sagarana · 2019. 11. 18. · (manuelzão e miguilim, noites do sertão, no urubuquaquá, no...
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SAGARANA
João Guimarães Rosa
Essa sequência didática será preferencialmente indicadapara o_2º ano do ensino médio.Ela será composta de 12 aulas onde se fará umacobertura total dos 9 contos do livro.O exercício de treino para vestibular completará asequencia didática, assim como os tópicos da basecomum curricular vigente.
BNCC- Cabe ao Ensino Médio aprofundar a análise sobre as linguagense seus funcionamentos, intensificando a perspectiva analítica e crítica daleitura, escuta e produção de textos verbais e multissemióticos, e alargaras referências estéticas, éticas e políticas que cercam a produção erecepção de discursos, ampliando as possibilidades de fruição, deconstrução e produção de conhecimentos, de compreensão crítica eintervenção na realidade e de participação social dos jovens, nosâmbitos da cidadania, do trabalho e dos estudos.
Campo artístico literário da BNCCNeste campo, trata-se, principalmente, de levar os estudantes a ampliar seurepertório de leituras e selecionar obras significativas para si, conseguindoapreender os níveis de leitura presentes nos textos e os discursos subjacentes deseus autores. Ao engajar-se mais criticamente, os jovens podem atualizar ossentidos das obras, possibilitando compartilhá-las em redes sociais, na escola ediálogos com colegas e amigos. Trata-se, portanto, além da apropriação para si,de desfrutar também dos modos de execução das obras, que ocorre com a ajudade procedimentos de análise linguística e semiótica. A prática da leitura literária,assim como de outras linguagens, deve ser capaz também de resgatar ahistoricidade dos textos: produção, circulação e recepção das obras literárias,em um entrecruzamento de diálogos (entre obras, leitores, tempos históricos) eem seus movimentos de manutenção da tradição e de ruptura, suas tensões entrecódigos estéticos e seus modos de apreensão da realidade. Espera-se que osleitores/fruidores possam também reconhecer na arte formas de crítica cultural epolítica, uma vez que toda obra expressa, inevitavelmente, uma visão de mundoe uma forma de conhecimento, por meio de sua construção estética.
SAGARANA - Referências
BNCChttp://basenacionalcomum.mec.
ROSA, J.G. Sagarana. Rio de Janeiro, Nova Fronteira,
2015. E outras edições.
MARTINS, N.S.A.O léxico de Guimarães Rosa- 2ª ed. São
Paulo, Editora da Universidade de São Paulo
BENEDETTI, N.M. Sagrana: o Brasil de Guimarães Rosa.
Tese para obtenção de título de doutor em Literatura
Brasileira. USP 2008.
João Guimarães Rosa
Nasce a 23/06/1908 em Cordisburgo, M.G.
Morre a 19/11/1967 no Rio de Janeiro, R. J.
Aos 10 anos passou a morar e estudar em Belo Horizonte, M.G.
1930- Médico pela F.M.U.M.G.
1934- Diplomata por concurso
08/08/63- Passou a ser o terceiro ocupante da Cadeira 2 da Academia
Brasileira de Letras
1929- conto “O mistério de Highmore Hill” na revista “O Cruzeiro”
1936- Coletânea de Versos “Magma”
1938- Contos- sob o pseudônimo de Viator- Prêmio Humberto Campos 2º lugar
1946- Sagarana- Contos ( 9 contos dos 12 publicados em 1937 com o pseudônimo de
Viator)
1952- Com o vaqueiro Mariano (conto)
1956- Corpo de baile ( 2 volumes) 7 novelas que depois foram publicadas e outros livros
(Manuelzão e Miguilim, Noites do Sertão, No Urubuquaquá, No Pinhém.
1956- Grande Sertão Veredas
1962- Primeiras estórias. (Contos)
1962- Os Mistérios dos MMM (obra em colaboração)
1964 Os sete pecados capitais (obra em colaboração)
1967- Tutameia(Contos)
Obras literária- João Guimarães Rosa
Obras póstumas de J.G.Rosa
1969- Estas estórias (Contos)
1970- Ave, palavra, diversos
1997- Magma (contos,poemas, notas de
viagem, diário, flagrante, reportagens
poéticas e meditações)
CAPAS
"
Sagarana"O Curvelo vale um conto,Cordisburgo um conto e cem.Mas as Lajes não tem preço, Porque lá mora meu bem..."
primeira aula
Introdução ao livro Sagarana
DISCUSSÃO INICIAL
▪ Quando, em 1938, Sezão participou do concurso Humberto de Campos, o autorassinava pelo pseudônimo de Viator, o que mostra a importância do motivo daviagem em Sagarana. O tema não só está presente nos nove contos e em quasetoda a obra do autor, como também na temática sertaneja, seja na literária, sejana musical: são homens e mulheres que vagueiam de um lugar para outro,movidos por necessidades de sobrevivência ou de procura de melhorescondições de vida, são boiadeiros que acompanham o gado para o ponto deembarque ou o movem de um local para outro, são proprietários que sedeslocam para adquirir bens de consumo ou gado, são mascates que procuramvender uma grande variedade de produtos, são chefes políticos que andampelas fazendas em busca de votos, e muitas outras situações resultantes da vidaem regiões geograficamente isoladas, de baixa densidade populacional, deoferta reduzida de bens de consumo e de precários ou mesmo inexistentessistemas de comunicação à distância. (BENEDETTI, 2008, p. 105)
Texto, contexto e linguagem.
“É e não é. O senhor ache e não ache. Tudo é e não é”. Guimarães Rosa
Na análise de O burrinho pedrês, definimos o “espírito do Calundú” como
sendo a tendência do caráter do brasileiro à melancolia, à nostalgia, ao
regresso e, como consequência, de reagir ao progresso. Em Sarapalha, o
“espírito do Calundú” venceu e reina soberano. O local onde vivem os dois
primos, Argemiro e Ribeiro, já foi arraial populoso, “já esteve nos mapas” e
teve ferrovia, sinais certos de progresso; mas, agora, o cenário é de desolação
e ruínas, a população do local se resume a uma empregada negra e aos dois
primos, cuja vida transcorre rotineira e extremamente monótona. Essa
monotonia, no entanto, será bruscamente interrompida com a declaração da
paixão secreta de Argemiro por Luísa, mulher de Ribeiro. Em torno dessa
revelação, que introduz temporariamente algo de novo na metódica vida local,
gira a narrativa. (BENEDETTI, 2008, p. 80)
Música “Sagarana” de Clara Nunes:
https://www.youtube.com/watch?v=9PXvHwLGA0Y
Trabalhos de discussão e interpretação por alguns minutos, separados por grupo:
1. Linguagem e cenário;
2. Texto e contexto (primeira república);
3. Personagens (principais e secundários);
4. Metáforas e alegorias (Por exemplo: Doença e Mulher; Regresso e Governo)
Ao final dessa aula pedir aos estudantes que leiam o primeiro conto do livro, O
burrinho pedrês.
segunda aula
O burrinho pedrês
O burrinho pedrês
Nesta aula será solicitado aos alunos que localizem, num mapa, as cidades
referidas no início do texto. Para essa atividade poderemos exercer a
interdisciplinaridade junto aos professores de geografia, e apresentação
de mapas do sertão mineiro e adjacências. A discussão poderá ser
enriquecida com recursos didáticos que evoquem a situação histórica do
Brasil a época em que o autor produziu esse texto.
O burrinho pedrês.....a música ausentada se faz presente por meio da forma poética
articulada em palavras, sons, sílabas… Temos, pois, a música de
palavras a plasmar um ritmo. Nesse trecho, a música de palavras
prescindiria das qualidades semânticas de seus “dizeres”. Mas as
próprias formas poéticas, por si sós, dizem coisas, não são anódinas.
A forma escolhida foi a do redondilho menor, com acento na segunda
e na quinta. Um par de redondilhos menores forma um
hendecassílabo. (Benedetti, 2008)
Com a ajuda de dicionários a classe deverá interpretar esse texto que
irá basear a próxima atividade.
O professor comenta o estilo literário de Rosa.
I-JUCA-PIRAMA Gonçalves Dias
São rudes, severos, sedentos de glória,
Já prélios incitam, já cantam vitória,
Já meigos atendem à voz do cantor:
São todos Timbiras, guerreiros valentes!
Seu nome lá voa na boca das gentes,
Condão de prodígios, de glória e terror!
Galhudos, gaiolos, estrelos, espácios,
combucos, cubetos, lobunos, lompardos,
caldeiros, cambraias, chamurros, churriados,
corombos, cornetos, bocalvos, borralhos,
chumbados, chitados, vareiros, silveiros...
E os tocos da testa do mocho macheado,
e as armas antigas do boi cornalão…
Explorar a leitura em voz alta do poema e solicitar
que os grupos criem coletivamente um “rap” ou
um “slam” onde a estória do burrinho de Rosa
apareça de alguma forma.
O burrinho pedrês
Matryoshka
Uma matrioska ou matriosca, é um conjunto distintivo de bonecas, típicas da tradição
russa, constituídas por pedaços de vários tamanhos feitos de madeira, cada um dos
quais pode ser inserido em um dos maiores formatos. Cada peça é dividida em duas
partes e está vazia no interior, exceto pela menor denominada "semente". A maior
boneca é chamada de "mãe". É a lembrança russa para a excelência e um símbolo da
arte popular deste país. A primeira matrioska conhecida remonta ao final do século XIX,
um período que, para a Rússia, foi, além das grandes mudanças sociais, um período de
grande desenvolvimento econômico e cultural. Em 1900, na Exposição Mundial de
Paris, a Matrioska foi premiada e reconhecida como símbolo da tradição russa por sua
popularidade em todo o mundo. Desde então, refletiu em sua expressão artística a vida
e a história da Rússia.
As bonecas
Se possível levar um conjunto de bonecas para que os alunos entrem em contato com o objeto do folclore russo.
Matryoska
Pedir que os alunos identifiquem no conto uma estória
dentro da estória, um procedimento comum neste
conto.
Ao final desta aula, pedir aos
alunos que leiam o próximo
conto do livro, "A volta do
marido pródigo".
terceira aula
A volta do marido pródigo
A volta do marido pródigo
Iniciar a discussão conversando sobre o narrador, os personagens, o tempo, o
espaço e a linguagem.
Nessa introdução seria interessante discutir um tema atual como a queda das
paredes de contenção da barragem de Brumadinho e o desastre ecológico que
aconteceu nessa região citada por Rosa no romance.
Há uma farta utilização de provérbios nesse conto. Uma boa atividade para estudo
desse procedimento linguístico poderia ser feito através de jogos. Poderíamos
dividir a classe em 4 grupos e, numa forma de gincana, pedir que os alunos
extraiam do conto o maior número possível de provérbios com os seus significados.
O grupo que tivesse o maior número de provérbios ganharia o jogo.
PUC-SP 2017
Do conto “A Volta do Marido Pródigo”, que integra a obra Sagarana de Guimarães Rosa, não é
correto afirmar que:
a)há, no protagonista, uma espécie de heroísmo gaiato, correlacionado às espertezas das
histórias de sapos utilizadas na narrativa.
b)a personagem principal é Lalino Salãtiel, mulatinho descarado, malandro, enganador, mas
simpático. Sabe como poucos contar uma boa história e age na vida como se estivesse em
contínua representação.
c)traz no nome uma alusão bíblica que se concretiza nas ações de abandonar a família,
gastar o pouco que tem com bandalheiras, retornar para casa fragilizado e ser de novo aceito.
d)mostra total alheamento quanto a situações políticas e de disputas de poder, uma vez que
os personagens, que atuam na história, são gente do povo e operários da construção de
estradas.
Pedir que os alunos leiam o próximo conto,
Sarapalha, ao final da aula.
quarta aula
Sarapalha
SarapalhaLeitura das duas primeiras páginas, parágrafo a parágrafo. Com pausas após o
término de cada um, com perguntas direcionadas à turma sobre o que o excerto
está “dizendo” e pedir que anotem as respostas. Ex:
1. “Tapera de arraial. Ali, na beira do rio Pará, deixaram largado um povoado
inteiro: casas, sobradinho, capela; três vendinhas, o chalé e o cemitério; e a
rua, sozinha e comprida, que agora nem mais é uma estrada, de tanto que o
mato a entupiu.”
Ex. de anotação: A natureza tomando a cidade abandonada.
2. “Ao redor, bons pastos, boa gente, terra boa para o arroz. E o lugar já
esteve nos mapas, muito antes da malária chegar.”
Ex. de anotação: Terras férteis, mas o local foi devastado pela malária.
Oralidade: primeiros parágrafos recitados.
(UEL) Assinale a alternativa incorreta:
a) Em “Sarapalha”, a epidemia de malária faz o povo tremer e delirar numa
fragilidade dolorosa.
b) Os delírios da febre em suas alucinações não afetam primo Ribeiro, que tem o
corpo fechado pela negra Ceição.
c) Argemiro, em sua pureza, depois de muito se punir, resolve confessar que
também sentira-se atraído por Luísa, mas era um amor platônico, sem um mínimo de
manifestação.
d) Primo Ribeiro está derrotado pela doença física e morre de forma lenta,
psicologicamente abalado com a partida da esposa, que preferiu um boiadeiro a
ele.
e) Argemiro é expulso pelo primo Ribeiro e parte com extremo pesar, pagando
caro por sua honestidade e sinceridade.
Sarapalha
(UEL) O trabalho com a linguagem por meio da recriação de palavras e a descrição minuciosa da
natureza, em especial da fauna e da flora, são uma constante na obra de João Guimarães Rosa. Esses
elementos são recursos estéticos importantes que contribuem para integrar as personagens aos
ambientes onde vivem, estabelecendo relações entre natureza e cultura. Em Sarapalha, conto inserido no
livro Sagarana, de 1946, referências do mundo natural são usadas para representar o estado febril de
Primo Argemiro. Com base nessa afirmação, assinale a alternativa em que a descrição da natureza mostra
o efeito da maleita sobre a personagem Argemiro:
a) “É aqui, perto do vau da Sarapalha: tem uma fazenda, denegrida e desmantelada; uma cerca de pedra
seca, do tempo de escravos; um rego murcho, um moinho parado; um cedro alto, na frente da casa; e, lá
dentro uma negra, já velha, que capina e cozinha o feijão.”
b) “Olha o rio, vendo a cerração se desmanchar. Do colmado dos juncos, se estira o vôo de uma garça,
em direção à mata. Também, não pode olhar muito: ficam-lhe muitas garças pulando, diante dos olhos,
que doem e choram, por si sós, longo tempo.”
c) “É de-tardinha, quando as mutucas convidam as muriçocas de volta para casa, e quando o carapana
mais o mossorongo cinzento se recolhem, que ele aparece, o pernilongo pampa, de pés de prata e asas
de xadrez.”
d) “Estava olhando assim esquecido, para os olhos... olhos grandes escuros e meio de-quina, como os de
uma suaçuapara... para a boquinha vermelha, como flor de suinã....”
e) “O cachorro está desatinado. Pára. Vai, volta, olha, desolha... Não entende. Mas sabe que está
acontecendo alguma coisa. Latindo, choramingando, chorando, quase uivando.”
(Fuvest) João Guimarães Rosa, em Sagarana, permite ao leitor observar que:
a) explora o folclórico do sertão.
b) em episódios muitas vezes palpitantes, surpreende a realidade nos mais leves
pormenores e
trabalha a linguagem com esmero.
c) limita-se ao quadro do regionalismo brasileiro.
d) é muito sutil na apresentação do cotidiano banal do jagunço.
e) é intimista hermético.
quinta aula
Duelo
Duelo
Turíbio Todo, nascido à beira do Borrachudo, era seleiro de profissão, tinha pelos
compridos nas narinas, e chorava sem fazer caretas; palavra por palavra: papudo,
vagabundo, vingativo e mau. Mas, no começo desta estória, ele estava com a razão.
(…)
Mas, por essa altura, Turíbio Todo teria direito de queixar-se tão-só da sua falta de
saber-viver; porque avisara à mulher que não viria dormir em casa, tencionando
chegar até ao pesqueiro das Quatorze-Cruzes e pernoitar em casa do primo
Lucrécio, no Dêcámão. Mudara de ideia, sem contra-aviso à esposa; bem feito!: veio
encontrá-la em pleno (com perdão da palavra, mas é verídica a narrativa) em pleno
adultério, no mais doce, dado e descuidoso, dos idílios fraudulentos.
Duelo
[…] Turíbio Todo assassina acidentalmente o irmão de Cassiano Gomes; este, para
vingar–se, persegue o assassino de seu irmão, que foge do vingador. Os dois
contendores, nessa perseguição sem trégua, ora se aproximam, ora se afastam um
do outro, porém jamais se encontram. A vingança só se efetuará depois da morte de
Cassiano Gomes, pela intervenção de uma terceira personagem, o capiau Vinte–e–
Um, a quem Cassiano socorrera com auxílio financeiro o capiau, por gratidão, leva a
cabo o desejo de seu benfeitor, matando Turíbio Todo, que, acreditando–se seguro
com a morte de seu perseguidor, voltara tranqüilo para reinstalar–se no seu sítio, ao
lado de Dona Silivana, sua mulher e pivô de toda a trama. (BENEDETTI, 2008, p. 102)
Duelo
Trabalhos de discussão e interpretação por alguns minutos, separados por grupo:
1. Texto e contexto (primeira república);
2. Personagens: Turíbio Todo, Cassiano Gomes (agente do Estado) e Silivana;
3. Vingança e morte.
(CEFET-PR) Sobre os contos de Sagarana é INCORRETO afirmar:
a) A volta do marido pródigo demonstra, no comportamento do protagonista, o
poder criador da palavra, dimensão da linguagem tão apreciada por Guimarães
Rosa.
b) Tanto em Corpo fechado quanto em Minha gente o espaço é variado, deslocando-
se a ação de um lugar para outro.
c) Em Duelo e Sarapalha figuram personagens femininas cujos traços não aparecem
nas mulheres de outros contos.
d) O burrinho pedrês, Conversa de bois e São Marcos trabalham com a mudança de
narradores.
e) A hora e a vez de Augusto Matraga não apresenta a inserção de casos ou narrativas
secundárias.
Ao final da aula pedir que os alunos leiam "Minha Gente”
sexta aula
Minha gente
Minha gente
Leremos algumas partes significativas com os alunos e faremos paráfrase do restante.
Assim os alunos ficaram acostumados com a linguagem rosiana.
O protagonista narrador é o Primo, rapaz urbano que já veio à fazenda do Tio Emílio antes,
assim já sabe coisas da roça, mas outras vai ter que aprender.
A prima Helena estava casada e a Prima Irma, sua namorada de infância, ainda estava na
fazenda.
Tio Emílio estava interessado em política.
O Primo é recebido por José Malvino (empregado do tio) e pelo amigo Santana, inspetor de
alunos, joga xadrez, pensa no Brasil e reconhece a sabedoria de José Malvino, apesar de seu
analfabetismo
O primo admira a natureza de Minas, Santana sabe que essa natureza é do Brasil.
l Andam durante todo o dia, graças à sabedoria de José Malvino, podem ajudar alguns vaqueiros que
estão levando boiada e perderam uma rês. Veem carcarás, anus e urubus. Depois de se apartarem
de Santana, chegam à fazenda à noite.
l Pesca com o amigo Bento Porfírio, marido de Bilica, mas esse é assassinado por Alexandre, porque
estava namorando sua mulher, de Lourdes.
l Fica admirado por Tio Emílio ajudar Alexandre a se livrar da justiça por interesses políticos. Primo já
tinha notado que o ribeirão sobe de nível sem chuva.
l Neste ponto podemos mostrar a violência da natureza dos rios mineiros aos alunos:
https://www.youtube.com/watch?v=yRKeykSkZLQ
http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/mgtv-2edicao/videos/v/defesa-civil-avalia-estragos-apos-
chuva-em-sao-joao-del-rei-mg/2997890/
l Primo se interessa por Irma, mas ela está interessada em Ramiro, noivo da amiga Armanda.
l Primo, sem perceber bem, ajuda o tio na política local, sempre com troca de favores, visando
vantagens.
l Vai para Três Barras com tio Ludovico, volta ao Saco-do-Sumidouro, conhece Armanda e casa-se
com ela, Irma fica com Ramiro. Segundo Freud, evitando-se o incesto, evita-se o afastamento social.
UEL-PR. Assinale a alternativa correta:
a) A obra de João Guimarães Rosa Sagarana é uma forma interiorizada de re-
presentação ficcional, privilegiada pela vivência psicológica e, pelo fluxo de
consciência desencadeado por um acontecimento fictício.
b) É uma obra modernista, que critica e denuncia o preconceito racial e a minoria
excluída.
c) A obra não apresenta situações de conflito entre seus personagens.
d) A obra Sagarana é do gênero “conto”. Guimarães Rosa, com esta obra, abriu uma
nova perspectiva para o regionalismo, revalorizando a linguagem e a
universalização do regional.
e) A obra retrata fielmente o ciclo da cana-de-açúcar.
Pedir para os alunos lerem “São Marcos”
sétima aula
São Marcos
Este conto também é em primeira pessoa, é de alguém de Calango Frito que ficou fora um tempo, não
acreditava em feiticeiros, mas conhecia todo tipo de superstição, por isso é importante ler os três
primeiros parágrafos com os alunos.
Nhá Rita Preta não cansava de dizer: “Se o senhor não aceita é rei no seu; mas abusar não deve
de!”
Há várias histórias de quem ficou doente por feitiçaria. E a feitiçaria ocorria por causa de alguma
desfeita, na Grécia Antiga também havia esse tipo de colocação: O poeta Estesícoro falou mal de
Helena (de Tróia), ficou cego, elogiou-a, voltou a enxergar.
O protagonista narrador entrava no mato para observar a natureza, inclusive o xará joão-de-barro,
mas ia sem cachorro, nesta história ela também se chamará José.
Ele descreve Mangalô: “Preto; pixaim alto, branco amarelado; banguela; horrendo” e ainda lhe diz:
“Primeiro: todo negro é cachaceiro...Segundo todo negro é vagabundo. Terceiro todo negro é
feiticeiro… Negro na festa, Pau na testa...”
Encontra Aurísio Manquitola e falam da oração de “São Marcos e São Manços” e começa a declamá-
la porque sabe de cor. É advertido porque aquilo é reza brava. E conta a história de como Tião
Trajano,que aprendeu a oração com Gestal da Gaita que tinha pena dele, livrou-se da cadeia, vinga-
se da mulher e de seu amante e some no mundo porque fez essa oração.
https://www.wemystic.com.br/artigos/oracao-sao-marcos-sao-manso/
Encontramos esta oração em blogs de astrologia, uma mandinga?
SINCRETISMO RELIGIOSO
São Marcos
Há um duelo poético feito com inscrições no bambuzal, com o protagonista e alguém e em algumas
semanas, João/José é derrotado pelo oponente “Quem será”.
Um dia, no mato, depois de muito ver e descrever a natureza, fica cego subitamente. Rezou para Santa
Luzia, protetora dos olhos e nada aconteceu. Viu como era ruim estar no mato sem cachorro.
Lembra-se do quem será: “para esquerda fui contigo.
Coração soube escolher.”
Vai aos poucos com dificuldades, até que que se lembra de Aurísio Manquitola e sua foice e começa a
berrar a reza brava de São Marcos e conseguiu correr pelo mato, até que ouviu os porcos e descobriu que
estava na casa de João Mangalô e quis exterminá-lo. Assustado, o feiticeiro mostrou que pôs uma venda
nos olhos da fotografia dele, para não ter que ver negro feio.
João/José dá uma nota de dez mil réis a Mangalô, como bandeira branca e dia que tem anjo bom,santo
bom e reza brava. Está muito feliz por voltar a ver.
(FMABC 2017) João Guimarães Rosa escreveu em 1946 o livro Sagarana, composto de nove contos.
Indique, nas alternativas abaixo, aquela cujo conteúdo NÃO CONFERE com o conto referido.
a) Na baixada, mato e campo eram concolores. No alto da colina, onde a luz andava à roda, debaixo do
angelim verde, de vagens verdes, um boi branco, de cauda branca. E, ao longe, nas prateleiras dos morros
cavalgavam-se três qualidades de azul. – São Marcos.
b) As ancas balançam, e as vagas de dorsos, das vacas e touros, batendo com as caudas, mugindo no
meio, na massa embolada, com atritos de couros, estralos de guampas, estrondos e baques, e o berro
queixoso do gado Junqueira, de chifres imensos, com muita tristeza, saudade dos campos, querência dos
pastos de lá do sertão… – Conversa de bois.
c) Lalino Salatiel vem bamboleando, sorridente. Blusa cáqui, com bolsinhos, lenço vermelho no pescoço,
chapelão, polainas, e, no peito, um distintivo, não se sabe bem de quê. Tira o chapelão: cabelos
pretíssimos, com as ondas refulgindo de brilhantina borora. – A volta do marido pródigo.
d) De repente, na altura, a manhã gargalhou: um bando de maitacas passava, tinindo guizos, partindo
vidros, estralejando de rir. E outro. Mais outro. E ainda outro, mais baixo, com as maitacas verdinhas,
grulhantes, gralhantes, incapazes de acertarem as vozes na disciplina de um coro. (…) O sol ia subindo,
por cima do voo verde das aves itinerantes. Do outro lado da cerca, passou uma rapariga. Bonita! Todas
as mulheres eram bonitas. Todo anjo do céu devia de ser mulher. – A hora e vez de Augusto Matraga.
oitava aula
Debate e proposta do Trabalho
Mudar o posicionamento da classe para roda de conversa ou grupos de
três a quatro alunos, caso a classe tenha muitos alunos.
Propor um debate sobre os temas que os contos abordaram até agora.
Se os alunos tiverem dificuldades em começar a discussão, podemos
propor algo, os contos falam de política? E de doença? E viagem,
violência do homem e da natureza, analfabetismo, amor, história do
Brasil, beleza da natureza, preconceito religioso, racismo.
Se houver tempo propor que falem de narrador, personagens, linguagem,
clímax do conto, cenário, contexto. Depois de uns trinta minutos de
debate, propor uma redação individual que aborde um ou mais contos do
livro. E além de fazer uma análise formal, escolher um dos outros temas
propostos ( como viagem, doença) para ser entregue na décima primeira
aula
Ao final da aula pedir que os alunos leiam "Corpo fechado"
nona aula
Corpo fechado
Corpo fechado
“Corpo fechado” conta a história de ManuelFulô, um sujeito que ama mais sua mula do quea noiva, cobiçada por um valentão. Mas, parasalvar a noiva, ele entrega a mula a um feiticeiropara fechar o seu corpo e enfrentar com êxito ovalentão.
Debate
Dividir a sala em grupos e solicitar que aos alunos que:_ Apontem os indícios que comprovam a identidade do médico narrador (alter ego de G. Rosa) nesse conto._ Identifiquem um "catálogo dos valentões" conhecidos de Manuel Fulô
Pedir para os alunos lerem “Conversa de Bois”
décima aula
Conversa de bois
Conversa de boisQue já houve um tempo em que eles conversavam, entre si e com os homens, écerto e indiscutível, pois que bem comprovado nos livros das fadas carochas.Mas, hoje-em-dia, agora, agorinha mesmo, aqui, aí, ali, e em toda parte,poderão os bichos falar e serem entendidos, por você, por mim, por todo omundo, por qualquer um filho de Deus?!
— Falam, sim senhor, falam!... — afirma o Manuel Timborna, das Porteirinhas,— filho do Timborna velho, pegador de passarinhos, e pai dessa infinidade deTimborninhas barrigudos, que arrastam calças compridas e simulam todos omesmo tamanho, a mesma idade e o mesmo bom-parecer; — ManuelTimborna, que, em vez de caçar serviço para fazer, vive falando invenções sólá dele mesmo, coisas que as outras pessoas não sabem e nemquerem escutar.
Conversa de boisConversa de bois retoma o discurso presente em Minha gente, São Marcos e Corpo fechado,segundo o qual o homem pode cair no estado animal se for guiado pelos seus instintos. EmConversa de bois, os animais se humanizam e alguns homens se mantêm humanos, comoacontece com determinadas personagens e com o próprio narrador, enquanto outros seanimalizam, como Agenor Soronho e Tiãozinho; e o autor implícito se aproxima do divinoporque tudo observa. Entenda–se que, aqui, animalizar–se significa brutalizar–se, bestializar–se, e que o termo está em oposição a humanizar–se, que é adquirir hábitos sociais civilizados(...). Em Conversa de bois, porém, a fronteira entre as duas categorias – animal e humana –,mais que estática, é um tanto flutuante, o que aproxima muito a obra do conceito freudianosegundo o qual o homem não tem motivo para se excluir de todo o reino animal.Em Conversa de bois, as inter–relações entre homens e animais, e mesmo entre os animais,são figuras das relações observáveis no campo social, e analisar tais relações significa tratardas formas de relacionamento entre os vários atores que compõem o corpo social,relacionamento que somente pode ser compreendido se forem levados em consideração ospontos de vista desses vários atores. (BENEDETTI, 2008, p. 205-206)
Conversa de bois
A figura do boi Tubagy, de Sezão, tem em Sagarana seu correspondente nopensador Rodapião. Este é intelectualmente superior à sua espécie, porqueraciocina como homem. É um racional iluminista em busca incessante doconhecimento científico por intermédio do raciocínio analítico. Tanto Rodapiãoquanto Tubagy pretendem conduzir os outros bois para o rumo que acreditam ser omelhor, propagando sua escala própria de valores e atribuindo–lhe caráter denorma universal – prática herdada do Iluminismo. (BENEDETTI, 2008, p. 210)
Proposição de discussão: personagens
Personagens femininas em Sagarana:
(...) a maioria das figuras femininas de Sagarana está, de uma forma ou de outra,envolvida em questões amorosas de vários tipos. Esse envolvimento, porém, semostra muito diversificado. (...) essas mulheres poucas coisas têm em comum, a nãoser a obediência a uma regra geral, a de não terem participação efetiva nasatividades políticas ou no jogo de poder, o que é esperado em uma sociedadepatriarcal. A única exceção, que confirma essa regra, é a de Don’Ana do Janjão, deMinha Gente (...). A esquematização das personagens do autor é apenas aparente,(...) as mulheres submissas de Sagarana são a exceção e não a regra. (BENEDETTI,2008, pp. 76-77)
(PUC-SP) O conto Conversa de bois integra a obra Sagarana, de João Guimarães
Rosa. De seu enredo como um todo, pode afirmar-se que:
A) os animais justiceiros, puxando um carro, fazem uma viagem que começa com o
transporte de uma carga de rapadura e um defunto e termina com dois.
B) a viagem é tranqüila e nenhum incidente ocorre ao longo da jornada, nem com os
bois nem com os carreiros.
C) os bois conversam entre si e são compreendidos apenas por Tiãozinho, guia
mirim dos animais e que se torna cúmplice do episódio final da narrativa.
D) a presença do mítico-lendário se dá na figura da irara, “tão séria e moça e
graciosa, que se fosse mulher só se chamaria Risoleta” e que acompanha a viagem,
escondida, até à cidade.
E) a linguagem narrativa é objetiva e direta e, no limite, desprovida de poesia e de
sensações sonoras e coloridas.
Ler o conto “A hora e a vez de Augusto Matraga”
décima primeira aula
A hora e a vez de Augusto Matraga
A Hora e a vez de Augusto Matraga
Segundo a crítica é o conto mais bem acabado. Apresenta família patriarcal, sincretismo religioso,
violência. Local e particular se entrelaçam com o universal. O único conto do livro que apresenta
banditismo.
Walnice Nogueira Galvão fala em três etapas: pecado, penitência e redenção.
Na etapa denominada pecado, Nhô Augusto Estêves das Pindaíbas e do Saco-da-Embira. É fazendeiro,
libertino e valentão que de uma hora para outra vira pai de família sem família, proprietário sem
propriedade, comandante sem comando, pois perde a esposa Dionóra e a filha Mimita para Ovídio.
Além disso é atacado pelos capangas do major Consilva, juntamente com seus próprios jagunços.
Esta etapa termina quando, quase morto, lança-se do barranco para escapar da morte.
Penitência: moribundo, é tratado por um casal de negros velhos. Havia um bezerro morto no barranco que
fez juntar urubus, fazendo com que pensassem que ele havia morrido. Vai para o Tombador com sua nova
família. Como disse o padre esperava sua hora e sua vez. Levava uma vida de trabalho, bondade e
religiosidade por sete anos.
Redenção: Sai no mundo em busca de sua hora e sua vez.
Há opostos em tensão, homem que era acostumado à armas e valentia vivendo como um beato.
Há muito de predestinação no conto: ele simpatiza com o jagunço Joãozinho Bem-Bem, este e seu bando
não pretendiam ir ao Tombador, porém tiveram que fugir da maleita (malária ) e da bexiga (varíola).
Quando decide sair do Tombador, vai de burrinho, “um animalzinho assim meio sagrado, muito misturado
às passagens de Jesus Cristo”
Encontra o homem do bode, Matraga pode se ferir a “tragos”, em grego, o bode da tragédia . Também pode
vir do francês “”matraque” que significa porrete.
Reencontra com Joãozinho Bem-Bem no Rala-Côco que é perto do Murici de onde havia saído há sete
anos.
Joãozinho Bem-Bem queria vingar a morte de um de seus homens, um velho pediu piedade à sua família
em nome de Deus, Nhô Augusto pede que Joãozinho Bem-Bem reconsidere, os dois brigam por esse
motivo, ambos morrem e salvam a família.
O jagunço Joãozinho Bem-Bem era amigo de Franquilim de Albuquerque, é uma referência a um Coronel
baiano ligado à Revolução de 1930.
As duas questões a seguir referem-se ao seguinte trecho de Guimarães Rosa:
E desse modo ele se doeu no enxergão, muitos meses, porque os ossos tomavam tempo para se ajuntar,
e a fratura exposta criara bicheira. Mas os pretos cuidavam muito dele, não arrefecendo na dedicação.
– Se eu pudesse ao menos ter absolvição dos meus pecados!…
Então eles trouxeram, uma noite, muito à escondida, o padre que o confessou e conversou com ele, muito
tempo, dando-lhe conselhos que o faziam chorar.
– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado
mortal?
– Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o estribo do pé de arrependimento nenhum…
E por aí afora foi, com um sermão comprido, que acabou depondo o doente num desvencido torpor.
1. PUCCamp-SP. O trecho mostrado representa a seguinte possibilidade entre os caminhos da literatura
contemporânea:
a) ficção regionalista, em que se reelabora o gênero e se revaloriza um universo cultural localizado.
b) narrativa de cunho jornalístico, em que a linguagem comunicativa retoma e reinterpreta fatos da história
recente.
c) ficção de natureza politizante, em que se dramatizam as condições de classes entre os protagonistas.
d) prosa intimista, psicologizante, em que o narrador expõe e analisa os movimentos da consciência
reflexiva.
e) prosa de experimentação formal, em que a pesquisa linguística torna secundária a trama narrativa.
2. PUCCamp-SP. Liga-se a esse trecho de Guimarães Rosa a seguinte afirmação:
a) É um exemplo de crise da fala narrativa, dissolvendo-se a história num estilo indagador e metafísico.
b) É uma arte marcada pelo grotesco, pela deformação, que coloca em cena tipos humanos refinadamente
exóticos.
c) O autor recolheu lendas de interesse folclórico e as reconta de modo documental, isento e objetivo.
d) Um universo rude e um plano místico se cruzam com frequência em sua obra, fundindo-se um no outro.
e) A miséria arrasta as personagens para a desesperança, revelando-se ainda na pobreza de sua
expressão verbal.
PUCCamp-SP. Sobre “A hora e vez de Augusto Matraga”, é incorreto afirmar:
a) Depois de apanhar até quase morrer, Nhô Augusto passa a viver uma vida de penitências e duros
trabalhos, na tentativa de, pelo esforço do corpo, purificar a alma, comportamento típico de mártires e
santos.
b) Nhô Augusto volta a sentir a sedução da violência quando se depara com o bando de Seu Joãozinho
Bem-Bem, mas resiste, ainda que a duras penas, para não comprometer seu plano de salvação.
c) No duelo final com Seu Joãozinho Bem-Bem, percebe-se como, em determinados momentos, as
intenções e desejos mais egoístas podem se transformar em instrumentos de redenção do egoísmo e
doação de si mesmo: Nhô Augusto faz o bem (ao salvar a família do velho da vingança de Seu
Joãozinho Bem-Bem) – o que garantiria a salvação de sua alma – por meio da violência destruidora que
sempre o fascinou.
d) Os jagunços no conto de Guimarães Rosa são irracionais, arbitrários e praticam a violência única e
exclusivamente para satisfazer seus impulsos sanguinários.
e) A transformação de Nhô Augusto depois da surra pode ser interpretada como uma morte para a vida
de maldades e um renascimento para a vida devota e contrita. Neste sentido, pode ser compreendida
simbolicamente como parte de um rito de passagem, como o batismo cristão.
décima segunda aula
Devolutiva das Redações e Debate Final sobre a obra
SAGARANAde João Guimarães Rosa
Talvez mostrar entrevistas com o autor ou trechos de cartas
trocadas com os seus tradutores.
Referências:
Das questões de Vestibular:
https://www.passeiweb.com/preparacao/banco_de_questoes/portugues/sagarana
https://contossagarana.tumblr.com/post/153175708133/exerc%C3%ADcios
https://renataquartieri.com/vestibular-2/exercicios/sagarana-guimaraes-rosa/