roteiro 3_bio cel_células animais e vegetais-acidofilia e basofilia_2015.pdf

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA CENTRO MULTIDISCIPLINAR CAMPUS DE BARRA BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR PROFª: KELLYANNE DOS ANJOS CARVALHO ROTEIRO DE AULA PRÁTICA: OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS EUCARIONTES ANIMAIS E VEGETAIS, E REAÇÕES DE BASOFILIA E ACIDOFILIA. INTRODUÇÃO: As células animais e vegetais são eucariontes e compartilham de algumas estruturas celulares básicas. As principais diferenças entre elas é a presença nas células vegetais de parede celulósica, plastos, vacúolos citoplasmáticos típicos, núcleo geralmente descentralizado e amido como substância de reserva energética. Como quase todas as organelas e inclusões celulares são transparentes e incolores, para se fazer a observação das mesmas ao microscópio, faz-se necessário o uso de corantes que tornam visíveis os seus diversos constituintes. Os corantes são moléculas orgânicas que apresentam em sua estrutura duplas ou triplas ligações químicas, as quais interagem com a luz aumentando as capacidades absortivas. Esta região do corante é denominada de grupo cromofórico, sendo a responsável pela absorção da luz. Estes compostos são empregados na coloração de cortes histológicos facilitando sua visualização. Com base na carga elétrica os corantes podem ser básicos (catiônicos) ou corantes ácidos (aniônicos). Os primeiros são carregados positivamente, e apresentam afinidade por moléculas carregadas negativamente, e esta interação recebe o nome de basofilia. Como exemplo pode-se citar: azul de metileno e o azul de toluidina, que podendo evidenciar a presença do RNA, DNA e de glicosaminoglicanas ácidas, presentes no tecido conjuntivo de animais e de pectatos encontrados nas paredes celulares de plantas. Os corantes aniônicos apresentam carga elétrica negativa ligando-se de forma eletrostática a substratos com carga positiva, carga esta, localizada principalmente nos aminoácidos, lisina, histidina e arginina. A interação entre um corante carregado negativamente, com uma estrutura dotada de carga oposta é denominada de acidofilia. Neste grupo pode-se citar a eosina e o xylidine ponceau. OBJETIVOS: 1. Diferenciar morfologicamente células animais e vegetais; 2. Sedimentar os conceitos de acidofilia e basofilia; MATERIAL: Microscópio óptico comum, lâminas avulsas, lamínulas, placa de Petri, papel de filtro, lenço de papel, pipeta Pasteur, bécker, tubos de ensaio e suporte de madeira, bulbo de cebola, amostra de tecido coletado da mucosa bucal, corantes ácido (eosina) e básico (azul de metileno). PROCEDIMENTO: A) Célula vegetal (epiderme da túnica do bulbo de Allium cepa) 1. Retire um fragmento da epiderme de A. cepa (cebola) e coloque sobre uma lâmina histológica aplicando uma gota de água, cubra com uma lamínula. Observar sem corar usando até a objetiva de 40x. Esquematize o observado; 2. Retire a lamínula cuidadosamente e aplique uma gota de azul de metileno (coloque a menor quantidade possível); 3. Cubra novamente com a lamínula e observe até a objetiva de 40x.Esquematize o observado. B) Célula animal (célula da mucosa bucal) 1. Com o dedo indicador higienizado, remover material biológico da mucosa bucal (células epiteliais de revestimento/descamação); 2. Desprezar o primeiro material coletado; 3. Repetir a operação e fazer um espalhamento do material coletado sobre uma lâmina histológica; 4. Colocar a lâmina sobre o suporte para a coloração; 5. Cobrir o preparado com o corante eosina e deixar agir por 10 minutos; 6. Lavar a lâmina cuidadosamente em água corrente;

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

CENTRO MULTIDISCIPLINAR CAMPUS DE BARRA

BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR

PROFª: KELLYANNE DOS ANJOS CARVALHO

ROTEIRO DE AULA PRÁTICA: OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS EUCARIONTES ANIMAIS E VEGETAIS,

E REAÇÕES DE BASOFILIA E ACIDOFILIA.

INTRODUÇÃO:

As células animais e vegetais são eucariontes e compartilham de algumas estruturas celulares básicas. As

principais diferenças entre elas é a presença nas células vegetais de parede celulósica, plastos, vacúolos citoplasmáticos

típicos, núcleo geralmente descentralizado e amido como substância de reserva energética.

Como quase todas as organelas e inclusões celulares são transparentes e incolores, para se fazer a observação das

mesmas ao microscópio, faz-se necessário o uso de corantes que tornam visíveis os seus diversos constituintes.

Os corantes são moléculas orgânicas que apresentam em sua estrutura duplas ou triplas ligações químicas, as quais

interagem com a luz aumentando as capacidades absortivas. Esta região do corante é denominada de grupo cromofórico,

sendo a responsável pela absorção da luz. Estes compostos são empregados na coloração de cortes histológicos facilitando

sua visualização.

Com base na carga elétrica os corantes podem ser básicos (catiônicos) ou corantes ácidos (aniônicos). Os

primeiros são carregados positivamente, e apresentam afinidade por moléculas carregadas negativamente, e esta interação

recebe o nome de basofilia. Como exemplo pode-se citar: azul de metileno e o azul de toluidina, que podendo evidenciar a

presença do RNA, DNA e de glicosaminoglicanas ácidas, presentes no tecido conjuntivo de animais e de pectatos

encontrados nas paredes celulares de plantas.

Os corantes aniônicos apresentam carga elétrica negativa ligando-se de forma eletrostática a substratos com carga

positiva, carga esta, localizada principalmente nos aminoácidos, lisina, histidina e arginina. A interação entre um corante

carregado negativamente, com uma estrutura dotada de carga oposta é denominada de acidofilia. Neste grupo pode-se citar

a eosina e o xylidine ponceau.

OBJETIVOS:

1. Diferenciar morfologicamente células animais e vegetais;

2. Sedimentar os conceitos de acidofilia e basofilia;

MATERIAL:

Microscópio óptico comum, lâminas avulsas, lamínulas, placa de Petri, papel de filtro, lenço de papel, pipeta

Pasteur, bécker, tubos de ensaio e suporte de madeira, bulbo de cebola, amostra de tecido coletado da mucosa bucal,

corantes ácido (eosina) e básico (azul de metileno).

PROCEDIMENTO:

A) Célula vegetal (epiderme da túnica do bulbo de Allium cepa)

1. Retire um fragmento da epiderme de A. cepa (cebola) e coloque sobre uma lâmina histológica aplicando uma

gota de água, cubra com uma lamínula. Observar sem corar usando até a objetiva de 40x. Esquematize o

observado;

2. Retire a lamínula cuidadosamente e aplique uma gota de azul de metileno (coloque a menor quantidade

possível);

3. Cubra novamente com a lamínula e observe até a objetiva de 40x.Esquematize o observado.

B) Célula animal (célula da mucosa bucal)

1. Com o dedo indicador higienizado, remover material biológico da mucosa bucal (células epiteliais de

revestimento/descamação);

2. Desprezar o primeiro material coletado;

3. Repetir a operação e fazer um espalhamento do material coletado sobre uma lâmina histológica;

4. Colocar a lâmina sobre o suporte para a coloração;

5. Cobrir o preparado com o corante eosina e deixar agir por 10 minutos;

6. Lavar a lâmina cuidadosamente em água corrente;

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7. Retirar o excesso de água e secar a lâmina com papel de filtro, sem, no entanto, tocar na preparação;

8. Cobrir o preparado com azul de metileno e deixar agir por 10 segundos;

9. Lavar a lâmina cuidadosamente em água corrente e, novamente, retirar o excesso de água, utilizando o papel

de filtro;

10. Colocar a lâmina no microscópio e fazer a observação nas objetivas: panorâmica, de 10X e 40X;

11. Esquematizar o observado na objetiva de maior aumento.

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM:

1. De acordo com as observações feitas à microscopia óptica, diferencie células animais e vegetais.

2. Conceitue acidofilia e basofilia.

3. Qual dos corantes utilizados teve maior afinidade pelo núcleo? Justifique sua resposta.