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MIN ISTÉR IO DOS DESBRA VA DOR ES
RÉPTEIS
COM EXERCÍCIOS
GUIA DAS ESPECIALIDADES Clube de Desbravadores /// Volume 5. 2015
RÉPTEIS
2ª Edição: Disponível em
www.mundodasespecialidades.com.br
Direção Geral: Khelven Klay de Azevedo Lemos
Diagramação e Edição: Khelven Klay de A. Lemos
Coord. de Guias das Especialidades: Thomé Duarte
Editoração e Revisão : Aretha Stephanie
Autor: Marcos Paulo Leitzke
Impressão: Servgrafica Editora
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alidades
UNIÃO NORDESTE BRASILEIRA
UNIÃO LESTE BRASILEIRA
IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES
Natal, RN, Março de 2015
A Criados por Deus no 5º dia da criação, os
répteis (do latim reptare, que quer dizer raste-
jar), abrangem cerca de 7 mil espécies conhe-
cidas. Estes vertebrados, em sua maioria, vi-
vem em lugares secos, embora alguns animais deste
grupo, como as tartarugas e jacarés, sejam aquáticos. A
Terra já abrigou formas gigantescas de répteis, os di-
nossauros. Hoje esse grupo é representado por animais
de porte relativamente menor, como os jacarés, tartaru-
gas, cobras e lagartos. Neste guia, vamos estudar um
pouco mais sobre esses fascinantes animais, os répteis!
PARTICIPE : D Queremos contar com seu apoio para montar as nossas
especialidades. Conte para nós sua experiência, envie
sua foto, desenho, texto ou conhecimento, você será
sempre bem vindo neste mundo.
MARCOS P. LEITZKE Atualmente sou Instrutor do Clube de Desbra-
vadores Portadores da Conquista da Igreja
Central de Guarapari – ES. Sou Estudante de
Engenharia Civil na Universidade Vila Velha,
gosto de ler, estudar, fazer Trekking e ativida-
des de camping em geral. Sou apaixonado
pelo ministério dos Desbravadores e quero
participar de um grande campori que aconte-
cerá em breve, no céu!
O que vem por aí...
escamados No mundo dos
O s répteis têm o corpo re-
coberto por uma pele
seca e praticamente im-
permeável. As células
mais superficiais da epiderme são ricas em
queratina, o que protege o animal contra a
desidratação em ambientes terrestres e
podem apresentar escamas (cobras), pla-
cas (jacarés, crocodilos) ou carapaças
(tartarugas, jabutis). Os répteis, assim co-
mo os peixes e os anfíbios, são animais
pecilotérmicos, ou seja, a temperatura do
corpo varia de acordo com a temperatura
do ambiente.
A respiração dos répteis é pulmo-
nar. A maioria apresenta o coração com
dois átrios e dois ventrículos parcialmente
divididos. Nos ventrículos é onde ocorre a
mistura de sangue oxigenado com sangue
não-oxigenado. Nos crocodilianos os dois
ventrículos estão completamente separa-
dos, mas o sangue oxigenado e o sangue
não-oxigenado continuam se misturando,
agora fora do coração. Em sua maioria, os
répteis são animais carnívoros, algumas
espécies são herbívoras e outras são oní-
voras. Eles possuem sistema digestor
completo e intestino grosso termina na clo-
aca.
Os répteis possuem órgãos dos
sentidos que lhe permitem, por exemplo,
sentir o gosto e o cheiro das coisas. Os
olhos possuem pálpebras e membrana
nictitante, que auxiliam na proteção dessas
estruturas. Eles têm glândulas lacrimais,
fundamentais para manter a superfície dos
olhos úmida fora da água.
Embora os répteis não tenham ore-
lha externa, alguns deles apresentam con-
duto auditivo externo e curto, que fica abai-
xo de uma dobra da pele, de cada lado da
cabeça. Na extremidade de cada conduto
auditivo situa-se o tímpano, que se comu-
nica com a orelha média e a interna. Vários
experimentos comprovam que a maioria
dos répteis é capaz de ouvir diversos sons.
GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA
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Escamas
Cobras
Carapaças
Tartarugas e
Jabutis
Placas
Jacarés e
Crocodilos
CURIOSIDADE
P equenos furos entre os olhos e as narinas da
cobra cascavel funcionam como sensores de
radiação térmica. Quando um pequeno animal,
como um rato por exemplo, se aproxima de uma cas-
cavel, a radiação térmica emitida pelo animal dispara
esses sensores, provocando um ato reflexo no qual a
cobra morde e injeta o veneno. Mesmo que a cobra
esteja morta há quase 30 minutos, a radiação térmica
da mão que se aproxima de uma cobra cascavel pode
causar esse ato de reflexo, porque o sistema nervoso
ainda está funcionando. Assim, recomendam os espe-
cialistas, se você tiver que remover uma cobra casca-
vel morta recentemente, use uma vara comprida no
lugar da mão.
Halliday & Resnick, Fundamentos de Física Vol.2 – Gravita-
ção, Ondas e Termodinâmica. 9ª Edição; cap.18 pag.205.
Quelônios: É uma ordem de répteis caracterizada
pela presença de uma carapaça. Por vezes são referidos co-
mo quelônios ou testudíneos. Esse grupo está representado
pelas tartarugas (as marinhas e as de água doce), pe-
los cágados (de água doce) e pelos jabutis (terrestres). Esses
animais apresentam placas ósseas dérmicas, que se fundem
originando uma carapaça dorsal e um plastrão ventral rígidos,
que protegem o corpo. As vértebras e costelas fundem-se a
essas estruturas. Os ossos da carapaça são recobertos por
escudos córneos de origem epidérmica. Não possuem dentes,
mas apresentam lâminas córneas usadas para arrancar peda-
ços de alimentos. São todos ovíparos. O grupo tem cerca de
300 espécies, e ocupa habitats diversificados como
os oceanos, rios ou florestas tropicais. Os quelônios estão na
lista dos maiores répteis do mundo.
ORDEM DOS RÉPTEIS
GUIA DAS ESPECIALIDADES ESTUDO DA NATUREZA
3 RÉPTEIS WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR
Crocodilianos : Crocodylia (crocodilianos) é
uma ordem de répteis que inclui os crocodilos e
os gaviais. Os membros desta ordem distinguem-se dos
outros répteis pelo sistema circulatório. Os crocodilianos
têm um coração com quatro câmaras, mas ao contrário
dos mamíferos o sangue oxigenado mistura-se com o
sangue desoxigenado através de uma comunicação en-
tre a artéria aorta e artéria pulmonar. Dentro do grupo, as
famílias distinguem-se entre si pela morfologia da cabeça
e características da dentição
Escamados : São lagartos e
as serpentes (estas mais
comumente chamadas de
cobras). Esses animais
têm a pele recoberta por
escamas e dividem-se em
dois grupos menores: la-
certílios e ofídeos.
Ofídeos: Compreendem as serpentes ou cobras, répteis que
não têm pernas. A grande maioria desses animais possuem
glândulas que fabricam veneno. Uma serpente é peçonhenta
quando seus dentes são capazes de inocular veneno nos ani-
mais que ataca. Os dentes têm um canal ou sulco que se co-
munica com as glândulas produtoras de veneno. No momento
da picada, o veneno escoa por esse canal e é inoculado no
corpo da presa.
Lacertílios : Compreendem os lagartos, os camaleões e as la-
gartixas, répteis de corpo alongado, com a cabeça curta e uni-
da ao corpo por um pequeno pescoço. Possuem quatro mem-
bros, sendo os anteriores mais curtos que os posteriores.
Embora apenas um quarto das cobras sejam peçonhen-
tas, essas cobras letais são geralmente agressivas e sua peço-
nha pode matar um adulto sadio se este não for devidamente
tratado em um período de poucas horas. As cobras venenosas
são classificadas em quatro famílias taxonômicas:
ELAPIDIC : najas, cobra-coral e mambas, por exemplo.
VIPERIDAE : entre estas estão a cascavel, jararaca e surucucu.
COLUBRIDAE: Cobra-rateira, apenas algumas são venenosas.
HYDROPHIIDAE: Serpente do mar, existem antídotos específi-
cos para as picadas desta serpente.
Naja
Camaleão Cobra rateira
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UMA COBRA NO CAMINHO, E AÍ?
Mantenha a calma
Mantenha uma distância de 2m do animal;
Não queira matar, pois a mesma faz parte do equilíbrio
natural;
Sempre ao subir em árvores, olhe para cima, pois, existem
espécies que vivem nelas;
Em trilhas sempre use botas, pois na maioria das vezes,
cerca 80% das serpentes, mordem abaixo do joelho;
Sempre ande com cuidado na mata ou em capins fecha-
dos, sempre utilizando facão ou vara para limpar o caminho;
Somente em caso de acidente tente pegar a cobra com os
devidos cuidados, de preferência, usando varas ou gravetos
firmes para prender a cabeça tentando imobilizá-la para o
reconhecimento, assim, fica mais fácil a utilização do soro
correto;
Sempre que uma pessoa for mordida por uma serpente
peçonhenta a vítima deve ficar sem se mexer, o movimento
facilita a propagação do veneno no corpo da vítima;
Levar a vítima imobilizada o mais rápido possível para o
pronto socorro para tomar o soro antiofídico.
.
O efeito do veneno varia de acordo com sua
composição, sendo que, cada cobra tem um tipo
diferente veneno. Geralmente o veneno fica em
uma glândula acima da cabeça. As cobras peço-
nhentas têm dentes especiais que são ligados a
essa glândula. Quando a cobra vai atacar, flexiona
seus músculos e o veneno vai para a ponta dos
dentes. Quando a cobra morde, o veneno entra em
contato com a corrente sanguínea de sua vítima.
Existem várias maneiras de observar se uma
cobra é peçonhenta ou não. Como as espécies são
muitas, o método mais eficaz e seguro é verificar se
a cobra tem um orifício entre a narina e o olho. Es-
se orifício é chamado de fosseta loreal, e é comum
a quase todas as cobras peçonhentas, sendo a
única exceção é a cobra coral.
A fosseta loreal( foto ao lado) serve para a
serpente sentir a presença do calor de possíveis
presas que tenham corpo quente (homeotérmicas),
permitindo que elas possam caçar à noite.
No Brasil, há 260 espécies de cobras conhe-
cidas, sendo que 40 delas são peçonhentas. Exem-
plos de cobras peçonhentas são: a jararaca, a suru-
cucu, a cascavel e a cobra coral. Se cada espécie
tem veneno diferente, o antídoto é diferente e tam-
bém os efeitos do veneno. A seguir algumas espé-
cies de cobras peçonhentas, e suas características:
Jararaca: este grupo é encontrado em todo
país, mas é comum principalmente no cerrado. Os
efeitos do veneno são: inchaço, hemorragia e des-
truição dos músculos no local da picada.
Surucucu: vivem na mata atlântica e Amazô-
nia. Os efeitos do veneno são semelhantes aos da
jararaca.
Cascavel: só não é encontrada nas grandes
florestas. Os efeitos do veneno são: visão dupla e
paralisia muscular, o que impede os movimentos
da vítima.
Coral: o veneno dessa cobra mata por asfi-
xia, pois bloqueia os movimentos do diafragma,
órgão que permite a entrada de ar nos pulmões.
O tratamento de uma picada de cobra peço-
nhenta é feito com soro antiofídico, que é produzi-
do a partir do próprio veneno da cobra. Esse soro
tem vários passos para que seja produzido. O pro-
cesso de retirada do veneno é demorado, porém
salva muitas vidas.
COBRAS PEÇONHENTAS
Jararaca Coral Cascavel Surucucu
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JABUTI, CÁGADO E TARTARUGA
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5 RÉPTEIS WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR
JABUTI: Esse animal é um réptil
exclusivamente terrestre. Seu
casco é alto e suas patas são
cilíndricas, lembrando patas de
elefantes, além de apresenta-
rem unhas. Ele alimenta-se de
frutas, verduras e carnes. Em
razão de sua dieta ser baseada
em animais e vegetais, ele é
chamado de onívoro. Outra ca-
racterística importante é seu
pescoço, que é retraído vertical-
mente.
CÁGADO: diferenciam-se dos ja-
butis por serem animais de água
doce, entretanto, eles também
vivem na terra. Suas patas são
dotadas de membranas interdigi-
tais, ou seja, entre os dedos, que
facilitam a natação desses ani-
mais. Há também presença de
unhas que facilitam a locomoção
na terra. Seu casco é mais acha-
tado quando comparado ao jabu-
ti. A grande maioria é carnívora,
mas existem espécies onívoras.
Eles possuem a capacidade de
dobrar seu pescoço lateralmente.
TARTARUGA: são geralmente
marinhas, mas existem espécies
de água doce. Esses animais só
vão à terra para a desova. Suas
patas são como remos, facilitan-
do assim a sua natação. Diferen-
temente dos cágados, elas não
possuem a capacidade de es-
conder o pescoço lateralmente,
além de este ser menor. As tar-
tarugas possuem alimentação
variada, como peixes, águas-
vivas, esponjas, camarões, entre
outros.
CROCODILO OU JACARÉ?
Os jacarés têm focinho lar-
go e arredondado, enquanto os
crocodilos têm a cabeça mais afila-
da. Além disso, os crocodilos pos-
suem, nas escamas do ventre, os
chamados poros glandulares - ca-
racterística ausente nos primos ja-
carés. Os cientistas ainda não co-
nhecem exatamente a função des-
ses poros, mas especulam que
possam servir para a simples troca
de calor e água com o ambiente. A
diferença mais visível, porém, está
nos dentes. "Todos os crocodilos
apresentam o quarto dente do ma-
xilar inferior hipertrofiado e encaixa-
do numa cavidade lateral na parte
externa da boca. Esse dente fica
exposto mesmo com a boca fecha-
da, ao passo que, nos jacarés, ele
fica escondido dentro da boca", diz
o biólogo Hussam Zaher, da USP.
Tem mais: os dentes superiores
dos crocodilos são alinhados com
os inferiores - os dos jacarés, não.
JACARÉ
Cabeça larga e arredondada
Dentes superiores desali-
nhados com os inferiores
Os dentes têm todos o mes-
mo tamanho e nenhum deles
aparece com a boca fechada
Escamas do ventre sem po-
ros glandulares
CROCODILO
Cabeça afilada
Dentes superiores alinhados
com os inferiores
O quarto dente de cada lado
do maxilar inferior é bem mai-
or que os outros e aparece
mesmo com a boca fechada
Escamas do ventre com po-
ros glandulares
Quatro diferenças anatômicas distinguem os dois maiores répteis do planeta
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Tá aí um lagartinho que muitos fãs de super-heróis
gostariam de ter! O LAGARTO-AGAMA (Agama mwanzae)
é um dos répteis mais espetaculares do planeta e desenvol-
ve uma coloração brilhante no rosto e no corpo durante as
partes mais quentes do dia. A disputa de território pelos
machos também pode fazer com que a coloração mude.
O mais curioso é que o contraste entre um rosto ver-
melho e azul brilhante do corpo levou este animal a se tor-
nar uma espécie de celebridade, tornando-se conhecido
como o "lagarto Homem-Aranha". Esses animais podem
medir até 38 centímetros de comprimento e se alimentam
de uma grande variedade de insetos.
REPTÉIS DE TODOS OS TIPOS
A IGUANA MARINHA de Galápagos é um
réptil que se alimenta de algas. As criaturas
podem ser vistas à espreita nas rochas en-
tre as praias das ilhas remotas. A coloração
das iguanas marinhas inclui uma ampla ga-
ma de marrons, tons rosados e verdes que
se destacam entre as rochas.
As iguanas marinhas nadam como
crocodilos e usam seus dentes afiados para
colher fios de algas das pedras. Charles
Darwin não era um fã desses animais esteti-
camente, descrevendo-os como "bestas
horríveis".
Medindo até seis metros de com-
primento, o GAVIAL é um crocodilo im-
ponente e enorme, mas apresenta pouca
ameaça para os seres humanos. Com
um focinho estreito e protuberante na
ponta, esta criatura se alimenta quase
exclusivamente de peixes em vez de pre-
sas maiores como os outros crocodilia-
nos.
O problema é que, infelizmente, a
espécie está ameaçada ocupando agora
apenas dois por cento de sua escala an-
terior em todo o subcontinente indiano,
onde vive a maioria dos exemplares.
As víboras estão entre os predadores mais temidos do planeta. Estas serpentes
venenosas se alimentam de presas pequenas, mas muitas interações humanas já tive-
ram consequências perigosas e até letais.
A VÍBORA RINOCERONTE não é diferente no quesito de veneno, mas se distingue
pela sua gama incrível de cores, que lhe confere o reconhecimento como uma das
mais belas cobras do mundo e também lhe proporciona uma forma de camuflagem. Os
chifres que saem da ponta de seu “focinho” a torna ainda mais exótica.
Medindo cerca de um metro de comprimento, esses répteis são vagarosos e muito
mais “obesos” que as cobras comuns, criando uma aparência pesada e imponente.
Mas apesar de toda essa beleza estranha, ela é perigosa e sua mordida pode ser fatal.
6 REPTÉIS WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR
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As COBRAS-BORRACHA têm a capacidade de controlar a sua
temperatura, o que é incomum para os répteis. Ela é considerada uma
serpente pequena, chegando a, no máximo, 45 centímetros de compri-
mento, mas o seu tempo de vida é longo, podendo alcançar até 70
anos de idade.
Apelidada de "serpente de duas cabeças", a cobra-borracha tem
uma cauda alargada que pode ser usada como um chamariz para a
defesa. A cauda pode também carregar cicatrizes de mordidas de ratos
devido ao uso para afastar os roedores adultos enquanto a serpente
ataca os ninhos com ratinhos jovens.
A SERPENTE DRAGÃO é uma
espécie rara, completamente notur-
na, que se alimenta quase exclusi-
vamente de sapos. A criatura é fa-
cilmente distinguível por suas esca-
mas bizarras que incluem partes
perfurantes e salientes por todo o
corpo e lhe dão uma aparência cra-
vejada, parecendo, de fato, com
um dragão mitológico.
A serpente-dragão é nativa
da Tailândia, Birmânia e Indonésia,
e está começando a atrair mais
atenção da comunidade científica
devido à sua aparência bizarra e
fascinante.
A TARTARUGA MATA-MATA é um tanto
diferente das outras, sendo encontrada na Ama-
zônia. Pertencente à família Chelidae, ela habita
águas doces e é um animal carnívoro que se ali-
menta de invertebrados aquáticos e peixes, que
consegue alcançar facilmente com seu pescoço
mais alongado e, com suas mandíbulas podero-
sas.
A força da mordida e seu efeito sobre os
seres humanos são pouco conhecidos, mas nós
não recomendamos o encontro. Outra caracterís-
tica que a diferencia das tartarugas (e cágados)
comuns é a sua cabeça grande e achatada, que
tem algumas protuberâncias e um "chifre" em seu
focinho longo e tubular.
Na natureza, algumas coisas não são o
que parecem. Seria perfeitamente compreensível
para você ver um lagarto sem patas e acreditar
ser uma cobra. Medindo até 1,20 metros de com-
primento, o LAGARTO SEM PERNAS europeu tem
habilidades de caça e uma mordida tão poderosa
que lhe permite derrubar uma grande variedade
de presas.
Apesar da falta de pernas, os traços de la-
gartos, como listras longitudinais, as aberturas da
orelha por trás dos olhos e uma cabeça visivel-
mente achatada permanecem. Esses lagartos se
alimentam de caracóis e outros pequenos ani-
mais.
7 REPTÉIS
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Diferente das outras tartaru-
gas, que geralmente tem o casco
bastante duro e resistente, a TAR-TARUGA DE CARAPAÇA MOLE CHINESA essa possui a carapaça
deficiente de escudos, sendo ela de
couro e maleável, principalmente
nas laterais. A parte central da cara-
paça tem uma camada de osso
sólido por baixo, assim como em
outras tartarugas, mas isao está
ausente nas extremidades exterio-
res.
Apesar disso, essa caracte-
rística faz com que essas tartarugas
se movam mais facilmente na água
ou em solo lamacento. As tartaru-
gas podem atingir um comprimento
de pouco mais de 30 centímetros e
caçam uma grande variedade de
presas.
Elas ainda ostentam uma
curiosidade particularmente bizarra:
a capacidade de urinar através de
sua boca. Esse método evita a per-
da de água e acúmulo excessivo de
sal e ajuda as tartarugas a viverem
em seu ambiente de água salobra.
8 REPTÉIS
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Vida de instrutor
FICOU COM DÚVIDA? Mande-nos um e-mail para:
Paulo Marcos—Redator
Everton Moura—Biólogo
Exercícios de Fixação
1 - Pesquise sobre a vida de pelo menos um réptil abaixo de cada
grupo. Faça uma apresentação usando fotos por meio de power
point ou cartazes e apresente para seu clube ou unidade. Baixo es-
tão os principais repteis existentes no Brasil:
Quelônios (testudina): Tartaruga-cabeçuda, Tartaruga-verde, Tarta-
ruga-de-pente, Tartaruga-oliva, Tartaruga-de-couro, Tigre-d'água,
Aperema, Muçuã, Jabuti-piranga, Jabuti-tinga, Tracajá, Tartaruga-de-
cabeça-vermelha, Tartaruga-grande-da-amazônia, Pitiú, Tracajá, Tar-
taruga-do-pantanal, Cágado-amarelo, Cágado-negro, Matá-matá,
Cágado-de-serra, Cágado-de-pescoço-comprido, Cágado-de-hoge,
Cágado-do-nordeste, Cágado-de-ferradura-comum, Cágado-da-
lagoa, Cágado-de-ferradura-sulino, Jabuti-manchado.
Crocodilianos (Crocodylia): Jacaretinga, Jacaré-do-papo-amarelo,
Jacaré-de-lunetas, Jacaré-açu, Jacaré-coroa, Jacaré-curuá.
Escamados: Lacertídeos: Geco-das-casas, Geco-do-campo, Truíra-
peva, Iguana, Lagartixa-das-uvas, Iguaninha-verde, Iguaninha-rajada,
Lagartixa-da-areia, Camaleão-americano, Lagartixa-azul, Lagarto-da-
cauda-verde, Lagartixa-pintada,
Ofídeos: Jiboia, Cobra-papagaio, Suaçubóia, Sucuri, Cobra-cipó,
Urupiagara, Jararaca, Surucucurana, Cobra-verde, Surucucu, Urutu.
2– Cite no mínimo 2 situações em que os repteis participaram em
alguma narrativa Bíblica.
3- (PUC-RS) Observar as características anatômicas abaixo relacio-
nadas:
1. Corpo coberto com pele seca e queratinizada.
2. Esqueleto completamente ossificado
3. Coração com dois átrios e dois ventrículos parcialmente divididos
4. Respiração pulmonar
5. Temperatura corporal variando de acordo com o ambiente
6. Ovos adaptados para o desenvolvimento em terra
Com estas características, podemos identificar o grupo:
a) dos anfíbios.
b) dos répteis.
c) dos peixes.
d) dos marsupiais.
a) dos anfíbios.
b) dos répteis.
c) dos peixes.
d) dos marsupiais.