rodovia estadual to-444/447 -...
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PCAS Plano de Controle
Ambiental e Social
Rodovia Estadual TO-444/447
Trecho: Paraíso do Tocantins-TO / Chapada de Areia-TO
SFG3125P
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APRESENTAÇÃO
O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial e mesmo possuindo ampla malha rodoviária, onde
mais de 62 mil quilômetros de vias federais pavimentadas refletem os avanços conseguidos na década de
1970, período em que o país direcionou seus investimentos para o modal. Atualmente o principal modo de
transporte no Brasil é o rodoviário respondendo por mais de 58% do volume de movimentação nacional de
cargas e 48% do transporte interestadual de passageiros (LOPES et al., 2008).
De acordo com Ministério do Planejamento (2014) a malha rodoviária brasileira é organizada por esfera de
jurisdição (federal, estadual e municipal), dividindo-se em estradas planejadas e implantadas.
No âmbito das rodovias estaduais, destaca-se que o Governo do Estado do Tocantins têm realizado
procedimentos para a consolidação das ações do Transporte e Logística, prevendo a pavimentação e a
restauração das rodovias existentes, almejando a integração das várias regiões do Estado do Tocantins,
auxiliando no processo de desenvolvimento, a redução do índice de acidentes, facilitação do escoamento da
produção agrícola e integração intermodal com a Hidrovia Araguaia-Tocantins e da Ferrovia Norte-Sul, tendo
em vista a redução dos custos, viabilizando a competitividade dos produtos tocantinenses (NATURATINS,
2014).
Importante acrescentar que os benefícios advindos da implantação e principalmente da pavimentação das
rodovias são variados, porém, existem impactos associados aos compartimentos ambientais, a exemplo da
remoção da cobertura vegetal e o prejuízo de habitats da fauna local, bem como a alteração das águas
superficiais e subterrâneas, erosão do solo e assoreamentos de cursos d’água, dentre outros.
Visto a significância da malha rodoviária para a conexão e deslocamento entre os municípios de Paraíso do
Tocantins (TO) e Chapada de Areia (TO), é proposto o presente Plano de Controle Ambiental (PCA),
elaborado de acordo com os itens propostos pelo Termo de Referência (TdR) desenvolvido pelo Instituto
Natureza do Tocantins (NATURATINS) em consonância com a Agência de Máquinas e Transportes do Estado
do Tocantins (AGETO), com base nas informações técnicas contempladas no Projeto Executivo, visando à
obtenção das licenças ambientais junto ao referido Órgão Ambiental, como preconiza a Resolução COEMA nº
007/2005, necessárias para a pavimentação asfáltica da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins-TO/Chapada de Areia-TO.
Desta forma, o Plano de Controle Ambiental (PCA) apresenta os programas de implantação e as medidas de
controle ambiental para o empreendimento, constando a justificativa, objetivos e detalhamento das ações a
serem realizadas.
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................................ 15
1.1 DO OBJETO DO RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL E SOCIAL................................................................................ 15
1.2 DO EMPREENDEDOR ................................................................................................................................................................................ 15
1.3 DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO (RCA/PCA) ................................................................ 16
2 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 17
3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................................................... 18
3.1 JUSTIFICATIVA DO PROJETO ................................................................................................................................................................ 18
3.1.1 Dos Ganhos Sociais e Econômicos do Projeto .................................................................................................................. 19
3.1.2 Dos Ganhos Ambientais ................................................................................................................................................................ 27
3.2 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS .................................................................................................................................................................... 27
3.3 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................................................................................................................ 30
3.3.1 Aspectos Técnicos do Empreendimento ............................................................................................................................... 31
3.3.1.1 Geometria do Traçado .................................................................................................................................................................... 31
3.3.1.2 Estudos Topográficos ...................................................................................................................................................................... 34
3.3.1.3 Características Técnicas e Operacionais ................................................................................................................................. 36
3.3.1.4 Aspectos Construtivos ..................................................................................................................................................................... 38
3.4 ESPECIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA ...................................................................................................... 67
3.5 ESPECIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS MAQUINÁRIOS E EQUIPAMENTOS .......................................................... 69
3.6 CANTEIRO DE OBRAS ............................................................................................................................................................................... 70
3.7 FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................................................................................................................................ 72
3.8 MATERIAL MINERAL .................................................................................................................................................................................. 73
3.8.1 Empréstimos ........................................................................................................................................................................................ 73
3.8.2 Jazidas de Solos Granulares......................................................................................................................................................... 73
3.8.3 Jazida de Areia ................................................................................................................................................................................... 75
3.8.4 Jazida de Granito .............................................................................................................................................................................. 76
3.9 BOTA-FORA ................................................................................................................................................................................................... 77
3.10 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ........................................................................................................................................................... 79
4 PROGRAMAS AMBIENTAIS E SOCIAIS DE CONTROLE E MONITORAMENTO.................. 80
4.1 PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL (PGAS) ........................................................................................................ 80
4.1.1 Justificativa ........................................................................................................................................................................................... 80
4.1.2 Objetivo.................................................................................................................................................................................................. 81
4.1.3 Ações Previstas ................................................................................................................................................................................... 82
4.1.3.1 Gerenciamento Ambiental e Social do Empreendimento ............................................................................................. 82
4.1.3.2 Monitoramento das Atividades .................................................................................................................................................. 83
4.1.3.3 Supervisão Ambiental e Social do Empreendimento ...................................................................................................... 86
4.1.3.4 Elaboração dos Relatórios Parciais ........................................................................................................................................... 87
4.1.3.5 Reuniões Internas para Avaliação ............................................................................................................................................. 88
4.1.4 Frequência das Ações de Controle e Monitoramento ................................................................................................... 88
4.2 PROGRAMA AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO (PAC) .................................................................................................................. 89
4.2.1 Justificativa ........................................................................................................................................................................................... 89
4.2.2 Objetivo.................................................................................................................................................................................................. 89
4.2.3 Ações Previstas ................................................................................................................................................................................... 90
4.2.3.1 Licenciamento Ambiental das Áreas de Apoio .................................................................................................................. 90
4.2.3.2 Instalação do Canteiro de Obras ............................................................................................................................................... 90
4.2.3.3 Estocagem da Camada Superficial Proveniente das Limpezas ................................................................................... 91
4.2.3.4 Controle de Materiais Particulados e Ruídos ...................................................................................................................... 92
4.2.3.5 Controle de Processos Erosivos ................................................................................................................................................. 92
4.2.3.6 Controle de Resíduos Sólidos ..................................................................................................................................................... 94
4.2.3.7 Controle de Resíduos Líquidos ................................................................................................................................................... 95
4.2.3.8 Controle de Material Betuminoso ............................................................................................................................................. 95
4.2.3.9 Controle das Áreas de Apoio ...................................................................................................................................................... 97
4.2.3.10 Controle das Atividades de Terraplanagem ......................................................................................................................... 97
4.2.3.11 Controle das Atividades de Taludes e Corte de Aterro ................................................................................................. 98
4.2.4 Ações Previstas a Fase de Conclusão ..................................................................................................................................... 98
4.2.4.1 Recuperação das Caixas de Empréstimo ............................................................................................................................... 98
4.2.4.2 Recuperação dos Canteiros de Obras..................................................................................................................................... 99
4.2.4.3 Recuperação das Jazidas ............................................................................................................................................................... 99
4.2.4.4 Recuperação de Bota-Fora ........................................................................................................................................................ 100
4.2.4.5 Recuperação de Áreas Degradadas ...................................................................................................................................... 100
I. Limpeza e Descompactação da Área ................................................................................................................................... 101
II. Preparo do Solo .............................................................................................................................................................................. 102
III. Aquisição de Mudas ..................................................................................................................................................................... 102
IV. Plantio .................................................................................................................................................................................................. 102
V. Tratos Culturais ............................................................................................................................................................................... 103
VI. Manejo e Conservação ................................................................................................................................................................ 104
VII. Cuidados Adicionais ...................................................................................................................................................................... 104
4.2.4.6 Desativação das Estruturas ........................................................................................................................................................ 105
I. Limpeza do Terreno ...................................................................................................................................................................... 105
II. Readequação do Solo .................................................................................................................................................................. 105
III. Destinação Final dos Resíduos Sólidos ............................................................................................................................... 106
4.2.4.7 Cuidados de Cunho Geral .......................................................................................................................................................... 106
4.2.5 Etapas de Execução ....................................................................................................................................................................... 106
4.2.6 Frequência das Ações de Controle e Monitoramento ................................................................................................ 107
4.3 PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS (PCRH) .......................................................................... 108
4.3.1 Justificativa ........................................................................................................................................................................................ 108
4.3.2 Objetivo............................................................................................................................................................................................... 108
4.3.3 Ações Previstas ................................................................................................................................................................................ 109
4.3.3.1 Controle dos Impactos nos Recursos Hídricos ................................................................................................................ 109
4.3.3.2 Monitoramento da Qualidade da Água .............................................................................................................................. 110
VIII. Implantação, Acompanhamento e Avaliação ................................................................................................................... 116
4.3.4 Frequência das Ações de Controle e Monitoramento ................................................................................................ 117
4.4 PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA FAUNA E DA FLORA (PCFF) ................................................................................. 117
4.4.1 Justificativa ........................................................................................................................................................................................ 117
4.4.2 Objetivo............................................................................................................................................................................................... 118
4.4.3 Ações Previstas ................................................................................................................................................................................ 118
4.4.3.1 Obtenção da Autorização de Exploração Florestal ....................................................................................................... 119
4.4.3.2 Controle da Supressão Vegetal nas Áreas de Preservação Permanente ............................................................ 119
4.4.3.3 Controle das Áreas sem Vegetação ...................................................................................................................................... 119
4.4.3.4 Controle da Supressão em Áreas de Vegetação Remanescente ........................................................................... 120
4.4.3.5 Medidas de Proteção da Fauna .............................................................................................................................................. 120
III. Instalação de Placas de Advertência .................................................................................................................................... 123
4.4.3.6 Monitoramento da Fauna .......................................................................................................................................................... 124
IX. Implantação, Acompanhamento e Avaliação ................................................................................................................... 127
4.4.4 Etapas de Execução ....................................................................................................................................................................... 127
4.4.5 Frequência de Ações de Controle e Monitoramento .................................................................................................. 127
4.5 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (PEA) ....................................................................................................................... 128
4.5.1 Justificativa ........................................................................................................................................................................................ 128
4.5.2 Objetivos ............................................................................................................................................................................................ 129
4.5.3 Ações Previstas ................................................................................................................................................................................ 130
4.5.3.1 Realização de Treinamentos e Capacitações .................................................................................................................... 130
4.5.3.2 Confecção de Material Didático/Pedagógico ................................................................................................................... 134
a) Manual de Comportamento Sustentável dos Trabalhadores ................................................................................... 134
b) Material Didático para a Comunidade Local .................................................................................................................... 135
4.5.3.3 Contato com a população do Entorno das Obras ........................................................................................................ 135
4.5.3.4 Oficinas Lúdicas Recreativas ..................................................................................................................................................... 135
4.5.3.5 Gerenciamento de Riscos ........................................................................................................................................................... 136
4.5.4 Etapas de Execução ....................................................................................................................................................................... 142
4.5.5 Frequência das Ações de Controle ....................................................................................................................................... 142
4.6 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (PCS) ...................................................................................................................... 143
4.6.1 Justificativa ........................................................................................................................................................................................ 143
4.6.2 Objetivos ............................................................................................................................................................................................ 144
4.6.3 Ações Previstas ................................................................................................................................................................................ 145
4.6.3.1 Elaboração da Mensagem .......................................................................................................................................................... 145
4.6.3.2 Seleção dos Meios de Comunicação .................................................................................................................................... 147
4.6.3.3 Contato com a População Residente no Entorno das Obras .................................................................................. 147
4.6.3.4 Manejo de Reclamações e Respostas às Solicitações da População ................................................................... 148
4.6.3.5 Informativos Periódicos ............................................................................................................................................................... 149
4.6.3.6 Monitoramento das Ações de Comunicação Social ..................................................................................................... 149
4.6.4 Frequência das Ações de Controle e Monitoramento ................................................................................................ 151
4.7 PROGRAMA DE REASSENTAMENTOS INVOLUNTÁRIOS: DESAPROPRIAÇÃO, DESLOCAMENTO
FÍSICO, RESTRIÇÃO A ACESSO DE MORADORES, SERVIDÕES DE PASSAGEM OU DE TRÂNSITO .......................... 152
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 153
6 ANEXOS ....................................................................................................................................... 154
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 154
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Localização e acesso à Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia. .......................................................................................................................................................................................................................... 30
Figura 2. Seção transversal tipo de drenagem da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia. ......................................................................................................................................................................... 42
Figura 3. Detalhes do dimensionamento da Sarjeta Triangular (STC-03). .............................................................................. 45
Figura 4. Detalhes do dimensionamento da Sarjeta Trapezoidal (STZC-01). ........................................................................ 45
Figura 5. Modelos de dissipadores de energias, utilizáveis nas obras de pavimentação a Rodovia Estadual TO-
444/447, trecho: entroncamento da BR-153 (Paraíso do Tocantins-TO/Chapada de Areia-TO): (A) Dissipadores
de energia aplicáveis às saídas de sarjetas e valetas; (B) Dissipadores de energia aplicáveis às descidas d’água
de aterros tipo rápido. ...................................................................................................................................................................................... 46
Figura 6. Detalhes do dimensionamento do meio-fio sem sarjeta do tipo MFC-3. .......................................................... 47
Figura 7. Detalhes do dimensionamento da valeta de coroamento dos cortes do tipo VPC-4. ................................ 48
Figura 8. Detalhes do dimensionamento da valeta de coroamento dos cortes do tipo VPC-8. ................................ 49
Figura 9. Detalhes do dimensionamento da valeta de coroamento de aterros do tipo VPA-4. ................................. 50
Figura 10. Detalhes do dimensionamento da valeta de coroamento de aterros do tipo VPA-6. .............................. 50
Figura 11. Detalhes do dimensionamento das descidas d’água.................................................................................................. 51
Figura 12. Detalhes do dimensionamento do Bueiro Simples Tubular de Concreto (BSTC). ........................................ 55
Figura 13. Detalhes do dimensionamento do Bueiro Duplo Tubular de Concreto (BDTC). .......................................... 55
Figura 14. Detalhes do dimensionamento do Bueiro Triplo Tubular de Concreto (BTTC). ............................................ 56
Figura 15. Detalhes do dimensionamento do Bueiro Simples Circular de Concreto (BSCC). ....................................... 56
Figura 16. Detalhes do dimensionamento do Bueiro Duplo Circular de Concreto (BDCC). .......................................... 57
Figura 17. Detalhamento do tipo de pavimentação por seção transversal para Rodovia Estadual TO-444/447,
trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia. ................................................................................................................................. 60
Figura 18. Detalhes do delineamento da área da Jazida 01 para extração de solos granulares. ............................... 74
Figura 19. Detalhes do delineamento da área da Jazida 02 para extração de solos granulares. ............................... 75
Figura 20. Detalhe da Localização da Jazida de Areia (Areal 01) para extração do mineral necessário para as
obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447 (Paraíso do Tocantins-TO/Chapada de Areia-TO). .. 76
Figura 21. Detalhe da Localização da Jazida de Granito (Pedreira Paraíso) para extração do mineral necessário
para as obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: entroncamento BR-153(Paraíso do
Tocantins-TO/Chapada de Areia-TO). ....................................................................................................................................................... 77
12
LISTA DE FOTOS
Foto 1. Início do segmento sem pavimentação no trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia. ......................................................................................................................................................................... 29
Foto 2. Final do segmento sem pavimentação no trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia. ......................................................................................................................................................................... 29
Foto 3. Modelo de placas de sinalização. ............................................................................................................................................ 123
Foto 4. Modelo de placas educativas. .................................................................................................................................................... 123
Foto 5. Modelo de placas de alerta para a travessia da fauna silvestre. ............................................................................. 124
Foto 6. Modelo de placas de alerta para a travessia da fauna silvestre. ............................................................................. 124
13
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. População residente na região em estudo nos censos de 1991, 2000 e 2010............................................. 19
Quadro 2. Densidade demográfica na região em estudo nos censos de 1991, 2000 e 2010. .................................... 20
Quadro 3. População da região em estudo por sexo nos censos de 1991, 2000 e 2010. ............................................ 20
Quadro 4. População residente, por idade na região em estudo para o ano de 2010. ................................................. 21
Quadro 5. Relação dos vértices e coordenadas (Coordenada UTM, Zona 22L e Datum SIRGAS 2000) do
traçado da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia. ...................................... 32
Quadro 6. Características físicas e geométricas do trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia. ......................................................................................................................................................................... 37
Quadro 7. Resumo dos procedimentos de terraplanagem do trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho:
Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia. ................................................................................................................................................. 42
Quadro 8. Comprimento Crítico – Sarjeta Triangular Tipo STC-03. ........................................................................................... 46
Quadro 9. Comprimento Crítico – Sarjeta Trapezoidal Tipo STCZ-1. ........................................................................................ 46
Quadro 10. Relação de Obras-de-Arte Corrente para o trecho da Rodovia Estadual Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia. ......................................................................................................................................................................... 53
Quadro 11. Resumo dos procedimentos de implantação dos dispositivos de drenagem e obras-de-arte
correntes do trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia. ............ 57
Quadro 12. Resumo dos procedimentos de pavimentação do trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho:
Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia. ................................................................................................................................................. 60
Quadro 13.Resumo dos procedimentos de implantação de obras complementares no trecho da Rodovia
Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia. ................................................................................. 67
Quadro 14. Relação da Equipe responsável pela implantação e obras de pavimentação da Rodovia Estadual
TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia. ..................................................................................................... 67
Quadro 15. Relação de Veículos, Máquinas e Equipamentos a serem utilizados na obras de pavimentação e
implantação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: entroncamento (Paraíso do Tocantins-TO/Chapada de
Areia-TO). ................................................................................................................................................................................................................. 69
14
Quadro 16. Relação das Jazidas de solos granulares para as obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-
444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia. ............................................................................................................. 73
Quadro 17. Distribuição de massas e localização dos bota-foras na Rodovia Estadual TO-444/447, trecho:
Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia. ................................................................................................................................................. 78
Quadro 18. Sugestão de espécies vegetais nativas a serem utilizadas na recuperação de matas
ciliares/galerias ................................................................................................................................................................................................... 103
15
1 IDENTIFICAÇÃO
1.1 Do Objeto do Relatório de Controle Ambiental e Social
O principal objeto deste estudo refere-se às obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho:
Paraíso do Tocantins-TO/Chapada de Areia-TO, cuja extensão é de aproximadamente 39 km.
Trata-se de um empreendimento sob a responsabilidade da Agência Tocantinense de Obras e Transporte do
Estado do Tocantins (AGETO), como parte das ações de pavimentação da malha rodoviária do Estado do
Tocantins.
Este estudo ambiental elaborado contempla o detalhamento dos programas de mitigação e monitoramento
mencionados no Relatório de Controle Ambiental e Social (RCA), propostos para os impactos ambientais e
Sociais identificados a partir de uma análise integrada dos aspectos associados às obras de implantação,
pavimentação e operação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia;
propondo-se as alternativas ideais para cada caso, com a finalidade de ser estabilizar, reverter ou
potencializar as alterações nos diversos compartimentos ambientais e no meio antrópico.
1.2 Do Empreendedor
AGÊNCIA TOCANTINENSE DE TRANSPORTE E OBRAS DO ESTADO DO TOCANTINS - AGETO
CNPJ: 17.684.344/0001-60
Endereço: Rodovia TO-010, Km 1, Lote 11 Setor Leste, Área Verde.
Contato: Rômulo Mascarenhas.
Telefone: (63) 3218-7123
Site: http://seinfra.to.gov.br/
E-mail: [email protected]
16
1.3 Da Empresa Responsável pela Elaboração do Estudo (PCAS*)
AMBIENGER ENGENHARIA AMBIENTAL LTDA
CNPJ: 11.358.829/0001-87.
Inscrição Estadual: Isento.
Registro no Conselho: CREA/TO 31261/RF.
Cadastro Técnico Federal: 4959061.
Endereço: 103 Norte, Av. LO-02, nº 56, Sala 20, Ed. Olympia, Centro.
CEP 77.001-022, Palmas - TO.
Telefone/Fax: (63) 3215.1825.
Site: www.ambienger.com.br.
Representante Legal: Geraldo Moura de Oliveira Júnior.
Função: Diretor Técnico e Comercial.
E-mail: [email protected]
*OBS: Este PCAS foi ajustado pela equipe da Diretoria de Meio Ambiente da AGETO com contribuições dos
especialistas das áreas social e ambiental do Banco Mundial.
17
2 INTRODUÇÃO
As rodovias são consideradas atividades modificadoras do meio ambiente, estando, portanto, sujeitas a
licenciamento ambiental. A exigência deste licenciamento apoia-se na Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto
de 1981 (que institui a Política Nacional de Meio Ambiente) e na Resolução CONAMA nº 001/86, que define
as atividades modificadoras do meio ambiente propondo a sistemática de avaliação de impactos ambientais.
Além desses dispositivos, a matéria é reforçada por preceito da Constituição Federal (CF) de 1988, que
dispõe sobre a avaliação de impactos ambientais.
Face aos instrumentos legais citados e objetivando cumprir os requisitos estabelecidos pelo Naturatins e pela
Ageto, elaborou-se o presente Plano de Controle Ambiental e Social (PCA) como parte do Contrato de nº
088/2014, consistindo em uma das peças técnicas para a o processo de licenciamento ambiental juntamente
com o Relatório de Controle Ambiental e Social (RCA), para as obras de implantação e pavimentação da
Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, que permitirá a conexão entre
os municípios citados.
O Licenciamento Ambiental consiste em uma das ferramentas legais para se buscar cumprir com o mínimo
dos objetivos da conservação, preservação, uso sustentável e equilíbrio do meio ambiente para as presentes
e futuras gerações, na consideração de que se trata de uma responsabilidade individual e coletiva.
Para elaboração do PCA, partiu-se da análise de elementos apresentados no RCA, tomando-se como modelo
o TdR fornecido pela Ageto. Onde se buscou detalhar os programas para mitigação ou otimização dos
impactos identificados, com elaboração posterior das ações de acompanhamento e monitoramento dos
impactos positivos e negativos, durantes as etapas de pavimentação, operação e manutenção da Rodovia
Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
18
3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
3.1 Justificativa do Projeto
A Ageto por meio do procedimento licitatório, referente ao Convite nº 007/2013, em conformidade com a Lei
nº 8.666 de 1993 e Processo Administrativo nº 2013/3896/000142, contratou a Ambienger Engenharia
Ambiental para a elaboração das peças técnicas necessárias para o licenciamento ambiental das obras de
pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
De modo a cumprir os objetivos do Programa “Transporte e Logística”, a legislação federal prevê a obtenção
de licenciamento junto aos órgãos ambientais. A resolução Conama nº 001/1986 coloca “Estradas de
Rodagem” na linha de projetos sujeitos ao Estudo de Impacto Ambiental. Não obstante, em função das
especificidades das obras a serem licenciadas e executadas em áreas já totalmente antropizadas, com o leito
estradal definido como de pequeno porte, cujo projeto geométrico apresenta pequenas adequações no
traçado e praticamente definido quanto à alternativa locacional da rodovia, a elaboração do RCA e PCA
mostra-se como a opção mais adequada à obtenção das licenças ambientais da referida obra.
Assim, a adoção do empreendimento, em consonância ao contrato firmado, justifica-se primeiramente pela
facilidade de acesso entre os municípios de Paraíso do Tocantins (TO) e Chapada de Areia (TO), de modo a
potencializar o transporte de insumos e reduzir os acidentes automobilísticos na região.
Para cumprir os objetivos propostos no Programa “Transporte e Logística” na região que engloba os
municípios citados, a Ageto pretende executar as obras de pavimentação asfáltica da Rodovia Estadual TO-
444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, pois, atualmente o tráfego neste local é realizado
em estrada sem pavimentação asfáltica, que transportam veículos leves e pesados, além de motociclistas e
moradores da região.
19
3.1.1 Dos Ganhos Sociais e Econômicos do Projeto
O contingente populacional do trecho em estudo, que engloba os limites municipais de Paraíso do Tocantins
(TO) e Chapada de Areia (TO), corresponde a 49.800 habitantes (conforme IBGE, 2014), ou 3,32% da
população do Estado do Tocantins, que se encontram distribuídos em uma área de 1.927,30 km2, resultando
em uma densidade demográfica de 25,83 habitantes/km2. No Quadro 1 a seguir demonstra-se a evolução da
população destes municípios e do Estado do Tocantins nos 03 (três) últimos censos realizados pelo IBGE.
Quadro 1. População residente na região em estudo nos censos de 1991, 2000 e 2010.
Situação Chapada de Areia Paraíso do Tocantins Estado do Tocantins
Censo Demográfico de 1991
Total 1.440 27.320 919.863
Urbana - 24.282 530.636
Rural 1.440 3.038 389.227
Censo Demográfico de 2.000
Total 1.270 36.130 1.157.690
Urbana 549 34.379 859.961
Rural 721 1.751 297.137
Censo Demográfico de 2.010
Total 1.335 44.417 1.383.445
Urbana 749 42.473 1.090.106
Rural 586 1.944 293.339
Fonte: PNUD 02/2014 – Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, edição 2003 e 2013.
A população de Paraíso do Tocantins (TO), considerando os censos citados, é essencialmente urbana, o que
difere de Chapada de Areia (TO), cuja predominância nos 02 (dois) últimos censos era de população rural.
Verifica-se que no intervalo de 19 anos houve uma considerável alteração na densidade demográfica para os
02 (dois) municípios, em que Chapada de Areia (TO) apresentou um total de 2,18 hab/km2 (1991), reduzindo
para um total de 1,92 hab/km2 em 2.000, aumentado para 2,02 hab/km2 em 2.010. No caso de Paraíso do
Tocantins (TO), observa-se um crescente aumento na densidade demográfica, que em 1.991 era de 14,17
20
hab/km2 passando para 23,04 hab/km2 em 2.010, conforme detalha o Quadro 2, abaixo.
Quadro 2. Densidade demográfica na região em estudo nos censos de 1991, 2000 e 2010.
Local Área (km2) Densidade Demográfica (hab/km2)
1991 2000 2010
Chapada de Areia 659,24 2,18 1,92 2,02
Paraíso do Tocantins 1.268,06 14,17 18,74 23,04
Fonte: PNUD 02/2014 – Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, edição 2003 e 2013.
Outro dado que chama a atenção no índice populacional nos municípios em estudo, é a variação da
população por sexo, considerando os censos do IBGE para os anos de 1991, 2000 e 2010, conforme Quadro
3.
No municio de Chapada de Areia (TO) observa-se um constante percentual da população feminina na faixa
dos 40% prevalecendo assim, a população formada por homens. No caso de Paraíso do Tocantins (TO),
verifica-se certo equilíbrio entre os gêneros/masculino e feminino.
Quadro 3. População da região em estudo por sexo nos censos de 1991, 2000 e 2010.
Situação Chapada de Areia Paraíso do Tocantins Estado do Tocantins
Censo Demográfico de 1991
Total 1.440 27.320 1.037.398
Homem 761 13.712 886.377
Mulher 679 13.608 151.021
Censo Demográfico de 2.000
Total 1.270 36.130 1.157.690
Homem 704 17.933 591.640
Mulher 566 18.197 566.050
Censo Demográfico de 2.010
Total 1.335 44.417 1.383.445
Homem 716 22.113 702.424
Mulher 619 22.304 681.021
Fonte: IBGE e PNUD 02/2014 – Censos Demográficos 1991; 2000 e 2010 / Atlas do Desenvolvimento Humano
no Brasil, edição 2003 e 2013.
21
Quanto às características da população no que se refere à distribuição por faixa etária (Quadro 4), observa-se
que para o ano de 2010, no município de Chapada de Areia (TO), o maior número de habitantes,
concentrou-se na faixa etária de 10 a 14 anos e 60 anos ou mais. Por outro lado, a menor população foi
registrada para a faixa etária de 55 a 59 anos.
No caso de Paraíso do Tocantins (TO), os maiores números de habitantes registrados em 2010, pertencem à
faixa etária de 15 a 19 anos e 20 a 24 anos, onde a maior representatividade foi de mulheres.
Esses dados fornecem informações, tanto atuais quanto futuras, quanto ao potencial de mão-de-obra,
planejamentos e investimentos em estruturas para atendimento das necessidades básicas da população em
geral e dados populacionais, que podem ser utilizados por empresas privadas e governamentais que
pretendam investir ou se instalarem no município em estudo.
Quadro 4. População residente, por idade na região em estudo para o ano de 2010.
Faixa etária Chapada de Areia (TO) Paraíso do Tocantins (TO)
Homem Mulher Total Homem Mulher Total
0 a 4 anos 53 47 100 1.801 1.803 3.604
5 a 9 anos 48 53 101 1.979 1.800 3.779
10 a 14 anos 66 68 134 2.049 2.022 4.071
15 a 19 anos 69 59 128 2.131 2.188 4.319
20 a 24 anos 47 47 94 2.117 2.164 4.281
25 a 29 anos 42 47 89 2.143 2.130 4.273
30 a 34 anos 62 55 117 1.895 1.957 3.852
35 a 39 anos 45 38 83 1.646 1.819 3.465
40 a 44 anos 44 42 86 1.548 1.584 3.132
45 a 49 anos 66 31 97 1.256 1.277 2.533
50 a 54 anos 30 34 64 966 986 1.952
55 a 59 anos 39 40 79 720 703 1.423
60 anos a
mais
105 60 165 1.859 1.773 3.632
Total 716 619 1335 22.113 22.304 44.417
Fonte: IBGE 02/2014 – Censo Demográfico 2010.
22
A economia local de Paraíso do Tocantins é estimulada pelo comércio e setores de prestação de serviço, que
no ano de 2011 foram responsáveis pela arrecadação de R$ 354.465 mil reais, seguido das atividades
industriais e agropecuária. O PIB a preços correntes foi de R$ 640.390 mil reais e o per capita num total de
R$ 14.213,82 reais para o ano de 2011 (IBGE, 2014).
Para o mesmo ano, as atividades agropecuárias representaram R$ 19.107 mil reais, com destaque para a
criação de bovinos (86.450 cabeças), aves (41.250 cabeças), bubalinos, caprinos, suínos, além da produção
leiteira, de ovos e melífera. No que tange à produção agrícola foram colhidos um total de 495 toneladas de
banana, 150 toneladas de laranja, 800 mil unidade de abacaxi, 563 toneladas de algodão, 320 toneladas de
arroz em casca, 250 toneladas de cana-de-açúcar, 400 toneladas de mandioca e 300 toneladas de milho em
grãos.
As indústrias no município de Paraíso do Tocantins (TO) são responsáveis por concentrar 85% de empresas
instaladas. A razão destas concentrações de indústrias no município possui raízes históricas, iniciando com a
implantação da Rodovia BR-153 onde capitais vindos do sul, sudeste e centro-oeste do Brasil foram
investidos na região.
A economia de Chapada de Areia (TO) apresentou em 2010 um Produto Interno Bruto de R$13.261 milhões,
obtendo assim um crescimento de 17,1% quando comparado ao ano anterior, alcançando a 136ª posição na
classificação Estadual.
No ano de 2010, o setor de serviços foi responsável por 47,5% do valor adicionado total do município, com
ênfase para a Administração Pública, que é a atividade de maior participação neste setor. O setor
agropecuário representou 41,9%, com destaque para a produção de arroz, abacaxi, cana-de-açúcar e a
criação de bovinos. O setor industrial constituiu um percentual de 10,5% do valor adicionado, e apesar de
não ser o setor de maior representatividade no município foi o que mais cresceu no ano de 2010, em torno
de 40% com destaque para a indústria de construção civil.
Quanto ao abastecimento de água no município de Paraíso do Tocantins (TO) verifica-se que, segundo a
23
Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (2008), um total de 13.702 unidades, entre economias e domicílios,
são abastecidas pelo sistema local. De acordo com o Atlas de Abastecimento de Água da Agência Nacional
de Águas (ANA, 2014), o sistema de abastecimento de água local é realizado por meio da captação no
Córrego Pernada, na Barragem no Córrego do Coco e em poços tubulares, passando por sistema de
tratamento convencional e simples desinfecção (cloração e outros) no caso de captação por poços. O volume
de água tratada distribuída por dia chega a 9.531 m3, sendo 97,6% (9.301 m3) proveniente de tratamento de
água convencional.
De acordo com os dados do Censo Demográfico mais recente (IBGE, 2010) verifica-se que, Paraíso do
Tocantins dispunha de rede de abastecimento de água suficiente para o suprimento da demanda de sua
população, com 92,26% dos domicílios atendidos.
O saneamento apresenta maiores deficiências em relação ao sistema de esgotamento sanitário, que chega a
apenas 8% dos domicílios. O município apresenta manejo de águas pluviais, com serviço de drenagem
urbana subterrânea e rede coletora tipo separadora; os pontos de lançamentos dos efluentes são cursos
d’água permanentes da região.
Quanto aos resíduos sólidos, de acordo com o Sistema Nacional Sistema Nacional de Informações sobre a
Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR), em 2008, 99,25% dos domicílios na área urbana de Paraíso do Tocantins
contavam com coleta de resíduos domésticos. A coleta dos resíduos sólidos no município é 100% realizada
por empresa contratada, onde os resíduos sólidos coletados são destinados ao Aterro Sanitário.
No município de Chapada de Areia (TO), de acordo com o Atlas de Abastecimento de Água da Agência
Nacional de Águas (ANA, 2014), o sistema de abastecimento de água é realizado pela captação subterrânea
em 04 (quatro) poços tubulares profundos, com tratamento de simples desinfecção, cuja água captada é
encaminhada para reservatórios apoiados sendo destinada posteriormente à população.
24
A Pesquisa de Saneamento realizada no ano de 2008 demonstra que no município existia um total de 308
domicílios com economias de água ativas, onde o volume total de água tratada e distribuída corresponde a
84 m³/dia.
O saneamento apresenta maiores deficiências em relação ao sistema de esgotamento sanitário, que chega a
apenas 3% dos domicílios. O município apresenta manejo de águas pluviais, com serviço de drenagem
urbana superficial por meio de guias, onde existem 12 domicílios que utilizam fossas sépticas e os demais, ou
seja, cerca de 380 utilizavam de outros dispositivos para a destinação dos esgotos.
Quanto aos resíduos sólidos, de acordo com o Sistema Nacional Sistema Nacional de Informações sobre a
Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR), para o ano de 2008, um total de 239 domicílios possuíam os resíduos
sólidos coletados diretamente pelo serviço de limpeza urbana; entretanto, em 175 domicílios os resíduos
sólidos são queimados.
Quanto à infraestrutura urbana, o município de Paraíso do Tocantins (TO) possui em seu núcleo urbano,
quase todas as vias pavimentadas. A Rodovia Federal BR-153 e a Rodovia Estadual TO-447 e TO-080
constituem importantes segmentos rodoviários que permitem o acesso na porção oeste, norte e sul do
Estado do Tocantins, facilitando o fluxo de pessoas e o escoamento de mercadorias, insumos, produtos
agrícolas e industrializados etc.
Considerando o perímetro urbano de Paraíso do Tocantins, abrange ainda como via de elevada
representação para a cidade a Avenida Bernardo Sayão que interliga a região sudeste e noroeste de sua área
urbana, onde estão instaladas várias unidades comerciais e, em função disto, faz com que este tenha
considerável fluxo de veículos e pessoas.
O município de Chapada de Areia (TO), possui em seu núcleo urbano, quase todas as vias pavimentadas. A
Rodovia Estadual TO-447 e a TO-164 constituem importantes segmentos rodoviários que permitem o acesso
na porção oeste, sul do Estado do Tocantins, facilitando o fluxo de pessoas e o escoamento de mercadorias,
insumos, produtos agrícolas e industrializados etc.
25
Considerando o perímetro urbano de Chapada de Areia, abrange ainda como via de elevada representação
para a cidade a Avenida Transaraguaia que interliga a região leste e oeste de sua área urbana, onde estão
instaladas várias unidades comerciais e, em função disto, faz com que este tenha considerável fluxo de
veículos e pessoas; assim como a Rua Abraão Barros que permite o deslocamento as áreas rurais.
No que se referem aos Estabelecimentos de Ensino, o município de Paraíso do Tocantins (TO), apresentou
um total de 20 escolas de Ensino Pré-Escolar, 28 escolas de Ensino Fundamental e 09 (nove) escolas de
Ensino Médio (IBGE, 2012). Quanto aos Estabelecimentos de Saúde, o município conta com 21
estabelecimentos no total, sendo 13 pertencentes ao Sistema Único de Saúde.
O número de instituições financeiras corresponde a 06 (seis) agências bancárias e de acordo com o Cadastro
Central de Empresas, para o ano de 2012, existia cadastradas um total de 1.296 empresas atuantes, cerca de
e 9.660 pessoas empregadas, com um salário médio mensal de 1,8 salários mínimos.
Quanto aos Estabelecimentos de Ensino, no município de Chapada de Areia (TO) apresentou um total de 02
(duas) escolas sendo 01 (uma) de Ensino Pré-Escolar a outra de Ensino Fundamental; e os Estabelecimentos
de Saúde, em 2011 o município contava apenas com 01 (uma) Unidade Básica de Saúde.
Para o ano de 2012 existia um total de 08 (oito) empresas atuantes, com um total de 147 pessoas
assalariadas, cujo salário médio mensal era de 1,4 salários mínimos (IBGE, 2014).
Quanto aos grupos sociais, em Chapada de Areia (TO foi identificada a Associação dos Mini e Pequenos
Produtores de Leite de Chapada de Areia-TO, associação privada fundada em 29/05/2003, cuja atividade
principal é de defesa de direitos sociais. Em Paraíso do Tocantins (TO) foram identificadas diversas
associações e grupos sociais, sendo eles, o Rotary Club ativo e prestativo com a comunidade local;
Associação Comercial e Industrial de Paraíso do Tocantins - ACIP; Associação de Mulheres Atuantes de
26
Paraíso do Tocantins – AMAP; Associação dos Recicladores de Paraíso do Tocantins- ARPA; Associação dos
Trabalhadores Rurais e Paraíso do Tocantins; dentre outros.
O diagnóstico socioeconômico e cultural do meio antrópico, foram obtidos dados secundários junto aos
órgãos de pesquisa, planejamento e estatísticas da esfera federal, estadual e municipal, sendo eles: IBGE,
DATASUS, IPEA, SEPPLAN/TO, JUCETINS/TO, PNUD, INEP, dentre outros.
As obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia
irá impulsionar o desenvolvimento econômico e social na região de estudo, necessitada de infraestrutura de
transportes, o que permitirá à conexão com a Rodovia Estadual TO-447, e com os municípios de Pium,
Monte Santo e Barrolândia, com consequente adensamento populacional a partir dos povoados já existentes.
A pavimentação asfáltica irá propiciar maior segurança, conforto, economia e rapidez ao usuário, com
benefício às atividades produtivas. Neste sentido, produtores rurais, empresários do agronegócio, assentados
em projeto de colonização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e populações
tradicionais, poderão ser favorecidas pela melhoria da infraestrutura de transporte local.
A mobilização de uma obra deste porte trará diversos benefícios sociais para a população da área afetada, a
exemplo da:
Redução no tempo de deslocamento entre as áreas urbanas e rurais dos municípios de Paraíso do
Tocantins (TO) e Chapada de Areia (TO), promovendo o desenvolvimento regional, com
abastecimento mais eficiente e rápido de mercadorias, beneficiando toda a população local.
Aumento da circulação de capital no setor de serviços e comércio de materiais para construção local
com a implantação do empreendimento.
Geração de empregos diretos e indiretos, o que aumentará o aporte de renda na economia local.
Geração de empregos indiretos nos setores de comércio e serviços relacionados à construção civil.
O aumento da comercialização de insumos e serviços na área de construção civil resultará em
arrecadação de impostos para os municípios.
27
3.1.2 Dos Ganhos Ambientais
As obras estão sendo instaladas sobre leito já implantado, com mudanças pontuais no traçado original.
Busca-se por meio deste estudo, a minimização, reversão e compensação dos impactos ambientais no ato
das obras de pavimentação e demais procedimentos associados ao empreendimento.
Desta forma, destaca-se inicialmente que a necessidade de desmatamento é reduzida significativamente à
faixa de domínio. Outro fator importante é a execução de uma série de medidas de controle e recuperação
ambiental exigidas na fase de licenciamento ambiental do empreendimento. Com isso, os principais ganhos
para o meio ambiente correspondem a:
Seleção do local de instalação do empreendimento com o traçado dos acessos definidos e com
áreas expostas às atividades antrópicas, que deverão ser compactadas e impermeabilizadas pela
massa asfáltica; as águas pluviais deverão ser conduzidas de forma adequada por obras de arte,
evitando-se a instalação e/ou agravamento de processos erosivos incidentes.
Os passivos ambientais diagnosticados na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento
deverão ser mitigados, evitando a continuidade de efeitos danosos ao meio ambiente.
As áreas degradadas inseridas na faixa de domínio do empreendimento passarão por processo de
recuperação, com o plantio de gramíneas com alto poder de retenção de sólidos e estabilização do
solo.
O empreendimento realizará um contínuo trabalho de treinamento e conscientização de seus
funcionários, de forma que estes incorporem nas suas ações rotineiras, tanto no local de trabalho
como em seu ambiente social, práticas e estilo de vida ambientalmente saudável.
3.2 Localização e Acessos
O empreendimento está localizado na porção Centro-Oeste do Estado de Tocantins, na Microrregião
Administrativa Rio Formoso, interceptando o território dos municípios de Chapada de Areia (TO) e Paraíso do
28
Tocantins (TO), cujo trecho de 39,01 km tem início a 2,28 km do entroncamento da Rodovia Federal BR-153,
perímetro urbano da última cidade, esquina com a Avenida 23 de Outubro com a Rua Inglaterra, sob os
pontos de 730165,00 m E e 8871800,00 m S (Zona 22L), que no presente estudo será denominado como
ponto V1 (vértice inicial).
Destaca-se que o segmento da TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia com
pavimentação abrange a área urbana de Paraíso do Tocantins (TO), concluindo no ponto não pavimentando
a uma distância de 07 km, situado sob as coordenadas UTM de 725503,15 m Ee8874378.31 m S, conforme
demonstrado na Foto 1.
O vértice final, por sua vez, está situado próximo ao núcleo urbano de Chapada de Areia (TO), sob as
coordenadas UTM de 0700168 m E e 8878414 m S, conforme demonstra a Foto 2abaixo.
29
Foto 1. Início do segmento sem pavimentação no trecho
da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia.
Coordenadas UTM: 725503 m E e 8874378 m S.
Foto 2. Final do segmento sem pavimentação no trecho da
Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia.
Coordenadas UTM: 700015 m E e 8878510 m S.
O acesso a Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia pode ser realizado
pelas vias urbanas dos municípios interceptados, por meio da TO-447 e estradas vicinais existentes em
propriedades rurais. A Figura 1, abaixo, apresenta a localização e acessos ao empreendimento objeto deste
estudo.
30
Figura 1. Localização e acesso à Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
Datum: SIRGAS 2000.
3.3 Descrição do Empreendimento
O conhecimento técnico sobre o empreendimento permite a análise de todas as ações e processos que irão
atuar sobre os diversos compartimentos ambientais, desencadeados com a execução das obras, permitindo
identificar, quantificar e valorar os impactos ambientais (positivos e negativos) para posterior proposição de
ações que maximizem ou mitiguem esses impactos.
31
3.3.1 Aspectos Técnicos do Empreendimento
3.3.1.1 Geometria do Traçado
Os Estudos de Traçado desenvolvidos na elaboração do Projeto Executivo de Engenharia para Construção e
Pavimentação apresentado para Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia, objetivou a determinação de sua diretriz preferencial, balizada pelos aspectos socioeconômicos e
ambientais.
O Projeto Executivo disponibilizado pela Diretoria de Pavimentação da Ageto foi elaborado pela empresa
INFRAENG – ENGENHARIA DE INFRAESTRUTURA LTDA, representado por uma total de 04 (quatro) volumes:
(I) Relatório de Projeto, (II) Projeto de Execução, (III) Notas de Serviço e (IV) Cálculos de Volumes e os
Estudos Geotécnicos.
No estabelecimento da concepção, foram analisados e avaliados os vários fatores intervenientes, como por
exemplo, os aspectos construtivos de implantação de estruturas, locacionais, os acessos para propriedades
rurais, além dos aspectos ambientais, sociais e econômicos.
I. Metodologia/Procedimentos
No desenvolvimento dos estudos, a equipe técnica da Consultora, especialista em traçados rodoviários,
adotou os seguintes procedimentos:
Definição através da utilização dos Equipamentos GPS (Global Positioning System) e Estação Total,
de uma diretriz preliminar contemplando os pontos obrigatórios de passagem.
Criteriosa análise do produto obtido preliminarmente, após a materialização dos dados do
levantamento GPS.
Retorno ao campo para a visualização das possíveis opções de ajustes e adequação do traçado,
inclusive com vistas à eliminação de pontos críticos.
32
II. Descrição da Diretriz do Traçado
Os estudos preliminares para definição da diretriz do traçado da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho:
Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, foram apoiados em visitas ao local, indicando que o segmento
existente atende quase totalmente como base da diretriz projetada.
Tomando-se então como ponto de partida a diretriz da estrada existente, realizando-se a verificação em
cartas topográficas, associadas com a análise de aero fotos, considerou-se como alternativa ideal a
manutenção da maior parte do segmento presente.
Conforme citado anteriormente, o trecho inicial da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia, ocorre na área urbana do município de Paraíso do Tocantins (TO), estendendo-
se em um segmento de aproximadamente 39 km, com e sem pavimentação, até a área urbana do Município
de Chapada de Areia (TO).
Os Estudos de Traçado tiveram como objetivo principal, a definição de uma diretriz adequada para o
desenvolvimento do Projeto Geométrico, dentro de características técnicas operacionais correspondentes à
da Classe “III” do Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais do DNIT, atendendo à velocidade
diretriz de 80 km/h, às condições de raio mínimo de curvatura horizontal igual a 193,66 m, com a faixa de
domínio de 80,00 metros, partindo-se do eixo da rodovia e declividade longitudinal máxima igual a 10,0 %,
inserido em uma região de relevo ondulado.
Os pontos de localização dos vértices do traçado da Rodovia TO-444/447trecho Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia são apresentados no Quadro 5 a seguir.
Quadro 5. Relação dos vértices e coordenadas (Coordenada UTM, Zona 22L e Datum SIRGAS 2000) do traçado da Rodovia
Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
Vértices Coordenadas X (m) Coordenadas Y (m)
V1 (Vértice Inicial) 730165,00 8871800,00
V2 730057,00 8872130,00
V3 730055,00 8872130,00
V4 729525,00 8873720,00
33
Vértices Coordenadas X (m) Coordenadas Y (m)
V5 729200,00 8873580,00
V6 729156,00 8873690,00
V7 728307,00 8873300,00
V8 728261,00 8873660,00
V9 728112,00 8874020,00
V10 727994,00 8874220,00
V11 727469,00 8874400,00
V12 726440,00 8874260,00
V13 725201,00 8874400,00
V14 724380,00 8874180,00
V15 723634,00 8873720,00
V16 723059,00 8873690,00
V17 722507,00 8873190,00
V18 721595,00 8873190,00
V19 720887,00 8873030,00
V20 720380,00 8873210,00
V21 720216,00 8873650,00
V22 719893,00 8873900,00
V23 719368,00 8873640,00
V24 718056,00 8873300,00
V25 717755,00 8872450,00
V26 717463,00 8872130,00
V27 716577,00 8871790,00
V28 716276,00 8872060,00
V29 715916,00 8872900,00
V30 715351,00 8873110,00
V31 714934,00 8872920,00
V32 714508,00 8873070,00
V33 713989,00 8872920,00
V34 713207,00 8873290,00
V35 712464,00 8874110,00
V36 711803,00 8874600,00
V37 711657,00 8875260,00
V38 711420,00 8875500,00
V39 711455,00 8876000,00
V40 711190,00 8876570,00
V41 710233,00 8876890,00
V42 709896,00 8876810,00
V43 709305,00 8877230,00
V44 708487,00 8876950,00
34
Vértices Coordenadas X (m) Coordenadas Y (m)
V45 707239,00 8876030,00
V46 705443,00 8876290,00
V47 704269,00 8876720,00
V48 703831,00 8877860,00
V49 703452,00 8878590,00
V50 702870,00 8878820,00
V51 702101,00 8878150,00
V52 700840,00 8877780,00
V53 700176,00 8878410,00
V54 (Vértice Final) 700015,00 8878510,00
3.3.1.2 Estudos Topográficos
Os procedimentos foram executados atendendo às Especificações Técnicas para Estudos Topográficos,
levando-se em consideração três fatores importantes: o aspecto técnico, o econômico e o ambiental,
propiciando melhorar as condições de segurança do tráfego e diminuir os custos de construção e agressão
ao meio ambiente.
I. 1ª Fase
Na fase inicial foram utilizados aparelhos eletrônicos como Estações Totais e trenas de aço, sendo lançada a
poligonal de locação e, em seguida, o estaqueamento, de modo a garantir a conferência e precisão das
distâncias. Em suma foram realizados os procedimentos de locação (piqueteamento) em que:
Realizou-se a fixação de piquetes em madeira de lei, de 20 em 20 m, com as dimensões de 15 x 3 x
3 cm. Nas curvas com raio inferior a 600 m o intervalo entre os piquetes no terreno foram 10 em 10
m. O mesmo procedimento foi feito nos pontos notáveis das curvas e acidentes principais.
Ao lado dos piquetes foram fixadas estacas testemunhas, em madeira de boa qualidade, na
dimensão de 40 x5x 1,5 cm de espessura, pintadas de branco, nas quais se escreveu os números de
identificação correspondentes com tinta a óleo vermelha.
Além destes serviços implantou-se também uma rede de Referência de Nível com cotas e
35
coordenadas geodésicas, verdadeiras, através do equipamento GPS.
Terminados os serviços de campo da 1ª Fase, todos os dados foram encaminhados ao escritório para
compilação, tratamento e processamento com utilização de software TopoGRAPH TG98SE.
II. 2ª Fase
A Segunda Fase também ocorre no campo, após o processamento dos dados obtidos na 1ª Fase,
materializando-se o projeto com a locação definitiva do eixo da rodovia, incluindo os procedimentos de
amarração, nivelamento e contranivelamento, levantamento das seções transversais, das interseções e
acessos, das obras-de-arte e cadastramento de faixa de domínio, obedecendo à seguinte sistemática:
Amarração em todos os piquetes correspondentes a pontos notáveis, bem como, nos piquetes
espaçados de 01 km nos alinhamentos retos longos, com amarrações por meio de um total de 06
(seis) marcos de concreto em forma de V. Buscou-se o posicionamento dos marcos a mais de 40 m
do eixo de locação, visando sua preservação inclusive na época da execução das obras.
Nivelamento e contranivelamentos em todas as estacas do eixo locado, onde no primeiro
procedimento implantou-se os marcos de RN’s a cada 500 m, posicionando-os quase sempre a 40
metros do eixo, de forma a ficarem protegidos contra possíveis depredações durante a execução da
obra. Acrescenta-se que os erros máximos admissíveis foram de 10 mm por marco.
Levantamento das seções transversais em todos os piquetes locados, utilizando nível de precisão e a
uma distância não inferior a 21 m para cada lado do eixo. Registraram-se todos os detalhes
atingidos pela seção, como fundo de grota, cerca, casas e currais, solos, pedreiras, cobertura vegetal,
lagoas, brejos, etc.
Levantamento de todas as bacias de contribuições e dos dados necessários para o projeto, desde
bueiros de greide até pontes. Em cada obra pequena realizou-se o nivelamento do talvegue e
determinamos a sua esconsidade, para posteriormente tirarmos as notas de serviço. Em casos
especiais, como brejos ou cursos d’água irregulares, realizou-se taqueometricamente o levantamento
36
de toda área próxima ao eixo locado e anotando-se o nível da máxima enchente.
Nos cursos d’água maiores optou-se pelo estabelecimento de uma malha de 100 m por 100 m e
com espaçamento de 10 m, determinando-se os pontos nivelados, os níveis de N.A. e a máxima de
cheia.
Levantamento cadastral de toda área contida na futura faixa de domínio, identificando-se
topograficamente as divisas de propriedades e as benfeitorias existentes. Nas edificações, atingidas,
identificaram-se a sua natureza, o estado de conservação e a área construída. As plantações afetadas
foram classificadas qualitativa e quantitativamente e em cada propriedade obteve-se os dados do
imóvel e dos proprietários.
3.3.1.3 Características Técnicas e Operacionais
O Projeto Geométrico do trecho em pauta teve seu desenvolvimento embasado nos levantamentos
topográficos realizados, na análise dos resultados dos Estudos Geológicos e Geotécnicos e nas
condicionantes específicas definidas por técnicos da Ageto.
Foram observadas ainda as considerações constantes nas normas para elaboração de projeto de rodovias
vigentes no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), buscando-se dotar o trecho de
características técnicas satisfatórias, compatíveis aos níveis técnico-econômicos esperados.
Destaca-se ainda que foram considerados os aspectos de topografia local, além das restrições quanto à
agressão ao meio ambiente e a terraplenagem já implantada em alguns cortes e aterros, procuramos tanto
quanto possível evitar modificações na geometria vertical existente, com ênfase na segurança principalmente
em relação às distâncias de visibilidade de ultrapassagem e parada.
As características técnicas adotadas para a elaboração do projeto enquadram-se nas especificações técnicas
de Rodovia de Classe III, cujos principais parâmetros estão apresentados no Quadro 6.
37
Quadro 6. Características físicas e geométricas do trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia.
Dados Gerais Descrição
Classe III
Região ONDULADA
Velocidade diretriz 80,00 km
Distância Mínima de Visibilidade de Parada 160,00 m
Raio Mínimo de Curva Horizontal (Transição) 193,66 m
Taxa Máxima de Superelevação: 7%
Rampa Máxima 10,00%
Kmin. Convexo (Perímetro Urbano) 20,08
Kmin. Côncavo (Perímetro Urbano) 18,40
Largura da Faixa de Rolamento 3,50 m
Largura do Acostamento Externo 1,30 m
Faixa de Domínio 80,00 m
Planimetria Quantidade Unidade %
Desenvolvimento Total 39.010,00 m 100,00
Desenvolvimento em Curva 15.984,34 m 40,97
Desenvolvimento em Tangente 23.025,66 m 59,03
Número de Curvas 46 unid. –
Raio Mínimo 193,66 m –
Tangente Máxima 1.676,03 m 4,30
Frequência do Raio Mínimo 01 unid. –
Altimetria Quantidade Unidade %
Extensão em Rampa 22.650,00 m 58,06
Extensão em Nível 320,00 m 0,82
Extensão em Curva Vertical 16.040,00 m 41,12
Declividade Longitudinal Máxima 10,00 % –
Declividade Longitudinal Mínima 0,09 % –
Extensão total em Rampa Máxima 120,00 m 0,31
Maior Extensão continua sob Rampa Máxima 120,00 m 0,31
ASCENDENTE DESCENDENTE
Intervalo Comprimento (m) % Intervalo Comprimento (m) %
0 - 1 3.814,14 9,78 0 - 1 8.725,86 22,37
1 - 2 1.436,69 3,68 1 - 2 1.653,31 4,24
2 - 3 1.040,00 2,67 2 - 3 1.860,00 4,77
3 - 4 500,00 1,28 3 - 4 1.560,00 4,00
4 - 5 540,00 1,38 4 - 5 560,00 1,44
5 - 6 260,00 0,67 5 - 6 160,00 0,41
6 - 7 80,00 0,21 6 - 7 240,00 0,62
7 - 8 40,00 0,10 7 - 8 60,00 0,15
8 - 9 – 0,00 8 - 9 – 0,00
9 - 10 120,00 0,31 9 - 10 – 0,00
10 -11 – 0,00 10 -11 – 0,00
TOTAL 7.830,83 20,07 Total 14.819,17 37,99
38
CARACTERÍSTICAS PLANI-ALTIMÉTRICAS
Pla
nim
étr
icas
Discriminação Extensão (m)
Em Tangente 23.025,66
Em Curva 15.984,34
TOTAL 39.010,00
Frequência dos Raios de Concordância Horizontal
Raio Freq. Raio Freq. Raio Freq. Raio Freq. Raio Freq. Raio Freq.
193,66 01 382,75 01 700,00 02 1.124,40 01 - - - -
200,00 01 447,62 01 720,24 01 1.125,74 01 - - - -
222,98 01 631,08 01 750,00 01 1.200,00 02 - - - -
249,30 01 650,00 09 799,09 01 1.243,12 01 - - - -
300,00 05 668,12 01 834,63 01 1.930,61 01 - - - -
300,13 01 674,05 01 916,55 01 - - - - - -
340,00 01 680,24 01 955,51 01 - - - - - -
350,00 04 695,73 01 1.092,00 01 - - - - - -
- - - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - - -
Altim
étr
icas
Discriminação Extensão (m)
Nível 320,00
Rampa - Aclive 7.830,83
Rampa - Declive 14.819,17
Concordância Vertical 16.040,00
TOTAL 39.010,00
3.3.1.4 Aspectos Construtivos
As obras de terraplanagem, drenagem e pavimentação asfáltica previstas, possuem detalhes de implantação
próprios decorrentes das características regionais, respeitando-se as normas brasileiras de execução destas
obras. Assim, os procedimentos de implantação destas são um misto entre as normas brasileiras, experiências
anteriores, soluções regionais e critérios estabelecidos pelo DNIT.
I. Serviços Preliminares
Os Serviços Preliminares consistem no conjunto de operações que será desenvolvido com a finalidade de
preparar a faixa na qual serão executados todos os serviços previstos no projeto. Procedendo a execução dos
serviços preliminares aqui definidos, a executante providenciará a marcação dos “off-sets”, a locação das
39
obras de arte correntes e a marcação das áreas de empréstimo quando necessário.
Mesmo com o traçado pré-estabelecido, em parte da faixa de domínio e nas Áreas de Preservação
Permanente (APP), há a ocorrência de inúmeras espécies arbóreas de pequeno, médio e grande porte,
fazendo com que serviços preliminares executáveis nas obras de pavimentação asfáltica da Rodovia Estadual
TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, compreendam uma área de 1.060.420,00 m²,
consistindo nos procedimentos de:
a) Desmatamento
Corresponde ao procedimento de retirada de todas as espécies arbóreas da área de influência a ser
pavimentada, bem como das áreas que servirão como caixas de empréstimos, vias de serviços e acessos
temporários, quando necessário.
b) Destocamento
Equivale à etapa de operação de limpeza do solo com a remoção de tocos de árvores e raízes na área.
c) Limpeza
Consiste na atividade de remoção de camada de solo ou material orgânico, até a profundidade aproximada
de 20 centímetros, e qualquer outro objeto e material indesejável que porventura ainda existirem no local.
II. Abertura de Caminhos de Serviço e/ou Desvios de Tráfego
Caminhos de serviços e desvio de tráfego, têm caráter temporário e são construídos com o objetivo de
atender ao tráfego normal durante período de execução de serviços, proporcionando conforto e segurança
tanto aos veículos da obra como aos da população que sempre se utilizam desse trajeto.
Os caminhos de serviços possuirão condições de tráfego e drenagem compatíveis com a topografia local,
suficientes para uma utilização adequada dos equipamentos e veículos. Estas áreas receberão
40
frequentemente aspersão de água, visando aumentar a segurança com a diminuição dos materiais
particulados em suspensão.
A localização, utilização e recuperação dos caminhos de serviços e desvios de tráfego são de total
responsabilidade da Contratada, que deve selecionar áreas sem restrições ambientais e sociais, os mesmos
devem ser devidamente identificados com placas e delimitados.
Caso seja necessário realizar a supressão de exemplares arbóreos nativos, a Contratada deverá realizar a
solicitação ao órgão ambiental competente, sendo responsável pelas informações apresentadas, inclusive
pelas medidas de compensação ambiental decorrentes da autorização de supressão/exploração
vegetal/florestal (ASV/AEF).
Após sua utilização, a Contratada deverá adotar medidas de recuperação das áreas de apoio, através da
limpeza e reconformação do terreno, recobrimento vegetal e implantação de sistema de drenagem, a fim de
evitar o desenvolvimento de processos erosivos, ou conforme acordado com o proprietário.
III. Terraplanagem
a) Aspectos Gerais
A partir dos dados e elementos dos estudos geológicos, geotécnicos e do projeto geométrico elaborou-se o
projeto de terraplenagem, compreendido pelo estudo e quantificação dos materiais e a distribuição dos
mesmos escavados ou emprestados com sua respectiva utilização em aterros, substituição do sub-leito ou
em eventuais bota-foras.
Devido ao baixo suporte do solo em determinada profundidade, demandou-se em vários cortes, a
necessidade de substituição de uma camada de 60 cm no subleito e a estruturação de bota-fora do material
dos cortes. Procedeu-se os cortes em que os estudos geotécnicos detectaram material de terceira categoria.
41
A definição exata de todos os empréstimos deverá ser feita em comum acordo com todos os envolvidos na
obra, considerando sempre o grau de agressão ao meio ambiente. Enfatiza-se que qualquer tipo de
escavação para empréstimos deverá ocasionar uma recuperação imediata da área. Os serviços de
terraplenagem irão se desenvolver concomitantemente com as medidas recuperadoras da faixa de domínio.
Os “cortes” são os segmentos da estrada, cuja implantação requer a escavação e a retirada do material do
terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto off-set que definem o corpo
estradal. As operações de corte compreendem:
Nos trechos em rocha alterada, os cortes devem sofrer um rebaixamento de até 30 cm além do
greide de terraplenagem e os volumes devem ser repostos posteriormente com material granular
inerte.
Os “aterros” são segmentos de rodovia, cuja construção requer o depósito e a estabilização de materiais no
interior dos limites das seções de projeto off-sets, que definem o corpo estradal. Os materiais são escavados
em cortes, caixas de empréstimo e/ou jazidas e transportados para a área onde será construído o aterro. As
operações de aterros compreendem:
A camada final dos aterros com material de boa qualidade deverá ter no mínimo 60 cm de
espessura. No corte onde for necessário rebaixamento, a camada de reposição terá do mesmo
modo 60 cm.
Todas as camadas do corpo dos aterros deverão ser convenientemente compactadas na umidade
ótima (±3%), até a obtenção da massa específica aparente seca correspondente a 95% desta
umidade. Já para as três últimas camadas de aterro a compactação deve alcançar 100%.
A Figura 2 a seguir detalha o tipo de terraplanagem com base na seção transversal, conforme o Volume 3 do
Projeto Executivo Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
42
Figura 2. Seção transversal tipo de drenagem da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia.
b) Aspectos Técnicos
A diretriz básica do projeto foi o de máximo aproveitamento da plataforma de terraplenagem existente,
efetuando-se apenas algumas modificações para a introdução de melhoramentos geométricos e atendimento
à nova situação da rodovia. No lançamento do greide, procurou-se evitar fatias de corte e aterro na
terraplanagem. Os quantitativos de terraplanagem do empreendimento são apresentados no Quadro 7, a
seguir.
Quadro 7. Resumo dos procedimentos de terraplanagem do trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia.
Discriminação dos Serviços Unidade Quantidade
Desmatamento, destocamento e limpeza m² 1.060.420,00
Escavação e carga de material
De 1ª categoria m³ 78.307,00
De 3ª Categoria m³ 7.053,00
Escavação e remoção de solo mole m³ 4.622,00
Escavação, Carga e Transporte de material
De 1ª Categoria DT até 200 m m³ 32.752,00
De 1ª Categoria DT de 201 a 400 m m³ 658.908,00
De 1ª Categoria DT de 401 a 600 m m³ 95.506,00
De 1ª Categoria DT de 601 a 800 m m³ 69.904,00
De 2ª Categoria DT de 401 a 600 m m³ 12.106,00
43
Discriminação dos Serviços Unidade Quantidade
Transporte de Material Escavado
Em caminhos de serviço m³.km 93.968,40
De material de 3ª Categoria m³.km 2.821,20
De solo mole m³.km 1.848,80
Compactação
A 95% do proctor normal m³ 460.285,00
A 100% do proctor normal m³ 238.107,00
Manual m³ 2.814,00
Recomposição
Acabamento e recomposição de empréstimo e caminho de serviço com semeadura m² 550.420,00
Gradeamento de área para semeadura m² 550.420,00
IV. Drenagem
O projeto de drenagem tem por objetivo a implantação de dispositivos capazes de captar e conduzir
adequadamente as águas superficiais e profundas do lençol freático de modo a preservar a estrutura da via,
bem como possibilitar sua operação durante a incidência de precipitações mais intensas, compreendendo
também o dimensionamento hidráulico das diversas obras.
Assim, a importância da drenagem dentro do contexto da via é facilmente observada, principalmente,
durante e após o período chuvoso. Nesse contexto destaca-se que o Projeto de Drenagem compreendeu o
dimensionamento hidráulico das diversas obras e dispositivos capazes de proteger a rodovia das águas
superficiais provenientes das precipitações pluviais, e das águas profundas do lençol freático. Este projeto
baseia-se em dados fornecidos pelos estudos hidrológicos e pelo projeto geométrico, estando dividido em:
Obras de drenagem superficial - possibilitando o escoamento às águas precipitadas sobre o corpo
estradal, com dispositivos do tipo sarjetas, meios-fios, dissipadores, valetas de coroamento de
cortes, valetas de proteção de aterros e descidas de água.
Obras de drenagem de grota - facilitando a vazão de águas superficiais e das precipitações no
cruzamento com os corpos hídricos e para a passagem de água pluvial de um lado para o outro da
rodovia, possuindo como dispositivos os drenos longitudinais e os drenos transversais.
44
a) Drenagem Superficial
O projeto de drenagem superficial tem como objetivo o dimensionamento dos dispositivos para adequar sua
capacidade de coletar e conduzir as águas que precipitam sobre a via e suas adjacências, conduzindo-as para
um local de deságue seguro, garantindo a integridade do corpo estradal e o fluxo contínuo dos veículos com
segurança.
a.1) Sarjetas
Para as obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia, são propostas 02 (dois) tipos, a sarjeta triangular (STC-03) e a sarjeta trapezoidal (STZC-01) detalhados
nas figuras adiante. Acrescenta-se que a sarjeta triangular oferece maiores vantagens quanto aos aspectos de
segurança do tráfego além dos aspectos funcionais de execução e manutenção. Embora do ponto de vista
estritamente hidráulico a sarjeta trapezoidal seja mais eficiente.
As sarjetas triangulares deverão ser implantadas nos bordos dos acostamentos em cortes e nos patamares de
cortes e aterros, mas sempre que seu comprimento crítico torná-la inconveniente para uso; caso contrário,
optar-se-á pela sarjeta trapezoidal.
Serão elaboradas saídas das sarjetas dos bordos dos acostamentos em todos os pontos de passagem (de
corte para aterro) mediante deflexão de 45º e prolongada de 5,0 m de onde prosseguirão pelo terreno
natural ou desembocarão numa valeta de coroamento de corte. A declividade máxima admitida nas sarjetas
será de 5%, ultrapassado este valor serão utilizados degraus para manter a declividade citada. Para o projeto
de pavimentação é dimensionada a sarjeta trapezoidal em uma extensão de 415,00 m e a sarjeta triangular
em uma extensão de 8.020,00 metros.
Quando a saída de uma sarjeta se der no terreno natural e em velocidade excessiva, serão instalados em sua
extremidade dissipadores de energia (Figura 5), que consistem em dispositivos que visam promover a
redução da velocidade de escoamento nas entradas, saídas, ou mesmo ao longo da própria canalização, de
45
modo a reduzir os riscos dos efeitos de erosão nos próprios dispositivos ou nas áreas adjacentes, podendo
ser de pedra marroada ou seixo rolado argamassado.
Figura 3. Detalhes do dimensionamento da Sarjeta Triangular (STC-03).
Figura 4. Detalhes do dimensionamento da Sarjeta Trapezoidal (STZC-01).
46
Figura 5. Modelos de dissipadores de energias, utilizáveis nas obras de pavimentação a Rodovia Estadual TO-444/447,
trecho: entroncamento da BR-153 (Paraíso do Tocantins-TO/Chapada de Areia-TO): (A) Dissipadores de energia aplicáveis
às saídas de sarjetas e valetas; (B) Dissipadores de energia aplicáveis às descidas d’água de aterros tipo rápido.
O Quadro 8 e o Quadro 9, a seguir, apresentam alguns critérios e especificações para o dimensionamento
das sarjetas, com ênfase no comprimento crítico de cada tipo.
Quadro 8. Comprimento Crítico – Sarjeta Triangular Tipo STC-03.
Área (m²) = 0,12
Velocidade
Crítica (m/s)
Vazão
(m³/s)
Comprimento Crítico
Pm (m) = 1,01
Reta (m)
Curva de Lado
Interno
(m)
Curva de
Lado Externo
(m) Declividade %
1 1,35 0,16 293 147 495
2 1,90 0,23 415 207 700
3 2,33 0,28 508 254 858
4 2,69 0,32 587 293 990
5 3,01 0,36 656 328 1.107
6 3,30 0,40 719 359 1.213
7 3,56 0,43 776 388 1.310
8 3,81 0,46 830 415 1.400
9 4,04 0,48 880 440 1.485
10 4,25 0,51 928 464 1.566
Quadro 9. Comprimento Crítico – Sarjeta Trapezoidal Tipo STCZ-1.
Área (m²) = 0,18
Velocidade
Crítica (m/s)
Vazão
(m³/s)
Comprimento Crítico
Pm (m) = 1,14
Reta (m)
Curva de Lado
Interno
(m)
Curva de
Lado Externo
(m) Declividade %
47
1 1,62 0,29 531 265 896
2 2,30 0,41 751 375 1.267
3 2,81 0,51 920 460 1.552
4 3,25 0,58 1.062 531 1.792
5 3,63 0,65 1.187 594 2.003
6 3,98 0,72 1.301 650 2.195
7 4,29 0,77 1.405 702 2.371
8 4,59 0,83 1.502 751 2.534
9 4,87 0,88 1.593 796 2.688
10 5,13 0,92 1.679 840 2.833
a.2) Meios-Fios de Concreto
Dispositivos posicionados longitudinalmente à rodovia, com o objetivo de captar as águas que precipitam
sobre o corpo estradal e conduzi-las até locais adequados ao deságue. Foram estabelecidas para as obras de
pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, o meio-fio
sem sarjeta (MFC-3), conforme apresentado na Figura 6, que serão instalados em 20.296 metros, distribuídos
entre o lado direito e esquerdo da rodovia.
Figura 6. Detalhes do dimensionamento do meio-fio sem sarjeta do tipo MFC-3.
a.3) Valetas de Coroamento dos Cortes
48
As valetas de coroamento dos cortes têm a finalidade de impedir que as águas superficiais dos taludes
naturais do terreno atinjam os taludes de cortes. Por esta razão a usaremos apenas quando a pendente do
terreno estiver no sentido da rodovia.
Foi adotada a forma trapezoidal para as valetas de coroamento e suas características mínimas de serem
localizadas a uma distância mínima de 3,0 m da linha de “off-set”; o material removido na escavação deverá
ser apiloado e depositado a jusante da valeta, formando com ela o coroamento de seu lado inferior; deverá
ser evitada inclinação forte (maiores que 5%); evitar fazer cantos na mudança de direção, em projeção
horizontal.
Para o processo de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia, são definidos 02 (dois) tipos de dispositivos, a valeta de coroamento dos cortes do tipo VPC-4 e a
valeta de coroamento dos cortes do tipo VPC-5, conforme detalham as figuras a seguir.
Figura 7. Detalhes do dimensionamento da valeta de coroamento dos cortes do tipo VPC-4.
49
Figura 8. Detalhes do dimensionamento da valeta de coroamento dos cortes do tipo VPC-8.
a.4) Valetas de Proteção dos Aterros
A finalidade das valetas é proteger os pés dos taludes dos aterros, da ação das águas superficiais, quando
houver encostas íngremes a montante dos aterros.
Seguirão a mesma seção tipo das valetas de coroamento de corte e suas características mínimas são de: sua
localização estará a uma distância de 1,0 m da linha de “off-set”; o material removido na escavação deverá
ser espalhado e apiloado entre a valeta e a linha de “off-set”; as águas coletadas por estas valetas serão
conduzidas para a boca do bueiro mais próximo; as valetas serão revestidas de grama.
Para as obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia, são apresentadas 02 (dois) tipos, a valeta de coroamento de aterros VPA-4 e a Valeta de Coroamento
de Aterros VP-6, conforme as figuras abaixo.
50
Figura 9. Detalhes do dimensionamento da valeta de coroamento de aterros do tipo VPA-4.
Figura 10. Detalhes do dimensionamento da valeta de coroamento de aterros do tipo VPA-6.
a.5) Descidas D’água (Sangradouros)
A finalidade das descidas d’água é a de conduzir a água superficial ao longo de um talude (de corte ou
aterro) a um nível inferior. Para o empreendimento foram projetadas as calhas lisas retangulares de concreto
e as calhas em degraus retangulares de concreto.
O primeiro tipo (lisas) é adotado para conduzir a água do meio-fio de greide ao pé do talude de aterros até
05 metros de altura. Para alturas superiores a este valor, é adotada a descida em degraus. O detalhamento
51
destas estruturas é apresentado na Figura 11 abaixo.
Figura 11. Detalhes do dimensionamento das descidas d’água.
b) Obras de Arte Corrente (OAC) e Obras de Arte Especiais
A construção de bueiros será feita obedecendo-se aos seguintes critérios da Ageto, além das especificações
e normas técnicas do DNIT e ABNT que lhe forem pertinentes, considerando:
Recobrimento mínimo acima da geratriz superior do bueiro tubular de concreto armado e para
bueiros celulares será, no mínimo, de 01 metro.
Os tubos de concreto deverão ter armadura dupla e em todos os bueiros deverão ser feitos berços
para receber os tubos.
As entradas (bocas) dos bueiros tubulares serão feitos de acordo com os projetos tipo, apresentados
no Projeto Executivo Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia,
em seu Volume 3.
52
A declividade longitudinal máxima dos bueiros tubulares será de 8%.
O solo deve ser apiloada lateralmente ao terreno até a altura de recobrimento em uma faixa
excedendo o contorno aparente lateral do bueiro de 01 (um) metro para cada lado.
As caixas coletoras fora da plataforma (CCT - Caixa Coletora de Talvegue) obedecerão ao projeto
tipo.
No projeto fez-se opção por um bueiro único em vez de bueiro múltiplo.
O comprimento dos bueiros foi determinado pela aplicação do método do Prof. Altamiro Tibiriçá
Dias.
Para isso foram determinados os seguintes elementos geométricos:
Cota do topo do bueiro.
Cota do fundo do bueiro.
Declividade da linha do fundo.
Cota do greide, dos bordos e dos “off-sets”.
Esconsidade.
Altura do aterro.
Raio de curvatura do eixo da estrada.
Cota do greide.
Seção de vazão.
O diâmetro mínimo dos bueiros será de 1,00 m, devido aos problemas de conservação, além da
facilidade de fornecimento de tubos deste padrão para os locais de obra.
Assim, é comum a utilização de bueiros múltiplos a partir do momento que o bueiro único ficar limitado pela
vazão de projeto, ao invés de projetar bueiros dimensionados para cada local.
Destaca-se que o projeto das obras-de-arte correntes contemplou a indicação de bueiros tubulares e
celulares de grota, conforme se encontra sintetizado no Quadro 10, segundo os tipos e diâmetros
53
empregados; destaca-se ainda a necessidade de execução de 03 (três) bueiros celulares, ressaltando-se que
tais obras foram objeto de estudo e dimensionamento no capítulo de Estudos Hidrológicos do Projeto
Executivo Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia Volume 3.
Quadro 10. Relação de Obras-de-Arte Corrente para o trecho da Rodovia Estadual Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
Obras de Arte Corrente/Especiais – Bueiros de Concreto
Estacas Obra Projetada Dimensões (m) Comprimento
(m) Observações
61 BSTC Ø 1,00 18,00 Caixa Coletora
77+13,00 BTCC 3,00 X 3,00 48,00 -
369 BSTC Ø 1,00 24,00 -
414 BSTC Ø 1,00 20,00 -
427+2,00 BSTC Ø 1,00 20,00 Abrir canal à montante
450 BSTC Ø 1,00 16,00 -
464 BSTC Ø 1,00 19,00 -
512+15,00 BSTC Ø 1,00 27,00 Abrir canal à montante
535 BSTC Ø 1,00 17,00 -
603 BSTC Ø 1,00 25,00 Abrir canal à montante e jusante
652+10,00 BSTC Ø 1,00 19,00 Abrir canal à montante
703+3,00 BSTC Ø 1,00 25,00 Caixa coletora
707 BSTC Ø 1,00 16,00 Abrir canal à montante
742+16,00 BSTC Ø 1,00 15,00 -
793 BSTC Ø 1,00 29,00 -
810+11,00 BSTC Ø 1,00 27,00 Abrir canal à montante
818 BSTC Ø 1,00 31,00 -
823 BSTC Ø 1,00 21,00 -
831 BSTC Ø 1,00 19,00 Abrir canal à montante
837 BSTC Ø 1,00 15,00 -
846+3,00 BSTC Ø 1,00 19,00 -
854 BSTC Ø 1,00 15,00 -
864+10,00 BSTC Ø 1,00 18,00 -
886+9,00 BSTC Ø 1,00 15,00 Abrir canal à montante
919 BSTC Ø 1,00 22,00 -
927 BSTC Ø 1,00 21,00 -
1034+10,00 BSTC Ø 1,00 15,00 Abrir canal à montante
1102 BSTC Ø 1,00 21,00 -
1117+8,00 BSTC Ø 1,00 27,00 Fazer corta rio
1168+13,00 BSTC Ø 1,00 19,00 Caixa coletora
1186+10,00 BSTC Ø 1,00 17,00 -
1204+10,00 BSTC Ø 1,00 15,00 -
54
Obras de Arte Corrente/Especiais – Bueiros de Concreto
Estacas Obra Projetada Dimensões (m) Comprimento
(m) Observações
1252+5,00 BSTC Ø 1,00 53,00 Caixa coletora
1268+1300 BSTC Ø 1,00 29,00 Caixa coletora
1274+10,00 BSTC Ø 1,00 23,00 Abrir canal à montante
1279+10,00 BSTC Ø 1,00 29,00 Abrir canal à montante
1298 BSTC Ø 1,00 21,00 Abrir canal à montante
1309+12,00 BSTC Ø 1,00 27,00 Abrir canal à montante
1330 BSTC Ø 1,00 23,00 Abrir canal à montante
1364+11,00 BSTC Ø 1,00 19,00 -
1393+4,00 BSTC Ø 1,00 32,00 -
1409 BSTC Ø 1,00 30,00 -
1435 BSTC Ø 1,00 16,00 -
1444+9,00 BTTC 3Ø 1,00 22,00 -
1505+2,00 BSTC Ø 1,00 16,00 Abrir canal à montante e jusante
1516+13,00 BSCC 2,50 x 2,50 19,00 -
1567 BSTC Ø 1,00 15,00 Abrir canal à montante e jusante
1596 BSTC Ø 1,00 14,00 Abrir canal à montante e jusante
1612+14,00 BSTC Ø 1,00 23,00 -
1632 BSTC Ø 1,00 28,00 -
1636+12,00 BSTC Ø 1,00 16,00 Abrir canal à montante
1655 BSTC Ø 1,00 16,00 Abrir canal à montante e jusante
1710 BSTC Ø 1,00 14,00 -
1747+6,00 BSTC Ø 1,00 16,00 -
1767 BDCC 2,50 x 2,50 16,60 -
1776 BSTC Ø 1,00 15,00 - Abrir canal à montante
1930 BTTC 3Ø 1,00 15,00 Abrir canal à montante e jusante
*BSTC = Bueiro Simples Tubular de Concreto.
**BTTC=Bueiro Triplo Tubular de Concreto.
***BSCC = Bueiro Simples Circular de Concreto.
****BDCC = Bueiro Duplo Circular de Concreto.
Tendo-se em vista as declividades dos bueiros de grota, notadamente os tubulares, suas vazões são
praticamente limitadas pela capacidade de captação o que condiz a uma verificação de seus
dimensionamentos, considerando-os como orifício.
Realizou-se também a verificação entre a altura de carga hidráulica adotada e a altura do aterro sobre a
obra, verificando-se suas compatibilidades, não pondo em risco o maciço. Os bueiros foram dimensionados
55
para atender a uma vazão com tempo de recorrência de 25 anos. Como temos vários bueiros de greide ao
longo do trecho, à seção mínima considerada para os mesmos foi de 1,00 m de diâmetro, para facilitar os
serviços de limpeza e conservação, os bueiros deverão ser implantados em uma extensão total de
1.222,60metros.
Nas figuras a seguir (Figura 12 a Figura 16), são apresentados os detalhes do dimensionamento dos bueiros
propostos para as obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia.
Figura 12. Detalhes do dimensionamento do Bueiro Simples Tubular de Concreto (BSTC).
Figura 13. Detalhes do dimensionamento do Bueiro Duplo Tubular de Concreto (BDTC).
56
Figura 14. Detalhes do dimensionamento do Bueiro Triplo Tubular de Concreto (BTTC).
Figura 15. Detalhes do dimensionamento do Bueiro Simples Circular de Concreto (BSCC).
57
Figura 16. Detalhes do dimensionamento do Bueiro Duplo Circular de Concreto (BDCC).
Em suma, os procedimentos de drenagem propostos para a obra de pavimentação da Rodovia Estadual TO-
444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, consistiram do dimensionamento de bueiros,
drenos, sarjetas, meios-fios, dentre outros dispositivos, conforme detalha o Quadro 11.
Quadro 11. Resumo dos procedimentos de implantação dos dispositivos de drenagem e obras-de-arte correntes do trecho
da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
Discriminação dos Serviços Unidade Quantidade
Dreno Profundo
Corpo em solo tipo DPCS-2 m 5.460,00
Corpo em rocha tipo DPCR-1 m 1.820,00
Boca de Concreto un. 64,00
Colchão drenante com brita m³ -
Sarjeta
Seção Trapezoidal tipo STZC-1 m 415,00
Seção Triangular tipo STC-3 m 8.020,00
Meio-Fio
Em concreto tipo MFC-3 m 20.296,00
Saída e Descida d’água
Lisa tipo DAR-1 m 2.066,00
Em degraus - concreto simples m 649,00
Caixa Coletora em Concreto
Para tubo diâmetro 1,00 metro exceto escavação h=2,00 m un. 5,00
Valeta de Proteção para Corte e Aterro
De concreto m 400,00
Revestida em grama m 680,00
58
Discriminação dos Serviços Unidade Quantidade
Escavação
Corta Rio m³ 1.000,00
Obras de Arte Corrente
Remoção de Bueiros Tubulares m 90,00
Corpo de Bueiro Tubular de Concreto
Bueiro simples Ø 0,60m exceto escavação m 192,00
Bueiro simples Ø 1,00 m exceto escavação m 1.102,00
Bueiro duplo Ø 1,00 m exceto escavação m -
Bueiro triplo Ø 1,00 metro m 54,00
Boca de Concreto para Bueiro Tubular
Bueiro simples Ø 0,60m un. 64,00
Bueiro simples Ø 1,00 m un. 99,00
Bueiro duplo Ø 1,00 m un. -
Bueiro triplo Ø 1,00 m un. 6,00
Devido às intervenções que poderão alterar a quantidade ou qualidade dos corpos hídricos existentes na
área de estudo ou mesmo as modificações no leito e margens dos corpos d’água por meio da implantação
de obras hidráulicas onde, no caso da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada
de Areia, deverão ser instalados bueiros e demais dispositivos de drenagem; estes sistemas ou intervenções
nos recursos hídricos locais deverão ser devidamente outorgados, para os casos necessários, conforme
preconiza o Instituto Natureza do Tocantins – NATURATINS, com base na Resolução Conama Nº 237 de
19/12/1997.
V. Pavimentação Asfáltica
Os pavimentos são estruturas complexas e suas características envolvem muitas variáveis, tais como: as
cargas do tráfego, as solicitações ambientais, as solicitações técnicas construtivas, as práticas de manutenção
e reabilitação, o tipo e a qualidade dos materiais etc.
Em função do seu volume relativo, os pavimentos representam parcela expressiva da infraestrutura de
transportes e, portanto, melhoramentos marginais nos seus componentes podem resultar em grande
economia em termos absolutos.
59
No Projeto de Pavimentação descrito no Projeto Executivo TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada
de Areia Volume I, concebeu-se em detalhar uma estrutura que, de maneira economicamente viável,
suportasse as solicitações impostas pelo tráfego em condições de conforto e segurança para os usuários
num período de 10 anos.
Desta maneira, o projeto foi desenvolvido com base nos métodos de projeto de pavimentos flexíveis do
Engenheiro Murillo Lopes de Souza na versão de 1966. Segundo o método supracitado, a solução
recomendada para o revestimento foi o T.S.D. (Tratamento Superficial Duplo) nas pistas de rolamento e
acostamentos.
Analisando-se os resultados dos estudos geotécnicos do subleito, concluiu-se que na maioria dos cortes,
devido ao baixo suporte do solo a uma profundidade em torno de 1,50m, será necessário a substituição do
material, conforme está indicado no Projeto de Terraplenagem.
Calculou-se para todo o trecho, estatisticamente, um valor mínimo que englobasse em torno de 80% dos
valores de CBR existentes, sendo adotado este valor como IS de projeto. Com base no IS de projeto adotado
e no número N calculado obtêm-se as espessuras totais necessárias a proteção do subleito.
O projeto do pavimento da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia
prevê as composições e procedimentos detalhados abaixo.
a) Pista de Rolamento
Revestimento: Tratamento Superficial Duplo (TSD) com 2,5 cm de espessura.
Base: solo estabilizado granulometricamente com espessura de 18,0 centímetros.
Sub-base: solo estabilizado granulometricamente com espessura de 18 centímetros.
b) Revestimento Asfáltico (Capa)
Execução de tratamento superficial duplo na largura da pista de rolamento e acostamentos.
60
Deverá ser utilizada a emulsão RR-2C.
O primeiro banho de emulsão RR-2C será na largura das faixas de tráfego e acostamentos.
Espalhar a primeira camada de agregados, somente na largura das faixas de tráfego e
acostamentos, com a granulometria entre 3/4”e 5/8”.
O segundo banho de emulsão RR-2C será na largura das faixas de tráfego e acostamentos.
Espalhar a segunda camada de agregados, na largura das faixas de tráfego e acostamentos,
com a granulometria entre 3/8”e 1/4”.
Usar rolo pneumático para a rolagem do tratamento evitando o rolo liso.
A Figura 17 detalha a seção transversal do tipo de pavimentação, em que (1) representa a faixa de
rolamento, que receberá o Tratamento Superficial Duplo, (2) Acostamento que também receberá o
Tratamento Superficial Duplo, (3) Pavimento com solo estabilizado e o (4) Subleito com solo compactado.
Figura 17. Detalhamento do tipo de pavimentação por seção transversal para Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso
do Tocantins/Chapada de Areia.
Já o Quadro 12 apresenta o resumo dos procedimentos de pavimentação a serem realizados no trecho da
Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, como transporte de material,
capa asfáltica, fornecimento de material betuminoso etc.
Quadro 12. Resumo dos procedimentos de pavimentação do trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia.
Discriminação dos Serviços Unidade Quantidade
61
Regularização e compactação do subleito m² 395.356,50
Desmatamento, limpeza e expurgo da jazida m² 233.620,00
Acabamento e recomposição de empréstimo e caminho de serviço com semeadura m² 233.620,00
Gradeamento de área para semeadura m² 233.620,00
Escavação e carga de material de jazida com indenização m² 186.896,00
Transporte de Material de Jazida
Em caminhos de serviço m³.km 1.401.720,00
Estabilização Granulométrica
De solo sem mistura (base/sub-base) m³ 143.766,00
Capa asfáltica
Imprimação m² 345.038,00
Tratamento Superficial Simples (TSS) m² 88.988,00
Tratamento Superficial Duplo (TSD) m² 256.050,00
Banho diluído com emulsão sobre TSS e TSD m² 345.038,00
Transporte Local
De material betuminoso T.km 28.228,00
De agregado m³.km 121.779,00
Transporte comercial
De material betuminoso T.km 98.797,00
Transporte de brita
Em rodovia pavimentada m³.km 243.558,00
Fornecimento de Material Betuminoso (Palmas)
CM-30 T 414,00
Emulsão RR-2C T 997,00
VI. Projeto de Obras Complementares
O Projeto de Obras Complementares apresentado no Volume 1 do Projeto Executivo Rodovia Estadual TO-
444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia inclui a implantação de cercas, defensas, sinalização,
proteção vegetal.
a) Cercas
Projetou-se ao longo da rodovia a implantação de cercas de arame farpado, sobre suportes de concreto
armado (postes), para delimitação da faixa de domínio, sendo interrompida apenas nas travessias de grandes
cursos d’água, entroncamentos e nos pontos onde forem julgadas desnecessárias, constantes de projeto ou
indicados pela fiscalização.
62
Este serviço consistirá na limpeza de uma faixa de implantação com 2,0 m de largura, com desmatamento e
destocamento, na aquisição e cravação no terreno de mourões suportes e esticadores de concreto armado e
na colocação de 04 (quatro) fios de arame farpado. Definiram-se para os mourões as seguintes dimensões:
Seção: 9,00 x 9,00 cm.
Altura: 2,10 m.
Armação: 4 Ø 3/16”.
Estribo: arame liso nº14 com 30,00 cm.
Profundidade de cravação: 0,60 m.
Espaçamento de cravação: 2,75 m.
Já os esticadores foram projetados com as seguintes dimensões:
Seção: 15,00 x 15,00 cm.
Altura: 2,10 m.
Armação: 4 Ø 1/4”.
Estribo: Ø 3/16” c/ 30,00 cm.
Profundidade de cravação: 0,60 m.
Espaçamento de cravação: 55,00 m e nas mudanças de direção.
Acrescenta-se ainda, que serão utilizadas 04 (quatro) linhas de arame farpado de aço zincado obedecendo às
exigências da especificação DNER-EM nº 22/68, com os seguintes espaçamentos:
0,30 m entre o solo e o primeiro fio.
0,35 m nos dois espaços intermediários.
0,40 m no espaço superior.
Por fim, destaca-se que em terreno impenetrável ou afloramento de rocha, os mourões serão cortados e
engastados numa sapata superficial de concreto.
63
b) Defensas
Nas obras de pavimentação do trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia, por meio do Volume I do Projeto Executivo, recomenda-se a implantação de
defensas. Recomenda-se a colocação de defensas nas seguintes situações:
Aterro alto e/ou com taludes íngremes.
Meias encostas em curva.
proximidade das pontes.
Para determinar os locais na rodovia onde será necessária a colocação de defensas seguiram-se as
recomendações expostas no “SpecialReport 81 - HighwaysGuardrailDetermination of
NeedendGeometricRequirements”, baseado em estudos desenvolvidos pela AASHO, a publicação apresenta
um ábaco que determina o “Índice de Necessidade de Defensa”. O valor deste índice para a rodovia em
estudo foi utilizado igual a 50.
c) Sinalização
O projeto de sinalização foi elaborado com base nas recomendações do “Manual de Sinalização” do DNER -
Edição de 1967, do Decreto nº 73.696 de 28 de fevereiro de 1974 e do “Código de Trânsito Brasileiro”, Lei nº
9503 de 23 de janeiro de 1997. Para efeito de exposição do projeto estabeleceu-se a subdivisão de Projeto
de Sinalização Horizontal e Vertical.
O Projeto de sinalização horizontal tem a finalidade de orientar o motorista dentro do critério pré-
estabelecido, aumentando assim a segurança do tráfego. No caso específico deste projeto, o sistema de
sinalização foi concebido para uma rodovia em pista simples com duas faixas de tráfego, em sentidos
opostos. A sinalização horizontal da rodovia constitui de:
Linhas laterais demarcadoras dos bordos da pista de rolamento: serão ininterruptas, em cor
branca com 12 cm largura e se localiza na face externa dos bordos da pista de rolamento.
64
Linhas demarcadoras de faixas de trânsito: serão interrompidas em intervalos regulares de
12 m por 4 m de linha em cor branca com 10 cm de largura, localizadas nos eixos das
faixas de tráfego.
Linhas de proibição de ultrapassagem: projetaram-se linhas de proibição de ultrapassagem
nos locais de distância de visibilidade inferior a 320 m.
Previu-se colocação de linhas de proibição de ultrapassagem nestes trechos, simples ou duplas, que para
chamar atenção, serão feitas em cor amarela com 12 cm de largura.
Linhas de canalização: serão colocadas nos locais onde houver necessidade de se fazer
canalização do tráfego, como nos locais de interseções e nos inícios e fins dos segmentos
da rodovia com terceira faixa de tráfego. Quando indicarem proibição de ultrapassagem,
serão contínuas e em cor amarela, nos demais casos serão em cor branca e descontínuas.
Em qualquer caso terão a largura de 12 cm.
Dispositivos refletores: prevista a colocação de balizadores afastados dos bordos da pista de
rolamento. Os canalizadores serão colocados em suportes adequados, de modo que a
unidade refletora fique a uma altura de 1,20 m acima do bordo mais próximo da pista.
A distância horizontal dos balizadores ao bordo da pista variará de 0,60 m a 3,60 m, aconselhando-se, no
caso da existência de acostamento, a distância de 1,50 m do bordo da pista. Quando houver impedimento
para colocação de um balizador no ponto previsto, o mesmo pode ser deslocado num ou em outro sentido
no máximo da quarta parte do espaçamento normal. Caso, após o deslocamento o balizador cair dentro da
área impedida, será eliminado.
O espaçamento do primeiro balizador antes e depois da curva é de 1,8 D, o segundo de 3 D e o terceiro de
6 D. O espaçamento ficará sempre compreendido entre os limites de 6 m e 60 m. Os valores menores do
que 6,00 serão apenas usados quando necessários para indicar os limites de cantoneiras de entroncamentos.
Tachas: elementos de forma quadrada ou retangular contendo unidades refletoras
65
(monodirecionais ou bidirecionais), aplicadas diretamente no pavimento, sobre ou adjacente às
marcas longitudinais.
Os materiais a serem utilizados consistem na aplicação de produtos termoplásticos contendo esferas de vidro
sobre a faixa pintada, para definição das linhas de demarcação. No caso dos dispositivos refletores,
consistirão em unidades refletoras capazes de refletir de maneira visível, em condições atmosféricas normais,
a luz dos faróis altos de um veículo e uma distância de 300 m.
O Projeto de Sinalização Vertical foi feito com base nos seguintes princípios de que deve ser de fácil
compreensão pelos motoristas, ter a mesma intensidade ao longo da rodovia, com finalidade de dar
condicionamento ao motorista, devendo ser contínua, e antecipada a fim de preparar o motorista para sua
próxima decisão. Os sinais a serem colocados na rodovia terão as seguintes naturezas:
Sinais de advertência: têm a finalidade de avisar o usuário sobre a existência e a natureza de
condições potencialmente perigosas na rodovia ou junto à mesma (Manual de Sinalização do
DNER - Edição de 1967).
Para a Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, projetou-se um sistema
de sinais de advertência que seguiu as recomendações de “Manual de Sinalização” do DNER, no que diz
respeito a sua localização e tamanho e ao Decreto nº 73.696, no que se refere a sua forma.
Sinais de regulamentação: têm por finalidade informar ao usuário as limitações, proibições ou
restrições, governando o uso da rodovia e cuja violação constitui uma infração (Manual de
Sinalização do DNER- Edição de 1967).
Foram projetados para a rodovia em estudo, um sistema de sinais que seguiu as recomendações do “Manual
de Sinalização” do DNER, no que diz respeito a sua localização e tamanho e ao Decreto nº 73.696 no que se
refere a sua forma.
Sinais de informação: possuem a função de guiar os usuários no curso de deslocamento e
66
fornecer outras informações que lhes possam ser úteis. São necessários para informar aos
usuários a localização de rodovias transversais, acessos, cursos d’água, divisas interestaduais e
intermunicipais e outras informações de interesse geral.
Estes sinais foram projetados em função das recomendações do “Manual de Sinalização” do DNER - Edição
de 1967 e na forma preconizada no Decreto nº 73.696.
Sinais educativos: têm por objetivo formar um condicionamento do motorista, estimulando-o
para seu comportamento contribua para segurança do tráfego e para a conservação da rodovia.
Estes sinais também foram colocados segundo as orientações do “Manual de Sinalização” do DNER - Edição
de 1967 e na forma preconizada pelo Decreto nº 73.696. De acordo com o Volume 3 do Projeto Executivo
Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: entroncamento (Paraíso do Tocantins-TO/Chapada de Areia-TO), está
prevista a implantação de 232 placas verticais, em formatos e cores variadas, de acordo com a indicação.
Os sinais a serem colocados seguirão critérios conforme normas específicas para forma, cores e letras,
dimensões e posição dos sinais de advertência, regulamentação, informação e educação, de acordo com o
Decreto nº 73.696.
Os materiais das placas deverão ser de chapas metálicas, tratadas tal como especifica o “Manual de
Sinalização” do DNER - Edição de 1967, em seu anexo “Preparação de Chapas para Pintura de Sinalização de
Rodovias”. A pintura das placas deverá ser feita com tinta termoplástica, obedecendo à mesma referência. Já
os postes de sustentação de placas deverão ser de madeira de primeira qualidade, com as dimensões de 9 x
9 cm de seção, por 03 m de comprimento, pintados de branco.
Também deverá ser instaladas placas da obra, na forma de outdoors, que deverão constar os canais e meios
de comunicação pelos quais a população poderá manifestar suas dúvidas, reclamações e sugestões.
Destaca-se que o Projeto de Sinalização (Vertical e Horizontal) é apresentado detalhadamente conjuntamente
Volume III do Projeto Executivo. No Quadro 13 a seguir apresenta-se a resumo dos itens necessários para a
67
implantação de obras complementares na Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia.
Quadro 13.Resumo dos procedimentos de implantação de obras complementares no trecho da Rodovia Estadual TO-
444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
Discriminação dos Serviços Unidade Quantidade
Cerca de vedação da faixa de domínio m 63.920,00
Defensa Metálica m 1.408,00
Sinalização Horizontal m² 14.327,00
Tacha Refletiva bidirecional un. 5.850,00
Sinalização Vertical com 01 (um) poste m² 144,50
Sinalização Vertical com 02 (dois) postes m² 59,60
Marco quilométrico un. 38,00
Revestimento vegetal com semeadura e adubo em taludes m² 335.073,00
Plantio de mudas nativas (árvores/arbustos) un. 11.703,00
Conformação manual de taludes m² 184.558,00
Estão previstas também, ações de recuperação da vegetação em bota-foras, jazidas e taludes, por meio do
plantio de mudas de espécies arbóreas e arbustivas nativas, utilizando-se de métodos específicos para tais
ações.
3.4 Especificação e Quantificação da Mão-de-obra
A empresa executora das obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia, para exercer suas atividades, deverá manter contratado em regime da
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), uma equipe de profissionais qualificados detalhada no Quadro 14.
Quadro 14. Relação da Equipe responsável pela implantação e obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447,
trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
Quantidade Função
Setor - Administração
Engenheiro de planejamento 01
Engenheiro residente 01
Encarregado de Escritório 01
Encarregado Geral 01
Almoxarife 01
Assistente Técnico 01
68
Quantidade Função
Auxiliar de Escritório 02
Técnico em Segurança do Trabalho 02
Zelador (a) 01
TOTAL 11
Setor - Laboratório
Auxiliar de Laboratório 04
Laboratorista 02
TOTAL 06
Setor - Topografia
Auxiliar de Topografia 03
Topógrafo 01
TOTAL 04
Setor - Produção
Ajudante 80
Apontador 03
Armador 04
Carpinteiro 04
Encarregado de frente 04
Encarregado de Pavimentação 01
Encarregado de Pavimentação asfáltica 01
Encarregado de Terraplenagem 01
Greidista 04
Motorista Caminhão Basculante 05
Motorista Caminhão Carroceria 02
Motorista Caminhão com guindaste 02
Motorista Caminhão Comboio 01
Motorista Caminhão Espargidor 02
Motorista Caminhão Pipa 02
Motorista Cavalo Mecânico 01
Motorista Veículo de transporte leve 01
Nivelador 01
Operadores de Máquinas 09
Pedreiro 04
Rasteleiro 03
TOTAL 135
Setor - Vigilância
Vigia 08
TOTAL 08
Setor – Mão de Obra Indireta
Motoristas de caminhões alugados 30
69
Quantidade Função
Operadores de máquinas alugadas 10
Cozinha 06
TOTAL 46
Total Setores (Geral)
210 Profissionais
3.5 Especificação e Quantificação dos Maquinários e Equipamentos
Os equipamentos e máquinas necessários para a execução das obras de instalação do empreendimento,
permitindo relacionar as quantidades mínimas para uma obra desta magnitude segue conforme o Quadro 15
abaixo.
Quadro 15. Relação de Veículos, Máquinas e Equipamentos a serem utilizados na obras de pavimentação e implantação da
Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: entroncamento (Paraíso do Tocantins-TO/Chapada de Areia-TO).
Descrição Quantidade
Veículos
Pick-Up Porte D-20 04
Pick-Up Porte L-200 01
Veículo Passeio VW Gol Ou Similar 08
Veículo Passeio VW Crossfox Ou Similar 01
Ônibus 50 Pessoas 03
Caminhão (MB-1318 ou Similar) C/ Equip. Espargidor De Asfalto 02
Caminhão 4X2 (MB-1318 ou Similar) Tanque D'água 8.000 L 10
Caminhão 4X2 C/ Equip. Demarcador De Faixas De Sinalização 01
Caminhão Basculante 4X2 (MB-1318 OU SIMILAR) 02
Caminhão Basculante 6x2 50
Caminhão Carroceria 4x2 (Mb-1318 Ou Similar) C/ Guindaste Munck 01
Caminhão Carroceria 4x2 (Mb-710 Ou Similar) C/ Guindaste Munck 01
Caminhão Carroceria Mb-710 Ou Similar 04
Caminhão Comboio 4x2 01
TOTAL 89
Maquinário
Grades de Disco GA 24 x 24 02
Escavadeira Hidráulica com esteira 02
Motoniveladora 120-H 02
Carregadeira de Pneus 3,3 m³ 01
Rolo Compactador 10,9 t 01
Retro escavadeira de Pneus 01
70
Descrição Quantidade
Rolo Compactador 11,25 t 02
Carregadeira de Pneus 1,70 m³ 01
Distribuidor de Agregados CMV - rebocável 01
Vibro Acabadora de Asfalto 01
Trator de Esteiras D6M – com lâmina 01
Trator de Esteiras D8R – com lâmina 01
Trator Agrícola 02
Tanque de Estocagem de Asfalto 20.000 L 02
Equipamento de Distribuição de Lama Asfáltica MICROFLEX 01
Caminhão Carroceria de Madeira 15 t 01
Caminhão Basculante 6 m³ - 10,5 t 01
Vassoura Mecânica CMV:VM7 - rebocável 01
Caminhão Basculante 10 m³ - 15 t 06
Caminhão Tanque 10.000 L 02
Caminhão Carroceria 4 t 01
Cavalo Mecânico com Reboque 29,5 t 01
Equipamento para Hidrossemeadura 5500 L 01
TOTAL 35
Equipamentos
Estação Topográfica Total 01
Prisma Topográfico 01
TOTAL 02
Total de Veículos, Máquinas e Equipamentos
132
3.6 Canteiro de Obras
Alem das considerações ambientais, a localização da implantação de canteiros ou alojamentos de operários
das obras evitará áreas de riscos sociais, tais como as que apresentam taxa de criminalidade, zonas de
trabalho sexual.
É prevista a instalação de um canteiro de obras para atendimento ao projeto na estaca inicial ou estaca 00
da rodovia, localizada sob as coordenadas UTM (Zona 22L) 730165,00 m E e 8871802,00 m S.
71
No canteiro de obras, segundo informações disponibilizadas pela Ageto, haverá oficina para manutenção dos
veículos, guarita, almoxarifado, refeitório, laboratório e sanitários/vestuários. Já as estruturas para escritório e
alojamento serão alugadas, ou seja, empregados locais fora da área destinada ao canteiro de obras,
possivelmente no perímetro urbano de Paraíso do Tocantins (TO). Os equipamentos de laboratório de solo,
concreto e betume também serão alugados.
As estruturas de apoio relacionadas ao empreendimento deverão passar por processo de licenciamento
específico junto ao órgão ambiental competente pela empresa executa da obra e devem receber especial
atenção, devendo ser adotadas medidas de proteção ao meio ambiente específicas, como: implantação de
coletores diversificados que promovam a coleta seletiva de resíduos; implantação de caixas separadoras de
água e óleo na saída das plataformas de lavagem de veículos, oficinas e áreas de manutenção de
maquinário, local de armazenamento de óleos e derivados; locais específicos, identificados e cobertos para
armazenamento de resíduos, produtos químicos, insumos, entre outros.
Caso seja necessário realizar a supressão de exemplares arbóreos nativos, a Contratada deverá realizar a
solicitação ao órgão ambiental, sendo responsável pelas informações apresentadas, inclusive pelas medidas
de compensação ambiental decorrentes da ASV/AEF.
O canteiro de obras deve ser identificado com placas e delimitado, a fim de impedir o acesso de terceiros.
A localização, utilização e recuperação da área do canteiro de obras é de total responsabilidade da
Contratada. A área a ser instalado o canteiro de obras deve ser sem restrições ambientais e riscos sociais, tais
como locais que apresentam alta taxa de criminalidade e zonas de trabalho sexual.
Após sua utilização, a Contratada deverá adotar medidas de recuperação, através da limpeza e
reconformação do terreno, recobrimento vegetal e implantação de sistema de drenagem, a fim de evitar o
desenvolvimento de processos erosivos, ou conforme acordado com o proprietário.
Ainda, no final das obras e encerramento das atividades no canteiro de obras a Contratada deverá solicitar o
72
encerramento do cadastro das áreas de apoio, através de relatório contendo as medidas de recuperação
adotadas, bem como fotos e termo de recebimento da área assinado pelo proprietário.
3.7 Fontes de Abastecimento de Água
Basicamente as fontes de abastecimento de água visando o atendimento ao canteiro e para as atividades
relacionadas às obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia se referirão à captação subterrânea (poço tubular profundo) e em cursos d’água
existentes na região de estudo.
É prevista pela Ageto a perfuração de01 (um) poço tubular profundo para o abastecimento do canteiro de
obras. Contudo, será analisada inicialmente junto à concessionária de água local (Foz | Saneatins) a
possibilidade de atendimento da demanda de água para o canteiro de obras da empresa executora, já que o
canteiro será instalado próximo a um ambiente urbano, o que facilitaria este contexto. Não sendo possível,
será promovida a perfuração de um poço no local.
No caso das atividades associadas às obras de pavimentação, como a terraplanagem e pavimentação
asfáltica e da umidificação das vias de acesso serão empregados mananciais perenes interceptados pela
rodovia objeto. São previstas captações de água nos seguintes selecionados pontos: Córrego Pernada (UTM
728196,00 m E e 8873817,00 m S), Córrego Coco do Meio (UTM 718628,00 m E e 8873457,00 m S) e no
Ribeirão Coquinho (UTM 707833,00 m E e 8876462,00 m S), alternando-se o volume ou encerrando-se a
captação, à medida que há o avanço no segmento pavimentado.
Importante enfatizar que as fontes de abastecimento de águas subterrâneas e/ou superficiais, deverão ser
objetos de regularização ou de outorga junto ao NATURATINS, procedimentos que serão conduzidos pela
empresa executora antes do início efetivo dos trabalhos.
73
3.8 Material Mineral
3.8.1 Empréstimos
A definição dos pontos de empréstimos de material deu-se por meio da coleta de amostras em pelo menos
dois furos de sondagem a trado e paceta, por empréstimo lateral indicado.
Os empréstimos laterais foram admitidos com uma extensão máxima de 160 m, contidos nos limites da faixa
de domínio, respeitando-se, ainda uma distância mínima de 10 m, entre dois empréstimos consecutivos.
Todos os furos tiveram o seu posicionamento e profundidade definidos pela equipe de técnicos da Ageto. As
amostras coletadas foram processadas como o material do subleito, encaminhadas para o laboratório, de
modo a determinar a Granulometria sem Sedimentação (DNER-ME 80-64); o •Limite de Liquidez (DNER-ME
44-71); Limite de Plasticidade (DNER-ME 82-63); Compactação-12 Golpes (DNER-ME 48-64) e o Índice de
Suporte Califórnia - ISC (DNER-ME 49-64).
3.8.2 Jazidas de Solos Granulares
No estudo das jazidas de solos granulares deu-se preferência para as áreas desprovidas de vegetação nativa
e geralmente ocupadas por pastagens degradadas. Assim, foi estudado e selecionado um total de 02 (duas)
jazidas, de acordo com os dados apresentados no quadro a seguir.
Quadro 16. Relação das Jazidas de solos granulares para as obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447,
trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
Nome Proprietário Localização Elevação (m) Coordenadas UTM
X (m) Y (m)
Jazida 01
Romildo
(Supermercado
Planalto)
Estaca 306 LE 357 725845,99 8874360,00
Jazida 02 - Estaca 1840 260 701469,82 8878046,13
74
Os procedimentos iniciais para a escolha das jazidas consistiram na inspeção expedita no campo com a
finalidade de localizar as jazidas de solos para o pavimento.
Após esta inspeção, lançaram-se sobre as áreas escolhidas, uma malha quadrada de 30 x 30 m, até a
profundidade de ocorrência de cascalho. Para todos os furos de sondagem elaboramos boletins, contendo a
profundidade da capa e do material utilizável, bem como a classificação expedita do material. As amostras
foram etiquetadas e enviadas ao laboratório, onde sofreram ensaios de análise granulométrica por
peneiramento, limite de plasticidade de solos, limite de liquidez de solos, compactação e densidade.
Após esta etapa, calculou-se a área utilizável em cada ocorrência, determinando-se o volume de cobertura da
camada vegetal e o volume utilizável. Para o alcance dos resultados mínimos exigidos para o material de
base, houve a necessidade de estudar várias misturas dos solos granulares com outros materiais como
cimento e brita. As figuras abaixo demonstram a localização das jazidas na Rodovia Estadual TO-444/447,
trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
Figura 18. Detalhes do delineamento da área da Jazida 01 para extração de solos granulares.
Coordenas UTM: 725845,99 m E e 8874360,00 m S.
Fonte: Projeto Executivo Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
75
Figura 19. Detalhes do delineamento da área da Jazida 02 para extração de solos granulares.
Coordenas UTM: 701469,82 m E e 8878046,13 m S.
Fonte: Projeto Executivo Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
Boa parte da área ocupada pelo material de interesse para ambas as jazidas de material granular destinado à
exploração encontra-se dentro do limite da faixa de domínio estabelecida para rodovia objeto deste RCA.
Entretanto, essas áreas deverão ser objeto de licenciamento ambiental, junto ao NATURATINS, conforme
estabelece a Resolução COEMA nº 07/2005 em seu Art. 65, sendo de responsabilidade da empresa executora
obter as licenças pertinentes para exploração destas áreas.
3.8.3 Jazida de Areia
A demanda de areia a ser utilizada no empreendimento será adquirida junto à terceiro, sendo suprida através
da exploração deste mineral no Rio Tocantins, no Areal 01, empreendimento localizado a 77,00 km do
canteiro de obras, no município de Palmas (TO), sob as coordenadas UTM de 789390,58 m E e 8876397,84 m
S. A Figura 20 abaixo, apresenta com detalhes a localização da jazida onde será adquirida a areia para o
emprega na obra.
76
Figura 20. Detalhe da Localização da Jazida de Areia (Areal 01) para extração do mineral necessário para as obras de
pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447 (Paraíso do Tocantins-TO/Chapada de Areia-TO).
Coordenadas UTM: 789390,58 m E e 8876397,84 m S.
Fonte: Projeto Executivo Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, Volume 3.
Destaca-se que não há previsão, tomando-se como referência o Projeto Executivo disponibilizado pela Ageto,
da instalação de outras jazidas de areia nas proximidades e/ou inseridas no trecho da Rodovia Estadual TO-
444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
3.8.4 Jazida de Granito
A Pedreira a ser utilizada nas obras de pavimentação e como agregado de concreto situa-se próximo ao
município de Paraíso do Tocantins (TO), a uma distância de 27,21 km da Estaca 00, sob as coordenadas UTM
de 727462,61 m E e 8853722,40 m S.
Esta pedreira é de exploração comercial, de granito e atende às especificações técnicas exigidas para obras
rodoviárias. Destaca-se que a aquisição da matéria-prima será realizada pela empresa executora da obra de
pavimentação, tendo como responsabilidade adquirida a verificação do licenciamento da pedreira junto ao
77
DNPM e NATURATINS, sendo de responsabilidade do empreendedor. A Figura 21 detalha a localização da
Pedreira definida para obtenção de granito, necessário para as obras de pavimentação da Rodovia Estadual
TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
Figura 21. Detalhe da Localização da Jazida de Granito (Pedreira Paraíso) para extração do mineral necessário para as obras
de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: entroncamento BR-153(Paraíso do Tocantins-TO/Chapada de
Areia-TO).
Coordenadas UTM: 727462,61 m E e 8853722,40m S.
Fonte: Projeto Executivo da Rodovia TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, Volume 3.
3.9 Bota-Fora
São locais previamente escolhidos em função de suas condições técnicas e ambientais favoráveis para a
disposição de materiais inservíveis (descartados) durante a obra, principalmente materiais não aproveitáveis
dos cortes e limpeza do off set.
Pelas características geométricas do trecho, onde a ocorrência de corte é significante, estima-se que o
volume de material inservível do projeto para disposição em bota-fora será de 25.625,00 m³, acarretando no
planejamento de 11 bota-foras distribuídos ao longo do trecho, conforme mostra o quadro a seguir.
78
Quadro 17. Distribuição de massas e localização dos bota-foras na Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia.
Destino do Material
Escavado Localização Estacas
Volume do Material
(m³)
Distância do
Transporte
(km)*
BF1 225 230 3.800,00 2,73
BF1 225 230 1.373,00 2,73
BF2 581 589 930,00 0,91
BF2 581 589 515,00 0,91
BF3 612 622 2.154,00 0,61
BF3 612 622 1.201,00 0,61
BF4 612 622 1.794,00 0,83
BF4 612 622 858,00 0,83
BF5 747 755 1.340,00 0,23
BF5 747 755 1.202,00 0,23
BF6 930 938 350,00 0,22
BF6 930 938 343,00 0,22
BF7 1062 1067 490,00 0,36
BF7 1062 1067 515,00 0,36
BF8 1062 1067 686,00 0,61
BF8 1062 1067 390,00 0,61
BF9 1062 1067 423,00 0,86
BF9 1062 1067 858,00 0,86
BF10 1212 1216 2.059,00 0,56
BF10 1212 1216 1.200,00 0,56
BF11 1225 1230 1.544,00 0,64
BF11 1225 1230 1.600,00 0,64
TOTAL 25.625,00 m³
*A partir da origem do material escavado.
Assim, este volume de material inservível será disposto em local específico, previamente determinado pelo
Projeto Executivo Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, Volume III
(página 54) “Diagrama de Distribuição de Massas”, dentro da faixa de domínio, em forma de barramentos
para controlar a velocidade das águas pluviais, e consequentemente, o aparecimento de processos erosivos.
Importante ressaltar que assim como as jazidas, os bota-foras também são objetos de licenciamento
ambiental, conforme preconiza o Art. 65 da Resolução COEMA nº 07/2005, sendo de responsabilidade da
empresa executora.
79
3.10 Cronograma de Execução
Para a finalização das obras de pavimentação asfáltica da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia, é previsto uma prazo máximo de 540 (quinhentos e quarenta) dias ou o
equivalente a 18 (dezoito) meses, conforme demonstrado no cronograma físico – financeiro da obra.
Nota-se então pelo gráfico apresentado, bem como pelo cronograma físico-financeiro do projeto, que
algumas etapas estruturais (obras de arte corrente e especiais) serão instaladas e/ou concluídas
aproximadamente na metade do período máximo previsto para implantação total do empreendimento. Os
demais itens sendo concluídos ao alcance dos 1080 dias ou 03 (três) anos previstos.
80
4 PROGRAMAS AMBIENTAIS E SOCIAIS DE CONTROLE E
MONITORAMENTO
São apresentados neste tópico, por meio dos itens a seguir, os Programas Ambientais de Controle e
Monitoramento voltados à mitigação dos principais impactos ambientais negativos atrelados ao processo de
implantação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia inerentes a
cada meio de interação analisado (Meios Físico, Biótico e Antrópico).
As recomendações/ações previstas neste PCAS são detalhamentos/desdobramentos das Especificações
Técnicas Ambientais e Sociais (ETAS), e ambas deverão ser executadas a cargo da empresa Contratada.
Quanto às questões das desapropriações e respectivas questões sociais estão tratados no Plano de
Desapropriações que encontra-se em anexo.
4.1 Programa de Gestão Ambiental e Social (PGAS)
4.1.1 Justificativa
A Gestão Ambiental e Social consiste em uma ferramenta de fundamental importância para gerenciar o
desenvolvimento de todos os programas ambientais e sociais que serão consolidados durante as diversas
fases das obras de pavimentação e implantação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada da Areia.
Este Programa descreverá as metodologias, os processos, os recursos, o cronograma, o sistema de
monitoramento e de correção dos impactos gerados durante a fase de execução das obras, considerando
ainda o Programa de Controle Ambiental das Obras – PCAO elaborado no âmbito do processo de
Licenciamento Ambiental, visando cumprir com as especificações técnicas ambientais e sociais pertinentes.
81
Desta forma, as atividades, ações e normatizações previstas nos estudos e projetos ambientais e sociais da
obra, assim como a coordenação geral da equipe técnica que atuará em cada um dos programas ambientais
e sociais previstos serão gerenciadas pelo Programa de Gestão Ambiental e Social.
A implantação dos programas ambientais e socias se traduzem pela materialização de um elenco bastante
amplo e diversificado de ações, em termos de sua correlação com as obras e a operação de obras deste
porte.
Por se tratar da obra de pavimentação asfáltica, as intervenções construtivas estarão limitadas ao leito já
existente da rodovia, as suas adjacências (faixa de domínio), bota-fora, jazidas e canteiro de obras. Desta
forma as interferências ambientais geradas, a partir das atividades desta obra, também estarão restritas a
estas áreas.
4.1.2 Objetivo
Dotar o empreendimento de mecanismos eficientes de gestão que garantam a execução de todas as ações
planejadas, em conformidade com os aspectos legais vigentes, buscando a adequada eliminação, mitigação
ou compensação de impactos ambientais e sociais negativos, suscetíveis de ocorrer em toda a abrangência
do empreendimento, mantendo com isso, um elevado padrão de qualidade ambiental durante as fases de
implantação e de operação do mesmo.
Destacam-se também os objetivos específicos do Programa de Gestão Ambiental e Social, os quais buscam
sistematizar e acompanhar o desempenho e a eficácia das medidas recomendadas, devendo contemplar
procedimentos práticos exequíveis, tratando as principais questões atinentes a cada fase do
empreendimento:
Elaboração de procedimentos e mecanismos para a coordenação e a articulação adequada de todas
as ações necessárias, nas diversas fases das obras de implantação da Rodovia Estadual TO-444/447,
trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
82
Elaboração de procedimentos e instrumentos técnico-gerenciais para garantir a implementação das
ações propostas visando à mitigação e controle dos impactos gerados, durante as obras.
Articular com os diversos segmentos governamentais e sociais afetados pelas obras e a operação,
garantindo um fluxo de informações, o acatamento de sugestões e a resolução de conflitos.
Elaboração de procedimentos e instrumentos para o monitoramento e o acompanhamento na fase
de operação.
Destaca-se que o presente Programa possui a característica de ter:
a) Natureza: preventiva e corretiva.
b) Fase em que deverá ser adotado:em todas as etapas de implantação da Rodovia Estadual TO-
444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
c) Fator Ambiental: meio antrópico, físico e biótico.
d) Equipe, materiais e equipamentos: profissionais devidamente habilitados em caráter
multidisciplinar para execução das ações propostas, assim como o manuseio de equipamentos,
operação de máquinas e veículos.
e) Responsabilidade para implementação:Empreendedor.
4.1.3 Ações Previstas
4.1.3.1 Gerenciamento Ambiental e Social do Empreendimento
O Programa de Gestão Ambiental e Social irá garantir que as técnicas de proteção, manejo e recuperação
ambiental indicadas e proteção social para cada situação da obra, sejam aplicadas, além de criar condições
operacionais para a implantação e o acompanhamento de todos os Programas Ambientais previstos para
este empreendimento.
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Para sua execução, o empreendedor deverá constituir uma equipe técnica permanente, de caráter ambiental
e social, que irá supervisionar, acompanhar e fiscalizar a implantação do empreendimento e dos Programas
Ambientais e Sociais deste PCA. A seguir estão descritas as medidas para se alcançar o gerenciamento
ambiental do empreendimento de forma eficaz e eficiente:
Realizar o gerenciamento de todas as fases do empreendimento, desde sua pré-implantação até a
operação.
Promover o suporte técnico necessário para condução dos programas ambientais e sociais previstos.
Cumprir os acordos e condições estabelecidas para as diferentes fases do licenciamento junto aos
organismos de fiscalização e controle ambiental nos prazos estabelecidos.
Articular para que os Programas Ambientais e Sociais, bem como as condicionantes instituídos sejam
desenvolvidos com estrita observância à legislação de qualquer nível (federal estadual e municipal) e
as políticas de salvaguardas ambientais e sociais do banco Mundial.
Averiguar e fornecer suporte técnico em questionamentos ao empreendimento, tais como os
originados por auditorias, representações, inquéritos, ações civis públicas, denúncias de organismos
não-governamentais, bem como os de outras naturezas e origens.
Promover as adequações que se fizerem necessárias durante a implantação e execução dos
programas ambientais, desde que devidamente comunicado e aprovado pelo NATURATINS.
Além das medidas citadas acima, a contratada deverá observar e atender as Especificações Técnicas
Ambientais e Sociais (ETAS), as quais este PCAS está vinculado.
4.1.3.2 Monitoramento das Atividades
O monitoramento das atividades deverá ser executado na fase de instalação do empreendimento,
inventariando e avaliando, periodicamente seus efeitos, resultados e propondo, quando necessário,
alterações, complementações, ou novas ações e atividades.
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Diante dos impactos indicados pelo Relatório de Controle Ambiental e Social (RCAS) é proposto o
monitoramento dos processos erosivos, que estão passíveis de ocorrer em frequência e intensidades
diferentes ao longo do trecho estudado.
4.1.3.2.1 Monitoramento dos Processos Erosivos
O monitoramento dos processos erosivos consiste na realização de ações que demonstrem a eficiência dos
sistemas e procedimentos adotados para o controle de erosões no trecho da Rodovia Estadual TO-444/447,
objeto deste PCAS.
I. Identificação de Áreas Críticas com Sensibilidade Ambiental
As áreas consideradas mais críticas sob o ponto de vista ambiental quanto à ocorrência de processos
erosivos deverão ser listadas. A princípio, será realizada a identificação dos pontos críticos a partir do
levantamento de dados primários (in loco) e de dados secundários disponíveis nos estudos ambientais e
demais fontes de pesquisas.
Nesse sentido, enfatiza-se que as áreas mais sensíveis são aquelas em que inexistem sistemas de drenagem
para o disciplinamento do fluxo de águas pluviais e fluviais, bem como os locais em que não há cobertura
vegetal, seja pela supressão da vegetação por meio dos processos construtivos ou pós-recuperação, com o
plantio de mudas nativas ou gramíneas.
II. Reconhecimento da Área
Realizando-se a identificação das áreas críticas ou ambientalmente sensíveis, proceder-se-á com o
reconhecimento da área, considerando as informações:
Mapas cartográficos, desenhos esquemáticos e imagens de satélite.
Visita ao trecho estudado.
Identificação e análise de ocorrência de processos erosivos em pontos específicos do trecho da
85
Rodovia Estadual TO-444/447, objeto deste PCAS,, antes das obras de implantação.
III. Seleção dos Locais de Amostragem
A seleção dos locais para amostragem dar-se-á por meio da identificação dos pontos críticos, citados
anteriormente, coletando-se as informações necessárias para sua localização, como coordenadas geográficas,
marcação por estacas, dentre outros.
IV. Coleta das Informações
A metodologia utilizada para o monitoramento dos processos erosivos consiste na visita ao trecho da
Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, realizando-se a identificação,
com o registro fotográfico do ponto de ocorrência (Coordenadas Geográficas ou UTM ou marcação por
estaca) de erosões, utilizando-se de Fichas de Supervisão para coleta das informações.
V. Análise dos Resultados
A análise dos resultados obtidos por meio do registro fotográfico, coleta de pontos de localização e demais
observações descritas nas Fichas de Supervisão, subsidiarão a análise dos dados. Estes poderão subsidiar a
elaboração de relatórios de acompanhamento/monitoramento, de modo a identificar as áreas mais críticas da
ocorrência de erosões.
Sugere-se também a elaboração de produtos cartográficos (mapas) com a localização dos pontos de
ocorrência dos processos erosivos, ao longo da Rodovia, de modo a apontar as causas da origem ou agravos
dos mesmos, para a adequação das ações e intensificação do monitoramento.
VI. Equipes, Materiais e Equipamentos Necessários
As ações de monitoramento deverão ser executadas por profissionais devidamente habilitados, como
engenheiros ambientais, geógrafos ou demais especialistas e auxiliares técnicos de campo, munidos de
86
equipamentos de segurança, GPS, planilhas de supervisão e de veículo para auxiliar no deslocamento ao
longo do trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
VII. Frequência de Amostragem e Duração
Para o conhecimento e identificação prévia dos pontos ou locais de atenção para a condução do
monitoramento, sugere-se que seja realizada 01 (uma) campanha de monitoramento dos processos erosivos
antes do início efetivo das obras de implantação e pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho:
Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
Já durante a etapa de implantação sugere-se que o monitoramento ocorra em período mensal. Assim, a
duração prevista para este procedimento será de 18 (dezoito) meses, considerando os 17(dezessete) meses
previstos para a implantação e de01 (um) mês englobando a fase anterior à implantação.
VIII. Implantação, Acompanhamento e Avaliação
As ações de monitoramento dos processos erosivos apresentadas serão de responsabilidade do
empreendedor, que poderá executá-las por meio de equipe técnica própria ou terceirizada.
Como instrumentos de acompanhamento e avaliação, sugere-se a emissão de relatórios mensais internos
para tomada de providências, sendo elaborados com base nos dados obtidos in loco, acrescido do relatório
fotográfico, pontos de campo e produtos cartográficos.
4.1.3.3 Supervisão Ambiental e Social do Empreendimento
A supervisão ambiental e social das obras de pavimentação asfáltica da obra objeto deste PCAS deverá ser
realizada na área do empreendimento durante a instalação e início da operação, verificando-se o andamento
dos Programas Ambientais e Sociais quanto ao cumprimento dos cronogramas, a evolução da execução dos
serviços com avaliação qualitativa e quantitativa, assim como a observância das respectivas especificações
87
técnicas pertinentes, bem como as Especificações Técnicas Ambientais e Sociais (ETAS), as quais este PCAS
está vinculado.
Esta etapa visa avaliar as não-conformidades ambientais e sociais do empreendimento, principalmente
relacionadas aos resíduos sólidos, aos resíduos líquidos e as recomendações destinadas à proteção do meio
ambiente e da sociedade contidas no Relatório de Controle Ambiental (RCA), dotando o empreendimento de
mecanismos eficientes de gestão que garantam a execução de todas as ações planejadas para controlar,
monitorar e compensar os impactos por ele gerados, de forma a manter um elevado padrão de qualidade
ambiental e social.
A equipe de Gestão Ambiental e Social deverá realizar as vistorias para a constatação das conformidades ou
não-conformidades das medidas de proteção ambiental e sociais propostas, verificando-se as possíveis
irregularidades, através de instrumentos de acompanhamento utilizados nestas atividades, utilizando-se de
planilhas de verificação a exemplo das Fichas de Supervisão Ambiental e Social.
É importante acrescentar que esta avaliação ou supervisão ambiental e social consiste em acompanhar a
implementação das medidas de controle ambiental e social na fase de instalação e operação, avaliando-se
periodicamente seus efeitos e resultados, propondo quando necessárias as alterações, complementações
e/ou novas ações e atividade, de forma a atender a legislação brasileira em vigor e as políticas de
salvaguardas ambientais e sociais.
4.1.3.4 Elaboração dos Relatórios Parciais
Em função das vistorias a serem realizadas durante as obras de pavimentação da Rodovia Estadual TO-
444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, deverão ser elaborados relatórios parciais com
periodicidade mensal com as informações precisas a respeito do andamento dos Programas Ambientais e
Sociais propostos. Esses relatórios parciais ou de acompanhamento, consistem na apresentação da situação
real da implantação dos programas de controle ambiental e social, reproduzindo com exatidão o
88
desempenho da realização das ações e seus resultados parciais, e deverá conter uma seção abrangendo:
Descrição das ocorrências socioambientais identificadas durante o mês;
Descrição das não-conformidades ambientais e sociais identificadas e soluções apontadas para
saná-las;;
Registro das dúvidas, reclamações e sugestões dos usuários, moradores e populações lindeiras
e terceiros, bem como as respostas e/ou esclarecimentos dados ou/e encaminhamentos
adotados;
Informes de inspeções dos especialistas ambiental e social, incluindo datas e registros
fotográficos
Ressaltando que deverão ser elaborados relatórios semestrais a serem encaminhados ao órgão ambiental
licenciador (NATURATINS).
4.1.3.5 Reuniões Internas para Avaliação
Com a mesma periodicidade em que os órgãos ambientais estarão recebendo as informações, a equipe da
Gestão Ambiental e Social e os diversos agentes participantes da gestão ambiental e social se reunirão para
verificar a eficácia das medidas adotadas.
O objetivo destes encontros é verificar, em face às decisões dos órgãos ambientais, se os programas têm se
mostrado eficientes na mitigação dos impactos ambientais.
4.1.4 Frequência das Ações de Controle e Monitoramento
Considerando todas as ações de controle e monitoramento para o Programa de Gestão Ambiental e Social,
estabeleceu-se um Cronograma de 18 meses, composto por campanhas mensais de gerenciamento do
empreendimento, ou seja, ao longo das obras de implantação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho:
Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
89
4.2 Programa Ambiental da Construção (PAC)
4.2.1 Justificativa
A necessidade de criação de medidas para o controle ambiental das obras de pavimentação asfáltica da
Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, justifica-se devido ao fato de
determinadas etapas do processo de instalação gerar danos ao meio ambiente. Tais impactos podem ser
facilmente minimizados e, até mesmo eliminados, caso sejam tomadas providências no momento em que
estão sendo realizadas as etapas de instalação.
4.2.2 Objetivo
O presente Programa Ambiental da Construção (PAC) visa apresentar medidas e ações que, durante o
processo de instalação do empreendimento, diminuam os impactos no solo e nos trabalhadores da obra,
minimizando a degradação gerada no meio físico. Importante acrescentar que este Programa possui:
a) Natureza: preventiva e corretiva.
b) Fase em que deverá ser adotado: em todas as etapas das obras de implantação da Rodovia
Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
c) Fator Ambiental: meio antrópico, físico e biótico.
d) Equipe, materiais e equipamentos: profissionais devidamente habilitados para implantação,
desmonte e recuperação das estruturas como canteiros de obras, jazidas, bota-fora, caixa de
empréstimos. Escolha e identificação de áreas para a disposição final de resíduos sólidos, assim
como o manuseio de equipamentos, operação de máquinas e veículos, conforme apresentado no
presente Plano de Controle Ambiental.
e) Responsabilidade para implementação:Empreendedor.
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4.2.3 Ações Previstas
4.2.3.1 Licenciamento Ambiental das Áreas de Apoio
Esta constitui uma das fases mais importantes do processo de implantação e pavimentação da Rodovia
Estadual TO-444/447, objeto deste PCAS, pois é a partir do licenciamento ambiental destas áreas que a
empresa executora poderá ter acesso aos recursos materiais disponíveis no local e fazer as devidas
modificações físicas para a implantação de estruturas de apoio como, por exemplo, o canteiro de obras.
A empresa executora da obra deverá providenciar, a suas expensas, e apresentar junto ao Instituto Natureza
do Tocantins (NATURATINS) a documentação e projetos necessários para o licenciamento ambiental das
áreas de jazida de material granular, jazida de areia, jazida de granito, canteiros de obras e bota-foras.
Para todo material mineral que for adquirido em empresas comerciais da região de Paraíso do Tocantins (TO)
e Chapada de Areia (TO), será necessária a apresentação do documento comprobatório do licenciamento
ambiental das atividades.
4.2.3.2 Instalação do Canteiro de Obras
Apesar do Canteiro de Obra ser objeto de licenciamento à parte, segue uma lista de recomendações
necessárias para a minimização dos impactos decorrentes de sua instalação:
A área de implantação do canteiro não pode ser susceptível à instalação de processos erosivos e
distar pelo menos 100 metros de nascentes e cursos d´água e 10 km de pequenos povoados.
A instalação do canteiro de obras deverá contemplar a implantação de um sistema de drenagem
específico para cada local, de um sistema de contenção de erosão e de estabilização.
Quando da necessidade de realização de serviços de terraplenagem no pátio do Canteiro de Obras,
estes deverão ser objeto de planejamento prévio, com a finalidade de se evitar e/ou minimizar a
91
exposição desnecessária dos solos à ação das águas pluviais. O solo orgânico deverá ser raspado e
estocado em pilhas ou leiras de até dois metros de altura, protegidas do carreamento pelas águas
pluviais.
Todo e qualquer serviço de implantação do Canteiro, desde a limpeza do terreno até a edificação dos seus
componentes, deverá ser realizada após a obtenção da Licença de Instalação do Canteiro de Obra.
4.2.3.3 Estocagem da Camada Superficial Proveniente das Limpezas
O material superficial retirado na limpeza do terreno servirá de substrato para a recuperação da própria área,
em função de que suas características físicas e químicas são mais apropriadas para este procedimento. Neste
sentido, o responsável pela execução do empreendimento deverá implementar as seguintes medidas:
Depositar montículos de material fértil, que não excedam um volume de 50m³ e de baixa altura, no
máximo 2,0 metros. Tal material será removido das frentes de limpeza com pá-carregadeira, não
sendo necessária a drenagem nestes montículos, pois o material que os compõe é extremamente
permeável devido a sua ampla variação granulométrica.
Não depositar no local qualquer outro material aos montículos formados, como resíduos sólidos,
entulhos entre outros.
Realizar a disposição ordenada, separando o solo orgânico das camadas inferiores do solo, se
necessário.
Deve ser observado, qualquer processo erosivo intenso, feições erosivas típicas, como trincas no
aterro, ravinas, voçorocas ou escorregamentos expressivos, sendo imediatamente diagnosticadas e
corrigidas.
92
4.2.3.4 Controle de Materiais Particulados e Ruídos
Considerando que tanto para a instalação quanto para a operação da Rodovia Estadual TO-444, a emissão
das partículas em suspensão na atmosfera, como poeiras, fumaça e gases poluentes é frequente. Na
instalação a intensidade na geração de ruídos e vibrações pode causar transtornos para a população vizinha
e funcionários, tornando-se necessário a adoção das medidas descritas abaixo para minimizar estes impactos:
Acompanhamento do planejamento para o transporte de materiais e equipamentos, evitando os
horários de pico de trânsito nas avenidas e o período noturno, próximo às aglomerações urbanas.
Acompanhamento do controle do teor de umidade do solo, com aspersões periódicas de água nas
áreas de maior movimentação de veículos, principalmente nas vias de acesso.
Fiscalização da utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras, botas,
protetores auriculares, luvas e capacetes, pelos funcionários contratados.
Fiscalização e monitoramento da regulagem dos motores dos veículos e maquinários.
O monitoramento permanente da efetiva implementação das diversas ações de controle aqui propostas
garantirão a mínima emissão de poluentes do ar e de ruído com o mínimo impacto à população lindeira e
ao meio ambiente em geral. Todas as atividades com potencial de emissão de poluentes do ar e ruídos,
frentes de obras, terraplanagem, veículos e equipamentos utilizados na obras, terão suas emissões
controladas.
4.2.3.5 Controle de Processos Erosivos
Os procedimentos de controle ambiental de trabalhos de escavação na faixa de domínio da Rodovia Estadual
TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia deverão incluir a adoção de medidas preventivas,
mitigadoras e corretivas que efetivamente impeçam o carreamento de solos para fora da referida área e na
direção de cursos d’água. Esses procedimentos serão de aplicação em qualquer área do empreendimento e
93
daquelas destinadas às jazidas, caixas de empréstimos, bota-foras, sujeitas à exposição ou a serviços de
movimentação de solo.
Além das medidas direcionadas às escavações e alteração do relevo local, outras devem ser adotadas de
forma a minimizar, prevenir ou corrigir os impactos decorrentes, como a disposição do material escavado
excedente em área adjacente no interior à faixa de domínio (como forma de regularização do terreno), após
o término das atividades de terraplanagem, respeitando-se as características originais do mesmo. O
espalhamento do material deverá ser feito de forma homogênea, de maneira a não produzir taludes ou
desníveis que possam potencializar erosões.
A seguir serão apresentadas medidas que devem ser aplicadas pelo empreendedor para execução das obras,
de maneira a controlar os processos erosivos:
Restringir a limpeza nas frentes de serviço, reduzindo a exposição do solo às intempéries, e
procurando realizá-la de forma gradual, à medida que for necessário, para evitar grandes áreas de
solos expostos.
Construir as vias de acesso, sempre que possível, em nível, para não haver retirada de solo.
Nas áreas onde haja variações topográficas significativas, deverão ser executados terraços e
patamares, com desníveis suaves, de forma a disciplinar o caminho das águas superficiais
diminuindo sua velocidade até alcançar as áreas vegetadas capazes de infiltrá-las.
Implantação de desvios de água, de forma a conduzi-las para áreas propícias à sua dissipação e
infiltração, evitando o surgimento de voçorocas e atuando na recarga hídrica da região.
Evitar a contaminação dos solos por resíduos domésticos, resíduos de manutenção e efluentes
graxos.
Restringir o trânsito das máquinas nas vias de acesso, evitando a alteração do perfil dos solos por
processos de compactação.
Implantação de programa de manejo dos solos nas áreas desnudas, decapeadas e compactadas,
com recobertura, desagregação através de subsolagem, aragem e gradagem, permitindo desta
94
forma a infiltração das águas pluviais e a contenção dos processos de erosão.
Inspeção da situação das áreas comprometidas e que passaram por programa de recomposição
vegetal.
Implementar os dissipadores de energia, conforme detalhado em projeto, nos pontos de descida
d’água.
Importante destacar que durante toda a fase de operação do empreendimento até a etapa de
monitoramento, deverá ser dada continuidade nas ações de controle dos processos erosivos em função das
atividades de manutenção das estruturas implantadas, em especial nas áreas com maior sensibilidade
ambiental, como as Áreas de Preservação Permanentes interceptadas pela faixa de domínio da Rodovia
Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
4.2.3.6 Controle de Resíduos Sólidos
Um dos grandes problemas da implantação de empreendimentos rodoviários é a geração de resíduos
sólidos. As atividades construtivas e a mobilização de funcionários resultam na geração de consideráveis
volumes de resíduos de origem variada, dependendo de como é realizado o seu acondicionamento e
disposição final, podem causar impactos ambientais irreversíveis ao meio ambiente, caso não sejam tratados
ou destinados de maneira ambientalmente adequada.De modo a mitigar as consequências de tais ações, são
sugeridas as seguintes medidas:
Instalar coletores (lixeiras) em áreas previamente selecionadas para o armazenamento dos resíduos
sólidos domésticos. Estes podem ser confeccionados com tambores ou latões em desuso.
Disponibilizar contêineres metálicos para o armazenamento dos entulhos ou resíduos de construção
civil (RCC).
Ao final de cada dia de trabalho deverá haver uma equipe responsável pela verificação de acúmulo
de resíduos sólidos em locais inadequados, providenciando, se for o caso, a remoção dos mesmos.
Instalar banheiros químicos móveis nas frentes de serviços, evitando a contaminação do solo e do
95
lençol freático.
Conscientizar os funcionários envolvidos na implantação do empreendimento quanto à disposição
inadequada dos resíduos sólidos e ao uso dos banheiros químicos através do “Diálogo Diário de
Segurança (DDS)” conforme detalhado posteriormente.
Disposição regular dos resíduos sólidos na área de disposição final do município de Paraíso do
Tocantins (TO) que consiste em um Aterro Sanitário.
4.2.3.7 Controle de Resíduos Líquidos
A obra é suprida por banheiros móveis, dotados de fossas sépticas ou banheiros químicos. Os efluentes
líquidos mais comuns neste tipo de empreendimento são as águas servidas desses banheiros disponibilizados
para os funcionários. Nesse contexto, deverão ser tomadas medidas de controle ambiental, evitando assim a
contaminação de aquíferos e proliferação de vetores de doenças:
Instalação dos banheiros em locais previamente escolhidos, fora da área de preservação permanente
(APP) e distante de corpos hídricos.
No caso da escolha de banheiro do tipo fossa séptica deverá ser disponibilizada cal para a
desinfecção imediata após o encerramento das obras no local.
A fossa séptica deverá ser aterrada após o encerramento de seu uso, evitando com isso a
proliferação de vetores transmissores de doenças.
Na desativação dos banheiros, a empresa deverá realizar a desinfecção da vala séptica com uma
quantidade de 30Kg de cal por metro cúbico e aterrar a mesma até o nível do terreno.
4.2.3.8 Controle de Material Betuminoso
O material betuminoso consiste em uma das matérias-primas necessárias para pavimentação; correspondem
a associações de hidrocarbonetos solúveis em bissulfeto de carbono, podendo ser naturais ou resultantes da
refinação do petróleo.
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Para as atividades de pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada
de Areia, sugere-se a realização de ações de controle do material betuminoso para que não haja a
contaminação do solo, de águas superficiais e subterrâneas, durante os procedimentos.
Nesse sentido, sugere-se que sejam observadas as seguintes orientações ambientais, principalmente no
tocante à escolha do local onde deverão ser instalados os tanques de estocagem do material betuminoso:
As áreas de implantação não podem estar sujeitas a instabilidades físicas passíveis de ocorrência em
cotas superiores.
As áreas dos tanques de estocagem de material betuminoso não podem ser susceptíveis a cheias e
inundações.
As áreas dos tanques devem ser de solo estável, impermeável e compactado de modo a evitar a
percolação do material betuminoso, com possível contaminação de águas subterrâneas e
superficiais.
As áreas dos tanques de estocagem não podem situar-se próximas as nascentes, cursos d’água e
núcleos urbanos.
A instalação dos tanques de estocagem de asfalto obedecerá à legislação de uso e ocupação do
solo vigente do município de Paraíso do Tocantins (TO) e Chapada de Areia (TO).
Na instalação dos tanques de estocagem de asfalto será implementado um sistema de sinalização,
envolvendo advertências, orientações e riscos de acidentes.
Conscientizar os profissionais envolvidos na implantação do empreendimento quanto ao manejo
adequado do material betuminoso, evitando a disposição inadequada, possíveis vazamentos e
estratégias de contenção, através do “Diálogo Diário de Segurança (DDS)” conforme detalhado
posteriormente.
Em caso de vazamentos de material betuminoso, consolidar medidas de contenção, a exemplo da
instalação de bacias de contenção de modo a evitar a contaminação do solo e águas superficiais e
subterrâneas com material betuminoso.
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4.2.3.9 Controle das Áreas de Apoio
O empreendedor deverá dar preferência aos locais já antropizados para a instalação das áreas de apoio
(jazidas, caixas de empréstimos, bota-fora e canteiro-de-obras). Algumas medidas para escolha dessas áreas
estão descritas abaixo:
Essas áreas não podem ser susceptíveis a cheias e inundações, bem como as áreas de instalação de
jazidas de materiais argilosos não devem apresentar lençol freático aflorante.
As áreas de apoio escolhidas deverão ser licenciadas separadamente junto ao Instituto Natureza do
Tocantins (NATURATINS), com a apresentação de toda a documentação e projetos exigidos para
essas atividades.
4.2.3.10 Controle das Atividades de Terraplanagem
O procedimento de terraplanagem deverá ser objeto de planejamento prévio, com a finalidade de se evitar
e/ ou minimizar a exposição desnecessária dos solos à ação das águas superficiais. Nesse escopo, deverão
ser realizados os seguintes procedimentos:
Deverá ser limitada ao mínimo a abertura de novas frentes de terraplanagem no corpo estradal, sem
que as frentes já abertas tenham os elementos de proteção estabelecidos (drenagem, cobertura de
proteção, bacias de sedimentação).
Os taludes de corte e aterro, jazidas, caixas de empréstimo e bota-foras deverão ser revegetados.
Adotar sistema temporário de drenagem e captação de águas pluviais nas áreas onde houver
operação de atividades de terraplanagem.
Recomenda-se, para este fim, a construção de bacias de sedimentação (ou cacimbas) que são
estruturas temporárias e pequenas cuja função é a contenção, sendo formadas por escavação e/ou
dique, que interceptam ou retêm sedimentos carreados pelas águas superficiais, evitando o
assoreamento de cursos d’água.
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Tais bacias deverão ser construídas nas bases dos taludes de aterros ou nas proximidades das saídas das
descargas dos drenos das águas superficiais, de fontes de sedimentos de aterros, cortes e bota-foras, não
devendo ser construídas no leito de cursos d’água. A vida útil recomendada para esses dispositivos é até a
conclusão das obras de drenagem permanente.
4.2.3.11 Controle das Atividades de Taludes e Corte de Aterro
O controle das atividades de taludes e corte de aterro deverão apresenta medidas que objetivam evitar a
evolução de erosões no caso de aterro em encostas. Estas medidas deverão incluir:
Implantação de um sistema de drenagem, se necessário, antes de lançar qualquer material;
conformação do pé de aterro em forma de dique, com material razoavelmente compactado e,
quando próximo a cursos d’água, proteger o dique com enrocamento.
Executar medidas de proteção contra processos erosivos e desmoronamentos em aterros que
apresentem contatos com o corpo hídrico, por meio da construção de terra armada, enrocamento,
pedra argamassada, devendo se estender até a cota mais baixa do terreno.
Executar a revegetação de taludes expostos e com alta declividade, utilizando-se espécies gramíneas.
4.2.4 Ações Previstas a Fase de Conclusão
4.2.4.1 Recuperação das Caixas de Empréstimo
Após as etapas de implantação e pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia conforme descrito anteriormente será necessária a instalação de estruturas quer
auxiliarão nas atividades realizadas. Nesse sentido, após a realização destas, faz-se necessária a desativação
das estruturas implantadas.
99
No caso das Caixas de Empréstimos se não houver material suficiente ou se as distâncias para transporte de
material forem muito grandes, poder-se-á aterrar as caixas de empréstimo com material não aproveitável dos
cortes ou ainda com o descarte de resíduos da construção civil, desde que seja respeitada a profundidade
mínima de 0,40 metros para o recobrimento com terra vegetal, viabilizando a cobertura verde.
A cobertura vegetal com gramíneas poderá ser obtida através de plantio de mudas ou hidrossemeadura, com
as seguintes densidades: de 12 Kg/ha para as brachiarias (Brachiaria sp.), de 06 Kg/ha para calapogônio
(Calopogonium mucunoides) e 60 Kg/ha para mucuna-preta (Mucuna aterrima).
4.2.4.2 Recuperação dos Canteiros de Obras
Depois de retirados todos os materiais das construções, deverá ser feito um nivelamento e em seguida
gradeação do local, aplicação de corretivos e adubos. A cobertura vegetal remanescente poderá ser mantida,
auxiliando na regeneração natural.
No caso das áreas onde não há cobertura vegetal, a recuperação poderá ser feita por meio do plantio de
gramíneas poderá ser obtida através de plantio de mudas ou hidrossemeadura, com 12 Kg/ha para as
brachiarias (Brachiaria sp.), de 06 Kg/ha para calapogônio (Calopogonium mucunoides) e 60 Kg/ha para
mucuna-preta (Mucuna aterrima).
Nas fossas e sumidouros, deverá ser aplicada cal na proporção de 30kg/m³ de volume residual, cobrindo-se
com solo até o nível do solo.
4.2.4.3 Recuperação das Jazidas
Inserir na jazida todo o material retirado pela decapagem e homogeneizar a área procurando acompanhar o
relevo do entorno, visando principalmente evitar a formação de lagoas. Caso o declive seja acentuado,
construir terraços para evitar a formação de erosões.
100
A cobertura vegetal com gramíneas poderá ser obtida através de plantio de mudas ou hidrossemeadura, com
as seguintes densidades: de 12 Kg/ha para as brachiarias (Brachiaria sp.), de 06 Kg/ha para calapogônio
(Calopogonium mucunoides) e 60 Kg/ha para mucuna-preta (Mucuna aterrima).
4.2.4.4 Recuperação de Bota-Fora
Nivelar a superfície e, se necessário, construir terraços. A seguir, cobrir toda a superfície do bota-fora com
terra vegetal em camada mínima de 0,20m e semear com gramíneas, em processo comum, ou
hidrossemeadura, com as seguintes densidades: de 12 Kg/ha para as brachiarias (Brachiaria sp.), de 06 Kg/ha
para calapogônio (Calopogonium mucunoides) e 60 Kg/ha para mucuna-preta (Mucuna aterrima).
4.2.4.5 Recuperação de Áreas Degradadas
A legislação brasileira a cada dia busca proteger o máximo possível o meio ambiente onde, além da
Constituição Federal, a extensão dos códigos, resoluções e legislações municipais, estaduais e federais, têm
ênfase especial para os mananciais e aquíferos, fontes imprescindíveis para a vida.
Assim o empreendedor deverá proceder à recuperação das matas ciliares e de galerias inseridas na faixa de
domínio da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, onde houver
degradação (remoção da cobertura vegetal), mesmo que tenha sido necessária a intervenção parcial para as
obras de implantação e pavimentação, atuando deste modo como medida compensatória.
Concluídos os trabalhos na rodovia, torna-se de fundamental importância a reconstituição das áreas de
apoio, que compreendem basicamente as caixas de empréstimo, jazidas de cascalho, bota-foras, canteiros de
obras e estruturas de suporte das obras de arte.
As ações de recuperação das áreas degradadas consistem em etapas do Programa de Recuperação de Áreas
Degradadas (PRAD), que no presente estudo, está vinculado ao Programa Ambiental de Construção. Possui o
objetivo de contribuir para a recuperação da composição vegetal anteriormente existente e
101
consequentemente oferecer melhores condições ambientais. Promover o controle ou erradicação de erosões,
evitando o carreamento de partículas, em outras situações retardar ou paralisar o avanço de passivos nos
corpos hídricos interceptados pela Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia.
A manutenção desses ecossistemas se faz necessária já que são importantes bancos de sementes de espécies
nativas. Outro objetivo é a proposição de medidas que deverão ser implementadas para recuperação das
áreas de apoio às obras de pavimentação asfáltica do trecho em estudo.
As principais ações previstas para a recuperação das áreas degradadas, principalmente, as de vegetação
remanescente que sofreram interferências pela instalação do empreendimento resumem na limpeza e
descompactação do solo, plantio de mudas, tratos culturais, detalhados a seguir.
Destaca-se que o empreendedor deverá proceder à recuperação das matas ciliares do Córrego Pernada,
Ribeirão Coco do Meio e Ribeirão Coquinho, interceptados pela Rodovia Estadual TO-444/447, trecho:
Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, principalmente nas áreas inseridas na faixa de domínio, como
medida compensatória. Desse modo, são sugeridos nos itens a seguir, os procedimentos necessários para a
recuperação destas áreas.
I. Limpeza e Descompactação da Área
Em primeiro lugar deverá ser executada a limpeza prévia da área para melhor determinar os pontos a serem
demarcados. A partir desta, delimitar pontos das covas, abrindo-as conforme recomendação das espécies que
serão usadas no processo. A descompactação deverá ser realizada através do uso de subsoladores, criando
sulcos de no mínimo 0, 50 m de profundidade.
102
II. Preparo do Solo
Recomenda-se o recobrimento das superfícies dos terrenos a serem revegetados com a camada de solo
orgânico, previamente removida e armazenada na limpeza da área do empreendimento. Esta camada
constitui-se em fator preponderante para o pleno desenvolvimento da cobertura vegetal que será introduzida
nas áreas alteradas.
III. Aquisição de Mudas
A aquisição de mudas poderá ser realizada em viveiros dos municípios de Paraíso do Tocantins (TO),
Chapada de Areia (TO) ou das imediações. As espécies a serem introduzidas devem ser nativas locais,
evitando as pioneiras de crescimento lento, com o intuito de favorecer o processo sucessional de
regeneração.
IV. Plantio
O plantio deverá ser iniciado no período chuvoso do ano, evitando maiores custos com rega e
proporcionando condições mais adequadas para o estabelecimento das espécies. O espaçamento de plantio
deverá ser de 2,5 x 2,5 metros, ou seja, 1600 mudas por hectare, alternando-se entre espécies pioneiras e
secundárias.
Deverá ser realizada a adubação de coveamento através da adição de fertilizante NPK 5-25-15 e calcário. A
proporção é de 30 gramas de fertilizante e aproximadamente 20 gramas de calcário por cova.
O plantio deverá ser realizado com espécies arbóreas encontradas na área de implantação do
empreendimento e ou espécies indicadas para o local. Sugerem-se algumas espécies a serem utilizadas para
a recuperação das matas ciliares e de galeria no Quadro 18 a seguir.
103
Quadro 18. Sugestão de espécies vegetais nativas a serem utilizadas na recuperação de matas ciliares/galerias
Nome Popular Nome Científico
Açoita cavalo Luechea grandiflora
Bacaba Oenocarpus bacaba
Buriti Mauritia sp.
Cega machado Physocalymma sp
Ingá de corda Ingá edulis
Ingá de macaco Ingá sp
Ipê amarelo liso Tabebuia vellosi
Jatobá Hymenaea courbaril
Lixeira Curatella americana L
Macaúba Acrocomia sp
Mamoninha Pouteriasp
Pau terra Qualea sp
V. Tratos Culturais
Deverá ser realizado o coroamento da cova, bem reforçado, com capacidade para receber 20 litros de água.
Essa coroa deve receber um material palhoso para diminuir a evaporação no período de estiagem. Ainda
deverá ser executado o controle das formigas cortadeiras com o uso de defensivos adequados.
Recomenda-se que esta ação seja realizada também na região do entorno e não somente na área a ser
recuperada, tendo em vista que as formigas presentes podem se deslocar para o local de plantio das mudas.
É recomendável que, depois de concluídos os serviços de recuperação ambiental conforme recomendações
anteriormente explicitadas, e atendidas eventuais exigências apresentadas pelos órgãos ambientais
competentes, garantindo a comprovação da total recuperação ambiental dessas áreas, deva ser negociada
com os órgãos licenciadores ambientais a formalização do encerramento do processo de licenciamento das
mesmas.
Nesse sentido, faz-se necessária a realização de procedimentos para o manejo e conservação e
monitoramento das ações.
104
VI. Manejo e Conservação
Realizar inspeção periódica, para avaliação do desenvolvimento de cada espécie cultivada e replantio das
eventuais falhas, roçagem de formação, sobretudo na fase de consolidação das plantas podendo ser manual
ou mecânica, além de proteção das áreas revegetadas contra depredação por animais, veículos, pela própria
população, por processos erosivos e de lixiviação do solo.
VII. Cuidados Adicionais
As mudas devem ser tutoradas quando necessário e devem sofrer poda de formação, deixando-se somente o
ramo-guia, sem brotações laterais. A partir do terceiro ano, quando as mudas atingem altura aproximada de
dois metros, a conservação do talhão poderá ser feita através de roçadas manuais, mantendo-se as medida
de proteção e vigilância.
Após quatro ou cinco anos, quando as copas das árvores começarem a se tocar, haverá maior
sombreamento e, em consequência, menor quantidade de gramíneas. A partir desse estágio os cuidados
requeridos pela vegetação introduzida serão menores, não havendo competição com plantas invasoras,
somente entre as próprias árvores em formação.
Cabe ressaltar que pode ser necessário implantar anualmente, no mês de agosto, conhecido como início do
“período de queimadas”, aceiros no entorno da área, evitando que incêndios ocasionais possam colocar a
perder a vegetação implantada.
Realizar inspeção periódica, para avaliação do desenvolvimento das espécies de gramíneas semeadas, além
de proteção das áreas revegetadas contra depredação por animais, veículos, pela própria população, por
processos erosivos e da lixiviação do solo.
105
4.2.4.6 Desativação das Estruturas
A desativação das demais estruturas consiste em procedimentos que minimizem os impactos ambientais e
priorizar a segurança da população local e dos trabalhadores. O objetivo principal desta ação é a
desmobilização das mesmas existentes, no caso os canteiros de obras, de modo que não haja a ação de
intempéries e o agravo das alterações nos compartimentos ambientais. São sugeridas a seguir algumas
medidas mitigadoras:
I. Limpeza do Terreno
Será realizada a remoção de todas as estrutura/construções, cujo material poderá ser reaproveitado
em outro canteiro de obras ou ter outra destinação ambientalmente adequada.
As áreas com pisos concretados, áreas de alvenaria e similares serão totalmente removidas. Estes
resíduos deverão ser dispostos de forma ambientalmente correta.
As fossas sépticas e sumidouros serão desinfetados com cal virgem na proporção de 60 kg/m³ de
resíduos líquidos e sólidos encontrados para posteriormente serem aterradas.
Finalmente será feita uma limpeza e remoção de todos resíduos, bem como a escarificação dos
solos compactados (onde se fizer necessário).
A vegetação remanescente dentro do canteiro poderá conservada, uma vez que podem facilitar o
processo de recomposição vegetal e regeneração natural.
II. Readequação do Solo
Caso seja necessário será necessária a realização da escarificação ou subsolagem do solo, dependendo do
grau de compactação das diferentes áreas. Em seguida, será feita uma aplicação de calcário a lanço, em
quantidade a ser estimada através de análise do solo.
106
Após as ações supracitadas, será executada uma gradagem para incorporação do calcário e nivelamento com
grade de discos de 20” ou 22“. Para finalizar serão construídos terraços para evitar a erosão dos solos.
III. Destinação Final dos Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos gerados no desmonte dos canteiros de obras poderão ser reaproveitados na instalação
de novos canteiros, para construção de casas ou disposição no aterro sanitário do município de Paraíso do
Tocantins (TO).
4.2.4.7 Cuidados de Cunho Geral
Em qualquer que seja o serviço, deverá ser respeitada a legislação de uso e ocupação do solo e ambiental
vigentes nos municípios de Paraíso do Tocantins (TO) e Chapada de Areia (TO).
Às áreas destinadas à abertura de caminhos de serviço e estradas de acesso, à instalação de jazidas, de
caixas de empréstimo, áreas terraplanadas e de bota-fora não podem estar sujeitas às instabilidades físicas
passíveis de ocorrência em cotas superiores, como por exemplo, escorregamentos de materiais instáveis.
Sempre deverão ser adotadas providências para a implantação de dispositivos que impeçam o carreamento
de sedimentos para os corpos d’água, como o enleiramento do material removido; a construção de valetas
para condução das águas superficiais e valetas paralelas ao corpo d’água.
4.2.5 Etapas de Execução
O Programa Ambiental de Construção da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia compõe-se de diversas vertentes e terão as seguintes etapas de execução:
(i) Licenciamento ambiental das áreas de apoio.
(ii) Instalação do Canteiro de Obras.
107
(iii) Estocagem da Camada Superficial Proveniente das Limpezas.
(iv) Controle de Materiais Particulados e Ruídos.
(v) Controle de Processos Erosivos.
(vi) Controle de Resíduos Sólidos.
(vii) Controle de Resíduos Líquidos.
(viii) Controle do Material Betuminoso.
(ix) Controle das Áreas de Apoio.
(x) Controle das Atividades de Terraplanagem.
(xi) Controle das Atividades de Taludes de Corte de Aterro.
(xii) Recuperação das Caixas de Empréstimo.
(xiii) Recuperação das Jazidas.
(xiv) Recuperação de Bota-Fora.
(xv) Recuperação dos Canteiros de Obras.
(xvi) Recuperação de Áreas Degradadas.
(xvii) Cuidados de Cunho Geral.
4.2.6 Frequência das Ações de Controle e Monitoramento
De modo a consolidar as ações de controle o monitoramento propostas para o Programa Ambiental de
Construção (PAC) definiu-se um cronograma de atividades com duração de 18 meses, com a realização de
campanhas mensais com a duração de 03 (três) dias. Acrescenta-se ainda, que as ações propostas poderão
ser desenvolvidas por meio da atuação do Coordenador Geral, Técnico de Nível Superior e Assistente
Técnico.
108
4.3 Programa de Conservação dos Recursos Hídricos (PCRH)
4.3.1 Justificativa
Considerando que as obras de implantação, pavimentação e operação da Rodovia Estadual TO-444/447,
trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, interceptará 03 (três) cursos d’água presentes na Área de
Influência Direta (AID), o Ribeirão Pernada, Córrego Coco do Meio e Ribeirão Coquinho, há a necessidade de
implantação de medidas, por parte do empreendedor, no que se refere à preservação dos recursos hídricos,
importantes para a flora, fauna e população local.
4.3.2 Objetivo
O objeto principal do Programa de Conservação dos Recursos Hídricos é conter possíveis processos de
desagregação da estrutura, compactação e perda de solo e nutrientes já que todos estes fatores contribuem
para o assoreamento dos mananciais (fase de instalação).Importante acrescentar que este Programa possui:
a) Natureza: preventiva.
b) Fase em que deverá ser adotado:em todas as etapas de implantação da Rodovia Estadual TO-
444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
c) Fator Ambiental: meio antrópico, físico e biótico.
d) Equipe, materiais e equipamentos: profissionais devidamente habilitados para a concretização das
ações propostas. Elaboração e disponibilização de informativos, demonstrando a importância dos
recursos hídricos da região para a população, fauna, flora e demais elementos ambientais.
e) Responsabilidade para implementação:Empreendedor.
109
4.3.3 Ações Previstas
4.3.3.1 Controle dos Impactos nos Recursos Hídricos
As medidas mitigadoras para evitar que a qualidade da água seja alterada na fase de instalação do
empreendimento devem manter o foco, inicialmente, na contenção do carreamento de partículas (sólidos em
suspensão) e material betuminoso para o curso d’água, além de ações voltadas para o acondicionamento
correto dos resíduos sólidos, de acordo com o que se segue:
Manutenção da Área de Preservação Permanente (APP) e restrição à retirada da vegetação nativa em
áreas desnecessárias para a instalação do empreendimento, mesmo em áreas antropizadas, a fim de
evitar o aparecimento de focos erosivos, bem com o carreamento de solos para o corpo hídrico.
Executar de forma adequada as obras de drenagem das águas superficiais, provisórias ou definitivas,
evitando com isso o assoreamento do corpo hídrico.
Controle de material betuminoso e resíduos graxos (óleos combustíveis, lubrificantes, graxas, etc.),
por meio da manutenção de equipamentos e veículos, em local apropriado, devidamente preparado
para o manuseio desses resíduos, evitando assim, o carreamento para o corpo d’água e percolação
para os aquíferos.
Coletar os resíduos, durante a instalação do empreendimento, controlando sua disposição
inadequada, principalmente as embalagens de papel alumínio para o armazenamento de alimentos
(marmitex) providenciando o recolhimento e destinação final ambientalmente adequada ao aterro
sanitário de município de Paraíso do Tocantins (TO), periodicamente.
110
4.3.3.2 Monitoramento da Qualidade da Água
De modo a acompanhar a evolução das ações propostas aos impactos identificados no compartimento
ambiental “água”, é proposto Monitoramento da Qualidade da Água para os 03 (três) principais mananciais
interceptados pela Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
É importante destacar que são sugeridos critérios, parâmetros e métodos a serem utilizados no
Monitoramento da Água para os corpos hídricos inseridos na área de influência do empreendimento.
Como se trata de um programa ambiental que visa o monitoramento de parâmetros que determinam a
qualidade das águas da região faz-se necessária a obtenção de padrão de qualidade antes das obras de
implantação do empreendimento. Desse modo será possível detectar possíveis interferências já existentes ou
advindas das atividades realizadas durante as obras.
I. Verificação dos Dados Disponíveis
Deverão ser verificados os dados disponíveis acerca da qualidade da água dos mananciais interceptados pelo
empreendimento, na estação seca e na chuvosa, bem como, informações relativas aos usos da água e dos
solos em áreas lindeiras ao manancial ou na região, ampliando-se a fonte de pesquisa, com visitas à região
de estudo, para maiores avaliações.
II. Identificação de Áreas Críticas com Sensibilidade Ambiental
As áreas consideradas mais críticas sob o ponto de vista ambiental e da qualidade dos recursos hídricos,
deverão ser listadas. A princípio, realizou-se a identificação dos pontos críticos a partir do levantamento de
dados primários (in loco) e de dados secundários disponíveis nos estudos ambientais e demais fontes de
pesquisa.
111
Nesse sentido, enfatiza-se que as áreas mais sensíveis são aquelas interceptadas pelo empreendimento,
próximas às obras de arte correntes e especiais e demais sistemas de drenagem, ou onde se verifica a
remoção da cobertura vegetal da área de preservação permanente.
III. Reconhecimento das Áreas
Realizando-se a identificação das áreas críticas ou ambientalmente sensíveis, procedeu-se com o
reconhecimento da área, considerando as informações:
Mapas cartográficos, desenhos esquemáticos e imagens de satélite.
Visita ao trecho estudado.
Entrevistas com moradores da região e representantes do Poder Público local.
IV. Seleção dos Locais de Amostragem
O critério principal para a seleção dos locais para amostragem baseou-se na interferência das obras para
pavimentação e a operação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia,
sob os 03 (três) cursos d’água perenes no trecho em estudo. Os pontos para coleta são apresentados a
seguir:
I. Córrego Pernada: Zona 22L e coordenadas UTM de 728205,36 m E e 8873809,00 m S.
II. Córrego Coco do Meio: Zona 22L e coordenadas UTM de 0718698 m E e 8873478 m S.
III. Ribeirão Coquinho: Zona 22L e coordenadas UTM de 0707761 m E e 8876432 m S.
IV. Seleção dos Parâmetros
O monitoramento dos recursos hídricos ao longo da implantação do objeto de estudo entre os municípios
de Paraíso do Tocantins (TO) e Chapada de Areia (TO), tem como objetivo avaliar o impacto do
empreendimento sobre os cursos d’água e com objetivo indireto conhecer a qualidade da água dos
mananciais de modo a poder estabelecer e complementar a rede de monitoramento dos recursos hídricos do
Estado do Tocantins.
112
Assim, considerando a possibilidade de aporte de sedimentos, material betuminoso, óleos e graxas oriundos
da movimentação do solo, e de águas pluviais dos dispositivos de drenagem, foram escolhidos os
parâmetros básicos utilizados por diversas agências ambientais para a caracterização dos mananciais. Os
parâmetros básicos são:
(i) Temperatura (T).
(ii) Oxigênio Dissolvido (OD)
(iii) Potencial Hidrogeniônico (pH).
(iv) Turbidez.
(v) Sólidos Totais Dissolvidos (STD).
(vi) Óleos e Graxas.
Ressalta-se que a determinação dos 05 (cinco) primeiros parâmetros poderá ser realizada por meio de
equipamentos portáteis multiparâmetros, permitindo respostas rápidas que subsidiarão ações corretivas
imediatas, caso seja constatado que as alterações observadas na qualidade da água sejam originárias da
implantação do empreendimento. Entretanto, de modo a facilitar as atividades de monitoramento, sugere-se
a coleta das amostras em recipiente específico e o armazenamento temporário (conforme especificações
técnicas), para a análise em laboratório de todos os parâmetros. A seguir são apresentadas as descrições dos
parâmetros selecionados.
a) Temperatura (T)
Os corpos hídricos sofrem variações de temperatura de acordo com as flutuações climáticas normais. Estas
variações ocorrem com as estações do ano e também, durante o dia. A temperatura das águas superficiais é
influenciada pela latitude, altitude, estação, horário, circulação atmosférica, cobertura de nuvens, além da
profundidade e vazão do corpo hídrico.
113
Por sua vez, a temperatura afeta os processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem nos corpos hídricos,
e desta forma, a concentração de várias variáveis, pois afeta as taxas de reações químicas, a exemplo da
solubilização, evaporação, metabolismo etc.
A temperatura das águas superficiais varia mundialmente entre 0ºC e 30 ºC, com mínimos nos períodos de
inverno e máximas nos períodos de verão. Deve ser medida no próprio local, no momento da amostragem,
com o uso de um termômetro ou sensor para temperatura.
Como a temperatura é um parâmetro que possui uma influência em vários processos aquáticos e em outras
variáveis, é importante incluí-la na amostragem, anotando sempre o horário em que a amostra foi tomada.
b) Oxigênio Dissolvido (OD)
O oxigênio é essencial a todas as formas de vida aquática, incluindo os organismos responsáveis pela auto-
purificação da água em processos naturais. O conteúdo de oxigênio dissolvido varia com a temperatura,
salinidade, atividade fotossintética e pressão atmosférica. Em águas doces o conteúdo de oxigênio tende a
variar entre 15 mg/l (0 ºC) até 8 mg/l (25 ºC).
A determinação da concentração de oxigênio dissolvido é primordial em estudos de qualidade da água, uma
vez que o oxigênio está envolvido ou influencia praticamente todos os processos químicos e biológicos que
ocorrem em um corpo hídrico. A determinação de OD pode ser utilizada ainda, como indicador do grau de
poluição por matéria orgânica.
Destaca-se que a medição da concentração de OD deve ser realizada no campo, através de equipamentos
portáteis.
c) Potencial Hidrogeniônico (pH)
114
O pH é uma variável importante na avaliação da qualidade da água, uma vez que influencia vários processos
biológicos e químicos em corpos hídricos, assim como os procedimentos associados ao abastecimento e
tratamento da água.
Alterações no pH podem indicar a presença de efluentes, mais facilmente identificável se forem registrados
de maneira contínua e conjunta com a condutividade elétrica. Variações de pH ao longo do dia devem estar
associadas com ciclo de respiração de algas.
O pH em águas naturais varia entre 6,0 e 8,5, podendo ocorrer valores mais elevados nos casos de águas
subterrâneas ou lagos salgados.O pH deve ser medido no campo uma vez que é afetado por vários fatores
naturais. A temperatura da água deve ser também anotada, visto que o pH está associado à temperatura.
d) Turbidez
O tipo e a concentração de material em suspensão controlam a turbidez da água. Os materiais em suspensão
correspondem a silte, argila, partículas finas de compostos orgânicos e inorgânicos, plâncton e outros
organismos microscópicos. A turbidez é medida pelo espalhamento e absorção da luz incidente em uma
amostra, e deve ser medida no campo, uma vez que alterações de pH e da luz podem levar a precipitação
de materiais e alterações nos resultados.
A medição de turbidez pode ser afetada pela presença de fortes chuvas na bacia de captação da estação de
monitoramento. Ações antrópicas na bacia, tais como, remoção de solos, também mostram efeitos na
turbidez da água. Da mesma maneira que o pH, sugere-se que a turbidez seja aferida in loco, registrando-se
também a temperatura, condições do tempo, data e hora da coleta.
e) Sólidos Totais Dissolvidos (STD)
Os sólidos correspondem a grandes partículas transportadas na água. Os sólidos aumentam a turbidez da
água, ocasionando a redução da penetração da luz, e consequentemente da produtividade do ecossistema.
115
A quantidade e a natureza de sólidos nas águas variam muito. Em águas superficiais, os sólidos ocorrem, em
geral, na forma dissolvida e são constituídos principalmente de sais inorgânicos, além de pequenas
quantidades de matéria orgânica.
O conteúdo de sólidos totais varia entre 20 e 500 mg/l. As quantidades de material coloidal não dissolvido e
de material em suspensão aumentam o grau de poluição. Por isso, a determinação de resíduos não filtráveis
é de grande utilidade para avaliar o grau poluidor de águas residuais.
f) Óleos e Graxas
Os óleos e graxas são substâncias orgânicas de origem mineral, vegetal ou animal, na maioria dos casos
geralmente são hidrocarbonetos, gorduras, ésteres, entre outros. São raramente encontrados em águas
naturais, sendo normalmente oriundas de, despejos e resíduos industriais, esgotos domésticos, efluentes de
oficinas mecânicas, postos de gasolina, estradas e vias públicas.
De acordo com o procedimento analítico empregado, consistem no conjunto de substâncias que consegue
ser extraído da amostra por determinado solvente e que não se volatiliza durante a evaporação do solvente
a 100°C. Essas substâncias, solúveis em n-hexano, compreendem ácidos graxos, gorduras animais, sabões,
graxas, óleos vegetais, ceras, óleos minerais etc. Este parâmetro costuma ser identificado também por MSH –
material solúvel em hexano.
V. Equipes, Materiais e Equipamentos Necessários
Para a análise da qualidade das águas dos mananciais citados, será necessário o profissional habilitado no
manuseio do equipamento, no caso, conforme citado, sugere-se uma sonda multiparâmetros, o GPS,
equipamentos de proteção individual e o veículo para o deslocamento.
VI. Análise dos Resultados
116
Os resultados obtidos no monitoramento da qualidade da água deverão analisados conforme as definições
apresentadas na Resolução CONAMA nº 357/2005, permitindo o enquadramento dos corpos d’água de
acordo com os padrões analisados.
VII. Etapas e Período de Execução do Monitoramento
O Monitoramento da Qualidade da Água foi elaborado considerando-se a sua execução antes e durante a
implantação do empreendimento, perfazendo um total de 18 meses, tomando como referência o
Cronograma de Execução disponibilizado pela Ageto.
Nesse sentido, serão denominadas Atividades da FASE I, os procedimentos de análise da qualidade da água
realizados antes das obras de implantação e pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso
do Tocantins/Chapada de Areia. Este etapa é de extrema importância para determinar as condições prévias
existentes nos cursos d’água, identificando-se as condições naturais ou possíveis interferências advindas de
áreas lindeiras.
Já as Atividades da FASE II, deverão ser consolidadas durante a realização das obras, ou seja, em 18 (dezoito)
meses, por meio de análises trimestrais, visando contemplar possíveis interferências aos recursos hídricos
considerando os procedimentos construtivos (terraplanagem, instalação de obras de arte correntes, dentre
outros) que ocorrem quase que concomitantemente, ao logo dos 540 dias estimados para estas atividades.
VIII. Implantação, Acompanhamento e Avaliação
As ações de monitoramento da qualidade de água propostas serão de responsabilidade do empreendedor
que poderá executá-las por meio de equipe técnica da própria empresa ou terceirizada, atuando em
conjunto com o coordenador de Gestão Ambiental ou pela Supervisão Ambiental.
Como instrumentos de acompanhamento e avaliação, sugere-se a emissão de relatórios trimestrais pela
equipe técnica responsável.
117
4.3.4 Frequência das Ações de Controle e Monitoramento
A consolidação das ações propostas pelo Programa de Conservação dos Recursos Hídricos (PCRH) ocorrerá
por meio de campanhas trimestrais, com duração de 02 (dois) dias, sugerindo-se 01 (um) dia para a coleta e
envio das amostras e 01 (um) dia para a elaboração de relatórios com os laudos laboratoriais, cujo
cronograma estimado é de 19 meses, sendo um total de 7 (sete) campanhas, 1 (uma) antes do início das
obras de implantação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia e
mais 6 (seis) durante a implantação.
Sugere-se que sejam escalados profissionais de nível superior (Biólogos ou Engenheiros Ambientais),
juntamente com assistentes técnicos para a realização dos procedimentos necessários.
4.4 Programa de Conservação da Fauna e da Flora (PCFF)
4.4.1 Justificativa
O Brasil é considerado o mais rico país em diversidade de espécies animais do Planeta e um dos mais
importantes bancos de biodiversidade. Contudo, mais de 218 espécies de animais silvestres já se encontram
na lista dos animais em extinção e pelo menos 07 (sete) dessas espécies são consideradas extintas, não
sendo registradas suas presenças nos últimos 50 anos.
Um dos fatores para esta redução é a morte de animais em acidentes automobilísticos, que segundo
pesquisas publicadas, é superior a redução recorrente da caça e a perda de habitat.
O início do procedimento das obras de implantação e pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447,
trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia se faz por meio da limpeza do terreno, com o corte raso da
vegetação que sofrerá interferência direta com a implantação das estruturas. Os procedimentos detalhados
de limpeza e disposição do material cortado deverão garantir a minimização do impacto, restringindo-o
apenas às áreas autorizadas.
118
As atividades de supressão da vegetação nativa serão limitadas ao mínimo necessário para a instalação,
obedecendo rigorosamente a especificações ambientais no que concerne à implantação do empreendimento,
ou seja, até a faixa de domínio.
4.4.2 Objetivo
O objetivo do Programa de Conservação da Fauna e Flora é a minimização dos impactos ocasionados pelas
atividades de supressão da vegetação, com consequente afugentamento da fauna e perda de habitat,
considerando a orientação adequada nas frentes de serviço de limpeza e desmatamento. Importante
acrescentar que este Programa possui:
a) Natureza: preventiva.
b) Fase em que deverá ser adotado: em todas as etapas da implantação da Rodovia Estadual TO-
444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
c) Fator Ambiental: físico e biótico.
d) Equipe, materiais e equipamentos: serão necessários profissionais devidamente habilitados para o
manejo de espécies da fauna e flora, bem como realização do procedimento de supressão da
cobertura vegetal e resgate de fauna.
e) Responsabilidade para implementação: Empreendedor.
4.4.3 Ações Previstas
As interferências que serão causadas na flora sob influência do empreendimento serão pontuais. Assim,
considerando que quase todo traçado da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia encontra-se com cobertura vegetal sob forte influência antrópica, seguem abaixo
as medidas que devem ser adotadas em relação às áreas remanescentes de vegetações típicas do bioma
Cerrado.
119
4.4.3.1 Obtenção da Autorização de Exploração Florestal
Para a execução do desmatamento deve-se primeiramente requerer a Autorização de Exploração Florestal –
AEF junto ao NATURATINS. Portanto deverá ser providenciada toda a documentação pertinente
acompanhada do Projeto de Exploração Florestal (Inventário Florestal) contendo as espécies existentes e
volumetria de material lenhoso a ser suprimido.
4.4.3.2 Controle da Supressão Vegetal nas Áreas de Preservação Permanente
Para a implantação do empreendimento haverá a remoção de vegetação associada às Áreas de Preservação
Permanentes. Assim, é importante que os envolvidos na execução se esforcem para que esses pontos tão
sensíveis sejam preservados.
De modo algum o material lenhoso deve ser disposto ao solo às margens, pois se cria um obstáculo que
poderá impedir o trânsito habitual de animais silvestres, inicialmente desorientados em função da alteração
do habitat, bem como eventualmente o fluxo dos mananciais.
A supressão nessa região deverá ocorrer de forma que não seja disposto, em hipótese alguma, qualquer tipo
de material no leito do manancial. O sentido de retirada do material lenhoso deverá ocorrer, exclusivamente,
do corpo hídrico para as suas margens, evitando a disposição inadequada destes materiais no leito do
manancial e, consequentemente, a obstrução do fluxo da água. Algumas ações a serem realizadas, para o
controle da supressão vegetal são descritas a seguir.
4.4.3.3 Controle das Áreas sem Vegetação
No caso das áreas sem vegetação, com o solo descoberto ou com pastagens, sugere-se o seu controle para
que não haja desenvolvimento de processos erosivos causando prejuízos aos compartimentos ambientais.
120
Outro fator importante é priorizar estas áreas sem vegetação para implantação de pontos de estacionamento
de veículos e pessoas evitando a degradação de outros espaços, se necessário.
4.4.3.4 Controle da Supressão em Áreas de Vegetação Remanescente
Essas medidas estão associadas às áreas com vegetações remanescentes não associadas aos cursos d’água,
que assim com a flora das APPs deverão ser removidas até o limite da faixa de domínio.
Acrescenta-se a necessidade do levantamento das áreas cuja vegetação nativa deverá ser retirada,
realizando-se assim os procedimentos legais e ambientais cabíveis, conforme exigido pelo NATURATINS, por
meio do Projeto de Exploração Florestal (PEF).
Sugere-se que, seja realizado o procedimento de captura e remanejamento da fauna, antes e durante as
atividades de remoção da cobertura vegetal. Ressalta-se que as mesmas medidas, de supressão da
vegetação, citadas anteriormente, deverão também ser utilizadas para estas áreas.
4.4.3.5 Medidas de Proteção da Fauna
De modo a mitigar os impactos negativos relacionados à fauna, principalmente no que tange ao
atropelamento de animais terrestres, propõe-se ao empreendedor a realização de campanhas para o resgate
da fauna antes da supressão da vegetação da AID, o aproveitamento dos dispositivos de drenagem a serem
implantados ao longo do trecho da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia como meios de deslocamento da fauna, bem como a utilização das pontes existentes e instalação de
placas de advertência de modo a alertar os condutores de veículos, quanto à travessia da fauna.
I. Resgate de Fauna antes da Supressão da Vegetação
Dentre muitos dos conhecimentos que se tem hoje de ações de resgate de fauna durante a construção de
empreendimentos de diversos tipos, destaca-se como um dos mais importantes, o de se evitar ao máximo
121
possível a captura de qualquer tipo de animal. Isto porque a grande maioria dos indivíduos capturados entra
em estresse devido às ações de captura e de transporte, incluindo os próprios procedimentos de soltura.
Sendo assim, a ação de resgate de fauna deverá se basear na premissa de se evitar ao máximo qualquer
contato com animais, sendo que as ações de resgate apenas deverão ser levadas a efeito quando for
confirmada a impossibilidade de determinado animal se locomover ou se dispersar por seus próprios meios.
Tal ação ocorrerá principalmente naqueles locais cuja vegetação será totalmente suprimida.
Nesse sentido, destaca-se que os procedimentos para o resgate da fauna, consistirão em:
Obtenção de licença junto ao órgão ambiental competente para o salvamento dos grupos a
serem preservados.
Da mesma forma, previamente ao início da implantação do empreendimento, deverão ser efetuados contatos
com instituições que tenham interesse em receber espécies eventualmente resgatadas. As instituições que
manifestarem seu interesse serão informadas ao órgão ambiental no pedido de liberação de licença de
captura e/ou coleta de espécies.
Ressalta-se que deverão ser resgatados, principalmente, elementos faunísticos dos seguintes grupos:
pequenos mamíferos não voadores (marsupiais, principalmente, e roedores) e répteis (serpentes).
Dependendo da época dos desmatamentos poderão ocorrer o encontro de ninhos e o resgate de ovos e
filhotes de aves.
Áreas de Soltura: anteriormente ao início do desmate, deverá ser realizada a escolha das áreas
de soltura.
Implantação de Centro de Triagem (CT): deverá ser implantado um centro de triagem para a
identificação e encaminhamento dos animais resgatados.Sugere-se que seja dimensionado de
acordo com as condições inerentes às áreas de desmatamento. Ele se destinará à identificação,
catalogação e registro dos indivíduos, além de ter condições de dar assistência médico-
122
veterinária e alimentação condizente aos animais resgatados até que sejam distribuídos para
seu destino final (soltura ou encaminhamento a instituições).
Acompanhamento das Ações de Resgate: as atividades de trabalho deverão iniciar no período
matutino, sugerindo-se às 7:00 horas, com término por volta das17:00 horas.As equipes estarão
sempre aparelhadas com rádio transmissor.
O repasse dos animais ao CT deverá ser avaliado no momento do resgate, no que diz respeito ao menor ou
maior tempo, respeitando-se as suas integridades físicas. Em situação normal, os animais deverão ser
conduzidos ao CT no horário de almoço e ao final da tarde.
Caso sejam encontrados animais que não necessitem obrigatoriamente de resgate, deverá ser seguido o
procedimento de direcioná-los para as áreas adjacentes, onde poderão deslocar-se passivamente, coletando-
se os dados pertinentes para registro.
II. Aproveitamento das Estruturas Existentes
Considera-se para este item, o aproveitamento dos sistemas de drenagem a serem implantados no trecho da
Rodovia, conforme especificado no Projeto Executivo e no Relatório de Controle Ambiental (RCA).
Entretanto, deve-se considerar que os bueiros serão utilizados em maior parte pela fauna terrestre, devendo
ser constantemente monitorados de modo a identificar a obstrução por sedimentos ou plantas, realizando-se
as ações de limpeza.
As pontes já existentes, por sua vez, facilitarão o deslocamento de um número maior de indivíduos, sejam
eles mamíferos, répteis, anfíbios dentre outros, devido a sua extensão e pelo fato de que nessas regiões, há
grande oferta de água e alimentos, ou seja, habitats idéias para instalação de diversos animais silvestres.
123
III. Instalação de Placas de Advertência
Visando a redução dos atropelamentos da fauna silvestre, sugere-se a instalação de placas de advertência,
advertindo os condutores de veículos sobre o possível deslocamento de animais sobre a pista,
principalmente em áreas consideradas de maior risco de atropelamento, ou seja, em fragmentos de
vegetação remanescentes e próximo aos cursos d’água.
As placas de advertência poderão ser colocadas cerca de 300 metros antes da passagem de fauna, visando a
redução da velocidade. A velocidade ideal seria de 40 Km/h, mas cabe a equipe técnica competente decidir
sua viabilidade. Importante acrescentar que o projeto executivo contempla a implantação de placas de
advertência sobre relacionado ao tráfego da fauna silvestre.
Além do alerta para a redução de velocidade, poderão ser implantadas as placas educativas sobre a fauna
local, com o objetivo de informar e conscientizar os condutores da importância da preservação. As fotos
abaixo mostram exemplos de placas utilizadas em empreendimentos semelhantes.
Foto 3. Modelo de placas de sinalização. Foto 4. Modelo de placas educativas.
124
Foto 5. Modelo de placas de alerta para a travessia da
fauna silvestre.
Foto 6. Modelo de placas de alerta para a travessia da
fauna silvestre.
4.4.3.6 Monitoramento da Fauna
O Monitoramento da Fauna consiste na avaliação da eficiência dos dispositivos implantados que poderão ser
utilizados para facilitar o deslocamento da fauna silvestre e alertar os condutores de veículos quanto aos
riscos de colisões.
As ações de monitoramento propostas são responsáveis pela preservação de espécies faunísticas dentro da
área de influência do empreendimento, e em muitos casos possibilitam o aumento de determinadas espécies,
principalmente aquelas com maior capacidade associativa e de adaptação.
Ressalta-se que este monitoramento deverá ser realizado em todas as etapas de implantação do
empreendimento, com maior ênfase após a conclusão das obras, no intuito de avaliar a necessidade de
ajustes dos dispositivos instalados.
I. Verificação dos Dados Disponíveis
Deverão ser verificados os dados disponíveis acerca da fauna silvestre da região, locais de maior ocorrência e
visualização, pontos de nidificação ou reprodução, por meio de visitas in loco, ampliando-se a fonte de
pesquisa por meio de dados secundários.
125
II. Identificação de Áreas Críticas com Sensibilidade Ambiental
As áreas consideradas mais críticas sob o ponto de vista ambiental e dos riscos de colisões da fauna deverão
ser listadas. A princípio, realizou-se a identificação dos pontos críticos a partir do levantamento de dados
primários (in loco) e de dados secundários disponíveis nos estudos ambientais e demais fontes de pesquisa.
Nesse sentido, enfatiza-se que as áreas mais sensíveis para a travessia da fauna com riscos de colisões são
aquelas situadas próximas às pontes, bueiros e demais sistemas de drenagem, e matas ciliares e de galeria
próximas à rodovia.
III. Reconhecimento da Área
Realizando-se a identificação das áreas críticas ou ambientalmente sensíveis, procedeu-se com o
reconhecimento da área, considerando as informações:
Mapas cartográficos, desenhos esquemáticos e imagens de satélite.
Visita ao trecho estudado.
Entrevistas com moradores da região e representantes do Poder Público local.
IV. Seleção dos Locais de Amostragem
Os locais para a amostragem referem-se às áreas onde serão implantadas as obras de correntes, as obras de
arte especiais, as áreas consideradas como corredores ecológicos, como as APPs e remanescentes de
vegetação nativa próximos à Rodovia.
De modo a possibilitar a identificação das áreas, propõe-se a coleta de pontos (coordenadas geográficas) por
meio de GPS ou marcadores de estacas.
V. Procedimentos Metodológicos
126
Os procedimentos metodológicos consistem na identificação, registro fotográfico e ponto de ocorrência
(Coordenadas Geográficas ou UTM) de atropelamentos por meio da detecção de carcaças de animais ao logo
da rodovia.
Para intensificar a coleta dos dados, poderão ser realizadas entrevistas com a população de áreas lindeiras à
rodovia para confirmar e/ou complementar as informações obtidas pela equipe de monitoramento.
VI. Análise dos Resultados
Os resultados deverão tabulados, de modo a realizar a contagem do débito de indivíduos por espécie.
Acrescenta-se que produtos cartográficos poderão ser elaborados a partir dos pontos registrados, obtendo-
se como resultados, as áreas com maiores incidências de colisões, possibilitando a identificação das causas
para posteriores ajustes.
VII. Equipes, Materiais e Equipamentos Necessários
As ações propostas deverão ser executadas por profissionais devidamente habilitados, como biólogos
especialistas e auxiliares técnicos de campo, munidos de equipamentos de segurança, GPS, planilhas de
supervisão e de veículo para auxiliar no deslocamento ao longo do trecho da Rodovia Estadual TO-444/447,
trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
VIII. Período de Amostragem
Propõe-se a frequência trimestral das ações de monitoramento, abrangendo as estações secas e chuvosas,
cujas campanhas deverão ter a duração de 05 dias consecutivos, para melhor avaliação e coleta de
informações.
Nesse sentido, considerando os 18 meses necessários para a realização da obra, estima-se um total de 5
(cinco) campanhas; sendo a primeira antes do início das obras e as demais durante a execução das obras, o
127
que permitirá a avaliação da eficiência dos dispositivos propostos para passagem da fauna e placas de
advertência, implantados na Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
IX. Implantação, Acompanhamento e Avaliação
As ações de monitoramento propostas por este Programa será de responsabilidade do empreendedor, que
poderá executá-las por meio de equipe técnica própria ou terceirizada.
Como instrumentos de acompanhamento e avaliação, sugere-se a emissão de relatórios mensais internos e
de relatórios semestrais a serem submetidos para apreciação junto ao órgão ambiental competente.
4.4.4 Etapas de Execução
O Programa de Conservação da Fauna e Flora basear-se-á na implementação descritas anteriormente,
considerando as etapas de:
(i) Obtenção da Autorização de Exploração Florestal – AEF
(ii) Controle da Supressão de Áreas de Preservação Permanente.
(iii) Controle da Supressão de Áreas sem Vegetação.
(iv) Controle da Supressão de Áreas com Vegetação Remanescente.
(v) Medidas para Proteção e Monitoramento da Fauna.
4.4.5 Frequência de Ações de Controle e Monitoramento
O cronograma sugerido para as ações de controle e monitoramento presente no Programa de Conservação
da Fauna e da Flora (PCFF) possui um total de18 meses em campanhas distintas para a fauna e a flora.
Para as ações vinculadas à flora, as atividades de controle da supressão da vegetação devem ocorrer durante
todo o período que houver supressão da vegetação, onde se sugere que sejam mantidas frentes de
128
limpeza/desmatamento de no máximo 05 km em relação aos demais serviços de terraplanagem, conforme
especifica a Norma DNIT 070/2006 (Condicionantes Ambientais das áreas de Uso de Obras-DNIT). Desse
modo evita-se a exposição do solo por período prolongado e consequente ocorrência de processos erosivos,
movimentação de material particulado e carreamento dos mesmos aos cursos d’água.
Para a fauna estabeleceram-se 5 (cinco) campanhas (com duração de 05 dias) de monitoramento e resgate,
em que 1 deverá ser realizada antes da fase de implantação do empreendimento e as outras 4 (quatro)
durante a implantação, com finalidade de avaliar as possíveis interferências da Rodovia Estadual TO-444/447,
trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia na comunidade faunística local, por meio da colisão com
veículos, e a eficiência dos dispositivos de drenagem a serem aproveitados para a passagem da fauna.
4.5 Programa de Educação Ambiental (PEA)
4.5.1 Justificativa
Entende-se por Educação Ambiental e Social os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação
do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Dessa forma, o Programa de Educação Ambiental é fundamental por possibilitar a atuação e participação da
comunidade no processo de construção de melhores condições de vida para a coletividade e para o
indivíduo. Deve ser um processo contínuo de construção da cidadania, possibilitando também aos indivíduos
e à coletividade tornarem-se conscientes dos problemas que os afetam.
O programa prioriza como área de atuação as comunidades, direta e indiretamente afetadas pelo
empreendimento, bem como os operários (mão-de-obra) que serão utilizados para a sua construção.
É fundamental por ser um elo de aproximação entre a comunidade afetada e o empreendimento, tornando-
se um meio indispensável para a mitigação dos impactos, pois permite a comunidade manter-se informada e
129
com visão crítica a respeito do empreendimento, possibilitando a plena responsabilidade ambiental
alcançando a responsabilidade social.Ao mesmo tempo, oferece à sociedade, informações sobre temas
relevantes ligados às praticas sustentáveis para o seu relacionamento com os recursos naturais.
4.5.2 Objetivos
Os objetivos do Programa de Educação Ambiental para a região onde serão realizadas as obras de
implantação, pavimentação e operação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia, consistem em:
Desenvolver ações educativas a serem elaboradas por meio de procedimentos participativos,
capacitando os setores sociais envolvidos, principalmente da área diretamente afetada, buscando
efetiva melhoria da qualidade tanto ambiental quanto da população.
Analisar as questões ambientais do ponto de vista do local, buscando soluções viáveis a curto,
médio e longo prazo.
Considerar o cotidiano da população na proposição de ações para minimizar os impactos.
Considerar o meio ambiente como um todo, observando os aspectos naturais, antrópicos,
tecnológicos, socioeconômicos, políticos, dentre outros, através de abordagem interdisciplinar.
Envolver a população local nos projetos de monitoramento e recuperação das áreas degradadas.
Destaca-se ainda que se trata de um Programa com as seguintes especificações:
a) Natureza: preventiva e corretiva.
b) Fase em que deverá ser adotado: em todas as fases das obras de implantação da Rodovia
Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, com ênfase na fase inicial.
c) Fator Ambiental: meio antrópico.
d) Equipe, materiais e equipamentos: serão necessários profissionais devidamente habilitados para a
realização de capacitação técnica e instrução dos trabalhadores envolvidos, e moradores da
130
região, considerando temas de cunho ambiental. Serão necessários salas e instrumentos para
realização de palestras e oficinas (equipamentos eletrônicos), bem como materiais para
divulgação.
e) Responsabilidade para implementação: Empreendedor.
4.5.3 Ações Previstas
Como a Educação Ambiental deve ser trabalhada através da interdisciplinaridade, ou seja, todos podem
contribuir para a sua efetivação, tornando a sua execução um processo de constante aprendizado coletivo,
deve utilizar ferramentas descritas abaixo.
Caso seja identificado outros impactos sociais, gerados pela insegurança viária, seja sem ou com a
implantação do projeto de pavimentação, este documento deverá ser complementado/atualizado com outros
estudos.
Identificar, como for relevante e possível : (i) a existência de acidentes ou riscos de acidentes na rodovia
[cruzamentos entre as vias de nível de competência diferente municipal/estadual/federal, velocidades não
controladas, existência de pontos comerciais ou similares que geram maior tráfego; pedestres compartilham a
via com veículos; rodovias não tem calcadas suficientes e/ou se misturam com a faixa de domínio, conflitos
de trânsito envolvem pedestres, carros, caminhões, motocicletas, bicicletas, carros de tração animal, manobras
de veículos (ex: fazendo curvas)]; (ii) horários mais frequente e grupos sociais mais afetados pelos acidentes :
condutores de carros, caminhões, etc.; pedestres (crianças, idosos), etc; (iii) existência de meios de
comunicação, conhecimento deles e encaminhamento/ atendimento oportuno após os acidentes.
4.5.3.1 Realização de Treinamentos e Capacitações
O grande volume e complexidade dos serviços a serem executados ao longo das diversas etapas de
implantação das obras, justificam a implementação de um programa desta natureza, tendo em vista que os
131
colaboradores são informados e treinados, comprometendo-se com o trabalho, o que resulta na diminuição
do dano ambiental e no aumento da qualidade dos serviços executados.
Neste contexto, a realização de treinamentos e capacitações visa à criação de condições para a participação
dos colaboradores (funcionários) no processo de gestão ambiental e no entendimento de seus papéis como
agentes e cidadãos para a melhoria da qualidade de vida individual e coletiva.
É importante que os colaboradores da obra possam trabalhar com tranquilidade e segurança, melhorando,
deste modo, sua produtividade, diminuindo o índice de absenteísmo causado por problemas de saúde,
reduzindo atritos com a comunidade ou entre os próprios trabalhadores e conscientizando-os da
necessidade da preservação ambiental durante a execução dos serviços. Nesse escopo, destaca-se que a
necessidade da:
Elaboração de material didático-pedagógico e de divulgação, tanto para a população do entorno da
obra quanto para os trabalhadores do empreendimento.
Palestras educativas mensais com os trabalhadores da obra, divulgando o “Manual de
Comportamento Sustentável dos Trabalhadores”.
A metodologia adotada para o treinamento dos trabalhadores envolvidos nas obras fundamenta-se na
orientação e sensibilização da responsabilidade socioambiental que envolve o empreendimento, através de
reuniões mensais a serem realizadas com a presença dos dirigentes, funcionários e terceirizados. Sugere-se
que estes eventos aconteçam antes de cada jornada de trabalho, com duração máxima de 15 minutos,
durante o Diálogo Diário de Segurança (DDS).
Os Diálogos de Diários de Segurança são essenciais para divulgar conhecimentos de segurança, medicina,
higiene do trabalho, meio-ambiente, dentre outros aspectos, de modo a auxiliar na instrução dos operários,
aumentando conhecimento com o propósito de desenvolver a sua consciência e eliminar atos inseguros,
criando uma atitude vigilante na prevenção de acidentes e despertá-los também para as questões
ambientais.
132
As reuniões deverão ser conduzidas por um profissional Técnico de Segurança do Trabalho contratado pelo
empreendedor ou por técnicos especializados na área de meio ambiente. Devem ser abordados, no mínimo,
os seguintes temas e conteúdos:
1) Resíduos Sólidos: o problema mundial; o homem como principal responsável pelo consumo e
descarte de materiais; os problemas causados pelos resíduos sólidos em obras urbanas
(embalagens de alumínio do tipo marmitex, tocos de cigarro etc) e os cuidados que se devem ter
no ambiente de trabalho.
2) Poluição das Águas Superficiais e Subterrâneas e dos Solos: abordagem das atividades que
podem ocasionar poluição das águas superficiais, subterrâneas e do solo, como o manejo
inadequado do material betuminoso, óleos e graxas advindos da manutenção de veículos,
máquinas e equipamentos, efluentes gerados em banheiros químicos etc. Demonstrando os danos
aos compartimentos ambientais associados e efeitos deletérios à fauna e flora local.
3) Queimadas: efeitos provocados pelas queimadas descontroladas; como fazer uma queimada
controlada e as técnicas alternativas ao uso do fogo.
4) Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/AIDS): tipos de doenças sexualmente transmissíveis;
formas de transmissão, consequências e como evitar DSTs/AIDS.
Sensibilização sobre o HIV - SIDA através de um provedor de serviços autorizado para reduzir o risco da
transferência do vírus VIH entre os operários e suas famílias e a comunidade local, para promover o
diagnóstico precoce voluntário.
Deverão ser realizadas campanhas de informação, comunicação e educação sobre os perigos e impactos do
VIH / AIDS dirigidas aos funcionários, operários de obras, funcionários dos subempreiteiros, motoristas de
caminhão e equipes de entregas nas obras e as comunidades locais.
A informação deve ser comunicada de maneira simples com uma consideração especial as formas não
escritas de comunicação, por exemplo, posters, cartazes e preservativos em áreas de alto tráfego; mensagens
133
incluindo preservativos nos pacotes de salário; colocação de caixas “Perguntas sobre a Saúde” na cantina ou
outros locais convenientes para que os funcionários e trabalhadores possam anonimamente enviar perguntas
sobre saúde e VIH / SIDA; postagem pública de P & R pela em fóruns de discussão ou folhetos;
aproveitamento dos recursos locais, trazendo conselheiros treinados de hospitais locais ou iniciativas do
governo e ONGs.
Disponibilizar gratuitamente preservativos para os funcionários, operários de obras, incluindo os funcionários
dos subempreiteiros, motoristas de caminhão e tripulantes de entregas para as obras, durante todo o
período de obras.
O ambulatório de obras deve estar equipado para diagnóstico e tratamento gratuito de doença sexualmente
transmissível. A equipe médica que trabalha no ambulatório deve também fornecer adequada
aconselhamento sobre o HIV / SIDA para todos.
5) Cuidados com Animais Peçonhentos: o que são animais peçonhentos e quais os mais
encontrados na região; como evitar acidentes com animais peçonhentos e o manuseio de animais
peçonhentos.
6) Áreas de Preservação Permanente (APP): conceito; áreas enquadradas como APP; limite
permitido para o desmatamento; a importância de sua preservação; prejuízos causados pelo
desmatamento irracional e a conduta do homem e da comunidade local diante dos recursos
hídricos disponíveis; relações com o empreendimento: procedimentos legais a serem considerados
para obras localizadas em APP.
7) Lei de Crimes Ambientais: criação de instrumentos legais como forma de assegurar os direitos e
deveres do cidadão; exemplos de atividades ilegais e tempo de reclusão previsto na lei; tráfico de
animais silvestres e suas implicações.
8) Segurança no Trabalho: formas de conduta dos trabalhadores; como evitar acidentes de trabalho
e a obrigatoriedade e maneiras adequadas de utilização dos equipamentos de proteção individual
e Coletiva (EPIs e EPCs).
134
4.5.3.2 Confecção de Material Didático/Pedagógico
A elaboração do material didático-pedagógico deve ser de acordo com a realidade da comunidade próxima
ao empreendimento e dos trabalhadores da obra, utilizando-se de linguagem mais acessível possível, sem
perder a qualidade técnica, valorizando as características culturais e sociais, resguardando a compreensão dos
mesmos. Nos itens a seguir, são sugeridos modelos para elaboração de manuais didáticos/pedagógicos, a
serem distribuídos à comunidade local e aos profissionais associados às obras de implantação e
pavimentação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia.
a) Manual de Comportamento Sustentável dos Trabalhadores
Folheto: direcionado aos trabalhadores, contendo normas individuais de relacionamento com as
comunidades locais, o meio ambiente e os fatores de riscos relacionados aos funcionários durante a
execução das obras, como acidentes com maquinários, atropelamentos, acidentes com animais
peçonhentos entre outros.
Vídeo: material audiovisual direcionado aos trabalhadores contendo as normas do Manual de
Comportamento Sustentável dos Trabalhadores, a ser utilizado em palestras rápidas (duração
máxima de 20 minutos).
Placa/Cartaz: direcionada aos trabalhadores da obra, contendo dicas de preservação ao meio-
ambiente; fatores de riscos relacionados à execução das obras; e quanto às responsabilidades e
comportamentos que devem ser adotados quanto às interações sociais e preservação dos espaços
públicos da localidade (praças, parques, passeios, etc.), devem estar contidas no “Manual de
Comportamento Sustentável dos Trabalhadores”.
A contratada deverá desenvolver e implementar um programa de manejo de riscos em razão da presença de
funcionários/operários durante a execução das obras, de acordo com o número de operários, envolvendo
ainda outros possíveis fatores de risco, durante a operação da rodovia.
135
Apresentar possíveis afetações nas atividades de venda ambulante e comércio local permanente e periódico,
de lugares que contribuem para a identidade da localidades, de espaços públicos (praças, parques, passeios,
etc.), as interações sociais e/ou práticas culturais localidade.
b) Material Didático para a Comunidade Local
O folheto a ser elaborado contendo instruções para população da maneira de agir para a minimização dos
impactos ambientais, como também dicas de seguranças quanto ao empreendimento, como por exemplo,
medidas de prevenção de acidentes na fase de implantação e posteriormente com o empreendimento
concluído.
4.5.3.3 Contato com a população do Entorno das Obras
Fornecer Informações sobre o empreendimento, impactos e planos ambientais; divulgar o código de conduta
dos trabalhadores e as formas de comunicação para o encaminhamento de preocupações, queixas e
sugestões , responder a demandas e questionamentos, conforme especificado neste documento, no
Programa de Comunicação Social, e nas Especificações Técnicas Ambientais e Sociais (ETAS), a qual este
PCAS está vinculado.
4.5.3.4 Oficinas Lúdicas Recreativas
O objetivo das oficinas lúdicas é desenvolver o processo de inserção da Educação Ambiental no currículo das
escolas sob o enfoque interdisciplinar utilizando ferramentas do universo lúdico e iconográfico. As principais
atividades a serem realizadas, consistem no:
Diagnóstico das práticas curriculares desenvolvidas nas escolas municipais, e identificação de pontos
de entrada para a dimensão ambiental.
136
Realização de oficinas lúdicas recreativas para os alunos nos municípios da área de influência.
Elaboração de Projetos Interdisciplinares em que se cruzem o conceito de arte e educação para
atravessar o pensamento da educação para o desenvolvimento sustentável.
4.5.3.5 Gerenciamento de Riscos
O levantamento de riscos ambientais para a saúde dos trabalhadores na fase de instalação do
empreendimento é de fundamental importância para definir as situações de riscos inerentes ao
empreendimento com o intuito de prover os operários e técnicos de informações quanto aos procedimentos
e cuidados específicos.
O gerenciamento de riscos tem por objetivo desenvolver atividades que minimizem os riscos para os
funcionários uma vez que estes se encontrarão em constante situação de perigo e evitar a possibilidade de
acidentes na área do empreendimento. Nesse sentido, como parte das ações do Programa de Educação
Ambiental, deverá ser realizado seguindo os procedimentos descritos a seguir.
I. Contratação de Funcionários
A Construtora deverá:
1. Conhecer e cumprir as disposições legais relativas à emprego e trabalho, incluído o trabalho infantil
e normas técnicas e regulamentadoras em vigor;
2. Documentar e fornecer a cada trabalhador ao ser contratado, de forma clara e compreensível, as
informações relativas aos seus direitos previstos na legislação trabalhista, incluindo os direitos a
salários e benefícios;
3. Respeitar as condições de acordos coletivos e o direito à organização livre; de acordo com o
princípio da igualdade de oportunidades e no tratamento justo, não fazendo discriminação em
nenhum dos aspectos da relação trabalhista (recrutamento, contratação, remuneração, condições de
trabalho e termos de contratação, treinamento, promoção, rescisão do contrato, aposentadoria e
137
disciplina);
4. Disponibilizar mecanismo de acesso fácil para reclamações aos trabalhadores e suas organizações,
independente de outros recursos jurídicos, para que expressem suas preocupações quanto às
condições de trabalho, com garantia de retorno aos reclamantes, sem qualquer retaliação
II. Cuidados com a Saúde e Segurança do Trabalhador
Por ocasião da admissão dos empregados, no momento da realização do exame admissional previsto na
Legislação Trabalhista, cadastrar o histórico de enfermidades e de imunizações de cada um, providenciando a
complementação de cobertura vacinal, intensificado com procedimentos de:
Realização de Campanhas de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente junto aos operários
enfocando diversos temas, como: Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), conscientização e
incentivo do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); educação, higiene e limpeza
pessoal, auto-reconhecimento precoce de doenças de pele, presença de piolhos e sarnas, bem como
a prevenção e o resgate de acidentados com animais peçonhentos.
Enfatizar a importância da utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por parte dos
profissionais envolvidos, visando à prevenção de acidentes, por ataque de animais peçonhentos;
cortes; ruídos intensos; inalação de material particulado e demais substâncias tóxicas; quedas; danos
à visão; choques elétricos, dentre outros.
Fiscalizar periodicamente o cumprimento das normas sanitárias e de segurança no trabalho,
retomando iniciativas de orientação e esclarecimento caso seja avaliada a inadequação dos
procedimentos, realizando-se antes de cada jornada de trabalho o Diálogo Diário de Segurança.
III. Controle e Prevenção de Doenças Acidentes
As ações voltadas para o controle e prevenção de doenças e acidentes deverão contemplar a utilização de
equipamentos para o resgate e salvamento de funcionários, vítimas de acidentes de trabalho, de trânsito e
com animais peçonhentos, como macas para transporte e caixas de primeiros-socorros, além de ações para:
138
Proteger do sistema de distribuição de água para consumo humano nos canteiros de obras contra
contaminação.
Observar as restrições ambientais quanto à disposição de resíduos domésticos, obedecendo, ainda, o
disposto no Programa Ambiental de Construção do Empreendimento.
Proteger e sinalizar áreas de risco de acidentes terrestres.
Os funcionários deverão ser orientados da importância e do uso adequado dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) visando à prevenção contra acidentes, como citado anteriormente.
Manutenção da boa saúde de funcionários e trabalhadores: implantação pela(s) empreiteira(s) de
ambulatório junto ao local das obras, para prontos atendimentos de emergência, imunizações, coleta
e encaminhamento de material para exames de laboratório, consultas de rotina com clínico geral e
dentista, fornecimento de medicamentos e encaminhamento de pacientes à rede regional de saúde;
Educação para prevenção de acidentes de trabalho, de trânsito e com animais peçonhentos,
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, alcoolismo e uso de drogas;
Não abrir, interligar, ou realizar qualquer tipo de serviço no sistema de drenagem ou tratamento de
efluentes sem a prévia aprovação da gestão ambiental;
As atividades de coordenação e monitoramento integral do Programa de Gerenciamento de Risco, seus
componentes e suas interfaces com os demais programas ambientais, são organizadas de modo a permitir a
constituição de uma equipe que coordene, fiscalize e monitore as atividades propostas.
As atividades de gerenciamento de risco estarão em conformidade com o que preceitua as normas do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), inclusive dentro daquilo que prevê a criação da Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes (CIPA), previsto na Norma Regulamentadora nº 5, alterada pela Portaria SSST n°
8, de 23 de fevereiro de 1999.
IV. Disponibilização de Equipamentos de Segurança e Prevenção de Acidentes Ocupacionais
139
Em observância a ação para prevenção de doenças e acidentes será mencionada abaixo alguns materiais para
uso dos operários da obra que se destina à proteção corporal.
a) Capacete
Dispositivo básico de segurança em qualquer obra, cujo casco é feito de material plástico rígido de alta
resistência à penetração e impacto, sendo desenhado para rebater o material em queda para o lado,
evitando lesões no pescoço do trabalhador. É utilizado com suspensão, que permite o ajuste mais exato à
cabeça e amortece os impactos.
b) Calçados
Os sapatos são de uso permanente na obra, possui o objetivo de proteger contra materiais pesados que
possam ocasionalmente cair nos pés dos operários.
c) Luvas
Destinadas a proteção das mãos contra perfurações, riscos e cortes no manuseio de materiais leves e outras
operações que ponham os trabalhadores em risco.
d) Óculos
São especificados de acordo com o tipo de risco, desde materiais sólidos perfurantes até poeira sem
suspensão, passando por materiais químicos, radiação e serviços de solda ou corte a quente com maçarico.
e) Máscaras
Considera-se poluente qualquer substância presente no ar e que, pela sua concentração, possa torná-lo
impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, causando inconveniente ao bem estar humano.
Para proteção do sistema respiratório dos operários contra materiais particulados em geral, recomenda-se a
utilização de máscaras.
140
f) Protetor Facial
Utilizados em trabalhos de soldagem e serralheria para proteger o operário contra fagulhas e partículas de
metal geradas no processo de beneficiamento de metais.
g) Protetores Auriculares
Protegem os ouvidos em ambientes onde o ruído está acima dos limites de tolerância, ou seja, 85dB para
oito horas de exposição. Deverão ser utilizados pelos operadores de máquinas e equipamentos produtores
de ruídos excessivos.
h) Vestuário
As roupas constituem a proteção mais eficaz contra o sol para os trabalhadores da construção civil. A melhor
forma de proteção é usar calças compridas e camisas ou blusas de mangas longas, visto que os operários
recebem bastante insolação e na maioria das vezes dispõem de apenas uma vestimenta, percebe-se a
necessidade de encontrar um tipo de tecido que seja leve e que ofereça proteção contra insolação.
O uso de acessórios varia de acordo com o tipo da função do trabalhador, a exemplo do avental que
protege a vestimenta e a sanidade física do operário que trabalha com soldagem. Já os coletes protegem e
melhoram a visualização dos operários que trabalham em ambientes com menos luminosidade.
V. Mapeamento das Áreas de Riscos
O Mapa das Áreas de Riscos consiste no levantamento dos pontos de riscos existentes nos diferentes setores
da obra; trata-se de um identificador de situações e locais potencialmente perigosos.
A partir da planta baixa do empreendimento são levantados todos os tipos de riscos, classificando-os por
grau de perigo: pequeno, médio e grande. Os graus de riscos são simbolizados por círculos de três tamanhos
distintos: diâmetro de 0,5 cm (pequeno); diâmetro de 1,0 cm (médio) e diâmetro de 1,5 cm (grande). Estes
tipos são agrupados em cinco grupos classificados pelas cores: vermelho, verde, marrom, amarelo e azul.
141
Indicar quais das sinalizações conterão a informação sobre mecanismos de reclamações.Cada grupo
corresponde a um tipo de agente: químico (vermelho), físico (verde), biológico (marrom), ergonômico
(amarelo) e acidentes (azul).
Esse mapeamento tem por objetivo identificar situações perigosas, avaliar a severidade de eventuais impactos
decorrentes desses perigos e fornecer os subsídios necessários para permitir a implementação de medidas
mitigadoras para a redução e controle dos riscos.
Sugere-se que ao término do mapeamento, os resultados serão disponibilizados para os demais
trabalhadores de forma interativa, através de painéis, cartazes, educativos e de sinalização específica. A
sinalização constará de símbolos de fácil entendimento sempre dispostos em local de simples visualização.
VI. Sinalização do Empreendimento
Um importante aspecto que será implementado no projeto é a sinalização, advertindo a população dos
possíveis riscos, além de divulgar os meios pelos quais a população poderá manifesta-se, tirar dúvidas,
fazer queixas e dar sugestões. As placas de sinalização devem ser instaladas em áreas específicas, a
exemplo de:
Canteiro de obras.
Vias de acesso.
Desvios.
Abertura de cavas (valas).
Frentes de serviços.
Postos de abastecimento.
Área de Armazenamento de produtos perigosos.
Áreas de riscos de acidentes com equipamentos.
Área de Preservação Permanente.
Área de captação de água.
142
Área de armazenamento de resíduos sólidos.
Equipamentos geradores de ruídos.
Áreas onde estão instalados geradores ou sistemas com riscos de choques elétricos.
Desta forma, pretende-se que a população identifiquem o grau de periculosidade do local e utilizem a
informação para se proteger, bem como garantir seus direitos como cidadãos.
As placas de divulgação da obra, fixadas normalmente na saída de cada cidade (Paraíso e Chapada de Areia)
e no canteiro de obras, deverão constar, necessariamente, as formas (telefone, e-mail, etc) pelas quais a
população e funcionários poderão registrar suas dúvidas, sugestões e reclamações
4.5.4 Etapas de Execução
O Programa de Educação Ambiental apresentado deverá ser realizado para população inserida na AID, AII da
Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, sendo realizada nas etapas de:
(i) Realização de Treinamento e Capacitações.
(ii) Confecção de Material Didático/Pedagógico.
(iii) Contato com a população residente no Entorno das Obras.
(iv) Oficinas Lúdicas Recreativas.
(v) Gerenciamento de Riscos.
4.5.5 Frequência das Ações de Controle
As ações para o Programa de Educação Ambiental estão previstas de serem executadas em 18 meses, por
meio de 03 (três) campanhas semestrais, com duração prevista de 07 (sete) dias. Provavelmente deverão ser
executadas por profissionais habilitados para o desenvolvimento das atividades de Educação Ambiental, de
Capacitação Técnica e Gerenciamento de Riscos.
143
4.6 Programa de Comunicação Social (PCS)
O Programa de Comunicação Social (PCS), a ser implementado pela Construtora, terá por objetivo informar
aos usuários, moradores, população lindeira e terceiros sobre os aspectos inerentes à obra desde antes do
seu início, divulgando a programação das obras e as suas necessidades (restrições temporais de acessos,
etc.), o avanço das obras e programação de aberturas de novas frentes, necessidade de paralisação das obras
ou interrupção de tráfego, as medidas preventivas a serem adotadas para garantir a proteção ao meio
ambiente e à população lindeira e usuários, além de informar os canais e meios de comunicação pelos quais
a população poderá manifestar suas dúvidas, sugestões e reclamações. Incluirá também informação sobre
coleta seletiva, abandono de animais domésticos, entre outros, e publicidade ao processo de licenciamento
ambiental.
4.6.1 Justificativa
Com base nos impactos ambientais e sociais da obra, foram propostas uma série de medidas e a
implantação de Programas Ambientais com o objetivo de prevenir, minimizar e compensar os impactos
negativos e maximizar os impactos positivos.
Nesse escopo, o Programa de Comunicação Social (PCS) integra esse conjunto de Programas Ambientais
propostos, e se justifica não só em função dos impactos socioambientais, mas, sobretudo, pela busca de um
novo relacionamento entre o setor público e a população local em um contexto de democracia e construção
da cidadania.
Em função do seu caráter de canal de comunicação e interação entre o empreendedor e a sociedade,
caracteriza-se como o programa de maior abrangência em relação ao público a ser atingido e aos impactos
que a ele estão associados.
144
Ressalta-se que para o PCS será priorizada a população diretamente afetada pelo projeto, seja por
deslocamentos compulsórios, pela presença de trabalhadores ou pelos transtornos durante o período das
obras. Deverá, ainda, articular o conjunto de ações de comunicação social da obra de forma a evitar conflitos
de informações e/ou decorrentes de atuações diferenciadas entre as equipes encarregadas pela implantação
dos demais Programas Ambientais e empresas contratadas para as obras e serviços na relação com a
população.
4.6.2 Objetivos
Criar um canal de comunicação contínuo entre o empreendedor e a sociedade, especialmente a
população diretamente afetada pelo empreendimento, de forma a motivar e possibilitar a sua
participação em todas as fases do empreendimento.
Divulgar a importância da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia para o desenvolvimento local e regional, principalmente os municípios interligados.
Garantir o amplo e antecipado acesso às informações sobre o empreendimento, os impactos
ambientais/sociais associados e o Programa de Gestão Ambiental e Programa Ambiental de
Construção (PAC).
Contribuir para a minimização dos impactos ambientais e sociais do empreendimento e reduzir
potenciais conflitos.
Mitigar os transtornos causados à população e aos proprietários circunvizinhos do empreendimento
durante o período das obras.
Contribuir para a criação de um relacionamento construtivo entre o empreendedor com a população
afetada, suas entidades representativas, organizações governamentais e não governamentais, através
da constituição de mecanismos de ouvidoria - recepção e respostas aos questionamentos,
preocupações e demandas.
Integrar e compatibilizar as diversas ações do projeto que envolvam comunicação e interação
comunitária.
145
Destaca-se que o Programa de Comunicação Social possui a característica de ter:
a) Natureza: preventiva.
b) Fase em que deverá ser adotado: em todas as fases das obras de implantação da Rodovia
Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, com ênfase na fase inicial.
c) Fator Ambiental: meio antrópico.
d) Equipe, materiais e equipamentos: serão necessários profissionais devidamente habilitados para a
realização das ações de divulgação
e) Responsabilidade para implementação:Empreendedor.
4.6.3 Ações Previstas
A comunicação social não se limita à disseminação de informações e elaboração de instrumentos para tal. Os
contatos estabelecidos entre o empreendedor e os diferentes agentes envolvidos na obra e na implantação
dos Programas Ambientais com os diversos atores sociais, quaisquer que sejam as formas utilizadas, também
são ações de comunicação social, e como tal devem seguir um padrão e uma orientação comum.
A comunicação, muito mais do que a promoção do empreendimento, deve ter por objetivo a criação de
mecanismos que facilitem a participação dos setores interessados nas diversas fases do empreendimento.
Deve ainda objetivar o correto entendimento dos impactos sobre a vida dos diferentes grupos, enfatizando
as razões pelas quais isto ocorre, os direitos que lhes correspondem e as formas pelas quais serão
ressarcidos, não devendo criar, em momento algum, falsas expectativas.
4.6.3.1 Elaboração da Mensagem
Um mecanismo de recepção e atendimento de dúvidas, sugestões e reclamações será implantado pela
Construtora, no sítio das obras, para os casos que possam surgir durante a execução das obras, sendo
responsável pelo registro do dia da sua realização, resposta, data de resposta ou derivação ao Contratante se
146
não estiver na sua área de abrangência. Uma planilha contendo os casos surgidos com as informações do
processamento e resolução será apresentada à Fiscalização e à Supervisora mensalmente.
A Construtora divulgará os principais canais de reclamação que a população poderá utilizar (telefone, e-mail,
pagina eletrônica, etc.). Os cartazes de sinalização da obra indicarão claramente os canais para dúvidas,
sugestões e reclamações.
Com relação ao conteúdo, as mensagens abordarão os seguintes assuntos:
O projeto de pavimentação e implantação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do
Tocantins/Chapada de Areia, fases de desenvolvimento e características básicas.
O papel dos Estudos Ambientais para este projeto.
Conceitos básicos de comunicação e tipologia. A importância da comunicação para a construção
da cidadania nas diversas etapas do empreendimento.
Regras básicas de conduta nos contatos com a população afetada e com os usuários da ponte.
Legislação ambiental aplicável ao empreendimento.
Andamento dos programas ambientais, resultados esperados e obtidos.
Estes assuntos destinam-se a orientar as ações de divulgação e informação sobre o empreendimento,
garantindo às comunidades afetadas e diretamente envolvidas o acesso a informações, a importância da
ponte no contexto nacional e regional, os principais impactos e as ações e programas ambientais que serão
implantados.
Possibilita o acesso e o conhecimento sobre o empreendimento. Para as comunidades envolvidas é
fundamental que essa população tenha possibilidade de interagir em um contexto de mudanças que
interferem em maior ou menor medida, no seu cotidiano.
147
4.6.3.2 Seleção dos Meios de Comunicação
A comunicação será executada através de reuniões periódicas, faixas, cartazes, placas, informativos. Os meios
de comunicação para o PCS foram determinados a partir de entrevistas com representantes do Poder
Público. Cada meio de comunicação traz um benefício e tem custos diferenciados. Somados, proporcionarão
um resultado maior do que se utilizados separadamente.
Sugere-se também como um meio de comunicação para as obras a instalação de Placa Indicativa da Obra,
apresentando como conteúdo mínimo:
Nomenclatura da rodovia e o trecho.
Extensão da rodovia.
Síntese dos Serviços a serem executados.
Órgão responsável pela execução.
Empresa contratada.
Prazo previsto para execução das obras.
Valor total da obra.
Canais de comunicação para informações, sugestões e reclamações
4.6.3.3 Contato com a População Residente no Entorno das Obras
Fornecer informações sobre o empreendimento, impactos e programas ambientais; divulgar o Código de
Conduta dos Trabalhadores e as formas de comunicação para o encaminhamento de preocupações, queixas
e sugestões, responder a demandas e questionamentos.
148
4.6.3.4 Manejo de Reclamações e Respostas às Solicitações da População
O retorno às solicitações de informações e eventuais reclamações e dúvidas dos diversos setores interessados
deve ser permanente garantindo, independente do teor da questão e das formas utilizadas para o seu
encaminhamento. Parte-se do pressuposto que a criação de mecanismos de comunicação sem um retorno
constitui-se em fator muito mais negativo do que a própria ausência desses mecanismos na medida em que
cria falsas expectativas.
O PCS tem como responsabilidade, além de informar a partir dos instrumentos implantados com este
objetivo, receber e garantir o retorno aos questionamentos da sociedade. Para tal, deve direcioná-los aos
setores e acompanhar o processo de encaminhamento das respostas.
Sendo assim, o PCS disponibilizará caixas de sugestão nas Prefeituras dos municípios de Chapada de Areia
(TO) e Paraíso do Tocantins (TO)para a população enviar reclamações e dúvidas. Além disso, serão realizadas
campanhas de comunicação (reuniões) apresentados os resultados e discutindo assuntos relacionados ao
empreendimento.
Sugere-se também a divulgação dos canais de comunicação da Ageto/SEINFRA, por meio do:
Sítio eletrônico da internet, ou seja, site www.seinfra.to.gov.br: onde o acesso à Ouvidoria é
facilitado, onde podem ser realizadas sugestões, reclamações, denúncias, elogios ou registrar
dúvidas, permitindo maior ele entre empreendedor e população local.
Ouvidoria do Estado do Tocantins, por meio do número 162: criada para atender os cidadãos,
assegurando o direito de participar da gestão administrativa direta e indireta do Governo do Estado,
por meio de serviços de atendimento às reclamações, denúncias, bem como, sugestões e elogios.
Sistema de Informação ao Cidadão: permite que qualquer pessoa, física ou jurídica, encaminhe
pedidos de acesso à informação, acompanhe o prazo e receba a resposta da solicitação realizada
para órgãos e entidades.
149
4.6.3.5 Informativos Periódicos
Os informativos periódicos serão disponibilizados com o objetivo de divulgar as ações que estão sendo
implementadas para mitigar ou potencializar os impactos ambientais advindos das obras de implantação da
Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia. Serão elaborados
semestralmente e distribuídos para a população e órgãos envolvidos, servindo como meio de divulgação do
empreendimento, sendo confeccionado o em linguagem simples e ilustrado para o melhor entendimento das
ações executadas pelo PCA.
4.6.3.6 Monitoramento das Ações de Comunicação Social
O Monitoramento das Ações de Comunicação Social tem por objetivo demonstrar a satisfação, o
descontentamento ou ressalvas da população do entorno da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso
do Tocantins/Chapada de Areia. Sugere-se que seja realizado em todas as etapas de implantação do
empreendimento, e na fase de operação sejam disponibilizados canais de comunicação entre a empresa
executora e população local.
I. Descrição das Atividades
A metodologia utilizada para o monitoramento das ações de comunicação social consiste na aplicação de
Questionários e Entrevistas junto à população local, residente na AID e AII, podendo estender para as áreas
urbanas dos municípios de Chapada de Areia (TO) e Paraíso do Tocantins (TO), acerca das mudanças
observadas antes, durante e após a implantação do empreendimento.
Deverão ser consideradas as observações realizadas pelos moradores locais quanto à supressão da
vegetação, afugentamento da fauna, implantação de pontes e sistemas de drenagens, a presença dos
trabalhadores envolvidos na obra, implantação da sinalização, bem como a ocorrência de acidentes, sejam
estes associados às atividades da TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia, ou após a sua
150
conclusão, ou seja, quanto aos acidentes automobilísticos, devido a não instalação ou instalação inadequada
de placas de sinalização, advertência, dentre outros aspectos relacionados a obra.
II. Análise dos Resultados
A análise dos resultados deverá ser realizada, a partir da compilação das informações obtidas por meio dos
questionários e entrevistas, organizando as informações referentes ao:
Grau de satisfação do público-alvo quanto à implantação do empreendimento, as informações e
esclarecimentos acerca das obras atenderam às expectativas e como esse morador foi afetado.
Percepção por parte do morador, na alteração do regime das águas dos mananciais interceptados,
da ocorrência de erosões e constatação do aumento de material particulado (poeira).
Constatação de benefícios por parte dos moradores locais.
Constatação da redução ou aumento no número de acidentes em funcionários e população local
devido à realização das obras e após as mesmas.
Após a organização dessas informações, relatórios poderão ser elaborados, fomentados por tabelas e
gráficos, de modo a demonstrar os benefícios e identificação os aspectos negativos, possibilitando ações de
melhoria e satisfação da população local.
III. Equipes, Materiais e Equipamentos Necessários
As ações vinculadas ao monitoramento deverão ser executadas por profissionais devidamente habilitados,
como os de Comunicação Social e assistentes técnicos. Deverão estar com os questionários, roteiros de
entrevistas, câmeras fotográficas, de modo a auxiliar à coleta de dados.
IV. Etapas e Período de Realização das Ações
Esse monitoramento deverá ser realizado antes e durante as atividades de implantação e pavimentação, da
Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia. A frequência proposta para a
151
condução dos trabalhos deverá ser semestral no período de que antecede as obras e durante as atividades
de implantação do empreendimento. Cada campanha a ser conduzida deverá ter o período máximo de 07
(sete) dias consecutivos.
V. Implantação, Acompanhamento e Avaliação
As ações de monitoramento propostas serão de responsabilidade do empreendedor, que poderá executá-las
por meio de equipe própria ou terceirizada.Como instrumentos de acompanhamento e avaliação, sugere-se a
emissão de relatórios semestrais pela equipe técnica responsável, contendo as informações coletada in loco,
fomentadas pelo relatório fotográfico e demais observações coletadas por meio de entrevistas e de
questionários.
4.6.4 Frequência das Ações de Controle e Monitoramento
De modo englobar todas as ações descritas no Programa de Comunicação Social ao Cronograma definido
pela Ageto para implantação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia, sugere-se a realização de 04 (quatro) campanhas, com duração de 07 (sete) dias cada.Enfatiza-se que
será necessária a execução de 01 (uma) campanha antes da implantação do empreendimento. Durante a fase
de operação, sugere-se a disponibilização dos canais de comunicação entre a empresa executora e a
população local, como a Ouvidoria do Estado do Tocantins e o Serviço de Informação ao Cidadão.
152
4.7 Programa de Reassentamentos Involuntários: desapropriação, deslocamento
físico, restrição a acesso de moradores, servidões de passagem ou de trânsito
1. A contratada deverá tomar todas as precauções necessárias para evitar dano às pessoas ou bens de
qualquer natureza, incluindo as propriedades contíguas à obra, sendo a única e exclusiva responsável pelo
ressarcimento de danos e prejuízos que a obra e/ou suas dependências, por ventura, ocasionarem.
2. A contratada só poderá iniciar as obras, nas áreas em que haja necessidade de restrição de acesso a
terrenos de forma permanente, após concluída a desapropriação ou reassentamento físico e subsequente
liberação das áreas para implantação das obras. Para este efeito, haverá uma coordenação detalhada entre o
cronograma de execução das obras e os planos relativos. As áreas a serem desapropriadas, em razão da
implantação dessa obra, estão descritas no Plano de Reassentamento das obras, apenso a este PCA.
3. A contratada deverá garantir a manutenção dos serviços existentes nas áreas de influência direta,
antes do início das obras. Se efetuará a comunicação formal junto às entidades ou concessionárias de
serviços (telefonia, esgotamento sanitário, distribuição de água e gás) para que realizem a relocação das
infraestruturas que possam vir a ser afetadas pelas obras, a fim de não prejudicar a população usuária ou o
andamento das obras.
4. A contratada não poderá restringir o acesso de pedestres e veículos à suas moradias e/ou comércios
durante a execução das obras. Quando a restrição não puder ser evitada, um plano de manejo incluindo
acessos temporários adequados e previamente acordados com os afetados será elaborado.
5. A necessidade de servidões de passagem ou trânsito para as obras durante a sua execução será
informada, contendo dados detalhados sobre o tipo, dimensões, afetado para que o Contratante [como for
o caso] proceda com a solicitação da cessão de passagem.
6. A contratada deverá observar e apoiar o Plano de Desapropriação anexo
153
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os estudos ambientais realizados para elaboração do Relatório de Controle Ambiental (RCA) e do Plano de
Controle Ambiental (PCA) das obras de pavimentação e implantação da Rodovia Estadual TO-444/447, trecho:
Paraíso do Tocantins/Chapada de Areia permitiram tecer algumas conclusões:
As ações impactantes não acarretarão impactos acentuados ao meio ambiente, pelo fato da área já
possuir alto grau de antropização, sendo que o leito estradal encontra-se implantado. Assim, a
construção do empreendimento provocará, do ponto de vista ambiental, impactos considerados
limitados e pontuais.
O empreendimento acarretará em alguns impactos positivos ao meio socioeconômico, ampliando a
malha viária estadual, permitindo a conexão e desenvolvimento dos municípios de Chapada de Areia
(TO) e Paraíso do Tocantins (TO), fortalecendo o desenvolvimento da região, além da geração de
empregos e divisas.
As medidas mitigadoras são de fácil execução, o que permitirá o controle dos impactos ambientais
que poderão ser desencadeados pela instalação do empreendimento.
Levando-se em conta que todas as medidas previstas nos estudos ambientais, de caráter preventivo e
compensatório, objetivam minimizar os efeitos das ações potencialmente impactantes sobre o meio
ambiente, e que as atividades do empreendimento irão trazer ganhos socioeconômicos para o município e a
região, o empreendimento é viável, tanto do ponto de vista técnico como ambiental, pois as atividades
desenvolvidas permitem a instalação e operação do empreendimento, dentro das normas ambientais
vigentes.
154
6 ANEXOS
2 – Plano de Desapropriação.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGÊNCIA DE MÁQUINAS E TRANSPORTES DO TOCANTINS (AGETO). Diretoria Geral de Pavimentação.
Projeto Executivo de Engenharia - Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia). Volume 1 – Relatório de Projeto. INFRAENG – Engenharia de Infraestrutura LTDA. Dezembro, 2011.
AGÊNCIA DE MÁQUINAS E TRANSPORTES DO TOCANTINS (AGETO). Diretoria Geral de Pavimentação.
Projeto Executivo de Engenharia - Rodovia Estadual TO-444/447, trecho: Paraíso do Tocantins/Chapada de
Areia). Volume 3 – Projeto de Execução. INFRAENG – Engenharia de Infraestrutura LTDA. Dezembro, 2011.
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em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em 25 de Setembro de 2014,
17:25:50.
BRASIL. Decreto Federal nº 73.696 de 28 de Fevereiro de 1974. Aprova modificações do Regulamento do
Código Nacional do Trânsito Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D73696.htm>. Acesso em 25 de Setembro de 2014,
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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES (DNIT). Projeto Básico de Engenharia
para a adequação e duplicação na travessia urbana de Nova Rosalândia – TO. 2010 Strata Engenharia
LTDA. Disponível em: http://www1.dnit.gov.br/anexo/Projetos/Projetos_edital0597_10-23_1.pdf>. Acesso em
12 de Setembro de 2014, 10:16:45.
INSTITUTO NATUREZA DO TOCANTINS (NATURATINS). Termo de Referência para RCA/PCA rodovias.
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Acesso em 26 de Agosto de 2014.
LOPES, S. S.; CARDOSO, M. P.; PICCINNI, M.S. O Transporte Rodoviário de Carga e o Papel do Banco Nacional
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155
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO. Políticas de Infraestrutura. Plano Plurianual 2012-2015. Disponível em:<
http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/spi/PPA/2012/mp_005_dimensao_tatico_infra.pdf
>. Acesso em 26 de Agosto de 2014, 10:41:34.