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O mês de novembro reporta-nos ao Dia dos Mortos, ou Dia de Finados, instituído pela Igreja C atólica, para a celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. Daí poderemos fazer alguns questionamentos. Este dia é para os chama-dos mortos, que deixaram a matéria e seguem além-túmulo? Ou para os mortos-vivos que continuam nesta vida terrena?

Sim, porque para aqueles que se foram, guardamos nossos mais expressivos sen-timentos, muitas vezes discordamos de suas atitudes, sendo mesmo intransigentes para com eles, mas depois da morte vem o arrependimento e nos declaramos viven-do em perfeita harmonia com o desencarnado.

E o que falar dos mortos-vivos, ou aqueles que somente vivem a vida animal? C ria-turas que reencarnam pensando que vieram passar férias nesta escola abençoada chamada Terra, que não se preocupam com sua evolução espiritual e acham que esta oportunidade que tiveram é para ser vivida aproveitando o máximo, não importando a quem prejudiquem. A morte de um homem começa quando ele desiste de aprender.

Sabemos que não nos preparamos devidamente para esta transição (morte). S im, porque a chamada morte não é mais que uma mudança de plano de vida, não é ba-nho milagroso que converta maus em bons e ignorantes em sábios, de um instante para outro.

Para nós, espíritas, que acreditamos na reencarnação, devemos ter a certeza de que nos reencontraremos com nossos entes amados, após nosso regresso à vida espiritual, nossa pátria de origem. Por isso, a morte é uma intimação ao entendimen-to fraternal e, quando não a aceitamos, sofremos muito com a chamada “perda” de nosso parente ou amigo.

Mas, precisamos lembrar sempre que os Espíritos, quando desencarnam, neces-sitam dar continuidade em suas vidas além-túmulo. Para isso, devemos tê-los em nossa mente, vivenciando somente os momentos bons que compartilhamos juntos e ajudá-los com nossas preces para que tenham uma adaptação adequada ao seu novo plano de vida.

C omo diz Emmanuel, eles também sabem igualmente quanto dói a separação. Porém, lastimarmos sem consolo não nos levará a caminho algum.

Quando pensamos neles com saudades, devemos elevar uma prece ao Alto para que todos possam ser amparados nas suas necessidades e, se pudermos realizar por eles as tarefas que estimariam prosseguir, tornar-se-ão infatigáveis zeladores de nossos dias.

Enfi m, não devemos nos lembrar de nossos entes queridos somente no Dia de Finados. É claro que eles recolhem as homenagens que lhes dedicamos, mas vamos lembrar sempre de como eles devem estar bem, dando continuidade à sua evolução espiritual.

Equipe Seareiro

Editorialeditorial

ÍNDICE Grandes Pioneiros: Madre Teresa de C alcutá - Quarta e última parte - Pág. 3

Clube do Livro: Assim Vencerás - Pág. 11Cantinho do Verso em Prosa: Saudade - Pág. 11Pegadas de Chico Xavier: Solidão Aparente - Pág. 12Kardec em Estudo: Instruções dos Espíritos, Advento do Espírito de Verdade -

Pág. 13Contos: A C onversão de Agenor - Pág. 13Tema Livre: Desculpar Incessantemente É Renovar - Pág. 14Mensagem: Vivos Para Sempre - Pág. 15Aconteceu: Semana de Fabiano de C risto - Pág. 15Atualidade: Política Ontem e Hoje - Pág. 16Livro em Foco: Paz e Alegria - Pág. 16Família: J esus e as C rianças - Pág. 18Canal Aberto: A Excelência do Amor - Pág. 18Calendário: Novembro - Pág. 19

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Ano 11 - nº 109 - Novembro/2011Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaC NPJ : 03.880.975/0001-40

Inscrição Estadual: 146.209.029.115

Seareiro é uma publicação mensal, destinada a expandir a divulgação da Doutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. C onceitos emitidos nos artigos assinados refl etem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Direção e RedaçãoRua dos Marimbás, 220

Vila G uacuriSão Paulo - SP - Brasil

C EP: 04475-240Tel: (11) 2758-6345

Endereço para correspondênciaC aixa Postal 42Diadema - SP

C EP: 09910-970Tel: (11) 4044-5889 com E loisa

E-mail: contato@ espiritismoeluz.org.brConselho Editorial

Antonio C eglia RibeiroC ladi de O liveira S ilva

Fátima Maria G ambaroniG eni Maria da S ilva

Indaiá C hristianoNereide C onceição G recco Ribeiro

Reinaldo G imenezRoberto de Menezes Patrício

Rosangela Araújo NevesS ilvana S .F.X. G imenez

Vanda NovickasWilson Adolpho

RevisãoC onselho Editorial

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433Diagramação e Arte

Reinaldo G imenezSilvana S .F.X. G imenez

Imagem da Capahttp://www.pime.org.br/imagens/mmnov2003-f21.jpg

http://ce.i.uol.com.br/princesadiana/diana_madreteresa_208x187_rt.jpg (Reuters)

ImpressãoVan Moorsel, Andrade & C ia Ltda

Rua Souza C aldas, 343 - BrásSão Paulo - SP - (11) 2764-5700

C NPJ : 61.089.868/0001-02Tiragem

12.000 exemplaresDistribuição G ratuita

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3Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Malcolm Muggeridge

Madre Teresa de CalcutáQuarta e última parte

O tempo transcorria e Ma-dre Teresa estendia as con-gregações por outras par-tes: C eilão, Itália, Austrália, Bangladesh, Ilhas Mauricias, Peru, C anadá entre outros lugares.

Por volta do ano de 1970, Madre Teresa compareceu a Londres com o objetivo de orien-tar a primeira congregação euro-péia. Essa viagem foi organizada pela S imon C ommunity, um grupo assistencial que se ocupava a atender aos marginais, viciados em drogas e bebidas. C ondoída com a situação dos jovens londrinos, Madre Teresa quis conhecer a vida noturna, os lugares mais atraentes para estes, que segundo ela, eram mais pobres dos que conhecera, literalmente pobres.

Acompanhada pelo grupo S imon C ommunity, foram aos locais dos restaurantes e bares, no Saint-Martin-in-the-Fields. Encostados nas grades por onde o vapor saia das cozinhas no cozimento dos alimentos, ali estavam dormindo idosos que, após um dia de caminhada em busca do que comer, se agrupavam para passar as noites, sofrendo toda a alteração climática.

Ao chegarem num bar perto de C oven G arden, Madre Teresa parou, e puderam observar uma reunião de jovens drogados. O que chamou a atenção da religiosa foi o com-portamento de um deles, cuja ingestão exagerada da heroína deixara-o enlouquecido. Avançava com um pedaço de pau, a quem tentasse aproximar-se dele. O lhou para Madre Te-resa e chegou mais perto dela, o que assustou o grupo que a acompanhava, mas que buscou a calma, pelos gestos da missionária que levantou a mão abençoando o jovem. Este levou a mão ao bolso e, retirando uma quantia de barbitúricos, colocou-os de imediato na boca e os engoliu . A cena seguinte foi chocante a todos: uma convulsão jogou o moço no chão com tremores e gemidos estridentes que saiam do fundo de sua garganta. De imediato Madre Teresa pediu a todos que a ajudassem a erguer a cabeça do rapaz e puxar sua língua, para que ela não o sufocasse. Após esses cuidados, pararam um táxi e foram ao pronto-socorro mais próximo. Os atenden-tes, acostumados com esse fato, remexeram os bolsos do abrigo que o jovem vestia e encontraram receitas de heroína, ampolas, seringas e um frasco de heroína já vazio. O estado do moço era gravíssimo, considerado pelos atendentes do pronto-socorro, com pouca chance de vida. Tudo o que estava se passando pelos olhos de Madre Teresa era um verdadeiro pesadelo. E continuava sua refl exão: “Meu Deus, por que... por que Senhor? Uns desfalecem por falta de dinheiro e outros pelo excesso de bens ma-teriais...” e concluía: “nada disso se cura com dinheiro ou posição social, mas com amor”.

Vendo-a entristecida, um dos componentes do grupo S imon C ommunity, aproximando-se, diz-lhe baixinho:

— Madre, eu não faria metade do que a senhora faz, nem por um milhão de dólares.

E ela lhe respondeu:— Se fosse só por dinheiro

eu jamais faria nada do que faço. Mas tudo faço com mui-to amor por J esus, é a E le a quem sirvo. Em cada um dos pobres ou ricos, seja quem for, aos meus olhos vejo o C risto a

minha frente, sem nada a exigir, apenas socorrendo e reerguendo

aos necessitados de luz.E ainda completou:

— Quando toco um leproso, cujo mau cheiro provoca asco e que os repudia, eu o toco como se fosse o

corpo de C risto. E isso me dá muita coragem, pois de outra forma eu não o tocaria.

Essas palavras, ditas com tanta fi rmeza e carinho, tocou o coração do componente do grupo S imon, que chorou abra-çado à Madre.

O trabalho de Madre Teresa estava cada vez mais cres-cendo. Outras casas foram abertas em: G aza, na Palestina, onde foram abrigados os refugiados dos intensos confl itos existentes nesses locais e mais doentes e crianças abando-nadas. Depois, México e G uatemala não fi caram sem que outras congregações aí fossem fundadas, contando sempre com a colaboração das voluntárias do próprio local, que ti-nham verdadeiro carinho pelo trabalho das Missionárias da Paz e a elas se juntavam.

Essa caminhada terrena da missionária Teresa de C alcutá, ou seja, Madre Teresa, começou a aparecer em todos os meios de comunicação, jornais, revistas, fotos em todos os lugares e televisões, que sempre traziam algo a respeito do grandioso trabalho assistencial das Missionárias da C aridade, levadas pelas fortes mãos de Madre Teresa. Mas, a primeira rede de TV que divulgou o trabalho e o rosto da religiosa e suas missionárias, no O cidente, foi a British Broadcasting C orporation, a BBC .

Malcolm Muggeridge, repórter da BBC , já havia entrevis-tado Madre Teresa na Índia. C omo os comentários sobre a religiosa se propagavam a cada dia, Malcolm quis atualizar suas reportagens sobre as peregrinações de Madre Teresa, sempre alvo de acontecimentos a cada passo que dava, com as missionárias.

Procurou-a para tanto, porém, ela se esquivava. Sua res-posta, diante da insistência do repórter, para fazê-la comen-tar sobre o trabalho das obras assistenciais, era: “as obras

relacionadas a Deus não precisam de propa-gandas; a mão esquerda não precisa saber o que faz a direita. Estas são as palavras do Evangelho de J esus”.

C ontudo Muggeridge não se deu por ven-cido. Resolveu pedir ajuda ao Arcebispo de Westmister, na época C ardeal C armel Hunan. Através de uma carta, narrou-lhe o que pre-tendia e, sendo ele primaz católico da G rã--Bretanha, talvez Madre Teresa se dispusesse a aceitar a matéria televisiva sobre sua vida de missionária, por respeitá-lo muito. O Arcebis-po de imediato redigiu um telegrama a Madre

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Teresa, onde, em poucas palavras, confi rmava que o assunto proposto pelo repórter não era sobre ela e sim pelo trabalho realizado, e que este era agradável a Deus. Informada e com o telegrama nas mãos, Madre Teresa acabou aceitando ser entrevistada, com a condição de ser gravado o programa, mostrando as ins-tituições e não só a sua fi gura. Muggeridge, satisfeito, seguiu para C alcutá com toda a equi-pe técnica. A religiosa, constrangida, procurou ser simples e com naturalidade fez com que a televisão mostrasse ao mundo o trabalho dos enjeitados pela sociedade. O programa alcançou um grande sucesso.

Após essa reportagem, Madre Teresa não teve mais tranquilidade. Se antes seu nome tomava conta das páginas de jornais, revistas etc., depois disso começaram a ser divulgados os convites para que ela comparecesse em locais os mais diversos possíveis, para receber prêmios e citações honrosas. Tudo para Madre Teresa era de terrível desconforto. Mas, procurando ser afável a todos os povos, dirigiu-se ao Arcebispo de C alcutá, Dom Ferdinand Périer, perguntando-lhe se era certo receber tantos prêmios; como deveria ser seu comportamento para com os líderes religiosos, políticos etc., se não era esse seu interesse?

Dom Ferdinand Périer respondeu-lhe que esses prêmios e honras que lhe eram destinados, constituíam uma grande possibilidade de divulgar o imenso trabalho que ela desen-volvia em todas as localidades, com o único desejo de praticar o amor aos semelhantes. Diante da resposta do Arcebispo, Madre Teresa se sentiu mais segura. E la não queria passar a imagem de que os prêmios fi cassem em suas mãos. Por isso, ela fazia questão de passá--los aos encarregados das missões, para dar seguimento aos projetos em andamento.

Dentre os prêmios recebidos, de doutora-dos honorífi cos, estão: o de Teologia, pela Uni-versidade de C ambridge; em Medicina, pela Universidade G emelli de Roma; outros, pelas Universidades de Paris e Bolonha. Na Índia foram muitos, mas, Madre Teresa recebeu a mais alta premiação desse país, o Padna Shri. E , pela sua atuação em falar da compreensão que precisaria existir entre os povos interna-cionais, recebeu o Prêmio Nhru, na Índia.

Nas Filipinas, em memória a um presidente do país, chamado Ramón Magsaysay, foi-lhe outorgado o Prêmio Magsaysay. Esse prêmio lhe foi concedido por um júri de vários integrantes de diversos países asiáticos, que a proclamaram como: “a mulher mais benemérita da Ásia”. Rendeu-lhe a doação de 50 mil rúpias, quantia que foi destinada para a construção de um orfanato, em Manila. Dos Estados Unidos ela recebeu o prêmio de “Bom Samaritano”, em Boston.

Na Inglaterra, Madre Teresa recebeu o Prêmio Templeton. E sse lhe foi entregue pessoalmente pela rainha E lizabeth II, pelo seu trabalho denominado “For progress in Religion”, traduzido como: “à qualidade do testemunho religioso”. O júri foi composto de representantes de várias facções religiosas como: metodistas, anglicanos, presbiterianos, hinduístas,

islamitas, budistas e uma católica holandesa de nome Margaretha Klompe. Na sede muni-cipal de Londres, o príncipe Filipe, duque de Edimburgo, passou as mãos de Madre Teresa a quantia de 34 mil libras esterlinas, valores da época.

Sendo marido da rainha da Inglaterra E lisa-beth II, o príncipe Filipe de Edimburgo dirigiu palavras emocionadas de reconhecimento ao trabalho de Madre Teresa. Em seu discurso fez várias ponderações quanto à entrega de um prêmio aos que, por muitas maneiras, compe-tem para ganhá-lo. Mas, ressaltou a diferença daquele momento, quando todos os presentes no júri não demonstraram a menor intenção de

ganhar o prêmio, pois a pessoa mais indicada para tanto, sem sombra de dúvida, era Madre Teresa. E continuou o príncipe:

— Seu trabalho, partindo de C alcutá, espalha-se hoje por toda parte. C reio que o senhor Templeton, o criador desse prêmio e o corpo de jurados é que estão de parabéns pela melhor indicação feita e o prazer de ter Madre Teresa entre nós e, ainda, ter aceito o prêmio, pois sabemos de sua sim-plicidade e constrangimento que sente em receber qualquer homenagem e doações.

Madre Teresa a tudo ouvia calada. Após o término do dis-curso do príncipe de Edimburgo, levantou-se e com toda sua humildade apertou a mão do príncipe, agradecendo o prêmio em nome das Missionárias da C aridade e dos pobres assis-

tidos pelas congregações existentes. Depois, olhando a plateia que a aplaudia, falou sere-namente:

— Este prêmio é compartilhado com todos os trabalhadores que semeiam o amor de Deus, entre os pobres de todos os matizes, atendendo a um faminto, ao nu, ao doente en-jeitado e a criança desnutrida.

Madre Teresa recebeu, junto com o prêmio, um cheque no valor de noventa mil libras es-terlinas, segundo a fonte inglesa, que também anunciou haver mais uma doação feita pelos jovens noruegueses, no valor de trinta e seis mil libras esterlinas, arrecadadas entre eles, para ser essa doação incluída ao Nobel da Paz, título que esses jovens deram a essa

campanha, em prol das instituições dessa valorosa Irmã da verdadeira caridade. E , pelo fato de Madre Teresa não ter aceitado participar do banquete para essa festividade, os or-ganizadores desse ágape passaram às suas mãos mais uma quantia que hoje seria num montante de duzentos mil euros.

Sendo questionada por um repórter sobre ser agraciada com tantos prêmios, ela respondeu:

— Minha resposta é sempre a mesma, aceito-os em nome das congregações, pois eu nada mereço. Se Deus acha que todas essas doações, prêmios ou qualquer outra menção honrosa venha até minha pessoa, eu de imediato passo para serem distribuídos aos pobres e hansenianos. Pagamos dívi-das e aumentamos a assistência onde a situação se mostre mais carente. E penso que os doadores são os medianeiros desses recursos. Eu só posso agradecer a Deus e a todos pela bondade de seus corações.

O repórter estava prestes a se despedir de Madre Teresa, e já agradecendo pela entrevista, quando a religiosa lhe perguntou:

— O senhor, se quiser e tiver pa-ciência de me ouvir, pode publicar no seu periódico mais alguns fatos de acontecimentos vários durante o nosso trabalho.

Receba mensalmente obrasselecionadas de conformidadecom os ensinamentos espíritas.

Informe-se através:E-mail: [email protected](11) 2758-6345Caixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diadema - SP

Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”

a - SPP

CHICO

Duque de Edimburgo

Dom Ferdinand Périer

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Papa João Paulo II e Madre Teresa

O repórter, profundamente curioso e contente por enri-quecer a matéria sobre Madre Teresa, respondeu-lhe:

— Terei imenso prazer em ouvi-la. Minha profi s-são é exatamente essa, portanto, estou ao seu dispor, com muita satisfação em ouvi-la.

Madre Teresa, meditativa, falou:— Todos esses prêmios trazem benefícios

às congregações, conforme já conversamos. Mas as ofertas que muitas vezes chegam às nossas mãos são verdadeiras fontes de amor ao próximo, ou melhor dizendo, são óbolos, aquele mencionado por J esus, o óbolo da viúva. Explico: C erta noite, quando me preparava para deitar, a campainha de nossa congregação em C alcutá tocou. Rapidamente, abrindo a porta, vimos ser um mendigo, que talvez viesse em busca de comida, quando, para nosso espanto, ele perguntou: — a senhora é a Madre Teresa de C alcutá? C om a confi rmação, ele continuou: já ouvi dizer que a senhora trabalha muito pelos pobres. Sou pobre também, mas gostaria de ajudá-la. Veja, essa é a coleta do meu dia. Hoje o dia não foi um dos melhores, mas aceite essas poucas moedas, elas serão um tantinho a mais para o pão da manhã.

Madre Teresa continuou: — Fiquei sem palavras. E agora, pensei, se eu não aceitar ele fi cará aborrecido e talvez humi-lhado, porém, ao ver em seu rosto o contentamento, passando para as minhas mãos tão valiosa quantia, aceitamos suas moedas e o abençoamos. Esse prêmio tocou-nos mais que o Nobel da Paz.

O repórter continuava a anotar os fatos que marcavam o dia a dia da religiosa. E continuou com suas lembranças:

— C erta ocasião, precisando atender a uma família que fora desalojada de seu casebre, usei como transporte o bonde, que naquele exato momento passava por mim. Rapidamente adentrei e percebi que um indiano me olhava com insistência. Aproximando-se bem pertinho do meu ouvido, falou: Madre Teresa, permita-me pagar sua passagem. Sei do seu carinho para com os pobres e que, no começo de seu trabalho, dei-xava de comer para sobrar comida aos pobres da rua. Não sou mendigo, mas também sou pobre, porém aceite minha pequena ajuda, quem sabe assim a senhora poderá comprar mais leite para as crianças da creche. E , tirando do bolso um lenço que envolvia alguns trocados, pagou a passagem do bonde ao condutor. Diante desse gesto, meu fi lho, tão simples e tão natural, só pude beijar-lhe a mão, com o respeito do meu coração, pela atitude digna desse ser humano.

O repórter estava comovido e, num ímpeto, ajoelhou-se aos pés da religiosa e, levantando os olhos, falou-lhe:

— Madre Teresa, agradeço a Deus por ter esses momentos

tão preciosos em minha vida. Nunca imaginei conhecer alguém tão pura em sentimentos. Por isso, pelas

suas palavras, pude sentir suas experiências e fé realizadas em favor dos carentes, sem ostenta-ção; apenas servir por amor. A senhora faz-me acreditar que teremos um mundo melhor. Seus exemplos se perpetuarão e o ser humano poderá vislumbrar novas perspectivas de vida, quem

sabe de igualdade social.A missionária, abençoando o repórter, respon-

deu:— Façamos votos para que Deus ilumine os cora-

ções dos homens de bem.Outro fato da vida de Madre Teresa, que ocasionou grande

repercussão, foi a visita que ela fez ao Papa J oão Paulo II, quando, em audiência privada, ele a nomeou embaixadora, representando-o nos convites feitos pelas nações e assem-bleias gerais do clero.

Anos mais tarde, Mikhail G orbachov convidou-a para uma visita a Rússia, para que ali fosse aberta uma congregação com a participação das Irmãs da C aridade, designadas por Madre Teresa, na formação das Irmãs da própria região. Não podendo recusar o pedido de G orbachov, Madre Teresa se-guiu para a Rússia, acompanhada por algumas missionárias que lá permaneceriam o tempo necessário, para capacitar as voluntárias. Madre Teresa, após algum tempo, seguiu para Roma, onde iria agradecer ao Papa J oão Paulo II o convite para vir a ser a embaixadora do Papa, cargo que não poderia aceitar, pois não se achava à altura e também por não ter es-tudado diplomacia. O Papa J oão Paulo II sabia de sua recusa, mas, continuou achando-a uma verdadeira diplomata cristã.

Madre Teresa adentra o luxuoso ambiente com sua eter-na simplicidade. A mesma roupa, o sári, de um branco total como sua alma. Nada de especial. Em seu coração a alegria contida de ser serva de J esus. Só por E le é que aceitava a esses prêmios, pois, mais congregações seriam benefi ciadas.

Para chegar ao local, ela não veio de carro especial. Tomou um bonde que fazia a linha em Roma, desde o trecho de “os casteli romani” até a estação Términi. Depois, esse mesmo bonde passava junto à favela de Tor Fiscale, onde as Missio-nárias da C aridade fundaram a primeira sede romana. Está claro que a missionária, antes de chegar ao Vaticano acom-panhada da vigária a Irmã Frederick, trabalhou na assistência com os doentes, deixando-os limpos e medicados. Depois de deixar tudo organizado, despediu-se das Irmãs Missionárias da C idade Eterna e partiu para receber o prêmio “J oão XXIII, o Papa da Paz”.

Madre Teresa se salientava cada vez mais perante o mun-do. Seu intenso trabalho se mul-tiplicava a cada dia, a cada ano. Por essas atividades constan-tes, seu nome começou a ser indicado entre as diversas per-sonalidades e instituições para receber o prêmio Nobel da Paz. Esse prêmio era destinado, ge-ralmente, a políticos e fi guras que se destacavam em suas ocupações de ordem social pela paz mundial. Mas, no dia 15 de outubro de 1979, uma religiosa albanesa, cidadã indiana, reco-nhecida pela sua dignidade no desempenho de suas funções assistenciais em benefício dos carentes, foi indicada por um júri que, pela primeira vez, faria a entrega do prêmio Nobel da Paz à Madre Teresa de C alcutá

5Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

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que, com sua forte personalidade, alcançava êxitos em sua preciosa vida. Em dezembro do mesmo ano, Madre Teresa chegou em Oslo, capital da Noruega, acompanhada de inú-meros pobres representantes de várias congregações para receber o prêmio Nobel da Paz. Em seu agradecimento ao público presente, como sempre fazia, disse ter vindo junto aos verdadeiros ganhadores desse galardão pela fé em C risto.

— Estamos em frente do C risto. E le, como ontem, procura no amanhã ver a fé no coração de todos os povos. Mas, são poucos os que O encontram. Temos visto muitos ricos mais pobres que os pobres. Estão sufocados pela solidão, por não acharem quem os ame. Estão com fome de amor. Um dia encontramos um senhor que, em seu desespero, pediu-nos para aceitar uma doação. Em troca, dizia, enviem alguém à minha casa. Sou rico, porém estou quase cego. Minha esposa perdeu a razão de viver, por nossos fi lhos terem se afastado do lar. Estamos morrendo de solidão.

A platéia ouvia, em silêncio, a voz de Madre Teresa, que prosseguiu:

— O dinheiro não é tudo na vida. E le precisa que nossas mãos o use em serviço do bem, em nome do C risto, faci-litando a vida dos que morrem pelas ruas. O que realmente falta em nosso mundo, é ter-mos J esus entre nós. Nesse ponto, somos todos pobres, aqui, na Inglaterra, em C alcu-tá, seja onde for, não adianta falarmos em paz, em união, se estivermos distantes do nosso C riador. E sabemos que o C risto foi crucifi cado na cruz, por muito nos amar.

E Madre Teresa encerrava suas palavras, ovacionada pelos presentes.

Antes do prêmio Temple-ton, Madre Teresa foi lembra-da pelo Papa J oão XXIII, por seu grandioso trabalho em favor dos carentes. Lá pelo mês de maio de 1963, um pouco antes da morte do sumo pontífi ce, foi-lhe ofertado um prêmio pelo seu trabalho em honra da paz mundial. Esse prêmio ane-xava um valor alto em dinheiro. J oão XXIII muito enfraquecido e já prevendo seu desencarne, deixou em seu testamento de amor ao próximo, que esse prêmio fosse devidamente discuti-do pelos jurados eclesiásticos e, por justas razões, chegasse às mãos de Madre Teresa de C alcutá, o que foi plenamente aceito por todos os jurados.

A entrega do prêmio à Madre Teresa deu-se em um am-biente solene. O Vaticano recebeu 15 cardeais, entre outros componentes do corpo diplomático da Santa Sé. Os uniformes eram os apropriados às grandes ocasiões.

Algum tempo depois, ainda em Roma, Madre Teresa sofreu o primeiro ataque cardíaco. Levada ao hospital, foi constatado como gravíssimo seu estado, e os médicos lançaram mão dos melhores recursos medicinais. Semanas de repouso absoluto, queriam os médicos, porém, Madre Teresa, logo que se viu livre das medicações, ameaçou a todos os assistentes de que iria embora, com alta ou sem alta, porque o trabalho não podia parar e ela precisava viajar até G aza, e entregar parte das doações recebidas pelos prêmios ganhos. “A fome, naquele local, estava crescendo muito”, dizia preocupada.

Um dos médicos que acompanhava o estado físico da re-ligiosa, sabendo que realmente ela não fi caria mais tempo hospitalizada, despedindo-se, disse-lhe:

— Que Deus a continue cuidando como sempre, pois sei

que nenhuma febre, por mais alta que seja, a impedirá de trabalhar.

Madre Teresa agradeceu os cuidados recebidos e voltou às atividades normais. Os convites e prêmios continuavam a surgir, e cada vez mais. O presidente Reagan recebeu-a na C asa Branca, para homenageá-la com a “Medalha da Liberdade”, a mais alta condecoração do país e a mais co-mentada no mundo. Recebeu da União Soviética a Medalha de Ouro do C omitê Soviético da Paz. Foi também a C hina, a C oréia e em muitos outros países. Mas, em agosto de 1989, seu maior sonho se realiza; conseguiu, após tantos esforços, abrir uma casa das Missionárias da C aridade na Albânia, sua terra natal. C onsiderado um país dos mais pobres, injustiçado pelos poderes políticos, e tendo a fama de ser o seu povo o mais ateu do mundo, previsto em sua C onstituição. Por tais motivos Madre Teresa lutou tanto para modifi car esse estigma em seu país.

Feliz por alcançar e vencer mais uma etapa de sua vivên-cia física, não esperava sofrer o segundo ataque cardíaco.

Novamente hospitalizada, Madre Teresa teve de render--se à sua frágil saúde. Desta vez, os médicos tiveram que implantar um marca-passo, para que essa vida tão pre-ciosa continuasse a semear o bem. E , mais uma vez, ela superou. Recuperou-se rapi-damente, deixando os médi-cos admirados pela força de seu ideal, que a colocava sau-dável, contrariando todos os diagnósticos previstos.

Voltando às suas ativida-des, após a internação hospi-talar, quis passar as direções das congregações a uma das Irmãs Missionárias, que fosse eleita por uma assem-bléia constituída para esses momentos. Mas, por votação geral, ela foi reeleita, haven-

do um único voto contra, que era o seu próprio, embora a votação fosse secreta, mas ninguém queria a renúncia de Madre Teresa.

Dessa forma, grande era o número de repórteres à procura da religiosa, porque sabiam ser de importância toda matéria que vinculasse a vida de Madre Teresa. Era só sair às ruas e fotógrafos, cinegrafi stas, televisões, cercavam-na para entre-vistá-la. Alcançando seu objetivo, um desses apresentadores de telejornal local perguntou-lhe:

— Por favor, Irmã, poderia ceder-me um minuto de seu tempo?

C ompreensível e paciente fez-lhe um sinal afi rmativo.— A senhora poderia nos dizer em que época fi cou-lhe

clara a vocação de se dedicar aos pobres, aqueles mais des-validos?

Respondeu-lhe com toda a convicção, a religiosa.— Quando senti o Evangelho. As lições do C risto penetra-

ram-me profundamente, principalmente quando Ele afi rma: “O que se faz aos pequeninos, aos que tem fome, aos enfermos abandonados é como atender ao chamado do meu Pai e virem até mim”. Senti então, que esse seria o caminho que me levaria a Verdade e o dom da Vida.

A entrevista prossegue:— A senhora sempre afi rma, em suas conversações, que

não há amor sem sofrimento. É verdade?— S im — responde ela e continuou — ,.o verdadeiro amor é

Madre Teresa, presidente Ronald Reagan e sua esposa Nancy D. Reagan

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7Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

O Hospital do Fogo Selvagem de Uberaba – MG , que atende a portadores do Pênfi go (Fogo Selvagem) e tam-bém a 150 crianças, precisa de doações para comprar: os remédios C alcort e Psorex pomada (podem ser gené-

ricos); materiais de limpeza (sabão em barra Ypê amarelo para os doentes e sabão em pó para limpeza em geral); fraldas descartáveis tamanho G infantil; Mucilon; lenços umedecidos e álcool gel 70%.

C aso queira fazer doações em dinheiro, o depósito pode ser feito em nome do LAR DA C ARIDADE, através dos seguintes bancos:

• Bradesco - agência 0264-0 - c/c 14572-6• Banco Itaú - agência 0321 - c/c 00859-1• Banco do Brasil - agência 3278-6 - c/c 3274-9Maiores informações:• Telefone (34) 3318-2900• fogoselvagem@ terra.com.br

HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA

dotado de renúncia. O lar que pretender viver em paz, deverá ser cristão. A família, aí composta, seguirá a simplicidade e a honestidade. C omo poderá ser feliz um lar, onde cada um quiser viver seu mundo sem repartir os sacrifícios, os reveses dos acontecimentos naturais de uma existência, sem a presença de Deus? Lembre-mos da oração de S . Francisco de Assis: “Senhor fazei-me instrumento de vossa paz...” Aqui em C alcutá, essa é a nossa oração de todos os dias.

— Madre, a sua congregação expandiu-se e várias casas foram abertas em muitos países, para tratar das pessoas aidéticas. E isso está dando resultados?

— G raças a Deus, abrimos casas para esses doentes não só na Índia, como nos Estados Unidos, na Itália, no Zaire, onde o acúmulo de suicidas era muito grande, por falta de remédios e, principalmente, de orienta-ção. Partiam para o suicídio, por desespero, pelo abandono e pela amargura de verem-se relegados, até pelos familiares. A ausência do amor e da fé levava muitos jovens aos delitos e aos suicídios. C om o valoroso trabalho das Missionárias da C aridade, muitas vidas foram salvas e outras assistidas, uma vez que atualmente são tratadas dentro de um lar cristão, que é a congregação de assistência aos aidéticos; assim como os hansenianos que são em grande número, também recolhidos das ruas, com saliência no Zaire.

— A senhora, recebe ajuda de outras religiões?— Muitas. Muçulmanos, hinduístas, budistas entre outros

tantos. Meses passados, recebemos a visita de um grupo de budistas japoneses. Entre muitos assuntos, falamos sobre o jejum que fazemos todas as primeiras sextas-feiras de cada mês. C om isso, como somos muitas Irmãs na congregação, economizamos um bom dinheiro que nos ajuda a pagar as dívidas mensais, nas compras de comida aos pobres largados em meio do caminho. Quando esses monges regressaram ao seu país, fi zeram uma campanha, “do jejum”, e depois de algum tempo nos enviaram o dinheiro arrecadado, o que nos permitiu terminar a obra para recolher as meninas que saiam da prisão, depois de cumprir pena pelo envolvimento com a prostituição.

— Que mensagem, Madre Teresa, a senhora poderia deixar ao mundo?

— Amar uns aos outros, como J esus ama a cada um de seus irmãos. Nada mais posso acrescentar, pois, nosso Mes-tre, quando aqui esteve, nesta abençoada Terra, tudo nos ensinou e nos transmitiu através de seu amor puro à Hu-manidade. E o fruto desse amor é justamente o serviço ao semelhante, que um dia será o da Paz C ristã.

No ano de 1991, Madre Teresa visitou Tijuana no México, para uma palestra aos mexicanos, orientando-os a afastar os jovens das drogas, onde o procedimento educacional mostra-va sua impotência para impedir o uso alarmante que faziam da cocaína. Mas, sua saúde débil levou-a a adquirir uma pneu-monia com o agravamento cardíaco, fi cando hospitalizada em La Holla, San Diego, na C alifórnia – EUA.

Dois anos depois desse acontecimento, sentindo ainda

a debilidade física, viajou à Roma atendendo a compromis-sos da congregação. Andando pelos arredores como era seu

costume, para levar suas orações aos doentes impos-sibilitados de andar; escorregou, e, com a queda,

fraturou três costelas. Novamente foi obrigada a repousar, porém logo que se sentiu mais forte, partiu para Nova Delhi; mas, enfraquecida como se encontrava, contraiu a malária.

Acompanhada pela Irmã Nirmala, que veio a sucedê-la no cargo de superiora geral das con-gregações, e da cardiologista doutora Patrícia Aubanel, voltou a Roma. Porém, o avião em que

viajavam teve que fazer uma escala especial, a pedido de sua médica, pois Madre Teresa precisa-

va de oxigênio, uma vez que sua respiração, pelos problemas cardíacos, estava defi ciente e seu estado

físico perigoso. Seu grande desejo era o de poder chegar mais uma vez diante do Papa. E la queria apresentar sua sucessora, a Irmã Nirmala.

Para a chegada no aeroporto de Roma, a pedido da médi-ca Patrícia Aubanel, foi providenciada uma cadeira de rodas para que a missionária não se esforçasse com a caminhada até o táxi.

Diante do sumo pontífi ce, após receberem as bênçãos do mesmo, Madre Teresa falou:

— Santo Padre, permita-me apresentar-lhe minha suces-sora, Irmã Nirmala.

Em resposta o Papa respondeu:— Que Deus a abençoe como superiora geral das institui-

ções, Madre Teresa; porém, a fundadora e organizadora das congregações é e será para sempre a senhora.

Nesse mesmo tempo, na Polônia, comemorava-se um C ongresso E ucarístico, terra natal do Papa Wojtyla, J oão Paulo II, e onde a congregação das Missionárias da C aridade mantinham assistência aos pobres. Os bispos convidaram Madre Teresa para participar do C ongresso no país, mas ela não pôde participar, deixando Roma em companhia de sua cardiologista e da Irmã Nirmala, pois quis incentivar o traba-lho das noviças em Nova York, mais precisamente no Bronx. Ainda em cadeira de rodas, seguiu alegremente abraçando e encorajando as noviças para serem fi éis ao trabalho de J esus. Surpresa, Madre Teresa encontra-se com a princesa Diana, que, em tarefas humanitárias, visitava os Estados Unidos. Emocionadas, ambas se abraçam, por estarem envolvidas no campo assistencial em favor dos carentes.

Muitos fotógrafos presentes mostraram ao mundo, através das revistas e jornais, essas duas fi guras famosas de mãos dadas, como que alicerçando a força de um dever maior que seus corações demonstravam, pela ternura de participar do sofrimento alheio.

Madre Teresa seguiu depois para a C asa Branca, encon-trando-se com três dos presidentes americanos, G eorge Bush, pai, Ronald Reagan e também com Bill C linton e suas esposas. Sempre apresentando simplicidade, Madre Teresa sentia-se pequenina diante do poder que esses homens re-presentavam ao mundo. Novamente ela adicionava em seu

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Madre Teresa e princesa Diana

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currículo de trabalho mais um título, que lhe foi concedido, o de “cidadã americana honorária”.

Era o reconhecimento pela sua dedicação em cuidar dos doentes pobres, esforçando-se para que o futuro mostrasse ao mundo uma sociedade melhor e mais consciente diante dos valores humanos. Madre Teresa orava para que isso não fosse apenas um sonho, mais que um dia se tornasse re-alidade.

E m seu íntimo, a mis-sionária a tudo isso rene-gava. E la não queria título algum, nem mesmo o da diplomacia que o Papa J oão Paulo II lhe havia pronunciado. Para ela, o importante era o ser huma-no relegado. Era ajudá-lo a secar suas lágrimas e matar a fome. Era ver a criança feliz, brincando junto às mais privilegiadas pela vida. Era ensinar o bem e irem todos ao encontro de J esus. Porém, Madre Teresa teve que sair de seus devaneios, quando seu nome foi anunciado para receber as homenagens programadas pela C asa Branca. Em seus pensamentos, rogava a J esus para afastar de seu coração o ímpeto da vaidade e do orgulho. Sua preferência seria con-tinuar fazendo o caminho do calvário, como serva de J esus.

Após, retorna a Roma, sempre acompanhada pela médica e a Irmã Nirmala, preocupadas com sua saúde. Em cadeira de rodas, fez questão de comparecer à festa Papal, cele-brada no dia 29 de junho, em homenagem a S . Pedro e S . Paulo, na basílica do Vaticano. Queria a missionária levar seu agradecimento ao Papa J oão Paulo II pela sua bondade para com os trabalhos desenvolvidos pelas Missionárias da C aridade, em Roma. Sua estada em Roma foi mais demorada que o previsto. Seu corpo frágil precisava de repouso. Ficou

hospedada na residência do bispo Dom G regório, em C élio. S entindo-se mais fortalecida, numa manhã de sol, Madre Teresa resolveu caminhar vagarosamente pelas alamedas da residência paroquial. Estava feliz sem a cadeira de rodas e sabia que, no fi nal do jardim que rodeava a casa, havia

uma capela. Não conteve o desejo de orar na capelinha. O calçamento estava um

pouco liso e, com a fraqueza nas pernas, escorregou,

e o resultado da queda foram três costelas que-bradas.

Novamente foi hospi-talizada, não só pelo pro-

blema da queda, mas pelo fato de seu coração mostrar defi ciências.

Foi preciso o uso de um cateter para desobs-truir uma veia relacionada ao coração.

Neste ínterim, Madre Teresa recebeu uma triste notícia. Dias depois de sua internação, fi cou sabendo que seu esti-mado amigo e confessor, o padre jesuíta belga, C eleste Van Exem, havia morrido. Naturalmente, não podia estar presente ao velório e nem comparecer ao enterro, mas durante toda a noite do leito do hospital, Madre Teresa rendeu preces de agradecimentos ao seu protetor, que estaria em um bom lugar junto aos amigos celestiais, rogava Madre Teresa, a J esus.

O Papa J oão Paulo II e a princesa Diana enviaram mensa-gens de breve recuperação; e o Papa assim se referiu: “Por favor, Irmã Teresa, cuide-se, o mundo precisa da senhora e os pobres não podem fi car órfãos”.

E , no dia seguinte, a febre havia baixado. Era a véspera de seu aniversário, 25 de agosto. Nesta data as Irmãs Missio-nárias foram visitá-la. Madre Teresa chorou de emoção por se ver rodeada pelas suas fi lhas, tão queridas e que muito ajudavam para manter tantas instituições existentes em nome do Mestre J esus. Ainda debilitada, mas desejando ardente-mente voltar para suas tarefas, os médicos permitiram sua saída do hospital. As Irmãs Missionárias se comprometeram a cuidar da mãezinha querida, embora sabedoras que seria uma difícil tarefa, pela personalidade resistente de Madre Teresa.

Voltando às suas atividades, porém mais cautelosa diante do seu estado físico, Madre Teresa saiu às ruas, acompanha-da pelas Irmãs que empurravam a cadeira de rodas, parando sempre diante dos problemas que as ruas ofereciam aos olhos de Madre Teresa. E numa dessas ocasiões, sua atenção fora voltada para uma senhora que empurrava um carrinho de bebê. C uriosa, pediu para a irmã que empurrava sua cadeira de rodas que se aproximasse mais da senhora, pois queria ver a criança e abençoá-la. Qual foi a surpresa, quando as irmãs viram que não eram um bebê e sim um cachorrinho, todo arrumadinho e cheiroso. Madre Teresa envolveu a senhora dona do animal, com um olhar complacente e pegando-lhe as mãos falou:

— Que Deus a abençoe, minha fi lha, sei que esse cachor-rinho tratado dessa maneira, talvez seja o substituto do fi lho que um dia você recusou a tê-lo.

A senhora beijou as mãos da missionária e seguiu seu caminho, secando as lágrimas de seus olhos.

No dia 31 de agosto de 1997, Madre Teresa recebeu mais uma notícia triste. Ficara sabendo que a princesa Lady Di havia morrido. A notícia da morte de Lady Di foi comunicada pelo médico, onde Madre Teresa encontrava-se hospitalizada.

Profundamente abalada, buscou em sua memória o último encontro que tivera com a princesa, em Nova York. Pôde sen-tir que Lady Di não era feliz. Porém, confi denciara à religiosa, que ao unir suas lágrimas àqueles mais sofridos, encontrava consolo e novas energias para continuar a viver. E Madre Teresa, informada do trágico acidente automobilístico que lhe tirara a vida, pronunciou carinhosa prece à J esus para

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9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Você poderá obter informações sobre o Espiritismo, encontrar matérias sobre a Doutrina e tirar dúvidas sobre o Espiritismo por e-mail. Poderá

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Irmã Nirmala

que ela pudesse ser recebida em paz, em sua nova moradia. C ertamente, a missionária não poderia comparecer ao funeral, o qual lamentava, mas seu estado não o permitia.

A vida de Madre Teresa parecia diluir--se a cada dia. Os ossos enfraquecidos, problemas cardíacos, infecção pulmo-nar agravada, e essa última internação por fortes dores no peito. E no dia 5 de setembro de 1997, devido a uma parada cardíaca, veio a desencarnar, dois dias antes do enterro de Lady Di.

O enterro de Madre Teresa foi reali-zado oito dias após sua morte. No dia 13 de setembro de 1997 o mundo pôde assistir, através dos canais televisivos, um funeral com o qual, certamente, Ma-dre Teresa não concordaria, segundo as missionárias que durante tantos anos conviveram com ela e conheciam seus hábitos e sua simplicidade. Embora a religião dominante fosse representada pelos católicos e todo o meio eclesiástico, outros religiosos dos mais diversos países também vieram prestar as últimas homenagens à “mãe dos pobres”.

O secretário de Estado do Papa J oão Paulo II foi quem ofi cializou o ato litúrgico. Além das autoridades políticas india-nas, estiveram presentes ao funeral líderes de vários países, principalmente, aqueles a quem Madre Teresa tinha profunda gratidão por ter sido ajudada em momentos difíceis que pas-sara em sua caminhada caritativa.

Três rainhas fi zeram suas homenagens de reconhecimento pelo intenso trabalho de Madre Teresa: a Rainha Fabíola, da Bélgica, Sofi a, da Espanha e Noor, da J ordânia. Destacou--se, também, a presença da senhora Bernardette C hirac, esposa do presidente da França e Hillary C linton, ex-primeira dama dos Es-tados Unidos. Representando a Itália, o então presidente da República, O scar Luigi S calfaro, que concedera a Ma-dre Teresa o título de cidadã italiana, favorecendo-lhe o trabalho para com os pobres na Itália.

Durante vários dias, filas enormes de pessoas que queriam dar seu último adeus à missionária formou-se diante da igreja de S ão Tomé, em C alcutá, onde seu corpo a princípio foi velado. Mas como estava próximo o dia de seu sepultamento e o número de pessoas continuava a aumentar, pois todos queriam participar da missa de corpo presente, deter-minou-se, por ordem do clero, que seu corpo fosse transladado ao Estádio Netafi , onde o C ardeal Ângelo Sodano, secretário de Estado do Vaticano, celebrou a missa que foi acompa-nhada, em maior número, pelos “fi lhos pobres de Mãe Teresa”.

O veículo que em 1948 transportara o corpo de Mahtma

G andhi foi também utilizado para reali-zar o cortejo desse grandioso funeral.

A Irmã Nirmala foi reconhecida pu-blicamente como sucessora de Madre Teresa no dia 13 de março de 1997, me-ses antes da morte da missionária. E , antes do trajeto fúnebre, Irmã Nirmala pediu licença ao público para lembrar os últimos pensamentos de Madre Teresa:

“Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso e a fé no coração, com o Mestre J esus”.

O Arcebispo de Loreto, Dom Ângelo C omastri, dizia que seu coração tam-bém gostaria de homenagear Madre Teresa. Em tom de profundo respeito, em frente ao caixão, falou:

— Madre Teresa viveu na mais completa pobreza. Porém, rica no seu modo de viver, sem vaidades, apenas dedicação em querer passar alegria

aos oprimidos e desvalidos do mundo. Aos 87 anos, de frágil constituição física, rosto marcado de profundas rugas, onde cada uma delas demonstravam anos de experiências por dores passadas, não suas, mas de cada vida que procurava salvar, por respeito ao C riador. Sempre foi aclamada “Mãe dos Pobres”. Entre os pobres mais pobres, ela perseverou o amor do C risto, para que os crentes e os descrentes pudes-sem sentir e assistir o Evangelho vivo, despertando o povo para um novo perfi l de vida. C remos que a morte de Madre Teresa entristeceu o mundo e muitos fi caram órfãos de seu carinho, mas os rastros de seus passos fi carão eternamente gravados com o nome de “C aridade”.

Após, sob forte emoção, todos acompanharam o sepulta-mento de Madre Teresa.

O mundo católico, através da imprensa e de todos os meios de comunicação, aguardava, ansioso, a beatifi -

cação da missionária. Uma das exigências para a con-sumação do fato é a confi rmação de alguns milagres. Esta é a exigência do Vaticano e os cuidados na ve-rifi cação dos mesmos, feitos pelo Papa.

Um ano após o falecimento de Madre Teresa, cha-mou a atenção do mundo um dos “milagres” realiza-do pela missionária. Até aí, vários acontecimentos eram registrados como milagres de curas feitas por ela. Mas, chamou a atenção o caso de uma enfer-ma de nome Monika Besra, que, fora constatado pelos médicos, ser portadora de um tumor ovariano

acompanhado de inchação e fortes dores na região, refl etindo-se no estômago, causando-lhe fraqueza, a

ponto de não ser permitida uma cirurgia, pelo fato, diziam os médicos, da não absorção da anestesia. Também seu

organismo registrava pressão alta, dores de cabeça, pro-blemas respiratórios etc. Esperavam sua morte a qualquer momento. Dessa forma, foi a enferma removida para o “Lar do Moribundo Abandonado de Patiram”, distante a 300 km de C alcutá.

As irmãs Bartholomea e Ann Sevika eram as responsáveis

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• Grandes Espíritas do Brasil – Zeus Wantuil, Editora FEB, 1ª ed., 1969.

• Madre Teresa de Calcutá – J osé Luis G onzáles-Balado, Editora Paulinas, 3ª ed., 1976.

• Maria de Magdala – Roque J acintho, Editora Luz no Lar, 1ª ed., 1992.

• Teresa de Calcutá – A Mulher do Século – M. Rouxinol, Editora Lis.• Teresa de Calcutá – Uma Vida de Amor a Jesus nos Pobres – J osé

Luis G onzáles-Balado, Editora Paulinas, 1ª ed., 2003.• Imagens:

• http://i.pbase.com/u4/deewun/upload/860460.MalcolmMUG G ERIDG E.jpg• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fb/Ferdinand_

Perier_(1875-1968).jpg/250px-Ferdinand_Perier_(1875-1968).jpg• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/15/HRH_The_Duke_

of_Edinburgh_Allan_Warren.jpg• http://p2.trrsf.com.br/image/get?o=s&h=600&src=http://img.terra.com.

br/i/2011/04/28/1865350-9969-in.jpg• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f8/President_Reagan_

presents_Mother_Teresa_with_the_Medal_of_Freedom_1985.jpg• http://4.bp.blogspot.com/-iWC F6ama6IU/TeV9OqV1T6I/AAAAAAAAEmY/

Pge6dBw7iOU/s1600/Fotos+raras35.jpg (Reuters)• http://www.lifesitenews.com/ldn/images/2008a/SrNirmala.jpg• http://api.ning.com/fi les/jG Tsl9YIheHdOsHgQdYbfB8REnC i8vTnUQ*aa-

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Bibliografia

dessa instituição. Passaram a cuidar da enferma, seguindo as prescrições médicas, mas nada aliviava as dores da doente, e seus gemidos eram ouvidos por toda a casa. C erta noite, quando Monika se contorcia em dores, a irmã Bartholomea, pegando em suas mãos, falou:

— Sei minha fi lha, que você não é católica, mas há momentos na vida, que precisamos rogar a Deus que venha nos assistir pelas almas santas. O lhe para o retrato preso na parede de seu quarto. E la é a Mãe dos Pobres, a nossa querida Ma-dre Teresa. Rogue a ela para ajudá-la a suportar essa prova difícil de sua vida.

Monika, olhando o retrato, apenas ouviu as palavras da irmã Bartholomea e adorme-ceu. Ann Sevika, também pre-sente no quarto, percebendo a tranquilidade que se estampara no rosto de Monika, sugeriu a irmã Bartholomea que fosse colocado so-bre o ventre de Monika a medalha que Madre Teresa trazia sempre consigo, a me-dalha de Nossa Senhora das Dores, a qual fora doada para essa instituição pelas missionárias de C alcutá. De imediato isso foi feito.

Na manhã seguinte, todos da instituição ouviram a voz da doente, que gritava:

— Estou curada... estou curada... Madre Teresa me curou!As irmãs correram ao quarto e viram Monika em pé, se-

gurando a medalha e chorando copiosamente. Seu ventre estava desinchado e seu aspecto físico normal. C inco mé-dicos foram chamados para constatar o desaparecimento do tumor. Todos foram unânimes na confi rmação de que os exames mostravam o desaparecimento do tumor e o estado geral físico de Monika estava normal.

O Arcebispo de C alcutá, Dom Henry Sebastian D’Souza, assim que soube do ocorrido, levou os exames para os técni-cos da C ongregação Vaticana avaliarem, junto com as “C au-sas dos Santos”, todas as confi rmações do milagre feito por Madre Teresa, com os pareceres médicos e fotos antes e depois do estado físico de Monika. Ficou então provado o milagre e aceito pelo Papa J oão Paulo II, como a maior virtude de Madre Teresa. E , no dia 19 de outubro de 2003 fi xou-se o ato solene para o público, da beatifi cação de Madre Teresa de C alcutá.

Madre Teresa volta a pátria espiritual, feliz. É recebida por todos aqueles Espíritos de escol que a ajudaram a cumprir a reencarnação, imposta por ela mesma, com a fi nalidade de continuar auxiliando aos desvalidos em suas dores ex-piatórias.

Retornava Magdalena, aos pés do Senhor! E le a esperava e erguendo-a, disse-lhe:

— Voltaste vitoriosa, minha fi lha, com o reino de paz em

teu coração. Seja bem-vinda, em nome do nosso C riador!Magdalena quedava-se em prantos. Luzes e aro-

mas fl utuavam sobre todos os Espíritos que par-ticipavam desse banquete celestial. Ainda

sob forte emoção, Magdalena falou ao Senhor:

— Perdoa-me J esus, aos faustos que nos foram projetados diante

do cortejo fúnebre. Oramos mui-to para não entrarmos em ten-tação. Porém, a maior ajuda sabemos ter vindo dos cora-ções abnegados, das nossas companheiras da caridade e dos afl itos, que souberam servir-se da fé, em seu nome.

O Mestre olhando-a fi xa-mente, respondeu-lhe:

— C onhecemos seu cora-ção e sua personalidade espi-

ritual. Todas essas homenagens fi carão na mente daqueles que

um dia lembrarão de sua caminha-da pela Terra. Não serão as pompas

dos grandes funerais que resistirão ao tempo, mas a passagem dos justos, que

se dedicaram a viver o Evangelho em favor dos semelhantes.

E os Espíritos Superiores, que assistiram a esse encontro emocionados, ouvindo o coro celestial, seguiram a J esus e Magdalena unidos pelo princípio do Amor Universal.

Deixaremos aqui a oração que Madre Teresa fazia aos pés dos moribundos:

Mantenha seus olhos puros, para que Jesus possa olhar através deles.Mantenha sua língua pura, para que Jesus possa falar por sua boca.Mantenha suas mãos puras, para que Jesus possa trabalhar com suas mãos.Mantenha sua mente pura, para que Jesus possa pensar seus pensamentos em sua mente.Mantenha seu coração puro, para que Jesus possa amar com seu coração.Peça a Jesus para viver sua própria vida em você, porque:Ele é a Verdade da humildadeEle é a Luz na CaridadeEle é a Vida da santidade

“Essas são as palavras, ditadas pelo coração puro desse Espírito, que só viveu e distribuiu Amor por toda a sofrida Humanidade”.

Irmã Nirmala a Teresa de C alcutá.

Final da quarta e última parte.

Eloísa

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11Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

O retorno ao plano espiritual, após a conclusão da caminhada terrestre, é o reencontro com nossos mentores e o reforço de nossa fé no cresci-mento eterno.

Por muitas vezes o apego material, não só por bens, mas também por entes queridos, institui um vínculo difícil de ser quebrado, o que pode traduzir-se em tristeza e angústia e com isso tardar a recuperação de nosso espírito neste momento de transição.

O plano espiritual vem nos acolher com a grandeza do amor, da paz e sempre com muita alegria e devemos nos preparar para este reencontro onde poderemos, mais do que nunca, com a brevidade de nossa transição, dedicarmo-nos aos trabalhos de auxílio ao próximo e também acolher nossos entes amados, encarnados e desencarnados, oferecendo-lhes nosso fraternal amor.

C aberá a nós, durante nossas existências, exercitar o real amor e o desapego pelo plano material, primando pela construção de sentimentos livres e sinceros, comprometidos com o bem estar e o amor ao próximo e com o nosso propósito evolutivo.

A saudade é um sentimento nobre, que não deve ser acolhido com dor e sofrimento, mas sim com alegria e louvor, pois temos a certeza, através de nossa fé, que todos os nossos irmãos estarão amparados por nosso amado Mestre J esus, que a nenhum de nós deixará de iluminar.

Marco AntonioBibliogra� a: Parnaso de Além-Túmulo – Francisco C ândido Xavier / Espíritos di-versos, Editora FEB.

SaudadeAnte o brilho da vida renascenteDepois da névoa estranha, densa e fria,Surgem constelações do Novo DiaMuito longe da Terra descontente

Mundos celestes, reinos de alegriaE impérios de beleza resplendenteCantam no Espaço, jubilosamenteAo compasso do Amor e da Harmonia...

Mas, ai! pobre de mim!... Ante a grandezaDa glória excelsa eternamente acesaVolvo à sombra letal do abismo fundo!

E, esmagado de angústia e de carinho,Choro de amor, revendo o velho ninhoE as aves ternas que deixei no mundo!...

Leôncio Correia

Pelo grandioso espírito Emmanuel foi concebida a literatura recebida pelos in-tegrantes do C lube do Livro Espírita “J oaquim Alves (J ô)”, no mês de agosto de 2010, intitulada “Assim Vencerás”.

Qual é nosso maior proble-ma?

“Todas as questões políti-cas e administrativas, todos os enigmas sociológicos e passionais, que espalham na Terra as mais constrangedo-

ras crises de espírito, dependem da solução de um problema único para serem convenientemente decifrados – o proble-ma do reajuste da nossa própria alma ante as Leis Divinas.”

Este é um trecho do primeiro título abordado: “O Maior Problema”.

Na atualidade, é uma temática que vem ao encontro de nossas indagações. E a resposta está dentro de nós mes-

mos.São 40 tópicos para refl exão e descoberta de respostas,

que poderão fazer a diferença no prosseguimento da jornada diária.

A cada tópico, frases intuitivas, objetivando aguçar, mais que a inteligência, a sabedoria do homem – “Deus, que é a Providência de tua alma dilacerada, é igualmente a Provi-dência dos que te ferem”.

À luz do evangelho do C risto, a obra se destina a auxiliar de maneira clara, mas, concisa, a qualquer hora do dia, para as mais comezinhas situações.

Dúvidas, perquirições, orientação para a tarefa a cumprir? Recorramos às elucidações do Mestre, ora conduzidas pelo valoroso Emmanuel, por meio do digníssimo médium Fran-cisco C ândido Xavier.

Uma das constatações da Providência Divina em nossas vidas está contida nas comunicações que recebemos do Alto, por meio de obras como esta.

E assim, estudemos, refl itamos e ajamos para poder ven-cer!

Rosangela

Clube do Livroclube do livro

Assim Vencerás Francisco Cândido XavierEspírito Emmanuel

Editora Ideal8ª edição

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Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419 livros psicografados por Chico Xavier, romances de diversos autores, revistas, jornais e DVDs espíritas. Distribuição permanente de edi� cantes mensagens.

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Pegadas de Chico Xavierpegadas de chico xavier

E m meados de 1932, o “C entro E spírita Luiz G onzaga” estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, J osé Hermínio Perácio, Dona C armen Pena Perácio, J osé Xavier, Dona G eni Pena Xavier e C hico Xavier.

O s doentes e obsediados surgiram sempre, mas, logo depois das primeiras melhoras, desapareciam como por encanto.

C erta época, Perácio e senhora transferiram-se para Belo Horizonte, por impositivos da vida familiar.

O grupo fi cou limitado a três companheiros.Dona G eni, a esposa de J osé Xavier, adoeceu e a casa

passou a contar apenas com os dois irmãos.J osé, que era seleiro, naquela ocasião foi procurado por um

credor que lhe vendia couros. Este credor insistia em receber pelos seus serviços.

Por isso, apesar de sua boa vontade, necessitava interromper a frequência ao grupo, pelo menos, por alguns meses.

Vendo-se sozinho, C hico Xavier também quis se ausentar.Mas, na primeira noite em que se achou a sós no C entro,

sem saber como agir, Emmanuel apareceu-lhe e disse:— Você não pode se afastar. Prossigamos em serviço.— C ontinuar como? Não temos frequentadores...— E nós? — disse o espírito amigo — Nós também

precisamos ouvir o E vangelho para reduzir nossos erros. E , além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na hora regulamentar, estudemos juntos a lição do Senhor e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho.

Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, C hico abria o pequeno salão do C entro e fazia a prece de abertura, às oito da noite em ponto.

Em seguida, abria “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, ao acaso e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em voz alta.

Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez.Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras

que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento.Escutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a

inspiração direta de Emmanuel.Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava

sozinho.Essas reuniões no C entro, com um Médium a sós e os

desencarnados de portas iluminadas e abertas, se repetiam todas as noites de segundas e sextas-feiras.

***Que tenhamos a fé, a persistência, a bondade, a disciplina,

entre tantas outras virtudes, como as de C hico Xavier que, como demonstrado em mais esta passagem de sua vida, sabemos não ter falhado em sua missão perante o Pai C eleste e J esus, atendendo a uma multidão de necessitados todos os dias, sem nenhuma distinção de raça, crença, cor ou sexo, sem hora marcada, fossem eles encarnados ou desencarnados.

E quanto a nós, já paramos para pensar e perguntar se estamos cumprindo a nossa?

Que aprendamos com as lições do querido irmão e sigamos as suas “pegadas”.

ReinaldoBibliogra� a: Adaptação do livro Lindos Casos de Chico Xavier - Ra-miro G ama, capítulo 29, Editora Lake, 20ª ed., 2006.Imagem: http://1.bp.blogspot.com/-y-wi5RtF7qo/Tarbfi H_zAI/AAAAAAAAAs8/EwrWLWuvsF8/s1600/chico2%25281%2529.jpg

Solidão Aparente

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13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Kardec em Estudokardec em estudo

Para que possamos buscar enten-der este capítulo do Evangelho, fare-mos uma refl exão sobre:

“Advento” = Vinda. Quem na Terra teria a moral e o entendimento neces-sários para nos trazer a Verdade, se-não J esus, o C risto?

“Venho como outrora” - dois mi-lênios e alguns anos nos separam da vinda de J esus, trazendo-nos a Boa Nova. Os ensinamentos do Pai, o Deus único, o Deus bom e suas Leis Imutáveis e Eternas.

Ensinou-nos, com seus atos e pala-vras, sobre a vida espiritual, para que pudéssemos entender a vida terrena e sua necessidade de aprendizado, aprimorando nossos laços com a eter-nidade.

“entre os � lhos desgarrados” - que, apesar das grandes mudanças materiais ocorridas, ainda estamos tão distantes do entendimento daquelas necessárias em nossa moral, que é a grande chave para a vida atual e es-piritual.

“dissipar as trevas” - como dissi-par trevas que nós mesmos criamos, sem buscarmos “O Evangelho Segun-do o Espiritismo” assim como “O Li-vro dos Médiuns” que nos trazem em seus ensinamentos como dissipar as fantasias, tais como fantasmas, caste-los mal assombrados e tantas outras besteiras permitidas pelo nosso medo, desconhecimento e, muitas vezes,

desinteresse em seus estudos, aler-tando-nos ainda, entre tantos outros importantes assuntos, sobre os falsos profetas, onde ajustamos nossos in-teresses, afastando-nos da Verdade Divina.

Somente com sérios estudos, en-tenderemos ainda, a loucura, alucina-ções, o charlatanismo, a obsessão e suas consequências, e tantos outros que povoam nossas mentes, gerando a escuridão para a vida tão iluminada que J esus veio nos mostrar.

C ompreendemos? ! S im! Porém, o básico que nossa inteligência conse-gue gerir, em meio ao nosso orgulho. Mas, essa compreensão ainda não chegou ao nosso coração, para que possamos praticar o verdadeiro amor.

J esus reforça: Escutem-me!O estudo que falamos acima é muito

importante, mas escutar a J esus repre-sentará muito mais!

É o “entenda-me”, mas com o co-ração, pois ali está a essência Divina, que será regada com o amor, para o crescimento necessário na prática da verdadeira caridade ao próximo.

“Creiam, amem, meditem sobre as coisas que lhes são reveladas.”

Não basta só acreditar! É necessá-rio acreditar amando nosso próximo, saber o que as Leis Divinas represen-tam em nossas vidas e sua continui-dade, livrando-nos do Deus que cas-tiga, mas crendo no Deus que confi a

em nós, não importando quanto tempo levaremos para estarmos preparados para uma vida melhor, mas com a cer-teza de que lá chegaremos, e E le es-tará nos esperando de braços abertos.

C ompreenderemos então os “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”, em seu justo sentido.

Nesta certeza, Emmanuel, através da psicografi a de nosso amigo Fran-cisco C ândido Xavier, nos aconselha:

“Se procuras o Mestre do Evangelho não admitas que tua fé se transforme em combustível ao fogo da ambição menos e� ciente.

Vale-te da lição de Jesus, à manei-ra do lavrador vigilante que sabe se-lecionar as melhores sementes, a � m de enriquecer a colheita próxima, ou à maneira do viajor, que guarda consigo a lâmpada acesa para a vitória sobre as trevas.”

Deus, em sua criação não escondeu absolutamente nada. Resta-nos o inte-resse de buscar, desde o seu início, o conhecimento para que tenhamos o C aminho, a Verdade e a Vida!

VanoBibliogra� a: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec, Tradução de Roque J acintho, Editora Luz no Lar -1ª ed.- 1987.O Livro dos Médiuns – Allan Kardec, Edito-ra FEB, 59ª ed., 1992.Construção do Amor - Francisco C ândido Xavier, pelo espírito de Emmanuel, Editora C EU, 1ª ed., 1988.

Eu venho, como outrora entre os fi lhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas.Escutem-me!

E h t t filh d d d I l t d d di i th filh d dd d l d d dO Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo VI “O Cristo Consolador” – itens 5lh S d E i iti C ít l VI “O C i t C l d ”

Instruções dos Espíritos,Advento do Espírito de Verdade

A tarde tinha sido realmente muito difícil...

No escritório, o dia fora todo atra-palhado. Logo que chegara percebera que as informações recebidas não fo-ram das melhores. O sócio de Londres havia feito uma transação fraudulenta, que causara um rombo enorme nas fi -nanças da empresa. Em consequência

disto, todas as outras fi liais e mesmo a C entral, localizada na zona norte de São Paulo, sofreram uma enorme per-da; algo aproximado a 500 milhões de dólares.

Bem, com essas informações, dá para imaginar o alvoroço que se tornou a vida dos sócios e acionistas da Empresa Mineradora... S /A. Os te-

lefones não paravam de tocar, os faxes vinham de todas as partes do mundo e os e-mails, então, lotaram as caixas postais com solicitações desespera-das de informações atualizadas sobre o golpe acontecido.

E videntemente, a fi lial de Londres encontrava-se totalmente fora do ar e não se conseguia falar com nenhuma pessoa responsável pela empresa.

Aqui no Brasil, o setor da Adminis-tração C entral estava em polvorosa, tentando, de todas as formas, fugir

Contoscontos

A Conversão de Agenor

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das perguntas insistentes dos repórte-res das empresas de rádio e televisão, atentas ao acontecido.

O porta-voz da empresa, S r. E du-ardo, não conseguia convencer os acionistas presentes na coletiva de im-prensa, com suas colocações vazias de detalhes sobre o que ocorrera no mercado fi nanceiro.

Alguns dias após o acontecido...— Paulo, você soube o que acon-

teceu?— Soube sim e confesso que estou

muito preocupado com o nosso diretor o Sr. Agenor. Desde os acontecimentos infelizes, ele anda triste e acuado. Para cobrir as despesas da empresa, teve que colocar em custódia todos os seus bens e, mais do que isso, colocar suas propriedades, que não são poucas, em juízo, para pagar a fi ança de um em-préstimo de cinco milhões de reais, a fi m de continuar operando no mercado. A agência de Londres foi fechada e a Scotland Yard continua procurando os envolvidos na fraude. Por outro lado, fi quei contente em ver as atitudes de sua esposa, na verdade de toda a sua família.

— C omo assim?— Bem, conversando com D. Luiza

e Alfredo, o fi lho mais velho, eles nos disseram que fi caram mesmo assusta-dos com o fato. Mas, mesmo conside-rando ser esta uma situação muito difí-cil de ser encarada e vivida, a primeira coisa que fi zeram foi... o Evangelho.

— Evangelho? Rezar?— S im, rezar e muito. A família é

evangélica e sempre viveu os ensi-namentos do Mestre, assim como em toda religião C ristã. Os ensinamentos de J esus consolidaram com muita força os laços que unem esta família e todos os seus membros, quer dizer, quase to-dos. O Sr. Agenor, por ser uma pessoa muito ligada aos negócios e ao dinhei-ro, tem muita difi culdade em aceitar o C risto e seus ensinamentos. C ostuma dizer que quem fez tudo pela sua fa-mília foi ele, Agenor e não J esus. D. Luiza o ama muito e sabe que ele é um bom homem, apenas muito ligado ao dinheiro.

— É então, por isso, que ele anda tão estranho! O utro dia, na “rádio peão”, me disseram que ele pensou

até no suicídio...— Isso. E esse é o maior problema.

C onheço o Alfredo, seu fi lho, de há muito tempo, desde a época da facul-dade, onde nos formamos e sempre nos entendemos muito bem. Frequento sua casa faz tempo e tenho livre trân-sito na família. C omo espírita, fazemos nossas preces juntos e temos, todos, o mesmo objetivo na vida: amar ao próximo como a nós mesmos. Por isso estamos fazendo, juntos, O Evangelho, todos os dias. E nvolvemos o espírito do Sr. Agenor em nossas preces todas as vezes que oramos, e mesmo assim está difícil... Mas não desistimos, não, pois sabemos que seremos todos aten-didos de uma forma ou de outra. Por que você não nos acompanha Luiz?

C inco meses depois...— Boa noite, senhores ouvintes. Va-

mos acompanhar, neste momento, o depoimento do Sr. Paulo, nosso pales-trante, nesta reunião de hoje. Sr. Paulo, por favor...

— Boa noite a todos. Que o Senhor nos abençoe. Falaremos hoje sobre “A Paciência”, esta virtude tão difícil de ser cultivada em nossos corações. Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, no capítulo IX, item sete encontramos o seguinte:

“A dor é uma bênção que Deus en-via a seus eleitos. Não se afl ijam, pois, quando vocês sofrem. Mas bendigam a Deus onipotente que assinalou vocês pela dor neste mundo, para a glória no céu. Sejam pacientes!”

A história que vamos narrar nesta noite é verdadeira e o personagem

principal é o doador do terreno e de todo o material que deu vida a esta C asa e o alimento a todos os neces-sitados que aqui são atendidos, diaria-mente.

É a história de um momento da vida do homem que tudo fez para que con-seguíssemos ter este local maravilho-so, que nos ajuda a manter a vida dos que aqui são atendidos: S r. Agenor de Souza.

Após ter sido salvo de uma tentati-va de suicídio devido à pressão por-que passara há cinco anos, resolveu doar grande parte de sua fortuna aos necessitados. Mas não foi fácil tomar esta decisão. Podemos dizer até que foi através da persuasão.

S im, pois quando estava prestes a se suicidar e já se preparava para pular da ponte do rio J uquiá, encontrou um livro que veio mudar sua vida por com-pleto. Este livro foi-lhe presenteado por um sem-teto que o lançou fora e caíra aos pés do Sr. Agenor. Por curiosidade, tomou o livro em suas mãos, e, atra-vés de sua leitura ele conseguiu reunir forças para continuar vivendo. Através dele descobriu fatos e revelações que até aquele momento lhe faltavam na vida. E mais, descobriu que é eterno assim como todos nós. O livro? Uma obra de Allan Kardec intitulada “O Livro dos Espíritos” e, desde esta data, o Sr. Agenor procura colocar em prática os deveres morais que conquistou através dessa importantíssima obra. Que Deus o abençoe! E que nós possamos seguir o seu exemplo...

Antoine

Q uando lemos essa mensagem, temos a impressão que a entendemos bem, no entanto, na prática, fazemos justamente o oposto.

O “desculpar” de E mmanuel é entender e aceitar o erro dos que nos acompanham nesta jornada. Não é deixar que o seu companheiro de

caminhada cometa erros sob a sua ignorância, mas saber conduzi-lo de forma construtiva, procurando fazê-lo entender o seu engano, não como um

Tema Livretema livre

Desculpar Incessantemente É Renovar“Desculpar Incessantemente É Renovar-se para a Vida Superior” Emmanuel

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15Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Estamos sempre vivos.A vida, mais que a expressão transitória da existência, está

sempre onde nós estivermos.C hamemos plano físico ou plano espiritual; cidade terrena

ou cidadela espiritual – aí em toda parte a vida é um eterno presente.

Se desejamos, pois, relacionarmos-nos com os PLANOS SUPERIORES DA VIDA, quer estejamos imersos nas experi-ências físicas, ou já em repetição de experiências espirituais, bastará que sublimemos os nossos sentimentos, as nossas

emoções, os nossos conhecimentos.É que os planos espirituais estão em toda parte.Ao redor de cada um de nós há sombras e há luzes.Refl etir a luz ou ensombrarmos com as trevas in-

teriores – é opção de cada um de nós.Viva, pois, nesta hora, como lhe convém, para que você

amealhe todos os valores mais ALTOS, a fi m de que a sua mestra de vida seja o AMOR, liberando-se, afi nal, das lições vindas pelas mãos dos sofrimentos.

G uarde-se no bem e o bem será toda a sua proteção quer esteja você no sanatório da carne ou na liberação da Espiritualidade – nossa pátria de destino.

Paz.Roque J acintho

Mensagemmensagem

Vivos Para Sempre

Num clima de muita alegria cristã realizou-se a 6ª Semana E spírita de Fabiano de C risto de 17 a 22 de outubro de 2011, no Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança, à Rua das Turmalinas, 56/58, C entro – Diadema – SP, para comemorarmos o desencarne deste nosso querido Patrono Espiritual de que tanta gratidão somos devedores.

Antes de iniciarem as palestras, tivemos a oportunidade de nos deliciar com as apresentações artísticas e os palestrantes escolhidos nos trouxeram boas explicações através dos seguintes temas:

• Transmigrações Progressivas, P luralidade das Existências

• Infl uências dos Espíritos em Nossos Atos• Fenômenos da Natureza e a Ação dos Espíritos• Diante da Lei da Destruição, S egundo a Doutrina

Espírita

• O C onsolador PrometidoO encerramento de nossa Semana Espírita Fabiano de

C risto foi feito na Banca de Livros Espíritas J oaquim Alves, na Praça C astelo Branco, C entro, Diadema, com leitura de um trecho de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e do livro “Fonte Viva” de Emmanuel, seguida de uma prece.

Agradecemos a presença de todos que compartilharam conosco destes momentos iluminados.

Equipe do Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança

Aconteceuaconteceu

Semana de Fabiano de Cristo

criminoso, porém como um filho de Deus, passível de quedas e que, com a ajuda de J esus, retornará a caminhar com o jugo mais leve.

O “incessantemente” quer dizer que devemos desculpá-lo sempre e da mesma forma, pois somente assim estaremos nos renovando perante as lições aprendidas em “O E vangelho Segundo o Espiritismo”, colocando-nos a serviço do nosso Mestre.

Vamos buscar em nossos relaciona-mentos se praticamos tal ensinamento:

Q uando um dos nossos familiares comete, vamos dizer, um deslize, pro-curamos chamar sua atenção pelo ato praticado, como se fôssemos os pode-rosos e infalíveis de praticá-lo. Se voltar a cometer outro deslize, nossa (falta de) “paciência” já faz com que mudemos o tom da voz e coloquemo-nos como vorazes juízes. Nos enganos seguintes, não precisamos nem lembrar.

Se em nossa família, onde temos li-berdade de expressar nossos sentimen-tos e, que já sabemos o que representa

essa união, não conseguimos sequer o entendimento, percebemos que a luta será muito grande para que possamos colocar o ensinamento em prática.

“Renovar” é buscar dentro de nós a força necessária para entender quais sentimentos ainda estamos alimentan-do, refl etindo muito sobre os nossos atos, buscando nos estudos da Doutrina Espírita os esclarecimentos que ainda são necessários para que essa reno-vação se faça presente em todos os momentos da nossa vida, lembrando sempre que o lar é, e será sempre, o início da nossa caminhada em cada re-encarnação, pois somente dela sairá a semente que nos fará o carvalho que a Misericórdia Divina espera de nós.

“Vida S uperior” não é a vaidade na qual estamos envolvidos pela vida material, que nos afasta de tudo que é verdadeiramente importante. Busque-mos entender nossas necessidades materiais como o que é necessário para nossa tranquilidade, mas não aquela que nos rouba do lar, cega-nos para a

análise e acompanhamento dos fi lhos, afastando-nos da família e arrastando a todos para o desconhecimento da vida espiritual.

Lembremos sempre que os dias de inverno virão, não porque o desejemos, mas, porque fazem parte de nosso aprendizado e, se estivermos prepara-dos para compreendê-los, serão menos dolorosos e muito mais proveitosos.

“A Terra ainda não é um paraíso, conquanto as fontes e � ores que a en-riquecem”. Emmanuel

B usquemos ler novamente a mensagem e comecemos, a partir deste momento, a nossa renovação.

J esus, obrigado pela confi ança em nós!

Se temos preguiça de ler e de nos instruir, que não requer nem esforço físico e muitas vezes nem sair de casa, o que nos restará na hora da Verdade?

AnnaBibliogra� a: Escultores de Almas – Fran-cisco C ândido Xavier / Espíritos diversos, Editora C EU.

AC E ITAMO S S UA C O LABO RAÇ ÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e

pode ser feita em nome doNúcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança - C NPJ : 03.880.975/0001-40

Banco Itaú S .A. - Agência 0257 - C /C 46.852-0

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Atualidadeatualidade

A ruína moral observada na época do C risto, com a história da crucifi cação, continua ainda hoje, prevalecendo na covardia, na falta de consciência, no não comprometimento, imperando a injustiça.

Setores até então dignos de credibilidade, hoje padecem, conta-minados com a moléstia da corrupção e desonra. A sede do poder invade as mentes enfermiças, expondo nações inteiras ao declínio.

E is o que acontece hoje no meio político mundial.Rui Barbosa deixou entre várias frases, esta:“Abomino as ditaduras de todo gênero, militares ou científi cas,

coroadas ou populares.”E ntre vários textos de Rui Barbosa, destacamos trechos de:

“Oração aos Moços” e “O Justo e a Justiça Política”:“Porque para sermos � éis no muito, o devemos ser no pouco.”“De Anás a Herodes o julgamento de Cristo é o espelho de todas

as deserções da justiça, corrompida pelas facções, pelos demago-gos e pelos governos. A sua fraqueza, a sua inconsciência, a sua perversão moral cruci� caram o Salvador, e continuam a cruci� cá--lo, ainda hoje, nos impérios e nas repúblicas, de cada vez que um tribunal so� sma, tergiversa, recua, abdica. Foi como agitador do povo e subversor das instituições que se imolou Jesus. E, de cada vez que há precisão de sacri� car um amigo do direito, um advogado da verdade, um protetor dos indefesos, um apóstolo de idéias ge-nerosas, um confessor da lei, um educador do povo, é esse, a ordem pública, o pretexto, que renasce, para exculpar as transações dos juízes tíbios com os interesses do poder. Todos esses acredi-tam, como Pôncio, salvar-se, lavando as mãos do sangue, que vão derramar, do atentado, que vão cometer. Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretação restritiva, razão de estado, interesse supremo, como quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde.”

A exploração da ignorância e miséria do povo, cultivada e mantida com benefícios ilusórios, permite que a ação de mentes egoistica-mente dominadoras manipule, com propostas que afastam cada

A ruína moral observada na época do C risto com a história daPolítica Ontem e Hoje

vez mais as pessoas da busca do saber e de novas conquistas, do trabalho e crescimento dignos. A massa nebulosa de promessas vãs e comprometedoras aliada a “benefícios” que mais decresce a dignidade humana, cresce na medida em que o povo, sem sustentação por falta de conhecimento e estudo, entrega-se na misera-bilidade do Ser. O “sujeito-marionete”, que coloca sua vida em custódia, nas mãos de pessoas cruéis, sob o jugo destas será manipulado e perderá sua identidade.

O conformismo e a zona de conforto agem como vírus, invadindo as expectativas dos povos, que serão cada vez mais subjugados, na medida em que se omitirem ou permitirem que seu valor seja sequestrado por quaisquer querelas.

O povo, sem querer agir ou enxergar, está aceitando propostas ilusórias, endossando a imoralidade e permi-tindo sua decadência diante de facilidades enganosas.

Que haja o despertar de cada povo, de cada consci-ência, para que governantes não dominem ou enganem com tanta facilidade.

A escolha é de cada um e a responsabilidade também.

TheoImagem: http://www.clmais.com.br/public/noticias/04683_crop.jpg

Livro em Focolivro em foco

Pequenos pingos de verdade!“Não temperes de azedumeO prato simples do bem;Nunca se viu amarguraAuxiliar a ninguém.”

Podemos dizer “pingos de amor”, revelados de forma simples e profunda.

Assim apresentam-se os diversos Espíritos, através da psicografi a de nosso C hico, em cuja linguagem formam lindos versos e trovas, para assuntos relacionados a: renovações, cami-nhos, lar, consciência, coragem e tantos outros.

...“Não faças da própria vidaPreguiça, folga ou pilhéria.O dia desocupadoTraz o cartão da miséria.”...

Deixar de ler este singelo livro de bolso, será afastar-se de dias de alegria e deixar de com-

preender a paz.Disse o vivo ao morto amigo:“A ti, meu pesar sincero...”Disse o morto, no jazigo:“Muito grato. Aqui te espero.”

Endossado pelo prefácio de Emmanuel:“Comparemos este livro à harpa a� nada

em que os trovadores, cada qual com suas peculiaridades, nos trazem nobres e belas inspirações, através de rápidos harpejos.”

Que mais poderíamos escrever sobre tão belas obras, a não ser convidar à sua leitura, que renovará as mensagens de consolo e es-perança, sempre em nome de Nosso Senhor J esus.

Obrigado poetas e trovadores do Além.Que a “Paz e Alegria” de J esus, permaneça

a iluminá-los, sempre!Adna

Paz e Alegria

Francisco C ândido XavierEspíritos Diversos

Editora G EEM

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“Deixai as crianças e não as impe-çais de virem a mim, porque delas é

o reino dos céus”. Mateus 19:14Na época em que J esus esteve na

Terra encarnado, era costume do povo judeu levar as crianças para receber a bênção de algum rabino, que colocava as mãos sobre a cabeça.

Q uando as mães foram levar as crianças para receberem a bênção de J esus os discípulos viram com olhar de censura e reprovação e procuraram afastá-las. J esus, porém, advertiu seus discípulos, instruindo para que não im-pedissem a aproximação das crianças. J esus compreendia o cuidado das mães para educarem seus fi lhos segundo a Palavra de Deus e identifi cava suas preces em favor dos pequeninos. E le mesmo as havia atraído ao ouvir suas súplicas.

Os fi lhos foram confi ados a nós pelo C riador e é dever de cada mãe e de cada pai orientar, esclarecer, orar e su-plicar pelos fi lhos.

C ertamente notamos a sede de saber destes reencarnantes que, há menos tempo que nós, deixaram a Pátria Es-piritual para retornar à Escola Bendita da Terra, na ânsia e desejo de acertar, corrigir, reparar e evoluir.

C abe mais uma vez repetir para maior compreensão que os fi lhos nos foram confi ados por Deus e é nosso de-ver o esforço no trabalho de educação e orientação, sem projetarmos nossos confl itos em nossos fi lhos.

É dever dos pais educar e orientar para emancipação humana de acordo com os princípios e a compreensão da natureza espiritual, baseando-se nos ensinamentos de J esus.

C onscientizar as crianças sobre a im-portância das Leis terrenas e espirituais, pilares a nortearem suas funções nesta oportunidade bendita da reencarnação.

A educação interliga aspectos físi-

cos, orgânicos, morais, sociais, mentais, senti-mentais e espirituais.

Importante a observa-ção dos pais e educado-res ao perceber logo em tenra idade a tendência desordenada pela estima de si mesmo, desprezan-do e desrespeitando os outros, querendo elevar--se acima dos seus se-melhantes. É preciso identifi car a erva daninha do orgulho e egoísmo que surge sutilmente e se alastra através de graves faltas.

O orgulho é uma enfer-midade terrível da alma. Desenvolve a pretensão que a criatura tem em se achar superior aos outros. Desencadeia-se nesse processo a ira, a inveja, a preguiça, a luxúria e todos os males que nos levam para o sofrimento.

A ira, além de prejudicar o espírito, prejudica o corpo físico promovendo movimentos violentos, linguagem ina-dequada, adentrando em faixas vibra-tórias equivocadas, nas quais impera o desequilíbrio. J á ouvimos dizer que é melhor ser aleijado do que colérico.

Esses males são combatidos no es-forço pela calma, no exercício da paci-ência e da paz, procurando suportar os sofrimentos e investidas conforme os preceitos de J esus, confi ando na Bon-dade e na J ustiça Divina, sempre.

Toda criança precisa conhecer a re-ligião. A religião signifi ca nossa ligação com o Pai. Nos auxilia a identifi car nos-sos deveres e propósitos como espí-ritos eternos que somos. A dedicação ao estudo da Lei Divina nos aproxima de Deus. A oração nos liga ao C riador e nos torna receptivos ao Seu amparo.

A religião nos conduz a Deus. O es-tudo e o trabalho são ferramentas para

que nos tornemos melhores, superemos nossas imperfeições e conquistemos a humildade, a bondade, a lealdade, na pratica da caridade, fazendo todo o bem que possamos nos empenhar a reali-zar, inclusive àqueles que nos fazem mal, vibrando, consolando e aliviando, compreendendo e auxiliando.

Nossa responsabilidade é inegável ao entender e praticar os ensinamentos de J esus para que ao transmitirmos às crianças, o teor tenha respaldo nas nos-sas atitudes, que seja verdadeiro, pois sabemos que as crianças nos copiam e imitam.

Assim, orientaremos a criança com base na Verdade, instruindo que o ho-mem virtuoso é aquele que cumpre seus deveres para consigo mesmo, para com o próximo e para com Deus.

Amar a Deus de todo nosso cora-ção, conhecimento e alma, com todas as nossas forças e ao próximo como a nós mesmos.

NereideBibliogra� a: Espiritismo para Crianças - C airbar Schutel, Editora O C larim, 30ª ed., 2000.Imagem: http://3.bp.blogspot.com/-ze0uLIRd_mE/Tgy3QgmOEcI/AAAAAAAAAak/FmzC h0uic6M/s250/J ESUS.jpg

Jesus e as Criançasfamilia

Família

J esus, o justo por excelência, reco-menda-nos que coloquemos o amor verdadeiro acima de tudo.

É ilusão pensar que o dinheiro é a solução para as difi culdades da vida.

O dinheiro é útil quando bem usado em nosso favor e do nosso semelhante.

Do contrário, é fonte de puro egoís-mo e de satisfação de falsos prazeres e necessidades irreais.

Todo ser humano que almeja a felicidade, não pode e nem deve es-quecer que ela é fruto de trabalho ao próximo.Ou seja, é uma conquista que nasce

do trabalho de servir ao outro.A humanidade age como uma criança

que dá os primeiros passos ao aprender

canal abertoEste espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.

Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modifi cações nos textos a serem publicados.

Canal Aberto

A Excelência do Amor

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19Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas

3ª e 6ª, às 15 horasDomingo, às 10 horas

Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horasAtendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas na nova sede (Rua dos Marimbás, 220, Vila G uacuri, São Paulo)Evangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniõesTerapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30

Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h453ª e 6ª, às 14h45

Treino Mediúnico: 5ª, às 20 horasRua das Turmalinas, 56 / 58

Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345

LIVROS ESTUDADOS

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; A G ênese – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O C onsolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan KardecO problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis; Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis Morais – Roque J acinthoO Evangelho Segundo o Espiritismo; Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan KardecO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Os Mensageiros – André Luiz*; Vida Futura – Roque J acinthoO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

DIA

Domingo

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

DIA 011918 desencarna em Sacramento, MG, Eurípedes Barsanulfo; cristão autênti-co, espírita ativo, médium e fundador do Colégio Allan Kardec, cognominado “Apóstolo do Triângulo Mineiro”. O seu primeiro contato com a Doutrina Espíri-ta ocorreu em 1903, através do seu tio, conhecido como Sinhô, que, após tentar explicar os pontos básicos da doutrina, emprestou ao sobrinho o livro “Depois da Morte”, de Léon Denis. Ocorreu, então, uma transformação em sua vida: mudou-se da casa de seus pais e fundou o Grupo Espírita Esperança e Caridade, em1905, onde, além de realizar reuniões mediúnicas e doutrinárias, também pres-tava auxílio aos mais necessitados. Foi médium de variadas funções: inspirado, vidente, audiente, receitista, psicofôni-co, psicógrafo, de desdobramento e de bicorporeidade. Como médium receitis-ta, psicografava prescrições do Espírito Dr. Bezerra de Menezes. Veja em nossa revista sua biografi a detalhada <http://www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/se-areiro_08_2004.pdf>.DIA 051839 nasce em Lincolnshire, Inglaterra, Stainton Moses, reverendo protestante, que se voltou para o Espiritismo, tendo

deixado a obra “Ensinos Espiritualistas”.DIA 061835 nasce em Verona, Itália, Cesare Lombroso; criminalista, pesquisador e escritor espírita, em experiências com a médium Eusápia Paladino.DIA 071913 desencarna na Inglaterra o cientis-ta e pesquisador espírita Alfred Russel Wallace.DIA 081834 nasce em Berlim, Alemanha, Jo-hann Karl Friedrich Zöllner, pesquisador espírita.DIA 101835 nasce em Sevilha, Espanha, Amália Domingos Soler, vulto de grande desta-que no Espiritismo espanhol. Fundou o jornal ”La Luz del Porvenir”. Escreveu ”Reencarnação e Vida”, ”Perdoa-me” e ”Memórias do Padre Germano”.DIA 141849 as Irmãs Fox realizam as primeiras demonstrações públicas de suas faculda-des mediúnicas no Corinthian Hall, em Rochester.DIA 181881 nasce em Piraí, Rio de Janeiro, Alfredo José dos Santos Nora. Foi um grande poeta e jornalista. Lutou pela di-vulgação Espírita, através de seus versos, conseguiu aliar adeptos de outros credos quando estudante de Engenharia. Desen-carnou em 13 de novembro de 1948, no

mesmo local de seu nascimento. Consta no livro “Parnaso de Além-Túmulo” a po-esia “Carta Ligeira” de sua autoria.DIA 221897 desencarna no Rio de Janeiro Júlio César Leal. Foi um dos pioneiros do Es-piritismo no Brasil.DIA 231795 nasce em Thiais, França, à época da revolução francesa, Amélie-Gabrielle Boudet, educadora e escritora. Casou-se com o Professor Hypolite Léon Denizard Rivail (Allan Kardec) e colaborou na divulgação do Espiritismo. Filha única, seus pais lhe proporcionaram uma reta educação moral e intelectual. Era pro-fessora primaria e seguia a linha de Pes-talozzi, assim como A. Kardec, quando lecionava em Paris. Exerceu também as atividades de poetisa e artista plástica. Foi professora de Letras e Belas Artes; escre-veu três livros: Contos Primaveris (1825), Noções de Desenho (1826) e O Essencial em Belas Artes (1828). Veja em nossa revista “Seareiro” do mês de Setembro de 2006, sua biografi a completa <http://www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/se-areiro_09_2006.pdf>.DIA 291982 desencarna Edgard Armond, li-gado à Federação Espírita do Estado de São Paulo, autor de várias obras espíritas entre elas “Os Exilados de Capela” e pio-neiro do movimento de unifi cação.

Novembrocalendario

Calendário

a andar. É recorrente a sua preocupa-ção maior com as coisas da matéria.

Poucos são aqueles que procuram realizar um trabalho voluntário em favor de outrem.

Na verdade, nós vamos perceber tardiamente a oportunidade bendita

que desperdiçamos, quando do nosso retorno ao mundo espiritual.

Por isso, amigos, não sejamos impre-videntes, façamos o melhor.

O momento é de serviço ao próximo. S er útil é a senha que garantirá o

nosso retorno numa melhor condição

ao Mundo Maior, o contrário é engano. O importante, em qualquer situação

da vida, é servir e fazer sempre bem feita a nossa tarefa.

Amigos! O amor verdadeiro está aci-ma das tolas fantasias da matéria.

Ricardo Santos - São Paulo - SP

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