saúde mental de trabalhadores vítimas de assédio moral · do assédio moral para a saúde mental...
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ISSN 1646-6977 Documento publicado em 29.04.2018
Daniella Teixeira do Nascimento 1 facebook.com/psicologia.pt
SAÚDE MENTAL DE TRABALHADORES
VÍTIMAS DE ASSÉDIO MORAL
2018
Daniella Teixeira do Nascimento
Estudante de Bacharelado de Psicologia do Centro Universitário Jorge Amado (Brasil)
E-mail de contato:
RESUMO
O assédio moral no trabalho, situação de violência psicológica extrema, favorece o
sofrimento psíquico, podendo levar ao adoecimento físico e/ou mental do trabalhador vítima. É
uma prática que tem o propósito incessante de desqualificar, humilhar, diminuir e constranger a
vítima. Este trabalho tem por objetivo analisar estudos empíricos sobre a saúde mental de
trabalhadores que são vítimas do assédio moral, buscando estabelecer relações entre os efeitos para
as vítimas e as categorias de trabalho que aparecem nos estudos, além da prevalência entre gêneros.
O delineamento da pesquisa é a revisão sistemática de literatura, para a qual foram selecionados
14 artigos. A categoria trabalhista que mais prevalece nos estudos sobre os efeitos do assédio moral
para a saúde mental do trabalhador é a de enfermeiros, e/ou técnicos de enfermagem e as mulheres
são as maiores vítimas do fenômeno. O assédio moral pode trazer as mais diversas consequências
para as vítimas, que vão desde a depressão, ansiedade, distúrbios do sono e digestivos, chegando,
em casos extremos, ao suicídio.
Palavras-chave: Assédio moral, saúde, trabalhador.
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1. INTRODUÇÃO
Nas sociedades capitalistas, o trabalho é representado por condições dualistas como
realização e insatisfação, construção da identidade e transformação do potencial humano em
valores de troca, manifestação e omissão da criatividade. Assim, as atividades laborais tanto podem
ser meio de progresso quanto fator determinante para problemas de saúde, dependendo da maneira
que essas atividades são realizadas (CODO; SAMPAIO, 1995). Nesse sentido, a prática do assédio
moral no trabalho, situação de violência psicológica extrema, favorece o sofrimento psíquico,
podendo levar ao adoecimento físico e/ou mental desse trabalhador (SOBOLL, 2014).
O assédio moral é um conjunto de atos hostis, que ocorre de forma constante e prolongada
(SOBOLL, 2008/2014). Ações abusivas direcionadas a outra pessoa por meio de comportamentos,
palavras, gestos ou atitude (HIRIGOYEN, 2010). Tem o propósito incessante de desqualificar
(HELOANI, 2005), humilhar, diminuir e constranger a vítima (FREITAS, 2007), atentando contra
a sua integridade física ou psíquica (HIRIGOYEN, 2010).
Para Hirigoyen (2010), o caráter repetitivo da ação dos ataques é um dos pontos cruciais a
ser considerado na identificação de uma situação envolvendo assédio moral. A autora destaca que
a gravidade não está nos ataques isolados. A constância e repetição dos atos de violência constitui
a agressão e produz um efeito traumático. Desse modo, a escritora chama a atenção para o cuidado
em não julgar agressões pontuais, situações de estresse, pressão no trabalho, de desentendimento
ou mesmo conflito velado, como assédio moral.
No que se refere à direção dos ataques, de acordo com sua origem, o assédio moral pode ser
identificado como assédio moral vertical (descendente e ascendente), assédio moral horizontal e
assédio moral misto. O assédio moral descendente ocorre a partir de ações de um funcionário de
nível mais elevado na escala hierárquica contra seus subordinados. No assédio moral ascendente,
modalidade mais rara, a perseguição parte dos subordinados contra um superior hierárquico, em
geral, nessa modalidade, o assédio acontece em grupos (SOBOLL; GOSDAL, 2009). O assédio
moral horizontal ocorre entre trabalhadores de mesmo nível de hierarquia e no assédio misto
pessoas de diversas hierarquias se unem para assediar um funcionário. (SOBOLL; GOSDAL,
2009).
As práticas de assédio moral podem decorrer tanto de relações interpessoais quanto do
incentivo ou tolerância das organizações. Nessa perspectiva, o fenômeno do assédio moral pode
ser classificado em interpessoal e organizacional (SOBOLL; GOSDAL, 2009).
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O conceito de assédio moral interpessoal (de pessoa para pessoa) coincide com a própria
definição de assédio moral (SOBOLL, 2014) e tem por característica ações constantes de
humilhação, destruição da identidade e isolamento, de modo a causar dano a uma ou algumas
pessoas específicas. (SOBOLL; GOSDAL, 2009). O uso do termo assédio moral é mais indicado
para representar situações que envolvem pessoalidade e má-intencionalidade (SOBOLL, 2008).
Já o assédio moral organizacional refere-se às relações entre o indivíduo e a organização ou
administração da empresa (SOBOLL, 2014). A instituição adota práticas de assédio como
estratégia de administração, de redução de gastos e/ou, para estimular o aumento da produção ou
ter mais controle sobre os funcionários (SOBOLL; GOSDAL, 2009). Nessa modalidade, o alvo é
generalizado e formado pela maioria ou toda equipe de trabalho, liderados para atingir um objetivo
ou meta da corporação (SOBOLL, 2014).
Contudo, Soboll e Gosdal (2009) destacam que, mesmo os casos de assédio que são
estritamente interpessoais, costumam se desenvolver por responsabilidade da empresa, que ao agir
de modo negligente ou de estímulo a tais práticas, colabora para que o fenômeno perdure. Heloani
(2005) afirma que quando as práticas organizacionais encorajam uma dose de perversão moral,
chega-se facilmente a um processo de assédio moral. No que diz respeito aos contextos que mais
favorecem a ocorrência do assédio moral, Hirigoyen (2010) assinala que apesar de não haver um
modelo de perfil psicológico para as vítimas, há sem dúvidas contextos em que as condutas
classificadas como assédio se desenvolvem mais facilmente. Cenários em que predominam um alto
nível de estresse e desorganização, instituições que ocultam práticas perversas individuais e que
utilizam da perversão em suas práticas de gestão.
Para Soboll e Gosdal (2009), ambientes de precarização do trabalho, que intensificam o
individualismo e a falta de solidariedade, colaboram para a ocorrência do assédio moral no
trabalho. Cenários em que a competição é exagerada, lugares onde a cultura e clima
organizacionais fortalecem as relações entre os indivíduos de forma desrespeitosa, apresentam-se
como contextos que favoráveis à prática (FREITAS, 2007). Relações laborais que ocorrem de
forma extremamente competitiva, consumista, sem respeito ao fazer do outro (BARRETTO;
HELOANI, 2015). Um local que promove relações de solidariedade e reconhecimento do outro
não permite condutas abusivas e hostis, assédio moral e sexual, bem como outras práticas de
violência no trabalho (SOBOLL; GOSDAL, 2009).
No que se refere às consequências do assédio moral no trabalho, Freitas (2007) advoga que
o fenômeno provoca danos de grandes proporções para a vida do trabalhador, por estar relacionado
ao mesmo tempo com fatores do âmbito individual, social e organizacional desse indivíduo. Soboll
e Gosdal (2009) consideram que o assédio moral não é um evento relacionado a vítimas e
agressores apenas. O assédio moral é um tema amplo e que desperta interesse de estudo por
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diversas áreas, dentre elas a psicologia, que busca explorar em suas pesquisas os possíveis impactos
do assédio moral para a saúde mental dos trabalhadores.
Hirigoyen (2010), ao abordar as consequências específicas do processo de assédio moral,
cita fatores como depressão, distúrbios psicossomáticos, vergonha e humilhação, perda do sentido
e modificações psíquicas. Freitas (2007) aponta que pesquisas realizadas no Brasil e na Europa
trazem como resultados altos índices de problemas relacionados às tentativas de suicídio, depressão
e pensamentos de autodestruição entre as vítimas do assédio moral.
Na atualidade, a discussão sobre assédio moral vem ganhando destaque, uma vez que o
fenômeno se intensifica e cresce cada vez mais nos cenários de trabalho onde as relações são
permeadas pela falta de respeito, que favorecem as práticas de violência contra o empregado. Ante
o exposto e pela relevância do tema para a sociedade, refletiu-se acerca da necessidade de
desenvolver esse estudo, cujo direcionamento está voltado para as seguintes questões norteadoras:
Em que categoria de trabalho é maior a incidência do assédio? As situações de violência moral
ocorrem de forma igual entre os gêneros? Quais são as consequências negativas para a saúde física
e psíquica que mais aparecem nas pesquisas? A que categorias de trabalho estão mais relacionadas?
Sendo o assédio moral uma violência extrema, e, portanto, em muitos casos, difícil de se abordar,
pois podem trazer à tona sensações desagradáveis, quais os critérios de inclusão e a forma de acesso
aos participantes que as pesquisas utilizam? Buscando responder a tais questionamentos, elaborou-
se esse estudo que tem por objetivo analisar as produções científicas sobre a saúde mental de
trabalhadores que são vítimas do assédio moral, buscando estabelecer relações entre os efeitos para
a vítima e as categorias de trabalho que aparecem nos estudos.
O trabalho não é apenas uma maneira de subsistência para o ser humano. É, antes de tudo,
produtor de sentido e significado para a vida das pessoas. A motivação para a escolha do tema está
ligada às práticas de Estágio Supervisionado Profissionalizante em Psicologia das Organizações,
já que uma das atribuições do psicólogo é agir promovendo saúde e bem-estar, nesse caso, no
ambiente laboral. Dessa forma, é de suma importância, conhecer mais sobre essa temática crescente
no mundo do trabalho, de modo a poder desenvolver estratégias de combate, prevenção e
conscientização contra esse fenômeno que pode provocar danos graves à saúde das suas vítimas.
Este trabalho possui uma estrutura dividida em: introdução, composta pelo conceito de
assédio moral, as características do fenômeno, os tipos, os fatores que contribuem para a ocorrência
e as consequências para a vida do trabalhador; além da justificativa e o objetivo da pesquisa. Logo
em seguida, o percurso metodológico que explica o processo de construção do estudo, a análise e
discussão dos dados retirados dos artigos selecionados para a produção, e por fim, as considerações
finais.
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2. MÉTODO
Essa pesquisa foi desenvolvida no modelo de delineamento denominado revisão sistemática
de literatura. A procura dos artigos ocorreu através da consulta às bases de dados da Scientific
Eletronic Library Only (SciELO) Brasil, Portugal e Espanha, Periódicos Eletrônicos de Psicologia
(PePSIC), Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Red de Revistas
Científicas da América Latina Y el Caribe, Espanha e Portugal (REDALYC) e da Base de Dados
EBSCO, nos meses de julho e agosto de 2017.
Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: assédio, moral, saúde e trabalhador. Os termos
assédio AND moral, assédio AND saúde, assédio AND trabalhador foram cruzados entre si, com
o objetivo de delimitar a pesquisa às produções que apresentassem os descritores selecionados.
Para definição da amostra estudada, adotou-se os critérios de inclusão: delimitação temporal
(publicações entre 2006 e 2017), artigos em versão completa disponível digitalmente, publicado
em língua portuguesa ou espanhola e referentes a pesquisas empíricas. Foram excluídos artigos de
revisão de literatura, bem como estudos que, ao analisar os resumos notou-se que não abordavam
acerca da temática proposta. Assim, na base da SciELO foram encontrados 38 artigos, na PePSIC
17 pesquisas, 47 produções na LILACS, 36 artigos na Base de Dados EBSCO, totalizando 196
estudos sobre a temática assédio moral. Inicialmente foram retirados 86 artigos com repetição e 18
estudos após análise dos títulos. Em seguida, ao fazer a leitura dos resumos, excluiu-se 71
produções. Por fim, depois da verificação dos resultados, eliminou-se 7 trabalhos, restando 14
artigos para estudo, conforme tabela abaixo:
Tabela 1 – Identificação e seleção dos artigos para revisão sistemática sobre a saúde mental de
trabalhadores vítimas de assédio moral
Bases de dados SciELO PePSIC LILACS REDALYC Base de dados
EBSCO TOTAL
Quantidade de
artigos 38 17 47 58 36 196
Artigos repetidos Excluídos após leitura dos títulos Excluídos após leitura dos resumos Excluídos após leitura dos
resultados
86 18 71 7
Total de artigos selecionados para estudo
14
Fonte: Base de dados consultadas para a seleção do material a ser analisado
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise dos principais instrumentos utilizados nas produções ocorreu por meio da
elaboração de um quadro contendo as seguintes informações: título do artigo, autor, ano de
publicação, a abordagem utilizada, meio de coleta de dados, o tipo de estudo e a técnica de análise
de dados, conforme apresentado no quadro 1:
QUADRO 1 – Principais instrumentos utilizados na elaboração e produção dos artigos
Fonte: Elaborado pela autora com dados extraídos dos artigos
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Os estudos mostram prevalência da abordagem qualitativa, modalidade utilizada nas
pesquisas em que a coleta de dados é feita por meio de interações sociais, em que o pesquisador
analisa de forma subjetiva, tipo de pesquisa que se preocupa com o fenômeno, que é a interpretação
particular do fato (MARTINS; BICUDO, 1989 apud APPOLINÁRIO, 2011). O tipo de estudo
que mais aparece nos artigos é o exploratório, que tem por objetivo aumentar a compreensão de
um fenômeno ainda pouco conhecido ou de uma pesquisa que apresente um problema ainda pouco
delineado (APPOLINÁRIO, 2011) e a entrevista semiestruturada foi identificada como meio de
coleta de dados mais utilizado. No que diz respeito à técnica de análise dos resultados dos artigos,
nota-se a prevalência de artigos que utilizaram a análise de conteúdo, na qual os elementos da
comunicação são identificados, numerados e categorizados, sendo analisados posteriormente de
acordo com uma teoria específica. Com relação ao ano, 2012 aparece com o maior número de
publicações, a produção mais antiga é de 2008, sendo que não foram encontradas publicações que
se enquadrem nos critérios de inclusão referentes aos anos de 2006 e 2007. As duas publicações
mais atuais correspondem ao ano de 2017, o que demonstra a relevância e constantes atualizações
sobre a temática. Os artigos (NUNES; TOLFO, 2015) e (NUNES; TOLFO, 2012) pertencem aos
mesmos autores e possuem semelhanças com relação ao público alvo da pesquisa, ao tipo de estudo
escolhido, ao meio de coleta de dados e à técnica de análise do conteúdo, diferenciando-se apenas
com relação ao tamanho da amostra a ser estudada.
O método de seleção dos participantes ocorreu, em sua maioria, através do estabelecimento
dos critérios de inclusão que atribuíam características para a participação da população a ser
estudada, conforme consta no quadro 2:
Os artigos (NUNES; TOLFO, 2015 e NUNES; TOLFO, 2012) utilizaram do envio de
questionários por e-mail e comunicação através dos sindicatos, além de entrevistas com
participantes que se disponibilizaram a participar da pesquisa, aspecto que merece destaque, já que
o número de participantes da entrevista foi significativamente menor. Dessa forma, uma pergunta
que pode ser feita é se essa quantidade mínima pode estar ligada ao fato do desconforto em falar
sobre o fenômeno, já que provoca na vítima diversas sensações desagradáveis.
Outra observação que merece destaque é que dentre os estudos, o que diz respeito ao artigo
(JACOBY, 2019), os dois participantes se propuseram a participar do estudo por se considerarem
vítimas de assédio moral, o que vai de encontro à hipótese levantada anteriormente sobre a evitação
em falar sobre o assédio moral por ser algo desagradável. Os estudos qualitativos ocorreram com
um número pequeno de participantes, podendo-se atribuir essa pequena amostra à escolha do tipo
de estudo, que analisa o fenômeno de forma subjetiva. Uma das técnicas utilizadas foi o de “bola
de neve” (artigo ANTUNES; CARLOTTO; STREY, 2012), feito com populações escondidas ou
de difícil acesso.
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QUADRO 2 – Método de seleção dos participantes para estudo
Fonte: Elaborado pela autora com dados extraídos dos artigos
Código METODO DE SELEÇÃO DOS PARTICIPANTES
1
Através de critérios de inclusão: ser enfermeiro atuante no Hospital durante a realização da coleta de
dados, isto é, não estar na viência de licença médica, férias ou outros afastamentos; possuir, no
minimo três anos de serviços prestados no hospital; e ter vivenciado o assédio moral no ambinete de
trabalho nos últimos três anos.
2Não aleatorio. Todos agentes comunitários de São Luis foram convidados. Os que compareceram
participaram do estudo.
3 Amostragem por redes Número de participantes foi condicionado pela saturação da informação.
4
Seleção por critérios: Atuar há, pelo menos, um ano na referida unidade; estar em atividade
profissional durante o período da coleta de dados e ter disponibilidade e interesse em participar da
pesquisa.
5
Amostragem não probalística. Amostra eleita por acessibilidade. Critérios de inclusão: estar exercendo
atividades no distrito sanitário referenciado, no momento da coleta de dados apresentar no minimo,
seis meses de atuação proffissional; aceitar participar da pesquisa.
6Divulgação de questionário on-line por e-mail e também por comunicação dos sindicatos de cada
classe. Entrevista com os sujeitos que se disponibilizaram ao responderem o questionário.
7
Trabalhadores que buscavam recolocação no mercado de trabalho por meio de uma agência de
emprego, situada em uma cidade da região metropolitana de Porto Alegre. Critérios de inclusão: ter
vivenciado, por mais de seis meses, situações consideradas, por eles, como assédio moral.
8
Técnica de amostragem "bola de neve". Usado em estudos qualitativos em populações escondidas
ou de difícil acesso. O acesso a tais populações requer o conhecimento de pessoas que possam
localizar indivíduos de interesse da pesquisa. Contato inicial via telefone e entrevistas agendadas em
local que mais lhes conviesse.
9
Respondentes de questionário on-line divulgado por e-mail or um setor de divulgação da organização,
da instituição, comunicação pelos sindicatos de cada classe e tambbém por mensagens encaminhadas
pelos pesquisadores.
10Técnica de indicações sucessivas entre os participantes (bola de neve), em que para cada
entrevistado peguntava-se se poderia indicar algum conhecido para participar da pesquisa.
11Operários acometidos por LER/DORT que voltaram ao trabalho, que estavam em tratamento,
pertencentes a uma mesma empresa do ramo calçadista.
12 Participação voluntária e anônima.
13Os participantes se propuseram a participar do estudo, porque consideravam estar sendo vítimas de
alguma situação de assédio moral.
14
Processo de amostragem em três tempos. Os estabelecimentos de saúde foram estratifcados em
grupos. Para estes grupos , calculou-se o numero de profissionais de saúde de cada estabelecimento
e dividu--se em três grupos. A distribuição da amostra foi feita da seguinte maneira: cada
estabelecmento enviou uma lista de trabalhadores, incluindo o local de trabalho e a categoria
profissional.
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No que diz respeito aos dados sociodemográficos, a análise foi feita utilizando os critérios:
gênero dos participantes, categoria de trabalho/ função, tipo de empresa, segmento de atuação e o
local em que os estudos foram realizados, conforme apresentado mais adiante, no quadro 3.
QUADRO 3 – Dados sociodemográficos dos artigos selecionados para estudo.
Fonte: Elaborado pela autora com dados extraídos dos artigos
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O sexo feminino aparece em maior número nos resultados dos estudos sobre vítimas de
assédio moral, com destaque para os artigos (MESQUITA, 2017), (SILVA et al, 2015), e
(XAVIER et al, 2008) que apresentam uma diferença significativa no que diz respeito à violência
ao gênero. Na produção de (ANTUNES; CARLOTTO; STREY, 2012) o total da população
pesquisada é de mulheres. Ao falar dos resultados de seus estudos, Hirigoyen (2010) cita que há
uma grande diferença entre a distribuição dos sexos em relação à ocorrência de assédio: 70% de
mulheres contra 30% de homens. Segundo a autora, o resultado de sua pesquisa está de acordo
com o trabalho de Dr. Chiaroni, realizada na região de PACA (Provença-Alves-Costa Azul) com
auxílio de médicos do trabalho, que apresentou o resultado de 73% de mulheres. Já Béatrice Seiler
e a associação Mots pour Maux au Travail, em Estrasburgo, encontraram resultados diferentes em
seus estudos: 43,5% de mulheres assediadas contra 56,5% dos homens. Assim como os trabalhos
de Heinz Leymann, na Suécia, com os resultados de 55% para as mulheres e 45% para homens, o
que não constitui um afastamento significativo no que diz respeito ao ponto de vista estatístico.
Dessa forma, atribui tais porcentagens ao contexto sociocultural em que, nos países latinos, o
machismo impera e na Alemanha e países Escadinavos há uma preocupação com a igualdade de
oportunidades entre ambos os sexos. Na América Latina e em países como a Itália e Espanha,
muitos homens acreditam que a cada mulher que trabalha é responsável por desempregar um
homem. (HIRIGOYEN, 2010).
Entretanto, diferente do que foi exposto anteriormente com dados da literatura, o artigo
(SILVA; OLIVEIRA; SOUZA, 2011), em que a população de estudo refere-se a operários de uma
fábrica em Campina Grande, apresenta em seus resultados o sexo masculino tendo o maior número
de vítimas do assédio moral. O equivalente a 80% dos entrevistados homens e 20% de mulheres.
Uma pergunta que pode ser feita é se esse resultado é proveniente de uma maior contratação do
sexo masculino, já que o tipo de trabalho requer uma força braçal e a empresa pode realizar uma
divisão do trabalho por gênero. Também, no artigo (VERGEL; RODRIGUEZ, 2011) os homens
aparecem como maiores vítimas. Porém, não há um afastamento significativo, já que os resultados
são de 54% homens e 46% mulheres.
Segundo Coutinho, [200?], em publicação no site da OIT (Organização Internacional do
Trabalho), as mulheres são as maiores vítimas do assédio moral por conta das relações de gênero
presentes no mundo do trabalho. Relação de desigualdade e constante desvalorização. Para
Hirigoyen (2010), o sexo feminino está mais sujeito às situações de assédio e sua ocorrência
acontece de maneira diferente dos homens. Muitas situações onde as mulheres são vítimas ocorrem
de forma machista ou sexista, sendo, portanto, o assédio sexual uma evolução do assédio moral.
Os dois fenômenos têm por característica a humilhação e pensamento de que o outro é um objeto
disponível. A intenção na humilhação é atingir o íntimo e isso também acontece quando se trata de
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sexo. A agressão perdura quando é quase imperceptível e uma atmosfera sexista e hostil é muito
difícil de vir à tona.
Com relação ao tipo de empresa, o setor público se destaca como o que mais aparece nas
pesquisas sobre assédio moral. Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público (2016), na
administração pública, algumas características tornam o ambiente mais propício à ocorrência de
assédio moral, tais como: a existência de uma estrutura hierarquizada, o excesso de burocracia,
falta de compromisso, alta competitividade e a existência de uma regulamentação insuficiente. A
Comissão de Combate ao Assédio Moral (2008) destaca o seguinte: já que não possuem o poder
de demitir, os chefes, que muitas vezes não são nomeados por competência, e sim por relações de
parentesco ou amizade, perseguem, humilham e sobrecarregam o trabalhador com tarefas sem
utilidade.
A categoria trabalhista que mais prevalece nos estudos é a de enfermeiros, e/ou técnicos de
enfermagem. Leite (2012) aponta que na área da enfermagem algumas condições e características
favorecem a ocorrência do assédio moral: longas jornadas, turnos desgastantes de trabalho, riscos
de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, multiplicidade e funções acumuladas, além do
controle por parte das chefias, dentre outras. Diferentemente do resultado desses estudos, o
Sindicato dos Bancários e Financiários do Estado de São Paulo, Osasco e Região [200?] advoga
que os bancários estão entre as principais vítimas de assédio moral, já que há uma constante pressão
dos bancos no cumprimento de metas abusivas e produtividade. Situações que ocorre com a metade
dos brasileiros que trabalham em bancos. Citando pesquisa feita em 2006 pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), tem-se por resultado que cerca
de 40% dos bancários já sofreram assédio moral no trabalho, problema que tem refletido na saúde
dos empregados. De acordo com o Ministério Publico do Trabalho (2013), a evolução para um
patamar de imediatidade, que permite rapidez das transações financeiras, trouxe aos correntistas a
circulação de riquezas e, para os bancários, exigências no incremento de suas funções.
O setor bancário possui algumas características que propiciam a ocorrência de assédio moral.
São elas: estrutura hierarquizada, forte pressão por metas, metas impostas que não consideram a
situação econômica conjutural/estrutural, a baixa importância para a empresa da relação
profissional/cliente, tratamento hostil que funcionários convalescentes recebem de gestores e de
colegas, dentre outras (MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, 2013).
No que se refere ao local, a Paraíba é o estado que mais aparece nas pesquisas. Há também
uma publicação de estudo no estado do Ceará e uma no Maranhão, destacando dessa forma, o
Nordeste como a região que aparece com o maior número de publicações. Vale pontuar que duas
pesquisas são de publicações de países da Europa (Espanha e Portugal).
Os principais dados dos resultados encontrados nos estudos foram categorizados por eixos
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temáticos e divididos em consequências psicossomáticas e consequências psíquicas, conforme
apresentado no quadro 4 mais adiante.
QUADRO 4 – Resultados dos estudos da relação assédio moral e saúde mental divididos por eixos
temáticos
Fonte: Elaborado pela autora com dados extraídos dos artigos
Nos estudos de Hirigoyen (2010), os distúrbios psicossomáticos foram encontrados em 52%
dos casos. A autora aborda que esses transtornos, após algum tempo de assédio, passam quase
sempre ao primeiro plano, seu desenvolvimento é impressionante e acontece de forma
impressionante e grave. “O corpo registra a agressão antes do cérebro, que se recusa a enxergar o
que não entendeu. Mais tarde, o corpo acusará o traumatismo, e os sintomas correm o risco de
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prosseguir sob a forma de estresse pós-traumático” (p.161). Assim, ocorrem em forma de
distúrbios digestivos (gastrites, colites, úlceras, de estômago), emagrecimentos intensos ou então
aumento de peso de forma muito rápida, distúrbios endocrinológicos (problemas de tireoide,
menstruais), vertigens, doenças de pele, indisposições, hipertensão arterial descontrolada, mesmo
sobre tratamento. Os resultados dos artigos analisados mostram a prevalência de problemas
relacionados a distúrbios do sono/insônia em enfermeiros, em servidores docentes técnico-
administrativos e em vendedores. Já as perturbações relacionadas ao aparelho digestivo (vômitos,
úlceras nervosas, problemas estomacais) também estão mais relacionadas aos profissionais de
enfermagem (TEIXEIRA; FERREIRA; BORGES, 2016 e ANDRADE et al., 2015), bem como aos
vendedores (ANTUNES; CARLOTTO; STREY, 2012) e JACOBY, 2009). As consequências
como fadiga, cansaço extremo e estafa, nos estudos, aparecem relacionados apenas aos enfermeiros
e servidores docentes e servidores técnicos administrativos. As dores de cabeça apareceram nos
estudos (NUNES; TOLFO, 2015) e (NUNES; TOLFO, 2012), ambos referentes aos servidores
docentes, assim como as dores musculares, aumento de peso e dores no peito. A pneumonia surgiu
como problema de saúde para vendedor e advogado (JACOBY, 2009).
No que diz respeito às desordens psíquicas, a depressão prevalece nos resultados dos estudos
(HAGOPIAN; FREITAS; BAPTISTA, 2017), (ANDRADE et al., 2015), NUNES; TOLFO, 2015),
(SCUR; CARLOTTO, 2012), (ANTUNES; CARLOTTO; STREY, 2012), (NUNES; TOLFO,
2012), (SOARES; VILLELA, 2012) e (JACOBY, 2009). Para Hirigoyen (2010), nos casos em que
o assédio moral se prolonga por mais tempo, pode haver a permanência de um estado depressivo
mais forte. É importante que se esteja atento aos estados depressivos, pois há grave risco de
suicídio. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (2009), o
trabalhador humilhado desenvolve depressão, angústia, conflitos internos, dentre outros, já que a
humilhação apresenta-se como uma das formas mais poderosas de violência sutil nas organizações.
A ansiedade aparece nos artigos em que o público alvo é composto por agentes comunitários
de saúde, enfermeiros, servidores docentes e servidores técnicos administrativos (MESQUITA,
2017), (SILVA, 2015), (NUNES; TOLFO, 2012) e (JACOBY, 2009). O estresse está presente nas
pesquisas com agentes comunitários de saúde, enfermeiros, técnico auxiliar administrativo, técnico
em equipamentos, secretária executiva, gerência, auxiliar de Rh, estagiária de arquitetura. Aspectos
como sofrimento mental, sofrimento e medo e memórias perturbadoras apareceram nos agentes
comunitários de saúde, operários e profissionais de saúde, respectivamente.
Voltando à questão da relação de acordo com o gênero, o Sindicato dos Trabalhadores no
Serviço Público Estadual do Ceará (2009) aborda que quando humilhado o trabalhador passa a
vivenciar depressão, angústia, distúrbios relacionados ao sono, sentimentos confusos, além de
conflitos internos. Independentemente do sexo, as relações são a base do ser humano, porém nas
situações de constrangimento e humilhação as manifestações ocorrem de forma diferenciada. As
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mulheres são mais humilhadas e expressam a indignação com choro, tristeza e ressentimento. Os
homens se revoltam, se sentem desonrados e com vontade de vingar-se; isolam-se da família e
amigos passando a conviver com depressão, distúrbios do sono, tremores, palpitações, hipertensão,
dores generalizadas, alteração da libido, dentre outras.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O assédio moral é tema que vem sendo estudado há décadas e cada vez mais possui
notoriedade e debates sobre sua ocorrência nas organizações. O fenômeno é considerado uma
violência sutil, muitas vezes silenciosa e invisível, embora suas consequências e efeitos possam
ser severos a ponto de degradar o clima e as condições de trabalho da vítima, bem como levar ao
adoecimento físico e/ou mental desse trabalhador,
Este trabalho é uma revisão sistemática de literatura, que teve por objetivo fazer um
mapeamento sobre as relações existentes entre o assédio moral e as classes de trabalho encontradas
nos estudos, bem como analisar a incidência do fenômeno sobre as categorias de gênero dos
participantes. Nota-se que o assédio moral está bastante presente nos contextos dos profissionais
de saúde, sobretudo os da área de enfermagem, grupo com maior número em pesquisas sobre o
tema. Porém, vale ressaltar, que alguns órgãos representantes dos direitos dos trabalhadores,
defendem que os bancários são a categoria que mais sofre assédio no trabalho. Dessa forma, nota-
se a necessidade de mais estudos voltados à classe bancária, de modo esclarecer como essas
relações se estruturam e os meios para prevenção e combate.
Nesse sentido, o papel do Psicólogo Organizacional é de grande importância, já que pode
atuar sobre os problemas ligados à gestão de Recursos Humanos e relações interpessoais entre os
colaboradores e gestores, além de promover ações constantes de educação dos líderes e dos
trabalhadores, campanhas de divulgação, de modo a revelar e prevenir o fenômeno. Assim, esse
profissional tem a função de difundir normas de adequado comportamento social na organização
por meio da criação de grupos de discussão e a capacitação dos profissionais responsáveis pela
área de recursos humanos.
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