saneamento ambiental: aspectos atuais da escassez de Água outubro/2005 universidade estadual de...
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SANEAMENTO AMBIENTAL: Aspectos Atuais da Escassez de
Água
OUTUBRO/2005
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENG. CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO
DEPARTAMENTO DE SANEAMENTO E AMBIENTE
Prof. Dr. EDSON AP. ABDUL NOUR ([email protected])
Desenvolvimento Sustentável
Pode ser definido como: "equilíbrio entre tecnologia e ambiente, relevando-se os diversos grupos sociais de uma nação e
também dos diferentes países na busca da equidade e justiça social".
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
Principais Atribuições
Conselhos - subsidiar a formulação da Política de Recursos Hídricos e dirimir conflitos.
MMA/SRH - formular a Política Nacional de Recursos Hídricos e subsidiar a formulação do Orçamento da União.
ANA - implementar o Sistema Nacional de Recursos Hídricos, outorgar e fiscalizar o uso de recursos hídricos de domínio da União.
Órgão Estadual - outorgar e fiscalizar o uso de recursos hídricos de domínio do Estado.
Comitê de Bacia - decidir sobre o Plano de Recursos Hídricos (quando, quanto e para que cobrar pelo uso de recursos hídricos).
Agência de Água - escritório técnico do comitê de Bacia.
Competência
Art. 12. À Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável compete propor políticas, normas e estratégias, e implementar estudos, visando a melhoria da relação entre o setor produtivo e o meio ambiente, relativos:
I - a contribuir para a formulação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável;
II - ao desenvolvimento de instrumentos econômicos para a proteção ambiental;
III - a contabilidade e a valoração econômica dos recursos naturais;
IV - aos incentivos econômicos fiscais e creditícios;
V - ao fomento ao desenvolvimento de tecnologias de proteção e de recuperação do meio ambiente e de redução dos impactos ambientais;
VI - ao estímulo à adoção pelas empresas de códigos voluntários de conduta, tecnologias ambientalmente adequadas e oportunidades de investimentos visando ao desenvolvimento sustentável;
VII - a promoção do ecoturismo
“ ….. São cerca de 250 litros (isto mesmo, 250 litros ou mais): banho, cuidados de higiene, comida, lavagem de louça e roupas, limpeza da casa, plantas e, claro, a água que se bebe. …….”
“ …….. Dá para viver sem água? Não dá. Então, a saída é fazer um uso racional deste recurso precioso. A água deve ser usada com responsabilidade e parcimônia. Para nós, consumidores, também significa mais dinheiro no bolso. A conta de água no final do mês será menor. O mais importante, no entanto, é termos a consciência de que estamos contribuindo, efetivamente, para reduzir os riscos de matarmos a nossa fonte de vida: a água. ………. “
Políticas para o desenvolvimento sustentável: trechos da página
www.mma.gov.br/port/sds/index.cfm
18.5 Propõem-se as seguintes áreas de programas para o setor de água doce:
(a) Desenvolvimento e manejo integrado dos recursos hídricos;
(b) Avaliação dos recursos hídricos;
(c) Proteção dos recursos hídricos, da qualidade da água e dos ecossistemas aquáticos;
(d) Abastecimento de água potável e saneamento;
(e) Água e desenvolvimento urbano sustentável;
(f) Água para produção sustentável de alimentos e desenvolvimento rural sustentável;
(g) Impactos da mudança do clima sobre os recursos hídricos.
AGENDA 21 - CAPÍTULO 18
PROTEÇÃO DA QUALIDADE E DO ABASTECIMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS: APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS
INTEGRADOS NO DESENVOLVIMENTO, MANEJO E USO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Site Oficial da Comissão de Desenvolvimento Sustentável - CDS da Organização das Nações
Unidas
http://www.un.org/esa/sustdev/csd/csd13/csd13.htm
Tempo para refletir
•Hoje, metade da população mundial (mais de 3 bilhões de pessoas) enfrenta problemas de abastecimento de água. Muitas fontes de água doce estão poluídas ou, simplesmente, secaram.
•Recife, capital de Pernambuco, em vários períodos do ano é submetida a um racionamento rigoroso, em outros, não tem água mesmo. O racionamento também já chegou à São Paulo, podendo atingir 3 milhões dos 10 milhões de habitantes da capital paulista.
•Segundo dados do BNDES (1998), 65 % das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão associadas à falta de saneamento básico.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
•Nos países em desenvolvimento, onde se enquadra o Brasil, estima-se que 80 % das doenças e mais de um das mortes estão associadas à utilização e consumo de águas contaminadas
•Especialistas acreditam que dentro de cerca de 20 anos, no máximo, uma crise semelhante à do petróleo (1973) relacionada com a disponibilidade de água de boa qualidade.
•Muitas pessoas atribuem o aumento da expectativa de vida da população mundial à medicina moderna. Na verdade esta melhora é muito mais fruto da prevenção de doenças, que se tornou possível por meio das medidas que são desenvolvidas quando da implantação de um programa de saneamento básico
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Tempo para refletir
Qualidade total
Qualidade biológica
Qualidade químicaQualidade física
Turbidez Gases dissolvidos
Constituintes inorgânicos
Constituintes orgânicos
Metais tóxicos
Ânions Câtions Sintéticos Naturais
Árvore da qualidade total da água (Engelen 1981, citado por Rebouças et al. 2002)
VARIAÇÕES DA QUANTIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS NATURAIS
Causas Naturais
• da quantidade e distribuição das precipitações
• do balanço de energia
• da geomorfologia
• da natureza e dimensão das formações geológicas
• da vegetação natural que cobre a área
• da interação das espécies
• variações sazonais
• catástrofes naturais
Causas Antrópicas
• locais
• regionais
• globais
CICLO DO USO DA ÁGUA
CICLO DO USO DA ÁGUA
CICLO DO USO DA ÁGUA
CICLO DO USO DA ÁGUA
CICLO DO USO DA ÁGUA
CICLO DO USO DA ÁGUA
CICLO DO USO DA ÁGUA
Tempo para refletir
CICLO HIDRÓLGICO
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA
AMBIENTE AQUÁTICO
CRESCIMENTO POPULACIONAL
1 - Rio Amazonas2 - Rio Solimões3 - Rio Negro4 - Rio Xingu5 - Rio Tapajós6 - Rio Jurema7 - Rio Madeira8 - Rio Purus9 - Rio Branco10 - Rio Juruá11 - Rio
Trombetas12 - Uatumã13 - Rio Mamoré
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA - BRASIL
Déficit hídrico
RegiãoRecursos Hídricos
Superfície População
Norte 68,50 45,30 6,98
Centro-oeste 15,70 18,80 6,41
Sul 6,50 6,80 15,05
Sudeste 6,00 10,80 42,65
Nordeste 3,30 18,30 28,91
Soma 100,00 100,00 100,00
Distribuição em % do total do país (Fonte DNAEE, 1992)
FEC257 - TECNOLOGIAS CONVENCIONAIS DE TRATAMETO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
Tabela 1.2: Consumo de água por região ou estado brasileiro.
Região – Estado Consumo (L/hab.dia) Região – Estado Consumo (L/hab.dia)
Norte 120,50 Centro Oeste 157,50
Sul 133,00 São Paulo 190,10
Sudeste 196,30 Acre 92,10
Nordeste 118,50 Distrito Federal 225,00
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000.
Tabela 1.1: Dados do consumo sanitário de água em alguns países.
Atividade Suíça EUA Colômbia São Paulo
Bacia sanitária 40% 40% 40% 5%
Banhos 37% 30% 15% 55%
Cozinha 6% 10% 10% 18%
Bebidas 5% --- --- ---
Lavagem de roupas 4% 15% --- 14%
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000.
Tabela 1.8: Esgotamento sanitário no Brasil.
Região – Estado Consumo de Água Volume Tratado % de Tratamento
Norte 2.468.238 27.527 1,12
Acre 73.222 0 0
Amazonas 896.185 0 0
Nordeste 7.892.876 1.248.595 15,82
Ceará 951.813 246.457 25,89
Pernambuco 1.554.881 162.565 10,46
Bahia 2.184.876 628.255 28,75
Sudeste 26.214.949 3.059.349 11,67
Minas Gerais 4.244.595 152.736 3,60
Rio de Janeiro 7.945.281 798.926 10,06
São Paulo 13.164.753 2.019.536 15,34
Região Metrop. de Campinas 703.521 50.150 7,13
Sul 5.103.209 463.476 9,08
Paraná 1.644.861 280.481 17,05
Santa Catarina 953.973 87.904 9,21
Rio Grande do Sul 2.504.375 95.091 3,80
Centro-Oeste 2.320.406 338.224 14,58
Brasília 504.027 161.537 32,05
Brasil 43.999.678 5.137.171 11,68
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000.
Tempo para refletir
Ocupação em área de preservação
Irrigação por pivô central
Ausência de mata ciliar
Assoreamento
Coleta de esgoto
Tratamento de esgoto
Tempo para refletir
TECNOLOGIAS PARA DISPONIBILIZAR ÁGUA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
• Tratamento de águas residuárias utilizando processos e sistemas adequados a cada realidade (situação)
• ETE descentralizadas
• tratamento de efluentes líquidos e sólidos gerados em área rural (agroindustriais e pequenos produtores)
• ETE utilizando processo anaeróbio e aeróbio de forma conjugada no tratamento secundário de efluentes líquidos
• ETE utilizando processo químico como pré e pós tratamento de reatores biológicos no tratamento de efluentes líquidos (tratamento terciário)
• etc.........
TECNOLOGIAS PARA DISPONIBILIZAR ÁGUA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O reaproveitamento ou reúso da água é o processo pelo qual a água, tratada ou não, é reutilizada para o mesmo ou outro fim. Essa reutilização pode ser direta ou indireta, decorrentes de ações planejadas ou não.
- Reúso indireto não planejado da água: sujeita às ações naturais do ciclo hidrológico (diluição, autodepuração).
- Reúso indireto planejado da água: pressupõe que exista também um controle sobre as eventuais novas descargas de efluentes
- Reúso direto planejado das águas: caso com maior ocorrência, destinando-se a uso em indústria ou irrigação.
- Reciclagem de água: é o reúso interno da água, antes de sua descarga em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposição.
REÚSO DA ÁGUA
TECNOLOGIAS PARA DISPONIBILIZAR ÁGUA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O reaproveitamento ou aproveitamento de águas de chuva (pluviais) tem sido nos últimos anos um tema recorrente de grande importância tanto para controle de cheias em áreas urbanas como suprimento de água potável tanto em áreas carentes rurais como urbanas.
- Falta de indicadores de qualidade de água
- Necessidade de um estudo criterioso para se determinar a demanda versus disponibilidade.
- Fonte importante de água para todos os fins:
mais nobre em regiões desprovidas de fontes de boa qualidade
menos nobre em regiões onde se deseja equilibrar o deficit hídrico no consumo de água
ÁGUAS PLUVIAIS
TRANSPOSIÇÃO DE BACIAS
TECNOLOGIAS PARA DISPONIBILIZAR ÁGUA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
TECNOLOGIAS PARA DISPONIBILIZAR ÁGUA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Gestão do SUPRIMENTO e da DEMANDA:
• Gestão do Suprimento de água: inclui políticas e ações destinadas a identificar, desenvolver e explorar de forma mais eficiente novas fontes de água. Contempla políticas e ações relativas à quantidade e qualidade da água desde a sua captação, tratamento e o sistema de distribuição.
• Gestão da Demanda de água: inlcui os mecanismos de conservação da água e eficiência de seu uso, controlando e minimizando o desperdício (perda de água)
O nível de importância das gestões vai depender do nível de desenvolvimento do país (capacitação técnica em todos os níveis)
e do grau de escassez de água
Tempo para refletir
MUITO OBRIGADO