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Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social
Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação
TEMA: “CREAS: SERVIÇOS OFERTADOS, INTERSETORIALIDADE, INTEGRALIDADE E O OLHAR NOS USUÁRIOS de L.A e PSC”.
Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de
Serviços à Comunidade
• Atenção socioassistencial e acompanhamento a adolescentes e jovens em cumprimento de Medida
Socioeducativa Educativa em meio aberto;
• Deve contribuir para o acesso a direitos e para a ressignificação de valores da vida pessoal e social dos
adolescentes e jovens.
• Responsabilização face ao ato infracional praticado;
• Realizar acompanhamento social a adolescente durante o cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade e sua inserção em outros serviços e programas socioassistenciais e de políticas públicas setoriais;
• Criar condições para a construção/reconstrução de projetos de vida;
• Estabelecer contatos com o adolescente a partir das possibilidades e limites do trabalho a ser desenvolvido e normas que regulem o período de cumprimento da medida socioeducativa;
• Contribuir para o estabelecimento da autoconfiança e a capacidade de reflexão sobre as possibilidades de autonomias;
• Possibilitar acessos e oportunidades para a ampliação do universo informacional e cultural e o desenvolvimento de habilidades e competências;
• Fortalecer a convivência familiar e comunitária.
OBJETIVOS DO TRABALHO COM MEDIDA SOCIOEDUCATIVA NO CREAS
• Acolhida- deve estabelecer uma relação de empatia com o adolescente, demonstrando confiança, credibilidade e segurança, que são essenciais para construção de vínculos;
• Plano de atendimento- possibilita a pactuação com o adolescente de objetivos e metas a serem cumpridas no que tange o cumprimento da medida socioeducativa a que estiver sujeito.
• Atividades de acompanhamento- importante estabelecer um planejamento sistemático de atividades individuais e coletivas aos adolescentes.
Eixos Estratégicos do Trabalho com Medida Socioeducativa no CREAS
Adolescentes de 12 a 18 anos, ou jovens de 18 a 21 anos, em cumprimento de Medida
Socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade.
Público Alvo
As medidas socioeducativas serão aplicadas a adolescente autores de ato infracional, pelo Juiz da Infância e da Juventude ou outras Vara correspondente, nas varias situações, considerando: a gravidade da situação, o grau de participação e as circunstancias em que ocorreu o ato; sua personalidade, a capacidade física e psicológica para cumprir a medida e as oportunidades de reflexão sobre seu comportamento visando mudança de atitude. Ou seja, a aplicação de uma medida socioeducativa tem como referencial o contexto em que o adolescente está inserido
Medidas Socioeducativas
Um adolescente que comete ato infracional não deixa de ser titular de seus direitos, pois “não
estamos diante de um infrator que, por acaso, é um adolescente, mas diante de um
adolescente que por circunstâncias, cometeu ato infracional” (Gomes da Costa, 2002)
É Importante Lembrar:
Disposições Normativas das Medidas Socioeducativas
• Lei 12.594/12;
• Prevê como devem ser
executadas o cumprimento das medidas
socioeducativas;
• Lei nº12.435/2011;
• Estabelece que fica a cargo da assistência social o atendimento de indivíduos e famílias em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto.
• Lei 8069/90-ECA;
• Prevê quais medidas socioeducativas podem ser aplicadas ao adolescente que cometeu ato infracional;
SUAS
A Assistência Social, enquanto política pública que compõe o tripé da Seguridade Social, e considerando as características da população atendida por ela, deve fundamentalmente inserir-se na articulação intersetorial com outras políticas sociais, particularmente, as públicas de Saúde, Educação, Cultura, Esporte, Emprego, Habitação, entre outras.
SINASE
Demanda a efetiva participação dos sistemas e políticas de educação, saúde, trabalho, previdência social, assistência social, cultura, esporte, lazer, segurança pública, entre outras, para a efetivação da proteção integral.
INTERFACE SUAS/SINASE
Ambos os sistemas objetivam regulamentar/regular a oferta de ações socioassistenciais (SUAS) ou socioeducativas (SINASE) em todo o território nacional, definindo competências e integrando ações nos três níveis de governo e da sociedade civil. No caso do SINASE integra também as ações dos três poderes.
Em ambos os sistemas, a constituição de rede pressupõe a presença do Estado como referência global para sua consolidação como política pública. Isso supõe que o poder público seja capaz de fazer com que todos os agentes destas políticas, OGs e, ou, ONGs, transitem do campo da ajuda, filantropia, benemerência e autoritarismo para o da cidadania e dos direitos.
INTERFACE SUAS/SINASE
O adolescente em conflito com a lei e suas
famílias são público usuário do SUAS, uma vez
que a Assistência Social insere-se no Sistema de
Garantia de Direitos, realizando o
acompanhamento técnico e auxiliando o
adolescente no cumprimento da medida e
garantido direitos a este e sua família.
INTERFACE SUAS/SINASE
FORMA DE ACESSO
Serviço de Proteção Social a Adolescentes em
cumprimento de Medida Socioeducativa
de Liberdade Assistida (LA) e de
Prestação de Serviço à Comunidade (PSC)
PSC
Orientação / Contrato / SINASE
Encaminha para a Prestação de Serviço à
comunidade junto a rede acolhedora.
L.A
Orienta o cumprimento da
medida socioeducativa / SINASE
CREAS
Recebe o Processo / Autos;
Protocola / referência
Vara da infância e Juventude
Aplica medida socioeducativa de LA e PSC
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Serviço de Proteção Social a Adolescentes em
cumprimento de Medida Socioeducativa
de Liberdade Assistida (LA) e de
Prestação de Serviço à Comunidade (PSC)
PSC
Orientação / Contrato / SINASE
Encaminha para a Prestação de Serviço à
comunidade junto a rede acolhedora.
L.A
Orienta o cumprimento da
medida socioeducativa / SINASE
• Tempo máximo de cumprimento da medida de 06 meses;
• Identificar lugares adequados para a prestação do serviço;
• Atividades compatíveis com idade e capacidade e desenvolvimento do adolescente.
• Tempo mínimo de cumprimento da medida de 06 meses;
• Estabelecimento de uma relação de confiança entre o educador social e o adolescente;
• Acompanhamento sistemático, encontros • Semanais.
Atividades a serem Desenvolvidas no CREAS para execução de MSE
• Elaboração do PIA (Plano Individualizado de Atendimento);
• Atendimento do Adolescente (individual e em grupo);
• Atendimento da Família, em articulação com o PAEFI;
• Acompanhamento da frequência escolar do adolescente;
• Elaboração e encaminhamento de relatórios sobre o acompanhamento dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas (LA e PSC) ao Poder Judiciário e Ministério Público;
• Elaboração e encaminhamento de relatórios quantitativos ao órgão gestor sobre atendimentos realizados;
• Articulação com a rede.
O PIA deve identificar quem é o adolescente e sua família, quem são seus membros, quais vínculos os unem,
de onde vem, qual é sua historia em outras instituições ou serviços de atendimento, os vínculos com quem
podem contar, quais são suas potencialidades, enquanto grupo e em relação a comunidade em que estão
inseridos, bem como quais são as possibilidades e oportunidades vislumbradas. Deve conter metas a serem
atingidas pelo adolescente.
Elaboração do PIA - Plano Individualizado de Atendimento
Atividade em Grupo: analisar um caso e utilizar as
questões abaixo para começar a praticar a formulação do
PIA (Plano Individual de Atendimento) em grupo e a
problematizar a sua relação com os usuários:
Atenção:
É preciso ter cuidado no planejamento das atividades individuais e coletivas, para que o Serviço de Proteção Social de adolescentes em MSE, as vezes na melhor das intenções, não acabe por ofertar atividades que não lhe cabem;
O Serviço de Proteção Social de adolescentes em MSE, não pode se transformar num espaço de oferta de atividades e modalidades para adolescentes em conflito com a lei, os mesmo devem ser inseridos nos serviços ofertados pela rede;
Embora as medidas socioeducativas sejam uma sanção em frente ao ato infracional, o foco da atuação deve ser no caráter educativo e não o punitivo.
GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E CAPACITAÇÃO – GPPC
(81) 3183-6959 / 3183-3258 / 3183-3259