secretaria de desenvolvimento social, criança e juventude · -história do brasil –boris fausto...
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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA
INDICADORES PARA DIAGNÓSTICO E
ACOMPANHAMENTO DO SUAS E ESTRATÉGIAS DE
ENFRENTAMENTO À POBREZA
CURSO
Facilitador(a): Brigida Taffarel
Módulos Unidades Temas
Módulo I: VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL NO SUAS
1
A pobreza no Brasil e as formas do seu
enfrentamento / Conceito e Conjuntura de
Vulnerabilidade
2Breve Histórico da Assistência Social / Gestão do
SUAS com foco em Vigilância Social
3 Diagnóstico Socioterritorial e Planejamento no SUAS
Módulo II: INDICADORES E FONTES DE DADOS
4 Fontes de dados e indicadores sociais
5 CadÚnico
6 Censo SUAS
Módulo III:INSTRUMENTOS E APLICAÇÃO
7Ferramentas de gestão da informação para
diagnóstico
8
O diagnostico socioterritorial no planejamento das
ações do SUAS e estratégias de enfrentamento à
pobreza
Objetivos Gerais
1. Elevar a capacidade teórica dos profissionais que atuam no âmbito do SUAS através da elevação das capacidades psíquicas superiores;
2. Qualificar e fortalecer a política de Assistência Social frente aos desafios colocados na conjuntura atual;
Objetivo
Específico
Preparar gestores e técnicos de assistência social para a realização de diagnósticos sobre a realidade socioeconômica e a dimensão da pobrezanos seus municípios
Ou seja,
Qualificar a intervenção dos participantes na resolução de problemas dos seus municípios, diagnosticando sua população e seu território de forma aprofundada, a partir do conjunto de ferramentas e fontes de informações disponíveis no Portal da SAGI-MDS.
• A implementação das políticas está sujeita ao papel crucialdesempenhado pelos agentes (VOCÊS) encarregados de colocá-la em ação!!!(Paulo Januzzi)
POR QUE QUALIFICAR?
? ? ? ?• Motivações para a escolha
do Curso
• Apresentações individuais
• O que o perfil do Grupo nos
sinaliza sobre o
desenvolvimento do curso?
Construindo o Perfil do
Grupo
Critérios para reflexão
As exigências da reflexão filosófica sãoapresentadas por Saviani (2009, p. 20)
Radical, o que significa ir a raiz da questão, atéseus fundamentos, em profundidade;Rigorosa, o que significa procedersistematicamente, segundo um métododeterminado, questionando generalizações esenso comum;De conjunto, o problema não pode serexaminado de forma fragmentada, parcial, masinserido no contexto, em função do conjunto,ampliando a visão de totalidade = VÁRIASDETERMINAÇÕES
1. CONSTATAR O REAL CONCRETO – AVALIAR ASITUAÇÃO EM SUA TOTALIDADECOMPREENDENDO SUAS CONTRADIÇÕES;
2. COMPREENDER, EXPLICARCIENTIFICAMENTE/TECNICAMENTE ASDETERMINAÇÕES, TOMAR UMA POSIÇÃOPERANTE A SITUAÇÃO DIAGNÓSTICADA;
3. PROPOR - POSSIBILIDADES SUPERADORASCONSIDERANDO A CONDIÇÃO INDIVIDUAL ECOLETIVA DO SUJEITO (PROJETO HISTÓRICODA CLASSE TRABALHADORA).
Método proposto considera:
- Pois o processo educativo não é neutro (Reforma ensino médio)!
- Precisa ser direcionado para o enfrentamento da exploração capitalista (pobreza, fome, miséria, violações...);
- Processo educativo é determinante para a emancipação humana = desenvolvendo funções psíquicas superiores*.
SÓ NESSE SENTIDO O CONHECIMENTO SE TORNA TRANSFORMADOR
- Sensação- Percepção- Atenção- Memória- Linguagem- Pensamento- Imaginação- Emoção/sentimento.
Psicologia Histórico-cultural: Ligia Martins
Como a realidade objetiva é transformada em existência subjetiva?
FUNÇÕES
PSÍQUICAS
As funções psíquicas superiores são capacidades humanas conquistadas culturalmente (Psicologia Histórico
Cultural)
X
Desenvolvimento como processo natural!(Psicologia tradicional)
LIGIA MARTINS:- Os homens não nascem humanos!- Humanização: conquista das características que lheconferem a condição de ‘ser humano’ !
“O trabalho educativo é o ato de produzir,direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular,a humanidade que é produzida histórica ecoletivamente pelo conjunto dos homens” (Saviani,2003, p. 13)
VÍDEO 1 e 2
- DESENVOLVIMENTO INFANTIL- ESCOLA PRECÁRIA
• Conhecimento para a Transformação
• “A mais perversa armadilha da alienação é acreditar que sempre foi assim e, portanto, sempre será assim”. (Mauri Luis Iase / UFRJ)
• Momento de conhecimento é, portanto, um momento subversivo em sua essência (Max Beer, História do Socialismo)
O VALOR DO
CONHECIMENTO
Programa que integra a Política de EducaçãoPermanente do SUAS (estabelecida naRESOLUÇÃO do CNAS Nº 4, DE 13 DE MARÇODE 2013, por efeito da NOB RH) emperspectiva de :
a. Consolidação de um modelo de atençãocidadã na perspectiva do direito.
b. Desprecarização do trabalho, dostrabalhadores e agentes sociais do SUASatravés do esforço coletivo e integrado.
c. É espaço de trocas e debates quepermitam aos participantes suspenderseu cotidiano e reconstruí-lo à luz deconceitos e paradigmas.
CapacitaSUA
S
No sentido de fortalecer:
- Capacidade de análise de conjuntura do modelo social
produtor de exclusões;
- Compreensões
- Práticas que busquem a emancipação e autonomia dos
sujeitos!!! “A educação não muda o
mundo. A educação muda
o homem, o homem muda
o mundo”Paulo Freire
Vulnerabilidade
Vigilância Socioassistencial
IndicadoresPobreza
Planejamento,Monitoramento
e AvaliaçãoDiagnostico Socioterritorial
Neste Curso...
Unidade 1A POBREZA NO BRASIL E AS
FORMAS DO SEU ENFRENTAMENTO / CONCEITO E
CONJUNTURA
Bibliografia
Filmes: - Desmundo – Alain Fersnot. Brasil 2003- Chico Rei – Walter Lima Jr. Brasil 1985.- Memórias do Cárcere – Nelson Pereira dos Santos- Jango – Silvio Tendler. Brasil, 1984.- Terra para Rose.Livros:- “Questão Social” – particularidades no Brasil – Josiane Soares
Santos.- História do Brasil – Boris Fausto- História Econômica do Brasil – Caio Prado Júnior- Formação Econômica do Brasil – Celso Furtado.- Os despossuídos: crescimento e pobreza no país do milagre –
Sérgio Henrique Abranches.
• O QUE É POBREZA???
• Descrever em tarjetas o conceito de pobreza!
CONCEITUANDO POBREZA
• a incapacidade dos indivíduos terem uma condição de vida adequada em decorrência dos baixos rendimentos auferidos.
• É também a privação de necessidades básicas = VULNERABILIDADE.
• A pobreza tem caráter multidimensional.
• “Pobres” são aqueles que, de modo temporário ou permanente, não têm acesso a um mínimo de bens e recursos, sendo excluídos em graus diferenciados da riqueza social.
• Ponto de partida: Gênese da formação social brasileira = QUESTÃO SOCIAL (Objeto da Política de Assistência Social)
1. Brasil Colônia (1500-1822)
- Dependência da Metrópole com objetivo de atender aos seus interesses comerciais voltados para o mercado CAPITALISTA primitivo externo europeu (mercantilismo) (Caio Prado Jr.)
- Brasil era FORNECEDOR MATÉRIA PRIMA
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
INFORMAÇÕES
PERÍODO COLONIAL: Havia entre 3 e 5 milhões de indígenas no Brasil
ATUALMENTE / IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística):- Pessoas que se consideram
indígenas: 734.131 mil pessoas- Pessoas vivendo em reservas:
385 mil pessoas.
POP INDIGENA
COLONIA ATUAL
POPULAÇÃO INDIGENA EM PERNAMBUCOIBGE/2010
MUNICÍPIO POP MUNICÍPIO URB MUNICÍPIO RURAL
PESQUEIRA 9335 PESQUEIRA 4048 PESQUEIRA 5287
TACARATU 4095 RECIFE 3665 TACARATU 3635
CARNAUBEIRA P. 3961 ÁGUAS BELAS 3236 CARNAUBEIRA P. 3249
ÁGUAS BELAS 3675 JABOATÃO 1513 JATOBÁ 2614
RECIFE 3665 CABROBÓ 1151 CABROBÓ 2488
CABROBÓ 3639 PETROLÂNDIA 1137 IBIMIRIM 1703
JATOBÁ 3010 OLINDA 941 INAJÁ 1555
PETROLÂNDIA 2157 PAULISTA 830 SALGUEIRO 1480
SALGUEIRO 2040 CARNAUBEIRA 712 FLORESTA 1229
IBIMIRIM 1901 MIRANDIBA 656 PETROLÂNDIA 1020
TOTAL 37.478 16.738 24.260
http://indigenas.ibge.gov.br/graficos-e-tabelas-2.html
INDICADOR DE COMO ESTÁ SENDO TRATADA A QUESTÃO INDIGENAS
TEMER: Extinção da reserva nacional de cobre e seus associados(RENCA) abrindo o território a empresas mineradoras interessadas na exploração de ouro, ferro manganês e tântalo = nesse local existem dois territórios indígenasTEMER: Revoga decreto de demarcação das terras. indígenas... “esse governo é mesmo subserviente do poder econômico vinculado ao agronegócio”. TEMER: Assinou um parecer que pode bloquear novas demarcações de terras indígenas = só poderão ser demarcadas áreas ocupadas pelos índios até a data da Constituição Federal (1988) ... “aceno à bancada ruralista”.
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/21/politica/1500589783_221019.htmlhttp://cartacampinas.com.br/2017/08/governo-temer-acaba-com-reserva-e-poe-em-risco-biodiversidade-e-indigenas/
• Ponto de partida: Gênese da formação social brasileira
1. Brasil Colônia (1500-1822)
- A ocupação ocorreu para evitar contrabando e necessidade de explorar riquezas no interior uma vez esgotada a exploração do Pau Brasil na costa.
- Divisão da terra em grandes latifúndios(Cesmarias)
- Europa: faltavam trabalhadores em decorrência, por exemplo, da PESTE!
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
• Ponto de partida: Gênese da formação social brasileira
1. Brasil Colônia (1500-1822)
- Caio Prado Jr.
a) Colonização Brasil: Baseada na exploração comercial predatória e extensiva = grandes comerciantes, faltava mão de obra = recorreu ESCRAVIDÃO.
b) Colonização (América Norte-ingleses): Extensão de suas cidades de origem, guardando AFINIDADES, SEMELHANÇAS = trabalhadores para construção desse NOVO MUNDO.
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
1. Brasil Colônia (1500-1822)
- Áreas colonizadas: litoral, sudeste e sul do Brasil. Norte até hoje guarda um baixa densidade populacional.
- Metrópole não investia na produção = explorava e abandonava, mudava (açúcar, cacau, minérios, café...). Descaso com educação: só em 1776 surge escola nas grandes cidades.
CONSEQUÊNCIA:
- Sem investimento no melhoramento da produção e esgotamento das áreas exploradas, escravidão, grande latifúndio.
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
-....soma-se a isso: O fato de agricultura de subsistência não interessava, porque não era voltada para dar LUCRO ao capital = causando FOME e DESNUTRIÇÃO;
ENTRETANTO,
- Até hoje não é latifúndio que alimenta o Brasil. Latifúndio ébaseado no monopólio!
- Agricultura familiar responde por cerca de 70% dos alimentos consumidos em todo o País
- mandioca (87%), feijão (70%), carne suína (59%), leite (58%), carne de aves (50%) e milho (46%)
(portal País/GF em 24/07/2015)
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
- O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) criado em 1999, e implantado na safra 2000/2001.
= 2002/2003 os recursos aplicados cresceram 869%. = 2003/2014
= 2002/2003: seguro especial denominado “Garantia Safra” famílias semiárido= 2003: Programa de Aquisição da Agricultura Familiar – PAA, assegura compra de produtos das famílias cadastradas para formação de estoque estratégico de alimentos, ou para doação a famílias em extrema pobreza. = 2005: Pela primeira vez, Seguro Rural para Agricultura Familiar
ALGUNS ELEMENTOS QUE INDICAM O RUMO DESSA
PROSA:
MAIS INFORMAÇÕES QUE NOS INDICAM OS RUMOS HISTÓRICOS PRIORITÁRIOS PÓS
GOLPE
Para o debate: Observem os dados do Orçamento 2018 e analisem qual o cenário
para a população dos seus municípios!!!
Proposta de Lei Orçamentária 2018OBTENÇÃO DE TERRA PARA A REFORMA AGRÁRIA
800.000.000
333.401.507
257.023.985
34.291.986
0
100.000.000
200.000.000
300.000.000
400.000.000
500.000.000
600.000.000
700.000.000
800.000.000
900.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018 - Cortede 86.7%
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXT. RURAL PARA A REFORMA AGRÁRIA
355.367.085
199.571.831
85.403.482
12.636.521
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
250.000.000
300.000.000
350.000.000
400.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018corte de 85.2%
32.550.000
27.027.196
14.800.000
2.053.682
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 86.1%
Promoção da Educação no Campo
Reconhecimento e Indenização deTerritórios Quilombolas
29.500.000
8.003.248
4.920.000
1.846.611
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 62.5%
ATER para a agricultura Familiar
607.367.389
250.967.667 235.221.780
133.042.299
0
100.000.000
200.000.000
300.000.000
400.000.000
500.000.000
600.000.000
700.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 43.4%
ATER: PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURALaperfeiçoamento do sistema de produção, de mecanismos de
acesso a recursos , serviços e renda de forma sustentável
Promoção e Fortalecimento da Agric. Familiar
83.199.461
64.662.640
38.808.107
10.217.540
0
10.000.000
20.000.000
30.000.000
40.000.000
50.000.000
60.000.000
70.000.000
80.000.000
90.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 73.7%
Apoio à org. econômica e promoção dacidadania de mulheres rurais
18.952.360
9.522.883
11.445.682
3.281.920
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
12.000.000
14.000.000
16.000.000
18.000.000
20.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 71.3%
Apoio ao Desenv. Sust. das Comunidades Quilombolas
Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais
1.790.167
1.288.920 1.268.718
00
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1.800.000
2.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018EXTINTO
Programa de Aquisição de Alimentos – PAA
32.843.942
13.682.203
11.484.028
3.294.750
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de
71.3%
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL
MDS- Inclusão Produtiva Rural / Eixo Plano Brasil sem Miséria (Acesso a serviços e garantia de renda)
213.132.705
70.296.591 68.898.811
32.292.800
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
250.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 53.1%
Distribuição de Alimentos a Grupos Tradicionais:Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais
Específicos (ADA).
78.260.800
42.092.170
250.0000
10.000.000
20.000.000
30.000.000
40.000.000
50.000.000
60.000.000
70.000.000
80.000.000
90.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 99.4%
ação não constouem 2016
•Famílias acampadas que aguardam Reforma Agrária;
•Povos indígenas;
•Comunidades remanescentes de quilombos;
•Comunidades de terreiros;
•Famílias atingidas pela construção de barragens;
•Famílias de pescadores artesanais;
•População de municípios em situação de emergência e/ou
calamidade.
Programa de Aquisição de Alimentos –PAApromover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar
609.360.875
526.829.061
318.627.982
750.0000
100.000.000
200.000.000
300.000.000
400.000.000
500.000.000
600.000.000
700.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 99.8%
Qual o cenário e os desafios para a população dos seus municípios???
Quais as estratégias para o enfrentamento???
• Fim do período colonial (1500-1822)
• Se deu pela necessidade de reestruturação do capitalismo a nível mundial o que exigi o fim da exclusividade de exploração das colônias = industrialização e livre comércio!!!
• Países expoente: INGLATERRA
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
• NESSE PERÍODO A ASSISTÊNCIA AOS POBRES NÃO FOI MERECEDORA DE ATENÇÃO DO ESTADO;
- INDÍOS (DESALMADOS, NÃO ERAM CONSIDERADOS SERES HUMANOS)
- IGREJA VISAVA CATEQUISAR, EVANGELIZAR, HUMANIZAR, DOCILIZAR OS INDIOS
- NEGROS (ESCRAVIDÃO, POSSE) “...alma não tem cor/Zeca Baleiro)”.
- MULHER: FILME: DESMUNDO (Constituição das primeiras famílias brasileiras, violência contra a mulher baseado na relação de posse, escravidão negros e índios - DE 8:15 ATÉ 13:24).
E A ASSISTÊNCIA AOS POBRES????
O QUE INDICA COMO ESTÁ A SITUAÇÃO DA MULHER ATUALMENTE?
a) Entre 1980 e 2013 foram assassinadas 106.093 mulheres.Nesse período o Brasil tinha uma taxa de 4,8 homicídios para cada 100 mil mulheres = a média mundial é de 2/100 mil habitantes.
b) Segundo o estudo "Mapa da Violência 2015", o Brasil é atualmente o 5° país onde mais se matam mulheres do mundo
c) O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Em 2016, foram 127, um a cada 3 dias. Dados são do Grupo Gay da Bahia.
O QUE INDICA COMO ESTÁ A SITUAÇÃO DA MULHER ATUALMENTE?
d) 11 nos lei Maria da Penha: De acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), a Central de Atendimento à Mulher registrou, no ano passado, 1.133.345 atendimentos. O número foi 51% superior ao de 2015.
Simone Henrique, a lei é “um marco civilizatório”, mas ainda não conseguiu atacar uma das matrizes do problema: o machismo!
“A opressão é sistêmica e estrutural nossa sociedade. O que me aflige é que a mudança da lei aprimora a mudança de costumes, mas não muda a cultura, ela é mais um elemento da cultura. Outros atores e agentes precisam se envolver mais”.
O QUE INDICA COMO ESTÁ A SITUAÇÃO DA MULHER ATUALMENTE?
Qual a situação em que vivem as mulheres nos seus municípios?
Quais os nossos desafios e as estratégias para reduzir/acabar com tanta violência?
• POBREZA = FATALIDADE
• ASSISTÊNCIA ESMOLADA: Modelo Português: recolher dinheiro entre os que tinham recursos e aplicar nas obras de misericórdia
• ESTADO ERA UM MERO DISTRIBUIDOR DE ISENÇÕES CLIENTELISTAS
• FORTE INTERVENÇÃO GRUPOS PRIVADOS E RELIGIOSOS
• “HOMENS BONS”
Esses elementos, esse conjunto de informações INDICAM a forma de conceber (teoria) e tratar (método) “questões
sociais”!!
E A ASSISTÊNCIA AOS POBRES????
2. Monarquia (1822-1889)
- Período da independência do Brasil e vinda da família real que fugiu do ataque Napoleão = reordenamento capitalismo internacional*;
- Primeiro ato: Brasil solicita a Inglaterra (que mediou o processo de independência) empréstimo (Dívida Externa) para INDENIZAR Portugal pela perda de sua Colônia (Tratado de Amizade e Aliança).
- Classe social mais importante: grandes senhores agrícolas, base mais forte da economia era o LATIFUNDIO!
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
A partilha territorial do mundo
Guerra na Líbia, 8ª maior reserva de petróleo do mundo: expoente atual da crise
migratória
REORDENAMENTO SISTEMA CAPITALISTA
2. Monarquia (1822-1889)
- O que mudou nesse período: Brasil inserir no mercado internacional para além de Portugal, entretanto...
Pouca exportação e Muita importação... (VIRAMOS MERCADO CONSUMIDOR)
Principal Produto: CAFÉ produzido sob regime de escravidão: muito Lucrativo / sudeste do país = nordeste perde importância econômica e política.
Quando o nordeste passa a ser merecedor de alguma atenção pelo governo federal???
Porque precisamos dessas informações? 3 passos: constatação, explicação, propor como superar
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
2. Monarquia (1822-1889)
- FIM DA ESCRAVIDÃO: mercado internacional precisa de CONSUMIDORES ASSALARIADOS
- Ainda assim, nesse período o Brasil sequer se aproximava de um capitalismo industrial (Europa) = processo produtivo continuava extremamente rudimentar, ou seja, continuávamos sem investimento em maquinário/tecnologia! Mesmo assim, pelo baixo custo nosso café dava muito LUCRO!
- Com a chegada dos imigrantes e o período de crescimento econômico com os lucros do café = Nasce um mercado consumidor assalariado.
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
2. Monarquia (1822-1889)
- Prado Júnior: destaca que “a população marginal, sem ocupação fixo e meio regular de vida era numerosa (escravos sem senhores)...era um elemento desajustado (não se ajusta social e economicamente)...indivíduos desocupados, de vida incerta e aleatória: vadiagem criminosa e prostituição”
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
ORIGEM DO PROLETARIADO INDUSTRIAL BRASILEIRO
2. Monarquia (1822-1889)
- Prado Júnior: O fim da escravidão não eliminou o problema do negro...a escassez de oportunidades...resultam em uma profunda desigualdadesocial da população negra aumentando o preconceito...foi considerado um ser inferior, perigoso, vadio e propenso ao crime, mas útil quando subserviente”
- Decadência monarquia: burguesia cafeeira (econômica) + militares (Deodoro Fonseca/política) = ideias de modernização Brasil.
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
COMO AVALIAMOS A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO OPERÁRIA NO BRASIL
ATLAS DA VULNERABILIDADE SOCIAL: Índice de Vulnerabilidade Social – IVS (Ipea)
- Maior diferença registrada entre negros e brancos residentes em áreas urbanas foi na dimensão Renda e Trabalho: entre 2011 e 2015, mantém a tendência acima dos 50%.
COMO AVALIAMOS A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO OPERÁRIA NEGRA NO BRASIL
ATLAS DA VIOLÊNCIA – (Ipea) - De cada 100 pessoas que
sofrem homicídio no Brasil, 71 são negras. Jovens e negros do sexo masculino continuam sendo assassinados todos os anos como se vivessem em situação de guerra.
• ASSISTÊNCIA DISCIPLINADA:
• AÇÕES CONTINUAVAM FILANTRÓPICAS E A CARGO DE GRUPOS RELIGIOSOS E PRIVADOS, DE HOSPITAIS E ASILOS;
• A CONSTITUIÇÃO DA POPULAÇÃO POBRE ESTAVA ASSIM DISTRIBUIDA:
E A ASSISTÊNCIA AOS POBRES????
Brasileiros do século XIX - 1890
BRANCOS: 44%
PARDOS: 32,4%
INDIOS: 9%
AFRODESCENDENTES: 14,6%
1837
Uma família muito pobre de caboclos na província do Ceará (nordeste brasileiro), 1880
Uma família muito pobre Sertão do Piauí (Nordeste brasileiro).
3. República Velha (1889-1930)
- Presidencialismo, separação Estado / Igreja;
- Poder oligarquias SUDESTE - SUL e Militares
- Modelo econômico: AGROEXPORTADOR
- Capital internacional investe pesado em setores como: FERROVIAS, PORTOS, NAVEGAÇÃO, ELETRICIDADE!!!
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
CONSOLIDAÇÃO DA CONQUISTA DO SISTEMA CAPITALISTA NÃO SÓ DE UM MERCADO CONSUMIDOR, MAS DE UM
ESTADO VOLTADO AOS INTERESSES DO GRANDE CAPITAL
3. República Velha (1889-1930)
- Mão de obra assalariada num modelo econômico agroexportador, com relações e trabalho de extrema exploração = conflitos tratados como CASO DE POLÍCIA.
- Soma-se a isso o crescimento urbano, nova burguesia = fim da república velha
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
4. Governo Vargas (1930-1945):
- Economia: diminuição das importações pelos produtos manufaturados da indústria nacional;
- Não tínhamos dinheiro suficiente para investir em tecnologia para desenvolvimento indústria = governo recorre a EMPRÉSTIMO EXTERNOS.
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
4. Governo Vargas (1930-1945):
- Mas isso permitiu, nesse momento, desenvolvimento econômico com ampliação da intervenção e centralização do poder ESTADO = ESTADO NOVO – Política trabalhista = Getúlio “Pai dos Pobres”. Governo acomoda reivindicações de vários setores sociais.
- Investimento para estruturar a Educação
- Essa centralização incomodou: MILITARES
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
5. Republicano democrático (1945-1964):
- Governo eleito por voto direto = transição hegemonia da burguesia cafeeira para burguesia industrial
- Analfabetos (83%) não votavam, mulher não votava.
- Planejamento Econômico e Controle do Executivo pelo Legislativo;
- Aumento da crise econômico e ineficiência nas respostas do Estado;
- Industrialização pesada no Brasil consolidando o capitalismo como modo de produção brasileiro;
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
5. Republicano democrático (1945-1964):
- Conquista direito de greve (com restrições)
- Brasil tinha 10 milhões de domicílio, sendo 7 milhões de madeira, pau a pique. Apenas 16% tinha água encanada; 25% energia elétrica, 6% dos aparelhos sanitários ligados à rede coletora;
- Alto custo de vida e arrocho salarial = governos conciliatórios e repressivos;
- Investimentos nas empresas públicas com investimentos externos;
- João Goulart tenta aprovar 100% aumento salário mínimo;
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
5. Republicano democrático (1945-1964):
- Militares derrubam Vargas e se sucedem os governos J.J.J. = JQ, JK e JG;
Juscelino Kubitschek
- Forte investimento na indústria nacional COMBINADO com atração do capital estrangeiro (isenções fiscais);
- Afasta o medo do capital estrangeiro da ESTATIZAÇÃO.
- O Estado investe recursos na modernização (tecnologia e equipamentos) da indústria nacional que está sob controle do capital privado;
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
5. Republicano democrático (1945-1964):
Jânio Quadro:
- Proposta de reforma Institucional para o Estado, dentre elas : DESAPROPRIAÇÃO LATIFUNDIO IMPRODUTIVO (Filme: Terra para Rose) e REFORMA DA POLÍTICA TRABALHISTA , SAÚDE E EDUCAÇÃO.
- Não conseguiu: RENUNCIOU
João Goulart:
- Período mais progressista da história brasileira: reformas de base
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
5. Republicano democrático (1945-1964):
João Goulart:
- Reformas de base:
• Reforma agrária• Combate às desigualdades sociais• Extensão do voto aos analfabetos e setores inferiores das
forças armadas• Regulação da remessa de lucro para o exterior• Expansão do Monopólio do PETRÓLEO!
- JG pretendeu alterar: estrutura distributiva de renda!
- Sob o perigo do SOCIALISMO no Brasil: militares GOLPE!!
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
E A ASSISTÊNCIA AOS POBRES????
- ESTADO AUMENTA SUA ATUAÇÃO NA ÁREA SOCIAL COMO RESPOSTA ÀS LUTAS DA CLASSE TRABALHADORA E AOS MOVIMENTOS SOCIAIS QUE SURGEM COM O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA CAPITALISTA INDUSTRIAL, AINDA QUE DE FORMA RESTRITA;
- “CIDADANIA REGULADA”: TERIA ACESSO À PROTEÇÃO SOCIAL DO ESTADO APENAS UM PEQUENO GRUPO DE TRABALHADORES REGULARIZADOS CONFORME OS REQUISITOS LEGAIS DEFINIDOS PELO ESTADO = MINISTÉRIO DO TRABALHO E CLT;
E A ASSISTÊNCIA AOS POBRES????
- TINHA DIREITO À PROTEÇÃO SOCIAL AQUELES QUE CONTRIBUIAM = CONTRIBUTIVA;
- FICAM DE FORA; AUTÔNOMOS, DOMÉSTICAS, RURAIS;
1935 (IBGE) = existiam 11.880.000 de trabalhadores no país. destes, 8.860.000 era da área rural
1935 (IBGE) devido crise internacional capitalismo, muitos trabalhadores entraram na informalidade: 2/3 da pop ativa do país:
- todos da agricultura
- 50% daqueles na área urbana
- 45% da pop ativa de SP
E A ASSISTÊNCIA AOS POBRES????
- CNSS (Conselho Nacional de Serviço Social) formado por pessoas ligadas a filantropia = regulamentou a filantropia!
- LBA (Legião Brasileira de Assistência) enquanto estrutura do Estado para dar conta incialmente dos pracinhas, passa a cuidar daquela imensa massa de trabalhadores pobres: informais/desempregados/incapacitados
- Instituído PRIMEIRO DAMISMO e incentivado o voluntariado feminino
- Fundada a primeira Escola de Serviço Social para profissionalizar essa atuação do Estado junto aos operários pobres.
6. Ditadura Militar:
- Militares se consolidam como ÁRBITROS da política nacional;
- Solicitam ao Congresso poderes para a “Limpeza ideológica” no país: ATOS INSTITUCIONAIS (Hoje: Emendas Constitucionais, Reformas);
- Reprimiu setores que se destacavam como nacionalistas e de esquerda: estudantes, universidades, ligas camponesas e sindicatos;
- Alto investimento áreas rurais (latifúndio) do sul e sudeste.
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
6. Ditadura Militar:
- Economia: para conter inflação: ajustes impopulares...mas quem estava livre para reclamar???
- A qualquer tentativa de resistência: aumentava repressão do Estado;
- Milagre econômico para a burguesia industrial e classe média: recursos FMI!!
- 1978/79: SINDICATOS RURAIS, LIGAS CAMPONESAS, PASTORAL DA TERRA, MOVIMENTO OPERÁRIO SETOR AUTOMOBILISTICO (ABC Paulista): ANISTIA
- PT, PDT, CUT E CGT.
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
6. Ditadura Militar:
- Quadro para a derrocada da ditadura:
• Surto de desemprego industrial
• Pressão sobre os gastos públicos e programas sociais
• Inflação chegou a 223%
• PT chama eleições diretas já, massas aderem
• 1984: comícios históricos!
A POBREZA NO BRASIL - PARTICULARIDADES
E A ASSISTÊNCIA AOS POBRES????
- Burocratização dos critérios de atendimento à população excluída;
- Ampliação da previdência social com a criação do FUNRURAL estende a assistência aos trabalhadores do campo:
“ não esqueçam que isso decorre da consolidação do sistema capitalista industrial extremamente explorador que
implica no fortalecimento da lutas dos trabalhadoresatravés dos SINDICATOS RURAIS, LIGAS CAMPONESAS, PASTORAL DA TERRA, MOVIMENTO OPERÁRIO SETOR
AUTOMOBILISTICO (ABC Paulista)”.
E A ASSISTÊNCIA AOS POBRES????
- 1988 CONSTUIÇÃO FEDERAL: Abre a possibilidade de romper com assistencialismo e construirmos uma sociedade/Estado que GARANTA DIREITOS!
- Isso implica numa mudança na forma de GESTAR o Estado não mais com foco na manutenção dos privilégios da burguesia e interesses do Capital, mas distribuir renda, prover condições dignas de existência para todos e ERRADICAR A POBREZA!
- Temos condições de avaliar se o projeto constitucional foi implantado em nosso país??
- Quem vai indicar até onde chegamos na erradicação da pobreza e melhoria da qualidade de vida??
Provocação... Reflexão Coletiva
Questão: A “face da ajuda” aos pobres mudou
verdadeiramente? Ou as estratégias do sistema capitalista se aprimoraram? Quão frágeis são as
conquistas da classe trabalhadora?
INDICADORES COMPARATIVOS ENTRE PROJETOS DE GOVERNO
INDICADOR 2002 2013
PIB R$ 1,48 trilhões (02) R$ 5,3 trilhões(13)
Lucro do BNDES R$ 550 milhões R$ 8,15 bilhões
Lucro do Banco Brasil R$ 2 bilhões R$ 15,8 bilhões
Safra Agrícola 97 milhões toneladas 188 milhões toneladas
Empregos Gerados 627 mil/ano 1,79 milhões/ano
Taxa de Desemprego 12,2% 5,4%
Valor Mercado da Petrobras R$ 15,5 bilhões R$ 104,9 bilhões
Lucro médio da Petrobras R$ 4,2 bilhões/ano R$ 25,6 bilhões/ano
INDICADORES COMPARATIVOS ENTRE DOIS PROJETOS DE GOVERNO REPRESENTADOS POR DOIS PARTIDOS
INDICADOR 2002 2015
Salário Mínimo R$ 200 $ 788 (2015)
Posição Economias Mundo 13ª 7ª
PROUNI - 1,2 milhões de bolsas
Passagens Aéreas Vendidas 33 milhões 100 milhões
FIES (Ensino Superior) - 1,3 milhões de pessoas
Minha Casa Minha Vida - 1,5 milhões de famílias
Ciência Sem Fronteiras - 100 mil
Brasil Sem Miséria - Retirou 22 milhões da extrema pobreza
INDICADORES COMPARATIVOS ENTRE DOIS PROJETOS DE GOVERNO REPRESENTADOS POR DOIS PARTIDOS
INDICADOR 2002 2015
Criação de Universidades Federais - 18
Criação de Escolas Técnicas - 140
Taxa de Pobreza 34% 15%
Taxa de Extrema Pobreza 15% 5,2%
Índice de Desenvolvimento Humano 0,669 (2000) 0,730 (2012)
Mortalidade Infantil 25,3 12,9
CRAS 464 (2003) 7446 (2012)
CREAS 305 (2003) 5460 (2012)
INDICADORES COMPARATIVOS ENTRE DOIS PROJETOS DE GOVERNO REPRESENTADOS POR DOIS PARTIDOS
INDICADOR 2002 2013
Gastos Públicos em Saúde R$ 28 bilhões R$ 106 bilhões
Gastos Públicos em Educação R$ 17 bilhões R$ 94 bilhões
Estudantes no Ensino Superior 583.800 (03) 1.087.400 (12)
Pessoas saíram da miséria (n/t) 42 milhões
FONTES:http://www.dpf.gov.br/agencia/estatisticashttp://www.washingtonpost.comOMS, Unicef, Banco Mundial, ONU e Ministério da Educaçãoíndice de GINI: http://www.ipeadata.gov.brIBGE, Banco Mundial, Notícias, Informações e Debates sobre o Desenvolvimento do Brasil: http://www.desenvolvimentistas.com.br
Investimento Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)
11,4
14,3
18,3
22,6
24,3
29,1
34,3
38,9
43,2
55,1
62,8
68
0 10 20 30 40 50 60 70 80
2003
2004
2005
2206
2207
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
INDICADORES ATUAIS
NOTA CNAS = FIM DO SUAS
-
NOTA TÉCNICA 27 – IMPACTOS DO NOVO REGIME FISCAL PARA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
REDUÇÃO INVESTIMENTOS PRIMEIRO ANO: 8%REDUÇÃO INVESTIMENTO EM VINTE ANOS PODEM CHEGAR: 54%
- Poderá comprometer avanços realizados combate à pobreza e à desigualdade, e à promoção da cidadania inclusiva;
- poderá impor uma descontinuidade na oferta socioprotetiva;
- Desconsideram o aumento de pessoas em situação de pobreza, desemprego, envelhecimento da população.
REVINDICAÇÕES/DESAFIOS AMEÇA
AMPLIAÇÃO DE DIREITOS RETIRADA DE DIREITOS
ADEQUAR A OFERTA À DEMANDA
IGNORAR A DEMANDA E “FAZER O QUE É POSSÍVEL”
DEFENDER A CONSTITUIÇÃO RASGAR E REMENDAR A CONSTITUIÇÃO PARA ADEQUA-LÁ AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA SUPERAR A “CRISE”
CONSEQUÊNCIAS
- DESEMPREGO (IBGE): Desemprego no Brasil no primeiro trimestre 2017 é de 13,7% e atinge 14,2 milhões de trabalhadores
- Pernambuco: 13,3% (migrações para os centros urbanos, aumento vulnerabilidades)
- OIT (Organização Internacional do Trabalho) = De cada 3 desempregados no mundo, um é do Brasil.
CONFERÊNCIAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PRECISARAM MUDAR A PERSPECTIVA DO DEBATE
• 2014: Saímos do MAPA DA FOME - ONU;
• 2017: Relatório preparado por mais de 40 entidades da sociedade indica que o Brasil está voltando a integrar o Mapa
da Fome.
• Francisco Menezes, do Ibase e da ActionAid, que participou da construção do relatório elenca as seguintes causas:
- Exclusão de famílias do Bolsa Família, iniciada ano passado;
- Redução do valor investido no Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar, que compra do pequeno agricultor;
- O desemprego e a precarização do trabalho (terceirização/trabalho intermitente).
• Suspensão do reajuste do PBF – NOTA REPÚDIO DO CNAS;
Reflexão (I PARTE)
(responda individualmente)
Questão 1: O que caracteriza a questão social no município onde
você vive?
Questão 2:Quem são, atualmente, os grupos mais vulneráveis?
Reflexão(II PARTE)
(responda individualmente)
Questão 3:Em que você baseou suas respostas?
DESAFIO:
1. IDENTIFIQUE, A PARTIR DAS
INFORMAÇÕES EXPOSTAS,
QUAL SEU MUNUICÍPIO
2. ESCOLHER UM INDICADOR, OU
MAIS, E FAZER UMA BREVE
ANÁLISE SOBRE ELE.
Portanto,
- Temos condições de avaliar se o projeto constitucional foi implantado em nosso
país?? Conhecemos, mensuramos nossa realidade??
- O que vai indicar até onde chegamos na erradicação da pobreza e melhoria da
qualidade de vida??
Para reflexão:
- Uma política apenas é capaz de enfrentar todas as dimensões da pobreza
? ? ? ?
- Políticas acontecendo de forma isoladas são
capazes de enfrentar e superar a pobreza? ? ? ?
- Na sua opinião o que é preciso fazer. De que forma
se combate as várias dimensões da pobreza? ? ? ?
O que são INDICADORES?
JANUZZI: Surgem da necessidade de acompanhamentodas transformações sociais e aferição do impacto daspolíticas sociais nas sociedades desenvolvidas esubdesenvolvidas.
- Para isso foram desenvolvidos instrumentos demensuração quantitativos e qualitativos maisespecíficos sobre o bem estar e a mudança social,referentes às condições de vida, da pobreza estruturale outras dimensões da realidade social.
O que são INDICADORES?
- Um indicador social é uma medida em geral quantitativa
dotada de significado social usado para substituir,
quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato;
- Informam algo sobre um aspecto da realidade social ou
sobre mudanças que estão se processando na mesma.
O que são INDICADORES?
- Ferramenta que mede conceitos!!!
E nesse sentido,
- Servem para subsidiar as atividades de planejamento
público e formulação de políticas sociais, possibilitando o
monitoramento das condições de vida e bem-estar.
VÍDEO 1:
PUC COMUNIDADE
https://www.youtube.com/watch?v=gdcYRMza444
(0-5:45)
QUAL A
IMPORTÂNCIA DE
UTILIZAR OS
INDICADORES
• Subsidiar as atividades de planejamento público e
formulação de políticas sociais nas diferentes esferas de
governo;
• Avaliar os impactos ambientais decorrentes da
implantação de grandes projetos;
• Justificar o repasse de verbas federais para a
implementação de programas sociais;
• Atender à necessidade de disponibilizar equipamentos
ou serviços sociais para públicos específicos, por
exigência legal ou por pressão política da sociedade
local;
• Permitem monitoramento por parte do poder público e
da sociedade civil das condições de vida e bem-estar da
população;
• Permitem uma definição mais adequada das
prioridades sociais e da alocação de recursos do
orçamento público;
• Para a construção de diagnósticos sobre a realidade
social, dirigindo o desenho das políticas e programas
como instrumento de medida de eficiência, eficácia,
efetividade e impacto das políticas e programas;
Como se mede a
pobreza no Brasil?
Normalmente pela renda per capita familiar = quanto dinheiro a família ganha por mês, dividido pelo número de integrantes do núcleo familiar.
Podemos considerar como “pobres” as pessoas =- Insegurança alimentar e nutricional - Baixa escolaridade- Pouca qualificação profissional- Fragilidade de inserção no mundo do trabalho- Acesso precário à água, energia elétrica, saúde e moradia.
Como se mede a pobreza no Brasil?
Como se mede a pobreza no Brasil?
A pobreza também pode ser uma categoria política,na medida em que se traduz pela carência (negação)de direitos, de oportunidades, de informações e depossibilidades (Martins, 1991).
PRECISAMOS OLHAR PARA A POBREZA ENQUANTO QUESTÃO SOCIAL NO QUADRO DE CONTRADIÇÃO DO
SISTEMA CAPITALISTA EXCLUDENTE
“Pobres” são aqueles que, de modo temporário
ou permanente, não têm acesso a um mínimo de
bens e recursos, sendo excluídos em graus
diferenciados da riqueza social.
POBREZA
EXCLUSÃO
RIQUEZA
SOCIAL
PERGUNTAS NORTEADORAS DEBATE:
- Uma política apenas é capaz de enfrentar todas as dimensões da pobreza
? ? ? ?
- Políticas acontecendo de forma isoladas são
capazes de enfrentar e superar a pobreza? ? ? ?
- Na sua opinião o que é preciso fazer. De que forma
se combate as várias dimensões da pobreza? ? ? ?
- Utiliza indicadores para além de RENDA E EMPREGO,
- Utilizar indicadores de ACESSO A RECURSOS SOCIAIS que interferem no padrão de vida das pessoas: saúde, educação,
transporte, moradia, aposentadoria e pensões, etc.
Enfoque Multidimensional da Pobreza
Extrema Pobreza
É o estado de privação de um indivíduo cujo bem-estar é inferior ao mínimo que a sociedade a qual ele pertence julga obrigada a garantir = MÍNIMO GRAU CIVILIZATÓRIO DE UMA SOCIEDADE.
Ferramenta que mede conceitos!!!
• DIZEMOS QUE A VULNERABILIDADE SOCIAL NÃO É UMA
CONDIÇÃO SÓ DO SUJEITO, MAS PRINCIPALMENTE DO CONTEXTO
ONDE AS DESIGUALDADES SE REPRODUZEM = lugar onde ele vive
e das relações que ele estabelece!
• VULNERABILIDADE = CONDIÇÕES DE ACESSOS E DE RELAÇÕES
QUE SE DESENVOLVEM NO TERRITÓRIO
• PORTANTO É PRECISO TER UM “OLHAR ATENTO” ÀSPECULIARIDADES DOS TERRITÓRIOS, À DIVERSIDADE DEPÚBLICOS, AOS CONTEXTOS DE PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DADESIGUALDADE
POBREZA E VULNERABILIDADE
• A PARTIR DISSO DESENVOLVER ESTRATÉGIAS QUE PERMITAM A
EQUIDADE NO ATENDIMENTO.
A identificação e reconhecimento das condições de
vulnerabilidade das famílias e dos territórios é um
importante desafio para as equipes de vigilância e de
proteção socioassistencial
A importância de relacionar POBREZA E VULNERABILIDADE
DEFINIÇÃO PNAS/2004: situações de fragilidaderelacional ou social, destacando sua conexão com assituações de pobreza, privação (ausência de renda,precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentreoutros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos –relacionais e de pertencimento social (discriminaçõesetárias, étnicas, de gênero ou por deficiência, entreoutras). (PNAS, 2004; pg. 33).
Vulnerabilidade na PNAS
CONDIÇÕES DO
TERRITÓRIO
CONDIÇÕES INDIVIDUAIS
CONDIÇÕES
RELACIONAIS
POBREZA E PRIVAÇÃO
VULNERABILIDADE
VídeoVulnerabilidade e Proteção Social
https://www.youtube.com/watch?v=Xnr0cRdMiQg&t=2s
TERRITÓRIOLocal de efetivação
da proteção social
TERRITÓRIO
COMO PENSO O TERRITÓRIO?
O QUE E QUEM CONSIDERO NO
MOMENTO DE PLANEJAR A INTERVENÇÃO NO
TERRITÓRIO?
O QUE NÃO PODEMOS DEIXA DE
CONSIDERAR:
O território enquanto o chão do exercício
da cidadania, pois cidadania significa vida
ativa no território,onde se concretizam as
relações sociais, as relações de
vizinhança e solidariedade, as relações de
poder.
Território evidencia as desigualdades
sociais nas condições visto na diferença da
qualidade de vida entre moradores, a
presença/ausência dos serviços públicos e
dos acessos.
(KOGA, 2003, pg.33)
TERRITÓRIOLocal de efetivação
da proteção social
A gestão da política de
assistência social considera o
território de abrangência dos
serviços com suas
especificidades históricas,
políticas, econômicas e culturais.
TERRITÓRIOLocal de efetivação
da proteção social
Não podemos perder de vista que a PNAS é uma
política que, junto com outras políticas sociais,
considera as desigualdades socioterritoriais, visando:
- seu enfrentamento,
- garantia dos mínimos sociais
- provimento de condições para atender à sociedade
- universalização dos direitos sociais.
A vulnerabilidade NÃO É DEFINIDA PELAPOBREZA, “ainda que os riscos dedesestabilização recaiam mais fortementesobre os que são desprovidos de reservaseconômica “(Castel, 1998, p. 25).
A vulnerabilidade envolve relações deconvívio conflitivas, de violência, depreconceito/discriminação, de abandono,de apartação, de confinamento e/ouisolamento de indivíduos, grupos oufamílias.
Logo...
É preciso conhecer, analisar, refletir sobre o
território e sobre as desproteções
vivenciadas pelos indivíduos e famílias
(vulnerabilidade)para que se possa tomar
decisões acertadas para a superação das
situações específicas de vulnerabilidade
identificada em cada território
Portanto...
Exercício-Grupos por Município-
Perguntas Orientadoras:
1) O seu município tem se dedicado a identificar e monitorar dados de pobreza eextrema pobreza a partir dos seus territórios?
Se sim, esses dados estão organizados por território e grupos populacionais? Qual aestratégia é empregada para identificar e monitorar esses dados? Existemestratégias especificas para esses territórios e grupos?
Se não, quais as dificuldades (técnicas e institucionais) para realizar essemapeamento e acompanhamento? Que medidas são necessárias para fazê-lo?
2) Políticas isoladas são capazes de enfrentar todas as dimensões da pobreza? Existemestratégias intersetoriais em desenvolvimento? É possível relatar alguma experiênciaexitosa? Quais as dificuldades e perspectivas para uma atuação que articule e integrediversas políticas setoriais?
3) Quais as possibilidades de implementação de políticas locais de enfrentamento àpobreza que se pautem em medidas verdadeiramente emancipatórias, empoderadoras,que se orientem para a autonomia e protagonismo do usuário enquanto sujeitoshistóricos e de direito?
Unidade 2GESTÃO DO SUAS COM FOCO EM
VIGILÂNCIA SOCIAL
A Constituição Federal promulgada em 1988 integra a política de Assistência
Social ao Sistema de Seguridade Social -Política pública não contributiva,
pautada pela universalidade da cobertura e do atendimento
.......
Pautada no rompimento com práticas assistencialistas, clientelistas,
paternalista, caridade, voluntariado
Artigo 223 da CF
CONSTRUÇÃO DO SUAS E DA VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL- QUANDO ESSA HISTÓRIA COMEÇA A MUDAR
Regulamentada em 1993 a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS):
•Dever do estado e direito do cidadão: primazia da responsabilidade do Estado (FORTALECENDO PAPEL DO
ESTADO)
• Estrutura descentralizada e democrática (FORTALECENDO A PARTICIPAÇÃO SOCIAL).
•Cofinanciamento pelos três níveis de governo (FORTALECENDO OS INVESTIMENTOS NA QUESTÃO
SOCIAL = DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO COM DESENVOLVIMENTO SOCIAL)
•Conselho, Plano e Fundo como elementos fundamentais de gestão (FORTALECENDO A GESTÃO)
A IV Conferência Nacional de Assistência Social, realizada em 2003 = construção e implementação do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, que representa a consolidação da estrutura descentralizada, participativa e democrática, e a constituição de uma rede nacional de proteção social.
Com base nesta deliberação o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Conselho Nacional de Assistência social elaboraram e publicaram a Política Nacional de Assistência Social em outubro de 2004.
Política Nacional de Assistência Social em outubro de 2004:
•Municípios classificados por porte: Pequeno Porte I - até 20.000 habitantes / Pequeno Porte II - de 20.001 a 50.000
habitantes / Médio Porte – de 50.001 a 100.000 habitantes / Grande Porte - de 100.001 a 900.000 habitantes /
Metrópole - mais de 900.000 habitantes
•Princípios norteadores: territorialização, a matricialidade sociofamiliar e a intersetorialidade.
•Serviços socioassistenciais organizados em níveis de proteção: básica e especial, sendo a especial dividida em
média e alta complexidade.
Ao lado da territorialização, a matricialidadesociofamiliar e a intersetorialidade são oselementos norteadores da Política Nacional deAssistência Social.
A Política Nacional de Assistência Social qualificaenquanto “providências urgentes” a formulação ea implementação de sistemas de planejamento,monitoramento e avaliação.
... permitirá a política medir o seu grau de alcance junto à população usuária ...permitirá projetar a ampliação de seus resultados e impactos, conduzindo-a a sua efetivaçãoenquanto sistema público de proteção social ... permitirá o enfrentamento as situações de vulnerabilidade e exclusão social
Além de ...
Importância do planejamento e avaliação
• Possibilitar a identificação da realidade
•Definição de prioridades
•Definição de estratégias e metas
•Organização das ações
•|Acompanhamento e redirecionamento permanentes
• Promoção do impacto necessário à superação das condições de vulnerabilidade e risco
• Medição do grau de alcance junto à população usuária
•Projetar a ampliação de resultados e impactos
Importância do planejamento e avaliação
!!!! Nesse contexto se insere a vigilânciasocioassistencial. Função do SUAS de
responsabilidade e competência dos órgãos
gestores da assistência social
ORGANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL SEGUNDO SUAS FUNÇÕES
ASSISTÊNCIA SOCIAL
PROTEÇÃO SOCIAL
Proteção Social
Básica
Proteção Social Especial
Média e Alta
Complexidade
VIGILÂNCIA SOCIAL
Vigilância de
Riscos e
Vulnerabilidades
Vigilância de
Padrões e ServiçosDEFESA DE DIREITOS
O QUE É VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL?
Exerce a função de vigilância é:
se manter alerta para identificar as situações de
vulnerabilidade e risco social
conflitos familiares, violência, abandono, renda insuficiente para garantir a própria
subsistência, entre tantas outras situações
O QUE É VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL?
SOMENTE DESTA FORMA QUE A ASSISTÊNCIA SOCIAL PODE EFETIVAR SEU CARÁTER
PREVENTIVO PROATIVO
PROTETIVO
VERIFICAR A REALIDADE
ORGANIZAR AS INFORMAÇÕES COLETADAS EM DIAGNÓSTICOS
TERRITORIALIZADOS
Mapear, dentro de um município, as zonas de maior vulnerabilidade e risco social assim como a cobertura da rede sobretudo de assistência social
O QUE É VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL?
Sua operacionalização baseia-se na identificação da população que deve ser prioritariamente incluída nos serviços e benefícios socioassistenciais e na identificação dos serviços que vêm sendo e que devem ser ofertados,
bem como onde e em que quantidade.
É por meio da Vigilância Socioassistencial que o gestor
conhece a realidade concreta do município, de modo a melhor
planejar as ações de assistência social.
É essencial nos processos de planejamento, execução,
monitoramento e avaliação dos serviços socioassistenciais,
pois produzirá, de forma constante, informações sobre os
problemas sociais de uma região e sobre a rede de assistência
social disponível para combatê-los.
É possível aprimorar a gestão do SUAS e agir de forma precisano combate à manifestação dessas vulnerabilidades.
Vigilância Socioassistencial é, portanto, um instrumento para identificar e prevenir as situações de vulnerabilidade e risco e
evitar sua intensificação nos territórios.
ONDE
COMO POR QUE
COM QUEM
CAPACIDADE DE PROTEÇÃO SOCIAL
ATENÇÃO!!!!!!!!
- A Vigilância Socioassistencial refere-se à PRODUÇÃO,SISTEMATIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES E INDICADORES que incidemsobre diferentes CICLOS DE VIDA:
CRIANÇAS, adolescentes, jovens, adultos e idosos; Pessoas com redução da capacidade pessoal, com deficiência ou
em abandono; Crianças e adultos vítimas de qualquer forma de exploração, de
violência e de ameaça; vítimas de preconceito por etnia, gênero e opção pessoal; vítimas de apartação social que lhes impossibilite sua
autonomia e integridade, fragilizando sua existência.
ATENÇÃO!!!!!!!!
- VIGILÂNCIA SOBRE OS PADRÕES DE SERVIÇOS DEASSISTÊNCIA SOCIAL em especial aqueles que operam naforma de albergues, abrigos, residências, semi-residências,moradias provisórias para os diversos segmentos etários.
Com o que deve se preocupar a Vigilância Socioassistencial?
Ela deve se preocupar com a PRODUÇÃO, SISTEMATIZAÇÃO, ANÁLISE E DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÕES TERRITORIALIZADAS SOBRE A OFERTA E DEMANDA DE SERVIÇOS de assistência social. Essas informações se dividem em DOIS TIPOS:
VIGILÂNCIA DE RISCOS E VULNERABILIDADES: Incidências de riscos e vulnerabilidades e necessidades de proteção social da população
Indicadores Socioeconômicos
VIGILÂNCIA DE PADRÕES E SERVIÇOS: Características e distribuição da oferta da rede socioassistencial, na perspectiva do território, considerando a integração entre a demanda e a oferta de serviços
Indicadores de Desempenho
Atenção !!!!A implementação da Vigilância Social é
uma determinação do Pacto Nacional de Aprimoramento de Gestão vigente até
2017(O não cumprimento incidirá sobre o IGD SUAS)
COMO IMPLEMENTAR A VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL NO MEU MUNICÍPIO?
UM PASSO DE CADA VEZ...
Definir as demandas e prioridades de cada região, o queserá feito a partir da elaboração do diagnósticosocioterritorial do município com a coleta de informaçõesque tratem tanto das situações de vulnerabilidade e riscocomo a oferta de serviços socioassistenciais disponível noterritório.
As informações que interessam à vigilânciasocioassistencial podem ser coletadas de diferentesmaneiras como por exemplo, através do CadÚnico, doProntuário SUAS, do Censo SUAS, entre outros.
UM PASSO DE CADA VEZ...
É indispensável manter uma relação com os serviços queconstituem a rede socioassistencial. É por meio deles quea assistência social chega à população e que,simultaneamente, são geradas informações quesubsidiarão o planejamento das ações.
As equipes de referencia dos equipamentos e serviços temum papel fundamental na coleta e registro de informaçõespor meio de instrumentos já disponíveis e padronizados,tais com o CadÚnico e o Prontuário SUAS.
Prontuário SUASÉ o instrumento que auxilia e orienta a organização dasinformações relativas ao processo de acompanhamentodas famílias e indivíduos atendidos nos CRAS e CREAS,preservando o histórico de atendimentos,encaminhamentos, situações vivenciadas, territóriospercorridos. Introduz um parâmetro nacional de registrode informações e, consequentemente, torna possívelavançar no conhecimento do perfil e do volume defamílias e indivíduos acompanhados, assim como naincidência de determinadas situações de violação dedireitos atendidas pela Assistência Social.
CENSO SUASÉ um instrumento de coleta de dados eletrônico, preenchidopelas secretarias e conselhos de assistência social dosestados e municípios. É fundamental para a qualidade dosserviços socioassistenciais, da gestão e do controle dapolítica de assistência social, construindo um processoimprescindível para tornar eficaz a organizaçãodescentralizada, participativa e integrada que o sistemarequer.
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A implementação da vigilância socioassistencial tambémrequer a realização de um mapeamento das unidadespúblicas e privadas que compõem a rede socioassistencialdo município sobre:• a quantidade e o perfil dos recursos humanos;• o tipo e o volume dos serviços prestados;• a observância dos procedimentos essenciais vinculados
ao conteúdo do serviço e necessários à sua qualidade;• o perfil dos usuários atendidos;• as condições de acesso ao serviço;• e a infraestrutura, os equipamentos e o materiais
existentes.
CRAS
CREAS
Organizações de assessoramento
e/ou de defesa e garantia
de direitos
Organizaçõesque executam
serviços, programas,projetos vinculados
ao Suas
Outras
unidades
públicas
ORGANIZAÇÕES FORNECEDORAS DE INFORMAÇÕES PARA A VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL
• A importância da participação da população nesse processo.
• A inserção dos trabalhadores nos territórios, seja para arealização de visitas domiciliares, participação em reuniõese eventos, desencadeamento de processos de mobilizaçãosocial, entre outros.
• Demanda por trabalhadores com perfil e qualificação para otrabalho com famílias, para o uso de diferentesinstrumentais e técnicas metodológicas para a coleta dedados quantitativos e qualitativos junto às famílias.
• As equipes assumem a responsabilidade pela produção,sistematização e gestão das informações produzidas.
ALGUNS ASPECTOS DA COLETA DE INFORMAÇÕES
• Contribuição essencial das famílias, que não devem serpercebidas como meras fornecedoras de dados sobresua realidade e seu território, mas como sujeitos compoder decisório, criadores de identidades epotencialidades.
• É um momento de troca de conhecimentos, deamadurecimento político-pedagógico e de reflexãomútua entre os trabalhadores e a população atendida. Apartir dessa troca, podem surgir respostas coletivas àsdemandas do território, desencadeando processoseducativos, de prevenção e enfrentamento coletivo desituações de risco.
• Quanto maior o envolvimento das famílias, maior serátambém a qualidade e a consistência dos dadoscoletados.
• O resultado do estudo de adequação entre oferta edemanda de serviços socioassistenciais comporá oPlano Municipal de Assistência Social. É no Plano quesão apontadas as ações necessárias para atender asdemandas socioassistenciais identificadas noterritório.
A VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL É UM PROCESSO CONTÍNUO
• Para identificar mudanças na realidade social da população, é preciso realizar um monitoramento constante e manter informações atualizadas sobre os diversos territórios e vulnerabilidades e riscos a que estão expostos.
• No que cabe ao monitoramento, a NOB/SUAS considera “[...] função inerente à gestão e ao controle social, e consiste no acompanhamento contínuo e sistemático do desenvolvimento dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais em relação ao cumprimento de seus objetivos e metas”
A VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL É UM PROCESSO CONTÍNUO
!!! Isso não significa dizer que toda pesquisa ou estudo de avaliação será produzido exclusivamente pela Vigilância,
mas que é essa a área responsável por apoiar a gestão municipal na escolha de pesquisas que se adéquem às
necessidades do SUAS.
Portanto, a Vigilância deve propor temáticas de pesquisa de avaliação dos programas ou auxiliar nessas proposições, além de acompanhar o processo e traduzir os resultados
para o âmbito do SUAS.
PROCESSOS QUE COMPÕEM A VIGILÂNCIA SOCIAL
1. Elaboração diagnósticos de vulnerabilidade e riscos sociais
2. Mapeamento da cobertura da rede prestadora de serviços
3. Identificação da demanda e oferta
4. Planejamento das ações
5. Monitoramento
6. Avaliação
PARA QUE e PARA QUEM a Vigilância é importante?
• Para os conselhos municipais de Assistência Social: as informações levantadas na Vigilância Socioassistencial embasam a tomada de decisões e a alocação dos recursos.
• Para os usuários: as informações apuradas permitem ofertaraos usuários exatamente os programas de que eles mais necessitam.
• Para as equipes técnicas: os dados colhidos são utilizados no monitoramento para adequar os serviços socioassistenciais e a própria atuação.
• Para o órgão gestor: os dados do monitoramento são utilizados na elaboração dos planos de assistência social, na efetivação da política pública de assistência social com a otimização de recursos.
Unidade 3Diagnóstico Socioterritorial
e Planejamento no SUAS
O QUE É DIAGNÓSTICO ?
• O diagnóstico é uma análise interpretativa que possibilita ler e compreender a realidade social.
• É a etapa do ciclo de políticas públicas que segue à definição da agenda e antecede a formulação das alternativas possíveis.
• Com frequência ouve-se nos meios políticos e técnicos de que “não é por falta de diagnósticos que a Política Pública não é mais efetiva” (BRASIL, 2010, p. 1). Contudo, essa afirmação é equivocada. A leitura precisa e comprometida da realidade conduz as decisões políticas para o acerto.
• O diagnóstico é um importante instrumento a auxiliar a tomada de decisão ao dar tratamento adequado a um volume significativo de dados sobre diferentes aspectos sociais, econômicos e ambientais dos municípios.
O diagnóstico reúne e transforma esses dados em informação útil, a orientar a gestão municipal nos processos de implementação e acompanhamento de políticas e programas sociais.
Às vezes, pode-se estar buscando combater um problema social com uma ação inadequada ou, então, poderiam ser obtidos melhores resultados caso o atendimento fosse centrado nas zonas mais vulneráveis do município.
O diagnóstico ajuda na precisão das medidas adotadas, direcionando o atendimento às regiões necessitadas e oferecendo às famílias os serviços de que elas precisam e os benefícios a que têm direito.
!!! Integrando o ciclo de planejamento, o diagnóstico também está submetido a diversas leituras políticas da realidade...
NO QUE CONSISTE UM DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO ?
Todo diagnóstico socioeconômico deve contemplar informações acerca:
i) das características do público-alvo que será atendido;
ii) das potencialidades e fragilidades da base econômica local e regional, que podem criar condições melhores ou mais desafios para o programa;
iii) dos condicionantes ambientais, inclusive climáticos, que restringem certas estratégias de desenvolvimento e potencializam outras;
iv) da capacidade e experiência de gestão local e regional, que indicam a maior ou menor complexidade de realização da intervenção pública;
v) do nível de participação da sociedade, que pode garantir maior controle social dos recursos e dos resultados dos programas.
ESTRUTURA DE TÓPICOS TRATADOS EM UM DIAGNÓSTICO PARA PROGRAMA SOCIAL
Análise do público-alvo a atender
- Tendências do crescimento demográfico.
- Perspectivas de crescimento futuro da população e do público atendido
- Características educacionais, habitacionais e da saúde da população
- Condição de atividade da força de trabalho, ocupação e rendimentos
- Beneficiários de outros programas sociais
Análise do contexto econômico regional
- Tendências do desenvolvimento regional (indústria, comércio, agropecuária)
- Perspectivas de investimento público e privado
- Infraestrutura viária, transporte e comunicações
- Estrutura do emprego e ocupações mais e menos dinâmicas
Análise dos condicionantes ambientais
- Características climáticas de influência
- Identificação de áreas de proteção e restrições
- Passivos e agravos ambientais
- Oportunidades de exploração do turismo e desenvolvimento sustentável
Análise da Capacidade de Gestão Local
- Estrutura administrativa já instalada
- Quantidade e características do pessoal técnico envolvido ou disponível
- Experiência anterior na gestão de programas
Análise da Participação Social
- Comissões de participação popular/social existentes
- Histórico/cultura de participação
• Existe uma quantidade significativa de dados acerca desses diferentesaspectos sociais, econômicos e ambientais da realidade dos municípiosbrasileiros.
• Precisam ser tratados adequadamente para se transformar em informaçãoútil que possa orientar a gestão municipal na implementação e noacompanhamento de políticas e programas sociais.
• O diagnóstico visa justamente organizar dados para a tomada de decisão.
• Para ser útil, o diagnóstico deve consistir em um estudo da situação de umadeterminada população e sua região, com textos descritivos ou analíticos,tabelas de dados, cartogramas e, especialmente, indicadores específicossobre os vários aspectos da realidade local e regional. Bons diagnósticossocioeconômicos empregam, com maior ou menor abrangência, informaçõese dados da economia local, além de informações de saúde, de educação, demercado de trabalho, de habitação, de infraestrutura urbana, de renda edesigualdade.
ATENÇÃO!
A quantidade de temas e a profundidade de seu detalhamento são decisões críticas a serem tomadas quando
da elaboração de um diagnóstico. Se muito abrangente, o diagnóstico perde o foco e a objetividade, fundamentais para
auxiliar o gestor na tomada de decisão. Se muito restrito, pode comprometer a formulação da política pública, ao não
explicitar as dimensões que determinam ou afetam a problemática social, econômica ou ambiental em questão.
NO QUE CONSISTE UM DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL?
• No campo da promoção e da proteção social, o território é entendido comoo eixo para a compreensão da dinâmica dos problemas sociais relacionadosàs situações de vulnerabilidade e risco, assim como o lócus para seuenfrentamento.
• É no território, pelas questões de proximidade e de identidade cultural, ondeacontecem as relações sociais mais identificadas com as reais demandas pordireitos, serviços e benefícios sociais.
• É onde são produzidas as necessidades dos cidadãos, como moradia,transporte, educação, saúde, saneamento e tantas outras. Para as políticassociais, essas necessidades deixam de ter caráter individual e passam a serpercebidas como demandas coletivas.
• O território é o “chão da cidadania”
• É no território que direitos são negados ou assegurados.
Uma boa atividade de planejamento da intervenção governamentaldepende do reconhecimento da realidade do território no qual se estáinserido.
Os municípios possuem estruturas, realidades, dimensões territoriais epopulacionais distintas. Por isso, seus diagnósticos devem serterritorializados, levando em consideração as particularidades locais dasdiferentes regiões (bairros), a fim de que se conheça a real demanda porproteção social dos cidadãos, segundo as características da comunidadelocal.
o diagnóstico socioterritorial consiste em uma análise situacional domunicípio, compreendendo a caracterização (descrição interpretativa), acompreensão e a explicação de uma determinada situação, detalhada,sempre que possível, segundo diferentes recortes socioterritoriais(microterritórios)
Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Projetos e Capacitação
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Telefone: 81 3183 0702
Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA
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