sebenta de radiologia

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1. Estudo radiológico do membro superior Estudo radiológico da mão Face PA Posicionamento: - Doente sentado lateralmente à mesa. Membros inferiores afastados do feixe de radiação. Antebraço apoiado na mesa. Mão em pronação com os dedos em extensão. Face palmar da mão apoiada no chassi. Dedos ligeiramente afastados. - Colimar à região de interesse. Critérios de boa realização - Não rotação da mão; - Visualização do 1/3 distal do antebraço, articulação do punho e falanges distais; - Valores de exposição adequados. Oblíqua anterior medial Posicionamento: - Doente sentado lateralmente à mesa. Membros inferiores afastados do feixe de radiação. Antebraço apoiado na mesa. Mão em posição oblíqua de modo a que todos os dedos fiquem livre de sobreposição de perfil. Face interna da mão apoiada no chassi a formar um ângulo de 45º com o mesmo. - Colimar à região de interesse. 1 Chassi: 18x24cm ou 24X30cm DFf: 1m Posto sem potter Foco: fino Projecção: oblíqua RC: perpendicular a incidir na articulação MCF do 3ºdedo. Chassi: 18x24cm DFf: 1m Posto sem potter Foco: fino Projecção: PA RC: perpendicular a incidir na articulação MCF do 3º dedo.

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1. Estudo radiológico do membro superior• Estudo radiológico da mãoFace PA Chassi: 18x24cm DFf: 1m Posto sem potter Foco: fino Projecção: PARC: perpendicular a incidir na articulação MCF do 3º dedo.Posicionamento: - Doente sentado lateralmente à mesa. Membros inferiores afastados do feixe de radiação. Antebraço apoiado na mesa. Mão em pronação com os dedos em extensão. Face palmar da mão apoiada no chassi. Dedos ligeiramente afastados. - Colimar à região de interesse. Critérios de boa real

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Page 1: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm ou 24X30cmDFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: perpendicular a incidir na articulação MCF do 2ºdedo (perfil interno); na MCF do 5º dedo (perfil externo)

1. Estudo radiológico do membro superior

Estudo radiológico da mão

Face PA

Posicionamento:- Doente sentado lateralmente à mesa. Membros inferiores afastados do feixe de

radiação. Antebraço apoiado na mesa. Mão em pronação com os dedos em extensão. Face palmar da mão apoiada no chassi. Dedos ligeiramente afastados.

- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização- Não rotação da mão;- Visualização do 1/3 distal do antebraço, articulação do punho e falanges distais;- Valores de exposição adequados.

Oblíqua anterior medial

Posicionamento:- Doente sentado lateralmente à mesa. Membros inferiores

afastados do feixe de radiação. Antebraço apoiado na mesa. Mão em posição oblíqua de modo a que todos os dedos fiquem livre de sobreposição de perfil. Face interna da mão apoiada no chassi a formar um ângulo de 45º com o mesmo.

- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Visualização do 1/3 distal do antebraço, articulação do punho e falanges distais;- Valores de exposição adequados;- Sobreposição ligeira das bases e cabeças dos metacarpos (2º ao 5º);- Espaços entre os 3º, 4º e 5º metacarpos reduzidos;- Abertura das articulações interfalângica e metacarpofalângica.

Perfil (interno ou externo)

1

Chassi: 18x24cm ou 24X30cmDFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: oblíqua RC: perpendicular a incidir na articulação MCF do 3ºdedo.

Chassi: 18x24cmDFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a incidir na articulação MCF do 3º dedo.

Page 2: Sebenta de Radiologia

Posicionamento:- Doente sentado lateralmente à mesa. Membros inferiores

afastados do feixe de radiação. Apoio do antebraço e braço. Mão em perfil estrito e dedos em extensão.

- Colimar à região de interesse.

Finalidade: pesquisa de corpos estranhos e desvios (fracturas) com deslocamento AP.

Nota: Quando se pretende estudar as articulações metacarpofalângicas e quando o doente não consegue fazer a extensão dos dedos devem realizar-se as incidências de face e oblíquas em AP. No caso de artrite reumatóide deve radiografar-se as 2 mãos em AP e em simultâneo para estudo comparativo.

Estudo radiológico do punho

Face PA

Posicionamento:- Doente sentado lateralmente à mesa. Membros inferiores afastados do feixe de

radiação. Antebraço apoiado na mesa. Mão em pronação com os dedos ligeiramente flectidos.

- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Não rotação do punho (apófises bem visíveis, visualização das articulações)- Visualização do terço distal do antebraço, articulação do punho e apófises estilóides e bases do

metacarpianos.- Valores de exposição adequados (visualização de todo o trabéculado ósseo)

2

Chassi: 18x24cmDFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: PA

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre as apófises estilóides do rádio e do cúbito.

Page 3: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cmDFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: lateral RC: perpendicular a incidir na apófise estilóide do rádio.

Chassi: 18x24cmDFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: oblíqua RC: perpendicular a incidir a meia distância entre as apófises estilóides

do rádio e do cúbito

Perfil (interno ou medial)

Posicionamento:- Doente sentado lateralmente à mesa. Membros inferiores afastados do feixe de

radiação. Apoio do antebraço e braço a formar um ângulo de 90º. Mão em perfil estrito e dedos em extensão a formar um ângulo de 90º com o chassi.

- Colimar à região de interesse

Critérios de boa realização:- Mão em perfil estrito- Sobreposição do rádio e do cúbito- Apófises estilóides quase sobrepostas e alinhadas- Valores de exposição adequados (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles)

Oblíquas (as mediais são as mais usadas)

Posicionamento:

- Mão a formar um ângulo de 45º com chassi. - Oblíqua medial anterior (OMA): lado medial e anterior do punho encostado ao chassi.- Oblíqua medial posterior (OMP): lado medial e posterior do punho encostado ao chassi.- Colimar à região de interesse.

Estudo da idade óssea

Chassi: 18x24cmFace da mão e punho.Radiografa-se a mão não dominante.Marca-se a mão com os dedos voltados para cima.

Critérios de boa realização- Não rotação da mão;- Visualização do 1/3 distal do antebraço, articulação do punho e falanges distais;- Valores de exposição adequados.

Estudo do escafóide

4 incidências

1 2

4 33

Chassi: 18x24cm(:4)DFf: 1mPosto sem potterFoco: fino

1. Face com desvio cubital2. Oblíqua anterior medial3. Perfil4. Macrorradiografia

Page 4: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cmDFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: oblíqua RC: perpendicular a incidir na apófise estilóide do cúbito.

1. Face com desvio cubital

Posicionamento:- Doente sentado lateralmente à mesa. Antebraço apoiado na mesa. Mão em

pronação com a face palmar apoiada no chassi e mão com desvio cubital. - Colimar à região de interesse.

RC: perpendicular a incidir na apófise estilóide do rádio.

2. Oblíqua anterior medial

Posicionamento:- Doente sentado lateralmente à mesa. Antebraço apoiado na mesa. Mão em pronação com a face medial

apoiada no chassi. Face palmar a formar um ângulo de 60º com o chassi.- Colimar à região de interesse.

RC: perpendicular a incidir na apófise estilóide do rádio.

3.Perfil

Posicionamento:- Doente sentado lateralmente à mesa. Antebraço e mão em perfil estreito com os

dedos em extensão.- Colimar à região de interesse.

RC: perpendicular a incidir na apófise estilóide do rádio.

4. Macrorradiografia

Posicionamento:- Idêntico para a face PA, contudo o foco encontra-se a uma distância de 50 cm da mesa onde está apoiado

o antebraço e o chassi encontra-se por baixo da mesa sob um banco a uma distância de 50 cm da mesa e de 1m do foco.

- Colimar à região de interesse.

RC: perpendicular a incidir na apófise estilóide do rádio.

Critérios de boa realização- Escafoide no centro de colimação;- Face do escafoide ligeiramente afastada com desvio cubital;- Escafoide estritamente de perfil no perfil;- Valores de exposição adequados.

Estudo do pisiforme

Oblíqua medial posterior

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Page 5: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cmDFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: axial

RC: a incidir a meia distância entre as apófises estilóides do rádio e do cúbito:- Angulado 5º crânio-caudal na incidência axial supero-inferior- Angulado 25º caudo-cranianos na incidência axial infero-superior

Posicionamento:- Mão em supinação com a face medial apoiada no chassi. Face dorsal da mão a formar um ângulo de 30º a

partir da posição de perfil.- Colimar à região de interesse.

Estudo do túnel cárpico

Axiais

Posicionamento:- Axial supero-inferior: doente em ortostatismo de costas para a mesa. Apoio da mão de

modo a diminuir o ângulo da mão com o antebraço.

- Axial infero-superior – membro superior em extensão e mão em pronação. Braço e antebraço ao mesmo nível (plano horizontal). Mão em extensão máxima de modo a que a face palmar forme um ângulo de 70º com o chassi.

- Colimar à região de interesse.

O Túnel Cápico é constituído pela superfície palmar dos ossos do carpo e retináculos dos flexores.

5

Page 6: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x43cmDFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre as articulações do punho e do cotovelo.

Chassi: 18x43cmDFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre as articulações do punho e do cotovelo.

Estudo radiológico do antebraço

Face AP

Posicionamento:- Doente sentado lateralmente à mesa (ou de frente). Antebraço totalmente apoiado na

mesa com a mão em supinação.- Colimar à região de interesse.

Nota: Só em caso de extrema necessidade é que se faz em PA, pois nesta posição os ossos do antebraço sobrepõe-se.

Critérios de boa realização:- Visualização das articulações do punho e do cotovelo;- Rádio e cúbito livres de sobreposição;- Cotovelo de face;- Valores de exposição adequados.

Perfil interno

Posicionamento:- Doente sentado lateralmente à mesa. Braço e antebraço no mesmo plano. Cotovelo flectido

a 90º. Mão de perfil. - Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Visualização das articulações do punho e do cotovelo;- Rádio e cúbito sobrepostos;- Cotovelo de perfil;- Valores de exposição adequados.

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Page 7: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm ou 24x30 (:2)DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meia distância da linha que une o epicôndilo medial e lateral do úmero.

Chassi: 18x24cm ou 24x30(:2)DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: lateral RC: perpendicular a incidir no epicôndilo lateral do úmero.

Estudo radiológico do cotovelo

Face AP

Posicionamento:- Doente sentado e virado para a mesa. Membro superior em extensão e com

apoio do antebraço e braço. Mão em supinação ligeiramente elevada.- Colimar à região de interesse

Critérios de boa realização:- Cabeça, colo e tuberosidade radial ligeiramente sobrepostos ao cúbito proximal;- Articulação do cotovelo aberta;- Não rotação dos epicôndilos;- Valores de exposição adequados.

Variantes da incidência da faceCaso o doente não consiga fazer a extensão do

membro superior existem 3 variantes:- Apoiando o cotovelo;- Apoiando o cotovelo e o antebraço;- Apoiando o cotovelo e o braço.

Perfil interno

Posicionamento:- Doente sentado lateralmente à mesa. Braço de perfil, 90º em abdução, braço e

antebraço a 90º. Mão em perfil estrito. Colocar um apoio por baixo do punho para que o antebraço fique paralelo ao filme.

- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Cotovelo flectido a 90º;- Articulação do cotovelo aberta;- Sobreposição dos epicôndilos umerais;- Cabeça radial parcialmente sobreposta à apófise coronóide;- Olecrânio de perfil;- Tuberosidade radial projectada anteriormente;- Valores de exposição adequados.

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Page 8: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm ou 24x30 (:2)DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: oblíqua RC: perpendicular a incidir a nível do cotovelo.

Chassi: 18x24cm ou 24x30cm (:2)DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: lateral RC: perpendicular a incidir no epicôndilo lateral do úmero.

Oblíquas posteriores

Posicionamento:- Medial (OPM): membro superior em extensão e mão em pronação.- Lateral (OPL): membro superior em extensão e mão em supinação. Antebraço e mão a 45º com o chassi.

Apoio do dorsal.- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização: OPM (aproxima-se do perfil)- Apófise coronóide de perfil;

- Epicôndilo medial alongado;- Sobreposição do cúbito sobre a cabeça e colo do rádio;- Visualização do olecrânio e fossa olecraneana;- Valores de exposição adequados.

OPL (aproxima-se da face)- Cabeça, colo e tuberosidade radial desprojectados do cúbito;- Abertura da articulação do cotovelo;- Valores de exposição adequados.

Estudo da cabeça do rádio

4 incidências

Mão em supinação Mão de perfil Mão em pronação Mão em pronação máxima

Nota: Em todas estas incidências o cotovelo está flectido a 90º.

Observações: Imobilização; não é necessária grelha uma vez que se trata de uma articulação.

Critérios de boa realização:- Cotovelo flectido a 90º;- Cabeça do rádio em diferentes perspectivas- Valores de exposição adequados (visualização de trabéculado ósseo e partes moles)

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Page 9: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x43cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre a articulação do ombro e articulação do cotovelo.

Chassi: 18x43cmDFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre a articulação do ombro e articulação do cotovelo.

Estudo do olecrâneo

Posicionamento:

- Axial supero-inferior: apoio do antebraço e mão em supinação. - Colimar à região de interesse.RC: perpendicular ao antebraço a incidir ao nível do olecrâneo.

- Axial infero-superior: apoio da face posterior do braço.- Colimar à região de interesse.RC: angulado 25º caudo-craniano a incidir a nível do olecrâneo.

- Semi-axial supero-inferior: apoio do antebraço e mão em supinação.- Colimar à região de interesse.RC: angulado 25º crânio-caudal a incidir a nível do olecrâneo.

- Semi-axial infero-superior – apoio da face posterior do braço.- Colimar à região de interesse.RC: perpendicular ao antebraço a incidir ao nível do olecrâneo.

Critérios de boa realização:- Visualização do olecrâneo desprojectado dos ossos do braço e antebraço;

- Valores de exposição adequados.

Estudo radiológico do úmero

Face AP

Posicionamento:- Doente sentado ou em ortostatismo. Membro superior em extensão e em ligeira abdução.

Mão em supinação. (na prática é comum pedir-se ao doente para inclinar o ombro de forma a que o úmero fique direito)

- Colimar à região de interesse.

Observações: apneia respiratória e imobilização.

Critérios de boa realização:- Visualização das articulações do ombro e do cotovelo;- Cotovelo de face;- Cabeça do úmero e grande tuberosidade de perfil;- Pequena tuberosidade situada entre a cabeça umeral e grande tuberosidade;- Valores de exposição adequados (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Perfil

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Chassi: 18x24cm (:2)DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: axial

Page 10: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30 l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: perpendicular a nível do bordo inferior da axila (a emergir no colo cirúrgico do úmero).

Chassi: 24x30 (:3) t.DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir a nível do colo cirúrgico do úmero.

Posicionamento:- Doente sentado ou em ortostatismo.- Perfil interno: braço em ligeira abdução e flexão a 90º com o antebraço. Mão apoiada no abdómen. Mais

indicado em doente imobilizado com gerdi.- Perfil externo (mais usado): posição de sinaleiro. Braço em abdução a 90º com o corpo. Palma da mão

voltada para fora. Chassi na transversal.- Colimar à região de interesse.

Observações: apneia respiratória e imobilização

Critérios de boa realização:- Visualização da articulação do ombro e cotovelo;- Cotovelo de perfil;- Pequena tuberosidade de perfil;- Sobreposição dos epicôndilos;- Grande tuberosidade sobreposta com a cabeça umeral;- Valores de exposição adequados.

Estudo do úmero – 1/3 proximal (transtorácica)

Projecção lateral

Posicionamento:- Lateral erecta: o braço que se pretende estudar encostada ao potter e ao doente. Flexão a 90º do cotovelo

com a mão no abdómen. Membro superior contralateral elevado com o antebraço flectido por cima da cabeça.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória ou Técnica per-respiratória (consiste na emissão de raio X durante a respiração para esbater as costelas)

Nota: Para ver a cabeça do úmero angulamos de 5 a 10º no sentido caudo-craniano. Janela radiológica – utilização de uma estrutura de densidade menos para se ver outra. Por exemplo: usamos o pulmão para ver o úmero.

Critérios de boa realização:- Visualização do 1/3 proximal do úmero- Grande tuberosidade de perfil- Não sobreposição das vértebras torácicas à região de interesse- Valores de exposição adequados

Cabeça do úmero

Face AP

10

Page 11: Sebenta de Radiologia

Posicionamento:- Face com a mão em rotação externa (supinação): Grande tuberosidade e cabeça de perfil. Pequena

tuberosidade no meio. - Face com a mão em rotação neutra (perfil): Grande tuberosidade quase em face em posição central.- Face com mão em rotação interna (pronação máxima): Grande tuberosidade totalmente no centro do colo

do úmero e a pequena tuberosidade de perfil.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

11

Page 12: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm ou 24x30cm (se queremos as 3 art.) na transversal.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir na apófise coracóide.

Chassi: 18x24cm na transversal.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: lateral RC: perpendicular a incidir na apófise coracóide.

2. Estudo radiológico da cintura escapular

Estudo do ombro

Face AP

Posicionamento:- Doente em ortostatismo ou decúbito dorsal. Obliquar ligeiramente o doente (15º)

no seu lado contralateral. Mão em supinação.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Visualização da articulação do ombro, região sub-acromial, úmero proximal- Cabeça do úmero de perfil- Valores de exposição adequados (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Falso perfil

Posicionamento:- Idêntico ao perfil externo do úmero (posição de sinaleiro).- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Visualização da articulação do ombro, região sub-acromial, úmero proximal- Pequena tuberosidade de perfil e grande tuberosidade sobreposta com a cabeça umeral;- Valores de exposição adequados (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

12

Page 13: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm na t.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP RC: angulado 15º (no mínimo) crânio-caudais, a incidir na apófise coracóide

Chassi: 18x24cm t.DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: AP RC: perpendicular angulado 45º médio-lateralmente

Dupla obliquidade

Posicionamento- Doente em ortostatismo ou decúbito. Obliquar ligeiramente o doente (30-40º, varia consoante o tamanho

do tórax) no seu lado contralateral. Membro superior em posição neutra.- Colimar à região de interesse

Observações: apneia respiratória

Critérios de boa realização- Cavidade glenóide de perfil- Espaço articular entre o úmero e a cavidade glenóide bem aberto- Espaço sub-acromial aberto- Valores de exposição adequados

Axiais

Posicionamento:- Infero-superior: braço em abdução a 90º com o chassi encostado ao ombro.- Colimar à região de interesse.

- Supero-inferior: doente sentado. Cara voltada para o lado contrário, proteger o cristalino. Braço em abdução a 90º. Chassi curvo por baixo da axila.

- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Incidência alternativa da face (em acamados ou doentes em cadeira de rodas)

Posicionamento:- Sentado em decúbito dorsal ou ortostatismo - Colocar o chassi na face posterior do ombro- Colimar à região de interesse com posicionamento similar à face.

Incidências alternativas às axiais

Perfil de Bernageau

13

Chassi: 18x24cm t.DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: perpendicular e horizontal a incidir na axila.

RC: perpendicular a incidir na articulação acrómio-clavicular.

Page 14: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: Axial RC: angulado 30º crâneo-caudais a incidir no acrómio

Chassi: 24x30cm DFf: 1mPosto sem potter, com grelhaFoco: finoProjecção: Axial RC: perpendicular a tangenciar a articulação do ombro

Posicionamento:- Doente sentado ou em ortostatismo. Parte-se da posição de perfil, obliquar o lado contralateral 40º a 50º,

levando o membro ipsilateral e apoiando-o ao nível da cabeça, encostando a região axilar do lado ipsilateral ao potter. O membro superior contra lateral fica em extensão ao longo do corpo.

- Colimar à região de interesse

Finalidade: perfil da glenóide

Critérios de boa realização- Úmero na vertical;- Art. gleno-umeral no centro de colimação;- Ombro de perfil;- Valores de exposição adequados

Incidência de Bloom-obata

Posicionamento:- Doente sentado de costas para a mesa de exames. Apoio do chassi na mesa. Inclinação do corpo para

trás, de modo a projectar a sombra do ombro no chassi. Assegurar que o doente fica estável.- Colimar à região de interesse.

Finalidade: ver a posição e o grau de luxação do ombro; doentes com gerdy

Critérios de boa realização- Ombro desprojectado relativamente ao corpo;- Cavidade glenoide e cabeça do úmero de perfil;- Art. gleno-umeral no centro de colimação;- Valores de exposição adequados

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Page 15: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm ou 18x43cm t.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP ou PA RC: perpendicular a incidir a meio da clavícula.

Chassi: 24x30cm t.DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: AP

RC: angulado 45º ascendentes em relação a vertical a incidir a meio da clavícula.

Estudo radiológico da clavícula

Face

Posicionamento:- AP: doente em ortostatismo ou decúbito dorsal. Braços ao longo do corpo.- PA: doente em ortostatismo ou em decúbito ventral. Braços ao longo do

corpo. Elevação do mento de modo a encostar o tórax do doente ao potter. - Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia expiratória

Critérios de boa realização- Clavícula no centro de colimação;- Visualização de toda a clavícula;- Clavícula horizontalizada;- Sobreposição do 1/3 medial à grade costal;- Valores de exposição adequados

Face desdobrada (desprojectar a clavícula em relação às costelas)

Posicionamento:- AP: doente em posição lordótica ou decúbito dorsal.

- PA: doente em decúbito ventral. Braços ao longo do corpo.

- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia expiratória

Critérios de boa realização- Clavícula no centro de colimação;- Visualização de toda a clavícula e das 2 articulações;- Clavícula horizontalizada e desprojectada da grade costal;- Valores de exposição adequados

Axial/Tangencial (para doentes acamados)

15

Chassi: 18x24cm ou 24x30cm t.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP ou PA

RC: a incidir a meio da clavícula angulado caudo-claniano:- 0º a 15º se paciente em posição lordótica;- 15º a 30º se paciente em decúbito dorsal.

RC: angulado 20 a 30º crânio-caudal e emergir a meio da clavícula.

Page 16: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir ligeiramente abaixo da cabeça do úmero.

Chassi: 18x24cm ou 18x43cm t.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir na articulação acrómio-clavicular (uni); perpendicular a incidir na incisura jugular (bi).

Chassi: 18x24cm na l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: PA

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre o ângulo superior e inferior do bordo interno da omoplata.

Posicionamento:- Decúbito dorsal com os membros superiores em extensão ao longo do corpo. Chassi no vertical encostado

ao ombro.- Colimar à região de interesse

Critérios de boa realização- Clavícula no centro de colimação;- Visualização de toda a clavícula, horizontalizada e desprojectada da grade costal;- Valores de exposição adequados

Estudo radiológico da articulação acrómio-clavicular

Face AP

Posicionamento:- Doente em ortostatismo com os membros superiores ao longo do corpo.- Colimar à região central.

Observações: Apneia respiratória

Nota: Deve fazer-se o exame sem e com esforço dinâmico amarrando pesos de 3Kg em cada punho.

Estudo radiológico da omoplata

Face AP

Posicionamento:-

Doente em

ortostatismo ou decúbito dorsal. Obliquar 20-25º o lado contralateral. Abdução do braço (90 ou 120º), de modo a afastar a omoplata da grade costal.

- Colimar à região de interesse.Observções: Apneia respiratória

Critérios de boa realização: - Visualização da articulação escapulo-umeral, úmero proximal- Clavícula projectada acima do ângulo superior da omoplata- Valores de exposição adequada (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Perfil

Posicionamento:

16

Page 17: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm na l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: PA

RC: angulado 15º (no mínimo) carnio-caudais a incidir no ângulo supero-interno da omoplata.

- Doente em ortostatismo para uma projecção PA. Flexão do cotovelo a 90º com o antebraço. Mão apoiada no abdómen para desprojectar a clavícula. Avançar ou recuar o ombro para desprojectar o úmero. Obliquar o lado contralateral 70º-75º.

- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Sobreposição dos bordos lateral e medial da omoplata- Não sobreposição do corpo da omoplata sobre as costelas- Omoplata de perfil- Valores de exposição adequada (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Perfil de Lamy ou em Y

Posicionamento:- Doente em ortostatismo para uma projecção PA. Flexão do cotovelo a 90º

com o antebraço. Mão apoiada no abdómen para desprojectar a clavícula. Avançar ou recuar o ombro para desprojectar o úmero. Obliquar o lado contralateral 70º-75º.

- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

17

Page 18: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30cm na long.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: PA

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre a incisura jugular e o apêndice xifóide.

Chassi: 24x30cm na long.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre a incisura jugular e apêndice xifóide.

3. Estudo radiológico do Esqueleto Torácico

Estudo radiológico do esterno

Oblíqua anterior direita (OAD)

Posicionamento:- Ortostatismo: rodar o doente 15-20º (quanto maior a espessura do

tórax menor a necessidade de rodar o doente) para OAD.- Decúbito ventral: rodar o doente 15-20º para OAD, braço ipsilateral em

extensão ao longo do corpo, e o contralateral em flexão a 90º e mão apoiada na mesa.- Colimar à região de interesse

Observações: Apneia expiratória ou técnica per-respiratória

Critérios de boa realização:- Esterno projectado lateralmente à coluna livre da sua sobreposição;- Visualização do esterno em toda a sua totalidade, desde o manúbrio ao apêndice xifóide.- Esterno visualizado sobre a silhueta cardíaca- Valores de exposição adequada (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Perfil

Posicionamento:- Lateral em ortostatismo: colocar os ombros e os braços o mais

para trás possível.- Decúbito lateral esquerdo e direito: colocar os braços acima da cabeça mantendo os ombros para trás.

Alinhar o eixo longitudinal do esterno com a linha média da mesa.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia inspiratória

Perfil nos politraumatizados- Chassi na vertical com os membros elevados ou a prender o chassi.

Critérios de boa realização:- Visualização de todo o esterno estritamente de perfil;- Esterno no centro da colimação;- Valores de exposição adequada (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Estudo radiológico das articulações esterno-claviculares

Face PA

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Chassi: 18x24cm na t.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a emergir na incisura jugular.

Page 19: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm na trans.DFf: 0,5mPosto com potterFoco: finoProjecção: PA

RC: perpendicular a incidir na apófise espinhosa da terceira vértebra dorsal.

Chassi: 18x24cm na trans.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP ou PA

RC: AO: perpendicular a incidir a 2cm lateralmente à apófise espinhosa D3;RC: OP: perpendicular a incidir na articulação em estudo

Chassi: 18x24cm na long.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: angulado 15º caudais a incidir na articulação esterno-clavicular em estudo.

Posicionamento:- Doente em ortostatismo ou decúbito ventral com os membros superiores ao longo do corpo.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória, câmara de ionização central

Critérios de boa realização:- Art. esterno-claviculares no centro de colimação;- Não rotação do corpo (equidistância das esterno-claviculares à apófise spinhosa);- Valores de exposição adequada (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Plesiorradiografia ou radiografia de contacto

Posicionamento:- Ortostatismo, os membros superiores ao longo do corpo para uma projecção PA.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Nota: O esterno fica mais próximo do filme e a coluna com ampliação fica desfocada.

Oblíquas

Posicionamento:- OA: Ortostatismo PA ou decúbito ventral. Aproximar o lado a radiografar 25º.- OP: Ortostatismo AP ou decúbito dorsal. Afastar o lado a radiografar 25º.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Incidência de Kurzbauer (incidência axial as esterno-claviculares para pesquisa de luxações)

Posicionamento:- Doente de decúbito lateral para o lado afectado. Membro superior ipisilateral flectido e elevado para cima

da cabeça e membro contralateral em extensão para baixo.

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OPE = OAD – vemos a articulação direitaOPD = OAE – vemos a articulação esquerda

Page 20: Sebenta de Radiologia

Chassi: 30x40 (uni) 35x43 (bi)DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP ou PA

RC: uni: perpendicular a incidir a meia distância ente a coluna e a margem lateral do tórax; RC: bi: perpendicular a incidir ao nível de D6-D7

Chassi: 30x40 (uni) 35x43 (bi)DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP ou PA

RC: uni: perpendicular a incidir a meia distância ente a coluna e a margem lateral do tórax;RC: bi-perpendicular a incidir 2 cm lateralmente a partir do PSM.

- Colimar de acordo com a região

Critérios de boa realização:- Art. esterno-clavicular em estudo aberta e vista de forma axial no centro de colimação;- Valores de exposição adequada (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Estudo radiológico da grade costal

Face AP ou PA

Posicionamento:- AP: ortostatismo ou decúbito dorsal. Alinhar o plano médio-sagital. Afastamento dos ombros e braços

acima da cabeça para as costelas superiores, braços ao longo do corpo para as costelas inferiores.- PA: ortostatismo ou decúbito ventral. Alinhar o plano médio-sagital. Apoio dos antebraços dos ombros e

afastamento dos braços.

- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia expiratória para as costelas inferiores e inspiratória para as superiores

Critérios de boa realização:- Visualização de todas as costelas- Ausência de rotação da coluna (equidistância das clavículas às apófises espinhosas das vértebras)- Costelas livres de sobreposição- Valores de exposição adequados (visualização de o trabéculado ósseo e partes moles)

Oblíquas

Posicionamento:- OP: ortostatismo ou decúbito dorsal. Obliquar o doente a 45º. Braço ipsilateral acima da cabeça e

antebraço contra lateral ao longo do corpo.- OA: ortostatismo ou decúbito ventral. Obliquar o doente a 45º. Braço ipsilateral acima da cabeça e

antebraço contra lateral ao longo do corpo.- Colimar à região de interesse

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Page 21: Sebenta de Radiologia

Observações: Apneia expiratória para as costelas inferiores e inspiratória para as superiores

Critérios de boa realização: - OPE=OAD – visualização dos arcos costais posteriores direitos e dos arcos costais anteriores e

mediais esquerdos.- OPD=OAE – visualização dos arcos costais posteriores esquerdos e dos arcos costais anteriores e

mediais direitos.

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Page 22: Sebenta de Radiologia

Chassi: 35x35 (f) 35x43 (m)DFf: 1,80mPosto com potterFoco: grossoProjecção: PA

RC: perpendicular a incidir ao nível de D6-D7 no plano médio-sagital, ângulo inferior das omoplatas.

Chassi: 35x35 DFf: 1,80mPosto com potterFoco: grossoProjecção: PA

RC: perpendicular a incidir a nível de D6-D7 no plano coronal (rebordo inferior da axila).

Chassi: 35x43 DFf: 1,80mPosto com potterFoco: grossoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir a nível do manúbrio do esterno

4.Estudo radiológico do Sistema Cardio-Respiratório

Estudo radiológico do tórax

Face PA

Posicionamento:- Ortostatismo em PA. Face anterior do tórax encostada ao potter. Braços

flectidos e dorsos das mãos apoiados na cinta. Encostar os ombros ao potter de modo a desprojectar as omoplatas dos campos pulmonares.

- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia inspiratória

Critérios de boa realização:- Clavículas simétricas relativamente às apófises espinhosas, e horizontalizadas- Omoplatas afastadas dos campos pulmonares- Boa visualização de toda a trama bronco-vascular (os vasos de topo dão um exemplo de efeito de

canto) até à periferia- Coluna centrada na película- Deve-se incluir desde os vértices pulmonares até aos ângulos costofrénicos (estes ângulos devem ser

agudos, senão é patológico)- Ausência de rotação: articulações esterno-claviculares equidistantes das apófises espinhosas- Visualização de forma individualizada pelo menos as três primeiras vértebras dorsais, e as outras vão-

se apagando progressivamente- Inspiração correcta (8-10 espaços intercostais posteriores e 6-8 espaços intercostais anteriores).

Perfil Esquerdo

Posicionamento:- Lateral em ortostatismo. Braços levantados e queixo levantado. Pernas

ligeiramente afastadas. Normalmente faz-se o perfil esquerdo.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia inspiratória

Critérios de boa realização:- Ausência de rotação e de movimento,- Ângulos costofrénicos alinhados e sobrepostos.

Áreas potenciais de patologia:Face: ângulos costofrénicos, mediastino, ápices pulmonaresPerfil: não vemos, considerada zona cega, vértices ou ápices pulmonares

Face nos politraumatizados (tem a desvantagem de haver uma maior ampliação da silhueta cardíaca e maior exposição do cristalino)

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Page 23: Sebenta de Radiologia

Chassi: 35x43 DFf: 1,80mPosto com potterFoco: grossoProjecção: PA RC: perpendicular a incidir a nível do ângulo inferior da omoplata

Posicionamento:- Sempre que possível realizar o exame com o doente sentado. Doente sentado ou em decúbito dorsal com

afastamento dos braços e de objectos susceptíveis de produzir artefactos- Colimar à região de interesse

Observações: apneia inspiratória

Oblíquas anteriores

Posicionamento:- Ortostatismo em PA. Afastar o lado contralateral 45º. Braço ipsilateral afastado e braço contralateral

elevado.- Colimar à região de interesse

Observações: apneia inspiratória

Decúbito Lateral (alternativa à face)

Posicionamento:- Decúbito lateral direito ou esquerdo. Elevar o doente com um lençol ou cobertor, chassi encostado ao tórax

(PA) ou dorso encostado ao potter. Braços elevados.- Colimar à região de interesse.

Observações: apneia inspiratória

Estudo da silhueta cardíaca

- Face PA + oblíqua + perfil- Colimação do Rx de tórax- Utilização de contraste baritado com a finalidade de preencher o esófago para ver se existe compressão

do mesmo- Valores de exposição mais elevados que para o tórax, pois o coração é mais denso.

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Chassi: 35x43 DFf: 1,80mPosto com potterFoco: grossoProjecção: PA ou AP RC: perpendicular ao PMS a meio do tórax

Page 24: Sebenta de Radiologia

- OAE – 55 a 65º para desprojectar o esófago da coluna.- OAD – 45º + contraste baritado.- As exposições fazem-se sequencialmente (face, OAD, OAE) e só se realiza a ultima quando tivermos a

certeza da qualidade das duas primeiras. DFf: 2m (para obter uma imagem do tamanho do coração o mais próximo do real possível)

Estudo dos ápices pulmonares

Incidência AP: /Lordótica: RC perpendicular a incidir na incisura jugular.Ortostatismo: RC angulado 15-20º cefálicos a incidir na incisura jugular.

Incidência em PARC: angulado 15-20º caudais a incidir na incisura jugular para desprojectar os ápices das clavículas.

Observações: apneia inspiratória

Estudo das cisuras pulmonares

Posicionamento:- Doente em posição lordótica- Colimar à região de interesse

Estudo do pneumotórax

- Incidência em inspiração e expiração (a expiração mostra melhor o ar entre as pleuras devido ao colapso do pulmão)

- Preferencialmente posição ortostática - PA- Caso seja impossível a posição ortostática, efectuar o decúbito lateral (apoiando o lado oposto ao

afectado, para que o ar suba e fique encostado ao arco costal)

Estudo do derrame pleural

- Incidência em inspiração- Preferencialmente posição ortostática- Efectuar o perfil do lado afectado- Caso seja impossível, efectuar o decúbito lateral (apoiando o lado afectado para que o líquido desça)

Broncografia

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Chassi: 24x30cm ou 18x43cmDFf: 1,80mPosto com potterFoco: grossoProjecção: AP ou PA

Chassi: 35x43cmDFf: 1,80mPosto com potterFoco: grossoProjecção: PA RC: perpendicular a incidir a meio do tórax

Page 25: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30cm DFf: 1mPosto com potterFoco: grossoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir na incisura jugular

Chassi: 24x30cm DFf: 1,50mPosto com potterFoco: grossoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre o plano coronal médio e a incisura jugular.

- Exame de risco- Opacificação de produto de contraste positivo (iodo lipossolúvel, introduzido por intubação) para

observação da árvore brônquica- Indicações:* Pesquisa de hemoptises e hepistaxis (sangue que sai pelo nariz)* Pesquisa de bronquiectasias* Pesquisa de pneumonia de tórax, tumores pulmonares, quistos, cavernas tuberculosas, fistulas, etc.- Incidências: Face + perfil + oblíquas

Estudo da traqueia

Face AP

Posicionamento:- Doente em ortostatismo ou em decúbito dorsal, com os membros em extensão ao longo do corpo. Ligeira

elevação do mento. Pedir ao doente para não deglutir.- Colimar à região de interesse

Observações: técnica per-respiratória

Critérios de boa realização:- Ar na traqueia,- Visualização de toda a traqueia;

- Ausência de rotação;- Valores de exposição adequados.

Perfil

Posicionamento:- Doente em ortostatismo ou sentado em posição lateral com os membros superiores

atrás das costas e descontraídos desprojectando as omoplatas. Elevação ligeira do mento.- Colimar à região de interesse

Observações: Técnica per-inspiratória

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Page 26: Sebenta de Radiologia

Cavum faríngeo- Incidência realizada em crianças;- Incidência pedida para o estudo da faringe;- Radiografia de perfil da região cervical alta,- Paciente em ortostatismo e de perfil, garantindo a deflexão da coluna;- Apneia inspiratória ou per-inspiratória;- RC a incidir ao nível do osso hioide.

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Page 27: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30cm (:2)DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: dorsoplantar

RC: angulado 10 a 15º de forma a abordar perpendicularmente a região tarso-metatarsiana, a incidir na base do 3º metatarsiano.

Chassi: 24x30cm DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: dorsoplantar RC: perpendicular a incidir na base do 3º metatarsiano

Chassi: 24x30cm (:2)DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: dorsoplantar RC: perpendicular a incidir na base do 3º metatarsiano

5. ESTUDO RADIOLÓGICO DO MEMBRO INFERIOR

Estudo radiológico do pé

Face AP

Posicionamento: - Doente sentado na mesa. Membro inferior ipsilateral flectido a nível do joelho

com a face plantar do pé em apoio no chassi. Dedos em extensão. Pé centrado com o centro de colimação.

- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Não rotação do pé;- Visualização das falanges e fileira distal do tarso até ao astrálago e dos metatarsianos;- Espaço entre os metatarsos (2º ao 4º) aberto e à mesma distância;- Valores de exposição adequados.

Oblíqua medial

Posicionamento:- Doente sentado na mesma posição que para a face. Face medial do pé apoiada

no chassi a formar um ângulo de 30 a 45º com o mesmo.- Colimar à região de interesse.

Oblíqua lateral

Posicionamento:- Doente na mesma posição que para a face. Face lateral do pé apoiada no

chassi, de modo a formar um ângulo de 30º com o mesmo.- Colimar à região de interesse

Critérios de boa realização:- Visualização do seio társico;- Visualização dos 5 metatarsos livres de sobreposição;- Visualização da tuberosidade do 5º metatarso (local frequente de fractura associada a entorse)- Valores de exposição adequados.

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Page 28: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30cm DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: perpendicular a incidir no cuneiforme medial (perfil externo) ou lateral (perfil interno).

Chassi: 24x30cm DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: dorsoplantar

RC: angulado 10 a 15º a incidir no meio da linha que une a base dos dois primeiros metatarsos.

Chassi: 24x30cm DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: lateral RC: perpendicular e horizontal a incidir na base do 5 metatarso.

Chassi: 18x24cm DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: axial RC: perpendicular a tangenciar os ossos sesamóides.

Perfil (interno ou externo)

Posicionamento: - Doente em decúbito lateral.- Perfil externo: face lateral apoiada no chassi. Pé em

dorsiflexão a 90º.- Perfil interno (alternativa, por exemplo para acamados): face medial do pé apoiada no chassi. Pé em

dorsiflexão a 90º. - Colimar à região de interesse.

Finalidade: estudo o pé diabético (faz-se face+perfil com uso de valores de exposição para partes moles para visualização de úlceras e gangrenas)

Face bilateral em carga

Posicionamento:- Doente em ortostatismo com os pés juntos mas ligeiramente afastados. Pés

em apoio no chassi.- Colimar à região de interesse.

Perfil interno em carga

Posicionamento: - Doente em ortostatismo com o chassi entre os dois pés. Face medial do pé

a radiografar encostada ao chassi.- Colimar à região de interesse.

Finalidade: estudo das arcadas dos pés.

Axiais para estudo dos sesamóides

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Page 29: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: plantodorsal

RC: angulado a 10º, 20º, 30º e 40º cefálicos em direcção à articulação, a incidir no maléolo lateral.

Axial em decúbito ventral

Posicionamento:- Decúbito ventral. Ligeira flexão dos joelhos e apoio dos dedos no chassi.

Extensão dos tornozelos.- Colimar à região de interesse.

Incidência de Guntz (posição ortostática)

Posicionamento: - Ortostatismo. Extensão máxima do tornozelo, de modo a ficar apoiado no metatarso. Apoio

radiotransparente nos dedos dos pés. Chassi colocado verticalmente (pode-se usar o apoio usado em perfil interno em carga).

- Colimar à região e interesse

Axial em decúbito dorsal

Posicionamento:- Doente em decúbito dorsal. Membro inferior em extensão. Extensão do

tornozelo e flexão forçada dos dedos com uma ligadura. Chassi na região posterior do tornozelo.

- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização- Boa visualização dos ossos sesamóides, livres de sobreposição de qualquer porção do 1º metatarso;- Valores de exposição adequados.

Estudo radiológico da articulação astrágalo-calcaneana

Incidência de Broden (4 incidências)

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Page 30: Sebenta de Radiologia

Posicionamento:- Doente em decúbito dorsal. Membro inferior em extensão. Pé apoiado sobre o

chassi. Dorsiflexão a 90º. Rotação interna da perna e do pé a 45º com o chassi.- Colimar à região de interesse.

Nota:- Dorsiflexão a 90º: perna e pé a formarem um ângulo de 90º- Quando a dorsiflexão a 90º e a rotação do pé a 45º estão comprimidos, na incidência com angulação

de 10º a articulação do tornozelo e a articulação tíbio-peronial distal, respectivamente, devem estar aberta.

Critérios de boa realização:- Visualização da art. astrágalo-calcaneana em diferentes posições;- Dorsiflexão do pé a 90º;- Visualização de 1/3 distal do tornozelo até ao calcaneo;- Valores de exposição adequados.

Pé morto ou decepado (visualização de todo o pé, sem sobreposição da tíbia e do peróneo)

Posicionamento:- Doente em ortostatismo com o chassi debaixo do pé a examinar. Com a ampola na frente do doente

centra-se o raio central na base do 3º metatarsiano com uma angulação de 15º posteriores para a primeira exposição.

- Sem modificar a posição do pé, faz-se avançar o membro inferior contralateral.- Coloca-se a ampola para trás e dirige-se o raio central para a face superior do calcaneo com uma

angulação 25º anterior.

Critérios de boa realização:- Visualização de todo o pé desde as falanges distais até ao calcaceo, sem sobreposição da tíbia e do

peróneo- Valores de exposição adequados.

Estudo do calcâneo (pesquisa de fracturas e esporões)

Perfil externo

Posicionamento:- Decúbito lateral. Face lateral do pé encostada ao chassi. Perna contralateral

avançada em relação à outra.- Colimar à região de interesse.

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Chassi: 24x30cm DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: AP

Chassi: 18x24cm (:2) t.DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: lateral RC: perpendicular a incidir no calcâneo.

Page 31: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: axial

RC: angulado 30º a 40º cefálicos, em direcção à parte posterior do calcâneo, a incidir no calcâneo.Alternativos: (1) angulado 45º a incidir na parte posterior do calcaneo; (2) 40º a 45º caudais a incidir no calcâneo.

Finalidade: pesquisa de osteófitos e estudo de fracturas

Axiais

Posicionamento: - Mais usada em decúbito dorsal. Membro inferior em extensão. Dorsiflexão

forçada do pé com uma ligadura. Chassi na face posterior do tornozelo.- Colimar à região de interesse.

Posicionamento alternativo:1.Doente em ortostatismo. Face plantar do pé apoiada no chassi. Membro inferior contralateral avançado

em relação ao membro em estudo. Ampola na parte posterior do doente.2.Doente em decúbito ventral. Membros inferiores em extensão. Colocar sacos de areia sob a articulação

tibiotársica. Chassi apoiado na face plantar do pé, na longitudinal e na vertical.

Critérios de boa realização:- Calcaneo desprojectado e visto de forma axial;- Calcaneo no centro de colimação;- Visualização de todo o calcaneo desde a sua faceta posterior ate a faceta articular;- Valores de exposição adequados (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Estudo radiológico do tornozelo

Face AP

Posicionamento:- Doente em decúbito dorsal. Membro inferior a radiografar em extensão. Pé em

dorsiflexão a 90º para abrir a articulação e em ligeira rotação interna (15º) para colocar os maléolos equidistantes do chassi.

- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Tornozelo alinhado e centrado com o centro de colimação;

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Chassi: 18x24cm (:2) t.DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre a linha que une os dois maléolos.

Page 32: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm (:2) t.DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: lateral RC: perpendicular a incidir no maléolo medial.

Chassi: 18x24cm (:2) t.DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir no maléolo lateral (OPI) ou medial (OPE).

- Boa visualização da articulação tíbio-társica e do seu espaço articular;- Visualização dos dois maléolos;- Sobreposição ligeira da articulação tíbio-peroneal distal;- Valores de exposição adequados (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Perfil externo

Posicionamento:- Decúbito lateral. Perna em extensão. Face lateral do pé encostada ao chassi.

Dorsiflexão do pé a 90º. Apoio sob o joelho de forma a que o calcanhar fique apoiado. Perna contralateral avançada em relação à outra.

- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Sobreposição dos 2 maléolos;- Peróneo sobreposto à porção posterior da tíbia;- Valores de exposição adequados.

Oblíquas posteriores (interna e externa)

Posicionamento:- OP interna: decúbito dorsal e membro inferior a

radiografar em extensão. Pé em rotação interna (45º)- OP externa: decúbito dorsal e membro inferior a

radiografar em extensão. Pé em rotação externa (45º)- Colimar à região de interesse.

Nota:- OP interna: articulação tíbio-peroneal e traso-peronial abertas.- OP externa: articulação subtalar (astrálago- calcaneana) e sulco calcaneal (só depressão do seio társico)

abertos.

Estudo em stress

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Page 33: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x43m l. ou 35x43(:2) l.DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre a articulação do joelho e articulação do tornozelo.

Chassi: 18x43m l. ou 35x43(:2) l.DFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: perpendicular a incidir a meia distância entre a articulação do joelho e articulação do tornozelo.

Ligamento da face lateral- Talo-fibular anterior- Talo-fibular posterior- Calcâneo-fibular (calcâneo-peroneal)

Locais de lesão: região maleolar (6cm); região do médio pé (5º metartarsiano e navicular)

Varo: stress com inversão do péValgo: stress com eversão do pé

Estudo radiológico da perna

Face AP

Posicionamento:- Doente em decúbito dorsal. Membro inferior a radiografar em extensão. Pé

em dorsiflexão (90º) e em ligeira rotação interna (15º).- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Visualização da art. do joelho até a art. tibio-tarsica;- Tornozelo de face;- Perna alinhada;- Valores de exposição adequados (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Perfil externo

Posicionamento:- Decúbito lateral. Perna em extensão. Face lateral da perna encostada ao

chassi. Dorsiflexão do pé a 90º. Ligeira rotação interna de modo a que os maléolos fiquem sobrepostos. Perna contralateral avançada em relação à outra.

- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Visualização da art. do joelho até a art. tibio-tarsica;- Sobreposição do perónio no 1/3 posterior da tíbia no 1/3 distal da perna;- Perna alinhada;- Valores de exposição adequados (visualização de todo o trabéculado ósseo e partes moles).

Estudo radiológico do joelho

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Page 34: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto com/sem potterFoco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir 2cm abaixo do ápice da rótula.

Face AP

Posicionamento:- Doente em decúbito dorsal. Membro inferior a radiografar em extensão e em ligeira

rotação interna a 15º.- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Visualização do espaço articular do joelho;- Ligeira sobreposição da tíbia e do perónio proximalmente;- Rótula de face e sobreposta ao fémur;- Não rotação do joelho (equidistância da espinha intercondiliana até à margem);- Valores de exposição adequados.

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Page 35: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto com/sem potterFoco: finoProjecção: lateral RC: angulado 5 a 10º caudo-craniano a incidir 2cm posteriormente

ao ápice de rótula.

Chassi: 18x24cm (:2) l.DFf: 1mPosto com/sem potterFoco: finoProjecção: AP ou PA RC: AO: perpendicular a incidir no centro da zona póplítea,

RC: OP: perpendicular a incidir 2cm abaixo do ápice da rótula

Perfil externo

Posicionamento:- Decúbito lateral. Perna contralateral em flexão e avançada em relação à outra. Alinhar o eixo longitudinal

do fémur de forma a ficar perpendicular. Flexão do joelho a 30º.- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Sobreposição dos côndilos femurais; (caso contrário a angulação foi insuficiente)- Ligeira sobreposição da tíbia e do peróneo proximal; (caso haja dessobreposição horizontal é sinal de

má rotação do joelho)- Rótula de perfil;- Espaço articular aberto;- Joelho flectido;- Valores de exposição adequados.

Oblíquas (pesquisa de corpos livres intra-articulares e lesões de osteocondrite dissecante)

Posicionamento:- OA: decúbito ventral, rotação interna do

membro inferior 45º (OAL) ou externa (OAM)- OP: decúbito dorsal, rotação interna do membro (OPM) ou rotação externa (OPL) de 45º.- Colimar à região de interesse.

Nota:- OPM: assemelha-se a uma face exagerada.Articulação tíbio-peroneal aberta e rotula desviada medialmente.- OPL: assemelha-se ao perfil.Tíbia e perónio subrepostos medialmente e rotula desviada lateralmente.

Estudo em stress - gavetos

Ligamentos: Colaterais – medial e lateral – rotação interna e externa Cruzados – anterior (LCA) e posterior (LCP) – flexão e extensão

Face (pressão):- Ligamento colateral medial: aspecto lateral do joelho para dentro, e no aspecto medial da perna para fora- Ligamento colateral lateral: aspecto lateral do joelho para fora, e no aspecto medial da perna para dentro.Perfil (pressão):- LCA: aspecto anterior do joelho para dentro, e no aspecto posterior da perna para fora- LCP: aspecto posterior do joelho para fora, e no aspecto anterior da perna para dentro.

Joelhos em carga

Finalidade: estudo da interlinha articular dos pratos tibiais; patologias articulares

Face em carga

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Page 36: Sebenta de Radiologia

Chassi: 35x35 ou maiorDFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meia distância da linha que une os ápices da rótula ou ligeiramente abaixo.

Chassi: 24x30 l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir ao nível do ápice da rótula e a meia distância da espessura do joelho.

Chassi: 35x35 ou maiorDFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: PA

RC: angulado 10º caudais a incidir a meia distância da linha que passa pelo cavado poplíteo.

Posicionamento:- Doente em ortostatismo e descalço. Pés com rotação interna de 5º a 10º,

simétricos a apontar em frente e ligeiramente afastados. Estudo bilateral.- Colimar à região de interesse.

Perfil em carga

Posicionamento:- Rotação externa ligeira e membro inferior em extensão ou flexão- Colimar à região de interesse.

Incidência de SCHUSS (posição de esquiador)

Posicionamento:- Doente em ortostatismo para uma projecção PA. Flexão dos joelhos a 45º- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Joelhos alinhados;- Arts. no centro de colimação;- Espaço articular aberto;- Valores de exposição adequados.

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Page 37: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24 ou 18x43 l.DFf: 1mPosto com/sem potterFoco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a incidir no centro da zona poplítea.

Chassi: 18x24 na trans.DFf: 1mPosto com/sem potterFoco: finoProjecção: lateral RC: perpendicular a incidir 2cm posteriores ao ápice rótula.

Estudo da rótula

Face PA

Posicionamento:- Doente em decúbito ventral, membro inferior em extensão, com

dorsiflexão do pé a 90º. Condilos alinhados.- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Rótula de face no centro de colimação;- Valores de exposição adequados.

Perfil

Posicionamento:- Doente em decúbito lateral com a face externa apoiada na mesa. Membro contralateral avançado, fémur

alinhado e ligeira flexão do joelho a 30º.- Colimar à região de interesse.

Axiais

Finalidade: Desvios do alinhamento da rótula relativamente ao fémur ou diferenças da rótula (longitudinais) ou diferenças transversais (face e perfil)

Axiais de Ficat 30, 60 e 90º (mais usadas)

Posicionamento:- Doente sentado com o joelho flectido de modo a que a perna forme um

ângulo de 30, 60 ou 90º com o eixo longitudinal do fémur. Chassi apoiado verticalmente na coxa.

- Colimar à região de interesse.

Axial em decúbito ventral ou Sette Gard

Posicionamento:- Decúbito ventral. Membros inferiores flectidos ao máximo. - Colimar à região de interesse.

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Chassi: 18x24 ou 24x30 t.DFf: 1mPosto com/sem potterFoco: finoProjecção: axial

RC: angulado caudo-craniano a tangenciar a rótula:- 15º se o ângulo da perna for 30º;- 20º se o ângulo da perna for 60º;- 25º se o ângulo da perna for 90º.

Quanto maior a angulação maior é abertura da articulação.

Page 38: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24 l.DFf: 1mPosto com/sem potterFoco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a incidir no centro da zona poplítea.

Axiais de Merchant

Posicionamento:- Doente em decúbito dorsal. Pernas pendentes fora da mesa de exames. Perna a 45º com o eixo

longitudinal do fémur. Estudo bilateral.- Colimar à região de interesse.

Nota: Se o chassi estiver nos pés aumentar a distância foco-filme para 2m para compensar a dintância foco-objecto; se o chassi estiver nas pernas aumentar a distãncia foco-filme para 1.50m.

Critérios de boa realização:- Rótula vista de forma axial e no centro de colimação;- Visualizarão do espaço retropatelar e dos condilos femurais;- Valores de exposição adequados.

Estudo da fossa intercondiliana

Face PA

Posicionamento:- Parte-se da posição de decúbito ventral. Joelhos apoiados e flectidos. Eixo

longitudinal do fémur a formar um ângulo de 70º com o plano do exame e de 20º com o raio central.

- Colimar à região de interesse.

Alternativas à “posição de gatas”:- Com um banco e perna flectida;- Com o joelho encostado ao potter.

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RC: perpendicular ou angulado 5º a tangenciar as rótulas.

RC: angulado 60º crânio-caudal a incidir no ápice da rótula.

Page 39: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24 l.DFf: 1mPosto com/sem potterFoco: finoProjecção: PA RC: angulado 40º caudais a incidir no centro da região poplitea.

Chassi: curvoDFf: 1mPosto sem potterFoco: finoProjecção: AP RC: perpendicular à tíbia e a incidir na ápice da rótula.

Chassi: 18x43 l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir na junção do 1/3 inferior médio com 1/3 distal.

Chassi: 18x43 l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: lateral RC: perpendicular a incidir na junção do 1/3 inferior médio com 1/3 distal.

Face PA (alternativa)

Posicionamento:- Decúbito ventral. Coxas apoiadas na mesa, elevar a perna de forma a formar um

ângulo de 40º com o plano de exame (elevar a perna e apoiada num suporte).- Colimar à região de interesse.

Face AP (alternativa)

Posicionamento:- Decúbito dorsal. Fémur a formar um ângulo de 60º com o

prolongamento do eixo da tíbia. Ligeira flexão do joelho. Chassi curvo por baixo do joelho.

- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Joelho de face;- Não rotação do joelho;- Fémur alinhado;- Fossa intercondiliana aberta;- Valores de exposição adequados.

Estudo do fémur (1/3 médio e distal)

Face AP

Posicionamento:- Decúbito dorsal. Membro inferior em extensão. Ligeira rotação interna do membro inferior

(5º). - Colimar à região de interesse.

(Colocar a extremidade inferior do chassi ligeiramente abaixo da art. do joelho)

Perfil externo

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Page 40: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x43 l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir na junção de 1/3 proximal com 1/3 médio.

Chassi: 18x43 l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: lateral RC: perpendicular a incidir na junção de 1/3 proximal com 1/3 médio.

Posicionamento:- Decúbito lateral. Perna contralateral em flexão e avançada em relação à outra.

Alinhar o eixo longitudinal do fémur de forma a ficar perpendicular. Flexão do joelho de 30 a 45º.

- Colimar à região de interesse.

(Colocar a extremidade inferior do chassi ligeiramente abaixo da art. do joelho)

Estudo radiológico do fémur (1/3 proximal e médio)

Face AP

Posicionamento:- Decúbito dorsal. Membro inferior em extensão. Ligeira rotação interna do membro inferior (15º)- Colimar à região de interesse.

(Colocar a extremidade superir do chassi a incluir a art. coxo-femural)

Perfil externo

Posicionamento:

- Decúbito lateral. Perna do lado a radiografar flectida. Rotação ligeira do corpo de 5º para trás.

- Colimar à região de interesse.

(Colocar a extremidade superir do chassi a incluir a art. coxo-femural)

Critérios de boa realização:- Visualização do fémur alinhado e de forma a incluir o joelho no estudo do 1/3 médio e distal e a incluir a

art. coxo-femural no estudo do 1/3 proximal e médio,- Fémur de face nas incidências de face;

- Fémur de perfil nas incidências de perfil;- Valores de exposição adequados.

Estudo métrico dos membros inferiores

Particularidades: - Distância foco-filme de 2m- Protecção gonadal (até 16anos)- Grelha anti-difusora- Filtros de compensação/ écrans graduais/ ou digitalização de imagem- Apneia respiratória- Só se realiza a face

Finalidade:

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Page 41: Sebenta de Radiologia

- Determinação de desajustes em varismo ou valgismo (chassi extralongo)- Avaliação de situações de encurtamento dos membros (chassi extralongo ou 35x43cm*)

Nota: * o chassi 35x43cm (:3) é utilizado em estudos gonométricos do membro inferior, em que na mesma película se visualizam as art. coxo-femurais, joelho e tornozelo. Neta caso a DFf volta a ser de 1m. este estudos podem ser feitos caso os 2 membros inferiores não caibam no extralongo ou por protocolo da instituição.

Posicionamento:Ortostatismo. Membros superiores ao longo do corpo. Ligeira abdução dos membros inferiores e apoio

simétrico dos mesmos. Pés em posição anatómica.

Raio central: perpendicular a incidir a meio do chassi.

Estudo monopedálico: estudo unilateral, em que há apoio da perna a radiografar suportando o peso do corpo, uma vez que a perna contralateral é ligeiramente elevada.

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Page 42: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24 (uni) ou 18x43 (bilat)DFf: 1mPosto com potterFoco: fino

RC: perpendicular a incidir 2,5cm a meio e abaixo da linha que une as EIAS à sínfise púbica.

Chassi: 18x24 (uni) ou 18x43 (bi)DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: uni: perpendicular a incidir a nível do colo do fémur; RC: bi: perpendicular a incidir a 1/2 distância da linha que une os dois colos femurais no PMS.

Chassi: 18x24 (uni) DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: axial

RC: IS: perpendicular a incidir na região inguinal. SI: a incidir no colo do fémur.

6. Estudo radiológico da cintura pélvica

Estudo radiológico da articulação coxo-femural

Face AP

Posicionamento: - Decúbito dorsal. Membro inferior em rotação interna (15º). Membros superiores

ao longo do corpo. - Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- Grande trocanter de perfil;- Visualização do 1/3 proximal do fémur;- Colo do fémur desdobrado;- Valores de exposição adequados;- Pequeno trocanter projectado de forma a triangular no bordo medial do fémur.

Falso perfil

Posicionamento:- Estudo unilateral: decúbito lateral. Membro ipsilateral flectido a 90º e o contralateral em extensão. Obliquar

o doente a 45º de modo afastar o lado oposto ao lado a radiografar.

- Estudo bilateral (em crianças): decúbito dorsal. Com os joelhos flectidos. Plantas dos pés em contacto (posição de rã).

- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:- 1/3 proximal do fémur de perfil;- Sobreposição do grande trocanter ao colo do fémur;- Pequeno trocanter desprojectado do bordo medial do fémur;- Art. coxo-femural no centro de colimação;- Valores de exposição adequados.

Axiais

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Page 43: Sebenta de Radiologia

Chassi: 35x43 t. DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir a meia distância da linha que una as EIAS

e a sínfise púbica, no PMS.

Chassi: 35x43 t. DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meia distância da linha que una as EIAS e a sínfise púbica, no PMS.

Posicionamento:- Infero-superior (IS): decúbito dorsal. Flexão e elevação do membro inferior contralateral. Coxa a 90º como

corpo. Chassi colocado verticalmente e apoiado na crista ilíaca.- Supero-inferior (SI): decúbito dorsal. Chassi colocado entre as pernas (pode recorrer-se a chassi curvo)- Colimar à região de interesse.

Finalidade: serve como complemento à incidência de face em bloco, onde não se faz o falso perfil.

Critérios de boa realização:- Colo do fémur no centro de colimação visto de forma axial;- Valores de exposição adequados.

Estudo radiológico da bacia

Face AP

Posicionamento:- Decúbito dorsal. Membros inferiores em extensão. Ligeira abdução dos membros e rotação interna de 15º

dos membros para corrigir a anteversão fisiológica do colo do fémur (desdobrar o colo do fémur).- Colimar à região de interesse.

Nota: Em caso de visualização de prótese da anca, o RC deve incidir na síntese púbica e cortam-se as cristas ilíacas.

Critérios de boa realização:- Grande trocanter de perfil;- Simetria dos buracos obturadores e dos ilíacos;- Alinhamento da apófise espinhosa de L5 com o centro do sacro e da sínfise púbica;- Visualização de toda a pelve óssea;- Colo do fémur desdobrado;- Pequeno trocanter no bordo medial do fémur, projectado de forma triangular;- Visualização do “U” radiológico de Calot (formado pelo sobreposição do acetábulo; a cavidade forma

uma espécie de lágrima);- Valores de exposição adequados.

Face em carga

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Page 44: Sebenta de Radiologia

Chassi: 35x43 t. ou 24x30 (trauma da sínfise púbica)DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP RC: angulado a incidir a meia distância da linha que una as EIAS

e a sínfise púbica, no PMS.

Chassi: 24x30(uni) ou 18x43(bi) DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meia distância da linha que una as EIAS e a sínfise púbica do lado a radiografar.

Posicionamento:- Ortostatismo. Membros superiores ao longo do corpo e ligeiramente abduzidos. Membros inferiores em

extensão com rotação interna de 15 a 20º.- Colimar à região de interesse.

Finalidade: Estudo da báscula pélvica ou da articulação coxo-femural.

Estudo da sínfise púbica e ramos isquiopúbicos

Face

Posicionamento:- Decúbito dorsal. Membros inferiores em extensão. Ligeira abdução dos

membros e rotação interna de 15º dos membros.- Inlet: raio central angulado 45º crânio-caudal- Outlet: raio central angulado 45º caudo-craniana- Colimar à região de interesse.

Critérios de boa realização:* Intet:

- Asas do ilíaco abertas;- Boa visualização do estreito pélvico;- Sínfise púbica vista de forma axial;- Valores de exposição adequados.

* Outlet:- Ramos isquio-púbicos desdobrados;- Sínfise púbica de face;- Valores de exposição adequados.

Estudo radiológico do acetábulo e buraco obturador (Hemiface da bacia)

Incidência Alar e Obturadora

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Page 45: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30 t. DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meia distância da linha que una as EIAS e a sínfise púbica, no PMS.

Posicionamento:- Incidência Alar: decúbito dorsal. Rodar o doente 45º (para desdobrar a asa do ilíaco) para o lado a

radiografar.- Incidência Obturadora: decúbito dorsal. Rodar o doente 45º (para abrir o obturador e a asa do ilíaco) para

o lado oposto a radiografar.- Colimar à região de interesse.

Nota: ao fazer o estudo bilateral ao fazer a incidência alar direita, obtemos a imagem relativa a uma obturadora esquerda, tal como ao fazer a incidência obturadora direita, na imagem obtemos a alar esquerda. Estudo simultâneo.

Critérios de boa realização: * Alar:- Asa do ilíaco desdobrada;- Buraco obturador obliquado;- Visualização da hemiface da bacia na totalidade desde as cristas ilíacas até ao ramo isquio-púbico inferior;- Valores de exposição adequados. * Obturadora:- Buraco obturador bem aberto e arredondado;- Asa do ilíaco quase de perfil;- Visualização da hemiface da bacia na totalidade desde as cristas ilíacas até ao ramo isquio-púbico inferior;- Valores de exposição adequados.

Luxação congénita da anca

- Mais frequente das luxações;- Ocorre frequentemente no sexo feminino;- A anca esquerda mais atingida (3:2);- Raça branca mais atingida do que a raça negra.

Luxação: separação total ou parcial de 2 estruturas que deveriam estar em contacto.

Diagnóstico: manifestações clínicas que apresenta e achados radiológicos característicos.

- Incidência Face AP da bacia:- Incidência Lowestein (posição rã)- Incidência Van Rosen

Incidência de Lowestein (posição de rã)

Posicionamento:- Parte-se da posição de face da bacia. Flexão e abdução dos membros inferiores,

de modo a que as plantas dos pés estejam em contacto. - Colimar à região de interesse e protecção radiológica da criança.

Critérios de boa realização:45

Page 46: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30 t. DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meia distância da linha que una as EIAS e a sínfise púbica, no PMS.

- Visualização de toda a cintura pélvica óssea;- Alinhamento da apófise espinhosa L5 com o centro do sacro e sinfise púbica;- Pequeno trocanter ligeiramente desprojectado medialmente e grande trocanter sobreposto ao colo do

fémur;- 1/3 proximal do fémur de perfil;- Valores de exposição adequados.

Incidência de Van Rosen

Posicionamento:- Parte-se da posição de face da bacia. Abdução a 45º e extensão dos membros inferiores. Rotação interna

dos mesmos.- Colimar à região de interesse e protecção radiológica da criança.

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Page 47: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30 t. DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: angulado 30 a 35º caudo-craniano a incidir a meia distância entre as EIAS e a sínfise púbica no PMS.

Chassi: 18x24cm DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir ao nível das EIAS, 2,5cm medial, pode manter-se a angulação da face para ver a articulação em toda a extensão.

Estudo radiológico das articulações sacro-ilíacas

Face bilateral

Posicionamento:- Decúbito dorsal. Membros inferiores em extensão. Membros superiores em extensão ao longo do corpo,

ou ao nível do tórax.- Colimar à região de interesse.

Finalidade: a angulação faz com que abordemos tangencialmente a articulação

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Ausência de rotação (equidistância das apófises sacrais);- Espaços articulares sacro-ilíacos e L5-S1 bem visíveis;- Articulações sacro-ilíacas centradas e alinhadas com o centro de colimação;- Valores de exposição adequados.

Oblíquas (as posteriores são as mais realizadas)

Posicionamento:- Decúbito dorsal. Elevar o lado a radiografar 25 a 30º para oblíqua posterior. Alinhar

a articulação com o centro de colimação.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

OPD – articulação sacro-ilíaca esquerdaOPE – articulação sacro-ilíaca direita

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Page 48: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: angulado 15 a 20º caudo-craniano a incidir ao nível do ponto mais proeminente da cartilagem tiroideia.

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1,5mPosto com potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: perpendicular e horizontal a incidir ao nível do bordo superior da cartilagem tiroideia, 2cm à frente das apófises espinhosas (o feixe longitudinal deve passar no ouvido externo)

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: angulado 15 a 20º caudo-craniano a incidir ao nível do ponto mais proeminente da cartilagem tiroideia.

7. Estudo radiológico da coluna vertebral

Estudo radiológico da coluna cervical

Face AP (C3-C7)

Posicionamento:- Ortostatismo ou decúbito dorsal. Ligeira deflexão da cabeça. Mastóides

equidistantes do filme. Plano médio sagital perpendicular ao filme.- Colimar à região de interesse.

Observações: apneia respiratória, não deglutir

Nota: a angulação pretende tangenciar os discos e os espaços intervertebrais

Critérios de boa realização:- Visualização de C3 a D1- Ausência de rotação (apófises espinhosas alinhadas)- Espaços intervertebrais abertos- Sobreposição da mandíbula e do occipital sobre C1 e C2- Valores de exposição adequados

Perfil

Posicionamento:- Lateral em ortostatismo. Ombro encostado ao potter. Ligeira deflexão da

cabeça. Ombros descaídos. Plano médio sagital paralelo ao filme.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia expiratória

Critérios de boa realização:- Visualização de C1 a C7 e se possível C7-D1- Ausência de rotação - Não desdobramento do muro vertebral posterior- Não sobreposição da mandíbula às vértebras cervicais superiores- Valores de exposição adequados

Oblíquas (incidência em dupla obliquidade)

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Page 49: Sebenta de Radiologia

Posicionamento:- Ortostatismo ou decúbito dorsal. Rotação do corpo e cabeça de 45º. Ligeira deflexão da cabeça.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Finalidade: Estudo dos buracos de conjugação, delimitados pelas apófises transversas e articulações interapofisárias, pelos quais emergem as raízes nervosas.

Critérios de boa realização:- Visualização de C1 a C7- Boa visualização dos buracos de conjugação (circulares)- Não sobreposição das mandíbulas às vértebras cervicais superiores- Não sobreposição da base do crânio a C1- Valores de exposição adequados

OPD – buracos de conjugação esquerdosOPE – buracos de conjugação direitos

Face AP (C1-C2) transoral ou transbucal ou incidência de boca aberta

Posicionamento:- Ortostatismo ou decúbito dorsal. Linha que une a margem inferior das incisivas

superiores sobreposta à base do crânio, perpendicular ao filme. Mastóides equidistantes do filme. Plano médio sagital perpendicular ao filme.

- Fixar os dentes superiores com o occipital, ajustar a rotação da cabeça e pedir ao doente para abrir a boca.

- Colimar à região de interesse.

Nota: instrução do paciente para manter a boca aberta pronunciando o som “A”, porque assim a língua repousa no chão da boca.

Critérios de boa realização:- Visualização de C1 a C2 e respectiva articulação, assim como a apófise odontóide ou dente do áxis- Ausência de rotação- Sobreposição dos incisivos superiores com base do crânio- Valores de exposição adequados

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Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP com a boca aberta RC: perpendicular a incidir no centro da boca aberta.

Page 50: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1,5 mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP RC: perpendicular e horizontal a incidir ao nível de C4 (cartilagem tiroideia).

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: lateral RC: perpendicular a incidir ao nível de D1 (ao nível da apófise espinhosa C7).

Chassi: 18x43cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir ao nível de D6-D7 (8 a 10cm abaixo da incisura jugular) (meio da linha intermamilar).

Estudos dinâmicos

Perfil em Hiperflexão e em hiperextensão

Posicionamento:

- Lateral em ortostatismo. Ombro encostado ao potter. Ombros descaídos. Plano médio sagital paralelo ao filme.

- Hiperflexão: queixo deprimido a tocar no tórax.- Hiperextensão: queixo levantado e cabeça inclinada para trás

ao máximo.- Colimar à região de interesse.

Finalidade: estudo relação corpos-discos, alinhamento da coluna, flexibilidade da coluna.

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Visualização de C1 a C7- Ausência de rotação- Não desdobramento do muro vertebral posterior- Hiperflexão: apófises espinhosas devem estar afastadas- Hiperextensão: apófises espinhosas devem estar próximas- Valores de exposição adequados

Transição cervico-dorsal

Perfil (posição de nadador)

Posicionamento:- Lateral ou em ortostatismo ou decúbito lateral. Braço e ombro ipsilateral

colocados para cima e ligeiramente para a frente. Mão apoiada na cabeça. Braço e ombro contralaterais colocados para baixo e ligeiramente para trás. Plano médio sagital paralelo ao filme.

- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia expiratória

Critérios de boa realização:- Visualização de C4 a D3- Cabeças dos úmeros separadas verticalmente- Valores de exposição adequados

Estudo radiológico da coluna dorsal

Face AP

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Page 51: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x43cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: lateral

RC: perpendicular a incidir a nível de D6-D7 (2 dedos abaixo da axila no plano coronal), 4cm para a frente do plano dorsal posterior.

Posicionamento: - Ortostatismo ou decúbito dorsal. Alinhar o plano médio sagital (tracção).

Braços ao longo do corpo.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia expiratória (para obter uma melhor uniformização em termos de densidade e valores de exposição)

Nota: coluna mais próxima, raio aborda a curvatura pela sua concavidade então o raio é perpendicular; podemos usar um ecrã gradual com o + para cima e o – para baixo e/ou tirar partido do efeito anódico, para combater a sobrexposição das vértebras dorsais superiores e a subexposição das vertebral dorsais inferiores.

Critérios de boa realização:- Visualização de C7 a L1- Ausência de rotação (articulações esterno-claviculares equidistantes da coluna)- Apófises espinhosas alinhadas e centradas- Valores de exposição adequados

Perfil

Posicionamento: - Ortostatismo ou decúbito lateral. Plano médio sagital paralelo

ao filme. - Ortostatismo: Braços para a frente com as mãos em

pronação forçada - DL: braços levantados a formarem ângulos rectos com o

corpo e cotovelos flectidos.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia expiratória ou técnica per-respiratória

Critérios de boa realização:- Visualização dos 2/3 inferiores da coluna dorsal;- Ausência de rotação;- Espaços intervertebrais abertos;- Não desdobramento do muro vertebral posterior;- Valores de exposição adequados.

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Page 52: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: finoProjecção: AP/PA

RC: perpendicular a incidir a meio do rebordo costal inferior e das cristas ilíacas.

Chassi: 24x30cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: fino Projecção: lateral RC: perpendicular a incidir a meio do rebordo costal inferior e das

cristas ilíacas.

Chassi: 18x43cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: fino Projecção: AP/PA RC: centrado ao nível de L3; 5cm lateralmente ao PMS (para o lado levantado)

Estudo radiológico da coluna lombar

Face AP ou PA (AP é mais comudo)

Posicionamento:- Ortostática ou decúbito dorsal. Alinhar o plano médio sagital (tracção).

Braços ao longo do corpo. - Ortostatismo: Apoio simétrico dos membros inferiores para evitar inflexões

laterais - DD: Flexão dos joelhos e ancas para reduzir a lordose lombar.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia expiratória

Critérios de boa realização:- Visualização de D12 a S1- Bom alinhamento das apófises espinhosas em relação aos corpos vertebrais – se não houver esclerose- Articulações sacro-ilíacas equidistantes da coluna- Valores de exposição adequados

Perfil

Posicionamento:- Lateral em ortostatismo ou decúbito lateral. PMS paralelo ao filme. Braços

afastados do corpo. Flexão dos joelhos e ancas para reduzir a lordose lombar (decúbito lateral). Colocar um apoio por baixo do corpo p diminuir a curvatura provocada pela anca.

- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Nota: A apneia pode ser expiratória, pois assim o diafragma sobe, optimizando a visualização das primeiras vértebras lombares, permitido também uma imagem mais homogénea.

No perfil pode recorrer-se ao foco grosso, devido à necessidade de aumentar os mA.

Critérios de boa realização:- Boa visualização de todas as vértebras lombares- Ausência de rotação- Sobreposição das apófises articulares direitas e esquerdas- Não desdobramento do muro vertebral posterior- Espaços intervertebrais abertos- Valores de exposição adequados

Oblíquas anteriores ou posteriores

52

Page 53: Sebenta de Radiologia

Posicionamento:- Ortostática (AP ou PA) ou decúbito dorsal ou decúbito ventral. Rotação do

corpo de 45º.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia expiratóriaFinalidade: estudo de lise ístmica

Nota: Espondilartrose – Face+Perfil; patologia discal ou lombalgia – ortostatismo; espondilolitesis (deslizamento de uma vértebra sobre a outra); espondilolise (pode surgir associado à espondilolistesis; fractura no istmo lombar).

OA – art. + afastadasOP – art. + proximas

Critérios de boa realização:- Boa visualização de D12 a S1- Boa visualização dos “scotty dog”- Boa visualização dos istmos lombares (zona entre a lâmina e o pedículo)- Articulações zigoapofisárias abertas - Valores de exposição adequados

Estudos dinâmicos

Perfil em Hiperflexão e hiperextensão

Posicionamento:- Lateral em ortostatismo ou decúbito lateral. Plano coronal alinhado com a linha média do potter. Plano

médio sagital paralelo ao filme.- Hiperflexão: articulando a pelve, flectir o corpo ao

máximo. Em decúbito lateral colocar em posição fetal.- Hiperextensão: articulando a pelve, extensão do

tronco ao máximo.- Colimar à região de interesse.

Observações: apneia respiratóriaFinalidade: avaliar a flexibilidade da coluna em esforço; permite também ver se há cedências

(espondilolitesis)

Critérios de boa realização:- Ausência de rotação do tórax ou pelve- Coluna centrada no centro de colimação- Não desdobramento do muro vertebral posterior

Face com desvios laterais (direito e esquerdo)

Posicionamento:

53

Chassi: 35x43cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: fino Projecção: lateral RC: centrado ao nível de L3.

Chassi: 35x43cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: fino Projecção: AP/PA RC: centrado ao nível de L3

Page 54: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: fino Projecção: lateral RC: perpendicular a incidir ligeiramente (2cm) abaixo das cristas ilíacas.

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: fino Projecção: AP/PA

RC: ângulo lombo-sagrado (determinado no perfil) ou 30 a 35º (padrão); AP – caudo-craniano a meio da linha que une as EIAS;PA – crânio-caudal a meio da linha que une as EIAS.

- Ortostática ou decúbito. Braços ao longo do corpo. Articulando a pelve, fazer o paciente inclinar o ombro e corpo mantendo o apoio simétrico dos membros inferiores. Repetir o procedimento do lado oposto.

- Colimar à região de interesse.

Observações: apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Visualização de D12 a S1;-Alinhamento das apófises espinhosas em relação ao corpo vertebral;- Arts. sacro-iliacas equidistantes da coluna;- Art. da coluna inclinadas para a direita/esquerda;- Valores de exposição adequados

Transição lombo-sagrada (L5-S1)

Perfil

Posicionamento:- Lateral em ortostatismo ou decúbito lateral. PMS paralelo ao filme. Braços

afastados do corpo. Apoio simétrico dos membros inferiores (ortostatismo). Flexão dos joelhos e ancas para reduzir a lordose lombar (decúbito lateral).

- Colimar à região de interesse

Observações: Apneia respiratória

Nota: Faz-se primeiro que a face para determinar o ângulo lombo-sagrado. Linha paralela ao promontório sagrado mais linha perpendicular à margem supero-posterior ao sacro.

Critérios de boa realização:- Art. L5-S1 centrada;- Espaço intervertebral aberto;- Visualização desde L5 até ao promuntório sagrado;- Não rotação e não desdobramento do muro vertebral posterior;- Valores de exposição adequados

Face para L5-S1

Posicionamento:- Ortostatismo ou decúbito. Braços ao longo do

corpo. Apoio simétrico dos membros inferiores (ortostatismo). Flexão dos joelhos e ancas para reduzir a lordose lombar (decúbito).

- Colimar à região de interesse.

54

Page 55: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: fino Projecção: AP/PA

RC: angulado 15 a 20º caudo-craniano (AP) centrado no PMS a incidir a meia distância da linha que une as EIAS e a SP.

Chassi: 24x30cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: fino Projecção: lateral

RC: perpendicular a incidir a nível das EIAS, 5cm anterior à superfície posterior do sacro.

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Espaço intervertebral aberto e no centro de colimação;- Arts. sacro-iliacas equidistantes do centro da coluna;- Valores de exposição adequados.

Estudo radiológico do sacro

Face

Posicionamento:- Decúbito dorsal ou decúbito ventral. Braços ao longo do corpo. Extensão dos membros

inferiores.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Visualização de todo o sacro;- Apófise espinhosa de L5 alinhada e centrada com o sacro;- Valores de exposição adequados.

Perfil

Posicionamento:- Decúbito lateral. Alinhar o sacro com a linha média da mesa. Flexão das

ancas e dos joelhos.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Sacro de perfil;- Visualização de todo o sacro e no centro de colimação;- Valores de exposição adequados.

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Page 56: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: fino Projecção: AP/PA

RC: angulado 10 a 15º crânio-caudal centrado no PMS a incidir 5cm acima da sinfíse púbica.

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: fino Projecção: lateral RC: perpendicular a incidir 3 a 4cm acima do grande trocanter.

Estudo radiológico do cóccix

Face

Posicionamento:- Decúbito dorsal ou decúbito ventral. Braços ao longo do corpo. Extensão

dos membros inferiores.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Cóccix alinhado e no centro de colimação;- Valores de exposição adequados.

Perfil

Posicionamento:- Decúbito lateral. Alinhar o cóccix com a linha média da mesa. Flexão das

ancas e dos joelhos.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Cóccix de perfil, alinhado e no centro de colimação;- Valores de exposição adequados.

Incidência de SEZE (incidência panorâmica da região lombar e pélvica, para estudo ósseo em situação de carga)

56

Page 57: Sebenta de Radiologia

Chassi: 35x43cm l.DFf: 1mPosto com potterFoco: fino Projecção: PA

RC: perpendicular e horizontal a incidir a meio da linha que une as cristas ilíacas.

Face

Posicionamento:- Ortostatismo. Braços ao longo do corpo. Descalço, apoio simétrico dos membros inferiores e rotação

interna dos pés de 15º aproximadamente (para desdobrar os colos do fémur).- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Finalidade:- Estudo estático da região lombo-pélvica- Estudo dos corpos vertebrais e discos- Análise simultânea das articulações sacro-ilíacas, coxo-femurais, charneira lombo-sagrada e colo do

fémur

57

Page 58: Sebenta de Radiologia

Estudo métrico da coluna

Particularidades: - Distância foco-filme de 2m- Protecção gonadal (até 16anos)- Grelha anti-difusora- Filtros de compensação/ écrans graduais/ ou digitalização de imagem- Apneia respiratória- Face + Perfil

Telerradiografia de face (estudo de escleoses)

Posicionamento:- Ortostatismo. Braços ao longo do corpo. Extensão dos membros inferiores (apoio simétrico).- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Boa visualização de toda a coluna de face e centrada com o centro de colimação- Ausência de rotação- Não sobre-exposição e nem sub-exposição de nenhum dos segmentos- Incluir na colimação parte das cristas íliacas

Telerradiografia de perfil (estudo de cifoses e hiperlordoses)

Posicionamento: - Lateral em ortostatismo. Braços elevados a formar um ângulo de 90º com o corpo. Extensão dos membros

inferiores (apoio simétrico).- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Boa visualização de toda a coluna de perfil e centrada no centro da colimação- Ausência de rotação- Não sobre-exposição e nem sub-exposição de nenhum dos segmentos

8. Estudo radiológico do crânio e do maciço facial

Estudo radiológico do crânio58

Chassi: extralongo DFf: 2mCom grelhaFoco: fino Projecção: AP RC: perpendicular a incidir a meio do chassi.

Chassi: extralongo DFf: 2mCom grelhaFoco: fino Projecção: lateral RC: perpendicular a incidir a meio do chassi.

Page 59: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30cm t.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a incidir 4cm acima do tragus contralateral.

Face AP (Schuller II ou rochedos nas órbitas)

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção AP. Apoio do occipital. Flexão da cabeça

de modo a que o POM fique perpendicular à mesa e paralelo ao raio central. PMS perpendicular ao filme de forma a garantir a simetria do crânio.

- Colimar de acordo com a região.

Observações: Apneia respiratóriaÂngulos: OM = 0º; S= 0º

Finalidade: Incidência de recurso quando o paciente não consegue fazer uma face PA para traumatizados ou acamados

Janela radiológica: Órbitas para projectar os rochedos

Nota: se o doente estiver instável, devemos recorrer a apoios para imobilizar a cabeça.

Face PA (Steenhuis)

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção PA. Apoio fronto-nasal. POM perpendicular à

mesa e paralelo ao raio central. Palmas das mãos apoiadas no potter. PMS perpendicular ao filme.

- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratóriaÂngulos: OM = 0º; S = 0º

Finalidade: estudo standard; tumor na cabeça; estudo da abobada craniana

Nota: se cortarmos a mandíbula na faz mal; há patologias e que há aumento dos ossos (ex:acromegalia)

Critérios de boa realização:- Posição simétrica do crânio (linhas inominadas equidistantes da linha média)- Rochedos (ouvidos; porção petrosa do temporal) no centro das órbitas- Boa visualização das linhas inominadas (resultam de um tangenciamento do raio relativamente à asa

do esfenoide) - Visualização de todo o crânio desde o vertéx até à mandíbula.

Perfil

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Chassi: 24x30cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir no nasion

Chassi: 24x30cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a emergir no nasion

Page 60: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30cmDFf: 1mPosto: potter h.Foco: finoProjecção: PA RC: perpendicular horizontal a incidir no meio do chassi.

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA

RC: a formar um ângulo de -25º com o POM, angulado 25º crânio-caudal a emergir no nasion.

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção PA, lateral em ortostatismo ou decúbito

lateral. PMS paralelo ao filme e perpendicular ao RC. POM paralelo ao chão. Apoio do plano auricular direito ou esquerdo consoante a informação clínica. Membro superior contralateral em extensão e ipsilateral encostado ao potter com o ombro relaxado.

- Colimar de acordo com a região.

Observações: Apneia respiratória

Ângulos: OM = 0º; S = 90º

Nota: incidência muito informativa

Critérios de boa realização:- Crânio de perfil

*Tectos das órbitas sobrepostos*Apófises clinóides da sela turca sobrepostos*CAE sobrepostos

- Boa visualização dos seios perinasais- Bom estudo da sela turca

Incidência de perfil nos traumatizados

Posicionamento:- Doente em decúbito dorsal. Alinhar o PMS. Flectir a cabeça e elevar o crânio

com um apoio para não cortar a parte mais posterior do occipital.- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Ângulos: OM = 0º; S = 90º

Caldwell

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção PA. Apoio fronto-nasal. POM

perpendicular ao filme. - Colimar de acordo com a região.

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Page 61: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: AP RC: angulado 25º caudo-craniano a incidir no nasion.

Chassi: 24x30 cm l.DFf: 1mPosto: potter h/v.Foco: finoProjecção: AP

RC: angulado 25º crânio-caudal a incidir no centro da linha bi-auricular, +/- 7 cm acima do nasion.

Observações: Apneia respiratória

Ângulos: OM = -25º; S = 0º

Finalidade: estudo do osso frontal

Nota: usa-se em caso de lesão nos seios

Critérios de boa realização:- Bordo superior dos rochedos sobreposto ao bordo inferior das órbitas- Simetria do crânio- Visualização do chão da sela turca- Boa visualização dos seios frontais e osso frontal

Caldwell invertido (incidência para politraumatizados)

Posicionamento:- Paciente posicionado para uma projecção AP. Apoio do occipital. POM perpendicular ao filme.- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratória

Towne (ou semi-axial)

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção AP. Apoio do occipital. Flexão máxima

da cabeça de forma a que o mento fique encostado ao tórax (se possível). Raio central a formar um ângulo de 25º com o POM. POM perpendicular ao filme.

- Colimar de acordo com a região

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Page 62: Sebenta de Radiologia

Observações: Apneia respiratória

Ângulos: OM = 25º;S = 0º

Finalidade: estudo da região occipital; pesquisa de fracturas.

Critérios de boa realização:- Simetria do crânio e não rotação- Todo o maciço facial é projectado para baixo para visualização do occipital e abóbada craniana- Côndilos da mandíbula de face- Visualização do dorso da sela turca- Estudo das mastóides, ATM- Projecção da sela turca no buraco magno (só em alguns pacientes, noutros é necessário dar mais

angulação à ampola)

Towne invertido Na impossibilidade de fazer flexão da cabeça. Parte-se da incidência de Caldwell

com RC angulado 25º cranianos a incidir na base do occipital a emergir +/- 7cm acima do nasion.

Nota: podemos colocar um apoio para a flexão da cabeça, na falha de Towne e Towne invertido, é uma incidência de último recurso pois causa muita disturção.

Water

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção PA. Apoio do mento. Raio central a

formar um ângulo de -50º com o POM- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratória

Ângulos: OM = -50º;S = 0º

Finalidade: estudo dos ossos da face e dos seios, desvio do septo nasal e pirâmide dos septos.

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Chassi: 18x24 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a emergir no acantion.

Page 63: Sebenta de Radiologia

Critérios de boa realização:- Simetria do crânio e não rotação- Estudo dos ossos da face- Estudo dos malares (trauma)- Estudo da região nasal (trauma)- Seios maxilares totalmente livres da sobreposição dos rochedos

Water modificadoEm caso de pesquisa de fractura dos malares realizar duas incidências:

* -40º Apoio mentonasal e raio central angulado 5º descendentes* -60º Apoio mentoniano e raio central angulado 10º descendentes

Raio central: sempre a emergir no acantion.

Blondeau

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção PA. Apoio do mento com abertura da

boca. Raio central a formar um ângulo de -50º com o POM.- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratória

Ângulos: OM = -50º;S = 0º

Nota: usa-se a boca como janela radiológica para visualizar os seios esfenoidais

Critérios de boa realização:- Simetria do crânio e não rotação- Seios esfenoidais projectados na boca

63

Chassi: 18x24 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a emergir no acantion.

Page 64: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir a meio da linha que une os tragus

Chassi: 18x24 cm t.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a emergir no meio da linha interpupilar.

- Seios maxilares livres de sobreposição- Visualização de toda a pirâmide nasal.

Incidências axiaisAxiais – estudo da base do crânio

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção AP. Hiperextensão (contra-indicado em

suspeita de traumatismo da cervical) da cabeça de modo a que o raio central faça um ângulo de 90º (hiperaxial); 75º (Hirtz) ou 60º (subaxial) com o POM. Apoio do vértex.

- Colimar de acordo com a região

Observações: apneia respiratóriaNota: desaconselhado a pacientes que não conseguem fazer hiperextensão

Distinção:* Subaxial: o arco da mandíbula fica abaixo dos seios frontais* Hirtz: o arco da mandíbula fica sobreposto aos seios frontais* Hiperaxial: O arco da mandíbula fica acima dos seios frontais

Critérios de boa realização:- Estudo dos seios esfenoidais e etmoidais- Estudo das ATM, arco da mandíbula e apófises zigomáticas (malares)- Projecção do arco da mandíbula:

- Axial – sobre os seios frontais- Hiperaxial – à frente dos seios frontais- Subaxial – sobre as células etmoidais anteriores

Mahoney ou chão das órbitas

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção PA. Apoio mento-nasal. Raio central a

formar um ângulo de -35º com o POM.- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratória

Ângulos: OM = -35º;S = 0º

Indicações: pesquisa de corpos estranhos

Artefactos: lentes de contacto

Variantes no tipo de apoio:Fractura do mento – fazer apoio fronto-nasal com raio central angulado 35º crânio-caudalApoio nasal (ângulo OM de -25º) – raio central angulado 10º crânio-caudalApoio mentoniano (ângulo OM de -50º) – raio central angulado 15º caudo-craniano

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Page 65: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a incidir no rebordo externo da órbita contralateral.

Chassi: 18x24 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a emergir na órbita ipsilateral.

Critérios de boa realização:- Rochedos na metade inferior dos seios maxilares- Simetria do crânio e não rotação - Visualização do chão das órbitas

Perfil da órbita

Posicionamento:

- Paciente sentado para uma projecção PA, lateral em ortostatismo ou decúbito lateral (em extrema urgência quando não há mais alternativa). PMS paralelo ao filme e perpendicular ao raio central. POM paralelo ao raio central. Apoio do plano auricular direito ou esquerdo consoante a informação clínica.

- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratóriaÂngulos: OM = 0º;S = 90º

Finalidade: pesquisa de corpos estranhos na órbita ou diferença do chão da órbita

Critérios de boa realização:- Sobreposição dos tectos das órbitas- Sobreposição das apófises clinóides anteriores e posteriores- Sobreposição dos CAEs - Órbita no centro de colimação- Crânio estritamente de perfil

Método de Comberg (em desuso)

Técnica: 1. Anestesia local2. Colocação da lente de contacto de Comberg que contem uma agulha no centro para ter certeza que o

paciente está bem posicionado3. Radiografia de face e perfil estrito da órbita4. Cálculo exacto da localização do corpo estranho e factor de ampliação

Finalidade: Pesquisa de corpos estranhos intra-oculares

Estudo radiológico do canal óptico

Hartmann

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção PA. Cabeça

deflectida. Apoio mento-nasal de forma a colocar o POM a -35º. Rotação da cabeça para o lado ipsilateral (plano médio sagital a 35º). Apoio do nariz, mento, malar.

- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

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Page 66: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a emergir na órbita

Chassi: 18x24 cm t.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA

RC: angulado 20º descendentes a emergir a meio da linha que une as 2 orbitas.

Chassi: 18x24 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a emergir no centro da órbita

Finalidade: Visualizar o canal óptico através da órbita (janela radiológica).

Estruturas visualizadas: Canal óptico (forma circular) de bordos bem definidos, projectado centro do quadrante infero-externo da órbita.

Rheze

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção PA. Apoio fronto-nasal de forma a colocar o

POM a 0º. Rotação da cabeça para o lado ipsilateral (plano médio sagital a 35º). Apoio do frontal, nariz e malar.

- Colimar à região de interesse.

Observações: Apneia respiratória

Finalidade: Visualizar o canal óptico através da órbita (janela radiológica).

Estruturas visualizadas: Canal óptico (forma oval) de bordos bem definidos, projectado no centro do quadrante infero-externo da órbita. Canal óptico alongado.

Estudo radiológico da fenda esfenoidal

Caldwell modificado

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção PA. Apoio fronto-nasal. POM= -20º e PMS = 0º.- Colimar à região de interesse.

Finalidade: Estudo da fenda esfenoidal.

Estruturas visualizadas: Estudo bilateral das fendas esfenoidais.

Critérios de boa realização:- Visualização simétrica da fenda esfenoidal- Projecção da porção petrosa debaixo do sulco supra-orbital

Incidência de Brunetti (em desuso)

Posicionamento:

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Page 67: Sebenta de Radiologia

- Doente sentado para uma projecção PA. Rotação da cabeça para o lado oposto de forma a que o PMS fique a 15º. Apoio nasal de forma a que o POM fique a -20º.

- Colimar à região de interesse.

Finalidade: Estudo da fenda esfenoidal.

Estruturas visualizadas: Visualização da fenda esfenoidal ao centro da órbita, entre o canal óptico e a fissura orbital superior.

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Page 68: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir no ângulo externo da órbita.

Estudo radiológico do ouvido

Incidência transorbitária de Guillén

Posicionamento:- Doente em decúbito dorsal. Cabeça flectida de modo a que o POM fique

perpendicular ao filme. Colocar o feixe luminoso longitudinal na junção do 1/3 médio e do 1/3 externo da órbita. Rotação da cabeça para o lado a radiografar de modo a colocar o raio central no ângulo supero-interno da órbita.

- Colimar à região de interesse.

Observações: apneia respiratória

Ângulos: OM = 0º;S = -15º

Finalidade: Estudo do ouvido médio através da órbita (janela radiológica). Visualizam-se os ossículos do ouvido, a caixa do tímpano, o labirinto com o vestíbulo, os canais semi-circulares superior e externo e canal auditivo interno.

Critérios de boa realização:- Ouvido médio projectado na órbita- Canal semi-circular externo visto de face

Incidência de Chaussé III

Posicionamento:- Doente em decúbito dorsal. Cabeça flectida de modo a que o POM fique

perpendicular ao filme. Colocar o feixe luminoso longitudinal na junção do 1/3 médio e do 1/3 externo da órbita. Rotação da cabeça para o lado oposto ao lado a radiografar.

- Colimar à região de interesse.

Observações: apneia respiratória

Ângulos: OM = 0º;S = 15º

Objectivo: Desfiladeiro (ouvido) antro-aticotimpânico projectado para fora da órbita, constituído pelo vestíbulo, canal auditivo externo, canal semi-circular superior, caixa timpânico e assiculo.

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Chassi: 18x24 cm DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir no ângulo supero-interno da órbita homolateral.

Page 69: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir a meio da linha orbitomeatal do lado ipsilateral.

Chassi: 18x24 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA RC: angulado 25º crânio-caudal a emergir na ATM em estudo.

Incidência de Stenvers

Posicionamento:- Decúbito dorsal. POM perpendicular ao filme. Rotação da cabeça

para o lado oposto a radiografar de modo a colocar o raio central a meio da linha orbitomeatal.

Observações: apneia respiratória

Ângulos: OM = 0º;S = 35º

Finalidade: estudo do ouvido interno e células mastoideias.

Critérios de boa realização:- Visualização do fundo do canal auditivo interno ligeiramente encurtado- Projecção de face dos canais semi-circulares superiores e externos- Visualização da cóclea e do vestibulo

Estudo radiológico das ATM

Schuller I

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção PA, lateral em ortostatismo ou decúbito

lateral. Cabeça de perfil de modo que o plano médio sagital fique paralelo ao filme. Flexão da cabeça de modo a que o POM fique paralelo ao chão. Deve ser feito o estudo bilateral com a boca aberta e fechada.

- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratória

Ângulos: OM = -25º;S = 90º

Finalidade: estudo das ATM

Critérios de boa realização:- ATM no centro de colimação- Colimação adequada

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Page 70: Sebenta de Radiologia

Estudo radiológico dos seios paranasais

- Seios frontais, seios etmoidais, seios esfenoidais, seios maxilares

Particularidades:- Ponderação na escolha dos valores de exposição – densidade radiográfica dos seios perinasais;- Sempre que possível realizar em ortostatismo ou sentado;- Incidências em número suficiente para demonstrar todos os seios perinasais livres de sobreposição;- Rigor no posicionamento;- Patologia mais frequente é sinosite, formação de pólipos.

Objectivo: Ver seios livres de sobreposição.

- Chassi: 18x24 cm

Nota: em algumas instituições podemos prescindir das incidências de Caldwell e Blondeau.

Incidência de Water – sinusite ou pólipo?Procede-se à modificação do Water – faz-se a incidência de Water e inclina-se a cabeça para um lado ou

para outro; ou ambos para distinguir se é nível hidroaéreo ou pólipo.

Estudo radiológico da sela turca- Faz parte do osso esfenoidal- Aloja a hipófise (se a hipófise estiver aumentada pode levar a erosão da sela- É limitada pelas apófises clinóides anterior e posteriormente

Incidências Objectivo

Perfil (raio central perpendicular a incidir a meio da linha OM)

Visualização de todos os seios perinasais

Caldwell Visualização dos seios frontais de face e células etmoidais anteriores

Water Visualização dos seios maxilares e frontais

Blondeau Visualização do seio esfenoidal

Hiperaxial Visualização dos seios frontais, etmoidais e seio esfenoidal

70

Page 71: Sebenta de Radiologia

- Constituída por: chão da sela e dorso- O melhor estudo é o perfil

- Chassi: 18x24 cm

Estudo radiológico dos ossos próprios do nariz

- Chassi: 18x23 cm- Sem potter

Estudo radiológico da mandíbula

Face PA

Incidências ObjectivoPerfil (raio central 2,5cm acima e

anteriormente ao CAE)Visualização da sela turca

Caldwell Visualização do chão da sela turca

Towne (raio central 30 a 35º ou mais, janela radiológica – buraco magno)

Visualização do dorso da sela turca

Incidências CaracterísticasPerfil dos ossos próprios do nariz Idêntico à incidência com o raio central a

incidir na raiz do nariz

Crosserez (não se usa) Posição como a incidência de Hirtz com o raio central tangente à raiz do nariz

Water Visualização da pirâmide nasal. Desvio do septo

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Chassi: 18x24 cmDFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA RC: perpendicular a emergir a meia distância entre o mento

e as ATM’s no PMS.

Page 72: Sebenta de Radiologia

Chassi: 18x24 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: finoProjecção: PA

RC: angulado 25º caudo-craniano, a emergir no gonion homolateral.

Posicionamento:- Paciente sentado para uma projecção PA. Apoio fronto-nasal. POM deve ficar

perpendicular à mesa e paralelo ao raio central. Boca fechada e em repouso. Palmas das mãos apoiadas no potter.

- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratória

Ângulos: OM = 0º;S = 0º

Critérios de boa realização: - Visualização de toda a mandíbula, desde os condilos até ao mento- Mandíbula no centro de colimação- Ausência de rotação – gonions ao mesmo nível e equidistantes do PMS

Ortopantomografia

- Radiografia panorâmica de toda a região maxilo-facial- Permite a visualização de toda a arcada desntária- Permite o estudo de toda a mandibyla, ATM’s e condilos

Aparelho especializado: Cefalostato

Posicionamento:- Doente em ortostatismo ou sentado com a coluna cervical rectilinizada.

Pedir ao doente para morder o objecto do aparelho para que não haja sobreposição dos dentes. PMS alinhado e centrado com a linha luminosa longitudinal. Feixe luminoso transversal a coincidir com a linha infraorbitomeatal.

Critérios de boa realização:- Visualização do trabeculado ósseo- Visualização da arcada dentária desde a parte cortical à parte medular- Visualização dos espaços articulares- Boa visualização da arcada dentária e da inserção dos dentes na mandíbula- Simetria das ATM’s- Simetria da arcada dentária- Ramos e dentes superiores igualmente ampliados de cada lado- Imagem no centro da película- Porção da cervical igual de cada lado e desobrepostos das ATM’s- Mandíbula com formato ovalado e com a sinfise mandibular projectada ligeiramente abaixo dos ângulos

mandibulares- Visualização desde as ATM’s até ao mento

Oblíqua (Défillé)

Posicionamento:

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Page 73: Sebenta de Radiologia

- Cabeça de perfil com apoio do plano auricular. Plano médio sagital paralelo ao filme. Sobreposição dos ramos direito e esquerdo da mandíbula.

- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratória

Ângulos: OM = 25º;S = 90º

Nota: em vez de angular a ampola, podemos rodar a cabeça.

Critérios de boa realização:- Porção mandibular em estudo horizontalizada, no centro de colimação e livre da sobreposição da

porção mandibular contralateral.

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Page 74: Sebenta de Radiologia

Crânio

Incidência OM S RC FinalidadeSchuller IIRochedos nas órbitasFace AP do crânio

0º 0º Perpendicular a incidir no nasion

Estudo standard da abobada craniana

SteenhuisFace PA do crânio 0º 0º Perpendicular a emergir no

nasionEstudo standard da abobada craniana

Perfil do crânio 0º 90º Perpendicular, 4 cm acima do tragus contralateral

Todas as estruturas de perfil

Caldwell 25º 0º Angulado 25º caudais, a emergir no nasion Estudo do frontal

Towne (AP) 25º 0ºAngulado 25º caudais, a incidir no meio da linha bi-auricular

Estudo do occipital

Water 50º 0º Perpendicular a emergir no acantion

Estudo dos ossos da face e dos seios, desvio do septo nasal e pirâmide nasal

Blondeau -50º 0º Perpendicular a emergir no acantion

Ver os seios esfenoidais usando a boca como janela radiológica

Axiais

Subaxial -60º 0º

Perpendicular a meio da linha que une os tragus

Arco da mandíbula abaixo dos seios frontais

Hirtz -75º 0ºArco da mandíbula sobreposto aos seios frontais

Hiperaxial -90º 0ºArco da mandíbula acima dos seios frontais

MahoneyChão das orbitas -35º 0º Perpendicular a meio da

linha inter-pupilarPesquisa de corpos estranhos

Órbita Perfil da orbita 0º 90ºPerpendicular no rebordo externo da orbita contralateral

Corpos estranhos ou chão da orbita

Canal óptico

Hartman -35º 35º Perpendicular na orbita ipsilateral

Canal óptico projectado no quadrante infero externo da órbita (redondo)

Rheze 0º 35º Perpendicular a emergir na orbita

Canal óptico projectado no quadrante infero externo da órbita (oval)

Fenda esfenoidal

Caldwell modificado -20º 0çAngulado 20º descendentes a emergir no canto da orbita

Estudo da fenda esfenoidal

Brunetti -20º 15º Perpendicular a emergir no centro da orbita

Estudo da fenda esfenoidal

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Page 75: Sebenta de Radiologia

Chassi: 35x43 cm l.DFf: 1mPosto: potter h.Foco: finoProjecção: AP

RC: perpendicular a incidir: Homens: a meio da linha que une as duas cristas ilíacas; Mulheres: ligeiramente abaixo dessa linha (2cm)

Ouvido

Incidência OM S RC Finalidade

Transorbitária de Guillén 0º -15ºPerpendicular a incidir no ângulo supero-inferior da orbita ipsilateral

Estudo do ouvido médio tendo a orbita como janela radiológica

Chausse III 0º 15º Perpendicualr a incidis no ângulo externo da orbita

Desfiladeiro antro.aticutimpânico projectado para fora da orbita

Stenvers 0º 35º Perpendicular a meio da linha orbito-meatal

Estudo do ouvido médio

ATM Sculler I -25º 0º Angulado 25º a emergir na ATM em estudo

Estudo dinâmico das ATMs com a boca aberta e fechada

Seios Perinasais

Perfil Todos

Caldwell Fontais e esfenoidal

Water Maxilares e frontais

Blondeau Esfenoidal

Hiperaxial Frontais, etmoidais e esfenoidal

Sela turca

Perfil Perpendicular, 2,5cm acima do CAE Toda a sela

Caldwell 25º caudais, no nasion Chão da sela

Towne 30/35º caudais, 7 cm acima do nasion Dorso da sela

Ossos próprios do

nariz

Perfil

Water Pirâmide e septo nasal

MandíbulaFace PA 0º 0º

Perpendicular a emergira a meia distancia entre o mento e as ATMs no PMS

Oblíqua (defillé) 25º 90º Angulado 25º craniano, a emergir no gónion

9. Estudo radiológico do aparelho urinário

Renovesical

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Page 76: Sebenta de Radiologia

Posicionamento:- Decúbito dorsal. Membros superiores ao longo do corpo e membros

inferiores em extensão. Alinhamento do plano médio sagital (tracção).- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratória

Critérios de boa realização:- Bom enquadramento:

* Superior: visualização dos pólos superiores dos rins* Inferior (mulher): bordo inferior da sínfise púbica* Inferior (homem): bordo superior da sínfise púbica

- Não rotação- Alinhamento do PMS- Identificação da lateralidade

- Valores de exposição adequados, de modo a que seja possivel visualizar os bordos laterais do músculo psoas e as apófises transversas da coluna lombar.

Finalidade:- Ponto de referência de estudos contrastados posteriores- Ver se a preparação intestinal está adequada- Verificar a centragem- Verificar os valores de exposição- Para ver se existem densidades de cálcio susceptíveis de prever cálculos.(exame prévio para certificar todos os critérios para exames específicos)

Exames contrastados

Urografia Intravenosa – UIV- Exame dinâmico e personalizado.

Indicações:- Pesquisa de cálculos renais- Traumatismo renal- Hipertensão renal- Infecções do aparelho urinário

Contra-indicações:- Absolutas: não existem- Relativas: gravidez, história alérgica, insuficiência renal

Exames Finalidade

UIV – Urografia intravenosa Estudo dinâmico no sistema urinário (rim-bexiga), por via endovenosa

Ureteropielografia retrógada endoscópica Estudo retrógado da árvore pielocalicial e ureteres

Cistografia Estudo da bexiga (via anterógrada ou via retrógada)

Pielografia anterógrada percutânea Punção percutânea para estudo da árvore pielocalicial

Uretrocistografia miccional Estudo da bexiga e uretraCistoureterografia miccional seriada

(CUMS)Indicação: situação de refluxo. Estudo

contrastado dos ureteres e bexiga

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Page 77: Sebenta de Radiologia

Preparação do paciente: - Administração de clisteres de limpeza intestinal;- Recomendação de refeições leves nos dois dias anteriores ao exame;- Dieta rica em fibras e pobres em gorduras- Suspensão de líquidos gaseificados- Jejum, de pelo menos, 6 horas- Pacientes com história alérgica: administrar anti-histamínicos nos três dias antecedentes ao exame- Pacientes intolerantes ao iodo (alérgico ao marisco ou morangos): administrar corticóides.

Antes da execução do exame, fazer um questionário prévio:- Já fez alguma UIV? (informar o paciente, diminuindo assim a ansiedade o que vai diminuir o risco de

reacção alérgica)- Tem asma ou bronquite? (boa forma de perceber se há historia alérgica)- É diabético? Que medicação está a fazer?- É alérgico a algum medicamento ou alimento?- Tem problemas cardíacos? (aumenta o risco de reacção; só se realiza caso o paciente esteja medicado

e com o consentimento do medico radiologista)- É insuficiente renal?- Está grávida?- Já urinou? (tem que urinar antes da realização do exame)- Está em jejum? (o máximo é um chá ou água, 3 horas antes do exame)

Produto de contraste usado:- Tri-iodado hidrossolúvel- Temperatura: 37ºC (temperatura corporal e diminuição da viscosidade; normalmente o contraste está

armazenado numa estufa)- Quantidade: 60 a 90ml (adultos) e 1,5ml/Kg (crianças)- Injecção em bólus (com a mesma força e pressão) e em menos de meio minuto (para manter a

homogeneidade)

Material de consumo clínico:- Fármacos: corticóides e anti-histamínicos - Agulha e butterfly (18 e 19G)

Questões ético-profissionais

Material de consumo radiológico: - Chassis: 35x43cm; 35x35cm- Écrans: universais- Marcadores de lateralidade e tempo (tempo radiológico – tempo de aquisição da imagem dentro do

exame)

Procedimento geral:1º Renovesical simples – 35x43cm (avalia parametos de exposição, centragem e preparação intestinal)2º Injecção do produto de contraste3º Realizar uma radiografia após o término da injecção – nefrografia (fase nefrográfica); logo após a

administração do produto de contraste, mais ou menos aos 30 segundos (visualizam-se os rins com maior densidade)

4º Radiografia aos 3 minutos (rins iluminados – contraste nos cálices, a chegar aos ureteres)5º Radiografia aos 5 minutos (35x43cm) – contraste na bexigaA partir daqui os protocolos variam:

- 10,20,40 minutos (normalmente usa-se quando há atrasos9- 15 e 30 minutos – mais informação; menos dose de radiação

Material: 3º e 4º - 35x35cm ou 24x30cm (só rins); Raio central no rebordo costal inferior; ligeiramente mais penetrada (mais 2 ou 3 kV)

Observações: Apneia respiratória

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Page 78: Sebenta de Radiologia

Nota: em caso de insuficiência renal, o paciente pode regressar no dia seguinte para realizar uma renovesical simples de forma a verificar se ainda existem vestígios de contraste.

Per-miccional (normalmente só nos homens para estudo da uretra).- Refluxo (sob controlo radioscópico)- Realiza-se com o paciente quase em ortostatismo; de estiver algaliado não se faz.

Pós-miccional- Resíduo vesical (principalmente por hiperplasia da próstata e infecções urinárias na mulher)- Esvaziamento da bexiga

Cuidado:- Transplante renal – o rim está na pelve (normalmente na fossa ilíaca direita)- Doentes em hemodiálise – a injecção do produto de contraste deve ser feita no dia da diálise

Manobras para visualização das cavidades pielocaliciais:Entre os 5 e os 10 minutos de uma UIV se não conseguirmos visualizar as cavidades pielocaliciais fazer:- Compressão ureteral:

*Tempo de compressão: 5 minutos (8 minutos no máximo)*Se o doente referir dor – aliviar compressão

- Trendelemburg a 15º no mínimo (se a compressão estiver contra-indicada).

Contra indicações da compressão uretral:- Aneurisma da aorta- Gravidez- Cirurgia recente- Massas abdominais- Traumatismo abdominal- Cólica aguda- Litíase ureteral

Manobras para visualização dos ureteres: Caso não se consiga visualizar, durante uma UIV, todas as porções dos ureteres:- Manobra de Valsava ou, em recurso, tossir

- Incidência em DV- Incidência em ortostatismo- Pós – trendlembrug a 15º- Pós – compressão ureteral- Pós – miccional (só resulta se ainda houver contraste nos bacinetes)

UIV com técnica de distensão gasosa

- É mais usado em crianças;- Administra-se um refrigerante com gás ou outros, para distender o estômago- Este vai servir de janela radiológica para os rins- Realiza-se após a injecção de contraste

Nefrotomografia

Chassi: 24x30cmRC: no rebordo costal inferiorFinalidade: Ver contornos renais e detecção de quistos renais (hipertensão); Faz-se logo após a nefrografia

em caso de imagem suspeita de quistos

Nota: rins em bolacha: 2 sistemas excretores; os rins podem estar parcialmente unidos; má formação congénita; os ureteres podem unir-se ou não e esta união pode surgir a vários níveis (pelve renal ou uréter, normalmente); pode ser uni ou bilateral, no caso de ser unilateral pode levar a insuficiência renal no lado contralateral; no caso de não se visualizar a união e para certificar se existe ou não, realizam-se incidências obliquas.

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Page 79: Sebenta de Radiologia

Chassi: 24x30 cm t.DFf: 1mPosto: potter h.Foco: finoProjecção: APPh/

RC: perpendicular a meia distância entre o rebordo costal inferior e o apêndice xifoide, no plano médio sagital.

Chassi: 24x30 cm l.DFf: 1mPosto: potter h.Foco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir no lado a radiografar

Chassi: 24x30 cm l.DFf: 1mPosto: potter h.Foco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir no hipocôndrio do lado levantado

*Bifidez do sistema excretor: Quando existem dois sistemas excretores que se unem a certo ponto (exemplo: quatro rins).

* Duplicidade do sistema excretor: Quando os dois sistemas excretores não se unem (exemplo: 4 ureteres).

Estudo do rimIncidência para estudo do rim (neoplasias)

Incidência de face AP

Posicionamento: - Doente em decúbito dorsal. Membros superiores ao longo do corpo. Tracção para alinhar o plano médio

sagital.

Observações: Apneia respiratória

Incidência oblíqua

Posicionamento:- Doente em decúbito dorsal. Membros superiores ao longo do corpo. Tracção para alinhar o plano médio

sagital. Elevar o lado contralateral 45º.

Finalidade: serve para desprojectar o gás do cólon dos rins; vemos o rim obliquado

Incidência de face verdadeira do rim

Posicionamento:-

Doente em decúbito

dorsal. Membros superiores ao longo do corpo. Tracção para alinhar o plano médio sagital. Elevar o lado ipsilateral 20º.

Nota: OPD – rim esquerdo de face;OPE – rim direito de face;Fazemos estudo dos dois. Um vê-se de face, outro vê-se obliquado.

Estudo radiológico da bexiga (neoplasias, divertículos)Cistografia

Pode ser realizada no decorrer de uma UIV ou por via retrógada. Chassi: 24x30cm (trans.) ou 35x43cm no sentido long. (refluxos) Distância foco-filme: 1mPosto: com potterFoco: finoApneia: respiratória

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Page 80: Sebenta de Radiologia

Face em repleçãoPosicionamento:- Paciente em decúbito dorsal. Membros superiores ao longo do corpo e membros inferiores em extensão.

Tracção para alinhar o plano médio sagital.Raio central perpendicular a incidir ao 4cm acima do bordo superior da sínfise púbica, no PMS.

Oblíquas posteriores direita e esquerdaPosicionamento:- Paciente em decúbito dorsal. Membros superiores ao longo do corpo. Elevação de

45º do lado dir. ou esq.Raio central perpendicular a incidir ao 4cm acima no bordo superior da sínfise

púbica, 2 a 3cm para o lado levantado.

Perfil (direita ou esquerda)Posicionamento:- Paciente em posição lateral com flexão dos membros para conferir estabilidadeRaio central perpendicular a incidir 4cm acima do bordo superior da sínfise púbica,

no plano médio coronal

Per-miccional: Depende da situação clínica

Pós-miccional: Realizada frequentemente, permite ver resíduo mixional

Nota: - A face, as obliquas e a pós-miccional são sempre realizadas- O perfil só em realizado em situações pontuais, principalmente nas mulheres pela sobreposição do útero- A per-miccional é realizada principalmente nos homens para estudos da uretra- Tipos de refluxo:

*Activo: na fase miccional*Passivo: na fase de repleção

UretrografiaPode ser realizada no recurso de uma UIV ou por via retrógada

Incidências preferenciais:- OPD e OPE nos homens (raio central na sínfise púbica)- Perfil nas mulheres (raio central no plano médio coronal mais ou menos ao nível do grande trocanter)

Dinâmica do exame:Preenchimento directo total da uretra e per-miccional.

Ureteropielografia Retrógada Endoscópica (UPRE)

- Realizada mais frequentemente nas mulheres. - Exame não funcional do sistema urinário.- Indicações: Insuficiência renal e na pesquisa de interrupções do uréter ( via anterógrada; no sentido do

fluxo normal).

Chassi: 35x43cmDistância foco-filme: 1mFoco: fino

- Técnica:A doente vai urinar e veste uma bata hospitalar.A doente é colocada em posição ginecológica para introdução do citoscópio com fonte de luz.Cateterização do uréter e injecção do produto de contraste (tri-iodado hidrossolúvel a 50% em soro

fisiológico).Primeira radiografia simples e depois em várias fases de repleção.Pode ser feito uni ou bilateral.

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Page 81: Sebenta de Radiologia

- Raio central perpendicular a incidir a meia distancia entre as cristas ilíacas e o rebordo costal inferior

Uretrocistografia miccionalExame não funcional da uretra e bexiga.Indicações clínicas: traumatismo da uretra (comum no homem)

- Técnica:Radiografia simplesAlgaliação da uretra e injecção de contraste (diluído a 50%)Homens: Face AP em decúbito dorsal e OPE ou OPDMulheres: Face AP em decúbito dorsal e de perfilRepleção máxima da bexigaRadiografia per-miccional (preferencial/) ou com esforço micccionalRadiografia pós-miccional

Chassi: 24x30cm ou 35x43cm (refluxo)Raio central perpendicular a incidir no bordo inferior da sínfise púbica.

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Page 82: Sebenta de Radiologia

CUMS (cistoureterografia miccional seriada)- Com controlo radioscópico seriado.- Pesquisa de refluxo vesico-ureteral.

- Técnica:1º Radiografia simples2º Algaliação da uretra3º Face AP em decúbito dorsal com diferentes graus de repleção e oblíquas posteriores direita ou esquerda.4º Radiografia per-miccional (para avaliar refluxo activo) e pós-miccional

Chassi: 24x30cm no sentido longitudinal nas crianças; 35x43cm no sentido longitudinal nos adultos se houver repleção

Raio central na sínfise púbica inicialmente, depois vai subindo.

- Nota: usado para estudo de refluxo passivo nas crianças (refluxo aquando da distensão da bexiga)

- Graus de refluxo:I – apenas refluxo no uréterII – refluxo no ureter, bacinete e cálicesIII – igual a II com ligeira dilataçãoIV e V – refluxo até à arvore pielocalicial com hidronefrose (dilatação exagerada e compensatória de todo

o sistema excretor)

Outros métodos de imagem: Ecografia – distinguir massas sólidas de liquidas, litíase; normalmente complementado com renovesical-

simplesTC – estudo global do aparelho urinário com introdução intravenosa de contraste; uroTCRM – mais caro, não usa radiação; por vezes sem introdução de contraste; uroRMAngiografia – fim terapêutico; estudo contrastado da vascularização renalMedicina nuclear – estudo funcional (fisiologia renal); cintigrafia renal

Nefrostomia (-tomia, comunicação com o exterior)- Descompressão renal por obstrução a jusante.- A colocação do cateter pode ser guiada por Eco ou Radioscopia.- Doente em decúbito dorsal.- Pielografia anterógrada:

Estudo por via anterógrada da árvore pielocalicial. Serve para ver o cateter foi introduzido no local correcto. Cateter por via percutânea.; cateteriza-se a arvore pielocalicial, introduz-se o contraste e vê-se por radioscopia.

Nota: tubo em J – forma usada para recanalizar os ureteres; é introduzido cirurgicamente.

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Page 83: Sebenta de Radiologia

Chassi:18x24/24x30 l.DFf: 1mPosto: potter h.Foco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir na raiz do pénis (SP)

Chassi: 24x30 cm l.DFf: 1mPosto: potter h.Foco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir na raiz do pénis (SP)

10. Estudo radiológico do aparelho reprodutor

Aparelho reprodutor masculino

Deferento-vesiculografia

Procedimento:- Exame feito em condições assépticas- Doente em decúbito dorsal- Radiografia simples- Incisão no escroto e punção do canal deferente.- Introdução do produto de contraste iodado hidrossolúvel.- Radiografias de face e oblíquas posteriores (seguindo o trajecto do produto de

contraste)- Colimar de acordo com a região

Indicações:- Diagnóstico de tuberculose- Tumores da via seminal- Diagnóstico etiológico (qual a causa) da esterilidade masculina

Nota: estudo contrastado do canal deferente (deferentografia) e das vesículas (vesiculografia). Pode ser feito em conjunto ou separadamente

Cavernosografia

Procedimento:- Radiografia simples em decúbito dorsal, membros em extensão e plano médio sagital alinhado.- Introdução do caverject – vai provocar a erecção do pénis.- Injecção por agulha ou butterfly de produto de contraste diluído ou não.- Tempos radiográficos: pós-injecção, 1minuto, 3minutos, 5minutos e 10minutos.- Pode haver necessidade de fazer incidências oblíquas posteriores.- Colimar de acordo com a região

Indicações: - Priapismo (erecção constante)- Traumatismo do pénis- Impotência funcional do pénis- Doença de Peyronie – deformação do pénis por calcificação dos corpos cavernosos

Aparelho reprodutor feminino

Histerosalpingografia

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Page 84: Sebenta de Radiologia

Material:- Radiológico- Consumo clínico (produto de contraste, compressas, pinças…)- Histeroscópio

Equipamento:- Mesa telecomandada com fluoroscopia

Procedimento:- Radiografia simples (já com a paciente em posição ginecológica)- Cateterismo e pequena introdução de contraste sob controlo radioscópico (o

contraste é introduzido através do histeroscópio)- Aquisição de várias radiografias em diferentes graus de repleção uterina, com

opacificação das trompas e passagem ao peritoneu (os ovários não estão em contacto directo com as trompas

- Incidências de face AP e oblíquas posteriores, direita e esquerda- Radiografia de “esvaziamento” (depois de tirar o histeroscópio)- Pode haver necessidade de radiografia tardia, para ver a reabsorção

peritoneal (é indicativo da permeabilidade das trompas)- Colimar de acordo com a região

Indicações:- Anomalias congénitas- Massas pélvicas- Tumores, quistos- Obstruções tubárias- DIU (dispositivo intra-uterino)- Infertilidade

Contra-indicações:- Gravidez- Infecções actuais ou recentes- Hemorragias graves

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Chassi: 24x30 cm l.DFf: 1mPosto: potter h.Foco: finoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir na SP

Page 85: Sebenta de Radiologia

Chassi: 35x43 cm l.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: grossoProjecção: AP/PA RC: perpendicular a incidir a meia distância entre as cristas

ilíacas e o rebordo costal inferior, no PMS.

11. Estudo radiológico do aparelho digestivo

Estudos não contrastados

Incidência abdominal de face em decúbito dorsal

Procedimento:- Decúbito dorsal. Membros superiores ao longo do corpo e membros inferiores em

extensão. Alinhamento do plano médio sagital.- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratória

Nota: - Permite um melhor detalhe anatómico- Deve incluir as hemicúpulas diafragmáticas- Queremos ver ar e calcificações- Não é obrigatório incluir a SP, mas as hemicúpulas é.

Incidência abdominal simples de face em péFinalidade: - Ver distribuição aérea e calcificações; níveis aéreos são normais no estômago e intestino grosso.- Ruptura de víscera oca (sinal de foice gasosa; mais facilmente identificado do lado direito)- Oclusões e sub-oclusãoes

Posicionamento:- Paciente em ortostatismo para uma projecção PA

(preferencialmente). Plano médio sagital perpendicular ao chassi e plano coronal paralelo ao mesmo. Afastamento dos membros superiores. Pés ligeiramente afastados para dar maior estabilidade.

- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratória (em alternativa para ver as hemicúpulas diafragmáticas em doentes muito altos – apneia inspiratória)

Critérios de boa realização:- Bom enquadramento – visualização desde as cúpulas diafragmáticas até à sínfise púbica- Não rotação do corpo

Incidência de decúbito lateral(Alternativa à abdominal simples em pé caso o paciente não consiga levantar-se ou o ortostatismo)

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Chassi: 35x43 cm l.DFf: 1mPosto: potter h.Foco: grossoProjecção: AP RC: perpendicular a incidir a meia distância entre as cristas

ilíacas e o rebordo costal inferior, no PMS.

Page 86: Sebenta de Radiologia

Chassi: 35x43 cm t.DFf: 1mPosto: depende da ampolaFoco: grossoProjecção: PA

RC: perpendicular e horizontal a incidir ao nível do rebordo costal inferior no PMS.

Chassi: 35x43 cm t.DFf: 1mPosto: potter v.Foco: grossoProjecção: tangencial

RC: perpendicular e horizontal a incidir a meia distância entre o bordo anterior e o bordo posterior do abdómen, ao nível do rebordo costal inferior.

Procedimento:- Paciente

em decúbito lateral esquerdo ou

direito. Elevar o corpo. Chassi encostado ao abdómen. Membros inferiores flectidos (maior estabilidade). Membros superiores: o do lado encostado a apoiar a cabeça, e o oposto a segurar o chassi.

- Colimar de acordo com a região.

Observações: Apneia inspiratória

Tempos de espera: 5minutos

Dependendo do objectivo:Ruptura – decúbito lateral esquerdo para não se confundir com a bolha gástricaOclusão – é indiferente, decúbito lateral esquerdo ou direito

Incidência tangencial(Incidência de necessidade)

Procedimento:- Paciente em decúbito dorsal e encostado ao potter. Corpo elevado com um apoio rígido.

Membros inferiores em extensão. Membros superiores o mais para cima possível.- Colimar de acordo com a região

Observações: Apneia respiratória

Nota: só identifica a presença, ou não, de níveis hidroaéreos.

Tempo de trânsito cólicoUtilização de marcadores radiopacosObjectivos: ver se existe inércia cólica e visualização de todo o cólon; casos de obstipação

Chassi: 35x43cm no sentido longitudinal

Preparação: - Paciente ingere 20 marcadores por dia durante 6 dias, sempre à mesma hora. O paciente deve manter a

sua rotina normal e sem dietas. - No sétimo dia faz-se uma renovesical a abranger desde as cúpulas até à sínfise púbica.

RC: perpendicular a inicidir a meio da linha que une as cristas ilíacas.Estudos contrastados

Estudo contrastado do esófagoNormalmente encontra-se colapsado;Pode ser dividido em 3 porções em radiologia:

1/3 proximal (superior) – cervical

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Page 87: Sebenta de Radiologia

1/3 médio – torácico1/3 distal (inferior) – abdominal

Produto de contraste:- BaSO4 – pasta baritada para estudo da mucosa, ou em suspensão- Gastrografina (iodado hidrossolúvel) – suspeita de perfuração ou fístula (excepto fístula traqueo-

esofágica, porque o bário vai ter saída, devido ao reflexo de tosse ao nível da traqueia não tendo assim tendência para impactar; numa fistula para os brônquios, como o calibre é menor, e os brônquios não possuem mecanismos de refluxo, o bário não sai, logo vai impactar)

1. Estudo baritado standard

Contraste: suspensão de bário

A radiografia é fundamental para estudar o peristaltismo para verificar a distensibilidade esofágica.As incidências vão variar, desde o perfil, face e oblíquas. No entanto, todas devem ser realizadas em

ortostatismo e decúbito dorsal.Perfil: mais útil na porção cervical do esófago. Permite detectar desvios antero-posteriores do esófago.Face: finalidade de evidenciar desvios laterais do esófago.Oblíquas posteriores: permitem o estudo de lesões esofágicas. O grau de rotação do corpo varia

(aproximadamente 45º).

RC perpendicular a incidir:- ao nível da cartilagem tiroideia – porção cervical- na incisura jugular – porção cervical e média- a meio do esterno – porção média e distal

Notas: - Na porção cervical, pedimos ao doente para manter o contraste na boca até ao momento em que se vai

realizar a aquisição, altura em que engole.- O perfil, regra geral, só tem interesse quando o estudo é feito em ortostatismo- O esófago começa mais ou menos ao nível da cartilagem tiroideia- Ampola epifrénica: surge como uma acumulação de contraste devido à contracção do diafragma (hiato

esofágico).

2. Estudo em camada finaProduto de contraste: BaSO4 – pasta baritada para estudo da mucosa, ou em suspensão; aumenta a

aderência à parede.

Após a mastigação da pasta, deglute-se fraccionadamente de forma a obter uma boa aderência da mucosa esofágica, e são obtidas as mesmas incidências do estudo em repleção (face, perfil e obliquas).

Permite um estudo das pregas esofágicas com detecção precoce de varizes, erosões e neoplasias. Realizam-se as mesmas incidências que na anterior.

Nota: pedimos para o paciente mastigar, pois vai activar a produção de saliva, que se vai misturar com o contraste ajudando a sua progressão.

3. Estudo em duplo contrasteFinalidade: Pesquisa de tumores.

Técnicas:A) Ingestão de contraste baritado de elevada densidade seguindo-se a ingestão de um produto de contraste

negativo de característica efervescente.B) Em situações difíceis, o ar é introduzido por sonda. Tem a vantagem de não formar bolhas e de fornecer

melhores imagens. É o mais desconfortável para o doente.Têm particular interesse pois permitem uma maior distensibilidade do esófago e um melhor estudo da

mucosa (útil na pesquisa de tumores).

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Page 88: Sebenta de Radiologia

Manobra de Valsalva- Utilizada na pesquisa de lesões vasculares. - Permite a distensão entre o espessamento das pregas por varizes e o causado por lesão da mucosa.- Varizes esofágicas: esta manobra provoca ingurgitação das pregas (pregas ficam mais enrugadas)- Lesões da mucosa: não se verifica variação das pregas

Pesquisa de fístula traqueo-esofágicaNão basta verificar a presença de contraste para diagnosticar uma fístula, é necessário também:

- Demonstrar o trajecto fistuloso- Assegurar que a presença de contraste na árvore respiratória não foi causada por aspiração (disfunção

da glote)Em caso de dúvida, introduz-se a sonda até ao esófago terminal, e, à medida que esta é retirada,

administra-se contraste até que se evidencia o trajecto fistuloso.

Estudo contrastado do estômago e duodeno

1. Estudo gastro-duodenal standardPreparação:

Jejum, no mínimo, de 6 horas.Se houver estase gástrica, há que proceder à aspiração nasogástrica.Abstenção de fumar, no período de jejum (para evitar secreção gástrica).A realização deste exame inclui uma avaliação funcional, através de controlo radioscópico:

1.1 Estudo em camada fina com reduzida quantidade de contraste (muito demorado).- Radiografias em ortostatismo, decúbito ventral e decúbito dorsal com compressão doseada (para ajudar

progressão).Finalidade: estudo das pregas gástricas.

1.2 Estudo em repleção – pode ser útil a técnica de alta quilovoltagem para evidenciar lesão.- Quantidade de contraste: a necessária para encher o estômago (300 a 500ml)- Consoante a porção do estômago a estudar, a incidência vai ser diferente, e por vezes, será necessária

compressão doseada. - Junção esófago-gástrica: Face e OPE ou OPD- Fundo, corpo e antro: Face com e sem compressão, perfil e oblíquas- Bolbo e arco duodenal: Face, perfil ou OPD em repleção e em esvaziamentoNo fim do exame, deve-se fazer uma imagem de conjunto de face do estômago e duodeno em repleção, e

imagens de conjunto de perfil e oblíquas (posterior e anterior) do estômago.

Interesse da compressão: - Evidencia com maior facilidade imagens subtractivas e sua extensão- Nichos ulcerosos e respectivas características- Úlceras no interior de defeitos de repleção- Distinção entre úlcera e uma acumulação de bário nas pregas da mucosa

Interesse da rotação do doente: - Desdobras estruturas- Colocar de perfil imagens de adição ou subtracção que se encontrem nas faces anterior e posterior e,

assim, poder caracteriza-las

Pesquisa de hérnia do hiatoDeve determinar:

- Presença de erosões e úlceras no estômago ou na porção herniada do estômago- O grau da eventual estenose no 1/3 inferior do esófago- Extensão da herniação gástrica- Aspecto do padrão mucoso da porção gástrica herniada

Este estudo é efectuado em:

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Page 89: Sebenta de Radiologia

- Ortostatismo: pede-se ao doente que proceda a uma inspiração profunda, mantida quando o contraste atinge a porção inferior do esófago

- Decúbito ventral: para que o fundo gástrico fique distendido e se possa demonstrar a totalidade da hérnia

Diagnóstico diferencial entre ampola epifrénica e hérnia do hiato:- Manter expiração profunda

Com a expiração:- Ampola epifrénica desaparece (normal)- Hérnia mantém-se ou até aumenta (hérnia hiatal)

Pesquisa de refluxo gastro-esofágicoDeve determinar:

- Existência de refluxo gastro-esofágico e a facilidade com que se produz.

Este estudo é efectuado em:- Decúbito dorsal: para ver se há refluxo. Dá-se o contraste ao doente e depois água para limpar o

esófago. Posteriormente, manda-se o doente tossir, se houver refluxo este evidencia-se.

2. Estudo em duplo contrasteContraste positivo: sulfato de bário, com alta densidade e alta viscosidadeContraste negativo: ar administrado por sonda ou produtos efervescentes (menos incómodo para o

doente) que libertam dióxido de carbono no estômago.Quantidade de bário: apenas o suficiente para barrar a mucosa gástrica, pois as acumulações de contraste

podem encobrir lesões.

Técnica:Ingestão de pequena quantidade de contraste positivo.Decúbito dorsal, seguem-se manobras para barrar o estômago – decúbito dorsal decúbito lateral esquerdo

decúbito ventral (e vice versa). Nunca para o lado direito porque o contraste passa para o duodeno.Introduz-se o contraste negativo, passando-se de seguida à obtenção de radiografias nas diversas

incidências.Estas são para variar consoante a região a estudar.Incidências de face AP, PA, OP em decúbito, perfis e ortostatismo de face.

Vantagens do duplo contraste:- Mais preciso no diagnóstico de pequenas lesões (pólipos, erosões)- Melhor caracterização de alterações da mucosa na vizinhança de lesões orgânicas (diagnóstico

diferencial de úlcera benigna e neoplasia ulcerada)- Estimativa mais fidedigna quanto à extensão das lesões neoplásicas, sobretudo nas formas infiltrantes- Maior acuidade no diagnóstico precoce de Ca do estômago.

Desvantagens do duplo contraste:- Maior dificuldade de execução técnica e de obtenção de boas imagens (estase gástrica, má aderência

do bário, formação de bolhas intra-gástricas)- Menor eficácia no diagnóstico de fístulas- Menos bem tolerado por alguns doentes, face à presença de ar e ao desconforto da distensão

Fístulas:- Mal visualizadas- Por pouca quantidade de contraste para cobrir o trajecto da fístula- Porque o ar distende muito as estruturas, empurrando o contraste para a mucosa, ficando só uma fina

camada

Estudo contrastado esófago-gaastroduodenalContraste: suspensão baritadaEstudos possíveis:

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Page 90: Sebenta de Radiologia

- Repleção (300 a 500ml)- Em duplo contraste (contraste mais viscoso e em menor quantidade) – o esófago é estudado no fim

Estudo contrastado do intestino delgado

Preparação:Jejum, no mínimo, de 6 horas.

1. Trânsito intestinalPode ser feito com pequena e grande quantidade de contraste.

Indicações: Doentes que não toleram a intubação naso-gástrica e estudo morfológico e da motilidade.

Só termina com a chegada de contraste à válvula ileo-cecal.

1.1. Trânsito intestinal com grande quantidade de contraste:Quantidade: 350 a 500ml. Ingestão do sulfato de bário (suspensão). O paciente espera (de preferência

sempre a andar) até que o contraste atinja a última ansa do intestino delgado. Vão-se obtendo radiografias até ao preenchimento do cego.

Chassi: 35x43cm no sentido longitudinal apenas para a radiografia final de conjunto.

É um exame dinâmico e morfológico.Devem-se adquirir imagens faseadas com controlo radioscópico e com compressão, se necessário.A compressão abdominal é aconselhável na individualização das ansas e para esclarecimento de imagens

duvidosas.Os radiogramas em trendelemburg são indicados quando se verifica acentuada sobreposição das ansas na

escavação pélvica.No fim executa-se um estudo do íleo terminal e válvula íleo-cecal: face e rodar o paciente para OPE, com e

sem compressão para conseguir a sua demonstração em repleção e em esvaziamento.

Modificadores do trânsito intestinal: Exemplos: medicamentos que aceleram o trânsito, medicamentos que retardam o trânsito, produtos

hiperosmolares (gastrografina) misturados com bário.

- Vantagens:- Impregnação mais rápida- Maior distensão- Maior extensão de ansas- Melhor imagem- Menor probabilidade de diluição e floculação do contraste

- Indicações:- Estudo da função intestinal- Pesquisa de estenoses- Follow-up da doença de Crohn

- Desvantagens:- Sobreposição de ansas- Contra-indicado em caso de oclusão intestinal

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Page 91: Sebenta de Radiologia

2. Enteroclise com duplo contrasteIntrodução por meio de uma sonda naso-jejunal a jusante do ângulo de Treitz de:

- 150 a 300ml de contraste baritado- cerca de 1,5ml de metilcelulose (vantagem de ter um efeito laxante)

A metilcelulose lava o contraste positivo, deixando apenas uma fina camada de bário aderente à mucosa intestinal e originando assim o duplo contraste.

Técnica:Após a administração de metilcelulose obter imagens com e sem repleção.Estudo do íleo terminal:

- Com ampliações- Estudo de pregas- Em repleção

Final – imagem de conjunto em decúbito ventral

Vantagens:- Estudo da mucosa intestinal com maior eficácia na detecção de pequenas lesões (pólipos, carcinomas)- Sobreposição de ansas dificulta menos a apreciação de imagens.

Desvantagens:- Má aderência do bário com lavagens do intestino pela metilcelulose.- A metilcelulose pode ultrapassar a coluna baritada, impedindo a cobertura da mucosa.

Contra-indicações da enteroclise:- Processo oclusivo, ou perfuração intestinal (neste caso, podem-se usar pequenas quantidades de

gastrografina, mas tem fraco poder opacificante).

3. Enteroclise simplesPreparação:

Jejum

Estudo do intestino delgado por meio de uma sonda naso-jejunal, colocada 2 a 3cm a jusante do ângulo de Treitz (flexura duodeno-jejunal).

Finalidade: estudo exclusivamente morfológico do intestino delgado.

Técnica:Analgesia da glote. Entubar com ou sem controlo radioscópico (decisão médica).Abertura do piloro – em OPE.Administração de contraste – sulfato de bário de alta densidade.Aquisição de várias imagens.No final, estudo do íleo.

Vantagens:- Administração do contraste com o débito desejado- Maior distensão das ansas- Aumento da acuidade diagnostica de lesões orgânicas

Estudo contrastado do cólon

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Page 92: Sebenta de Radiologia

1. Clister opacoEstudo retrógrado do cólon, utilizado em casos de extrema urgência.Contraste: suspensão de bário muito diluída (até 2 litros da água)Quantidade: a necessária para completa repleção do cólonIndicações para uso do contraste iodado hidrossolúvel:

- Suspeita de perfuração intestinal- Fístula vesíco-cólica ou outras- Invaginação cólica na criança

Técnica:- Paciente em decúbito ventral ou decúbito lateral esquerdo.- É introduzido o produto de contraste positivo através de uma cânula.- Seguidamente o doente é colocado em Trendelemburg.- Roda-se para OPD ou decúbito lateral direito até que atinja o ângulo hepático e, depois novamente

Trendelemburg.- Coloca-se posteriormente o doente em ortostatismo (a papa atinge o cólon ascendente e finalmente o

cego).- Sob controlo radioscópico segue-se a coluna baritada e obtêm-se radiografias individualizando os vários

segmentos cólicos, evitando-se a sobreposição das haustras.É indispensável o desdobramento dos vários segmentos cólicos mediante criteriosa escolha de posições e

incidências, tendo sempre em conta possíveis excepções ao procedimento habitual.- No fim faz-se uma imagem de conjunto do cólon, face em decúbito ventral- Opcional: conjunto do cólon após esvaziamento: face em decúbito ventral.

Estudo da mucosa e avaliação da capacidade funcional.

2. Clister com duplo contrasteÉ o exame standard para estudo do cólon.Contraste:Positivo – suspensão de bário (400 a 600ml) e negativo – arA água da suspensão deve estar morna para reduzir os espasmos.

Preparação: Dieta e limpeza intestinal rigorosa. Administração de laxantes. Jejum (6 horas).

Técnica:Executado sob controlo radioscópico.Introdução do contraste positivo através de uma cânula, com o doente em decúbito ventral ou perfil

(esquerdo) com flexão dos joelhos.Seguidamente, o doente é colocado em Trendelemburg. Quando a papa atinge o ângulo esplénico, cessa-

se a introdução de bário.Roda-se para OPD ou decúbito lateral direito até que atinja o ângulo hepático e, depois novamente

Trendelemburg.Coloca-se posteriormente o doente em ortostatismo (a papa atinge o cólon ascendente e finalmente o

cego).Retira-se o excesso de contraste.Insufla-se o contraste negativo até se conseguir uma adequada distensão cólica, com o doente em decúbito

ventral.Aquisição de várias imagens.

Incidências habituais:- Ampola rectal: face, perfil (ver distância entre ampola rectal e o sacro – espaço pré-sagrado), oblíquas

em decúbito ventral- Cólon sigmóide: face AP com angulação ascendente (ou PA com angulação descendente) ou oblíquas

anteriores

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Page 93: Sebenta de Radiologia

- Cólon descendente: face com inclinação da mesa a 45º (para o ar subir), em ortostatismo e OPD (30 a 45º sempre)

- Ângulo esplénico: ortostatismo (por causa do ar) em OPD (afastar a estrutura) em chassi 24x30cm- Cólon transverso: face com inclinação da mesa a 45º ou decúbito ventral em chassi 35x43cm- Ângulo hepático: OPE em ortostatismo em chassi 24x30cm- Cólon ascendente: Trendelemburg (ar desce para o cego) ou decúbito ventral ou OPE ou OAD- Cego: Trendelemburg- Conjunto do cólon: face em decúbito ventral

Pode ser feita ou não a prova de esvaziamento (defecografia).

Podem ser usadas medicações anti-espasmódicas por via endovenosa, pois:- Diminuem a sensação de desconforto abdominal- Reduz os espasmos- Permite uma maior distensão cólica- Facilita o diagnóstico diferencial de estenoses (sua distensabilidade)

Vantagens:Estudo da mucosa:

- Pólipos inferiores a 1cm- Características de benignidade ou malignidade dos pólipos- Doença inflamatória (erosões, ulcerações, granulações da mucosa) – diagnóstico diferencial- Diagnóstico diferencial de estenoses- Extensão das lesões (maior precisão do que o clister opaco)

3. DefecografiaTécnica de estudo morfológico – dinâmico do ânus e recto. Pode-se fazer no seguimento de um estudo

retrógrado. Exame incómodo.

O paciente é sentado num dispositivo próprio, em posição de perfil. Obtêm-se radiografias em três fases: repouso, com aumento da pressão abdominal sem defecar e durante a defecação.

Finalidade: - Estudo de lesões funcionais da ampola rectal ou alterações da musculatura perineal, que possam

interferir na defecação.- Diagnóstico de prolapso, incontinência, rectocelo e discinésias (dificuldade na motilidade) do músculo

puborectal.

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Page 94: Sebenta de Radiologia

12. Estudo radiológico do tracto biliar

Estudos não contrastados

Radiografia abdominal simplesFinalidade:- Verificar a existência de densidades cálcicas – cálculos radiopacos- Calcificações da vesícula biliar (“vesícula de porcelana”)- Aerobilia

Face PA- Pode ser localizada no hipocôndrio direito (raio central perpendicular a incidir na linha médio-clavicular ao

nível da décima primeira costela; chassi: 24x30cm no sentido transversal) ou à globalidade do abdómen (raio central perpendicular e horizontal a incidir ao nível do rebordo costal inferior no plano médio sagital; chassi: 35x43cm).

Obliqua Anterior Esquerda- Decúbito ventral, rodar 20 a 40º. Esta incidência serve para desprojectar a vesícula do gás presente no

cólon e/ou da sombra renal; chassi: 24x30cm.

Estudos contrastados

Colecistocolangiografia endovenosa (desuso)- Método de opacificação indirecto de toda a árvore biliar mediante a injecção endovenosa, muito lenta de

contraste iodado hidrossólúvel.- Actualmente foi substituída pela ECO, CPT e CPRE.

Preparação:- Limpeza intestinal prévia e jejum.- Radiografias em decúbito em OPD, após a radiografia simples localizada ao hipocôndrio direito.

Tempos radiográficos:- Radiografia simples aos 10 minutos, depois de 10 em 10 minutos até à opacificação máxima da árvore

biliar (30 a 40 minutos).- Por fim realizam-se cortes tomográficos.

Colangiografia per-operatória- Método de opacificação directo das vias biliares por punção directa.

Contraste: tri-iodado hidrossolúvel não-iónico diluído a 50% (dependendo do equipamento de radioscopia).

Preparação: Limpeza intestinal prévia e jejum

Objectivo: Estudo da permeabilidade das vias biliares para verificar a existência de cálculos.

Dinâmica do exame:- Realizado no bloco operatório com equipamento de arco em “C”.- Radiograma simples seguindo-se de vários radiogramas em decúbito dorsal com diferentes graus de

repleção (decisão médica). Eventualmente, podem ser realizadas oblíquas e perfil. (radiograma: imagem adquirida por radioscopia)

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Page 95: Sebenta de Radiologia

Colangiografia pós-operatória ou por dreno de Kehr (tubo em T)- Método de opacificação directo das vias biliares através da introdução de produto de contraste por dreno.

A colocação deste dreno surge sempre que se verifique ou suspeite de cálculos na árvore biliar e que não é possível a sua remoção cirúrgica.

- Permite a demonstração do calibre e permeabilidade das vias biliares e a presença de cálculos.

Contraste: Tri-iodado hidrossolúvel não iónico diluído a 50% em soro fisiológico.Dinâmica do exame:

- Radiografia simples- Radiogramas com diferentes graus de repleção- Poderão ser realizadas incidências OP e mesmo em Trendelemburg e anti-trendelemburg

Colangiografia percutânea trans-hepática (CPT)- Método de opacificação directo das vias biliares através da punção dos ductos biliares (guiada por ECO ou

radioscopia – ductos dilatados).- Permite o estudo morfológico e a realização de procedimentos de intervenção, como a extracção de

cálculos, a colocação de prótese e a drenagem biliar.

Contraste: Tri-iodado hidrossolúvel, diluído a 50% em soro fisiológicoDinâmica do exame:- Após a radiografia simples e punção dos ductos, são realizadas exposições radiográficas em decúbito

dorsal, demonstrando diferentes graus de repleção.- Poderão ser realizadas incidências OP e mesmo Trendelemburg e anti-trendelemburg.

Nota: centragem ao nível do hipocôndrio direito (linha médio-clavicular – divide a clavícula a meio – ao nível do rebordo costal inferior.

Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE)- Método de opacificação das vias biliares e do sistema exócrino pancreático, através da caracterização da

ampola de Vater, via endoscópica (o endoscópio é introduzido pela boa)- Técnica diagnostica e terapêutica.

Contraste: Tri-iodado hidrossolúvel, diluído a 50% em soro fisiológico.Preparação: JejumTempos radioscópicos:

- Face em decúbito ventral.- Radiografia simples centrada no hipocôndrio direito (fígado) ou região epigástrica (pâncreas) –

consoante a informação clínica- Radiografia em semi-repleção e repleção.- Radiografia final de controlo sem o endoscópio- Poderão ser realizadas incidências OP e mesmo em Trendelemburg e anti-trendelemburg.

Breve referência à colecistostomia- Método de opacificação da vesícula biliar, por punção directa guiada por ECO.- Este procedimento permite a drenagem da bílis da vesícula biliar provocando uma descompressão da

mesma e consequentemente uma melhoria do estado geral. - O controlo é feito passado alguns dias por ECO e/ ou radioscopia.

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Page 96: Sebenta de Radiologia

13. Estudo das Glândulas salivaresSialografia

Estudo contrastado.

Indicações:- Massas palpáveis- Calcificações- Paralisia facial sem causa aparente- Secura da boca com etiologia desconhecida

Contra-indicações:- Processos inflamatórios em estado agudo. Exemplo: parotidite (porque o contraste provoca chamada

de líquidos, o que pode agravar a inflamação)

Localização:Relacionadas com a mandíbula.Submandibular – ao nível dos gónions, abre ao nível do freio da línguaParótidas – abrem ao nível do segundo molar superiorSublinguais – abrem em locais diferentes, são muitos canais

Produtos de contraste:Iodados hidrossolúveis:

- Vantagens: fácil introdução e esvaziamento- Não são muito utilizados; pior imagem

Iodados lipossolúveis: - Desvantagem: muito viscosos- Conseguem-se maiores graus de repleção porque aderem melhor às paredes, logo fornecem melhores

imagens- Permanecem mais tempo na glândula- São os mais usados- Sialografia- Broncografia

Cateterização:- Directa no canal

Produtos de contraste – a cateterização- Quantidade – no máximo 2ml- Introdução do produto de contraste por cateterização (directa) dos canais principais das glândulas em

estudo:- Parótida: canal de Stenon (nível do segundo molar superior)- Submandibular: canal de Wharton (nível do freio lingual)

Fases primordiais da sialografia:- Realização de radiografias simples: duas incidências por glândula a estudar- Fase de preenchimento ou repleção: cinco minutos após a administração do ácido cítrico- Fase de esvaziamento

Para cada fase deverão realizar-se duas incidências, de preferência com controlo radioscópico.Importante: Anotar em cada imagem a fase em que se radiografou e a quantidade de produto de contraste

utilizado.

Material utilizado:Material de consumo clínico:- Seringa de 2ml, cateter em polietileno, luvas esterilizadas, gazes pequenas, dilatadores, limão e foco de

luz para que o médico faça a cateterização.- Realizam-se duas incidências por glândula

Chassi: 18x24cmÉcrans de reforço: universaisFoco: fino

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Page 97: Sebenta de Radiologia

Ampola de contraste lipossolúvelPosto: potter horizontal

Glândula parótida

Incidência de face tangencialPosicionamento:Paciente em decúbito dorsal. Membros inferiores e superiores em extensão.

Puxar ombros para baixo. Alinhar o plano médio sagital.Extensão da cabeça de modo a que o corpo da mandíbula fique

perpendicular à mesa de exames.

Colimar à região de interesse.

Apneia respiratória

Raio central perpendicular a tangenciar a glândula parótida.

Critérios de boa realização:- Glândula no centro de colimação- Enquadramento supero-inferior desde a ATM até ao gonion e lateralmente abrangendo toda a glândula- Valores de exposição adequados

Incidência oblíqua ou DéfilléPosicionamento:Paciente em decúbito dorsal com rotação do corpo para o lado ipsilateral. Membros superiores em

extensão. Plano médio sagital paralelo ao filme. Cabeça ajustada de forma a que haja sobreposição dos gónions. Extensão da cabeça para afastas dos

ombros.

Colimar à região de interesse.

Apneia respiratória

Raio central angulado 25 a 30º caudo-craniano a incidir abaixo do gónion contralateral (3cm) de maneira a emergir no gónion ipsilateral.

Glândula submandibular

Incidência da face tangencialPosicionamento:Paciente em decúbito dorsal. Membros inferiores e superiores em extensão. Alinhar o plano médio sagital.Extensão da cabeça de modo a que o corpo da mandíbula fique perpendicular à mesa.Inclinação da cabeça para o lado a radiografar de 15 a 20º.

Colimar à região de interesse.

Apneia respiratória

Raio central perpendicular a emergir a meia distância entre o gónion e o mento do lado ipsilateral.Incidência oblíqua ou Défillé

Posicionamento:Paciente em decúbito dorsal com rotação do corpo para o lado ipsilateral.

Membros superiores em extensão. Plano médio sagital paralelo ao filme.Cabeça ajustada de forma a que haja sobreposição dos gónions. Extensão da

cabeça para afastar dos ombros.

Colimar à região de interesse.

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Page 98: Sebenta de Radiologia

Apneia respiratória

Raio central perpendicular a incidir a meia distância entre o gónion e o mento do lado contralateral e ligeiramente abaixo.

Outras incidências complementares:Hirtz, perfil estrito, Schuller II (em alternativa para o estudo de face da glândula parótida).

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Page 99: Sebenta de Radiologia

14. Estudo radiológico da mama - Senologia

Incidências fundamentais de um exame de rotina

1- Incidência crânio-caudal

Chassi: 18x24cm ou 24x30cmPosicionamento:Doente em pé ou sentada. Depois de realizada a elevação do seio, de modo a

fazer um ângulo de 90º com a parede torácica, o limite superior do bucky é colocado ao nível do sulco infra mamário ou um pouco mais acima. O seio é “puxado” para a frente na direcção do centro do bucky, ficando o mamilo posicionado de perfil. O braço do lado a radiografar deve ser relaxado e o ombro afastado de zona a estudar. A cabeça roda para o lado contrário a radiografar.

As pregas cutâneas do seio são suavizadas e a compressão é aplicada progressivamente até se atingir a compressão ideal. A marcação da película é colocada do lado axilar do seio.

Protecção: avental de chumbo na cinta

Apneia respiratória

Raio central perpendicular ao chassi.

As zonas cegas (não exploradas) na incidência de face crânio-caudal: quadrantes superior do seio, prolongamento axilar, região externa.

Critérios de boa realização:- Compressão óptima do seio, alto contraste dos diversos tipos de tecidos e óptima resolução de

imagem;- Adequada penetração das áreas densas;- Ausência de artefactos;- Identificação da película com o nome do paciente, a data de execução do exame, o nome da incidência

realizado e o lado radiografado.

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Page 100: Sebenta de Radiologia

2- Incidência oblíqua médio lateralEsta incidência tem a vantagem em relação ao perfil de englobar uma maior quantidade de tecido mamário,

sobretudo a nível posterior do prolongamento axilar mamário.

Chassi: 18x24cm ou 24x30cmPosicionamento:Doente em ortostatismo ou sentada. A paciente deve estar virada para a frente

como na incidência crânio-caudal embora rode levemente o tórax para que o seio contralateral não interfira com o feixe. O braço ipsilateral é colocado para a frente e a mão é apoiado na barra de suporte desse lado.

A ampola e o bucky são simultaneamente angulados a 45º (30º a 60º).A compressão é aplicada progressivamente até se atingir a compressão ideal,

ficando limite superior com o compressor abaixo da clavícula, e o seu limite inferior deve incluir o sulco intramamário.

Raio central entra no seio médio-lateralmente, ou seja, perpendicular ao músculo peitoral do paciente;

Cabe ao técnico escolher o valor do ângulo mais adequado palpando o peitoral e determinando a sua orientação, antes do posicionamento.

Uma paciente longilínea, com o peitoral próximo da vertical, poderá ser melhor examinada com um ângulo de 60º com a vertical, enquanto que uma paciente brevilínea, com o tórax largo e o peitoral horizontal, terá como indicação uma inclinação de 30 a 45º com a vertical.

O músculo peitoral, juntamente com a face lateral da mama adjacente é amplamente mobilizável no sentido medial, devendo o técnico posicionar-se no lado oposto ao que está a radiografar. A margem cubital da sua mão deve fazer deslizar o músculo peitoral, juntamente com a mama em sentido medial e mantê-lo nessa posição em contacto com o bucky, de tal forma que o cavado axilar fique apoiado no ângulo superior do bucky.

Protecção: avental de chumbo na cinta

Apneia respiratória

Raio central perpendicular ao chassi.

As zonas cegas na incidência oblíqua médio lateral: parte alta do quadrante supra-interno.

Critérios de boa realização:- Visualização do sulco inframamário;- Mamilo de perfil e fora do tecido mamário;- Músculo grande peitoral projectado oblíqua e posteriormente ao campo mamário;- O fim do músculo grande peitoral deve ser ao nível do mamilo;- Bom contraste;- Ausência de artefactos;- Ausencia de pregas cutâneas;- Boa exposição

Músculo grande peitoral:Triangular de base superior e vértice inferior projectado ao nível do mamilo posteriormente. Densidade

muito superior ao tecido mamário independentemente do tipo de tecido mamário.

Em determinadas patologias poderá haver aumento dos gânglios axilares.

Incidências complementares

1- Perfil a 90º (médiolateral);2- Perfil invertido (lateromedial);

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Page 101: Sebenta de Radiologia

3- Túnel;4- Localizadas;5- Macrorradiografia;6- Prolongamento axilar

1. Perfil a 90ºChassi: 18x24cm ou 24x30cmPosicionamento:A paciente deve estar virada para a frente do aparelho. O braço do lado a

radiografar é colocado para a frente e a mão é apoiada na barra de suporte desse lado.Pode ser realizado se 2 formas, consoante a localização de lesão a estudar:- Encostando o musculo peitoral ao bucky, se a lesão se encontra nos quadrantes

externos (perfil ML)- Encostando a zona medial do seio ao bucky, se a lesão se encontra nos

quadrantes internosAs pregas cutâneas do seio são suavizadas e a compressão é aplicada

progressivamente até se atingir a compressão ideal.

Protecção: avental de chumbo na cintura

Raio central perpendicular ao chassi.

2. Incidência em túnelPermite observar os quadrantes internos de ambas as mamas em simultâneo.

3. Incidência localizadaUtiliza-se um dispositivo de compressão pequeno.Podem ser executadas em qualquer incidência.Objectivo: Dissocia melhor os tecidos e reduza ainda mais a espessura da porção a estudar; Diminui a área de exposição; Aumenta o contraste e a resolução espacial.

4. Macrorradiografia Foco ultra-fino (0.1 mm) Dispositivo que permite aumentar a DOF e diminuir a DFO Utiliza-se em qualquer incidência Não se utiliza grelha anti-difusora Ar funciona como um filtro

Objectivo: Melhor visualização de microcalcificações agrupadas Melhor definição de nódulos (contornos, conteúdo) Melhor visualização de condensações mal definidas Demonstração de uma lesão que apenas é observada numa incidência Melhor visualização na galactografia, quando existem lesões que ocupam espaços intra-ductais

Mamografia masculina/pós-mastectomia- Incidência obliqua médio-lateralA angulação depende do tipo de paciente (= à das mulheres)

Exame mamográfico a mamas com prótesesLocalização das próteses: - Retro glandulares

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- Submusculares

Incidências Crânio-caudal e OML com a prótese luxada; Crânio-caudal com perfil estrito com a prótese local

A prótese terá de ser luxada porque devido à sua elevada densidade pode ocultar lesões malignas. Apenas serão luxadas as próteses retroglandulares.

Técnica de EklundLigeira compressão sobre o seio e prótese, de seguida a prótese é luxada para trás durante a restante

compressão.A compressão correcta à atingida, excluindo totalmente a prótese.

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- Galactografia

Existem situações em que a radiografia convencional, entendida em termos de simples mamografia é insuficiente para assegurar o diagnóstico.

Para o diagnóstico correcto de lesões quisticas, intraquisticas ou de corrimento mamilar para além dos exames de rotina (exame clínico e mamografia) é necessário lançar mão de outros métodos complementares.

Quando existe escorrência mamilar o radiologista tenta a visualização retrógrada dos canais que determinam esse corrimento, injectando uma substância radiopaca no ducto atingido. Este exame designa-se por galactografia. O produto de contraste é administrado por via retrógrada.

Para a realização deste exame é indispensável uma boa iluminação localizada à mama e mamilo em estudo, e ainda a preparação de todo o material a utilizar, de preferência sem a observação directa da doente.

Material- Kit com dilatadores, uma agulha sem bisel, uma seringa.Os dilatadores usados são de menor para maior calibre, são rombos enão bicudos (para não perfurar o canal).- Contraste iodado hidrossolúvel (o lipossolúvel não pode ser utilizado porque se este entra em circulação

pode causar embolia.).- Compressas, fixador e agua oxigenada.

Neste exame não é possível muita compressão porque o contraste poderá sair com a compressão.

Técnica Assépsia da pele e do bucky Marcação do poro a dilatar o poro Cateterismo e injecção do contraste (1 a 3 cm3)A agulha da injecção de contraste é romba e ligada a um extensor que está ligado à seringa para ganhar

espaço (aumenta a margem de manobra)Cuidado: ao injectar não entra bolha de ar pois vais prejudicar a imagem Realizar 2 incidências (crânio-caudal e perfil estrito ou oblíqua, por vezes podemos ter de realizar as 3)

com compressão moderada (para não sair contraste), aumentar 1 a 2 kV relativamente a mamografia simples;

Evacuação do contraste (tirar tamponamento e comprimir a mama)

Antes da injecção de contraste realizar uma imagem de base.

IndicaçõesCorrimento de um canal galactofilo e quando não se sabem as causas.

Contra-indicaçõesQuando não há escorrência mamilar (porque não se sabe qual é o canal)Corrimento bilateral ou pluricanal (porque as imagens sobrepõem-se)Invaginação mamilar( perigo de perfuração)Existência em exame rádio-clinico de sinais bem evidentes de lesão maligna na mama onde se verifica o

corrimento;Mama com sinais inflamatórias aparentes (mastites)

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- Quistografia gasosa

Método útil para diagnostico de lesões do tipo quisticas e intraquisticas.A doença quistica é mais frequente lesão da mama (principalmente no período pré-menopausico).Traduz-se radiologicamente pelo aparecimento de opacidades nódulas (devido a alterações hormonais, que

levam a uma alteração do tamanho da mama e podem provocar quistos).Imagem hipotransparente - opacidade mais elevada que o resto do tecido com forma de nódulo.Os quistos podem ser: sólidos, líquidos, semi-sólidos, semi-líquidos.

Objectivo: Definir paredes quisticas; Fazer o exame citológico para pesquisa de células neoplásicas; Mesmo efectuando um exame correcto rádio-clinico da mama, é muitas vezes impossível o diagnóstico de

lesões intraquisticas, isto porque à palpação só se pode distinguir o nódulo quistico, não se podendo detectar a formação intracavitária. Actualmente este aspecto é ultrapassado com recurso à ECO;

As lesões malignas podem ser ocultadas por um quisto (anterior ou posteriormente).

Técnica: Esvaziamento completo do quisto com compressão localizada da mama. Se o liquido não for todo

extraído, está criada uma das condições para se vir a verificar a recidiva do quisto (para ter a certeza que o liquido for extraído, o esvaziamento deveria ter controlo ecográfico);

Após aspiração do líquido, faz-se a repleção do quisto com ar (através de uma seringa, o ar aparece como uma imagem hipertransparente);

Duas incidências (crânio-caudal e perfil correcto); Tem um fim diagnóstico e também terapêutico porque o ar ao ser introduzido no fármaco intracavitária,

pois vai secar as paredes e geralmente não torna a ficar preenchido por liquido.

- Estereotaxia

Esta técnica permite localizar lesões intramamárias não palpáveis, que baseia em 2 incidências anguladas (15º para cada lado), e a partir de um cálculo de coordenadas obtido de forma computorizada que permite guiar a agulha até à lesão (com grande certeza).

A grande vantagem é sobretudo em lesões muito pequenas, nomeadamente pequenos agregados de microcalcificações.

Pode ser feita de 2 formas: Com um equipamento especifico que se liga ao mamográfo (mais utilizado); Com uma mesa estereotaxica especial, onde a paciente fica em DV;

- Citologia aspirativa

Exame complementar ligado a área da anatomia patológica, e que consiste na obtenção de um aspirado de lesões mamárias, com a finalidade de se proceder a estudo patológico.

Se a lesão palpável, a aspiração é feita directamente pelo patologista, mediante uma agulha o mais fina possível, uma seringa e um adaptador (punho de aspiração).

Se a lesão não for palpável - realizada com auxilio de esterotaxia.- Core-Biopsy

É uma alternativa à biopsia por excisão cirúrgica tradicional, segura e precisa na recolha de amostras de tecido mamário e com menor custo.

Pode ser realizada com a orientação da ECO ou por estereotaxia (quando as lesões não são palpáveis).104

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Indicações: Categorias 4 e 5 BI-RADS, como por exemplo, calcificações, massas sólidas e densidades assimétricas.

Pode ser realizada por 2 formas: Com uma pistola automática (microbiópsia)Munida de uma agulha chanfrada e inclinada que é impulsionada para penetrar numa lesão, e é seguida por

uma cânula cortante que corta uma amostra de tecido.Desvantagem: Para cada colheita de amostra tecidular é necessário uma nova inserção de agulha. Biópsia por aspiração (sistema ABBI)Agulha com duplo lúmen que é inserida na mama apenas uma vez e permite a recolha de varias amostras.

É um exame rápido e muito preciso, para além de permitir uma rotação e sucção simultâneas.

- Localização pré-operatória

Através da visualização dos mamogramas na incidência crânio-caudal e perfil, referencia-se a lesão em relação ao mamilo e em relação à pele, ou seja adquire-se uma noção bidimensional da localização da lesão.

A incidência: Crânio-caudal – lesão anterior ou posterior Perfil - profundidade que a lesão está da superfície da pele Quadrantes - se a lesão é inferior, superior, interior ou exterior

Em função da localização é introduzida uma agulha que contem no seu interior o arpão. Faz-se então um radiograma num plano para verificar se agulha se encontra na lesão. Se estiver no local, larga-se a referência metálica que se fixa aos tecidos, retirando-se a agulha. Seguidamente, fixa-se à pele o arpão com adesivo e a doente segue para o bloco operatório.

O cirurgião para localizar a lesão, guia-se pelo trajecto do arpão até a mesma, retirando o tecido circundante e a lesão.

- Radiografia da peça operatória

Por razões de segurança manda-se a área de tecido mamário retirado para controlo radiográfico, e informa-se o cirurgião se a lesão foi extraída na totalidade.

A imagem obtida e a peça operatória com o arpão são enviadas para o laboratório de anatomia patológica para análise histológica especialmente na zona referencial ao arpão.

Se a cirurgia optar pela mastectomia total, a localização de lesões são feitas à posteriori da cirurgia. Nesta situação, a mama vem para a radiologia e o radiologista coloca as referências metálicas através da observação das imagens.

Desta forma a anatomia patológica saberá exactamente o local das lesões (o que irá dizer que tipo de carcinoma que depois terá um diferente tipo de tratamento).

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14. Densitometria óssea

Exames por DEXA1. Coluna lombar AP/PA

Posicionamento:- Paciente em DD centrado com o eixo longitudinal da mesa- Suporte sob as pernas (ângulo de 60-90º)- FL (feixe luminoso) centrado na linha média ao nível das cristas ilíacas- Scan desde o meio de L5 a D12 (no entanto só faz a avaliação de L1-L4, podendo L1 ser excluída por ser uma

vértebra de transição)

Critérios de boa realização:- 5 a 10 linhas das cristas ilíacas- Elementos posteriores da coluna- 2,5cm de tecido mole para cada lado da coluna- Scan abrangendo todo de L2 (situação em que L1 é excluída da região de interesse pelo próprio

equipamento)

2. Extremidade proximal do fémurPosicionamento:- Paciente em DD- Membro inferior em estudo em rotação interna (15-30º), paralelo ao eixo longitudinal da mesa)- Lado a analisar é o esquerdo (não dominante)- FL perpendicular ai nível do grande trocanter- Isquion n área de scan entre as 15 e as 40 linhas

Analisam-se diferentes localizações nesta região- Colo do fémur- Triangulo de Ward’s (região rica em osso trabecular; normalmente quando há alterações ao nível da

coluna vertebral também há aqui)- Região trocantérica- Região intertrocantérica- Medida combinada (fémur total)

Critérios de boa realização- A linha média do corpo femural está paralela à margem lateral do scan- As margens proximal, distal e lateral da área de scan devem estar bem localizadas- O espaço entre o isquion e colo do fémur deve ser adequado- A área de scan sem presença de ar

3. Antebraço (punho – frequentemente pedido principalmente quando há artefactos nas outras regiões)Posicionamento.- Paciente sentado lateralmente a mesa, com o cotovelo flectido a 90º- O lado esquerdo é o lado que é normalmente avaliado (não dominante)- O antebraço deve estar rectilinizado e centrado com o campo de exame, estando sobre o centro do suporte

e fixo- FL perpendicular, centrado entre as duas apófises estiloídes do punho

Critérios de boa realização- O antebraço está direito e centrado com o eixo longitudinal da mesa- Inicio do scan desde o fim do carpo- Inclui ambas as apófises espinhosas- Fim do scan cerca de 10 linhas abaixo de 33% do antebraço- Não podem existir artefactos na área de exame

4. Coluna lombar de perfilPosicionamento:- Paciente em DL (se a mesa tiver arco em “C” o paciente fica em DD)

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- Braços e mãos sobrepostos à frente da cabeça- Joelhos flectidos e sobrepostos- Coluna lombar centrada na área a examinar e paralela à mesma- FL perpendicular, centrado ao nível da crista ilíaca

Desvantagens- L4 e L5 podem surgir sobrepostas ao osso ilíaco- L1 e L2 podem surgir sobrepostas às costelas- L3 é a única vértebra que pode ser analisada correctamente, podemos excluir da avaliação a parte do

arco posterior da vértebra, ficando só com o corpo vertebral (rico em osso trabecular)- A avaliação de um só corpo vertebral não faz um diagnóstico correcto, não é significativo (a densidade

das vértebras lombares não é igual)- O exame só efeito quando é expressamente pedido

5. Corpo inteiroPosicionamento:- Paciente em DD centrado com o eixo longitudinal da mesa- Braços ao longo do corpo com as mãos em pronação- Todo o corpo deve ficar dentro da área de scan- Inicio do scan 5 a 8 linhas acima da cabeça e terminar 5 a 8 linhas abaixo dos pés- Feixe luminoso perpendicular

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