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ROMA Localização: Península Itálica, região sul da Europa, numa faixa de terra que avança pelo Mar Mediterrâneo no formato de uma bota.

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ROMA

Localização: Península Itálica, região sul da Europa, numa faixa de terra que avança pelo Mar Mediterrâneo no

formato de uma bota.

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Era habitada desde os tempos pré-históricos e posteriormente a região foi invadida por povos indo-europeus (Italiotas: latinos, úmbrios, samnitas, e sabinos) e outros povos como os etruscos e gregos.

Entre 2000 e 1000 a. C, os latinos chegaram à Itália central e se fixaram na região do Lácio, nas proximidades do rio Tibre. Aí fundaram várias aldeias, entre elas Roma.

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Posteriormente, os etruscos invadiram e conquistaram a região do Lácio e sob o domínio dos etruscos Roma consolidou-se como cidade. A partir daí, expandiu seus domínios por toda a península itálica e, depois, por todo o mar Mediterrâneo, chegando até o Oriente Médio.

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Períodos da História Romana

Monarquia (753 a 509 a. C.)- Nesse período Roma era uma pequena cidade sob a influência dos etruscos.

República (509 a 27 a. C.)- Período de consolidação das instituições sociais e econômicas e da expansão territorial.

Império (27 a.C. a 476 d. C.)- Fase de grande glória, mas também de grandes problemas internos e externos. Essa combinação de problemas levou à decadência e queda de Roma.

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Monarquia (753 a 509 a. C.)

Durante a monarquia Roma teria sido governada por um rei, pelo Senado e pela Assembleia Curiata ou Cúria.

Rei- Era o chefe militar, religioso e juiz. Era fiscalizado pelo Senado e a Assembleia Curiata. Conforme a tradição, Roma teria tido seis ou sete reis (os 4 primeiros latinos e os 3 últimos etruscos).

Senado- Conselho formado pelos chefes das grandes famílias proprietárias de terras (patrícios). Fiscalizavam o rei e faziam as leis. Monopolizavam o poder político.

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Assembleia Curiata- composta pelos cidadãos (patrícos) adultos. Elegia altos funcionários, aprovava ou rejeitava leis.

Sociedade Romana• Patrícios: Classe dominante, com direitos

políticos. Eram os grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam das altas funções públicas.

• Clientes: Homens livres dependentes dos patrícios. Prestavam diversos tipos de trabalhos aos patrícios em troca de auxílio econômico e proteção social.

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• Plebeus: Maioria da população romana (camponeses, artesãos, pequenos proprietários, comerciantes). Eram homens livres, mas sem direitos políticos. Pagavam impostos e sustentavam a economia.

• Escravos: Trabalhavam nas mais variadas atividades e eram considerados bens materiais. Durante a monarquia não eram fator determinante na economia romana.

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Apesar do progresso alcançado no período da Monarquia, o rei Tarquínio (o Soberbo) foi deposto pelas famílias romanas poderosas que compunham o Senado (patrícios). Os patrícios não estavam satisfeitos com a aproximação desse rei com os plebeus.

Os patrícios do Senado deram um golpe, se rebelando contra o rei e expulsando-o de Roma, estabelecendo uma nova organização política: a República.

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República (509 a 27 a. C.)

Após a queda da monarquia, o senado tornou-se o mais poderoso órgão decisório, pois seus membros detinham praticamente todo o poder, sendo um órgão vitalício e responsável pela política interna e externa.

Foi criada a Assembleia Centuriata que era encarregada de eleger os magistrados, ou seja, os mais altos cargos governamentais.

Magistraturas- responsáveis pelo comando da cidade. Exerciam mandatos temporários.

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Cônsules: presidiam o Senado e comandavam o Exército e a Assembleia;

Pretores: encarregados da justiça;Censores: responsáveis pela contagem da

população.Edis: responsáveis pela conservação pública

(policiamento, abastecimento da cidade, etc.);Questores: cuidavam dos impostos e dinheiro

público;

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Ditador: escolhido em época de graves crises, como guerras e calamidades, possuía plenos poderes com mandato de seis meses.

Com o poder nas mãos dos patrícios, a exploração sobre os plebeus aumentou muito. A partir do século V a.C., a plebe cresceu, ganhando importância econômica. Participavam do Exército e pagavam os impostos. Ao participar das guerras, suas terras ficavam abandonadas, o que lhes trazia dívidas e escravidão.

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A marginalização e o descontentamento levaram ao agravamento das lutas de classes em Roma. Em 494 a. C. os plebeus, como forma de pressão, abandonaram a cidade e se retiraram para o Monte Sagrado ou Aventino, exigindo representação política. Como sua participação na economia e no Exército eram importantes, os patrícios concordaram em atender aos plebeus, criando o cargo de Tribuno da Plebe. Representante dos plebeus tinha o poder de vetar leis contrárias aos plebeus.

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Em 450 a. C., após outras revoltas plebeias foi criada a Lei das Doze Tábuas (leis escritas válidas para patrícios e plebeus).

Em 445 a. C., a Lei Canuleia (permitia o casamento entre patrícios e plebeus).

Em 367 a. C., as Leis Licínias (possibilitaram aos plebeus partilharem as terras conquistadas e estabelecia que um dos cônsules seria sempre um plebeu).

Em 366 a. C., foi proibida a escravidão por dívidas.

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Expansão Romana

A expansão romana teve duas fases distintas: a primeira, de conquista interna, da Península Itálica e a seguinte de conquistas em torno do Mediterrâneo.

Com a Península Itálica dominada, Roma tornou-se uma potência econômica e militar. O crescimento das atividades mercantis só poderiam efetivar-se com a conquista de novas regiões e mercados; isso significava mais terras e escravos para a aristocracia. Por isso, Roma avançou pelo Mediterrâneo, iniciando sua expansão externa em direção a Cartago.

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Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.)

Os cartagineses (chamados de punis pelos romanos, palavra que identificava os fenícios em latim, daí o nome Guerras Púnicas) dominavam o comércio marítimo no Mediterrâneo ocidental.

No seu processo de expansão, Roma chocou-se com os domínios cartagineses no norte da África e no Mediterrâneo.

Foram três grandes conflitos que chamamos Guerras Púnicas:

• Primeira Guerra Púnica (264 a 241 a. C.): Conquista

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da Sicília, Córsega e Sardenha.• Segunda Guerra Púnica (218 a 201 a. C.): Foi a mais

difícil das guerras contra Cartago, chegando a ameaçar Roma. Ao final a vitória coube aos romanos.

• Terceira Guerra Púnica (149 a 146 a. C.): Ao final da terceira guerra a cidade de Cartago foi destruída, passando para o domínio romano e seus habitantes escravizados. Roma tornava-se senhora do Mediterrâneo. Entre os séculos II e I a. C. os romanos conquistaram

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a Península Balcânica, a Ásia e o Egito, bem como o Oriente Próximo e todo o Mediterrâneo. Com províncias em três continentes (Europa, Ásia e África), Roma deixou de ser a pequena cidade-Estado de agricultores e pastores para tornar-se um vasto Estado imperialista.

Consequências da Expansão romana• Grande riqueza para Roma;• Desenvolvimento do comércio e urbanização;• Aumento do número de escravos;

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• Surgimento dos grandes latifúndios;• Quase extinção dos pequenos proprietários rurais;• Aumento do proletariado urbano;

As conquistas diversificaram as atividades econômicas e tornou Roma uma potência mercantil.

A larga utilização de escravos na produção por parte dos grandes proprietários levou os pequenos proprietários à falência, provocando um grande êxodo rural. Nas cidades, a falta de emprego era crescente.

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A Crise da República

O fim da pequena propriedade e a consolidação dos latifúndios, somados à utilização crescente de escravos no campo, obrigaram os ex-pequenos proprietários a procurar sobrevivência em Roma. Essa grande quantidade de homens livres empobrecia rapidamente, pois em Roma não tinham condições reais de subsistência. Viviam em bairros desprovidos de qualquer estrutura de saneamento.

A partir do séc. II a situação em Roma mostrou-se insustentável, com revoltas na cidade e no campo.

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Tentando solucionar o problema, o governo de Roma instituiu a distribuição gratuita de trigo aos plebeus e permitiu seu ingresso gratuito nos jogos e espetáculos com o objetivo de aliviar as tensões sociais. Era a “política do pão e circo”, que procurava minimizar os conflitos sociais por meio de um paternalismo custeado pelo Estado. Essa política apenas adiou a solução do problema.

O crescente aumento da massa de plebeus pobres e miseráveis tornou cada vez mais tensa a situação social e política de Roma.

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Diante do clima de tensão, os irmãos Graco, que eram Tribunos da Plebe, tentaram promover uma reforma social entre 133 e 122 a. C., com o objetivo de melhorar as condições de vida da massa plebeia. Entre outras coisas, eles propunham a distribuição de terras entre os camponeses e limitação do crescimento dos latifúndios.

• Tibério Graco: Propôs reforma agrária para mandar de volta para o campo os camponeses arruinados. A reação do Senado foi imediata: Tibério foi assassinado.

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• Caio Graco: Eleito Tribuno da Plebe, propôs um extenso programa de reformas, mas conseguiu aprovar apenas a Lei Frumentária (Frumentum= trigo). De acordo com essa lei, o trigo deveria ser vendido à plebe por um preço abaixo do mercado. Ao insistir no seu programa de reformas foi assassinado.

Conflitos InternosFracassadas as tentativas de reformas, a situação política, econômica e social de Roma entrou num período crítico de grande instabilidade.

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Os conflitos internos e externos incentivaram o aparecimento de líderes políticos ligados ao Exército. Chegando ao poder, generais vitoriosos estabeleceram governos apoiados na fidelidade de suas tropas.

• Mário: Fez várias reformas no Exército, profissionalizando-o, pagando salários e mantendo uma estrutura permanente e profissional. O Exército tornou-se uma instituição essencial por várias razões:

1. Gerava riquezas conquistando terras e escravos;

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2. Garantia a ordem interna;3. Garantia a segurança nas extensas fronteiras;

Com o fortalecimento do Exército, as mais importantes decisões deixaram de ser tomadas pelo Senado.Sila: general apoiado pelos patrícios entrou em choque com Mário, gerando uma guerra civil entre os partidários de Mário e os de Sila. Sila saiu vitorioso e implantou uma ditadura, perseguindo e matando os seguidores de Mário.

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Em 79 a.C, já com idade avançada, Sila renunciou. Sua renúncia reiniciou um período de turbulências, revoltas sociais da plebe, hostilidades entre os chefes militares, críticas à atuação do Senado e revoltas de escravos. A mais famosa delas ocorreu na Campânia entre 73 e 71 a.C., liderada por Espártaco, colocando em risco o sistema econômico e social de Roma, fundamentado na escravidão.

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Nessas lutas políticas e militares internas e externas, destacaram-se os generais Júlio César, Crasso e Pompeu, formando o Primeiro Triunvirato, dividindo o poder entre os três.

Júlio César fortaleceu-se aumentando seu prestígio entre os soldados e a plebe. Com a morte de Crasso em 53 a. C., estabeleceu-se uma disputa entre César e Pompeu. Júlio César, com o apoio das tropas iniciou uma ditadura, anulando os poderes do Senado.

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César fez uma reforma agrária e concedeu cidadania romana a várias províncias. O enfraquecimento dos patrícios, medidas populares e o pleno controle do exército fortaleceu César e empurrou aos poucos a República para o seu fim.

Inconformados com a situação, os defensores da República conspiraram contra César sob a liderança de Cássio e Brutus (filho adotivo). Em 15 de março de 44 a. C., Júlio César foi assassinado no Senado.

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Com a morte de César, generais leais a ele impediram que o Senado retomasse o poder, estabelecendo o Segundo Triunvirato, formado por Marco Antônio, Otávio e Lépido.

Em 36 a. C., Lépido foi afastado do poder e Otávio e Marco Antônio passam a disputar o comando de Roma. Em 31 a. C., ocorre o conflito entre os dois, vencido por Otávio na batalha de Ácio.

A vitória de Otávio simbolizou o fim da República romana e o início do Império Romano.

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Império Romano(27 a.C. a 476 d.C)

O Império dividiu-se em duas fases:• Alto Império: século I a. C. ao III d. C.• Baixo Império: século III ao V d. C.

Otávio assume o poder com o título de Augusto (sagrado, divino) e promoveu um intenso desenvolvimento econômico, construiu portos, estradas, distribuiu terras aos soldados veteranos, continuou a política do pão e circo e consolidou as antigas fronteiras e expandiu as conquistas. Alcançou a paz interna e externa, a “Pax Romana”.

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Foi durante o governo de Augusto que nasceu Jesus Cristo, na Palestina, que com seus ensinamentos modificou a história e a maneira de pensar do Ocidente. Otávio morreu em 14 d. C., deixando o Império pacificado e estruturado, dando condições para o seu desenvolvimento posterior. Após sua morte uma sucessão de dinastias ocupou o poder.

O império cessou suas conquistas e atingiu sua maior extensão durante o reinado de Trajano, período em que Roma conquistou quase todo o mundo ocidental.

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O fim das conquistas encareceu o preço dos escravos e o preço dos produtos agrícolas em função da queda da produtividade.

No século III d. C., o quadro econômico do Império foi agravado pela falta de recursos para manter o Exército e a enorme burocracia do Estado.

Tentando resolver o problema da falta de mão-de-obra e da produção agrícola, começou a se substituir o trabalho escravo pelo trabalho livre, através do colonato.

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Colonato: sistema no qual homens livres empobrecidos iam trabalhar como colonos nas terras de grandes proprietários em troca de sobrevivência e proteção. Nesse sistema o camponês recebia um pedaço de terra e pagava por sua utilização com produtos e trabalho gratuito alguns dias por semana, na terra do proprietário. Os colonos não podiam abandonar a terra onde trabalhavam e essa dependência era hereditária; assim o colonato foi se tornando uma espécie de servidão.

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Com a crise do escravismo gerou-se algumas características básicas de uma nova estrutura econômica e social, como a ruralização da economia, o arrendamento de terras e o trabalho servil. Esse novo quadro econômico-social, ao se misturar com os costumes das sociedades de povos vindos da Europa Central e Oriental (bárbaros), formaria o Feudalismo.

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A Queda do Império Romano

Devido à grande extensão do Império, o Estado não teve condições de manter a unidade política e administrativa do imenso território, habitado por uma quantidade enorme de povos. A partir do século III os conflitos militares enfraqueceram o poder central e permitiram que os bárbaros iniciassem a penetração no território romano.

Os primeiros deslocamentos nas fronteiras foram pacíficos, em busca de terras férteis e climas mais quentes. Os bárbaros chegaram a servir no Exército romano e viver como colonos.

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A partir do século V, as penetrações bárbaras adquiriram um caráter mais violento, ameaçando o Império.

Em 312 Constantino assumiu o poder. As dificuldades financeiras do Império e a crise do sistema escravista enfraqueciam seu governo e as fronteiras tornavam-se cada vez mais vulneráveis às invasões bárbaras.

Diante da decadência de Roma, Constantino mudou, em 330, a capital para a cidade de Constantinopla.

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Em 395, o imperador Teodósio dividiu o Império em duas partes:

• I.R.Ocidente: Roma• I.R.Oriente: Constantinopla

O Império do Ocidente caiu em 476 tomado pelos germanos. O do Oriente continuou a se desenvolver, vindo a constituir o Império Bizantino até cair em 1453 tomado pelos turcos otomanos.

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O Cristianismo

Não se pode entender a queda do Império Romano sem considerar a força da doutrina do Cristianismo.

As pregações de Cristo se difundiram rapidamente. Por causa de suas ideias, incômodas para o Império, foi perseguido e morto na cruz.

• Propunha a adoração a um só Deus;• Questionava a divindade do imperador;• Se opunha à violência;• Pregava a igualdade entre os homens;• Pregava o amor, a proteção aos pobres e a justiça divina;

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Após a morte de Jesus os apóstolos continuaram a divulgar suas ideias, bem aceitas pelos pobres e escravos em Roma.

Em 313, pelo Edito de Milão, Constantino concedeu liberdade de culto aos cristãos pondo fim às perseguições.

Em 380, Teodósio oficializou o Cristianismo como religião do Estado.

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Cultura Romana

A cultura romana influenciou o mundo e incorporou elementos dos povos conquistados.

• Arquitetura: construções de grandes obras e jardins, murais e mosaicos.

• Urbanização: esgotos, calçadas, praças e mercados.• Literatura: grande destaque para o governo de Augusto

com as obras de Cícero, Virgílio, Tito Lívio.• Direito: presença de um sistema de leis que até hoje é

usada em vários países.• Língua: o latim deu origem a várias línguas como o

português, espanhol, francês e italiano.