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A Anemia Infecciosa Eqüina é uma doençainfecciosa de distribuição geográfica comospolita,medianamente contagiosa causada por um Retrovírus,sendo mais suscetíveis os eqüinos em relação aosasininos e muares que são mais resistentes. A doençapode apresentar caráter agudo, subagudo ou crônico e,neste último caso, a febre é intermitente causada porvariantes mutagênicas do vírus no organismo domesmo animal. As lesões são decorrentes da destruiçãodas hemácias e tecido mesenquimatoso. Uma vezinfectados, os eqüídeos permanecem como portadores avida toda.
ANEMIA INFECCIOSA EQUINA
• A AIE é uma doença dos eqüídeos, contra a
qual não existe até o momento nenhum
tratamento ou vacina.
Agente etiológico• Vírus:
Família: Retroviridae
Gênero: Lentivírus
Os Lentivírus, causam doenças com longo período de
incubação e curso insidioso prolongado.
São inativados por solventes lipídicos, detergentes e pelo
aquecimento a 56oc por 30 minutos.
São mais resistentes à radiação UV e X do que os outros vírus.
Relacionado ao vírus da imunodeficiência humana bovina e felina
(SANTOS E CORREIA 2007).
Histórico• Estudos inicias da doença: França em 1843 (Cicco, 2007).
• Anginiard (1859), constatou o caráter contagioso da doença.
• Primeira demonstração de doença virótica em 1904/1907.
• Brasil: Manente e col. primeira referência em 1954, estado de
São Paulo. (achados clínicos, necroscópicos e isolamento do
vírus).
• 1967: primeiros casos sugestivos diagnosticados, “em puro
sangue inglês”
• 1968: baixadas as primeiras normas de controle, dirigidas a
animais de entidades hípicas e turfísticas. Morte de sacrifício
de 190 animais
• 1974: novo pico de mortalidade (teste de Coggins).
Epidemiologia• Distribuição mundial, exceção continente Antártico.
• Nas áreas endêmicas prevalência de até 70% equídeos adultos;
• Segundo MAPA, entre 1999-2007 Nº focos vem aumentando e Nº
de soropositivos diminuindo.
• Agentes transmissores: Tabanus sp.; Stomoxys calcitrans (vetores
mecânicos). Agente sobrevive curto período de tempo no aparelho
bucal das moscas.
• Transmissão mais comum nas épocas quentes do ano e em regiões
úmidas e pantanosas.
• Infecção iatrogênica: agulhas, instrumentos cirúrgicos, transfusões,
apetrechos de montaria etc.
• Infecção vertical durante a gestação.
• Período de incubação pode chegar a três semanas.
Sinais clínicos• Forma aguda;
• Forma sub-aguda;
• Forma Crônica;
• Forma inaparente (praticamente 100% dos casos observados
na região do Vale do Ribeira).
ANEMIA INFECCIOSA EQÜINA
Responsável : Vera Lúcia Nascimento Gonçalves
Sabrina Latorre
e-mail: verag @ cda.sp.gov.br
LEGISLAÇÃO FEDERAL
• Decreto Nº 24.548, de 03 de julho de 1934 (Regulamento de DSA)
• Portaria n° 200 (18/08/1981) - Inclui a AIE na relação de doenças passíveis de aplicação de medidas de defesa sanitária animal
• Portaria Nº 77, de 28 de setembro de 1992 (revogada)
• Instrução de Serviço Nº 001/2003/DOI/DIPOA (Procedimentos para o abate de eqüídeos)
• Instrução Normativa Nº 16, de 18/02/2004 (revogada)
• Instrução Normativa Nº 45, de 15/06/2004
(Normas para a prevenção e o controle da AIE)
LEGISLAÇÃO ESTADUAL
• Lei 10.670, de 25 de outubro de 2000
• Decreto 45.781, de 27 de abril de 2001
“Medidas de Defesa Sanitária Animal no Estado de São Paulo”
• Decreto 45.782, de 27 de abril de 2001
“Projetos de controle da Anemia Infecciosa Eqüina e da Raiva, e erradicação da Febre Aftosa”
• Resolução SAA Nº 1, de 17 de janeiro de 2002
Anexo I – “Normas para execução do Projeto de Controle da AIE
no Estado de São Paulo”
www.cda.sp.gov.br
Estrutura
Coordenadoria Defesa Agropecuária
Grupo de Defesa Sanitária Animal
Centro de Defesa Sanitária Animal
Centro de Análise e Diagnóstico
40 Escritórios Defesa Agropecuária - EDAs
Como é feito o controle da AIE?
1. ATUAÇÃO NOS FOCOS
a) Notificação: pelos laboratórios de diagnóstico credenciados
pelos levantamentos oficiais do serviço estadual
pelos serviços municipais.
b) Interdição de propriedades.
ATUAÇÃO NOS FOCOS
c) Adoção de medidas saneadoras:
-levantamento sorológico do foco, peri-foco e propriedades
envolvidas - CAD.
-sacrifício dos reagentes positivos
(anestésicos e T 61).
-realização de dois exames consecutivos
de todo efetivo eqüídeo – negativos.
d) Desinterdição da propriedade.
B) CONTROLE DO TRÂNSITO EQÜÍDEO
Definição de “Trânsito” = transporte de animais de
peculiar interesse do estado, à pé ou embarcado (aviões,
navios e embarcações, caminhões, etc.), em que fique
caracterizado o transporte do animal pelo homem.
É feito por equipes de
fiscalização volantes e
nos postos de barreira
sanitária.
- Guia Transito Animal
- Exame de AIE
- Nota fiscal (interestadual)
- Influenza Equina (interestadual –
averiguar a necessidade)
Exigências:
C) CONTROLE DE EVENTOS (feita pelos EDAs)
Fiscalização de locais de concentração de eqüídeos.
Exigências: GTA, Exames Negativos de AIE.
D) EDUCAÇÃO SANITÁRIA
COMO EVITAR A DOENÇA (AIE)?
- Realização do exame de IDGA 1-2 vezes por ano.
- Exigir exame quando for adquirir, vender ou cruzar animais.
- Participar somente de eventos autorizados e controlados.
- Utilizar agulhas e seringas descartáveis ou esterilizadas.
- Combater insetos, principalmente mutucas e moscas nos
estábulos.
Ano 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Número de animais
positivos
195 189 114 108 106 120 166 158 119
Número de animais
examinados
3963 3144 3311 3046 3007 3517 3876 2.840 3236
Porcentagem de positivos 4,9 6,0 3,4 3,5 3,5 3,4 4,3 5,6 3,7
Número de casos positivos em relação ao
número de animais examinados (9 anos) – CAD*
População equídea estimada em São Paulo = 431.979 mil
Em 2009: 3,7 % positivos = 0,027% da pop. existente (< 0,1 %)
* Exames realizados em focos e peri-focos
EDA de Registro, eqüinos positivos para AIE, no período de 1997 a 2008, com média de 76 positivos por ano.
Município
Bovino
s
Bubali
nos
Eqüin
os
ovi/cap
rinos
Suíno
s
Barra do
Turvo 14132 3531 652 282 445
Cajati 10113 125 315 196 98
Cananéia 1789 215 78 21 32
Eldorado 19615 279 698 192 722
Iguape 7878 4339 359 244 892
Iporanga 3719 95 326 138 238
Itariri 1290 0 78 195 94
Jacupiran
ga 10661 40 302 323 265
Juquiá 8202 69 184 167 1140
Miracatu 5067 24 205 226 218
Pariqüera
-Açu 4925 3085 157 148 519
Pedro de
Toledo 2089 46 101 135 341
Registro 15412 3938 508 452 483
Sete
Barras 14515 2536 603 263 899
Total 119407 18322 4566 2982 6386
EDA Registro – focos entre 2008 e 2011
2008: 2 focos (Pariquera-Açu, Pedro de Toledo);
2009: 5 focos (Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, P. Açu e Registro);
2010: 6 focos (Barra do Turvo, Iguape, Eldorado, 2 P. Toledo, Sete Barras); e
2011: 11 focos (2 Itariri, Jacupiranga, 2 Juquiá, 4 P. Toledo, 2 Registro).
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