sebenta de odontopediatria

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  • Professor Ana Paula Vilela Lobo

    Ano 2011/2012

    A minha sebenta de

    2, Semestre

    3.Ano

    Me

    dic

    ina

    De

    nt

    ria

  • ndice Aula Terica 1 5

    Dentes decduos Aula Terica 2 10

    Desenvolvimento dos dentes Erupo e cronologia dentria

    Aula Terica 3 14 Cronologia e erupo dentria (continuao) Crie dentria

    Factores etiolgicos Factores predisponentes locais Factores predisponentes gerais Clnica das cries Classificao

    Sinais objectivos Sinais subjectivos Sinais radiolgicos

    De esmalte/de dentina Aula Terica 4 18

    Criana Ciclo bsico

    Aula Terica 5 19 Maturao dentria

    Estado I, II e III Impostncia, Clculo de maturao

    Aula Terica 6 21 Maturao dentria

    Aula Terica 7 23 Maturao dentria

    Aula Terica 8 24 Crie de Dentina Diagnstico da extenso da leso de crie Classificao de BAUME Classificao de REDIER Tipos de cries

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  • Aula Terica 9 28 Amestesia em odontopediatria Exodontia de dentes temporrios

    Aula Terica 10 37 Sedao consciente Exodontia de dentes temporrios Odontomas Ulectomias Ulotomia Operculectomia Mucocelo Frenectomia

    Aula Terica 11 41 Odontologia na grvida Alteraes bucais Anti-inflamatrios Analgsicos Antibiticos Anestsicos Flor Exame Radiolgico Mdica Grvida

    Aula Terica 12 44 Frenectomia lingual Abcesso dentrio Materiais dentrios

    Detetores de crie Proteo do complexo dentina-polpa: Ionmeros de vidro Compsitos Compmeros

    Aula Terica 13 49 Materiais dentrios

    Selantes de fossetas e fissuras

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  • Introduo

    Esta sebenta foi elaborada com base nas aulas tericas (contedo presente nos slides) bem como em apontamentos tirados nas mesmas e com ajuda de apontamentos de anos anteriores

    Contou com a colaborao das colegas: Ana Catarina Barbosa Marina Medeiros Joana Azavedo

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    Aula Terica 1 29 de Fevereiro de 2012

    Avaliao: prtica 50%; terica 50%

    A sade da cavidade oral da me, influencia a cavidade oral do filho (aquando de uma gravidez)

    As mes que sofrem periodontite severa tm partos prematuros - 6. a 8. semana de gravidez comea a

    odontognese - Odontopediatria comea antes da gravidez e acaba

    Termina quando se finaliza a formao do dente, ou seja, quando os dentes definitivos ( excepo do siso) esto completamente ativos

    - O dente erupcionado demora 3 anos a formar a coroa, 3 anos a formar a raiz e 3 anos at fechar o pex. Quando ele erupciona, no est completamente formado e isso demora mais de 3 anos

    Criana

    Cirurgia

    Endodontia

    Ocluso

    Dentisteria MDPC

    Ortodontia

    Prtese

    1. a nascer incisivo inferior (6 a 7 anos) 2. molar decduo muito parecido com o 1. molar permanente Bebs que nascem com dentes estruturas cristalizadas Formato: diferente entre decduos e permanentes

    Caractersticas externas: - 5 por quadrante - Mais pequenos, excepto molares - Coroas mais curtas e mais brancas - Razes alongadas e abertas - Faces V concavas - Esmalte fino - Razes erupcionam directamente da coroa - Maior dimetro VL relativamente altura coronal; mais rectangulares -Camara pulpar larga (taurodontiaaumento exagerado da cmara pulpar) -Faces oclusais menores -Colo mais marcado -pex pontiagudo -Razes dos dentes anteriores finas e longas com curvatura para vestibular; -Razes dos molares so divergentes mas acabam por convergir; -Maior volume de papila interdentria; -Insero gengival mais alta

    Erupo: ICS 7 anos e meio ILS 8 anos ICI 6 anos e meio ILI 7 anos

    Caractersticas internas - Camara pulpar maior e mais ampla (em

    comparao relativamente ao tamanho do dente)

    - Cornos pulpares mais proeminentes e mais perto das cspides (cries atingem mais rpido a polpa, por isso so feitos muitos tratamentos endodnticos: pulpotomias e pulpectomias)

    - Mais brancos - Esmalte/dentina mais espessos que nos

    permanentes - Temos superfcies de contacto (nos

    permanentes temos pontes de contacto) - pex mais ponteagudo - Espao interdentrio com papila interdentria

    mais volume - Insero gengival maior - Furca interradicular muito prxima da cmara

    pulpar

    Inicia-se ainda antes da gravidez, pela avaliao do estado de sade oral da futura me. O estado de sade oral da me influencia a da criana

    A criana no sabe distinguir dor de presso

    Funes: - Preparao do bolo alimentar; - Preparao da arcada para a dentio permanente; - Papel importante na fontica

  • 2.1

    2.2

    2.3

    2.4

    2.5

    2.6

    2.7

    3.1

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  • Altura da coroa diminui substancialmente relativamente ao permanente permanecendo altura maior que a largura ILS: Distncia do bordo inciso-cervical maior que o dimetro MD; 1 raiz e um canal radicular; Cmara pulpar ampla; dos poucos dentes na dentio de leite em que o comprimento cervico-incisal maior mesio-distal. Tal como o central tem um cordo com 2 fossas, mas menos pronunciado. A raiz em relao coroa mais larga que a do incisivo central. pice tambm desviado ao vestibular ILI -Mais largo e mais comprido que o central -Mais pequeno que o central excepto no

    dimetro cervico-incisal (tende a ser maior neste)

    - Incisivo lateral superior igual ao incisivo lateral superior

    -O incisivo lateral superior mais longo que o central, a raiz separada da coroa e possui uma superfcie lingual pouco evidente

    -Bordo incisal mais longo que o do IC e com curvatura para distal;

    -Tem o ngulo distal da aresta incisal mais arredondado que no incisivo central temporal inferior, no que mais simtrico.

    -A aresta incisal estar inclinada a distal tambm, maior em todas as dimenses ao central excepto vestibulolingualmente. Raiz cnica e com o pice a distal

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    Razes separadas da coroa; Bordo incisal muito desgastado; O lado lingual do dente decduo igual ao lado lingual do dente permanente, sendo que, o dente definitivo apresenta cristas marginais; Funo de corte

    Igual ao permanente mas mais pequeno Estrangulamento na regio cervical H uma inverso da dimenso da coroa maior MD que cervico-oclusal Concavidade palatina desaparece ICS: -Face V: dimetro MD maior que o cervico-

    incisal; plana -Sem lobos incisais -Bordo incisal: aspecto rectilizado -Face L: cristas marginais desenvolvidas e

    cingulo proeminente -Faces M e D: coroa larga e pouco alta, curvatura

    cervical pronunciada -1 raiz cnica com um nico canal radicular; -Cmara pulpar ampla Aspecto aplanado, o ngulo mesio-incisal recto, o disto-incisal mais obtuso e arredondado. Apresenta um cordo desenvolvido, em sua superfcie palatina, que divide esta superfcie em duas fossas: mesial e distal. A raiz nica, cnica e o seu comprimento duas vezes e meia a da coroa, pice desviado ao vestibular. A cmara pulpar tem 2 protuberncias pulpares, mesial e distal, sendo mais pronunciada a mesial ICI -Face V: lbulos podem ser visveis, coroa

    relativamente mais larga que nos definitivos -Face L: convergente para cingulum; bordo

    incisal rectilinizado; com cristas marginais e cngulo

    -Faces M e D: bordo incisal central, curvatura cervical mais acentuada por M

    -Raiz com dobro do comprimento da coroa; -1 raiz e um canal radicular; -Cmara pulpar ampla; -Bordo incisal recto o menor dente de todo o organismo, muito simtrico e tem o dimetro cervico-incisal maior que o mesio-distal, o qual nico junto com o incisivo lateral superior temporrio. A face palatina quase lisa, apresenta um cngulo igual ao do superior mas menos marcado. A raiz nica, cnica, regular, com o pice inclinado distal e a vestibular. Finalmente a cmara pulpar segue a forma externa do dente, com duas protuberncias pulpares, sendo mais marcada a mesial

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    - Os caninos decduos so iguais aos caninos definitivos; - So mais abaulados - Vertente mesial marcada; - Formato mais arredondado na superfcie lingual; - Bordo distal mais arredondado e possui razes pequenas. - Mais pontiagudo - Vertente mesial maior que a distal - ngulo diedrodistal fornece info sobre o quadrante - mais escavado na face palatina o inferior que o superior -Colo bastante acentuado; -Cmara pulpar ampla; -1 raiz longa com curvatura para distal e com um canal radicular sofre um engrossamento por cima da linha cervical, o pice est dirigido ao vestibular

    Superiores - faceV: mais volumosa e atarracada, lobos evidentes

    (central o maior, seguido do distal) e uma cspide; raz/coroa 2:1

    - Bordo incisal: coroa rombide, ponta da cspide para D, vertente M maior

    - Faces M e D: largas, mais no 1/3 cervical - Face P: eminncias anatmicas bem visveis, pode

    apresentar um tubrculo adjacente ponta da cspide

    - O canino superior, por lingual, apresenta trs cristas marginais, mesial, mediana e distal

    Inferiores: - Face V mais achatada, raz longa, mais

    arrendondada, fossas mais profundas, sem lobos - Bordo incisal: coroa rombide, ponta da cspide

    para D, vertente M maior - Faces M e D: largas, mais no 1/3 cervical - Face L: eminncias anatmicas bem visveis, pode

    apresentar um tubrculo adjacente ponta da cspide

    - Bordo incisal: coroa rombide, ponta da cspide para D, vertente M maior (igual maxilar): face V: mais volumosa e atarracada, lobos evidentes e uma cspide, raz/coroa 2/1; faces M e D: idnticas, maior contorno prximo do cervix; face L: uma fossa L, convergncia para cingulum

    - Os caninos inferiores no tm superfcie lingual to abaulada;

    - A face vestibular e lingual dos caninos inferiores muito lisa e possui uns bordos mais vincados por mesial e distal

    Todos os molares tm tubrculo antropide na face MV

    Colo bastante marcado; Maior dimenso MD; 4 cspides; Cornos pulpares proeminentes; Cmara pulpar ampla; 3 razes longas, finas e divergentes que depois convergem; 3 canais radiculares; o dente que mais se parece com o seu sucessor, o primeiro molar superior. Apresenta sua altura maior a nvel dos pontos de contacto. A superfcie oclusal tem forma trapezoidal, sendo a base maior o lado vestibular. Tem 3 cspides: 2 vestibulares e 1 palatina, que a maior, seguida pela mesio-vestibular e por ltimo a disto-vestibular. A forma trapezoidal por uma dupla convergncia. Por um lado as faces interproximais convergem para palatino, e por outro as faces vestibular e palatina convergem para distal. Mais perto de distal que de mesial encontra-se a fossa central, dela partem os sulcos em T, um ir para mesial e o outro para distal, ambos antes de chegar cresta marginal dividem-se em dois, delimitando a fosseta triangular mesial e a fosseta triangular distal respectivamente. Tem 3 razes largas e muito divergentes, a raiz maior a palatina, e a mais pequena a disto-vestibular.

    - necessrio ter cuidado quando se realiza uma extrao para no arrancar o grmen dentrio

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    - Forma oclusal semelhante ao 1 molar superior permanente; - Rombide (4 cspides); - Cmara pulpar ampla e cornos proeminentes; - Na unio das faces palatina e mesial, no tero mdio encontramos o tubrculo de Carabelli que una quinta cspide acessria que aparece s vezes. - Tem um sulco que por vezes tem cries e h que explorar. - A superfcie oclusal tem forma romboidal, apresenta 4 cspides: 2 vestibulares e 2 palatinas, a maior a mesio-palatina e a mais pequena a disto-palatina. - H uma profunda fossa central que se forma da unio das vertentes das cspides vestibulares com a mesio-palatina. H a cresta ou aresta oblqua que une as cspides mesio-palatinas com a disto-vestibular. - Tem 3 razes, a maior a palatina que em ocasiones se une raiz disto-vestibular. A cmara pulpar segue a forma externa do dente, com 4 protuberncias pulpares ou 5 se h tubrculo de Carabelli, o mais proeminente o mesio-vestibular seguido do mesio-palatino. em total h 3 condutos radiculares, um por raiz, embora por vezes a raiz mesio-vestibular possa ter 2, de forma que haveria 4 condutos no total

    4 cuspides: 2 V e 2L No se assemelha a nenhum permanente; Na face vestibular teremos uma cresta vestbulo-gengival que tem um maior tamanho a nvel mesial chamada tubrculo de Zuckerkandl. A sua superfcie oclusal tem forma romboidal, com 4 cspides: 2 vestibulares e 2 linguais. A cspide maior a mesio-vestibular, so sempre maiores as cspides mesiais que as distais. H uma cresta transversa ou cresta vestbulo-lingual que une as 2 cspides mesiais, por mesial e distal de esta cresta formam-se fossas e ligeiramente mais para o distal est a fossa central. Tem 2 razes com um dimetro vestbulo-lingual maior que o mesio-distal, a raiz maior a mesial e a pequena a distal. A cmara pulpar segue a forma externa do dente com quatro protuberncias pulpares, sendo a mais proeminente a mesio-vestibular, h 3 condutos para as 2 razes, tendo a raiz mesial 2

    - 5 cspides (3 vestibulares e 2 linguais); - Razes longas e finas; - Grande semelhante com o 1 molar permanente; - Cornos pulpares proeminentes; - Cmara pulpar ampla; - 2 canais na raiz mesial e 1 canal na raiz distal; - Este dente, de forma rectangular na face oclusal, assemelha-se muito ao primeiro molar permanente, tem 5 cspides: 3 vestibulares e 2 linguais; a mais pequena a disto-vestibular, apresenta uns sulcos em forma de W com 3 fossas: 1 central e 2 mais pequenas, distal e mesial. - Apresenta 2 razes, mais largas e divergentes que as do primeiro molar inferior decduo, sendo mais larga a mesial. - Tem 3 condutos em total, 2 na raiz mesial e 1 na distal; tem 5 protuberncias pulpares, sendo a mais acentuada a mesio-vestibular. Notas: - Entre a 6 e a 8 semana de VIU comea a formao dos germens dentrios (o IC inferior o primeiro). - So necessrios 3 anos para a formao da coroa, 3 anos para a formao da raiz e 3 anos para a formao do pex. - A cavidade oral do beb tem que ser higienizada ainda antes de erupcionar o 1 dente

    1 canal na raiz distal e 2 canais na raiz mesial; Raizes curvas e delgadas

    3 razes mais longas e grossas; 3 canais radiculares

  • Aula Terica 2 7 de Maro de 2012

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    -Desenvolvimento dos dentes: o processo atravs do qual os elementos dentrios so formados designado Odontognese. A odontognese um fenmeno complexo de induo molecular e celular recproca entre o ectomesnquima e o epitlio oral primitivo, dando origem lmina dentria (todo o desenvolvimento dentrio) -A induo ordenada de modo que todos os dentes, embora se desenvolvam como unidades individuais em cada arcada dentria com cronologia diferente, passem pelo mesmo processo -Atravs da coroa (cristalizao) vamos saber o nascimento dos definitivos -Lmina dentria - primeira etapa -Primeira mineralizao 6. a 8. semana -Molculas desencadeadoras: a partir da lmina dura - nas primeiras fases de formao do dente que temos mais informaes -Quando fazemos uma exodontia muito precoce vai retardar a erupo dentria dos permanentes -Materiais obturadores criam perda de espao (crie nos factores etiolgicos) - mais importante 1 boa sequncia do que a cronologia -Inferiores nascem mais precocemente -A perda de dentes temporrios incisivos pode alterar a fontica da criana -As sucessivas transformaes da lmina e do mesnquima condensado proveniente da crista neural do origem aos grmens dentrios da dentio temporria e da dentio permanente. Desde o nascimento h evoluo dos dentes permanentes

    -Grmen dentrio - estgio de raz (aposio e maturao) -Incio: aps coroa formada e junto com erupo dentria -Banha epitelial de Hertwig -Da unio dos epitlios interno e externo do esmalte -Diafragma epitelial: borda livre da bainha voltada para a polpa (delimita o forame primrio) -Restos epiteliais de Malassez: fragmentos da bainha que permanecem at vida adulta -Os odontoblastos e ameloblastos diferenciam-se e iniciam a secreo das matrizes de dentina e esmalte -Os tecidos periodontais tem origem no folculo -A lmina dentria epitelial tem todas as informaes necessrias para a formao dos dentes -O nmero e a forma dos dentes esto sujeitos a forte regulao gentica -Os distrbios nas interaces durante uma fase muito precoce dos eventos morfogenticos podem levar a alteraes de nmero, tamanho e forma

    _ Alteraes da odontognese Proliferao Diferenciao celular Morfognese Histognese Maturao dos rgos dentrios

    Estados da odontognese Lmina dentria Boto Capuz Campnula Coroa Raiz

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    O desenvolvimento inicia-se a partir da lmina dentria, que um espessamento epitelial.

    Lmina dentria Iniciao (grmen dentrio) Boto Proliferao Capuz Histognese

    Campnula Morfognese diferenciao e histognese - Mineralizao da coroa Aposio (formao de Esmalte e Dentina) - Calcificao

    Coroa Maturao do Esmalte (continuao da aposio) Formao da raiz Formao radicular (Esmalte e Dentina)

    A posio dos dentes temporrios determinada entre a 6 e a 8 semana de VIU. Lmina dentria 6a sem em VIU. Os dentes permanentes tm incio entre a 20 semana de desenvolvimento pr-natal e 10 semana de desenvolvimento ps-natal. Toda a dentio temporria tem origem na lmina dentria original (at aos sextos dentes). Os restantes originam-se a partir da lmina sucessora. Lmina dentria: incio na 6 semana de VIU. Lmina epitelial primria: espessamento do epitlio Lmina vestibular d origem ao sulco vestibular. Lmina dentria d origem aos dentes.

    - Lmina dentria sucessora: dentes permanentes sucessores - Lmina dentria acessria: molares permanentes

    Idade Caractersticas de desenvolvimento 42-48 dias Formao da lmina dentria 55-56 dias Boto: incisivos caninos e molares decduos

    Capuz 14 semanas Estgio de campnula para os dentes decduos e estgio de boto para os dentes permanentes 18 semanas Dentina e ameloblastos funcionais nos dentes decduos 32 semanas Dentina e ameloblastos funcionais nos 1s molares permanentes Desenvolvimento dentrio depende: - Fatores genticos - Molculas desencadeadoras (basta um no atuar para ocorrer agenesia, diferena na colorao, supracoronrios) - Interao entre epitlio e mesnquima

    Estgio de coroa: aposio e maturao; dentinognese centrpeta. Estgio da raiz: inicia-se aps formao da coroa (maturao e aposio) e juntamente com a erupo dentria. Bainha epitelial de Hertwig resulta da juno com o epitlio externo e interno do esmalte. Diafragma epitelial - borda livre da bainha voltada para a polpa (delimita o formen apical). Restos epiteliais de Malassez - fragmentos da bainha epitelial de Hertwig que permanecem toda a vida.

    Dentinognese (centrpeta) Amelognese (centrfuga): segundo tecido duro iniciando a formao pela mineralizao da dentina

    Pax 9 molcula que influencia a agenesia

    Molculas despoletadoras: FGF Fibroblast growth factor BMP4 Bone morphogenic proteins Wnts Wingless protein TNF Tumor necrosis factor

    A agenesia ocorre normalmente nos dentes de finais de srie: Incisivos Laterais, 2s Pr-molares e 3s Molares

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    Erupo dentria o movimento axial ou oclusal do dente, desde a sua posio de desenvolvimento at ao seu posicionamento funcional no plano oclusal Na realidade significa o rompimento do dente atravs da gengiva um processo de maturao biolgica e ao mesmo tempo mede o desenvolvimento orgnico Um dente anterior diz-se erupcionado quando a sua altura igual ou superior sua largura. Os dentes posteriores, esto erupcionados quando 2/3 da face oclusal se encontra erupcionada. A idade dentria do indivduo expressa com bastante fidelidade o seu grau de desenvolvimento

    Causas genticas Distrbios endcrinos Deficincia nutricional Outras causas

    Erupo ectpica Trauma Anquilose Perda prematura Quisto Odontoma Neoplasias Fibrose gengival Crie Factor iatrognico

    A cronologia de erupo obedece a certos padres genticos, factores sistmicos e ambientais, havendo tambm diferenas quanto ao sexo

    Uma sequncia favorvel de erupo mais importante que a cronologia

    Dente decduo Idade de erupo Incisivo central 6/7 meses Incisivo lateral 8 meses

    1 Molar 16 meses Canino 20 meses (superior) ou 18 meses (inferior)

    2 Molar 24/30 meses Os dentes, tal como os ossos do pulso e do tornozelo, s terminam a sua maturao por volta dos 16-18 anos

    A idade dentria de um indivduo expressa com bastante fidelidade o seu grau de desenvolvimento

    A cronologia da erupo dentria obedece a certos padres genticos, fatores sistmicos e ambientais, havendo tambm diferenas quanto ao sexo (em geral, o gnero masculino mais atrasado do que o feminino, no entanto existe uma altura em que os machos se desenvolvem mais rpido). Uma sequncia favorvel de erupo mais importante que a cronologia. Este perodo corresponde fase passiva da erupo dentria. Quando h agenesia na primeira dentio, h uma grande probabilidade de se suceder na permanente.

    Obturaes mal feitas ocupam espao e atrasam a erupo ou, com a perda de espao, o dente inclina-se e atrasa a erupo de outros dentes.

    Odontoblastos e ameloblastos diferenciam-se e iniciam a secreo das matrizes de esmalte e dentina. Os tecidos periodontais tm origem no folculo. A lmina dentria epitelial tem todas as informaes necessrias para a formao dos dentes (encontra-se no boto do esmalte). O nmero e a forma dos dentes esto sujeitos a forte regulao gentica. Distrbios nas interaes durante uma face muito precoce dos eventos morfogenticos podem levar a alteraes no nmero, forma e tamanho dos dentes. Dentes- fornecem informaes sobre o crescimento e maturao de todo o organismo

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    - Inicia-se quando o dente entra em ocluso at sua perda ou remoo

    -Este perodo corresponde fase passiva da erupo dentria

    -Os movimentos (verticais e sagitais) dentrios ps-eruptivos so os que mantm a posio do dente irrompido enquanto a base ssea continua a crescer e tambm compensam os desgastes oclusais e proximais de forma a manter a articulao

    -Organizao das fibras do ligamentos periodontal, aposio e remodelao ssea

    -Os dentes em erupo movem-se a diferentes velocidades e diferentes tempos

    - Inicialmente a erupo lenta a nvel sseo

    -O grau de erupo aumenta quando o dente libertado e penetra a mucosa

    -O dente move-se da posio intra ssea at posio funcional em ocluso -Predomina o movimento em direco axial ou oclusal -O ligamento periodontal organiza-se e existe aposio ssea -Para Moyers esta a etapa em que o dente na cavidade oral ainda no estabelece contacto com o dente antagonista. A raz ainda no est formada -O aparecimento da coroa na cavidade oral tem a denominao de erupo activa, no entanto, ocorre simultaneamente um deslocamento da insero epitelial em direco apical que se denomina de erupo passiva

    Comea com o desenvolvimento dentrio e acaba quando a coroa est completamente formada, est associado ao crescimento diferencial O grmen dentrio realiza pequenos movimentos de inclinao e rotao em relao ao crescimento global dos maxilares

    1. pr-eruptivo; 2. Intra-alveolar; 3. Intra-oral; 4. Ps-eruptivo

    Segundos molares temporrios erupcionam pelos 24 e os 30 meses

    Representao esquemtica da dentio temporria completa e seus sucessores

    Dentio mista: o perodo de dentio mista aquele em que esto presentes dentes temporrios e dentes permanentes, tambm chamado perodo de transio

    - Muito importante: causa alteraes na formao do dente. - Se ocorrer a avulso dos incisivos aos 3-4 anos, isto importante a nvel esttico, da fontica, funcional e social. Assim, colocam-se prteses que servem como uma guia para os dentes permanentes. - Se no houver estimulo = atraso

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    Aula Terica 3 14 de Maro de 2012

    Perodo de transio: A substituio dos dentes temporrios pelos dentes permanentes acontece em duas fases distintas com um perodo de intertransio pelo meio : os incisivos so substituidos pelos sucessores e d-se a erupo dos

    primeiros molares permanentes por volta dos 6 anos : dura cerca de 1,5 ano, entre os 8 e os 10 anos de idade. Temos a fase do

    patinho feio : os canino e os molares so substitudos pelos sucessores e temos tambm a

    erupo dos segundos molares permanentes

    Fase do patinho feio de Broadbent

    Cdigo de registo Dentio permanente Dente no erupcionado 0

    Dente em erupo 1 Dente erupcionado 2

    Sequncia mais comum na dentio temporria

    Sequncia ideal para a dentio permanente Crie nas crianas diferente ou igual aos adultos? uma doena infecciosa, ps-eruptiva, transmissvel, altamente influenciada pela dieta e que, quase sempre, caracterizada por destruio progressiva e centrpeta dos tecidos mineralizados dos dentes Doena infectocontagiosa, multifatorial, onde participam dois grandes processos dinmicos: remineralizao e desmineralizao da estrutura dentria Re

    gra p

    ara s

    aber

    qu

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    um

    a cr

    iana

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    a lin

    ha di

    reita

    A factor agente (bactrias cariognicas) B factor ambiente (hidratos de carbono) C factor hospedeiro (dente)

    Processo cariognico Diagrama de Keyes A agente B ambiente C hospedeiro D tempo

    Na criana A erupo dentria B morfologia C desenvolvimento dentrio D desenvolvimento intelectual

    Dentio temporria: primeiro nascem os incisivos centrais inferiores seguidos dos incisivos centrais superiores. Dentio permanente: primeiro nascem os 1s molares e a seguir os incisivos.

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    Hidratos de carbono Aucares

    Freq de ingesto Eliminao da cavidade oral

    Bactrias cariognicas S. Mutans S. sobrinus

    Actividade antibacteriana

    Act antibacteriana

    saliva

    Activ remineralizadora

    Capacidade tampo

    cidos

    Desmineralizao Remineralizao

    Superfcies dentrias Cries Alteraes ()

    Factores que provocam a desmineralizao do esmalte

    - Raa: negra tem menos susceptibilidade - Distribuio geogrfica - Idade: idade da adolescncia muito

    tendncia a no escovar os dentes - Sexo - Socio-econmicos - Alimentao - Factores imunolgicos - Factores genticos - Funo endcrina - Sade geral

    M posio dentria Abraso Higiene dentria Alteraes salivares Respiratrios Estado periodontal Prteses Ocluso Aparelhos ortodnticos

    Locais de maior frequncia -Grupo bicspideo molar:

    -1. molar inferior -2. molar superior

    -Grupo incisal -Caninos

    Na dentio decdua -1. molar e 2. molar -Caninos - Incisivos superiores

    Zonas de susceptibilidades -Fossas -Sulcos -Fissuras -Faces proximais (abaixo do ponto de contacto) - 31% -Teros gengivais das faces livres (vestibulares) -Abaixo do bordo livre gengival 26%

    43%

    Zonas de imunidade relativa -Cspides e bordos incisais -Tero mdio e oclusal das faces livres

    (excepto onde hajam sulcos em faces vestibulares de molares)

    -Acima do nvel do ponto de contacto e as pores mais perifricas das faces proximais

    Nos primeiros anos de vida menos frequente o aparecimento de crie

    Na cr

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    - Sinais objectivos - Localizao - Profundidade - Cor - Aspecto - Testes - Simetria - Nmero

    No existe sensibilidade espontnea ou provocada por mudanas trmicas Quando existe leso cavitria pode apresentar Sinal de Frey caracterizado por ligeira sensibilidade ao frio

    Superfcies lisas - Mudana de cor em forma de mancha

    branco mate - Superfcie lisa sem descontinuidade - Dureza igual ao resto do esmalte - Mais tarde colorao cinza-ocre

    (alterao estrutural dos prismas e matriz orgnica)

    - Sinais subjectivos: sinais descritos pelo paciente - Dor ao frio - Dor aos cidos e aucares - Dor ao quente - Ausncia de dor

    - Sinais radiolgicos - Profundidade - Atingimento da furca - Leses periodontais

    Sulcos e fissuras - Evoluo mais rpida - Mancha mais alargada - Pigmentao mais intensa - Sonda fina prende na fissura

    Leses precoces de crie

    _ Sinais objetivos: Nmero Simetria Testes Aspecto Cor Profundidade Localizao _ Sinais subjetivos: Sinais descritos pelo paciente DOR. Dor ao frio Dor aos cidos e acares Dor ao quente Ausncia de dor _ Sinais radiolgicos: Leses periodontais Atingimento da furca Profundidade _ Crie de Esmalte No existe sensibilidade espontnea ou provocada por mudanas trmicas. Quando existe leso cavitria pode apresentar sinal de Frey caracterizado por ligeira sensibilidade ao frio. No se manifesta clinicamente. Quando se manifesta j atinge a dentina. O exame radiolgico importante. Fase de descalcificao: Superfcies lisas Mudana de cor em forma de mancha branco mole Superfcie lisa sem descontinuidade Dureza igual ao resto do esmalte Mais tarde, se no pararmos o processo, a colorao torna-se cinza-ocre (alterao estrutural dos prismas e matriz orgnica) Sulcos e fissuras Evoluo mais rpida Mancha mais alargada Pigmentao mais intensa Sonda fina prende na fissura Fase de cavitao: Superfcies lisas Perda de substncia e superfcie mais alargada Zonas rugosas Fundo pigmentado Impactao alimentar Sulcos e fissuras Cavitao inicial geralmente no visvel Cavitao comea de forma bilateral No se manifesta clinicamente (quando se manifesta j atinge a dentina) Exame radiogrfico importante

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    Superfcies lisas - Perda de substncia superficial mas alargada - Zonas rugosas - Fundo pigmentado - Impactao alimentar Sulcos e fissuras - Cavidade inicial geralmente no visvel - Cavitao comea de forma bilateral - No se manifesta clinicamente (quando se manifesta j atinge a dentina) - Exame radiogrfico importante

    Comeam por ser praticamente assintomticas, em especial as cries interproximais, ou ento o paciente refere sensao desagradvel por impactamento alimentar

    Dor provocada, nunca espontnea Nos casos mais avanados pode apresentar dor por estmulos externos

    Mastigao Bebidas frias Aucares cidos Salgados

    Aplicao de fluor - mtodo para parar o avano da crie inicial

    Criana em amamentao - cries provocadas pelo leite que tambm provoca crie

    Hospitais amigos do beb - a chupeta (provoca ploblemas oclusais) contra-indicada no 1. ms, a no ser que o beb seja prematuro

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    Aula Terica 4 21 de Maro de 2012

    Criana

    Ser imaturo Crescimento desenvolvimento - Peso - Altura - Idade Maturao qualidade?

    Ser complexo uma criana no um adulto em miniatura mas um ser em formao, um ser diferente em que o desenvolvimento afectivo e a actividade intelectual se desenvolvem segundo leis particulares

    PIAGET

    Odontopediatria

    anatomia

    fisiologia

    histologia

    Microbiologia

    Gentica

    Psicologia

    Imunologia

    embriologia

    Odontopediatra

    dentisteria

    endodontia

    ortodontia

    Medicina preventiva

    Prtese

    Periodontologia

    Cirurgia

    Materiais

    A criana deve ser vista como um ser com diferenas que no devem ser ignoradas e que necessita de uma abordagem psicolgica diferente. A criana passa por diferentes fases: no incio no possui dentes, depois tem dentio temporria, seguida de dentio mista e por fim, dentio permanente. Outro ponto a ter em considerao que, o mesmo problema, no mesmo local mas em alturas distintas, pode necessitar de tratamentos diferentes

    Na rea de Dentisteria, as restauraes podem ter que ser diferentes, no apenas em anatomia como em material utilizado. O mesmo acontece com Endodontia, onde os tratamentos pulpares so muito diferentes

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    Aula Terica 5 28 de Maro de 2012

    Formao intrauterina (d-se de fora para dentro, comeando pelo esmalte) Erupo 6 meses a 3 anos (existe uma variao grande, se dente no erupcionar no 1 ano, no devemos ficar alarmados, temos que ver outros fatores (raio-X) Ocluso e estabilidade (ocluso com antagonista) Rizlise (dente destrudo na sua raiz pelo dente permanente que se est a formar dentro do osso)

    A instrumentao de dentes neste estado tem que ser muito cuidadosa e ficar aqum do pex, talvez a 2 mm. A forma como reage aos estmulos semelhante ao permanente

    Estado II Estabilidade - Ocluso at ao incio da rizlise - Fisiologicamente semelhante ao dente permanente maturo - Grmen do permanente - Reparao possvel - Conservao do dente

    Estado I Formao - Formao da coroa e raiz - Fisiologicamente semelhante ao dente permanente imaturo - Vascularizao importante - Potencial celular - Recuperao sempre possvel - Conservao da vitalidade pulpar

    Se ao fim de 1 ano a criana ainda no tiver dentes, devemos comear a pr em causa algum motivo para isso acontecer mas no razo para alarme

    Durante estas fases, vamos observar respostas diferentes a cries e a produtos que utilizamos

    Neste estado nunca devemos optar por extrair um dente se houver uma hiptese de o conservar, por mais pequena que essa hiptese seja, porque a sua extrao pode prejudicar a formao do permanente

    Estado III Rizlise - Incio da rizlise at queda - Modificaes radiculares e periodontais - Proximidade do grmen do permanente - Fisiologicamente orientado para a substituio - Patologia com progresso rpida e irreversvel (crie atinge rapidamente a polpa, atingindo totalmente o dente esta a nica fase em que fazemos a extrao) -Extrao ou conservao

    Importncia: Previso da erupo Germectomia (sisos) Implicaes teraputicas

    Clculo da maturao: Importncia da radiografia Regra dos teros de Blocquel Frmula

    Existem alteraes gengivais, devidas sua proximidade. As clulas da polpa j no tm muita capacidade regenerativa, assim, todos os produtos que colocamos na raiz tm pouco sucesso (endodontia)

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    Regra dos teros de Blocquel

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    Caso: acabamos um trabalho ortodntico em que temos a ocluso perfeita. Se soubermos que o germem do 3 molar existe e que a sua erupo vai prejudicar a harmonia da arcada, fazemos a extrao do grmen do ciso germectomia do ciso. Os dentes comeam a construir a sua coroa dentro do osso e neste, esto a nadar num gel. Quando 1/3 da raz est formada, j podemos fazer exodontia

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    Aula Terica 6 11 de Abril de 2012

    Zona oca/escura indica que aparecer o dente Aparecimento das cspides (o dente cresce de fora para dentro) primeiras imagens de calcificao do dente

    Sinal da constrio do colo: indica a completa formao da coroa (inicia-se formao radicular)

    1.

    2.

    3.

    4.

    O ritmo de maturao do dente definitivo aproximadamente igual ao ritmo de rizlise do dente decduo. Assim, se o definitivo tiver 2/3 de raz formada, temos tambm 2/3 de rizlise do decduo

    13 6 11 10 12 7 6 6 7 12 10 11 6 13 13 6 11 10 11 7 6 6 7 11 10 11 6 13

    divergente

    paralelo

    convergente

    Idades presumveis de erupo dentria

    Se fizermos endodontia no podemos fazer de forma definitiva (apex no formado)

    Se o dente no erupcionar na idade prevista, devemos realizar um raiox e verificamos o grau de maturao

    EXCEPO: Dente do siso: halo escuro aparece aos 9 anos e aps um ano aparecem as cspides. Se aos 12 no existir halo, podemos afirmar que no haver dente. Este dente cresce a um ritmo mais lento (1/4).

    Como a idade de erupo muito varivel usada uma frmula diferente: IMD = 9 + 4 anos da coroa + 4 anos da raiz + 4 anos do pex

    IMD = idade presumvel de erupo (IED) anos necessrios formao da coroa e raiz + formao apical

    Para que o dente aparea na arcada, quando erupcionar, parte-se do princpio que a coroa e raiz j esto completamente formadas, mas no necessariamente o pex.

    Fase eruptiva funcional: a exercer as suas funes (fase regenerativa) Dente no fica estvel na sua funo, vai compensar os desgastes sentidos em ocluso (at um determinado ponto)

    Fase pr-eruptiva: Erupcionou, aflorou na gengiva, mas no est a contactar com o antagonista-no est a exercer a sua funo

    O dente um tecido calcificado implantado numa regio do corpo, que erupciona porque cria alguns movimentos, tentando orientar-se num determinado sentido. um processo dinmico:

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    - Osteoclasia: osteoclastos e odontoblastos colocam-se ao lado do saco folicular para destruir o osso e abrir caminho para a erupo do dente. - Pulpar- capacidade da polpa - Vascular- polpa muito nobre, muito enervada e vascularizada - Nervosa - Folicular- a mais aceite e a mais recente. O folculo o que envolve o grmen do dente e a vascularizao e a enervao, vo fazer chegar novas clulas que vo mostrar um caminho construo do dente, por um lado, e destruio do osso do outro

    Se fizermos endodontia no podemos fazer de forma definitiva (apex no formado)

    - Eixo de crescimento do dente permanente: determinante para a forma - Saco pericoronrio: diferente de indivduo para indivduo; relao entre as razes e o saco - Posio do grmen no dente permanente

    - Induo ou ectopia (induo cirurgicamente faz-se quando o permanente demora muito a erupcionar, aps exfoliao do decduo, criando-se uma camada muito forte de gengiva difcil de penetrar) - Agenesia: atraso da rizlise; excecionalmente h rizlise normal; h rizlise mesmo se o dente est em subocluso; complicaes com anquiloses. - Atraso da maturao - DDM: diastemas aos 5 anos - Processos inflamatrios da polpa

    Caso de agenesia: Se o dente permanente tiver agenesia, o dente decduo por vezes pode ficar na arcada. Mas com este dente decduo, temos uma subocluso- o dente antagonista faz extruso para provocar o contacto com o decduo - anquilose

    Gangrena periapical: diminui a velocidade da erupo Os dois grupos celulares, odontoblastos e odontoclastos, esto envolvidos no processo

    Inflamao pulpar: aumenta a velocidade da erupo Infeo pulpar: aumenta a velocidade da erupo Nestes dois processos, as clulas atingidas so os odontoblastos, diminuindo a sua funo e promovendo uma maior potncia funcional dos osteoclastos, responsveis pela reabsoro ssea

    - Importncia da radiografia - Extraes precoces - Tratamento de crie deve ser precoce - Produtos de obturao dos canais - Ultrapassagem do pex - Instrumentao: condutometria - Rizlise anormal: bisel

    Tiroide e pituitria: envolvidas com o clcio: - Hipotiroidismo: atraso na erupo - Hipertiroidismo: erupo acelerada

    Trissomia 21 atraso

    - Carncias - Raa - Sexo - Hereditariedade

    Na horizontal

    Grmen do dente permanente

    Em bisel (pode induzir erros endodnticos)

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    Aula Terica 7 18 de Abril de 2012 Conjunto de movimentos que realiza cada dente para ocupar o espao que lhe corresponde na arcada dentria e realizar as suas funes. um processo constitudo por 3 fases:

    So complementares e no contraditrias

    Teorias

    Radicular

    ssea

    Vascular

    Pulpar

    Folicular

    Ligamentar

    Desenvolvem funes cruciais nos tecidos que envolvem o dente, coordenando e regulando a erupo.

    - EGF: polipeptdeo na saliva que induz a erupo precoce - EGF-R: mediador especfico localizado no folculo dentrio no momento da erupo - TGF-: induz a erupo precoce - TGF- - M-CSF: cria uma trajetria eruptiva

    No necessrio ver-se todo o dente na arcada dentria para este poder ser considerado erupcionado. A partir do momento em que visvel j est erupcionado

    Fase pr-eruptiva Diferenciao do grmen at formao da coroa (intra-ssea)

    Fase eruptiva ou eruptiva pr-

    funcional

    Desde a coroa formada at ocluso (intra e extra-ssea) Quando ao dente j visvel mas ainda no funcional

    Fase ps-eruptiva ou eruptiva funcional

    (extra-ssea)

    Desde a ocluso at queda (extra-ssea) Movimentos em direo axial (mantm-se a posio do dente enquanto cresce o maxilar, compensao do desgaste

    oclusal, movimentos para distal e mesial)

    - Hematoma de erupo - Anquilose: quando o dente fica ligado ao osso - Fibrose gengival - Dentes impactados - Falta de espao

    - Endcrinos: alterao da tiride (menos funo atrasa a erupo; mais funo acelera a erupo); e alterao da pituitria - Trissomia 21: atrasa a erupo - Disostose cleidocraniana: atrasa a erupo

    - Crescimento da raiz - Presso hidrosttica - Reabsoro ssea - Modificaes no ligamento periodontal

    semelhante pulpar mas a responsabilidade s dos vasos

    como a polpa muito vascularizada a partir desta que erupciona o dente

    o saco folicular uma densa camada fibrosa formada pelo tecido mesodrmico que envolve o esmalte do dente; a mais usada

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    Aula Terica 8 2 de Maio de 2012

    - Comeam por ser assintomticas (especialmente as cries interproximais) ou ento o paciente refere sensao desagradvel por impactao alimentar (mais queixas aps refeio) - A dor provocada, nunca espontnea. - Nos casos mais avanados pode apresentar dor por estmulos externos: salgados, aucares, cidos, bebidas frias e mastigao. - Em cries mais profundas, a dor provocada mais frequente e permanece durante alguns segundos. Na explorao, a cavidade tem forma alargada ou esferoidal. - Como nos dentes decduos o esmalte e a dentina so mais finos, facilmente podemos encontrar a polpa afetada mesmo em leses de esmalte com cavidades muito pequenas.

    Provas eltricas Vitalidade do dente

    Provas trmicas Obter informao das reaes pulpares Comea por um dente intacto Testes ao quente e ao frio (quente- guta aquecida; frio- seringa de ar)

    Transiluminao: til para detetar cries interproximais em dentes anteriores

    Percusso: - Determinao de leses periapicais - Comear pelos dentes vizinhos - Se for indolor, fazer presso digital sobre o dente suspeito no sentido axial - Fazer presso diretamente com o cabo do espelho por Vestibular e Axial

    Inspeo: - Limpar a cavidade com ar no direcionado - Tirar restos de alimentos com escavador - Ver se a coroa tem alterao de cor - Ter cuidados com o uso de sonda

    Explorao da cavidade de cries na polpa Histria clnica: - Algias anteriores e suas caractersticas - Momento atual - Dor espontnea ou provocada - Durao - Intensidade

    - Quando existe uma pequena alterao na translucidez do esmalte aps secagem, provavelmente no h desmineralizao ou a mesma est restrita a uma pequena zona de esmalte. - Quando h opacidade ou descolorao pouco visvel em superfcie molhada mas claramente visvel aps secagem, existe desmineralizao limitada aos 50% externos da camada de esmalte. - Quando existe opacidade e descolorao claramente visvel sem secagem, h desmineralizao envolvendo at ao tero superficial da dentina. - Quando existe fratura localizada do esmalte e este est opaco ou descolorido sobre a dentina, a desmineralizao j atinge o tero mdio da dentina. - Quando existe cavitao expondo a dentina a desmineralizao j estar a envolver o tero interno da dentina

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    Exame clnico: - Objetivo (o que observamos) - Subjetivo (aquilo que o paciente refere)

    S1: Crie superficial ao esmalte (faz-se restaurao simples-desmineralizao do esmalte) - Normalmente no h reao a estmulos

    S2: Crie superficial dentina - Alguma sensibilidade a estmulos

    S3: Crie profunda (fazemos pulpotomia) S3p: Pr-pulpite (fazemos pulpectomia) P1: Crie que atinge a polpa sem infeo P2: Crie que atinge a polpa com infeo (por vezes, paciente est na cama e comea a sentir dor, e se beber um copo de agua fria esta dor acalma) P3: Crie que atinge a polpa com necrose (deixa de doer, mas posteriormente pode vir a provocar processos periapicais- maior dor) P4: Necrose pulpar com complicao periapical

    Mais anatmica e mais adaptada a dentes decduos e imaturos. - Tecidos duros ou superficiais - Tecidos moles ou profundos

    Classe I

    Superficial

    Indolor

    Polpa viva Restaurao

    simples classe I

    Apenas atingimento do

    esmalte

    Classe II

    Sensibilidade dolorosa

    Polpa viva Cavidade mdia

    Restaurao classe I ou classe II

    Pulpotomia (polpa radicular viva, tiramos a parte da polpa que

    est infetada)

    Classe III

    Profunda Sensibilidade

    Polpa viva Biopulpectomia

    (no se pode fazer pulpotomia porque o dente vai continuar a

    sangrar)

    Classe IV

    Profunda

    Polpa necrosada

    Possvel complicao

    periapical

    Necropulpectomia

    Classe IV em dentes imaturos

    Restauraes com apexificao

    Exame radiolgico

    Diagnstico Acar Dente Frio Sonda Dor provocada Dor espontnea

    I S1 + - - - - - S2 +/- - +/- +/- +/- - S3 ++ +/- ++ ++ ++ -

    II S3p ++ Duradoura + ++ +++ ++ Duradoura - P1 ++ +/- +++ ? ++ Percusso lateral -

    III P2 - +++ - ? +++ +++

    IV P3 - - - - - -

    P4 - ++ - Acalma Abertura/

    calma

    ++ Percusso vertical e

    quente

    + Complicaes

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    Critrios: - Localizao da crie - Extenso da perda de substncia - Colorao dos tecidos - Textura dos tecidos - Presena ou no de dentina reacional - Sensibilidade Tratamento:

    - Dieta - Controle de placa - Flor - Dentisteria operatria

    - No tem faixa etria - Etiologia consumo exagerado de HC - Leses mltiplas, extensas e com avano rpido - Incisivos inferiores atingidos

    - Dor viva acalmada com analgsicos e higiene dentria - Agudizao da dor aps a refeio relacionada com impactao alimentar - Cries proximais - Papila interdentria inflamada - Poucos sinais radiolgicos - Tratamento em funo da patologia dentria - Localizao fcil da dor

    - Rara, 2 a 3%, 1 e 3 anos - N de dentes varivel e por ordem de erupo - Destruio do esmalte (hipoplasia) e criao de dentina reacional

    - Abcesso gengival frequente (fstula) - Sinais radiolgicos evidentes - Patologia pulpar ou no, depende da evoluo - Tratamento em funo do estado fisiolgico e atingimento infecioso/patolgico

    - Cries circulares - Cries rampantes por maus tratos e negligncia dos pais - Formas ligadas ao regime alimentar, os Hidratos de Carbono do origem a policries

    - Faces oclusais dos molares - Faces vestibulares e proximais dos incisivos e caninos - Evoluo lenta e uniforme com dentina reacional - Colorao caracterstica - acastanhada - Textura dura e insensvel sonda - Rara indicao para extrao - Restauraes complexas - Grupo anterior com restauraes estticas

    - Aparece em crianas de colo - Afeta numerosas peas dentrias, principalmente molares - Afeta superfcies que, em geral, so livres de crie - Leses extensas e de evoluo rpida - No afeta os incisivos inferiores

    - Faces proximais dos molares decduos - Desenvolvimento assintomtico - Dor inicia-se com compresso da papila interdentria aps a refeio Sndrome do Septo no tem atingimento pulpar - Progresso rpida em profundidade - Na maioria dos casos temos necrose assintomtica que pode levar celulite (agudizao) - Necessidade de despiste radiolgico sistemtico tratamento precoce - Incio com colorao normal do dente

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    - Formao e motivao dos pais - Motivao da criana - Hbitos alimentares - Motivao higiene - Flor - Selantes

    - Perda de espao - Perda precoce de dentes decduos - Perda de dimenso vertical - Problemas ortodnticos - Problemas de desenvolvimento dentrio - Alterao da fontica - Desvio do comportamento (no se sentem integradas) - Falta de concentrao - Perda de peso - Atraso no crescimento - Quando existe necrose, a criana vai ingerindo tudo aquilo durante o dia

    - A maioria dos medicamentos peditricos so lquidos e incluem sacarose, substrato este que provoca um aumento da incidncia de crie. - Deve usar, quando possvel, os chamados medicamentos amigos dos dentinhos

    Crie dentria M dentio

    Perda de funo mastigatria

    Dor

    Infeo local

    Infeo geral

    Alterao no desenvolvimento da dentio

    Perda da harmonia e expresso faciais

    Alterao de desenvolvimento geral

    Alterao de desenvolvimento intelectual

    Alterao da linguagem (fontica)

    Trauma psicolgico

    M digesto

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    Aula Terica 9 18 de Maio de 2012

    A aplicao de anestesia local assegura a obteno de uma analgesia, o que imprescindvel para efetuar uma cirurgia. - Anamnese (ver bem se existem alergias) - Usar uma linguagem de acordo com a idade da criana. - No usar palavras ou frases que criem ansiedade ou medo. - Explicar criana que vai sentir um formigueiro - As crianas, numa primeira consulta, apresentam ansiedade e no medo nem fobia, visto que nunca passaram por esta experiencia.

    Grupo Etrio Idades Perodo Neo-Natal 28 dia aps nascimento

    1 Infncia 28 dia at 12 meses; 1-2 anos 2 Infncia 2-6 anos 3 Infncia 6 a 10/12 anos

    Pr-puberdade 10/12 a 12/14 anos Puberdade 12/14 a 14/16 anos

    Seja qual for o tipo de cirurgia que se efetua, o Mdico Dentista tem que ter em mente que um dos fatores que lhe pode trazer mais problemas durante o ato cirrgico a dor. Mas no caso de uma exodontia, mesmo no havendo dor (anestsicos), estamos a criar uma mutilao na criana em que estamos a exercer fora sobre os outros dentes

    importante calcular a quantidade de anestsico e para tal temos que ter em considerao a idade e o peso corporal da criana (percentil). Estas consideraes tm maior relevncia quanto menor e menos peso tiver a criana

    - Problemas cardacos - Alergias - Diabetes - Tratamentos mdicos - Frmacos (se a criana tomar ansiolticos, pode potenciar a anestesia)

    Usada em crianas com menos de 1 ano Dose peditrica = idade da criana (meses) x dose de anestsico do adulto 150

    Para crianas dos 4 aos 7 anos

    Para maiores de 7 anos

    Usada em crianas com mais de 1 ano Dose peditrica = peso da criana (kg) x dose de anestsico do adulto 70

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    Clculo aproximado do peso at aos 10 anos de idade Peso da criana = dobro dos anos da idade + 8 Ex: criana com 5 anos = 10+8 = 18 Kg

    Fgado (microssomas hepticos) metabolizao heptica Mais usadas Menores reaes alrgicas Maior estabilidade

    Pseudocolinesterases Pouca estabilidade Alergia relativamente elevada

    : 2% sem ou com adrenalina (1: 80 000). Recomendado em pacientes alrgicos aos anestsicos tipo amida. Dose mx no adulto 6mg/kg Benzocana (baixa absoro) Cocana Tetracana

    Em geral utilizam-se os mesmos anestsicos para adultos e para crianas. A durao da analgesia deve ser to breve quanto o tratamento o permita

    - Ph gstrico - Diferenas no tempo de esvaziamento gstrico e motilidade intestinal - Imaturidade dos tecidos - Proliferao ativa dos tecidos - Diferenas na capacidade de metabolismo - Diferenas na taxa de filtrao glomerular - Osso mais poroso a aco do anestsico mais rpida neste tecido

    Composio corporal - Tecido adiposo acumulao de frmacos lipoflicos no tecido adiposo (maior aco destes no tecido adiposo) - Tecido muscular (carcter fisiolgico que influencia os efeitos- normalmente a motricidade mais rpida nos rgos em maturao: mais difcil a maturao e absoro dos frmacos)

    Dosagem Clculo da dose de frmaco a administrar Quantidade de frmaco/ peso (Kg)

    Lidocana (a mais usada em Medicina Dentria) Mepivacana Carticana Pivacana Articana

    utilizadas em preparaes de uso tpico

    - metabolizada no fgado; - usado a 2 ou 3% com ou sem vasoconstritor; - 2% 1:80 000 ou 1:100 000 de adrenalina so apropriados para

    anestesia: intrassea, intraligamentar, por infiltrao; bloqueio regional - eficaz como anestsico tpico; - Contraindicado

    - alrgicos s aminas - Casos em que o uso de adrenalina prejudicial

    Dose mxima: Lidocana a 2% 4,4 mg/Kg (mx. 300 mg) Lidocana a 2% + adrenalina 1:80 000 ou 1: 100 000 7mg/Kg (500 mg)

    Ex: C

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    Contra-indicaes : -Crianas de idade inferior a 4 anos -Alrgicos a anestsicos do tipo amida -Doentes com metahemoglobinemia congnita ou idioptica -Doentes com doenas graves cardiovasculares -Deve ser evitada a injeco intravascular -Recomneda.se antes de realizar a infiltrao proceder a um teste de aspirao -Informar desportistas possibilidade de um resultado analtico positivo no controle da dopagem -Doentes com disfuno heptica ou renal -Idosos e crianas

    difunde-se facilmente a partir do local de aplicao Dose mxima: Articana a 4% + adrenalina 1:100000 ou 1:200 00 7mg/Kg mx 500mg) (quantidade de dose muito pequena)

    Crianas entre 25 a 30 Kg 0,25 a 1 mL (no ultrapassar 1,5 mL durante a interveno e a dose de 2,5 mL em 24h) Crianas entre 30 a 45 Kg 0,5 a 2 mL (no ultrapassar 2 mL durante a interveno e a dose de 5 mL em 24h)

    no est disponvel em preparaes de uso tpico. metabolizada no fgado e algum frmaco excretado pelo rim. Dose mxima: Mepivacana a 3% 4,4 mg/Kg (mx. 300 mg)

    preparao de prilocana de fenilpressina est indicado como alternativa lidocaina e adrenalina, quando necessrio uma preparao anestsica com vasoconstritor em que o uso de adrenalina est contra-indicado

    Dose mxima: Prilocana a 4% 6 mg/Kg (mx. 400 mg)

    Anestsico bastante forte. Actua de imediato. Durao prolongada

    Lidocana a 2% com vasoconstritor Mepivacana a 3% sem vasconconstritor

    Escolha baseia-se: margem de segurana; toxicidade;

    Consideraes gerais: rendimento cardaco, metabolismo basal; perfuso sangunea. A criana, como esta em desenvolvimento, apresenta maior sensibilidade dos rgos alvo: SNC, sistema cardiovascular.

    Devemos estar atentos reaco da criana aos frmacos: se fica branca, exageradamente vermelha, se est gelada, entre outros

    semelhante ao anterior (mas no utilizamos nas cirurgias normais-exodontia) Dose mxima: etidocana 1,5% + adrenalina 1:200 000 8mg/kg (max 400mg)

    uso principal em cirurgia oral, com poucas indicaes na prtica clnica de rotina. Dose mxima: Bupivacana 0,5% + adrenalina 1:200 000 1,3mg/kg (max 90mg)

    Poucas indicaes na prtica clnica de rotina

    Efeitos indesejveis locais Dor durante a injeo (administrar lentamente) Palidez da pele ou mucosa (vasoconstritor) Trismo Anestesia rpida dada de forma bruta, vai romper os vasos circunvizinhos o que posteriormente pode vir a causar dor e uma zona escura Auto traumatismo (informar a criana para no morder o lbio ou a lngua)

    Efeitos indesejveis sistmicos Ao depressora das estruturas excitveis: SNC convulses Tecido de conduo cardaco (taquicardias) Nervos perifricos (parestesia) Fibras

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    - Tem por finalidade diminuir ou anular a insero da agulha na mucosa, suprimindo momentaneamente as funes dos corpsculos sensitivos cutneos e mucosos., - Tem por finalidade diminuir ou anular a sensao de mal estar que se associa insero da agulha na mucosa, suprimindo momentaneamente as funes dos corpsculos sensitivos cutneos e mucosos Formas: gel, lquido, pomada, spray (menos indicado para as crianas) Pode ser usada: durante as moldagens para diminuir o refluxo de vmito; mucosa bucofarngea em portadores de hiperreflexia durante exame radiolgico; na mucosa bucal em todos os procedimentos que possam vir a causar dor. No deve ser usada: em regies inflamadas; lceras traumticas; lceras aftosas; herpes simples (porque podemos potenciar as ulceras e espalhar a inflamao)

    Tcnica de aplicao: - Antissepsia da mucosa - Secagem da mucosa com jato de ar (tem que estar bem seca) - Colocao de gel anestsico com rolo de algodo ficar em contacto com a mucosa por 3 minutos

    Qualidades de um bom anestsico - Incio rpido de ao - Durao suficiente - Potncia suficiente - Versatilidade - Reversvel

    - Toxicidade local baixa - Sem reaes adversas - Estril - Estvel - Metabolismo e eliminao rpidas

    Tcnica operatria: - Bisel da agulha voltado para o osso - Infiltrao periapical sub ou supraperistica

    Suprime a sensibilidade altura dos rgos recetores e dos ramos terminais perifricos de maneira pouco extensa, ainda que profunda. Dentes superiores decduos e definitivos e dentes anteriores inferiores decduos e definitivos (Incisivos centrais e laterais). Molares decduos inferiores em crianas em que os 1s molares inferiores ainda no tenham erupcionado

    Material de anestesia Carpule com aspirao Anestsico de superfcie Anestsico de infiltrao Agulhas de 10 mm x 0,30mm (12mm ou 16mm) interligamentar ou interpapilar Agulhas de 21 mm x 0,30mm (25mm) infiltrativa Agulhas de 27 mm x 0,30 mm bloqueio

    Ter em conta que o osso da criana menos denso e mais poroso e geralmente menos calcificado, logo mais facilmente penetrvel por difuso. Por isso na criana podemos obter anestesia adequada em diferentes reas, usando pequenas quantidades de soluo anestsica

    -Agulha introduzida na zona adjacente ao dente a tratar - Injetar lentamente

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    Tcnica: - Uma vez realizada a anestesia infiltrativa por vestibular, introduz-se a agulha na papila vestibular j anestesiada, penetrando lentamente de vestibular para lingual ou palatino. - Devemos sempre comear de uma zona anestesiada para uma zona no anestesiada. - Quando a papila estiver anestesiada podemos introduzir a agulha nessa regio. - Sempre de forma lenta

    Indicamos esta tcnica para todos os dentes inferiores pr-molares e molares e tambm para intervenes no lbio inferior e nos tecidos mucoso e sseo da mandbula. Existem diferenas anatmicas entre os adultos e as crianas que implicam uma necessidade de algumas variaes na tcnica Regra dos 10 Anestesia troncular ou infiltrativa mandibular? - Idade da criana + n. do dente 10: anestesia troncular < 10: anestesia infiltrativa

    - Bloqueio do nervo alveolar superior anterior - Incisivos centrais; Incisivos laterais; Caninos e Pr-molares - Bloqueio do nervo alveolar superior posterior - 1s, 2s e 3s Molares - Bloqueio do nervo nasopalatino - Incisivos centrais e tecido mole do palato - Bloqueio do nervo palatino maior - Tecido mole do palato; do 1 Pr-molar ao 3 Molar

    Injeo no espao periodontal; Exerce-se muita fora e muito dolorosa. Indicada para exodontia. Favorece a difuso de infees periodontais (com esta tcnica pioramos a infeco) No usar vasoconstritor

    - Utilizada em tratamentos endodnticos - Reforo de periapical ou troncular para ter acesso cmara pulpar. - Dolorosa mas eficaz

    NOTA: Sempre que a soma do dente e da idade da criana for menor que 10, nunca fazemos uma trocolar. Exemplo: dente 5 Idade criana 4 4 + 5 = 9 no fazemos troncolar

    - Atua a nvel do tronco nervoso principal - mais usada na mandbula pois esta possui corticais sseas espessas. - Maior rea anestesiada. - Possibilita tratamentos mais extensos (no ultilizada para tratamentos restauradores) O ramo ascendente da mandbula da criana mais curto quando comparado com o do adulto. Na criana, o dimetro antero-posterior do ramo menor. O ngulo da mandbula mais aberto quanto mais jovem for a criana. A espinha de Spix em crianas jovens pode estar situada abaixo do plano oclusal dos molares decduos e a uma distncia da mucosa igual a metade da do adulto (espinha de spix na criana fica um pouco mais acima do que a do adulto). - No dar a crianas com idades iguais ou inferiores a 4 anos. - Bloqueio dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal (o nervo bucal pode ser anestesiado por infiltrativa na prega mucosa do respetivo dente ou altura do trgono Retromolar). - Todos os dentes inferiores, parte da mucosa labial e parte da lngua. - Sempre com agulhas que faam aspirao

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    - Bloqueio dos nervos mentoniano e incisivo: - Incisivos centrais, Incisivos laterais, Caninos e 1 Pr-molar - Para restauraes mais complicadas - Mais para o 2 molar

    - Aps 5 a 10 minutos far efeito. - Devemos explicar criana que vai sentir formigueiro ou inchao mas que este vai passar. - Devemos tambm tocar ligeiramente na mucosa da regio dos molares decduos ( nessa

    regio que emerge um dos ramos terminais do nervo dentrio inferior nervo mentoniano). - Se a criana se mexer, bochechar, etc..a anestesia faz efeito mais rapidamente se mexermos

    na mucosa aquando da anestesia, ela vais se difundir mais rapidamente

    Agulha penetra segundo a indicao da unha. Transladao para trs e para dentro at linha oblqua interna. Rotao at aos molares decduos ou pr-molares do lado oposto a ser anestesiado. O nervo bucal pode ser anestesiado por infiltrativa na prega mucosa do dente respectivo ou na altura do trgono retromolar

    Com o dedo indicador palpamos a linha oblqua externa para localizarmos a sua depresso (fossa Retromolar). Vira-se o dedo de forma a que a unha fique voltada para o plano sagital. O centro da unha a referncia para o ponto de entrada da agulha. A Carpule dever ser colocada na altura dos molares decduos ou pr-molares permanentes do lado oposto a ser anestesiado. Bloqueio dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal Todos os dentes inferiores, parte da mucosa labial e parte da lingual

    medida que a agulha introduzida e o anestsico vai sendo depositado, o nervo lingual anestesiado. Deve-se inclinar ligeiramente a agulha para que a sua ponta chegue o mais prximo da espinha de Spix anestesia o nervo dentrio inferior. Deve-se atravessar o msculo bucinador para encontrar o espao pterigomandibular do ramo ascendente da mandbula. A agulha aprofundada at que a sua ponta toque o osso

    Incisivo central e lateral

    Gengiva e mucosa lingual

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    Reaes individuais: - Estado do doente diagnstico; - Suscetibilidade individual ao anestsico (absoro, distribuio, metabolizao e eliminao): - Ansiedade (pr-medicao).

    Ausncia total ou parcial de anestesia: - Defeitos na tcnica; - M qualidade da soluo anestsica;

    M tcnica: - Desconhecimento da anatomia nervosa;

    Anastomoses: - Anestesia inadequada na zona antero-inferior, depois de um bloqueio mandibular ou mentoniano - Para superar este problema realizamos uma infiltrativa supraperistica. Infiltrao em zona de osso opaco: - Mandbula possui corticais espessas sendo, por esse motivo, - Bloqueio troncular o mais indicado. Infiltrao intramuscular: - Fracasso anestsico; - Dor ps-operatria; - Trismo ps-operatrio (contratura dolorosa dos massteres).

    Desvios nos trajetos nervosos: - Os nervos nem sempre esto localizados nas zonas anatmicas habituais. Devemos reinjetar.

    Infiltrao em tecidos inflamados (p.ex. abcesso) - Normalmente no permite analgesia completa; - Infeo e inflamao modificam a fisiologia local; - Libertao de substncias neuro-ativas (histaminas, cnicas, protaglandinas); - Diminuio do pH.

    Nervosismo por parte da criana : inicio aco do frmaco demorada

    Conselhos: anestesiar em zonas no inflamadas prximas; prescrever teraputica. Confuso: a criana confunde normalmente a sensao de presso com a sensao de dor

    Efeitos: - Reduo da solubilidade lipdica do anestsico - Diminuio da penetrao do anestsico - Aumento da disperso do anestsico - Risco de infetar zonas isentas de bactrias

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    As complicaes gerais e locais que podem surgir com a anestesia local so as mesmas para a criana e para o adulto. No entanto, o risco de leso local por mordedura do tecido anestesiado muito maior nas crianas. As complicaes gerais em anestesia local tm vrias causas e poucas vezes so atribudas soluo anestsica local.

    Sncope (hipotenso vagal) stress psquico e diminuio do aporte de oxignio s clulas;

    Reflexo de vmito perda de sensao do palato mole e zona farngea;

    Sobredosagem: - Real - Relativa

    - excesso de anestsico; - incidncia baixa; - Sistema Nervoso (convulses, perda de conscincia, depresso respiratria); - sistema cardiovascular (hipotenso ligeira a moderada, bradicardia sinusal, colapso

    circulatrio, depresso da velocidade de conduo e depresso da contratibilidade)

    devido infiltrao intravenosa pode provocar palpitaes, cefaleias, enjoos e alucinaes (as que esperamos que ela tenha)

    Alergias - hipersensibilidade - So raras. - Devem-se a componentes do anestubo (agente conservador, estabilizador e antibacteriano) e

    podem ser localizadas, generalizadas, imediatas ou retardadas. - Erupes cutneas ou mucosas - Reaes anafilticas - Dispneia - Cianose - Colapso perifrico - Podem ser localizadas, generalizadas, imediatas ou retardadas Interao medicamentosa Agentes antidepressivos tricclicos podem potenciar o efeito das catecolaminas (adrenalina e NA). Se o paciente usar sedativos, temos que diminuir a dose anestsica a administrar.

    Injeo dolorosa - Excesso de volume injetado (a zona mais sensvel o palato e tem efeitos semelhantes injeo rpida). - Infiltrao muito rpida (pode causar irritao local, dor ps-operatria, deslocamento dos tecidos, teraputica do anestsico). - Lacerao do nervo (pode ocorrer nos bloqueios regionais e pode lesar as bainhas dos nervos). - Lacerao de uma veia (mais frequente, produz edema de imediato e o hematoma desaparece aps uma semana). - Lacerao de uma artria (isquemia distal zona lesada). - Lacerao do perisseo (dor inicial e inflamao ps-operatria).

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    Necrose palatina: (infiltrao da fibromucosa palatina na regio dos pr-molares e molares, zona isqumica, lcera, muito doloroso). Trismo: Contratura muscular ps-anestesia. Traduz-se numa alterao motora do nervo trigmio. Infeo no local da injeo: devido propagao da infeo dentria ou por contaminao da agulha. Complicaes nervosas: como consequncia de qualquer infiltrao h alteraes tecidulares (lacerao do tronco nervoso), paralisia facial e formigueiro e sensao de ardor por semanas ou meses. Fratura da agulha: - Raramente acontece. - Ao dobrar a agulha - Movimento brusco do paciente - Uso de agulhas de m qualidade - Quando, ao encontrar resistncia ssea, se fora a agulha com intuito de aprofundar Hematomas: Ocorrem por extravasamento do sangue no interior dos tecidos aps rutura dos vasos sanguneos. A mancha pode durar aproximadamente 7 dias. lcera traumtica: Aps anestesia troncular. Mordida voluntria ou involuntria da lbio inferior e bochecha. Injeo intravascular: Pode ter consequncias graves. Usar seringas aspiradoras. Ferimentos na pele: So frequentes em crianas que, quando sob o efeito da anestesia coam a pele seguidamente levando descamao ou at mesmo a cortes que podem infecionar. NOTA: A agulha tem que ser dobrada frente da dobra de plstico para no partir. Sedao e Anestesia Geral O controlo da conduta do paciente odontopeditrico mais uma arte que uma cincia

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    Aula Terica 10 30 de Maio de 2012

    Nvel 1 definitivamente negativo (no nos deixa fazer cirurgia de maneira nenhuma) Nvel 2 negativo Nvel 3 positivo Nvel 4 definitivamente positivo

    - Recorrer com grande frequncia a tcnicas restritivas ou intimidativas e, por vezes, a sedao ligeira

    Porque pensa que consegue dominar os adultos a sua volta

    a mais idnea para crianas com medo e ansiedade (nvel 3). Pode ser dada pelos pais. Efeitos colaterais: sonolncia, secura da boca, vertigens, aumento da tendncia para convulses. Mepiridina, ansiolticos, anti-histamnicos, BDZ, hipnticos e narcticos

    - Sedao ligeira (via oral) anti-histaminico (frmacos mais seguros neste caso) ministrado na noite anterior e meia hora antes da consulta. - Sedao com xido nitroso (via inalatria) - Sedao profunda (via retal, nasal ou intramuscular)

    Desafiante Apreensivo Altamente apreensivo Teimoso

    No nvel 1 so possveis candidatos a sedao profunda ou anestesia geral. No nvel 2, 3 e 4 as tcnicas bsicas so geralmente suficientes dizer, mostrar e fazer

    - Feita por via inalatria. - Nesta tcnica deve ser administrado juntamente com oxignio. - A quantidade de oxignio no deve ser inferior a 25%

    Objetivos: - Reduo ou eliminao da ansiedade - Reduo dos movimentos ou reaes adversas - Aumento da cooperao do paciente - Incrementar a tolerncia durante os procedimentos mais longos - Ajudar os pacientes fsica e psicologicamente comprometidos

    Indicada: crianas semicooperativas, medo, apreenso, ansiedade, eliminao de reaes adversas, tratamentos demorados, crianas em idade escolar (menos que 6 anos), deficientes fsicos.

    - Quase no se usa em Odontopediatria. - Mediante o tipo de sedao tem um efeito consciente deprimido. - Se as doses so corretas fcil despert-lo mediante estimulao verbal. Administrado por via retal, nasal ou intramuscular. Hipnticos, narcticos, agentes dissociativos

    Vantagens: fcil doseamento, fcil recuperao do paciente e ausncia de efeitos secundrios. Desvantagens: cara, indicaes muito concretas, necessita de tratamento prvio, difcil trabalhar nos incisivos superiores.

    Contraindicada: crianas pequenas ou em idade pr-escolar, crianas teimosas, desafiantes, histricas (no admitem a mscara), pacientes com obstruo das vias nasais ou infeo das vias respiratrias, pacientes com instabilidade emocional, pacientes a tomar antidepressivos

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    Considerado como um acto cirrgico dos mais simples, merece ateno sistemtica e metodologia a serem aplicadas. Nunca demais lembrar que sob as razes dos dentes temporrios esto os grmens dos dentes permanentes

    Anestesia geral um estado controlado de perda de conscincia que se caracteriza por hipnose, analgesia, relaxamento muscular e proteo vegetativa. Deve ser sempre realizado em centros hospitalares e profissionais especializados. - Explorao pr-operatria (fazer uma boa histria clnica). - Instrues aos pais. - Tratamento dentrio (a durao da interveno deve ser menor que 2 horas)

    Contraindicada: - estomatites infeciosas agudas de Vincent, - estomatites herpticas, - discrasias sanguneas (hemofilia, anemias), - doenas cardacas congnitas, - doenas renais crnicas ou agudas, - diabetes (relativa), - abcessos dento-alveolares, - doenas bucais ou gerais, - infees orgnicas agudas da infncia, - suspeita de tumor maligno

    4 e 5 molares tm razes curvas temos que ter cuidado para no trazermos o grmen dentrio quando h risco disto, fazemos odontosseco. Fazer movimentos alongados de vestibular para palatino

    Indicaes: -Dentes supranumerrios -Dentes inclusos -Dentes mal posicionados -Traumatismo dento/alveolares -Doena periodontal aguda ou crnica, no passvel de tratamento -Por motivos ortodnticos

    - Assepsia do campo operatrio - Anestesia tpica - Anestesia local - Sindesmotomia - Luxao - Remoo do dente com botico indicado e com movimentos adequados (avulso) - Observao da ferida sem curetar (para no removermos o grmen do permanete) - Lavagem com soro fisiolgico e curetar se necessrio - Hemstase manobra de Champre - Sutura ao nvel das papilas gengivais - Recomendaes - Prescrio medicamentosa (se necessria) - Remoo da sutura aps uma semana

    Exame clnico completo Exames radiolgicos prvios. Diagnstico correto. Preparao da criana

    - Local a puncionar - Anestubo - Aspirao se necessrio - Infiltrao lenta - Temperatura da soluo anestsica - Respeitar a anatomia - Sindesmotomia - Luxao - Avulso - Lavagem com soro fisiolgico e curetagem (s nos dentes permanentes) - Suturar e remoo da sutura aps 1 semana

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    - Separao das razes (anatomia mandibular e maxilar; integridade alveolar; eventual raio X), - Imediatas hemorragias e/ou lipotimias - Tardias dor, hemorragias ou infeo Para extrair dentes anquilosados, submersos ou infraocludos a tcnica cirrgica dever ser cuidadosamente planeada e executada de forma a no causar danos ao dente permanente e s estruturas adjacentes.

    com movimentos alternados no sentido vestibular e palatino Cuidado com os movimentos, pois sob as razes do molar decduo temos o sucessor permanente

    : Ao fazer o retalho temos uma melhor ideia do percurso da broca.

    - Anomalias numerrias que so mais frequentes na regio maxilo-anterior e na dentio mista. - Devem ser removidos quando provocam danos nos outros dentes (podem ficar inclusos), ocluso e tecidos adjacentes. - Quando se decide esperar, fazer sempre um acompanhamento com exames radiogrficos peridicos.

    So aqueles que no erupcionam apesar de no existir nenhum tipo de obstculo mecnico para que se efetue a erupo normal. Possuem natureza idioptica.

    So aqueles em que existe algum tipo de obstculo mecnico que impede a sua erupo normal. Causados por processos neoplsicos, quistos ou supranumerrios.

    Processos neoplsicos benignos originados no grmen dentrio, caracterizados radiograficamente por pequenas prolas de esmalte. Devem ser removidos logo que detetados. Provocam deformaes sseas, reteno prolongada dos dentes, quistos e reabsoro radicular dos dentes adjacentes.

    Remoo do capuz mucoso que recobre os dentes no erupcionados. Indicada: erupo lenta ou retardada, fibrose gengival (incisivos centrais permanentes) Clinicamente: zona com aumento do volume pelo aumento de queratina do epitlio, zona isqumica de colorao plida. Radiograficamente: observamos a rizognese dos dentes permanentes atingindo 2/3 do seu estgio. Tcnica: - Assepsia e desinfeo da rea operatria - Anestesia - Inciso circunferencial ficando o dente de fora e saindo o capuz - Osteotomia eventual: osso sobre o dente, cimento cirrgico

    Consiste na inciso linear com bisturi, no sentido M-D, na altura corresponde ao bordo incisal do dente permanente sem remoo de qualquer tecido

    1. preenso 2. impulso

    3. luxao 4. traco

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    Remoo cirrgica dos tecidos. Zona mais frequente os 3s molares inferiores. Podem apresentar uma pericoronitis Quistos de reteno de glndulas salivares minor ocasionados pela rutura dos ductos excretores, acumulando a secreo num plano submucoso. Clinicamente so leses nodulares podendo ser pedunculadas. Possui crescimento contnuo por ao da mastigao ou novo trauma. Quando rompe reinicia o seu ciclo evolutivo. Anamnese: verifica-se uma relao com traumatismo por mordedura do lbio, mucosa jugal ou por queda, verifica-se mais em crianas com aparelho ortodontico Tratamento: quando no tratado pode persistir por longos perodos de tempo. Caso sofra apenas uma inciso, o fluido drenado mas voltar a encher. indicada a remoo cirrgica de toda a leso. Protocolo: - Assepsia - Anestesia tpica e infiltrativa distncia - Inciso com bisturi - Deslocamento da pea cirrgica

    Indicada: freio labial com curto impedimento das funes normais; insero paradoxal desfavorvel; diastema interincisivo (verdadeiro) ver atravs da trao labial e da isqumia tecidual; dentio permanente. Freios Normal Teto labial persistente Com ndulo Com apndice Duplo Com recesso Bfido Tcnicas - Plastia em Z exciso total do freio, 2 incises oblquas, boa cicatrizao sem retrao cicatricial. - Plastia em V-Y - Inciso romboidal - Duas incises paralelas ao freio - at atingir o peristeo. - A laser

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    Aula Terica 11 6 de Junho de 2012

    - Alteraes fisiolgicas: metablicas, hormonais, hematolgicas, uterinas, respiratrias e cardacas. - Alteraes fsicas: aumento do peso (at 10, 12 kg normal), pigmentao, estrias e varizes, aumento do abdmen e das mamas, aumento do volume do tero, edema dos tornozelos. - Alteraes psicolgicas: medo do desconhecido, alteraes hormonais, desequilbrio psicolgico, medo que acontea algo ao beb, baixa de autoestima, medo de no ser atraente. A emotividade, o medo e a crena so obstculos a serem vencidos pelo profissional. NOTA: No caso de uma gravidez desejada, a grvida est muito receptiva s instrues do mdico dentista, para a sade do beb. Mais do que nunca, devemos de falar com o casal grvido, para termos a certeza que as instrues dadas no so esquecidas. Alteraes bucais: - Aumento da vascularizao perifrica dos tecidos moles; - Gengivite placa bacteriana associada a alteraes hormonais. - Na 1 fase motiva-se higiene e aconselha-se gel de Clorexidina. - Se houver regresso prescreve-se Amoxicilina e cefalosporinas. - Os maiores ndices de placa bacteriana registam-se no 4 e 7 meses de gestao e no 1 ms ps-parto. - Tratamento periodontal bsico elimina a inflamao e uma condio clnica sadia mantida durante a gravidez. - A doena periodontal na grvida pode estar associada ao aumento da incidncia do nascimento de bebs de baixo peso e da ocorrncia de parto prematuro. - O clcio est presente nos dentes maternos numa forma estvel e cristalina, no estando disponvel para a circulao perifrica. - A xerostomia potencia a inflamao e as leses de crie. - A hiperacidez da cavidade oral favorece o desenvolvimento bacteriano. - Verifica-se, por vezes uma gengiva sangrante, devido aos hbitos alimentares e m higienizao inflamao da gengiva. - Podemos fazer destartarizao em qualquer fase da gravidez. - No a gravidez por si s que pode causar alteraes definitivas na cavidade oral, mas pode simplesmente potenciar algo que j estava presente Tumor gravdico: rea localizada de hipertrofia gengival; mais frequente na regio anterior e durante o 2 trimestre (poca mais estvel); a exrese dever ser realizada, se possvel no 2 trimestre. NOTA: No deve ser dada chupeta nem bibero nos primeiros meses se isto no for cumprido, a criana no vai desenvolver correctamente os hbitos no nutricionais

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    Tratamento dentrio Quando necessrio pode ser realizado em qualquer perodo da gravidez, devendo-se eliminar qualquer foco stico. poca do tratamento: preferencialmente durante o 2 trimestre visto ser o perodo mais estvel da gestao a nvel psicolgico e fisiolgico. Em casos urgentes (pulpite, abcesso, fractura de um dente..) pode-se fazer o tratamento em qualquer perodo, visto que a presena de um foco infeccioso na me, mais prejudicial do que fazer o tratamento. As consequncias da dor e do stress so mais malficas que a possvel ansiedade. Consultas: devem ser rpidas e na segunda metade do perodo da manh, quando os enjoos so menos comuns. Devem ser evitadas se o mdico dentista ou a assistente estiverem constipados. Evitar o contacto com crianas que frequentam o consultrio de modo a prevenir o contgio de doenas vricas da infncia. Consultas devem ser marcadas no perodo do dia mais confortvel para a me (enjoos matinais podem prejudicar o tratamento) Devido ao aumento do tero h obstruo parcial da veia cava inferior e da artria aorta, podendo haver reduo do retorno e presso sanguneos. Para prevenir o sndrome de hipotenso supino, coloca-se a paciente em decbito lateral esquerdo ou eleva-se o quadril (10 a 12 cm) do lado direito com almofada. Fazer monitorizao (medio dos nveis de glicose, sinais vitais, etc). Higiene oral - Escova dentria - Fio dentrio fluoretado - Dentfrico com triclosan - Bochechos com solues que no contenham lcool - Clorexidina a 0,12% A grvida ao cuidar da sua sade oral est a cuidar da do seu filho. Cuidados teraputicos Quase todas as drogas tm a capacidade de atravessar a placenta. Quase todas as drogas so excretadas pelo leite materno. Um beb com funes orgnicas normais ingere cerca de 1% do total da dose maternal. Os medicamentos devem ser tomados logo aps a amamentao para diminuir os nveis plasmticos at amamentao seguinte. O mdico dentista deve contactar o mdico de famlia da paciente e avaliar o fator risco/benefcio

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    No so recomendados. Podem:

    - Restringir o ducto intra-uterino - Provocar hipertenso pulmonar do recm-nascido. - Prolongar a gestao e o trabalho de parto.

    Paracetamol mais seguro. Os AINEs esto contra-indicados, se necessrio, prescreve-se preferencialmente anti-inflamatrios esterides.

    Tratamentos endodnticos radicais e cirurgias inadiveis corticosteroides (Betametasona) em doses nicas de 4mg

    Pode ser usado: Oxicodona e Paracetamol Usar com cautela: Codena, Hidrocodona e cido acetilsaliclico

    Frmaco de eleio: Amoxicilina Baixo risco: Penicilina, Cefalosporina, Eritromicina, Aritromicina, Claritromicina; Clandamicina Elevado risco (usar com cautela): Tetraciclinas

    Pode ser usado: Lidocana, Prilocana Usar com cautela: Mepivacana (sem vasoconstritor) no muito seguro para a gravida. Articana: estudos contraditrios (no usar na grvida ou em crianas com menos de 4 anos)

    - Atravessa a placenta. - No est comprovado o seu efeito preventivo contra a leso de crie. - Indicao de bochecos associado com Clorexidina. - Aplicao tpica e dose txica acima de 0,5 mg/Kg.

    - Pode ser realizado no segundo trimestre seguindo as normas bsicas. - Deve avaliar-se a necessidade, usar avental de chumbo e filmes ultra rpidos e evitar erros.

    Ter ateno: - Postura corporal - Substncias qumicas - Radiao - Resinas acrlicas base de substncias irritantes - Expressamente proibido remover restauraes em amlgama (se no o pudermos evitar, devemos ter muito cuidado: fazer isolamento absoluto e uma boa aspirao) - Evitar exposio ao vapor do mercrio - Aciclovir e branqueamento contraindicados.

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    Aula Terica 12 13 de Junho de 2012

    Indicao: freio lingual anormalmente curto

    Consequncias da anquiloglossia: - Dificuldade na amamentao - Problemas de dico - Aumento da incidncia de cries nos molares - Diastemas

    Protocolo: Assepsia e desinfeo da rea operatria Anestesia local Imobilizao da lngua Pinar o freio com o finoquete Execuo das respetivas incises, respeitando os traados correspondentes Sutura Analgesia, antissticos e compressas esterilizadas Remoo da sutura aps uma semana

    Aps a cicatrizao: terapia da fala e exerccios linguais.

    Frenectomia com dentacnula ou finoquete mantm o freio perfeitamente esticado.

    - Abrir o dente no caso de ser possvel fazer a drenagem por esta via. - Limagem superficial dos canais. - Drenagem direta do abcesso. - No caso de no ser possvel a drenagem, medicar e pedir ao paciente para voltar uma semana depois

    1 camada est sempre infetada, a dentina cariada deve ser sempre completamente removida; rica em microrganismos e irreversivelmente desorganizada. 2 camada - semelhante 1 mas mais profunda e apenas contaminada; pode ser ou no removida. 3 camada - dentina amolecida; reversivelmente desorganizada; tratamento adequado Mtodo convencional visual e ttil Deteo visual facilitada por um corante - Fucsina bsica a 0,5 em propileno glicol ou cido vermelho a 1% em propileno glicol

    Mecanismo de ao: cora a matriz orgnica alterada de forma irreversvel. Depende do estado das fibras de colagnio. Evita exposies pulpares proteo do complexo dentina-polpa mas quando corante atinge a polpa esta estar certamente infetada.

    Contraindicados: em cries de cavidades profundas pois a lama dentinria circumpulpar fica corada e h remoo desnecessria de dentina s

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    Modo de emprego: Remover toda a dentina cariada Lavar e secar Aplicar 1 gota de detetor na cavidade Lavar bem passados 10 segundos, no mais Remover toda a dentina corada Repetir se houver dvidas quanto existncia ou no de dentina cariada

    Requisitos: - Bactericida e bacteriosttico. - Bom isolante trmico, eltrico e qumico. - Evitar a penetrao marginal e dentria. - Apresenta boa compatibilidade a nvel biolgico. - Apresenta boa resistncia mecnica. - Induz calcificao. - Adere s estruturas dentrias

    Hidrxido de Clcio (p + soro fisiolgico) - Indutor de calcificao. - Fratura facilmente. - Fraca resistncia mecnica (necessidade de um produto intermedirio antes da restaurao). - Nao muito bom isolante. - Indicado para bases de fundo de cavidades, cries profundas, apexognese, apexificao e protetor pulpar. - Apresentao: uma s pasta ou duas pastas para mistura

    Cimento de Policarboxilato de Zinco (xido de zinco + soluo aquosa de cido poliacrlico) - Maior unio ao esmalte que dentina. - Isolante trmico, eltrico e qumico. - Resistncia mecnica. - Boa compatibilidade biolgica. - Bastante caro. - Indicado para forramento de cavidades bases de restauraes em amlgama ou resinas

    Cimento de Zinco e Eugenol Tipo I - xido de zinco + eugenol Tipo II - xido de zinco + cido propinico + resinas ou prolas de polmero + eugenol (IRM) Tipo III - tipo II + alumina + cido orto-etoxibenzico (EBA) Propriedades: - Isolante trmico, eltrico e qumico. - Evita infiltraes. - Maior resistncia mecnica I

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    * Tipo I: cimentao de prteses e ncleos metlicos, cimentao de coroas, brakets. Base intermdia devido boa resistncia mecnica, adesividade, isolamento qumico, trmico e eltrico. - Ketac Cem

    * Tipo II: restaurao de dentes decduos e dentes permanentes (classe I incipiente e classe V) - Ketac Fil

    * Tipo III: selamento de fossas e fissuras. No tem interesse, no se compara com a adeso das resinas mais fludas.

    * Tipo IV: forramento de cavidades a serem restauradas com resinas compostas.- Ionosil; Cavalit

    Vantagens: contrao de presa semelhante aos compsitos mas com uma cintica bastante mais lenta; biocompatibilidade; adesividade; libertao de Flor; coeficiente de dilatao trmica prximo do dente.

    Desvantagens: sensibilidade humidade (verniz ou adesivo); tempo de presa longo; propriedades mecnicas limitadas; esttica limitada pela opacidade; grandes variaes das propriedades mecnicas e fsico-qumicas em funo da modificao da relao lquido/p (cpsulas pr-doseadas).

    Limitaes: manipulao difcil e fratura com facilidade.

    Indicado para obturao de dentes temporrios nos setores anteriores e posteriores se a carga oclusal for reduzida.

    Aplicao: Aplicar condicionador 10 segundos Lavar bem e secar sem exsicar Ativar cpsulas durante 2 segundos com o ativador aplicap Fazer a mistura num misturador de alta frequncia (8-10 segundos) Colocao do material Aplicar o protetor da restaurao Ketac-Glaze tapar todas as microinfiltraes antes do teste oclusal Fotopolimerizar 10 segundos