leito os corações. Deve aplainar os caminhos
escabrosos e aliviar os corações carregados das pessoas com quem nos
associamos.
A Compreensão
A quarta perna da confiança é a compreensão - a feliz habilidade ara
compreender as situações das outras pessoas, e formar um julgamento acertado
concernente aos seus problemas. A compreensão capacita o líder a penetra-lhes
os sentimentos e ajudá-las com simpatia a resolvê-los.
Certa ocasião estava assistindo a um culto com os nossos crentes
europeus em Nairobi. Um entusiasta líder do departamento Missionário pediu
voluntários para saírem à fazer inscrições para a Escola Radiopostal. Fico
envergonhada com isto, mas logo que ele propôs o plano, senti dor de cabeça.
Pensei em todo o trabalho da reunião da mesa naquela noite. O programa
esquematizado para aquela semana me assombrava.
"Seja o que for", disse para mim mesmo, "eles não esperam de mim que eu
sais também!" Você sabe como nós nos sentimos às vezes quando nos pedem para
fazer o trabalho de outra pessoa, não é verdade? Bem, já estava quase
convencido de que poderia passar impunemente aquela tarde descansando no meu
hotel.
BBBBBB
Mas, felizmente, pensei novamente. Como poderei compreender os
sentimentos e problemas destes excelentes obreiros, a menos que eu participe
dos seus labores? Quão feliz fiquei de ter saído com eles! Bater nas portas,
dizer ao povo sobre a Voz da Profecia, e orar com eles, foi uma benção para a
minha própria alma. Estou certo, também, que minha participação com os crentes
ajudou a edificar a confiança na liderança da igreja.
Na Confiança Está Nossa Força
O profeta evangélico nos lembra: "Na tranquilidade e na confiança está a
vossa força" (Isa. 30:15). "Quando os homens mostrarem confiança em seus
semelhantes, aproximar-se-ão muito mais da mente de Cristo" (Testemunhos Para
Ministros, p. 189).
"Não enverguemos as vestes do abatimento, nem alimentos dúvidas e falta
de confiança em nossos irmãos. Não devemos prejudicar nossa alma ajuntando
cardos e espinhos, mas em vez disso, devemos apanhar rosas, lírios e cravos, e
exprimir sua fragrância em nossas palavras e atos" (Idem, p. 502).
Que Deus nos una como obreiros e membros, com corações cheios de amor e
confiança mútua. Só assim, diz a serva de Deus, "haverá proporcional força e
poder em nossa obra" (Idem, p. 134). Além disso, também, repousarão sobre nós
as bençãos de Deus e Sua obra será logo terminada.
CCCCCC
CAPÍTULO XV
DEUS É SEU SÓCIO?
"Por que de Deus somos coo-
peradores" (I Cor. 3:9).
Um homem de elevada posição no mundo dos negócios, certa vez, se tornou
tão preocupado com uma quantidade de problemas que decidiu empregar um
assistente para que se preocupasse por ele. Colocou um anúncio num jornal
diário oferecendo trinta mil dólares por ano para a pessoa que apresentasse as
condições pedidas.
Vários "assistentes de preocupação" em perspectiva se candidataram ao
trabalho, e finalmente um foi selecionado. Os termos e condições de serviço
foram estabelecidos e o novo empregado de preocupação estava pronto para
começar a trabalhar.
DDDDDD
"Agora, senhor, há apenas uma questão a mais que desejo perguntar",
disse enquanto levantava-se para sair. "Concordo em levar todas as suas
preocupações, e você de pagar-me trinta mil dólares ao ano. Certo?
"Exatamente", replicou o homem de negócio.
"Agora, de que forma vou receber estes trinta mil dólares?"
"Essa, meu amigo, é a primeira coisa acerca da qual você deve começar a
se preocupar", respondeu rudemente o seu novo empregador.
Problemas e Perplexidades
Um líder da causa de Deus encontra muitos problemas - problemas que
confundem, preocupam e frustram. Muitas vezes pode desejar que outra pessoa
leve suas cargas e as suas preocupações.
Nunca me olvidarei de um dia escuro no sul da Ásia. Parecia que tudo ia
mal e eu estava sozinho. Chegou a informação de que um de nossos obreiros
estratégicos havia sido deportado. Seu único crime era ter nascido no país
equivocado e o seu trabalho prévio nesse outro país o tornava uma "persona non
grata". Um funcionário telefonou e ameaçou cortar a autorização para reunir
fundos se não déssemos explicações satisfatórias concernentes a certos aspectos
de nossas praxes financeiras.
Quase que "enquanto ele estava falando" recebi uma cabograma com a
notícia de que dois companheiros da Divisão tinha sido envolvido em um grande
acidente de trem a mais de cem quilômetros ao norte. Certamente foi um "dia de
Jó", quando uma desgraça segue a outra em rápida sucessão. O que faz um líder
quando as obrigações e problemas vêm densamente e rápidos?
Alguns anos atrás passei por um período similar na África. Uma explosiva
situação trouxe uma deprimente sucessão de problemas que resistiam a toda
solução. Praticamente todos os países da Divisão Transamericana experimentava
guerra declarada ou luta interna. Agitação política e intimidação, inflação
monetária, perturbação das comunicações e transportes, nova e intermináveis
regulamentações governamentais, assassinatos, raptos, incêndios, saques - quase
todo tipo de problemas angustiantes se desenvolveram em alto grau.
Freqüentemente nos sentíamos como no tempo do rei Josafá. Quando estava
assediado por insuportáveis adversários, clamou a Deus: "Não sabemos nós o que
fazer" (II Crôn. 20:12).
EEEEEE
A Ásia e a África de modo nenhum têm o monopólio dos problemas. Os
líderes da igreja em todo o mundo estão cercados e oprimidos por eles. Esta é a
hora final. Estes são os dias quando "o diabo desceu até vós, cheio de grande
cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta" (Apoc. 12:12).
Não podemos empregar profissionais de preocupação. Tampouco necessitamos
deles. Como líderes da igreja remanescente, "somos cooperadores de Deus" (I
Cor. 3:9). Podemos reclamar as promessas dos Céus de sabedoria, direção e
ajuda. Podemos sobrepujar todos os nossos problemas e preocupações.
Promessas Preciosas
Quão preciosa para todo líder cristão deveria ser esta segurança
inspirada: "Se... algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a
todos dá liberalmente". (Tiago 1:5).
"Com Deus está a sabedoria e a força, Ele tem conselho e entendimento"
(Jó 12:13).
"Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em Meu nome,
esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho
dito" (João 14:26).
De grande encorajamento são também estas palavras da mensageira do
Senhor:
"Quando estão em dificuldades, muitos pensam que devem apelar par algum
amigo terrestre, contar-lhe suas perplexidades e pedir-lhe socorro. Sob
circunstâncias probantes, enche-lhes o coração a descrença, e o caminho parece
sombrio. Contudo, ali está sempre a seu lado o poderoso e eterno conselheiro
convidando-nos a depositar nEle sua confiança. Jesus, o que sobre Si levou
nossos cuidados, diz-nos: 'Vinde a Mim, e encontrareis descanso'. Afastar-nos-
emos dEle para recorrer a falíveis seres humanos, tão dependentes de Deus como
nós próprios?" (A Ciência do Bom Viver, pp. 512, 513).
" Deus não permite que um de Seus devotados obreiros seja abandonado, a
lutar sozinho contra forças superiores, e que seja vencido. Preserva, como
jóia preciosa, todo aquele cuja vida está escondida com Cristo nEle. De cada um
destes diz: 'Eu... te farei como um anel de selar; porque te escolhi' " (Idem,
p.488).
Ainda há uma citação que é favorita para mim e que tenho visto ser
cumprida muitas vezes durante as últimas três décadas:
FFFFFF
Se consagrarmos a vida a Seu serviço, nunca seremos colocados numa
situação para a qual o Senhor não haja tomado providências. Seja qual for nossa
situação, temos um guia para dirigir o caminho; sejam quais forem as
perplexidades, temos um infalível Conselheiro; qualquer que seja a dor, a
privação ou a soledade, temos um Amigo que sente conosco" (Obreiros
Evangélicos, p. 263).
Promessas Cumpridas
Faz alguns anos, estávamos construindo um novo hospital na Ilha de
Jamaica. A parte central estava quase que terminada, mas em uma das alas
estava-se ainda colocando os fundamentos. As varas de ferro para as armações de
concreto lá estavam para nos lembrar que tínhamos que terminar o projeto. Como
estava localizado numa das principais vias públicas de Kingston, muitos altos
funcionários do governo passavam por ali diariamente.
Durante a Segunda Guerra Mundial era praticamente impossível conseguir
um contrato de uma firma para as obras de construção; conseqüentemente, isto
obrigou-nos a construir por nossa conta. Alguns materiais eram muito difíceis
de conseguir por qualquer preço, e geralmente pregava-se mais que custava.
Assim entramos em dificuldades financeiras. Aproximamo-nos da Divisão Geral
pedindo fundos. Foram compreensivos, todavia não estavam em condições de
ajudar.
Quando a mesa estudou a situação, decidiram paralisar toda a obra dentro
de duas semanas, a partir de uma data fixada, a menos que fundos chegassem de
alguma fonte inesperada. Então convertemos nossa reunião de mesa numa reunião
de oração. Clamamos pela promessa: "Nosso Pai celeste tem mil maneiras de nos
prover as necessidades, das quais nada sabemos. Os que aceitam como princípio
dar lugar supremo ao serviço de Deus, verão desvanecidas as perplexidades e
terão caminho plano diante de si" (A Ciência do Bom Viver, p. 481).
Com um ou dois dias depois meu telefone tocou. Do outro lado era o Dr.
C.R. Anderson, nosso diretor médico.
"O Senhor maravilhosamente respondeu nossa oração", disse-me. "Nesta
manhã, no serviço, recebemos três cartas cheias de boas notícias".
Uma veio de uma senhora que vivia do lado oeste da ilha. Continha um
cheque de 1.500 dólares. Ela escreveu: "Eu também quero ter uma parte na
maravilhosa obra que vocês estão fazendo".
GGGGGG
Outro vinda do Departamento de Importações nos informando que eles
estavam restituindo 3.000 dólares de alfândega que tínhamos pago de materiais
para o hospital. A terceira era do governo, e nos informava que tinham aprovado
uma ajuda de vinte mil dólares para a nova unidade médica. Que resposta a
oração: 24.500 dólares em um dia! E que Pai maravilhoso com Suas mil maneiras!
Faça de Deus Seu Sócio
Quando servimos a um Deus assim, como podemos permanecer desencorajados?
Quão maravilhosamente Ele cumpre Suas promessas para com aqueles que O tornam
Seu sócio. Notemos outra desatas preciosas afirmações:
Quem está imbuído do Espírito de Cristo habita em Cristo. Tudo o que lhe
sucede vem do Salvador que o rodeia com Sua presença. Nada pode atingí-lo sem a
permissão do Senhor. Todos os sofrimentos e desgostos, todas as tentações e
provas, todas as nossas tristezas e pesares, todas as perseguições e privações,
em suma, todas as coisas cooperam para o nosso bem. Todas as experiências e
circunstâncias são agentes benfazejos de Deus em nosso favor" (A Ciência do
Bom Viver, p. 489).
O líder cristão trabalha em sociedade com Deus. "Porque o Senhor será a
tua segurança"(Prov. 3:26). "Confia no Senhor de todo o teu coração" (Prov.
3:5). Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas"
(prov. 3:6). Aos Seus líderes Deus apela: "buscai no livro do Senhor, e lede:
nenhuma destas criaturas falhará" (Isaías 34:16). Que maior segurança
poderíamos desejar? Com Deus como nosso sócio, nenhuma promessa pode falhar. "
O governo está sobre os seus ombros" (Isaías 9:). Esta é Sua obra e não nossa.
Não se Aborrece Nem se Preocupa
Um líder que confia não se preocupa; um líder que se preocupa não
confia. Certa vez este assunto surgiu numa mesa da União. Todos os membros
concordaram que os líderes não deveriam preocupar-se - mas como? Não deveria um
líder preocupar-se com seu trabalho, seus problemas e seu programa? Certamente
que sim. Nenhum voto de dissensão sobre isto.
Então surge uma pergunta inevitável: "Quando a preocupação se torna
ansiedade?" Não é fácil dar uma resposta. Finalmente concordamos que, quando a
preocupação causa insônia, perda de apetite ou úlcera, então deixa de ser
preocupação e torna-se ansiedade.
HHHHHH
"A inquietude é cega, e não pode discernir o futuro; mas Jesus vê o fim
desde o princípio. Para cada dificuldade, tem já preparado um alívio" (A
Ciência do Bom Viver, p.481).
Escreve Paulo: "Não andeis ansioso de coisa alguma; em tudo, porém,
sejam conhecidas diante de Deus as nossas petições, pela oração e pela súplica,
com ações de graça, e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará
os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus" (Fil. 4:6 e 7).
"O crer proporciona paz e o Espírito Santo dá regozijo. Crer traz paz e
confiar em Deus ocasiona alegria" (Testimonies, Vol 2, pp. 319,320). "Quando o
acreditardes, todas as vossas negras e atormentadoras dúvidas serão lançadas
sobre o arquiengandor que as originou" (Testemunhos para Ministros, p. 517).
Disse certa vez Henry Ward Beecher: "Todo amanhã tem duas alavancas.
Podemos assegurar a alavanca da ansiedade ou a alavanca da fé". Quando o líder
cristão se associa com Deus, tem o privilégio de segurar na alavanca da fé e
aliviar-se da dor da inquietação e ansiedade, porque "nós, porém, que cremos,
estamos no descanso" (Hebreus 4:3).
Nunca foi o plano de Deus que os obreiros em sua causa se preocupassem
tanto pelos problemas que virassem de um lado par outro sem dormir à noite.
"Quando te deitares, o teu sono será suave" (Prov. 3:24). "Inútil vos será
levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente
granjeastes; aos seus amados ele O dá enquanto dormem" (Sal 127:2).
Que consolação! Quando nos retiramos à noite, podemos depor as nossas
cargas e confiar que Deus cuidará de Sua obra enquanto dormimos. podemos dizer
como o salmista: "Em paz me deito e logo pego no sono" (Sal 4:8). Deus nos
falará como falou certa vez ao Bispo William Quayce. Este grande pregador havia
passado a maior parte de uma noite caminhando de um lado para outro inquieto
por causa de certos problemas que podia solver, quando pareceu ouvir uma voz a
dizer-lhe: "Quayle, você vai para a cama. Eu cuidarei das coisas durante o reto
da noite". As coisas deixadas nas mãos de Deus se resolveram bem.
Somos Responsáveis Diante de Deus
Hugh Latimer, o reformador inglês que sofreu o martírio na estaca, foi
convidado a pregar num culto especial em que o rei deveria assistir. Enquanto
preparava o seu sermão, uma voz persistia dizendo-lhe: "Latimer, seja cuidadoso
IIIIII
com o que vi dizer; o rei da Inglaterra estará no culto de domingo". Era um
pensamento perturbador.
Logo outra voz mais fiel falou-lhe e trouxe-lhe a situação em foco de
volta: "Latimer", aconselhou a voz: "Seja cuidadoso com o que vai pregar no
próximo domingo, porque o Rei dos reis estará presente ao culto".
Um líder cristão é, acima de tudo, responsável diante de Deus por sua
mordomia. "porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele
considera todas as suas veredas" (Prov. 5:21). Devemos realizar as nossas
tarefas designadas como obreiros que trabalham tendo em vista o Rei celestial.
Este pensamento deveria ser a pedra de toque de nossa liderança.
A Aprovação de Deus Sobre o Homem
Um jovem violonista terminou o seu concerto principal. Ao terminar as
últimas notas suaves, os espectadores levantaram-se em aplauso demorado.
O jovem músico aceitou cortesmente o louvor, mas seus olhos estavam
fixos sobre o homem de cabelo branco sentado no camarote perto do estrado.
Somente quando ele riu e deu sua aprovação o jovem manifestou alívio e sorriu
para a numerosa audiência.
"Ele é o meu mestre de música", explicou mais tarde o jovem,
Uma só coisa importava par o jovem músico: o sorriso, a aprovação do seu
mestre. Todo o ruidoso aplauso de centenas de afeiçoados diante dele não podiam
tomar aquele lugar.
A aprovação de nosso Mestre - este é o nosso alvo também, como líderes
cristãos. A aprova;cão do homem é uma pálida insignificância em comparação.
"porventura procuro eu agora o favor dos homens, ou de Deus? Ou procuro
agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gal.
1:10). Assim falou o Apóstolo Paulo.
Quando tomamos a Deus como sócio, nossa paixão absorvente consistirá em
obter sua aprovação.
Dar Glória a Deus
No princípio de 1960, o Congo estava em brasa. Guerra, intriga política,
ódio tribal, frustração financeira, tudo pareci combinado em um esforço para
deter o desenvolvimento da obra de Deus. Contudo, apesar dos grandes
obstáculos, o programa da igreja avançava firmemente. Nem o fogo e nem espada,
JJJJJJ
nem o derramamento de sangue, nem feiticeiros podem impedir o triunfo final.
isto provou para mim que esta é Sua obra e não nossa. Nenhum líder africano
durante aqueles dias teria a ousadia de aceitar crédito pelos milagres diários
pela graça e poder de Deus.
Paulo falou a todos os verdadeiros líderes cristãos quando confessa aos
efésios: "Somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais
Deus de antemão preparou" (Ef. 2:10).
Quer sirvamos na África ou na América, na Ásia ou na Europa ou na
Austrália, devemos tudo o que somos ou qualquer coisa que possamos ter
realizado, a nosso Sócio invisível que, porém, sempre está presente. Na verdade
"somos cooperadores de Deus" ( I Cor. 3:9), Sem Ele - não esqueçamos nunca -
nossa liderança não pode plenamente eficaz. Com Ele podemos dizer: "Tudo posso
Naquele que me Fortalece" (Fil. 4:13).
CAPÍTULO XVI
VOCÊ PERDEU O SENSO DE URGÊNCIA ?
"Insta, quer seja oportuno, quer
não" (II Tim. 4:2).
O perigo de olvidar sua missão constantemente ameaça os líderes da
igreja. Pulo admoestou o jovem timóteo contra isto: "Insta, quer seja oportuno,
quer não"( II Tim. 4:2), ele escreveu. Quão aplicável isto é para nós nestes
últimos dias! Esta mensagem deveria gravar-se profundamente em nosso
pensamento.
Os adventistas do sétimo dia poderiam tornar-se facilmente numa outra
denominação, e seguir o seu caminho sem uma mensagem especial para esta hora
culminante de Deus. Estamos crescendo; prosperando; e estamos, até mesmo,
populares em certos setores. Esta experiência pode se tornar até satisfatória.
Mas a satisfação espiritual bem pode ocasionar indiferença espiritual.
Satisfação e indiferença logo adormecem o sentido de urgência.
KKKKKK
Urgência da Obra de Deus
Nos dias de Davi " a ordem do rei era urgente" (I Sam. 21:8). "Os
negócios do rei", como Rotherham traduziu este verso, "eram urgentes". Urgente
significa "premente", "que requer imediata atenção". O negócio do rei é
diferente de qualquer outro cidadão. É premente. Exige por uma imediata
atenção. Demanda máxima prioridade. Numa palavra, é urgente!
Alguns anos atrás estava viajando de Singapura para Sidney com o
Ministro das Relações Exteriores da Austrália no mesmo avião. logo percebi que
o Sr. Casey sempre recebia tratamento preferencial. Os oficiais dos aeroportos
cuidavam dos seus negócios primeiro. O resto de nós compreendíamos. Ele estava
a negócio do rei. Isto fazia a urgência!
Os obreiros da Igreja Adventista estão ocupados nos negócios do Rei. E o
que é mais, nosso soberano é o Rei dos reis. Nossos negócios diferem dos de
outros obreiros. Nós temos uma mensagem singular. É urgente! Sua aceitação ou
rejeição significa vida eterna ou morte eterna.
O mais terrível, contudo, é que o tempo está terminando. Nisto jaz a
urgência de nossa tarefa. Segue-se a isto em importância a extensão universal
de nossa missão. Nosso Senhor nos envia a todas as nações. Emprestando as
palavras do lema de John Wesley, temos: "O mundo é nossa paróquia". "O
evangelho eterno" deve ser pregado " a cada nação, e tribo, e língua e povo"
(Apoc. 14:6).
Nossa mensagem se centraliza em Cristo. Corporifica o amor, a paz e o
perdão divino, como é enfatizado pelos outros cristãos. Todavia, a mensagem do
advento inclui muitíssimo mais. O evangelho de quase todos os pregadores não
faz uma relação da profecia com o cataclismo final do mundo. As igrejas em
geral poderiam pregar para sempre o seu evangelho de amor, de paz e de gozo.
Mas, não os adventistas. Guiados pelo Espírito Santo e a palavra de Deus,
dizemos: "Não! Não temos diante de nós uma eternidade para preparar-nos". Então
passamos a escolher um período de tempo comparativamente curto - justamente
agora, nos dias em que estamos vivendo - e declaramos: "Não passará esta
geração sem que tudo isto aconteça" (Mat. 24:34).
Não nos atrevemos a dizer: "Meu Senhor demora-se" (Mat. 24:48). A hora
está demasiado avançada. A vida eterna está na balança. Não devemos sossegar
como se tivéssemos séculos pela frente. A mensagem de Paulo a Timóteo constitui
LLLLLL
um alerta divino para os obreiros adventistas ao redor de todo o mundo: "Insta,
quer seja oportuno, quer não" (II Tim. 4:2).
A Urgência Deve Caracterizar Nosso Planejamento
Uma urgência divina deveria ditar nosso planejamento para o futuro da
obra de Deus. "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até a ceifa? Eu, porém,
vos digo: Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a
ceifa" )João 4:35).
Agora é o tempo em que "os dirigentes da causa de Deus, como sábios
generais, devem delinear planos para fazer movimentos de avanço ao longo de
toda a linha" (Obreiros Evangélicos, p. 351). Os campos do mundo "Já branquejam
para a ceifa" hoje. Muitos acontecimentos em terras missionárias confirmam esta
declaração. Tome a Divisão Transafricana, por exemplo. Apesar da ampla
turbulência, se tivéssemos os homens e os recursos, poderíamos realizar um
trabalho de colheita muito maior. Um continente em flamas, é também um
continente de oportunidades. O que digo da África se aplica igualmente bem a
outras Divisões. "Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da
salvação" (II Cor. 6:2). A urgência de nossa tarefa está sintetizada nesta
pequena palavra de cinco letras: Agora.
"Nossos planos são em geral, muito restritos... Sua obra deve
desenvolver-se nas cidades, vilas e povoados... Devemos abandonar a visão
acanhada e fazer planos mais amplos. Deve haver um mais vasto desenvolvimento
da obra, tanto em favor dos que se acham perto como pelos que se encontram
distantes" (Evangelismo, p. 46).
Faça Planos Maiores
Nosso planejamento urgente para esta hora final deve arcar as partes
mais remotas da Terra - toda cidade, vila e povoado ainda não penetrado. Não
devemos gloriar-nos do que já temos realizado. A medida da nossa tarefa dada
por Deus é a que ainda permanece por fazer. As áreas impenetráveis deveriam
perseguir-nos até que nosso santo desespero para compelir Deus a desimpedir as
barreiras e abrir o caminho para entrarmos. Chegará o tempo, e será logo,
quando não falaremos mais de "territórios impenetrados". Os anjos levarão aos
céus as boas-novas: "Missão cumprida. O último baluarte de incrédulos se
submeteu ante o assalto do exército de Deus". Esse dia glorioso chegará
MMMMMM
unicamente como resultado das bençãos de Deus sobre "planos maiores" e uma
"mais ampla penetração do trabalho por aqueles que estão perto e distantes"
"Não devemos rondar as noventa e nove, mas sair para salvar a perdida,
procurando-a nos desertos da grandes cidades e vilas ( Testemunhos para
Ministros, p.232).
O planejamento urgente de Paulo para os seus dias incluía a conquista e
a salvação de almas. Como um evangelista cheio do Espírito, trouxe novos
membros para a igreja. Porém, não ficou a "rondar as noventa e nove". Treinou
líderes fortes d igreja para fazer isto enquanto ele viajava por outros campos.
A urgência de nosso tempo exige o mesmo tipo de duplo planejamento:
evangelismo agressivo pelos ministros e instrução do membro leigo para ajudar
a terminar a obra. Mesmo que todos já tenhamos lido isto freqüentemente é bom
que volvamos novamente a esta exortação inspirada. " O trabalho de Deus nesta
Terra nunca poderá ser terminado até que homens e mulheres que constituem
membros de nossa igreja se apresentem ao trabalho e unam seus esforços com os
dos ministros e os oficiais da igreja" (Testimonies, Vol. 9, p. 117).
O programa de Deus para Sua igreja remanescente inclui pastores leigos
bem como evangelistas leigos. Os leigos devem ser treinados e organizados para
ajudar, rapidamente, a pastorear o rebanho que cresce, bem como para pregar a
mensagem. Quando a serva do Senhor alertou contra ficar rodeando o rebanho, ela
não queria dizer que o rebanho de Deus ficasse sem pastorado. Não, mil vezes
não! Os santos débeis dentro da igreja são tão preciosos aos olhos de Deus como
os honestos de coração fora do redil. Ambos requerem atenção. Planejamento para
os últimos dias exige obreiros evangelistas que abram caminhos em áreas ainda
não penetradas e obreiros pastores para consolidar e conservar os conversos na
igreja.
Não se Desanime com as Dificuldades
"Não devemos permitir que o futuro, com seus difíceis problemas, suas
não satisfatórias perspectivas façam nosso coração fortalecer... Seja qual for
nossa situação, se somos cumpridores de Sua palavra, temos um Guia a nos
dirigir o caminho; seja qual for nossa perplexidade, temos um seguro
Conselheiro; seja qual for nossa... solidão, possuímos um Amigo cheio de
compassivo interesse" (A Ciência do Bom Viver, pp. 248 e 249).
NNNNNN
Muitos dos campos mais férteis do mundo estão praguejados com problemas
difíceis. Por exemplo, na Divisão Transafricana cada ano se batizam milhares de
pessoas em meio de dificuldade e tribulações. Como a igreja cuidará destes
novos membros? Crescimento fenomenal que traz alegria, mas também apresentam
frustrador enigma. Líderes destas áreas agradecem incessantemente a Deus pela
orientação em dirigir os seus caminhos. Em tempo de perplexidade eles volvem
para o "seguro Conselheiro" e sabem que Ele nunca os deixa falhar. Em horas de
solidão que conforto proporciona "um Amigo cheio de compassivo interesse".
Esta promessa também se aplica àqueles que trabalham em terras de
"perspectivas insuficientes". Por mais de uma década bati com minha cabeça
contra o Gibraltar do paganismo. Sei o que ir para a cama à noite perseguido
pela responsabilidade de advertir mais de 400 milhões de hindus, maometanos,
budistas e animistas, que estão destinados ao juízo. Conheço algumas das
dificuldades e dores de cabeça para tentar alcançar com a mensagem do terceiro
anjo este povo maravilhoso, porém, satisfeito. Mas alí também encontramos "um
Guia a nos dirigir o caminho" e aprendemos que na hora de perplexidade Ele é
"um seguro Conselheiro". Para aqueles que trabalham em campos de "não
satisfatórias perspectivas" Ele é "um Amigo cheio de compassivo interesse".
Nada deveria deter-nos em nosso planejamento para a obra do Senhor
agora. Os problemas difíceis, perspectivas insatisfatórias, deveriam ser um
desafio e nunca nos desencorajar ou desanimar.
"Insta, quer seja oportuno, quer não" (II Tim. 4:2), é a mensagem de
Deus a seus líderes hoje. Nós marcamos o passo da obra. Nossos membros não
marcharão mais rapidamente do que nós os liderarmos. Que Deus nos ajude como
obreiros e líderes a traçar os nossos planos com um espírito de urgência.
Urgência em Nossa Pregação
A urgência deve caracterizar nossa pregação bem como nosso planejamento.
A mensagem de Paulo a Timóteo: "Insta, que seja oportuno, quer não", foi dada
no contexto de "prega a Palavra, corrige, repreende, exorta com toda
longanimidade e doutrina" (II Tim. 4:2). Tempo urgente demanda uma urgente
pregação. Um pregador do advento nunca deveria "tomar a hora" ou "ocupar o
púlpito". Estamos entre os vivos e os mortos, e nossa pregação deve
constantemente relembrar às nossas congregações que, em breve "já não haverá
demora" (Apoc. 10:6).
OOOOOO
Escreve Paulo: "Se nosso dom é pregação, preguemos segundo a medida de
nossa visão" (Rom. 12:6 - Phillips). Nos dias da minha preparação para o
ministério aprendi uma valiosa lição, a qual oro para que nunca desapareça de
meu pensamento. Recém - vindo de conquistas no campo dos esportes, eu tinha
muito que aprender. Um professor de oratória do colégio, começou a minha
educação quando bondosamente me informava que eu era um dos mais pobres
candidatos à arte de falar em público que ele já tivera. Esta explicação
fraternal freqüentemente vem ã minha mente para lembrar-me de que se consegui
alguma coisa no púlpito é pela graça de Deus. Ocorre com a maioria de nós, que
aqueles que dependem do nosso ministério recebem bençãos a despeito do
instrumento humano, e não por causa dele. A pregação que salva é uma dádiva de
Deus.
Portanto, Paulo nos desafia a pregar "segundo a medida de nosso visão".
Devemos ser os mais eficazes pregadores que o grande Pastor pode fazer de nós.
Qual é a medida de nossa visão como pregadores adventistas? A medida de
nossa mensagem. Consideremos o quanto isto inclui. Devemos apresentar temas
estimulantes, tais como a justificação pela fé, o término da obra, o tempo da
angústia, a chuva serôdia, a sacudidura, o alto clamor, o fechamento da porta
da graça, a caída das pragas, a vinda do Rei, a vida que se mede pela vida de
Deus num mundo sem pecado, sem aflição, sem morte. Que outros grupos de
pregadores cristãos têm sido comissionada a pregar um Evangelho tão amplo e
penetrante? Na verdade somos pregadores da eternidade; portanto, "preguemos
segundo a medida de nossa visão".
Quão triste é que uma hora como esta, Deus nos encontra a dormir!
"Muitos dos que tem sido colocados sobre as muralhas de Sião, para observar com
olhos de águia a aproximação do perigo e dar a voz de alarme, estão eles mesmos
dormindo. Eles mesmos que deveriam ser os mais ativos nesta hora de perigo,
estão negligenciando os seus deveres e trazendo o sangue das almas sobre si
mesmos" (Testimonies, Vol. 5, p. 234).
Disse Deus: "A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia
sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a Palavra da Minha boca, e lhes dará
aviso da Minha parte" (Ez. 33:7).
Ele nos colocou nos muros de Sião "para vigiar com olhos de águia a
aproximação do perigo e dar a voz der alarme", à medida que encontramos os
perigos dos últimos dias. Se fazemos o nosso trabalho fielmente, se quando
PPPPPP
vemos "que a espada vem sobre a terra" pudermos "tocar a trombeta e avisar o
povo, o Senhor declara-nos sem culpa. "Se aquele que ouvir o som da trombeta,
não se der por avisado, e vier a espada, e o abater, o seu sangue será sobre a
sua cabeça. Ele ouviu o som da trombeta, e não se deu por avisado, o seu sangue
será sobre ele; mas o que se dá por avisado salvará a sua vida" (Ez. 33:3-5).
A alguns, contudo, o Senhor declara através de Sua mensageira que os que
"deveriam ser os mais ativos e vigilantes nesta hora de perigo, estão
negligenciando os seus deveres". Nãos estão pregando conforme a medida de sua
visão. Quais são os resultados? Estão trazendo sobre si mesmos o sangue das
almas. "Mas se o atalaia vir que vem a espada, e não tocar a trombeta, e não
for avisado o povo, se a espada vier; se abater uma vida dentre eles, este foi
abatido na sua iniqüidade, mas o seu sangue demandarei do atalaia" (Ez. 33:6).
Por exemplo, poderosos pregadores do passada às vezes demonstraram
urgência no seu ministério. Fui arrebatado pela vívida descrição de S. L.
Brengle sobre a pregação de Finney: "Quando através dele a lei violada falava
entre os trovões, parecia como se verdadeiramente tivéssemos 'chegado ao fogo
palpável e ardente, e a escuridão, e às trevas, e à tempestade, e ao clamor da
trombeta, e ao som de palavras'. Mas quando ele falava de Cristo, então, na
verdade 'goteje a [sua] doutrina como a chuva, destile a [sua] palavra como o
orvalho; como chuvisco sobre a relva e como gotas de água sobre a erva'" (The
Soul Winnner's, pp. 48 e 49).
A maioria de nós nunca poderemos pregar como Finney. Somos pessoas
comuns, mas temos uma mensagem sumamente extraordinária! Quando nós a pregamos
conforme a medida de nossa visão, o Espírito de Deus pode transformar uma
oratória imperfeita em flechas da justiça dirigida diretamente ao coração do
pecador necessitado e vacilante santo.
D'Aubigne escreveu de Martinho Lutero, o seguinte: "A energia de sua fé
se derramava em torrentes de fogo sobre os corações congelados" (D'Aubigne,
History of the Great Refomation). Esta era a urgência. A visão que o futuro
reformador recebeu enquanto subia a escada Santa ajoelhado o enviou de volta
não somente como portador de um credo mas como arauto de uma paixão. Sacudiu o
mundo religiosos porque proclamou a verdade presente até os limites de sua
visão. O mundo religioso de nossos dias deve também ser sacudido até aos seus
fundamentos. A mensagem de Deus da verdade presente será proclamada, não por um
QQQQQQ
famoso Reformador, mas por milhares de homens "pequenos" cheios do Espírito
pregando uma grande mensagem até ao limite de sua visão.
De Jesus se dizia em Seus dias: "Maravilham-se de Sua doutrina, porque
os ensinava como quem tem autoridade" (Mc. 1:22). Apenas uma outra forma de
dizer que Sua pregação tinha sentido de urgência. Assim era porque Cristo via
em cada pessoa, uma alma por quem Ele daria a Sua vida.
O Salvador tinha uma idéia fixa - completar os negócios de Seu Pai.
Disse Ele: "A Minha comida consiste em fazer a vontade Daquele que Me enviou, e
realizar a Sua obra" (Jo. 4:34). Esta paixão enchia Sua pregação com uma
urgência dinâmica.
Que coisa é mais agradável ao coração de um pregador adventista do que a
esperança de ver terminada a obra? Falamos sobre isto. Cantamos sobre isto. Em
quase todas as nossas orações rogamos por isto. Pregamos a cerca de uma obra
terminada. Em nosso ministério, assim como no do nosso Grande Exemplo, não
deveria esta idéia fixa por uma obra terminada emprestar uma urgência
compelidora à nossa pregação? As massas que nos rodeiam e não estão salvas não
deveriam nos inspirar a pregar com urgência e fervor comensurado de acordo com
a hora em que vivemos? Somente este tipo de pregação transformará a expressão
"uma obra terminada" de trivial terminologia em realidade gloriosa.
Os autores dos Evangelhos nos dizem que Jesus falava de forma direta.
Demorava-se em temas práticos. Aqueles cujas mentes não estavam fechadas por
cegos preconceitos, podiam saber do que Ele falava.
Uma vez ouvi um jovem pregador falar sobre João 21:3. Enfatizou a
cláusula "e naquela noite nada apanharam". Depois de escutar por alguns
minutos, estava convencido, de que seu texto foi bem escolhido. Falava sem
excitação. Realmente, em certos momentos sua exposição alcançava as alturas da
eloqüência. Ele "tinha muitas palavras" mas havia um só problema. Como os
discípulos ele não apanhou nada. Quando se assentou nem eu nem ninguém mais
sabia a cerca do que ele havia falado. Em vez de falar diretamente à
congregação com uma mensagem de urgência, deu um vôo na estratosfera da
oratória.
A mensageira do Senhor nos aconselha a sermos específicos em nossa
pregação. "Rogo aos ministros das coisas sagradas que demorem mais sobre
religião prática" (Testimonies, Vol. 5, p. 539).
RRRRRR
A mensagem adventista é prática. Lida com relacionamentos e conduta cujo
objetivo é preparar um povo para encontrar com Jesus. Quando nos assentamos
após a pregação, nossos ouvintes deveriam saber do que estávamos falando.
Marjorie Lewis Lloyd em seu pequeno livro Love on Fire, desafia-nos com
um pensamento solene: "As pessoas não vêm a igreja para ouvir um sermão. Vem a
igreja esperando, esperando ardentemente que o sermão chegue ao coração,
satisfaça as suas necessidades e modifique a sua vida. As pessoas querem ser
mudadas. Estão cansadas, tão cansadas da vida de fracassos que vivem. Não
querem somente prega;cão, mas ajuda e se alguém pode dar-lhes esta ajuda o povo
vem" (Love on Fire, pp. 42, 43).
Não se trata de alguém que "toma a hora" ou "ocupa o púlpito". Isto não
é o que o povo quer. necessitam de ajuda para viver vitoriosamente. Necessitam
de ajuda para a difícil viagem da vida. Necessitam de reprovação,
encorajamento, advertência e amor. Necessitam disto urgentemente, porque a hora
é avançada e as suas necessidades são grandes.
"O pregador que o povo mais ama é aquele que lhes dá maior ajuda para
sua vida diária" (Idem, p.43).
Com estas palavras em nossos ouvidos e o relógio divino profético
apontando os momentos para meia-noite, que Deus nos possa dar um renovado senso
de urgência! Penso que a melhor forma de terminar esta pequena mensagem seria
citar as palavras de Paulo a Timóteo:
"Conjuro-te, perante Deus e Cristo, que há de julgar vivos e mortos,
pela Sua manifestação e pelo Seu reinoL: prega a palavra, insta, quer seja
oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda longanimidade e
doutrina" (II Tim. 4:1 e 2).
SSSSSS
CAPÍTULO XVII
HÁ FOGO DENTRO?
"Tu me refazes a vida"
(Sal. 138:7).
"Olhe!" disse o velho da tribo Luo para sua esposa, mostrando uma
pequena clareira na selva. Que espetáculo! Um grupo de macacos babuínos
assentados mais ou menos em círculo como num consílio de pastores.
"Olhe aquele pequeno monte de pedaços de pau no centro do grupo",
sussurrou o velho homem. "Ele colocaram os apus da mesma maneira como fazemos
com a lenha para fazer fogo".
Certamente! a cena assemelha-se a um grupo de discussão ao redor de uma
fogueira - exceto que eles não tinha fogo na pilha de lenha.
"Eles já nos viram muitas vezes fazendo fogo", explicou o esposo. Agora
eles também preparam o seu. Eles têm tudo, menos o fogo".
TTTTTT
Fogo nas Rodas
Em nosso primeiro capítulo, escrevemos da maravilhosa organização que os
Adventistas do Sétimo Dia têm aperfeiçoado sob a direção e a benção de Deus.
Temos todas as rodas. Temos tudo - a mensagem, os líderes, os membros e
recursos abundantes. O que precisamos agora é de fogo - fogo para incendiar
toda a organização, fogo que brilhe como relâmpago através das rodas da
organização, fogo que inflame homens e mulheres para Deus. Esse "fogo" é o
poder do Espírito Santo.
O profeta Ezequiel contemplou fogo - fogo vivente - nas rodas de Deus.
"O aspecto dos seres viventes era como carvão em brasa, à semelhança de tochas:
o fogo corria resplendente entre os seres, e dele saíam relâmpagos" (Ez. 1:13).
As rodas dentro da igreja Remanescente devem ser acesas com fogo como no
Pentecostes. O Espírito Santo deve eletrizar e dinamizar a organização. Da
máquina devem sair "relâmpagos", o próprio poder dos céus. Máquina sem fogo,
organização sem o Espírito Santo, líderes sem o poder de cima, nunca terminarão
a obra de Deus nesta geração.
Sem Fogo Não Há Poder
Faz alguns anos um missionário levou um velho indígena convertido a uma
cidade canadense. Era a primeira visita que esse pela vermelha fazia a esse
local. Todas as coisas eram assombrosa e maravilhosamente novas para ele. Viu
pela primeira vez a luz elétrica.
"O que faz arder?" Exclamou.
"O fogo que está dentro", o seu amigo missionário exclamou.
Alguns momentos depois subiram num elevador até ao décimo andar de seu
hotel.
"O que faz isto subir?" Perguntou admirado.
"O fogo que está dentro", foi a réplica.
No quarto do hotel o missionário pegou o telefone e, para o deslumbre do
seu companheiro indígena, manteve a conversação com um amigo invisível. Com os
olhos abertos de espanto, o homem de pele vermelha aproximou-se dele.
"O que faz isto falar?" Ele perguntou.
"O fogo que está dentro", disse o seu amigo.
UUUUUU
Um dia ou dois mais tarde uma falha na corrente elétrica paralisou toda
a cidade. As luzes se apagaram. Os ônibus elétricos pararam onde estavam. Os
elevadores pararam entre os andares.
O velho indígena estava desalentado. Descreveu a situação com uma
inteligência pitoresca.
"A luz desaparecera da fonte - não a fogo dentro. O que sobe e desce na
casa parou - não há fogo dentro".
O homem de pele vermelha estava certo. Tudo pára quando não há fogo
dentro. Falta de poder, se é numa grande cidade ou numa igreja de Deus, é um
assunto sério. Quando falta o Espírito Santo a obra logo definhará. Mesmo cheia
de atividade, mas sem fogo próprio do Céu, não poderá haver real e duradouro
progresso.
A mensageira de Deus enfatiza esta verdade vez após vez. "Não podemos
depender da forma ou do maquinismo externo. O que precisamos é da vivificadora
influência o Espírito Santo de Deus" (Testemunhos para Ministros, p. 512). "Se
eles (os discípulos no Pentecostes) o necessitavam (O Espírito Santo) naquele
tempo, nós o necessitamos muito mais... Sem o Espírito e o poder de Deus
trabalharemos em vão" (Testimonies, Vol. 5, p. 158).
Promessa Cumprida
"Precisais de poder, e este, Deus está disposto a vos dar sem
restrições"(Obreiros Evangélicos, p. 35). Que preciosa segurança!
Verdadeiramente necessitamos de poder! A mensageira do Senhor declara que o
nosso Deus pode satisfazer e satisfará nossas necessidades "sem restrições".
Gosto da maneira como Phillips traduz a certeza que Paulo dá aos
crentes de Corinto: "Ele... nos deu a garantia viva do Espírito" (II Cor.
1:22). Mas isto não foi exclusivamente para eles, senão também para os crentes
em Nova York, Shagai, Londres, Cape Town, Sydney, Berna, Buenos Aires e em
toda parte.
Nosso Deus é um Deus vivo. Suas promessas pulsam com vida. Nunca
necessitamos duvidar de seu cumprimento. "Nesta mesma hora Seu Espírito e Sua
graça são para todos os que os necessitarem e quiserem tomá-lo em sua palavra"
(Testimonies, Vol. 8 p.20).
VVVVVV
Não podemos fazer isto? Não podemos aceitar a" garantia viva do
Espírito?" Atrevemo-nos a recusar a graça e o poder com os quais Ele deseja nos
imbuir agora? "A promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século ou
raça" (Atos dos Apóstolos, p.49). Deus tem colocado este grande poder ao
alcance de todas as pessoas, de todas as idades, de todas as nações e de todos
os tempos. "Confiemos em Sua Palavra".
Devemos Pedir
Porque Deus tem prometido Seu Santo Espírito para capacitar a igreja
terminar Sua obra, não significa que o temos automaticamente. Não devemos
descansar "satisfeitos, pensando que no curso ordinário da estação a chuva
cairá. Pedi-a" (Testemunho para Ministros, p. 508). Encontramos uma instrução
semelhante no Velho Testamento: "Pedi ao Senhor chuva no tempo das chuvas
serôdias" (Zac. 10:1). Devemos orar para que Deus descerre a fonte da água da
vida" (Testemunhos para ministros, p. 509).
"Podemos ter tido uma medida do Espírito de Deus, mas tanto pela oração
como pela fé devemos buscar continuamente mais do Espírito. Nunca dá resultado
cessarmos os nossos esforços" (Idem, p.508). Devemos "lutar com Deus em
fervorosa oração pelo batismo do Espírito Santo, para que (possamos) atender
às necessidades de um mundo que perece no pecado" (Idem, p. 459). "Grupos de
obreiros cristãos se devem reunir para suplicar auxílio especial, sabedoria
celestial, para que saibam planejar e executar sabiamente" (Atos dos
Apóstolos, p. 50).
"Em todas as reuniões devemos pedir a Deus para que cumpra as promessas
do Pai" (Testemunhos para Ministros, p. 509). Quando Deus atender a estas
orações, como seguramente o fará, unicamente então, a igreja remanescente
receberá "abundante graça" e "grande poder" para terminar a obra "nesta
geração".
O Preço do Fogo nas Rodas
Em 8 de dezembro de 1934, bandidos chineses assassinaram dois
missionários presbiterianos, John e Betty Stan, e queimaram completamente sua
casa. Alguns dias depois da tragédia, entre as ruínas, amigos encontraram a
página em branco no princípio da Bíblia da Sra. Stam. nela estavam escritas
estas palavras comovedoras de dedicação:
WWWWWW
"Senhor, deponho meus propósitos e planos, todos os meus desejos,
esperanças e ambições e aceito Tua vontade para a minha vida. Entrego-me a mim
mesma, minha vida, meu tudo para Ti para ser Tua para sempre. Entrego aos Teus
cuidados toda a minha amizade e amor. Todas as pessoas a quem amo ocuparão um
segundo lugar no meu coração. Enche-me e sela-me com o Teu Espírito Santo.
Faze cumprir todos os Teus propósitos na minha vida, a qualquer custo, agora e
sempre. Para mim, o viver é cristo, e o morrer é ganho".
Isto, líderes companheiros, indica o preço do poder - fogo nas rodas -
tudo que temos e somos. Uma entrega total e sem reservas. O Espírito Santo não
pode possuir um templo dividido.
Davi conhecia o preço do poder: "Imploro de todo o coração a tua graça"
(Sal. 119: 58). "Bem-aventurados os que... o buscam de todo o coração" (Sal.
119:2).
A mensageira do Senhor sabia o preço e o segredo do poder: "Nada está
aparentemente mais ao desamparo, mas na realidade mais invencível, do que a
alma que sente sua nulidade, e confia inteiramente em Deus" (Profetas e Reis,
p. 175). "Não há limites à utilidade de uma pessoa que, pondo de parte o
próprio eu, oferece margem à operação do Espírito Santo na alma, e vive uma
vida de inteira consagração a Deus" (Desejado de Todas as Nações, p. 227).
O poder do Pentecostes virá a igreja unicamente quando viverem o
espírito do Pentecostes. A luz refulgirá nas rodas de nossa administração
somente quando as lâmpadas de Deus estiverem acesas no coração dos líderes de
Deus. Unicamente então ocorrerá o grande reavivamento que preparará o caminho
para a terminação da obra.
Reavivamento Prometido
"Fiquei profundamente impressionado com as cenas que ultimamente
passaram perante mim nas visões da noite", escreveu a irmã White. "Parecia
estar-se operando um grande movimento - uma obra de reavivamento - em muitos
lugares. Nosso povo ocorria a seus postos, atendendo ao chamado de
Deus"(Serviço Cristão, p. 42). Esta é a cena dos líderes e membros consagrados
que anelam testemunhar e participar desde há muito tempo.
Graças a Deus que o tempo de refrigério virá. Não há dúvida quanto a
isto! Deus tem prometido. Isto virá. "Antes de os juízos finais de Deus caírem
sobre a Terra, haverá entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva
XXXXXX
piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos" (Conflito dos
Séculos, p. 464).
"Assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim
vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para a que designei"
(Isaías 55:11). Deus tem penhorado Sua palavra de que um reavivamento virá ao
Seu povo. Essa promessa não voltará para Ele vazia.
O Reavivamento Começa com Indivíduos
Durante os dias do grande reavivamento galês, um cristão londrino
decidiu ir ao País de Gales e ver por si mesmo o despertamento. Ao sair do
trem, começou a olhar ao redor por evidências de uma grande excitação
religiosa.
Não vendo nada inusitado, aproximou-se de um policial que estava em pé
na plataforma da estação.
"Oficial", ele perguntou: "onde está este grande reavivamento galês do
qual tenho lido tanto?"
O policial, também um cristão, levantou os seus ombros e apontou para o
seu próprio peito. "Senhor, está aqui mesmo atrás destes botões de bronze".
O Espírito de Profecia declara que o reavivamento começará quando uma
pessoa, um pastor, um presidente, um oficial da igreja ou um membro leigo,
prepara o caminho "atrás de seus botões de bronze".
Notemos, agora: "O reavivamento das igrejas provêm do sincero esforço de
alguma pessoa em buscar as bençãos de Deus" (Serviço Cristão, p. 12). "De
alguma pessoa em buscar". Aqui você tem as cinco mais importantes palavras
neste capítulo. Aqui está o segredo do reavivamento. Esqueça tudo, menos isto.
Mas, continue a ler: "Essa pessoa tem fome e sede de Deus, e pede com
fé, recebendo de acordo com ela. Põe-se a trabalhar com zelo, reconhecendo sua
inteira dependência do Senhor, e almas são despertadas para buscar uma benção
semelhante, recebendo em seu coração um período de refrigério" (Idem, 121).
Reavivamento é uma experiência pessoal. "Devemos encarar a tarefa
individualmente" (Christ Our Rightcoousness, p. 31).
Oh! Sim, na verdade, outros seguirão - dezenas, centenas, milhares
talvez, dependendo da localidade. "O grande movimento", segundo foi mostrado à
mensageira do Senhor, ocorrerá. Milhares aceitarão "respondendo ao chamado de
Deus" (Serviço Cristão, p. 42). Mas, a obra começará em várias igrejas, em
YYYYYY
diferentes comunidades, quando um membro, um pastor, um professor, um
administrador, procurar fervorosamente a benção de Deus.
Nos dias do ímpio Acabe e Jezabel, o Senhor usou um homem - Elias - para
operar um reavivamento. Elias, "cujo destemeroso ministério estava destinado a
deter a rápida disseminação da apostasia de Israel" (Profetas e Reis, p. 119).
"Com a exterminação dos profetas de Baal, estava aberto o caminho para uma
poderosa reforma espiritual entre as dez tribos do reino do norte" (Idem, p.
155). Para Deus um homem foi suficiente quando ele estava cheio do Espírito
Santo.
Enquanto Elias testemunhava no reino do norte, Deus enviou outro profeta
para admoestar a Judá no sul. Josafá continuou a boa obra do rei Asa, seu pai.
Ele "andou nos primeiros caminhos de Davi, sei pai, e não procurou a Baalins".
Tornou-se-lhe ousado o coração em seguir os caminhos do Senhor" (II Crôn. 17:3,
6).
Josafá destruiu centros de culto a Baal. Ele "tirou os altos e os
postes-ídolos de Judá" (II Crôn. 17:6). Como resultado ocorreu um grande
reavivamento. Este reavivamento espiritual de Judá fortaleceu a nação para
resistir à invasão moabita em tempo posterior. O novo havia sido ensinado a
confiar no Senhor e estava preparado para a emergência.
"Agora, quando o reino estava em perigo, Josafá não estava sozinho. Todo
o Judá estava em pé perante o Senhor, como também as suas crianças, as suas
mulheres, e os seus filhos...' Unidos jejuaram e oraram" (Profetas e Reis, p.
200). Que influência exercida por um líder piedoso! Como o Senhor o usou! Hoje
deve ocorrer o mesmo. Deus precisa de muitos Josafás e postos em foco de
agitações perturbadoras através do mundo para liderar, para endireitar e
preparar o povo para as futuras calamidades e desafios.
Leia a experiência de outros líderes a quem Deus usou para trazer
reavivamento a Seu povo. entre outros, verifique Ezequias, Josias, Esdras,
Neemias e Jonas. Esses reavivamentos ocorreram porque uma pessoa buscou
fervorosamente ao Senhor.
Como Começa Um Reavivamento
O Senhor, através do rei Salomão, estabeleceu os passos que conduzem a
um reavivamento. Leia-os comigo no espírito de oração: "Se o meu povo, que se
chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus
ZZZZZZ
maus caminhos, então eu o ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei
a sua terra" (II Crôn. 7:14).
Aqui estão, claros e inconfundíveis, os quatro passos que levam a um
verdadeiro reavivamento:
(1) Exame de coração e arrependimento.
(2) Jejum e oração.
(3) Confissão e culpa.
(4) Fervoroso exame da Palavra.
Líder ou leigo, este é o caminho, a única maneira. Não existe nenhum
atalho sensacional, nenhuma fórmula mágica. Tão simples, contudo tremendamente
importante. Você e eu devemos nos arrepender, orar, confessar e estudar como
conseguir o nosso reavivamento. Como líderes, necessitamos percorrer este
caminho e levar o nosso povo conosco.
Fazer isto não demanda um grande conhecimento. Não requer recurso
financeiros. Mas, novamente repito, isto requer tudo o que possuímos, ou somos.
Unicamente tal experiência produzirá um reavivamento em seu coração e no meu.
Procura de Líderes Para o Reavivamento
Deus está procurando líderes que estão disposto a pagar o preço de uma
total entrega. Para eles, o poder do Espírito Santo será dado (Testimonies,
Vol. 8, p. 20). Não o procuraremos de todo o nosso coração?
Escreveu a serva do Senhor: "Tenho ansiosamente aguardado, esperando que
Deus revista alguns de Seu Espírito e os use como instrumentos de justiça para
despertar Sua igreja e organizá-la" (Idem, Vol. 5, p.663).
Isso já faz anos. Aqui estamos, décadas depois, ainda nas bordas do
reino. Não nos ofereceremos humildemente para ser usados por Deus para acender
este último reavivamento em nossa igreja, em nosso estado e em nosso país?
Quando o Senhor bata no seu e no meu ombro, não responderemos: "Eis-me
aqui?" (Isa. 6:8).
Deus disse: Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o pórtico e
o altar, e orem: Poupa o teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao
opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Porque hão de dizer entre os
povos: Onde está o seu Deus? Então o Senhor se mostrou zeloso da sua terra,
compadeceu-se do Seu povo" (Joel 2:17 e 18).
AAAAAAA
Você ainda quer que um líder? Então, proste-se de joelhos diantes de
Deus. Com lágrimas de a lição rogue pedindo aptidão, primeiro para você mesmo,
e depois para o povo que você lidera.
Os tempos perigosos em que vivemos exigem líderes com uma preocupação,
líderes que chorem entre o pórtico e o altar, líderes que jejuem e orem
buscando o Senhor de todo coração. A obra de Deus na atualidade exige líderes
que têm fome e sede dEle, líderes que investiguem as Escrituras, líderes que
vivam vidas centralizadas em Cristo e que preguem sermões cristocêntricos.
Que Deus faça de você e de mim líderes deste jaez. Oxalá sejamos homens
fogo, dispostos a sermos consumidos por Deus!
A ORAÇÃO DE UM ADMINISTRADOR
Querido Senhor:
Ajuda-me a ser eu mesmo o que desejo que os outros se
tornem - um cristão nascido de novo e praticamente. Qualquer reputação como um
líder deve ser medida com esta que é a mais elevada de todas as vocações.
Ajuda-me a exercer maior tato, a ser tão solícito e bondoso como Jesus
foi com os que eram alcançados por Sua vida. ajuda-me a nunca ser rude, nunca
falar desnecessariamente uma palavra severa, jamais ocasionar dores
desnecessárias a uma alma sensível.
Ajuda-me a ser corajoso, alegre, zeloso e possuído de santo entusiasmo
para meu trabalho.
BBBBBBB
Dá-me consciência que sinta nitidamente o pecado da inatividade;
capacita-me a abrir portas de oportunidade nas muralhas que me separam do
mundo.
Que eu nunca pergunte: "Isto é seguro?" "Isto é político?" "Isto é
popular?" Mas sempre: "Isto é correto?"
Ajuda-me a aumentar o valor de todas as pessoas que me rodeiam.
Ajuda-me a ser suficientemente grande para passar por alto os
menosprezos, sejam intencionais ou despercebidos, a perdoar e a esquecer as
injúrias.
Dá-me graça para jamais retaliar ou ser vingativo - sobretudo, Senhor
nunca usar a minha influência ou posição para me vingar de alguém que se opôs a
mim ou me feriu.
Ajuda-me a nunca criar desnecessariamente problemas com os meus
companheiros de trabalho.
Que eu posso evitar a trivialidade. Que eu esteja disposto a ceder em
pontos que não envolvam princípios
Ajuda-me a tratar aqueles que estão "sob minhas ordens" com tão grande
respeito e deferência como trato meus "superiores".
Ajuda-me a nunca passar a culpa a outros, mas aceitar a minha
responsabilidade quando as coisas saem erradas.
Ajuda-me a não pedir aos outros o que eu posso mas não quero fazer.
Permita-me exercer a liderança mais por exemplo do que o preceito.
Ajuda-me a regozijar-me sempre com o êxito de um irmão, mesmo quando
tenha sido à minha custa.
Não permita que me alimente das cascas dos fracassos e tolices dos
outros. Senhor, se não tenho nada de bom para dizer de um irmão, ajuda-me a
manter a minha boca fechada.
Lembra-me com freqüência, cada dia que "o que guarda a boca conserva a
sua alma; mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruina".
Concede-me paciência debaixo da provação, recorda-me as palavras do
sábio: "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira".
Ajuda-me a ceder sempre graciosamente quando meu irmão não vê luz em
meus planos ou propostas. Unicamente quando princípios estão em jogo, ajuda-me
a permanecer "firme pelo que é reto, ainda que caiam os céus" (Educação, p.
57).
CCCCCCC
Ajuda-me a não agir impetuosamente ou em julgamento apressado. Quero
lembrar sempre que as emergências demandam uma atenção e uma ação imediata, mas
a maioria das decisões é tomada numa atmosfera de oração e reflexão.
Quando tratar com os que erram, ajuda-me a agir com amor, misericórdia e
verdadeira justiça - com o mesmo espírito com que gostaria ser tratado,
recordando sempre que eu também posso ser tentado.
Ajuda-me a usar sabiamente os recursos do Senhor - não são meus, mas
Teus, e muitos desses centavos vieram através de muitas horas de trabalho e de
abnegação.
Ajuda-me a não comprometer-me tanto com as responsabilidades
administrativas que eu perca de vista a minha mais elevada vocação - ganhar
almas. Relembra-me freqüentemente que estou nesta vida, unicamente a fim de
preparar-me e preparar outros para a vida porvir.
Ajuda-me a ser homem de oração e um homem da Palavra, e que nunca
encoraje a outros nestes dois importantes requisitos de êxito espiritual,
meramente por preceito. Que cada dia comece e termine Contigo.
Que nunca creia que nenhuma tarefa, com a ajuda divina, é impossível.
Ajuda-me a nunca dar menos do que o meu melhor a Ti e a Tua obra - "boa
medida, recalcada... e transbordante".
Que eu faça sempre de Cristo o primeiro, o último e o melhor em todas as
coisas.
APÊNDICE
SE VOCÊ É O PRESIDENTE DA COMISSÃO
Inicie a Reunião com Oração
Posto que toda reunião trata de assunto importante e delicados,
relacionados com progresso da obra de Deus e com o bem-estar de seus obreiros,
é indispensável que se inicie com a direção divina.
Designe um Secretário
Certifique-se que o secretário esteja a posto para tomar nota dos
resultados. Em alguns grupos ele é membro eleito, bom como o presidente, como
DDDDDDD
ocorre com a comissão da igreja. Para algumas reuniões o secretário é eleito
entre os próprios membros. Deve-se proceder de forma parlamentar mediante
proposta, apoio e por voto favorável da maioria dos seus membros.
O secretário deverá anotar a hora, local de reunião, nomes dos membros
presentes, detalhes de todas as ações votadas, no fim assinam os nomes do
presidente e do secretário.
Apresente a Agenda
se há vários ítens, prepare uma agenda para distribuir aos membros. Para
funcionar, precisa-se de um quorum. A menos que os estatutos especifiquem outra
coisa, um quorum consiste da maioria dos membros constituídos presentes.
Apresentar os Temas Para Discussão
Peça aos membros para observarem os procedimentos parlamentar, isto, é
dirigir-se ao presidente pedindo a palavra. Se várias pessoas pedem a palavra
ao mesmo tempo, aceite a todas, estabeleça a ordem para que eles falem. Não
permita que as pessoas que tem a vez de falar seja interrompida por outro
membro.
Pedir Uma Proposta
Quando um ponto tenha sido suficientemente esclarecido, mencione que
está pronto para receber uma proposta. Se um membro formula uma proposta, então
pergunte: "Há um apoio?" Se não há, não perca tempo em considerar isto. Isto
morrerá normalmente. Mas, se há, então mencione exatamente a questão diante da
comissão, repetindo: "Foi proposto e apoiado que_______________".
Aqui deve dar uma oportunidade para discussão, pedindo aos membros que
falem somente sobre a proposta. Se outros pontos forem introduzidos, indique
que eles estão fora de lugar.
Voltar a Proposta
Faça isto quando você como presidente sente que a discussão terminou.
Pergunte: "Estão prontos para voltar?" Depois de uma pausa razoável, o debate
deve ser considerado terminado. Com freqüência, isto ocorre quando alguém
propõem: "Votação". Verifique que este proceder não seja inescrupulosamente
usado por algum membro impaciente para encerrar a reunião.
EEEEEEE
A Maioria dos Votos Decide o Assunto
Anuncie o resultado de cada votação dizendo: "Está votado". Não permita
nenhuma discussão posterior sobre o ítem tratado, a menos que a reconsideração
seja apoiada e aprovada pela maioria de votos. Continue a ação original até que
seja rescindida pela regulamentação parlamentar de propor, apoiar e o voto da
maioria. Nesse caso, o presidente pede uma nova proposta.
Suspender a Sessão
Quando os assuntos são completados, mencione: "Alguém propõem que se
suspenda a sessão?" Esta proposta, também, deve ser apoiada e votada pela
maioria. Então o presidente declara: "Está suspensa a sessão".
Terminar com Oração
Peça a aprovação e a benção de Deus sobre as decisões tomadas e as
pessoas afetadas por elas.
(Para os que desejam informação adicional acerca da forma como dirigir
uma comissão, recomendamos o livro Robert's Rules of Order, pelo General Henry
M. Robert, publicado por Scott, Doresmam and Company, Chicago, Illinois).